PAEBES2012
REVISTA DO SISTEMADE AVALIAÇÃORede Municipal
ISSN 2237-8324
SEÇÃO 1
A avaliação como meiopara superar desafios
EXPERIÊNCIA EM FOCO
SEÇÃO 2
Padrões de Desempenho
SEÇÃO 3
A Consistência das Medidas Educacionais: o caso do Paebes
SEÇÃO 4
Os resultados da avaliação
EXPERIÊNCIA EM FOCO
Paebes
ISSN 2237-8324
Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo
Revista do Sistema de AvaliaçãoRede Municipal
Paebes
GOVErNAdOr dO EStAdO dO ESPírItO SANtOJosé reNato casaGraNDe
VIcE-GOVErNAdOr dO EStAdO dO ESPírItO SANtOGivalDo vieira Da silva
SEcrEtÁrIO dO EStAdO dA EducAÇÃOKliNGer Marcos barbosa alves
SuBSEcrEtÁrIO dE EStAdO dE PLANEJAmENtO E AVALIAÇÃOeDuarDo MaliNi
GErENtE dE INfOrmAÇÃO E AVALIAÇÃO EducAcIONALaliNe elisa cotta D`Ávila
SuBGErÊNcIA dE AVALIAÇÃO EducAcIONALMaria aDelaiDe tÂMara alves (subGereNte)DeNise Moraes e silvaGloriete carNielliMarilDa surlo Graciottisilvia Maria Pires De carvalHo leite
SuBGErÊNcIA dE EStAtíStIcA EducAcIONALDeNise Pereira Da silva (subGereNte)aNa Paula aPareciDa raiMuNDoDaNiel seraFiM Grossi DiaselZiMar sobral scaraMussaMoNica KelleY bottoNi De souZaMoNiQue MariNHo Noia
Klinger Marcos Barbosa Alves, Secretário de Estado da Educação
AO EducAdOrApós um trabalho árduo para garantir o acesso de todas as crianças às escolas, o desafi o de hoje é
assegurar a qualidade do ensino. A sociedade exige melhorias nos níveis de aprendizagem e o Programa
de Avaliação da Educação básica do Espírito Santo (Paebes) é um importante instrumento no processo
de planejamento das ações pedagógicas que vão contribuir para alcançar as metas estabelecidas.
O diagnóstico do sistema de ensino do Espírito Santo, obtido por meio do Paebes ao longo dos últimos
anos, subsidia a defi nição de políticas educacionais. Assim, o Paebes torna-se imprescindível de tal
modo que, a cada nova edição, surge a necessidade de ampliar sua abrangência.
No ano de 2012, além das provas de Língua Portuguesa, Matemática, os alunos também fi zeram testes
de história e geografi a. Ao todo, mais de 260 mil estudantes das redes estadual, particular e municipal
foram avaliados, nos anos iniciais e fi nais do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio.
dessa maneira, esperamos que as informações contidas nas publicações possam auxiliar os educadores
do estado na busca permanente que é de todos nós: garantir aos alunos o direito de aprender.
EXPERIÊNCIA EM FOCO PágINA 12
PAdRõES dE dESEMPENhO PágINA 16
A AVALIAÇÃO COMO MEIO PARA SuPERAR dESAFIOS PágINA 10
SuMáRIO
EXPERIÊNCIA EM FOCO
PágINA 42
A CONSIStÊNCIA dAS MEdIdAS EduCACIONAIS: O CASO dO PAEbESPágINA 17
OS RESuLtAdOS dA AVALIAÇÃO PágINA 23
10 Paebes 2012
A AVALIAÇÃO cOmO mEIO
PArA SuPErAr dESAfIOS
A avaliação em larga escala surge no cenário educacional como
um mecanismo de estímulo à mudança, tanto no que concerne à
organização do sistema de ensino como na definição de metas em
busca de se garantir as necessidades básicas de aprendizagem ao
indivíduo. Esse propósito está associado à concepção da educação
como um direito social e um dever do Estado. Nesse sentido, cabe
ao Estado e, assim, aos governos federal e estadual, por meio
da Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo (SEdu),
assegurar padrões mínimos de acesso, permanência e desempenho
escolar dos estudantes. Cumprir essa tarefa complexa envolve
grandes desafios, como enfrentar as desigualdades extra e
1
revista do Sistema de Avaliação 11
intraescolares: a pobreza e a violência; as novas formas de estrutura
familiar; as particularidades de cada local, de cada escola e do
desenvolvimento cognitivo de cada estudante. diante disso, é
necessário reunir informações concretas sobre a população atendida
e o ensino ofertado para, deste modo, implementar ações que visem
a atingir o objetivo traçado.
O Programa de Avaliação da Educação básica do Espírito Santo
(Paebes) cumpre esse papel ao avaliar o desempenho dos
estudantes atendidos pelas redes Estadual e Municipal e pelas
Escolas Particulares Participantes (EPP) nos aspectos pedagógicos
e ao averiguar o clima escolar e a situação socioeconômica dos
estudantes por meio de questionários contextuais vinculados à
avaliação. Com isso, o governo tem conhecimento sobre o ensino
ofertado, de modo a poder auxiliar na superação do desafio da
garantia e da qualidade da educação. Assim, a partir de dados
consistentes, embasa sua organização educacional de maneira
que atenda às próprias necessidades, criando, também, metas de
melhoria dentro de uma perspectiva plausível. Nesse sentido, a
avaliação torna-se um subsídio para mudanças que atendem ao
dever do estado de oferecer uma educação gratuita e de qualidade,
e ao direito da população em recebê-la.
Para divulgar e facilitar o acesso a essas informações relevantes para
a gestão do sistema educacional, a Revista do Sistema de Avaliação
foi pensada com a intenção de estruturar, de forma objetiva,
os dados obtidos pela avaliação, apresentando os resultados
de desempenho dos estudantes em sua totalidade e
por Superintendência Regional de Ensino (SRE), além do
mapeamento das escolas segundo práticas pedagógicas e outras
análises complementares.
Paebes - trAJEtórIA
Língua Portuguesa e Matemática
4ª Série/5° Ano EF
8ª Série/9° Ano EF
1ª Série EM
Língua Portuguesa e Matemática
1ª série do EM
14.446
2008
106.830
2009
O Paebes
O Programa de Avaliação da Educação básica do Espírito Santo (Paebes) avaliou em 2012
as escolas estaduais, municipais e Escolas Particulares Participantes (EPP) do Espírito
Santo nas áreas do conhecimento de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências humanas
(geografi a e história). O Programa avaliou estudantes da 4ª série/5° ano e 8ª série/9º ano
do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio. Na linha do tempo a seguir, pode-
se verifi car a trajetória do Paebes e, ainda, perceber como tem se consolidado diante das
informações que apresentam sobre o desempenho dos estudantes.
Língua Portuguesa, Matemática,
geografi a e história
4ª Série/5° Ano EF
8ª Série/9° Ano EF
2ª Série EM
3ª Série EM
Língua Portuguesa, Matemática,
biologia, Física e Química
4ª Série/5° Ano EF
8ª Série/9° Ano EF
1ª Série EM
3ª Série EM
* Foram avaliados apenas os estudantes da região metropolitana da grande Vitória: 1ª série
do EM em 2011 e 2ª série do EM em 2012.
*
Língua Portuguesa e Matemática
4ª Série/5° Ano EF
8ª Série/9° Ano EF
1ª Série EM
3ª Série EM
106.525
2012*
114.254
2011*
83.471
2010
12 Paebes 2012
Língua Portuguesa, Matemática,
geografi a e história
4ª Série/5° Ano EF
8ª Série/9° Ano EF
2ª Série EM
3ª Série EM
Língua Portuguesa, Matemática,
biologia, Física e Química
4ª Série/5° Ano EF
8ª Série/9° Ano EF
1ª Série EM
3ª Série EM
* Foram avaliados apenas os estudantes da região metropolitana da grande Vitória: 1ª série
do EM em 2011 e 2ª série do EM em 2012.
*
Língua Portuguesa e Matemática
4ª Série/5° Ano EF
8ª Série/9° Ano EF
1ª Série EM
3ª Série EM
106.525
2012*
114.254
2011*
83.471
2010
revista do Sistema de Avaliação 13
14 Paebes 2012
EXPErIÊNcIA Em fOcO
A avaliação permite informar sobre os resultados
gerais em um estado ou em um município e o que pode
ser feito para obtenção de melhorias, se necessárias.
Além de obter resultados específicos por escola e por
estudante.
Eduardo Malini,Subsecretário de Estado de Planejamento e Avaliação
cLArEzA NA AVALIAÇÃO, cLArEzA NO ENSINO
AVALIAÇõES cOLABOrAm PArA ELABOrAÇÃO dE POLítIcAS PúBLIcAS dE EducAÇÃO mAIS EfEtIVAS
Com pouco mais de um ano à frente da
coordenação da Avaliação do Espírito Santo,
Eduardo Malini defende a importância do sistema
avaliativo em larga escala enquanto política
pública para o estado.
graduado em Ciências Sociais, Especialista em
gestão Municipal de Políticas Públicas e Mestre
em Educação, o profissional acredita que a medida
“permite ao gestor público tomar decisões mais
seguras e garantir não somente a aplicação eficaz
dos recursos públicos, mas, fundamentalmente,
condições pedagógicas mais favoráveis ao
desenvolvimento da aprendizagem”. Para ele,
o programa de avaliação é produtivo porque
possibilita acompanhar o desenvolvimento
dos estudantes, relacionando a aprendizagem
com a idade do avaliado em um intervalo de
tempo determinado.
Esse processo, segundo o coordenador, traz
benefícios para o ensino. tendo acesso aos
resultados e analisando-os, é possível subsidiar
intervenções pedagógicas efetivas e intervir
positivamente na situação das escolas. dessa
maneira, as ações se tornam mais focadas e,
portanto, mais eficazes. “A avaliação permite
informar sobre os resultados gerais em um estado
ou em um município e o que pode ser feito para
a obtenção de melhorias, se necessárias. Além
de obter resultados específicos por escola e por
estudante”, completa. Esses resultados servem
como fonte de estímulo e são norteadores do
desenvolvimento da aprendizagem.
revista do Sistema de Avaliação 15
• Entendendo o processo
Eduardo acredita que o envolvimento de todos os
integrantes da comunidade escolar é essencial para
o êxito da avaliação. E esse entendimento deve ser
ampliado, multiplicado, não se restringindo ao contexto
escolar. “Por permitir uma visão sistêmica, desde a alta
gestão, passando pelas administrações regionais e
chegando aos gestores escolares e professores, deve
haver um enorme comprometimento com a realização
das avaliações”, afirma. Para ele, imprescindível
também é que os próprios estudantes entendam
a importância, a finalidade do sistema. Essa é uma
forma de garantir maior veracidade às informações
coletadas, pois são eles que farão os testes. “É
necessário que percebam mudanças a partir das
avaliações para o comprometimento ser crescente”.
A certeza de que os resultados obtidos através
dos testes servirão de base para a formulação
de políticas públicas mais efetivas e para o
enfrentamento das necessidades de melhoria na
aprendizagem é o que impulsiona o coordenador.
E esse é também o principal desafio: concretizar
os resultados da avaliação, transformando-os
em políticas voltadas para o desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem.
No entanto, Eduardo ressalta que as avaliações
em larga escala não tiram o espaço das avaliações
processuais aplicadas pelos professores no dia a
dia escolar. “Ambas são e devem ser ferramentas
de monitoramento para a melhoria do ensino”.
destaca, ainda, que as duas formas têm objetivos
diferentes. “Mas se pensarmos na gestão de um
sistema, de uma rede de escolas, a existência de
avaliações em larga escala permite a ampliação do
olhar, sem perdermos o foco na escola”.
• foco na docência
O sistema avaliativo permite que o professor
perceba os resultados de seu trabalho. um dos
objetivos da avaliação, segundo Eduardo, é
promover o suporte de informações necessárias
à construção de políticas de formação de
professores; além de permitir a criação de políticas
de bonificação por desempenho para os docentes.
Isso já vem acontecendo no estado. O
monitoramento da qualidade do ensino permitiu que
a Secretaria de Educação verificasse a necessidade
de uma ação intensa na formação de professores
de Matemática do Ensino Médio. A intervenção
foi feita e, após três anos de investimentos, os
resultados chegaram aos estudantes com o avanço
do aprendizado na matéria. “Percebemos nessa
situação que o monitoramento permitiu uma ação
eficaz e de impacto”, conta Eduardo.
Além disso, o estado do Espírito Santo desenvolveu
seu plano de formação de professores a partir das
informações extraídas do Paebes. Esses mesmos
resultados também proporcionam o desenvolvimento
da política de bonificação por desempenho para os
profissionais da educação, o bônus desempenho.
“Nenhuma ação pode acontecer sem que haja
ferramentas de monitoramento de seus impactos
e efetividades”, enfatiza Eduardo, esperando
que os benefícios da avaliação continuem
presentes nas políticas de formação docente e de
assessoramento pedagógico para as escolas.
16 Paebes 2012
Os Padrões de desempenho indicam o grau de cumprimento dos
objetivos educacionais considerados essenciais e expressos na
MAtRIz dE REFERÊNCIA para avaliação, bem como as metas de
desempenho a serem alcançadas.
Os testes feitos pelos estudantes trazem uma medida de seu
desempenho nas habilidades avaliadas que é denominada
proficiência e organizada em uma Escala para fins de análise. Os
Padrões apresentam uma caracterização das COMPEtÊNCIAS
e hAbILIdAdES cognitivas desenvolvidas pelos estudantes em
importantes pontos da ESCALA dE PROFICIÊNCIA.
PAdrõES dE dESEmPENhO
E
D
2
revista do Sistema de Avaliação 17
Os resultados de proficiência obtidos foram
agrupados em quatro Padrões de desempenho –
Abaixo do básico, básico, Proficiente e Avançado.
Esses Padrões proporcionam uma interpretação
pedagógica das habilidades desenvolvidas pelos
estudantes e oferecem à escola o entendimento a
respeito do nível em que eles se encontram. Por meio
deles é possível analisar os aspectos cognitivos que
demarcam os percentuais de estudantes situados
nos diferentes níveis de desempenho, bem como
a diferença de aprendizagem entre eles, refletindo
a distância existente entre aqueles que têm
grandes chances de atingir o sucesso escolar; e
aqueles que estão suscetíveis ao abandono escolar
caso não sejam implementadas ações e políticas
educacionais com vistas à promoção da equidade.
Os níveis de proficiência compreendidos em cada
um dos Padrões de desempenho para as diferentes
etapas de escolaridade avaliadas são descritos
mais detalhadamente na Revista Pedagógica desta
Coleção. A seguir, são apresentados os Padrões
de desempenho e sua respectiva caracterização
de forma sintética.
mAtrIz dE rEfErÊNcIA
Recorte do currículo que apresenta as habilidades definidas para serem avaliadas. As habilidades
selecionadas para a composição dos testes são escolhidas por serem consideradas essenciais
para o período de escolaridade avaliado e por serem passíveis de medição por meio de testes
padronizados de desempenho.
cOmPEtÊNcIAS E hABILIdAdES
A competência corresponde a um conjunto de habilidades que operam em conjunto para a obtenção
de um resultado, sendo cada habilidade entendida como um “saber fazer”.
EScALA dE PrOfIcIÊNcIA
desenvolvida com o objetivo de traduzir medidas em diagnósticos qualitativos do desempenho
escolar. Ela orienta, por exemplo, o trabalho do professor com relação às competências que
seus estudantes desenvolveram, apresentando os resultados em uma espécie de régua onde os
valores obtidos são ordenados e categorizados.
CAB
18 Paebes 2012
O estudante que atingiu este Padrão de desempenho revela ter
desenvolvido habilidades mais sofisticadas e demonstra ter um
aprendizado superior ao que é previsto para o seu ano escolar. O
desempenho desses estudantes nas tarefas e avaliações propostas
supera o esperado e, ao serem estimulados, podem ir além das
expectativas traçadas.
Neste Padrão de desempenho, o estudante demonstra ter adquirido
um conhecimento apropriado e substancial ao que é previsto para a
sua etapa de escolaridade. Neste nível ele domina um maior leque
de habilidades, tanto no que diz respeito à quantidade, quanto à
complexidade, as quais exigem um refinamento dos processos
cognitivos nelas envolvidos.
O estudante que se encontra neste Padrão de desempenho demonstra
ter aprendido o mínimo do que é proposto para o seu ano escolar.
Neste nível ele já iniciou um processo de sistematização e domínio
das habilidades consideradas básicas e essenciais ao período de
escolarização em que se encontra.
Neste Padrão de desempenho, o estudante demonstra carência de
aprendizagem do que é previsto para a sua etapa de escolaridade. Ele
fica abaixo do esperado, na maioria das vezes, tanto no que diz respeito
à compreensão do que é abordado, quanto na execução de tarefas e
avaliações. Por isso, é necessária uma intervenção focada para que
possa progredir em seu processo de aprendizagem.
Avançado
Proficiente
Básico
Abaixo do básico
3
revista do Sistema de Avaliação 19
Em Psicometria, quando diversos instrumentos ou testes diferentes são utilizados para se avaliar um
determinado construto, é natural que se deva exigir, ou ao menos esperar, que tais instrumentos sejam
coerentes entre si. Em outras palavras, se um teste A indica que um dado indivíduo possui uma elevada
medida de determinado construto, é de se esperar que, para esse mesmo indivíduo, um resultado igual,
ou semelhante, também se obtenha em um teste b que mensure o mesmo construto.
No caso da avaliação do Paebes, isto não é diferente. O construto, neste caso, refere-se à qualidade do
ensino proporcionado pelas escolas, e os instrumentos utilizados para medir essa qualidade são os testes –
neste caso, de Língua Portuguesa e de Matemática – que se aplicam aos estudantes1 . de modo mais formal
e específico, é possível falar, nesses casos, da consistência dos efeitos escolares, que é definida como
sendo a congruência dos índices de eficácia escolar utilizados num dado instante do tempo, resultantes de
diferentes medidas ou variáveis empregadas para mensurar a qualidade do ensino.
Seguindo por esta linha, o propósito deste texto é responder à seguinte pergunta: até que ponto os resultados
do Paebes são coerentes, quando avaliam separadamente o desempenho das escolas em Língua Portuguesa
e em Matemática? Ou, dito de outro modo, existirá um certo paralelismo entre o desempenho nessas duas
disciplinas, ou seriam elas independentes uma da outra?
Para tratar dessa questão, consideramos aqui o desempenho de cada escola conforme avaliado
conjuntamente no 4ª série/5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental, bem como nas duas últimas
séries do Ensino Médio da rede estadual no Paebes 2012, tanto em Língua Portuguesa quanto em
Matemática. Os resultados dessa análise são apresentados nos tópicos seguintes.
1 O Paebes 2012 também consistiu de provas de história e Geografia. Entretanto, as análises aqui feitas restringiram-se somente aos resultados de Língua Portuguesa e matemática, devido à impossibilidade de se tratar simultaneamente quatro disciplinas pela metodologia aqui empregada, e também por causa do fato de Língua Portuguesa e matemática serem, em geral, consideradas disciplinas básicas, tanto para fins de ensino quanto de avaliação.
A cONSIStÊNcIA dAS mEdIdAS EducAcIONAIS: O cASO dO PAEBES
20 Paebes 2012
A consistência dos dados do Paebes 2012
O gráfico 1, apresentado a seguir, informa sobre o grau de coerência entre o desempenho médio de Língua
Portuguesa e de Matemática para cada uma das escolas avaliadas no Paebes 2012. Nele, cada pequena
circunferência representa uma escola, sendo que o eixo horizontal do gráfico expressa o desempenho
médio da escola em Matemática e o eixo vertical, o seu desempenho médio em Língua Portuguesa. Em
ambos os eixos, as medidas são fornecidas em escores padronizados, ou seja, encontram-se expressas
em uma escala transformada, na qual a média estadual é zero e o desvio padrão (ou seja, a medida da
heterogeneidade ou dispersão das notas) vale um.
Para o propósito de interpretação deste gráfico, basta dizer que, por exemplo, caso uma escola tenha
obtido, para o conjunto de todas as suas séries avaliadas em Matemática no Paebes, um resultado médio
igual à média estadual, seu escore padronizado correspondente, medido no eixo horizontal, valeria zero.
Por outro lado, se a escola tivesse ficado abaixo da média estadual de Matemática, seu escore seria
negativo (ou seja, estaria à esquerda do zero na escala horizontal) e, inversamente, caso sua média fosse
superior à média estadual, seu resultado estaria à direita do zero. uma interpretação análoga pode ser
feita para o eixo vertical, que trata do desempenho médio da escola (para todas as séries avaliadas) em
Língua Portuguesa, comparativamente ao desempenho médio do estado como um todo. Nesse caso,
de acordo com os resultados obtidos, as escolas estariam acima ou abaixo do zero, no eixo vertical,
representando, respectivamente, médias superiores ou inferiores à média estadual nesta disciplina.
Quando se padronizam as escalas, como fizemos aqui, muito raramente os resultados ultrapassam o
intervalo entre –3 e +3. Estes dois valores indicam, portanto, resultados muito abaixo e muito acima da
média, respectivamente. Com efeito, pode-se observar que a grande maioria das escolas encontra-se
no intervalo delimitado por estes números. Os casos de escolas que ficam fora deles quase sempre se
referem a estabelecimentos muito pequenos em termos da quantidade de estudantes avaliados, motivo
este que acarreta, ocasionalmente, a produção de médias exageradamente altas ou baixas em uma ou
em outra disciplina, ou em ambas.
Gráfico 1: Desempenho médio das escolas no Paebes 2012 em Matemática e Língua Portuguesa
fonte: cAEd (2013).
revista do Sistema de Avaliação 21
O que mais se destaca neste gráfico é o seu aspecto claramente linear e ascendente, representado
por uma reta diagonal que sintetiza o padrão observado. Em outras palavras, o gráfico indica que os
resultados médios de Matemática e de Língua Portuguesa apresentam uma elevada correlação entre si,
ou seja, aquelas escolas que se saem melhor em Matemática também tendem a se sair melhor em Língua
Portuguesa, e algo análogo ocorre com os resultados médios e os baixos.
As diferenças de desempenho entre as disciplinas avaliadas,
e a sua relação com o tamanho das escolas
Já no gráfico 2, a seguir, descrevemos a relação entre o tamanho das escolas (medido no eixo horizontal,
pelo número de estudantes avaliados nas diferentes séries) e a diferença de desempenho entre Língua
Portuguesa e Matemática dentro de uma mesma escola (medida no eixo vertical, e que consiste,
simplesmente, na subtração das notas padronizadas de Língua Portuguesa e Matemática do gráfico
anterior, de tal modo que um valor positivo para essa diferença indica que a escola se saiu melhor em
Língua Portuguesa do que em Matemática, e um valor negativo quer dizer o contrário).
Gráfico 2: Tamanho das escolas e diferenças entre o desempenho médio das escolas no Paebes 2012 em Matemática e Língua Portuguesa
fonte: cAEd (2013).
Por este segundo gráfico, fica evidente que as escolas maiores tendem a ter resultados mais equilibrados
nas duas disciplinas, o que se traduz no fato de que elas se situam muito próximas da linha horizontal, que
representa a diferença nula de desempenho entre Língua Portuguesa e Matemática. Por outro lado, as
escolas menores apresentam flutuações bem mais acentuadas nesse sentido. Acima da linha horizontal
situam-se as escolas que apresentaram uma preponderância das médias de Língua Portuguesa sobre
as de Matemática. Na parte inferior do gráfico, situam-se aquelas que apresentaram resultado inverso.
22 Paebes 2012
Com base em ambos os gráficos, é possível sintetizar as seguintes conclusões, acerca das escolas
avaliadas no Paebes 2012:
1) Existe uma acentuada coerência entre os resultados de Língua Portuguesa e Matemática dentro
de uma mesma escola avaliada. Isso, inegavelmente, é um elemento positivo do ponto de vista da
mensuração do desempenho acadêmico dessas escolas, pois indica que as medidas em ambas essas
disciplinas têm uma considerável validade concorrente quando se propõem a avaliar a qualidade do
ensino oferecido por essas escolas. Assumindo que as habilidades avaliadas em Língua Portuguesa e
Matemática envolvam processos distintos, os resultados obtidos confirmam a estreita relação existente
entre os resultados das duas disciplinas, o que confere ao processo avaliativo alta capacidade para
medir a qualidade do ensino ofertado.
2) Não obstante essa coerência, também é inegável o fato de que costumam também existir consideráveis
diferenças de desempenho médio entre ambas as disciplinas dentro de uma mesma escola, embora tais
diferenças sejam modalizadas pelo desempenho geral da escola. Em outras palavras, ainda que uma
escola tenha se saído melhor em Língua Portuguesa do que em Matemática, caso seu desempenho
em Língua Portuguesa tenha sido consideravelmente maior que o da média de Língua Portuguesa do
estado, o mais provável é que algo semelhante ocorra em relação ao desempenho em Matemática,
ainda que este último não tenha sido, em termos brutos, tão alto quanto o de Língua Portuguesa.
3) Essas diferenças de desempenho médio entre as duas disciplinas dentro de uma mesma escola
encontram-se consideravelmente associadas ao número de estudantes avaliados. dito de outro modo,
há um provável efeito de cancelamento estatístico das médias. Por exemplo: uma escola muito pequena,
com apenas uma ou duas turmas avaliadas, tende a apresentar diferenças maiores de desempenho médio
entre as disciplinas. Isso ocorre porque o esperado é que existam diferenças entre os desempenhos dos
estudantes nas duas disciplinas, provocando maior desequilíbrio entre as respectivas médias. Por outro
lado, nas escolas com muitas turmas avaliadas, ocorre maior equilíbrio. Algumas turmas obtêm melhores
resultados em Língua Portuguesa e outras em Matemática, de forma que as médias dessas disciplinas
tendem a se igualar.
4) Se a forte correlação entre os resultados dos desempenhos dos estudantes nas duas disciplinas
avaliadas confere confiabilidade ao processo avaliativo na sua capacidade de verificar a qualidade
do trabalho pedagógico realizado, não se deve, por outro lado, abandonar a análise das discrepâncias
de desempenho entre as diferentes disciplinas. Elas podem indicar a necessidade de se fazer uma
intervenção pontual no trabalho em determinadas turmas ou escolas.
revista do Sistema de Avaliação 23
4
OS rESuLtAdOS dA AVALIAÇÃO
Nesta seção são apresentados os resultados alcançados pelos estudantes
na avaliação em larga escala do Paebes.
resultados de Participação, Proficiência média e Padrões de desempenho.
Os dados apresentados a seguir se referem às Redes Municipais
e estão agregados para o estado e para cada um dos municípios.
Primeiramente, será apresentado o mapa do estado, dividido por
município, contendo o Padrão de desempenho que cada um alcançou
em cada etapa de escolaridade e área de conhecimento avaliada.
Língua Portuguesa - 4ª Série/5º Ano do Ensino fundamental
Presidente Kennedy
Apiacá
marechal floriano
Brejetuba
domingos martins
Viana
cariacica
muqui
marataízes
ItapemirimAtílio Vivácqua
mimoso do Sul
Bom Jesus do Norte
São José do calçado
Jerônimo monteiro
AlegreGuaçuí
dores do rio Preto
divino de São Lourenço
Ibitirama
Irupi
Ibatiba
Iúna
Venda Nova do Imigrante
conceição do castelo
muniz freire
castelo
cachoeiro de Itapemirim
rio Novo do Sul
Piúma
Iconha
VargemAlta
Alfredo chaves
Anchieta
Guarapari
Vitória
Vila Velha
Santa Leopoldina
Santa maria de Jetibá
Afonso cláudio
Laranja da terra
Boa Esperança
conceiçãoda Barra
Pinheiros
Pedrocanário
Itaguaçu
Serra
fundãoItarana
Santa teresa
Ibiraçu
Linhares
Aracruz
João NeivaSão roque do canaã
Baixo Guanducolatina
marilândia
rio Bananal
GovernadorLindenberg
São domingosdo NortePancas
Alto rio Novo
mantenópolisÁguia Branca São Gabriel
da PalhaVila
Valério
Sooretama
Jaguaré
São mateus
Nova Venécia
Barra de São
francisco
Água doce do Norte
Vila Pavão
PontoBelo
montanha
mucurici
Ecoporanga
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
24 Paebes 2012
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
RESULTADOS DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 195,7• % dE PArtIcIPAÇÃO 89,8• EStudANtES EfEtIVOS 31.545• PAdrÃO dE dESEmPENhO Básico
Ecoporanga
mucurici
montanha
PontoBelo
Vila Pavão
Água doce do Norte
Barra de São
francisco Nova Venécia
São mateus
Jaguaré
Sooretama
Vila Valério
São Gabriel da Palha
Águia Branca
mantenópolis
Alto rio Novo
Pancas
São domingosdo Norte
GovernadorLindenberg
rio Bananal
marilândia
colatinaBaixo Guandu
São roque do canaã
João Neiva
Aracruz
Linhares
Ibiraçu
Santa teresa
Itaranafundão
Serra
Itaguaçu
Pedrocanário
Pinheiros
conceiçãoda Barra
Boa Esperança
Laranja da terra
Afonso cláudio
Santa maria de Jetibá
Santa Leopoldina
Vila Velha
Vitória
Guarapari
Anchieta
Alfredo chaves
VargemAlta
Iconha
Piúmario Novo
do Sul
cachoeiro de Itapemirim
castelo
muniz freire
conceição do castelo
Venda Nova do ImigranteIúna
Ibatiba
Irupi
Ibitirama
divino de São Lourenço
dores do rio Preto
GuaçuíAlegre
Jerônimo monteiro
São José do calçado
Bom Jesus do Norte
mimoso do Sul
Atílio Vivácqua
Itapemirim
marataízes
muqui
cariacica
Viana
domingos martins
Brejetuba
marechal floriano
ApiacáPresidente Kennedy
Língua Portuguesa - 8ª Série/9º Ano do Ensino fundamental
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
revista do Sistema de Avaliação 25
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
rESuLtAdOS dE dESEmPENhO E PArtIcIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 241,8• % dE PArtIcIPAÇÃO 84,5• EStudANtES EfEtIVOS 17.291• PAdrÃO dE dESEmPENhO Básico
Presidente Kennedy
Apiacá
marechal floriano
Brejetuba
domingos martins
Viana
cariacica
muqui
marataízes
ItapemirimAtílio Vivácqua
mimoso do Sul
Bom Jesus do Norte
São José do calçado
Jerônimo monteiro
AlegreGuaçuí
dores do rio Preto
divino de São Lourenço
Ibitirama
Irupi
Ibatiba
Iúna
Venda Nova do Imigrante
conceição do castelo
muniz freire
castelo
cachoeiro de Itapemirim
rio Novo do Sul
Piúma
Iconha
VargemAlta
Alfredo chaves
Anchieta
Guarapari
Vitória
Vila Velha
Santa Leopoldina
Santa maria de Jetibá
Afonso cláudio
Laranja da terra
Boa Esperança
conceiçãoda Barra
Pinheiros
Pedrocanário
Itaguaçu
Serra
fundãoItarana
Santa teresa
Ibiraçu
Linhares
Aracruz
João NeivaSão roque do canaã
Baixo Guanducolatina
marilândia
rio Bananal
GovernadorLindenberg
São domingosdo NortePancas
Alto rio Novo
mantenópolisÁguia Branca São Gabriel
da PalhaVila
Valério
Sooretama
Jaguaré
São mateus
Nova Venécia
Barra de São
francisco
Água doce do Norte
Vila Pavão
PontoBelo
montanha
mucurici
Ecoporanga
Língua Portuguesa - 3ª Série do Ensino médio
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
Esse município não foi avaliado nessa etapa de escolaridade.
26 Paebes 2012
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
RESULTADOS DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 254,0• % dE PArtIcIPAÇÃO 3,4• EStudANtES EfEtIVOS 19• PAdrÃO dE dESEmPENhO Básico
Presidente Kennedy
Apiacá
marechal floriano
Brejetuba
domingos martins
Viana
cariacica
muqui
marataízes
ItapemirimAtílio Vivácqua
mimoso do Sul
Bom Jesus do Norte
São José do calçado
Jerônimo monteiro
AlegreGuaçuí
dores do rio Preto
divino de São Lourenço
Ibitirama
Irupi
Ibatiba
Iúna
Venda Nova do Imigrante
conceição do castelo
muniz freire
castelo
cachoeiro de Itapemirim
rio Novo do Sul
Piúma
Iconha
VargemAlta
Alfredo chaves
Anchieta
Guarapari
Vitória
Vila Velha
Santa Leopoldina
Santa maria de Jetibá
Afonso cláudio
Laranja da terra
Boa Esperança
conceiçãoda Barra
Pinheiros
Pedrocanário
Itaguaçu
Serra
fundãoItarana
Santa teresa
Ibiraçu
Linhares
Aracruz
João NeivaSão roque do canaã
Baixo Guanducolatina
marilândia
rio Bananal
GovernadorLindenberg
São domingosdo NortePancas
Alto rio Novo
mantenópolisÁguia Branca São Gabriel
da PalhaVila
Valério
Sooretama
Jaguaré
São mateus
Nova Venécia
Barra de São
francisco
Água doce do Norte
Vila Pavão
PontoBelo
montanha
mucurici
Ecoporanga
matemática - 4ª Série/5º Ano do Ensino fundamental
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
revista do Sistema de Avaliação 27
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
rESuLtAdOS dE dESEmPENhO E PArtIcIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 212,8• % dE PArtIcIPAÇÃO 89,8• EStudANtES EfEtIVOS 31.543• PAdrÃO dE dESEmPENhO Básico
Presidente Kennedy
Apiacá
marechal floriano
Brejetuba
domingos martins
Viana
cariacica
muqui
marataízes
ItapemirimAtílio Vivácqua
mimoso do Sul
Bom Jesus do Norte
São José do calçado
Jerônimo monteiro
AlegreGuaçuí
dores do rio Preto
divino de São Lourenço
Ibitirama
Irupi
Ibatiba
Iúna
Venda Nova do Imigrante
conceição do castelo
muniz freire
castelo
cachoeiro de Itapemirim
rio Novo do Sul
Piúma
Iconha
VargemAlta
Alfredo chaves
Anchieta
Guarapari
Vitória
Vila Velha
Santa Leopoldina
Santa maria de Jetibá
Afonso cláudio
Laranja da terra
Boa Esperança
conceiçãoda Barra
Pinheiros
Pedrocanário
Itaguaçu
Serra
fundãoItarana
Santa teresa
Ibiraçu
Linhares
Aracruz
João NeivaSão roque do canaã
Baixo Guanducolatina
marilândia
rio Bananal
GovernadorLindenberg
São domingosdo NortePancas
Alto rio Novo
mantenópolisÁguia Branca São Gabriel
da PalhaVila
Valério
Sooretama
Jaguaré
São mateus
Nova Venécia
Barra de São
francisco
Água doce do Norte
Vila Pavão
PontoBelo
montanha
mucurici
Ecoporanga
matemática - 8ª Série/9º Ano do Ensino fundamental
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
28 Paebes 2012
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
RESULTADOS DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 255,2• % dE PArtIcIPAÇÃO 84,5• EStudANtES EfEtIVOS 17.290• PAdrÃO dE dESEmPENhO Básico
Presidente Kennedy
Apiacá
marechal floriano
Brejetuba
domingos martins
Viana
cariacica
muqui
marataízes
ItapemirimAtílio Vivácqua
mimoso do Sul
Bom Jesus do Norte
São José do calçado
Jerônimo monteiro
AlegreGuaçuí
dores do rio Preto
divino de São Lourenço
Ibitirama
Irupi
Ibatiba
Iúna
Venda Nova do Imigrante
conceição do castelo
muniz freire
castelo
cachoeiro de Itapemirim
rio Novo do Sul
Piúma
Iconha
VargemAlta
Alfredo chaves
Anchieta
Guarapari
Vitória
Vila Velha
Santa Leopoldina
Santa maria de Jetibá
Afonso cláudio
Laranja da terra
Boa Esperança
conceiçãoda Barra
Pinheiros
Pedrocanário
Itaguaçu
Serra
fundãoItarana
Santa teresa
Ibiraçu
Linhares
Aracruz
João NeivaSão roque do canaã
Baixo Guanducolatina
marilândia
rio Bananal
GovernadorLindenberg
São domingosdo NortePancas
Alto rio Novo
mantenópolisÁguia Branca São Gabriel
da PalhaVila
Valério
Sooretama
Jaguaré
São mateus
Nova Venécia
Barra de São
francisco
Água doce do Norte
Vila Pavão
PontoBelo
montanha
mucurici
Ecoporanga
matemática - 3ª Série do Ensino médio
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
Esse município não foi avaliado nessa etapa de escolaridade.
revista do Sistema de Avaliação 29
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
rESuLtAdOS dE dESEmPENhO E PArtIcIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 260,3• % dE PArtIcIPAÇÃO 3,4• EStudANtES EfEtIVOS 19
• PAdrÃO dE dESEmPENhO
Abaixo do Básico
Presidente Kennedy
Apiacá
marechal floriano
Brejetuba
domingos martins
Viana
cariacica
muqui
marataízes
ItapemirimAtílio Vivácqua
mimoso do Sul
Bom Jesus do Norte
São José do calçado
Jerônimo monteiro
AlegreGuaçuí
dores do rio Preto
divino de São Lourenço
Ibitirama
Irupi
Ibatiba
Iúna
Venda Nova do Imigrante
conceição do castelo
muniz freire
castelo
cachoeiro de Itapemirim
rio Novo do Sul
Piúma
Iconha
VargemAlta
Alfredo chaves
Anchieta
Guarapari
Vitória
Vila Velha
Santa Leopoldina
Santa maria de Jetibá
Afonso cláudio
Laranja da terra
Boa Esperança
conceiçãoda Barra
Pinheiros
Pedrocanário
Itaguaçu
Serra
fundãoItarana
Santa teresa
Ibiraçu
Linhares
Aracruz
João NeivaSão roque do canaã
Baixo Guanducolatina
marilândia
rio Bananal
GovernadorLindenberg
São domingosdo NortePancas
Alto rio Novo
mantenópolisÁguia Branca São Gabriel
da PalhaVila
Valério
Sooretama
Jaguaré
São mateus
Nova Venécia
Barra de São
francisco
Água doce do Norte
Vila Pavão
PontoBelo
montanha
mucurici
Ecoporanga
história - 8ª Série/9º Ano do Ensino fundamental
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
30 Paebes 2012
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
RESULTADOS DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 248,1• % dE PArtIcIPAÇÃO 80,7• EStudANtES EfEtIVOS 16.537• PAdrÃO dE dESEmPENhO Básico
Presidente Kennedy
Apiacá
marechal floriano
Brejetuba
domingos martins
Viana
cariacica
muqui
marataízes
ItapemirimAtílio Vivácqua
mimoso do Sul
Bom Jesus do Norte
São José do calçado
Jerônimo monteiro
AlegreGuaçuí
dores do rio Preto
divino de São Lourenço
Ibitirama
Irupi
Ibatiba
Iúna
Venda Nova do Imigrante
conceição do castelo
muniz freire
castelo
cachoeiro de Itapemirim
rio Novo do Sul
Piúma
Iconha
VargemAlta
Alfredo chaves
Anchieta
Guarapari
Vitória
Vila Velha
Santa Leopoldina
Santa maria de Jetibá
Afonso cláudio
Laranja da terra
Boa Esperança
conceiçãoda Barra
Pinheiros
Pedrocanário
Itaguaçu
Serra
fundãoItarana
Santa teresa
Ibiraçu
Linhares
Aracruz
João NeivaSão roque do canaã
Baixo Guanducolatina
marilândia
rio Bananal
GovernadorLindenberg
São domingosdo NortePancas
Alto rio Novo
mantenópolisÁguia Branca São Gabriel
da PalhaVila
Valério
Sooretama
Jaguaré
São mateus
Nova Venécia
Barra de São
francisco
Água doce do Norte
Vila Pavão
PontoBelo
montanha
mucurici
Ecoporanga
história - 3ª Série do Ensino médio
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
Esse município não foi avaliado nessa etapa de escolaridade.
revista do Sistema de Avaliação 31
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
rESuLtAdOS dE dESEmPENhO E PArtIcIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 248,8• % dE PArtIcIPAÇÃO 3,4• EStudANtES EfEtIVOS 19
• PAdrÃO dE dESEmPENhO
Abaixo do Básico
Presidente Kennedy
Apiacá
marechal floriano
Brejetuba
domingos martins
Viana
cariacica
muqui
marataízes
ItapemirimAtílio Vivácqua
mimoso do Sul
Bom Jesus do Norte
São José do calçado
Jerônimo monteiro
AlegreGuaçuí
dores do rio Preto
divino de São Lourenço
Ibitirama
Irupi
Ibatiba
Iúna
Venda Nova do Imigrante
conceição do castelo
muniz freire
castelo
cachoeiro de Itapemirim
rio Novo do Sul
Piúma
Iconha
VargemAlta
Alfredo chaves
Anchieta
Guarapari
Vitória
Vila Velha
Santa Leopoldina
Santa maria de Jetibá
Afonso cláudio
Laranja da terra
Boa Esperança
conceiçãoda Barra
Pinheiros
Pedrocanário
Itaguaçu
Serra
fundãoItarana
Santa teresa
Ibiraçu
Linhares
Aracruz
João NeivaSão roque do canaã
Baixo Guanducolatina
marilândia
rio Bananal
GovernadorLindenberg
São domingosdo NortePancas
Alto rio Novo
mantenópolisÁguia Branca São Gabriel
da PalhaVila
Valério
Sooretama
Jaguaré
São mateus
Nova Venécia
Barra de São
francisco
Água doce do Norte
Vila Pavão
PontoBelo
montanha
mucurici
Ecoporanga
Geografia - 8ª Série/9º Ano do Ensino fundamental
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
32 Paebes 2012
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
RESULTADOS DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 248,3• % dE PArtIcIPAÇÃO 80,7• EStudANtES EfEtIVOS 16.537• PAdrÃO dE dESEmPENhO Básico
Presidente Kennedy
Apiacá
marechal floriano
Brejetuba
domingos martins
Viana
cariacica
muqui
marataízes
ItapemirimAtílio Vivácqua
mimoso do Sul
Bom Jesus do Norte
São José do calçado
Jerônimo monteiro
AlegreGuaçuí
dores do rio Preto
divino de São Lourenço
Ibitirama
Irupi
Ibatiba
Iúna
Venda Nova do Imigrante
conceição do castelo
muniz freire
castelo
cachoeiro de Itapemirim
rio Novo do Sul
Piúma
Iconha
VargemAlta
Alfredo chaves
Anchieta
Guarapari
Vitória
Vila Velha
Santa Leopoldina
Santa maria de Jetibá
Afonso cláudio
Laranja da terra
Boa Esperança
conceiçãoda Barra
Pinheiros
Pedrocanário
Itaguaçu
Serra
fundãoItarana
Santa teresa
Ibiraçu
Linhares
Aracruz
João NeivaSão roque do canaã
Baixo Guanducolatina
marilândia
rio Bananal
GovernadorLindenberg
São domingosdo NortePancas
Alto rio Novo
mantenópolisÁguia Branca São Gabriel
da PalhaVila
Valério
Sooretama
Jaguaré
São mateus
Nova Venécia
Barra de São
francisco
Água doce do Norte
Vila Pavão
PontoBelo
montanha
mucurici
Ecoporanga
Geografia - 3ª Série do Ensino médio
Esse município não foi avaliado no Paebes 2012.
Esse município não foi avaliado nessa etapa de escolaridade.
revista do Sistema de Avaliação 33
RESULTADOGERAL
Abaixo do básico
Básico
Proficiente
Avançado
rESuLtAdOS dE dESEmPENhO E PArtIcIPAÇÃO
• PrOfIcIÊNcIA médIA 254,5• % dE PArtIcIPAÇÃO 3,4• EStudANtES EfEtIVOS 19• PAdrÃO dE dESEmPENhO Básico
34 Paebes 2012
rEfLEXõES SOBrE PrÁtIcAS EScOLArESGrupos de referência para a Gestão Escolar
Com base em informações obtidas por meio de questionários de
estudantes, professores e diretores, além de estatísticas do Censo
Escolar, as escolas do estado do Espírito Santo, avaliadas pelo
Paebes 2012, foram agrupadas em função de características comuns.
Os grupos de comparação criados por esta análise são uma tentativa
de estabelecer referências para a gestão escolar, as quais, a partir
de informações coletadas pela avaliação, poderão auxiliar a atuação
de gestores na promoção de ambientes favoráveis ao ensino e ao
aprendizado dentro de suas respectivas instituições.
Ao direcionar comparações entre escolas a partir da seleção de
alguns elementos, tanto internos quanto externos à escola, esta
análise possibilita que gestores e demais indivíduos envolvidos
reflitam sobre sua realidade e especificidades de seu contexto,
através do contraste com outras escolas que lidam com desafios e
problemas similares. dessa forma, avançamos para além da simples
hierarquização de escolas, de acordo com o desempenho de seus
estudantes, e da crítica de práticas escolares já decorridas, para
produzir análises e informações que contribuam para a formulação
de futuras ações e de novas práticas que resultem em avanços para
a qualidade e equidade do ensino ofertado.
revista do Sistema de Avaliação 35
Por que o foco na gestão escolar?
A importância da gestão e do papel dos gestores, em especial do
diretor, é reconhecida não só pela Constituição Federal de 1988, mas
também pela literatura e pesquisa educacional. Apesar da ênfase
que geralmente é dada ao professor e suas práticas em sala de
aula, não há estudo hoje sobre qualidade do ensino ofertado que
não inclua variáveis sobre a gestão escolar. Contudo, a gestão da
escola vai muito além da administração de seu espaço e recursos e,
a despeito de sua importância, há poucos estudos no brasil sobre
sua real função e fatores que influenciam a qualidade desta gestão.
Para poder gerir uma escola, tanto o diretor, quanto o vice-diretor e
os coordenadores precisam aliar diferentes tipos de competências.
Conhecimentos e habilidades em gestão são necessários, mas a
capacidade de promover um bom relacionamento interpessoal com
a comunidade interna e de ganhar a confiança e atrair a comunidade
também é importante para uma boa gestão escolar. Ligada a uma
liderança positiva, portanto, está a noção de que o gestor deve
ter uma visão sistêmica da escola, sendo capaz de integrar as
várias partes e atividades que envolvem o gerenciamento de uma
unidade escolar.
Não há um claro consenso sobre os fatores que afetam a gestão,
e nem evidências suficientes para dimensionar seu impacto. Além
disso, cabe ressaltar que, apesar da influência de diferentes fatores
sobre a gestão escolar, esta influência não é, necessariamente,
uma relação causal. O tamanho da escola certamente impacta a
sua gestão administrativa e financeira, mas isso não significa que
escolas maiores sempre terão uma gestão menos efetiva. No
entanto, tendo em vista a complexidade da gestão escolar, desde
as diferentes formas de gestão existentes até as especificidades
locais – como o perfil do público atendido e expectativas da
comunidade –, o exercício analítico proposto aqui pode ser,
potencialmente, bastante útil.
36 Paebes 2012
fatores considerados para a composição dos grupos:
Considerando pressupostos teóricos e limitações para a coleta de informações sobre a rede de ensino,
as escolas avaliadas pelo Paebes 2012 foram agrupadas de acordo com as seguintes características:
Quadro 1: Fatores analisados para a identificação de Grupos de Referência para a Gestão
Fatores Descrição escala
infraestrutura básica
com base nos dados do censo Escolar, a infraestrutura das escolas foi analisada em relação à presença de elementos considerados mínimos e necessários para o bom funcionamento de uma unidade escolar: abastecimento de água, energia elétrica e rede de esgoto sanitário, cozinha, sanitário dentro do prédio, aparelho de televisão, equipamento de dVd, computadores e equipamento de impressora. Apenas escolas com todos os elementos presentes foram analisadas como tendo uma estrutura básica.
0 - Escolas sem infraestrutura básica.
1 – escolas com infraestrutura básica.
Práticas de ensino e clima escolar
Ao total, foram analisados dez indicadores que reúnem respostas de diretores, professores e estudantes sobre suas percepções acerca de sua escola. Estas percepções são utilizadas como indícios de práticas escolares exercidas cotidianamente e do clima da escola, tendo em vista critérios de uma escola eficaz e de uma gestão escolar democrática e autônoma. Esses indicadores refletem, em grande parte, ações internas à escola que são importantes para a superação de obstáculos e desafios proporcionados pelo contexto da escola.
Escala de 1 a 10
Grau de complexidade da
escola
Este fator leva em consideração as diferentes modalidades de ensino ofertadas pela rede, conferindo uma pontuação para as escolas de acordo com a quantidade de modalidades e etapas ofertadas. foram consideradas diferentes modalidades e segmentos de ensino, como EJA, Profissional e/ou Integral, Ensino fundamental séries iniciais e finais, Educação Especial, atividades complementares de contraturno etc.
Escala de 1 a 10
taxa de abandono dos estudantes
também foram levadas em consideração as taxas de abandono das escolas, aferidas pelo censo Escolar, como um indicativo do perfil dos estudantes e de atitudes/comportamentos da família desses estudantes em relação à escola e à educação de seus filhos. Apesar de também serem influenciadas pela política da escola, grandes diferenças entre taxas de abandono também influenciam a percepção da comunidade sobre a escola e a importância do que ela tem a oferecer.
Percentual de 0% a 100%
Número total de matrículas
O tamanho da escola foi aferido pelo total de estudantes matriculados na instituição. como o tamanho das escolas varia muito, esse foi um importante fator a ser considerado. O tamanho da escola não é, necessariamente, um fator determinante para o sucesso ou não da gestão escolar, mas diferentes tamanhos de escola certamente proporcionam desafios diferentes às suas gestões.
Valores absolutos de matrículas.
Índice socioeconômico dos
estudantes
Este indicador fornece uma medida comparativa para as condições de vida dos estudantes avaliados, considerando não só aspectos econômicos, mas também alguns aspectos sociais e culturais. dessa forma, apesar de a medida oferecida não fazer alusão a classes sociais ou captar faixas salariais específicas, ela fornece um rica medida de controle para fatores externos tradicionalmente associados ao desempenho escolar e que, obviamente, também propõem diferentes desafios à gestão escolar.
Escala de 1 a 10
revista do Sistema de Avaliação 37
Infraestrutura básica. Com base nos dados do Censo Escolar, a infraestrutura das escolas foi analisada
em relação à presença de elementos considerados mínimos e necessários para o bom funcionamento
Cada grupo de referência criado a partir das considerações desses fatores possui, evidentemente, um
perfil diverso. Logo, a influência dos fatores analisados na organização dos grupos também variou entre
esses grupos. Enquanto um grupo, por exemplo, foi definido pela ausência de condições básicas de
infraestrutura, outro foi identificado a partir do tamanho e da complexidade de suas escolas. Além disso,
não houve nenhuma pré-determinação da quantidade de grupos a serem criados. A quantidade de
grupos de referência criados por esta análise foi determinada pelo próprio arranjo de fatores entre as
escolas avaliadas – quanto mais complexa e diversificada a rede de ensino, maior o número potencial
de grupos a serem criados.
Cabe ressaltar que sempre há a possibilidade de uma escola ser alocada em um grupo com o qual
ela, de fato, não é compatível, um risco intrínseco a toda análise. No entanto, o método proposto é
bastante seguro e fornece informações sobre as características da escola que são importantes para a
realização de considerações a respeito da gestão escolar. Apesar de as unidades escolares dentro de
cada grupo de comparação não serem idênticas entre si, a identificação de diferentes perfis de escola, e
seus aspectos mais marcantes, é um importante subsídio para a formulação de futuras políticas públicas
e implementação de novas ações dentro da escola. Além de possibilitar políticas mais específicas ao
contexto de cada escola, é uma forma de buscar soluções para problemas que podem ser comuns entre
escolas de diferentes municípios e regiões.
• Os Grupos de referência elaborados para o Paebes 2012
O primeiro grupo de referência reúne 648 escolas do estado do Espírito Santo, de um total de 1539
escolas avaliadas que apresentaram todos os dados necessários para a análise aqui proposta. As
escolas presentes neste grupo se diferenciam principalmente em função de apresentarem uma taxa de
abandono bastante baixa (1,2%), além de apresentarem uma média de índice socioeconômico maior que
a de outros grupos (5,5). As escolas do grupo 1 de referência possuem todos os elementos componentes
do indicador de infraestrutura básica. Além disso, possuem um grau de complexidade baixo, não
chegando a oferecer, em média, sequer três modalidades (2,7).
As unidades escolares do grupo 1 possuem um indicador com resultado razoável em termos de práticas
pedagógicas e clima escolar, atingindo uma média de 6,8. Com relação ao número de estudantes
matriculados nas unidades deste grupo, tem-se uma média de 413 estudantes.
38 Paebes 2012
Grupo 1: Escolas com baixa taxa de abandono e relativamente alto índice socioeconômico
Fatores aNalisaDosiNFluêNcia Do Fator Para iDeNtiFicar o
GruPoMéDia
Maior coNceNtração De escolas eNtre os valores
taxa de abandono 1 1,2% 0,0% a 1,8%
índice socioeconômico 2 5,5 1,2 a 4,9
Grau de complexidade 3 2,7 1,0 a 2,8
Número total de matrículas 4 413 211 a 582
Práticas de ensino e clima escolar 5 6,8 6,2 a 7,5
Infraestrutura básica 6 1,0 1,0 a 1,0
• Grupo 2: Escolas com alto número de matrículas e baixo índice de práticas de ensino e clima escolar
O segundo grupo de referência engloba 271 escolas do estado do Espírito Santo, o que representa
17,6% do total de unidades escolares avaliadas. As escolas presentes no grupo 2 são marcadas por um
número médio de matrículas relativamente alto, se comparado ao número de matrículas dos outros três
grupos. São escolas que somam, em média, 1.000 estudantes. Ao mesmo tempo, se destacam pelo
baixo indicador de práticas de ensino e clima escolar, que reúne respostas sobre gestão, impressões
por parte dos estudantes e dos professores. A média atingida pelas escolas do grupo 2 é de 5,3. O grau
de complexidade das escolas do grupo 2, entretanto, é de 4,8 modalidades de ensino ofertadas. Com
relação ao abandono, as unidades deste grupo de referência apontam 6,3% de estudantes evadidos.
Ao observarmos os estudantes destas unidades, temos que seu índice socioeconômico médio atinge 5,9,
numa escala que vai de 1 a 10. todas as unidades deste grupo apresentam os requisitos de infraestrutura
listados acima.
Quadro 3: Informações sobre o grupo de referência segundo a influência de fatores na sua definição
Fatores aNalisaDosiNFluêNcia Do Fator Para iDeNtiFicar o
GruPoMéDia
Maior coNceNtração De escolas eNtre os valores
Número total de matrículas 1 1.000 773 a 1218
Práticas de ensino e clima escolar 2 5,3 4,8 a 6,1
Grau de complexidade 3 4,8 4,6 a 6,4
índice socioeconômico 4 5,9 5,5 a 6,3
taxa de abandono 5 6,3% 2,9% a 8,6%
Infraestrutura básica 6 1,0 1,0 a 1,0
revista do Sistema de Avaliação 39
• Grupo 3: Escolas com ausência de algum elemento básico de infraestrutura e baixo número de matrículas
O terceiro grupo de referência inclui 518 escolas, majoritariamente caracterizadas pelo número baixo de
matrículas. Elas possuem, em média, 63 estudantes. Por isso, são escolas que apresentam baixo grau de
complexidade, não oferecendo mais que duas modalidades, em média (1,8). O outro fator que caracteriza
e diferencia as unidades do grupo 3 das demais é a baixíssima taxa de abandono registrada. São, em
média, 0,4%.
É interessante notar que o indicador de práticas de ensino e clima escolar aponta uma média de 7,7, em
10 possíveis. O índice socioeconômico dos estudantes deste grupo é relativamente baixo. de fato, o mais
baixo dentre os grupos aqui apresentados, não ultrapassando a média de 4,4. Nenhuma das escolas do
grupo 3 possui todos os elementos listados como básicos para infraestrutura.
Quadro 4: Informações sobre o grupo de referência segundo a influência de fatores na sua definição
Fatores aNalisaDosiNFluêNcia Do Fator
Para iDeNtiFicar o GruPoMéDia
Maior coNceNtração De escolas eNtre os
valores
Infraestrutura básica 1 0,0 0,0 a 0,0
Número total de matrículas 2 63 15 a 83
taxa de abandono 3 0,4% 0,0% a 1,0%
Índice socioeconômico 4 4,3 3,8 a 4,9
grau de complexidade 5 1,8 1,0 a 2,8
Práticas pedagógicas e clima escolar 6 7,7 7,0 a 8,7
• Grupo 4: Escolas com alta taxa de abandono e baixo índice de práticas de ensino e clima escolar
O quarto e último grupo de referência desta análise engloba 102 unidades escolares, o que representa
6,6% das escolas analisadas. tem por características mais marcantes a mais alta taxa de abandono dentre
os grupos analisados, 6,9%, mesmo com um baixo grau de complexidade, de menos de três modalidades
de ensino oferecidos, em média. Outra forte característica deste grupo é o fato de seu indicador de
práticas pedagógicas e clima escolar ser mais baixo que os outros, o que pode, eventualmente, ajudar
a explicar as taxas de abandono mais elevadas. O indicador de práticas e clima tem média de 6,0. As
unidades escolares apresentam média de matrículas de 442 estudantes.
40 Paebes 2012
Com relação ao estudante que frequente as unidades aqui classificadas, tem-se que seu índice
socioeconômico é de, em média, 5,3. todas as escolas deste grupo apresentam ausência de pelo menos
um dos elementos selecionados como básicos para infraestrutura.
Quadro 5: Informações sobre o grupo de referência segundo a influência de fatores na sua definição
Fatores aNalisaDos
iNFluêNcia Do Fator Para
iDeNtiFicar o GruPo
MéDiaMaior coNceNtração De
escolas eNtre os valores
taxa de abandono 1 6,9% 1,8% a 10,8%
Práticas pedagógicas e clima escolar 2 6,0 4,8 a 7,0
Infraestrutura básica 3 0,0 0,0 a 0,0
Número total de matrículas 4 441 38 a 751
índice socioeconômico 5 5,3 4,5 a 6,1
Grau de complexidade 6 2,8 1,0 a 4,6
resultados de desempenho por Grupo de comparação
Quando observamos os resultados de desempenho médio dos estudantes segundo os quatro grupos de
referência, observa-se primeiramente que as tendências de cada grupo são uniformes entre os diferentes
anos do Ensino Fundamental e disciplinas avaliadas, preservando a evolução gradual de proficiência ao
longo das três etapas para cada grupo de referência.
Comparando os grupos entre si, nota-se que o primeiro e o terceiro grupos de escolas possuem as
maiores médias de desempenho, um pouco maiores no primeiro, enquanto o segundo, composto por
escolas de grande porte e com alta taxa de abandono, possui as médias de proficiência mais baixas.
O desempenho dos estudantes aferidos pelos testes do Paebes 2012 não foi um dos fatores
considerados para a elaboração dos grupos de referência. Contudo, como a gestão escolar é importante
componente para avanços na qualidade do ensino ofertado, espera-se que avanços conquistados nesta
área se traduzam em resultados de desempenho cada vez melhores e mais equitativos. dessa forma,
a constatação do desempenho dos grupos de referência também se torna uma importante informação
para o gestor, fornecendo subsídios para uma de suas principais funções: a gestão pedagógica.
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Gráfico 01: Proficiência média em Língua Portuguesa dos Grupos de Referência por etapa
Gráfico 02: Proficiência média em Matemática dos Grupos de Referência por etapa
42 Paebes 2012
EXPErIÊNcIA Em fOcO
ANÁLISE E dIAGNóStIcO dO ENSINO
GEStOrA cAPIXABA APONtA rESuLtAdOS dA AVALIAÇÃO
EXtErNA cOmO cAmINhO PArA NOVOS rumOS NA EducAÇÃO
“Não se constrói aprendizagem sem conhecimento
do seu contexto e seus condicionantes. Não se faz
gestão sem conhecimento de seus resultados”.
É dessa forma que a gestora regional Inacélia de
Fátima Alves de Oliveira classifica a importância
da avaliação externa. Com licenciatura plena em
Pedagogia/Supervisão Escolar e especialização
em Supervisão Educacional/Sistemas e Formação
de Formadores em Educação de Jovens e Adultos
– EJA, ela atua no cargo há cerca de quatro anos.
Para Inacélia, “conhecer não é somente ter
acesso a dados e resultados: é analisar, comparar,
diagnosticar, planejar e agir, num movimento
crescente, contínuo e ininterrupto”. Em sua
SRE são realizados encontros, ora centrais,
ora polarizados com escolas geograficamente
próximas e com realidades similares (estudantes
e estrutura administrativa – humana e material),
para discussão dos resultados da avaliação. Os
eventos começam com abordagem relacional
entre dimensão humana e técnica. depois disso,
são realizadas oficinas para leitura e análise dos
dados em si. também de acordo com a gestora, a
SRE planeja realizar encontros com docentes, por
área de conhecimento, garantindo assim o alcance
nas esferas técnica e acadêmica, a sensibilização
para uso dos resultados e a provocação para a
tomada de atitudes inovadoras.
Para a educadora, a avaliação externa provoca
o gestor a avaliar as suas práticas e, assim,
Inacélia de Fátima Alves de Oliveira,Gestora regional
(...)conhecer não é somente ter acesso
a dados e resultados: é analisar, comparar,
diagnosticar, planejar e agir, num movimento
crescente, contínuo e ininterrupto.
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tomar decisões mais assertivas, considerando e
ampliando o caminho já realizado. Para que esteja
apto às mudanças, é importante “saber-se um
promotor da qualidade educacional, entender-
se partícipe de um processo de construção de
saberes, compreender-se ator ativo e (co)autor de
inspirações/decisões”, ressalta Inacélia.
A gestora afirma que um ambiente adequado à
implementação de propostas e projetos é um
dos fatores condicionantes para uma educação
de qualidade e a equidade de oportunidades.
“Organização diferenciada das equipes
regionais, maior aproximação com as unidades
e seus atores, melhoria do monitoramento, do
assessoramento e das intervenções técnicas”
são atitudes que, segundo ela, pautam o
trabalho da SRE.
trabalho com resultados pode quebrar velhos paradigmas
A SRE em que Inacélia trabalha é formada por
12 municípios, com um total de 23 escolas
particulares, 209 municipais e 32 estaduais. O
número aproximado de docentes é 1.210 e de
discentes, 14.500. de acordo com ela, há uma
preocupação conjunta de divulgar, orientar e
monitorar a avaliação externa. todos os setores
pedagógicos e equipes regionais são orientados
a planejar suas ações a partir da análise dos
resultados. Eles, por sua vez, incentivam as
unidades a fazerem o mesmo.
“Nossa maior expectativa é que o trabalho
com os resultados quebre velhos paradigmas
e proporcione maior credibilidade na educação
pública de qualidade”, conclui.
rEItOr dA uNIVErSIdAdE fEdErAL dE JuIz dE fOrAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO
cOOrdENAÇÃO GErAL dO cAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA
cOOrdENAÇÃO técNIcA dO PrOJEtOMANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO
cOOrdENAÇÃO dA uNIdAdE dE PESQuISATUFI MACHADO SOARES
cOOrdENAÇÃO dE ANÁLISES E PuBLIcAÇõESWAGNER SILVEIRA REZENDE
cOOrdENAÇÃO dE INStrumENtOS dE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO
cOOrdENAÇÃO dE mEdIdAS EducAcIONAISWELLINGTON SILVA
cOOrdENAÇÃO dE OPErAÇõES dE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA
cOOrdENAÇÃO dE PrOcESSAmENtO dE dOcumENtOSBENITO DELAGE
cOOrdENAÇÃO dE dESIGN dA cOmuNIcAÇÃOJULIANA DIAS SOUZA DAMASCENO
rESPONSÁVEL PELO PrOJEtO GrÁfIcOEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA
ESPÍRItO SANtO. Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo.
PAEbES – 2012/ universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
v. 3 ( jan/dez. 2012), Juiz de Fora, 2012 – Anual.
ARAÚJO, Carolina Pires; MELO, Manuel Fernando Palácios da Cunha e; OLIVEIRA, Lina Kátia Mesquita de; REzENdE, Wagner Silveira.
Conteúdo: Revista do Sistema de Avaliação – Rede Municipal.
ISSN 2237-8324
Cdu 373.3+373.5:371.26(05)
Terceira Ponte Vitória