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NORMAS TCNICAS PARA A PRODUO INTEGRADA DE POMIDEAS
(Volume I)
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DGADR - DSPFSV DABSV 3/11
MINISTRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
DIRECO-GERAL DE AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO RURAL
NNNOOORRRMMMAAASSS TTTCCCNNNIIICCCAAASSS PPPAAARRRAAA AAA PPPRRROOODDDUUUOOO IIINNNTTTEEEGGGRRRAAADDDAAA DDDEEE PPPOOOMMMIIIDDDEEEAAASSS
(ao abrigo do art 11 do Decreto-Lei n 256/2009, de 24 de Setembro)
Coordenao: Miriam Cavaco (DGADR)
LISBOA 2011
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas
NDICE
INTRODUO............................................................................................................4 1. LOCALIZAO E ESCOLHA DO TERRENO............................................................5 2. OPERAES DE INSTALAO DO POMAR...........................................................6 3. MANUTENO DO POMAR....................................................................................8
4. CONSERVAO DO SOLO ......................10 5. REGA ...................................................................................................................11 6. FERTILIZAO ....................................................................................................12 7. FITOSSANIDADE..................................................................................................16 8. COLHEITA............................................................................................................19 9. PS-COLHEITA....................................................................................................20
ANEXOS Anexo I - Localizao e escolha do terreno Relatrio tcnico .....................................................................................................25 Anexo II - Rega Avaliao do sistema de rega .................................................................................29 Anexo III - Fertilizao Quadro 3.1 - Quantidades mximas permitidas de azoto total*, fsforo, potssio para pomideas (kg/ha).............................................................................................................. 32 Quadro 3.2 - Quantidades de fsforo, de potssio e de magnsio recomendadas instalao do pomar, consoante a classe de fertilidade do solo (kg/ha). ........................... 32 Quadro 3.3 - Recomendao de fertilizao para pomares de pomideas em produo integrada, expressa em kg/ha de N, P2O5, K2O e Mg, com base na composio foliar e na produo esperada (t/ha). .................................................................................................. 32 Quadro 3.4 - Nveis de macronutrientes adequados em folhas de macieiras e pereiras colhidas no tero mdio dos lanamentos do ano, na poca usual de colheita. Valores referidos matria seca a 100-105 C............................................................................... 33 Quadro 3.5 - Nveis de micronutrientes adequados em folhas de macieiras e pereiras colhidas no tero mdio dos lanamentos do ano, na poca usual de colheita. Valores referidos matria seca a 100-105 C............................................................................... 33 Quadro 3.6 - Factores de correco para a fertilizao fosfatada de acordo com a anlise foliar e algumas caractersticas do solo do pomar. ............................................................ 34 Quadro 3.7 - Factores de correco para a fertilizao potssica de acordo com a anlise foliar e algumas caractersticas do solo do pomar. ........................................................... 34 Quadro 3.8 - Quantidades indicativas de fertilizantes a aplicar por via foliar ao pomar de pomideas em produo, em situao de carncia. .......................................................... 35 Quadro 3.9 - Composio mdia de estrumes e de chorumes no diludos de diferentes espcies pecurias............................................................................................................. 36 Quadro 3.10 - Valores-limite da concentrao de metais pesados nos solos e fertilizantes orgnicos, e quantidades mximas que anualmente se podem incorporar nos solos. ...... 37
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Anexo IV - Mtodos e regras de amostragem
Quadro 4.1 Procedimento de colheita de amostra de terra, antes da instalao do pomar. ................................................................................................................................ 39 Quadro 4.2 Procedimento de colheita de amostra de terra, aps a instalao do pomar............................................................................................................................................ 39 Quadro 4.3 Procedimento de colheita de amostra de folhas.......................................... 39 Quadro 4.4. Procedimento de colheita de amostra de frutos. ........................................ 40 Quadro 4.5 Procedimento de colheita de amostra de gua de rega. ............................. 40
Anexo V - Fitossanidade
Quadro 5.1 - Metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais inimigos - pragas......................................................... 42 Quadro 5.2- Metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais inimigos - doenas. ..................................................... 48 Quadro 5.3 Substncias activas e produtos fitofarmacuticos insecticidas e acaricidas permitidos em proteco integrada para combater as pragas da macieira....................... 49 Quadro 5.4 Substncias activas e produtos fitofarmacuticos fungicidas permitidos em proteco integrada para combater as doenas da macieira............................................ 54 Quadro 5.5 Substncias activas e produtos fitofarmacuticos reguladores de crescimento de plantas permitidos em proteco integrada de macieira....................... 63 Quadro 5.6 Substncias activas e produtos fitofarmacuticos insecticidas e acaricidas permitidos em proteco integrada para combater as pragas da pereira. ........................ 64 Quadro 5.7 Substncias activas e produtos fitofarmacuticos fungicidas permitidos em proteco integrada para combater as doenas da pereira. ............................................. 69 Quadro 5.8 Substncias activas e produtos fitofarmacuticos reguladores de crescimento de plantas permitidos em proteco integrada de pereira. ........................ 77 Quadro 5.9 Substncias activas e produtos fitofarmacuticos herbicidas permitidos em proteco integrada para controlo de infestantes em macieira e pereira......................... 78 Quadro 5.10 Substncias activas e produtos fitofarmacuticos moluscidas permitidos em proteco integrada para as culturas de macieira e pereira....................................... 80
Anexo VI - Valores indicativos de alguns parmetros colheita e para conservao
Quadro 6.1 - Valores indicativos do nmero de dias aps a florao, da dureza e do ndice Refractomtrico (IR) colheita, em macieira. .................................................................... 82 Quadro 6.2 - Valores indicativos do nmero de dias aps a florao, da dureza e do ndice Refractomtrico (IR) colheita, em pereira........................................................................ 82 Quadro 6.3 - Condies de conservao recomendadas para alguns grupos/variedades de macieira e pereira.......................................................................................................... 82
Anexo VII Entidades e tcnicos que participaram na elaborao do documento 83
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INTRODUO
Com o objectivo de rever as normas de Produo Integrada das pomideas foi criado um grupo de trabalho coordenado pela Direco-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), do qual fez parte o Instituto Nacional de Recursos Biolgicos, I.P. (INRB, I.P.) a Direco Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPCentro), a Direco Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPNorte), a ANIPLA e representantes da AJAP, CAP, CNA e CONFAGRI, em particular atravs de tcnicos ligados produo de pomideas e pertencentes a Organizaes de Agricultores. Este Grupo de Trabalho procedeu consulta a outras organizaes da produo ligadas s confederaes, bem como a elementos da comunidade acadmica e cientfica relacionados com as temticas em causa e produziu, em cumprimento do disposto no Decreto-Lei n 256/2009, de 24 de Setembro, o presente documento. Assim, este documento estabelece as normas a aplicar na gesto de pomares de pomideas em regime de Produo Integrada, servindo de orientao a produtores, tcnicos e organismos de certificao (OC).
Este normativo substitui documentos similares anteriores. Os conceitos e princpios associados ao modo de Produo Integrada em pomideas, bem como outra informao tida como relevante, sero objecto de publicao da responsabilidade da DGADR e do INRB, I.P., tendo por base o documento Produo Integrada da cultura de pomideas publicado e divulgado, em 2006, pela Direco-Geral de Proteco das Culturas. At que tal se verifique so aplicveis os conceitos e princpios associados produo integrada que constam no documento referido.
O presente documento poder ser sujeito a revises anuais, havendo lugar a actualizaes ou adaptaes peridicas por parte da DGADR nas matrias da sua exclusiva responsabilidade, ou no seio do grupo de trabalho sempre que os conhecimentos tcnicos e cientficos o justifiquem, conforme expresso no n 2 do art. 11 do j citado Decreto-Lei.
Nestas normas so apresentadas nove reas temticas - Localizao e escolha do terreno, Operaes de instalao do pomar, Manuteno do pomar, Conservao do solo, Rega, Fertilizao, Fitossanidade, Colheita e Ps-colheita - organizadas de acordo com a classificao em procedimentos obrigatrio, recomendado, proibido e permitido com restries.
Do documento tambm fazem parte, como anexos, a lista de produtos fitofarmacuticos permitidos em Proteco Integrada e a metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais inimigos, assim como outra informao considerada necessria para uma implementao efectiva das Normas de Produo Integrada.
Por ltimo, no poderamos deixar de referenciar que este documento foi apresentado e aprovado em reunio do Conselho Nacional da Proteco da Produo Vegetal realizada a 03 de Junho de 2011.
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reas Temticas OBRIGATRIO RECOMENDADO PROIBIDO
PERMITIDO COM RESTRIES
1. LOCALIZAO E ESCOLHA DO TERRENO 1.1 Solo e condies climticas
Anlise de terra. Anlise do perfil do solo, em pomares a instalar, para determinao da aptido frutcola, tipo de preparao do solo e drenagem (*). A observao do sistema radicular ao arranque, para identificao de agentes patognicos, para replantaes com a mesma espcie ou espcies afins (*). Efectuar rotao com culturas arvenses, por um perodo no inferior a trs anos (*). Realizar uma anlise nematolgica ao solo e material vegetal, sempre que a cultura antecedente tenha sido uma pomidea e apresentado sintomas de deficiente desenvolvimento (*). Nota: (*) O no cumprimento dos pr-requisitos anteriores tem de ser justificado atravs da apresentao de um relatrio tcnico (Anexo I), com parecer favorvel e com o compromisso da implementao das medidas preconizadas.
Efectuar a anlise do perfil do solo e de terra entre Maio e Junho. Plantar em solos com profundidade efectiva superior a 80 cm. Solos de textura franco-arenosa e franco-argilo-arenosa, bem drenados, com a toalha fretica localizada abaixo de 0,60 m de profundidade para a pereira e 1,0 m para a macieira, sem impermes nem hidromorfismo, com uma relao limo/argila baixa, tal como a soma areia fina mais limo. Solos com teores de calcrio activo inferior a 15% para macieira, ou 12% para pereira, na camada de 0 50 cm de profundidade. CE< 3 dS/m ou CE < 0,6 dS/m respectivamente no extracto de saturao ou no extracto aquoso na proporo 1:2 (solo:gua). Realizar uma anlise nematolgica ao solo e material vegetal sempre que a cultura antecedente tenha sido uma cultura perene e apresentado sintomas de deficiente desenvolvimento. Usar a tcnica de solarizao no caso de necessidade de desinfeco do solo. Verificar as condies de aptido edafo-climticas para cada espcie e cultivar (horas de frio, temperatura, precipitao, vento e acidentes climticos). Outras condies limitantes devero ser minimizadas, sempre que possvel. Assegurar uma boa circulao de ar dentro do pomar a instalar e dar preferncia a terrenos com boa exposio.
Desinfeco qumica do solo.
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reas Temticas OBRIGATRIO RECOMENDADO PROIBIDO
PERMITIDO COM RESTRIES
2. OPERAES DE INSTALAO DO POMAR
2.1 Preparao do terreno
Realizar a drenagem antes da implantao do pomar, quando necessria. Efectuar a preparao do solo para implantao do pomar com aquele no estado de sazo, preferencialmente antes das primeiras chuvas.
Corrigir os solos com estrutura instvel ou ausente, baixo teor de matria orgnica, falta de porosidade e permeabilidade. Planear o traado de caminhos de acesso e circulao de mquinas na parcela de modo a racionalizar os futuros trajectos de cada operao cultural.
Proceder instalao do pomar quando a quantidade de razes da cultura perene antecedente for elevada. Realizar mobilizaes em condies de excessiva humidade no solo. Realizar mobilizaes profundas com o reviramento completo das camadas de solo. Efectuar as mobilizaes no sentido do maior declive em parcelas com IQFP superior a 3.
A instalao de novos pomares em parcelas com: - IQFP de 5 - com
parecer favorvel do MADRP.
- IQFP de 4 - armadas em socalcos.
2.2 Plantao
Realizar a conduo de forma independente quando se instalam diferentes espcies numa mesma parcela. Em parcelas com IQFP de 3, plantar segundo as curvas de nvel, no caso de no instalar e manter o coberto vegetal.
Ajustar a densidade de plantao cultivar, porta-enxerto, sistema de conduo, solo, exposio, mecanizao e iluminao de modo a optimizar o potencial produtivo e a qualidade da produo. A exposio do pomar voltada a Sul. Orientar as linhas das rvores de modo a que se minimize a eroso do solo e preferencialmente na direco Norte-Sul. Uso de fila simples. Plantar at 30 dias antes da poca previsvel do abrolhamento. Zona de enxertia acima do nvel do solo, cuja altura depende do vigor e, voltada para a direco dos ventos predominantes.
Instalar culturas em sistema intensivo (mais de 2000 rvores/ha) em sequeiro.
Em parcelas com IQFP de 3, caso a plantao no seja efectuada segundo as curvas de nvel, tem de se instalar e manter um coberto vegetal permanente na entrelinha no Outono seguinte plantao, devendo ter em ateno a drenagem superficial.
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PERMITIDO COM RESTRIES
2. OPERAES DE INSTALAO DO POMAR (cont1.)
2.2 Plantao (cont.)
Colocar sistemas de proteco perante o risco de danos provocados por coelhos e outros roedores. Regar logo aps a plantao, para obter uma rebentao homognea e reduzir o nmero de falhas. Utilizar os compassos:
- entrelinha: 3,8 a 4,5 m; - linha: 0,75 a 1,5 m. Uma boa iluminao da base da copa.
2.3 Material vegetal
Utilizar em novas plantaes, porta-enxertos e cultivares, de qualidade EU, acompanhados de passaporte fitossanitrio.
2.3.1 Porta-enxertos
Escolher o porta-enxerto de acordo com as caractersticas do solo e da cultivar, de forma a obter um pomar homogneo e equilibrado vegetativamente. Em pereiras usar EMA, Sydo ou BA29. Em macieiras usar M 9 EMLA, Pajam 2 Cepiland, PI 80 ou M 7. Preferir, em regime de sequeiro, porta-enxertos vigorosos. Utilizar porta-enxertos resistentes ou pouco sensveis a pragas ou doenas.
2.3.2 Cultivar
Escolher a cultivar de acordo com as caractersticas edafo-climticas da regio e do mercado. Optar, nas macieiras, por cultivares bicolores ou vermelhas em zonas onde a amplitude trmica diria, prximo da poca de maturao, seja elevada. Utilizar cultivares resistentes ou pouco susceptveis a pragas ou doenas.
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2. OPERAES DE INSTALAO DO POMAR (cont2.) 2.4 Polinizao
Existncia de cultivares polinizadoras. Distncia entre cultivares polinizadoras no superior a 20-25m.
Instalar cultivares polinizadoras ao longo da linha. Utilizar no mnimo duas cultivares polinizadoras. Utilizar no mnimo 4 a 6 colmeias por hectare durante o perodo da florao, em macieiras e pereiras, respectivamente.
2.5 Instalao e manuteno de sebes
Instalar sebes em zonas muito ventosas, com o objectivo de reduzir a velocidade do vento. Usar sebes vivas, pois permitem o refgio de auxiliares. Manter as sebes, muros e faixas de separao das parcelas, a vegetao natural das margens dos cursos e massas de gua.
3. MANUTENO DO POMAR 3.1 Sistema de conduo
Manter o equilbrio entre a vegetao e a frutificao, de modo a garantir uma produo regular ao longo dos anos. Optar por um sistema de conduo simples de acordo com as caractersticas da cultivar de forma a permitir uma rpida entrada em produo, conduzindo aos melhores resultados econmicos. Sistema de conduo: eixo central revestido. Proceder tutoragem das plantas. O material a utilizar na atadura deve ser flexvel para evitar o estrangulamento das rvores.
3.2 Poda de formao
Desinfectar os utenslios de poda. Formar as rvores com o mnimo de intervenes. As ramificaes devero ser simples e radiais e bem
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guarnecidas de orgos de frutificao at ao eixo central.
3. MANUTENO DO POMAR (cont1.)
3.2 Poda de formao (cont.)
Obter o equilbrio do crescimento vegetativo atravs do favorecimento da inclinao dos ramos, promovendo a diferenciao floral. Efectuar poda em verde para corrigir a forma da rvore. Manter bem iluminada a base da copa.
3.3 Poda de produo
Desinfectar os utenslios de poda. Adequar a poda ao vigor e desenvolvimento da rvore. Manter os ngulos de insero dos ramos laterais abertos (mais de 45). Definir a intensidade da poda atravs da anlise da quantidade de gomos florais. Efectuar poda em verde. Triturar e deixar a lenha da poda superfcie do solo, em pomares sem problemas fitossanitrios. Uma adequada iluminao e arejamento da copa e o equilbrio entre frutificao e vegetao. Manter bem iluminada a base da copa.
Proceder queima ou remoo do material proveniente das podas, quando a permanncia deste no pomar possa potenciar problemas fitossanitrios ou seja necessrio mobilizar para incorporao da matria orgnica. No caso de queima obrigatrio proceder de acordo com a legislao em vigor.
3.4 Reguladores de crescimento
Controlar o vigor e/ou induzir a quebra de dormncia, quando necessrio, recorrendo aos produtos fitofarmacuticos da Lista de PI (Quadros 5.5 e 5.8 - Anexo V).
Utilizar produtos fitofarmacuticos destinados exclusivamente a modificar as caractersticas naturais dos frutos, como a forma e colorao.
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3. MANUTENO DO POMAR (cont2.) 3.5 Monda de frutos
Proceder monda de frutos para optimizar o calibre e regularizar as colheitas. Eliminar os frutos danificados e fora das especificaes de qualidade. Realizar a monda manual o mais cedo possvel, de preferncia antes da induo floral.
3.6 Controlo dos rebentos de porta-enxertos
Eliminar e/ou manter com reduzido desenvolvimento os rebentos de porta-enxertos durante o ciclo vegetativo.
4. CONSERVAO DO SOLO 4.1 Nas entrelinhas
Manter o revestimento das entrelinhas do pomar com um coberto vegetal, entre 15 de Novembro e 01 de Maro, que poder ser semeado ou espontneo.
Promover a biodiversidade, no enrelvamento permanente, utilizando espcies bem adaptadas a cada regio, tendo em conta o tipo de solo, a massa vegetal desenvolvida, a poca de florao, a fixao de azoto, a resistncia ao calcamento e a manuteno da fauna auxiliar. Eliminar as manchas de infestantes vivazes na instalao do enrelvamento permanente ou durante o seu maneio. Manter o coberto vegetal atravs de meios mecnicos, ficando a massa vegetal cortada sobre a superfcie do terreno. A faixa de vegetao deve ter uma largura superior bitola/rodado do tractor. Evitar circular com mquinas e alfaias em solos muito hmidos. Reduzir as mobilizaes do solo, a fim de minimizar os riscos de eroso e de compactao dos solos, no devendo ser feitas no sentido do maior declive (IQFP =3). Cortar o coberto vegetal quando 10 a 20% das flores do pomar estiverem abertas.
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4. CONSERVAO DO SOLO (cont.)
4.2 Nas linhas
Deixar uma faixa de terreno livre de vegetao. Esta faixa deve ser mantida limpa para evitar a proliferao de ratos. Ter cuidado em plantaes novas com a aplicao de herbicidas. O controlo das infestantes pode ser efectuado por meios mecnicos, qumicos ou fsicos.
5. REGA 5.1 Rega
Cumprir a legislao em vigor, na captao de gua para rega. Medir directa ou indirectamente os consumos de gua de rega. Instalar vlvulas anti-retorno nos sistemas com fertirrega e aplicao de produtos fitofarmacuticos.
Rega localizada. Eleger o emissor, na rega localizada, que melhor se adapte s caractersticas do solo da parcela. Garantir uma disponibilidade mnima de gua para rega. Definir os sectores de rega, tendo em considerao o gradiente de fertilidade do solo e as necessidades hdricas da cultura. Gerir as dotaes em funo do balano hdrico do solo (calculado ou medido por sondas), da capacidade de infiltrao do solo, das necessidades da cultura (ETC) e do vigor do porta-enxerto. Fazer a manuteno do sistema de distribuio de gua de forma a mant-lo em boas condies de conservao e de funcionamento, antes do incio da campanha, assegurando um Coeficiente de Uniformidade Mnimo de 80% (Anexo II). Selar toda a estrutura hidrulica (furo, poo ou charca), que por motivo de improdutividade, m construo e deteriorao da captao e/ou qualidade da gua ou outra, no permita a captao de gua.
Rega por gravidade em solo de textura ligeira (arenosa, areno-franca e franco-arenosa).
A rega por gravidade, por caldeiras, em solo de textura ligeira.
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5. REGA (cont.) 5.2 Anlise gua de rega
Periodicidade mxima de 4 anos, quando no haja restries de uso. Analisar a gua da rega anualmente, quando haja parmetros de determinao obrigatria que excedam os limites mximos recomendados fixados pela legislao em vigor. Efectuar a anlise de gua de rega antes da plantao, no ano da adeso ao modo de produo integrada (ou ter uma anlise com menos de 4 anos). Determinaes analticas: bicarbonatos, boro, clcio, cloretos, condutividade elctrica, magnsio, nitratos, PH (H20), sdio e razo de adsoro de sdio ajustada.
Proceder colheita de amostras de gua antes do incio da rega de modo a poder aplicar atempadamente as medidas de correco e/ou a contabilizao dos nutrientes. Valores de parmetros mximos recomendados: condutividade elctrica 1 dS/m; RAS ajustado 8, cloretos 70 mg/L e boro 0,3 mg/L. Proceder s correces possveis da qualidade da gua. Determinaes analticas: ferro, mangans, sulfatos, slidos em suspenso, fsforo e potssio. Respeitar as condies de amostragem (Quadro 4.5 - Anexo IV).
6. FERTILIZAO 6.1 Fertilizao de instalao
Efectuar uma anlise ao solo, antes da plantao, de forma a ser estabelecido um plano de fertilizao. As operaes para incorporao dos fertilizantes s tero lugar com o solo em estado de sazo. Aplicar correctivos orgnicos em solos em que o nvel de matria orgnica baixo a muito baixo, o valor de pH (H2O) inferior a 6 e o teor de cobre extravel superior a 20 ppm. Aplicar matria orgnica em solos de textura grosseira (arenosa, areno-franca e franco-arenosa), baixos na mesma. Corrigir a acidez do solo sempre que o pH (H2O) seja inferior a 5,6.
Aplicar os fertilizantes aps a sistematizao do terreno e incorpor-los da forma mais adequada. Aplicar correctivos orgnicos, nomeadamente em solos com baixo teor de matria orgnica (inferiores 1% em pomares de sequeiro e 1,5% em pomares de regadio), de forma a melhorar a fertilidade do solo. Quantidades de fsforo e potssio a aplicar ao solo em funo das classes de fertilidade do solo (Quadros 3.2 a 3.8 - Anexo III). Dar preferncia utilizao de calcrio para elevar o pH de solos cidos.
Aplicaes de azoto mineral at plantao. Aplicar, instalao do pomar, quantidades superiores a 30 t por hectare de estrume de bovino bem curtido, ou quantidade equivalente de outro correctivo orgnico de qualidade. Ultrapassar quantidades mximas de fsforo e potssio (Quadro 3.1 - Anexo III). Aplicaes de potssio superiores a 120 kg de K2O/ha em solos de textura ligeira e de baixa
Em solos de textura ligeira e de baixa capacidade de troca catinica a aplicao de quantidades de potssio superior a 120 kg de K2O/ha deve ser fraccionada aps a plantao e at entrada em produo.
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6. FERTILIZAO (cont1.)
6.1 Fertilizao de instalao (cont.)
capacidade de troca catinica. Ultrapassar as quantidades mximas permitidas de azoto aps a plantao (Quadro 3.1 - Anexo III).
6.2 Fertilizao de produo
Ter um plano de fertilizao que contemple as quantidades de fertilizantes (macro e micronutrientes) a aplicar, o seu fraccionamento e as pocas e formas de aplicao a fim de evitar perdas, obter a mxima eficincia na sua utilizao e evitar a salinizao do solo. Fundamentar o plano de fertilizao em anlises de terra, da gua de rega (se o pomar for regado) e na anlise foliar, tal como nas caractersticas do pomar (nvel de produo, regadio ou sequeiro; densidade das rvores, etc.). Os nutrientes veiculados pela gua de rega, bem como pelos correctivos orgnicos aplicados devem, tambm, ser contabilizados. H uma tolerncia de at 5 Kg de N/ha/ano, quando este veiculado pelos nitratos da gua de rega. Justificar eventuais aplicaes de nutrientes por via foliar com base nos resultados das anlises de terra, gua e foliares e historial do pomar. Esta justificao, da responsabilidade do tcnico ou fruticultor, deve ficar registada no plano de fertilizao.
Fraccionar as aplicaes de azoto mineral acima dos 40 kg/ha. Aplicar preferencialmente os fertilizantes ao solo. Aplicar correctivos orgnicos ou minerais fora do ciclo vegetativo (entre a colheita e a rebentao), devendo ser evitados perodos chuvosos. Aplicar as quantidades de azoto, fsforo e potssio recomendadas (Quadros 3.2 a 3.8 - Anexo III). Considerar as necessidades para a manuteno do coberto vegetal permanente, nomeadamente sua instalao, e o historial da cultura nos anos precedentes (estado nutricional, potencial produtivo, etc.).
Ultrapassar as quantidades mximas permitidas de azoto, fsforo e potssio (Quadro 3.1 - Anexo III).
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PERMITIDO COM RESTRIES
6. FERTILIZAO (cont2.)
6.2 Fertilizao de produo (cont.)
Corrigir a acidez do solo sempre que o pH (H2O) seja inferior a 5,6.
6.3 Anlise de terra
Efectuar a anlise de terra antes da plantao ou antes da adeso ao modo de produo integrada, ou ter uma anlise com menos de 4 anos. Colheita instalao a uma profundidade de 0 a 50 cm. Colheita, em pomares j instalados, de 4 em 4 anos a uma profundidade de 0 a 50 cm ou de 0 a 25 cm, se na zona do bolbo. Proceder s seguintes determinaes analticas: 1 amostragem: granulometria e capacidade de troca catinica, pH, necessidade de cal se necessrio, calcrio total (e activo, se a pesquisa de carbonatos for positiva), matria orgnica, condutividade elctrica, bases de troca, fsforo, potssio, magnsio, ferro, mangans, zinco, cobre e boro assimilveis; Amostragens seguintes: pH, necessidade de cal se necessrio, matria orgnica, condutividade elctrica (pomares regados), fsforo, potssio, magnsio e boro.
Colheita instalao de amostras de terra, s profundidades de 0-20 cm e de 20-50 cm. Colheita de amostras de terra, s profundidades de 0-20 cm e de 20-50 cm, na zona de projeco da copa fora da zona de influncia dos gotejadores (em pomares regados). Colher uma amostra de terra na zona do bolbo hmido, a partir de sub-amostras colhidas na camada 0-25 cm, no caso dos pomares sujeitos a rega localizada. Em solos cidos, nas amostragens seguintes, as determinaes a efectuar devem incluir tambm o mangans, o zinco e o cobre assimilveis ou extraveis. Respeitar as condies de amostragem (Quadros 4.1 e 4.2 - Anexo IV).
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PERMITIDO COM RESTRIES
6. FERTILIZAO (cont3.)
6.4 Anlise de gua
Vide rea temtica 5 - Rega
6.5 Anlise foliar
Proceder colheita de uma amostra de folhas por unidade de amostragem, no ano de entrada em produo. Colher cada amostra em 15 ou mais rvores seleccionadas ao acaso e previamente marcadas, que constituem a unidade de amostragem. Periodicidade: anual em 5 anos consecutivos, aps o qual passa a bianual, desde que no ltimo ano todos os nutrientes de determinao obrigatria se encontrem dentro do nvel suficiente. Assim no sendo, a anlise foliar continuar a ser de periodicidade anual at se verificar a condio anterior. Efectuar a amostragem das folhas na poca para a qual existam valores de referncia para a espcie e ou cultivar. Determinar em cada amostra de folhas: azoto, fsforo, potssio, clcio, magnsio, enxofre, ferro, mangans, zinco, cobre e boro. Utilizar como valores de referncia os que esto estabelecidos/adoptados a nvel nacional (Quadros 3.4 e 3.5 - Anexo III). Ver condies de amostragem (Quadro 4.3 - Anexo IV).
Monitorizar o estado de nutrio do pomar anualmente. No colher as amostras de folhas antes de um perodo mnimo de trs dias sobre qualquer tratamento (aplicao de fertilizantes ou de produtos fitofarmacuticos) que a elas tenha sido aplicado. Determinao do molibdnio. Em caso de observao de sintomas de desequilbrio nutricional em zonas do pomar, efectuar a colheita de amostras de folhas homlogas em plantas afectadas e em plantas aparentemente sem sintomas, independentemente da poca do ciclo vegetativo. As duas amostras, colhidas em plantas com sintomas e sem manifestao daqueles, devem ser tambm provenientes de plantas da mesma cultivar, porta-enxerto, etc.
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6.6 Anlise de frutos
Efectuar a anlise mineral dos frutos, a partir da entrada em produo, em amostras colhidas na unidade de amostragem. Determinaes analticas: azoto, fsforo, potssio, clcio, magnsio e boro. Ver condies de amostragem (Quadro 4.4 - Anexo IV).
6.7 Correctivos orgnicos
A aplicao de estrume e ou chorume deve ser realizada de acordo com a legislao em vigor. Aplicao de estrume: enterramento no mais curto espao de tempo aps o espalhamento, at um perodo mximo de 24h. Aplicao de chorume: incorporao no solo deve ser realizada imediatamente aps a sua aplicao at um perodo mximo de 4h.
Usar prioritariamente os correctivos orgnicos que tenham origem nas exploraes agro-pecurias. Utilizar estrumes bem curtidos. Aplicar o estrume aps a colheita, antes da emergncia das infestantes de Outono (ou seja antes do incio das primeiras chuvas) de forma a reduzir os riscos de eroso. Contabilizar os elementos fertilizantes fornecidos pela matria orgnica (estrumes e chorumes) utilizando os valores de composio mdia constantes no Quadro 3.9 (Anexo III). Sendo necessrio efectuar determinaes analticas, devem ser: pH (H2O); carbono orgnico; azoto, fsforo, potssio, clcio, magnsio, enxofre, sdio, mangans, zinco, cobre, cdmio, nquel, crmio, mercrio e chumbo totais; matria seca e condutividade elctrica.
Aplicao de lamas e RSU que cumpram os limites mximos constantes no Quadro 3.10 (Anexo III).
7. FITOSSANIDADE 7.1 Estimativa do risco e NEA
Acompanhar o ciclo biolgico dos inimigos das culturas, efectuando, a estimativa do risco e a tomada de deciso, considerando o estado fenolgico, a presena de auxiliares, o estado de desenvolvimento do inimigo da cultura nas parcelas e as condies meteorolgicas. Considerar a metodologia de estimativa do risco e o NEA constantes nos Quadros 5.1 e 5.2 (Anexo V) e as actualizaes peridicas constantes no site da DGADR. Registar no caderno de campo os resultados da estimativa do risco recolhidos nas parcelas.
A tomada de deciso com base em NEA diferentes dos constantes nos Quadros 5.1 e 5.2 (Anexo V) pode ocorrer quando devidamente justificada, face importncia e extenso dos possveis estragos ou prejuzos causados pelo inimigo a combater.
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7. FITOSSANIDADE (cont1.) 7.2 Seleco dos meios de luta
Utilizar todas as estratgias de proteco, que menos afectem o Homem e o Ambiente e permitam a reduo dos nveis populacionais dos principais inimigos da cultura a nveis aceitveis; Dar prioridade, sempre que possvel, utilizao de estratgias de proteco biolgicas, biotcnicas, culturais, fsicas ou genticas. Registar os meios de luta no caderno de campo (tratamentos fitossanitrios e outros), de acordo com a legislao em vigor.
Utilizar medidas de luta cultural que limitem o desenvolvimento de inimigos da cultura, nomeadamente retirar os frutos da rvore e proceder destruio dos frutos cados no solo. Preservar os auxiliares e, se possvel, contribuir para o seu fomento. Seguir as recomendaes preconizadas pelo SNAA, sempre que estejam disponveis, nomeadamente para as doenas.
Deixar a fruta abandonada no cho e na rvore, se esta representar perigo de propagao de mosca da fruta.
7.3 Luta qumica
Realizar tratamentos fitossanitrios, quando necessrio, utilizando os produtos fitofarmacuticos permitidos em proteco integrada de pomideas Lista de PI (Quadros 5.3 a 5.10 - Anexo V) e as actualizaes peridicas constantes no site da DGADR. Alternar as substncias activas e o seu modo de aco a fim de evitar problemas de resistncias, de acordo com as indicaes do rtulo. Respeitar os intervalos de reentrada dos produtos fitofarmacuticos, quando aplicvel.
Seleccionar os produtos fitofarmacuticos da Lista de PI, em funo da sua eficcia, persistncia, custo e efeitos secundrios em relao ao Homem, aos auxiliares e ao meio ambiente.
Utilizar produtos fitofarmacuticos no autorizados na Lista de PI.
7.4 Equipamento de aplicao de produtos fitofarmacuticos
Realizar a inspeco do equipamento de aplicao at 26 de Novembro de 2016, de acordo com a legislao em vigor. Os utilizadores profissionais devem zelar pela correcta regulao e manuteno peridica dos equipamentos, em particular pela substituio dos componentes e acessrios desgastados ou danificados, no exerccio habitual da actividade.
Regular o equipamento de acordo com o estado fenolgico da cultura, o tipo de inimigo a combater e o tipo de produto fitofarmacutico a aplicar.
Utilizar equipamentos de aplicao de produtos fitofarmacuticos que no tenha sido aprovado em inspeco a partir de 26 de Novembro de 2016.
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7. FITOSSANIDADE (cont2.) 7.4 Equipamento de aplicao de produtos fitofarmacuticos (cont.)
Fazer a limpeza dos equipamentos de aplicao de produtos fitofarmacuticos de acordo com a legislao em vigor.
7.5 Preparao e aplicao de produtos fitofarmacuticos
A aplicao de produtos fitofarmacuticos s poder ser feita por utilizadores de acordo com a legislao em vigor. Utilizar equipamento de proteco individual (EPI) de acordo com o recomendado no rtulo. De acordo com a legislao em vigor: - Cumprir os requisitos estabelecidos para as
zonas de preparao das caldas; - Respeitar os requisitos de segurana
durante a manipulao e preparao de caldas; - Eliminar os restos de caldas dos tratamentos
fitossanitrios.
Evitar realizar os tratamentos fitossanitrios com condies meteorolgicas adversas. Proceder ao corte do coberto vegetal, sempre que este se encontre em florao, antes da realizao dos tratamentos fitossanitrios. Formao dos utilizadores em Aplicao de Produtos Fitofarmacuticos.
Aplicar produtos fitofarmacuticos por utilizadores que no estejam devidamente autorizados, de acordo com a legislao em vigor.
7.6 Armazenamento de produtos fitofarmacuticos
Armazenar os produtos fitofarmacuticos em instalaes exclusivamente destinadas a este fim, de acordo com a legislao em vigor. Manter no armazm os produtos fitofarmacuticos obsoletos na embalagem original, rotulada.
7.7 Gesto de embalagens vazias de produtos fitofarmacuticos
Realizar a gesto e o transporte das embalagens vazias de produtos fitofarmacuticos de acordo com a legislao em vigor. Submeter tripla lavagem as embalagens rgidas, at 25L ou 25Kg, e inutilizar.
O abandono de embalagens vazias ou com restos de produtos fitofarmacuticos.
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7. FITOSSANIDADE (cont3.) 7.7 Gesto de embalagens vazias de produtos fitofarmacuticos (cont.)
Esgotar do contedo e inutilizar sem lavagem prvia as embalagens no rgidas de qualquer capacidade e as embalagens rgidas de 25 a 250L/Kg. Esgotar o contedo de embalagens de capacidade superior a 250L/Kg e contactar a empresa detentora da autorizao de venda. Colocar os resduos de embalagens de produtos fitofarmacuticos em sacos de recolha, os quais devem ser transparentes, impermeveis e com boa resistncia. O local de armazenamento temporrio de embalagens vazias deve respeitar a legislao em vigor. Entregar os sacos com embalagens vazias nos centros de recepo.
8. COLHEITA 8.1 Determinao da poca ideal de colheita
Colher os frutos num estado de maturao que permita obedecer s exigncias de qualidade comercial. Colher uma amostra para testes de maturao representativa do lote (mnimo de 10 frutos), da mesma cultivar. Iniciar os testes de maturao cerca de 20 dias antes da data prevista de incio de colheita. Determinar a data de colheita de acordo com os valores indicativos dos ndices de maturao: nmero de dias aps a plena florao, dureza, ndice refractomtrico, ndice de regresso do amido, cor da epiderme e das sementes. Utilizar os valores indicativos de nmero de dias aps a plena florao, a dureza e ndice refractomtrico colheita de algumas cultivares constantes nos Quadros 6.1 e 6.2 (Anexo VI).
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8.2 Procedimentos colheita
Realizar a colheita na poca mais indicada para cada cultivar, em condies adequadas para evitar danos nos frutos o que influencia a qualidade e o poder de conservao dos mesmos. Os seguintes cuidados de colheita:
- Colher os frutos sos, com pednculo e sem folhas; - S utilizar embalagens prprias de colheita, limpas e isentas de matrias estranhas; - Sempre que possvel a fruta deve ser colhida directamente para caixas, palotes ou sacos de colheita; - Manusear os frutos com o mximo cuidado para evitar danos mecnicos (impacto, compresso e vibrao); - Favorecer a colheita dos frutos com um estado de maturao homogneo; - Os frutos colhidos devem obedecer s normas de qualidade do regulamento comunitrio em vigor, e aos parmetros comerciais estabelecidos; - No apanhar frutos cados do cho; - No colher frutos molhados; - Evitar que a fruta colhida fique exposta ao sol; - Transportar a fruta para a central de acondicionamento no mesmo dia em que for colhida.
9. PS-COLHEITA
9.1 Condies de armazenamento
Armazenar a fruta o mais rpido possvel aps a colheita. No armazenar na mesma cmara fruta em diferentes estados de maturao. A estiva deve possibilitar uma circulao de ar no interior das cmaras, de forma homognea e contnua, para que o arrefecimento seja o mais uniforme possvel. Utilizar a densidade de carga mxima 250 kg/m3 para peras e de 220 kg/m3 para mas. No misturar espcies/cultivares com sensibilidades distintas aco do etileno na mesma cmara.
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9. PS-COLHEITA (cont1.)
9.1 Condies de armazenamento (cont.)
O perodo de armazenamento dos frutos est dependente do sistema de conservao utilizado (atmosfera normal ou atmosfera controlada), e da evoluo dos atributos de qualidade dos frutos. Adequar o perodo de conservao aos atributos de qualidade dos frutos e em funo da qualidade pretendida. Manter a humidade relativa de conservao dos frutos entre 90 a 95% para todas as cultivares. Manter uma temperatura constante do ar na cmara, adequada a cada cultivar (Quadro 6.3 - Anexo VI). Efectuar a manuteno da estanquicidade das cmaras em atmosfera controlada (AC). Utilizar as condies para a conservao de algumas cultivares de pereira e macieira constantes no Quadro 6.3 (Anexo VI). Ter tambm em conta outras tecnologias de conservao com valores mais baixos de oxignio como AC dinmica ou stress inicial por baixo O2 (ILOS Inicial Low Oxygen Stress).
9.2 Armazenamento dos frutos - medidas profilticas
Antes da Colheita Manter o pomar em bom estado sanitrio. Realizar podas sanitrias para remoo de cancros e outras necroses. Pr - armazenamento Limpeza e desinfeco das cmaras e vasilhame aps estarem vazios. Antes de iniciar o enchimento da cmara repetir a limpeza e desinfeco (lavagem ou fumigao). Utilizar na limpeza e desinfeco das cmaras e vasilhame produtos biocidas reconhecidos para uso alimentar de acordo com legislao em vigor. Respeitar as recomendaes tcnicas de utilizao dos produtos de limpeza e desinfeco.
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9. PS-COLHEITA (cont2.)
9.2 Armazenamento dos frutos - medidas profilticas (cont.)
Durante o Armazenamento Evitar as oscilaes trmicas superiores a 1C no interior das cmaras para reduzir as perdas de qualidade. Controlar a temperatura e humidade relativa no interior da cmara, assim como, os teores de gases (O2 e CO2) em AC. Periodicamente retirar uma amostra de fruta e verificar a evoluo da maturao atravs da dureza e ndice refractomtrico. Verificar regularmente o bom funcionamento das sondas de temperatura dentro das cmaras de modo a garantir uma leitura correcta. Manuseamento Retirar diariamente, toda a fruta com sintomas de podrides da zona de embalamento de modo a reduzir os focos de contaminao. Lavar e desinfectar periodicamente todo o material empregue no manuseamento (linhas de embalamento).
9.3 Armazenamento dos frutos - proteco fitossanitria
Utilizao de produtos fitofarmacuticos constantes na Lista de PI.
Pr - Colheita Proteco fitossanitria dos frutos durante o perodo de maior sensibilidade a infeces por fungos causadores de podrides (Gloeosporium sp., Trichoseptoria sp, Phytophthora sp. e Stemphyllium sp.). Ps Colheita Realizar durante a queda das folhas e o abrolhamento, aplicaes cpricas para proteco das feridas da contaminao dos fungos Nectria galligena Bres., Gloeosporium sp. e Trichoseptoria sp.. Os tratamentos fitossanitrios podem ser efectuados por imerso, banho, pulverizao, termonebulizao ou fumigao.
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ANEXOS
ANEXO I Localizao e escolha do terreno
ANEXO II Rega
ANEXO III Fertilizao
ANEXO IV Mtodos e regras de amostragem
ANEXO V Fitossanidade
ANEXO VI Valores indicativos de alguns parmetros colheita e para conservao
ANEXO VII Entidades e tcnicos que participaram na elaborao do documento
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ANEXO I
Localizao e escolha do terreno
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo I Localizao e escolha do terreno
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RELATRIO TCNICO
Este relatrio dever ser efectuado antes da instalao de um pomar sempre que no se cumpra um dos pr-requisistos da rea temtica 1. Instalao e escolha do terreno das NORMAS de Produo Integrada.
1. IDENTIFICAO DO BENEFICIRIO Nome: NIF: Morada: NIFAP: Cdigo Postal: Local: Freguesia: Concelho: Distrito: Telefone: Fax: Telemvel: E-Mail: 2. IDENTIFICAO DO TCNICO Nome: Entidade: 3. CARACTERIZAO DA PARCELA
N Nome N rea Forma Parcela Parcela Parcelrio (ha) Explorao (1) IQFP Exposio (2)
(1) Conta prpria (cp); Arrendamento (ar); Comodato (cd). (2) Predominante: Norte (N); Sul (S); Este (E); Oeste (O). 4. OCUPAO CULTURAL ANTERIOR
N Porta- Ano Manuteno Parcela Actividade Espcie Cultivar Enxerto Instalao do Solo Produtividade (3)
(3) Baixa (B); Mdia (M); Alta (A).
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo I Localizao e escolha do terreno
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5. APTIDO FRUTCOLA S/N Com anlise do perfil do solo: S/N Justificao a) Solo com aptido frutcola S/N
Matria Orgnica pH Mineral
b) Solo com aptido frutcola, mas com necessidades de correco (4)
Outras (4) Assinalar necessidades correco, baseadas na anlise solo S/N Justificao
Vento Insolao c) Condicionantes climticas Outras (5)
(5) Risco geada, granizo. 6. PREPARAO SOLO
Tipo (6) Profundidade Justificao S/N (cm) Surriba Lavoura Ripagem cruzada Ripagem simples Sem Mobilizao Outras (6) assinalar tipo de preparao do solo adequada S/N Justificao Terraplanagem 7. DRENAGEM S/N Justificao
Tubo c/ brita Tubo c/ filtro Manilhas
Interna
Outras S/N
Valas abertas Manilhas Externa Outras
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo I Localizao e escolha do terreno
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8. REPLANTAO Cultura a instalar: Espcie: Cultivar: P.E.: Cultura antecedente apresentou sintomas: S/N Justificao Baixa fertilidade do solo Doenas solo (7) Asfixia radicular Fraco desenvolvimento (7) ex: Rosellinea, Armillaria, Phythophthora, Agrobacterium, Nematodos. 9. ROTAO S/N Necessidade rotao N Anos Cultura Justificao S/N Sem necessidade rotao 10. AVALIAO Parecer: Favorvel Desfavorvel Tcnico: Data: 11. DECLARAO DE COMPROMISSO
Declaro sob compromisso de honra que me comprometo a implementar as medidas estabelecidas neste relatrio.
Fruticultor: Data:
Nota: Este relatrio dever ser anexado ao caderno de campo. O tcnico responsvel pela sua execuo dever ser, preferencialmente, o tcnico da Organizao de Agricultores a que o fruticultor est associado. Quando o fruticultor no estiver associado, o relatrio dever ser efectuado por um tcnico acreditado em produo integrada de pomideas, com mais de 5 anos de experincia.
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ANEXO II
Rega
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo II Rega
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AVALIAO DO SISTEMA DE REGA
Esta lista tem como objectivo ajudar a verificar se o sistema de distribuio de gua est em boas condies de conservao e de funcionamento. Deve ser realizado antes do incio de cada campanha.
1. IDENTIFICAO DO AGRICULTOR
Nome: NIF
2. IDENTIFICAO DA EXPLORAO
Local: Freguesia: Concelho
3. CARACTERIZAO DA PARCELA COM REGA
Parcela N Tipo de Tipo de N Nome N Parcelrio Sectores Rega 1 Emissores 2
Dbito (l/h)
(1) Localizada (L); Sulco (S); Alagamento (Al). (2) Gotejador (GG); Microaspressor (MA); No aplicvel (na).
4. CARACTERIZAO DE CENTRAIS DE REGA
N Central Localizao1 Fertirrega2 Vlvula anti-
retorno2
(1) Nome da parcela onde se encontra (2) Sim (S); No (N)
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo II Rega
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5. VERIFICAO DO ESTADO DE FUNCIONAMENTO Conformidade Pontos de Controlo
Sim No N/A Observaes
1. CENTRAL DE REGA
1.1 Existem fugas de gua na Bomba? 1.2 Existem fugas de gua nos Filtros? 1.3 Existem fugas de gua nas Ligaes? 1.4 Existem fugas de gua no Injector de fertilizantes?
2. REDE PRIMRIA E SECUNDRIA 2.1 Existem fugas de gua em Ligaes? 2.2 Existem fugas de gua em Rupturas?
3. REDE TERCIRIA E RAMAIS 3.1 Existem fugas de gua em Ligaes? 3.2 Existem fugas de gua em Rupturas? 3.3 Existe entupimento nos Emissores?
3.4 Em caso afirmativo, indicar o nvel: Nvel 1: < 5%; Nvel 2: < 10%; Nvel 3: 10%
6. AVALIAO
Na avaliao final do sistema no devem existir quaisquer fugas de gua. No caso de existncia de entupimentos nos emissores com valores entre 5 e 10% deve aplicar-se medidas correctivas,
nomeadamente, a limpeza do sistema de rega com recurso a cidos razo de 2 a 4 L/m3. O correcto controlo de um sistema de rega fundamental para um eficiente uso da gua. Este comea pela avaliao da uniformidade de rega, atravs da determinao do coeficiente de uniformidade (CU) de um sector de rega. Este coeficiente poder ser determinado usando o mtodo de Keller e Karmali, que consiste na medio do dbito de 16 gotejadores por sector, durante 2 minutos, seleccionando quatro linhas de rega (ver figura direita), respectivamente, a primeira, as correspondentes ao 1 e 2 tero da distncia e a ltima. Escolher em cada linha quatro gotejadores (o primeiro, os correspondentes ao 1 e 2 tero da distncia e o ltimo). Aps estas determinaes, aplicar a frmula CU = 100 x (mdia dos 4 gotejadores com os menores dbitos) / mdia dos 16 gotejadores. A interpretao deste coeficiente ser baseada no seguinte: CU 90% - boa uniformidade; 70% CU < 90% - dbitos heterogneos, algumas obturaes; CU < 70% - m uniformidade, obturaes graves ou erros hidrulicos. Responsvel: Data
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ANEXO III
Fertilizao
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo III Fertilizao
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Quadro 3.1 - Quantidades mximas permitidas de azoto total*, fsforo, potssio para pomideas (kg/ha).
Instalao e entrada em produo* Nutriente
Pomares de regadio Pomares de sequeiro Produo
N
1 ano 40
2 ano 60
1 ano - 20
2 ano - 20
3 ano - 40
4 ano - 40
90 origem mineral ou mineral e orgnica**
130 exclusivamente de origem orgnica**
P2O5 200 130
K2O 300 260
Obs: *(mineral + proveniente da matria orgnica aplicada incluindo instalao + gua de rega); **azoto total.
Quadro 3.2 - Quantidades de fsforo, de potssio e de magnsio recomendadas instalao do pomar, consoante a classe de fertilidade do solo (kg/ha).
Classes de fertilidade
Fsforo P2O5
Potssio K2O
Magnsio Mg
MB 200 300 60
B 150 225 45
M 100 150 30
A 50 50 15
MA 0 0 0
Obs:MB - muito baixa; B - baixa; M - mdia; A - alta; MA - muito alta
Quadro 3.3 - Recomendao de fertilizao para pomares de pomideas em produo integrada, expressa em kg/ha
de N, P2O5, K2O e Mg, com base na composio foliar e na produo esperada (t/ha).
Azoto Fsforo Potssio Magnsio
N P2O5 K2O Mg Produo Esperada
(t/ha) Insuficiente Suficiente Elevado Suficiente Suficiente Suficiente
< 20 21 - 30 0 - 20 0 - 10 10 30 5
20 31 - 40 20 - 30 0 - 15 10 40 5
40 51 - 60 30 - 50 0 - 25 20 75 10
60 71 - 80 40 - 70 0 - 35 30 110 20
> 60 81 - 90 45 - 80 0 - 40 60 130 30
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo III Fertilizao
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Quadro 3.4 - Nveis de macronutrientes adequados em folhas de macieiras e pereiras colhidas no tero mdio dos
lanamentos do ano, na poca usual de colheita. Valores referidos matria seca a 100-105 C. Azoto Fsforo Potssio Clcio Magnsio Enxofre
Espcie Cultivar (% N) (% P) (% K) (% Ca) (% Mg) (% S)
Rocha 1,95-2,60 0,14-0,18 0,90-1,60 1,25-2,10 0,20-0,50 0,20-0,30 Pereira
Outras 2,00-2,50 0,15-0,30 1,20-1,60 1,20-1,80 0,20-0,30 0,20-0,30
Bravo de Esmolfe 2,30-2,70 0,17-0,19 0,90-1,40 1,25-1,55 0,20-0,25 0,19-0,25
Golden Delicious 2,20-2,50 0,16-0,22 1,20-1,60 1,20-1,80 0,22-0,30
Granny Smith 2,05-2,72 0,17-0,24 1,26-2,00 1,06-1,54 0,13-0,32
Hi-Early 2,51-3,17 0,18-0,22 1,19-1,77 0,93-1,33 0,20-0,30 0,26-0,30
Jonagored 2,29-2,73 0,13-0,17 1,25-1,83 1,24-1,74 0,20-0,30 0,21-0,27
Lysgolden 2,11-2,67 0,23-0,25 1,40-2,23 0,98-1,64 0,11-0,18 0,17-0,23
Red Delicious 2,50-2,80 0,18-0,22 0,90-1,25 1,37-1,45 0,28-0,40
Royal gala 2,50-3,00 0,14-0,20 1,30-2,00 0,90-1,60 0,20-0,30 0,22-0,30
Macieira
Outras 1,90-2,60 0,14-0,40 1,50-2,00 1,20-1,60 0,25-0,40 0,20-0,40
Quadro 3.5 - Nveis de micronutrientes adequados em folhas de macieiras e pereiras colhidas no tero mdio dos lanamentos do ano, na poca usual de colheita. Valores referidos matria seca a 100-105 C.
Ferro Mangans Zinco Cobre Boro Espcie Cultivar
(ppm Fe) (ppm Mn) (ppm Zn) (ppm Cu) (ppm B)
Rocha >45 25-200 25-100 10-20 25-50 Pereira
Outras >45 25-200 25-100 10-20 25-50
Bravo de Esmolfe >45 25-200 10-100 10-50 25-50
Hi-Early >45 25-200 10-100 10-50 25-50
Jonagored >45 25-200 10-100 10-50 25-50
Lysgolden >45 25-200 10-100 10-50 25-50
Royal Gala >45 25-200 10-100 10-50 25-50
Macieira
Outras >45 25-200 10-100 10-50 25-50
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo III Fertilizao
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Quadro 3.6 - Factores de correco para a fertilizao fosfatada de acordo com a anlise foliar e
algumas caractersticas do solo do pomar. (a)
% de calcrio total do solo
< 2 2 20 > 20 Teor de fsforo assimilvel do
solo
Teor foliar de fsforo
Multiplicar a quantidade de P2O5 recomendada por:
Insuficiente 1,8 2,0 2,2 Muito baixo
Suficiente 1,6 1,8 2,0
Insuficiente 1,6 1,8 2,0 Baixo
Suficiente 1,4 1,6 1,8
Insuficiente 1,2 1,3 1,4
Suficiente 1,0 1,1 1,2 Mdio Elevado No aplicar fsforo
Insuficiente (b) 0,8 0,9 1,0
Suficiente 0,5 0,6 0,6 Alto Elevado No aplicar fsforo
Suficiente 0,2 0,3 0,4 Muito alto
Elevado No aplicar fsforo Obs: (a) Adaptado de Legaz & Primo (1998). (b) ter em devida conta a quantidade de azoto aplicada e o seu teor foliar.
Quadro 3.7 - Factores de correco para a fertilizao potssica de acordo com a anlise foliar e algumas caractersticas do solo do pomar. (a)
Textura do solo
Grosseira Mdia Fina Teor de potssio
assimilvel do solo
Teor foliar de potssio
Multiplicar a quantidade de K2O recomendada por:
Insuficiente 1,8 1,9 2,0 Muito baixo
Suficiente 1,6 1,7 1,8
Insuficiente 1,4 1,5 1,6 Baixo
Suficiente 1,3 1,4 1,5
Insuficiente 1,2 1,3 1,4
Suficiente 1,0 1,1 1,2 Mdio Elevado No aplicar potssio
Insuficiente (b) 1,0 1,1 1,2
Suficiente 0,4 0,5 0,6 Alto Elevado No aplicar potssio
Suficiente Muito alto
Elevado No aplicar potssio
Obs: (a) Adaptado de Legaz & Primo (1998); (b) ter em devida conta o nvel de produo, bem como o teor de potssio de troca no solo.
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo III Fertilizao
35
Quadro 3.8 - Quantidades indicativas de fertilizantes a aplicar por via foliar ao pomar de pomideas em produo, em situao de carncia. (a, b, c, d, e)
Nutriente Produto Concentrao do fertilizante Observao
Azoto (N) Ureia (45 %N) (pobre em biureto)
0,5 a 4 kg/100 L (at 10 kg/ha ano)
Aplicar nos estados: boto rosa; queda das ptalas; ps colheita
Potssio (K) Nitrato de potssio (14 % N e 39 % K)
ou sulfato de potssio (40%K)
0,8 Kg/100 L (at 30 kg/ha ano)
Aplicaes aps a plena florao.
Clcio (Ca) Cloreto de Clcio (80% da CaCl2)
0,25 a 0,6 kg/100 L (at 20 a 30 kg/ha ano de CaCl2)
Diminuir a concentrao da soluo com o tempo muito seco ou muito
hmido
Efectuar 1 a 7 aplicaes quinzenais, aps o vingamento dos frutos at colheita. Utilizar as concentraes mais baixas nas primeiras aplicaes
Magnsio (Mg) Sulfato de magnsio (10% Mg)
2 a 4 kg/100 L (at 15 kg/ha ano)
Efectuar 1 a 3 aplicaes, sendo a primeira aps a queda das ptalas
Ferro (Fe) Fe quelatizado (6% Fe)
0,20 kg/100 L Vrias aplicaes
Mangans (Mn) Sulfato de mangans (27% Mn)
0,20 kg/100 L (5 kg/ha ano)
Efectuar 2 aplicaes Na primavera, antes do incio dos crescimentos. (estado dormente ou em ps colheita)
Zinco (Zn) Sulfato de zinco (23% Zn)
0,2 a 0,5 kg/100 L (5 a 10 kg/ha ano)
Efectuar 1 a 3 aplicaes Estado dormente, aps a florao e/ ou em ps colheita
Cobre (Cu) Sulfato de cobre (25% Cu)
4 a 6 kg.ha-1 ano) 0,15 kg/100 L
Efectuar 2 aplicaes Na primavera, antes do incio dos crescimentos. (estado dormente ou em ps colheita)
Boro (B) Doseando 20,5% de boro (6 kg.ha-1 ano) 0,20 a 0,50 kg/100 L
Efectuar 1 a 2 aplicaes, sendo a primeira antes da florao e outra aps a colheita
Obs: (a) Se utilizar produtos que doseiem quantidades diferentes das indicadas, tenha esse facto em conta na concentrao das caldas a adoptar; (b) o uso de fungicidas que veiculam alguns micronutrientes (caso do mangans, zinco e cobre) pode, desde que a sua aplicao seja necessria, prevenir a ocorrncia de tais carncias; (c) a aplicao dos fertilizantes acima indicados pode ser feita em simultneo com os tratamentos fitossanitrios. Porm, de ter em conta as compatibilidades entre eles. Refira-se, por exemplo, que alguns produtos contendo Fe quelatado so incompatveis com produtos base de cobre e o boro sob a forma de Solubor incompatvel com o leo de Vero; (d) as aplicaes devem ser efectuadas com tempo fresco para evitar queimaduras nas folhas. Adicione um molhante para aumentar a eficcia da aplicao; (e) devido s distintas sensibilidades de espcies e cultivares aos fertilizantes, recomenda-se que, antes de generalizar uma aplicao de um dado produto e/ou concentrao (caso no exista experincia do mesmo), se efectue um teste envolvendo um nmero reduzido de rvores (4 p. exemplo). Se alguns dias aps a aplicao da soluo no forem visveis sequelas nas folhas e/ou frutos, pode generalizar a aplicao da soluo na mesma concentrao ao pomar (na cultivar testada).
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo III Fertilizao
36
Quadro 3.9 - Composio mdia de estrumes e de chorumes no diludos de diferentes espcies pecurias (Adaptado
de Agroscope Changins-Wdenswill ACW, 2009).
kg/t de estrume ou kg/m3 de chorume Espcie pecuria / tipo de animal Efluente pecurio1
MS MO Nt Ndisp 2 P2O5 K2O
Estrume 210 175 5,3 1,3 - 2,5 2,2 10,8 Vaca leiteira
Chorume 90 70 4,3 2,2 - 3,0 1,8 8,0 Estrume 210 175 5,3 1,3 - 2,5 2,2 10,8
Vaca aleitante Chorume 90 70 4,3 2,2 - 3,0 1,8 8,0 Estrume 210 175 5,3 1,3 - 2,5 2,2 10,8
Bovino de recria (6 a 24 meses) Chorume 90 70 4,3 2,2 - 3,0 1,8 8,0 Estrume 210 155 5,4 1,3 - 2,5 2,3 8,9
Bovino de engorda intensiva Chorume 90 65 4,3 2,2 - 3,0 1,7 5,2
Viitelo de recria (< 6 meses) Estrume 210 150 5,3 1,3 - 2,5 2,3 5,5
Bovin
os
Vitelo aleitamento (< 3 meses) Estrume 90 150 5,3 1,3 - 2,5 2,3 5,5
Estrume 270 40 7,8 3,1 - 4,7 7,0 8,3 Lugar de porcas reprodutoras (substituio/ gestao/ lactao) Chorume 50 33 4,7 2,4 - 3,3 3,2 3,2
Estrume 270 40 7,8 3,1 - 4,7 7,0 8,3 Lugar de porcos de engorda/acabamento Chorume 50 36 6,0 3,0 - 4,2 3,8 4,4
Estrume 270 40 7,8 3,1 - 4,7 7,0 8,3 Lugar de bcoros / leites desmamados Chorume 50 36 6,0 3,0 - 4,2 3,8 4,4
Estrume 270 40 7,8 3,1 - 4,7 7,0 8,3 Explorao de produo de leites
Chorume 50 33 4,7 2,4 - 3,3 3,2 3,2 Estrume 270 40 7,8 3,1 - 4,7 7,0 8,3
Sun
os
Explorao em ciclo fechado Chorume 50 36 6,0 3,0 - 4,2 3,8 4,4
Explorao ovinos / caprinos carne Estrume 270 200 8,0 3,2 - 4,8 3,3 16,0
Ovin
os /
Capr
inos
Explorao ovinos / caprinos leite Estrume 270 200 8,0 3,2 - 4,8 3,3 16,0
Estrume fresco 350 300 4,4 0,3 - 0,8 2,5 9,8
Equi
nos
Cavalo adulto (> 24 meses) Estrume curtido 350 240 6,8 0,7 - 1,8 5,0 19,5
Excrementos 350 250 21,0 8,4 - 12,6 17,0 11,0 Lugar de galinhas poedeiras
Estrume 500 330 27,0 11,0 - 16,0 30,0 20,0 Lugar de frangas de recria Estrume 500 430 30,0 12,0 - 18,0 26,0 15,0 Lugar de frangos de engorda Estrume 650 440 34,0 14,0 - 21,0 20,0 28,0
Aves
Lugar de perus Estrume 600 400 28,0 12,0 - 18,0 23,0 13,0 Obs :
1 O efluente pecurio produzido depende do tipo de animal e da percentagem de fezes que contm. O tipo e qualidade do estrume dependem da quantidade e qualidade da cama utilizada e da proporo de fezes e de urina que contm.
2 O Ndisp. corresponde fraco que resulta da mineralizao do azoto orgnico que pode ser utilizada pelas culturas em condies ptimas. Nas parcelas que recebem efluentes regularmente, para os planos de fertilizao devero utilizar-se os valores mais elevados de N disponvel.
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo III Fertilizao
37
Quadro 3.10 - Valores-limite da concentrao de metais pesados nos solos e fertilizantes orgnicos, e quantidades mximas
que anualmente se podem incorporar nos solos (Adaptado de LQARS, 2006).
Valores - limite (1) em solos com pH(2) Metais pesados
pH 5,5 5,5< pH 7,0 pH >7,0 Valores-limite(1) nos
fertilizantes orgnicos
Valores - limite das quantidades (3) que podem aplicar-se ao solo
atravs de fertilizantes orgnicos (g/ha/ano)
Cdmio (Cd) 0,5 1 1,5 5 30
Crmio (Cr) 30 60 100 300 3000
Cobre (Cu) 20 50 100 500 3000
Mercrio (Hg) 0,1 0,5 1 5 30
Nquel (Ni) 15 50 70 200 900
Chumbo (Pb) 50 70 100 600 2250
Zinco (Zn) 60 150 200 1500 7500 (1) Expresso em ppm referidos matria seca;
(2) Valores de pH medidos em suspenso aquosa na relao solo/gua de 1:2,5. (3) As quantidades indicadas referem-se a valores mdios de metais pesados incorporados ao solo num perodo de 10 anos atravs de fertilizantes orgnicos.
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas
ANEXO IV
Mtodos e regras de amostragem
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo IV Mtodos e regras de amostragem
39
AMOSTRAGEM PARA REALIZAO DE ANLISES As quantidades de material constituinte das amostras, a forma de as acondicionar e expedir, bem como as indicaes acessrias que as devem acompanhar sero as definidas pelo laboratrio a que se destinam ou, na sua ausncia, seguir as seguintes recomendaes. A amostra dever ser representativa e referir-se a uma unidade de amostragem de cultura de rea no superior a 5 ha. Podero ser consideradas reas superiores a 5 ha desde de que seja justificado. As amostras devero ser entregues nos laboratrios de anlise acompanhadas das respectivas fichas informativas.
Quadro 4.1 Procedimento de colheita de amostra de terra, antes da instalao do pomar. Seleco da zona de
amostragem Procedimento Precaues poca de
amostragem
Parcelas homogneas (cor, textura, declive, drenagem, ultima cultura, etc)
15 subamostras Colhidas em zig-zag Profundidade: 0-50 cm, ou 0-20 e 20-50 cm
Retirar infestantes, pedras e outros detritos superfcie do terreno Evitar locais recem fertilizados, encharcados, reas queimadas, prximo de caminhos, habitaes, estbulos ou que tenham sido ocupados por montes de estrume, adubos ou outras substncias que possam contaminar a amostra
Qualquer poca do ano
Quadro 4.2 Procedimento de colheita de amostra de terra, aps a instalao do pomar. Procedimento Seleco da zona de
amostragem Sequeiro ou rega por alagamento Rega localizada ou fertirega poca de
amostragem
Unidade de amostragem
Amostra constituda no mnimo por 15 subamostras Zona de projeco da copa das rvores marcadas Profundidade: 0-50 cm, ou 0-20 e 20-50 cm
Amostra(s) constitudas no mnimo por 15 subamostras Zona da projeco da copa das rvores marcadas, profundidade de 0-50 cm Bolbo humedecido das arvores marcadas, profundidade de 0-25 cm, contemplar os quadrantes das arvores em idnticas propores.
Qualquer poca do ano (evitar as pocas de fertirrega)
Quadro 4.3 Procedimento de colheita de amostra de folhas. Seleco da zona de amostragem Plantas a amostrar Procedimento
poca de amostragem
Unidade de amostragem
Mnimo de 15 rvores 4 folhas por rvore, correspondendo aos 4 pontos cardeais (mnimo 60 folhas(1)) Tero mdio do ramo do ano, inseridos mesma altura da copa Inteiras, com pecolo, no deterioradas
Na altura da paragem dos crescimentos (2) (3)
Obs: (1) Acondicionar e conservar em frigorfico por num perodo no superior a 48 horas. Ateno s indicaes do laboratrio. (2) Corresponde aproximadamente a: Macieiras - 90-120 DAPF (dias aps a plena florao), consoante a variedade; Pereiras - 100-110 DAPF para a cv. Rocha e 120 DAPF para variedades mais tardias (3) Recomenda-se que a colheita das amostras seja efectuada pela manh ou ao fim do dia
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo IV Mtodos e regras de amostragem
40
Quadro 4.4. Procedimento de colheita de amostra de frutos.
Seleco da zona de amostragem Plantas a amostrar Procedimento
poca de amostragem
Unidade de amostragem
Mnimo de 15 rvores
60 frutos representativos dos calibres dominantes
a) nas primeira e segunda rvores, colhem-se os frutos na base da copa, contemplando os dois primeiros quadrantes da primeira rvore (N - E) e os quadrantes S - W da segunda rvore; b) nas terceira e quarta rvores colhem-se os frutos na zona mdia da copa, contemplando os quadrantes N-E na terceira rvore e os quadrantes S-W na quarta rvore; c) nas quinta e sexta rvores colhem-se os frutos na zona superior da copa contemplando os quadrantes N-E, na quinta rvore e os quadrantes S-W na sexta; d) prossegue-se a colheita segundo a mesma metodologia.
Na impossibilidade de envio imediato da amostra conservar em frio convencional, a uma temperatura adequada espcie amostrada.
Duas a trs semanas antes da colheita da produo.
Quadro 4.5 Procedimento de colheita de amostra de gua de rega.
Origem da gua Procedimento poca de amostragem
Poo, furo, canal, charca, rio
Recipiente de vidro ou plstico, limpo e enxaguado vrias vezes com gua da mesma provenincia que se pretende analisar; Volume da amostra: 0.5 a 1.0 litros, em funo do procedimento do laboratrio; Preferencialmente a amostra deve ser colhida no cabeal de rega, aps ter passado os filtros; Colheita da gua: cerca de 30 minutos aps ter sido iniciada a bombagem: Em guas superficiais em movimento (rio, canal, etc.) colher a amostra onde a corrente seja normal, evitando remoinhos ou zonas de gua estagnada. A profundidade a que deve ser colhida a amostra dever ser a intermdia entre a superfcie e o fundo e no centro da corrente. A boca da garrafa deve estar no sentido contrrio ao da corrente. Evitar a entrada de materiais flutuante (ex. algas, plantas, etc.) Em guas superficiais paradas (charca, poo etc.), se possvel colher a amostra no centro da massa de gua e a mdia profundidade. Evitar a entrada de materiais flutuante (ex. algas, plantas, etc.) O recipiente deve ficar bem cheio, sem bolhas de ar; Aps a colheita deve ser guardada em frio ( 5C).
Qualquer poca do ano, preferencialmente antes do incio da poca de rega
Obs: para anlise potabilidade deve utilizar-se um recipiente esterilizado (fornecido pelo laboratrio ou adquirido na farmcia).
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas
ANEXO V
Fitossanidade
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo V Fitossanidade
42
Quadro 5.1 - Metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais
inimigos - pragas. Estimativa do risco
Praga poca de observao
Mtodo de amostragem
Orgos a observar (*)
NEA Factores de nocividade
afdeos Estado C3-E2 100 gomos ou
inflorescncias 1 - 2 % gomos ou
inflorescncias infestados com ninfas
e adultos 100 infrutescncias
OU
1 - 2 % infrutescncias
infestadas OU
Estado F-J
Observao visual
100 rebentos 2 - 5 % rebentos infestados com ninfas
e adultos Observao
visual 100 rebentos 2 % rebentos
infestados
afdeo cinzento (Dysaphis
plantaginea Pass.) (M)
Vero
Tcnica das pancadas
100 ramos 10 - 30 afdeos
Repouso vegetativo (Ps poda)
100 ramos Presena de posturas
Estado C3-E2 100 gomos ou inflorescncias
1% de gomos ou inflorescncias
infestados
afdeo cinzento (Dysaphis pyri
Fonsc.) (P)
A partir do vingamento dos frutos
Observao visual
100 rebentos 2-5% de rebentos infestados
afdeo negro (Aphis fabae
Scopoli) (P)
Perodo vegetativo
Observao visual
100 rebentos Regio do Oeste: 15% rebentos
infestados
Observao visual
100 rebentos 10 - 15 % rebentos infestados
Estado C3-E2
Tcnica das pancadas
100 ramos 25 - 50 afdeos
afdeo verde (Aphis pomi De
Geer) (M, P)
Estado F a
Setembro
Observao visual
100 rebentos 15 % rebentos infestados
Estado C3-E2 100 gomos ou inflorescncias
60% gomos ou inflorescncias
infestados
afdeo verde migrante
(Rhopalosiphum insertum Walk.)
(M, P) Estado F-J
Observao visual
100 infrutescncias 60% infrutescncias infestadas
Histria do pomar Vigor do pomar Estado fenolgico Adubaes azotadas em excesso Condies meteorolgicas (temperatura e precipitao) Idade do pomar Presena da praga sobre os frutos Natureza e nvel populacional de auxiliares
Obs: (*) 2 orgos x 50 rvores; M - macieira; P - pereira.
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo V Fitossanidade
43
Quadro 5.1 - Metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais
inimigos pragas (cont.). Estimativa do risco
Praga poca de observao
Mtodo de amostragem
Orgos a observar (*) NEA Factores de nocividade
caros tetraniqudeos Amostra
120 gomos = 2 segmentos x 2 gomos
x 30 rvores (**) OU
1000 ovos/amostra
OU
Inverno (Estado A)
Observao em
laboratrio
100 segmentos 30-80% de gomos com mais de 10 ovos
Estado F-J 100 folhas (1/3 inferior do ramo)
M: 50-65% folhas ocupadas
P: 40% folhas ocupadas
Junho-Julho 100 folhas (1/3 mdio do ramo)
M: 50 - 75% folhas ocupadas com formas
mveis P: 50% folhas
ocupadas com formas mveis
aranhio vermelho (Panonychus ulmi
koch.) (M/P)
Desde Agosto
Observao visual
100 folhas (1/3 superior do ramo)
M: 45-50% folhas ocupadas com formas
mveis P: 30% folhas
ocupadas com formas mveis
aranhio vermelho comum
(Tetranychus cinnabarinus (Boisduval))
(P)
Perodo vegetativo
Observao visual
100 folhas Regio do Oeste:
20-30% folhas ocupadas com formas
mveis
Histria do pomar Idade do pomar Susceptibilidade da cultivar aos tetraniqudeos Vigor do pomar Estado fenolgico Adubaes azotadas em excesso; Tratamentos fitossanitrios com produtos muito txicos para os fitosedeos; Condies meteorolgicas (temperatura (>25C) e precipitao); Natureza da flora adventcia (Tetranychus); Nvel populacional de auxiliares, nomeadamente fitosedeos.
caros eriofdeos Repouso vegetativo
---- 2% de frutos atacados na colheita
do ano anterior Estado C3-E2 100 corimbos 5-10 % corimbos
ocupados com formas mveis
Agosto-Colheita
100 frutos 5-10% frutos ocupados
caro da erinose da pereira
(Eriophyes pyri Pgst.)(P)
e caro do
bronzeamento da pereira
(Epitrimerus pyri (Nalepa))
(P) Colheita
Observao visual
1000 frutos (***) 2% frutos ocupados
Estado C3-E2 Aculus schlechtendali
(Nal.) (M)
Julho-Agosto
Observao visual
100 rebentos 10 % rebentos ocupados
Histria do pomar Susceptibilidade da cultivar aos eriofdeos Estado fenolgico Adubaes azotadas em excesso; Tratamentos fitossanitrios com produtos muito txicos para os fitosedeos; Condies meteorolgicas (temperatura (>25C) e precipitao); Abundncia de auxiliares, nomeadamente fitosedeos
Obs: (*) 2 orgos x 50 rvores excepto em (**); (***) 20 frutos x 50 rvores; M - macieira; P - pereira.
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo V Fitossanidade
44
Quadro 5.1 - Metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais
inimigos pragas (cont.). Estimativa do risco
Praga poca de observao
Mtodo de amostragem
Orgos a observar (*)
NEA Factores de nocividade
antonmos Tcnica das pancadas
100 ramos 30-40 adultos Estado B-E2
Observao visual
100 corimbos 15% de corimbos atacados
antonmos (Anthonomus pomorum L. e
Anthonomus pyri Kollar) (M/P) Estado F-J
Observao
visual
100 inflorescncias ou
infrutescncias
presena
Histria do pomar Abundncia de florao
bichado Armadilha
sexual (1 armadilha de 1 a 4 ha)
( 3 levantamentos sucessivos por
semana e Temperaturas
crepusculares de 15C e Hr 65%)
M: 2-3 machos/armadilha
sexual/semana (***) P: 4 machos/
armadilha sexual /semana (***)
1 gerao (Maio-Junho)
Observao visual
1000 frutos (20 frutos x 50 rvores) (**)
0,1-0,5% frutos atacados ou
Presena (****) Armadilha
sexual (1 armadilha de 1 a 4 ha)
Observaes semanais
M: 2-3 machos/ armadilha sexual
/semana (***) P: 3-4 machos/
armadilha sexual /semana (***)
2 gerao (Julho-
meados de Agosto
Observao visual
1000 frutos (20 frutos x 50 rvores) (**)
0,1-0,5% frutos atacados ou
Presena (****) Armadilha
sexual (1 armadilha de 1 a 4 ha)
Observaes semanais
M: 2-3 machos/ armadilha sexual
/semana (***) P: 4 machos/
armadilha sexual /semana (***)
bichado (Cydia pomonella
L.) (M/P)
3 gerao (Meados Agosto-
Colheita)
Observao visual
1000 frutos (20 frutos x 50 rvores) (**)
0,1-0,5% frutos atacados ou
Presena (****)
Histria do pomar Susceptibilidade da cultivar ao bichado Proximidade de pomares abandonados ou no controlados Condies meteorolgicas (temperaturas crepusculares e ventos)
brocas Setembro-Outubro
brocas (Cossus cossus L.)
(M/P) Estado F-J
Observao visual
100 rvores presena Histria do pomar Idade do pomar Proximidade de pomares abandonados Proximidade de espcies hospedeiras
Obs: (*) 2 orgos x 50 rvores excepto em (**); (***) Nvel populacional a partir do qual as posturas j se podem apresentar significativas; (****) Mercado de destino de tolerncia zero: M - macieira; P - pereira.
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo V Fitossanidade
45
Quadro 5.1 - Metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais inimigos pragas (cont.).
Estimativa do risco Praga poca de
observao Mtodo de
amostragem Orgos a observar (*) NEA Factores de nocividade
cochonilha S. Jos Inverno 25 rvores (**)
Perodo estival
100 ramos/ folhas/ frutos
cochonilha S. Jos
(Quadraspidiotus perniciosus Comst.)
(M/P) Colheita
Observao visual
100 frutos
presena Histria do pomar Idade do pomar Arejamento da copa Proximidade de pomares abandonados Proximidade de espcies hospedeiras Presena de auxiliares
cecidmia Estado C3-Vingamento
Armadilha cromotrpica
amarela
----
1 adulto/armadilha cecidmia (Dasineura pyri
(Bouch)) (P)
Aps o
vingamento Observao
visual
100 rebentos rvores jovens: 15% rebentos
infestados rvores adultas:
50% rebentos infestados
Histria do pomar Idade do pomar Estado fenolgico Condies meteorolgicas (temperatura e precipitao) Podas severas Adubaes excessivas No mobilizao do solo
filoxera Colheita do ano anterior
Observao visual
1000 frutos (20 frutos x 50 rvores) (**)
2% de frutos atacados
(***) Incio de Maro
Colocao de 50 cintas adesivas (****)
filoxera (Aphanostigma pyri
(Chol)) (P)
Maio-Setembro
Observao visual
50 cintas adesivas (**) 2% de cintas com ninfas
Histria do pomar Condies meteorolgicas (Hr elevada) Idade do pomar
hiponomeuta Inverno 50 segmentos
(10 rvores x 5 segmentos
de 20 cm) (**)
0,5-2 colnias/m Observao visual
100 inflorescncias 4-5 galerias nas folhas das
inflorescncias
Maro-Abril
Tcnica das pancadas
100 ramos 10 larvas
Observao visual
100 infrutescncias 3-5 ninhos
hiponomeuta (Yponomeuta
malinellus (Zeller)) (M/P)
Estado F-J
Tcnica das pancadas
100 ramos 20-30 larvas
Histria do pomar Proximidade de pomares
com rvores atacadas Idade do pomar
Obs: (*) 2 orgos x 50 rvores excepto em (**); (***) Tratamento a realizar s formas hibernantes no repouso vegetativo; (****) cintas adesivas de dupla face, com 1 a 2 cm de largura, nos ramos mais prximos dos frutos. So substitudas semanalmente de modo a se efectuarem as contagens; M - macieira e P pereira.
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Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo V Fitossanidade
46
Quadro 5.1 - Metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais inimigos pragas (cont.).
Estimativa do risco Praga poca de
observao Mtodo de
amostragem Orgos a
observar (*)
NEA Factores de nocividade
hoplocampa
Estado C-D Armadilha cromotrpica
branca em caso de capturas no
ano anterior
---- 1 adulto/armadilha hoplocampa (Hoplocampa
brevis (Klug) e
Hoplocampa testudinae Klug)
(M/P) Incio da florao - Frutos em
desenvolvimento
Observao visual
100 frutos 3 frutos com picadas de postura ou galerias
Histria do pomar Abundncia de frutos Idade do pomar
lagartas mineiras Estado C3-E2 Tcnica das
pancadas 100 ramos 8 a 10 adultos
Estado F-J
mineira sinuosa (Lyonetia clerkella
(L.)) (M/P)
Junho-Julho
Observao visual
100 folhas 1-2 galerias/folha
Tcnica das pancadas
100 ramos 8 a 10 adultos Estado C3-E2
Observao visual
100 folhas 10% folhas com ovos
mineira marmoreada (Lithocollethis
blancardella F.) (M/P)
Maio colheita Observao visual
100 folhas 100 galerias/100 folhas
Abril - Maio mineira em placa (Lithocollethis
coryfoliella Haw) (M/P)
Junho colheita
Observao visual
100 folhas 10-15% folhas com 1 ou mais larvas vivas
Abril - Maio mineira em crculo
(Leucoptera scitella Zell). (M/P)
Junho colheita
Observao visual
100 folhas M: 10-15% folhas com 1 ou mais larvas vivas P: 1-2 galerias/folha
Histria do pomar Nvel de produo Proximidade de espcies
infestantes hospedeiras Tratamentos fitossanitrios
com produtos muito txicos para os auxiliares
mosca do Mediterrneo Maio-Outubro 2 armadilhas (1)
(atractivo alimentar + tridemelure + boro)
7-10 adultos / armadilha/semana
OU 1 fmea / armadilha / dia
mosca do Mediterrneo
(Ceratitis capitata Wied) (M/P) Aps as
primeiras capturas
Observao visual
5 frutos x 30 rvores (**)
1-3 % frutos atacados
Histria no pomar Evoluo da maturao dos frutos Intensidade de ataque de hospedeiros alternativos e precocidade da colheita Culturas envolventes Susceptibilidade das cultivares Deixar fruta atacada abandonada no pomar Condies meteorolgicas (temperatura e chuva)
Obs: (*) 2 orgos x 50 rvores excepto em (**); (***) tratamento a realizar s formas hibernantes no repouso vegetativo; (****) cintas adesivas de dupla face, com 1 a 2cm de largura, nos ramos mais prximos dos frutos. So substitudas semanalmente, de modo se efectuarem as contagens; (1) As armadilhas devem ser colocadas na parte da copa virada a sul, na zona mdia do no interior da copa. Na parte inferior da garrafa deve-se colocar uma soluo com 2 a 3 gotas de atractivo alimentar com 0,25ml de gua e 2,5g de boro para evitar a putrefaco. No cesto da garrafa (parte superior) colocar 1 pastilha de trimedelure. M - macieira; P - pereira.
-
Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo V Fitossanidade
47
Quadro 5.1 - Metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais inimigos pragas (cont.).
Estimativa do risco Praga poca de
observao Mtodo de
amostragem Orgos a observar (*) NEA Factores de nocividade
psila Dezembro
Fevereiro 100 ramos 5 adultos
Fevereiro - Abril
100 inflorescncias e rebentos
10% inflorescncias e rebentos
ocupadas com ovos Estado G-H 100 rebentos 10-15% rebentos
infestados com ovos e ninfas
Observao visual
100 rebentos 15-20% rebentos infestados com ovos
e ninfas
psila (Cacopsylla pyri
(L.) (P)
Estado H - Outubro
Tcnica das pancadas
30 ramos (**) 30 adultos
Histria do pomar Vigor do pomar Estado fenolgico Adubaes azotadas em excesso Arejamento da copa Tratamentos fitossanitrios com produtos muito txicos para os auxiliares (antocordeos e mirdeos) Condies meteorolgicas (temperatura e chuva); Natureza e abundncia de auxiliares
pulgo langero Inverno 50 rvores (**) 10% rvores
infestadas com afdeos
Estado C3-E2 fendas da casca ou cancros (**)
presena
100 ramos ou
10% ramos infestados
Observao visual
100 rvores (**) 10% rvores atacadas com ninfas
e adultos
Maio (Estado F-J)
Tcnica das pancadas
100 ramos 20-50 afdeos
100 ramos 10% ramos infestados Observao visual
ou 100 rvores
10% rvores atacadas com ninfas
e adultos
pulgo langero (Eriosoma
lanigerum Hausm.) (M)
Junho-Setembro
Tcnica das pancadas
100 ramos 20-50 ninfas e adultos
Histria do pomar Idade do pomar Estado fenolgico Adubaes azotadas em excesso Tipo de porta-enxerto e cultivar Condies meteorolgicas (temperatura e precipitao) Natureza e abundncia de auxiliares
zuzera Maio Colocao de
armadilha sexual
Determinao da curva de voo
----- zuzera (Zeuzera pyrina L.)
(M/P) Durante todo
o ciclo
Observao visual
100 rvores (**)
Presena de galerias
Histria do pomar Idade do pomar Proximidade de pomares abandonados Proximidade de espcies hospedeiras Envolvente do pomar iluminao
Obs: (*) 2 orgos x 50 rvores excepto em (**); (****) tratamento a realizar s formas hibernantes no repouso vegetativo; M - macieira; P - pereira.
-
Normas tcnicas para a produo integrada de pomideas Anexo V Fitossanidade
48
Quadro 5.2- Metodologia de estimativa do risco e nveis econmicos de ataque a adoptar nas pomideas para os principais inimigos - doenas.
Estimativa do risco
Doena poca de observao
Mtodo de amostragem
Orgos a observar (*)
NEA Factores de nocividade
odio Estado