COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS SIMULADO/2018 1º SIMULADO – BLOCO I – ETAPA I - 1º ANO
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LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
1. Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões e se essas questões estão na ordem crescente. Caso o caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
2. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.
3. ATENÇÃO: após a conferência, assine seu nome no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfica de tinta preta.
4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderá ser substituído.
5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão.
6. Reserve pelo menos os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
7. No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço compreendido no círculo correspondente à opção escolhida para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
8. Não será permitido neste SIMULADO, a qualquer tempo: a) perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação
das provas, incorrendo em comportamento indevido durante a realização do Simulado;
b) se comunicar, durante as provas, com outro participante verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
c) portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de comunicação após ingressar na sala de provas;
d) utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou de terceiros, em qualquer etapa deste Simulado;
e) utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Simulado;
Leia o texto 01 para resolver às quatro primeiras
questões:
TEXTO 01
Data: 09/02/2018
Horário: 14h às 18h30
Nº de questões: 70
PORTUGUÊS LITERATURA INGLÊS GEOGRAFIA HISTÓRIA FILOSOFIA SOCIOLOGIA
01 a 10 11 a 20 21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 61 a 70
Nome: ____________________________________________________________________________________________________
1º ANO BLOCO I
ETAPA I
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Leia os textos para responder à questão.
TEXTO I
Alimentação sustentável
Alimentos são desperdiçados de várias formas: pela
produção em excesso, ao caírem dos caminhões durante
o transporte, ficando em estoque… Entretanto, boa parte
do desperdício ocorre exatamente onde o alimento
deveria ser aproveitado: na cozinha. O descarte de
cascas, sementes e raízes que poderiam ser usadas em
diversas receitas é um exemplo de como jogamos na
lixeira o que deveria estar no prato. A alimentação
sustentável combate esse processo, por meio do
aproveitamento integral, do planejamento na hora de ir
às compras e da conservação. Menos lixo acumulado,
menos dinheiro gasto em vão e melhor distribuição de
mantimentos. Tudo isso com pequenas mudanças no dia
a dia.
TEXTO II
QUESTÃO 01 -------------------------------------------------------
A intertextualidade ocorre quando dois textos retomam
ou atualizam o conteúdo um do outro. A relação de
intertextualidade com o Texto I pode ser percebida no
Texto II por meio do(a)
palavra ―cozinha‖, que indica o local de maior
desperdício de comida no restaurante.
slogan do restaurante, que remete ao
reaproveitamento de alimentos pelos cozinheiros.
termo ―prato feito‖, que representa um tipo de comida
servida em restaurantes mais baratos.
cena da imagem, que mostra uma cozinha de
restaurante em que o cardápio é bem planejado.
traje dos personagens, que sugere a função
cumulativa de cozinheiros e donos do restaurante.
QUESTÃO 02 ---------------------------------------------------------
A base da teoria da comunicação está na identificação
dos elementos presentes em todas as situações de
interlocução. Tendo em vista a linguagem verbal e não
verbal, afirma-se que a função da linguagem emotiva,
predominante nessa tirinha, também se encontra no
trecho do livro Senhora, de José de Alencar
―As outras moças, de meia-noite em diante,
começavam a murchar-se; o cansaço desbotava-lhes
a cor, ou afogava-lhes o rosto. O talhe denunciava o
excesso de fadiga...‖
―Aurélia aconchegou as roupas fazendo lugar à beira
do divã, e acenando com a mão ao marido que se
sentasse. Entretanto, com a cabeça atirada sobre o
recosto de veludo...‖
―Na posição em que estava, olhando por cima da
espádua da moça, ele via na sombra transparente,
quando o decote do vestido sublevava-se com o
movimento de respiração.‖
―Não sei que tem o luzir das estrelas!... [...] É uma
coisa que notei desde menina. Sempre que fico assim
a olhar para elas e a beber os seus raios sinto uma
vertigem...‖
―O marido levou-a ao divã onde ela deixou-se cair
prostrada de fadiga ou de sono. Não tendo soltado
logo o braço de Seixas, este reclinou-se para
acompanhar-lhe o movimento...‖
Leia os textos para responder à questão 03.
TEXTO I
Uma nova espiritualidade
A busca da felicidade deve ocorrer onde pode se
concretizar: no amor, no idealismo, na solidariedade. E
não em um consumismo desenfreado e irrefletido
Não gosto, mas constato que a fugidia busca da
felicidade que mais ou menos lucidamente nos guia na
vida transitou da minha para a atual geração de um
ambiente espiritual para um ambiente puramente
materialista. E um materialismo em seu pior significado,
o consumismo.
Não estou, claro, falando de religião quando me
refiro à dimensão imaterial, idealista, espiritual, onde se
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buscava encontrar a tal felicidade. Era a poesia, a
seresta, a boemia, o amor romântico, mas, acima de
tudo, uma crença confiante de que éramos capazes não
só de enfrentar o cabo da esquina, mas de mudar tudo
que quiséssemos mudar, mesmo que fossem as
estruturas da família mononuclear ou até mesmo – o
maior talvez de todos os equívocos – a superação dos
limites psicofísicos de nosso cérebro pela viagem
lisérgica. Tal era ser feliz! Ou ao menos havia uma
bastança enorme nessa busca em nossas almas. Hoje
em dia, e nisso não há nenhuma nostalgia, mas um
diagnóstico para uma nova e generosa frente de luta, ser
feliz, parece, resume-se a responder a uma pergunta
tosca: quanto de uma expectativa de consumo
dramaticamente excitada por uma infinda e maravilhosa
oferta global damos conta de saciar com a renda
apertada de que dispomos? Sim, pois, na mesma
proporção que nossa renda possa evoluir, muito mais
velozmente evoluem os encantos do consumismo.
GOMES, Ciro. Uma nova espiritualidade. Disponível em:
http://www.cartacapital.com.br. Acesso em: 10 fev. 2014
(adaptado).
TEXTO II
QUESTÃO 03 -------------------------------------------------------
Tanto o Texto I quanto o Texto II têm como objetivo
criticar um modelo social. Dessa forma, os textos
sugerem que os jovens atuais são
contrariados.
infelizes.
insatisfeitos.
materialistas.
sonhadores.
Observe a imagem e responda.
QUESTÃO 04 -------------------------------------------------------
A palavra inglesa "involution" traduz-se como involução
ou regressão. A construção da imagem com base na
combinação do verbal com o não verbal revela a
intenção de
denunciar o retrocesso da humanidade.
satirizar a caracterização dos humanos como
primatas.
criticar o consumo de bebida alcoólica pelos
humanos.
elogiar a teoria da evolução humana pela seleção
natural.
fazer um trocadilho com as palavras inovação e
involução.
QUESTÃO 05 -------------------------------------------------------
A escrita é uma das formas de expressão que as
pessoas utilizam para comunicar algo e tem várias
finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar,
descrever. Assim, o conhecimento acerca das
variedades linguísticas sociais, regionais e de registro
torna-se necessário para que se use a língua nas mais
diversas situações comunicativas.
Considerando as informações acima, imagine que você
está à procura de um emprego e encontrou duas
empresas que precisam de novos funcionários. Uma
delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao
redigi-la, você:
não fará uso da linguagem metafórica.
apresentará elementos não verbais.
utilizará o registro informal.
não evidenciará a norma padrão.
fará uso de gírias.
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Leia os textos para responder à questão 06.
Texto I
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
[...]
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/ São Paulo:
Record, 2000. (fragmento).
Texto II
QUESTÃO 06 -------------------------------------------------------
A comparação entre os recursos expressivos que
constituem os dois textos revela que
o texto 1 perde suas características de gênero poético
ao ser vulgarizado por histórias em quadrinho.
o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as
escolhas linguísticas o tornam uma réplica do texto 1.
a escolha do tema, desenvolvido por frases
semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao
mesmo gênero.
os textos são de gêneros diferentes porque, apesar
da intertextualidade, foram elaborados com
finalidades distintas.
as linguagens que constroem significados nos dois
textos permitem classificá-los como pertencentes ao
mesmo gênero.
Leia.
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha
divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A
começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à
noite. Seis recados para serem respondidos na
secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para
pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou
zangado.
QUESTÃO 07 ---------------------------------------------------------
Nos textos em geral, é comum a manifestação
simultânea de várias funções da linguagem, com o
predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No
fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem
predominante é a emotiva ou expressiva, pois
o discurso do enunciador tem como foco o próprio
código.
a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está
sendo dito.
o interlocutor é o foco do enunciador na construção
da mensagem.
o referente é o elemento que se sobressai em
detrimento dos demais.
o enunciador tem como objetivo principal a
manutenção da comunicação.
Leia os textos e responda.
TEXTO I
Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa
nas obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as
classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque
nela é que se espelha o que o uso idiomático estabilizou
e consagrou.
LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
TEXTO II
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As
palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis,
sensualidades incorporadas. Talvez porque a
sensualidade real não tem para mim interesse de
nenhuma espécie — nem sequer mental ou de sonho —,
transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria
ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se
dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de
Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em
todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de
um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até,
de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica,
me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio
passivo de coisa movida.
PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense,
1986.
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QUESTÃO 08 ---------------------------------------------------------
A linguagem cumpre diferentes funções no processo de
comunicação. A função que predomina nos textos I e II
destaca o ―como‖ se elabora a mensagem,
considerando-se a seleção, combinação e sonoridade
do texto.
coloca o foco no ―com o quê‖ se constrói a
mensagem, sendo o código utilizado o seu próprio
objeto.
focaliza o ―quem‖ produz a mensagem, mostrando
seu posicionamento e suas impressões pessoais.
orienta-se no ―para quem‖ se dirige a mensagem,
estimulando a mudança de seu comportamento.
enfatiza sobre ―o quê‖ versa a mensagem,
apresentada com palavras precisas e objetivas.
Diálogo final
_ É tudo o que tem a me dizer? Perguntou ele.
_ É – respondeu ela.
_ Você disse tão pouco.
_ Disse o que tinha pra dizer.
_ Sempre se pode dizer mais alguma coisa.
_ Que coisa?
_ Sei lá. Alguma coisa.
_ Você queria que eu repetisse?
_ Não. Queria outra coisa!
_ Que coisa é outra coisa?
_ Não sei. Você que devia saber.
_ Por que eu deveria saber o que você não sabe?
_ Qualquer pessoa sabe mais alguma coisa que outro
não sabe.
_ Eu só sei o que eu sei.
_ Então não vai mesmo me dizer mais nada?
_ Mais nada.
_ Se você quisesse...
_ Quisesse o quê?
_ Dizer o que você não tem pra me dizer. Dizer o que
não sabe, o que eu queria ouvir de você. Em amor é o
que há de mais importante: o que a gente não sabe.
_ Mas tudo acabou entre nós.
_ Pois isso é o mais importante de tudo: o que
acabou. Você não me diz mais nada sobre o que
acabou?
Seria uma forma de continuarmos.
QUESTÃO 09 ---------------------------------------------------------
No texto acima, há interação entre emissor e receptor.
Dessa forma, predomina qual função da linguagem?
fática
poética
emotiva
apelativa
referencial
QUESTÃO 10 ---------------------------------------------------------
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações,
o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz
de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos
os outros textos significativos para cada um,
reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor
pretendia e, dono da própria vontade, entregar-
se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela,
propondo uma outra não prevista.
Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre
o processo de produção de sentidos, valendo-se da
metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se
evidente pelo fato de o texto
focar a participação do leitor.
discorrer sobre o ato da leitura.
apresentar o ponto de vista da autora.
propor leituras diferentes das previsíveis.
ressaltar a importância da intertextualidade.
Texto para as próximas 03 questões:
Felicidade Clandestina
Clarice Lispector
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos
excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um
busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos
achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois
bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas
possuía o que qualquer criança devoradora de histórias
gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para
aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato,
ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do
pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo,
onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas.
Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como
―data natalícia‖ e ―saudade‖.
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era
pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa
menina devia nos odiar, nós que éramos
imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de
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cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o
seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as
humilhações a que ela me submetia: continuava a
implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a
exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como
casualmente, informou-me que possuía As reinações de
Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se
ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E
completamente acima de minhas posses. Disse-me que
eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o
emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria
esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar
num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente
correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim
numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para
meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a
outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para
buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a
esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na
rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de
andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-
me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias
seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor
pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas
como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto
da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No
dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um
sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta
calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu
voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde,
no decorrer da vida, o drama do ―dia seguinte‖ com ela ia
se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela
sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não
escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a
adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes
adivinho. Mas, adivinhando-me mesmo, às vezes aceito:
como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando
danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem
faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro
esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de
manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu,
que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se
cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua
casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa,
apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a
aparição muda e diária daquela menina à porta de sua
casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma
confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco
elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho
o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa
entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa
exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e
você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do
que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da
filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência
de perversidade de sua filha desconhecida e a menina
loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de
Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse
firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro
agora mesmo. E para mim: ―E você fica com o livro por
quanto tempo quiser.‖ Entendem? Valia mais do que me
dar o livro: ―pelo tempo que eu quisesse‖ é tudo o que
uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de
querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava
estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu
não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando
como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que
segurava o livro grosso com as duas mãos,
comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até
chegar em casa, também pouco importa. Meu peito
estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que
não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas
depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de
novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer
pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o
livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as
mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina
que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser
clandestina para mim. Parece que eu já pressentia.
Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor
em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com
o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher
com o seu amante.
Com base no texto, responda à(s) questão(ões) a seguir.
QUESTÃO 11 -------------------------------------------------------
(Efomm 2016) Analise as afirmativas abaixo e assinale a
opção incorreta.
Apesar de todos os defeitos, a menina má era
agraciada com algo que a tornava privilegiada: era
filha de pai dono de livraria. E isso a tornava superior
a todas as suas amigas.
A menina má era irônica, pois seu presente favorito
para as amigas eram cartões postais da loja do pai.
Ela dava a entender que só ela tinha acesso aos
livros.
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O livro representa um fator de domínio sobre a
menina boa. Ele passa a ser usado como estratégia
de poder e dominação pela menina má.
A introdução do conto apresenta as duas
protagonistas da narrativa, salientando os aspectos
negativos de uma, que serão bem mais evidentes que
os da outra.
A narradora, por ser menos favorecida, quebrou os
paradigmas da diferença social e conseguiu o livro
em razão da sua insistência e de seu amor aos livros.
Desse modo, ela conseguiu ter acesso ao objeto
desejado.
QUESTÃO 12 -------------------------------------------------------
(Efomm 2016) A narradora sutilmente fala da inveja,
alavancando o desenvolvimento do tema. É o que se
percebe na opção:
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para
aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato,
ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja
do pai.
Na minha ânsia de ler, eu nem notava as
humilhações a que ela me submetia: continuava a
implorar-lhe as humilhações a que ela me submetia
(...)
Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos
imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de
cabelos livres.
Até que veio para ela o magno dia de começar a
exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como
casualmente, informou-me que possuía „As reinações
de Narizinho‟, de Monteiro Lobato.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria
esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava
devagar num mar suave, as ondas me levavam e me
traziam.
QUESTÃO 13 -------------------------------------------------------
(Efomm 2016) Não era mais uma menina com um livro:
era uma mulher com o seu amante. Quanto à relação da
menina com o livro, é incorreto afirmar que
o encontro com seu livro-amante passa a ser o
próprio ato de leitura, que ganha dimensões mais
sedutoras à medida que é adiada.
a felicidade clandestina da menina boa era mostrar à
menina má que o livro passou a ser dela.
ela encara o livro como uma verdadeira
personificação, dando-lhe um valor especial.
a menina atribui ao livro sentimentos e intenções
positivas.
a felicidade clandestina da menina era ―esquecer‖ que
estava com ele para depois ter a ―surpresa‖ de achá-
lo.
QUESTÃO 14 -------------------------------------------------------
(Ufsm 2015) No conto Felicidade clandestina (1971), de
Clarice Lispector, a narradora em primeira pessoa
recorda um acontecimento de sua infância: o desejo de
obter um livro emprestado (As reinações de Narizinho,
de Monteiro Lobato). Quando finalmente o consegue,
porém, a personagem tem uma reação inesperada:
Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí
andando bem devagar. [...]. Meu peito estava quente,
meu coração pensativo. Chegando em casa, não
comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter
o susto de o ter.[...]. Criava as mais falsas dificuldades
para aquela coisa clandestina que era a felicidade.
O período sublinhado revela que:
a personagem não se vê como alguém à altura de um
livro de Monteiro Lobato.
a menina, incitada pela leitura, descobre o gosto por
atos ilícitos.
a personagem não consegue se realizar com a posse
do livro, permanecendo insatisfeita.
a protagonista se sente triunfante em relação à dona
do livro, menina que anteriormente lhe negara o
empréstimo.
a menina adia o sentimento de felicidade para melhor
aproveitá-lo.
QUESTÃO 15 -------------------------------------------------------
(Pucpr 2007) O conto "Felicidade clandestina" narra um
episódio de crueldade entre adolescentes. O motivo é o
empréstimo de um livro de Monteiro Lobato.
Assinale a alternativa que contém a resposta correta
para qualificar a situação narrada.
trata de um episódio sobre empréstimo de livros
numa biblioteca.
trata da gratuidade da opressão de uma adolescente
sobre a outra.
trata da solução mágica representada pela mãe de
uma das personagens.
trata de personagens neurotizadas pela falta de
leitura.
trata da ofegante espera do livro prometido.
QUESTÃO 16 -------------------------------------------------------
Marque a alternativa que apresenta um equívoco com
relação à arte literária:
A Literatura permite-nos entrar em contato com nossa
história para compreendermos melhor o presente, o
passado e o futuro.
A arte literária está relacionada à produção e à leitura
de textos verbais escritos.
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Os textos ficcionais têm o poder de provocar
diferentes efeitos de sentido nos leitores/ouvintes:
alegria, tristeza, diversão, emoção etc. Isso acontece
porque a Literatura nos permite sair do mundo real e
chegar ao mundo da fantasia.
Enquanto arte, a Literatura é capaz de registrar a
realidade e fazer com que os leitores/ouvintes
reavaliem a própria vida e seus comportamentos.
A literatura é uma forma de arte que provoca a
reflexão por meio de construções simbólicas. O
trabalho com as palavras pode ser realizado com
sentido denotativo ou conotativo/figurado.
QUESTÃO 17 -------------------------------------------------------
(Enem 2005)
O termo (ou expressão) destacado que está empregado
em seu sentido próprio, denotativo, ocorre em
―(....)É de laço e de nó
De gibeira o jiló
Dessa vida, cumprida a sol (....)‖
(Renato Teixeira. Romaria. Kuarup Discos. setembro de
1992.)
―Protegendo os inocentes
é que Deus, sábio demais,
põe cenários diferentes
nas impressões digitais.‖
(Maria N. S. Carvalho. Evangelho da Trova. /s.n.b.)
―O dicionário-padrão da língua e os dicionários
unilíngues são os tipos mais comuns de dicionários.
Em nossos dias, eles se tornaram um objeto de
consumo obrigatório para as nações civilizadas e
desenvolvidas.‖
(Maria T. Camargo Biderman. O dicionário-padrão da
língua. Alfa (28), 2743, 1974 Supl.)
O Globo. O menino maluquinho: agosto de 2002
―Humorismo é a arte de fazer cócegas no
raciocínio dos outros. Há duas espécies de
humorismo: o trágico e o cômico. O trágico é o que
não consegue fazer rir; o cômico é o que é
verdadeiramente trágico para se fazer.‖
(Leon
Eliachar. www.mercadolivre.com.br <http://www.mercadolivr
e.com.br>. acessado em julho de 2005.)
QUESTÃO 18 -------------------------------------------------------
Sobre a conotação e a denotação, podemos afirmar,
exceto:
A conotação é utilizada principalmente na linguagem
poética e na literatura, mas pode ser encontrada em
gêneros textuais do cotidiano, como letras de
músicas, anúncios publicitários, entre outros.
Uma palavra ou expressão é usada no sentido
denotativo para representar diferentes significados
dependendo do contexto da enunciação.
Os textos não literários devem preferir a denotação,
pois essa tem como finalidade informar o receptor da
mensagem de maneira clara e objetiva, livre de
ambiguidades e metáforas.
A conotação e a denotação são as variações de
significado que ocorrem no signo linguístico, que, por
sua vez, é composto de um significante (letras e
sons) e um significado (conceito, ideia).
A conotação permite que a palavra tenha vários
sentidos, dependendo do contexto em que se
encontra.
QUESTÃO 19 -------------------------------------------------------
Leia os textos abaixo para responder à questão:
(Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira
Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão
da prefeitura, a gerência de uma das filiais do
McDonald‘s deposita na calçada dezenas de sacos
plásticos recheados de papelão, isopor, restos de
sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável
banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o
material e acabam deixando os restos espalhados pelo
calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92)
(Texto 2) O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de
Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145)
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I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a
linguagem predominante é a literária, pois sua
principal função é informar o leitor sobre os
transtornos causados pelos detritos.
II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a
linguagem não literária é predominante, pois o poeta
faz uso de uma linguagem objetiva para informar o
leitor.
III. No texto ―Descuidar do lixo é sujeira‖, a intenção é
informar sobre o lixo que diariamente é depositado
nas calçadas através de uma linguagem objetiva e
concisa, marca dos textos não literários.
IV. O texto ―O bicho‖ é construído em versos e estrofes e
apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é,
permeada por metáforas e simbologias, traços
determinantes da linguagem literária.
Estão corretas as proposições:
I, III e IV.
III e IV.
I, II, III e IV.
I e IV.
II, III e IV.
“Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua,
Olhos nos olhos, quero ver o que
Você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz.
(Chico Buarque de Holanda)
QUESTÃO 20 -------------------------------------------------------
Chico Buarque de Holanda, no texto acima, exemplifica
muito bem uma das Funções da Literatura. Identifique
nas opções abaixo essa função:
Lúdica
Cognitiva
Catártica
Social
Estética
TEXTO
Amber is fossilized tree resin, which has been
appreciated for its color and natural beauty since
Neolithic times. Much valued from antiquity to the present
as a gemstone, amber is made into a variety of
decorative objects. Amber is used in jewelry. It has also
been used as a healing agent in folk medicine.
There are five classes of amber, defined on the
basis of their chemical constituents. Because it originates
as a soft, sticky tree resin, amber sometimes contains
animal and plant material as inclusions. Amber occurring
in coal seams is also called resinite, and the term ambrite
is applied to that found specifically within New Zealand
coal seams.
Molecular polymerization, resulting from high
pressures and temperatures produced by overlying
sediment, transforms the resin first into copal. Sustained
heat and pressure drives off terpenes and results in the
formation of amber.
For this to happen, the resin must be resistant to
decay. Many trees produce resin, but in the majority of
cases this deposit is broken down by physical and
biological processes. Exposure to sunlight, rain,
microorganisms (such as bacteria and fungi). For resin to
survive long enough to become amber, it must be
resistant to such forces or be produced under conditions
that exclude them.
Amber occurs in a range of different colors. As well
as the usual yellow-orange-brown that is associated with
the color "amber", amber itself can range from a whitish
color through a pale lemon yellow, to brown and almost
black. Other uncommon colors include red amber
(sometimes known as "cherry amber"), green amber, and
even blue amber, which is rare and highly sought after.
QUESTÃO 21 -------------------------------------------------------
Mark theses sentences T (for true) or F (for false),
according to the text.
( ) Amber is a rock of a natural beauty.
( ) Amber is used as natural medication.
( ) Amber originates as a hard resin.
( ) Plants and animals can be found in amber.
( ) Not all trees produces amber.
T – T – F – F – T
F – T – F – T – T
F – F – T – T – F
T – F – T – F – F
T – T – F – F – F
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QUESTÃO 22 -------------------------------------------------------
About amber is correct to say
Amber is recently discovered and appreciated.
Amber is used to fossilize jewelry and decorative
objects.
There are five chemicals constituents to produce
amber.
Amber has to contain animals and plants to become
resin.
There are more than one type of amber according to
its structure.
QUESTÃO 23 -------------------------------------------------------
Sobre a formação do âmbar é incorreto afirmar:
O âmbar é resultado de altas pressões e temperatura.
O âmbar origina de sedimentos sobrejacentes que
geram pressão e calor.
A pressão e calor geram uma resina resistente as
más condições do tempo e clima.
As altas pressões e temperatura destroem a resina,
para após surgir o âmbar.
Em muitos casos essas resinas são destruídas pelos
processos físicos e biológicos.
QUESTÃO 24 -------------------------------------------------------
Qual cor do âmbar é mais procurada e mais difícil de ser
encontrada?
Orange
Brown
Black
Green
Blue
QUESTÃO 25 -------------------------------------------------------
A sentença ―For this to happen, the resin must be
resistant to decay.‖ Poderia ser entendida como:
Para que isso aconteça, a resina deve ser resistente
à deterioração.
Para que isso aconteça, a resina deve ser resistente
à décadas.
Para que isso aconteça, a resina deve ser resistente
à pragas.
Para que isso aconteça, a resina deve ser resistente
à arvores.
Para que isso aconteça, a resina deve ser resistente
à doenças.
QUESTÃO 26 -------------------------------------------------------
Em inglês ao contrário do que acontece em português, o
adjetivo atributivo vem antes do substantivo que ele
qualifica. Em qual grupo nominal abaixo NÃO pode ser
encontrado um exemplo corretamente.
natural beauty
plant material
neolithic times
biological processes
sticky resin
QUESTÃO 27 -------------------------------------------------------
Em inglês é muito comum encontrarmos grupos
nominais formados por dois substantivos, em que o
primeiro funciona como adjetivo, qualificando o segundo.
Em qual grupo nominal pode ser encontrado um exemplo
corretamente.
tree resin
decorative objects
chemical constituents
called resinite
high pressures
QUESTÃO 28 -------------------------------------------------------
Também encontramos expressões nominais
estruturadas com preposição. Em qual exemplo
podemos identificar?
broken down
be resistant
formation of amber
in the majority
with the color
QUESTÃO 29 -------------------------------------------------------
Em inglês, em geral forma-se o plural dos substantivos
acrescentando-se s ou es e os irregulares. Qual exemplo
do texto encontra-se corretamente?
Originate – originates
Contain – contains
Transform – transforms
Class – classes
White – whitish
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QUESTÃO 30 -------------------------------------------------------
O uso das preposições during and for foram utilizadas
corretamente em quase todas, indique onde seu uso não
está adequado.
During the process, the resin hardens to originate the
ambar.
The resin stays hard for years to originate the ambar.
The resin accumulate material during ten years or
more to become ambar.
In the process and for some decades the resin
became hard.
During the formation, overlying sediment can
incorporate to the ambar.
QUESTÃO 31 -------------------------------------------------------
Observe as figuras abaixo, que representam o uso do
espaço de uma cidade em dois momentos distintos:
(SOUZA, Marcelo José Lopes. O território: sobre espaço e
poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. de;
CORRÊA, R. L.; GOMES, P. C. da C. (Org.). Geografia:
conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.)
O uso e a apropriação de determinados espaços pelos
agentes sociais definem fronteiras que são determinadas
por relações de poder. Tal processo estabelece uma
ordem espacial, em que um grupo exerce poder sobre o
espaço.
Assinale o conceito geográfico que está relacionado às
práticas espaciais expressas nas figuras acima:
Região.
Paisagem.
Lugar.
Território.
Ambiente.
QUESTÃO 32 -------------------------------------------------------
Princípio geográfico enunciado por Friedrich Ratzel, no
qual assinala que o geógrafo, ao estudar uma
determinada área, deve, primeiramente, utilizar-se de um
mapa, localizá-la, identificando os seus limites.
O princípio da Geografia definido no texto é o da
analogia.
extensão.
atividade.
conexidade.
causalidade.
QUESTÃO 33 -------------------------------------------------------
Numa paisagem podem ser observados edifícios, áreas
cultivadas, ruas, ferrovias, igrejas, aeroportos, veículos,
enfim vários objetos construídos e modificados pela
sociedade humana ao longo da História, além de formas
naturais (animais e plantas, em geral) e as próprias
pessoas. [...]
A simples observação da paisagem não nos traz
explicações sobre as funções de cada uma das
edificações, a organização do sistema de produção, as
tecnologias empregadas, as relações comerciais, as
relações de trabalho, a organização política e social, etc.
(LUCCI ET AL. 2006, p. 12).
LUCCI, Elian A.; BRANCO, Anselmo; MENDONÇA, Cláudio.
Geografia Geral e do Brasil: Território e sociedade no mundo
globalizado. São Paulo: Saraiva, 2005.
O estudo da Geografia propõe o conhecimento dessa
realidade dinâmica, investigando as causas, os efeitos, a
intensidade e a extensão dos fenômenos, inclusive os da
natureza.
A partir da leitura do texto, da informação e dos
conhecimentos sobre a temática apresentada, pode-se
corretamente afirmar que o objeto de estudo da
Geografia é
o lugar.
a região.
o território.
a paisagem.
o espaço geográfico.
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QUESTÃO 34 -------------------------------------------------------
É o conjunto de formas que, num dado momento,
exprimem as heranças que representam as sucessivas
relações localizadas entre homem e natureza e se dá
como um conjunto de objetos reais-concretos, juntando
objetos passados e presentes. Existe através de suas
formas, criadas em momentos históricos diferentes,
porém coexistindo no momento atual. O seu caráter de
palimpsesto1, memória viva de um passado já morto,
transforma-a em precioso instrumento de trabalho, pois
permite rever as etapas do passado numa perspectiva
de conjunto.
(Milton Santos. A natureza do espaço, 2006. Adaptado.) 1
palimpsesto: papiro ou pergaminho cujo texto foi raspado, para
dar lugar a outro.
É correto afirmar que o excerto descreve a categoria
paisagem.
espaço geográfico.
região.
lugar.
território.
QUESTÃO 35 -------------------------------------------------------
Atente à seguinte descrição: ―Conjunto de correntes que
caracterizou a geografia no período que se estende de
1870 aproximadamente, quando a geografia tornou-se
uma disciplina institucionalizada nas universidades
europeias, à década de 1950, quando se verificou a
denominada revolução teorético-quantitativa [...]‖.
Correa, Roberto Lobato. Espaço um conceito chave da
Geografia. p. 17. In: Geografia: conceitos e temas. 1995.
Essa descrição se refere ao conceito de geografia:
tradicional.
cultural.
crítica.
agrária.
marxista.
QUESTÃO 36 -------------------------------------------------------
O texto a seguir, escrito pelo geógrafo pernambucano
Manuel Correia de Andrade, examina algumas questões
relacionadas ao espaço geográfico. Analise-o.
―O espaço geográfico, ao contrário do espaço
natural, é um produto da ação do homem. O homem,
sendo um animal social, naturalmente atua em conjunto,
em grupo, daí ser o espaço geográfico eminentemente
social. A dicotomia entre as ciências da natureza e as
ciências da sociedade é falsa, de vez que se torna difícil
separar, de forma absoluta, o natural do social. O
homem transforma sempre o espaço em que vive e, ao
transformá-lo, transforma a própria natureza, fazendo
com que os desafios naturais à sua ação sejam diversos
da própria natureza modificada pelo homem.”
(ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia Econômica. São
Paulo: Editora Atlas S.A, 12 ed.)
Com base no texto, é correto afirmar que:
o espaço natural é formado e tão-somente
determinado pelas interações clima–relevo na
superfície terrestre, sem a participação antrópica.
o homem começou a produzir espaço geográfico no
momento em que pôde abandonar as atividades de
caça, pesca e coleta e passou a realizar trabalhos
agrícolas e de criação de animais.
a Geografia não pode ser considerada uma ciência
social, porque se volta especialmente para a
estruturação natural da superfície terrestre, que varia
no tempo e no espaço; ela é uma ciência da Terra.
a ação do homem sobre a natureza se dá, de forma
uniforme, no tempo e no espaço, contudo a
intensidade dessa ação é uma função inversa das
necessidades sociais.
os conceitos de modo de produção e de formações
econômico-sociais não são mais necessários para a
compreensão da produção do espaço geográfico em
face da expressiva revolução técnico-científica.
QUESTÃO 37 -------------------------------------------------------
Nova Escola, nº 226, out. 2009.
A tirinha mostra que o ser humano, na busca de atender
suas necessidades e de se apropriar dos espaços,
adotou a acomodação evolucionária como forma de
sobrevivência ao se dar conta de suas deficiências
impostas pelo meio ambiente.
utilizou o conhecimento e a técnica para criar
equipamentos que lhe permitiram compensar as suas
limitações físicas.
levou vantagens em relação aos seres de menor
estatura, por possuir um físico bastante desenvolvido,
que lhe permita muita agilidade.
dispensou o uso da tecnologia por ter um organismo
adaptável aos diferentes tipos de meio ambiente.
sofreu desvantagens em relação a outras espécies,
por utilizar os recursos naturais como forma de se
apropriar dos diferentes espaços.
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QUESTÃO 38 -------------------------------------------------------
O objeto de estudo da Ciência Geográfica é o espaço
geográfico. Este é o abrigo do homem, seu habitat. Nos
albores da história, o espaço se limitava a poucos pontos
da Terra, hoje ele se estende por toda a sua superfície.
Sobre o processo de produção do espaço geográfico é
correto afirmar que:
Resulta das ações do homem sobre a natureza
intocada ou sobre a natureza já transformada pelo
trabalho.
Expressa as ações do homem sobre a natureza,
ações que visam unicamente a garantir os meios
essenciais à sua sobrevivência (alimentação e
abrigo).
Resulta das manifestações e interferências dos
fenômenos naturais no ambiente, como secas,
chuvas, terremotos, furacões, efeito estufa, etc.
Reflete as intencionalidades humanas que
transformam constantemente a natureza intocada.
Como a natureza intocada praticamente não existe
mais, o processo de produção do espaço geográfico
pelo homem está chegando ao seu fim.
Expressa as interferências da natureza e do homem.
Nesse processo, a natureza é quem mais contribui
para a produção do espaço geográfico, já que as
ações humanas são subordinadas às leis da
natureza.
QUESTÃO 39 -------------------------------------------------------
Leia com atenção o texto a seguir.
―No campo teórico da Geografia podem ser observadas
diversas corrente. No século XIX, por exemplo, o
geógrafo alemão Friedrich Ratzel escreveu um
importante trabalho intitulado, em português,
―Antropogeografia: fundamentos aplicados à História‖.
Ratzel considera, nesse trabalho, as influências que as
condições naturais exerceriam sobre a humanidade,
defendendo que o meio natural definiria até a fisiologia e
a psicologia humanas. O homem seria, portanto, muito
marcado pelo ambiente natural. Raztel foi, obviamente,
influenciado pela teoria evolutiva de Charles Darwin...‖
Que corrente teórica da Geografia está descrita acima?
Naturalismo Geoeconômico.
Possibilismo Geográfico.
Príncípio das Causas Naturais.
Determinismo Geográfico.
Ecologismo Geocientífico.
QUESTÃO 40 -------------------------------------------------------
―A Terra pode nos dar a impressão de estar parada, mas
realiza constante e simultaneamente uma série de
movimentos que se sobrepõem em trajetórias muito
complexas.‖
(Paulo Roberto Moraes & Vilma Alves Campanna, 1996)
Sobre os movimentos realizados pela Terra é correto
afirmar:
Graças ao movimento de rotação, a luz do sol vai
progressivamente iluminando diferentes áreas,
resultando na sucessão dos dias e das noites nos
diversos pontos da superfície terrestre;
As estações do ano são definidas pelo eixo elíptico da
Terra quando esta gira em torno de si mesma;
O movimento de translação realizado pelo planeta
resulta na diferenciação da duração dos dias e noites;
A volta completa que a Terra faz em torno do sol
corresponde a 24 horas e determina os equinócitos e
solstícios;
O eixo de rotação da Terra está permanentemente
paralelo em relação ao plano de translação,
determinando que o hemisfério sul fique mais exposto
á luz solar.
QUESTÃO 41 -------------------------------------------------------
Sobre o surgimento da agricultura - e seu uso intensivo
pelo homem - pode-se afirmar que:
foi posterior, no tempo, ao aparecimento do Estado e
da escrita.
ocorreu no Oriente próximo (Egito e Mesopotâmia) e
daí se difundiu para a Ásia (Índia e China), Europa e,
à partir desta para a América.
como tantas outras invenções teve origem na China,
donde se difundiu até atingir a Europa e, por último, a
América.
ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo
(Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia e China) e na
América (México e Peru).
de todas as invenções fundamentais, como a criação
de animais, a metalurgia e o comércio, foi a que
menos contribuiu para o ulterior progresso material do
homem.
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QUESTÃO 42 -------------------------------------------------------
Leia o texto que ressalta o caráter simbólico da arte
rupestre.
A arte rupestre
O homem Paleolítico deixou-nos belíssimas
representações nas paredes das cavernas e objetos
decorativos com fino senso artístico. O cuidado com os
mortos, já comum entre os homens de Neanderthal, é
enriquecido com símbolos, isto é, sinais com
significados, que remetem a uma vida futura. [...] Ele
recorre a sinais que não atendem apenas às
necessidades básicas, como os animais. O homem
inventa sinais, sons e gestos de um valor simbólico
porque remetem a algum significado. Esses sinais
podem ir além das necessidades de sobrevivência (arte,
religião). O elevado nível cultural desse homem já
moderno explica seu sucesso e sua difusão por todo o
planeta, com uma ampla variedade de expressões, mas
sempre um único ímpeto criativo.
(Facchini, Fiorenzo. O Homem. São Paulo: Moderna, 1997,
p.36)
Com base no texto, analise.
I. A arte foi, sem sombra de dúvida, a primeira forma de
expressão do homem primitivo.
II. Os grupos humanos criaram símbolos para
representar o mundo em que viviam e seu cotidiano.
III. A ausência de documentos escritos deixados pelos
seres humanos da Pré-História nos impede de
levantar hipóteses sobre a forma como viveram.
IV. Embora muitas questões fiquem sem respostas, os
vestígios arqueológicos encontrados têm-nos
permitido conhecer parte do cotidiano Pré-Histórico.
Estão corretas apenas as afirmativas
I, II, IV
I, II, III
II, IV
III, IV
Apenas III está correta
QUESTÃO 43 -------------------------------------------------------
O primeiro meio pelo qual o ser humano registrou sua
própria existência foi a pedra – as pinturas rupestres
mais antigas, encontradas em cavernas da Espanha,
datam de cerca de quarenta mil anos atrás.
Quando a escrita foi encontrada na Mesopotâmia, em
4.000 a.C., foi preciso um suporte que a tornasse portátil.
A solução foram as tabuletas de argila, pranchas do
tamanho de uma folha de papel, gravadas com argila
ainda úmida, usando uma ponta afiada de madeira. Se
as tabuletas se destinavam a uso definitivo, eram
cozidas em fornos, como vasos de cerâmica – se não,
eram apagadas. Um estilo de escrita desenvolvido foi
chamado cuneiforme.
(Revista Aventuras na História. Edição 114. Janeiro de 2013. p.
14.)
A partir dessas formas de registro, outras foram surgindo
e a escrita tornou-se um meio para a transmissão de
tradições, transformando-se num veículo de expressão e
organização social.
Com base na relação entre o surgimento da escrita e a
aceleração do desenvolvimento das civilizações, é
correto afirmar que
tanto nas primeiras civilizações, quanto nas
civilizações vindouras, a escrita possui um papel
fundamental na cultura.
foi a escrita, à medida em que se transformava em
um sistema informacional, a grande responsável pelo
surgimento do Estado.
não são consideradas ―civilizações‖ as sociedades
que não desenvolveram a escrita, já que não
deixaram registro de sua cultura.
comprovadamente, as civilizações que dominaram a
escrita, tais como a Mesopotâmia e o Egito, tornaram-
se superiores às demais, dominando-as.
a escrita faz parte de uma construção histórica,
pautada em revelações humanas, sendo que desde
os primeiros hominídeos havia a necessidade de
comunicação através de gravuras.
QUESTÃO 44 -------------------------------------------------------
Arte rupestre é o mais antigo tipo de arte da História.
Também é conhecida como gravura ou pintura rupestre.
Esse tipo de arte teve início no período Paleolítico
Superior e é encontrada em todos os continentes. O
estudo da arte rupestre favoreceu o conhecimento de
pesquisadores em relação aos hábitos dos povos da
Antiguidade e a sua cultura. As matérias-primas
utilizadas para a expressão artística dos povos da
antiguidade eram pedras, ossos e sangue de animais. O
sangue, assim como o extrato de folhas de árvores, era
utilizado para tingir, constituindo o que devem ser as
mais primitivas expressões artísticas, conforme a
imagem abaixo.
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Durante muito tempo, os povos que assim se
expressavam foram conhecidos como ¯ ―Pré-históricos‖.
Essa denominação, hoje em desuso entre a maioria dos
historiadores, mas ainda presente nos livros didáticos,
está diretamente relacionada ao fato de esses povos
desconhecerem a escrita.
manterem relações comerciais.
viverem sob a forma de Estado.
dominarem as técnicas agrícolas.
ocuparem as margens dos grandes rios.
QUESTÃO 45 -------------------------------------------------------
A história não corresponde exatamente ao que foi
realmente conservado na memória popular, mas àquilo
que foi selecionado, escrito, descrito, popularizado e
institucionalizado por quem estava encarregado de fazê-
lo. Os historiadores, sejam quais forem seus objetivos,
estão envolvidos nesse processo, uma vez que eles
contribuem, conscientemente ou não, para a criação,
demolição e reestruturação de imagens do passado que
pertencem não só ao mundo da investigação
especializada, mas também à esfera pública na qual o
homem atua como ser político.
HOBSBAWN, E.; RANGER, T. A Invenção das tradições.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984 (adaptado).
Uma vez que a neutralidade é inalcançável na atividade
mencionada, é tarefa do profissional envolvido
criticar as ideias dominantes.
respeitar os interesses sociais.
explicitar as escolhas realizadas.
defender os direitos das minorias.
satisfazer os financiadores de pesquisas.
QUESTÃO 46 -------------------------------------------------------
É impossível compreender seu tempo para quem ignora
todo o passado. Ser uma pessoa contemporânea e
também ter consciência das heranças, consentidas ou
contestadas.
(René Remond. in Bittencourt, C. Ensino da História.
Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez. 2004. p. 155.)
A história tem um caráter instrumental para a
compreensão das experiências sociais, culturais,
tecnológicas, políticas e econômicas da humanidade ao
longo do tempo. Sobre o papel da história na formação
da cidadania, assinale a alternativa correta.
O ensino da história não apenas contribui para o
desenvolvimento da consciência, mas dá suporte à
construção da própria identidade do indivíduo.
No decorrer dos períodos históricos, a
fundamentação teórica que incita a obediência às leis
foi a principal contribuição da história na formação
cidadã.
A história, em uma visão contemporânea, passou a
ter como prioridade o estudo do presente, dando ao
passado um caráter arcaico e antiquado, dispensável
à pesquisa histórica.
A história como ciência básica e fundamentalmente
teórica incide de forma relativa e tênue nas atividades
práticas da vida humana, tendo, portanto,
neutralidade em relação à política.
A história é o ponto de apoio para que a humanidade
se reconheça fortemente no seu meio, isso resulta de
um longo processo histórico, onde os historiadores
descartam as diferentes formas de interpretação dos
fatos e apenas consideram aquilo que é interessante
na opinião deles, unicamente.
QUESTÃO 47 -------------------------------------------------------
―A incompreensão do presente nasce fatalmente da
ignorância do passado. Mas talvez não seja menos vão
esgotar-se em compreender o passado se nada se sabe
do presente.‖
Marc Bloch. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 65.
Assinale a alternativa que contém a definição de história
mais coerente com a citação do historiador Marc Bloch.
A História é a ciência que resgata o passado para
explicar o presente e fazer previsões sobre o futuro.
A História é uma ciência que visa promover o
entretenimento dos expectadores do presente e um
conhecimento inútil sobre o passado.
A História é, tal como a literatura, uma narrativa sobre
o passado determinada pela imaginação do
historiador.
A História é a ciência que se refugia no passado para
não compreender as questões do presente.
A História é uma ciência que formula questões sobre
o passado a partir de inquietações e experiências
vividas no presente.
QUESTÃO 48 -------------------------------------------------------
Leia.
As diferentes percepções do tempo
Percepção I
―Quando olhamos as horas no relógio e programamos os
nossos compromissos, temos uma vivência bastante
comum do tempo cronológico.‖
(Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume
Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005, p.12)
Percepção II
―O tempo é muito mais do que as horas marcadas por
um relógio, ou os dias de um calendário, ou os anos de
um século, é também tradição, mentalidade e ritmo.‖
(Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume
Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005, p.13)
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De acordo com as percepções depreende-se que
ambas tratam de noções do tempo histórico.
ambas tratam de noções do tempo cronológico.
a percepção I trata do tempo histórico e a percepção
II do tempo cronológico.
a percepção I trata do tempo cronológico e a
percepção II do tempo histórico.
a percepção II trata do tempo cronológico de forma
mais clara, porém mais abrangente.
QUESTÃO 49 -------------------------------------------------------
Na Pré-História encontramos fases do desenvolvimento
humano. Qual a alternativa que apresenta características
das atividades do homem na fase neolítica?
Os homens aprenderam a controlar o fogo.
Os homens praticavam uma economia coletora de
alimentos.
Os homens conheciam uma economia comercial e já
praticavam os juros.
Os homens fabricavam seus instrumentos para
obtenção de alimentos e abrigo.
Os homens cultivavam plantas e domesticavam
animais, tornando-se produtores de alimentos.
QUESTÃO 50 -------------------------------------------------------
Tradicionalmente, podemos definir a pré-história como o
período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto,
esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta
desta época que os sumérios desenvolveram a escrita
cuneiforme. Com base nesse entendimento, qual a
alternativa que apresenta características das atividades
do homem na fase paleolítica?
Os homens aprenderam a polir a pedra. A partir de
então, conseguiram produzir instrumentos (lâminas
de corte, machados, serras com dentes de pedra)
mais eficientes e mais bem acabados.
Os homens descobriram uma forma nova de obter
alimentos: a agricultura, que os obrigou a conservar e
cozinhar os cereais.
Semeando a terra, criando gado, produzindo o próprio
alimento, os homens não tinham mais por que mudar
constantemente de lugar e tornaram-se sedentários.
Os homens conheciam uma economia comercial e já
praticavam os juros.
Os homens ainda não produziam seus alimentos, não
plantavam e nem criavam animais. Em verdade, eles
coletavam frutos, grãos e raízes, pescavam e
caçavam animais.
QUESTÃO 51 -------------------------------------------------------
―Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o
primeiro a afirmar a existência de um princípio originário
único, causa de todas as coisas que existem,
sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta
é importantíssima… podendo com boa dose de razão ser
qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo
que se costuma chamar civilização ocidental.‖
(REALE, Giovanni. História da filosofia: Antiguidade e Idade
Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.)
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus
primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De
acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa
o principal problema por eles investigado.
A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte.
A ética, enquanto investigação racional do agir
humano.
A epistemologia, como avaliação dos procedimentos
científicos.
A cosmologia, como investigação acerca da origem e
da ordem do mundo.
A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua
legislação.
QUESTÃO 52 -------------------------------------------------------
Deixando de lado o criacionismo e todas as narrativas
religiosas sobre a criação do universo, a teoria mais
aceita é a do Big Bang. Há cerca de 14 bilhões de anos,
toda a matéria e energia do universo estavam
concentradas num único ponto extremamente pequeno,
quente e denso. ―Aliás, dizer que era um ponto pode dar
a impressão errada de que havia alguma coisa em volta,
quando na verdade o ‗ponto‘ era tudo o que existia‖,
afirma o cosmólogo Mário Novello, pesquisador do CBPF
(Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas).
Reinaldo José Lopes - Revista Superinteressante
A preocupação da raça humana em saber como tudo
começou surgiu com os filósofos pré-socráticos, há
quase 2.600 anos atrás. Em tal contexto, Demócrito
afirma ser a realidade percebida pelos sentidos ilusória.
Mesmo que os sentidos apreendam ―as mutações das
coisas, no fundo, os elementos primordiais que
constituem essa realidade jamais se alteram.‖ Assim, a
realidade é uma coisa e o real outra.
Dentre os filósofos pré-socráticos, Tales é considerado o
primeiro a propor um elemento a que chamavam ―arché‖.
Para Tales, tal elemento seria formado:
pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o
frio.
pela água.
pelo fogo.
pelo ilimitado.
pelos átomos.
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QUESTÃO 53 -------------------------------------------------------
Lulu Santos, cantor brasileiro contemporâneo, fala em
uma de suas composições que ―Nada do que foi será de
novo do jeito eu já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre
passará, como uma onda no mar‖. Da mesma forma
como canta o poeta contemporâneo, que vê a realidade
passando como uma onda, assim também pensaram os
primeiros filósofos conhecidos como Pré-socráticos que
denominavam a realidade de physis. A característica
dessa realidade representada, também, na música de
Lulu Santos é o(a)
movimento
estática.
infinitude.
desordem.
multiplicidade.
QUESTÃO 54 -------------------------------------------------------
Observe a imagem.
Os sentidos humanos podem confundir em determinadas
situações. Na imagem acima, dependendo do ponto de
vista, pode-se ver um número de rostos diferentes. Essa
temática já vem sendo abordada na Filosofia desde seu
início, ou seja, a tese de que não se pode confiar naquilo
que os sentidos nos passam começou com os filósofos
pré-socráticos, de forma especial com Parmênides de
Eleia. A doutrina de Parmênides sugeriu um debate
sobre o movimento das coisas no universo, contrariando
Heráclito, outro pensador da época. Seguindo a teoria de
Parmênides e seus discípulos, pode-se afirmar que
A imobilidade é o princípio do não-ser, na medida em
que o movimento está em tudo o que existe.
O movimento é princípio de mudança e a
pressuposição de um não-ser.
Um Ser que jamais muda não existe e, portanto, é
fruto de imaginação especulativa.
O Ser existe como gerador do mundo físico, por isso
a realidade empírica é puro ser, ainda que em
movimento.
O Ser com expressão do Universo está em constante
mutação, caminhando à perfeição.
QUESTÃO 55 -------------------------------------------------------
A Filosofia, como conhecemos, teve origem na Grécia
Antiga como resultado de uma intensa mudança de
pensamento. Desde o seu surgimento, em Mileto no
século VI a.C., e do aparecimento da palavra ―filosofia‖,
que Cícero e Diógenes atribuem a Pitágoras, muitos
filósofos tentaram responder à pergunta sobre o que é a
Filosofia. Além desse trabalho de investigação constante
acerca da natureza da Filosofia, há também uma
diversidade de temas e de preocupações que os
filósofos tentam responder.
Sobre o princípio básico da filosofia pré-socrática, é
correto afirmar que
Tales de Mileto, ao buscar um princípio unificador de
todos os seres, concluiu que a água era a substância
primordial, a origem única de todas as coisas.
Anaximandro, após observar sistematicamente o
mundo natural, propôs que não apenas a água
poderia ser considerada arché desse mundo em si e,
por isso mesmo, incluiu mais um elemento: o fogo.
Anaxímenes fez a união entre os pensamentos que o
antecederam e concluiu que o princípio de todas as
coisas não pode ser afirmado, já que tal princípio não
está ao alcance dos sentidos.
Heráclito de Éfeso afirmou o movimento e negou
terminantemente a luta dos contrários como gênese e
unidade do mundo, como o quis Catão, o antigo.
Platão, como filósofo pré-socrático, afirmou que seria
a terra o princípio chamado de ―arché‖.
QUESTÃO 56 -------------------------------------------------------
Leia atentamente o texto a seguir.
―Na filosofia de Parmênides preludia-se o tema da
ontologia. A experiência não lhe apresentava em
nenhuma parte um ser tal como ele o pensava, mas, do
fato que podia pensá-lo, ele concluía que ele precisava
existir: uma conclusão que repousa sobre o pressuposto
de que nós temos um órgão de conhecimento que vai à
essência das coisas e é independente da experiência.
Segundo Parmênides, o elemento de nosso pensamento
não está presente na intuição mas é trazido de outra
parte, de um mundo extrassensível ao qual nós temos
um acesso direto através do pensamento.‖
NIETZSCHE, Friedrich. A filosofia na época trágica dos gregos.
Trad. Carlos A. R. de Moura. In Os pré-socráticos. São Paulo:
Abril Cultural, 1978. p. 151. Coleção Os Pensadores
Marque a alternativa incorreta.
Para Parmênides, o Ser e a Verdade coincidem,
porque é impossível a Verdade residir naquilo que
Não-é: somente o Ser pode ser pensado e dito.
Pode-se afirmar com segurança que Parmênides
rejeita a experiência como fonte da verdade, pois,
para ele, o Ser não pode ser percebido pelos
sentidos.
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Parmênides é nitidamente um pensador empirista,
pois afirma que a verdade só pode ser acessada por
meio dos sentidos.
O pensamento, para Parmênides, é o meio adequado
para se chegar à essência das coisas, ao Ser, porque
os dados dos sentidos não são suficientes para
apreender a essência.
Parmênides, tinha posição contrária a de Heráclito no
que diz respeito ao movimento do Universo e o Ser
das coisas existentes.
QUESTÃO 57 -------------------------------------------------------
O poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, por
sua vez, lamentou:
―Como a vida muda.
Como a vida é muda.
Como a vida é nuda.
Como a vida é nada.
Como a vida é tudo.‖
Nas trilhas de Drummond, lembramos a mudança.
Recordamos que a vida muda e muda sempre. ―Um
homem não toma banho em um mesmo rio duas vezes,
pois, no dia seguinte, o rio e o homem não serão os
mesmos‖. Tal formulação da questão da mudança foi
registrada pelo pensador grego pré-socrático:
Platão
Parmênides
Tales de Mileto
Heráclito
Demócrito
QUESTÃO 58 -------------------------------------------------------
Os historiadores da Filosofia dizem que ela possui data e
local de nascimento: final do século VII e início do século
VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia Menor
(particularmente as que formavam uma região
denominada Jônia), na cidade de Mileto. E o primeiro
filósofo foi Tales de Mileto. Além de possuir data e local
de nascimento e de possuir seu primeiro autor, a
Filosofia também possui um conteúdo preciso ao nascer.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994. p.
28.
O ―conteúdo preciso‖ da filosofia no momento histórico
contemplado pelo texto – e que permaneceu como
principal tema da tradição pré-socrática – foi a
cosmologia, com o objetivo de explicar racionalmente
a ordem do mundo natural.
estética, com o objetivo de orientar a produção de
obras de arte belas.
ética, com o objetivo de delimitar as ações corretas
para o homem grego.
mitologia, com o objetivo de estabelecer quais
narrativas eram verdadeiras.
política, com o objetivo de garantir a coesão social
na polis grega.
QUESTÃO 59 -------------------------------------------------------
Tales deduziu sua convicção ―da constatação de que a
nutrição de todas as coisas é úmida‖, de que as
sementes e os germes de todas as coisas "têm natureza
úmida" e de que, portanto, a secura total é a morte.
Assim como a vida está ligada à umidade e esta
pressupõe a água, então a água é a fonte última da vida
e de todas as coisas. Tudo vem da água, tudo sustenta
sua vida com água e tudo termina na água.
REALE, Giovanni. História da filosofia: Antiguidade e Idade
Média. São Paulo: Paulus, 1990, p. 30 (adaptado).
Tales de Mileto (séc. VII a VI a.C.) é tradicionalmente
tomado como o primeiro filósofo da tradição ocidental,
tendo iniciado, com suas investigações, a posteriormente
chamada corrente fisicalista do pensamento pré-
socrático. O texto evidencia uma divergência entre o
pensamento mitológico grego e a filosofia de Tales, na
medida em que este
aborda a natureza a partir de um método científico de
experimentação.
desenvolve uma cosmologia que enxerga os deuses
da água como principais.
fornece as bases para a teoria evolutiva ao localizar a
origem da vida na água.
propõe um princípio único e originário para a
explicação dos fenômenos.
rejeita as narrativas tradicionais, que não tratavam da
origem das coisas.
QUESTÃO 60 -------------------------------------------------------
E Platão ainda diz de Heráclito: ―Ele compara as coisas
com a corrente de um rio — que não se pode entrar duas
vezes na mesma corrente‖; o rio corre e toca-se outra
água. Seus sucessores dizem até que nele nem se pode
mesmo entrar, pois que imediatamente se transforma; o
que é, ao mesmo tempo já novamente não é.
Os pré-socráticos. São Paulo: Abril Cultural, 1973. v.1,
Coleção Os Pensadores.
O texto se refere a uma das expressões mais célebres
do pensamento de Heráclito de Éfeso (cerca de 540-470
a.C.). Esse ponto fundamental na doutrina do pensador
se articula à noção de que
a realidade do ser é a imobilidade, uma vez que a luta
entre os opostos neutraliza qualquer possibilidade de
movimento.
o mundo é tomado como um eterno devir, isto é, em
estado de perene movimento e, nesse sentido, a
imobilidade apresenta-se como uma ilusão.
a paz (eirênê) é o princípio único e regulador da
harmonia do mundo e seu modo primordial de
existência.
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a multiplicidade é derivada da unidade no início dos
tempos por um processo de emanação, de forma que
não há mais unidade entre as coisas.
o movimento é advindo de uma força que afeta
apenas a matéria do mundo, mas mantém imutáveis
os planos celestes.
QUESTÃO 61 -------------------------------------------------------
(Unicentro 2012) Considerando-se as grandes mudanças
que ocorreram na história da humanidade, aquelas que
aconteceram no século XVIII — e que se estenderam no
século XIX — só foram superadas pelas grandes
transformações do final do século XX. As mudanças
provocadas pela revolução científico-tecnológica, que
denominamos Revolução Industrial, marcaram
profundamente a organização social, alterando-a por
completo, criando novas formas de organização e
causando modificações culturais duradouras, que
perduram até os dias atuais.
DIAS, Reinaldo. Introdução à sociologia. São Paulo: Persons
Prentice Hall, 2004.
Sobre o surgimento da Sociologia e as mudanças
ocorridas na modernidade, é correto afirmar:
A intensificação da economia agrária em larga escala
nas metrópoles gerou o êxodo para o campo.
O aparecimento das fábricas e o seu
desenvolvimento levou ao crescimento das cidades
rurais.
O aumento do trabalho humano nas fábricas
ocasionou a diminuição da divisão do trabalho.
A agricultura familiar desse período foi o objeto de
estudo que fez surgir as ciências sociais.
A antiga forma de ver o mundo não podia mais
solucionar os novos problemas sociais.
QUESTÃO 62 -------------------------------------------------------
Podemos dizer que uma das consequências da doutrina
do Darwinismo Social, elaborada no século XIX, foi:
o aperfeiçoamento das sociedades democráticas e a
evolução tecnológica ocidental.
as lutas pelos direitos civis e pela ―igualdade racial‖.
as políticas de segregação racial do século XX.
as leis de segregação racial implementadas no Brasil
durante o período republicano.
a desagregação racial nos Estados Unidos na
primeira metade do século XX.
QUESTÃO 63 -------------------------------------------------------
(Ufu) Sobre o surgimento da sociologia, podemos afirmar
que
I. a consolidação do sistema capitalista na Europa no
século XIX forneceu os elementos que serviram de
base para o surgimento da sociologia como ciência
particular.
II. o homem passou a ser visto, do ponto de vista
sociológico, a partir de sua inserção na sociedade e
nos grupos sociais que a constituem.
III. aquilo que a sociologia estuda constitui-se
historicamente como o conjunto de relacionamentos
que os homens estabelecem entre si na vida em
sociedade.
IV. interessa para a sociologia, não indivíduos isolados,
mas inter-relacionados com os diferentes grupos
sociais dos quais fazem parte, como a escola, a
família, as classes sociais etc..
II e III estão corretas.
Todas as afirmativas estão corretas.
I e IV estão corretas.
I, III e IV estão corretas.
II, III e IV estão corretas.
QUESTÃO 64 -------------------------------------------------------
(Unioeste 2010) No que diz respeito às relações entre
sociologia e mudanças sociais pode-se dizer que:
A sociologia é uma ciência que visa apreender cada
sociedade em um dado momento sem poder explicar
suas transformações, que são objeto da História.
A sociologia só é capaz de explicar as
transformações derivadas das lutas entre as classes.
Os estudos aos quais a sociologia se dedica
fundamentam-se no princípio de que mudanças e
transformações só podem ocorrer quando os vários
segmentos ou estratos de uma sociedade se unem
para promover ou viabilizar tais mudanças.
A questão das mudanças sociais é um tema que se
tornou objeto de reflexão sociológica a partir do que
se convencionou chamar ―era pós-industrial‖ e
globalização.
A sociologia busca captar os fenômenos produzidos
pelas ações de atores sociais que visam defender
seus interesses e os fatos associados às reações e
resistências àquelas ações.
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QUESTÃO 65 -------------------------------------------------------
(Unioeste 2012) Segundo Zygmunt Bauman, a
Sociologia é constituída por um conjunto considerável de
conhecimentos acumulados ao longo da história. Pode-
se dizer que a sua identidade forma-se na distinção com
o chamado senso comum. Considerando que a
Sociologia estabelece diferenças com o senso comum e
estabelece uma fronteira entre o pensamento formal e o
senso comum, é correto afirmar que
a Sociologia se distingue do senso comum por fazer
afirmações corroboradas por evidências não
verificáveis, baseadas em ideias não previstas e não
testadas.
o pensar sociologicamente caracteriza-se pela
descrença na ciência e pouca fidedignidade de seus
argumentos. O senso comum, ao contrario, evita
explicações imediatas ao conservar o rigor científico
dos fenômenos sociais.
pensar sociologicamente é não ultrapassar o nível de
nossas preocupações diárias e expressões
cotidianas, enquanto o senso comum preocupa-se
com a historicidade dos fenômenos sociais.
um dos papéis centrais desempenhados pela
Sociologia é a desnaturalização das concepções ou
explicações dos fenômenos sociais, conservando o
rigor original exigido no campo cientifico.
o pensamento sociológico se distingue do senso
comum na explicação de alguns eventos e
circunstâncias, ou seja, enquanto o senso comum se
preocupa em analisar e cruzar diversos
conhecimentos, a Sociologia se preocupa apenas
com as visões particulares do mundo.
QUESTÃO 66 -------------------------------------------------------
Podemos chamar de questões sociais alguns problemas
que vão além de nosso dia a dia como indivíduos, que
não dizem respeito somente a nossa vida privada, mas
estão ligados à estrutura de uma ou de várias
sociedades. É o caso do desemprego, por exemplo, que
afeta milhões de pessoas em diversos grupos sociais.
Aqui, estamos falando de:
Nossas escolhas, seus limites e repercussões.
Das questões individuais às questões sociais.
O que nos é comum.
As diferenças no processo de Socialização.
Tudo começa na família.
QUESTÃO 67 -------------------------------------------------------
Uma série de mudanças políticas e econômicas ocorreu
na Europa, a partir do fim da Idade Média. O quadro ―A
liberdade guiando o povo‖ (1830), de Eugène Delacroix,
alude a um dos mais importantes acontecimentos
decorrente desse período na história europeia, a
Revolução Francesa.
Sobre a ligação entre as mudanças referidas no texto e o
surgimento da Sociologia, é correto afirmar:
O desenvolvimento tecnológico e a nova postura do
homem ocidental decorrentes das transformações
desse período histórico propiciaram o interesse pelo
entendimento da vida social.
O desenvolvimento da indústria se opunha à
formação do processo de instalação da sociedade
moderna.
A credibilidade da vida social, nas cidades, passa a
ser buscada na coerência dos textos sagrados e na
adoração religiosa.
A vida religiosa foi adquirindo cada vez mais
importância, o que fez com que a história do cotidiano
fosse concebida por um olhar sagrado.
A arte renascentista, ao apresentar a forte ligação
entre Deus e os homens, expressou as
transformações sociais de forma contundente.
QUESTÃO 68 -------------------------------------------------------
O homem é resultado do meio cultural em que foi
socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo
acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência
adquiridas pelas numerosas gerações que o
antecederam. A manipulação adequada e criativa desse
patrimônio cultural permite as inovações e as invenções.
Estas não são, pois, o produto da ação isolada de um
gênio, mas o resultado do esforço de toda uma
comunidade.
(LARAIA, 2009, p. 45).
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Nesse fragmento de texto, o professor e antropólogo
Roque Laraia apresenta a socialização do homem como
um elemento cultural.
A respeito das discussões sobre cultura, identifique com
V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.
( ) A cultura marca a entrada das sociedades
―primitivas‖ no mundo ―civilizado‖.
( ) O comportamento humano se origina do uso de
símbolos e simbologias e, dessa forma, a cultura é
apreendida.
( ) O contato com povos e culturas diferentes pode
causar alterações significativas na cultura de uma
sociedade.
( ) A busca do seio materno por um recém-nascido é
um exemplo de que nem todos os instintos são
suprimidos pela cultura.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima
para baixo, é a
V, V, F, V.
F, V, V, F.
F, F, V, V.
F, V, V, V.
V, F, F, F.
QUESTÃO 69 -------------------------------------------------------
Marque V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as
afirmativas.
( ) As culturas têm seus próprios padrões de
comportamento e estes não se misturam ou são
apropriados pelas outras culturas.
( ) A diversidade cultural é um fenômeno
exclusivamente global, não ocorrendo dentro de um
mesmo país.
( ) A diversidade pode ser entendida como a
contribuição de diferentes etnias à determinada
cultura.
( ) Os gestos e expressões são fortemente
influenciados por fatores culturais.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima
para baixo, é a
F, V, V, F.
F, V, F, V.
F, F, V, V.
V, F, F, V.
V, V, F, F.
QUESTÃO 70 -------------------------------------------------------
(UNESP) Ao final do século passado, a dominação e a
espoliação assumiam características novas nas áreas
partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o
darwinismo social e a pretensa superioridade do homem
branco marcavam o auge da hegemonia europeia.
Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico,
certo esforço para justificar interesses imperialistas.
A humilhação sofrida pela China, durante um século e
meio, é algo inimaginável para os ocidentais.
A civilização deve ser imposta aos países e raças
onde ela não pode nascer espontaneamente.
A invasão de tecidos de algodão do Lancashire
desferiu sério golpe no artesanato indiano.
A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos
missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram
para quebrar a resistência cultural das populações
africanas, asiáticas e latino-americanas.
O mapa das comunicações nos ensina: as estradas
de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas
em contato com o mundo exterior.