09-09-2015
Revista de Imprensa09-09-2015
1. (PT) - i, 09/09/2015, ADSE. Ministérios da Saúde pede estudos a 30 dias das eleições 1
2. (PT) - Correio da Manhã, 09/09/2015, "Continuamos a assistir à destruição da ADSE" - Entrevista a HelenaRodrigues
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3. (PT) - Correio da Manhã, 09/09/2015, Infetados hospitalizados 3
4. (PT) - Correio do Minho, 09/09/2015, PS contra encerramento de extensões de saúde 4
5. (PT) - Correio do Minho, 09/09/2015, BE indignado com invasão do Governo ao distrito 5
6. (PT) - Porto24, 04/09/2015, Hospital paga o que o Estado tinha ficado de pagar 6
7. (PT) - Público, 09/09/2015, Recusado pedido de transferência de embriões após a morte do homem 7
8. (PT) - Jornal de Notícias, 09/09/2015, Acabou o soro antiveneno de cobra 10
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VILA NOVA DE FAMALICÃO| Redacção |
Caldeira Cabral, cabeça-de-listado Partido Socialista às eleiçõeslegislativas pelo distrito de Bra-ga, acompanhado pelos demaiscandidatos a deputados e diri-gentes locais e distritais do PS,esteve em acções de campanhaem Vila Nova de Famalicão, ten-do passado pelo Serviço de Ur-gência (SU) e a Maternidade daUnidade de Famalicão do Cen-tro Hospitalar do Médio Ave,onde, para constatou que os par-tos continuam a aumentar e ondeouviu o Conselho de Adminis-
tração alertar para a situação deindefinição no CHMA e para osefeitos que daí advêm para osprofissionais de saúde.
A este respeito foi reiterado pe-lo PS os riscos de um desmante-lamento do CHMA, “nomeada-mente para a Maternidade e parao SU, ainda por cima a um mêsdas eleições”. Nesta acção, foifeita uma visita à extensão desaúde de Arnoso Santa Maria,acompanhados pela directora doACES, Diana Moreira e pelopresidente de junta de freguesialocal, Jorge Amaral, onde foi as-sumido pelo PS “o compromissode não alteração ou encerramen-
to de quaisquer unidades de saú-de em Famalicão, incluindo a deArnoso, sem fundamento e justi-ficação e enquanto não estives-sem concluídos todos os estudossobre a rede de cuidados primá-rios no concelho, ficando o fir-me desejo de que, a um mês daseleições, não avancem mais en-cerramentos”.
Por fim, e antes de um jantar-convívio na Feira do Artesanatoe Gastronomia de Vila Nova deFamalicão, houve uma reuniãocom a ACIF, onde, entre outrasmatérias, onde foram abordadosos efeitos do IVA na restauração,que prometemos baixar.
PS contra encerramentode extensões de saúdeESTA FOI a mensagem deixada do Caldeira Cabral, cabeça-de-lista do PSpor Braga, aos famalicenses, durante uma visita às unidades de saúde locais.
DR
Na passagem por Vila Nova de Famalicão, os candidatos do PS às legislativas prometeram lutar pelo CHMA
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Tiragem: 8000
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POLÍTICA| Redacção |
A candidatura do BE às próxi-mas eleições legislativas pelocírculo de Braga, mostra-se “in-dignada com a invasão de mem-bros do governo que o distritoassistiu durante toda a semana,para promoverem iniciativas depropaganda enganosa”, adiantao BE em comunicado.
Ainda no mesmo documento, oBE acrescenta: “é inadmissívelque um governo que durantequatro anos virou costas ao dis-trito, apareça agora, em tempode eleições inundar a comunica-ção social prometendo mundos efundos”.
Primeiro foi o cabeça de listada Coligação Portugal à Frente,que “aproveitou a apresentaçãoda candidatura para se disfarçar
de ministro do Ambiente e visi-tar as obras do Polis no Litoralde Esposende, onde nada foi fei-
to para melhorar a entrada dabarra de pescadores”, lamenta oBE na nota.
Depois foi Passos Coelho a vi-sitar o Centro de Formação Pro-fissional de Mazagão para “re-
petir a mentira sobre a diminui-ção dos números do desempre-go, quanto os cidadãos sabembem que como os estágios pro-fissionais, os contratos de em-prego inserção e a formação pro-fissional são as manobra encon-tradas para apagar desemprega-dos das estatísticas”.
Também o director da Admi-nistração Regional de Saúde doNorte veio à Póvoa de Lanhosodizer que “a população vai ter,cuidados de saúde à noite e aosfins-de-semana, no Hospital daMisericórdia, mas só em Janeirode 2016, ou seja daqui a quatromeses”, pode ler-se ainda nomesmo documento.
A candidatura do BE desafia ogoverno “a dizer quando é quevai reabrir o atendimento noc-turno dos doentes de Vieira doMinho e de Celorico de Basto,cujos Serviços de AtendimentoPermanente foram encerrados”.
BE “indignado” com “invasão do Governo ao distrito”“PROPAGANDA ENGANOSA”. É desta forma que a candidatura do BE às próximas eleições legislativaspelo círculo de Braga vê a “invasão de membros do Governo” ao distrito durante toda a semana.
DR
Candidatura do BE critica “invasão de membros do Governo” no distrito
A candidatura do Bloco vai,por isso, “continuar a andarna rua, de cabeça erguida, a ouvir as pessoas, a apresentar as suaspropostas, e a desmontar a hipocrisia deste governo,que tanto mal fez a estedistrito”.
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Hospital paga o que o Estado tinha ficado de pagar
gaia | verbas Para a segunda fase de requalificação chegam com meio ano de atraso
estado tinha ficado de entregar 15 milhões para a nova fase das obras
Verba concedida acabou por ser menor, hospital terá de desembolsar o restante
pedro emanuel santos (texto)
o Centro Hospitalar de Vi-la Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) vai com-participar do seu bolso
cerca de 10 milhões de euros que tinham sido prometidos pelo Go-verno para a segunda fase das obras de requalificação do polo do Monte da Virgem, a chamada Fase B, e que não chegaram a ser libertados.Na última terça-feira, dia 01, o se-cretário de Estado da Saúde, Ma-nuel Teixeira, visitou o CHVNG/E e anunciou que a tutela ia aumentar em 5,3 milhões de euros o capital daquela unidade. Ora, e tal como o P24 noticiou em edições anterio-res, o CHVNG/E aguardava desde abril que Lisboa disponibilizasse os prometidos 15 milhões de euros, anunciados então pelo ministro da
tutela, Paulo Macedo, para que os trabalhos pudessem arrancar den-tro dos prazos previstos. O dinheiro tardou. E quando chegou não veio na totalidade, chegaram apenas os 5,3 milhões.“Esse montante permite ao Centro Hospitalar Gaia/Espinha assegurar a contrapartida nacional da Fase B e alavancar os 6 milhões de euros de fundos comunitários que a ARS Norte atribuiu ao CHVNG/E. O restante será com fundos próprios do CHVNG/E”, explicou ao P24 o presidente do conselho de admi-nistração, Silvério Cordeiro.Ou seja, será o CHVNG/E a assegu-rar a quantia em falta em relação ao bolo que o Ministério da Saúde havia prometido, de forma a per-mitir que a próxima fase arranque dentro do timing previsto. Para tal, o Ministério apenas terá de pu-
blicar um despacho nesse sentido.“Com a publicação desse despacho, o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho poderá iniciar todos os procedimentos necessários ao início dos trabalhos”, explicou ao P24 Silvério Cordeiro.A Fase B arrancará depois de outu-bro, mal os trabalhos da primeira parte do projeto terminem, e tem prazo de conclusão de um ano. Con-templa um novo serviço de urgên-cias – o atual é insuficiente para suprir os cerca de 180 mil atendi-mentos anuais (uma média de 500 diários). Estão também previstas melhorias nos cuidados intensivos, nos cuidados polivalentes e nos ser-viços de apoio ao tratamento. Isto para além de novos acessos viários ao Centro Hospitalar. Estes serão assegurados pela Câmara Munici-pal de Vila Nova de Gaia, conforme
confirmou o próprio município. Eduardo Vítor Rodrigues, presi-dente da autarquia, anunciou o in-vestimento de 2 milhões de euros nesse sentido, para melhorar o que considera ser o “grande bastião dos serviços de saúde” a sul do Douro. No total, a Fase B custa 18 milhões de euros, a que acrescem 3 milhões referentes ao pagamento do Impos-to de Valor Acrescentado (IVA). O projeto, com todas as fases pre-vistas, estará concluído daqui a três anos, em 2018, conforme pre-vê o conselho de administração do CHVNG/E. O investimento total somará então 28 milhões de euros. Isto num hospital que serve um universo de 350 mil cidadãos – fo-ra outros tantos de áreas de refe-renciação indireta –, soma 450 mil consultas externas e atende 180 mil utentes por ano.
segunda fase das obras arrancará depois do próximo mês de outubro
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Recusado pedido de transferência de embriões após a morte do homem
Um casal que estava a fazer tratamen-
tos de fertilidade numa clínica de Lis-
boa chegou a conseguir uma gravidez
após a transferência de dois dos seus
embriões, mas acabou por haver um
aborto espontâneo. Restaram nove
embriões congelados que o casal ten-
cionaria usar para ter um fi lho. Mas o
homem morreu. A sua companheira
pediu agora autorização ao Conselho
Nacional de Procriação Medicamente
Assistida (CNPMA) para engravidar
do companheiro morto. O pedido foi
recusado.
Em Portugal, já tinha havido dois
casos de mulheres que pediram para
usar o esperma congelado dos seus
companheiros, depois de estes mor-
rerem. As inseminações não avan-
çaram porque a lei portuguesa não
permite esta hipótese, obrigando in-
clusivamente à destruição do sémen
congelado se o homem morrer.
Mas o caso que agora chegou ao
conselho é único porque é o primeiro
em que já existem embriões do casal,
resultantes da fecundação dos ovó-
citos com esperma em laboratório.
E, quando há embriões, a lei permite
que possa haver transferência post
mortem. Mas apenas se o parceiro
masculino tiver deixado escrito de
forma expressa essa sua intenção,
algo que não aconteceu.
O caso remonta a 2009, altura em
que o casal, que vivia em união de
facto, estava a fazer tratamentos de
procriação medicamente assistida
numa clínica privada de Lisboa. Em
Março desse ano, deu-se a transfe-
rência para o útero de dois embri-
ões, mas a gestação terminou com
um aborto espontâneo.
Em Julho desse ano, o homem, a
quem tinha sido diagnosticado um
linfoma 12 anos antes, morreu. O ca-
sal tinha ainda nove embriões con-
gelados que teria intenção de usar
para tentar ter um fi lho. Os pais do
homem morto declararam à clínica
que não queriam que o material bio-
lógico do fi lho fosse usado para dar
origem a uma gravidez.
Eurico Reis desconhece os motivos
porque a parceira veio, tanto tempo
depois da morte do parceiro — a de-
cisão do conselho é deste Verão e o
pedido deu entrada no ano passado
—, pedir a transferência de embriões.
No pedido, a mulher refere apenas
que todas as questões legais com os
pais do companheiro, que dizem
respeito a questões de herança do
falecido, estavam resolvidas.
O CNPMA recusou o pedido por
não ter havido manifestação explícita
da vontade do homem numa declara-
ção escrita, como obriga a lei portu-
guesa, que quer que estas situações
“sejam muito, muito excepcionais”,
explica o responsável. O legislador
quer “que não hajam dúvidas que
essa era a vontade livre, voluntária,
esclarecida”, esclarece o presidente
do CNPMA. O caso é susceptível de
ser discutido em tribunal, ressalva.
Neste caso concreto, na sua opi-
nião pessoal, “houve um acto de von-
Proposta para incluir questão sobre transferência post mortem no formulário de consentimento informado foi recusada no Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida
ÉticaCatarina Gomes
Outros casos em Portugal
2012Primeiro caso em tribunalUma mulher portuguesa, de 33 anos, reclamou em tribunal a propriedade do sémen congelado do marido para poder engravidar através de inseminação artificial, mas acabou por desistir do processo. A viúva temeu ficar posta em causa a sua privacidade
depois de o caso se ter tornado público. O processo deu entrada no Tribunal do Entroncamento. A portuguesa avançou para tribunal cerca de um ano depois de o seu marido, de 40 anos, ter morrido com cancro. Antes de os tratamentos de quimioterapia começarem, o casal, que sempre quis ter filhos, tinha decidido congelar sémen como forma
de salvaguardar a fertilidade do casal, que poderia sair afectada pelos tratamentos.
2011Companheiro morreu num acidenteA fertilização do óvulo com espermatozóides, para formar o embrião e depois tentar a
gravidez, tinha dia marcado numa clínica de Lisboa. Só que, antes de ter lugar, o homem morreu num acidente. Mesmo assim, a mulher informou o centro de que queria que o processo avançasse. O Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida não autorizou. A lei portuguesa apenas permite a transferência post mortem de embriões e apenas se
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 2 de 3ID: 60889721 09-09-2015Lei portuguesa estipula que, nestas situações excepcionais, tem de existir uma manifestação explícita da vontade do homem numa declaração escrita
MICHAEL DALDER/REUTERS NELSON GARRIDO
houver vontade expressa do pai falecido por escrito. Neste caso, os “sogros” comunicaram à clínica que se opunham à ideia, uma vez que discordavam da ideia de ter um neto de um filho morto.
2001Susana quis retirar o sémen do marido
Em 2001, uma portuguesa manifestou a vontade de engravidar do marido morto, mas o objectivo de Susana, que estava casada há três meses quando ficou viúva, era que fosse retirado sémen ao marido morto através de punção testicular, uma prática que é proibida em Portugal e que tem de ser feita 24 a 36 horas após a morte. Depois
de consultar um advogado, Susana concluiu que o seu desejo não era concretizável por não existir legislação que autorizasse a prática. A extracção cirúrgica do esperma é uma prática aceite em alguns outros países do mundo, permitindo que viúvas, noivas, namoradas, e até os pais procurem este processo quando um homem
morre inesperadamente. O primeiro caso reportado de extracção cirúrgica do sémen ocorreu em 1980, envolvendo o caso de um homem de 30 anos que ficou em morte cerebral depois de um acidente de carro, escreveu a revista científica Human Reproduction. O primeiro nascimento por esta via foi reportado em 1999.
tade”, porque tinha havido a transfe-
rência de dois embriões. “Em termos
emocionais e psicológicos, esta situa-
ção é semelhante aos casos em que o
parceiro morre durante a gravidez”,
defendendo que “o investimento psi-
cológico” que é feito quando um ca-
sal inicia tratamento é semelhante
ao casal que tenta engravidar sem
recurso à medicina.
Eurico Reis considera que a não
obrigatoriedade de abordar esta
questão junto dos casais em trata-
mento acaba por impossibilitar a
concretização de transferências post
mortem em Portugal. “Há aspirações
destruídas”, porque a questão nem
sequer é abordada, diz.
Por essa razão, Eurico Reis pro-
pôs ao conselho que o formulário
de consentimento informado passe
a incluir explicitamente esta questão,
perguntando-se ao parceiro masculi-
no se autoriza que, caso morra, haja
transferência de embriões. Esta pro-
posta foi recusada por maioria, nota.
Na sua opinião, ao propor que a
questão da transferência post mortem
constasse dos formulários de consen-
timento informado — que os casais
têm obrigatoriamente de preencher
para responder a outras questões —
obrigava-se as pessoas a pensar nesta
questão. “Isto não pode continuar a
ser ignorado. É importante ser dis-
cutido de forma racional.”
Para Eurico Reis, “ao contrário
do espírito pragmático dos anglo-
saxónicos, que pensam nos pro-
blemas antes de eles acontecerem,
culturalmente nos portugueses exis-
te um medo atávico e irracional de
discutir estas questões”, comenta.
“Há contingências na vida. As pes-
soas devem pensar nelas antes que
aconteçam.”
Teresa Almeida Santos, presidente
da Sociedade Portuguesa de Medici-
na da Reprodução, admite: “Não me
passa pela cabeça perguntar a um
casal jovem e saudável, à partida,
‘e se morrer?...’ Parece descabido.”
“Culturalmente, causa desconforto
abordar esta questão, há uma ten-
dência para se desvalorizar.”
A médica diz que a questão da
morte é abordada, por exemplo,
quando é feita a congelação de gâ-
metas de pessoas com cancro (que
assim querem acautelar a sua capaci-
dade de procriar após os tratamentos
oncológicos). Nestes casos, fala-se
abertamente porque “a probabili-
dade da morte é real”. Pergunta-se
o destino que querem dar aos seus
gâmetas caso morram (nestes casos,
a lei permite a doação a outros ca-
sais, a doação para a ciência ou a sua
destruição).
Neste caso em que o casal já tinha
embriões, a médica diz que “com-
preende a situação da possível mãe”,
mas não concorda que esta seja uma
questão que deva constar das decla-
rações de consentimento informado
existentes. “Esta é uma declaração
de tal forma séria que exige uma re-
fl exão específi ca.”
Na sua experiência clínica, “os
casais preenchem os formulários
de consentimento informado com
alguma ligeireza”, considerando
que é necessário “refl ectir sobre es-
ta questão numa declaração à parte”,
que não esteja misturada no meio de
outras questões que são sérias — co-
mo o destino a dar a embriões exce-
dentários — mas que não são como
esta, que signifi ca, na prática, que o
homem tem de “dar autorização para
conceber uma criança órfã”.
“A questão é tão séria que exige
refl exão específi ca”, mas não vê com
maus olhos a criação de um consenti-
mento informado exclusivo para este
aspecto, para que “gradualmente ela
se comece a discutir”.
Incluir esta questão no formulário do consentimento informado signifi ca, na prática, que o homem tem de “dar autorização para conceber uma criança órfã”
3Este é o terceiro caso, em Portugal, de mulheres que pediram para usar o esperma congelado dos seus companheiros, depois de estes morrerem
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Tiragem: 35268
País: Portugal
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Inclusão desta questão no formulário de consentimento foi recusada no Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida p14/15
Recusado pedido de transferência de embriões após a morte do homem
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