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Dossier do Grupo JasminTRANSCRIPT
Animação Sociocultural
1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 0
Instituto Politécnico de Beja
Escola Superior de Educação
Animação Sociocultural 1ºano
Ano Lectivo 2010/2011
Beja, 15 de Julho de 2011
Animação Sociocultural
1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 1
Unidades Curriculares: TICM / Artes Performativas II /
Música
Docente: Ana Velhinho / Marco Silva / António Cartageno
Alunos:
Ana Silva nº9444
Joana Espada nº10240
Rita Garrido nº4773
Vanessa Afonso nº10244
Dossier do Projecto
Animação Sociocultural
1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 2
Introdução
Plano de trabalho
Pesquisa
Divisão de tarefas
Calendarização
Projecto
Sinopse
Dramaturgia
Fotos do processo de construção do boneco
Reflexão sobre a pesquisa
Esboços das personagens
Estudo dos cenários
Reflexões individuais
Conclusão
Bibliografia / Webgrafia
Índice
Animação Sociocultural
1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 3
No âmbito das unidades curriculares de Artes Performativas II (Artes Plásticas e
Música) e TICM (Tecnologias de Informação e Comunicação Multimédia), foi-nos
proposto a elaboração de um projecto de teatro de fantoches, onde cada grupo irá
escolher uma técnica de fantoches e colocá-la em prática. Com o apoio das
unidades curriculares apresentadas em cima, iremos elaborar todo o processo de
construção do projecto (banda sonora, construção dos fantoches e a divulgação do
espetáculo).
Após uma reflexão das várias ideias que nos surgiram inicialmente, concluímos que
seria relevante abordar no projecto a importância da higiene diária, bem como o
conceito de amizade através de uma peça de teatro de fantoches cómica, mas, ao
mesmo tempo, pedagógica, sendo que o nosso público alvo serão crianças dos 7 aos
12 anos.
Para a concretização do mesmo, iremos utilizar diferentes tipos de materiais, tais
como esponja, drakalon, feltro, cola quente, lã, tecidos e roupas velhas, criando
quatro personagens: a Princesa Bonita, a Princesa Feia, o Félix (personagem
secundária) e o Toni (personagem principal).
Ao longo deste dossier, iremos apresentar vários aspectos importantes no decorrer
do projecto: o plano do projecto, que engloba a pesquisa, a divisão de tarefas e a
calendarização, apresentando, também, o guião da peça, bem como todos os
pormenores que contribuirão para a construção do mesmo.
Introdução
Animação Sociocultural
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…Pesquisa de informação…
É interessante observar que a dramaturgia do teatro para crianças no Brasil apresenta,
com freqüência, cenas onde são utilizados recursos do teatro de animação. É comum
encontrar nessa dramaturgia, ora uma cena onde o autor sugere o uso de máscaras,
ora uma personagem mitológica ou fantástica a ser representada por uma forma
animada ou boneco, ou cenas com as técnicas do teatro de sombras.
Isso permite constatar a existência de certo interesse por parte de encenadores, que
com isso, demonstram estar abertos à presença de formas animadas em cena ou à
utilização dramática de materiais e objetos nos espetáculos que dirigem.
No entanto, vale destacar que o uso de tais recursos está direcionado, muito mais no
sentido de dar certa dinâmica ao texto, criando climas ou mesmo objetivando resolver
certos problemas técnicos como caracterização física de personagens, do que
experimentar ou trabalhar
a linguagem específica do teatro de animação. Assim configura-se mais como uma
dramaturgia que se utiliza, eventualmente, desta linguagem do que numa
dramaturgia própria da linguagem do teatro de animação. Assim configura-se mais
como uma dramaturgia que se utiliza, eventualmente, desta linguagem do que numa
dramaturgia própria da linguagem do teatro de animação. Este estudo pretende
elencar características da dramaturgia do teatro de animação, percebendo suas
especificidades quando destinada ao público infantil.
Não se trata de definir limites sobre onde começa e termina o teatro de animação,
aliás, tarefa difícil e com certeza de pouca significação principalmente porque hoje as
artes, sabiamente, mesclam cada vez mais diferentes linguagens. Interessa, isto sim,
discutir um tipo de jogo teatral que acontece quando o ator se utiliza mediações entre
ele e o público, onde o objeto/boneco é intermediário dessa relação. (1)
1. TEATRO DE ANIMAÇÃO
São diversas as denominações para designar a linguagem do teatro de animação:
teatro de bonecos, teatro de fantoches, teatro de marionetes, teatro de objetos,
teatro de formas animadas, teatro de figuras. Cada uma delas utiliza materiais e
procedimentos técnicos distintos. O importante, no entanto, é perceber que se trata
Plano de Trabalho
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de uma manifestação teatral, onde objetos ou formas são animadas pelo ator e
passam a ser o foco da atenção na representação. A definição de Amaral, por certo,
pode ajudar na identificação de traços fundamentais desta linguagem: “boneco é o
termo usado para designar um objeto que, representando a figura humana ou animal,
é dramaticamente animado diante de um público.” (Amaral, 1991:69)
As afirmações aí contidas destacam duas propriedades fundamentais desta
linguagem. A primeira se refere ao objetivo e à incondicionalidade da animação. Isso
significa partir do pressuposto que o que confere especificidade do teatro de
animação é a presença do objetivo animado. E o sentido de animação. E o sentido
de animado, aqui, referindo-se à vida, ou mais precisamente à sua derivação de
anima, alma. Diz respeito ao objetivo a quem se lhe empresta alma para possuir vida.
A segunda propriedade é a presença do ator/manipulador, o bonequeiro. Para que o
objeto extrapole a condição de inércia, de matéria inanimada, para deixar de ser
escultura e passar a agir ou atuar, faz-se necessária a presença do ator/manipulador,
que passa a ser uma condicionante na medida em que é através da presença que os
gestos, ações e seleção de movimentos se efetua. É o ator/manipulador que cria,
experimenta e decide os gestos que caracterizam a personagem.
Assim, entendemos o teatro de animação como uma linguagem com especificidades,
com certa lógica e procedimentos diferenciados de outras linguagens dramáticas.
Colocam-se, a partir disso, outras questões que precisam ser apontadas: a
expressividade do objeto, que está relacionada em certa medida com sua confecção
ou escolha, mas principalmente com o uso que se faz dele na cena. A expressividade
do ator/manipulador que, num determinado espaço, dá vida ao objetivo através do
movimento e da voz. E um terceiro aspecto diz respeito à história, ao texto, aos
diálogos e a sua trama dramática. Naturalmente, esses aspectos, inseparáveis na
prática teatral, fundem-se numa só expressão totalizadora, o teatro de animação.
A partir disso se faz necessário elencar algumas particularidades que seguramente
devem estar presentes num texto dramático para crianças.
2. O TEXTO
Uma das primeiras indagações que surge quando se pensa no texto dramático para
teatro de bonecos é sobre a existência de diferenças e especificidades em relação
ao texto dramático a ser representado por atores. No entanto, mais do que negar ou
concordar com a existência de tais especificidades, o desafio se coloca no sentido de
apresentá-las.
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Em relação à forma de apresentação do texto, uma das características mais
evidentes na dramaturgia dessa linguagem é a freqüência de rubricas, indicação
escrita descrevendo ações ou gestos do objetivo manipulado. Já por gestos de forma
animada, a concepção de mundo personagem e que, no seu conjunto, constituem
as ações cênicas.
No texto dramático no teatro de bonecos, principalmente quando se fala das
tendências mais contemporâneas, como, por exemplo, quando predomina o uso de
objetos, ou aquilo que se chamaria de um teatro de formas animadas, evidencia-se o
uso de rubricas para descrever ações e gestos a serem efetuados pelo
objetivo/boneco. Ou seja, há uma economia de diálogos construídos por palavras
pronunciadas. O diálogo existe sim, porém, freqüentemente feito de gestos e ações,
suprimindo em parte a pronunciação de palavras.
As rubricas/cenas deixam transparecer claramente a importância desse recurso
habitualmente usando nos textos de teatro de animação, porque descrevem cenas
completas, detalham ações a serem realizadas e chamam a atenção. Na maioria das
vezes, tais indicações excluem a realização de diálogos de palavras a serem
pronunciadas pelas personagens. Aliás, para muitos dramaturgos e encenadores do
teatro de animação, “os bonecos exigem silêncio e seus silêncios são claramente
parte da sua linguagem”.(Schumann, 1992:32). Quando o diretor do Bread and Puppet
Theatre reclama silêncio verbal do boneco, quer chamar atenção para a importância
da ação e do gesto.
O gesto do boneco se diferencia do gesto do ator, principalmente na interpretação
realista, por tratar-se de um gesto sintético e preciso. Por ser um gesto sem titubeio,
limpo, amplo e cuidadosamente elaborado.
Isso acaba sendo determinante na definição do ritmo do texto. A oscilação de ações
com diálogos de palavras pronunciadas e diálogos realizados com gestos, olhares e
ações características da linguagem do boneco, estimulam uma organização do texto
dramático enriquecido por mudanças e alternâncias de tempo e de ritmo. Como se
vê, ritmo, nessa concepção, não está relacionado apenas como o lento ou rápido.
Como diz o professor da Universidade de Paris VIII,
Paradoxalmente, escrever para bonecos é escrever mais sobre sua imobilidade do
que sobre seu movimento. Criar movimentos que, quando o boneco se imobilize,
prossiga no espírito do espectador por certo tempo e ressurjam quando este está a
ponto de aborrecer-se (Chaillou, 1992:48).
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O professor francês aponta para a necessidade de se pensar o texto no teatro de
bonecos como suporte para se imaginar as ações cênicas a serem realizadas pelos
objetivos animados. Ou ainda, escrever para bonecos seria escrever uma espécie de
partitura de gestos e ações a serem experimentados e recriados na cena.
É possível perceber, por outro lado, que nas manifestações mais tradicionais do teatro
de bonecos tais como, Mamulengo, João Redondo, Cassemiro Côco ou Babau,
comuns nas regiões norte e nordeste do Brasil, a dramaturgia desse tipo de teatro se
baseia na palavra. Pode-se afirmar que é um teatro de texto, mas com a
peculiaridade de tratar-se de um teatro onde a palavra sustenta o jogo, sem com isso
abdicar das ações próprias da linguagem do boneco.
Os diálogos presentes nos textos de teatro de bonecos fazem impulsionar a ação. Não
são diálogos ou monólogos que se encaminham na direção de questionamentos
psicológicos ou existenciais. Uma cena como a do príncipe Hamlet, onde ele se
questiona sobre “ser ou não ser” certamente inexiste ou funciona muito pouco para
uma personagem animada. Isto porque o diálogo deve colaborar mais no sentido de
impulsionar a ação do boneco, do que para construir um aprofundamento
psicológico gerador de conflitos internos que pouco se expressam em gestos e ações.
A professora Ilíada Castro, referindo-se ao texto dramático no teatro para crianças e
em especial sobre a palavra na construção dos diálogos afirma:
É como as crianças se comprazem em ouvir as rimas mais absurdas, palavra dita sem
uma seqüência lógicas, mas com sons próximos! Essas palavras passam a ter um
sentido novo. Toda criança brinca com a linguagem verbal, inventa, modifica. Ela que
recriar e não somente reproduzir o que recebeu pronto. A criança se diverte vendo os
atores jogando, revirando as palavras e se delicia ao poder partilhar de um texto em
que a magia da palavra ultrapassa o sentido (Castro,1987:32).
Chama atenção, nas afirmações da professora, a necessidade de selecionar e burilar
a palavra a ser usada no texto dramático, possibilitando o jogo e a reinvenção de
sonoridades e significados. E em se tratando de texto dramático para crianças a
questão torna-se ainda mais urgente. Porque longos textos não sustentam a atenção
dos espectadores menores. Para esse tipo de público, diálogos curtos, o jogo de
palavras e, sobretudo as ações é que garantem seu envolvimento na narrativa.
Para o professor Brambilla, da Escola Cívica d’Arte Dramática de Milão, Itália, a
produção do texto dramático, hoje, não pode prescindir da contribuição teatral
contemporânea conhecida com “teatro de imagem” caminha tão próxima do teatro
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de animação de Brambilla para o texto como “partitura visual”, parece perfeita.
A dramaturgia deve ter em conta as experiências de outros campos; faz suas outras
formas, se desenvolve graças as imagens que captura e neste movimento se
enriquece. Se o texto não se limita a conteúdos verbais, mas se estende ao universo
visual, os recursos da tecnologia resultarão consideráveis. Eu tenho definido este tipo
de dramaturgia de partitura visual (Brambilla, 1992:55).
Enfim, partitura visual, partitura de gestos e ações, abundância de rubricas, economia
de diálogos constituído de palavras, são alguns características do texto dramático
para teatro de bonecos para crianças e que lhe dão certa especificidade.
3. A PREDOMINÂNCIA DE ELEMENTOS ÉPICOS
O diretor do grupo Marionetteatem de Estocolmo, Michael Meschke, em seu livro Una
Estética para el Teatro de Titeres, conta que, numa ocasião, reunidos com o poeta e
dramaturgo alemão Bertolt Brecht, solicitou-lhe autorização para encenar, com
bonecos, o texto A Alma Boa de Tsésuan. E nos diz que “Brecht me contestó
encantado que el teatro de títeres representaba en sí mismo el efecto de
distanciación, piedra angular de su teoria” (Meschke, 1989:91)
A afirmação de Brecht de que “o teatro de bonecos representa em si mesmo o efeito
de distanciamento” (2) denota, em princípio, a aproximação dessa linguagem com o
gênero épico. E sugere, a seguir, a necessidade de recorrer-se a textos dramáticos
escritos para essa linguagem buscando identificar tais características.
Uma observação detalhada de textos dramáticos para o teatro de bonecos vai firmar
a presença de pressupostos básicos da dramaturgia épica e ausência de
características da dramaturgia rigorosa/aristotélica (3), tais como a ruptura com as
unidades de tempo, lugar e ação, a inexistência da ralação de causalidade entre as
cenas, diluição do conflito central, interrupção da ação, bem como o não
estabelecimento da empatia causadora de terror piedade.
Tais aspectos acima mencionados são profundamente interligados e a discussão de
cada um dos tópicos remete aos outros porque são questões totalmente imbricadas.
A opção por apresentar tais tópicos separadamente objetivos facilitar a compreensão
dos mesmos.
3.1 – A Negação da Lei das Três Unidades
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Evidenciam-se, as mudanças de tempo e lugar. Ir e voltar no tempo, assim como a
apresentação de situações do passado e futuro para ilustrar a narrativa, é recursos
usados com freqüência. Ou seja, tais textos não obedecem a “unidade de tempo” (4)
proposta por Aristóteles na Poética. O preceito ali formulado de que “a tragédia
procura, o mais que possível, caber dentro de um período de sol, ou pouco excedê-
lo”, não cabe neste tipo de texto dramático.
Da mesma maneira, os textos dramáticos utilizam abundantemente de diferentes
espaços e geografias, rompendo assim com a “unidade de lugar” (5), outra norma
formulada pelo pensador grego. Como se vê, a ação se desenvolve com relativa
liberdade no espaço e no tempo.
3.2 – A Ruptura com a Relação de Causalidade
É freqüente o uso do recuso conhecido como “uma peça dentro da peça ou a
independência das cenas. Ou seja, os textos apresentam uma estrutura onde cada
cena, isolada, contém a essência do todo a que pertence e assim permite uma leitura
da problemática levantada. Difere então da estrutura da dramaturgia rigorosa onde a
relação causal, a dependência seqüencial das ações ou ainda a “unidade de ação”
é fundamental para a compreensão da fábula.
O uso corriqueiro de placas e cartazes indicando o início de uma nova situação ou
cena é, de certa forma, a síntese da cena que segue. Ou seja, uma pequena peça
dentro da peça.
3.3 – Diluição do conflito
Já em relação ao conflito enquanto oposição de vontades, percebe-se seu
enfraquecimento no contexto da narrativa, pois o mesmo é permeado por diversas
cenas, permitindo assim ao espectador estabelecer certo afastamento, contribuindo
dessa maneira para que os efeitos de estranhamento se efetivem. Essa estratégia,
além de amenizar o conflito enquanto problemática individual estruturada sobre
desejos e vontades opostas de personagens, também evidencia a negação da
relação de causalidade e contribui para estranhar a problemática, como já se
apontou, características da dramaturgia rigorosa.
3.4 – Interrupção da Ação
A interrupção da ação é um recurso freqüente usado na estrutura dramática do
teatro épico. E são utilizadas para se conseguir as rupturas, sendo que o uso de
canções (que Brecht chamava de songs) é muito utilizado.
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Bornheim, quando refere-se ao papel da música no espetáculo épico, afirma que a
mesma deve, de certo modo, perturbar a continuidade da ação:
Tal perturbação acontece em diversos níveis: pelo próprio texto da canção, que
usualmente apresenta o caráter de comentário; pela música que normalmente deve
evitar a melodiosidade “psicológica”, e pela presença dos músicos em cena, o
suficiente para que possam ser vistos pelo público (Bornheim, 1992:321).
Músicas, comentários das ações cênicas em curso, intervenções no sentido de
chamar a atenção da platéia de que o que está vendo é ficção ou de que está no
teatro, esses são recursos freqüentemente encontrados nos textos dramáticos para
teatro de bonecos e provocam a interrupção dramática. E esta é, sem dúvida, uma
característica do teatro épico e não da dramaturgia rigorosa.
3.5- A Negação da Empatia ou a Presença do Efeito de Distanciamento
Há que se destacar ainda a ruptura com a identificação, com a “empatia” (6),
elemento fundamental da dramaturgia rigorosa. É possível tomar emprestado de
Brecht a afirmação e adaptá-la, dizendo que, nos textos para teatro de bonecos, “o
espectador é colocado em face de algo” (Brecht in Pallottini, 1988:64), não
possibilitando, dessa maneira, a identificação . O espectador acompanha os
acontecimentos e a identificação não se dá, basicamente pelo fato de o
protagonista da encenação, a personagem, ser um objeto, um boneco, ainda que
uma forma antropomorfa ou simulacro do humano.
Evidencia-se, dessa maneira, que na linguagem do teatro de animação é freqüente o
recurso dos efeitos de distanciamento e negação da empatia.
Ao concluir as reflexões acerca da predominância de elementos épicos nos textos de
teatro de bonecos para crianças, faz-se necessário elencar duas questões relevantes:
- quando a proposta do dramaturgo ou a opção do encenador é trabalhar com
máscaras (recurso que integra a linguagem do teatro de animação), é possível que a
identificação possa vir a ocorrer. Principalmente se o texto a ser encenado contiver
características do gênero drama. Mas para confirmar essa questão fazem-se
necessários maiores estudos. Por hora, é possível afirmar que, em se tratando de
encenação com bonecos do tipo antropomorfo e objetos ou formas animadas, os
efeitos de distanciamento predominam e a identificação não se efetiva;
- ainda que fique clara a presença de elementos épicos nos textos para teatro de
bonecos, tais como a negação da lei das três unidades, a ruptura com a relação de
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causalidade, diluição do conflito, interrupção da ação e negação da empatia, é
preciso ressaltar que tais elementos não caracterizam a predominância da teoria
brechtiana de teatro na linguagem da animação, notadamente as concepções do
“teatro dialético”.
Portanto, uma característica básica dos textos de teatro para a linguagem da
animação é a predominância de elementos épicos e, conseqüentemente, a ausência
de estruturas da dramaturgia clássica ou aristotélica.
4. AUSÊNCIA DO REALISMO
Por certo, uma das características mais evidentes numa dramaturgia de teatro de
bonecos para crianças é a ausência ou a negação de uma estética realista. Realismo
no teatro entende-se como:
Estética que pretende representar a realidade na cena, oferecendo uma imitação
mais fiel quando possível do cotidiano. (…) os diálogos se nutrem dos discursos de uma
época ou classe sócio-profissional, dando ênfase a interpretação espontânea e
psicológica para a impressão de verdade e realidade (Pavis, 1983:401).
O uso de elementos, personagens e situações mágicas e fantásticas, de certa maneira
bastante comum na dramaturgia para crianças a ser representada por atores, são
uma condicionante na linguagem do teatro de animação. As situações podem ser as
mais inusitadas podendo-se explorar elementos que vão do cenário, que aos poucos
ganha vida e passam atuar, figurinos-escultura que mais do que vestir, define a
personagem, mas principalmente pode-se recorrer às personagens fantásticas, sejam
animais ou personagens integrantes dos mitos e lendas, como também que aos
poucos adquirem vida através do movimento, som e jogo de luzes.
Como se pode perceber, a recorrência ao fantástico, estimulando assim a
imaginação e a fantasia, é prática corriqueira no teatro de animação.
Não cabe a essas personagens, solilóquios ou extensas falas, uma vez que isso pode
comprometer o ritmo do texto. Não cabe também, aprofundamento psicológico. As
personagens que caracterizam os textos do teatro de animação e sobretudo para
crianças, são personagens arquetípicas, sintéticas, próximas do que poder-se-ia
identificar como o perfil ou a silhueta da personagem. Isso, sem no entanto deixar de
ser uma personagem precisa, clara, perfeitamente identificada como seus desejos,
com vontades, porém, há que se insistir, sem verticalismos ou aprofundamentos
psicológicos. Ou seja, nada tem que ser real no texto do teatro de animação, onde o
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que vale é o jogo, as possibilidades de exploração do inusitado. Como dez Ilíada
Castro:
A fantasia possibilita a revelação do real (…) Imaginando outras possibilidades de ser,
a criança fica em condições de escolher o que mais gostaria de viver, de
experimentar. A fantasia não tem como função fazer esquecer, mas desenvolver o
espírito crítico da criança de modo que possa refletir sobre seus problemas ( Castro,
1987:32).
As situações que seguramente têm como base a realidade ou o cotidiano, nas ações
com os objetos ou bonecos, ampliam as possibilidades de se estabelecer o jogo sem,
no entanto, cair no inverossímil é facilmente tornado crível, e assim, o irrepresentável,
torna-se representável.
5. O MOVIMENTO
A indicação de que o texto no teatro de bonecos para crianças deve preservar o
ritmo, usando de frases e falas curtas, explorando silêncios, olhares, leva a uma outra
característica apontada pelo reconhecido marionetista russo, Sergei Obrastzov
quando afirma: “o destino do boneco é mover-se” (in Revista Mamulengo nº.3,
1974:15). O movimento, detalhadamente selecionado e cuidadoso do manipulador,
não pode ser negligenciado no teatro de animação. Isso significa que o texto,
enquanto fala da personagem, não pode explicitar tudo. Ação do boneco é que
deve dar sentido e completar o texto pronunciado pelo ator/manipulador através do
boneco. Na medida em que a ação do boneco se completa com o texto, ele ganha
vida, seu caráter se evidencia, e a relação com a platéia se estabelece. Quando o
texto diz tudo e não permite que as palavras pronunciadas de materializem de certa
forma em gestos, como diz Obrastzov, instala-se um vazio na comunicação. Isso quer
dizer que a escritura do texto dramático no teatro de bonecos deve priorizar a
indicação de uma gestualidade, conduta e comportamento físico específico do
boneco. E como diz o marionetista russo, fundamental é perceber que “o que pode
ser expresso por um boneco, não pode ser expresso por uma comédia.” (1990:22).
Quando o boneco não assume a condição de boneco ou não dá proporções aos
gestos e movimentos, maiores que as reais; quando não se utiliza o excesso, do
exagero, quando o boneco se limita a imitar o ator, a linguagem do teatro de
animação não se efetiva. “Os bonecos não podem comportar-se como os atores”,
como diz Jurdowiski (1990:41).
Além da desproporcionalidade das formas (mão enorme, olho imenso etc.), o que
também caracteriza a especificidade do boneco é fazer entrar em cena, de um lado
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do palco uma mão, do outro lado um olho e no outro extremo um imenso pé, como
acontece em Zé da Vaca, de Ana Maria Amaral. Ou seja, voar, desrespeitar as leis da
gravidade, aparecer simultaneamente em distintos lugares, arrancar a cabeça e
continuar falando, mover partes do corpo demonstrando um contorcionismo ou
habilidades impossíveis de serem executadas por um humano, fazem parte do rol de
expressões realizáveis por um boneco e que o ator não pode fazer. Quando o
dramaturgo tem isso claro e substitui a indicação de tais ações pelos solilóquios,
seguramente esse texto indicado para a linguagem do teatro de animação.
6. EXISTEM MUITOS OBJETOS NUM SÓ OBJETO
Outro aspecto que caracteriza o teatro de animação e de certa forma está
relacionado com a construção das personagens é que essas não precisam
necessariamente ter a aparência de seres humanos. É verdade que hoje o mais
comum é encontrar personagens antropomorfas, com traços que, mesmo de forma
bastante sintética, remetem à forma humana. No entanto, também tem sido comum
a personagem aparentar uma forma inusitada, confeccionada especialmente para
esta finalidade ou ser um objeto extraído do cotidiano.
A trajetória do Grupo XPTO de São Paulo é rica nesse tipo de experiência:
“Seus espetáculos puseram em cena estranhos seres, alguns com parentescos no reino
vegetal (A Infecção Sentimental Contra-ataca, de 1985, tinha flores que
engravidavam), outros com toques animais (Coquetel Clown tinha peixes que se
apaixonavam), mas, a maioria, de ascendência desconhecida ou inesperada. Um dos
quadros de A infecção Sentimental era protagonizado por sacos de lixo que cuspiam
papel celofane; outro por lâmpadas que amavam (Góes,1997).
É interessante destacar que o texto de animação privilegia a necessidade de lançar
olhares distintos sobre o que nos cerca. Na peça didática Os Horácios e os Curiácios,
de Brecht, uma intervenção da personagem Horário sintetiza a idéia de valorização
da forma e da necessidade de ver o cotidiano sob diversos olhares. Horácio diz
que: “há muitos objetivos num só objeto” (Brecht in Koudela, 1991:86) Em História de
Lenços e Ventos, de Ilo Krugli, a personagem central é Azulzinha, um lenço azul. A
personagem Papel é uma folha de papel comum, ou seja, são materiais que se
tornam expressivos quando manipulados ou quando contracenam com o ator. O
diretor italiano Sergio Dioltti sintetiza bem a questão:
O autor-intérprete intervém sobre o palco num universo de objetos que têm invadido o
território da existência. Mas esta contaminação, apocalíptica em certos aspectos,
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impõe também a presença arquetípicas do objetivo na esfera do comportamento
humano. Uma forma inanimada, fabricada industrialmente, inutilizada depois de haver
pertencido ao mundo, segue provocando numerosos impulsos afetivos, mecanismos
simbólicos e criativos (Diotti, 1992:42).
Ou seja, o dramaturgo no teatro de animação precisa ver muito além do aparente,
olhar mais profundamente e ver a possibilidade do movimento, do “vir a ser” contido
em cada objeto ou forma. O convite a perceber a existência de “outros objetos num
só objeto” estimula a imaginação e a fantasia, privilegia relações lúdicas e permite
compreender que as coisas no mundo não precisam ser sempre como são e estão,
que é possível rever o sentido e estado das coisas.
Contos:
A Águia e o Escaravelho
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Projecto: A Princesa Bolha 15
Uma lebre corria a não mais poder em direcção à sua toca, fugindo à perseguição
da águia. E em sua desabalada carreira, passou pela casa do escaravelho. Não era
propriamente uma casa de segurança, mas, na falta de algo melhor, resolveu a
fugitiva homiziar-se lá mesmo. Já se precipitava a águia sobre a frágil guarida, quando
o escaravelho, com intenção de salvar a agora sua protegida, postou-se lhe no
caminho, dizendo:
- Poderosa princesa dos ares, em presa fácil será para Vossa Majestade apoderar-se
daquela infeliz, o que muita tristeza me dará. Tende compaixão e não façais este ato,
que em nada dignificará vosso nome, visto ser tão insignificante o adversário. Mais
disso, a lebre minha hóspede, e em nome de Júpiter vos solicito que observeis as leis
da hospitalidade. Poupar-lhe a vida, eu vos imploro. Ela, além de ser minha vizinha, é
também minha comadre. A gigantesca ave de Júpiter, como resposta, bate
violentamente com a asa no escaravelho, derrubando-o na terra, para fazê-lo calar-
se, e leva-se aos ares carregando em suas garras prisioneira a pequena lebre. O
escaravelho, enfurecido com o tratamento recebido, voa até o ninho da águia e,
aproveitando-se de momento em que ela se ausentara, rompe a frágil casca de seus
ovos, que era toda a sua esperança de constituir família. E tal era a alegria do
escaravelho, que em sua vingança não deixou um ovo sequer inteiro. Ao retomar ao
ninho, a águia, vendo a desgraça que se abatera sobre ela, atroa os ares com seus
gritos. Sentia-se impotente para castigar o responsável por aquilo, pois não sabia a
quem imputar a culpa. E tal era a sua aflição. Somente os ares eram testemunha de
sua agonia. E todo o ano durou a tristeza daquela que vira seus sonhos maternos
frustrados. Após passado esse ano, precavendo-se de funestos acontecimentos, a ave
constrói seu ninho em local mais elevado. Mas tudo inútil. O escaravelho o descobre e
mais uma vez vaza todos os ovos. A morte da lebre estava vingada mais uma vez. O
sofrimento da águia foi tamanho que durante seis meses não cessaram seus gritos. Mas
apenas o eco respondia a eles. Não sabendo mais o que fazer, a ave recorre a
Júpiter, que a aconselha a depositar seus ovos numa dobra do seu manto, crendo
que em nenhum lugar estariam tão seguros quanto ali, pois ele mesmo, o rei dos
deuses, os defenderia.
"Assim" - pensava - "ninguém terá a ousadia de tentar roubá-los."
E estava certa. Ninguém tentou semelhante façanha. Mas isto porque o inimigo
mudara seus planos de ataque. Foi sorrateiramente pousar no manto divino, e Júpiter,
sacudindo as vestes para dali expulsar o intruso, fez rolar os ovos. Ao tomar
conhecimento do sucedido, a águia ameaçou o deus de abandonar sua corte, indo
viver solitária no deserto, dizendo outras impertinências semelhantes. Não se dignou
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 16
Júpiter responder-lhe. Limitou-se a intimar o escaravelho a comparecer ao tribunal,
onde iria ser julgado. Este contou todo o caso, desde o início, e defendeu sua causa.
Convencido de que a águia não tinha razão, o rei dos deuses tentou fazê-la
reconciliar-se com o escaravelho. Mas debalde. Os inimigos não se viam com bons
olhos. Então, para acomodar a situação, resolveu a divindade mudar a época em
que a águia põe seus ovos, fazendo-a coincidir com a estação em que o
escaravelho, resguardando-se dos rigores do inverno, enfia-se na terra, como a
marmota.
(http://pt.shvoong.com/books/mythology-ancient-literature/1908940-%C3%A1guia-
escaravelho-f%C3%A1bulas/)
A Assembleia dos Ratos
Um gato de nome Faro-Fino fez tais estragos na rataria de uma casa velha que os
sobreviventes, sem coragem para saírem das tocas, estavam quase a morrer de fome.
Tornando-se muitíssimo séria a situação, resolveram reunir-se em assembleia para o
estudo da questão. Aguardaram para isso, e certa noite em que Faro-Fino andava
pelos telhados, fazendo versos à lua.
- Penso – disse um deles _ que o melhor meio de nos defendermos de Faro-Fino é
atando-lhe um guizo ao pescoço. Assim, quando ele se aproximar, o guizo denuncia-o
e fugimos a tempo. Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projecto foi
aprovado por unanimidade. Só votou contra um rato bastante casmurro, que pediu a
palavra e disse:
- Está tudo muito certo. Mas quem vai amarrar o guizo ao pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nós. Outro, porque não era tolo.
Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral
consternação.
(http://pt.shvoong.com/books/children-and-youth/1826682-assembleia-dos-ratos-
f%C3%A1bulas/)
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 17
…Pesquisa de imagens…
…Pesquisa de Vídeos…
http://www.youtube.com/watch?v=WV_M0QYKKZQ
http://www.youtube.com/watch?v=fRiabGECktk
http://www.youtube.com/watch?v=aS0kujh6V2o&feature=related
Figura nº1 (Fantoche de mão)
Figura nº3 (Fantoche de cordas)
Figura nº2 (Fantoche humano)
Figura nº4 (Fantoche de
dedos)
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 18
Inicialmente realizamos uma pesquisa mais direccionada para os contos
tradicionais, bem como vídeos de peças de teatro infantis (sites referidos na
bibliografia / webgrafia). Após esta pesquisa começamos a construir uma linha de
orientação para o nosso projecto, decidindo a história a utilizar bem como o tipo de
marionetas. Realizamos também uma pesquisa mais aprofundada dos vários tipos de
marionetas / fantoches existentes, para que a nossa escolha pudesse ser mais
assertiva.
Depois de várias pesquisas, como anteriormente apresentadas,
decidimos ser nós a construir toda a história bem como o guião. Entre várias
pesquisas relacionadas com o tipo de fantoches, decidimos optar pelos
fantoches de corpo inteiro, como apresentado na imagem ao lado, apesar
da sua dificuldade de construção decidimos arriscar.
Todos os vídeos de apoio fornecidos pelo professor Marco Silva, foram uma
mais valia para a execução das personagens. Estes vídeos explicavam claramente
como as construir, apesar da grande dificuldade que sentimos aos realiza-los, os
vídeos foram um forte apoio.
Todo este processo de pesquisa, facilitou todo o nosso percurso neste projecto,
abrindo os horizontes para outras técnicas contribuindo para o nosso conhecimento e
criatividade, de modo a orientando-nos e conduzindo-nos o sucesso do nosso
projecto.
Reflexão sobre a pesquisa
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 19
…Chuva de ideias para o projecto…
O senhor trapalhão (1ºciclo)
O mundo da fantasia (1ºciclo)
Sou diferente (adolescentes)
A vida de uma família (adultos / jovens)
Programa de TV (Bubble show) (todas as idades)
A princesa Bolha (crianças)
…Divisão de tarefas…
Pesquisa de informação: Rita Garrido, Joana Espada.
Pesquisa de Imagens e Vídeos: Ana Silva, Vanessa Afonso.
Esboço dos cenários \ personagens: Rita Garrido, Joana Espada.
Construção do guião \ definição de materiais a utilizar: Ana Silva, Vanessa
Afonso.
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 20
…Calendarização…
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 21
…Sinopse…
Num belo dia de verão o Toni encontrava-se no seu banho matinal o qual foi
interrompido por uma bolha gigante mágica que o “engoliu” e levou para o mundo
mágico das bolhas onde conheceu a princesa Jasmin. Jasmin andava á procura de
uma solução para o seu aspecto feio, o qual se justificava pela a ausência de
cuidados de Higiene. Toni então decide ajudá-la a procurar uma solução para o seu
problema. Durante esse percurso surge Félix, um rapaz do mundo mágico das bolhas
que adorava ver os outros caírem nas suas armadilhas maléficas. Félix com as suas
armadilhas tenta destruir todas as tentativas de pôr a princesa bonita.
Com o passar do tempo, Jasmin apercebe-se que Toni executa determinadas
acções que lhe são desconhecidas, como lavar os dentes, lavar as mãos, tomar
banho, etc. Então começa a emita-lo e a aprender o que é a “Higiene”.
Creme de cebola, dormir com rodelas de pepino, cheirar 5 vezes ao dia flores.
Com tantas tentativas , não conseguidas, de ajudar a princesa a ficar bela, Toni e
Jasmin desistem e decidem descansar perto de uma árvore. De repente, quando
estavam no seu momento de relaxamento e a pensar em mais soluções, cai uma
bolha da árvore mesmo em cima da princesa Jasmin, a qual forma uma nuvem
gigante de bolhas e a torna numa linda e maravilhosa princesa.
Jasmin e Toni ficaram espantados com o que tinham acabado de ver e
apercebem-se que o que a princesa necessitava para ficar bonita era de um simples
cuidado de higiene todos os dias.
A partir daquele dia, Jasmin entendeu que era muito importante ter o seu
tempo de higiene todos os dias para poder manter a sua beleza.
E o que será que aconteceu ao Toni? Bem depois de esta grande aventura,
Toni conseguiu regressar a casa com a ajuda de uma bolha mágica gigante.
Projecto
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 22
…Dramaturgia…
Tema: O mundo mágico das Bolas…
História: (pensada e criada pelo grupo)
Público alvo: Crianças dos 7 aos 12 anos.
Personagens: Princesa Bolha (Jasmin), Toni, Félix, narrador.
Recursos materiais: luzes, som, câmara, projecção.
Materiais necessários: esponja \ plumante, materiais recicláveis (tecidos, cartão),
balões, lã, tintas, vara, musgami, tesouras, cola, agulhas, linhas, pincéis, arame, botões,
tecido grande preto, mesa, bolhas de sabão, papel crepe, porporinas
Caracterização das personagens:
Princesa Bolha: A princesa Bolha é a personagem principal que vive no mundo
mágico das bolhas. A princesa não toma banho, não lava os dentes, não tem nenhum
cuidado com a higiene, pois nem sabe do que isso se trata. Tudo isto torna-a numa
princesa muito feia com um aspecto desleixado.
Caracterização física (feia): cara com borbulhas, cabelo “palha de aço” e
comprido, roupa velha e rota, mal cheirosa.
Caracterização psicológica (feia): triste, envergonhada, complexada,
reservada, anti-social, desanimada, baixa auto-estima, rebelde.
Características físicas (bonita): liso e bem penteado, cara sem borbulhas,
roupa cuidada, bem cheirosa.
Caracterização psicológica (bonita): alegre, bem disposta, confiante, segura,
sem complexos, auto-estima estável.
Toni: O Toni é uma personagem secundária que durante o seu banho diário foi
“engolido” por uma bolha gigante mágica que o levou ao mundo mágico das bolhas.
O Toni conhece a Jasmin e ajuda-a a encontrar uma solução para acabar com o seu
aspecto horrendo.
Caracterização física: Cara bolachuda rosada, tem óculos e cabelo preto liso
e muito bem penteado (betinho).
Caracterização psicológica: bem educado, solidário, perspicaz, acessível,
simpático, divertido, amigo, sincero, social,
Félix: O Félix é uma personagem secundária e também vive no mundo mágico das
bolhas. Félix durante o percurso de ajuda do Toni para com a princesa, irá fazer de
tudo para o impedir.
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 23
Caracterização física: cara pontiaguda com sobrancelhas carregadas e
cabelo em pé (transmitindo uma personagem má).
Caracterização psicológica: Gozão, revoltado, frustrado, agressivo, rancoroso,
orgulhoso, irónico, mau,
Descrição do espaço: O mundo mágico das Bolhas.
O mundo mágico das Bolhas será o local onde se irá passar toda a acção da peça.
Este é constituído por árvores mágicas feitas de bolhas, flores muito cheirosas e belas,
um palácio em forma de bolha, os carros serão bolhas, um lugar onde existe muitas
cores e magia.
Guião
Narrador: começando como todas as outras histórias… Era uma vez um rapaz…. Não
não não vamos fugir a regra… Esta história começa com um sol, num belo dia de
primavera, Toni está na sua banheira, quando…. Não não não…isto não me soa nada
bem…. E que tal viajarmos até ao mundo mágico onde tudo pode acontecer…
vamos começar a nossa viagem na longa banheira do Toni, onde… (ouve-se o Toni a
cantar)
Toni: Todos os patinhos sabem bem nadar, sabem bem nadar, cabeça para baixo e
rabinho para o ar….
Narrador: ahhh… pedimos imensa desculpa por este pequeno
acontecimento…continuando. Toni durante o seu banho diário perfumado cheio de
bolhas e muita espuma, é surpreendido por uma bolha mágica gigante que o tenta
engolir. No meio de uma grande luta a bolha mágica consegue capturar Toni e leva-o
para o mundo mágico das bolhas.
Toni: AAAAAAHHHHHHHH PUF… Mas onde é que eu estou? Como é que vim aqui
parar? Socorro! Alguém me ajude!?
(Ouve-se alguns sons da floresta (sheiker, papel de alumínio, “sapo”, etc)
Narrador: Bem-vindo ao mundo mágico das bolhas onde mil e uma aventuras irás viver
e onde tudo pode acontecer!
Toni: Bolhas????? AHAHAHAHAHA (ri-se) devo estar a sonhar!
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 24
Narrador: Sonhar? É claro que não. Olha à tua volta, árvores grandes e pequenas em
forma de bolhas, flores brilhantes e cintilantes, casas mágicas em forma de cogumelo,
um arco-íris como um tapete rolante que se estende por entre as nuvens que cobrem
todo o céu, e claro, não podemos esquecer a fonte de luz mais importante, o sol
sorridente, que ilumina todo o mundo mágico das bolhas. Ah e para não esquecer a
nossa amiga lua acompanhada de mil e um pontinhos brilhantes espalhados por todo
o céu que nos visitam durante a noite. No meio de tanta magia e encanto vivem
fadas, príncipes, princesas, gnomos e animais de várias espécies, que em cada dia
procuram novas aventuras e muita diversão.
Toni: O mundo mágico das bolhas? Uauuu um mundo mágico só para mim! Vai ser tão
divertido. Posso fazer o que me apetecer, sem a minha mãe me aborrecer.
Narrador: Num simples piscar de olhos o sonho torna-se realidade. Entusiasmado com
o seu novo mundo, Toni não perde um segundo para descobrir novas aventuras.
Toni: Precisava era de uma roupinha. É que com esta toalhinha mais pareço uma
menina.
Narrador: Olha-me este! Acha que tem piadinha para dar graça a esta histórinha.
Toni: Hey eu ouvi essa!
Narrador: Peço desculpa! Toni, acho que te posso ajudar. Procura bem por entre essa
árvore mágica alguma coisa que possa resolver o teu problema.
(Toni dirige-se até à árvore e procura entre as bolhas algo para vestir.)
Toni: Boa, encontrei! Vejam lá se não me fica bem!?
Narrador: Uauuu mas que bonito! Agora sim estas pronto para uma nova aventura.
(ouve-se Jasmin a chorar)
Toni: Mas que barulho é este? Parece que alguém está a chorar.
Narrador: Ao ouvir toda esta choradeira, Toni decide investigar quem estava a chorar.
Toni: Bichano… psht psht… bichaninho. Onde estás?
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 25
Narrador: Bichaninho?! Bolas! Para além de engraçadinho é mesmo tolinho. Hey Toni,
não é nenhum gato, é uma menina. Espreita atrás daquela árvore. (sussurra)
Toni: (assusta-se) AHHHHHAHHHHH! Isto é que é uma menina? Ou é uma macaca?
Narrador: Macaca não será, mas por de trás de todo este mau aspecto uma princesa
verá.
(Jasmin entra em cena muito triste e a chorar)
Jasmin: Quem és tu? Como vieste aqui parar? O que estas aqui a fazer? E….
Toni: Alto e para o baile. Uma pergunta de cada vez. 1º eu sou o Toni. 2º estava a
tomar banho quando num abrir e fechar de olhos vim aqui parar. 3º não faço a
mínima ideia do que estou aqui a fazer. Para mais alguma informação ligue para o
914587965.
Jasmin: O quê? O que é que estas a dizer?
Toni: Acalma lá aí os cavalos que agora sou eu que faço as perguntas. Porquê que és
tão feinha?
(Jasmin começa a chorar)
Toni: E já começou novamente a buzina. Ai a minha vida.
Jasmin: Eu não sei! Sempre fui assim e ando há muito tempo à procura de uma
solução.
Toni: Não te preocupes pois acabaste de encontrar a solução para os teus problemas.
Jasmin: O quê? Onde?
Toni: Mesmo aqui bem perto de ti. Eu o Toni.
Jasmin: Queres mesmo ajudar-me?
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 26
Toni: Claro que sim!
Narrador: E assim começou a aventura. Jasmin e Toni não descansam enquanto não
encontrarem uma solução.
Toni: Vamos lá começar! Com um simples toque do Toni tudo vai mudar.
(Félix surge em Cena)
Félix: Ahahahah. Nada irás mudar Toni, pois eu tudo irei estragar. Ai Jasmin, Jasmin irás
ficar para sempre assim.
Narrador: Em todas as tentativas de mudar Jasmin, Félix, o mauzão do mundo mágico
das bolhas, não perde nenhuma oportunidade para as destruir.
(Música)
Toni: Vamos começar por um novo penteado. Com o meu pente mágico o teu ninho
de ratos vai mudar.
Narrador: Durante a primeira tentativa de cabeleireiro, Félix teve a brilhante e triste
ideia de trocar o pente por uma escova de dentes com pasta de dentes. Nunca
desistindo, Toni decide por em prática os seus dotes de maquilhador…uma tentativa
de mudar de estilo…cheirar uma flor para ficar perfumada…Mil e uma tentativas que
foram destruídas por Félix. Como já estava a escurecer decidiram ir descansar.
Toni: Não desanimes Jasmin tudo se irá resolver. Eu só preciso é de uma bela banhoca
e de uma boa cesta para os meus neurónios funcionarem melhor.
Jasmin: Banhoca?? Mas o que vem a ser isso?
Toni: Tu não sabes o que é uma banhoca?... Água, espuma, banheira, toalha. Não te
diz nada?
Jasmin: Não, nunca ouvi tal coisa. Mas afinal o que é isso?
Toni: Ora bem… uma banhoca é algo que fazemos todos os dias e faz parte da nossa
higiene pessoal.
Jasmin: Higiene pessoal??? Mas o que é isso?
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 27
Toni: É um conjunto de acções como: tomar banho, lavar os dentes, pentear o cabelo,
lavar a cara, entre muitas outras coisas. E depois de tudo isto… hmmm ficamos com
um cheirinho.
Jasmin: Que giro! Nunca tinha ouvido tal coisa.
Toni: O que? Tu nunca tomaste banho???
Jasmin: Parece que não!
Toni: Pois bem me parecia. Bem mas vamos já resolver esse problema. Vem comigo!
Narrador: E lá foram eles descobrir algum sitio, pelo mundo mágico das bolhas, onde
pudessem tomar uma bela banhoca. ( Toni e Jasmin saem de cena. Apenas se Houve
as suas vozes). Após algum tempo o cheiro bem perfumado da bela banhoca
espalhava-se por todo o mundo mágico das bolhas.
Toni: bem mas que bela banhoca. Não achas!
Jasmin: Isto é mesmo divertido. Acho que vou passar a fazer isto mais vezes.
Toni: Bem agora apanhas-te o gosto não queres outra coisa.
Narrador: No meio de tanto perfume surge uma pequena sensação no nariz de Jasmin
e de repente….
Jasmin: ATSHIMMMM
Narrador: Um simples espirrar e um toque na árvore mágica fez cair uma bolha
gigante que caiu mesmo em cima da Jasmin. Pozinhos prelim pim pim e um bom
cheirinho a lavadinho transformou a Jasmin numa bela princesa. (surgem muitos
confetis)
Toni: Uauuuuu se eu soube-se que bastava uma bela banhoca já tínhamos resolvido o
assunto.
Jasmin: Finalmente consegui ficar linda e cheirosa. Obrigada Toni.
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 28
Narrador: Depois de tantas aventuras e muitas experiencias, Toni descobre que Jasmin
não era assim tão feia como parecia, apenas precisava de um belo cuidado de
higiene para mostrar a bela princesa que estava dentro de si. E assim termina a
aventura de Toni no mundo mágico das bolhas.
Toni: Hey e como é que eu volto para casa?
Narrador: Visto que estamos num mundo mágico basta uns simples pozinhos prelim
pimpim para rapidamente saíres daqui.
Toni: Boa! Estou ansioso por contar aos meus amigos toda esta fantástica aventura.
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 29
Fotos de todo o processo de
construção do projecto
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 30
Molde dos braços Matérias para a construção dos fantoches
Construção da mão Recorte dos moldes
O Primeiro braço
Construção do cartaz
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 31
Recorte das várias partes do corpo dos
fantoches Materiais de trabalho
Construção da cabeça da princesa
Corpo do Félix
Princesa Jasmin
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 32
Construção da boca do fantoche. Cabeça do Toni.
Construção da estrutura do cogumelo
Construção do tronco da árvore
Colagem do cabelo do Toni
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 33
Cabeça do Félix Princesa Jasmin bonita
Após muitas horas de trabalho o
sono já aperta
Banheira do Toni
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 34
Cogumelo
As nossas fantásticas personagens
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 35
Esboços das Personagens
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 36
Esboço da princesa Jasmin
bonita
Esboço da princesa Jasmin
feia
Esboço do Toni Esboço do Félix
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 37
Estudo dos Cenários
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 38
Esboço do cenário de dia, no mundo
mágico das bolhas.
Esboço do cenário quando o toni está
na banheira.
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 39
Reflexões das visitas
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 40
Reflexão/Relatório do seminário “Acessibilidade Digital – conceitos básicos e
coisas práticas”
No dia 9 de Março de 2011, a turma de 1ºano do curso de licenciatura de
Animação Sociocultural do Instituto Politécnico de Beja, assistiu a um seminário sobre
“Acessibilidade Digital – conceitos básicos e coisas práticas”, no auditório da Escola
Superior de Educação, através da unidade curricular de T.I.C.M.
Ao longo deste, foram tratados vários pontos, dos quais o facto da
acessibilidade digital permitir a facilidade de acesso e uso a qualquer pessoa, em
diferentes contextos.
Referiu-se a acessibilidade Web – acesso e o desenvolvimento de sítios web
que possam ser utilizados por todas as pessoas.
Para tal, foi feita a apresentação do tema através de exemplos práticos, como
o vídeo, e várias ferramentas de apoio, como leitores de ecrã; reconhecimento de
fala e de olhar; cérebro do computador; ponteiros de controlo de cabeçalhos;
acertadores de escrita; legendagem.
Tal seminário enriqueceu e deu-nos novas perspectivas da acessibilidade digital
dos dias de hoje, suas vantagens e formas de uso.
Ana Silva nº9444
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 41
Reflexão/Relatório da visita de estudo ao Museu de Beja
No dia 23 de Março de 2011, a turma de 1ºano do curso de licenciatura de
Animação Sociocultural do Instituto Politécnico de Beja, realizou uma visita de estudo
ao Museu da cidade de Beja, observando-se o trabalho de Jorge Vieira.
Iniciou-se a visita com a análise do trabalho deste autor, referenciando-se os
anos 50, “Prisioneiro Político”, dando-se o contacto com Beja.
Assim, o autor baseia-se em “Terracota”, representando muito o touro, talvez
por este ser o símbolo da cidade.
Concluiu-se, referindo que Jorge Vieira realizou 69 esculturas, 160 pinturas,
sendo um escultor de Beja e professor de Belas Artes.
Perante isto, os nossos conhecimentos acerca da cultura da cidade na qual
estudamos, Beja, e, nomeadamente, da temática das Artes, ficaram mais
enriquecidos.
Ana Silva nº9444
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 42
Reflexão/Relatório da visita de estudo à Casa da Cultural de Beja
No dia 23 de Março de 2011, a turma de 1ºano do curso de licenciatura de
Animação Sociocultural do Instituto Politécnico de Beja, realizou uma visita de estudo
à Casa da Cultura da cidade de Beja.
Iniciou-se a visita com a observação da exposição “Tonalidades” de Pedro
Fausto Monteiro. De seguida, vimos uma exposição de Carlos Pascoa, cujo tema era
“Terror”, observando-se vários materiais de desenho, como pincéis, por exemplo.
Seguiu-se uma explicação dada pelo director Paulo Monteiro acerca da BD
Teca, na qual foi referido que esta é uma das três que existem em Portugal, sendo que
as outras se encontram no centro de Lisboa e na Amadora.
Consiste numa biblioteca de banda desenhada, de cartoons e de cinema de
animação, isto é, “tudo” aquilo que não é possível encontrar nas bibliotecas
generalistas do país, como por exemplo, “fanzines” que são livros amadores.
Este espaço tem clubes/espaços por várias idades, de forma a torná-lo “vivo” e
dinâmico.
Por fim, foi focado o “Festival Internacional de B.D de Beja” que consiste num
evento muito importante, para o qual são convidados vários autores desta temática,
uma vez que se pretende que seja o evento de B.D mais importante do mundo.
Deste modo, foi-nos dado um “leque” de conhecimentos acerca da cultura da
cidade de Beja, a forma como esta encara o desenvolvimento e investimento nas
exposições artísticas, nomeadamente, de Banda Desenhada, e alguns dos autores a
salientar.
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1ºano
Projecto: A Princesa Bolha 43
Com este trabalho concluímos que, organizar e desenvolver uma peça de
teatro, exige muito esforço e dedicação. Pois, tivemos de aprender a fazer flyeres,
cartazes, bem estruturados e organizados, escolher o tema apropriado para a faixa
etária que iremos demonstrar a nossa peça, construir a história, as maquetas, os
cenários e os fantoches.
Assim, aprendemos que é importante fazer uma pesquisa antes de começar a
trabalhar, de forma a obtermos a informação desejável para uma melhor elaboração
do projecto. Especificamente, em relação ao nosso projecto, tentámos seguir a
calendarização formada no início do projecto, mas tivemos alguns contratempos no
desenvolvimento dos fantoches, uma vez que tivemos um” pequeno problema” com
um dos fantoches, atrasando e gerando algum stress no grupo.
Contudo, os cartazes e os flyeres têm vindo a melhorar, progressivamente,
devido ao apoio por parte da professora de TICM que nos tem aconselhado e
colaborado connosco, no sentido do aperfeiçoamento dos cartazes, mostrando
exemplos e comparando o nosso cartaz com outros trabalhos.
Como grupo podemos concluir que, este projecto tem contribuído bastante
para o aumento do nosso conhecimento em várias áreas que anteriormente não
dominávamos, como a construção de cartazes, flyres e fantoches, trazendo, também,
todo este processo de evolução do projecto, vários momentos ao grupo de controlo
do tempo, de stress e até de conflitos entre o mesmo.
Conclusão
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http://www.youtube.com/watch?v=WV_M0QYKKZQ
http://www.youtube.com/watch?v=fRiabGECktk
http://www.youtube.com/watch?v=aS0kujh6V2o&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=kkHar99AISw&feature=player_embedded http://www.minerva.uevora.pt/pre1ciclo/contost.htm http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/lp/conto_tradicional.htm http://pt.shvoong.com/books/mythology-ancient-literature/1908940-%C3%A1guia-
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