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O país
O Sudão do Sul, oficialmente República do Sudão do Sul, e
um país da África localizado no chamado Vale do Nilo. Se-
gundo a divisão regional da Organização Mundial da Saúde
(OMS), o país se localiza na Região Africana (cuja sigla e
AFR), assim como os demais países do continente africano.
O Sudão do Sul e uma recente república presidencial, tendo
alcançado sua independência em 2011, que precedeu uma
guerra civil em 2013, encerrada somente em 2018, mas que
ainda afeta a sociedade sul-sudanesa com suas consequên-
cias. Segundo o Banco Mundial, o país apresenta um baixo
nível de renda per capita, com uma renda nacional por pes-
soa de U$ 390,00. Alem disso, a OMS registrou, em 2017,
que a população sul-sudanesa, e de aproximadamente 12
milhões de habitantes, possui uma expectativa de vida me-
dia de 57 anos, configurando uma das mais baixas do mun-
do.
O país e a OMS
O Sudão do Sul e um dos países membros da OMS e, por
isso, possui poder de voto nas reuniões do comitê. A coope-
ração entre o país e a Organização e profunda, com rele-
vante participação da OMS no controle de doenças e ações
de caráter humanitário no território sul-sudanês. Cerca de
sete milhões de pessoas no Sudão do Sul carecem de assis-
tência humanitária, que tenta ser prestada pela OMS e ou-
tras organizações. Alem disso, mais de três milhões de pes-
soas estão fora de suas casas originais, divididas entre refu-
giados e deslocados internos. A OMS, junto com outras
organizações e alguns países, tenta solucionar a situação de
emergência pela qual passa o Sudão do Sul desde o fim da
guerra civil em 2013.
Relações do país com a saúde mental
O governo do Suão do Sul, após anos de conflito interno
afetando o país, não tem condições de levantar dados so-
bre a situação dos portadores de transtornos mentais sul-
sudaneses. Alem disso, o governo não possui a estrutura
necessária para manter um sistema de atendimento a por-
tadores de sofrimento mental atuante e eficaz, deixando
muitas pessoas sem qualquer tipo de atendimento e susce-
tíveis a violações de direitos humanos, preconceito e de-
mais ações de exclusão. Tais ações são recorrentes no país
porque o conhecimento da população sul-sudanesa acerca
dos transtornos mentais e limitado, com grande parte da
população acreditando que os sintomas dos transtornos
mentais são decorrentes de possessões demoníacas. Em
um país fragilizado pela guerra, a falta de profissionais na
área da saúde e um problema recorrente, sobretudo profis-
sionais especializados em saúde mental, havendo somente
três psiquiatras atuantes no território do Sudão do Sul. Por
conta das situações as quais foram expostas, a saúde men-
tal dos refugiados, deslocados internos e demais pessoas
afetadas pela guerra civil no país e fragilizada, carecendo
de atendimento emergencial e reformas estruturais para
que a sociedade sul-sudanesa se recupere dos traumas da
guerra e forneça atendimento em saúde mental de qualida-
de no futuro. Dada a situação do país e de seus habitantes,
a delegação do Sudão do Sul deve buscar resultados que
atendam às necessidades emergenciais da população (que
se enquadra nos grupos mais propensos a desenvolverem
transtornos mentais) e tentar estabelecer ações conjuntas
para melhorar a saúde mental no país nos próximos anos.
Dossiê
República do Sudão do Sul
OMS (2020) INFORMAÇÕES