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EXEMPLAR DO ASSINANTE Tempo Hoje LITORAL CARIRI SERTÃO MARÉS COMERCIAL | JP: 2106 1862 CG: 2102 4554 CLASSIFICADOS | JP: 2106 1818 CG: 2102 4556 ASSINATURAS | JP: 2106 1881 CG: Tel (83) 2102-4580 [email protected] Serviços DOMINGO PARAÍBA, 4, MARÇO, 2012 jornaldaparaiba.com.br ANO 40 • Nº 11.723 Blog do jornalista entra no ar amanhã, com seu já conhecido olhar crítico em textos, aúdios e vídeos Página 7 Helder Moura estreia no JP Online Páginas 19 e 20 Estilo do Oscar vai além do tapete vermelho MODA FESTA Pelo segundo domingo seguido, torcedor pode ver duelos entre os grandes times Esportes & Mais 3, 6 e 7 Paraibano com rodada de clássicos PB tem celular demais e usuário vive no 'caladão' Mercado investe em promoções e linhas passam de 4,3 milhões. Força-tarefa apura se excesso de chips causa as panes Economia 1 a 3 K┺┳┷┲┳ T┳┷╆┳┷╀┯ ESTÉTICA. Odontologia investe em modernos equipamentos para garantir sorriso perfeito. Clareamento dentário é muito procurado Página 17 Com muitos atrativos, internet se torna hábito doentio para quem não consegue mais se desconectar Página 10 Cada vez mais ligados e viciados na internet K┺┳┷┲┳ T┳┷╆┳┷╀┯ D┷╄╃┺┵┯とた┽ Vida & Arte Sonoridades - Livro de Didier Guigue, francês radi- cado em João Pessoa desde 1982, reconhece o caráter revolucionário do compatrio- ta Claude Debussy Página 1 Traços - Novos talentos dos quadrinhos, os irmãos Magno e Marcelo Costa, lançam o bang-bang 'Oeste Vermelho', com o jogo de gato e rato Página 5 gina 7 R$ 2,50 K┺┳┷┲┳ T┳┷╆┳┷╀┯ Ao começar um empreen- dimento, não basta ter uma ideia na cabeça e dinheiro na mão. A receita para transformar um lampejo na mente em empre- sa bem sucedida no mercado, segundo o Sebrae, é iniciar certo, com um Plano de Negócios Economia 5 NEGÓCIO CERTO Leia e decida a Máx. 31º Máx. 34º Máx. 36º Mín. 24º Mín. 17º Mín. 20º ALTA: 01h19 - 1.9m ALTA: 13h38 - 2.1m BAIXA: 07h21 - 0.7m BAIXA: 19h58 - 0.5m Cせ┱┷┽ M╃╀┷┺┽

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Page 1: DOMINGO PARAÍBA, 4, MARÇO, 2012 ANO 40 Nº 11.723 PB … · Do ponto de vista estraté-gico, o prefeito acredita que o OD serve como um guia para o gestor. “O Orçamento Demo-crático

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Tempo Hoje LITORAL CARIRI SERTÃO MARÉS

COMERCIAL | JP: 2106 1862 CG: 2102 4554 CLASSIFICADOS | JP: 2106 1818 CG: 2102 4556 ASSINATURAS | JP: 2106 1881 CG: Tel (83) 2102-4580 [email protected]ços

DOMINGO PARAÍBA, 4, MARÇO, 2012 jornaldaparaiba.com.br ANO 40 • Nº 11.723

Blog do jornalista entra no ar amanhã, com seu já conhecido olhar crítico em textos, aúdios e vídeos Página 7

Helder Moura estreia no JP Online

Páginas 19 e 20

Estilo do Oscarvai além do tapete vermelho

MODA FESTA

Pelo segundo domingo seguido, torcedor pode ver duelos entre os grandes times Esportes & Mais 3, 6 e 7

Paraibano com rodada de clássicos

PB tem celular demais e usuário vive no 'caladão'Mercado investe em promoções e linhas passam de 4,3 milhões. Força-tarefa apura se excesso de chips causa as panes Economia 1 a 3

K┺┳┷┲┳ T┳┷╆┳┷╀┯

ESTÉTICA. Odontologia investe em modernos equipamentos para garantir sorriso perfeito. Clareamento dentário é muito procurado Página 17

Com muitos atrativos, internet se torna hábito doentio para quem não consegue mais se desconectar Página 10

Cada vez mais ligados e viciados na internet

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Vida & ArteSonoridades - Livro de

Didier Guigue, francês radi-cado em João Pessoa desde 1982, reconhece o caráter revolucionário do compatrio-ta Claude Debussy Página 1

Traços - Novos talentos dos quadrinhos, os irmãos Magno e Marcelo Costa, lançam o bang-bang 'Oeste Vermelho', com o jogo de gato e rato Página 5

gina 7

R$ 2,50

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Ao começar um empreen-dimento, não basta ter uma ideia na cabeça e dinheiro na mão. A receita para transformar um lampejo na mente em empre-sa bem sucedida no mercado, segundo o Sebrae, é iniciar certo, com um Plano de Negócios Economia 5

NEGÓCIO CERTO

Leia e decidaa

Máx. 31º Máx. 34º Máx. 36º

Mín. 24º Mín. 17º Mín. 20º ALTA:01h19 - 1.9m

ALTA:13h38 - 2.1m

BAIXA:07h21 - 0.7m

BAIXA:19h58 - 0.5m

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2 Publicidade DOMINGO 4, MARÇO, 2012

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3PolíticaDOMINGO 4, MARÇO, 2012

Linha direta com a coluna: [email protected]

RubensNóbrega

O poeta Biu Fernandes estava ao volante a caminho

do médico para fazer uma microcirurgia na orelha direita,

que até o consultório estaria protegida por um emplasto

e um chumaço de algodão.

No percurso, sentiu que o algodão ameaçava sair do

lugar. Instintivamente, levou a mão em concha até a ore-

lha. No exato momento em que passava por um amareli-

nho do órgão municipal de trânsito da Capital.

Não deu outra. Mul-

ta! Multa que o Dou-

tor Biu tentou derru-

bar mediante recurso

ao qual juntou todas as

provas de que não es-

tava usando celular en-

quanto dirigia. Mas não

deu. Teve que pagar.

Foi Potinho de Veneno quem me contou essa histó-

ria. Disse que a ouviu da boca do próprio Biu Fernandes,

quando o ex-deputado concedia entrevista ao jornalista

Marcelo José nos bastidores da Assembleia Legislativa.

Biu tratava da peleja entre o governador Ricardo Cou-

tinho e os servidores do Fisco, mas acabou comentando a

história do decreto do prefeito Luciano Agra que manda

pagar mais ao amarelinho que multar mais.

Potinho contou ainda que não se conteve após o fi nal

da entrevista. Aproximou-se e perguntou a Biu se o algo-

dão que lhe causou a multa era da Nokia ou da Motorolla.

O╅ ┿╇┾╆┳╀╆┷╅

Em 2004, creio, aceitei convite do então depu-tado Zenóbio Toscano para discutir com diretores e professores de Guarabira meios de estimular a lei-tura de jornais impressos por alunos da rede de en-sino mantida pela Prefeitura local.

Pois bem, dias depois recebi o surpreendente comunicado de multa por infração no trânsito de João Pessoa. Olhei a data e tive um susto: fui mul-tado na Capital exatamente no dia em que me en-contrava em Guarabira.

Com mais precisão ainda: fui multado (in)justa-mente na hora da visita à estátua de Frei Damião no alto do morro do qual se descortina toda a Prince-sinha do Brejo (lembrando que Bananeiras é a Rai-nha, sem nenhuma alusão à cachaça dos Bezerra).

Final e moral da história: dessa vez, o venerando frade de Bozzano não obrou o milagre de conven-cer a STTrans de que eu ainda não providenciara um clone de minha pessoa, muito menos autorizara qualquer sósia a sair com meu carro por aí.

NEM FREI DAMIÃO SALVA

O decreto de Luciano Agra deve ter revoltado e irri-tado muita gente, mas já na quinta-feira mesmo caiu na roda de gozações da qual participavam Gosto Ruim, Bicho Bom, Potinho de Veneno e demais pariceiros.

Um deles disse ter sido parado por um amarelinho no anel interno da Lagoa, quando por lá transitava em seu carro na direção do Mercado da Torre, onde tencionava comprar um quarto de bode para o almoço de hoje.

Certo de que não havia feito nenhuma barbeiragem, fi cou intrigado ao ouvir o amarelinho que o parou orde-nando-lhe sair do carro para uma inspeção. Obedeceu sem protesto, para não causar confusão nem autuação por desacato.

Mas, antes que conseguisse perguntar alguma coisa, o agente olhou atentamente na direção dos pés do moto-rista e tratou de esclarecer, enfi m, a inusitada abordagem:

- N’era nada não, Doutor. Era só pra ver se o senhor estava dirigindo de sandálias. Sabe como é... Ainda não completei minha cota do mês e a folha deve tá fechando de hoje pra manhã.

ESSE POTINHO...

Já Potinho de Veneno jura de pés juntos ter sido para-do por causa do cano de escape. Foi numa blitz conjunta da CPTran, Detran e a STTRans que virou Semob, Superin-tendência de Mobilidade Urbana. Chique, não?

- O que houve com o seu cano de escape, Veneno? – perguntei, e ele:

- Foi submetido a um bafômetro especial que o prefei-to importou da China para medir a quantidade de poluen-tes que despeja no meio ambiente. Se passar de determi-nado tanto, tome multa! – disse, com a cara mais séria do mundo, como se estivesse dizendo uma grande verdade. Entrei na dele:

- E aí, multaram você?- Por conta do escape, não, que o bicho tava em ordem.

Mas acabei me lascando por conta do álcool – revelou.- Como assim, Potinho, estavas embriagado? – quis sa-

ber Gosto Ruim.- Eu não, mas como o meu carro é fl ex...

Outro amigo, este sempre muito sisudo, mandou dizer por i-meio que o decreto multante de Luciano Agra copia algo que já existe no plano federal. Referiu-se a uma re-solução de 2008 que criou normas de atuação para o Dnit e Polícia Rodoviária na fi scalização do trânsito nas BRs. A norma também impeliria seus agentes a se aplicarem e a priorizarem as multas, em detrimento, por exemplo, de orientação preventiva aos potenciais infratores.

COPIANDO O EXEMPLO FEDERAL

TUDO PARA INTERAR A COTA

Olhei a data e tive um susto: fui multado em João Pessoa exatamente no dia em que me encontrava em Guarabira

Cecília Noronha

O “pontapé inicial" do pla-nejamento das ações de 2013 da prefeitura de João Pessoa já foi dado com a primeira audi-ência pública do Orçamento Democrático (OD), na última terça-feira (28), no Valentina de Figueiredo. Segundo dados do governo municipal, os inves-timentos feitos com recursos próprios quadruplicaram de 2005 para cá e a média anual é de R$ 200 milhões. O OD tam-bém trouxe às comunidades pessoenses uma mudança cul-tural importante: o incentivo à participação. Porém, segundo especialista, esse engajamento da sociedade ainda está longe de ser o ideal.

O prefeito Luciano Agra (PSB) ressaltou que não há como definir ainda o montan-te exato reservado para inves-timentos nas demandas oriun-das do OD para 2013. “Isso é difícil responder, porque o orçamento público tem as ver-bas carimbadas e as verbas que são objeto de convênios, trans-ferências e outros repasses. O que nós reservamos para o Or-çamento Democrático são os recursos do tesouro”, explicou.

Mesmo não tendo como precisar o valor exato, há pre-visões de investimento, com

base nos relatórios do ano passado. “No ano passado, nós investimos, somente em obras, o equivalente a R$ 109 milhões. Isso fora as aquisições dos equipamentos, como compu-tadores e veículos, que é a par-te das despesas que também são consideradas investimen-tos”, exemplificou o prefeito.

Na opinião de Agra, os re-sultados graduais são favorá-veis. “Só para se ter uma ideia da grandeza desse número, em 2004 João Pessoa só investiu R$ 26 milhões. Quer dizer, a gente chega em 2011 com o equiva-

lente a mais de quatro vezes o que nós tínhamos”, comparou.

O socialista explicou que o OD não possui áreas definidas. “Quem define são essas audi-ências. Aquelas demandas que somam o maior número de de-fensores prevalecem”.

Do ponto de vista estraté-gico, o prefeito acredita que o OD serve como um guia para o gestor. “O Orçamento Demo-crático tem esse propósito, de eliminar a solidão do poder e da tomada de decisão; e afastar a figura do intermediário entre o povo e o poder”. “Não signifi-

ca dizer que as lideranças e os próprios vereadores deixem de participar desse processo. To-dos podem participar, desde que o caráter da impessoalida-de prevaleça. Ou seja, a vonta-de coletiva”, enfatizou.

As dez demandas mais pedidas pela população da 4ª Região, terça-feira, foram a construção de uma escola no Parque do Sol, arte na comu-nidade, pavimentação de ruas, criação de centro cultural, a segunda fase de construção do mercado público e a humani-zação na USF.

DEMANDA. População é atendida por servidores do Orçamento Democrático durante as audiências públicas

PRESENÇA. O prefeito, ao centro, participa de todas as audiências

JP inicia planejamento de gastos para 2013Audiências públicas do Orçamento Democrático definem investimentos do Tesouro municipal

As demandas no Valenti-na Figueiredo, essa semana, foram escolhidas por cada participante ao preencher um formulário, disponível no mo-mento em que chegavam ao local. Na ocasião, também es-tiveram presentes secretários, diretores, lideranças comuni-tárias, vereadores governistas, representantes de movimen-tos sociais e a população, con-tabilizando mais de 400 pesso-as. A bancada oposicionista da Câmara dos Vereadores, que costuma fazer duras críticas ao modelo OD, não compareceu.

A cidade de João Pessoa foi dividida em 14 regiões ainda em 2005, pela Secretaria do Planejamento, levando em consideração as especifici-dades geográficas e as vivên-

cias entre as localidades. Elas agrupam todos os 64 bairros da capital. São 28 conselheiros eleitos, sendo dois por região. O OD contribui com a elabora-ção e implementação das pe-ças orçamentárias – Lei de Di-retrizes Orçamentárias (LDO); Lei Orçamentária Anual (LOA) e Plano Plurianual (PPA).

A primeira e segunda audi-ências do OD em 2012 acon-teceram essa semana, 4ª e 2ª Regiões. O secretário executivo do Orçamento Democrático, Tibério Limeira, explicou que o prefeito comparece às audi-ências desta etapa inicial para fazer uma espécie de balanço sobre as ações do ano ante-rior, apontando os avanços e diagnosticando o que deve ser melhorado.

Nesses encontros, todos aqueles que se inscreverem na ocasião têm direito à fala. Ao mesmo tempo, a população vai elencar as principais prio-ridades da área, focalizando as dez demandas mais votadas. “As demandas vão passar por uma análise técnica e orça-mentária. Em seguida, depois

da análise da gestão, a gente volta com os representantes da população, que são os con-selheiros, para baterem o mar-telo junto conosco. Isso acon-tece no mês de maio”, explicou Tibério Limeira. “A partir disso, a prefeitura toca a construção da peça orçamentária”, acres-centou.

Participantes preenchem formulários

Por outro lado, o especia-lista em Ciência Política e pro-fessor da UFPB Ítalo Fittipaldi ressalta que o modelo, já im-plantado em outras partes do país, não surtiu os efeitos es-perados de forma substancial, devido à baixa participação da

população em geral. Segundo ele, apenas alguns segmentos sociais respondem às con-vocações para as audiências, gerando novos tipos de cabos eleitorais.

Para Fittipaldi, o modelo do OD implantado em mais de uma capital brasileira está longe de ser uma nova forma de gerir políticas públicas. “Foi uma inovação institucional, mas não resultou nos efeitos esperados onde foi primeira-mente implantado, como Por-to Alegre (RS) e Recife (PE). Porque a própria sociedade, como um todo, não participa”, garantiu. “Analisando do ponto de vista macro, o OD vai aten-der apenas aos grupos que podem se articular e (os inte-

grantes) terminam se transfor-mando, de qualquer forma, em cabos eleitorais até mesmo de vereadores”, ressaltou.

Ao mesmo tempo, Fitti-paldi destacou que a capital paraibana nunca tinha expe-rimentado modelos pareci-dos ao OD, diferentemente do Recife (PE), que já passou por experiência semelhante ainda nos idos da década de 50, com o ex-prefeito Pelópidas da Sil-veira. O gestor pernambucano incentivou a participação da população em eventos pareci-dos com as atuais audiências. “Então, para João Pessoa, mes-mo não tendo obtido resulta-dos de forma substancial, há um benefício sim. Porque, à medida em que o Orçamento

Democrático passa a ser insti-tucionalizado, pode vir a criar uma nova cultura de partici-pação popular. Essa é a maior contribuição”, observou.

Na opinião de Fititipal-di, nas cidades onde foi im-plantado o modelo de OD, a influência dos delegados, ou conselheiros, se expandiu até se assemelhar com a de um ve-reador. “A falta de participação popular jogou o delegado (do OD) para o papel que ele não deveria ter. No Recife, a eleição para delegado é tão concorrida como a para vereador. Em tese, a ideia é interessante, mas não atingiu seus resultados”, sen-tenciou.

Especialista aponta falhas no OD

Continua na Página 4

Para cientista político, o modelo de

Orçamento Democrático está

longe do ideal

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4 Política DOMINGO 4, MARÇO, 2012

195035

ENGAJAMENTO. Quem participa das audiências públicas ressalta que há envolvimento da sociedade

Cecília Noronha

Mais otimistas do que o cientista político, populares garantem que as consequên-cias da implantação do OD em João Pessoa já podem ser sen-tidas "nas entranhas das co-munidades". Uma delas seria o enfraquecimento dos políti-cos que ouvem as reivindica-ções da população apenas em anos de eleição. O surgimento e fortalecimento de lideranças locais também é apontado como um fruto amadurecido nesse processo. Quem partici-pa das audiências ressalta que há envolvimento da sociedade, mas, ao mesmo tempo, admi-tem que ainda é preciso um engajamento maior dos cida-dãos.

O rapper e arte-educador General Frank, que reside no Valentina, disse que algumas transformações podem ser no-tadas. “Não adianta mais o po-lítico chegar no ano de eleição para ouvir as reivindicações do povo. Porque o Orçamento De-mocrático já está há sete anos nos ouvindo. Aqueles da co-munidade que ainda não par-ticipam precisam saber mais sobre a força do OD. Precisam deixar uma noite de assistir à novela na televisão para fala-rem com o gestor o que qui-serem, cara a cara, durante as

audiências”, aconselhou.General Frank também re-

comenda que o modelo seja copiado por outras prefeituras. “O Orçamento Democrático é nossa maior ferramenta para mostrar a vontade do povo. Seria interessante que aconte-cesse em outras cidades, como Bayeux, Santa Rita, Sousa, Pa-tos. Enfim, em toda a Paraíba”, observou.

O técnico contábil Esme-raldino Guabiraba de Albu-querque, de 68 anos de idade, disse que sempre participa das audiências e enumerou os be-

nefícios para o seu bairro, que também pertence à 4ª Região. “Desde que o Orçamento De-mocrático apareceu, as coisas vêm fluindo. Nosso mercado público e nossa creche João Gambarra foram reformados. Tivemos a nossa unidade de saúde Ipiranga. Como tam-bém tenho atuação participa-tiva no esporte, posso dizer que estamos agora sonhando com a nossa vila olímpica, que foi demandada em 2010 e deve ser entregue até o meio deste ano”, afirmou.

Hercylio Holanda, que se

engajou nos movimentos de arte e educação, esporte e la-zer, também deu o seu recado. “O Orçamento está vindo a ca-lhar para a nossa comunida-de e para a cidade em si. As pessoas pedem mais apoio na área de saúde e infraestrutu-ra. Porém, viemos aqui pedir mais oportunidade e desen-volvimento também na área de esporte e lazer, além de atendimento e serviço de arte na nossa comunidade”, disse.

Moradores da capital garantem mudançasPara os participantes das audiências, o Orçamento Democrático "enfraquece" os políticos

11REALIZAÇÕES DESDE 2005

Escolas construídas;

32quadras poliesportivas construídas e sete em construção;

6,5mil casas entregues e mais de 6 mil em execu-ção;

15Centros de Referência em Educação Inclusiva (Creis) construídos e 16 refor-mados e ampliados;

500

31

14

26

17

ruas pavimentadas e mais 207 em curso;

milhões de reais inves-tidos no Empreender-JP, com mais de 13 mil em-préstimos concedidos e cerca de 18 mil pessoas capacitadas;

campos de futebol rees-truturados e 10 em pro-cesso de licitação;

novas unidades de Saúde da Família (USFs) cons-truídas, benefi ciando 80 equipes;

praças construídas e 51 revitalizadas.

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Linha direta com a coluna: [email protected] - Twitter.com/arimateasouza

Aparte

ArimatéaSouza

A ´bela´ e a ´estrela´...

APARTE revisitou o citado Portal da Transparência na terça-feira (dia do discurso na Câmara) e na sexta--feira. A checagem surpreendeu.

Semanário Ofi cial – indisponível; contratos - dispo-níveis até 2008; licitações – indisponíveis.

NA FONTE

É o Brasil!Na véspera de assumir

o cargo de ministro da Se-cretaria Especial da Pesca e Aquicultura, o senador Mar-celo Crivella (PRB-RJ) verba-lizou uma frase lapidar, que bem dimensiona a quantas anda a relação entre o go-verno e os partidos aliados: "Vou lhes dizer, com humil-dade. Eu nem sei colocar uma minhoca no anzol".

PessoalA folha de pagamen-

to empenhada da UEPB, em 2011, totalizou R$ 162.166.547,30.

Para este ano, o de-sembolso previsto com servidores é de R$ R$ 224.276.100,00.

JuntinhosUm bloco informal reu-

nindo PTB e PSC está sendo formado no Congresso Na-cional.

EscoladoO ministro das Cidades,

deputado Aguinaldo Ribei-ro, que amanha visita Cam-pina, está indo todas as semanas ao Congresso Na-cional para conceder audi-ências aos parlamentares.

GarimpoUm sucesso editorial re-

cente é o livro de uma en-fermeira australiana sobre os maiores arrependimen-tos dos doentes terminais.

Seguem trechos.

“Eu queria...”“... Ter vivido a vida que

desejava, não aquela que os outros esperavam; não ter trabalhado tanto; ter tido mais coragem de ex-pressar os sentimentos; ter estado mais perto dos ami-gos; ter sido mais feliz”.

BinóculoMuita gente se pergun-

ta qual a motivação para a primeira dama de Campina, Ana Claudia Vital do Rêgo, ter se fi liado – discretamen-te – no PMN.

Talvez a resposta precisa só venha em 2014.

Da boca de...“... A lacuna entre a rea-

lidade e a ideologia sugere que, aos 32 anos, o PT al-cançou um estado de equi-líbrio sustentado sobre o rochedo da mentira...” (De-métrio Magnoli, sociólogo).

´Exumação´O prefeito Venezia-

no aproveitou a sua passa-gem pela tribuna da Câmara campinense, na última se-mana, para ´esconjurar´ os gestores pretéritos.

Indagações“Por vezes nos pergun-

távamos: como é que Cam-pina suportou tanto? E até quando poderia resistir às

irresponsabilidades e au-sências de critérios na ges-tão pública?” – perguntou.

PavorO ´V´ disse que assumiu

o governo – sete anos atrás – diante de uma “verdadei-ra excrescência, apavorante até”.

“Não exagero ao defi nir esse cenário como de com-pleta insolvência”, emendou.

´Espólio´Disse aos presentes que

encontrou a folha de paga-mento “em atraso” e “vulto-sas” dívidas em aberto rela-cionadas às “consignações bancárias”.

Para ele, pagamento em dia do funcionalismo é “fato impensável em outros períodos (administrativos)”.

AvançoO prefeito registrou na

sequencia que “o improviso daria defi nitivamente lugar ao planejamento; formula-ções detidas, com método e respostas às perguntas apresentadas”.

SubstituiçãoVeneziano bradou que “o

império das licenciosidades, dos favorecimentos particu-lares como moeda de troca; apadrinhamento exacerba-do que calava o merecimen-to, pondo-o à margem, teriam que dar lugar e vez a novos princípios de gestão”.

AtaqueE fustigou a oposição: “O

que não é próprio, não é salu-tar, é a prática agressiva, hos-til, caluniosa, inconsistente, demagógica, irresponsável, durante a caminhada”.

Tudo completoO ´V´ assegurou que to-

das as 94 equipes do Pro-grama de Saúde da Família estão “com os seus quadros de funcionários completos”.

“E não adianta se tentar levar informações que não atendem à realidade dos fa-tos”, acrescentou.

Tudo às claras“Jamais – jamais! - deixa-

mos de responder, pois pró-prio do regime democrático, a quaisquer questionamen-tos que nos fossem dirigidos em esfera institucional perti-nente”, garantiu o prefeito.

ContrapontoA Coluna checou junto

à Secretaria de Apoio Parla-mentar do Legislativo e exis-tem inúmeros pedidos de informação à espera de res-postas do Poder Executivo.

TransparênciaA certa altura de seu dis-

curso, Veneziano declarou que “o próprio Tribunal de Contas do Estado elogiou o Portal da Transparência da PMCG”.

Um sóO governador Ricardo Coutinho (PSB) manteve dias

atrás uma conversa com deputados aliados. E avisou que “até junho” o seu grupo político terá ape-

nas uma candidatura a prefeito de João Pessoa.Ele adiantou que pessoalmente vai cuidar dessa solução.

ALÉM DO DISCURSO

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5PolíticaDOMINGO 4, MARÇO, 2012

Lenilson Guedes

Estatuinte já. É o que de-fendem os quatro candidatos que disputam o cargo de rei-tor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A convocação de uma estatuinte tem por ob-jetivo discutir mudanças nos estatutos da instituição. “Há mais de dez anos defendo a realização de uma estatuinte para nossa universidade”, dis-se o professor Luiz Renato, um dos postulantes.

A professora Lúcia Guerra, candidata apoiada pelo atual

reitor Rômulo Polari, alega que o estatuto da UFPB está defa-sado há anos. “Nós temos mui-tas amarras burocráticas. Nos-so estatuto foi revisto apenas para se adequar à LDB, mas não foi uma revisão profunda como ele merece.”, afirma.

O professor Otávio Men-donça, também candidato, tem em sua carta programa a proposta de uma ampla re-forma institucional interna, “com a intenção de desatar os nós burocráticos, que nos prende ao atraso”. Já a profes-sora Margareth Diniz afirma

que um de seus primeiros atos como reitora, caso seja eleita, será a convocação da estatuinte.

As eleições na UFPB es-tão marcadas para o dia 16 de maio e as inscrições de chapas têm início amanhã. A campanha foi deflagrada antes mesmo de serem definidas as regras eleitorais. Os candida-tos têm utilizado as diversas formas de comunicação para divulgar suas propostas. Quem passar pelos arredores da uni-versidade poderá ver cartazes, outdoors e faixas com pro-

paganda dos candidatos. As redes sociais, como Twitter e Facebook, também estão sen-do muito usadas.

As regras eleitorais, to-davia, proíbem a fixação de cartazes e painéis em muros, portas, grades e outros locais da instituição. Os candidatos poderão utilizar em suas cam-panhas um painel que será fixado nas entradas principais de cada campus com o mes-mo tamanho, sendo proibido no entanto o uso de faixas. A propaganda no rádio e na TV também está liberada.

OTÁVIO MENDONÇA. Quer promover uma ampla reforma institucional interna na UFPB

MARGARETH DINIZ. Críticas ao modelo administrativo que já perdura na instituição por 16 anos

LUIZ RENATO. Garantia de que vai implantar uma nova mentalidade de gestão administrativa na UFPB

LÚCIA GUERRA. Promete que vai dar continuidade às ações do atual reitor Rômulo Polari

Candidatos a reitor

defendem reformasA 2 meses da eleição, os quatro candidatos à Reitoria da UFPB apresentam discursos semelhantes

O professor Otávio Men-donça anuncia como um de seus primeiros atos uma ampla reforma institucional interna.

“É b em verdade que houve recentemente alguns avanços institucionais. Mas muito tímidos, insuficientes para alargar nossos hori-zontes”. Segundo ele, com a Constituição de 88, as uni-versidades conquistaram sua autonomia. “Todavia, por timidez ou inércia, pou-co uso se fez dessa abertura constitucional”, observou.

Sua proposta é fazer um reordenamento jurídico no âmbito da UFPB. Em ou-tras palavras, modificar o regimento e os estatutos da instituição.

“Nortear-se-iam essa revolução institucional o primado dos valores aca-dêmicos, a meritocracia e o respeito à autoridade aca-dêmica em primeiro lugar, bem como a otimização dos recursos e a racionalização de suas aplicações como empenho permanente da gestão”.

Ele tem como meta tor-nar a universidade um cen-tro de excelência e referência em várias áreas. “Necessária se faz, por exemplo, a criação de uma gerência de assesso-ramento aos pesquisadores na elaboração de projetos para captação de recursos para suas pesquisas”.

Outra gerência impres-cindível, segundo ele, é da governança eletrônica, cuja finalidade seria a universa-lização da informatização das rotinas administrativas e burocráticas.

Centro de excelência e referênciaIntegrante dos quadros da

Universidade Federal da Paraí-ba desde 1985, o professor Luiz Renato de Araújo Pontes de-clara que sua candidatura sur-giu a partir de uma construção coletiva dos três segmentos – professores, servidores e estu-dantes, que entendem a neces-sidade de implantar uma nova mentalidade de gestão. “Uma universidade comprometida e capaz de liderar o processo de desenvolvimento sustentável da região, sendo transparente, ágil, participativa, descentra-

lizada, capaz de responder às demandas dos professores, servidores, estudantes e a so-ciedade em geral”, diz ele.

Um dos pontos importan-tes de sua plataforma é a mu-dança dos estatutos da UFPB. “Defendo há mais de dez anos a realização de uma estatuinte, o que lamentavelmente ainda não ocorreu. Na nossa gestão faremos de forma efetiva a in-tegração da universidade com a sociedade e, nessa perspecti-va, é necessário cada vez mais fortalecer e dar as condições

necessárias para o aprimo-ramento da graduação, pós--graduação e extensão”.

A parceria com as institui-ções nacionais e internacio-nais também consta da carta programa do professor Luiz Renato. Ele lembra que, como pró-reitor, fez parcerias com a Fundação Nestlé, na área de educação nutricional, “o que resultou na minha participa-ção na ONU, em Nova York, projetando, assim, a nossa universidade no cenário in-ternacional”, afirmou.

Transparência e participação

Manifesto lançado pela professora Margareth Diniz revela que a Universidade Fe-deral da Paraíba tem perdido peso nos últimos anos entre as universidades da região Nor-deste. “Segundo pesquisa da QS World University Rankings, ocupamos, hoje, a 21ª posição entre as universidades federais brasileiras. No Nordeste somos a quinta instituição, atrás da UFPE, UFBA, UFC, além da UFRN – que por muito tempo esteve em posição inferior à

UFPB”, diz.De acordo com o documen-

to, a perda de importância da UFPB aponta para a existência de graves problemas, principal-mente de gestão acadêmica, causados por uma grave au-sência de um projeto consis-tente. “A comunidade univer-sitária clama por mudanças”, afirma a professora Margareth Diniz ao criticar o modelo ad-ministrativo que perdura na instituição por quase 16 anos.

Segundo ela, as recentes

ampliações proporcionadas pelo governo federal através do programa Reuni demandam “por uma administração de-mocrática, ágil, transparente, descentralizada e que busque a excelência no ensino, na pes-quisa e na extensão”. Ela disse que existe um anseio de todos os segmentos universitários por uma mudança nos rumos da instituição. “A primeira mu-dança precisa ser a revisão do estatuto da nossa universida-de".

Mudanças e mais qualificação

Apoiada pelo atual reitor Rômulo Polari, a professo-ra Lúcia de Fátima Guerra Ferreira faz uma avaliação positiva da sua candidatura. “Nós temos o apoio dos di-retores de 12 dos 16 centros de ensino, além das adesões de professores e do movi-mento estudantil. A nossa avaliação é extremamente positiva por conta desse leque muito abrangente que está nos apoiando”, destaca ela.

Um dos motivos do apoio, segundo afirma, é pelo reco-nhecimento do trabalho de-senvolvido pelo reitor Rômulo Polari. “O professor Polari tem o reconhecimento da comu-nidade acadêmica. Claro que ele também tem críticas, mas tem um segmento expressi-vo que reconhece o que foi de positivo esse reitorado”.

Pró-reitora de Extensão, ela diz que pretende dar continuidade ao processo de

expansão da universidade, sobretudo em termos qualita-tivos. “Nós crescemos muito em quantidade, mas também crescemos em qualidade. Só que a gente entende que esse crescimento qualitativo deve ser reforçado”, salientou. Uma de suas propostas passa pela qualificação e capacitação dos servidores. “Nós estamos na verdade numa fase de tran-sição, porque muitos servido-res estão se aposentando”.

Capacitação dos servidores

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Linha direta com a coluna: [email protected]

Com Teresa Barros e Ana Paula Leitão

Cざ┶┻┹╁ F┾╁╄┷╅╆┳┾ ╂ず┷ ┾も┶┷╄ ┶╁ PMDB ┷┿ ╅┳┻┳ ┼╇╅╆┳

Candidato a presidente da Câmara, o líder do PMDB Henrique Eduardo Alves (RN) se colocou em uma saia jus-ta em relação ao projeto do novo Código Florestal, previsto para ser votado na próxima terça. De um lado, o líder pee-medebista sofre pressão dos ruralistas para apoiar modifi -cações no texto do Senado, mas também não quer contra-riar a presidenta Dilma Rousseボ , que se opõe radicalmente a mudanças.

Passado ruralistaPara se cacifar frente à oposição, de quem precisa dos

votos para ser presidente, o líder peitou o governo e votou com os ruralistas em 2011.

Relação desgastadaHenrique Alves vai só aumentar o desgaste se votar

contra Dilma, que já perdeu a confi ança nele após ter sido desafi ada por cargo no Dnocs.

Sem saídaContrariar tanto Dilma quanto a bancada ruralista colo-

ca em risco o projeto do peemedebista da assumir a presi-dência da Câmara.

Henrique Alves enfrenta ainda difi culdades dentro da bancada do PMDB, que reclama de suposto jogo du-plo do líder peemedebista.

DUPLA PERSONALIDADE

PODER SEM PUDOR D┙┦┥├┗┑〈╊┟

TÁXI GETULISTAO presidente Getúlio Vargas queria fi ncar o PTB em solo

paulista e mandou sua sobrinha Ivete Vargas se candidatar a deputada federal por São Paulo. Eleita com o peso do so-brenome ilustre, ela pegou um avião e seguiu para a capital do Estado. Ao desembarcar, um jornalista logo a provocou:

- Como explica votação tão expressiva conhecendo São Paulo tão pouco?

- Deve haver algum engano de sua parte – respondeu ela, na bucha – Eu fui candidata a deputada federal e não a chofer de táxi.

PROJETO PREVÊ ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL ATÉ 2022

Está pronta para ser votada uma proposta de emenda constitucional garantindo o ensino fundamental em perí-odo integral em todo o País. O autor, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), considera que esse tipo de escola é a me-lhor maneira de combater o analfabetismo, a miséria e a criminalidade. Uma emenda da Comissão de Constituição e Justiça fi xa o ano de 2022 como o prazo para sua implan-tação total no País.

A prioridade do Brasil é ganhar o Mundial e não organizá-lo”Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, ironizando o atraso nos preparativos da Copa

Estamos aíA ordem no PT paulista é

levar o prefeitável Fernando Haddad até a batizado de bo-neca. Já nem disfarça a cam-panha eleitoral antecipada.

Grana sobrandoO deputado Arthur Lira

(AL), novo líder do PP, já refor-mou seu gabinete na Câmara, mas diz que pagou tudo do próprio bolso: R$ 50 mil.

Dinheiro voandoA Agência Nacional de

Aviação Civil paga o preço do alto custo de vida no Rio: só de aluguel serão R$2,3 mi-lhões por sua sede, este ano.

Sorte grandeA sorte do senador Edu-

ardo Braga (PMDB-AM), que deseja disputar o governo do Amazonas em 2014, é que a atual primeira-dama estadu-al, d. Nejma Aziz, não pode ser candidata. Ela lidera to-das as pesquisas. Inclusive para a prefeitura de Manaus, que ele também ambiciona.

Fome de cargosA tapioca está garantida:

o ex-ministro Orlando Silva (Esporte) poderá escolher entre a Secretaria Extraor-dinária da Copa no governo Jaques Wagner (PT-BA) ou a candidatura a vereador em São Paulo.

Berge ou Gabas, eis a questão

Com a adesão do gover-nador Agnelo Queiroz à fac-ção Construindo um Novo Brasil, majoritária no PT, o infl uente secretário de Go-verno do DF, Paulo Tadeu, da facção Democracia So-cialista, deve cair. Para o lugar, Agnelo sonha com Carlos Eduardo Gabas ou Swedenberg Barbosa.

Boca abertaDo deputado Hugo Leal

(PSC) sobre a pressão do seu partido para fazê-lo minis-tro do governo Dilma: “Me-recemos, estamos na base desde o primeiro governo do ex-presidente Lula”.

Page 6: DOMINGO PARAÍBA, 4, MARÇO, 2012 ANO 40 Nº 11.723 PB … · Do ponto de vista estraté-gico, o prefeito acredita que o OD serve como um guia para o gestor. “O Orçamento Demo-crático

6 Opinião DOMINGO 4, MARÇO, 2012

Há que se acreditar, em nome das esperança, nos dias contados para os malversadores dos bens públicos. A decisão apertada do Tribunal Superior Eleitoral pela inelegibilidade de candi-datos com contas reprovadas faz crer no apri-moramento dos costumes políticos nacionais.

Pagar com o expurgo das campanhas é re-médio de grande eficácia para o combate aos males da corrupção que tem subtraído verbas necessárias à educação, à saúde, à nutrição ou à moradia, setores com incidência direta na chance dos progressos individuais e na quali-dade de vida das famílias, em qualquer recanto deste Brasil imenso.

Endurecer as regras das eleições de 2010 para as que se aproximam era providência aguardada pelos que veem na decência e na honradez pré-re-quisitos essenciais à assunção de cargos públicos.

Respeitem-se as divagações jurídicas. Elas são feitas de manifestações pessoais acerca do espírito da lei e ocorrem conforme percepção par-ticular das questões levadas a cada Tribunal. No TSE, os defensores da regra mais branda, aquela aplicada nos pleitos passados, opinaram que não poderia a Corte “fazer interpretação extensiva”.

Prevaleceu, felizmente, a divergência aberta pela ministra Nancy Andrighi, defensora da apro-vação de contas como condição sem a qual ne-nhuma candidatura deve ser registrada. “Entendo que não se pode considerar quite com a Justiça Eleitoral candidato que teve as contas desapro-vadas, pois isso tiraria a razão de existir da pres-tação de contas”, observou ela com justíssima razão e absoluta propriedade.

Mas nem tudo são flores. Desafortunada-mente, pela livre e soberana expressão dos seus ministros, o TSE não definiu prazo para que a re-provação de contas públicas interfira no registro de candidatos a postos eletivos. Ou seja, persiste, por exemplo, a dúvida de muitos quanto à pos-sibilidade de alguém com prestação de contas desaprovada em 2008 obter registro para con-correr às disputas de 2012.

Dessa forma, resta ao eleitor resolver a questão com a força de seu voto, com o poder inalienável da escolha de todos aqueles que lhe peçam o apoio e a confiança. Agir com absoluta consci-ência e com o interesse voltado para o bem de todos sempre terá, nesse caso, eficácia superior à de qualquer lei ou interpretação que dela se faça.

A lei e o votoEDITORIAL

Lila

Canteiros de obrasA presidenta Dilma Rousseff (PT) lançou

na quinta-feira (1º) o ‘Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção’, que tem como objetivo aprimorar as condições de trabalho nos canteiros de obras do país. Para os se-tores envolvidos, a iniciativa inaugura uma nova fase na negociação trabalhista.

Agenda 21Aconteceu na sexta-feira (2) a posse dos

integrantes do ‘Fórum da Agenda 21’ do mu-nicípio paraibano de Alagoa Nova, distante 138 quilômetros de João Pessoa. A soleni-dade de posse aconteceu no Centro Arte-sanal Raimundo Asfora, em Alagoa Nova.

Agenda 21 IIDurante a solenidade, os integrantes do

Fórum também aprovaram o regimento in-terno, elegeram a coordenação, a secretaria executiva e as subáreas temáticas, além de definir o calendário de reuniões. O Fórum elaborará um documento inicial de diag-nóstico participativo.

Doenças rarasO senador Cássio Cunha Lima (PSDB) re-

afirma compromisso de priorizar ações para que os portadores de doenças raras recebam tratamento igualitário ao dispensado aos por-tadores de necessidades especiais.

Linha direta com a coluna: [email protected]

Jorge Rezende com redaçãoEmFoco

PROJETO DO METRÔ DE CG APROVADOO Comitê de Crédito do Banco do Nordeste aprovou o Projeto Técnico do VLT – Veículo

Leve Sobre Trilhos –, o chamado metrô de superfície de Campina Grande. Os diretores do BNB estarão reunidos na próxima terça-feira (6) para a homologação da decisão. Para a con-firmação do financiamento, haverá uma análise, por parte da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), da capacidade de endividamento da prefeitura de Campina Grande. A primeira etapa do projeto de implantação do metrô de Campina Grande está orçada em aproximadamente R$ 35 milhões. Para a sua implantação, a cidade conta com uma malha ferroviária pronta, pre-cisando apenas de algumas adequações. O metrô de Campina Grande percorrerá 21 quilô-metros, começando no Bairro de Bodocongó e terminando no Distrito de Galante.

O vereador Tavinho Santos (PTB) está cobrando da prefeitura de JP, do Crea, da Defesa Civil e dos Bombeiros mobilização para operação urgente de vistoria nos pré-dios antigos de JP, para evitar, com a apro-ximação das chuvas, um possível desaba-mento que pode resultar em vítimas fatais.

MOBILIZAÇÃO E OPERAÇÃOF╀┯┼┱┷╁┱┽ F╀┯┼と┯

Da boca de ...

Saudades de D. JoséReorganizando o que resta guardado dos meus

quarenta anos de escrita diária, com pequenas in-terrupções, dei com a fala de D. José Maria Pires na Câmara Municipal, comemorando os seus 23 anos como arcebispo da Paraíba.

Não fui do tempo de D. Adauto, com seus quatro decênios de episcopado. Pelo tempo e pelas obras, continua inexcedível na memória da igreja da Paraíba, há pouco revigorada com a reedição, pelo Unipê, da opulenta biografia que lhe dedicou o cônego Fran-cisco Lima. Mas desde o primeiro dia que me foi dado ouvir e ler D. José, que me dei por pago de sua contemporaneidade.

Há homens assim, que dão sentido ao tempo em que com ele convivemos. Convivência espiri-tual, não pessoal, pois só uma vez tive o privilégio de entrevistá-lo.

Remexendo nos papeis, retomo com alegria espe-cial algumas palavras do grande pastor, quando com-pletava seus 23 anos de episcopado na Paraíba. Acho que devo dividir com o leitor esta valiosa lembrança:

“Faz hoje 23 anos que tomei posse como Arcebispo da Paraíba. (...) Vim impregnado do entusiasmo trans-mitido pelo Concílio Vaticano II, no encerramento do qual se deu minha transferência da diocese de Araçuaí para esta sede arquiepiscopal. O Concílio, no dizer

do papa João XXIII, seu principal promotor, devia ser um novo Pentecostes no mundo, provocando novas relações entre os homens. A Igreja deveria atuar mais como servidora do mundo, apoiando e animando as ações em favor da justiça, combatendo a fome e suas causas, promovendo a fraternidade.

“Ora, depois de 23 anos, a situação de João Pessoa, comparada aos objetivos do Vaticano II, só tem pio-rado. Cresceu assustadoramente o empobrecimento da população. Testemunho disso é a quantidade de favelas – afirmam ser mais de cem – o aumento da chamada economia submersa e, sobretudo, a vio-lência que espalha um clima de medo e de descon-fiança por toda a cidade”.

Advertia D. José para o perigo a que os maus po-líticos podem levar a democracia. (Lembrar que ele falava a uma assembléia de políticos).

Para ele, a classe política é a maior responsável por esse risco e perigo “porque ela não tem estado à altura das necessidades presentes. A classe política não tem sabido administrar a liberdade conseguida a duras penas”.

No final D. José ou foi ingênuo ou quis concessão aos que o homenageavam, achando que a Paraíba seria, um dia, “capaz de gritar forte e despertar o gi-gante que é o Brasil”.

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GonzagaRodrigues

O Brasil agora

mudou de

casa. Saiu de

Interlagos e foi

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SE CRE TÁ RIA DE RE DA ÇÃOElizângela Monteiro (JP) - [email protected] Ribeiro (CG) - [email protected] DE REPORTAGEM Bartolomeu Honorato - [email protected]

EDITORIASPOLÍTICA: JORGE REZENDE - [email protected] MUNDO/ÚLTIMAS - SILVANA TORQUATO - [email protected]: ANDRÉA ALVES - [email protected]Ê/CONCURSOS: ELIANE CRISTINA - [email protected]: JEAN GREGÓRIO - [email protected]: EXPEDITO MADRUGA - [email protected] & ARTE: ANDRÉ CANANÉA - [email protected]

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AGÊNCIAS:

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ETs e presidentesEntre as mil teorias da conspiração que fervem de

mundo afora uma das minhas preferidas é a de que a Humanidade já comprovou há muito tempo a exis-tência de extraterrestres e a sua presença na Terra, mas os governos não divulgam essa informação por mo-tivos variados. Ou por um motivo só: existem coisas que a plebe rude não precisa saber. Essa hipótese vai a reboque de casos como o de Roswell, do Triângulo das Bermudas, da Área 51 e outros. Nessas áreas te-riam ocorrido os contatos iniciais entre os humanos e os ETs; dali em diante, tudo rolou sob sigilo abso-luto. O governo dos EUA, os militares e as grandes empresas (possíveis beneficiárias da importação de know-how interplanetário) seriam os únicos a saber de tudo. Há muitos outros casos, é claro, mas esses são os mais famosos, inclusive porque a mídia dos EUA os considera um chamariz infalível para vender livros, tablóides e DVDs.

Foi divulgado agora um depoimento de Timothy Good, ex-assessor de Dwight Eisenhower, presidente dos EUA de 1953 a 1961. Segundo ele, “o ex-presidente teria se encontrado com seres de outro planeta, na base aérea do Novo México, em 1954, na presença de agentes do FBI”. O encontro teria sido marcado por meio do envio de mensagens telepáticas, como informa o jornal britânico Daily Mail. Eisenhower, um militar durão que teve um papel importante na II Guerra

Mundial, o que o levou à presidência, era também um sujeito com um lado místico. Acreditava na vida em outros planetas, e isto contribuiu para que desse apoio ao programa aeroespacial do país. Segundo Good, o ex-presidente se encontrou com aliens de aparência nórdica e depois com outros que diziam pertencer ao grupo chamado "Alien Greys" (seres de corpo acinzentado e aparência ameaçadora). Para en-cobrir os encontros na época, o governo informou que o ex-presidente estava em uma viagem de férias em Palm Springs, na Califórnia. Segundo o ex-assessor, autoridades do mundo inteiro vêm há décadas man-tendo contatos com extraterrestres.

O que alimenta essas crenças todas? Para mim é uma questão de lógica. Se eu próprio fosse presi-dente e meu país fizesse contato com extraterres-tres, a última coisa que eu faria seria comunicar isto à população. Uma revelação desse porte não provocaria apenas um caos social, mas uma total desorientação de propósitos, uma perplexidade, uma celeuma, e isso iria desviar a população dos seus afazeres. É cruel dizer isto, mas a gente sempre acha que certas verdades só podem ser acessadas por uma elite de escolhidos, e a grande massa tem que se consolar com uma versão pacificatória e chapa-branca. Se eu penso assim, que dirá o pre-sidente dos EUA.

[email protected]

BraulioTavares

Processos virtuaisA partir de 2013, todos os processos em

tramitação no Tribunal de Contas da Paraíba serão virtuais e todas as prestações de contas anuais levadas a julgamento pela Corte dirão respeito ao exercício anterior.

Dilma Rousseff - Presidenta da República (Ao comentar sobre a crise econômica mundial)

"Vamos continuar desenvolvendo esse país, defendendo sua indústria, impedindo que os métodos de saída da crise desses países desenvolvidos implique na canibalização dosmercados dos países emergentes"

Rubens Barrichello - Piloto (Logo depois de anunciar o acerto com a equipe KV Racing para disputar a temporada da Indy)

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Linha direta com a coluna: [email protected]

SUSQuero parabenizar o Minis-

tério da Saúde em obrigar a apre-sentação do cartão do SUS no ins-tante do atendimento nos hospi-tais públicos. É necessário que se haja um controle do número de procedimentos para que as esta-tísticas possam contribuir para a melhoria do sistema gratuito de saúde. Todos os paraibanos devem solicitar o documento.

Açude NovoA imprensa cansou de noti-

ciar sobre a situação do Açude Novo. O local é agradável e deveria servir de área de lazer e prática de exercícios físicos, mas o que se vê no local é uma situação de aban-dono. As pessoas têm medo de ir passear no parque por temerem a ação dos bandidos. Eu já fui as-saltada lá duas vezes.

Maísa Torres | Picuí

Isabel Cristina | Campina Grande

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EDITORA: SILVANA TORQUATO FERNANDES

GeralEDITORA: SILVANA TORQUATO FERNANDES DOMINGO 4, MARÇO, 2012 | 7

Tratamentos estéticos ajudam a ter sorriso perfeito

Página 17

198671

O experiente jornalista pa-raibano Helder Moura já está com tudo pronto para estrear seu mais novo blog no JP Onli-ne, portal do JORNAL DA PA-RAÍBA. A partir desta segunda--feira, o público terá mais um espaço para acompanhar as principais notícias da política local, e ainda conferir reflexões e opiniões de um dos profissio-nais de comunicação mais re-conhecidos do Estado.

Intitulado de Blog do Hel-der Moura, a página enfocará o cenário político paraibano, divulgando tudo que se passa nos órgãos administrativos lo-cais e os comentários pesso-ais do jornalista, que utilizará sua experiência e olhar crítico sem qualquer tipo de censura.

“Quando fui sondado para a empresa, um dos meus desejos era que eu pudesse fazer um trabalho livre de cortes, podendo tratar os te-mas de acordo com minha consciência. Rapidamente, esse pedido me foi atendido e iniciar o blog sob esse prisma é motivo de muito contenta-mento para mim”, destacou o jornalista. Durante todo o dia, o conteúdo do site será atualizado constantemente

com matérias sobre os fatos mais importantes da área no momento em que eles acon-tecem, valorizando assim o dinamismo do tema.

Uma das inovações progra-madas para o blog é a utiliza-ção de vídeos para apresentar as notícias e não apenas textos escritos. Helder ainda ressalta o uso do recurso para dar voz a figuras da política paraiba-na. “Farei várias m a t é r i a s i n loco, então, em algumas ocasi-ões, vamos usar áudios ou vídeos para registrar a fala de alguma au-

toridade do Estado em eventos importantes. Pensamos nisso para criar um diferencial para o blog, que vai sair das maté-rias convencionais escritas para dar lugar a outras mídias”, comentou.

A editora do G1 Paraíba, Ta-tiana Ramos, se mostra otimis-ta com a chegada do profissio-

nal à Rede Paraíba. “Sem dúvidas, Helder é um

grande nome do jornalismo político

da Paraíba e sua experiência fará a diferença. Além

di sso , estamos em ano de eleições, o que torna o ce-

nário político

de interesse público e impor-tante de ser discutido”, frisou.

Apesar do tema principal da página ser política, o Blog do Helder Moura também con-tará com seções sobre tecno-logia, literatura e viagens. Esta

última trará histórias vividas pelo jornalista em passeios e recomendações feitas a partir de suas experiências. O inter-nauta também terá um espaço privilegiado na página, poden-do comentar as notícias, dar

sugestões e debater sobre os assuntos tratados. Além disso, o blog terá perfis no Twitter e no Facebook, através dos quais os seguidores poderão ficar por dentro das atualizações da página do jornalista.

Helder Moura estreia novo blogA partir da próxima segunda-feira, espaço no JP Online vai enfocar o cenário político paraibano, além das reflexões do jornalista

o uso do recurso para dar voz a figuras da política paraiba-na. “Farei várias m a t é r i a s i n oco, então, em

algumas ocasi-ões, vamos usar áudios ou vídeos para registrar a fala de alguma au-

g pnal à Rede Paraíba. “Sem

dúvidas, Helder é um grande nome do jornalismo político

da Paraíba e sua experiência fará a diferença. Além

di sso , estamos em ano de eleições,o que torna o ce-

nário político

Natural de Campina Gran-de, Helder Moura iniciou sua trajetória no jornalismo pa-raibano de maneira nada con-vencional. Após vencer um concurso nacional de literatu-ra, ele foi convidado pelo jor-nal Gazeta do Sertão, de sua cidade, para trabalhar como repórter. O trabalho iniciado em 1983 rendeu bons frutos ao jornalista que, posterior-mente, assumiu os cargos de colunista político e de editor--chefe no veículo.

Helder também trabalhou como assessor de comunica-ção da Bolsa de Mercadorias da Paraíba e, em seguida, as-sumiu o cargo de editor de política estadual no JORNAL

DA PARAÍBA. Após um perí-odo de trabalho na Prefeitura de Campina Grande, ele se tornou chefe de redação de outro jornal do Estado, a par-tir de 1993. Lá, Helder ainda trabalhou como colunista político até outubro do ano passado. Paralelamente, ele exerceu as funções de editor e apresentador de um telejor-nal local. Além de conduzir a carreira de jornalista, Helder também trabalha como pro-fessor de informática do Ins-tituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Para-íba (IFPB).

Seus esforços já foram re-conhecidos pelo Sindicato dos Jornalistas e pela Associação

Paraibana de Imprensa, que homenagearam o profissional com os prêmios de Melhor Co-lunista e Melhor Apresentador.

Para o superintendente da Rede Paraíba de Comunica-ção, Guilherme Lima, a expe-riência e o talento de Helder farão a diferença na cobertura jornalística do JP Online. “Ele é um colunista conceituado em todo o Estado, com uma trajetória de longa data no jornalismo. No novo espaço, Helder terá liberdade para opiniar sobre a política local, sem amarras ou restrições. Es-tamos certos de que a vinda dele renderá bons frutos para o JP Online e, claro, para nos-sos leitores”, declarou.

Jornalista conquistou prêmios de melhor colunista e apresentador

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8 Geral DOMINGO 4, MARÇO, 2012

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Michelle Scarione

A violência praticada con-tra mulheres no silêncio do lar, deixou de ser um conflito de casal e passou a ser uma pro-blemática social. Com as mu-danças impostas na Lei Maria da Penha, após decisão do Su-premo Tribunal Federal (STF), o agressor poderá ser denun-ciado pelo Ministério Público mesmo que a vítima decida re-tirar ou até mesmo não deseje registrar a ocorrência policial de violência doméstica.

“O que mudou foi que o STF decidiu pela constitucionalida-de da lei com relação a alguns artigos que acreditava-se con-frontar a Lei 9.099. A mudança mais efetiva que houve é o fato de que agora a lesão corporal praticada contra mulheres passa a ser de ação pública, anteriormente o registro da violência ficava condicionado à vontade da vítima”, explicou a juíza Antonieta Maroja, do Juizado da Violência Domésti-ca e Familiar Contra a Mulher.

Em casos em que houver

agressão física praticada con-tra mulheres, que resulte em lesão corporal, a mulher não poderá mais se retratar e reti-rar a ocorrência na delegacia. “Nesses casos a polícia é cha-mada por algum vizinho e no calor da emoção as vítimas dizem que querem processar o agressor mas depois desis-tem. Com a mudança na Lei Maria da Penha, isso não irá mais acontecer”, assegurou a juíza Antonieta Maroja.

A mudança na lei foi apro-vada pelo STF no dia 9 de fe-

vereiro e com isso a lei ganhou mais força no combate à vio-lência doméstica e vai impe-dir que os agressores fiquem impunes. Qualquer pessoa poderá denunciar um caso de agressão física praticado con-tra mulheres e a partir disso será aberto um inquérito e o agressor será processado ju-dicialmente. Independente da vontade da mulher agredida, ao tomar conhecimento da violência, o delegado de polícia deverá instaurar o inquérito.

Antes das mudanças na lei,

muitas ocorrências ficaram fa-dadas ao esquecimento após as vítimas afirmarem não ter o interesse em prosseguir com o processo. “Muitas estão envol-vidas emocionalmente com o parceiro, pensam em dar uma segunda chance e ainda são coagidas, ameaçadas de morte para retirar a queixa”, disse An-tonieta Maroja. A dependência financeira, a preservação da família e o medo da exposi-ção também são fatores que interferem na hora da mulher representar criminalmente o marido agressor.

Com a mudança na Lei Maria da Penha, a expectativa é que o número de processos que chega ao Judiciário au-mente, e, conforme a juíza An-tonieta Maroja, o juizado espe-cializado está preparado para receber e julgar todos os casos. “Estamos preparados para re-ceber a demanda, mas temos dúvidas de que o número de casos de violência doméstica irá aumentar. Temos a certeza de que irá aumentar o número de ações que chegam ao fim, com a punição do agressor.

Antigamente os processos se extinguiam ainda no início e a primeira denúncia, em raros casos, era feita pela vítima”, completou a juíza.

Rigidez na 'Maria da Penha'A partir de agora, qualquer pessoa pode fazer a denúncia de agressão contra mulheres, mesmo que vítima não apresente queixa

“A mudança feita pelo STF interferiu na interpre-tação jurisprudencial a respeito da lei. As mulhe-res, segundo interpreta-ção, deixam de ter direito a retratação da represen-tação que oferecem con-tra seus agressores, uma vez que a ação é pública e incondicionada. A ação judicial prosseguirá inde-pendente da vontade da vítima” juíza Antonieta Maroja

A expectativa da secre-tária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Iraê Lucena, é que os casos de violência praticados contra mulheres diminuam, tendo em vista que os agressores fi-carão mais temorosos ao ter a certeza de que serão punidos independente da denúncia da mulher agredida.

Durante todo este mês de março a secretaria irá percor-rer todo o interior do Estado divulgando as mudanças na Lei Maria da Penha com a promoção de seminários so-bre desafios e perspectivas da Lei Maria da Penha e com isso fortalecendo a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.

“O agressor agora vai pen-

sar duas vezes antes de pra-ticar a violência doméstica. Acredito que a mudança na lei irá provocar uma diminuição no número de lesões corpo-rais e homicídios praticados contra as mulheres. A violên-cia doméstica deixou de ser um problema do lar e passou a ser um problema de todos", disse Iraê Lucena.

Já Nézia Gomes, secretá-ria de Políticas Públicas para Mulheres da Prefeitura de João Pessoa explicou que a munici-palidade oferece apoio às víti-mas de violência. “Nós dispo-mos do Centro de Referência à Mulher Ednalva Bezerra, que é um local que presta todo o apoio jurídico e psicológico à mulher agredida”, afirmou Nézia Gomes.

Violência deve ser reduzida na Paraíba

No mês em que é come-morado o Dia Internacional da Mulher (8 de março) as mulheres paraibanas não têm muito o que comemorar. Apesar das mudanças na lei, somente este ano, 22 mulhe-res foram assassinadas no Estado. Conforme dados do Mapa da Violência 2012, do Instituto Sangari, a Paraíba apresentou em 2010 a taxa de 6 assassinatos para cada 100 mil mulheres.

Os dois primeiros meses deste ano foram marcados por crimes brutais praticados contra paraibanas. O assassi-nato mais recente aconteceu no fim da tarde da última quarta-feira, no município de Bayeux, quando Juliana Sil-va Ribeiro Sales, 18 anos, foi assassinada com mais de 20 facadas. O ex-companheiro da vítima, Alexandre Isidro,

de 26 anos, confessou ter as-sassinado a mulher porque ela o havia traído. A vítima foi assassinada enquanto passava por uma rua. A arma do crime, uma faca, ficou ao lado do cor-po da vítima. A mãe da vítima, Maria Lúcia Bernardo da Silva, revelou que chegou a registrar dois boletins de ocorrência na Delegacia da Mulher do mu-nicípio de Bayeux, informando as agressões e ameaças que o acusado praticava contra sua filha.

O caso de violência contra mulher na Paraíba que causou maior repercussão ocorreu em Queimadas, quando cinco mulheres foram estupradas e entre elas duas foram assassi-nadas enquanto participavam de uma festa de aniversário. Os sete homens envolvidos no crime encontram-se deti-dos no presídio PB-1.

Número de mulheres mortas chega a 22

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10 Geral DOMINGO 4, MARÇO, 2012

Camila Alves

Até os anos de 1990 só havia praticamente duas op-ções para se comunicar com pessoas em lugares distantes: telefone ou carta. O primei-ro era rápido, porém caro. O segundo tinha a vantagem da economia, mas era preci-so ter paciência para esperar notícias do parente ou amigo distante. A tecnologia evoluiu e nos anos 90 outros meios se popularizaram, como o fax e a internet. Muitas famílias então ‘virtualizaram’ para se adequar às diferenças de tempo e lugar e amenizar a saudade.

Telma Queiros foi uma das pessoas que desde cedo teve que conviver com a ideia dos filhos morando longe de casa e acompanhou de perto a evo-lução da comunicação, porque sempre precisou muito dela para ter notícias dos filhos. Ela conta que em 1991, com ape-nas 12 anos, a sua filha mais velha fez a primeira viagem para os Estados Unidos e en-tre idas e vindas ficou de vez no exterior.

“Nessa época as cartas de-moravam 15 dias para chegar de um endereço a outro. Lem-bro da chegada do fax e com a ajuda de amigos que tinham no trabalho eu e meu marido conseguimos ter notícias mais rápidas, até finalmente com-prarmos um, à prestação, de tão caro que era”, detalha Tel-ma, contando que posterior-mente a família adquiriu um computador e depois chegou a internet. “A maior alegria de todas foi quando começamos a usar e-mails e nem imagina-

va que com o contínuo avanço da tecnologia eu teria o prazer de falar via internet em tem-po instantâneo e ver através da webcam os meus filhos”, comentou.

Hoje, com todos os filhos (três) morando fora e ainda cinco netos, ela revela que as conversas on-line são constan-tes. Mesmo com a tecnologia a favor, Telma diz que no come-ço foi muito difícil lidar com a distância. “Muitas lágrimas e noites mal dormidas, agora tudo está mais fácil, menos dolorido, mas não consigo fi-car muito tempo longe deles. Atualmente, tenho ido duas vezes por ano visitá-los, ainda assim preciso recarregar as baterias da saudade quando volto e posso fazer isso graças à internet”, afirma.

Assim como a família de Telma, o aposentado Paulo Vamberto, de 64 anos, apren-deu a conviver com a saudade e usa programas de conversa instantânea para se comuni-car com a filha que está mo-rando na Holanda. Até as con-fraternizações em família são compartilhadas via internet. “A gente se fala quase todo dia e se vê através do Skype”, diz, revelando que não conhecia o programa, mas assim que tomou conhecimento dele procurou instalá-lo no com-putador.

“Às vezes a gente faz chur-rasco em casa no domingo e ela fica acompanhando de lá. A gente com a cervejinha e ela com o vinho”, brinca o aposentado. “Só o fato de ligar o computador e saber que a outra pessoa está on-line já

dá uma sensação que o outro está presente, é como se esti-vesse perto”, completa.

O arquiteto Ahned khaled, de 48 anos, teve uma experiên-cia um pouco diferente. Ape-sar de ser brasileiro, natural do Estado de São Paulo, há cerca de 30 anos ele vivia em Portu-gal, onde casou e teve filhos. Há sete meses, ele voltou para o Brasil por motivos de tra-balho e parte da família ficou na Europa: o filho mais velho, Daniel, de 28 anos, e a filha Gabriela, de 19 anos; enquan-to a esposa e outros dois filhos também vieram para o Brasil. Apesar da separação física, Khaled revela que frequente-mente entra em contato com a família pela internet e até faz reuniões ‘on-line’ para discutir assuntos familiares.

“Não é igual ao ‘ao vivo’ mas é uma forma de se comunicar e estar mais próximo. A tecno-logia tem esses benefícios”, diz Khaled.

Internet ‘encurta’ distância e serve para unir famíliasCada vez mais presente no cotidiano social, o ‘mundo virtual’ é

utilizado como ferramenta de comunicação entre familiares

TECNOLOGIA ALIADA. Equipamentos sofisticados permitem comunicação em tempo real entre pais e filhos

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Especialistas da área de psicologia alertam para a comodidade do uso da inter-net, que não pode substituir as relações afetivas de forma presencial. A psicóloga Alana Mendes diz que a rede on-line facilita, mas torna a relação “muito fria, seca, mesmo com a webcam”. Segundo ela, o ide-al é fazer o possível para inter-calar a internet com encontros ‘ao vivo’.

“Os jovens que crescem sem a presença dos pais ten-

dem a se tornar pessoas mais introspectivas, inseguras. A internet proporciona um cer-to alívio paliativo, mas camufla sentimentos”, aponta. Outra especialista, a psicóloga Nara Cristina Macedo, do Espaço Psicanalítico (Epsi), em João Pessoa, frisa que o contato virtual, apesar de importan-te, não “dá conta do afeto, das diferenças, porque pelo com-putador não existe a possibili-dade do olhar, do tocar, de ter uma ligação mais afetiva, com

calor humano”.Ela ressalta que um cartão,

um e-mail, a webcam jamais irão superar um abraço ou um beijo. “Os pais têm que ver a possibilidade de ir ao encontro do filho. Por mais que se pas-se anos morando no exterior, a nossa casa sempre vai ser o nosso lugar de origem, onde há as primeiras experiências de vida. Pais que estão longe dos filhos, mesmo tendo contato virtual, perdem etapas e fatos relevantes da vida deles”, expli-

ca a especialista.Para Nara Macedo, como

alternativa os pais também podem resgatar o hábito de escrever cartas, que ficou meio inutilizado. “É um ele-mento surpresa. A pessoa tem que ser criativa para diminuir a saudade, apesar que ela só é amenizada realmente no mo-mento da presença. Quando a distância ocorre, a saudade volta”, pondera, indicando que a cada encontro os familiares vivam plenamente.

Especialistas defendem equilíbrio

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Valéria Sinésio

A desativação da Operação Manzuá e a implantação do Batalhão de Polícia de Trân-sito (BPTran) tinha o objetivo de reforçar a segurança na Paraíba, combatendo o cri-me nas rodovias estaduais. O número de apreensões au-mentou, conforme relatório apresentado pelo BPTran.

A Região Metropolitana de João Pessoa, que antes contava com cinco postos fixos, agora tem apenas dois: um na PB-008, no litoral sul, e outro na PB-004, na saída de Santa Rita para Cruz do Espí-rito Santo. “Temos ainda dois traillers, que funcionam como postos fixos, sendo um em Cruz das Almas e outro em Pedras de Fogo”, explicou o capitão Edmilson Castro, co-mandante da 1ª Companhia de Policiamento Rodoviário. Com a extinção da Manzuá, apenas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) poderia atuar nas rodovias federais, o que explica a remoção dos postos da BR-101.

A missão da antiga Man-zuá era o combate ao crime nas rodovias. Com a implan-tação do batalhão, além do crime, os policiais também combatem irregularidades de trânsito. “Nos pontos instala-dos em Pedras de Fogo e Cruz das Almas trabalhamos em parceria com o Fisco Estadu-al”, frisou.

A escolha dos locais se deu por ser divisa dos estados da Paraíba com Pernambuco. “Já havíamos identifica-do alguns problemas nesses pontos, prin-cipalmente roubo de veículos”, revelou o capitão. Segundo ele, depois da insta-lação dos postos, o número de ocorrên-cias diminuiu.

As equipes dos traillers têm a mobilidade de se des-locar e realizar blitz em locais próximos. “No posto de Cruz das Almas a abordagem pode ser feita desde Caaporã a Pi-timbu”, disse. No de Pedras de Fogo, os policiais podem fazer abordagem no trecho que vai de Alhandra a Pedras de Fogo.

De acordo com o relatório apresentado pelo Comando de Policiamento Regional Metropolitano, de dezembro de 2010 a janeiro deste ano fo-ram registradas 145 ocorrên-cias, tanto nos postos móveis como nos fixos. A maioria dos registros foi de ocorrência de trânsito (80), seguida de trá-fico de entorpecentes (17) e porte ilegal de arma de fogo. No mesmo período foram registradas ocorrências de apreensão de veículos rou-bados, captura de fugitivos, sequestro, crime ambiental, contrabando, assalto à mão armada, dentre outros.

HISTÓRIA DA MANZUÁA operação Manzuá foi

criada em 1988, no governo de Tarcísio Burity, com o ob-jetivo de ‘cercar’ a Região Me-tropolitana de João Pessoa. Com o passar dos anos e o crescimento da área, a opera-ção passou a ficar sem sentido algum. “Quando foi criada, a Manzuá conseguia cumprir a determinação de colocar policiamento nas principais entradas e saídas da Região Metro-

politana”, declarou o oficial. A operação contava com 13 barreiras fixas.

DENÚNCIAS E CRISEPoucos anos se passaram

para que a operação Manzuá começasse a amargar a pri-meira crise de sua história. As denúncias de recebimento de propina por parte de alguns policiais logo se tornaram crescentes.

O aposentado Pedro San-tos (nome fictício), que mora em João Pessoa, disse que du-rante quatro anos viajava pelo menos duas vezes por mês ao Brejo paraibano, e nunca viu a Manzuá atuar efetivamente.

“No final da década de 90, os poucos policiais

que existiam no posto próximo à Pirpiritu-

ba, ficavam conver-sando e os veículos passando à von-tade. Não havia

fiscalização”, comentou .

O aposentado afirmou: “per-di as contas

de quantas vezes passava no posto e os policiais me pediam dinheiro para tomar um café. Eles reclamavam dos salários!”

Pelas denúncias recebidas na época, policiais recebiam dinheiro, lanches, feiras, pre-sentes diversos, etc. O capitão

Edmilson Castro, frisou que “o fato de policiais com desvio de conduta chegava ao nosso conhecimento e todas as de-núncias eram apuradas, mas acredito que eram casos iso-lados”, frisou.

Para o capitão, as denún-

cias repercutiram de forma a macular a imagem da ope-ração Manzuá de forma irre-versível. “Esses fatos isolados não podem abafar toda a con-tribuição dada pela operação Manzuá à Segurança Pública da Paraíba”.

Segurança nas estradas da PBDesativação dos postos fixos da Operação Manzuá alterou a forma de policiamento realizada nas rodovias estaduais pela PM

ESTRADAS. Através de ações fixas e volantes, homens do Batalhão de Policiamento de Trânsito assumiram a missão de fiscalizar rodovias

Para alguns motoristas, os postos físicos da operação Manzuá, mesmo ineficientes, passavam a sensação de segu-rança nas estradas. “Quando viajava e passava em algum posto da Manzuá me sentia bem mais seguro. Hoje em dia a situação é muito diferente. A gente viaja do Litoral ao Sertão e não encontra praticamente nenhuma fiscalização nas es-tradas”, destacou o contador Geraldo Costa Abrantes.

O comerciante João Batista Dias também se diz contrário ao fim da operação Manzuá. “Era uma segurança que nós motoristas tínhamos nas ro-dovias”, opinou. “Meu irmão

se livrou de um assalto gra-ças aos policiais da Manzuá. Ele estava em um veículo de transporte alternativo, onde vinham também dois rapazes armados de revólveres. Os poli-ciais pararam o carro, evitando o assalto”, contou.

Já o capitão Edmilson Castro explicou que nos últi-mos anos, a Manzuá passava apenas uma falsa sensação de segurança. “A população sentiu porque os postos físi-cos saíram, mas é preciso en-tender que a operacionalidade que temos hoje é bem maior”, frisou. O capitão chamou a atenção para o fato de que, da mesma forma que o cidadão

sabia que havia um posto em determinado local, o bandido também tinha conhecimento e desviava o caminho.

O comandante da 1ª Com-panhia de Polícia de Trânsito Urbano, major Gerson Lima, considera que a substituição da Manzuá pelo BPTran repre-sentou uma melhora signifi-cativa. “Destaco a unidade de procedimentos. Antes tínha-mos companhias e cada uma tinha seu comandante, sua filosofia e divergia nos proce-dimentos técnicos”, afirmou. “Com a mudança, temos a uni-dade no entendimento. O que se faz em João Pessoa se faz também no interior”, explicou.

“Eu me sentia mais seguro”

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Nathielle Ferreira

Desde que nasceu, o pe-q u e n o L u i z Felipe já cha-mava atenção pela inquie-tude. Quan-

do ainda nem sabia andar, já rolava na cama, engatinhava pela casa e mexia em tudo que encontrasse pelo caminho. O tempo passou e a agitação só aumentou. Na escola, o meni-no não conseguia se concen-trar na aula. Vivia brincando

com os colegas e despertando a preocupação dos professores.

Não demorou muito e veio a descoberta: Luiz Felipe so-fria do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperativi-dade (TDAH), um problema que altera o comportamento, interfere na aprendizagem e compromete até a vida social das crianças. Cerca de 5% das pessoas com menos de 12 anos de idade apresentam o trans-torno, segundo estimativa da Associação Brasileira do Déficit de Atenção.

De causas neurológicas e

biológicas, o transtorno é mais comum na infância, porém costuma acompanhar a pessoa até na fase adulta. Os princi-pais sintomas são desatenção, inquietude e impulsividade e as consequências são tão nocivas que o distúrbio já foi reconhe-cido oficialmente pela Organi-zação Mundial da Saúde (OMS) como um grave transtorno de comportamento.

De acordo com a Associa-ção Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH acomete principalmente os meninos, que acabam sendo taxados

pelos adultos como crianças agitadas e impulsivas. Eles permanecem o tempo todo em movimento, mexem em tudo, são inquietos e falam de forma exagerada. Sentem dificuldade em manter a atenção em ativi-dades longas, repetitivas ou de-sinteressantes. Ainda se distra-em com facilidade e, na escola, cometem erros básicos, como a omissão de sinais ortográfi-cos, a exemplo de ponto final, acentos e vírgulas.

O esquecimento constante é outra característica do trans-torno. Como a atenção é algo necessário ao bom funciona-mento da memória, as crian-ças com TDAH costumam não lembrar de compromissos e nem de onde deixou os obje-tos. Por isso, perdem com fre-quência material escolar e não recordam do conteúdo que es-tudou na véspera da prova.

Apesar de acometer prin-cipalmente crianças, o TDAH também interfere na vida adul-

ta. O professor de Pedagogia da Universidade Federal da Para-íba, Jorge Eduardo Lopes, pos-sui doutorado em Educação e experiência em alfabetização de jovens e adultos. Ele conta que já detectou o problema até entre estudantes de curso superior. No entanto, destaca que o distúrbio é mais comum na educação básica e não está associado diretamente com a idade.

“Principalmente em cida-des do interior, onde a assis-tência à saúde ainda é muito deficitária, a gente vê muitos estudantes com 15 e 16 anos, dividindo a mesma sala de aula com outros alunos com 8 anos. Quando a gente observa direito, percebe que esses alu-nos mais velhos têm déficit de atenção e não conseguem assimilar os conteúdos minis-trados”, analisou.

Hiperatividade não é 'manha'Transtorno do Déficit de Atenção é um problema que altera o comportamento e compromete até a vida social das crianças

Quando chegava da escola, o hábito preferido de Luiz Fe-lipe era pular em cima do sofá da sala. “Eu vivia reclamando e mandando que ele parasse com isso. Explicava direitinho que não podia pular, mas não tinha jeito”, lembra a mãe do garoto, a dona de casa Auri-nézia Lopes de Andrade.

O que a jovem não sabia é que a impulsividade e a inquie-

tude são as principais caracte-rísticas do TDAH e que o trans-torno ainda leva os portadores a desobedecerem regras e limi-tes. Sem tratamento, as crian-ças e adolescentes crescem com o transtorno e se tornam adultos com dificuldades em cumprir obrigações do traba-lho e da vida social.

Os portadores frequente-mente desenvolvem ansieda-

de e depressão e podem até se envolver com drogas lícitas e até ilícitas. Seis em cada dez crianças que desenvolvem o TDAH chegarão na vida adul-ta ainda com alguns dos sin-tomas do distúrbio, informa a Associação Brasileira de Deficit de Atenção.

Pais precisam ficar em alerta

INQUIETUDE. Por vários anos, Aurinézia não sabia que o filho tinha TDAH

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Continua na Página 15

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Nathielle Ferreira

Em João Pessoa, as crianças e adolescentes com déficit de atenção recebem tratamento no Centro de Atenção Psicos-social (Caps) Infanto Juvenil Ci-randar, que funciona em frente ao Parque Arruda Câmara, no

bairro de Tambiá. Segundo a assessora técnica da Coorde-nação de Saúde Mental da Se-cretaria Municipal de Saúde, Isabel Duarte, existem atual-mente 280 pessoas assistidas pelo serviço. “São crianças e adolescentes que apresentam diversos transtornos, entre eles, o déficit de atenção. No Caps Infantil, recebem acom-panhamento psicológico, so-cial e médico”, explicou.

A diretora do Caps, a psicó-loga Mariana Montenegro Lei-tão, explica que o tratamento é feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissio-nal e com uso de medicamento proposto por psiquiatra. Pais e professores da criança tam-bém recebem assistência.

“O distúrbio pode ser cau-

sado por problemas familia-res, como alto grau de discór-dia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo. Mulheres que tive-ram complicações no parto e que acabaram causando sofri-mento fetal têm mais chance de terem filhos com TDAH”, explica.

Foi no Caps que o pequeno

Luís Felipe conseguiu driblar os efeitos do TDAH. Há um ano, ele faz tratamento e já apresentou uma melhora evi-dente até aos olhos dos mais incrédulos. “Hoje, meu filho é mais calmo e tranquilo. Con-segue sentar para assistir uma televisão, em paz, por exemplo, uma coisa que não acontecia no passado. Todo mundo nota que ele é outra criança. Até as notas na escola melhoraram muito e, agora, só tira oito e

nove e mostra que é um me-nino inteligente”, comemora a dona de casa e mãe do garoto Aurinézia Lopes de Andrade.

CAUSAS As causas da doença po-

dem ser orgânicas e compor-tamentais. Estudos já com-provaram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal, uma área res-ponsável pelo funcionamento da memória e pela capacidade de controlar comportamentos

inadequados.Além disso, a hereditarie-

dade contribuiu com a ocor-rência dos casos. Famílias de portadores de TDAH possuem mais chances de terem outros parentes afetados. Segundo a Associação Brasileira do Défi-cit de Atenção, filhos de pes-soas com o transtorno têm até dez vezes mais predisposição de também apresentar o trans-torno, em relação ao resto da população.

Caps atende pacientes em JPCrianças e adolescentes com déficit de atenção recebem tratamento no Centro de Atenção Psicossocial, no bairro de Tambiá

Sintomas em crianças e adultos

Hiperatividade, déficit de atenção e impulsividade; desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual;

Não leem a pergunta até o final e já respondem de imediato; apresentam dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam;

Dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia a dia; dificuldade para eleger prioridades; costuma viver sobrecarregado, com atividades pendentes;

Assumem vários compromissos diferentes e não sabe por onde começar; precisam ser lembrados pelos outros sobre o que têm para fazer.

Hereditariedade contribui com

a ocorrência de casos. Portadores têm alteração na

região frontal

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Angélica Nunes

Após um processo com-petitivo de ingresso à univer-sidade, enfim chega para mi-lhares de ‘feras’ o momento de iniciar a vida acadêmica. Entre livros, avaliações perió-dicas e uma puxada rotina de estudos, muitos têm à sua dis-posição uma série de serviços, como bibliotecas, restauran-tes, residência universitária, tratamento médico-hospita-lar. Entretanto, grande parte deles não sabem disso.

A partir de amanhã, novos e velhos alunos se misturarão nos corredores e espaços co-muns da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), instalados em diversos campus do Esta-do. Para facilitar a vida desses estudantes, as universidades públicas mantêm programas e serviços de atenção ao aluno, auxílio alimentação, moradia, saúde ou ainda uma bolsa de estudos para alunos carentes.

É o caso do estudante do 4º período do curso de Con-tabilidade da UFPB, Jefferson Fúlvio, 26 anos, natural de Ita-baiana. Como não tem condi-ções financeiras de arcar com as despesas de morar em João Pessoa no período acadêmico, o aluno se inscreveu e foi se-lecionado para morar na Re-sidência Universitária de João Pessoa.

Além disso, Jefferson Fúl-vio conta que faz as três re-

feições na Restaurante Uni-versitário, aulas de aeróbica e musculação com professores do Departamento de Educa-ção Física, utiliza diariamente a Biblioteca Central, além de usufruir dos serviços médicos, hospitalares e odontológicos fornecidos pelas equipes do departamento de saúde da universidade.

“O café é servido dentro da Residência Universitária, que é muito boa e deve melhorar ainda mais após a reforma. Aproveito tudo o que está à minha disposição. Dificilmen-te poderia contar com tantos serviços gratuitos”, disse.

Apesar de usufruir de tudo o que é oferecido pela universidade, Jefferson Fúlvio confessa que é uma exceção dentro do universo de estu-dantes que frequentam o lo-cal. “Muitos não procuram os serviços simplesmente porque desconhecem que ele existe. Para mim é mais fácil porque moro aqui”, afirma.

É o caso do 'fera' do curso de Contabilidade da UFPB Yuri Ataíde, 21 anos. Ele conta que não faz ideia do que a uni-versidade tem a oferecer, além das aulas e do diploma ao fi-nal do curso. “Esperava que ao fazer a matrícula eu ia rece-ber algum material informa-tivo explicando sobre como funciona a universidade, que serviços são oferecidos aos estudantes, mas só recebi um

papel com as grade de estudos para o semestre”, afirma.

SERVIÇOSNo site oficial da UFPB

(www.ufpb.br), o estudante tem acesso a informações bá-sicas a respeito do funciona-mento de alguns serviços. A Coordenação de Assistência e Promoção Estudantil (Coape), órgão ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comu-nitários (Prac), é responsável por estabelecer e gerenciar a política da UFPB na área de promoção e assistência ao discente.

A coordenadora do Coape, Ilka Maria Lima de Araújo, disse que o objetivo é assegu-rar aos estudantes os meios necessários ao pleno desem-penho acadêmico.

A Residência Universitária é destinada, exclusivamente, a estudantes de curso de gradu-ação carentes, visando o apoio às suas atividades acadêmi-cas. Segundo a assessoria da UFPB, até o dia 14 de março, será realizado o processo de seleção para o preenchimento de vagas na 'Residência Uni-versitária Mista - Casa Cam-pus', 'Residência Universitária Feminina Elizabeth Teixeira de Melo' e para 'Auxílio Mo-radia', para o período letivo 2012.1 para alunos de cursos presenciais da graduação da UFPB, que não conseguirem vagas nas residências univer-sitárias.

Começa a vida acadêmicaMuitos estudantes que iniciam amanhã as aulas na UFPB e na UEPB desconhecem os serviços oferecidos pelas instituições

Os alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) retornam às aulas também amanhã. Uma boa parte dos estudantes ingressa na uni-versidade sem saber qual o be-nefício que poderia auxiliá-lo durante sua vida acadêmica.

Para não perder as opor-tunidades, o aluno deve estar sempre de olho no site da uni-versidade (www.uepb.pb.gov.br), pois é lá que a instituição divulga os editais informando sobre as inscrições para cursos e serviços disponibilizados pela instituição.

Inicialmente, a UEPB ofere-ce o Programa de Residência,

o Restaurante Universitário e o Restaurante Popular em todos os campi. Além de bol-sa manutenção e uma bolsa transporte.

Já a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), cujas aulas foram iniciadas no último dia 27 de fevereiro, oferece o Restaurante Univer-sitário, a residência e uma bol-sa auxílio.

De acordo com o coorde-nador do Apoio Estudantil da UFCG Antônio Gláucio, quase três mil alunos se inscreveram no último ano para receber o auxílio da bolsa de R$ 250,00 mensais e as inscrições para o

semestre 2012.1 ocorrerão até o dia 9 de março. “Este ano o número de bolsas vai subir para duas mil, mas os inscri-tos passarão por uma seleção onde os que apresentarem maiores carências serão con-templados”, afirmou o coor-denador.

Francisco Luciano Sarai-va de 20 anos, está cursan-do Meteorologia na UFCG e mora em pensionato. Ele afir-ma que a família ajuda, mas ainda precisa de um auxílio e vai se inscrever na bolsa. “Eu vou procurar um auxílio, pois eu preciso de ajuda para me manter aqui”, afirma.

Alunos devem estar atentos

BENEFÍCIOS. Estudantes da UFPB têm direito a vários programas que facilitam a vida universitária

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Bem-EstarValéria Sinésio

O sorriso é um poderoso cartão de visitas que todas as pessoas podem ter. Dentes bonitos e bem tratados são in-dispensáveis para quem preza pela boa aparência, além de ser um sinal de cuidado com a saúde. Para garantir o sorriso bonito e o hálito puro, a odon-tologia estética tem investido em modernos equipamentos para satisfazer as exigências do público.

Dentre os vários proce-dimentos oferecidos, o cla-reamento dentário é um dos mais procurados. Segundo o dentista Marcelo Paiva, a téc-nica pode ser realizada no con-sultório odontológico ou de modo caseiro, supervisionado pelo profissional de odontolo-gia. “As substâncias presentes no agente clareador penetram na estrutura dentária, transfor-mando substâncias escuras em outras mais claras”, explica.

Todavia, é preciso lembrar que nem todas as pessoas podem se submeter ao clare-amento dentário. As contrain-dicações, conforme Paiva, são para as grávidas ou lactantes; pacientes com alguma sensi-bilidade dental; e crianças ou adolescentes que ainda não têm dentes permanentes. Pa-cientes com histórico de cân-cer podem realizar o tratamen-to, mas precisam de atenção especial.

Também é importante destacar que o clareamento dentário implica restrições alimentares. “Após a realização do tratamento, o paciente deve evitar a ingestão de alimentos

que contenham pigmentos”, explica o dentista Marcelo Paiva. Entende-se por esses ali-mentos: café, vinho tinto, açaí, refrigerantes com corantes, sucos coloridos, molho, chá

preto, etc. “Além disso, o paciente

deve evitar o fumo e o uso de batom”, afirma. As restrições são temporárias. O dentista explica que o clareamento den-

tário não é prejudicial ao den-te, pois não há desgaste e nem enfraquecimento da estrutura dentária.

O clareamento dentário é apenas um dos muitos pro-

cedimentos estéticos que ga-rantem um sorriso bonito. “A odontologia estética oferece várias opções de tratamento, como as restaurações esté-ticas, laminados e coroas de porcelana pura, dentre outros”, afirma o dentista. De acordo com Paiva, é preciso analisar cada paciente para indicar qual o melhor procedimento para suas necessidades.

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Moda do Oscar é vitrine no mundo da alta costura

Estilo 1

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BELEZA. Técnica de clareamento dentário é bastante utilizada, mas implica algumas restrições alimentares durante a realização do tratamento

Tratamento estético garante sorriso perfeitoTecnologias cada vez mais avançadas auxiliam na restauração e reconstrução de dentes

A estética odontológica avançou também nos im-plantes dentários. Segundo o especialista em implantodon-tia, Diogo Barreto Menezes, “nos últimos anos, a pesquisa científica envolvendo os im-plantes alcançou resultados satisfatórios com o intuito de instituir protocolos bem estabelecidos e confiáveis a serem disponibilizados para os pacientes”.

Conforme o odontólogo, os implantes curtos foram desenvolvidos com a inten-ção de evitar grande parte dos enxertos ósseos, propi-ciando ao paciente menor desconforto, maior rapidez no atendimento e diminui-ção dos custos envolvidos na reabilitação.

Implantes estão mais precisos

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Linha direta com a coluna: [email protected]

João Modesto Filho

Saúde

SMARTPHONES PARA CONTROLE DA DEPRESSÃO

Os futuros smartphones poderão servir para tratar a de-pressão, detectando o momento em que uma pessoa se sente triste e animando-a a sair desse estado. Isso é o que aponta pesquisa americana desenvolvida na Northwester University Feinberg School of Medicine que investiga tecno-logias virtuais moveis com internet como ferramenta para tratar depressão e outros transtornos do estado de ânimo, em conjunto com o tratamento clássico. Projetos similares buscam evitar as sessões semanais de terapia para adotar novas aproximações que proporcionem ao paciente ajuda imediata e acesso a uma população mais abrangente.

Além disso, isso seria de muita utilidade para aqueles que não têm condições de aceder aos serviços tradicionais, pois teria baixo custo, ou para quem se sente incomodado

com a psicoterapia usual. Basicamente, o telefone móvel (celular) detecta sin-tomas de depressão utili-zando dados de sensores para interpretar o lugar onde a pessoa se encon-tra, seu nível de atividade, seu contexto social e seu estado de ânimo. Essa tec-

nologia se chama mobilyze, está sendo testada num grupo piloto e parece ajudar a reduzir os sintomas da depressão em tempo real.

Outro grupo americano da University of Southern Cali-fornia trabalha no protótipo do Humano Virtual Programa-ble cuja missão, além de tratar a depressão, seria ensinar habilidades sociais e assertividades para adolescentes e adultos. Essa tecnologia poderá ser especialmente útil para crianças que apresentam resistência a ir ao psicólogo.Outro projeto está sendo testadoe tem por fi nalidade aju-dar cancerosos a controlar o estresse e a depressão com a participação de colaboradores. Para tanto, se utiliza uma rede social fechada e um ambiente de aprendizagem onde os pacientes se ajudam uns aos outros. Vamos aguardar as novas etapas dessas linhas de pesquisa e saber da sua real utilidade.

Essa tecnologia poderá ser especialmente útil para crianças que têm resistência em ir ao psicólogo

Desde alguns anos vem sendo debatido seriamente a prescrição de antidepressivos para crianças, pois alguns estudos parecem indicar um risco aumentado de suicídio nesses indivíduos. Entretanto, um novo estudo americano publicado há poucos dias na revista médica The Archives of Genneral Psychiatry sinaliza que isso pode não corres-ponder a realidade. Nesse estudo, os autores reestudaram quatro ensaios clínicos sobre a administração de fl uoxetina em crianças e adolescentes e mostraram que não há uma relação signifi cativa entre este tratamento e idéias e com-portamentos suicidas na faixa etária de 7 a 18 anos.

USO DE ANTIDEPRESSIVO NA INFÂNCIA

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USO DE ANTIDEPRESSIVO NA INFÂNCIA II

Afi rmam, ainda, que nenhum estudo até hoje provou uma relação de causa e efeito entre um antidepressivo e o risco de suicídio. De qualquer forma, e segundo autorida-des da área, não é aconselhável prescrever um antidepres-sivo em primeira intenção a uma pessoa de menor idade, notadamente em razão de efeitos indesejáveis desse tipo de medicamento, o qual pode apresentar risco cardíaco, dores de cabeça, insônia, desinibição, etc.

USO DE ANTIDEPRESSIVO NA INFÂNCIA III

Mas, esse novo estudo não está livre de críticas, pois, cientifi camente não é aconselhável integrar, numa mesma amostra, jovens de 7 a 18 anos. Afi nal, crianças e adoles-centes têm comportamentos e respostas muito diferentes aos tratamentos e cada um pode reagir de maneira dife-rente à doença. Nos idosos, a depressão é um fator de ris-co maior para o suicídio, mas no adolescente o conjunto é muito mais complexo e os fatores individuais psicológicos e ambientais são predominantes.

FATORES GENÉTICOS INFLUENCIAM NA ALTURA FINAL

A altura de uma pessoa é resultado da combinação de vários genes (herança poligênica) oriundos de seu pai e de sua mãe. Em geral, temos 50% de chance de ter uma altura semelhantes à do pai ou da mãe, irmãos têm 50% de fi ca-rem com alturas semelhantes e apenas 25% de semelhan-ça pode ser esperado em relação a altura de avós e tios. Em gêmeos monozigóticos (idênticos), cuja carga genética é a mesma, a altura fi nal será praticamente igual, desde que ambos passem pelas mesmas condições ambientais ao longo do período de crescimento. Mas, se um deles tiver algum problema nutricional ou alguma doença crônica, ele poderá perder altura e fi car mais baixo em relação ao outro que não enfrentou condições desfavoráveis.

Da EP News

Discreto e destrutivo. Essa combinação de características faz do câncer de intestino uma doença perigosa, que merece atenção e cuidados rotineiros. No Brasil, esse tipo de câncer figura entre os dez casos mais comuns e, de acordo com a

Associação Brasileira de Pre-venção ao Câncer de Intesti-no, é o terceiro como causa de mortes. Apesar dos números, as políticas de prevenção e a divulgação de informações para esse tipo de câncer ainda são insuficientes.

Diferente de outros tipos de neoplasia, o câncer de in-

testino, ou câncer de cólon – como também é denominado, possui grande influência do fator genético. Por isso, uma das formas de prevenção da doença é informar-se sobre o histórico familiar. “Indivíduos com histórico de câncer ou pó-lipos intestinais adenomato-sos na família devem começar

os exames de prevenção mais cedo”, afirma Amândio Soares, diretor da Oncomed Bh.

Outro grupo de risco são os indivíduos portadores de infla-mações no intestino, como a colite ulcerativa ou a doença de Crohn. Nesses casos, é co-mum que as áreas afetadas do cólon apresentem células com desenvolvimento anormal, que podem evoluir para células cancerosas.

PREVENÇÃOApesar da forte influência

genética, a doença não se li-mita a esses grupos. Por esse motivo, é importante a adoção de alguns hábitos para preve-nir o câncer de cólon. “Ingerir menos gordura saturada e be-bidas alcoólicas, comer mais fibras, abandonar o cigarro e praticar exercícios físicos são importantes formas de pre-venção”, recomenda Dr. Amân-dio. Segundo a Associação Bra-sileira de Prevenção ao Câncer do Intestino, o consumo de ali-mentos contendo substâncias químicas em excesso, como conservantes e corantes, tam-bém facilita o aparecimento da neoplasia.

DETECTANDO A DOENÇAA maior parte dos casos

de câncer de intestino ocorre a partir dos 50 anos, mas o risco de desenvolver a doença aumenta a partir dos 40, po-dendo ocorrer, inclusive, em pessoas ainda mais jovens. Geralmente, os sintomas apa-recem quando a doença já está em fase mais avançada. Quan-to mais cedo a neoplasia for detectada, maiores as chances de cura, portanto, é importan-te procurar um especialista caso apareçam os sintomas:

•Sangramento pelo ânus;•Presença de sangue nas

fezes;•Mudança no hábito in-

testinal (diarréias, prisão de ventre);

•Vontade frequente de ir ao banheiro, com sensação de evacuação incompleta;

•Cansaço, fraqueza e ane-mia;

•Dor ou desconforto abdo-minal;

•Perda de peso sem causa aparente

Câncer de intestino ésilencioso e agressivoDoença é perigosa e merece cuidados rotineiros na alimentação. Maior incidência de casos é a partir dos 50 anos RISCO. Casos de câncer na família aumenta incidência da doença

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Planejamento é ponto de partida para um bom negócio

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Rafaela Porto

Todos os anos, mulheres do mundo inteiro e especialistas na área de moda aguardam a glamourosa noite de entrega do Oscar para saber o que será tendência no famoso Red Car-pet (ou tapete vermelho).

Os modelos eleitos pelas atrizes para a ocasião, conse-quentemente, se tornarão re-ferência quando o assunto for 'moda festa' nos nossos salões de todo o planeta. E por aqui não é diferente, claro. Na noi-te da festa, artistas como An-gelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Jennifer Lopez e muitas outras divas do cinema desfilam os vestidos das grifes mais dese-jadas - e caras - do mercado mundial.

Na opinião da jornalista e especialista em moda, Agda Aquino, não é à toa que reno-mados estilistas e grandes gri-fes lutam para ter um famoso ou famosa usando seus trajes de gala em uma das cerimônias mais importantes do cinema.

“Mas a noite do Oscar não é a única que mostra tendên-cias. O Grammy também dita suas possibilidades, mas é, sem dúvida, o evento mais esperado neste sentido”, ressaltou Agda, que também é professora uni-

versitária e blogueira do Moda com Conteúdo.

Segundo a especialista, os modelos que desfilam pelo Ta-pete Vermelho são o que há de mais luxuoso na indústria da moda hoje, porém, é necessária

a relação entre os artistas que vestem as peças e as marcas que as produzem.

“As tendências não surgem ali. Surgem bem antes, nos

ateliês dos estilistas, na alta--costura, nos grandes eventos de moda, e quando chegam ao Oscar se tornam vitrine para a moda mundial. No dia seguin-

te, todos as revistas e progra-mas de entretenimento de tele-visão estão abordando o tema”, comenta Agda.

O brilho do Tapete VermelhoAlém de premiar os filmes mais importantes do ano, a cerimônia do Oscar também é super vitrine para o mundo da alta costura

RED CARPET. Rooney Mara, no Oscar: o que há de mais luxuoso na moda

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“As tendências não surgem ali.

Surgem bem antes, nos ateliês

dos estilistas, na alta-costura,

nos grandes eventos de moda"

Quem acredita que a pro-dução para "aquela festa" aca-ba quando escolhemos o que vestir, certamente nunca viu uma mulher desesperada, procurando uma opção para a pele e as madeixas. Veja as produções de beauté que as celebridades usaram durante a festa do Oscar, em Hollywood, e agarre a oportunidade de lis-tar o que é tendência para as formalidades de 2012.

Nos tons de loiro claro claríssimo acinzentado e os ruivos mais próximos de uma tonalidade natural, os cortes chanel e bob cut, os rabos de cavalo baixos, com gel em divisão de lateral ao estilo masculino, e os mais longos em penteados de um lado só, trouxeram sofisticação e estilo à produções.

Quanto a maquiagem, as divas optaram pelo combo pele com acabamento perfeito e luminosidade balanceada, e o mínimo de exageros. No ba-tom elas apostaram mesmo no bom e tradicional verme-lho. Para os olhos, diversos tipos de delineados, inclusive o estilo 'gatinha', desfilado por Angelina Jolie por exemplo.

No geral a dica é dosar en-tre o pessoal e a tendência e subir no salto em grande es-tilo durante a passagem pelo

tapete vermelho da ocasião . (Especial para o JP)

Penteados e makes também são destaque na premiação

DELINEADOS. Angelina Jolie apostou no estilo 'gatinha' para os olhos

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Rafaela Porto

O JORNAL DA PARAÍBA convidou especialistas no tema 'Moda & Oscar' para fa-zer um resumo do que acon-teceu no palco hollywoodia-no em 2012, trazendo opções para você se inspirar no que vestir entre os bailes de gala da Paraíba, sem medo de errar.

Em conversa com o esti-lista Ary Rodrigues, que atua no mercado da ‘moda festa’ há 13 anos e é reconhecido não só no Brasil, mas também em Portugal e Paris, ele comentou que sua percepção do Oscar 2012 foi uma das melhores em relação a anos anteriores. Na sua avaliação, a beleza dos tons claros fez toda a diferen-ça nesse espetáculo.

Dentre os modelos que considera mais deslumbran-tes estão o bicolor Marchesa vestido por Sandra Bullock, a união entre o romantismo e a femilinidade ao optar por Zac Posen em tom de verde de Maria Lúcia Hohan e ainda os tecidos em tons claros da atriz Kristen Wiig, que vestiu J.Mendel, enfatizando ainda mais a onda de romantismo presente no evento.

Outra produção em grande estilo que chamou a atenção do paraibano foi o da atriz e cantora Jeniffer Lopes, do es-

tilista libanês Zuhair Murad que arrancou suspiros e trou-xe ainda mais sensualidade ao modelo justíssimo e decotado, com mangas longas, outra grande aposta para este ano.

Segundo Ary Rodrigues, o tom nude que se destacou

foi o de Giuliana Rancic, que vestiu Tony Ward trazendo o estilo contemporâneo com aplicações em cristais.

O estilista comentou que o modelo Tom Ford branco vestido pela atriz Gwyneth Paltrow, trouxe sobriedade à

apresentação da atriz. “Há algumas edições, a

aparição dos vestidos bran-cos tem sido constante e tra-zem um ar de imortalidade às divas”, continuou o artista paraibano, que atualmente é o estilista exclusivo da cantora Elba Ramalho e veste, entre as celebridades, Mayana Neiva, Preta Gil, Cristianne Torloni e Sabrina Satto.

De acordo com Ary Rodri-gues, todos os modelos podem ser muito bem utilizados no circuito de festas sociais da Paraíba, considerando que cada modelo é desenvolvido por um profissional que impri-me o estilo pessoal de quem vai usá-lo.

Para o estilista, a renda francesa com efeitos metali-zados, além dos tules que tra-zem leveza, são detalhes que garantem sucesso a uma boa produção.

A jornalista especialista em moda, Agda Aquino, acre-dita que os vestidos 'total whi-te' foram o destaque da noite. Segundo ela, esta tendência já está presente em várias co-leções e agora chega às peças de gala. Simples, clássica e chi-que, a cor apareceu por exem-plo no figurino de Sofia Verga-ra, Gwyneth Paltrow, Dita Von Tesse, Mila Jovovich, Rooney Mara, Octavia Spenser.

Tons claros dominam

a festa do Oscar 2012Especialistas comentam os modelitos usados durante a premiação, domingo passado

PRESENÇA. Ary: vestidos brancos trazem ar de 'imortalidade' às divas

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Mas segundo Agda Aqui-no, a mulher brasileira não tem a tradição de usar branco em festas formais, principal-mente em casamentos, que na nossa cultura é conheci-do como algo deselegante. Entretanto, segundo a espe-cialista em moda, o branco e o off white estão liberados e vão aparecer nas formatu-ras e outras festas durante um bom tempo. "Já que eles combinam com o nosso cli-ma e com a pele bronzeada das nossas mulheres” disse a especialista e blogueira do Moda com Conteúdo.

Para Agda, os vestidos vermelhos, figurinhas ca-rimbadas na festa conforme muitos esperavam, não trou-xeram muitas novidades. O destaque ficou por conta da atriz Natalie Portman, com um vestido vintage tomara que caia vermelho de poá preto, original da coleção de 1954 da marca Dior. “Uma verdadeira peça de museu”, disse Agda, que aposta no estilo vintage, peças que mar-caram outras épocas e volta às ruas.

Brasileira não tem tradição com o branco

MODA. Agda aposta no 'vintage'

Linha direta com a coluna: [email protected]

ExageradaEliz Monteiro

Hipercultura é o tema da nova coleção de inverno da marca City Shoes, uma tendência que retrata claramente a forma como vivemos agora: informações surgindo a todo instante, sendo geradas e recebidas por diferentes meios e formas de comunicação, e num curto espaço de tempo. Um verdadeiro “tudo ao mesmo tempo agora”

Estilos, culturas e ícones diferentes e de origens distin-tas se misturam nos novos produtos da marca. “O ocidente caminha com o oriente; o exagero com o 'menos é mais', o supercolorido com a monocromia, o romântico com o rock ‘n’ roll, a simplicidade com o luxo”, conceitua a marca.

E na coleção de inverno da City Shoes essa mistura se re-vela através dos materiais. Estampas étnicas, animal prints, tramas, jutas, palha, couros metalizados, tecidos variados, couros vazados a laser, com aspecto natural, rústico e couro nobuck serão encontrados em suas sapatilhas, tênis, sandá-lias, fl ats (rasteiras, sapatilhas...) e botas.

As cores vão dos terrosos (terra, carmel, opalla, fox e rato), passam pelos coloridos (royal, uvita, cosmos, esmeral-da, mostarda, boca e roxo), e chegam até os acinzentados. Outra novidade da coleção de inverno são os saltos altos, que aparecem quadrados, grossos e mais elaborados.

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Pulsos em 'burgundy'

O tom burgundy (borgonha ou vinho), que é febre nos Estados Unidos e Europa, está ganhando cada vez mais adeptos na moda brasileira. No caso dos relógios, o burgundy tem a companhia do prata, dourado e rose gold.

A grife Marc by Marc Jacobs, por exemplo, acaba de criar uma combinação entre o vinho e o rose gold, que lembra a moda usa-da pela nobreza nos séculos pas-sados. As peças são sofi sticadas e supermodernas.

Fiuk para C&AParcerias entre lojas fast fashion, grandes estilistas e ar-

tistas virou moda mesmo. Mais uma tendência copiada dos ‘estates’. Agora, é a coleção masculina outuno/inverno da C&A que segue essa linha: todas as peças são assinadas pelo ator e cantor Fiuk (o fi lhote de Fábio Jr.).

Os looks, inspirados na personalidade e estilo do cantor, são compostos por camisetas, chapéus, cintos e lenços. O jeans segue com lavagem dark, variando do preto ao azul marinho, com modelagem skinny e slim. Passa lá pra con-ferir!

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Muitas mulheres odeiam a depilação. E o que elas fa-zem? Acabam recorrendo ao uso da lâmina. O problema é que muitas vezes a pele fi ca com manchas vermelhas e cheias de bolinhas. Uma sugestão para evitar (ou minimi-zar) esse desconforto é usar, antes da espuma depilatória, o óleo corporal. O produto ajuda a lâmina a deslizar melhor, irritando bem menos as suas pernocas. Fica a dica.

Sem pelos e sem irritação

Sommer na moda ExtraA nova coleção outono/inverno do Extra assinada pelo

estilista Marcelo Sommer já está nas lojas da rede desde a última quinta. Ao todo, são 20 peças com a forte pega-da urbana e rock'n'roll do estilista. Sommer também estará presente nas coleções namorados, primavera/verão e alto verão. "O Extra oferece uma moda democrática, acessível e com opções para toda a família, que é o público da marca”, explica Sidnei Abreu, diretor comercial do têxtil, no Grupo Pão de Açúcar.