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Avançar! Essa foi a res-

posta dos ba-tistas na última Assembleia da Convenção Ba-tista Brasileira em Aracaju, SE. Quando desafia-

dos a responder se vamos “recuar ou avançar?”, a resposta foi unâni-me: avançar sempre. O som das vo-zes do povo de Deus ainda ecoa em nossos ouvidos: avançar, avançar e avançar! Somos uma denominação de missão, que não recua em ne-nhuma hipótese. Mesmo com lutas e desafios estamos sempre focados no dever da missão recebida do Se-nhor Jesus: conquistar a Pátria para Cristo. Essa é a nossa história. Nossa paixão.

A visão de futuro dos batistas bra-sileiros, lançada e homologada na 93ª Assembleia da CBB, é continuar avançando dentro do plano estraté-gico de multiplicação de discípulos e igrejas mirando o ano 2020 como referencial. A visão Brasil 2020 tem como uma das metas principais mul-tiplicar o número de igrejas batistas para que tenhamos um índice médio nacional de uma igreja/congrega-ção para cada grupo de 10 mil ha-bitantes. A projeção é que em 2020 a população brasileira será de apro-ximadamente 210 milhões de pes-soas, segundo dados do IBGE. Isso significa que o ideal seria termos 21

mil igrejas e congregações naquele ano. Outra meta é atingirmos um percentual médio nacional de pelo menos 2% da população servindo ao Senhor numa igreja batista. Cer-tamente será um grande avanço para a obra e nos impõe um nível de comprometimento e ritmo de trabalho muito intensos. Tudo isso significa que precisamos orar muito mais e mobilizar todo o povo batista para avançar focado no mesmo ob-jetivo para a glória do Senhor Jesus. A visão da igreja multiplicadora será o nosso principal referencial estraté-gico de ação, fundamentada em seis pilares: oração, evangelização, disci-pulado, plantação de igrejas, forma-ção de líderes e ações de compaixão e relevância social.

Dentro deste mesmo plano de ação realizaremos este ano mais uma campanha de 100 Dias de Ora-ção. O tema desta nova campanha será a família. Vamos orar e mobilizar o povo de Deus para interceder pela família. É público e notório o movi-mento das trevas visando destruir a família. Já se fala em acabar com a comemoração do Dia dos Pais e das Mães nas escolas. Nossa campanha dos 100 dias começará exatamente no Dia das Mães no mês de maio e encerraremos com um grande ma-nifesto de oração em Brasília pela família. Você, sua família e sua igreja não podem ficar fora desta grande campanha de oração.

Quero também mencionar a mo-bilização que teremos em julho para semearmos a Palavra de Deus nos corações de muitos brasileiros e estrangeiros. Convido a todos para que se inscrevam numa das TRANS que realizaremos no mês de julho em vários lugares. É preciso semear em abundância o evangelho da gra-ça de Deus para alcançarmos uma grande colheita.

Desde o ano passado estamos com o programa na televisão “Seja Luz”, que vai ao ar todos os sábados, às 10h30, no Rio de Janeiro, pela BAND, e no domingo, às 14h30, pela Rede Boas Novas. Os programas também estão disponíveis no portal de Missões Nacionais, na internet. Estamos avançando e não podemos recuar. Nosso sonho é ampliar a vei-culação do programa para todo o Brasil. Precisamos de muita oração e apoio.

Mais uma vez expressamos nossa gratidão ao povo de Deus, que tem orado e sustentado esta grande obra chamada Missões Nacionais. Não te-nho dúvida de que você que acaba de ler este editorial está mobilizado conosco neste grande avanço para fazermos o maior número de discí-pulos até a volta do Senhor Jesus.

Em Cristo

Pr. Fernando Brandão Diretor Executivo

Avançar! Recuar, Jamais.

PALAVRA DO DIRETOR

1

Uma publicação da Junta de Missões Nacionais da

Convenção Batista BrasileiraAno LXVIII nº 261 Tiragem: 40.000

Abril a Junho de 2013

Direção ExecutivaPr. Fernando Brandão

Gerência Executiva de Comunicação e

MobilizaçãoPr. Jeremias Nunes

RedaçãoJornalista Responsável

Marize Gomes Garcia – DRT 25.994/RJ

Ana Luiza Menezes Tiago Pinheiro Monteiro

RevisãoAdalberto Alves de Sousa

ArteOliverartelucas

Nossa Missão: Conquistar a Pátria para Cristo.

Nossa Visão: Ser uma agência missionária

dinâmica e criativa, com excelência na gestão

missionária, voltada para servir às igrejas da CBB no

cumprimento da sua missão.

Endereço da Sede:Rua Gonzaga Bastos, 300

Vila Isabel - 20541-015 Rio de Janeiro – RJ

Telefax: (21) 2107-1818

Cartas e e-mails ..............................................................3

Gente que faz MissõesAmor pela obra impulsiona igreja a repetir visita ao CFC Sonho de Mãe .................................................................... 4

Testemunho “Sobrevivi porque Deus tinha planos para mim”........................ 6

Sempre OrandoAgenda de oração de Abril e Maio de 2013 ............................ 8

DestaqueFamília - Projeto de Deus ......................................................... 11

EspecialAVANÇA, BRASIL - Evangelizando por meio do esporte .......... 16

Clubinho Missionário100 Dias de oração ................................................................. 18

MobilizaçãoJesus Transforma ...................................................................... 20

Panorama Missionário Notícias do campo .................................................................. 22

História de ParceriasDeus mudou a nossa sorte ....................................................... 26

EntrevistaDeus vai usar este continente como nunca antes ..................... 28

A Grande Comissão A Amazônia brasileira e os povos indígenas, evangelização e responsabilidade social ................................ 31

ISSN 2316-6843

2

ÍNDICE

EDITORIAL

Neste espaço, publicamos comentários deixados em nossas redes sociais ou recebidos por cartas ou e-mails. Participe você também, enviando a sua colaboração.

Seja Luz na TV

Preciso externar e tornar pública a minha alegria e o renovo do orgulho de ser batista. O trabalho que os irmãos têm desempenhado é motivo de minhas orações. Parabéns ao querido pastor Fernando e a todos vocês pelo excelente trabalho desempenhado, em especial pelo programa Seja Luz – agora na Band. Acho que estamos no caminho certo. Contem com minhas orações.

Pr. Fabio AndradePor e-mail

Notícias

Agradeço por receber notícias do campo. Oro sempre por missões, principalmente, pelas fa-mílias dos missionários, e também por aqueles que recebem a Palavra de Deus.

Eliete Santos SilvaPor e-mail

Indígenas

Deus abençoe todos os missionários que evan-gelizam as tribos indígenas, e também os ir-mãos indígenas!

Regina SantosPelo Facebook

Na mídia

Maravilhosa a atuação do Espírito Santo de Deus na vida dos missionários, voluntários e de-pendentes químicos. Fiquei encantada com a reportagem que saiu na Globo sobre a atuação dos batistas nessa área. Toda a honra e glória a Deus! Que Ele cresça e que nós nos escondamos atrás da cruz de Cristo.

Karlla Débora Rodrigues de MouraPelo Facebook

CARTAS E E-MAILS

3

Quer usar sua vida para a glória de deus?

OpOrtunidades nãO faltam!

Aqui está mais uma edição de nos-sa A Pátria Para Cristo, especialmen-

te preparada para você. Em suas páginas encontrará, na matéria de capa, um perfil dos problemas vividos por famílias brasileiras, mostrando que há esperança e con-vocando você para se unir a nós nesta grande campanha de oração que dedicaremos às famílias, no período de 12 de maio (Dia das Mães) até o dia 19 de agosto. Confira na página 13 e junte-se a nós nos 100 Dias de Oração Impactando a Família.

Além desta grande Campanha, também convidamos você e sua igreja a participarem das 12 horas de clamor pelos povos indígenas, no próximo dia 19 de abril – Dia do Índio. Conheça mais sobre esta jornada de oração, assim como os motivos de intercessão pelos indígenas durante todo este mês, na página 8. Além disso, conheça o testemunho de Marcos Mayoruna – um rapaz que até com o tráfico esteve envolvido e que agora é visto pelo seu povo como um líder espiritual com atitudes cristãs, na página 6. O evangelho transformador o alcançou por meio do Pr. Eli Ticuna – nosso missionário indígena, que é também o autor do artigo da página 33. 

Além de orar, somos desafiados a agir para a expansão do evangelho e transformação da Pátria. Oportunidades não faltam. Na página 18 conheça o programa Avança, Brasil, que visa a evangelização por meio do esporte não apenas nos próximos eventos esportivos que teremos em nosso país, mas também durante todos os anos em nossas igrejas, alcançando as comunidades onde esta-mos inseridos.

Já na página 22 tenha informações sobre as Trans em 2013. Concentraremos esforços para alcançar o Piauí para Cristo, uma vez que é o estado com menor percentual de evangélicos do país, mas também teremos outras op-ções para participar desta mobilização, que tem abenço-ado milhares de vidas do Norte ao Sul e, principalmente, a vida dos que se apresentam como voluntários.  Aliás, o pastor Parrish Jácome, diretor executivo da União Batis-ta Latino-Americana (UBLA) é nosso entrevistado nesta edição, e  compartilhou que uma mobilização como as nossas Trans são responsáveis pela  expansão do evan-gelho em um país vizinho ao nosso. Confira na página 30.

Nosso desejo é que esta leitura seja bênção em sua vida e que você se sinta ainda mais desafiado(a) a viver para a glória de nosso Deus. Boa leitura e contamos com você!

Marize Gomes Garcia Gerente de Jornalismo Institucional

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Amor pela obra impulsiona igreja a

repetir visita ao CFC Sonho de Mãe

GENTE QUE FAZ MISSÕES

Pela segunda vez, um grupo de irmãos da Segunda Igreja Ba-

tista de Barra do Piraí (RJ) este-ve no Centro de Formação Cristã Sonho de Mãe, em Italva (RJ). Na primeira visita, os irmãos doaram uma máquina de costura indus-trial para ajudar no processo de profissionalização das alunas do CFC. A estada dos irmãos durou dois dias e teve o propósito de ca-pacitar as alunas para confecção de peças em “fuxico”, laços, tiaras e bijuterias em crochê, como ex-plicou a missionária Adriana Dias.

O grupo não doou somente tempo mas também todo o ma-terial necessário para a confec-ção das primeiras peças. A irmã Denise Cabral, da 2ª IB de Barra do Piraí, conduziu a oficina de ar-teterapia e afirmou que pretende ajudar mais vezes. Ela foi com a motivação de compartilhar o amor de Cristo e também foi im-pactada pelo testemunho de uma das alunas, que contou sobre o tempo em que viveu na cracolân-dia e o que Deus fez em sua vida. O mesmo aconteceu com Miriam Conceição de Souza, que após a experiência declarou: “Pude ver vidas transformadas pelo poder

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Grupo da 2ª IB de Barra do Piraí

de Jesus. A minha intenção era abençoar e acabei sendo abenço-ada. Saí totalmente diferente da maneira que cheguei”.

A ajuda da 2ª IB de Barra do Pi-raí ultrapassou os muros do CFC Sonho de Mãe. Eles também par-ticiparam de uma mobilização evangelística na cidade de Italva, organizada pelas missionárias do CFC. “Foi realizado evangelismo de porta em porta, distribuição de folhetos, e revistinhas evangelísti-cas em quadrinhos, além de uma grande programação infantil, que aconteceu em uma quadra de es-portes localizada na principal pra-ça da cidade”, contou Adriana, fe-liz pela ajuda dos irmãos da igreja.

“Essa viagem serviu para au-mentar meu desejo por missões. Quando saímos para o evangelis-

ção da última oficina de artete-rapia. “A presença dos irmãos da Segunda Igreja Batista de Barra do Piraí nos trouxe força e mo-tivação para a realização de um sonho que tínhamos: apresentar o coro do Sonho de Mãe para a cidade. Durante a apresentação de nosso coro na praça, pudemos cantar o que Deus tem feito na vida de nossas alunas. Foi mara-vilhoso! A presença do Espírito Santo durante todo aquele fim de semana foi muito forte e já es-tamos colhendo os frutos desse trabalho”, disse Adriana. Interce-da pelo Sonho de Mãe, para que mais parceiros sejam sensibiliza-dos a colaborar com o trabalho que as missionárias têm reali-zado, visando à recuperação de mulheres, que têm filhos e preci-sam ser libertas da dependência química.

mo, entregamos revistinhas so-bre a vida de Jesus e vimos vá-rias pessoas lendo nas calçadas, nas varandas das casas, na rua”, contou Amanda dos Santos, tam-bém impactada pelo trabalho re-alizado por sua igreja em Italva. Janaína Miranda participou das duas viagens para o CFC Sonho de Mãe, e compartilhou a lição de sua segunda visita: “Esta viagem foi uma confirmação de Deus para a minha vida. Tive a oportunida-de de trabalhar com evangelismo para crianças e pude perceber que, com todas as minhas limita-ções, Deus mesmo assim me usou e mostrou que para que Ele tra-balhe, basta que nós nos coloque-mos à disposição dele”.

Pouco antes da despedida, um agradável momento de risos e descontração marcou a realiza-

“Sobrevivi porque Deus tinha planos para mim”

TESTEMUNHO

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O indígena Marcos (Matasampé, no

idioma mayoruna) teve um encontro

com Cristo e agora vive para fazer com

que o Reino de Deus chegue até o seu

povo. Acompanhe seu relato sobre a

transformação que experimentou em sua

vida ao conhecer a Palavra de Deus.

“Sobrevivi porque Deus tinha planos para mim”

7

Antes do evangelho, minha vida era sem rumo. Aos 18 anos de

idade, eu me envolvi com drogas. Estive envolvido com o tráfico e fui chefe dos traficantes do Vale do Javari. Até que, um dia, trocamos tiros com traficantes de Rio Bran-co e três jovens morreram. Só eu sobrevivi porque Deus tinha planos para mim.

Eu precisava de muitas coisas, de um amigo que me falasse palavras boas. O pastor Eli Ticuna* chegou à minha aldeia, após 15 dias de via-gem com outros pastores, e pregou as Boas-Novas para nós. Ele me fa-lou de Jesus e eu queria conhecer o “Deus do Ticuna”, apesar de termos sido ensinados a adorar o deus--natureza. Pastor Eli foi até nós com meu tio e com meu outro irmão, Daniel Dunu Mayoruna, que ajudou como guia. Ele falou que Jesus podia mudar a história do povo mayoruna. Eu levantei a minha mão porque o desejo do meu coração era saber quem era aquele Jesus. Mas quando fui para o mato, questionei porque ele não falava a língua mayoruna. Às três horas da tarde, Jesus falou o idioma mayoruna. Ele usou um pas-sarinho que cantava “Jesus bedaboi-quidenec”, que significa: só Jesus é o caminho para a vida eterna. Quando ouvi, eu acreditei que Jesus existe e fala o idioma mayoruna.

Quando o passarinho falou comi-go em meu próprio idioma mayo-runa, queria que o povo mayoruna também conhecesse Jesus. Eli Ti-

cuna disse que, para chegar ao Alto do Vale do Javari, gastaria 3 mil re-ais. Eu queria ser missionário entre o povo mayoruna. Quanto vale uma alma para Jesus, 3 mil reais? Hoje, moro no Vale do Javari. Tenho uma vida saudável e quero levar Jesus aonde não chegou o evangelho. Ti-nha necessidades espirituais e esta-va morrendo sem conhecer Jesus, sem salvação. Desde o dia que fui evangelizado, nasceu a visão de missionário. Entendi o ide de Cristo.

O evangelho pode melhorar a vida dos indígenas a partir do momento em que conheçam Je-sus pelo milagre de entender que Deus não existe só no céu. Hoje, meu povo me vê como um líder espiritual com atitudes cristãs. Várias etnias estão vendo jovens indígenas na evangelização entre povos. Pais estão querendo inves-tir em seus filhos.

Muitos dizem que o evangelho prejudica a cultura indígena, mas

ele não prejudica. A Bíblia diz que somos livres. Então, eu uso o meu cocar, tenho minha pintura e sei que Jesus valoriza a nossa cultura e a maneira de nós louvarmos.

Meu desejo é ver o povo mayo-runa feliz na presença de Deus; ver igreja autêntica e mudança de vida do povo mayoruna. Quero servir a Jesus sempre e quero falar de Je-sus para outras etnias. Meu desejo é que o povo mayoruna espalhe o evangelho para outra etnia onde nenhum missionário pode entrar. Quero treinar jovens mayorunas para alcançar outros parentes. Quero fazer “Minbi tsen chuiban-ta matsés tedi bëta nedquio quir” (Mc 16.15).

Marcos Mayoruna *Pr. Eli Leão Catachunga, conhecido como Eli Ticuna, é missionário de Missões Nacionais, junto com sua esposa, Anita Fermin Vasques, na Tribo Ticuna, em Tabatinga (AM).

Marcos em sua tribo

1 - Agradeça a Deus por cada uma das famílias missionárias que atuam na área indígena.

2 - Saúde física e espiritual das famílias missionárias, sabedoria para o estudo da cultura e língua e também para a pregação do evan-gelho; e proteção nas viagens.

3 - Que Deus abençoe a vida escolar e a saúde dos filhos dos missionários da área indígena.

4 - Parcerias que permitam completar o sustento de missioná-rios que ainda não têm seu custo integral coberto.

5 - Despertamento de vocacio-nados para a causa indígena, in-clusive linguistas que possam tra-balhar na tradução bíblica para as línguas indígenas.

6 - Treinamento de líderes para a evangelização de crianças e ado-lescentes em todas as tribos indí-genas em que temos missionários.

7 - Parceria com o povo Ticu-na para a instalação do Primeiro Centro de Capacitação de Lide-rança Indígena na região do Alto Solimões/AM (onde atuam os mis-sionários Eli Ticuna e Anita Vas-

quez) e também por recursos para a construção de cozinha/refeitório e alojamento feminino.

8 - Perseverança do missioná-rio Marcos Mayoruna, esposa e fi-lho no ministério de evangelização dos jovens indígenas do Vale do Javari/AM.

9 - Instalação da sede da Ge-rência Nacional para a Evangeliza-ção de Povos Indígena de Missões Nacionais em Brasília e pela vida espiritual, emocional e pelas via-gens dos gerentes Valdir Soares e Ana Maria Pereira da Silva.

Neste período em que comemoramos o Dia do Índio,

separamos motivos para serem apresentados diariamente ao

Senhor da Seara a favor de nossos missionários na causa indígena.

SEMPRE ORANDO - ABRIL

ESPECIALINDÍGENAS

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10 - Elaboração de materiais evangelísticos para evangeliza-ção do indígena no seu contexto cultural e na sua língua e também por materiais para a evangeliza-ção de crianças e adolescentes indígenas na sua própria língua.

11 - Portas abertas para que o trabalho de evangelização en-tre os wapixanas, realizado pelos missionários Wanderley e Solange Pina, continue abençoando vidas.

12 - Para que o Senhor tra-balhe na vida dos que estão se convertendo entre os macuxis e wapixanas, por meio do trabalho dos missionários Marcelo e Elai-ne Okasawara, e prepare o cora-ção daqueles que ainda ouvirão o evangelho.

13 - Times da escolinha de fu-tebol, para que ali possa nascer um grupo de estudo bíblico ainda em 2013 e pela conversão de pa-jés (feiticeiros) das etnias Macuxi e Wapixana.

14 - Publicação do material didático xerente produzido pelo missionário Rinaldo e Gudrun de Mattos: “Língua Xerente – Como se lê, como se escreve”.

15 - Recursos necessários para construção de uma casa na aldeia Lajeado/TO para que a família dos missionários Mário e Sueli Moura possa estar toda envolvida com o ministério entre os xerentes.

16 - Líderes indígenas xerentes que realizam viagens a outras al-deias para a pregação do evange-lho.

17 - Estudo da língua e cultura xerentes dos missionários Cláudio e Renilva Viana.

18 - Agradeça a Deus por dar saúde aos missionários Guenther Carlos e Wanda Krieger para que pudessem ajudar nos trabalhos de construção da sala para classe das crianças no templo da aldeia Porteira – Xerentes/TO.

19 - Trabalho realizado com os nyengatus e por sabedoria nos re-lacionamentos da equipe missio-nária com os moradores de Buya Igarapé e com todas as pessoas que se encontram na região de São Gabriel da Cachoeira/AM, onde estão os missionários Alys-son e Miriã Reis.

20 - Construção do templo da Igreja Indígena Arara, onde atuam os missionários Joel e Maria Apa-recida Silva.

21 - Trabalho de tradução da cartilha na língua yanomâmi para alcançar os indígenas daquela et-nia, onde atuam os missionários Elias e Nara Taets.

22 - Sabedoria do Senhor para a realização do trabalho com indí-genas nos acampamentos na re-gião de Dourados/MS, onde atu-am os missionários Samuel e Ilma Gonçalves e pelo interesse do ca-cique no Acampamento de Porto Cambira de construir uma igreja naquela comunidade.

23 - Envolvimento de pastores e líderes dasigrejas no nordes-te do Brasil para alcançarmos os povos indígenas ainda não alcan-çados no Vale do São Francisco, onde atua a missionária Édina Prado.

24 - Sabedoria à liderança da igreja indígena Guajajara/MA (onde atua a missionária Everli de Barros) no fortalecimento da vida

cristã, e que os crentes guajajaras tenham paixão e visão missionária para alcançar seu próprio povo e outros povos indígenas.

25 - Agradeça pelo livramen-to que os missionários Emídio e Angelina Coura, que atuam com os potyguaras em Mamanguape/PB, receberam quando seu carro bateu em três jumentos, sem que sofressem sequer um arranhão. Peça por recursos para o conser-to do carro missionário, que ficou bem danificado;

26 - Para que os 50 membros daPrimeira Igreja Batista Poti-guara na Aldeia Galego (Baía da Traição/PB) sejam Luz para as 36 aldeias da tribo.

27 - Novos convertidos do trabalho entre os potyguaras re-alizado pelos missionários João Santana e Lisonete dos Santos em Marcação/PB.

28 - Aquisição de um veículo com tração para trafegar nas es-tradas que dão acesso à aldeia Guarany-Paraty Mirim/RJ, onde atuam os missionários Valdeval e Roseli Santos.

29 - Para que as famílias in-dígenas kaingang – nonoai/RS, onde atuam os missionários Ray Miller e Luciana da Conceição, possam fazer os estudos bíblicos e leitura das Escrituras em sua própria língua, e pelos estudos bíblicos ministrados pela missio-nária na escola indígena na aldeia Posto.

30 - Trabalho de evangelismo e discipulado na aldeia Bananei-ras da tribo Kaingang - Nonoai/RS.

Participe das 12h de clamor pelos povos indígenas. Dia 19 de abril, das 8h às 20h. Separamos 72 motivos de intercessão, que serão disparados a cada 10 minutos pelo

Facebook de Missões Nacionais. Você também pode ter acesso a todos estes motivos em nosso site www.missoesnacionais.org.br. Envolva sua igreja neste movimento de oração.

DESTAQUE

FAMÍLIAProjeto de Deus

O que esperar de uma socie-dade cuja base está sendo di-lacerada? Nascemos em meio a uma família. Nela nos desen-volvemos, aprendemos a dar os primeiros passos, as primeiras palavras... É no seio da família que os valores são formados para que depois possamos ga-nhar o mundo, alicerçados pelo que foi construído em família. Porém esta base encontra-se enferma, pois as famílias e seus valores são duramente ataca-dos.

Um infográfico apresentando a realidade das famílias brasilei-ras, baseado em dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi divulgado por um jornal, do qual destacamos alguns dados:

9 Apenas 49,9% dos lares bra-sileiros são habitados por um casal com filhos. Há mais de 30 anos, representavam 75% dos lares;

9 12,2% dos lares são habitados por uma única pessoa;

9 60 mil famílias homoafetivas foram detectadas pelo Censo.

Fizemos contato com duas psi-cólogas a fim de que, com sua experiência no atendimento em consultório, traçassem um perfil dos principais problemas que as famílias têm vivido nestes tempos modernos. Coincidentemente, ambas listaram sete dificuldades, três das quais constavam da lista das duas: crise financeira; ausên-cia do convívio no lar; e drogas.

A psicóloga Elizabete Bifano destaca que as transformações que a família vem sofrendo ao longo de décadas são profundas e permanentes em sua estrutu-ra básica. “Grandes obstáculos têm surgido à medida que a vida contemporânea ganha novos desafios como, por exemplo, as longas jornadas de trabalho dos homens e das mulheres.”

Ainda segundo Elizabete, o reflexo das mudanças na socie-dade contemporânea, do apri-moramento da tecnologia e da imersão na internet, da aceita-ção e da aprovação do divórcio, da sociedade cada vez mais ca-pitalista, tem-se visto no modo como as famílias estão viven-do. “O que não nos surpreende tanto, uma vez que as profecias

Por: Marize Gomes Garcia

FAMÍLIAProjeto de Deus

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tão envolvidas com algum tipo de endividamento, contrariando o princípio bíblico de Romanos 13.8 - “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros”. Neste ponto, lembro quando, na adolescência, comprei umas bijuterias com a vizinha para pagar em 3 vezes. Quando meu pai, criado no evangelho, me deu uma bronca porque não se podia ficar devendo a ninguém. Em sua longa vida de 86 anos, só comprou aquilo que pôde pa-gar a vista, do contrário não o fazia. Nunca nos faltou nada em casa. Criou cinco filhos, minha mãe não trabalhava, não tínha-mos bens, mas vivíamos bem, tínhamos fartura e sempre pu-demos receber parentes vindos de outras cidades para morar em nossa casa a fim de estudar no Rio de Janeiro. Meus pais não nos deixaram bens materiais, mas nos deixaram exemplos vi-vos de compaixão, integridade e princípios, que norteiam nossas vidas até hoje e que tentamos passar às gerações seguintes.

Voltando à realidade apre-sentada por nossas psicólogas, a corrida desenfreada para se obter coisas está minando a es-trutura familiar. A indústria da moda, a tecnologia, etc. têm co-laborado muito para isso. Hoje a maioria das pessoas acredita que a felicidade está diretamen-te relacionada ao ter coisas, ao adquirir bens. O status social é apelativo ao TER em detrimen-to do SER. E as famílias estão cada vez mais caminhando por esse abismo. E isso, segundo

as psicólogas, tem sérios des-dobramentos na família. “Como pais tão cansados e tão preo-cupados podem dar um tempo de qualidade afetiva e relacional aos filhos?”, questiona Elizabe-te. Creches, babás e avós não podem oferecer as condições adequadas a um crescimen-to social, espiritual e emocio-nal adequados. Principalmente quando as crianças passam a maior parte de seu tempo numa dessas situações. Neste aspec-to do enfraquecimento do con-vívio familiar, Rosélia destaca também que com o advento do crescimento das redes sociais, o espaço real foi  substituído pelo espaço virtual. E isso tem cau-sado grandes dificuldades nas relações familiares. “As pessoas estão fisicamente em casa, mas suas mentes e emoções estão em outros lugares.”

Diante da exaustão dos pais, que dedicam a maior parte de seu tempo em busca do TER, surge outro problema: “Alguns pais hoje vivem numa sobre-carga de culpa, por dar pouco tempo aos filhos, e tentam re-compensá-los deixando-os fa-zer tudo que tenham vontade, e isso é extremamente perigo-so, pois todo ser humano pre-cisa ter limites, saber até onde pode ir”. Durante a Conferência Nacional de Enfrentamento à Dependência Química (CONE-DQ), realizada por Missões Na-cionais em parceria com a 1ª IB do Recreio, Saulo Duarte – pes-quisador da Secretaria Nacional sobre Drogas (SENAD) já havia destacado a falta de estabe-

bíblicas já nos apontavam isso. Veja, entre tantas outras, em Mi-queias 7.6, Mateus 19.8, Mateus 24.12.”

Entre os ataques diretos mais comuns que as famílias têm en-frentado está o divórcio. “Fonte de sentimentos dolorosos como frustração, revolta e abandono”, Elizabete revela que ele se torna cada vez mais comum e banal. O individualismo, a falta de tempo, o apelo à sexualidade irrespon-sável, o secularismo daquilo que deveria ser um princípio bíblico inabalável está destruindo casa-mentos. “O número de traições, de ambos os cônjuges, tem cres-cido bastante. Isso é uma  con-sequência  da falta de diálogo, respeito e compromisso do ca-sal”, declara a psicóloga Rosélia Nobre Quaresma, que também é educadora religiosa. Para com-bater esta realidade, ela recorda o texto de Hebreus 13.4 - “Digno de honra entre todos seja o ma-trimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”.

Seja qual for a motivação para o divórcio, o fato é que o nú-mero cresceu para 45,6% entre 2010 e 2011 – dados apontados pelo IBGE. “Ora, se cresce o nú-mero de divórcio, cresce tam-bém o percentual do sofrimento na família”, destacou Elizabete, acrescentando que quando um casal se separa, todos sofrem: cônjuges, filhos, pais e sogros, avós, amigos. Ela ressalta ainda que o tempo de recuperação é grande e algumas perdas emo-cionais são irrecuperáveis, prin-cipalmente dos filhos e do côn-juge abandonado.

As crises financeiras têm sido outro problema no seio das famí-lias brasileiras, às vezes por fal-ta de emprego, outras por falta de coragem de algum cônjuge, segundo Rosélia. O livro Famí-lia, Afeto e Finanças, de Angé-lica Rodrigues Santos e Rogé-rio Olegário do Carmo (Editora Gente) diz que, segundo o IBGE, 75% das famílias brasileiras es-

“As famílias precisam se manter unidas, acreditando

nos valores fundamentados na Palavra de Deus”

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lecimento de limites aos filhos como um facilitador do envolvi-mento com drogas e de outros distúrbios comportamentais.

Os problemas vão se soman-do: consumismo, ausência dos pais, falta de limites como com-pensação desta ausência, e o convívio entre familiares que se encontram absorvidos pelas novas tecnologias vão geran-do um grande vazio no coração das pessoas, em especial dos jo-vens, que muitas vezes buscam preenchê-lo com as drogas. “Os jovens que buscam encontrar a felicidade facilmente, recorrem ao uso de álcool e de outras drogas mais pesadas, entre as quais o crack”, confirma Rosélia. Segundo ela, eles esquecem que a felicidade é processada muito lentamente, sendo construída com amor, respeito, perdão, aju-da ao próximo, etc.

Pesquisas indicam que 22,8% da população no Brasil conso-mem drogas; 49% das escolas estaduais têm problemas com o consumo e o tráfico de drogas segundo pesquisa feita em cin-co capitais brasileiras; 20.000 brasileiros morrem a cada ano em decorrência do consumo de

drogas ou de crimes relaciona-dos ao tráfico; 80% dos crimes urbanos têm alguma relação com a droga. Apenas 5% dos dependentes de drogas conse-guem viver em estado de re-cuperação. “Que tristeza! E aí estão incluídas nossas famílias. Aí estão incluídos filhos e pais, filhas e mães; chefes de família, avós e primos. Quanto sofrimen-to é gerado e alimentado pelas drogas!”, lamenta Elizabete.

O quadro é desolador e pelo que vimos até aqui indica que a recomendação de Romanos 12.2 tem sido negligenciada: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela reno-vação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradávele perfeita vontade de Deus”. Os valores do mundo es-tão entrando sorrateiramente em nossas casas e destruindo nossas famílias. Nossa terra está enferma, com doenças físicas, espirituais e emocionais; os re-lacionamentos estão cada vez mais individuais. Ninguém quer obedecer a ninguém e isto tem gerado grandes conflitos entre

as famílias, mas nossas consul-toras para esta matéria confir-mam: Há esperança!

As famílias precisam se man-ter unidas, acreditando nos va-lores fundamentados na Palavra de Deus, concedendo a Jesus o lugar central na vida de cada integrante, deixando o Espíri-to Santo no controle de nossas emoções e mentes. Assim erros graves como adultério, menti-ras, violência e vícios serão der-rotados e a demonstração de amor genuíno e bom será mais fácil. É urgente que nos consa-gremos cada vez mais ao Se-nhor, lendo sua Palavra, orando e nos firmando na comunhão com outros irmãos.

Por este motivo, Missões Na-cionais convoca você para par-ticipar dos 100 Dias de Oração Impactando a Família. De 12 de maio a 19 de agosto estaremos unidos como filhos de Deus em clamor para que o poder trans-formador dele seja manifestado no seio das famílias brasileiras. “Todos sabemos das condições

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da sociedade atualmente e isso é reflexo das famílias que a com-põem. O avanço de uma nação depende da influência que as famílias estarão imprimindo nas novas gerações. Se, de fato, in-vestirmos na família, isso vai tra-zer um grande resultado para a nossa nação”, declarou o pastor Fabrício Freitas, gerente execu-tivo de Evangelismo de Missões Nacionais. Rosélia compartilhou que certa vez ouviu a pergunta: Que mundo é esse que estamos deixando para nossos filhos? E que alguém respondeu que a pergunta deveria ser diferente: Que filhos estamos deixando para este mundo?

Lionete sabe bem que as fa-mílias cristãs não estão isentas de viver estes problemas, mas também conhece bem o valor da oração pela família. Mesmo ten-do criado sua filha nos caminhos do Senhor, a viu, durante a ado-lescência, afastar-se de Deus. “Eu sempre a chamava para ir à igreja comigo, mas ela sem-pre relutante não aceitava. Mi-nha arma principal era a oração. Tudo o que eu podia fazer era orar por minha filha, pedindo a Deus sabedoria para lidar com a situação, jamais vivida antes por mim. Foram momentos aflitos. Que mãe conhecedora da ver-dade se sentiria bem ao ver sua filha distante do caminho do Se-nhor? Pela misericórdia de Deus e por sua graça, Daniele nunca se envolveu com coisas ‘erra-das’, mas mesmo assim era do-loroso. Receber como resposta um ‘não’, para cada vez que eu a

chamava para estar junto comi-go na igreja me entristecia, po-rém por meio das orações eu en-contrava forças para prosseguir. A esperança era algo que nascia a cada dia no meu coração. E eu decidi apenas orar.”

Daniele cresceu na igreja, par-ticipava da EBD, das EBF’s, das Mensageiras do Rei e do coral de adolescentes. Realmente ti-nha uma vida de compromisso com a igreja e com Deus, como ela mesma diz. Foi batizada aos 13 anos e diz ter sido o início de uma nova vida. Sonhava com coisas lindas e não fazia ideia das coisas que estavam por vir.A mudança veio sutil, como sem-pre, conforme seu relato. “Tro-quei de escola e troquei de ami-zades. Passei a me dedicar mais aos estudos. Nesta fase eu já ti-nha meus 16 anos de idade, mais ou menos. Os estudos tomavam muito o meu tempo, eram can-sativos e no tempo restante eu procurava estar sempre com meus ‘amigos’. Foi quando dei-xei de frequentar a EBD, devido ao cansaço do corpo. Não tinha ‘pique’ para acordar aos domin-gos pela manhã, depois de estu-dar a semana toda e tentar me divertir com os amigos. As prio-ridades foram sendo trocadas... O desânimo, misturado ao can-saço me fez abandonar o coral e não muito depois disso, eu já não frequentava mais os cultos dominicais. Quando completei meus 17 anos, eu me desviei dos caminhos do Senhor. No início tudo era atrativo. Momentos va-zios e vagos preenchiam meus

dias solitários. Por várias vezes, eu me pegava a observar meus amigos, o círculo onde eu esta-va, o ambiente a minha volta, e me perguntava: – Meu Deus, o que estou fazendo aqui? Este mundo não foi feito para mim.

“Mesmo distante dos seus cami-nhos, eu sentia o quanto era espe-cial para Deus, e hoje eu enxergo o seu cuidado. Consegui concluir a faculdade e conquistei um ser-viço público. A minha vida seguiu este caminho tortuoso por 13 anos aproximadamente. Durante todo esse tempo, a graça e a misericór-dia de Deus, somadas às orações da minha mãe, me mantiveram de pé. Foram anos e anos, longe do Senhor, mas algo dentro de mim gritava por socorro. Eu sentia um vazio que nada preenchia. Tudo à minha volta já não fazia tanto sen-tido, e o que antes eu achava gra-ça, já não era o suficiente para me

“O avanço de uma nação depende da influência que as

famílias estarão imprimindo nas novas gerações”

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alegrar ou satisfazer meus curtos momentos de ‘felicidade’. Depois de muito tempo, em minha casa, eu senti que o Espírito Santo de Deus falou ao meu coração. Uma von-tade que a muito eu já não sentia, invadiu meu peito. Algo maior que uma vontade, era uma necessida-de. Conversando comigo, cheguei à conclusão de que precisava ir à igreja. Numa noite de domingo, mi-nha mãe se arrumava para ir ao cul-to, quando eu cheguei e disse: – Ah, mãe... vou à igreja com você!

Minha mãe, feliz, sorriu e eu pude ver a gratidão a Deus em seus olhos. Naquela noite, tomei a deci-são mais importante da minha vida. Em poucas palavras, mas, de cora-ção aberto, eu orei:

– Deus, não permita que eu me afaste dos seus caminhos nova-mente. A partir desta oração, meus pés retomaram o caminho do qual

jamais deveriam ter-se desviado. Voltei para a casa do Pai.”

No tempo difícil, Lionete recebeu um apoio importantíssimo. “O Minis-tério Déborafoi usado grandemente para abençoar-me por meio de suas orações. Todas as sextas-feiras nós nos reuníamos para orar por nossos filhos, e eu tenho certeza de que foi por meio da fé dessas mães, mulhe-res, servas de Deus juntamente com a força que o Senhor me concedeu durante todo esse período que eu alcancei minha bênção.” Este grupo, que tem como lema: Mães de joe-lhos, filhos de pé”, recebeu também a gratidão de Daniele: “Obrigada a cada uma que, da forma que pude-ram, estiveram comigo, sofreram por mim, oraram por mim e comi-go. Saibam que cada uma de vocês teve participação mais que especial, para que eu hoje possa estar aqui, feliz verdadeiramente e de volta aos caminhos do Senhor”.

Vera Glória Britto, que também faz parte do grupo, explica como ele funciona na Igreja Batista Nova Betel em Nova Iguaçu, RJ: “Aqui as Déboras se reúnem na última sexta-feira de cada mês, com os pais e os filhos para um culto de oração pela família. Nas demais sextas-feiras, a reunião acontece nos lares, para orar por seus filhos, sobrinhos, netos e pelos filhos da Nação. Nas nossas reuniões, da-mos atenção especial para os al-vos permanentes: conversão dos filhos; restauração dos filhos que estão desviados, dentro e fora das igrejas; despertamento missio-nário de jovens; avivamento nas escolas e universidades, entre ou-tros”.

Sabemos dos ataques que as famílias estão sofrendo, sabemos onde buscar socorro. Cabe a cada um de nós agir. Junte-se a nós em oração pelas famílias.

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ESPECIAL

AVANÇA, BRASILEvangelizando por meio do esporte

Com o objetivo de despertar as igrejas batistas de todo o Brasil para que evangelizem durante os dias de jogo da Copa das Confederações, Missões Nacionais lança o programa AVANÇA, BRASIL, que ocorrerá em parceria com convenções esta-duais das cidades que sediarão os jogos entre os dias 15 e 30 de julho.

AVANÇA, BRASIL é um projeto de Missões Na-cionais e também faz parte do movimento JOGA LIMPO, BRASIL, coordenado pela Sociedade Bí-blica do Brasil, Atletas de Cristo e Coalizão Bra-sileira de Ministérios Esportivos (CBME). Segun-do o pastor Fabrício Freitas, gerente executivo de Evangelismo de Missões Nacionais, conseguir a participação das igrejas é também o caminho para que nelas seja implantado o ministério es-portivo “no contexto da igreja local como ferra-menta de evangelização”.

Outra vantagem apontada por ele é a chance de evangelizar não apenas brasileiros como tam-bém estrangeiros, principalmente aqueles de paí-ses onde o evangelho é proibido. “Vamos produ-zir materiais evangelísticos, contextualizados em diversos idiomas para a evangelização durante os grandes eventos”, disse ele. Esses materiais também ajudarão as igrejas que participarem da Trans Local Copa das Confederações, que ocor-rerá em parceria com convenções e igrejas das cidades que sediarem os jogos.

As igrejas dos estados que não vão receber os jogos também poderão promover ações evange-lísticas, utilizando outras estratégias. “Motivare-mos as igrejas locais a transmitirem os jogos do Brasil, aproveitando este momento para trazer a comunidade para dentro da igreja e, assim, anun-ciar Jesus como salvador”, disse o pastor. Para as igrejas das cidades-sede dos jogos, há também a sugestão de realizar cultos em outros idiomas para alcançar os estrangeiros.

Ainda de acordo com ele, serão disponibiliza-dos, para as igrejas de todo o Brasil, treinamen-

tos, em parceria com a CBME, a fim de que apren-dam formas de usar o esporte como ferramenta de evangelização. As igrejas também terão in-formações sobre como poderão evangelizar em lugares estratégicos como hotéis, pontos turísti-cos e locais de grandes concentrações em função

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AVANÇA, BRASILEvangelizando por meio do esporte

está no ataque. Avança, Brasil! Vamos conquis-tar a Pátria para Cristo usando também o esporte como ferramenta de evangelização.”, declarou o pastor Fabrício, certo de que em junho a colheita será abundante. Interceda por este programa de evangelização e mobilize sua igreja a participar deste grande desafio que visa ampliar o evange-lho no Brasil e no mundo.

dos jogos. Em parceria com a Missão Atletas em Ação, será disponibilizado um DVD com testemu-nhos de esportistas cristãos. A ideia é utilizar es-ses DVDs nos intervalos dos jogos.

“Vidas serão transformadas e novas igrejas plan-tadas por meio destas estratégias. Nosso time

Veja datas e locais da trans copa das confederações, em junho:

16, 19 e 23

Trans Copa das Confederações Recife/PE

16, 20 e 30

Trans Copa das Confederações Rio de Janeiro/RJ

17, 22 e 26

Trans Copa das Confederações Belo Horizonte/MG

19, 23 e 27

Trans Copa das Confederações Fortaleza/CE

20 e 22

Trans Copa das Confederações Salvador/BA

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5A

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clubinho jmn 100 dias de oração março 2013

terça-feira, 12 de março de 2013 16:32:37

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clubinho jmn 100 dias de oração março 2013 atividades

terça-feira, 12 de março de 2013 16:32:05

Às Vésperas das trans 2013

No ano passado a MEGATRANS levou o evangelho de Cristo a mais de 250 mil pessoas. Na expectativa de não apenas repetir, mas supe-rar os feitos de 2012, conclamamos os batistas para uma grande obra, uma série de mobilizações missio-nárias que visa o resgate de per-didos. Estamos falando das Trans 2013, que terão início no mês de junho, sendo a de maior apelo a do Piauí, estado que possui o menor índice de evangélicos do Brasil.

O Piauí é um estado extrema-mente católico (90% da população, segundo o IBGE). Esta crença está entranhada na cultura do piauiense. Reflexo disso são as festas religiosas e grandes romarias, como a de Santa Cruz dos Milagres – a terceira maior do Nordeste. Mas Deus tem um pla-no para a salvação desse povo, con-tando com você para o alcance dos perdidos. Outra característica do estado que pode ser considerada um desafio para sua evangelização é a grande faixa de zona rural, sendo necessária uma grande ação multi-plicadora para que as Boas Novas alcancem os 34% de piauienses que residem nessas áreas.

Para alavancar o evangelho no es-tado, Missões Nacionais e as conven-ções Piauiense e Meio-Norte traçaram como alvo alcançar 12 localidades: Parnaíba, Buriti dos Lopes, Barras, Oeiras, Corrente, Piracuruca, Picos, Paulistana e Teresina (com 4 bases). A partir dessas bases, novas igrejas mul-tiplicadoras serão plantadas, líderes serão formados e enviados para ou-tras regiões a fim de que haja uma ex-pansão consistente. Há expectativas de plantação ou revitalização de 120 frentes, mas, para isso, precisamos de aproximadamente 1.600 voluntários, que dedicarão 15 dias para o progres-so do Reino no estado.

o que esperar?O que esperar de uma Trans numa

região de cultura extremamente re-ligiosa como a do Piauí? Segundo o

pastor Diogo Carvalho, que coorde-na as Trans em todo o país, a prega-ção do Evangelho, por mais pacífica e respeitosa, jamais receberá boas--vindas de uma tradição religiosa local, mas a questão está em direcio-nar a atenção aos corações recep-tivos. “Foi assim no livro de Atos, é assim hoje. Contudo, nossa intenção não é promover disputa pela razão em matéria de religião, mas pregar o Evangelho para o máximo possível de pessoas e, depois, focar as aten-ções naquelas que se mostrarem receptivas. Foi o que Paulo fez em Atenas em Atos 17: muitos rejeita-ram e alguns creram. Estamos em busca desses alguns que possam crer, para, a partir desses, plantar uma igreja na localidade”, afirmou.

treinamentoNas Trans 2013, a capacitação

de voluntários continua sendo um dos quesitos essenciais para o su-cesso da missão. Para este ano, temos algumas novidades, como explica Diogo: “Além da introdu-ção de uma ferramenta nova de abordagem evangelística chama-da FELICIDADE e de um folheto novo com o título JESUS TRANS-FORMA, a novidade para esse ano é que tentaremos trabalhar mais com as igrejas, congregações e frentes missionárias que recebe-rão o projeto os conceitos de pré e pós-Trans. Na realidade, a Trans não pode ser mais encarada como apenas aqueles 15 dias em que os voluntários estão no campo, mas como todo um processo de pre-paração em oração e acompanha-

mento evangelístico posterior das pessoas alcançadas pelos voluntá-rios até o seu batismo”. Atingindo ainda a nova geração, as equipas da Trans receberão materiais es-pecíficos para a evangelização de crianças, entre eles a revistas em quadrinhos A História de Jesus. Com esse suporte, somado à cria-tividade e talento dos voluntários, espera-se uma boa semeadura.

Para ter acesso ao treinamento e material de evangelização, Missões Nacionais disponibilizará um vídeo para download no site www.misso-esnacionais.org.br/trans . Além dis-so, a Livraria da JMN oferecerá kits específicos para as igrejas que irão realizar a modalidade Trans Local.

outras oportunidadesAlém da Trans Piauí, outros es-

tados realizarão suas mobiliza-ções missionárias. Você, que não conseguirá se deslocar até o Nor-deste, poderá buscar uma Trans mais próxima de sua cidade. A lista completa, com datas e localidades onde acontecerão as Trans 2013, está disponível no site de Missões Nacionais.

Se for o caso, sua igreja pode-rá realizar uma Trans Local, com equipe formada por seus próprios membros para o alcance de bairros vizinhos. Para inscrever sua igreja, basta baixar o formulário em nos-so site (www.missoesnacionais.org.br/trans). Essa é a maneira mais fácil de envolver um grande per-centual de membros em uma ex-periência missionária impactante e transformadora.

MOBILIZAÇÃO

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cristolândia no jornal nacional

A relevância da Missão Batista Cristolândia tem sido reconhecida pelos principais veículos de comuni-

cação do Brasil. Recentemente, também foi destaque no Jornal Nacional, no horário nobre da Rede Globo, o poder de Deus que tem transformado vidas por meio do trabalho realizado pelas Cristolândias. As imagens divulgadas mostraram o impactante trabalho de re-cuperação dos dependentes químicos, apresentando seus desafios e vitórias. Na matéria, também foi des-taque o testemunho de Clodemir José, que estava sem usar drogas havia três meses e já estava atuando no resgate de outras pessoas que estavam “no fundo do poço”, como um dia ele esteve. Interceda por esta obra e para que mais vidas continuem sendo libertas e resgatadas.

impacto em Gramado

Membros da 1ª IB em Aracruz ganharam almas e motivaram irmãos do Sul

Um grupo de irmãos da Primeira Igreja Batista em Aracruz (ES) visitou os missionários Renato e Kê-

nia Florêncio, em Gramado (RS). Eles compartilharam a Palavra de Deus por meio de apresentações de tea-tro, programações para crianças, e muitas outras ativi-dades que resultaram em conversões. “A Igreja Batis-ta em Gramado foi bastante encorajada pelo grupo e esteve junto, participando da maioria das atividades. A vinda deste grupo impactou o bairro da igreja”, disse Pr. Renato. No culto de despedida, um membro decla-rou que a dedicação do grupo de Aracruz o constran-geu a ficar mais firme na igreja e dedicar toda a sua vida para o Reino. Os missionários aguardam a visita de mais igrejas: “Estamos abertos para outras igrejas, grupos missionários e irmãos que se interessem em fa-zer viagens missionárias a Gramado, a fim de impactar e alcançar nossa cidade para o Senhor Jesus”. Para ser luz em Gramado, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou telefone para: (54) 9916-3003 ou (54) 3286-2785.

Barco missionário

Doação viabilizará viagens missionárias para comunidades ribeirinhas

A International Mission Board (IMB), agência missio-nária da Convenção Batista do Sul dos Estados Uni-

dos, doou um barco para Missões Nacionais. “O mis-sionário”, como é chamado o barco, era utilizado pelo casal Daniel e Brenda Caldwell quando desenvolviam um projeto em Santarém (PA). A doação foi oficializa-da com a assinatura de um termo em uma reunião que contou com a presença do Pr. Fernando Brandão - di-retor executivo de Missões Nacionais, os gerentes exe-cutivos da JMN e o Pr. David J. Spiegel - missionário re-presentante da IMB. “Missões Nacionais desenvolverá, a partir de então, projeto de viagens missionárias através do barco para alcançar as comunidades ribeirinhas da região do estado do Pará”, informou o Pr. Maurício Mar-tins, gerente de Projetos Sociais de Missões Nacionais.

cristo para os pequeninos

Crianças durante atividades no Kids Games

A igreja liderada pelo missionário Gidinei de Souza, em Jardim do Seridó (RN), realizou uma progra-

mação, conhecida como Kids Games, para mais de 30 crianças. Além das brincadeiras, elas ouviram a Palavra de Deus. Segundo o missionário, a ideia sur-giu após um retiro em que os membros aprenderam

PANORAMA MISSIONÁRIO

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sobre comunhão e trabalho de equipe, e receberam treinamento sobre Kids Games. “Não ficaremos ape-nas nessa vez, mas realizaremos sempre essas ativida-des, pois as necessidades das crianças carentes desta cidade, e a forma como muitas vivem, nos motiva a trabalhar em prol delas. Já temos programações para crianças duas vezes na semana, terças e quintas, mas queremos intensificar ainda mais”, disse Gidinei, que ressaltou a relevância do Kids Games como ferramen-ta de evangelização e plantação de igrejas.

iGreja ora e choVe no sertão

Diante da grande seca que tem assolado o sertão, a missionária Alda Gomes da Silva, que atua em Bo-

nito de Santa Fé (PB), convocou os cristãos da cidade para participarem de um culto de clamor ao Senhor. Duas horas após o término do culto, chegou a respos-ta divina, com uma chuva de 60 mm. Segundo a mis-sionária, toda a cidade comentou que Deus ouviu as orações dos “crentes da igreja batista”. “O importante é que nisto os irmãos foram fortalecidos e viram que Deus faz. Hoje, oram com confiança. Seu Damião, es-poso de Viviane, que é recém-convertida, veio e dias depois resolveu frequentar a igreja e aprender mais de Deus. Nosso sonho é ver famílias inteiras se rendendo aos pés do Senhor”, disse Alda. Interceda para que o Senhor continue realizando o que parece impossível aos olhos dos habitantes desta cidade, para que seu nome seja glorificado e vidas se convertam a Jesus.

trans e seu impacto no amapá

Voluntários de várias cidades do estado evangelizaram em igreja da capital

Os missionários Dirceu e Ana Paula Severino recebe-ram 47 voluntários de diversas igrejas do Amapá

para a mini-Trans realizada pela igreja que eles lideram em Macapá, capital do estado. Segundo eles, os vo-luntários foram divididos em equipes e se espalharam

pelas ruas do bairro Universidade, onde eles têm atu-ado. Além do evangelismo, houve ação social e uma palestra sobre higiene bucal para as crianças. Também para o público infantil houve uma Tarde Alegre, com jogos e brincadeiras, que compartilharam o amor de Cristo com 70 crianças. Finalizando as atividades, hou-ve uma peça teatral, que impactou e resultou em vidas salvas, além de cristãos despertados para evangelizar. “Sendo o começo de um ano de muito trabalho para o Senhor, ações como esta se repetirão em todo o esta-do”, afirmaram os missionários.

uma Visão multiplicadora

Pastores em frente à fachada da congregação recém-inaugurada

Como é bom poder apresentar um bom exemplo de igreja multiplicadora – aquela que já nasce tra-

zendo em seu DNA o gene da expansão e da visão missionária. Foi assim que nasceu nossa congregação em Porto de Galinhas. Em convênio com a Junta de Missões Nacionais e contando com o apoio da Igreja Batista Emanuel, a Igreja Batista da Capunga chegou, há dois anos, em Porto de Galinhas, com uma propos-ta arrojada.

Um dos maiores e mais conhecidos polos turísticos do Nordeste, atraindo mão de obra nacional e interna-cional pela grande expansão econômica vivida na re-gião, Porto de Galinhas apresenta uma realidade bem peculiar.

E foi com a experiência de trabalho transcultural que o casal de missionários pastor Silas e Patrícia Pereira, acompanhado de suas filhas, Sara e Priscila, aceitou o desafio proposto por sua igreja para plantar uma igre-ja diferente, aberta inclusive para um ministério bilín-gue, que pudesse alcançar turistas e empreendedores estrangeiros.

A congregação nasceu, e em dezembro de 2012 inaugurou seu templo, estrategicamente postado na principal rua da comunidade. Mas o que mais fascina

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neste trabalho é a visão multiplicadora que já apre-senta. Antes mesmo de se tornar formalmente igreja, Porto de Galinhas já começa uma nova Congregação, em outra área turística da região.

No dia 15 de fevereiro, em uma linda celebração, foi inaugurada a Congregação Batista em Serrambi – uma congregação da Congregação, também sob os cuida-dos do mesmo casal de missionários. Desta forma, a Capunga estende ainda mais seu trabalho, num pro-cesso de multiplicação, conforme a proposta da Junta de Missões Nacionais.

E não pararemos aí, novos projetos já existem para uma efetiva expansão no litoral sul do estado. Com o envolvimento da JMN e o apoio de outras igrejas, cer-tamente o trabalho continuará a avançar.

Por Pr. Ney Ladeia, da IB da Capunga em Recife (PE)

proGramação para terceira idade em patu

Idosos atentos durante pregação da Palavra

Em parceria com a Secretaria de Saúde do Municí-pio de Patu (RN), a Igreja Batista Emanuel, lidera-

da pelos missionários Luzinaldo dos Santos e Graça Tomaz, promoveu o primeiro evento na cidade com o tema Saúde do Idoso. Durante as dinâmicas e exer-cícios, o evangelho foi compartilhado por meio de muitas demonstrações de amor cristão, deixando os idosos emocionados e agradecidos. “Deus agiu tre-mendamente. Todos participaram com muita alegria. Foi visível a carência dos idosos por um abraço, sor-riso e atenção”, contou a missionária Graça. Além das atividades, foram oferecidos serviços de aferição de pressão, teste de glicemia e também houve palestra com um fisioterapeuta. A Secretaria da Saúde se pro-nunciou, reconhecendo a relevância do trabalho da igreja batista, que tem zelado pela vida social da cida-de. “Somos gratos ao Senhor por viver para a glória de Deus”, celebraram os missionários.

Bênçãos no cfc campinas

Primeiro dia de aula foi emocionante

Celebração de casamentos simultâneos

Deus tem concedido muitas vitórias ao Centro de Formação Cristã em Campinas (SP). Recentemen-

te, alunas do CFC foram matriculadas em uma escola de ensino fundamental e estão estudando, com planos para um futuro melhor. Segundo a missionária Geane Campos, diretora do CFC em Campinas, com a opor-

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tunidade de estudar, algumas alunas pensam em fu-turamente fazer cursos como teologia, enfermagem, assistência social, entre outros.

Outra bênção recentemente comemorada por todos no CFC foi o casamento de uma das alunas que, apesar de ainda estar em tratamento, quis ofi-cializar a relação com seu companheiro, com quem viveu por 9 anos e tem dois filhos. A união religio-sa de outro casal também foi celebrada no mes-mo dia, resultando em uma festa ainda maior. “A emoção de presenciar o poder de Deus na vida de cada casal tomou conta de todos. Os coordenado-res da Cristolândia, pastor Humberto e Soraia Ma-chado, também ficaram bastante impactados. Pa-drinhos felizes, noivos felizes, convidados felizes... Tudo para a glória de Deus”, disse Geane. Interceda por este projeto, a fim de que mais vidas continuem sendo restauradas, encontrando novas perspecti-vas com Cristo.

parceira de oração

De forma simples, irmã Eunice enviou sua contribuição para o Sul

A irmã Eunice Paiva, da Primeira Igreja Batista em Magé (RJ), 84 anos de idade, e há 73 anos con-

vertida a Cristo, sempre se empenhou para ajudar na igreja e contribuir com a obra missionária. Ela é par-ceira de oração do pastor Walter Azevedo, gerente de missões no Rio Grande do Sul, há mais de 20 anos e, recentemente, enviou alguns doces que ela mesma fa-brica para que fossem vendidos, gerando lucros para a campanha da compra do terreno da igreja que ele lidera em Sapiranga (RS). “Tudo o que ela faz é para missões. Ela vende durante todo o ano e dá ofertas para todas as campanhas, mesmo diante das dificul-dades, pois agora não aguenta mais ralar os cocos. Então, seus filhos ralam coco para ela, que só tem o trabalho de fazer os doces”, contou o pastor. A ajuda da irmã Eunice impressionou os irmãos do Sul. O pas-tor Walter contou a história dela e desafiou todos a pagarem pela cocada o que valeria para que o terreno fosse comprado. “Foi excelente a resposta das pesso-as. Arrecadamos R$ 167,50”, contou o pastor.

traBalho com hispânicos – alcançando hispânicos em são paulo

Na região do Brás, na ca-

pital paulista, podem ser en-contrados mui-tos hispânicos de países como Paraguai, Peru e Bolívia. Em São Paulo, vivem cer-ca de 500 mil hispânicos, e a missionária Sue-li Câmara tem trabalhado bastante para alcançá-los com a Palavra de Deus. Ela explicou que muitos deles vêm para o Brasil, ainda jovens, em busca de melhores condições de vida, porém acabam encontrando solidão, estresse e depres-são. “Longe da pátria, família, amigos, ficam encerrados em uma oficina de costura, sem ver a luz do sol toda a semana, trabalhando até 12h por dia, sem contar o drama que as crianças vivem sem espaço para brincar, divertir--se e desenvolverem-se saudavelmente”, contou Sueli.

A missionária relatou que existem também aqueles que conseguem superar os desafios e pressões, e mon-tam suas próprias oficinas de costura, compram carros, casas e se estabelecem bem no Brasil. Porém, “sem co-nhecer Jesus, continuam com brigas, discussões con-jugais. Os esposos acabam por agredir fisicamente as esposas, e vivem infelizes, buscando saída na bebida”, disse ainda Sueli. O evangelho de Cristo deve ser anun-ciado a todos, e Missões Nacionais – que tem o objetivo de conquistar vidas para Jesus em solo brasileiro – não poderia deixar de perceber a necessidade de alcançar pessoas de outros países que residem no Brasil.

“Por intermédio do trabalho de assistência ao imigran-te, temos desenvolvido laços de amizade, conquistando a confiança do povo; seu carinho, respeito. E, assim, te-mos abertura para falar-lhes de Cristo, para mostrar-lhes o amor incondicional de Jesus por nós, e seu sacrifício na cruz”, contou Sueli. Entretanto, a ajuda não é apenas espiritual mas também sociocultural, a fim de orientar e contribuir para que povos em dificuldade de adapta-ção vivam de forma digna no Brasil. Por meio do PEPE – Programa de Educação Pré-Escolar, a missionária tem ajudado crianças, entre 3 e 6 anos, dando apoio educa-cional, emocional e também na área da saúde.

O trabalho com crianças e também com suas famílias, que inclui até ajuda jurídica, tem permitido que hispâni-cos vejam o amor de Deus e abram seus corações para o evangelho. Como resultado, além das conversões, já foram realizados batismos na Primeira Igreja Batista do Brás, e Sueli comemora os primeiros frutos desta obra que, certamente, impactará ainda mais vidas.

Um dos batismos, na 1ª IB do Brás

ETNIAS NO BRASIL

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HISTóRIA DE PARCERIAS

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Jocksan e Vilma Barbosa

DEUS mudou a nossa sorte

ramente não sei como foi, porque estávamos passando por muitas dificuldades financeiras. Mas quan-do o papel chegou às nossas mãos decidimos dividir o nosso pouco, e desde então temos sido fiéis em nossas contribuições. Deus tem nos abençoado de forma que não somente podemos contribuir com a parte financeira e em orações, mas o desejo pela obra missionária está ardendo em nossos corações e chagamos à conclusão de que Deus quer não apenas a nossa con-tribuição, mas nossas vidas. Come-çamos a nos preparar para servir ao Senhor e chegamos ao fim des-te ano com uma alegria imensa. Estou cursando Teologia, e minha esposa, Missiologia no Seminário Batista do Norte do Brasil, em Re-cife/PE. E tudo começou quando decidimos abençoar este Projeto. Temos orado pelas vidas dos  ir-mãos e pelo projeto desenvolvido em Arapiraca. Deus mudou a nossa sorte enquanto orávamos por eles.

Queremos com essas palavras alegrar os corações dos missioná-rios e lhes dizer que Deus os tem usado mesmo sem vocês saberem, e o testemunho de suas vidas mu-dou a nossa. Que suas vidas con-tinuem impactando outras vidas, para a glória do nosso Deus.

Jocksan e Vilma Barbosa Ministros da Juventude 2ª IB de Areias – Recife/PE

Glorifico ao Senhor por mais um ano em que Deus nos deu condi-ções de colaborarmos com o traba-lho missionário para evangelização do nosso país e, com muita alegria, compartilhamos essas bênçãos com os irmãos. Eu e minha esposa estivemos no Congresso de Missões na cidade de Nazaré da Mata/PE, onde ouvimos sobre o trabalho de-senvolvido pelos irmãos Flávio Alan e Patrícia dos Santos em Arapiraca/AL e o desejo de evangelizar pesso-as que não podem ouvir. Nos depa-ramos com a realidade do desafio dos irmãos, quando aprendo que “a

fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus”, me pergunto: e quem não ouve? Como vai desenvolver a fé? Mas nosso Deus não deixa ninguém de fora dos seus planos e levanta servos com a missão de pregar o evangelho a toda criatura.

Naquele dia estávamos  ali re-presentando nossa igreja e não tínhamos condições de adotar  fi-nanceiramente um missionário e decidimos adotá-los em nossas orações. Quando foi perguntado quem queria colaborar com aquele projeto levantei minha mão, since-

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes,

sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo

que o vosso trabalho não é vão no Senhor”.

1Coríntios 15.58

Como se desenvolve o trabalho da UBLA?

UBLA é a organização que agrupa todas as convenções, as-sociações ou uniões batistas e as desafia, inspira e motiva para que cada convenção em seu país faça o trabalho evangelístico e missionário.

Qual a situação do evangelho na América Latina?

A situação é desafiante por-quanto a presença evangélica na América Latina está crescendo percentualmente, mas sem que isso influencie de maneira decisi-va em mudanças na sociedade. É possível que, como organizações e estrutura de igrejas, tenhamos maior presença nos países, mas sem conseguirmos ser uma voz na sociedade.

ENTREVISTA

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Ainda por ocas ião da 93ª Assembleia da Convenção

Bat is ta Bras i le i ra , t ivemos a opor tunidade de entrevistar o pastor Par r ish Jácome, di retor

execut ivo da União Bat is ta Lat ino-Americana (UBL A). E le nos apresenta

um panorama dos desaf ios e da real idade dos bat is tas lat ino-

amer icanos e fa la da impor tância do Bras i l na expansão do reino de Deus

na região. Conf i ra .

Deus vai usar este continente como nunca antes

Em qual país da América Latina a presença batista é mais forte?México tem quase 1.500 igrejas

batistas, mas este número em um país com mais de 80 milhões de habitantes não é algo tão expres-sivo. Outro país em que há uma quantidade interessante de con-gregações batistas é a Argentina, que deve contar com 800 igrejas. Mas o fenômeno do Brasil não tem comparação com nenhum outro país da América Latina. O único país que nos últimos anos tem crescido de maneira susten-tável é Venezuela, porque tra-balham muito com as marchas evangelísticas, muito parecidas com as Trans que são realizadas aqui no Brasil. Isso tem feito com que consigam crescer em número de igrejas, sendo um dos países, junto com o Equador, em que o trabalho batista tem menos tem-po, cerca de 60 anos. São os luga-res mais novos da obra batista na América Latina, enquanto outros já passaram de 100 anos.

Em geral os outros países não promovem suas assembleias? Todos os países têm suas as-

sembleias, mas ao invés de ser a evidência de seu crescimento, muitas têm se esvaziado. Cada ano há menos gente. Ainda que possa haver mais igrejas, há me-

plantar algo diferente. E por isso não estão tendo eco nas igrejas.

O que se leva desta assembleia?Todos os líderes latino-ame-

ricanos deveriam vir, em algum momento, a uma Assembleia da CBB. A noite missionária é muito inspiradora, muito desafiante. É realmente muito confrontadora. Ver gente em grande quantidade respaldando é algo que os líde-res das convenções necessitam viver. Muitos deles ofuscados, confusos pelos problemas do dia a dia não podem ver além. Não se desafiam a coisas grandes. Neste sentido creio que o Brasil tem um papel enorme na região, de poder acompanhar este pro-cesso, de animar com sua pre-sença, com suas experiências, com seus recursos, aquilo que pode acontecer nos outros pa-íses. Somos muito agradecidos porque vemos este espírito na liderança da Convenção Batista Brasileira. O desejo de estar ali, de compartilhar, de se ver como mais um dos países e de dar da-quilo que Deus lhes tem dado.

As drogas são um problema também na América Latina?

Não há país que não viva pro-blemas com as drogas. Conver-

nos gente nas assembleias. As convenções não conseguem fa-zer conexão com o que as igrejas estão demandando, com o que a sociedade está requerendo. En-tão a voz convencional está mui-to distante da realidade, e isso faz com que, ainda que haja as-sembleias a cada ano, a presen-ça seja muito limitada: 200 ou no máximo 400 pessoas, mesmo havendo 15.000 ou 50.000 ba-tistas no país. São assembleias que convocam, na melhor das hipóteses, 800 pessoas (no caso do México) e daí para baixo, mas nunca na quantidade como acontece no Brasil.

As igrejas trabalham de forma isolada?

Infelizmente o espaço que as convenções ocuparam nas déca-das de 70 a 90 já não é assim. Muitas igrejas cresceram, já têm suas próprias ênfases, seus pró-prios programas, seus próprios desafios e já veem a convenção como algo que não atende suas expectativas. Muitas contribuem financeiramente, participam em alguma atividade, mas não têm nenhum compromisso firme e claro de trabalho cooperativo. É algo que na América Latina, des-de México até a Argentina, se vê fortemente. Convenções que têm desejo de sair adiante, mas que possivelmente não se atrevem a

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Deus vai usar este continente como nunca antes

Executivos da JMN e da UBLA oram junto

Fo

to: S

elio

Mo

rais

sava com o pastor Riker – reitor do Seminário Equatorial, que me contava sobre a tentativa de passar a lei a favor do casamen-to homossexual, e é exatamente igual. Todos estamos vivendo os mesmos problemas, possivel-mente porque temos governos de linha muito similar. Estamos vivendo um tempo de governos de linha mais pluralista, muito mais humanista, muito mais vin-culados com a defesa dos direi-tos humanos, ainda que estes direitos atropelem outros, mas assim se concebe nesta visão de hoje. Assim que problemas como as drogas, adolescentes que são mães são muito fortes na Améri-ca Central, em alguns países da América do Sul, como Venezuela e Equador . Crianças de 13 anos já enfrentando a maternidade, homossexualismo, lesbianismo, prostituição e a corrupção que segue nos dessangrando creio que são elementos comuns, mas apesar disso sigo crendo que este é o continente que Deus vai usar como nunca antes, porque há paixão por Jesus e há com-promisso, conversões autênticas

que já não vemos há várias déca-das em Europa e Estados Unidos, mas vemos na América Latina, na África e nos chamados países pobres. Possivelmente por esta condição se atreveram confiar no único que pode mudar tudo. Vivemos um tempo muito lindo na América Latina.

Como tem sido o trabalho de combate às drogas?

Há iniciativas diversas em cada país. Alguns têm trazido experi-ências de programas de outras culturas como dos Estados Uni-dos, onde uma grande igreja ba-tista tem o trabalho Celebremos a Recuperação. Muitas igrejas latino-americanas estão utilizan-do este programa; outras estão usando o programa clássico do AA ou NA com princípios bíbli-cos dentro da igreja. Creio que outras estão tentando descobrir como acompanhar uma triste re-alidade porque nunca tivemos a valentia de aceitar que também podia afetar as famílias cristãs.

Qual mensagem pode ser deixada aos batistas brasileiros?

Como batistas latino-america-nos temos uma dívida de amor por muitos missionários que têm estado em nossos países, muitos líderes: homens e mulheres que têm servido na UBLA, muitos jo-vens que foram inspirados por meio de projetos como o Radical e minhas palavras aos batistas brasileiros é que hoje, mais que nunca, necessitamos de que esse acompanhamento, este respaldo possa ser muito mais efetivo, porque creio firmemente que este é o momento da América Latina. E se os batistas brasilei-ros olham para a região como todo um bloco através do qual possamos ser inspiração para o mundo, para este mundo que está em diferentes lugares re-querendo a esperança em Deus, creio que avançaremos muito. Minhas palavras então são de gratidão e também de pedido de colaboração muito mais intensa que a que até agora, pela graça de Deus e generosidade dos bra-sileiros, temos recebido.

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Pr. Parrish conversa com Pr. Fabrício Freitas no estande da JMN

A GRANDE COMISSÃO

A Amazônia brasileira e os povos indígenas, evangelização e responsabilidade socialEli Leão Catachunga Missionário da JMN, da Etnia Ticuna

O Alto Solimões e a diversidade dos povos indígenas

A região do Alto Solimões, no estado do Amazonas, é uma

extensa região que compreende os municípios de Coari, Tonantins, Santo Antônio do Iça, Amatura, São Paulo de Olivença, Benjamin Cons-tant, Atalaia do Norte e Tabatinga.

Trata-se de território ocupado por uma grande diversidade de culturas de povos indígenas que habitam nas aldeias, localizadas dentro das reservas indígenas.

O contato dos indígenas do Alto Solimões com a sociedade envol-vente remonta ao século XVII, com a chegada dos colonizadores para assegurar e fortalecer a expansão territorial e exploração da riqueza natural.

Por conta do encontro agressivo, muitos dos povos que aqui habita-vam foram extintos, outros foram forçados a negar sua identidade em troca da assimilação da cultura do colonizador, que lhes era imposto.

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Uma vez enfraquecidos, subme-teram-se ao sistema de escravidão. Muitos buscaram fuga no suicídio por não aceitar a servidão.

A autonomia dos indígenas foi enfraquecida. Surgia então a cul-tura da dependência. Atualmente são poucos os povos que ainda se mantêm fortalecidos com relação a sua cultura étnica.

São estes os povos que atual-mente ocupam as áreas indígenas no Alto Solimões: Ticuna, Cocama, Witota, Cambeba, Yagua e Kaixa-na.

Foi na década de 50 que chega-ram à região os primeiros missioná-rios evangélicos, esforço realizado pela missão evangélica Wyclife, procedentes dos Estados Unidos.

Foram os missionários Lambert e sua esposa, Doris, que tiveram os primeiros contatos com famílias da etnia Ticuna, que habitavam na al-deia de Cushillo Cocha, em territó-rio peruano.

O propósito principal dos mis-sionários era trabalhar na tradução da Bíblia para a língua materna do povo Ticuna, objetivo que foi al-cançado após 45 anos de incansá-vel trabalho.

Mais tarde a Missão Batista Re-gular iniciou esforços de evangeli-zação dos ticunas que habitam no território brasileiro.

Com a presença do evangelho na tribo, o milagre aconteceu, a in-tenção do diabo foi frustrada, pois Deus preservou a tribo Ticuna para ser propriedade d’Ele. Atualmente em 60 aldeias há presença de uma igreja evangélica indígena.

O desafio com relação à evange-lização continua, pois ainda há 100 aldeias da tribo Ticuna sem presen-ça evangélica.

Acredito que é chegado o tempo de os próprios indígenas cristãos serem os missionários em potencial para continuar com a tarefa inaca-bada.

O principal desafio é na área de capacitação dos líderes indígenas. A igreja precisa olhar com cari-nho para essa necessidade e fazer investimentos em programas de educação teológica.

Além do povo Ticuna, os outros povos estão classificados como os menos evangelizados. É necessário que haja um esforço da igreja para alcançá-los com a mensagem do evangelho.

Reserva Indígena Vale do Javari

Esta é uma reserva que abriga povos indígenas em contato perma-nente com a sociedade envolvente, assim como grupos étnicos conside-rados como isolados. Nela habitam os menos evangelizados, devido ao difícil acesso às aldeias, assim como à política de proteção exercida pela FUNAI que impede o ingresso de missionários evangélicos.

No Vale do Javari vivem os po-vos Marubo, Matis, Korubo, Kulina, Kanamari, Mayuruna e sete povos isolados desconhecidos.

É tarefa da igreja orar para que haja uma intervenção divina e que as portas sejam abertas para que em breve os povos que ainda conti-nuam nas trevas sem o testemunho do evangelho possam ter a oportu-nidade de ouvir a Boa Notícia.

Segundo informações da SESAI, órgão do governo responsável pela saúde indígena, a maioria dos povos em contato com os não in-dígenas estão contaminados com doenças, como as hepatites A e B e tuberculose.

Nas aldeias a saúde e a educa-ção são bastante precárias. Muitos jovens estão migrando para as ci-dades próximas com fins de ali rea-lizarem seus estudos.

Na cidade de Atalaia do Norte temos um ministério liderado pelo missionário Marcos Mayuruna e esposa, cujo objetivo é receber na Casa dos Estudantes os jovens que migraram à cidade. Por serem es-trangeiros, longe das aldeias e pais,

sentem-se desprotegidos e vulne-ráveis aos males da cidade.

O objetivo do ministério com os jovens indígenas é prover moradia, alimentação, apoio pedagógico, orientação, evangelização e disci-pulado.

Atualmente, 13 jovens vivem na casa de apoio. Eles pertencem às etnias Matis e Mayuruna, e ali se sentem protegidos e amados.

A maioria deles teve a oportuni-dade de ouvir a mensagem a res-peito do amor de Deus. Sahapu, da etnia Matis, e Bai, da etnia Mayuru-na, são exemplos de vidas alegres ao se entregarem a Jesus Cristo.

Esperamos que eles sejam mis-sionários para seu próprio povo. O jovem Sahapu e seus companhei-ros foram os primeiros missioná-rios a entrar com a mensagem do evangelho nas aldeias. A viagem foi realizada no mês de dezembro de 2012. Na aldeia a Palavra de Deus foi pregada e mostrado o filme Jesus.

É chegada a hora de os cristãos indígenas assumirem a tarefa de evangelizar os povos étnicos me-nos evangelizados. Eles não po-dem continuar do jeito como estão, sem ouvirem a respeito do grande amor de Deus.

A JMN abraçou a causa, tornan-do-se parceira dos missionários indígenas, somando forças para a evangelização dos povos indígenas menos evangelizados da Amazônia brasileira com o nosso envio para trabalhar com povo Ticuna.

Necessitamos de equipes de missionários indígenas, e não in-dígenas, com formação teológica, transcultural, em saúde e educa-ção para trabalhar na região do Alto Solimões, especialmente em Atalaia do Norte, para que se tor-ne base para evangelizar, treinar e enviar esses obreiros para alcançar os povos não alcançados de fácil acesso, e também de acesso remo-to, com a mensagem da graça sal-vadora de Jesus Cristo.

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