dogmática jurídica

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Dogmática jurídica Dogmática jurídica A parte da ciência jurídica que expõe e classifica os princípios que serviram de fonte do Direito positivo. Dogmática jurídica... A parte da ciência jurídica que expõe e classifica os princípios que serviram de fonte do Direito positivo. Método tradicional ou exegético de interpretação da lei. Empirismo Exegético * Significa que as experiências são capazes de gerar ideias e conhecimentos. Concepções legalistas e da interpretação e da aplicação do direito: A ciência do direito, no século XIX, encontra sua expressão mais característica no exegetismo. Para a escola da exegese, a totalidade do direito positivo se identifica por completo com a lei escrita; com isso a ciência jurídica se apegou à tese de que a função específica do jurista era ater-se com rigor absoluto ao texto legal e revelar seu sentido. O estudo do Código Civil seria a concretização desse ideal jusnaturalista. A lei e o direito constituem uma mesma realidade, pois a única fonte do direito é a lei e tudo o que estiver estabelecido na lei é direito. Inicialmente, os partidários da escola da exegese se atinham à interpretação literal do texto legal, deduzindo o sentido oculto da lei mediante procedimentos filológicos e lógicos. Ante a ineficiência desse processo interpretativo, tiveram de recorrer às fontes, isto é, aos trabalhos legislativos preparatórios, à tradição histórica e aos costumes, para desvendar a vontade do legislador, a fim de conhecer não apenas a letra da lei, mas também seu espírito. Com isso passou-se a admitir a interpretação histórica, isto é, o exame das circunstâncias que antecederam a lei. Posteriormente, essa escola veio a utilizar a interpretação lógico-sistemática, que consistia em descobrir o sentido da lei, tendo por base o lugar que ela ocupa dentro do sistema legislativo. Tal interpretação sistemática parte do princípio de que a legislação é um conjunto orgânico e Ciência jurídica, que as leis têm seus lugares específicos, de modo que umas preponderam sobre outras, por isso o jurista deve sistematizá- las, dando a cada uma seu significado dentro do ordenamento

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Dogmática jurídica

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Dogmtica jurdica Dogmtica jurdica A parte da cincia jurdica que expe e classifica os princpios que serviram de fonte do Direito positivo. Dogmtica jurdica... A parte da cincia jurdica que expe e classifica os princpios que serviram de fonte do Direito positivo. Mtodo tradicional ou exegtico de interpretao da lei. Empirismo Exegtico * Significa que as experincias so capazes de gerar ideias e conhecimentos. Concepes legalistas e da interpretao e da aplicao do direito: A cincia do direito, no sculo XIX, encontra sua expresso mais caracterstica no exegetismo. Para a escola da exegese, a totalidade do direito positivo se identifica por completo com a lei escrita; com isso a cincia jurdica se apegou tese de que a funo especfica do jurista era ater-se com rigor absoluto ao texto legal e revelar seu sentido. O estudo do Cdigo Civil seria a concretizao desse ideal jusnaturalista. A lei e o direito constituem uma mesma realidade, pois a nica fonte do direito a lei e tudo o que estiver estabelecido na lei direito. Inicialmente, os partidrios da escola da exegese se atinham interpretao literal do texto legal, deduzindo o sentido oculto da lei mediante procedimentos filolgicos e lgicos. Ante a ineficincia desse processo interpretativo, tiveram de recorrer s fontes, isto , aos trabalhos legislativos preparatrios, tradio histrica e aos costumes, para desvendar a vontade do legislador, a fim de conhecer no apenas a letra da lei, mas tambm seu esprito. Com isso passou-se a admitir a interpretao histrica, isto , o exame das circunstncias que antecederam a lei. Posteriormente, essa escola veio a utilizar a interpretao lgico-sistemtica, que consistia em descobrir o sentido da lei, tendo por base o lugar que ela ocupa dentro do sistema legislativo. Tal interpretao sistemtica parte do princpio de que a legislao um conjunto orgnico e Cincia jurdica, que as leis tm seus lugares especficos, de modo que umas preponderam sobre outras, por isso o jurista deve sistematiz-las, dando a cada uma seu significado dentro do ordenamento jurdico. Todavia, qualquer um desses processos interpretativos era empregado com muita prudncia, para evitar a substituio da inteno do legislador por uma vontade estranha. S havia um objetivo: entender os textos e nada mais. Mourlon afirmava que para o jurista, advogado e juiz, s existia o direito positivo e Valette ponderava, exaltando a omniscincia e omnicompreenso do legislador, que "muito se tem legislado, sobretudo nos ltimos setenta anos, que seria surpreendente encontrar um caso que estivesse fora do alcance dos preceitos legais". Outros, porm, no chegaram a tal exagero, admitindo o emprego da analogia como procedimento de integrao. Isto era assim porque o positivismo legal apresentou a concepo do sistema jurdico, como sistema fechado e completo, do que decorre a ausncia de lacunas no direito. Kantorowicz (Historiador alemo de origens judaicas, marcado pelo romantismo e, muito especialmente, por Nietzsche) descrevia esta concepo legalista do direito e mecnica da jurisprudncia da seguinte forma: "A opinio dominante imagina um jurista ideal como um funcionrio de carreira de certa categoria, munido de uma mquina de pensar da mais fina espcie, tendo sua frente o Cdigo do Estado. Entregar lhe um caso qualquer, real ou no, e, conforme seu dever, pode aquele funcionrio, por meio de operaes meramente lgicas e de uma tcnica secreta, que lhe prpria, chegar a uma soluo preconizada pelo legislador no Cdigo, com exatido absoluta". Este positivismo legal, estatista e a valorativo o trao dominante dessa escola, que se encontrava em condio mais propcia do que a jusnaturalista para fundamentar uma cincia neutral do direito.

Sociologismo Ecltico

justifica-se farta aluso ao sociologismo ecltico, em decorrncia do qual a sociologia ser entendida como a nica cincia social ou como a cincia geral da sociedade, assemelhada a uma fsica social, atribuindo-se s demais cincias do humano papel subalterno.

Racionalista- JusnaturalismoEmprico- Historisismo, exegticoDialtico-Positivista

Escola Jusnaturalista

*Idia de direito para a aspirao de justia* O bem deve ser feito, o mau evitado.*A origem do direito proveniente do cosmus. (Scrates)* Origem do direito proveniente de Deus.(Sto. Agustinho)*A partir da idade moderna o direito era proveniente da razo humana.(Rosseau)*O direito positivo tem que ser sustentado no direito natural.*Princpios do direito natural:-No se destruir-Ter uma famlia-Respeitar a inteligncia do outro-Ter coragem de dizer a verdade*Caractersticas do direito natural:-Perptuo.-Universal.-No se modifica com o tempo.-Irrenuncivel.-Unidade-Obrigatoriedade.-Necessrio.-Pode ser imposto aos homens , independentemente da situao que ele se encontrem.-No pode ser esquecido.

Positivismo

*A nica cincia capaz de reformar a sociedade a sociologia.(Augusto Conte)-Positivismo sociolgico: Direito ramo da sociologia, s se aplica o que est na lei.*Limitava o estudo do direito a estudar as leis positivadas.*Despreza juzo de valores,s se reconhece aquilo que est escrito.*Os direitos naturais so concedidos ao sujeito pela sociedade.* Preocupao com o direito vigente.*Direito moral no existe , apenas o do estado*O que no pode ser comprovado no reconhecido*S reconhece o direito se estiver na norma

Empirismo Exegtico

*Ganhou fora na sculo XIX (cdigo Napolenico) 1804*O operador do direito deve se concentrar em interpretar a norma.*O direito natural est concretizado na norma* positivista, o direito positivo tem que completar o direito natural*Criar norma dever do estado* Mtodos de interpretao:-Gramatical ou literal-Histrica(valores em evidncia no momento histrico)-Lgica(concluso nica a partir do enunciado)-Silogismo(premissa maior: -matar algum pena de 6 20 anos. premissa menor: Joo matou.)deve-se avaliar as circunstanciais tambm-Sistemtica para interpretar, avaliar onde a norma est incerida-Sociologica teolgica-Finalidade da norma*Integrao da norma jurdica:-Analogia(quando um caso no est previsto em lei aplicar norma de caso parecido)-Costumes(para que um comportamento seja considerado costume ele tem que ser considerado obrigatrio pela sociedade)-Princpios gerais do direito(por exemplo, no posso descumprir uma lei alegando desconhecimento)-Eqidade(valores do juiz)

Historicismo Casustico

*Ganhou fora na Alemanha*Se ops a codificao do direito*Negaram o jus-naturalismo e o positivismo*O direito no pode ser universal pois a sociedade constri o seu direito*O direito tem que evoluir junto com a sociedade*O direito positivo petrifica o direito*A funo do legislador limitara vontade do povo. Historicismo Jurdico

*Cultura do povo*O direito tem que retratar o que est na cultura do povo*Tridimencionamento jurdico

Racionalismo Dogmtico ou Normatismo Jurdico de Hans Kelsen

*O direito tem que ser puro(se disvincular das outras cincias) autnomo*Estudar a norma jurdica , ou o ordenamento jurdico mais nada*Extremamente positivista* dever ser jurdico o que o estado espera do sujeito* No reconhece o direito subjetivo ( a opo que a pessoa tem de seguir o que est na norma)*No estuda o que gerou ou quem criou a norma , se preocupa apenas com a norma ponta*Ordenamento jurdico (norma fundamental)

Egologismo a escola de pensamento jurdico argentina fundada por CarlosCossio. Ele se baseia na construo de uma normatividade jurdica a partir daanlise da relao sujeito existencial com a norma, frisando que direito a tutela daconduta humana em sociedade, conduta objetivada em atos e tutelvel pelo estado.Para Cossio, deve-se frisar a anlise da conduta humana na normatividade, daconduta como meio de se formar a norma jurdica, que no existe em abstrato, masapenas na relao com a pessoa tutelada.O termo egologismo remete exatamente anlise, pelo direito, da naturezahumana em sua esfera do eu, da egoidade, portanto, da existncia concreta dohomem em sociedade.O egologismo uma manifestao da fenomenologia existencialista nodireito. Cossio debateu longamente com Kelsen, pois este era um neokantianopositivista e para ele a normatividade construia-se a despeito da anlise a priori daconduta, e para Cossio o sujeito humano em suas especificidades existenciais seriaelemento imprescindvel na construtividade da norma jurdica.