Doenças Relacionadas Doenças Relacionadas ao Amiantoao Amianto

Dra Ana Paula Scalia Carneiro Dra Ana Paula Scalia Carneiro Ambulatório de Doenças Ambulatório de Doenças

Profissionais da UFMGProfissionais da UFMG

Serpentino Anfibólio

PRODUÇÃO DE ASBESTO PRODUÇÃO DE ASBESTO 19951995

Fonte: Asbestos Institute, 1998Fonte: Asbestos Institute, 1998

0

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

Tons

CIS

Canada

China

Brazil

S. Africa

FUNDACENTRO, DMe/CST

Zimbabwe

ASBESTO: FONTES E USOSASBESTO: FONTES E USOS

MineraçãoMineração Produtos de cimento-amiantoProdutos de cimento-amianto Materiais de fricçãoMateriais de fricção

Discos, pastilhas, embreagemDiscos, pastilhas, embreagem Juntas de vedaçãoJuntas de vedação PapelãoPapelão TexteisTexteis

FUNDACENTRO, DMe/CST

BRASIL: BRASIL: POPULAÇÃO POPULAÇÃO EXPOSTAEXPOSTA

20.000 na indústria típica20.000 na indústria típica

225.000 em oficinas mecânicas 225.000 em oficinas mecânicas

lidando com sistemas de freioslidando com sistemas de freios

??? na construção civil ??? na construção civil

(4.500.000 empregados no setor)(4.500.000 empregados no setor)

FUNDACENTRO Dme/CSTFUNDACENTRO Dme/CST

BRASIL: População exposta* e BRASIL: População exposta* e “uso controlado“uso controlado””

PrimáriaSecundária

*Estimando-se cerca de 300.000 expostos

FUNDACENTRO Dme/CST

?

SITUAÇÃO ATUAL DA SITUAÇÃO ATUAL DA UTILIZAÇÃO DO ASBESTO NO UTILIZAÇÃO DO ASBESTO NO

BRASILBRASIL

Uso de crisotila permitido por leiUso de crisotila permitido por lei

Limites de tolerância de 2 f/cm3Limites de tolerância de 2 f/cm3

Anfibólios proibidosAnfibólios proibidos

Discussões a nível federalDiscussões a nível federal

Banimentos municipais e estadualBanimentos municipais e estadual

Doenças relacionadas ao Doenças relacionadas ao asbesto (asbesto (DRA)DRA)

DR LatênciaDR Latência

Lesões pleurais benignas + 15-20aLesões pleurais benignas + 15-20a

Asbestose +++ >10aAsbestose +++ >10a

Câncer de pulmão ++/+++ >30aCâncer de pulmão ++/+++ >30a

Mesoteliomas - 30-40aMesoteliomas - 30-40a

Pneumoconioses no Ambulatório de Pneumoconioses no Ambulatório de Pneumologia Ocupacional-SPPneumologia Ocupacional-SP

Entre 88 casos de Silicose, 87 relatavam Entre 88 casos de Silicose, 87 relatavam histórias ocupacionais típicashistórias ocupacionais típicas

Entre 29 casos de DRA, 17 referiam histórias Entre 29 casos de DRA, 17 referiam histórias típicas. Em 7, a história ocupacional era típicas. Em 7, a história ocupacional era negativanegativa

Entre outros 41 casos de Pnc, 35 possuiam Entre outros 41 casos de Pnc, 35 possuiam história ocupacional típicahistória ocupacional típica

FUNDACENTRO, DMe/CST

Epidemiologia das DRA Epidemiologia das DRA no Brasilno Brasil

Asbestose: SP-FUNDACENTRO-2000Asbestose: SP-FUNDACENTRO-2000

indústria cimento-amianto: 828 indústria cimento-amianto: 828

trabalhadores: asbestose 74 (8,9%); trabalhadores: asbestose 74 (8,9%);

placas pleurais 246 (29,7%)placas pleurais 246 (29,7%)

Ca de pulmão: 3 casos (SP)Ca de pulmão: 3 casos (SP)

Mesotelioma: 3 casos (SP)Mesotelioma: 3 casos (SP)

Doenças pleurais Doenças pleurais benignasbenignas

Espessamento pleural em placasEspessamento pleural em placas (pleura parietal): (pleura parietal): em geral assintomáticas em geral assintomáticas e sem comprometimento funcionale sem comprometimento funcional

Espessamento pleural difusoEspessamento pleural difuso (pleura parietal e visceral): (pleura parietal e visceral): podem podem causar distúrbio restritivo e dispnéiacausar distúrbio restritivo e dispnéia

Pode ou não haver calcificação pleuralPode ou não haver calcificação pleural Derrame pleural benignoDerrame pleural benigno: : em geral em geral

diagnóstico retrospectivodiagnóstico retrospectivo

ASBESTOSEASBESTOSE

““fibrose intersticial com presença de fibrose intersticial com presença de corpos asbestóticos ou fibras de corpos asbestóticos ou fibras de asbesto no parênquima pulmonar”asbesto no parênquima pulmonar”

NIOSH e ACP, 1982NIOSH e ACP, 1982

Os sintomas e alterações funcionais Os sintomas e alterações funcionais são em geral mais precoces do que são em geral mais precoces do que em outras Pneumoconiosesem outras Pneumoconioses

Corpo asbestótico

Corpo asbestótico

AsbestoseAsbestose

Critérios diagnósticos (ATS, 1986)Critérios diagnósticos (ATS, 1986)

História de exposição ocupacional História de exposição ocupacional

compatívelcompatível Alterações radiológicas características: Alterações radiológicas características:

lesões tipo lesões tipo s, t, us, t, u Função pulmonar: alterações tipo restritivaFunção pulmonar: alterações tipo restritiva Crepitações teleinspiratórias bibasaisCrepitações teleinspiratórias bibasais

CÂNCER DE PULMÃOCÂNCER DE PULMÃO Não há tipo histológico prevalenteNão há tipo histológico prevalente Longos períodos de latênciaLongos períodos de latência Pode ser causado por todos os tipos de Pode ser causado por todos os tipos de

asbestoasbesto Maior prevalência nos casos com Maior prevalência nos casos com

asbestoseasbestose Não há limite de segurança estabelecidoNão há limite de segurança estabelecido Efeito sinérgico com tabagismoEfeito sinérgico com tabagismo

MESOTELIOMA MESOTELIOMA MALIGNOMALIGNO

Tumor pleural de péssimo Tumor pleural de péssimo prognósticoprognóstico

Não há relação dose-respostaNão há relação dose-resposta Associação mais forte com Associação mais forte com

anfibóliosanfibólios Pode ocorrer após exposição Pode ocorrer após exposição

indireta, inadvertida ou domiciliarindireta, inadvertida ou domiciliar