doenças causadas por bactérias

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CleraDe acordo com relatos bem antigos, a clera estava presente desde os primeiros sculos da humanidade, causando diarreias agudas de aspecto semelhante gua de arroz, vmitos e, em casos mais acentuados, cimbras, perda de peso intensa e olhos turvos. Causada pela bactria Vibrio cholerae, uma doena com grande facilidade de dissipao. O perodo de incubao de aproximadamente cinco dias. Vencendo a acidez estomacal, multiplica-se no intestino delgado de forma bastante rpida e, em razo de seus sintomas, pode causar desidratao, perda de sais minerais e diminuio acentuada da presso sangunea em curto espao de tempo, com possibilidades de causar a morte das pessoas afetadas. transmitida pela ingesto da gua, alimentos, peixes, frutos do mar e animais de gua-doce contaminados por fezes ou vmito de indivduo portador da doena, sem o devido tratamento. Mos que tiveram contato com a bactria ou mesmo moscas e baratas podem provocar a infeco por este patgeno. Esses ltimos podem funcionar como vetores mecnicos, transportando o vibrio para a gua e para os alimentos. Na maioria dos casos, manifesta-se de forma assintomtica e este um dos principais motivos que facilitam sua propagao, j que este portador capaz de transmitir a doena sem ao menos ter conhecimento deste fato. Apenas 10% das pessoas afetadas desenvolvem o quadro sintomtico. Os pacientes liberam os vibries em suas fezes por cerca de vinte dias.

Doenas causadas por bactrias

Essa doena ocasionou sete pandemias (epidemia simultnea em muitos pases ou continentes), sendo dois de seus sorotipos, o V. cholerae O1 e o V. cholerae O139, os responsveis. Estes so os nicos tipos desta bactria que liberam toxinas: as enterotoxinas. A clera afeta, principalmente, locais onde o saneamento bsico precrio. A bactria sobrevive por at cinco dias em temperatura ambiente e resistente ao congelamento. No ambiente marinho, vive bem em temperaturas entre 10 e 30C. Entretanto, no resiste a temperaturas acima de 80C e tampouco exposio ao cloro. Assim, a fervura ou clorao de gua e alimentos antes de sua ingesto e evitar o uso de gelo em bebidas, salvo quando este tiver sido feito com gua tratada, so algumas das principais medidas para impedir a manifestao da doena. A Organizao Mundial de Sade recomenda a proporo de seis mL de cloro para cada litro de gua, adicionado no mnimo meia hora antes da sua utilizao como bebida ou para o preparo de alimentos. Recomenda ainda, para desinfeco de frutas e verduras, a imerso destas, por meia hora, em dois mL para cada litro de gua, sendo depois lavadas com gua tratada. Vacinas possuem restries de uso, sendo requeridas apenas como medida complementar, em casos de risco de infeco elevado, em pessoas cujas secrees cidas estomacais so reduzidas. Coleta de lixo rigorosa, a fim de evitar a proliferao de vetores; enterrar as fezes longe de fontes de gua, quando no houver saneamento bsico adequado na regio; reaquecimento dos alimentos j cozidos; lavar as mos constantemente; e evitar alimentos de ambiente aqutico de regio onde houve surto da clera, so medidas necessrias.

O diagnstico consiste no isolamento e identificao do vibrio nas fezes do paciente. Para tratamento, a reidratao essencial e , na maioria dos casos, o nico mtodo necessrio. Entretanto, a visita ao mdico indispensvel, j que s ele ser capaz de analisar o caso e, caso seja necessrio, prescrever antibiticos. Medicamentos antidiarreicos no so indicados, j que facilitam a multiplicao da bactria por diminurem o peristaltismo intestinal.

BotulismoO botulismo uma infeco bacteriana que provoca um quadro de intoxicao grave, causado pelas toxinas da Clostridium botulinun dos tipos A, B, E e, em raras ocasies, pelo tipo F. A principal forma de adquirir a doena atravs da ingesto de seus esporos. Estes so encontrados no solo, em produtos agrcolas, como o mel e defumados; e em peixes e outros organismos marinhos. Alm disso, alimentos enlatados, em vidros ou embalados a vcuo, conservas e embutidos, tambm so locais em que podem ser encontrados esses esporos, principalmente se preparados em condies de higiene precrias. Isso porque tais ambientes costumam ser pobres em oxignio, sendo um bom local para a incidncia deste bacilo anaerbico. A manifestao dos sintomas pode variar de algumas horas para pouco mais de uma semana aps a ingesto dos esporos. Tontura, viso dupla, boca seca, averso luz, queda da plpebra e dificuldade para urinar e evacuar so os principais. Dependendo da quantidade de esporos ingeridos, dificuldades de falar, engolir e se locomover podem se manifestar; assim como paralisia dos msculos respiratrios, o que muitas vezes fatal. Alm disso, h o risco do paciente desenvolver pneumonia, o que tambm pode levar a bito.

Quanto ao diagnstico, ele feito pela anlise dos sintomas e do histrico alimentar dos dias anteriores. Exames especficos que acusam a presena da toxina no organismo e/ou nos alimentos ingeridos suspeitos podem ser requeridos, visando confirmao do diagnstico em casos em que esse se apresenta inconclusivo aps os dois procedimentos citados serem realizados. O tratamento feito geralmente com a aplicao de soro antibotulnico e, no raras as vezes, necessrio que a pessoa acometida seja internada, para que fique em observao. Antibiticos no so eficazes para esse caso. Considerando os problemas e riscos relacionados infeco pelos esporos da Clostridium botulinun, importante adotar algumas medidas com a finalidade de preveno: - No adquirir nem ingerir alimentos cuja lata ou tampa se apresentem estufadas ou enferrujadas; - No adquirir nem ingerir alimentos cujo contedo lquido se apresente turvo; - No adquirir nem ingerir alimentos cujo vidro se apresente turvo; - S consumir mel de procedncia conhecida; - Ferver alimentos enlatados antes do consumo, principalmente o palmito, j que este um dos alimentos mais relacionados aos casos de botulismo (a toxina destruda temperatura de 65 a 80 C por 30 minutos; ou 100 C por 5 minutos).

CoquelucheA coqueluche, tambm conhecida pelos nomes pertussis, tosse comprida, tosse com guincho e tosse espasmdica, uma doena bacteriana que atinge o sistema respiratrio cujas complicaes convulses, pneumonias e encefalopatias - podem levar o indivduo a bito. Causada pelas Bordetella pertussis e B. parapertussis, disseminada por meio de gotculas e aerossis de saliva e, no organismo, lesa os tecidos da mucosa. Seu perodo de incubao varia entre cinco e vinte e um dias. Os primeiros sintomas so semelhantes aos da gripe e consistem em tosse, coriza, febre e olhos irritados: pertencentes ao estgio catarral. O prximo estgio, paroxstico, se desenvolve cerca de duas semanas aps o anterior e tem como caracterstica acessos de tosses sucessivas, com intervalos variveis. Estas podem estar acompanhadas de muco, e a ocorrncia de vmito possvel. Tais eventos duram alguns minutos, a cada crise, e impedem que o indivduo respire at que se encerrem. No trmino, o flego retomado, geralmente por um guincho respiratrio . As crises tendem a ser mais frequentes no perodo noturno. Cerca de seis semanas aps o incio da manifestao da doena, os sintomas comeam a desaparecer, progressivamente, at seu trmino: estgio de convalescena. Essa doena bacteriana mais grave quando ocorre em crianas com poucos meses de vida, j que a resistncia dessas menor e a falta de oxignio momentnea pode afetar o organismo. Desta

forma, em alguns casos, a internao necessria. Para diagnstico, a observao do paciente e de seus sintomas necessria. Exames de sangue e, em alguns casos, cultura das secrees a fim de identificar a presena da bactria no organismo, complementam o exame. O tratamento deve ser feito sob orientao mdica e consiste basicamente no uso de antibiticos. Quanto preveno, o uso precoce da vacina imprescindvel. Em crianas, ela distribuda gratuitamente em postos de sade e feita em trs doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e dois reforos (aos 15 meses e aos 4 anos), mantendo a imunizao por aproximadamente dez anos.

e vmitos com sangue, e sua taxa de bito varia de 20% a 60% dos casos. Considerando esses aspectos, a melhor forma de prevenir a doena evitar contato com animais que possam estar doentes (e suas carcaas), somente ingerir carne bem passada, e cuidar dos ferimentos da pele, usando curativos. Existe, tambm, uma vacina contra essa bactria, mas ela utilizada somente pelo exrcito norte-americano, em razo dos seus efeitos colaterais e necessidade de se receber novas doses frequentemente, durante um ano e meio. Seu diagnstico feito por meio de exames de sangue, ou anlise de secrees respiratrias ou da pele, de acordo com os sintomas que a pessoa apresenta. O tratamento feito com o uso de antibiticos, prescritos pelo mdico. Quanto mais cedo for tratada, menores as chances de haver complicaes e bito. Curiosidade: Em virtude da manifestao de sintomas inespecficos, discrio de seus esporos, e capacidade de causar a morte rapidamente, o antraz um dos agentes utilizados como armas biolgicas em ataques terroristas.

AntrazO antraz, tambm chamado de carbnculo, uma doena bacteriana causada pela bactria Bacillus anthracis. Tpica de regies agrcolas da sia, frica e Amrica Latina, a transmisso da doena se d quando esporos da bactria penetram algum ferimento cutneo, ou quando os mesmos so inalados ou ingeridos. Esses esporos costumam ser encontrados no solo e tambm em animais herbvoros acometidos pela doena e suas carcaas. No h transmisso de forma direta, de pessoa acometida para indivduo saudvel; e tambm no existem registros de casos dessa doena, em humanos, aqui no Brasil. Na pele, que corresponde a 95% dos casos, a doena se manifesta como uma infeco com pus, semelhante ao furnculo, formando posteriormente uma mancha-negra. No caso de inalao, provoca pneumonia, febre alta e dificuldades respiratrias, e geralmente fatal. J quando o que ocorre a ingesto desses esporos, o paciente apresenta diarreia severa, acompanhada de nuseas, febre

Blenorragia (gonorria)Blenorragia, tambm denominada gonorreia ou blenorreia, consiste em uma infeco bacteriana causada pela Neisseria gonorreae: nome escolhido em homenagem ao mdico alemo Albert Neisser, que a descobriu em 1879. uma doena sexualmente transmissvel (DST) cuja principal caracterstica a secreo de pus pela uretra. O perodo de incubao de aproximadamente cinco a nove dias e, enquanto

ainda se apresenta assintomtica, bastante contagiosa. Sua incidncia maior nos indivduos entre 15 e 30 anos, sexualmente ativos e sem parceiro fixo. A bactria penetra pela mucosa da regio genital e por l se aloja. Pode, tambm, se apresentar na garganta ou reto, em razo de outras prticas sexuais; ou at mesmo em outros locais do corpo, como articulaes e pele, via corrente sangunea, em casos mais raros e, tambm, mais complicados. Pode desencadear consequncias mais srias, como esterilidade. Bebs podem ser contaminados no momento do parto normal transmitido pela me, apresentando inchao das plpebras e secreo purulenta nos olhos. H possibilidades de o recm-nascido ficar cego, caso no seja tratado. A maioria das mulheres infectadas no apresenta os sintomas. So eles: corrimento leitoso, dor ao urinar e febre. Dor plvica pode ocorrer, principalmente durante a relao sexual. Homens tm, como primeiros sintomas, desconforto na regio, principalmente ao urinar, e o pnis pode se apresentar inchado. Em ambos, pode ocorrer a liberao de sangue juntamente com a urina e, caso no seja curada, pode causar infertilidade. Para o tratamento, so utilizados antibiticos e, nos casos mais srios, a internao pode ser necessria. Parceiros sexuais devero procurar auxlio mdico, a fim de verificar a presena da bactria. Vale lembrar que a automedicao pode resultar na seleo artificial das bactrias, fortalecendo-as e agravando ainda mais o quadro. Duas gotas de nitrato de prata nos olhos do beb, ao nascer,

previnem a blenorragia ocular nestes. Para preveno, o uso da camisinha essencial. Exames de rotina especficos devem ser feitos, principalmente pelas mulheres de vida sexual ativa e sem parceiro fixo - em vista da gravidade da doena e suas no manifestaes na maioria das pessoas desse sexo.

Cranco MoleO cancro mole uma doena sexualmente transmissvel que consiste em feridas contagiosas irregulares, avermelhadas, com base mole e fundo purulento. Geralmente so mltiplas, devido capacidade de autoinoculao. Podem ocorrer, principalmente, nos rgos sexuais, mas lbios, boca, lngua e garganta tambm podem ser afetados. Esta doena surge como pequenas feridas com pus. Estas se tornam midas, maiores, mais profundas e dolorosas com o passar do tempo. Podem aparecer outras ao redor e aproximadamente duas semanas aps a manifestao, ngua na regio da virilha, conferindo dor e desconforto. Conhecida tambm como cavalo, cancroide ou cancro venreo, este mal - que ocorre mais frequentemente em indivduos do sexo masculino - causado pela bactria gram-negativa Haemophilus ducreyi. Com perodo de incubao de aproximadamente 5 dias, pode ser completamente curada, caso seja feito tratamento adequado. O uso de antibiticos, prescritos e utilizados da forma correta, essencial na maioria dos casos. Recomenda-se ainda, como forma teraputica, o acompanhamento mdico at a involuo total dos

ferimentos e abstinncia sexual total e tratamento dos parceiros sexuais, mesmo que estes no apresentem os sintomas, visto que h casos de portadores assintomticos, principalmente em indivduos de sexo feminino. Como no caso da maioria das DST s, o uso de camisinha e a higienizao genital antes e aps o relacionamento sexual so importantes para preveni-la.

sudorese, dor de cabea severa, mialgias e artralgias, podendo aparecer sintomas como dores abdominais, diarreia e vmito e, em casos graves, endocardite, meningite, osteomielite, artrite, dentre outros. Os pacientes que se recuperam da brucelose apresentam certa resistncia a crises subsequentes. O contgio ocorre mais frequentemente pela ingesto ou inalao de aerossis provenientes de secrees, mas ocorre tambm por contato direto de abrases na pele ou at mesmo das mucosas nasal, conjuntiva e genital com animais infectados e ingesto de carnes ou produtos lcteos contaminados. O diagnstico pode ser feito por meio da anlise sangunea, isolando a bactria ou com amostras da medula ssea. Em bovinos, a brucelose considerada incurvel e por isso ou feito tratamento ou ento o abate dos animais soropositivos. No homem, antimicrobianos so receitados pelo mdico.

BruceloseA brucelose uma zoonose, ou seja, uma doena que pode ser transmitida dos animais ao ser humano e/ou do ser humano aos animais. verificada mundialmente e j foi denominada como febre do mediterrneo, febre ondulante, febre de Malta, febre de Gibraltar. Tem sido uma doena em permanente evoluo desde 1887, quando foi identificada a espcie B, melitensis por Bruce. Essa doena apresenta grande importncia econmica e causada por bactrias patognicas que ocorrem principalmente em animais como bovinos, sunos, mamferos marinhos e ces, dentre outros. So conhecidas vrias espcies como Brucella abortus, Brucella melitensis, Brucella suis, Brucella canis. Nos ces, causa problemas relacionados aos rgos reprodutores, gerando aborto, esterilidade, inflamao dos testculos e epiddimo, ocasionando a interrupo da reproduo animal. E como o ser humano possui um contato muito prximo com ces, a doena pode se estabelecer no homem causando infeces. O perodo de incubao da brucelose de duas a trs semanas. As pessoas que adquirem a doena tm sintomas como febre intermitente, mal-estar, perda de peso, fadiga muscular, calafrios,

DifteriaA difteria, tambm denominada crupe, uma doena infectocontagiosa caracterizada pela presena de uma pseudomembrana cinza-esbranquiada no local da infeco. Provocada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae, alguns de seus sintomas surgem em razo da liberao das toxinas que este produz. Febre baixa, taquicardia e, em alguns casos, chiados e tosses ao respirar so os sintomas desta doena. Esses, geralmente, acentuam-se no perodo noturno. Paralisias dos nervos e rins, leses e/ou insuficincia cardacas e neuropatia perifrica devido ao das toxinas, alm de sufocamento devido obstruo dos canais respiratrios, causada pela membrana, so

manifestaes que podem ocorrer em situaes mais graves, com condies de levar o indivduo a bito (cerca de 20% dos casos). Feridas cutneas podem surgir. Ocorre, geralmente, em pocas frias do ano: perodo em que as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados, facilitando a transmisso da bactria. Gotculas de saliva liberadas no ar, contato cutneo com a infeco ou com objetos contaminados pelas secrees de portador permitem a contaminao de outros indivduos. Logo, para preveno necessrio evitar tais condies. O perodo de incubao de aproximadamente cinco dias, sendo que as pessoas acometidas podem transmitir a difteria por cerca de duas semanas aps o incio das manifestaes. Atualmente, v-se que apenas pessoas que no tomaram a vacina ou que no a recebeu de forma correta que so acometidas por esta doena. Indivduos de ambos os sexos e todas as idades, nestas condies, podem estar suscetveis, embora casos envolvendo crianas sejam mais frequentes. O diagnstico feito a partir de hemogramas e anlise das secrees nasais recolhidas pelo mdico. Recomenda-se no retirar a membrana, j que esta ao pode aumentar a absoro da toxina. Repouso, antibiticos e aplicao de soro antidiftrico so requeridos para tratamento. Pode ser necessria a aspirao das vias areas, de forma cuidadosa.

Febre MaculosaA febre maculosa foi reconhecida pela primeira vez em 1896 no vale do rio Snake, nos Estados Unidos. uma infeco aguda causada por uma bactria denominada Ricketsia prowazkii, sendo o homem infectado aps a picada de carrapato que possua a bactria em suas glndulas salivares. O carrapato transmissor principal o hematfago da espcie Amblyomma cajennense, conhecido como carrapato-estrela, micuim, carrapato-de-cavalo, carrapato-rodoleiro ou picao e encontrado em bois, cavalos, ces, ratos e capivara, principal reservatrio. A doena transmitida para homens e animais, sendo por isso uma zoonose. A bactria que gera a doena intracelular e no sobrevive muito tempo fora de um hospedeiro. No Brasil, os casos esto principalmente em So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Esprito Santo, Bahia e Pernambuco. Os sintomas incluem febre, dores nos msculos, cefaleias, calafrios, desnimo, erupes cutneas, congesto das conjuntivas, petquias, hemorragias, podendo ocorrer necrose no local de extravasamento de sangue. Agitao psicomotora, tosse, queda da presso sangunea, nuseas, vmito, falta de apetite e diarreia tambm podem ocorrer. O tratamento efetuado com antibiticos e deve ser rpido, pois a febre maculosa pode atacar o sistema nervoso central, comprometer rgos como rins e pulmes, ocasionar a paralisia parcial das pernas e gangrena, levando a bito. Para prevenir-se necessrio verificar sempre o corpo a fim de retirar os carrapatos, evitando contrair a doena, pois necessrio

pelo menos 4 horas para o carrapato iniciar a transmisso. Controlar as populaes de carrapatos, usar roupas fechadas e claras em reas onde h grande incidncia de carrapatos, tomar banho de gua quente com bucha vegetal, roar o pasto e no espremer o carrapato com a unha evitam a contaminao. O diagnstico feito por anlise do soro sanguneo e no existe vacina nem mesmo exames de rotina.

socioeconmica do pas, determinada pela desigualdade social, dificulta o acesso da populao aos procedimentos e exames que permitem distinguir a instalao ou no de uma infeco por estreptococos em quadros de gripe ou resfriado. O tratamento da febre reumtica feito com o uso de antibiticos base de penicilina.

Febre ReumticaA febre reumtica uma doena reumtica, inflamatria e que afeta as articulaes. Sua origem est relacionada resposta do organismo mediante a infeces pelo estreptococo, ou seja, de origem autoimune. A febre reumtica ocorre aps um episdio de amigdalite bacteriana tratada inadequadamente. O indivduo pode sofrer complicaes cardacas (cardite - inflamao no corao), neurolgicas (coreia incoordenao dos movimentos em razo da inflamao no crebro) e dermatolgicas (eritema e ndulos subcutneos). Os principais sintomas da febre reumtica so febre, edema (inchao) e dores nas articulaes, impossibilitando, muitas vezes, a criana de andar por causa da dor. Quando a doena atinge o corao, o paciente sente cansao contnuo e falta de ar. Quanto ao diagnstico, importante que se faa uma anlise cuidadosa de todos os sinais clnicos e exames, pois no existe teste ou sinal especfico que o facilite. Uma das formas de preveno fazer o tratamento logo que a faringite estreptoccica seja diagnosticada, porm a realidade

Febre TifideA febre tifide uma doena infecciosa causada pela bactria Salmonella typhi. considerada uma doena grave, que apresenta constante febre, alteraes intestinais, aumento das vsceras e, se no tratada, pode ocorrer uma confuso mental e levar morte. A principal forma de contgio pela ingesto de gua e alimentos contaminados, que esto espalhados pelo mundo todo, mas ocorre com mais frequncia em pases onde o saneamento precrio ou inexistente. Os alimentos e a gua, por sua vez, so contaminados atravs do contato com urina ou fezes humanas contendo a bactria. Pode ocorrer um contgio direto pela mo levada boca em situaes de mo suja de fezes, urina, secreo respiratria, vmito ou pus contaminados, mas essa forma de contgio bastante rara. O cido gstrico o primeiro a reagir contra a salmonela, mas a bactria normalmente resiste a esse ataque e se dirige ao intestino delgado, onde invade a parede intestinal e alcana a circulao sangunea. A partir do momento em que a salmonela chega corrente sangunea, os sintomas comeam a aparecer. A salmonela pode entrar em qualquer rgo e se multiplicar no interior das clulas de defesa. Normalmente, a salmonela invade o fgado, o bao, a medula ssea, a vescula e o intestino.

O contgio com a salmonela global, mas, no Brasil, a maior quantidade de casos registrados concentra-se no Norte e no Nordeste, sendo a Bahia e o Amazonas os estados de maior ocorrncia. Os sinais e sintomas so: febre alta, dor de cabea, mal-estar, falta de apetite, bradicardia relativa, esplenomegalia, manchas rosadas no tronco do corpo, diarreia e tosse seca. A febre tifoide pode ser mais grave em pessoas com sade precria. O tratamento se baseia em antibiticos e processos de reidratao do organismo. Dependendo do quadro clnico do paciente, o tratamento poder ser feito em casa com medicao oral.

O diagnstico consiste, principalmente, na avaliao clnica: aplicao de testes de sensibilidade, fora motora e palpao dos nervos dos braos, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como bipsia, podem ser necessrios. Esta doena capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratrias, caso o portador no esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organizao Mundial de Sade, a maioria das pessoas resistente ao bacilo e no a desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas so eliminados na primeira dose do tratamento, j sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Este dura at aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessrios. Assim, buscar auxlio mdico a melhor forma de evitar a evoluo da doena e a contaminao de outras pessoas. O tratamento e distribuio de remdios so gratuitos e, ao contrrio do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doena tem, no necessrio o isolamento do paciente. Alis, a presena de amigos e familiares fundamental para sua cura. Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restries. Entretanto, reaes adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, necessrio buscar auxlio mdico. Importante saber: Segundo a OMS, nosso pas lder mundial em prevalncia da hansenase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo

HansenaseA hansenase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, uma das doenas mais antigas na histria da medicina. causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos perifricos, mas pode afetar outros rgos como o fgado, os testculos e os olhos. No , portanto, hereditria. Com perodo de incubao que varia entre trs e cinco anos, sua primeira manifestao consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiada, em qualquer regio do corpo. Placas, caroos, inchao, fraqueza muscular e dor nas articulaes podem ser outros sintomas. Com o avano da doena, o nmero de manchas ou o tamanho das j existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformaes em regies, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mos. Alm disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razo da falta de sensibilidade nessas regies.

de compromisso mundial, se comprometendo a eliminar esta doena at 2010. Entretanto, a cada ano, h mais de quarenta mil novos casos tendo, entre eles, vrios indivduos em situao de deformidade irreversvel. Nos dias 24, 26 e 27 de janeiro so comemorados, respectivamente, o Dia do Hanseniano, o Dia Mundial de Combate Hansenase e o Dia Estadual de Combate Hansenase. Lepra , designao antiga desta doena, era o nome dado a doenas da pele em geral, como psorase, eczema e a prpria hansenase. Devido ao estigma dado a esta denominao e tambm ao fato de que hoje, com o avano da medicina, h nomes apropriados para cada uma destas dermatoses, este termo deixou de ser utilizado (ou, pelo menos, deveria ter sido).

- panoma: com tropismo; capacidade de infectar animais sunos (instalado no porco); - hardjo: afinidade com bovinos (instalado no gado). A transmisso se d atravs do contato direto com animais infectados ou com gua contaminada por sua urina, manifestando perodo de incubao que varia de 10 a 20 dias. Sintomas - Febre, calafrio, dor de cabea, mal-estar, vmito, dor muscular, dilatao do fgado, hemorragias digestivas, leses na pele, problemas respiratrios e conjuntivite que duram de alguns dias a trs semanas. Podem ser confundidos com sintomas de gripe ou de dengue. Existem casos de doentes assintomticos ou que desenvolvem uma forma grave com constante hemorragia e falncia renal, podendo levar morte. Medidas preventivas Identificao de focos de gua contaminada, geralmente coincidentes com perodos chuvosos intensos, com ocorrncia de enchentes; educao sanitria da populao; combate aos roedores, por exemplo, tratamento do lixo, evitando locais onde proliferam ratos; e vacinao dos animais domsticos.

LeptospiroseA Leptospirose o nome genrico de um grupo de doenas infecciosas causadas por bactrias espiroquetas do gnero Leptospira. Para se ter uma ideia, referentes apenas espcie Leptospira interrogans, existem mais de 195 sorotipos diferenciados, agrupados em 19 sorogrupos conforme as propriedades antignicas. A mais frequente provocada pelo sorogrupo icterohaemorrhagiae, importante em termos de sade pblica, em consequncia da forma desordenada de ocupao urbana associada ao hbito do agente vetor, o hospedeiro Rattus norvegicus (rato de esgoto). No meio rural recebem destaque os seguintes sorogrupos:

MeningiteA meningite uma doena que consiste na inflamao das meninges membranas que envolvem o encfalo e a medula espinhal. Ela pode ser causada, principalmente, por vrus ou bactrias. O quadro das meningites virais mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados. Entretanto, a bacteriana causada principalmente pelos meningococos, pneumococos ou hemfilos altamente contagiosa e geralmente grave, sendo a doena meningoccica a mais sria. Ela, causada pela Neisseria meningitidis, pode causar inflamao nas meninges e,

tambm, infeco generalizada (meningococcemia). O ser humano o nico hospedeiro natural desta bactria cujas sequelas podem ser variadas: desde dificuldades no aprendizado at paralisia cerebral, passando por problemas como surdez. A transmisso se d pelo contato da saliva ou gotculas de saliva da pessoa doente com os rgos respiratrios de um indivduo saudvel, levando a bactria para o sistema circulatrio aproximadamente cinco dias aps o contgio. Como crianas de at 6 anos de idade ainda no tm seus sistemas imunolgicos completamente consolidados, so elas as mais vulnerveis. Idosos e imunodeprimidos tambm fazem parte do grupo de maior suscetibilidade. A doena chega a matar em cerca de 10% dos casos e atinge 50% quando a infeco alcana a corrente sangunea e este um dos motivos da importncia do tratamento mdico. Febre alta, fortes dores de cabea, vmitos, rigidez no pescoo, moleza, irritao, fraqueza e manchas vermelhas na pele (que so inicialmente semelhantes a picadas de mosquitos, mas rapidamente aumentam de nmero e de tamanho, sendo indcio de que h uma grande quantidade de bactrias circulando pelo sangue) so alguns dos seus sintomas. A doena meningoccica tem incio repentino e evoluo rpida, pode levar ao bito em menos de 24 a 48 horas. Para a confirmao diagnstica das meningites, retira-se um lquido da espinha, denominado lquido cefalorraquidiano, para identificar se h ou no algum patgeno e, se sim, identific-lo. Em caso de meningite viral, o tratamento o mesmo feito para as viroses em geral; caso seja meningite bacteriana, o uso de antibiticos especficos para a espcie, administrados via endovenosa, ser imprescindvel.

Geralmente a incidncia da doena maior em pases em desenvolvimento, especialmente em reas com grandes aglomerados populacionais. Tal constatao pode ser justificada pela precariedade dos servios de sade e condies de higiene e pela facilidade maior de propagao em locais fechados ou aglomerados. Por este ltimo motivo que, geralmente, a doena mais manifestada no inverno quando tendemos a buscar refgios em locais mais fechados para fugirmos do frio. Para a meningite, as vacinas mais utilizadas so a bivalente, a tetravalente e a monovalente, em menores de 2 anos. Entretanto, no existe ainda vacina para alguns sorotipos da doena. Evitar o uso de talheres e copos utilizados por outras pessoas ou mal lavados e ambientes abafados so formas de se diminuir as chances de adquirir a doena. Manter o sistema imunolgico fortalecido e seguir corretamente as orientaes mdicas, caso tenha tido contato com algum acometido pela doena so, tambm, medidas importantes. E lembre-se: nunca use remdios sem prescrio mdica.

Peste pulmonar (bubnica)A peste pulmonar uma infeco rara, mas de grande transmissibilidade, causada pela bactria Yersinia pestis: a mesma responsvel pela peste bubnica - que matou, na Idade Mdia, um nmero assustador de pessoas. Diferentemente desta, cujo microorganismo transmitido pela picada da pulga do rato ou leses provocadas por animais contaminados, na peste pulmonar a contaminao se d pelas vias areas, por meio do contato com gotculas de saliva ou secrees nasais contaminadas, e o patgeno se aloja nos pulmes.

Com perodo de incubao que varia entre um e sete dias, o paciente passa a sentir dor no trax, febre alta, calafrio e cefaleia, eliminando secrees com pus e sangue nos momentos de tosse. O diagnstico pode ser feito por meio de testes de sangue e anlise da cultura de secrees orofarngeas. Entretanto, devido rpida evoluo da doena, muitas vezes necessrio que seja iniciado o tratamento antes mesmo do fornecimento dos resultados. Indica-se o acompanhamento mdico em at 15 horas aps o aparecimento dos sintomas, no sendo recomendado o uso da penicilina. Pode ser necessrio o uso de medicamentos por pessoas que entraram em contato com as vtimas. Existe vacina para a peste pulmonar, mas sua eficcia ainda no foi bem estudada. No tratado a tempo, o paciente pode sofrer de insuficincia respiratria, colapso circulatrio e/ou hemorragias, levando morte em aproximadamente quatro dias. Este fator, juntamente com a alta transmissibilidade da bactria, fez com que esta fosse utilizada por bioterroristas; pelo Japo, na II Guerra Mundial; e pelos EUA, nos anos 50. Em 2005, houve um grande surto desta doena no Congo, com aproximadamente 60 mortes. Mais recentemente, em 2009, a cidade de Ziketan, da provncia de Qinghai, na China, foi colocada em estado de quarentena em razo de surtos da doena. Acreditase, neste caso, que a peste pulmonar foi transmitida por um cachorro. Este, que teria morrido aps se alimentar de uma marmota infectada, foi enterrado pelo mesmo homem que, trs dias depois, foi a bito em consequncia da peste.

PneumoniaA pneumonia se caracteriza como sendo uma inflamao dos alvolos pulmonares, com ou sem infeco. Vrus, fungos, protozorios e bactrias so capazes de provoc-la, sendo mais comuns as pneumonias causadas por pneumococos. Afeta pessoas de todas as idades, desde que estejam com baixa imunidade: por tal motivo que comum ouvirmos casos de pessoas que desenvolveram a pneumonia a partir de uma gripe. Esta doena pode se instalar quando h a inalao, ingesto de bactrias que se proliferaram na boca, ou conduo de patgenos de outras infeces, via corrente sangunea. No primeiro caso, gotculas de saliva e secrees contaminadas propiciam o contgio. Tosse com secreo, dores torcicas, febre alta, calafrios, dores de ouvido e respirao curta e ofegante so alguns de seus sintomas. Em idosos, pode haver confuso mental. No sendo tratada, acmulo de lquidos nos pulmes e ulceraes nos brnquios podem surgir. Para diagnstico, ausculta dos pulmes e radiografias do trax so essenciais. Exames de sangue e de catarro podem ser solicitados, a fim de identificar o agente causador da doena e se buscar o tratamento mais adequado. Geralmente, antibiticos so receitados e, em alguns casos - como os de pacientes idosos, manifestao de febre alta e alteraes clnicas - necessria a internao. Uma dieta apropriada e o isolamento do indivduo doente so medidas igualmente importantes: o primeiro visando recuperao do sistema imune da pessoa comprometida e o segundo a fim de evitar o contgio. Ficar em repouso necessrio.

Gripes que persistem por mais de uma semana e febre persistente devem ser motivo de ateno. No fumar nem beber exageradamente, alimentar-se bem, ter bons hbitos de higiene, sempre fazer a manuteno dos ares-condicionados e evitar a exposio a mudanas bruscas de temperatura so medidas preventivas. Vale lembrar que, para pneumonia, h vacina (a mesma indicada para meningite) e que esta, aliada vacina contra o vrus influenza, so necessrias em caso de idosos, soropositivos, asplnicos, alcolicos e demais pessoas com sistema imune debilitado.

(ttano, coqueluche, difteria e meningite B) administrada em trs doses, aos dois, quatro e seis meses com dois reforos pela DTP (ttano, coqueluche e difteria) aos 15 meses e entre 04 e 06 anos. Vale ressaltar que aps esse esquema inicial ou para adolescentes e adultos que nunca se vacinaram contra o ttano indicada a vacina dupla adulto dT e esta deve ser reforada a cada 10 anos. Cuidar dos ferimentos, lavando-os com gua e sabo e retirando possveis corpos estranhos - como terra e fragmentos de madeira, so essenciais para sua preveno, mesmo para quem esteja com as vacinas em dia. Para tratamento da doena necessria a internao do paciente, durando aproximadamente trs a quinze semanas. A administrao de imunoglobulina - ou soro antitetnico na ausncia desta deve ser feita. Aquela prefervel a esta pelo fato de que o soro pode causar reaes alrgicas. Antibiticos, limpeza cirrgica do ferimento com frmacos que retiram a condio de anaerobiose, como a gua oxigenada, relaxantes musculares e sedativos so tambm utilizados a fim de curar o indivduo. O ttano pode ser fatal e, por tal motivo, estar atento aos sintomas e buscar ajuda mdica em casos de suspeita so atitudes essenciais.

TtanoO ttano uma doena infecciosa e no contagiosa, causada pela toxina da Clostridium tetani - uma bactria gram-positiva e anaerbica, que penetra no organismo via leses da pele e provoca espasmos nos msculos voluntrios, principalmente os do pescoo, sendo que os msculos respiratrios podem ser atingidos, causando a morte por asfixia. A bactria pode ser encontrada no ambiente em forma de esporos, no solo, causando o ttano em pessoas de qualquer idade. O perodo de incubao pode atingir at aproximadamente trs semanas, sendo que quanto menor o perodo de incubao, maior ser a gravidade da doena. Um dos primeiros sintomas desta molstia a dificuldade em abrir a boca e engolir. Irritabilidade, cefaleia, febre e deformaes fisionmicas no rosto so sintomas que podem vir em seguida. O esquema de vacinao, que inclui a vacina antitetnica, uma das principais formas de prevenir a doena: a vacina tetravalente

TracomaO tracoma uma doena oftalmolgica crnica, causada pela bactria Chlamydia trachomatis. A contaminao se d a partir do contato desta regio com a secreo dos olhos de pessoas acometidas, seja por meio das mos ou objetos, como instrumentais oftalmolgicos no esterilizados e toalhas. Alguns insetos, como

moscas do Gnero Hippelates, conhecidas como lambe-olhos, podem ser vetores mecnicos da doena. Apesar de ter ocorrncia em todas as regies, acomete com mais frequncia populaes menos favorecidas economicamente, principalmente crianas. Os primeiros sintomas so sensibilidade luz, lacrimejamento e incmodo nos olhos, sendo que a manifestao de secrees no regra. Depois, h inflamao da mucosa ocular, assim como o avermelhamento da crnea e presena de estrias brancas na conjuntiva. Como essas cicatrizes da conjuntiva tendem a causar deformaes na plpebra e clios (triquase e entrpio, respectivamente), e, caso no sejam bem tratadas, podem reincidir; existe a possibilidade de a pessoa, gradualmente, ir perdendo sua viso, j que tais leses propiciam o atrito entre a plpebra lesionada, clios e a crnea, provocando sua arranhadura. De acordo com a Organizao Mundial de Sade, h cerca de 150 milhes de pessoas, no mundo, com tracoma, sendo que aproximadamente seis milhes destas j se encontram cegas. O tratamento consiste no uso de colrios e/ou pomadas especficos, indicados pelo mdico, associado ou no ao uso de medicamentos orais. Caso as cicatrizes da conjuntiva estejam em estgio avanado, pode ser necessria a interveno cirrgica. Aps seis meses, e tambm um ano aps o fim do tratamento, o paciente deve retornar ao mdico, a fim de verificar se est completamente curado.

africanum e M. microti tambm podem causar esta doena que afeta, principalmente, os pulmes. Rins, rgos genitais, intestino delgado, ossos, etc., tambm podem ser comprometidos. A transmisso direta: ocorre de pessoa para pessoa via gotculas de saliva contendo o agente infeccioso, sendo maior o risco de transmisso durante contatos prolongados em ambientes fechados e com pouca ventilao. A resposta imunolgica capaz de impedir o desenvolvimento da doena e, por tal motivo, pessoas com sistema imune menos resistente ou comprometido esto mais propensas a adquirir esta doena, de evoluo geralmente lenta. Aps a transmisso do bacilo, ocorrer uma destas situaes: o sistema imunolgico do indivduo pode elimin-lo; a bactria pode se desenvolver, mas sem causar a doena; a tuberculose se desenvolve (tuberculose primria) ou pode haver a ativao da doena vrios anos depois (tuberculose ps-primria). Alguns pacientes podem no apresentar os sintomas ou estes podem ser ignorados por serem parecidos com os de uma gripe. Tosse seca e contnua se apresentando posteriormente com secreo e com durao de mais de quatro semanas, sudorese noturna, cansao excessivo, palidez, falta de apetite e rouquido so os sintomas da doena. Dificuldade na respirao, eliminao de sangue e acmulo de pus na pleura pulmonar so caractersticos em casos mais graves. O diagnstico feito via anlise dos sintomas e radiografia do trax. Exames laboratoriais das secrees pulmonares e escarro do indivduo so procedimentos confirmatrios.

TuberculoseA tuberculose uma doena infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemo Robert Koch, em 1882. Outras espcies de micobactrias, como as Mycobacterium bovis, M.

O tratamento feito base de antibiticos, com durao de aproximadamente seis meses. imprescindvel que este no seja interrompido fato que pode ocorrer, principalmente, devido aos efeitos colaterais, tais como enjoos, vmitos, indisposio e malestar geral. As medicaes so distribudas gratuitamente pelo sistema de sade, atravs de seus postos municipais de atendimento. A vacina BCG utilizada na preveno da tuberculose e deve ser administrada em todos os recm-nascidos. Melhoras nas condies de vida da populao, alm de tratamento e orientao aos enfermos so formas de evitar sua contaminao em maior escala.

fatores genticos; uso constante de determinados alopticos, como anti-inflamatrios e aspirina; e presena da bactria Helicobacter pylori. Esta ltima ataca a mucosa destas regies. Fumantes tm predisposio a desenvolv-las. O diagnstico feito por meio de endoscopias digestivas e, geralmente, necessrio retirar um pequeno material para exame laboratorial. Na maioria dos casos, a lcera curada com o uso de medicamentos especficos. Em casos mais graves, a interveno cirrgica pode ser feita. Refeies mais leves, em pequenos intervalos; controle do estresse e evitar o uso de refrigerantes e bebidas alcolicas so medidas que podem ser feitas a fim de controlar ou reduzir o desconforto.

lceralceras so feridas que podem ocorrer em diversos locais do corpo, inclusive na pele. Entretanto, quando essa palavra usada, geralmente est se referindo s lceras ppticas: aquelas localizadas no estmago, duodeno ou esfago, cujos sintomas so sensao de estmago cheio, dores e/ou queimao nesta regio e, em alguns casos, perda de apetite. Em casos mais graves, fezes e/ou vmito com sinais de sangue podem ocorrer. Elas so formadas quando os mecanismos de defesa destas regies so alterados e podem ser consequncia de uma gastrite j existente. Geralmente no possuem tamanho maior que o de uma ervilha O principal responsvel por essas inflamaes graves o cido clordrico, sendo que situaes de estresse emocional podem estimular sua secreo. Elas podem ocorrer, tambm, em virtude de