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ISSN 1517-2201

Documentos Nº 110 Agosto, 2001

Doenças do Maracujazeiro noEstado do Pará

luiz Sebastião PoltronieriDinaldo Rodrigues TrindadeFernando Carneiro de AlbuquerqueMaria de lourdes Reis DuarteMarli Costa Poltronieri

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Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:Embrapa Amazônia OrientalTrav. Dr. Enéas Pinheiro, s/nTelefone: (91) 299-4544Fax: (91) 276-9845e-rnail: [email protected] Postal, 4866095-100 - Belém, PA

Tiragem: 200 exemplares

Comitê de PublicaçõesLeopoldo Brito Teixeira - PresidenteAntonio de Brito SilvaExpedito Ubirajara Peixoto GalvãoJoaquim Ivanir Gomes

Revisores TécnicosCléber N. Bastos - Ceplac-BelérnJorge A. M. Rezende - Esalq/USPLuadir Gasparotto - Embrapa Amazônia Ocidental

José de Brito Lourenço JúniorMaria do Socorro Padilha de OliveiraNazaré Magalhães - Secretária Executiva

ExpedienteCoordenação Editorial: Guilherme Leopoldo da Costa FemandesNormalização: Silvio Leopoldo Lima CostaRevisão Gramatical:Maria de Nazaré Magalhães dos SantosComposição: EucJides Pereira dos Santos Filho

Doenças do maracujazeiro no Estado do Pará/Luiz Sebastião Poltronieri ... [etal.]. - Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2001.

37p.; 22cm. - (Embrapa Amazônia Oriental. Documentos, 110).

ISSN 1517-2201

I.Maracujá - Doença - Pará - Brasil. I. Poltronieri, Luiz Sebastião. 11. Série.

CDD: 634.42593098115

©:mbrapa - 2001

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SumárioINTRODUÇÃO 5

MURCHA-BACTERIANA 6

MANCHA-BACTERIANA 11

VíRUS DO ENDURECIMENTO DOS FRUTOS ( PWV) 14

QUEIMA DA TEIA MICÉLlCA 18

SECAMENTO DOS RAMOS E PODRIDÃO DOS FRUTOS. 21

ANTRACNOSE 24

CLADOSPORIOSE E VERRUGOSE 27

PODRIDÃO DO COLETO E DAS RAíZES 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34

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DOENÇAS DO MARACUJAZEIRONO ESTADO DO PARÁ

luiz Sebastião Poltronieri'Oinaldo Rodrigues Trindade'Fernando Carneiro de Albuquerque'Maria de lourdes Reis Ouarte'Marli Costa Poltronieri'

INTRODUÇÃO

o maracujazeiro é uma das culturas mais impor-tantes no Estado do Pará, ocupando uma área de 5.460 hec-tares, distribuída nos Municípios de Capitão Poço, Maracanã,Igarapé-Açu, Aurora do Pará, Tomé-Açu, Redenção, SantaIsabel do Pará, Curuçá, Santo Antônio do Tauá, Barcarena eSantarém, com produtividade média de 9 t/ha. Cerca de 80%dos frutos são comercializados pelas indústrias, comoAmafrutas, Kibon e Maguari, e o restante é vendido direta-mente no Ceasa local. O maracujazeiro-amarelo (Passifloraedulis f.. flavicarpa Deg) representa 95% da produção e orestante é do tipo roxo (Passiflora edulis Sims). A partir de1995, foram realizados levantamentos de doenças em planti-os comerciais de maracujazeiro dos principais municípios pro-dutores do Estado. Foram registradas diversas doenças cau-sadas por fungos, bactérias e vírus, causando prejuízos signi-ficativos aos produtores. Amostras de folhas, caule e raízes,apresentando diferentes tipos de sintomas, foram coletadassemanalmente e analisadas nos laboratórios de Fitopatologiada Embrapa Amazônia Oriental e da Esalq/USP, para isola-mento e identificação de prováveis patógenos. As identifica-

'Eng. Agrõn., M.Se., Pesquisador da Embrapa Amazõnia Oriental, Caixa Postal 48, CEP 66017·970, 8elém, PA.E·mail: poltronieri@epatu embrapa br carneira@cpatu embrapa br marli@cpatu embrapa br'Eng. Agrõn., D.Se., Pesquisador da Embrapa Amazõnia Oriental. E-mall: dinalda@cpatu embrapa brmlaurdes@cpatu embrapa br

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ções dos patógenos associados ao maracujazeiro foram fei-tas baseadas nas características morfológicas, nos sinto-mas induzidos nos hospedeiros e em testes depatogenicidade, seguindo-se a literatura especializada dis-ponível. Foram encontrados os seguintes patógenos asso-ciados ao maracujazeiro: Xanthomonas campestris pvpassiflorae, Ralstonia solanacearum, Phomopsis sp.,Colletotrichum gloeosporioides, Thanatephorus cucumeris,Cladosporium herbarum , Sphaceloma sp., Fusarium solanie uma doença de causa virótica, Passion fruit woodinessvirus (PWV).

o objetivo deste trabalho é proporcionar um ma-terial de consulta aos produtores e extensionsitas, que Ihespermitam identificar e empregar medidas de controle efici-ente e econômica das doenças que causam redução na pro-dutividade do maracujazeiro.

MURCHA-BACTERIANA

A murcha-bacteriana das solanáceas, causadapor Ralstonia (Pseudomonas) solanacearum, é uma das prin-cipais doenças da Região Norte, onde prevalecem condi-ções de alta temperatura e precipitação abundante. Alémda alta temperatura, a murcha-bacteriana é favoreci da porsolos bem úmidos e que tenham pH abaixo de 7.0. A bac-téria é patogênica a mais de 200 espécies de 33 famíliasbotânicas, sendo mais comum em solanáceas compostas(tomateiro, fumo, batateira, pimentão) e musáceas. A do-ença foi registrada recentemente em duas áreas de produ-tores do Município de Igarapé-Açu, causando em uma de-las perdas em mais de 50% da área de plantio ( Lopes et aI.1999, Poltronieri et aI. 1998).

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SINTOMAS

Plantas com murcha apresentam progressiva des-coloração vascular, mais intensa na base do caule, facilmentevisualizada ao descascar o caule (Fig. 1). Quando as condi-ções são favoráveis ao desenvolvimento da doença, a mur-cha atinge toda a planta, ocasionando a sua morte (Fig. 2).Para confirmar o diagnóstico e evitar confusão da murcha-bacteriana com outras doenças vasculares de causa fúngicacomo a murcha de Fusarium, recomenda-se o teste-do-copo.Corta-se uma porção de 10 cm a 20 cm de caule, próximo àregião do colo, colocando sua extremidade inferior emcontato com água limpa, contida em um copo de vidrotransparente. Após alguns minutos, observa-se o exsudatobacteriano, através da formação de um filete branco naágua.

Fig. 1. Corte longitudinal em caule de maracujazeiro expondo a descolo-ração vascular causada por Ralstonia solanacearum, agentecausal da murcha-bacteriana.

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Fig. 2. Maracujazeiro morto por murcha-bacteriana.

ETIOLOGIA

Ralstonia solanacearum pertencia ao grupo nãofluorescente da família Pseudomoniaceae. É uma bactériagram negativa, aeróbica, bastonetiforme, e que apresentaum tufo de flagelos polares (Palleroni, 1984). Recentemen-te, baseados em resultados de caracterização fenotípica,análise de lipídio celular e de ácidos graxos, análisefilogenética da seqüência de nucleotídeos do rDNA 16 S ede hibridação rRNA-DNA, a espécie foi transferida para onovo gênero Ralstonia, passando a ser chamada de Ralstoniasolanacearum, Yabuuchi et al. citado por Nishijima (1997).

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DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA

A murcha-bacteriana se desenvolve mais rapida-mente em temperatura ao redor de 30°C a 35°C. A altaumidade do solo favorece a infecção primária, por beneficiaro contato da bactéria com as raízes do maracujazeiro e suaadesão e penetração na planta. A bactéria pode sobreviveraté 10 anos, em determinados tipos de solos, mesmo sendomantidas em pousio.

CONTROLE

o controle da murcha-bacteriana é muito difícil,principalmente nas condições climáticas da Região Norte, quefavorecem o desenvolvimento da doença. A maioria dos estu-dos do controle da murcha-bacteriana converge na procurade material genético com um bom nível de resistência. Outrocaminho a seguir com grandes perspectivas é a produção debacteriocinas capazes de inibir o crescimento de outras, pro-duzidas por algumas bactérias. Vários pesquisadores avalia-ram fontes de bactérias endofíticas no controle da murcha-bacteriana. Souza et aI. (1998), com a finalidade de selecio-nar rizobactérias eficientes no controle da R. solanacearum,em tomateiro, detectaram grupos distintos, obtendo-se iso-lados eficientes no controle da doença.

Nishijima (1997), testando alguns produtos, verifi-cou que Agrimicinà, Recopà e Creolina apresentaram efeitona redução da incidência da murcha-bacteriana, no entanto,seu uso torna-se economicamente inviável. Misturas de Terlaiàe Agrimicinaà poderiam ser interessantes, pois ambos sãoformulações com dois ou três princípios ativos diferentes eproporcionaria algum controle da R. solanacearum. Todavia,produtos com componentes similares a Terlaià aplicados iso-ladamente não apresentaram eficiência no controle da mur-cha. Martin & French (1985) sugerem combinação integrada

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de medidas de controle como a utilização de variedades tole-rantes quando disponíveis, uso de sementes e mudas sadias,rotação de cultivos, manter a área de plantio livre de solanácease controlar os nematóides, para reduzir a interação entrenematóide e a murcha-bacteriana. Considerando que a doen-ça foi constatada recentemente no maracujazeiro, não exis-tem estudos de controle para essa cultura. Com o objetivo dediminuir a população da bactéria no solo e retardar a suadisseminação no campo, devem-se adotar as seguintes medi-das de controle:

· Plantar o marâcujazeiro em áreas que não te-nham sido cultivadas com solanáceas nos últimos anos;

· Manter a área livre de plantas invasoras de fo-lhas largas e também da família solanácea, tais como joá,maria-pretinha, jurubeba e camapu.

· Plantas com sintomas da doença devem sererradicadas e queimadas fora do terreno; colocando no localuma pá de cal virgem, com o objetivo de retardar a multiplica-ção da bactéria.

Evitar o trânsito nos locais onde existem focosda doenças;

Evitar ferimentos nas raízes durante as capi-nas;

· Realizar o plantio em áreas de boa drenagem,evitando, assim, o excesso de umidade no sistema radicularda planta.

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MJ.\NCHA-BACTERIANA ",

A rnancha-bacteriana càusâda;~PQr ,Xanthomonascampestris pv. pessitloree tornou-se 'lJ1l)~das principais doen-ças do maracujazeiro no Estado do Par:á)a' 'partir de introdu-cões de variedades melhoradas provenientes de São Paulo.Ém 1997, causou gr~l"Ides prejuízos ~m"~plantios comerciaislocalizados no Município de CapitãoPoço. 'Em algumas áreas,houve perda de 1QO% da produção. culminando com umaredução drástica do plantio do maracujá nesse município.

SINTOMAS

As lesões geralmente são mais facilmente perceptí-veis nas folhagens internas, devido a menor proteção oferecidapelos defensivos e por apresentar um ambiente favorável aopatógeno. Iniciam-se por pequenas lesões, encharcadas, oleo-sas, translúcidas, freqüentemente localizadas próximas àsnervuras (Fig.3), com halos visíveis, às vezes acompanhadas deenegrecimento vascular a partir dos bordos. Em seguida, tor-nam-se marrons, deprimidas, sobretudo na parte dorsal da fo-lha, de formato variado, raramente circulares, com tamanho médiode 3 mm a 4 mm, podendo coalescer formando grandes áreasnecrosadas e causando seca total da folha. Nos frutos, as le-sões apresentam-se sob forma de pequenas manchas pardas,com contornos esverdeados, que em condições favoráveis for-mam grandes áreas necrosadas por coalescência (Fig. 4).

ETIOLOGIA

Xanthomonas campestris pv. passiflorae tem a for-ma de bastonete, é gram-negativa, móvel por um flagelo po-lar, não produz esporos ou cápsulas e mede 0,5 mm x 1,5 mm.Possui colônias em nuances amarelo-brilhantes, circulares,convexas e mucóides, tendo crescimento ótimo a 27°C.

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Fig. 3. Sintomas da mancha bacteriana em folhade maracujazeiro, causada pelabactéria Xanthomonas campestris pv.passiflorae.

Fig. 4. Frutos de maracujazeiro apresentando necroses causadas pelabactéria Xanthomonas campestris pv. passiflorae.

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DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA

A bactéria é transmitida pelas sementes e, até omomento, não foi relatada atacando outros hospedeiros. Con-dições de alta temperatura (35°C) e umidade são favoráveisao desenvolvimento da doença.

CONTROLE

o controle deve ser feito por meio de associaçãode métodos culturais, químicos e genético. Dentre as medi-das de controle cultural, destacam-se: utilizar mudas isentasde doença nas áreas de plantio; evitar o trânsito de veículos eo uso de ferramentas que tenham sido utilizadas em planta-ções doentes; efetuar poda, eliminando folhas e frutos doen-tes. Além dessas medidas, Ruggiero et aI. (1996) propõem autilização de adubações equilibradas, evitando o excesso denitrogênio que estimula o crescimento vegetativo, favorecen-do o ataque da bactéria, e também a utilização de quebra-ventos. Com relação ao controle químico, fazer pulverizaçõessemanais com produtos à base de Oxicloreto de cobre +mancozeb (Cuprozeb) na dosagem de 3 9 do produto comer-cial/litro de água. Produtores de maracujá de Uberlândia, MG,conseguiram controlar a doença utilizando-se suspensão deOxitetraciclina + sulfato de estreptomicina (Agrimicina) colo-cada no solo, ao redor das raízes de plantas em início dedesenvolvimento (comunicação pessoall" .0 uso de antibióti-cos, como forma de erradicação de fito bactérias e como tra-tamento preventivo em casos de elevada incidência, é pro-posto por alguns autores. São José (1994) e Ruggiero (1996)recomendam a agrimicina, na dose de 240 9 do produto co-mercial por 100 litros de água ou o Mycoshield, na dose de200 g/100 litros de água, repetidos a intervalo de 15 dias.

'Informação fomecida pelo professor Armando Takatsu, da Universidade Federal de Uberlãndia.

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Esses produtos apresentam boa compatibilidade com osdemais defensivos usados no maracujazeiro, inclusive comfungicidas à base de cobre. O tratamento deverá ser realizadono máximo duas vezes por ano, alternando-se os antibióticos.Seriam & Malavolta Junior (2000), através de ensaios de la-boratório e casa-de-vegetação, observaram que Gentamicina50%, Oxicloreto de cobre 84%, Oxitetraciclina 20% eOxitetraciclina 1,5% + sulfato de estreptomicina 15% po-dem ser empregados no tratamento de sementes de maracujácontra X. campestris pv. passiflorae. A busca por variedadesresistentes tem sido realizada por varios pesquisadores.

Seriam et alo (2000) testaram populações melhora-das de maracujazeiro-amarelo, desenvolvido pelo Centro de Fru-ticultura do Instituto Agronômico de Campinas-IAC, origináriosde Monte Alegre do Sul e de Vera Cruz, denominadas IAC-273,IAC-275 e IAC -277. Análises demostraram que a populaçãoIAC-275, de Vera Cruz, apresentou maiores níveis de resistên-cia em relação à população IAC-273-MAS, os demais apresen-taram comportamento intermediário. Romeiro (1995) ressaltaproblemas com a busca de resistência de plantas a bactériasfitopatogênicas, devido à alta taxa de variabilidade e mutabilidade.Muitas bactérias fitopatogênicas apresentam especialização fisi-ológica e, às vezes, multiplicidade de raças. Novas raças ten-dem a surgir, por mutação ou por recombinação genética, ocasi-onando a quebra do programa de melhoramento.

VíRUS DO ENDURECIMENTO DOS FRUTOS ( PWV)

O endurecimento dos frutos (Passion fruitwoodiness virus-PWV) é considerado a virose economicamentemais importante do maracujazeiro. No Estado do Pará, rela-tou-se, recentemente, nos Municípios de Capitão Poço e deSanta Isabel do Pará, causando prejuízos à produtividade equalidade dos frutos. O vírus causador dessa doença é dogênero potyvírus, de partículas alongadas e flexuosas.

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SINTOMAS

Nas folhas são observados mosaico, clareamentodas nervuras, manchas anelares, rugosidade, distorções emosqueado amarelo (Fig. 5). As plantas afetadas podem apre-sentar-se com crescimento retardado, bem como encurtamentodos internós. Os frutos afetados são deformados e menores(Fig. 6). O pericarpo apresenta espessura irregular e consis-tência endurecida (empedrado). Com o espessamento dopericarpo, há redução na cavidade da polpa.

Fig. 5. Sintomas do endurecimento dos frutosdo maracujazeiro causados pelo vírusPWV, em plantas de maracujá.

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Fig. 6. Fruto de maracujazeiro apresentando deformações provocadaspelo vvr«,

ETIOLOGIA

Essa doença é causada pelo vírus do endurecimen-.. ' ,

to dos frutos do maracujazeiro (Passion fruit woodiness virus- PWV). O vírus pertence ao gênero Potyvirus, famíliaPotyviridae. Trata-se de um vírus de RN'A de fita simples,apresentando partículas, alongadas e flexuósas. sem envelo-pe, com dimensõesde l2mm a ,15 mm x 750'tnm a 770 mm(Pio-Ribeiro & Mariano",r997h '

O vírús pode ser transmitido por enxertia de fo-lhas, mas não pelas sementes (Rezende, 1994)" No campo, atransmissão.natúrêl'se õã por meio~ChJS~puTgõeSMyzus persicaeSulz e Aphis qossvpii (Rug'giero et al, 1996), entre outrasespécies.

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DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA

o PWV é transmitido por inoculação mecânica parauma ampla gama de plantas hospedeiras, particularmente dafamília Leguminosae e, na forma estiletar ou não-persistente,por afídios (Myzus persicae, Aphis gossypii e Toxopteracitricidus). Não se conhece transmissão através de semen-tes. Esses hospedeiros, juntamente com a alta população devetores na área de cultivo, são as condições favoráveis àocorrência de epidemias, tornando-se mais importante eco-nomicamente quando a infecção ocorre em plantas jovens.

CONTROLE

Até o momento são desconhecidas medidas de con-trole curativo, prevalecendo medidas preventivas e a busca porespécies resistentes. Rezende(1994) relata que pesquisas, visan-do controle do PWV em maracujazeiro, têm sido intensificadas nabusca de espécies resistentes, através de introduções nativas ecultivadas e seleçãode isoladosfracos parao uso de premunização.A variabilidade genética entre as espécies de Passiflorae, princi-palmente as cultivadas, poderá revelar fontes de resistência outolerância de grande valor para o controle do PWV.

Medidas de controle devem ser adotadas com opropósito de retardar a disseminação do vírus, da mesmamaneira, evitando a introdução do vírus em locais onde omesmo não tenha sido registrado. Ruggiero et aI. (1996) su-gerem algumas medidas: conhecer a procedência e o estadofitossanitário das mudas; manter o pomar sempre limpo, evi-tando a formação de colônias de vetores nas plantas dani-nhas e em espécies silvestres de Passiflorae; erradicar os po-mares abandonados, para que não sirvam de reservatório devírus. Bezerra & Lima (1992) observaram que a premunizaçãocom estirpes fraca do vírus, em ocorrência de infecção natu-ral no maracujazeiro, foi incapaz de ocasionar a moléstia. Taylor

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& Greber (1973), na Austrália, obtiveram resultados satisfatórios,utilizando híbridos de maracujazeiro amarelo e roxo, tolerantes àdoença. Muitos estudos têm sido realizados na busca de plantasresistentes ao PWV. Novaes et alo (2000), estudando plantas deuma população comercial de maracujazeiro-amarelo, de duas po-pulações melhoradas e de três híbridos interespecíficos, para se-leção de plantas resistentes e/ou tolerantes ao PWV, verificaramque todas as plantas apresentaram sintomas severos de vírus,exceto uma planta da população comercial que apresentou sinto-mas pouco evidentes de mosaico e baixa concentração do vírus.

QUEIMA DA TEIA MICÉLlCA

A queima-da-teia-micélica, causada pelo fungoThanatephorus cucumeris, forma perfeita de Rhizoctoniaso/ani, foi constatada recentemente atacando maracujazaisdos Municípios de Capitão Poço, Igarapé-Açu, Santa Isabeldo Pará e Maracanã. No Estado do Pará, o patógeno causa ameia do feijoeiro e a mancha areolada em seringueira e citrus.O ataque T. cucumeris em plantios de maracujazeiro no Brasilsó foi relatado no Estado do Pará, principalmente no períodochuvoso, no qual prevalecem as condições de alta umidaderelativa e abundante precipitação pluvial.

SINTOMAS

No estádio inicial, as folhas apresentam pequenasmanchas de forma circular aquosas e de coloração verde-clara(Fig. 7a) e à medida que crescem, coalescem, surgindo áreasnecrosadas (Fig 7b) de forma irregular, circundadas por um haloamarelo. Sobre as lesões podem ser observadas hifas do fungoque se estendem rapidamente sobre as áreas sadias, unindo asfolhas através de uma teia micélica, e sobre essas formam-semicroescleródios. O estágio final da doença resulta no secamento(Fig. 7c) e queda das folhas, causando queda de produtividade.

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A: estágio inicial

....•co

B: estágio intermediário C: estágio final

Fig. 7. Sintomas da queima-da-teia-micélica em folhas de maracujazeiro, causados pelo fungoThanatephorus cucumeris.

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ETIOLOGIA

o agente causal da queima-da-tela-rnlcéllca ~ ofungo Thanatephorus cucumeris (Frank) Donk (sinônimo:Pellicu/aria ko/eroga), cuja fase imperfeita é classificadacomo Rhizoctonia soleni Kuhn. p~itence à classe dosBasidiomicetos, ordem-Tulasnellales. No' estádio anamórfico(R. sotenit, produz escleródios .superficiais. pequenos, me-dindo de 0,2 mm a 0,5' mm de diâmetro, brancos quandonovos e castanhos a castanho-escuros quando maduros.Ásperos, subglobosos, não apresentando tufos de micélio.As hifas medem de 6 pm a 8. pm de largura, apresentamramificações em ângulo reto e parede delgada, são hialinas

. quando novas e, à medida que envelhecem, tornam-se cas-tanhas. O estádio teleornórfico (T. cucumeris) compreendevários grupos de anastomose, possuindo cada grupo carac-terísticas morfológicas, fi,siol6gicas e patogênicas diferen-tes. A variabilidade ocorr.e entre isolados obtidos de diferen-tes áreas e também dentro da mesma área. O fungo apresen-ta frutificações brancas, com um himê'nio descontínuo, for-mado por um conjunto de basídias. As basídias medem de15 pm a 18 pm x 8 pm a 10 pm, e formando-se, na extremi-dade da basídia, quatro esterigmas quase retos e levementedivergentes, medindo 15 f-Im x 3 pm. Os basidiosporos sãohialinos, lisos, delgados, oblongos e elipsoidais com um doslados planos ou ovalados.

DESENVOLVIMENTO' o'A .DQENÇ~...~

Entre os fatores .clirnáticos que favorecem o de-senvolvimento da queirna-da-teia-micélica encontram-se ele-

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vadas temperaturas e preclpitações freqüentes, acompanha-das de alta umidade relativa. Nessas condições, são produzi-das grandes quantidades de esporos responsáveis pela disse-minação secundária do patógeno dentro de uma mesma cul-tura, realizada principalmente pelo vento.

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CONTROLE

Devido à doença ocorrer principalmente duranteo período chuvoso, os produtores deverão monitorar seusplantios nessa época. Assim que constatarem os primeirossintomas, deverão realizar pulverizações quinzenais, alter-nando produtos à base de oxicloreto de cobre + mancozeb(Cuprozeb) na dosagem de 3 g do produto comercial/litrode água ou com produtos á base de pencycuron (Monceren)na dosagem de 1 g do produto comercial/litro de água.Como medida complementar, recomenda-se retirar da áreade 'plantio .as folhas caídas no chão e plantar o maracujazei-ro próximo aos cultivos de feijão, caupi e citros, hospedei-ros do fungo.

SECAMENTO DOS RAMOS E PODRIDÃO DOS FRUTOS

o secamento dos ramos e o apodrecimento dosfrutos do maracujazeiro, causados pelo fungo Phomopsis sp.,foram constatados em 1999, em plantios localizados no Mu-nicípio de Igarapé-Açu. Nos ramos, a doença só ocorre emplantas com alta incidência da queima-da-teia-micélica, queprovoca intenso desfolhamento, deixando os ramos expos-tos, criando assim uma condição favorável ao Phomopsis sp..Nos frutos, os sintomas são semelhantes aos da antracnose.

SINTOMAS

Inicialmente, nos ramos, surgem lesões circularescom 0,5 cm a 0,8 cm de diâmetro, deprimidas, com bordosbem definidos, de coloração pardo-escura. Posteriormente,observa-se a presença de grande quantidade de picnídios,ocasionando o secamento e morte dos ramos (Fig. 8). Nosfrutos, inicialmente as lesões são oleosas, que progridem,tornando-se necróticas (F-ig. 9), em que se formam grande

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número de corpos de frutificação do fungo (picnídios). Ge-ralmente, as lesões são invadidas pelo fungo causador daantracnose. Esta associação acelera a deterioração dos fru-tos (Fig.10), tornando-os imprestáveis para consumo, umavez-que a podridão atinge a polpa.

Fig. 8. Secamento dos ramos do maracujazeiro causado pelo fungoPhomopsis sp.

Fig. 9. Fruto de maracujazeiro com sintoma inicial de podridão, causadopelo fungo Phomopsis sp.

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Fig. 10. Fruto de maracujazeiro, com polpa apresentando podridão cau-sada pela interação dos fungos Phomopsis sp. e Colletotrichumgloeosporioides.

ETIOLOGIA

Picnídios com dois tipos de conídios: beta(filiforme com uma das extremidades curva, em forma deum gancho) e alfa (fusóides ou oblongos com as extremi-dades arredondadas, bigutulados, Menezes & Oliveira, 1993).

DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA

Condições de elevada umidade induzem a libera-ção dos conídios, envoltos por uma substância mucilaginosaatravés do ostíolo do picnídiós, formando massasfilamentosas denominada de cirros, Os conídios são dissemi-nados pela água de chuva e orvalho, à curta distância dentroda própria planta.

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CONTROLE

Preventivamente, deve-se controlar o patógenocausador da queima-da-teia-micélica associado a uma aduba-ção equilibrada, permitindo assim que as plantas tenham umbom desenvolvimento vegeta:tivp. Além disso, o patógeno

. ··l,~ •..• ;-rcausador do secamento dÓ$ ramos-pode ser controlado compulverizações semanais Ó'óm produtos normalmente utiliza-dos para controlar outras. doe'n~'ásda parte aérea do maracu-jazeiro, ou seja, Oxicloréto.de cóbre + mancozeb (Cuprozeb),na dosagem de 3 g do p'f'detíto "comercial/litro de água. Ra-mos secos devem ser retirados dos plantios e queimados.

ANTRACNOSEA antracnose é causada pelo fungo Colletotrichum

gloeosporioides. Trata-se de doença de alta importância poratacar toda a parte aérea das plantas em qualquer idade,sendo de difícil controle quando as condições climáticas sãofavoráveis às epidemias.

SINTOMAS

Nas folhas, os sintomas comumente surgem nosbordos do limbo, através de manchas de aspecto aquoso, detonalidade mais escura que o verde normal, relativamente gran-des (1 cm ou mais). Posteriormente, as lesões tornam-se cla-ras, os tecidos se desagregam, dando a impressão de que aporção afetada está "derretida". No centro da área necrosada,podem surgir áreas brancas ou acinzentadas, com rachadu-ras. Mais tarde, essas lesões adquirem coloração pardacenta,tomando grandes porções das folhas que resultam em inten-so desfolhamento no final. Nos ramos, lesões inicialmentecom o aspecto oleoso evoluem formando câncros que ex-põem os tecidos do lenho. Nos frutos jovens, as lesões pas-

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sam da aparência oleosa para a pardacenta, com a forma-ção de tecido corticoso, deprimido e murcho (Fig. 11). Nosfrutos maduros, verificam-se lesões deprimidas de colora-ção escura que afetam a polpa, muitas vezes, apresentan-do-se na forma de podridão mole e provocando queda dosfrutos (Fig. 12). ,',' .

Fig. 11. Lesões iniciais de antracnose, em frutos de maracujazeiro, cau-sadas pelo fungo Colletotrichumgloeosporioides.

ETIOLOGIA

o agente da antracnose é o fungo Colletotrichumgloeosporioides, pertencente à subdivisão Deuteromycetes,ordem Melanconiales e família Melaconiaceae. Sua forma per-feita é Glomerella cingulata, da subdivisão ascomycetes, or-dem Xylariales e família Polystigmataceae. A disseminaçãodo patógeno ocorre através de sementes, respingos de chu-va, insetos e implementos agrícolas. A sobrevivência se dáem restos de cultura e em tecidos afetados na própria planta,fazendo com que a doença seja mais freqüente e severa emuma determinada área, a partir do segundo ano de cultivo.

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Fig. 12. Estágio final da antracnose, em frutos de maracujazeiro, cau-sado pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides.

DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA

A doença é favorecida por alta umidade, especi-almente com chuvas freqüentes e abundantes, temperatu-ra média, por volta de 26°C a 28°C. O fungo sobrevive emrestos de cultura e em tecidos afetados na própria planta,fazendo com que a doença seja mais freqüente e severa emuma determinada área, a partir do segundo ano de cultivo.

CONTROLE

Existem muitas informações e resultados de pesqui-sas sobre o controle da antracnose, estendendo-se até a pós-colheita. Os controles químico e cultural são os mais utilizados.Existem estudos utilizando a termoterapia. O controle preventi-vo das moléstias da parte aérea do maracujazeirodeve iniciar nosviveiros, instalando-os distantes de plantios comerciais. Pomaresdispersos são menos afetados porC. gloeosporioides. Deve-se incluir a proteção contra ventos for-

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tes e utilizar produtos à base de cobre como preventivo. Caso adoença se instale no plantio, o controle curativo é feito atravésde aplicações semanais de fungicidas à base de cobre, alterna-dos com benomyl, maneb, Zineb ou outro (Ruggiero, et aI. 1996).

Segundo Ruggiero et aI. (1996), a incidência ele-vada da antracnose no maracujazeiro está associada à presen-ça de bacteriose.

São José (1994) recomenda Benlate 500 a 0,05%;Cercobin 700 PM a 0,07%; Cercobin 500 CS a 0,1%, Tecto600 a 0,09% ou Folicur a 0,075%, com o propósito de testar aeficácia contra a severidade da doença. Atualmente, tem ocorri-do crescente interesse por produtos naturais fungitóxicos, deação benéfica para o ambiente, economicamente viável e segu-ro quanto ao manuseio. Pereira et aI. (2000), em avaliações "invitro" de extratos alcoólicos de plantas, como abiu, caju e pau-de-balsa, inibiram 100% a germinação de conídios deColletotrichum gloeosporioides. Pessoa et aI. (2000) testou oefeito do óleo essencial e tinturas de Ocimum basilicum L. a0,2% e a tintura de planta frescas a 20%, reduzindo o cresci-mento micelial em 91 %, para esse fungo.

O controle da doença na fase pós-colheita é bastan-te efetivo, colocando-se os frutos em água quente a48 DC, por 10 minutos, e 54 DC, nos tempos de 1 e 5 minutos(Peruch et aI.1998).

CLADOSPORIOSE E VERRUGOSE

A doença é causada pelo fungo Cladosporumherbarum, que ataca a maioria das paseltloraceee, É uma do;ença de múltiplas manifestações, vulgarmente conhecida porfalsa verrugose dos frutos, cancro-dos-ramos novos e perfu-rações foliares. No Estado do Pará, a doença tem ocorrido emtodos os locais onde se cultiva o maracujazeiro, prejudican-do o desenvolvimento da planta e reduzindo a produção.

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SINTOMAS

o patógeno pode afetar toda a parte aérea daplanta, em qualquer estádio de desenvolvimento. As mu-das, quando infectadas, sofrem atraso ou paralisação docrescimento (São José, 1994). Nos ramos, gavinhas, folhase flores, os sintomas caracterizam-se por pequenas man-chas circulares, inicialmente translúcidas, mas que progri-dem para uma lesão abaixo da epiderme, com uma porçãocircular azul-escura, circundada por um halo mais claro,acinzentado, lembrando um olho de pássaro. Posteriormente,o tecido afetado se desprende, originando uma perfuraçãono limbo foliar. As folhas afetadas apresentam perfuraçõese encarquilhamento, podendo haver acentuadodesfolhamento.

Quando o ataque ocorre em frutos menores que3 em de diâmetro, resultam em lesões inicialmentetranslúcidas, deprimidas, circulares, sob as quais se desen-volvem um tecido corticoso, que após pouco tempo se tornasaliente, rompe a epiderme e forma pústulas de coloraçãoamarelo-clara, que pode alcançar 3 mm a 5 mm de diâmetro(Fig. 13). Apesar dos frutos atacados perderem o valor co-mercial, internamente, as sementes e a qualidade do suconão são afetadas. Nos órgãos florais, observam-se manchasarredondadas uniformes e que com a evolução da doença,acarreta o desprendimento do centro da lesão, causando per-furações.

o fungo causador da verdadeira verrugose,Sphaceloma sp., foi isolado recentemente de folhas de mara-cujazeiro em plantios comerciais localizados no Município deIgarapé-Açu (Fig. 14 ).

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Fig. 13. Sintomas da c1adosporiose em frutos de maracujazeiro.

,Fig. 14. Sintomas da verdadeira verrugose (Sphaceloma sp.) em fo-

lhas de maracujazeiro

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<ETIOLOGIA

o aqerrte causal desta doença é o fungoCladosporium_ herberium , pertencente à classe dosDeuterornicetos, série ,Bla~tos'porae (Menezes & Oliveira,1993). ASA6!'l~ições p,ar~'áseveridade da doença na RegiãoAmazônic~):~1~.o:.a,~â,ltá'.Uh1idad~,aelevada temperatura e operíodo chuvoso-;-<àlem,d'aexistência de tecidos jovens, prin-cipalmente.jde.tlorese de·frutos .

•~ , . Ij. I ,,,',:~!,-',',::..~ .DESENVOLVII\(II;NTO"r:;>A''ÜOENÇA

A disseminação do patógeno pode ser realizada,- entre outros meios, através de mudas infectadas.

Sombreamento e plantas estressadas são consideradas tam-bém condições favoráveis ao desenvolvimento da doença.

CONTROLE

A cladosporiose 'ocas'lona redução no valor co-mercial dos frutos, embora, internamente, as sementes e aqualidade do suco não '-sejam afetadas.' Razão de não serecomendar a aplicação de' funqicidas nos frutos, quandoseu destino é .a. indústria de sucos (Pio-Ribeiro & Mariano,1997). -.. '".

Manica (1981) recomenda a utilização de mudasisentas de doenca, evitar a transicão de veículos e ferramen-

I •••. I

tas utilizados em pomares doentes: eliminar ramos, gavinhase frutos afetados; e adotar o controle preventivo comfungicidas à base de cobre. Ruggiero et aI. (1996) compro-vam a eficiência dos fungicidas: Orthocid 500 a 0,24%; Captan500 a 0,2% ou Dacobre PM a 0,35%, no controle dacladosporiose.

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PODRIDÃO DO COLETO E DAS RAizES

A podridão do colo e das raízes é causada pelofungo Fusarium so/ani, forma imperfeita de Nectriahaematococca. Até o momento, a doença não tem causadodanos econômicos, afetando poucas plantas; ao contrário dapodridão causada por Fusarium oxvsporum, não constatadano Pará, que causa danos expressivos. A podridão do coletocaracteriza-se, principalmente, pelo deperecimento e morteda planta, em conseqüência do, apodrecimento dos tecidosdas raízes e do coleto. Esta doença ~oi relatada pela primeiravez na África, onde foi observado que práticas culturaisinadequadas favorecem o desenvolvimento das lesões(Emechebe & Mukiibi, 1976). e reçentemente no Brasil, porNunes & Albuquerque (1995):

SINTOMAS

A doença caracteriza-se pela paralisação do de-senvolvimento da planta, murcha e secamento rápido dasfolhas, as quais permanecem presas à planta por algumtempo. Na região do coleto e nas raízes laterais de plantasmurchas, pode-se observar o apodrecimento do tecido docórtex, no início de consistência dura e, posteriormente,adquire aspecto de tecido córtical esponjoso. A podridão

. pode se estender até 10 cm acima do nível do solo, evolu-indo para extensa necrose que envolve as raízes e toda aregião do coleto (Fig. 15). Nos tecidos necrosados, pode-se observar o micélio de coloração branca e peritécios ver-melhos do patógeno (Nunes & Albuquerque, 1995).

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Fig. 15. Podridão do coleto em maracujazeiro cau-sada pelo fungo Fusarium so/ani.

ETIOLOGIA

o agente causal da doença é o fungo Nectriahaematococca, encontrado comumente nos tecidos necrosados.A fase imperfeita é classificada como Fusarium solani. Em meiode cultura, as colônias do fungo produzem microconídios emacroconídios (Fig. 16) e, a partir do décimo dia, sobre hifasaéreas, peritécios de coloração vermelha, tendo em seu interiorascos e ascosporos (Fig. 17). A partir de culturas monospóricasisoladas de conídios e de ascosporos nos meios de cultura BDAe batata-sacarose-ágar (BSA), formam-se frutificações do está-dio teleomórfico, ou seja, os peritécios de coloração vermelha.Trata-se, portanto, de um fungo homotálico. Embora isoladosheterotálicos de N. haematococca sejam mais patogênicos, oagente da podridão do coleto, mesmo sendo homotálico, temhabilidade para colonizar os tecidos do maracujazeiro.

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Fig. 16. Ascos e ascos poros de Nectria haematococca e conídios deFusarium so/ani agente causal da fusariose do maracujazeiro.

Fig. 17. Peritécios de Nectria haematococa, agente causal da fusariosedo maracujazeiro.

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DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA

Solos mal drenados, úmidos, que acumulam águaapós período prolongados de chuvas, associados às tempe-raturas elevadas, favorecem ao desenvolvimento da doen-ça.

CONTROLE

Para limitar a ocorrência da doença, recomenda-seevitar- o plantio em solos mal drenados e cultivados anterior-mente com espécies sujeitas ao ataque do mesmo patógeno.Tratos culturais cuidadosos, que evitem cortar raízes ou feriro colo ou o tronco das plantas, são igualmente importantes.Plantas com sintomas da doença deverão ser retiradas e quei-madas fora da área de plantio. Aplicações de benomyl a 500ppm €i captan a 1.500 ppm, em volta do coleto de maracuja-zeiros sadios, circunvizinhos dos infectados, vêm contribuin-do para reduzir o avanço da doença.

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