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Documentos ISSN OlW86ây Dezembro, 2006 750 Mel: Características e 1 i I

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Documentos ISSN O l W 8 6 â y Dezembro, 2006 750

Mel: Características e

1

i I

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ISSN 0 104-866X

Dezembro. 2006

I . - - . -- AIISEDE + i

#

Documentos 750

Mel: Características e Propriedades

Ricardo Costa Rodrigues de Camargo Fábia de Mello Pereira Maria Teresa do Rêgo Lopes Luiz Fernando Wolff

Teresina, PI 2006

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Meio-Norte Av. Duque de Caxias, 5.650, Bairro Buenos Aires, Caixa Postal: 01 CEP 64006-220Teresina. PI. Fone: (86) 3225-1 141 Fax: 1861 3225-1 142 Home page: www.cpamn.embrapa.br [email protected]

Comitê de Publicações

Presidente: Milton José Cardoso Secretária-Executiva: Ursula Maria Barros de Araújo Membros: Alitiene Moura Lemos Pereira, Angela Pucknik Legat, Humberto Umbelino de Sousa, Claudia Sponholz Belmino, José Almeida Pereira, Rosa Maria Cardoso Mota Alcântara. Eugênio Celso Emérito Araújo e Aderson Soares de Andrade Júnior

Supervisor editorial: Ligia Maria Rolim Bandeira Revisor de texto: Lígia Maria Rolim Bandeira Normalizacão bibliográfica: Orlane da Silva Maia Editoração eletrônica: Jorimá Marques Ferreira

1' edição 1' impressão (2006): 300 exemplares

Todos os direitos reservados. A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violacão dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicacão ICIPI Embrapa Meio-Norte

Mel : características e propriedades 1 Ricardo Costa Rodrigues de Camargo ... [et al.1. - Teresina : Embrapa Meio-Norte, 2006. 28 p. ; 21 cm. - (Documentos 1 Embrapa Meio-Norte, ISSN 0104-

866X ; 1501.

1. Mel. 2. Composição de alimento. 3. Propriedade físico-química. I. Camargo, Ricardo Costa Rodrigues de. II. Embrapa Meio-Norte. III. SBrie. CDD 638.1 (21. ed.1

0 Embrapa, 2006

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Autores

Ricardo Costa Rodrigues de Camargo Engenheiro Agrônomo, MSc., Embrapa Meio-Norte, Av. Duque de Caxias, 5.650, Caixa Postal 01, CEP 64006-220 Teresina,PI [email protected]

Fábia de Mello Pereira Engenheira Agrônoma. Dra., Embrapa Meio-Norte, Av. Duque de Caxias, 5.650, Caixa Postal 01, CEP 64006-220 Teresina,PI

Maria Teresa do Rêgo Lopes

Engenheira Agrônoma, MSc., Embrapa Meio-Norte, Av. Duque de Caxias, 5.650, Caixa Postal 01,

CEP 64006-220 Teresina,PI [email protected]. br

Luiz Fernando Wolff Engenheiro Agrônomo, Dr., Embrapa Meio-Norte,

Av. Duque de Caxias, 5.650, Caixa Postal 01, CEP 64006-220 Teresina,PI [email protected]

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Apresentacão

O mel é usado pelo homem como alimento e por suas propriedades tera- pêuticas desde a pré-história. Por vários séculos, foi retirado dos enxames de forma extrativista e predatória, muitas vezes causando danos ao meio ambiente, matando as abelhas. Entretanto, com o tempo, o homem foi aprendendo a proteger seus enxames, instalá-los em colméias racionais e manejá-los de forma que houvesse maior producão de mel sem causar prejuízo para as abelhas. Nascia, assim, a apicultura.

O Brasil, particularmente, apresenta características especiais de flora e clima que, aliados A presenca da abelha africanizada, lhe conferem um potencial fabuloso para a atividade apícola, ainda pouco explorada. Assim, a grande diversidade das floradas silvestres confere ao país vantagens em relação aos seus concorrentes, face ao elevado potencial para produzir mel livre de contaminaçóes, com características únicas e para aumentar a sua producão, em funcáo da grande disponibilidade de pasto apícola nativo ainda pouco explorado.

Em funçáo do grande potencial par a producão de mel, principalmente na regiáo Nordeste, com destaque para o Estado do Piauí, maior produtor da regiáo e um dos maiores do pais, se faz necessário a condução de pesqui- sas, que visem a caracterização dos diferentes tipos de méis produzidos na região, para a sua devida agregacão de valor.

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Sendo assim, essa publicacão tem o objetivo de disponibilizar informacões aos apicultores e técnicos, a respeito das características específicas do mel, como produto natural único, contribuindo assim, para um melhor conhecimento desse produto tão importante na geração de renda, principal- mente para a agricultura familiar, e divisas para o país .

Valdernicio Ferreira de Sousa

Chefe-Geral da Embrapa Meio-Nofle

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Sumário

Mel: Características e Propriedades .............................. . - . Definicão e importancia ............................. ........... .............

. . .................................. ..................................... Composicao ...

.............................................................................. Acúcares

Água ....................................................................................

............................................. ............................. Enzimas ...

Proteínas .............................................................................. . ................................................................ Ácidos organicos

.......................................... Minerais .................................... ...

Vitaminas .............................................................................

.......................................................... Outros componentes

Propriedades .........................................................................

................................ ............................... Aroma e sabor ..

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Cor ...................................................................................... 19

Cristalização ...................................................................... 2 0

Fermentação ...................................................................... 22

. . Higroscopicidade .............................................................. 24

Terapêuticas ...................................................................... 24

- . Referencias ................... .. .................................................... 25

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Mel: Caracteristicas e Propriedades

Costa Rodriguw & C a m m Fdbia de Meu0 W m Mari;aT-doR&oLopas LuirFeman& W M

Definição e Importinda

O mel B a suhtdncia viscosa, aromática e açuarads obtida s partir o mktar das flores elou nect6rios extraflorais e emudatoi ~carlnlco secrmdoa por insetos sugadores de seiva, que as abelhas meliflca produm. (ng 1)

1 ' - ' V .

8- d m! 44

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10 Mel: Caracferistim e Propriedades

O néctar é transportado para a colônia, onde irá sofrer mudanças em sua concentração (perda d'água) e composicão química, para só então ser armazenado nos alvéolos. Segundo Crane (1 980). o néctar pode variar entre 3 % e 8 7 % de açúcares, mas na maioria dos casos essa concentração fica entre 30 % e 4 0 %. Mesmo durante o seu transporte, secreções de várias glândulas, principalmente das glândulas hipofaringeanas são acrescentadas, introduzindo ao material original enzimas como a invertase (Ctglicosidase), diastase Ia e 0 amilase), glicose oxidase, catalase e fosfatase.

A importância do mel na nutricão humana não se limita apenas a sua característica adocante, podendo ser usado como excelente substituto do acúcar refinado de cana de acúcar, a base de sacarose. E prontamente absorvido pelo organismo, em virtude de sua composição química, especificamente com os principais tipos de acúcares presentes Ifrutose e glicose). Deve ser considerado como alimento de alta qualidade, rico em energia e inúmeras outras substâncias benéficas ao equilíbrio dos processos biológicos de nosso organismo. Principalmente, para crianças e idosos, o mel pode ser u m carboidrato mais palatável e mais facilmente absorvido, tendo seu valor calórico, usualmente definido como 3.04 kcallg.

Embora, seja um alimento energético de altíssirna qualidade, fator que deveria estar atrelado ao seu consumo, a sua utilização pela população brasileira esta principalmente voltada ao aspecto medicinal, sendo utilizado, nos casos de gripes e resfriados, tendo seu consumo aumentado substancialmente nos meses mais frios do ano, época de maior incidência dessas enfermidades. Na medicina popular são inúmeras as receitas e "garrafadas", que juntamente com diversas plantas medicinais, utilizam o mel como um de seus principais componentes.

Segundo Campos (1 987), a composicáo média do mel pode ser resumida a três componentes principais: acúcares, água e diversos. Por detrás dessa aparente simplicidade, esconde-se um dos produtos biológicos mais complexos.

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Apewr de o ml ser basicamente uma solução Saturada de agkare9 e dgm, aaui mas mponentes, aliados As ceiracterídcas da fonte fl 4 que o originuu, lhe conferem um aito grau de complexidade. Y farm t encontrados 1 81 diientes substâncbs no mel, algumas n b e n w a em nsnhum wtro lugar (CRANE, 1 980).

As v a r i m em sua -@o tih origem nas caracteiískm~ i

-[ficas das diferentes fontes florais, que por sua vez Ido ssr responaAveia tambám par suas propriedades flsico-qulmicas, sensori terapbutieas, influenciando também no processo de cristalizaçk.

Açúcares

Os BMrdgaie componentes do mel d o os agticarm d os r n o m i a w ~ ~ ~ e por 80% da total IWHiiE, 19751, já os dissamWmt iricluindo u somam 10% (Tabela li.

T W 1. Campmwo de arhidratos no mel

I

Entretanto, Whita e Siciitano 11 9801 encontreram em aiguns açQca~ss incomum como a iaomitose, nigerose, leucama e

Enue os dois principais açCicares do mel, frutose e fmmw prsdwnina bemente, mas existem alguns mais glcoss que frutose. Em relação B infiudncia na wa d d t ~ d e , frutwie 4 geralmeme mais doce que a sacarose, a

i

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que ambos e o outro dissaceirldeo mais comum, a maltose B menos doce ainda ICRANE, 1980). Ou seja, quanto maior for a concentram de frutose no mel, meio doce ele serd.

A alta concentração de diferentes tipos de açBceres B responsável pelas d i v e r ~ ~ s propriedades flsicas do mel, tais cwno visccisidade, densidade, hiiroscopiciide, capacidade de granuiaçáo (cristalização) e vaiores calóricos (CAM WS, 1 987).

AIBm dos açúcares, a dgua presente no mel tem papel Importante na sua qualidade e características.

Segunda Seemann e Neim (1 9881, o mnte6do de igua no moi 6 uma dae características mais impwtantes, influenciando diretamimtu na sua viscosidade, pes~ especlfio, maturidade, cristalkaçlo, sabor, consawaç80 e palata bilidade.

A Bgua presente no mel a p r e m forte inter- com tis moléculas dos aqúcares, deiirando pwcas mokulas de Bigua diodveis para os rnicroorgsnismoi (vE~SSIMO, 1 987). Esta mesma Bgua que se apresem livre, segundo o mesmo autor, pode ser caracterizada coma a atividade de água (aw), m p o n d e n d o B maior ou menor intensidade com que a Bgua astB retida aos aç4cares, sendo expressa em uma escala de O a 1.

! Muitas espécies de bactérias Mm seu crescimnto comptetamente inibido por uma aw baixa, jB os fungos têm uma tolerAracia maior a baixas aw.

o que ocorre com a bactéria Staphylococcus aureus que, apesar de apresentar uma excepcional toledncia baixa aw, q u n d o Molan (19921 b uma das espécies mais senshrei atividade antibacteriana do mel.

O contet5do de Agua do &I pock variar de 15 % a 21 96, sendo mmalmerrte encontrados níveis de 17 % (MENDES; COELHO, 1 8831. Aptmr de que a legislação brasileira permita um valor m á x i i de 21 %, valwes acima de 18 % jB podem comprometer sua qualidade final.

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Mel: Caracteristicas e Propriedades 1 13

Entretanto. níveis bem acima desses valores j6 foram encontrados por diversos pesquisadores em diferentes tipos de méis IAZEREDO, M.A.A.; AZEREDO, L.C., 1999; CORTOPASSI-LAURINO; GELLY, 1991 ; MARCHINI, 2001; SODRÉ, 2000; STONOGA; FREITAS, 1991 1.

Enzimas

Segundo Crane (1 980). a adicão de enzimas pelas abelhas ao néctar irá causar mudanças químicas, que por sua vez irão aumentar a quantidade de acúcar, o que não seria possível sem essa ação enzimática.

A enzima invertase adicionada pelas abelhas transforma 314 da sacarose inicial do néctar coletado nos açúcares invertidos glicose e frutose, ao mesmo tempo em que acúcares superiores são sintetizados, não sendo presentes no material vegetal original. Sua acão B contínua até que o "amadurecimento" total do mel ocorra.

Dessa forma, pode-se definir o amadurecimento do mel como a inversão da sacarose do néctar pela enzima invertase e sua simultânea mudanca de concentracão.

A enzima invertase irá permanecer no mel retendo sua atividade por algum tempo, a menos que seja inativada pelo aquecimento, mesmo assim o conteúdo da sacarose do mel nunca vai a zero. Essa inversão de sacarose em glicose e frutose produz uma solução mais concentrada de acúcares. aumentando a resistência desse material a deterioracão por fermentação, promovendo o armazenamento de um alimento altamente energético em um espaco mínimo (alv6olo).

Outras diversas enzimas, como a diastase, catalase, a-glicosidase,

peroxidase, lipase, amilase, fosfatase ácida e inulase já foram detectadas no mel por diferentes autores (HUIDOBRO et al., 1995; SCHEPARTZ; SUBERS, 1966; WHITE; KUSHINIR, 1967).

A diastase quebra o amido, sendo sua funcão na fisiologia da abelha ainda

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14 1 Mel: Caracfehficas e Propriedades

não claramente compreendida, podendo estar envolvida com a digestão do pólen, mas como ela apresenta alto grau de instabilidade frente às temperaturas elevadas, sua presença ou não se faz importante na tentativa de se detectar possíveis aquecimentos do mel comercialmente vendido, apesar de que também em temperaturas ambientes ela pode vir a se deteriorar, quando o armazenamento for prolongado.

A catalase e a fosfatase são enzimas que facilitam a associacão açúcar- álcool, sendo um dos fatores que auxiliam na desintoxicação alcoólica pelo mel (SERRANO; VILLANUEVA; MARQUINA, 1994). Entretanto, segundo Weston, Brocklebank e Lu (20001, a catalase presente no mel se origina do pólen da flor, e sua quantidade no mel depende da fonte floral do pólen e de quanto pólen foi coletado pelas abelhas.

A glicose-oxidase que em soluções diluídas é mais ativa (WHITE, 1975). reage com a glicose formando ácido glucônico (principal composto ácido do mel) e peróxido de hidrogênio, sendo esse último capaz de proteger o mel contra a decomposição bacteriana, até que seu conteúdo de açúcares esteja alto o suficiente para fazê-lo (MENDES; COELHO, 1983; SCHEPARTZ; SUBERS, 1966).

Segundo White, Subers e Shepartz (1 963). a principal substância antibacteriana do mel é o peróxido de hidrogênio, sendo sua quantidade presente no mel dependente tanto dos níveis de glicose-oxidase, quanto de catalase, uma vez que a catalase destrói o peróxido de hidrogênio (WESTON; BROCKLEBANK; LU, 2000).

Proteínas

Em concentrações bem menores se encontram as proteínas ocorrendo apenas em traços. As proteínas do mel têm duas origens, vegetal e animal.

Sua origem vegetal advém do néctar e do pólen, sendo sua origem animal pioveniente da própria abelha (WHITE; RUDYJ, 1978). No segundo caso,

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Mel: Caracteristicas e Propriedades 1 1 5

trata-se de constituintes das secreções das glândulas salivares, conjuntamente com produtos recolhidos no decurso da colheita do néctar, ou da maturação do mel (CAMPOS, 1987).

Wootton, Edwards e Faraji-Haremi (1 976) constataram na composição de seis amostras de méis australianos, os seguintes aminoácidos livres em suas composições: leucina, isoleucina, histidina, metionina, alanina, fenilalanina, glicina, ácido aspártico, treonina, serina, ácido glutâmico, prolina, valina, cisteina, tirosina, lisina e arginina.

Dentre esses aminoácidos, a prolina proveniente das secreções salivares das abelhas, é o que apresenta os maiores valores, variando entre 0,2 % e 2,8 %, sendo, juntamente com o conteúdo de água, usada como um parâmetro de identificação da "maturidade" do mel (COSTA et al., 1999). Segundo Ohe, W., Dustmann e Ohe, K. (1 991) é necessário pelo menos 200 mg de prolinaikg de mel.

Ácidos Orgânicos

Os ácidos orgânicos do mel representam menos que 0,5% dos sólidos, tendo um pronunciado efeito no sabor, podendo ser responsáveis, em parte, pela excelente estabilidade do mel frente a microorganismos, ou seja, pela dificuldade de proliferação de alguns microorganismos no mel.

Na literatura, pelo menos 18 ácidos orgânicos já foram citados. Sabe-se que o ácido glucõnico está presente em maior quantidade (sendo sua presenca relacionada com as reações enzimáticas que ocorrem durante o processo de amadurecimento), já em menor quantidade podem-se encontrar outros ácidos como: acético, butírico, Iático, oxálico, fórmico, málico, succínico, pirúvico, glicólico, cítrico, butíricolático, tartárico, maléico, piroglutâmico. a-cetoglutárico, 2- ou 3-fosfoglicérico, a-ou p- glicerofosfato e vínico (MENDES; COELHO, 1983; STINSON et al., 1960; WHITE, 1975).

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1 6 1 Mel: Csracrerísricas e Propriedades

Minerais

Os minerais, por sua vez, estão presentes numa concentração que varia de 0,02 % a valores próximos de 1 %. White (1 975) constatou valores de 0,15 % a 0.25 % do peso total do mel.

Entre os elementos químicos inorgânicos encontrados no mel, podemos citar: cálcio, cloro, cobre, ferro, manganês. magnésio, fósforo, boro, potássio, silício, sódio, enxofre, zinco, nitrogênio, iodo, rádio, estanho, ósmio, alumínio, titânio e chumbo (PAMPLONA. 1989; WHITE, 1975).

Méis mais escuros tendem a conter mais minerais do que méis mais claros.

Vitaminas

O mel não pode ser considerado como um produto "vitaminado", apesar de que muitos rótulos e propagandas vinculam essa informação equivocada, uma vez, que as vitaminas presentes no mel só aparecem em quantidades muito pequenas (traços) para que haja alguma importância nutricional.

Embora, em concentraqóes ínfimas, vitaminas, tais como: E1 (tiamina), complexo E2 (riboflavina, niacina), E6 (pyridoxina), ácido pantotênico e C (ácido ascórbico) e D são encontradas no mel (CRANE, 1980). sendo facilmente assimiláveis pela associacão a outras substâncias como o hidrato de carbono, sais minerais, oligoelementos, ácidos orgânicos e outros. A filtração comercial do mel pode reduzir seu conteúdo de vitaminas, exceto a de vitamina K (HAYDAK et al., 1943). Segundo Kitzes, Schuette e Elvehjem (1943) tal filtracão retira do mel o pólen, que seria o responsável pela presenca de vitaminas no mel.

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Mel: Caracteisticas e Propriedades I 1 7

Outros componentes

Os componentes menores do mel, como os materiais "flavorizantes" (aldeidos e álcoois), pigmentos, ácidos e minerais influenciam consideravelmente nas diferenças entre tipos de méis. Sabatier et al. ( 1 992). detectaram alguns flavonóides presentes no mel de girassol (conhecidamente rico em flavonóides). Em maiores concentrações foram encontrados os seguintes flavonóides: pinocembrina (5.7-dihidroxiflavona), pinobanksina (33.7-trihidroxiflavonona), crisina (5.7-dihidroxiflavona), galangina (3.5.7-trihidroxiflavona) e quercetina (3,5,7,3',4'- pentahidroxiflavona) e em menores concentrações: tectocrisina (5-hidroxi- 7metoxiflavona) e quenferol (3.5.7.4'-tetrahidroxiflavona).

Dentre os componentes menores no mel, talvez o mais conhecido e avaliado seja o Hidroximetilfufural, mais conhecido como HMF. Formado a partir da hidrólise de açúcares (frutose e glicose) na presença de ácidos, ocorre naturalmente no mel. Entretanto, sua concentração pode aumentar de modo exponencial, quando o mel for exposto a altas temperaturas, pelo aquecimento direto ou pelo tempo de armazenamento. Por isso, a avaliação de sua concentração tem sido usada como indicativo da qualidade do mel.

A concentração máxima permitida na legislação brasileira indicada no regulamento técnico de identidade e qualidade do mel (BRASIL, 2000) é de 60 mgikg. Embora, esse valor seja relativamente alto, pois, na maioria dos casos os méis frescos apresentam índices bem menores, entretanto, a falta de cuidado por parte do apicultor, principalmente, dos países tropicais, expondo o produto às altas temperaturas ocorridas nos trópicos, pode elevar essa concentração, desqualificando o produto para sua comercialização no mercado formal.

Algumas práticas podem contribuir para a elevação de sua concentração, como por exemplo, instalar colméias em áreas náo sombreadas, manter as melgueiras cheias de mel coletadas no sol, transportá-las nos períodos mais quentes do dia e armazenar o mel extraído em ambientes com temperatura elevada.

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Embora os valores determinados pelas legislações no mundo sejam consideravelmente confortáveis, sendo, inclusive, consideradas as características climáticas dos países das zonas tropicais, alguns países importadores têm exigido valores bem menores do que aqueles determinados nas legislacões, como forma de controle da qualidade.

18

Propriedades

Mel: Caracrerisricas e Propriedades

Aroma e sabor

A despeito da sua docilidade, o sabor do mel está fortemente atrelado com seu aroma e ambas dessas características dependem de quantidades diminutas de substâncias complexas derivadas das fontes florais, como álcoois, aldeídos, ácidos e estéreis (CRANE, 19801. Sendo assim, diferentes méis com sabores e aromas específicos podem ser caracterizados e identificados pelas diferentes fontes florais. dando pistas sobre quais plantas forneceram o néctar para a sua composição. Alguns sabores e aromas são tão fortes e dominantes que se sobrepõem a outros aromas e sabores de determinadas fontes florais. Isso talvez fique mais evidente nos m6is multiflorais, méis elaborados a partir de várias fontes florais, que apresentam características mais marcantes de uma fonte floral em relação as demais. Apicultores experientes e especialistas na degustação de méis são capazes de identificar as fontes florais que os originaram, apenas pela análise do aroma e sabor. O aroma e sabor do mel podem ser mantidos por muito tempo, caso o mel não seja aquecido e esteja acondicionado em embalagens apropriadas e em condições climáticas adequadas. Entretanto, seu melhor aroma e sabor estarão presentes no mel contido nos alvéolos, pois o processo de retirada do mel dos quadros, pela centrifugacão, pode alterar levemente seu sabor e aroma por aumentar a superfície de contato e expondo-o a atmosfera.

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Cor

A cor no mel pode variar numa classificaçio de branco água ate quase negro, com variaçbs de tonalidades verdes ou vemelha, ou at6 mesmo azul (CRANE, 1980) e 4 uma de suas principais caracteristicas sensmiais, sendo talvez aquds que tenha o maior p&er de atratividade peranw o consumidor. (Fig 2).

Rp. 2. Alguns sxsmplos da cor sm mlís oriundes de d i 1 fiwadas I

No mercado em gerd exista u m tenheia da valorizaçh claros m relação moa maii escuros, -mo gus em re@& ao alimentos, o &w e aroma sejam mais importantes. Urw uma relação m e o sabor e a cor, sendo que, geralmema os mbis mais a80 mais suaves e os méis mais escuroar aprmmarn s & b m J

.mas exce#bs existem, onde aiguns d i s claros apnwsntm fones ICRANE, 1980).

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Os mdis se tomam mais escuros durante sua estocagem e o seu eãcwecirnento B fortemme a c e h d o pele açio das iittaa temperehiras, em aquacimento d i w pelas c o d ç & s de 8 0 t m , emmvirtude do aumslito & cmcmlm+ de HMF M h x h w t i i r n l ) . CmtmimW pw m~is. t#nWm~sscuracsromi(CRANE, 1 W .

O paddio comercial de dassificaçh da cor do mel 4 a escda de Phind, elaborada pela Companhia Manufatore Koehler nos E.U.A. (Tabeia 2).

Branco d'8gua

I. Extra branco

Branco

Extra Imbar claro

Âmbar claro

Ambar

j Ambar escuro

Mais de 17 a 34 mm mais de 0,060 inclusive 0.1 20

Mais de 34 a 50 mm mda,de 0,120 hbkPbiYCI 0,188 mais de o, 188

Mais de 50 a 85 mm incl,ci~i,~~0,440 mais de 0,440

Mais de 85 a 1 14 mm

Mais de 114 mm mais de 0,945 1

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L Rg. 4. Varlaçba em proces~o de crisidizaçáo, #nw a primiim

16 arqwrde para dirdtal com faixas & crimMzw, a cmn wmdwha m h e a terceira eomo exemplo de u m eri8Wzapão ideal, hornoglnra e com graos finoe.

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Razões frutoielgllcose abaixo de doia mantém o mel Ilqukio por mala tempo, daro que a cmcantração & Bgua diponlvel, wide esseõ mcares m ã o d- ta^ influêmia na vdmkkb.h akWz@o ~ ~ E , 1 ~ t ~ c w n u n i d n d s i r f s r k r s I t % ~ a ~ m a b i . 8 p l d a d a w W c w n 18%.Mé€seommwicra&~~%da gliiose r- dawmn.

MBi com w & u n baixa psrmanscem Ilquidoi por maii tempo mnadwmi€WmmWssprc;M, emetmto, a s w m h v a a uma criatalhph

Omelc~pw#wnolpopuhmisntschwnado~"agucarado" , está em pm#&aa emd@Um 8 6 mmmmuim correlaoiwiado cwn r adulterisp8a do 4 €ma proosoiò m a l p& rer r;swrrddo a-o- se o md, que iré v w r ao #u emtado Ilquldo, e m , eim prtxesso ir8 afetar m s camcterlsticas, como a a sabor s aroma, p i o perda de substâncias v o W s r d m a s , O msl crhiiiado que wkou ao seu estado Mquido id criateiirar mamente com mior v e i d d o . W sentido, nrcwmwrdew que para fazmr com que o mel vdte ao wu estcdo Ilquido, a q w em banho-meria, wmi a embalagem (para que o mel n8o absoiorva o veipor d'igua desprendido) e nZio deixado que a temperatura uitrapasse os 40 O C . Comercialmente o mel cristalizado d a q u e c i d o r a p W a m e n t e e m ~ m t m E K ) ~ e 7 1 D G , d b d w d o t d o s oe cristais.

A fermwrtHo 4 um.piocesso que pode worrer e m o mel, prsjudicindo '

sua qualiâsde, abrando seu sabor e a m , M x m k ~ impróprio para o - - *. comurm. . d.

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O~deãguanomsl jwmmntecomaquarr t idadsds I

microorgsn~pressmtesdetemninmseequandoomelká~a uma d d n (CRANE, 1 980). Todo mel apnrssnta

tderenteP a (oimoPOicas), que ocomm numa ambiente (sob, p h e , cokndial, mss que &o mrrtidms i-aa &a concsntraçáo de a-. Entretanto, em favm&ahs (nrsnds qwnDidm de -1, Irao se -

e liberando d h l dto e CO,, por lm, que, eo

~ i e r r t i d o , e a i t & c o n ~ a ç 9 i o ô e a ç Ú c s r a 8 c m ~ ~ o Lgua, aliacio a um pro#im htgYnko de o d W , i- i

p m e m a m do mel e oomfig2ks de tempereaira e untdabe i d d s mtuuagwn a h a omntia âa segurança contra -ature8 idsiiis de ammmamento & mel ds femmt@o 8 5 ~ aquelas abeiwo de 10 *C. 0- de su do moi d o descriton na Tabela 3.

m .."V ............ " V , 0 . . w.,...-...... "W .. . ". ... "W" ..w. , t7,f - 18,Q N&ofermen2dvel, seonO, dshv&raahr I&IQ ! 8.1- li!0 NBo f=rrnent~val. se o n u = - !g>qd"~gs fpl-<. 10lg +- 1 18,1 - 20,O N91o fermsnt6vJ, se o no, ds M w a s for < 1 ,O1 1g

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Em virtude de ser uma soluçgo aitarnenta concentrada da Wcares, o mel apresenta uma a b higroscopicidede pare um produto nahid. Ou wja, o msl tem grande capacidade de perder w de abmrver dqw do m b ambknts em certas condições, o que pode ser u m grade dew- se Iwamos em m t a o processo de h r m e q h . A mba@a da âgua do meio ambiente pelo mel dependerá do mau c o W c b de dgua inicial e da quantidde de vapw d'água prwpsnte no ar. Ss a umidde rei& do ar for da60%,m8iscmmenosdoque 18,3 % d e ~ g u a b . $ ~ ~ & g u s e a q w h com msbõoque 18,3 % iráu perdsrICHAWt 1£BQ1, Por hso, n b B r e c m e n d a d o o o k t s r u a ~ i c m m s l n o ~ a ~ i d i w chuvosos, com garoa, w r m primeiras h- do d'm $uanda s wnidade relativa do ar d mnh, mim, o r n e tmMm pma wa c m O local e equipammoa da extração, que não devem apres8n@r- da umidade.

D s m a M r e ~ l , s s d e p t i n a m a o m i ~ d â t m b s n 8 f i c o e m ~ c o n d i * s ~ . I lsnm*~r~ái t *wcm* t e r s p g u d c s ~ , ~ ~ ~ ~ ~ ~ w i n f l m i a d a em d w e m - q i s m ~4aWc:K, 1962; A t m ; ~ W D 199la, 19sIb; ~ ~ i A ~ Q ; OEUT, 1BW:WhUMRtJSW., I 988; WHITE; SIJBERS, 1 863; WHITE; St)m SCH~ARl2,1903), como também sua afio fungicida (EFEM; UOOH; IWARA, 19921, cicatrizante (BERGMAN et ai., 1983; EFEM, 1988; GREEN, 1988; OUPTA et d., 1993) e promotora da epitelização das extrwnidadas de feridas

..

IEFEM, 1 988).

Dentre essas pro & etividade antimicrobiana, t a h z seja wu efeito medíci&l mãim, sandsirlus, n60 apenas um fator, mas uma game de fqbm -. s nuss imaçbss serão as respmsáveis por tal atividade.

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Mel: Carflctarlstic8s e Propriedades

Segundo Adcock (1 962) e Molan (1 992), os rsspons6vsis por essa habilidade antimicrobiana são os fatores flsicos, como sua ~ l t a

osmolaridade e acidez, e os fatores qufrnicoç relacionados com a preseniça de subsrancias inibidoras, como o perbxido de hidrogCnfo e substãncias voldteis, como os flavonõides e deidos fen6licos.

Entretanto, em sua revisão sobre o papel da caaalase e de outros produtos naturais na atividade antibacteriana do mel, Westan, Brocklebank e Lu (2000) comenta que esses componentes volAteis encontrados no mel

tem origem no nectar e contribuem para e aroma das flores. e embora a variedade de componentes seja grande, sua quantidade na mel 6 muito pequena, parecendo apresentar propriedades antibacterianas, nos niveis de ocorr&ncia no mel.

De acordo com Amiot et al. (1 9891, Tom&-BarberLn et al. (1 9931 e Andrade, Ferreres e Amaral C1 9971, a composicão fendlica do mel B essencialmente similar a encontrada na pr6palis. sendo que os flavondides encontrados no mel ssa derivados da prbpolis, mas em una proporção f ,000 vezes menor (Ferreres et al., 1992). Segundo os mesmos autores, a contribuiçãa desses compostos fen6lieos na atividade antibacteriana do mel B pequena, se

comparada com o papel, por exemplo, do pen6xido de hidrogênio.

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~ e a Meio-Norte

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento