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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE BIODIESEIS NA
ALEMANHA E NO BRASIL
Idila Rafaela Carvalho Gonçalves
ORIENTADOR: Prof. Luiz Cláudio Alves Lopes
Rio de Janeiro
2016
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Engenharia da Produção. Por: Idila Rafaela Carvalho Gonçalves
ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE BIODIESEIS NA
ALEMANHA E NO BRASIL
Rio de Janeiro
2016
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus amigos da pós – graduação,
Nelson, Monique Daflon e Monique por me ajudar
nos estudos e não me deixar desanimar durante o
curso, aos meus pais por sempre acreditarem na
minha capacidade e ao meu esposo e filha por
entenderem à minha ausência e incentivar em
mais uma etapa da minha formação.
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RESUMO
O aumento da demanda energética, as oscilações nos preços dos
combustíveis de tecnologias maduras e a crescente preocupação com o meio
ambiente, tem feito o ser humano buscar combustíveis mais limpos e
provenientes de fonte renovável.
O biodiesel é um combustível em ascensão produzido por diversos
países por todo o mundo. O Brasil e a Alemanha são grandes produtores deste
biocombustível que é menos poluente e pode ser obtido de diversas matérias-
primas e ambos os países encontram-se em posições iguais no ranking dos
países produtores em termos de produção. Diante de tal fato, é realizado um
estudo comparativo entre os países, no qual é feita a análise de fatores que
influenciam no desenvolvimento do biodiesel e é gerada a matriz SWOT como
aliada para avaliar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, nos
ambientes internos e externos dos países, permitindo que futuramente
possíveis estratégias possam ser adotadas.
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METODOLOGIA
O presente trabalho será elaborado a partir do tema da Análise
SWOT, delimitando a pesquisa à comparação de países produtores de
biodieseis, apresentando a importância da Análise SWOT na avaliação dos
fatores que influenciam na produção de biodiesel e na tomada de estratégias
Para tal foi utilizado o processo metodológico de consultas a monografias,
dissertações, artigos científicos, livros, relatórios de instituições publicas e
privadas, matérias em revistas e sites.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Energia e Desenvolvimento 09
CAPÍTULO II
Panorama do Biodiesel 16
CAPÍTULO III
Metodologia de Estudo 26
CAPÍTULO IV
Indicadores / Fatores de Estudo 29
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA 41
ÍNDICE DE FIGURAS 46
ANEXOS 48
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INTRODUÇÃO
Segundo Lobo (2009), a sociedade tem tido o grande desafio de
suprir a demanda energética mundial e o avanço da tecnologia tem colaborado
para o aumento do consumo dos derivados de petróleo.
Além das frequentes oscilações no preço do barril de petróleo e a
recente alta no preço do etanol, há uma preocupação ambiental que ficou
registrada desde 1997 com o Protocolo de Kyoto, devido à emissão de gases
causadores do efeito estufa e contribuintes do aquecimento global. Este
aumento da magnitude do aquecimento eleva a probabilidade de impactos
graves, profundos e irreversíveis e os cientistas definiram dois grandes
objetivos até o final do século, a redução das emissões poluentes entre 40% e
70% até 2050 e uma redução à zero até 2100 (IPCC, 2014).
Em busca de fontes de energias renováveis e menos poluentes, os
combustíveis originários da biomassa surgem como uma excelente opção para
substituir ou complementar o uso dos combustíveis de origem fósseis, ainda
geram renda para agricultura familiar (KLEIN, 2014), sendo apontados como
uma alternativa para contribuição do desenvolvimento sustentável nas áreas
ambiental, social e econômica (TREVISANI et al., 2007) e nesse contexto, o
biodiesel tem despertado muita atenção e gerado muitos estudos (FRANÇA,
2008), pois é possível obtê-lo das mais variadas fontes de ácidos graxos ,
inclusive de resíduos graxos. Essa facilidade em conseguir a matéria – prima
faz com que os mais diferentes países e culturas possam produzir o biodiesel e
a necessidade do biodiesel tem crescido no Brasil graças ao Programa
Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), uma vez que é almejado
gradativamente o aumento do biodiesel em diesel até atingir B20 (20% de
biodiesel em diesel) (ARANDA et al., 2015). Em 2015, Brasil ficou em segundo
lugar como país consumidor de biodiesel, seguido da Alemanha em terceiro
lugar (MME, 2016) e em termos de produção os dois países estão em posições
empatadas (MME, 2015).
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CAPÍTULO I
ENERGIA E DESENVOLVIMENTO
A energia é originária do grego enérgeia e do latim energia, antes de
1800 foi utilizada para explicar fenômenos denominados vis viva (força viva),
somente em 1807 que a palavra energia foi sugerida pelo médico e físico
Thomas Young e era vista como a capacidade de um corpo realizar algum tipo
de trabalho mecânico (BUCUSSI, 2007). Entretanto, a Eletronuclear possuí
uma definição mais científica:
Energia é o potencial inato para executar trabalho ou realizar uma ação. (ELETRONUCLEAR)
1.1. Brasil
De acordo com Castellanelli (2008), matriz energética é entendida
como uma representação da quantidade energia oferecida ao povo de um
território, a análise dessa matriz energética é fundamental para o planejamento
estratégico do setor energético, nesta análise é observada a quantidade de
recursos naturais utilizados para a geração da energia.
O Brasil apresenta uma matriz energética limpa quando comparada
aos padrões mundiais, pois o mesmo dispõe de diversos recursos naturais,
utilizando fontes de energias renováveis e mostrando que é possível ser
sustentável (FERREIRA e FERNANDES, 2015). Segundo a Resenha
Energética Brasileira de 2016 divulgada pelo Ministério de Minas e Energia
(MME), a Oferta Interna de Energia (OIE) em 2015 ficou em 299,2 milhões de
toneladas de petróleo, mostrando uma retração de 2,1% em relação à oferta do
ano de 2014 e desta energia ofertada 41,2% são de fontes renováveis
conforme figura 1.
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Figura 1 - Tabela de Oferta Interna Energética.
Fonte: MME, 2016.
Apesar de o país apresentar um grande potencial para geração de
energia, em alguns momentos o Brasil mostrou sua inexperiência na área de
gestão energética, levando a medidas severas para sanar as fragilidades do
setor de energia, como em 2001 com a ação do racionamento de energia, em
2005, o uso das bandeiras tarifárias estipuladas pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL) conforme figura 2 que mostra o aumento no preço da
energia ao consumidor em Real por barril equivalente de petróleo (bep) e as
crescentes oscilações dos preços dos derivados de petróleo conforme as
figuras 3 e 4 mostram para a gasolina e o óleo diesel (ANP, 2015).
Figura 2 – Aumento da tarifa residencial de eletricidade.
Fonte: MME, 2016.
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Figura 3 – Comportamento dos preços médios mensais da gasolina automotiva no Brasil.
Fonte: ANP, 2015.
Figura 4 – Comportamento dos preços médios mensais do óleo diesel* no Brasil.
Fonte: ANP, 2015.
Por conta das incertezas energéticas, as pesquisas, o consumo e
produção de energias renováveis apresentam crescimento a cada ano
conforme figura 5, que mostra aumento na produção de etanol. No setor do
biodiesel, incentivados em 2004 pela criação do Programa Nacional de
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Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), institucionalizando a base normativa
para produção e comercialização do biodiesel no país e leis e atos normativos
infralegais.
Figura 5 – Produção de etanol.
Fonte: MME, 2016.
Além de leis e normativos, foi autorizada a mistura biodiesel e diesel
fóssil, passando a ser obrigatória a mistura com a adição de 2% do biodiesel ao
diesel fóssil (B2) em 2008. Em 2010, o Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE) notando o amadurecimento do mercado Brasileiro autorizou
a adição de 5% do biodiesel ao diesel fóssil e segundo o Boletim Mensal dos
Combustíveis Renováveis 96ª ed., em 23 de março de 2016 foi sancionada a
Lei n° 13.263, que alterou a Lei n° 13.033 de 24 de setembro de 2014, que
dispõe da adição de 7% do biodiesel ao óleo diesel comercializado a todos os
tipos de consumidores em todo território nacional. A nova lei estipula o
aumento gradativo dos percentuais de biodiesel ao óleo até 2019, atingindo a
porcentagem de 15% após testes conforme figura 6 (MME, 2016).
Figura 6 - Percentuais do biodiesel na mistura.
Fonte: MME, 2016.
A nova lei contribuiu para os aumentos da demanda e produção no
país em 2015, mostrando um crescimento de 15,1% sobre os índices de 2014.
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Desta forma, o biodiesel respondeu pelo por 1,1% da matriz energética
Brasileira conforme figura 7.
Figura 7 – Produção de biodiesel.
Fonte: MME, 2016.
1.2. Alemanha
A preocupação com o meio ambiente circunda a política de todos os
países, principalmente em relação à emissão de dióxido de carbono, conforme
figura 8 que mostra emissão em milhões de toneladas de CO2, na Alemanha
não foi diferente, surgindo então de um movimento local, engajado com o
conceito de energia renovável, a ideia de mudar a matriz energética no país, a
fim de transformá-la em uma matriz mais limpa ou verde até o ano de 2050. Em
pouco tempo, houve a descentralização do movimento, tornando-se algo mais
profissional, passando a incluir a produção de energia eólica offshore e a
criação de uma expressão Alemã “Energiewende”, que significa a
transformação da energia baseada em combustíveis fósseis como carvão,
petróleo e o gás, para uma baseada em fontes renováveis (NNPETRO).
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Figura 8 – Emissões de CO2 por setor da economia de 1973 a 2011.
Fonte: IEA, 2013.
Em 2000, a nova Lei de Energias Renováveis (EEG, sigla em
Alemão) foi implementada e deu-se início a mudança energética, porém a
participação da energia renovável não chegava a 7% de contribuição na matriz
energética e era de grande importância aumentar essa contribuição, já que
diversos setores da economia Alemã fazem uso em grande quantidade dos
combustíveis fósseis, chegando a importar como mostra a figura 9 do ano de
2012.
Figura 9 – Importação de fontes de energia na Alemanha.
Fonte: GONÇALVES, 2015.
Em 2006 o etanol era a “menina dos olhos” do então presidente
Lula, enquanto na Alemanha o biodiesel era a “joia da coroa” da chanceler,
Residencial
Transporte
Ind. Manufatura e
Construção
Eletric. e Calor
Outras Ind.
Outras
Carvão Petróleo Gás Natural Urânio
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Ângela Merkel, que defendia a preservação do meio ambiente, alegando que
era necessário reagir para reduzir as emissões do gás dióxido de carbono e a
retirada das usinas nucleares até o ano de 2022, visto que a União Europeia
pretendia reduzir as emissões deste gás em 120 gramas por quilômetro até o
ano de 2012 (NICACIO, 2007). Entretanto, para que fosse atingida a redução
das emissões uma mudança da matriz era inadiável e para isso, foram criadas
tarifas para atrair investidores em novas tecnologias (GONÇALVES, 2015).
Neste mesmo ano, a Alemanha foi declarada como a maior produtora de
biodiesel pela European Biodiesel Board (EBB), onde a produção do ano
anterior atingiu 1,67 milhões de toneladas de biodiesel (LIMA et al., 2008). Em
2015, ocorreu um marco histórico no país Germânico, onde 78% da energia
utilizada no país era de origem renovável, o que equivale a produção de 50
usinas de carvão.
Atualmente, existem disponíveis nos postos combustíveis para
abastecimento as misturas de 5% a 20% de biodiesel em diesel e em alguns
casos, para veículos autorizados, têm-se combustíveis com 100% de biodiesel
(B100), porém com a imposição do governo de cobrar um imposto de 18
centavos de Euro por litro, o biodiesel puro não tem sido tão atraente quanto o
diesel de petróleo (TECOSOL).
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CAPÍTULO II
PANORAMA DO BIODIESEL
O biodiesel é uma mistura de alquilésteres de cadeia linear, obtida
da transesterificação catalítica dos triglicerídeos de óleos e gorduras com
álcoois de cadeia curta conforme figura 10.
Figura 10 – Reação de Transesterificação de triglicerídeos.
Fonte: LOTERO et al., 2005.
Este biocombustível tem se tornado uma alternativa interessante
para os motores diesel, pois ele possui propriedades similares ao óleo diesel
mineral, podendo inclusive, substituí-lo com pouca ou nenhuma mudança no
motor (MACHADO et al., 2006).
O biodiesel é um exemplo, já em aplicação, do emprego da
biomassa para produção de energia, este apresenta vantagens sobre o diesel
de petróleo, segundo LOTERO et al. (2005) pois não é tóxico e é proveniente
de fontes renováveis, além da melhor qualidade das emissões durante o
processo de combustão (CORRÊA, 2006).
O biodiesel já vem sendo utilizado em todo o mundo. No Brasil seu
uso tornou-se obrigatório desde 1º de janeiro de 2010, onde todo o diesel
comercializado passou a conter 5% de biodiesel em sua composição. O Brasil
e a Alemanha estão entre os maiores produtores e consumidores de biodiesel
do mundo.
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O biodiesel fornece uma quantidade de energia cerca de 10% menor
que o diesel de petróleo, mas seu desempenho motor é praticamente o mesmo
no que diz respeito à potência e ao torque (LOTERO et al., 2005).
Além disso, este biocombustível pode ser obtido a partir de qualquer
fonte de ácidos graxos, inclusive resíduos graxos aparecem como matéria-
prima. Nesse sentido, podem ser citados os óleos de frituras, as borras de
refinação, a matéria graxa dos esgotos, óleos, gorduras vegetais ou animais e
diversas outras fontes (FRANÇA, 2008), conforme figura 11.
Figura 11 – Matérias-primas utilizadas para produção de biodiesel no Brasil.
Fonte: ANP, 2016.
O processo de produção do biodiesel ocorre conforme o diagrama
mostrado na figura 12, onde alguns fatores devem ser levados em
consideração para que seja obtida uma excelente conversão.
A matéria-prima deve possuir o mínimo de umidade e acidez, a
reação de transesterificação pode empregar como agente transesterificador
tanto álcoois metílicos quanto etílicos, para que a reação seja mais rápida,
utilizam-se catalisadores, podendo ser básicos ou ácidos (NOGUEIRA, 2010).
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Figura 12 – Diagrama de blocos do processo de produção do biodiesel.
Fonte: NOGUEIRA, 2010.
Segundo a UBRABIO (2010), o biodiesel oferece inúmeras
vantagens em relação ao diesel fóssil como ser uma energia renovável com
alto potencial de geração de empregos e renda, sobretudo no campo, menos
poluente que o diesel, proporcionando importante ganho ambiental, possibilita
a utilização de créditos de carbono, ser um ótimo lubrificante para motores e
seu risco de explosão é baixo, o que facilita questões relacionadas a transporte
e armazenamento.
2.1. Biodiesel no Brasil
O biodiesel no Brasil é obtido a partir de diferentes fontes
oleaginosas como soja, dendê, girassol, mamona, algodão, amendoim, algas,
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gorduras animais como frango, porco, boi e óleos, gorduras residuais como
restaurantes e esgotos e esse biocombustível pode substituir totalmente ou
parcialmente o diesel de petróleo em veículos ou máquinas geradoras de
energia, apesar da diversidade de matérias-primas para produção do biodiesel,
no país a matéria-prima predominante é a soja, seguida da gordura bovina
como foi mostrado na figura 11 (CARVALHO, 2013).
De acordo com o Programa Nacional de Produção e Uso do
Biodiesel (PNPB) criado em 2005, a comercialização do biodiesel é realizada
por meio de leilões públicos, assim pode se garantir a descentralização da
produção pelo grande produtor, garantindo igualdade de acesso aos
fornecedores, desenvolvendo regiões menos favorecidas e de agricultura
familiar.
O país possuí grande vantagem geográfica, pois devido sua posição
no Globo terrestre, ele dispõe de altas taxas de luminosidade e temperaturas,
além de recursos hídricos, territórios abundantes e diferentes climas por todo
território nacional, permitindo o cultivo de diferentes matérias-primas em cada
região do país como mostra a figura 13 (ANP, 2016).
Figura 13 – Percentual das matérias-primas utilizadas para produção de biodiesel por região em junho de 2016.
Fonte: ANP, 2016.
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Em 2011, o Brasil conquistou a posição de maior consumidor de
biodiesel do mundo, sendo também o segundo maior produtor mundial, atrás
dos Estados Unidos. No ano seguinte, o Brasil estava lado a lado com a
Alemanha na terceira posição na produção. Em 2013, o Brasil perdeu um lugar
de novo se tornando o quarto maior produtor mundial do biodiesel, atrás de
EUA, Argentina e Alemanha e no ano de 2015 o Brasil superou a Alemanha em
consumo conforme figura 14 (CARVALHO, 2013; ANP, 2016).
Figura 14 – Consumo de biodiesel pelos principais produtores.
Fonte: ANP, 2016.
A produção do biodiesel assim como o consumo, vem crescendo a
cada ano, graças as sanções de leis com obrigatoriedade do uso do biodiesel,
aos incentivos do Governo Federal como o Selo Combustível Social concedido
aos produtores que adquirem a matéria-prima da agricultura familiar e
assegurem assistência técnica e capacitação. Para incentivar os produtores a
adquirirem o selo, o governo estabeleceu redução das alíquotas PIS/COFINS,
a figura 15 mostra a crescente quantidade de unidades com Selo Social. Essa
medida tem agradado os agricultores que tem a garantia de ter seu cultivo
comprado e aos produtores que possuem benefícios fiscais e exclusividade nos
leilões do lote 1 da ANP (UBRABIO, 2010; ANP, 2016).
21
Figura 15 – Capacidade instalada de produção de biodiesel de empresas com Selo Social.
Fonte: ANP, 2016.
2.2. Biodiesel na Alemanha
A Alemanha já produzia e implementava políticas de estímulo ao
biodiesel desde a década de 80, neste país, a produção ganhava impulso
desde 1990, transformando a Alemanha no maior produtor mundial deste
biocombustível. Tal crescimento ocorreu porque se instalou no país uma
grande rede de postos de combustíveis que disponibilizaram o produto na
forma pura (B100), porém o aumento da produção também se deve ao
programa de subsídios instituído pelo governo, que destinava verbas
expressivas para a produção de óleo vegetal (principalmente da colza, canola e
girassol). Com isso, a produção quadruplicou entre 2002 e 2005, atingindo o
patamar de aproximadamente 2 milhões de litros em 2005.
Registros históricos mostram que o programa biodiesel na Alemanha
ganhou projeção nacional a partir de meados dos anos de 1990, quando os
táxis foram utilizados para promover o produto no país, distribuindo-se folhetos
explicativos sobre o novo biocombustível e suas vantagens, especialmente em
termos de preservação ambiental. Paralelamente a isso, adotou-se outra
estratégia junto aos postos de combustíveis, em que eram disponibilizadas
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duas bombas para abastecimento: uma com o óleo derivado do petróleo e
outra com óleo biodiesel, identificada com um selo verde. Dados de 2003
revelam que existiam aproximadamente 2.000 postos de combustíveis
distribuindo biodiesel e que a frota que circulava com esse combustível no
mesmo ano era de 2 milhões de automóveis, a figura 16 mostra a evolução das
vendas.
Figura 16 – Venda de biodiesel na Alemanha de 1997 a 2002.
Fonte: UFOP, 2003.
O marco regulatório é outra característica relevante do programa na
Alemanha, tendo em vista que desde 1997 esse mercado é regulado por
legislação própria (DIN 51606), a qual recentemente passou a se adequar à
própria legislação Europeia. Paralelamente, criou-se o grupo misto (governo,
produtores e comerciantes) denominado de “Grupo de Funcionamento do
Biodiesel”, cuja finalidade é implementar mecanismos de monitoramento e de
controle de qualidade do biocombustível produzido (MATTEI, 2008).
Na Alemanha a principal matéria-prima para produção do biodiesel é
o óleo de colza como mostra a figura 17, o biodiesel é obtido da
transesterificação desse óleo com metanol em uma única etapa, fornecendo
um combustível de alto padrão e outro aspecto importante é que o óleo de
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colza não é utilizado na alimentação humana, surgindo um ponto estratégico,
pois as áreas que não fossem mais necessárias para agricultura alimentícia,
poderiam ser utilizadas para o cultivo de matérias-primas para a produção de
biodiesel com subsídios do governo e isenção de 90% dos impostos, esses
incentivos resultaram num rápido crescimento da produção, chegando a atingir
o valor de 1,8 milhões de toneladas em 2005 como mostra a figura 18 (UFOP,
2003; BIODIESELBR, 2007; UFOP, 2013).
Figura 17 – Porcentagem das matérias-primas utilizadas para produção do biodiesel.
Fonte: UFOP, 2013.
Figura 18 – Crescimento do biodiesel na Alemanha.
Fonte: BIODIESELBR, 2007.
Coco
Colza Palma
Soja
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Em 2007, os incentivos fiscais começaram a ser substituídos,
entrando em vigor Biofuel Quota Act , incidindo impostos sobre o biodiesel e
sobre o óleo vegetal, onde a previsão era de atingir o valor de 45 centavos de
Euro por litro em 2012 como mostra a figura 19.
Figura 19 – Impostos sobre o biodiesel na Alemanha.
Fonte: BIODIESELBR, 2007.
Em 2008, a legislação tributária que entrou em vigor, eliminou a
isenção de impostos aos combustíveis alternativos, desde então o consumo de
biodiesel tem declinado como é possível ver na figura 20 e em 2014, os
ministros de energia da União Europeia decidiram limitar o uso de produtos
agrícolas, utilizados na alimentação, para a produção de biodiesel. Algumas
empresas estão reavaliando o mercado do biodiesel na Alemanha, visto que o
cenário não é o mesmo do início da produção do biocombustível (HOGAN,
2015).
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CAPÍTULO III
METODOLOGIA DE ESTUDO
A metodologia de estudo será análise SWOT ou FOFA em
Português é uma ferramenta estratégica simples que permite posicionar ou
verificar a posição de uma empresa, neste caso dos países, em relação ao
ambiente. A sigla SWOT vem do Inglês e é um acrônimo formado a partir de
quatro palavras, Strenghts (Força), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities
(Oportunidades) e Threats (Ameaças). Essa metodologia é apresentada no
formato de matriz e a matriz é analisada quanto aos fatores (ambientes)
internos e externos, e quanto aos fatores positivos e negativos como mostra a
figura 21 (NOGUEIRA, 2010).
Figura 21 – Matriz SWOT.
Fonte: PAULA, 2015.
A matriz se apresenta na forma de cenários, onde o ambiente
interno engloba as Forças e Fraquezas e o ambiente externo engloba as
Oportunidades e Ameaças. As Forças e Fraquezas estão relacionadas aos
fatores da organização, que são internos e gerenciáveis. Enquanto que, as
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Oportunidades e Ameaças não estão ligadas às questões organizacionais
internas, não sendo possível manipulá-las diretamente, pode se dizer que são
antecipações do futuro (NOGUEIRA, 2010).
Para estabelecer o que será escrito em cada quadrante, é
necessário entender o que cada um representa e o que pode ser abordado no
mesmo como mostra a figura 22.
Figura 22 – Representações dos quadrantes.
Fonte: BARROS, 2013.
3.1. Ambiente Interno (Forças e Fraquezas)
Para o biodiesel as Forças e as Fraquezas podem ser relacionadas
quanto aos atributos tecnológicos. No caso das Forças, atributos que
impulsionam o desenvolvimento e para as Fraquezas, atributos que
condicionam ou limitam o desenvolvimento. Os fatores que serão analisados
para o Brasil e Alemanha serão:
Fator 1: Produção de alimentos e Produção de biodiesel;
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Fator 2: Potencial de geração de empregos;
Fator 3: Crescimento da Produção.
3.2. Ambiente Externo (Oportunidades e Ameaças)
Para o biodiesel as Oportunidades e as Ameaças podem ser
relacionadas aos fatores externos que cubram um vasto contexto ou ambiente
no qual o país opera. No caso das Oportunidades, avaliam-se os fatores
externos atraentes que representam a razão para a empresa de existir e
prosperar e para as Ameaças, fatores que representam a ameaça para o
crescimento e desenvolvimento da organização. Os fatores que serão
analisados para o Brasil e Alemanha serão (CHANTHAWONG e DHAKAL,
2016):
Fator 4: Impostos;
Fator 5: Preço das matérias-primas;
Fator 6: Maturidade da Tecnologia.
29
CAPÍTULO IV
INDICADORES / FATORES DE ESTUDO
Este capítulo apresenta uma breve discussão a respeito dos seis
fatores de estudo em cada país e será apresentada a matriz SWOT a partir das
informações da explanação dos fatores.
4.1. Fator 1: Produção de Alimentos e Produção de Biodiesel
Com a crise dos alimentos em 2008 como pode se observar na
figura 23, a produção de biodiesel passou a ser questionada frente à produção
de alimentos, pois a discussão é até que ponto seria possível expandir as
culturas para produção energética sem colocar em risco as culturas destinadas
à alimentação (NOGUEIRA, 2010). A crescente utilização de algumas culturas
para biocombustível ocasionou uma elevação nos preços dos alimentos. Onde
os preços elevados dos grãos podem causar perdas de bem-estar social para
os pobres, em grande parte são eles os consumidores desses grãos.
Entretanto, os produtores familiares, vendedores desses grãos, sairiam
ganhando com os preços mais altos dos alimentos, gerando emprego e
aumentando a renda no meio rural (ALEXANDER e HURT, 2008).
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Figura 23 – Preços dos alimentos e petróleo no mundo.
Fonte: PLANETA SUSTENTÁVEL, 2009.
No Brasil, existem cerca de 90 milhões de hectares de terras
disponíveis para expansão agrícola, sem levar em conta a existência de 210
milhões de hectares de pastagens com algum grau de degradação, que sendo
recuperadas, poderiam ser utilizadas na produção de alimentos ou de
biodiesel, ver figura 24 (VAZ, 2011).
Figura 24– Uso das terras no Brasil.
Fonte: VAZ, 2011.
31
Na Alemanha em 2010, 17,975 milhões de hectares não possuíam
agricultura como mostra a figura 25, a área total destinada para plantação de
era de 1,461 milhões de hectares, desta área, 531 mil hectares eram
destinados à produção de biodiesel no país para a União Europeia, 214 mil
hectares eram destinados à produção de biodiesel no país, 652 mil hectares
eram destinados à produção de biodiesel fora da Alemanha e União Europeia e
65 mil hectares eram destinados à produção de biodiesel para União Europeia,
mas fora da Alemanha. Em 2016, a área total destinada à plantação de colza é
de 1, 3 milhões de hectares (UFOP, 2016).
Figura 25 – Uso das terras na Alemanha.
Fonte: UFOP, 2016.
Ambos os países possuem terras que podem ser utilizadas no
cultivo de matérias-primas para produção de biodiesel, no caso da colza na
Alemanha, além de fornecer óleo para produção de biodiesel, ela ainda faz a
nitrogenação o solo deficiente (BIODIESELBR, 2006). No Brasil, vem surgindo
um novo conceito de produção de biodiesel a partir das microalgas, que não
Área Total Área para Colza
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necessitam de solo produtivo para cultivo e também há a produção a partir de
mamona, que não é utilizada na cadeia alimentar humana (NOGUEIRA, 2010).
4.2. Fator 2: Potencial de Geração de Empregos
A geração de empregos está associada ao aumento da produção e
consumo do biodiesel, porém o biodiesel a partir da soja não pode ser
considerado socialmente sustentável, pois não altera o perfil da mão de obra
do complexo da soja (NOGUEIRA, 2010).
Figura 26 – Consumo de biodiesel nos principais países produtores.
Fonte: ANP, 2016.
Ao observar o gráfico na figura 26, nota-se que o consumo de
biodiesel no Brasil é muito superior ao consumo de biodiesel na Alemanha, o
que acarreta em mais geração de empregos no Brasil que na Alemanha
(HOFFMANN, 2006).
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4.3. Fator 3: Crescimento da Produção
O Brasil mostra um crescimento expressivo na sua produção de
biodiesel, enquanto que a Alemanha apresenta a sua produção de 2014
praticamente igual à produção de 2013 conforme figura 28, ao analisar os
mesmos anos para o Brasil, é possível notar o aumento na produção,
especialmente após o mês de setembro conforme figura 27. Apesar, do
crescimento da produção ser um ótimo indicativo, em contrapartida, tem um
crescimento na geração do subproduto glicerol, este subproduto tem causado
transtornos para os produtores, pois o mercado para ele não é tão atrativo.
Figura 27 – Produção de Biodiesel no Brasil 2013-2016.
Fonte: ANP, 2016.
34
Figura 28 – Produção de Biodiesel na União Europeia (Alemanha) 2006-2014.
Fonte: BIODIESEL MARKET, 2015.
4.4. Fator 4: Impostos
A agricultura familiar no Brasil é mais comum no Norte e Nordeste,
onde se tem uma agricultura menos moderna. Por isso, o Programa Nacional
de Produção e Uso do Biodiesel de 2004, associou a produção de biodiesel à
agricultura familiar, no qual o governo fornece benefícios fiscais e a certificação
através do selo combustível social ao produtor que adquirir sua matéria-prima
da agricultura familiar (NOGUEIRA, 2010).
Inicialmente, na Alemanha, para incentivar a produção de biodiesel,
o governo isentou o biocombustível de impostos, porém em 2008, os impostos
foram adicionados ao valor do B100, fazendo com que o consumo e produção
declinassem (BIODIESEL MARKET, 2015). Entretanto, o parlamento
americano aprovou uma reforma da Lei de Energia Renovável que entrará em
vigor em janeiro de 2017, a qual determina que os geradores de energia mais
baratos serão premiados e limitará o uso da taxa fixa.
Alemanha
35
4.5. Fator 5: Preço das matérias-primas
No Brasil, o óleo da soja é a principal matéria-prima, mas também
existem os óleos de palma (dendê), girassol e canola, além do sebo bovino.
Como mostra a figura 29, o óleo da soja sofreu muitas variações no seu preço
dos anos de 2012 a 2016, ainda pode-se observar que ao comparar janeiro de
2015 com janeiro de 2016, o preço do óleo de soja sofreu uma variação de
quase 30% de aumento (ANP, 2016).
Figura 29 – Preço do óleo de soja.
Fonte: ANP, 2016.
Ao analisar as demais matérias-primas utilizadas na produção do
biodiesel no Brasil, pode-se verificar aumento no preço de todos os óleos no
mercado internacional.
Figura 30 – Preços dos óleos no mercado internacional.
Fonte: ANP, 2016.
36
O mesmo ocorreu para o sebo bovino, apesar de ser uma matéria-
prima com menos excelência, também sofreu um grande aumento no seu valor.
Figura 31 – Preço do sebo bovino no Brasil.
Fonte: ANP, 2016.
Ao analisar o gráfico da figura 32, pode-se notar que o preço do óleo
de colza (verde), na União Europeia, variou tanto quanto o preço do óleo de
soja (azul).
Figura 32 – Preço dos óleos na União Europeia.
Fonte: UFOP, 2016.
37
4.6. Fator 6: Maturidade Tecnológica
Ao analisar o fator maturidade tecnológica, para os dois países,
pode se notar que a Alemanha saiu na frente do Brasil, nada mais justo, visto
que a Alemanha começou as pesquisas e investimentos no biodiesel
pioneiramente. Segundo Neto (2007), a Alemanha chegou a assumir a posição
de maior produtora de biodiesel no mundo, deixando para trás grandes
potências produtoras com França, Estados Unidos da América e Brasil.
Tal maturidade fica evidente ao realizar uma prospecção tecnológica
em patentes na base de dados United States Patent and Trademark Office
(USPTO), uma das maiores base de dados do mundo, que compreendeu o
período de 2001 a 12 de agosto de 2016 para ambos os países.
A busca foi feita por expressões que tivesse DE sigla para Alemanha
na base, no campo País Inventor e biodiesel no resumo, a imagem da busca
está no anexo 2. Para o Brasil, a busca foi feita por expressões que tivesse BR
sigla para Brasil na base, no campo País Inventor e biodiesel no resumo, a
imagem da busca está no anexo 1. Foram encontradas 54 patentes para
Alemanha e 41 patentes para o Brasil. De 2001 a 2010, existiam somente 27
patentes para Alemanha e para o Brasil somente 20 patentes.
Apesar de algumas empresas, como ADM, estarem desistindo das
pesquisas por causa da queda do consumo, a Alemanha continua dando
passos pioneiros e importantes, em agosto de 2016 os Alemães descobriram o
que fazer para separar a biomassa da água utilizada para cultivá-la diminuindo
custos e gastos de energia (BIODIESELBR, 2016).
4.7. Fator 7: Matriz SWOT
Após a explanação dos fatores é possível organizar a matriz SWOT
para o Brasil e a Alemanha, definindo suas forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças.
40
CONCLUSÃO
A questão da inserção do biodiesel nas matrizes energéticas no
Brasil e na Alemanha é um assunto já consolidado, visto que os países são
grandes produtores mundiais de biodiesel.
O Brasil possuí mais áreas disponíveis para expansão agrícola e
também mais matérias-primas para produção do biodiesel, embora a Alemanha
tenha maior maturidade tecnológica na produção desse biocombustível.
Entretanto, ambos os países precisam desenvolver tecnologias para produção
do biodiesel a partir da microalga.
No Brasil o biodiesel tem gerado novos postos de emprego e o
governo tem fornecido incentivos fiscais, ao contrário da Alemanha que não
tem gerado emprego, pois sua produção está estagnada e o governo aumentou
a carga tributária.
A queda do consumo de biodiesel na Alemanha influencia em
diversos fatores estudados e a matriz SWOT permite de forma clara apresentar
as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para cada um dos países, essa
ferramenta permite que estratégias sejam tomadas a fim de melhorar o
desenvolvimento do biodiesel nos países;
Como sugestão para trabalhos futuros, seria interessante a
aplicação da análise SWOT nas cinco regiões Brasileiras, já que cada uma tem
clima diferente e consequentemente o cultivo de matérias-primas é diferentes,
além de dispor de tecnologias nos mais variados graus de modernidade.
.
41
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46
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Tabela de Oferta Interna Energética 10
Figura 2 – Aumento da tarifa residencial de eletricidade 10
Figura 3 – Comportamento dos preços médios mensais da gasolina
automotiva no Brasil 11
Figura 4 – Comportamento dos preços médios mensais do óleo diesel
no Brasil 11
Figura 5 – Produção de etanol 12
Figura 6 – Percentuais do biodiesel na mistura 12
Figura 7 – Produção de biodiesel 13
Figura 8 – Emissões de CO2 por setor da economia de 1973 a 2011 14
Figura 9 – Importação de fontes de energia na Alemanha 14
Figura 10 – Reação de Transesterificação de triglicerídeos 16
Figura 11 – Matérias-primas utilizadas para produção de biodiesel no
Brasil 17
Figura 12 – Diagrama de blocos do processo de produção do biodiesel 18
Figura 13 – Percentual das matérias-primas utilizadas para
produção de biodiesel por região em junho de 2016 19
Figura 14 – Consumo do biodiesel pelos principais produtores 20
Figura 15– Capacidade instalada de produção de biodiesel de empresas
47
com Selo Social 21
Figura 16 – Venda de biodiesel na Alemanha de 1997 a 2002 22
Figura 17 – Porcentagem das matérias-primas utilizadas para produção
do biodiesel 23
Figura 18 – Crescimento do biodiesel na Alemanha 23
Figura 19 – Impostos sobre o biodiesel na Alemanha 24
Figura 20 – Consumo do biodiesel na Alemanha 25
Figura 21 – Matriz SWOT 26
Figura 22 – Representação dos quadrantes 27
Figura 23 – Preços dos alimentos e petróleo no mundo 30
Figura 24 – Uso das terras no Brasil 30
Figura 25 – Uso das terras na Alemanha 31
Figura 26 – Consumo de biodiesel nos principais países produtores 32
Figura 27 – Produção de Biodiesel no Brasil 2013-2016 33
Figura 28 – Produção de Biodiesel na União Europeia (Alemanha)
2006-2014 34
Figura 29 – Preço do óleo de soja 35
Figura 30 – Preços dos óleos no mercado internacional 35
Figura 31 – Preço do sebo bovino no Brasil 36
Figura 32 – Preço dos óleos na União Europeia 36