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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU SUPPLY CHAIN MANAGEMENT – DESAFIOS DE IMPLEMENTAÇÃO LUCIANA DE SOUZA MESQUITA Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - AVM FACULDADE

INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

SUPPLY CHAIN MANAGEMENT – DESAFIOS DE

IMPLEMENTAÇÃO

LUCIANA DE SOUZA MESQUITA

Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO

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LUCIANA DE SOUZA MESQUITA

SUPPLY CHAIN MANAGEMENT – DESAFIOS DE

IMPLEMENTAÇÃO

Trabalho apresentado à Universidade Candido

Mendes / AVM Faculdades Integradas, como

requisito parcial à obtenção do Título de Pós-

Graduação Lato Sensu em Logística

Empresarial.

Orientador: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro 2016

LUCIANA DE SOUZA MESQUITA

SUPPLY CHAIN MANAGEMENT – DESAFIOS DE

IMPLEMENTAÇÃO

Trabalho apresentado à Universidade Candido

Mendes/ AVM Faculdades Integradas, como

requisito parcial à obtenção do Título de Pós-

Graduação Lato Sensu em Logística

Empresarial.

Orientador: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2016.

Dedico este trabalho à minha Mãe, Maria Auxiliadora de Souza Mesquita (In Memoriam), responsável pela mulher forte, distinta, guerreira e independente que me tornei. Através da Senhora, pude conhecer Deus e sua perfeição, pelo seu amor e dedicação incondicionais. Se Deus existe, é por sua causa. Onde estiver, enquanto eu respirar, te amarei e sempre estará viva em meu coração e nas minhas maiores vibrações e conquistas.

Born to lose, live to win!

Lemmy Kilmister

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Universo, pelo tempo que me é dado para escrever a minha história e

tentar fazer dela algo proveitoso.

À Minha Mãe, por tudo que me ensinou e por quanto me amou.

Ao meu Esposo Carlos de Lima Serafim, por toda relação de amor, respeito, carinho,

apoio, cumplicidade, paciência e sociedade que temos um com o outro. A vida com

você é muito mais plena. Seu apoio incondicional foi indispensável para a conclusão

deste trabalho: por tantas vezes me buscar no ponto de ônibus no final da noite, por

sempre deixar um lanchinho pronto para quando eu chegasse da Pós, pelas menores

e maiores coisas, do início ao agora, por sempre me motivar e me fazer querer ser

maior e melhor a cada dia.

Ao meu sobrinho Fábio Felipe Mesquita Rodrigues, amor de Tia.

Ao Perseu e Chopin, meus filhos de Alma! Reencontros espirituais, certamente!

A Lemmy Kilmister, que com suas composições, seu estilo de vida visceral, sua

humildade e simplicidade em enxergar a vida me provocaram inspiração à razão da

minha própria existência, além de um legado inestimável ao mundo. Uma lenda

humana, que permanecerá viva enquanto eu existir, pelo menos.

Aos meus amigos, pela paciência e suporte.

Aos Professores, indistintamente, sempre muito atenciosos, divertidos e

constantemente atualizados.

E por último e não menos importante, agradeço a mim mesma, pois enquanto “todos

praguejavam contra o frio, eu fiz a cama na varanda”.

Os sentimentos elevados vencem sempre no final; os líderes que oferecem sangue, trabalho, lágrimas e suor conseguem sempre mais dos seus seguidores do que aqueles que oferecem segurança e diversão. Quando se chega a vias de facto, os seres humanos são heroicos.

George Orwell

RESUMO

Na atualidade, as organizações convivem com o crescente acréscimo da concorrência

global, o que demanda a adoção de estratégias competitivas que amortizem custos,

tempos de entrega, estoques e valores, ao mesmo tempo em que majorem a

customização dos produtos, a flexibilidade organizacional e a celeridade da produção

e distribuição. Neste panorama, destaca-se a gestão da cadeia de suprimentos,

denominado SCM - Supply Chain Management, que é a integração dos processos de

negócios desde o usuário final até os fornecedores originais (primários) que

providenciam produtos, serviços e informações. Não obstante os variados benefícios

associados ao SCM, sua implementação não é tão fácil como se imagina, implicando

em vastos desafios às empresas - tanto internos quanto externos. O estudo em

abordagem investiga, alicerçado na literatura, os desafios enfrentados pelas

empresas na implementação do conceito.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9

CAPÍTULO I

A LOGÍSTICA E A CADEIA DE SUPRIMENTOS ............................................. 12

1.1 LOGÍSTICA ................................................................................................ 14

CAPÍTULO II

DA GESTÃO DE ESTOQUES ............................................................................. 19

2.1 GESTÃO DE ESTOQUES E CLASSIFICAÇÃO ABC .................................. 26

2.1.1 Fundamentos ........................................................................................... 26

CAPÍTULO III

SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SCM) ............................................................ 28

3.1 FATORES CRÍTICOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO SCM ................................ 31

3.1.1 Complexidade do Conceito e Visão Estratégica Integrada.......................... 31

3.1.2 Gerenciamento das Expectativas dos Investidores .................................. 32

3.1.3 Reengenharia da Cadeia de Suprimentos................................................... 32

3.1.4 Gerenciamento Interno do Processo ........................................................... 33

3.1.4.1 Componentes técnicos e físicos ............................................................... 34

3.1.4.2 Componentes gerenciais e comportamentais .......................................... 34

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 40

9

INTRODUÇÃO

O SCM – Supply Chain Management, é uma expressão inglesa que

denota Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou Cadeia Logística (tradução

para o Português), constituindo-se como uma ferramenta que, empregando a

Tecnologia da Informação (TI), permite à empresa obter uma gestão mais eficaz

e eficiente da cadeia de suprimentos.

O SCM versa em um conceito que envolve todo o processo logístico de

certo produto ou serviço, que vai desde a sua matéria-prima até a sua entrega

ao consumidor final. Este conceito nasceu como um progresso natural do

conceito de Logística; porém, enquanto este representa uma conexão interior de

atividades, o SCM representa sua integração exterior, pois se estende à

coordenadoria dos fluxos de materiais e informações aos fornecedores e cliente

final.

Para melhor compreender o conceito de gerenciamento da cadeia de

suprimentos, ou Supply Chain Management do inglês, é fundamental entender

primeiro o conceito de canal de distribuição já bastante consolidado e há muito

utilizado por marketing. Instrumento fundamental para a eficiência do processo

de comercialização e distribuição de bens e serviços, o conceito de canal de

distribuição pode ser definido como o conjunto de unidades organizacionais,

instituições e agentes, internos e externos, que executam as funções que dão

apoio ao marketing de produtos e serviços de determinada empresa. (FLEURY,

2007)

Conforme destacam Lambert et al. (1998), nesses tempos modernos em

que a reivindicação de consumo alcançou o limite máximo, o SCM permite que

as organizações alcancem melhoria nos padrões de competitividade.

Diversos integrantes compõem o Supply Chain management, que opera

em distintas etapas no transcorrer do processo: fabricantes, fornecedores,

armazéns, distribuidoras, varejistas e, finalmente, os consumidores. Havendo

10

uma boa gestão da cadeia de suprimentos, os resultados positivos esperados se

apresentam tanto para os negócios quanto para o contentamento dos clientes.

Importante se faz destacar que o supply chain management é um

desenvolvimento da chamada Logística Integrada. O seu fundamental

desempenho é precisamente assegurar a integração eficiente de todos os

membros e processos da cadeia de suprimentos.

Visto como resposta ao mercado competitivo da atualidade, segundo

descreve Bowersox (1998), outro ponto de extremada importância do SCM é o

desenvolvimento de um ótimo fluxo de informação inerente ao produto, a suas

matérias-primas, aos fabricantes, distribuidores etc.

Conforme descrito por Chopra & Meindl (2001), na atualidade

existem softwares e sistemas informáticos que auxiliam a cultivar a organização

do SCM, oferecendo suporte nos múltiplos aspectos concernentes ao processo

de produção e distribuição dos produtos. A diminuição dos custos do produto, o

acréscimo dos lucros, a melhora no relacionamento entre fornecedores e

clientes, entre outras propriedades, são consequências diretas ou indiretas de

uma boa gestão de supply chain management.

Os mercados atualmente estão cada vez mais globalizados e ativos e os

clientes mais exigentes, e para deixá-los satisfeitos, se propagam cada vez mais

as linhas e modelos de produtos com ciclos de vida bem mais resumidos. No

que se refere à coordenadoria da gestão de materiais, da produção e da

distribuição, passou a dar respostas mais eficientes aos desígnios de excelência

que os negócios demandavam, surgindo deste modo o conceito de Logística

Integrada, o que significou avaliar como elementos ou integrantes de um sistema

todas as atividades de movimentação e armazenagem que tornam mais fácil o

fluxo de produtos desde o ponto de obtenção dos materiais até o ponto de

consumo final, do mesmo modo como os fluxos de informação que gestionam

os produtos em movimento.

O trabalho em abordagem será composto de três capítulos sequenciais.

O primeiro capítulo será dedicado à Logística e à cadeia de suprimentos, o

11

segundo terá seu enfoque voltado à gestão de estoques e o terceiro e último,

discorrerá sobre o SCM - Supply Chain Management.

12

CAPÍTULO I

A LOGÍSTICA E A CADEIA DE SUPRIMENTOS

Conforme asseveram Conceição &Quintão (2004), Pigato & Alcantara

(2007) e Christopher (2009) no tocante à gestão da cadeia de suprimentos, esta

vem se tornando a cada dia mais proeminente nas organizações, já que no

mundo atual não se tem mais concorrência de empresa para empresa e sim de

cadeia para cadeia.

É de expressiva importância, antes de abordar os temas, definir

determinados termos, tais como: Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM),

Logística, Processos de Distribuição e Outbound.

Logística é a parte dos processos da cadeia de suprimentos (SC) que planeja, implementa e controla o efetivo fluxo e estocagem de bens, serviços e informações correlatas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender as necessidades dos clientes (COUNCIL OF LOGISTICS MANAGEMENT, 2012).

Figura 1 – Elementos Básicos da Logística (extraída de NOVAES, 2004, p. 36)

Processo de planejar, operar e controlar

Ao ponto de destino

De forma

econômica efetiva

Do ponto de origem

FLUXO DE ARMAZENAGEM matéria prima

produtos em processo produtos acabados

informações dinheiro

Satisfazendo as necessidades dos

clientes

13

Segundo o Fórum Global de Cadeia de Suprimentos (2001 apud PIRES,

2004, p. 50), “SCM é a integração dos processos de negócios desde o usuário

final até os fornecedores originais (primários) que providenciam produtos,

serviços e informações, que adicionam valor para os clientes e stakeholders”.

Conforme destacam Lambert & Cooper (2000), Fisher (1997) e Hagelaar

& Van Der Vorst (2002), a integração entre os membros envolvidos na SCM é

bastante importante e faz parte da estrutura da cadeia de suprimentos, estrutura

que consiste nos membros da cadeia de suprimentos e suas ligações. As

ligações se referem aos relacionamentos entre os membros, podendo ser

relações informais ou formais, existindo ou não oportunismo, que deve ser

administrado para evitar problemas na cadeia de suprimentos em geral

(SACOMANO NETO & TRUZZI, 2004; DE ARAUJO & GUERINI, 2010; HE et al.,

2011).

As cadeias de suprimentos, conforme descrevem Maçada et al. (2007),

Vivaldini et al. (2008) e Bandeira (2008), se tornam cada vez mais complexas.

Por isso, é possível usar práticas que ajudem as trocas de informações e

conhecimentos para uma melhor eficiência e eficácia da cadeia, que são: EDI

(Electronic Data Interchange), CR (Continuos Replenishment), ECR (Efficient

Consumer Response), VMI (Vendor Managed Inventory), CPFR (Collaborative

Planning, Forecasting and Replenishment) e Outsourcing.

A literatura arrolada à cadeia de suprimentos e relacionamentos passou a

ser cada vez mais sofisticada. Todavia, ainda há chances de se aprofundar no

assunto (DAUGHERTY, 2011). A partir de que se trate dos três assuntos

respectivamente1, o número de estudos cai ainda mais, visto que os

relacionamentos vêm sendo tratados de modo mais intensos, sendo imperativos

estudos em maior profundidade e em maior número nesse campo (LOCHETT et

al., 2011; MAZZALI & MILAN, 2006).

1 Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM), Logística e Gestão de Estoques.

14

De acordo com Lambert (2008), na atualidade a administração da cadeia

de suprimentos é a gestão das relações, que envolve pessoas, organizações e

processos.

1.1 LOGÍSTICA

Com procedência francesa, do verbo loger, Logística significa alojar, e se

inicia com os militares, que gerenciavam aquisição, manutenção, transporte de

equipamentos e pessoal (BALLOU, 2006c; PIRES, 2004; FERREIRA & ALVES,

2005).

Conforme Ballou (2006c) e Oliveira & Cândido (2006), a Logística já era

falada antes de 1950, através de temáticas como custos de transporte e

inventário, assim como demanda da mercadoria certa na hora certa. Contudo, a

Logística era de uma forma estilhaçada, e com passar dos anos, as atividades

passaram a ser transporte e compras. A partir desse ponto, uma nova área

apareceu juntamente com a área de Marketing: os canais de distribuição, cujo

objetivo era a distribuição do produto do melhor modo possível, com a devida

coordenação.

A partir de 1960, a Logística se expandiu para averiguação de custo de

transporte, controle de estoque, armazenamento e localização. Tal mudança

originou a Logística como Logística Empresarial, ou seja, distribuição física mais

oferta física das mercadorias, ganhando expressivo destaque nos meios

empresariais, já que representava dois terços dos custos logísticos. Nessa

época foram criados alguns nomes para definir, como: Distribuição, Distribuição

Física, Logística, Logística Empresarial, Logística Integrada, Gestão de Materiais

e Cadeia de Valor (BALLOU, 2006b; DE FARIA & DA COSTA, 2011).

Na conjuntura contemporânea, nasceu uma área de suma importância

associada à Logística chamada Supply Chain Management, ou Gerenciamento

da Cadeia de Suprimentos (SCM). Através dessa definição, a compra e produção

15

entraram no âmbito da Gestão de Materiais, anteriormente não inclusa

(BALLOU, 2006c; PIRES, 2004; DE FARIA & DA COSTA, 2011).

A ideia concernente à cadeia de suprimentos para rede de suprimentos já

vem sendo ampliada por autores como Christopher (2009), pois cadeia dá a ideia

de uma linha continuada e rede é uma estrutura de interligações entre as partes.

Para Lambert & Cooper (2000), a ideia é idêntica a de Christopher (2009):

os negócios não são realizados de um para um e sim dentro de uma rede de

múltiplos negócios e relacionamentos.

No entendimento de Jayaraman (1998), para um bom gerenciamento da

SCM, é imprescindível levar em consideração a relação entre a gestão de

estoques, localização das instalações e determinação da política de transporte,

respectivamente ao processo de distribuição.

O Fórum Global de Cadeia de Suprimentos, conforme asseverado por

Maçada et al. (2007), conceitua a SCM como a conexão dos processos de

negócios dos clientes e criação de valor ao longo da cadeia de suprimentos.

Pigatto & Alcantara (2007) destacam que está ocorrendo uma

transformação nos papéis da SCM. As cadeias de suprimentos clássicas eram

compostas por responsabilidades clássicas de cada membro, como comprar,

vender, entregar o produto, entre outros; contudo, agora é responsabilidade por

performance, ou seja, a empresa com melhor performance passa a ter a

responsabilidade pela execução de uma função definida. Exemplificando: um

fornecedor pode definir por meio do layout um determinado espaço dentro da

loja de seu distribuidor.

No especificar de Cox (1999), existem oito características da SCM,

conforme abaixo descrito:

1. Trabalhar sempre objetivando a perfeição da entrega de valor aos clientes;

2. Produzir somente o que for necessário e se concentrar exclusivamente nas

ações que criem fluxo de valor;

16

3. Foco na eliminação de perdas de todo o processo operacional, como por

exemplo: superprodução, tempo de espera grande, transporte,

processamento inadequado, defeitos, inventários e movimentos

desnecessários;

4. Reconhecer que todos os membros da cadeia de suprimentos estão

interessados em um mesmo objetivo, que é o de acrescentar valor ao

produto;

5. Desenvolver relacionamentos de reciprocidade e confiança com

fornecedores e clientes;

6. Trabalhar com fornecedores, com o objetivo de criar uma logística mais

eficiente;

7. Reduzir o número de fornecedores e trabalhar melhor com eles, para que

haja um relacionamento em longo prazo; e

8. Criar uma rede de fornecedores, a fim de trocar informações de redução de

perdas e eficiência operacional no fornecimento de produtos e serviços.

Na SCM, a geração de renda possui tanta importância quanto a redução

dos custos, pois gerar receita quer dizer o quanto que a SCM impacta no

contentamento dos clientes. Normalmente, a SCM dentro das organizações é

compreendida como atenuar os custos o máximo possível, estando por muitos

anos entendida como custos. Entretanto, as atividades da SCM comprometem o

desempenho do serviço ao cliente.

A cadeia de suprimentos, conforme descrito por Lambert & Cooper (2000),

está composta por três elementos: estrutura, processos da cadeia de

suprimentos e componentes de gestão da cadeia de suprimentos. A figura 2

expõe esta configuração.

17

Figura 2 - Gestão da demanda na cadeia de suprimentos (extraída de MENTZER e MOON, 2005, p. 8).

Exemplificando: a entrega no lugar correto, com a quantidade certa e na

hora correta, conforme destaca Ballou (2006b), muitas vezes chega a ser um

requisito mínimo para a venda do produto. A relação existente entre vendas e

serviços é positiva.

Pigatto & Alcantara (2007) descrevem que os objetivos comuns se

constituem em um dos itens através da qual as organizações têm de trabalhar

para alcançar sucesso na cadeia; no entanto, elas não podem olvidar de seus

objetivos individuais, para que se mantenham competitivas no mercado.

Conforme explanam Lambert & Cooper (2000), a composição da cadeia

de suprimentos consiste nos membros da cadeia de suprimentos e suas

ligações, e no tocante aos processos de negócio, estes são os que ocasionam

valor ao cliente. Os elementos de gerenciamento são os que compõem as

variantes de gestão pelo qual a organização e os processos são associados e

gerenciados em toda a cadeia de suprimentos.

18

O que vem fazendo da Logística um dos conceitos gerenciais mais

modernos são dois conjuntos de mudanças, o primeiro de ordem econômica, e

o segundo de ordem tecnológica. As mudanças econômicas criam novas

exigências competitivas, enquanto as mudanças tecnológicas tornam possível o

gerenciamento eficiente e eficaz de operações logísticas cada dia mais

complexas e demandantes. (FLEURY, 2007)

19

CAPÍTULO II

DA GESTÃO DE ESTOQUES

Em um período em que os consumidores estão cada dia mais exigentes,

as organizações necessitam atender as necessidades dos mesmos, ao mesmo

tempo em que se faz indispensável a redução de custos. Logo, é imperativa uma

eficaz gestão de estoques. É possível, portanto, considerar estoque tendo

matérias-primas, produtos semiacabados, componentes para montagem,

sobressalentes, produtos acabados, materiais administrativos e suprimentos

vários, que podem ser para uso posterior, permitindo o atendimento regular das

precisões dos usuários para prosseguimento das atividades da organização. É

importante levar em conta que este estoque é gerado pela não possibilidade de

antever a demanda exata, ou então como uma reserva para ser usada em tempo

oportuno (VIANA, 2000).

Todavia, os estoques representam expressiva parte dos ativos da

empresa, e em determinados casos podem representar em torno de 46% dos

ativos totais. Assim, pode ser considerado que “os estoques são recursos

ociosos que possuem valor econômico, os quais representam um investimento

destinado a incrementar as atividades de produção e servir aos clientes” (VIANA,

2000, p. 144).

Conforme Arbache et al. (2007), a gestão de estoques se configura como

uma das atividades de maior importância para todo e qualquer negócio, visto que

o estoque tem uma característica dúbia: sua existência, por um lado, tranquiliza

a empresa no concernente às flutuações da demanda e à manutenção do nível

de serviço; por outro, é fonte de constante atrito em função do capital investido.

O estoque é um bem acabado ou um material de suprimento pertencente

à organização, com propriedades que o assinalam itens, mantidos em

disponibilidade constante, renovados de modo sistemático, destinados à venda

20

ou à fabricação de produtos e serviços inerentes à atividade da empresa,

objetivando produzir lucros.

Os estoques, conforme assevera Rabelo (2001), existem por não ser

possível conhecer a demanda futura dos consumidores, pois eles são eficazes

para assegurar a disponibilidade das mercadorias no momento em que elas são

requisitadas.

Conforme destaca Ballou (1993, p. 205), são diversas as vantagens para

manutenção dos estoques: melhoria do nível de serviço, ganho de economia de

escala nas compras e no transporte, proteção contra modificação nos preços,

proteção contra alterações na demanda e proteção contra contingências.

Ainda em relação à manutenção de estoques,

Quer seja em pequenas ou grandes quantidades, é uma garantia para que sejam alcançadas as metas e objetivos de qualquer organização. Tal necessidade dá-se em função da estratégia da organização em relação aos clientes e fornecedores (GOMES& NIGRO, 2006, p. 1).

No que se refere à finalidade dos estoques, Disney (2001, apud RABELO,

2001) considera que o objetivo dos estoques é de servir de para-choques para

os retardamentos de tempo, proporcionando melhor nível de atendimento ao

consumidor. É indesejável ter uma situação de carência de estoques, pois o

consumidor irá comprar em outro lugar e parte do mercado poderá estar perdida.

Portanto, os estoques devem ser suficientes para cobrir as variações de mercado

e tempos de atraso.

Segundo Viana (2002, p.117), “a gestão de estoques é um conjunto de

atividades que objetiva, por meio das respectivas políticas de estoque, ao pleno

atendimento das necessidades da empresa, com a máxima eficiência e ao menor

custo”.

Em complemento, Ballou (1993, p. 25) descreve que a gestão de estoques

abrange manter seus níveis tão baixos quanto possível, ao mesmo tempo em

que aprovisiona a disponibilidade almejada pelos clientes. Deste modo, pode-se

21

definir como papel básico da gestão de estoques ofertar condições para que a

empresa possa vender os produtos e entregá-los na data e hora marcada,

satisfazendo assim as precisões dos clientes quanto ao nível de serviço.

No tocante à gestão de estoques no varejo, Sucupira (2003) assegura que

se deve buscar o constante equilíbrio entre a oferta e a demanda, que deve ser

ordenadamente conferido através de, entre outros, os seguintes indicadores de

performance: giro de estoques, cobertura dos estoques e nível de serviço aos

clientes.

Já Strassburg (2006) profere que uma boa gestão de estoques versa em

conservar nos depósitos mercadoria suficiente para o giro do negócio, isentos

de problemas ocasionados por sobras ou falta de produtos. As decorrências da

falta de mercadorias podem fazer com que as empresas sofram com a queda

nas vendas e consequentemente percam clientes para o concorrente. Portanto,

uma eficaz gestão de estoques objetiva reduzir o dilema da reposição e

conservar os níveis dos estoques e os custos logísticos os menores possíveis,

com uma ocorrência mínima de faltas de produtos, pois isto expressaria redução

nas vendas.

De acordo ainda com Strassburg (2006), o estoque compreende uma

parte fundamental na Logística, já que pode absorver boa parte dos custos totais

da empresa e estar diretamente ligado aos resultados e à lucratividade que a

empresa alcança ou poderá alcançar. Inexistindo estoque, não é possível uma

empresa atender seus clientes em virtude a sua função de amenizar os diversos

estágios existentes entre a produção e a entrega do produto ao cliente. E para

que a gestão de estoques de uma empresa seja eficaz, é fundamental que a

mesma apresente cuidados especiais quanto à área em que os produtos estarão

localizados e como se organizarão. É aí que entra o papel dos armazéns ou

depósitos.

Guerra (2007) é enfático ao assegurar que, no momento atual, a

organização de um depósito ou qualquer área destinada à armazenagem é um

dos proeminentes fatores para uma melhoria no aproveitamento de espaço e

suporte logístico. Armazenagem e estocagem constituem dois termos usados

22

com frequência para identificar coisas parecidas, mas alguns têm a preferência

de distinguir os dois, referindo-se à guarda e movimentação de produtos

acabados como armazenagem e à guarda de matérias-primas como estocagem.

No entendimento de Franklin (2003), armazenagem é a guarda temporária

de produtos estocados para distribuição futura. A necessidade de armazenagem

de produto acabado é, quem sabe, a mais intricada em termos logísticos, por

demandar intensa celeridade na operação e flexibilidade para atendimento das

exigências dos consumidores e flutuações do mercado. Uma das principais

razões para a existência de armazéns incide na probabilidade de manter estoque

que admita garantir um determinado nível de serviço, sobretudo em termos de

prazo de entrega. Importante ressalvar que um dos aspectos mais expressivos

em relação à armazenagem é a identificação do ponto de equilíbrio entre o custo

de se manter estoque e o nível de serviço que se pretende oferecer.

Segundo relatos de Ballou (1993), a empresa tem quatro razões básicas

para destinar parte de seu espaço físico à armazenagem: reduzir custos de

transporte e produção; coordenar suprimento e demanda; auxiliar os processos

de produção e auxiliar os processos de marketing. A atual ótica da Logística

direcionada para o cliente procura melhoria até nos níveis de serviço, ao

colaborar para o incremento de novas tecnologias no campo da armazenagem,

no escopo de que possa advir uma maximização nos processos e um

aperfeiçoamento nas operações logísticas. Os investimentos indispensáveis

para a automação nos armazéns passaram a ser vistos como lucrativos em

virtude de seu impacto positivo tanto no nível de serviço prestado como no custo

total.

Para Ballou (1993), outro ponto de real importância e merecedor de

destaque em relação ao atual conceito de SCM é que todos os processos

logísticos passaram a se dar de modo associado. Assim, cada operação logística

passou a ser interdependente uma da outra.

Na armazenagem, a conexão dos processos ocorre a partir do momento

da aquisição das mercadorias junto aos fornecedores até a sua entrega final aos

clientes (Figura 3).

23

Figura 3 - A armazenagem e o conceito de Logística Integrada (adaptada de FIGUEIREDO, 2007)

No que se refere à antiga ótica de armazenagem, Bowersox & Closs

(2001) asseguram que os depósitos eram considerados instalações de

armazenagem imperiosas, destinadas à execução das operações fundamentais

de comercialização. Também eram vistos como unidades estáticas, situadas ao

longo do fluxo de materiais e produtos e indispensáveis para colocar os produtos

ao alcance do consumidor na hora e no momento certo. Tal ótica fazia com que

o estoque fosse visto pela cadeia de suprimentos como uma premissa

agregadora de custos ao processo de distribuição, originando despesas

operacionais. Pouca ou quase nenhuma atenção era concedida à atividade de

armazenagem voltada à disponibilidade de produto; por conseguinte, tanto o

controle interno do armazém quanto o giro do estoque não recebiam a devida

atenção.

É real a transformação ocorrida nos últimos anos no conceito de

armazenagem nas empresas, como pode ser observado abaixo na Figura 4.

Outrora, a missão envolvia apenas a guarda de estoques, o que representava

um custo ao negócio. Atualmente esta missão modificou e as organizações

24

passaram a ver esta atividade como sendo responsável por gerenciar o fluxo

físico tanto de produtos como de informações dentro do processo logístico,

representando assim um instrumento de vantagem competitiva e de redução de

custos nas operações.

GUARDA DE ESTOQUE (antiga missão) UM CUSTO DO NEGÓCIO

Gerenciamento do fluxo fixo Um instrumento de e de informações (nova missão) competição

Figura 4 - Mudança de missão na atividade de armazenagem (adaptada de

FIGUEIREDO, 2007)

Segundo Arbache et al. (2007, p. 57), as instalações de armazenagem

desempenham papel importante no processo logístico de uma empresa. Seu planejamento e formatação causam impacto importante no desempenho da distribuição dos produtos. A armazenagem requer um gerenciamento moderno, com a adoção de processos e sistemas aplicados à movimentação e estocagem.

Rosenbloom (2006 apud ARBACHE et al., 2007, p. 66) considera que “os

principais atributos para a concepção de um armazém são a localização, o

número de itens para o armazenamento, o tamanho das unidades, o layout e os

sistemas internos”.

Conforme descrevem Arbache et al.(2007), a localização de instalações

de armazenagem é um dos amplos desafios da Logística, pois um erro

perpetrado na determinação do local pode ocasionar custos muito elevados para

25

a operação, bem como reduzir a capacidade de reação da organização às

necessidades do mercado consumidor de seus produtos. De modo geral, as

principais variáveis para a deliberação sobre localização de unidades de

armazenagem são: forças competitivas, desagregação da demanda entre

distintas instalações, efeitos na solidificação dos estoques, custos fixos de

operação e custos de transporte.

No tocante às instalações de armazenagem, Arbache et al. (2007)

sobressaem a necessidade de espaço e o arranjo físico como fatores

preponderantes para a adequada performance da instalação de armazenagem.

Planejar essas instalações deve objetivar a garantia de que as operações

aconteçam de forma eficiente, minimizar os custos operacionais, manter o nível

de serviço da operação e ter flexibilidade para absorver variantes no processo

operacional.

As características físicas dos produtos influenciam de forma significativa

a seleção dos sistemas de armazenagem e dos métodos de movimentação

dentro do local de armazenamento. A escolha de um sistema de armazenagem

adequado pode permitir uma diminuição da mão de obra direta e do número de

produtos danificados e extraviados, assim como a redução dos custos indiretos

devido à menor burocracia e melhor organização. Entretanto, uma das mais

expoentes vantagens na exata adoção de um sistema de armazenagem é o uso

racional do espaço, conseguindo-se inúmeras vezes redução substancial do

espaço ocupado (ARBACHE et al.,2007).

A adequada armazenagem, ou seja, a colocação apropriada dos produtos

em seus atinentes locais, acatando suas características físicas, assim como o

uso de um sistema de armazenagem acertado, pode possibilitar uma boa

utilização do espaço, bom emprego dos recursos operacionais, além de

otimização no tempo da mão de obra para achar os pedidos e os produtos no

interior do armazém, dentre outros benefícios. A definição do posicionamento e

da função das instalações de armazenagem é uma determinação estratégica, e

faz parte de um conjunto interligado de decisões que abarcam, dentre outras,

políticas de serviço ao cliente, políticas de estoque e de transporte que tendem

a prover um fluxo eficaz de produtos acabados (CALAZANS, 2001).

26

Para Novaes (2004), a armazenagem compreende quatro atividades

básicas: recebimento, estocagem, administração de pedidos e expedição. As

duas primeiras integram o processo de entrada de um produto na instalação de

armazenagem, enquanto as outras duas compõem o processo de saída dos

produtos.

Rodrigues (1999) assegura com precisão que todos os tipos de armazéns

possuem as seguintes funções: recebimento de produtos, armazenagem, coleta

de produtos de acordo com pedidos dos clientes e preparação dos produtos para

entrega ao cliente.

2.1 GESTÃO DE ESTOQUES E CLASSIFICAÇÃO ABC

2.1.1 Fundamentos

O controle de estoque precisa e deve ser um processo de rotina, a fim de

exercer uma política de estoques envolvendo as quantidades disponíveis em um

local e o acompanhamento de suas variações no transcorrer do tempo. A gestão

dos estoques, portanto, é um conjunto de atividades que visa atender às

premissas da empresa, com o máximo de eficácia e ao menor custo, através do

maior giro possível para o capital investido em materiais, tendo como objetivo

fundamental a busca do equilíbrio entre estoques e consumo (VIANA, 2000).

No que compreende a classificação ABC2, esta tem como fundamento a

distinção dos produtos em categorias, onde determinados produtos precisam de

maior ou menor controle face a seu impacto quanto ao preço, demanda (para

produção e venda), facilidade de reposição ou competitividade.

• Classe A

2 É um método de categorização de estoque, que tem como principal objetivo deixar claro quais são os produtos mais importantes para a empresa.

27

Compõem os principais itens em estoque de elevada prioridade e foco de

atenção do gestor de materiais, já que são materiais com maior valor face à sua

importância econômica. É estimado que 20% dos itens em estoque

correspondam a 80% do valor em estoque.

• Classe B

Esta classe engloba os itens que ainda são considerados preciosidades

econômicas, posteriormente aos itens de categoria A, que recebem cuidados

medianos. Estima-se que 30% dos itens em estoque correspondam a 15% do

valor em estoque.

• Classe C

Estes não deixam de possuir sua importância, visto que sua ausência

pode tornar inviável a continuidade do processo. Contudo, o critério determina

que seu impacto econômico não é dramático, o que torna possível menos

esforços. Estima-se que 50% dos itens em estoque correspondam a 5% do valor

em estoque.

28

CAPÍTULO III

SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SCM)

O conceito de SCM - Supply Chain Management, ou Gerenciamento da

Cadeia de Suprimentos, teve iniciado seu progresso no início dos anos 90, e

ainda hoje são poucas as organizações que obtiveram sucesso em sua

implantação, em virtude das dificuldades e desafios concernentes à sua

implementação. No Brasil, o conceito teve maior relevo a partir do final da década

de 90, impulsionado pelo movimento de Logística Integrada (FLEURY, 2002).

Foi observado por Cooper et al. (1997) que determinados autores têm

empregado os termos SCM e Logística como sinônimos, porém a necessidade

de integração das empresas envolvidas na cadeia de suprimentos vai bem além

das atividades logísticas. No entendimento dos autores citados, a conexão dos

processos ao longo desta cadeia, contemplando desde o usuário final até os

vários fornecedores de produtos, serviços e informações que agregam valor para

o cliente, é o que se chama SCM - Supply Chain Management.

O SCM pode ser conceituado como o empenho de organização nos

canais de distribuição, através da integração de processos de negócios que

interligam seus variados participantes (FLEURY, 2002). Já Helms et al. (2000)

definem o SCM como o gerenciamento de uma cadeia que vai além das

fronteiras da empresa, incluindo fornecedores e clientes.

Ainda que não seja unânime um conceito sobre o SCM, quatro elementos

são corriqueiros às variadas significações que se acham na literatura:

1. O SCM atravessa toda a cadeia de suprimento até o consumidor final,

integrando e coordenando diversos estágios intra e interorganizacional;

2. Envolve diversas organizações independentes;

3. Inclui fluxo bidirecional de produtos (materiais e serviços) e informações; e

29

4. Tem por objetivo fornecer valor elevado aos consumidores, através do uso

apropriado dos recursos organizacionais, construindo vantagem competitiva

para a cadeia como um todo.

O SCM não deve ser confundido com o conceito de Logística, visto ser

uma evolução natural da mesma; sua evolução pode ser dividida em quatro

fases, se encaixando o SCM na quarta e última fase, diferenciada pela

integração estratégica e por um salto qualitativo da maior importância: a

Logística passa a ser tratada pelas organizações de modo estratégico para

auferir competitividade e induzir novos negócios. As razões básicas para esta

nova perspectiva foram a globalização e o aumento da competição entre as

empresas (NOVAES, 2004).

Em contraposição a essa visão restrita, existe uma crescente percepção

de que o conceito de Supply Chain Management é mais do que uma simples

extensão da logística integrada, pois inclui um conjunto de processos de

negócios que em muito ultrapassa as atividades diretamente relacionadas com

a logística integrada. Além disso, há uma clara e definitiva necessidade de

integração de processos na cadeia de suprimentos. O desenvolvimento de novos

produtos é talvez o mais óbvio deles, pois vários aspectos do negócio deveriam

ser incluídos nesta atividade, tais como: o marketing para estabelecer o conceito;

pesquisa e desenvolvimento para a formulação do produto; fabricação e logística

para executar as operações; e finanças para a estruturação do financiamento.

Compras e desenvolvimento de fornecedores são outras duas atividades que

extrapolam funções tradicionais da logística, e que são críticas para a

implementação do SCM. (FLEURY, 2007)

A base da gestão logística integrada está na ligação entre cada fase do

processo, sendo que na medida em que os materiais e produtos se deslocam

em direção ao cliente, os princípios da otimização devem ser seguidos. A regra

é elevar ao máximo o serviço ao cliente, ao mesmo tempo em que se tornam

mínimos os custos e se amortizam os ativos detidos no fluxo logístico. Neste

contexto, a Tecnologia da Informação assume posição estratégica, processando

as informações necessárias ao longo da cadeia.

30

Para Novaes (2004), apesar de o SCM poder ser encaixado na quarta

fase da Logística, ele se distingue pelos seguintes aspectos: pela ênfase integral

na satisfação do consumidor final; pela formação de parcerias entre

fornecedores e clientes, ao longo da cadeia de suprimentos; pela abertura

completa entre os parceiros, possibilitando acesso recíproco às informações

operacionais e estratégicas e pela aplicação de esforços, de forma sistemática

e continuada, visando agregar o máximo valor para o consumidor final e eliminar

os desperdícios, reduzindo custos e acrescendo a eficácia.

De acordo com o explicitar de Giunipero & Brand (1996), o princípio

fundamental do SCM é verificar a performance em toda a cadeia para aferir o

sucesso coletivo no que tange ao atendimento eficiente ao usuário final. Através

do SCM como ferramenta do gerenciamento da cadeia de suprimentos, é

possível entender o que está ocorrendo em cada etapa do processo produtivo,

bem como tornar admissível uma tomada de decisão no momento necessário. O

SMC é uma gerencial estratégica que visa elevar a competitividade e o lucro das

empresas por meio do aumento da satisfação dos clientes.

Não se configuram suficientes a redução de estoques e a oferta de maior

qualidade no serviço logístico, pois a exigência passa por se diminuir custos e

prazos no ciclo do pedido. Para que isto aconteça, necessário se faz que as

empresas usem vastamente a Tecnologia da Informação. Outra forma também

empregada é a terceirização de atividades que não sejam o verdadeiro negócio

da empresa, voltando os esforços para a competência efetiva da empresa e

criando parcerias com fornecedores e clientes.

Alguns pesquisadores têm concedido destaque aos benefícios da

implantação do SCM e às perspectivas das organizações quando resolvem

implantar o conceito. Tais benefícios incluem a redução dos custos operacionais,

a melhora da produtividade dos ativos, a diminuição dos tempos de ciclo, a

diminuição dos custos de estoque, de transporte e de armazenagem, maior

agilidade nas entregas, mais personalização da produção, tudo isso originando

acréscimo de receitas. Por todos esses benefícios, o SCM não é somente um

modismo, mas sim algo que pode ser usado como diferencial competitivo

(FLEURY et al., 2000).

31

Os principais impulsionadores para a adoção do SCM são: estoques

elevados, serviços ineficazes aos clientes e custos demasiados nas atividades

da cadeia, uma vez que respostas céleres ao consumidor final, estoques

mínimos ao longo de toda a cadeia e baixos custos associados à produção e

distribuição são fontes de vantagem competitiva em toda e qualquer cadeia de

suprimento (BARUT et al., 2002).

Christopher (1997) explana que a concorrência na atualidade não é mais

entre empresas, mas sim entre cadeias de suprimentos. O expressivo desafio,

por conseguinte, é unificar todos os elos da cadeia, de tal modo que os objetivos

estratégicos sejam obtidos. Portanto, alguns elementos devem ser

cuidadosamente gerenciados para que o SCM seja implantado com sucesso nas

organizações.

3.1 FATORES CRÍTICOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO SCM

3.1.1 Complexidade do Conceito e Visão Estratégica Integrada

A complexidade da implantação do conceito SCM é um dos fatores que

elucida o fato de poucas organizações o terem implantado, pois os desafios que

se apresentam são internos e externos. No interno, é necessário quebrar

barreiras organizacionais para que seja adotada uma ótica sistêmica em que o

resultado do grupo seja mais importante do que os resultados das partes

(FLEURY, 2002).

De acordo com os resultados procurados pelo SCM, não serão

inteiramente conseguidos se cada empresa optar por otimizar seus resultados

individualmente em detrimento da integração de seus objetivos e atividades com

os integrantes da parceria (COPPER et al.,1997).

32

3.1.2 Gerenciamento das Expectativas dos Investidores

À complexidade gerencial envolvida na implantação do SCM, adicione o

fato de que o SCM solicita investimentos expressivos de tempo e dinheiro e que

o retorno deste investimento não ocorre de forma automática, o que culmina em

mais uma dificuldade a ser contornada, pois é necessário gerir as perspectivas

de curto prazo dos acionistas e investidores quanto ao retorno do investimento

efetuado.

3.1.3 Reengenharia da Cadeia de Suprimentos

Neste item, o entendimento de Cooper et al.(1997) é de que o processo

de integração da cadeia de suprimento deve ser efetuado em três etapas:

1. Identificar o tipo de parceiro que é crítico nas atividades que adicionam valor

na cadeia e determinar um número gerenciável de parceiros para os recursos

disponíveis;

2. Entender a dimensão estrutural da rede para analisar e modelar as ligações

da cadeia de suprimento. A redução do número de participantes diminui a

complexidade da cadeia e facilita a integração; e

3. Entender as características das ligações entre processos na cadeia de

suprimento.

Conforme descrito na sequência, quatro tipos de ligações na cadeia de

suprimento são identificados por Lambert et al. (1998):

• Ligações gerenciadas (controladas pela empresa);

• Ligações monitoradas (não totalmente controladas, mas monitoradas ou

auditadas pela empresa);

33

• Ligações não gerenciadas (nem controladas nem monitoradas pela

empresa); e

• Ligações entre não membros (entre um participante da cadeia e outro não

participante).

Três formas de elementos que devem ser ressaltadas na implementação

da integração da cadeia de suprimentos são mencionadas por Lambert & Cooper

(2000):

a. Os tipos de processos de negócios da cadeia - atividades que geram um

produto específico que tenha valor para o cliente. Tais atividades são

estruturadas e gerenciadas pelos componentes gerenciais;

b. O tipo de estrutura da cadeia - definido pelas empresas que compõem a

cadeia e da relação que existe entre elas;

c. Os componentes gerenciais da cadeia - alguns componentes são comuns

aos diversos processos de negócio e aos membros da cadeia de

suprimentos. O gerenciamento destes componentes comuns é o importante

porque determinam como os processos e a cadeia de suprimentos serão

estruturados e gerenciados.

3.1.4 Gerenciamento Interno do Processo

Foram identificados por Lambert et al.(1998) certos elementos gerenciais

que devem ter atenção especial por parte das organizações que encaram o

desafio da implantação do SCM. Tais elementos foram divididos em dois grupos:

componentes técnicos e físicos, mais fáceis de serem mensurados; e

componentes gerenciais e comportamentais, menos tangíveis e fáceis de serem

mensurados e controlados.

34

3.1.4.1 Componentes técnicos e físicos

• Planejamento e controle das operações: quanto mais integrado for o

planejamento, maiores os benefícios percebidos da integração. O controle

pode ser implementado através da definição de indicadores de performance

globais;

• Estrutura de trabalho e de atividades: indica como a empresa realiza suas

tarefas e atividades. O nível de integração das atividades numa cadeia é um

importante fator de sucesso na integração da cadeia;

• Estrutura organizacional: pode se referir à organização da empresa e à

organização da cadeia. A utilização de equipes multidisciplinares ou de

equipes compostas por pessoas de várias empresas da cadeia é um fator de

estímulo à integração da cadeia;

• Estrutura do fluxo do produto: estrutura da rede de obtenção, produção e

distribuição ao longo da cadeia; e

• Estrutura do fluxo de comunicação e informação: o tipo de informação

que é compartilhada e a frequência de compartilhamento são fatores que têm

forte influência na integração da cadeia.

3.1.4.2 Componentes gerenciais e comportamentais

• Métodos de gerenciamento: é importante que englobem a filosofia da

empresa e as técnicas de gerenciamento utilizadas. Estruturas diferentes são

difíceis de integrar;

• Estrutura de poder e liderança: tanto a falta de poder como a concentração

de poder podem afetar o nível de comprometimento dos membros da cadeia

e consequentemente o processo de integração da cadeia;

• Estrutura de riscos e recuperação: a divisão dos riscos e dos custos de

recuperação pode afetar o comprometimento dos membros da cadeia; e

35

• Cultura e atitudes: diferentes culturas e atitudes organizacionais dificultam

a integração.

Não obstante a importância dos elementos técnicos associados à

implementação do SCM, Lambert & Cooper (2000) creem que organizações

estarão propensas aos insucessos e focarem na gestão dos componentes

técnicos e físicos do processo, visto que os componentes gerenciais e

comportamentais deliberam o comportamento organizacional, influenciando a

implementação dos primeiros.

Seguindo os mesmos passos de entendimento, “ao projetar o modelo da

cadeia de suprimentos, é preciso pensar não só na infraestrutura e nos recursos

físicos, mas também nos recursos humanos, nas medidas de desempenho e nos

sistemas de informação” (BOVET & THIAGARAJAN, 2000, p. 2).

A proeminência da dimensão humana e de políticas de treinamento para

o sucesso do SCM é destacada por Tracey & Smith-Doerflein (2001), uma vez

que todos na organização devem trabalhar unidos objetivando tornar a cadeia

de suprimentos eficaz. O sincronismo da cadeia de suprimentos é tão

dependente das pessoas envolvidas quanto dos processos e tecnologias

utilizados. Para auferir vantagem competitiva sustentável, não é suficiente

somente investir em Tecnologia de Informação, já que em muitas situações

ocorre a necessidade do julgamento humano.

O sucesso do SCM demanda uma força de trabalho aparelhada para

operar sob variadas circunstâncias, selecionar e empregar a Tecnologia de

Informação apropriada, aperfeiçoar a eficiência individual, criar valor através da

colaboração e gerar flexibilidade organizacional: estes são fatores críticos para

o SCM. Para cada um destes elementos, deve existir um treinamento

correspondente para dar suporte à implementação. Outro intenso desafio da

implementação do SCM é superar resistências às mudanças, tanto de

comportamentos há muito tempo estabelecidos quanto das formas de trabalho

individualistas (TRACEY & SMITH-DOERFLEIN, 2001).

36

De acordo ainda com Tracey & Smith-Doerflein (2001), para gerar e

cultivar uma cadeia de suprimentos eficaz, necessário se faz, além de políticas

de treinamento adequadas, o gerenciamento do conhecimento dentro das

organizações, tarefa que vai além do investimento em Tecnologia de Informação

envolvendo a criação de organizações que aprendem (learning organizations),

onde novas e mais amplas formas de pensar são encorajadas estando as

pessoas sucessivamente se aperfeiçoando e aprendendo.

As empresas, ao implantarem SCM, devem buscar levar o conceito para

cada uma de suas áreas funcionais, o que solicita modificações culturais para

dar suporte aos conceitos inerentes ao SCM (HELMS et al., 2000).

Para que o SCM alcance o sucesso, são indispensáveis o apoio e o

comprometimento dos líderes com a mudança, a concepção do grau de

mudança que é necessário, a aquiescência quanto à visão do SCM e seus

processos-chave, o comprometimento por parte das empresas, de recursos e

empowerment para alcançar os objetivos (CROXTON et al., 2001).

No entender de Lambert & Cooper (2000), caso os componentes

gerenciais e comportamentais não estejam alinhados, reforçando um

comportamento organizacional que apoie e suporte o processo de integração,

os resultados aguardados podem não ser conseguidos, podendo a cadeia se

tornar menos competitiva e lucrativa. O sucesso do processo de integração da

cadeia de suprimento passa pelo entendimento destes fatores e das

interligações existentes entre eles.

A comunicação eficaz ao longo da cadeia é dependente de uma

infraestrutura que somente se tornou economicamente eficaz e largamente

divulgada com o advento da Internet, apesar da necessidade de padronização.

Segundo Novaes (2004), na implementação do SCM são investidos capitais

elevados em Tecnologia da Informação, visto que em muitos casos as empresas

possuem sistemas autônomos que não conversam entre si sendo usado nas

atividades rotineiras de operação e de controle. A realidade força as

organizações a terem sistemas integrados de gestão, os quais representam uma

das principais ferramentas para a implantação do SCM.

37

Homogêneo a este entendimento, Moore (1998) pondera que as

organizações devem lançar mão da tecnologia para ampliar novas formas de

comunicação e parceria. Min & Zhou (2002) dividem o mesmo entendimento,

acreditando que um dos direcionadores críticos do sucesso da implantação do

SCM é a Tecnologia da Informação, por tornar possível a integração dos dados

e o compartilhamento mais eficaz de informação entre os parceiros da cadeia de

valor.

Contudo, Naim et al. (2002) chamam a atenção de que o processo de

implantação do SCM equivale a uma reengenharia da cadeia de suprimentos,

pois os passos para a implementação de uma reengenharia na cadeia de

suprimento são a análise da cadeia, sua simplificação, integração, automação e

otimização. Deste modo, a implantação de um sistema de informação deve ser

o passo final e não o primeiro.

Naim et al. (2002) são defensores da necessidade de uma análise

apropriada da cadeia de suprimento antes de determinar a implantação de um

sistema de comunicação e informação. Embora a adoção de uma solução

tecnológica para dar início ao processo de integração da cadeia de suprimentos

seja uma deliberação importante, ocorre a necessidade prévia de

desenvolvimento de uma visão sistemática de como funciona um sistema eficaz

de gerenciamento da cadeia. Não existindo essa visão estruturada, os benefícios

potenciais da implantação da solução tecnológica podem ser encobertos por

falhas de operacionalização da ferramenta. A implantação de um sistema de

informação não deve ser encarada como solução milagrosa para a integração

da cadeia de suprimento. A flexibilização da estrutura da empresa também é

importante, a automatização de uma estrutura rigidamente hierárquica pode

ocasionar maior complexidade e ineficácia na organização.

38

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desse trabalho foi investigar os desafios enfrentados pelas

empresas que implementam o Supply Chain Management, face aos custos

elevados, às mudanças necessárias e à complexidade de operacionalização do

processo. A partir da análise da literatura sobre o assunto, observa-se que os

fatores críticos para o sucesso da implantação do SCM são a complexidade do

conceito, a necessidade de uma visão estratégica comum a todas as empresas

envolvidas, o gerenciamento das expectativas de curto prazo de acionistas e

investidores, a necessidade de uma reengenharia da cadeia de suprimentos

antes da implantação do conceito ou como primeira etapa da implantação do

conceito, e o gerenciamento eficaz do processo interno de mudança.

Dentre os elementos-chave internos às empresas que merecem atenção

para o sucesso da implantação do SCM, podem ser destacados: a visão

estratégica de longo prazo por parte da empresa; a compreensão do grau de

mudanças necessário; a implantação do projeto em etapas, de tal forma a

preparar a empresa para as mudanças; a atenção especial aos aspectos

humanos e gerenciais do processo; e o estabelecimento de objetivos claros e

formas de mensuração do resultado que possibilitem o acompanhamento das

melhorias alcançadas.

Menosprezar ou desconhecer as dificuldades inerentes ao processo pode

levar à negligência de etapas e de ajustes fundamentais para o sucesso do

projeto. Neste contexto, planejar adequadamente o processo de implantação do

SCM é fundamental. O planejamento deve prever etapas claras, previamente

definidas e estabelecidas. As empresas devem ter em mente que os retornos

deste processo não são imediatos e que exigem um trabalho contínuo de

acompanhamento ao longo da implementação.

Todos os aspectos relatados foram levantados na literatura estudada.

Contudo, a pesquisa veio a identificar a importância estratégica de outro

39

elemento, não achado na revisão de literatura: a situação atual da empresa que

pretende implantar o SCM. Resumindo, muitos são os desafios a serem

encarados pelas empresas que desejam implementar o SCM, mas também são

expressivas as oportunidades na implantação deste conceito, com o mercado

requerendo e reconhecendo, a todo instante, as organizações que adotam

práticas que acrescem a competitividade e a lucratividade de seus negócios.

40

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