documento protegido pela lei de direito autoral · social-cras, in são joão de meriti. the...
TRANSCRIPT
ヱ
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MEDIAÇÃO DE CONFLITO NO CONTEXTO FAMILIAR: UM
DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS
Por: Patrícia Regina Souto Borges
Orientador
Prof. Willian Rocha
Rio de Janeiro
2014
DOCU
MENTO
PRO
TEGID
O PEL
A LE
I DE D
IREIT
O AUTO
RAL
ヲ
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MEDIAÇÃO DE CONFLITO NO CONTEXTO FAMILIAR : UM
DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Mediação de Conflito com
Ênfase em Família.
Por: Patrícia Regina Souto Borges
ン
AGRADECIMENTOS
Quero aqui registrar, meus
agradecimentos aqueles que de fato
compartilharam nesta etapa evolutiva
de formação. Em primeiro lugar à
Deus pela força e perseverança, à
minha Família - minhas Filhas
Vanessa e Nathália, minha motivação
eterna e aquele que sempre me
incentiva e está ao meu lado, meu
esposo Carlos Alberto.
ヴ
DEDICATÓRIA
Para minha Saudosa mãe Luiza.
ヵ
RESUMO
A presente pesquisa tem a proposta de discutir a real percepção que
os profissionais possuem acerca dos Desafios, na Mediação de Conflito no
Contexto Familiar e seus respectivos desdobramentos a partir desta
temática. Sugere desta forma uma discussão sobre o assunto em particular
no que tange a questão da família enquanto núcleo fundante, sua
organização e processos de estabelecimento. Para a viabilização da
análise, procedeu se um estudo qualitativo, pois houve a participação ativa
em seu processo, apropriando se de uma entrevista de cume narrativo
possibilitando desta forma o acesso ao discurso enunciado na perspectiva
de dez falas, de dez profissionais que atuam no Centro de Referêcia da
Assistência Social - CRAS, no Município de São João de Meriti. As
entrevistas sequidas de questionário foram realizadas com permisão dos
mesmos. Podemos perceber que as conclusões apontam para a real
necessidade da formação dos profissionais pautados em condições éticas
e com respaldos teóricos medotológicos.
PALAVRA CHAVE: Mediação , Conflito, Familiar, Desafio e Profissionais.
ABSTRACT
The present research has proposed to discuss the real perception
that professionals have about the challenges of Conflict mediation in Family
Context and their ramifications from this theme. Thus suggests a
discussion on the subject in particular regarding the question of the family
as the core founding, organization and processes of establishment. For the
ヶ
feasibility analysis, a qualitative study was conducted because there was
active participation in the process, is appropriating an interview ridge
narrative thus allowing access to the speech utterance from the perspective
of ten lines, and ten professionals who work in a Center Referêcia of the
Social-CRAS, in São João de Meriti. The interviews were recorded with
permission of Professional and transcribed with permission. We can see
that the findings point to the actual need of the training guided by an ethical
and theoretical medotológicos backrests.
KEYWORD: Mediation, conflict, family, and professional challenge.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..08
CAPÍTULO I ...10
1.1 Apresentação ..10
1.2 Relevância do estudo..13
1.3 Objetivos do estudo..14
1.3.1 Geral ...14
1.3.2 Específicos ..15
2. CAPITULO II – REVISÃO DE LITERATURA....14
2.1 Mediação de Conflito ..14
2.2 Mediação e sua Gênese: um processo consolidação...17
2.2.1 Mediador ... 18
Α
2.3 Ética profissional: eixo norteador..22
ヲく4 Categoria Família : uma abordagem necessária..23
2.4.1 Característica da família contemporânea くく26
2.5 Mediação de Conflito no Contexto Familiar..27
3. CAPÍTULO III ..29
3.1 Metodologia . .29
3.1.1 Tipo de Pesquisa ..29
3.2 Universo..30
3.1.3 Instrumento/Procedimento..31
3.2 Análise de Dados ..31
3.2.1 Capacitação dos Profissionais..31
3.2.2 Família ..33
3.2.3 Ética...34
3.2.4 Mediação de conflito..35
3.2.5 Mediação de conflito no contexto familiar..36
3.2.6 Desafio dos profissionais...37
CONSIDERAÇÕES..39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..41
ANEXO A – Questionário... 44
ANEXO B – Termo de Esclarecimento..45
Β
áNEXO C どTW┝デラ sobre mediação de conflito de autoria da Deputada ZulaiêCobra -Congresso Nacional , 1988 -Projeto de Lei n°. 4827/98...45
ANEXO D - Segundo versão do Ante projeto de Lei de Mediação
Paraprocessual - Luiz Felipe Salomão , 2013 ...46
LISTA DE SIGLAS
CONIMA - Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem
CRAS - Centro de Referência da Assistência Social
LOAS - Lei Orgânica sa Assistência Social
SUAS - Sistema Único da Assistência Social
SMAS Secretaria Municipal de Assistência Social
PNAS- Política Nacional da Assistência Social
NOB - Norma Operacional Básica
MC - Mediação de Conflito
TJ - Tribunal de Justiça
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar o Desafio dos
Profissionais que atuam na Mediação de Conflito no Contexto Familiar,
pontuando e articulando a temática, porém não abrangente no que tange a
real proporção da esfera da praxis.
Γ
Sabemos que a Mediação de Conflito, nesta última década, tomou
proporção no panorama intelectual acadêmico e profissional, é neste viés
que precisamos entender a importância do Desafio dos Profissionais que
atuam na Mediação de Conflito no Contexto Familiar, como um fator
existente na atuação profissional.
No entanto, nossa tentativa será a de trazer uma lente de aumento
para nossas práticas, com o objetivo de entender como estes desafios
permeiam nosso cotidiano, enquanto profissionais.
A idéia é que pelo conhecimento teórico, poderemos desenvolver um
pensamento crítico e consequentemente criar estratégias para superação
dos entravés, impasses, desafios e dificuldades apresentados.
Percebemos que há a necessidade de inserir formas de atuação
profissional, além do fortalecimento da ética, mesmo que está ainda
permaneça sem uma Lei que a regulamente, engendrada em uma
conjuntura política passível de atuação do profissional, no movimento da
realidade vivenciada.
A relevância do profissional que atua neste contexto está em sua
excelência visceral vinculado à concretização da sua atuação,
almplamente reconhecido, necessários na atualidade.
Faz parte da construção deste trabalho, a realização de pesquisas
bibliográficas sobre o histórico da categoria Família enquanto núcleo
fundante e suas respectivas contextualizações.
Também usufruirmos de um questionário direcionado aos
profissionais que atuam diretamente com esta realidade, atuando
diretamente com o núcleo fundante, contribuindo desta forma,
significativamente para análise e considerações finais.
ヱヰ
Para melhor compreensão do assunto abordado, este trabalho está
organizado em três capítulos: inicialmente discorre se como está a
organização e consecutivamente o problema, relevância e seus respectivos
objetivos.
A revisão de literatura está inserida no segundo capítulo, pautada em
autores que possuem propriedade sobre a temática. O terceiro capítulo
aborda a análise realizada com os profissionais através da entrevista e
questionário. Também apresentaremos a metodologia, o tipo de pesquisa,
universo / amostra, instrumento / procedimento e análise de dados.
Finalizaremos o estudo com considerações, sob a forma de
conclusão, com fundamentação de referências bibliográficas citadas além
do questionário e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em
anexo.
CAPÍTULO 1
O PROBLEMA
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
A presente pesquisa tem a proposta de discutir a real percepção que
os profissionais possuem acerca da Mediação de Conflito no Contexto
Familiar e os seus Desafios com seus respectivos desdobramentos a partir
ヱヱ
da temática.
É sabido que de forma geral, as pessoas sentem dificuldades em
lidar com situações conflituosas, mesmo porque o fator interpletação tende
a se tornar fragmentado. As pessoas ficam envoltas em suas emoções,
encarando suas perspectivas, como "verdade absoluta", desta forma
confusas com suas percepções, consequentemente a relação tem a
tendência de se confundir com o problema .
" CラマヮヴWWミSWヴ ラ ヮWミゲ;マWミデラ S; ラ┌デヴ; ヮ;ヴデW ミ?ラ Y マWヴ;マWミデW ┌マ;
;デキ┗キS;SW ┎デキノ ケ┌W キヴ= ;テ┌S= ノラ ; ゲラノ┌Iキラミ;ヴ ゲW┌ ヮヴラHノWマ;く O ヮWミゲ;マWミデラ Sラ
ラ┌デヴラ ノ;Sラ Y ラ ヮヴラHノWマ; ふくくくぶゎふFキゲエWヴがUヴ┞がヲヰヰヵがヮくヴヰぶく
Importante, ressaltarmos que a convivência social é fonte de conflito,
o ser humano por excelência tem essência conflitante, necessita de outra
para se comunicar, trocar idéias, se relacionar. É de suma relevância
entendermos suas peculiaridades, estratégias, médotos e técnicas
tornando estas informações efetivamente funcionais.
Porém não devemos buscar certezas definitivas, mas sim
desenvolver um questionamento constante com base em técnicas
pertinentes à Mediação. A clareza do processo é fundamental para alcançar
o objetivo.
O CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) é um órgão
vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social do Municípal do Rio
de Janeiro (SMAS), Prefeitura do Município de São João de Meriti e está
destinado à Proteção de baixa complexidade. Este centro é um
equipamento público, de Proteção Social da Política de Assistência Social,
instituido com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Devemos
entender que a Política Nacional da Assistência Social - PNAS, que busca
ヱヲ
incorporar demandas presentes na sociedade, no que tange à
responsabilidade política, objetivando tornar claras as diretrizes na
efetivação social como direito de cidadania e responsabilidade do Estado, é
regulamentado pela Norma Operacional Básica do SUAS (NOB/SUAS) de
2005, ao qual oferece materialidade aos princípios e diretrizes da Lei
Orgânica da Assistência Social, Lei número 8.742 de 07 de dezembro de
1993 (LOAS) que traz em si a superação da lógica da caridada do favor, a
visão equivocada da incompetência dos pobres é substituida pela noção
de diritos de cidadania e de responsabilidade do Estado na proteção aos
mais vulneráveis.
Os serviços oferecidos pelo CRAS possuem uma organização em
áreas de maior vulnerabilidade social, com foco naqueles que mais
necessitam. Esta instituição desenvolve importante participação no que
tange o aspecto de inclusão, e não somente aos individuos, mas também
as famílias que encontram se em situação de vulnerabilide social e em
situação de conflito de diversas vertentes.
Os serviços desta Instituição tem resultado, segundo norma técnica,
através do Programa de Atenção Integral à Família - PAIF que tem por
objetivo o fortalecimento do convivio familiar e comunitário, através de
acompanhamento psicossocial e de potencialização da rede de serviços. O
Centro de Referência da Assistência Social - CRAS, tem por objetivo
implementar ações integradas para a promoção Familiar, através da
inserção das famílias nos serviços de Assistência local. O Programa de
Atenção Integral à Família - PAIF tem por objetivo o fortalecimento do
convivio familiar e comunitário, através de acompanhamento psicossocial e
de potencialização da rede de serviços e o Serviço de Convivência e
Fortalecimento de Vinculo (SCFV) tem por objetivo atender grupos,
assegurando espaços de convivio familiar e comunitário, desenvolvendo o
ヱン
o sentido de pertencimento e de identidade, promovendo a socialização a
convivência dos mesmos.
A Proteção Social Básica oferece atendimento às famílias e cidadãos
em situação de violação de direitos, portanto essa proteção está voltada
para atuação no que diz respeito à garantia de proteção integral, os
mínimos sociais para família e cidadãos em situação de ameaça.
O atendimento baseia se no respeito à heterogeneidade,
potencialidade, valores, crenças e identidade do núcleo fundante. O serviço
articula se com atividades prestadas às famílias nos demais serviços
socioassistenciais nas diversas Política Públicas e com demais órgãos do
sistema de Garantia de Direitos.
Os objetivos desses serviços são a contribuição para o
fortalecimento da família, a restauração e prevenção da integridade da
autonomia do usuário, a reparação dos danos e a reparação e prevenção a
incidência da violação dos direitos; incluir as famílias no sistema de
proteção social e nos serviços públicos, conforme a demanda.
Entendemos que esse serviço deve ser de acolhida, escuta, que deve
haver um estudo social, um monitoramento e avaliação do serviço, de
orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais. Há a
necessidade da construção do Plano Individual e / ou Familiar de
Atendimento, entre outros. E almejamos a redução das violações dos
direitos, seus agravamentos e reincidências, que o usuário tenha acesso
aos serviços socioassistenciais e das políticas públicas setoriais, melhoria
da qualidade de vida das famílias. Analisamos que para se ter êxito nos
serviços que são oferecidos é necessário que haja por parte do poder
público uma vontade política, conjuntamente com a participação da
sociedade civil, para que estes cidadãos tenham condições de acesso à
rede de benefícios assistenciais, com consequência a sua inserção familiar
ヱヴ
e comunitária. A Mediação de conflito é um serviço que pode ser agregado,
pois é neste contexto de situação de vulnerabilidade que deparamo nos
com inúmeros conflitos de lide social. como por exemplo o conflito de
valor que envolve questão ideológica e religiosa; o conflito de
interesse,que perpassa por situações de contradição e reivendicação de
bens e direitos, o conflito de informação, que possui cume
negativo/distorcido, o conflito estrutural podendo ter vertententes
trabalhistas, ambiental, familiar, societário, organizacional, escolar,
comercial, entre vizinhos.
Vivenciamos nesse serviço que a família, tenha um acompanhamento
sistemático, para que ocorra a construção de um projeto de vida ou a
reconstrução dele em conjunto , para que os mesmos consigam ter
autoconfiança e a capacidade de reflexão para sua autonomia.
O interesse pelo o serviço oferecido pela Instituição foi voltada para
os cidadãos e suas respectivas familias. Entendemos que a Mediação é
capaz de reconstruir o projeto de vida do cidadão e de sua família, com uma
ação conjunta de profissionais e dos envolvidos. A realidade é bem difícil e
desafiadora, porque na maioria dos casos a ação nem sempre é conjunta,
percebemos que a questão cultural de cada família tem seu peso,
identificamos uma dificuldade e uma particularidade subjetiva em cada
cidadão.
O interesse por esta pesquisa surgiu a partir da experiência enquanto
profissional de Serviço Social no campo sócio-institucional de um Centro
de Referência de Assistência Social no Município de São João de Meriti.
A partir da experiência e da observação, nos deparamos com a
necessidade de analisar essa temática e a sua atuação com o objetivo de
entender melhor o contexto de tempo e espaço para que assim, possamos
de uma maneira mais eficaz, enriquecer o universo acadêmico, com a
ヱヵ
temática em questão que é relevante, porque é onde se produz
conhecimento, para tentar romper com o senso comum e a banalização que
impera em muitas leituras que apontam para percepções onde estes
cidadãos e suas respectivas familias estão fadados a se tornarem
indivíduos que não tenham lugar na sociedade e em constante movimento
de conflitos.
RELEVÂNCIá DO E“TUDO
O intuito deste projeto é de contribuição para o campo científico, a
área de produção acadêmica, de forma geral vem contribuindo
cientificamente no que tange a discussão da Mediação de Conflito no
contexto familiar e seus respectivos desafios, entraves e extratégias.
Todavia toda forma de contribuição de saberes deve ser
compartilhada, a relevância da produção são direcionados para estudo de
futuros discentes de formação acadêmica ou profissionais que devem
continuar buscando informações a fim de se manterem informados e aptos
a uma dimensão critica.
ゎ ふくくくぶ ラ IラミエWIキマWミデラ IキWミデケaキIラ Y IラミゲキSWヴ;Sラ ;HWヴデラが ヮラキゲ ミ?ラ IラミエWIW
H;ヴヴWキヴ;ゲ ケ┌W が ; ヮヴキラヴキ ノキマキデ;マ ラ IラミエWIキマWミデラが ; IキZミIキ; ミ?ラ Y ┌マ ゲキゲデWマ;
Sラェマ=デキIラ W IWヴヴ;Sラが マ;ゲ Iラミデヴラ┗WヴデキSラ W ;HWヴデラ ふくくくぶゎ ふ L;ニ;デラゲが ヲヰヰヰが ヮくヴヱぶく
Este projeto apresenta se como um tipo de pesquisa exploratória, ou
seja terá uma perspectiva sobre a Mediação de Conflito no contexto
Familiar. Sua relevância será agregar um novo olhar para esta categoria, o
trabalho tem como proposta apresentar uma reflexão da temática,
ヱヶ
retratando as vivencias coditianas, a partir da atuação dos profissionais de
um Centro de Referência de Assistência Social do Município de São João
de Meriti.
Diante das observações realizadas no equipamento, foi possível
perceber que os profissionais possuem uma ausencia de conhecimento a
respeito da Mediação de Conflito no contexto familiar e demais
desdobramentos da temática em questão, a partir dos discurssos expostos
cotidianamente.
Sabemos que a Mediação de Conflito desenvolveu se de modo
surpreendente na última década, novas obras vem sendo publicadas e a
Mediação de conflito vem tomando espaço nos meios acadêmicos e
intelectuais.
OBJETIVOS DO ESTUDO
OBJETIVO GERAL
Analisar o desafio para os profissionais que atuam em Mediação em conflito
no contexto familiar.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Apresentar os desafios dos profissionais na Mediação de conflito,
Apresentar os desafios dos profissionais no contexto familiar
ヱΑ
CAPÍTULO II
REVISÃO DE LITERATURA
2.ヱ MWSキ;N?ラ SW Cラミaノキデラ
ゎ ふくくくぶ ラゲ Iラミaノキデラゲ ゲ?ラ ゲラIキ;ノマWミデW Iラミゲデヴ┌キSラゲ ;Sマキミキゲデヴ;Sラゲ ;デヴ;┗Yゲ S;
Iラマ┌ミキI;N?ラ S; ゎヴW;ノキS;SWゎ Wマ ゲW┌ IラミデW┝デラ ゲルIキラどエキゲデルヴキIラが ミ; ケ┌;ノ ;マHラゲ
Iラミaノキデラ W ヴW;ノキS;SWが キミaノ┌WミIキ;マ W ゲ?ラ キミaノ┌WミIキ;Sラゲ Wマ ゲW┌ゲキェキaキI;Sラ W
Iラマヮラヴデ;マWミデラ ヮWノラ IラミデW┝デラゎくふFラノェ┌Wヴ わ JラミWゲが ヱΓΓヴぶく
O termo conflito define se como situação imcompatível. Conflito é um
facto social universal e necessário, que se resolva com a mudança social,
Karl Marx afirma que conflito tem sua origem na dialética do materialismo
ou na luta de classes. A construção de definição de conflito tem sua base
em uma idéia destrutiva, agressiva, no entanto os conflitos tem seu lado
positivo, ocasio mudanças que são necessárias para os individuos.
ゎO Iラミaノキデラ ミ?ラ Y ;ノェラ ケ┌W SW┗; ゲWヴ WミI;ヴ;Sラ ミWェ;デキ┗;マWミデWが ふくくくぶ ; ゲラノ┌N?ラ
デヴ;ミゲaラヴマ;Sラヴ; Sラ Iラミaノキデラ SWヮWミSW Sラ ヴWIラミエWIキマWミデラ S; SキaWヴWミN;ゲ W S;
キSWミデキaキI;N?ラ Sラゲ キミデWヴWゲゲWゲ Iラミデヴ;Sキデルヴキラゲ ふくくくぶゎ ふV;ゲIラミIWノラゲが ヲヰヰΒが ヮくヲヰぶく
O conflito decorre da própria convivência entre atores sociais e suas
respectivas contradições e que são mediáveis. Cabe ressaltar que as
mediações tornam se inviáveis perante situações que envolvam violência
de direitos e deveres, ou quando há pessoas que não desejem se
ヱΒ
submeter ao trâmite da mediação, demonstrando falta de colaboração. Há
de se pontuar aqueles que estão ou são incapazes de tomar decisões. Há
situações que podem ocorrer negociações e não mediações, pois estes
estão perante a posição de desigualdade de poder.
Vasconcelos, 2004 define conflito como "um fenomeno inerente às
relações humanas, (...) fruto de posções divergentes, quanto a fatos e
condutas que envolvam expectativas, valores ou interesses comuns (..)". O
conflito, portanto, é inerente à pesssoa humana, uma vez que as mesmas
respondem à estímulos, sejam positivos ou negativos, impulsionando os a
lutar ou a fugir. É da essencia humana a proposta de disputas perante
manifestações de incompatibilidade de diversas naturezas. Moore, 2008
aponta que os conflitos possuem causas multiplas.
A Moderna teoria do conflito nos propociona a percepção da mesma
como um fenomeno de cume natural na relação de qualquer pessoa,
percebido como algo positivo. Quando vislumbrado por este patamar,
podemos pensar em opções para administra lo, entendendo o como o
primeiro passo para a mudança, tendo desta forma a possibilidade de
escolha para a resolução que melhor lhe assente.
Alguns autores sustentam a tese que conflito está inserido em uma
escalada de relações conflituantes que resulta em um circulo vicioso de
ação e reação. O movimento vicioso da ação/reação torna se mais rígida
quando há conflitos. Desde os primórdios da humanidade percebemos
"divergências por metas, objetivos, interesses percebidos (...)
incompatíveis".
Segundo Mello (2004), "não há dados concretos quanto ao marco
histórico inicial da mediação. Contudo, esta prática remonta à antiguidade
chinesa, por influência da filosofia de Confúcio, calcada na reciprocidade,
na paz e na compreensão". Nesse sentido, sustentam Breitman e Porto
ヱΓ
(2001), "a mediação de conflitos, embora contemporaneamente seja um
procedimento inovador, tem suas origens e razões na civilização chinesa,
com aproveitamento de costumes e utilização de antigas descobertas em
situações semelhantes. A mediação foi retomada em nosso país com o
modelo oriundo da Lei da Arbitragem. São temas antigos, porém com nova
roupagem"く
Portanto, perceber a escala de desenvolvimento do conflito é
estabelecer a exata noção da sua históricidade e sua relevância no espaço -
tempo no contexto da história da humanidade. Os conflitos sempre
existiram,e vão existir, e estes eram mediados através de lideranças
comunitárias. As relações humanas eram horizontalizadas e percebidas
como menos complexas. Nos primórdios da história humana, o homem
possuía condições precárias e o fruto do seu trabalho não era suficiente
para garantir sua sobrevivência. A partir do desenvolvimento da sociedade,
emergiram no cenário social os atores sociais que mantiveram o poder e
utilizavam se de instrumentos para garantir seus feitos, considerando a
natureza das relações conflituosas podemos perceber o grau de violência
dos conflitos que se estabelecem de diversas formas culturais. É notório
que a sociedade está passando por transformações, e isto vem refletindo
de forma significativa nas diversidades nas relações sociais, ocasionando
um aumento considerável de conflitos com diversos desdobramentos.
Mediação conforme Ferreira, 2001, "advém do latim mediatione que
significa intercessão, intermédio (...) intervenção com que se busca
produzir um acordo". (...) Derivado do verbo latino mediare &– de mediar,
intervir, colocar-se no meio". (Müller, 2005).
A mediação tem sua base calcada na comunicação, onde o objetivo é
identificar os interesses e necessidades das partes, geralmente transcorre
em nível não hierarquizado de soluções de problemas, segundo Azevedo,
ヲヰ
2007 é um processo pelo qual um terceiro imparcial facilita a negociação
entre pessoas em conflito, as habilita a assumir o controle de suas vidas e
concontrar soluções que compatibilizem se aos seus interesses e
necessidades. A mediação é um processo privado, voluntário e informal no
qual o mediador, ou mediadores, ajustam as partes a resolver suas
disputas de modo aceitável à todos".
Sabemos que a mediação é uma proposta eficaz para as soluções de
conflitos, calcado em um ideal de enfrentamento de problemas. É um
instrumento pacífico entre atores em relações sociais . Não é a esmo que a
mediação vem crescendo no âmbito dos exercícios em diversas vertentes
de atuação, este vem desempenhando um papel fundamental de uma nova
cultura para profissionais.
A mediação cumpre um papel fundamental para evitar que os
conflitos cresçam à uma situação de violência, sendo está não somente a
física já que podem ser de ordem moral, psicológica, simbólica, estrutural. É
uma ferramente de alta magnitude, pois atua em uma esfera
extraprocessual de resolução de conflitos, tem objetivo de transformação
de padrões de conduta social e fomentação de convívio social. Desta
forma, percebemos que a mediação atua de forma ativa na pacificação das
relações sociais.
2.ヲ MWSキ;N?ラ W ; ゲ┌; GZミWゲWぎ ┌マ PヴラIWゲゲラ SW CラミゲラノキS;N?ラ
O termo "mediaçao", segundo autores foi utilizado pela primeira vez
nos Estados Unidos na década de 1970, por um profissional da área de
ヲヱ
Direito, onde o mesmo criou um Centro de Mediação Familiar e a primeira
associação de profissionais.
Podemos perceber que diversos autores conceituam a categoria
mediação com muita propriedade, vejamos algumas:
Monette, 2000 nos afirma que a etimoligia da "palavra mediação
antes de derivar de uma palavra latina (medium, medius, mediator) terá
aparecido na enciclopédia francesa em 1694, cujo aparecimento é
identificado no arredores do século XIII., para designar a intervenção
humana entre duas partes. A raiz ”medi” parece ter sido utilizada pelos
Romanos que a terão recebido, por associação de ideias do nome deste
país desaparecido, a Media, (para resumir), um país vizinho das terras da
antiga Persa que se tornou o Irão".
Segundo Bush e Folger (1996) coadunam com Schinitman (1999)
conceituam a mediação "como um método de solução de conflitos no qual
as partes envolvidas recebem a intervenção de um terceiro, o mediador,
que contribui, por meio da reabertura do diálogo, a chegar a possibilidades
inventivas para a solução da disputa, em que ambos fiquem satisfeitos".
A mediação de conflito no território brasileiro é de fato um processo
eficaz para as mais diversas áreas de atuação,e este adentra em nossa
cultura como uma porta de acesso á justiça e resoluções de conflitos. Os
profissionais da área de mediação conquistaram o respeito através do
trabalho pautado na qualidade técnica desenvolvida pautados no
compromentimento ético. Importante ressaltarmos que a mediação no
Brasil ainda não possui uma Lei regulamentada, no entanto vem se fazendo
estabelecer de forma gradativa.
Nesse diapasão, são objetivos da mediação: a solução dos conflitos
identificados,a Concepção que não há ganhadores ou perdedores no
ヲヲ
âmbito da mediação, e a prevenção de possíveis conflitos.
2.2.1 MEDIADOR: Elemento Fundamental Enquanto Profissional Atuante
O mediador é um profissional que possui sua autonomia, portanto o
mesmo é apto a conduzir o processo de mediação, utilizando os
instrumentos, aos quais identifica que sejam pertinentes a cada situação,
favorecendo desta forma a resolução das questões.
O profissional pode optar por reuniões conjuntas ou individuais
seguindo o quisito confidencialidade. Cada cidadão terá seu momento de
expor suas opniões, fatos sobre as quais estão inseridos na disputa, como
também os interesses e objetivos, além de possíveis soluções para mútuos
benefícios.
A abordagem, ao qual o profissional irá optar é um elemento que
deve ser considerado relevante, pois perceber a área de atuação e
respectivas abordagens irá garantir um bom processo de mediação entre
as partes. O mediador é um individuo que identifica e sabe tirar as pessoas
das posições e coloca las na área de interesse.
Nesse diapasão, existem diversos profissionais aptos, para atuar
como mediador, sendo que é relevante pontuarmos neste momento que
cada profissão é possuidora de habilidades, competências pertinentes a
categoria. A contribuição de saberes dos diversos profissionais é muito
enriquecedor, auxiliando na construção da identidade profissional do
ヲン
mediador.
ゎふくくくぶ TWミエラ ; Iラミ┗キIN?ラ SW ケ┌W ヮ;ヴ; マWSキ;ヴ ミ?ラ H;ゲデ; ヮラゲゲ┌キヴ エ;HキノキS;SWゲ W
デYIミキI;ゲ WゲヮWIケaキI;ゲが Y ヮヴWIキゲラ Sラマキミ;ヴ; SキaケIキノ デ;ヴWa; SW ゲW キミデWェヴ;ヴ
WマラIキラミ;ノマWミデW Iラマ ラゲ ラ┌デヴラゲくá┌デラ ゲW SWゲキェミ;ヴ マWSキ;Sラヴ キェミラヴ;ミSラ WゲデW
a;デラ ゲキェミキaキI; ┌マ マ;ノ IラマWNラく MWSキ;ヴ Y ┌マ; ゎ;ヴデWゎ ふW Iラマラ デ;ノ ヴWIノ;マ; ラ
エラマWマ ヮラヴ キミデWキヴラぶ SW IラミS┌┣キヴ ┌マ ヮヴラIWSキマWミデラ I;ヴヴWェ;Sラ SW
キミデWミゲキS;SWゲゎく ふRラSヴキェ┌WゲがヱΓΓΓく ヮくヰンぶ
O profissional respaldado técnica, comprometimento, capacitado
segue principios que são fundamentais, que nos serve de pilar, alicerce,
que regem as ações e distinguem os objetivos das práticas dos
profissionais, em sua atuação e que foram concebidos dentro de uma
lógica para se completarem, obdecendo uma determinada ordem.
Portanto, a seguir veremos alguns princípios, as quais a mediação de
conflito desenvolve o trabalho em sua estrutura profissional;
• A Confiabilidade é o princípio fundamental da atuação do mediador,
pois as partes nos trazem questões particulares, de cume íntimo.
Toda situação pontuada durante a mediação deve estar sob sigilo,
respeitando desta forma outro princípio que é o da autonomia de
vontade.
• A autonomia é o príncípio basilar da mediação, possui característica
voluntária, ou seja as partes concordam em participar, podendo há
qualquer momento retirar se do processo.
• A competência parte da priori que o profissional esteja inserido nos
três pilares de consolidação: possuir conhecimento, querer aplica lo
ヲヴ
e realiza lo em sua plenitude alicerçado em bases científicas. Por este
motivo o profissional que atue na mediação só deverá faze lo assim
que possuir as qualificações necessárias para satisfazer as partes.
• A imparcialidade tem o mediador como facilitador da comunicação, o
mesmo não possui interesse subjetivo, partindo desta priore
entendemos que o profissional não deve possuir nenhum conflito de
interesse capaz de afetar sua imparcialidade, este deve compreender
a realidade em sua totalidade,despindo se de preconceitos ou senso
comum.
O profissional, frente à sua nomeação, deve ter a clareza que aceitará
o cargo se estiver inserido dos propósitos de atuação de acordo com os
princípios estabelecidos em sua deontologia.
No entanto, sabemos que ainda não há uma regulamentação, uma lei
que regule nossa prática, contudo o CONIMA nos traz critérios específicos
no que tange a questão ética direcionado aos profissionais em sua
atuação. Vejamos, então:
I. AUTONOMIA DA VONTADE DAS PARTES
A Mediação fundamenta-se na autonomia da vontade das partes, devendo o
Mediador centrar sua atuação nesta premissa.
Nota explicativa:
O caráter voluntário do processo da Mediação, garante o poder das partes
de administrá-lo, estabelecer diferentes procedimentos e a liberdade de
tomar as próprias decisões durante ou ao final do processo.
II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
O Mediador pautará sua conduta nos seguintes princípios: Imparcialidade,
ヲヵ
Credibilidade, Competência, Confidencialidade, e Diligência.
Notas Explicativas
Imparcialidade: condição fundamental ao Mediador; não pode existir
qualquer conflito de interesses ou relacionamento capaz de afetar sua
imparcialidade; deve procurar compreender a realidade dos mediados, sem
que nenhum preconceito ou valores pessoais venham a interferir no seu
trabalho.
Credibilidade: o Mediador deve construir e manter a credibilidade perante
as partes, sendo independente, franco e coerente.
Competência: a capacidade para efetivamente mediar a controvérsia
existente. Por isso o Mediador somente deverá aceitar a tarefa quando tiver
as qualificações necessárias para satisfazer as expectativas razoáveis das
partes.
Confidencialidade: os fatos, situações e propostas, ocorridos durante a
Mediação, são sigilosos e privilegiados. Aqueles que participarem do
processo devem obrigatoriamente manter o sigilo sobre todo conteúdo a
ele referente, não podendo ser testemunhas do caso, respeitado o princípio
da autonomia da vontade das partes, nos termos por elas convencionados,
desde que não contrarie a ordem pública.
Diligência: cuidado e a prudência para a observância da regularidade,
assegurando a qualidade do processo e cuidando ativamente de todos os
seus princípios fundamentais.
III. DO MEDIADOR FRENTE À SUA NOMEAÇÃO
1. Aceitará o encargo somente se estiver imbuído do propósito de atuar de
acordo com os Princípios Fundamentais estabelecidos e Normas Éticas,
ヲヶ
mantendo íntegro o processo de Mediação.
2. Revelará, antes de aceitar a indicação, interesse ou relacionamento que
possa afetar a imparcialidade, suscitar aparência de parcialidade ou quebra
de independência, para que as partes tenham elementos de avaliação e
decisão sobre sua continuidade.
3. Avaliará a aplicabilidade ou não de Mediação ao caso.
4. Obrigar-se-á, aceita a nomeação, a seguir os termos convencionados.
IV. DO MEDIADOR FRENTE ÀS PARTES
A escolha do Mediador pressupõe relação de confiança personalíssima,
somente transferível por motivo justo e com o consentimento expresso dos
mediados. Para tanto deverá:
1. Garantir às partes a oportunidade de entender e avaliar as implicações e
o desdobramento do processo e de cada ítem negociado nas entrevistas
preliminares e no curso da Mediação;
2. Esclarecer quanto aos honorários, custas e forma de pagamento.
3. Utilizar a prudência e a veracidade, abstendo-se de promessas e
garantias a respeito dos resultados;
4. Dialogar separadamente com uma parte somente quando for dado o
conhecimento e igual oportunidade à outra;
5. Esclarecer a parte, ao finalizar uma sessão em separado, quais os pontos
sigilosos e quais aqueles que podem ser do conhecimento da outra parte;
6. Assegurar-se que as partes tenham voz e legitimidade no processo,
garantindo assim equilíbrio de poder;
7. Assegurar-se de que as partes tenham suficientes informações para
ヲΑ
avaliar e decidir;
8. Recomendar às partes uma revisão legal do acordo antes de
subscrevê-lo.
9. Eximir-se de forçar a aceitação de um acordo e/ou tomar decisões pelas
partes.
10. Observar a restrição de não atuar como profissional contratado por
qualquer uma das partes, para tratar de questão que tenha correlação com
a matéria mediada.
V. DO MEDIADOR FRENTE AO PROCESSO
O Mediador deverá:
1. Descrever o processo da Mediação para as partes;
2. Definir, com os mediados, todos os procedimentos pertinentes ao
processo;
3. Esclarecer quanto ao sigilo;
4. Assegurar a qualidade do processo, utilizando todas as técnicas
disponíveis e capazes de levar a bom termo os objetivos da Mediação;
5. Zelar pelo sigilo dos procedimentos, inclusive no concernente aos
cuidados a serem tomados pela equipe técnica no manuseio e
arquivamento dos dados;
6. Sugerir a busca e/ou a participação de especialistas na medida que suas
presenças se façam necessárias a esclarecimentos para a manutenção da
equanimidade;
7. Interromper o processo frente a qualquer impedimento ético ou legal;
ヲΒ
8. Suspender ou finalizar a Mediação quando concluir que sua continuação
possa prejudicar qualquer dos mediados ou quando houver solicitação das
partes;
9. Fornecer às partes, por escrito, as conclusões da Mediação, quando por
elas solicitado.
VI. DO MEDIADOR FRENTE À INSTITUIÇÃO OU ENTIDADE ESPECIALIZADA
O Mediador deverá:
1. Cooperar para a qualidade dos serviços prestados pela instituição ou
entidade especializada;
2. Manter os padrões de qualificação de formação, aprimoramento e
especialização exigidos pela instituição ou entidade especializada;
3. Acatar as normas institucionais e éticas da profissão;
4. Submeter-se ao Código e ao Conselho de Ética da instituição ou entidade
especializada, comunicando qualquer violação às suas normas.
2.3 Ética Profissional: Eixo Norteador
O que é ser ético? A ética é algo com quem nascemos ou adquirimos
ao longo de nossa vida? Frequentemente deparamo nos com profissionais
que afirmam ter este comprometimento. Diversos autores afirmam que a
ética é um processo que ocorre juntamente com o desenvolvimento
individual.
A ética é considerada uma práxis que impõe uma dimensão de
intervenção profissional lincadas ao compromisso da autonomia,
ヲΓ
emancipação e expansão dos cidadãos, e neste cenário que o profissional
deverá desenvolver suas atribuições.
Os conceitos de éticas são introjetados socialmente,o mesmo
acontece com outros conceitos, como valor moral. O individuo desenvolve
experiências únicas, levando em consideração a sua historicidade a sua
particularidade e a sua totalidade.
Independente da questão cultural, não existe sociedade sem ética.
A mediação, enquanto campo de atuação profissional, conquistou
seu espaço devido ao seu compromentimento de trabalho pautado na
qualidade e embasado em princípios éticos. Sabemos que a mediação atua
de forma voluntária e colaborativa, no entanto devemos nos a ter que é um
processo de cume confidencial.
Para estabelecer uma mediação é necessário ter a clareza e os
parâmetros fortalecidos na ética, entender que existem principios gerais
que devem ser priorizados onde o mundo globalizado nos remete à uma
nova roupagem e uma nova tendência com capacidade adptativa de
crescimento dentro de um contexto.
ヲくヴ C;デWェラヴキ; F;マケノキ; ぎ ┌マ; áHラヴS;ェWマ NWIWゲゲ=ヴキ;
O conceito de núcleo familiar é de total relevância para a
compreensão do contexto. A conceituação da categoria família é complexa
e pressupõem inúmeras definições de autores por óticas distintas que
oscilam dependendo das mais diferentes abordagens.
A família é um sistema, é a primeira agregação dos individuos, no
qual se conjugam valores, crenças, conhecimentos, práticas formando um
ンヰ
modelo explicativo.
Em seu contexto histórico, o termo família tem sua origem no latim
FAMULUS, que significa conjunto de servos e dependentes de um senhor.
Este termo veio da Roma Antiga, com o intuito de direcionar um
determinado grupo social. A família grego romana tinha seu alicerce
patriarcal e seus “famulus” compostos por esposa, filhos servos e
escravos.
No entanto, a família em sua face de evolução divide se em três
estágios. O selvagem que corresponde a estruturação por grupos, a
bárbarie, aquela sindiásmica, onde predominava o casal, e a civilização
tendo como característica o período de industrialização e que corresponde
a monogamia.
さふくくくぶ a;マケノキ; ミ;S; マ;キゲ Y Sラ ケ┌W ┌マ ミ┎IノWラ SW ヮWゲゲラ;ゲ ケ┌W Iラミ┗キ┗Wマ Wマ ┌マ
SWデWヴマキミ;Sラ ノ┌ェ;ヴが S┌ヴ;ミデW ┌マ ノ;ヮゲラ SW デWマヮラ マ;キゲ ラ┌ マWミラゲ ノラミェラ W ケ┌W
ゲW ;Iエ;マ ┌ミキS;ゲふラ┌ ミ?ラ ヮラヴ ノ;Nラゲ Iラミゲ;ミェ┑ケミWラゲく Eノ; デWマ Iラマラ デ;ヴWa;
ヮヴキマラヴSキ;ノ ラ I┌キS;Sラ W ; ヮヴラデWN?ラ SW ゲW┌ゲ マWマHヴラゲが W ゲW WミIラミデヴ; ;ヴデキI┌ノ;Sラ
Iラマ ; Wゲデヴ┌デ┌ヴ; ゲラIキ;ノ ミ; ケ┌;ノ Wゲデ; キミゲWヴキSラざく MIOTO ふヱΓΓΑが Pく ヱンヴぶく
A família, ao qual concebemos atualmente é bem diferente no século
passado. A categoria dos profissionais não vislumbravam interesse em
entender o desenvolvimento desta unidade. As famílias até o século XVII
era pública, ou seja as pessoas não tinham a dimensão da particularidade,
todas viviam misturadas: jovens, crianças, homens, mulheres, idosos.
Tanto o trabalho quanto comemorações se realizavam no mesmo lugar. A
divisão do espaço e consequentemente a necessidade de privacidade
ocorreu aproximadamente por volta do século XVIII, é neste período que os
profissionais da época iniciam a representatividade da família com os
moldes, que até hoje perduram como modelo familiar.
É fato, que as famílias vem , em sua estrutura se modificando em
ンヱ
vários aspectos sociais, fomentando uma nova relidade vivida. O
matrimônio era percebido como uma extensão da construção da origem do
grupo social, constituido pelo marido, pela esposa e seus filhos. A função
do casamento possuia interesses de cume político e de fomentação à
propriedade. O casamento é uma instituição bastante antiga, e está inserida
em um contexto moderno, atualmente deparamo nos com inúmeros
modelos de relacionamento. Portanto devemos refletir sobre o "convite",
que a sociedade nos oferece sobre ter conficções à todo o tempo. Os
novos paradgmas nos proporciona o movimento de questionamento
constante e que devemos realizar sempre.
Todavia o artigo 16 da Declaração dos Direitos Humanos menciona o
direito de homens e mulheres contrair matrimonio e fundar sua família,
gozando de direitos igualitários no que tange o casamento em toda sua
plenitude. Pesquisas demográficas afirmam que o conceito de família tem
variado em função da unidade, este definido como grupo de pessoas que
vivem em uma mesma moradia com efeito de análise. É fato que nossas
famílias vem passando por transformações, as quais estão entrelaçadas
com os aspectos sociais demográficos, históricos e econômicos. Podemos
dizer que a expressão mais marcante dessa transformação ocorreu no final
da década de 60 com o crescimento do número de separações, divorcio e
perda da religião.
Percebemos que é no núcleo familiar que se reestrutura a família, é
neste espaço que consolidamos uma série de valores ao longo de nossa
formação, no relacionamento e pela convivência, consolidamos o “sujeito
social” que somos. Vínculos orientadores que norteiam as relações com
contextos sociais diferentes. Isso se dá devido à forma, ao qual ela foi
repassada (padrões éticos, trajetórias, índoles familiares, questões que são
polêmicas).Um ponto de relevância está na articulação entre a escola e a
família, ao qual possui participação fundamental no aspecto social, onde a
ンヲ
todo momento nos impõem valores e reafirmados pela instituição familiar,
uma boa educação em seu âmbito familiar garante um alicerce sólido no
que se refere as diversidades culturais e sociais, entendendo que muitos
valores familiares estão acompanhados do fator preconceito. Portanto,
pode se afirmar que a família possui papel importante no desenvolvimento
na saúde e no emocional de seus membros. A família é apontada como
elemento chave não apenas para a sobrevivência dos indivíduos, mas
também para a proteção e a socialização de seus componentes,
transmissão do capital cultural, do capital econômico e da propriedade do
grupo, bem como das relações de gênero e de solidariedade entre
gerações e nesta vertente que os profissionais tem focalizado a família
como objeto de estudo a partir do fator a qual ela desempenha no seu
papel social.
Entendemos, então que a família é a principal responsável pela
formação de consciência cidadã. É na família que o sujeito encontra
condições para desenvolver se e adaptar se , vindo a oferecer segurança e
estabilidade. Segundo Salles, (2006, p 21) é cada vez mais comum a idéia da
família estar à margem da sociedade, sem subsídios para se manter, sem
condições mínimas necessárias que garantam dignidade e segurança,
necessidades básicas para sua existência. Fragilizada pelos processos e
pelas mudanças que marcam a atual realidade, a família vê crescer,
paradoxalmente, suas responsabilidades como mecanismo de proteção
social. Reportando-se a essa realidade, Fitoussi e Rosanvallon (1996)
O conceito de família é subjetivo, depende do contexto que venha a
defini la, seja ele social, político e familiar. A família é um sistema, no qual se
conjugam valores, crenças,conhec imentos, práticas formando um modelo
explicativo de saúde-doença. É fato que podemos ter inúmeras definições
de conceito família, porém em comum é que a união dos membros de uma
família se dá a partir da intimidade, do respeito mútuo, da amizade, da troca
ンン
de carinho e enriquecimento conjunto. Através dessa relação é que se
desenvolve a cultura familiar, como um conjunto próprio de símbolos,
saberes que irão se definir a partir das relações internas e externas.
O conceito de família passou por transformações. Importante
percebemos que As famílias se distinguem como elemento central. São os
membros que os compõem. Esta concepção, considera a família como um
espaço privado diante de uma sociedade desigual.
No contexto de desigualdade destaca se como novos tipos de
família; por conveniência e sobrevivência e vinculos afetivos, a
composição nas últimas três décadas vem passando por alterações do
ponto de vista demográfico e tem como principal característica a redução
de natalidade, aumento de longevidade. É no núcleo familiar que se
reestrutura a família,é neste espaço que consolidamos uma série de valores
ao longo de nossa formação. No relacionamento e pela convivência,
consolidamos o “sujeito social” que somos. Vínculos orientadores que
norteiam as relações com contextos sociais diferentes. Isso se dá devido à
forma, ao qual ela foi repassada (padrões éticos, trajetórias, índoles
familiares, questões que são polêmicas).
ヲくヴくヱ C;ヴ;IデWヴケゲデキI;ゲ S; F;マケノキ; CラミデWマヮラヴ>ミW;
Existem inúmeros conceitos para definir família, porém o ponto em
comum é que a união dos indivíduos de uma família se dá a partir do fator:
intimidade, respeito amizade, amor.
O término do incesto foi a primeira mudança, pois os laços familiares
eram conservados através da união entre parentes consangüíneos,
concluindo assim que a família tinha um espaço fechado, tornando se
posteriormente a lógica de afinidades.
ンヴ
Porém, no século XVIII, devido ao desenvolvimento da indústria, a
família divide a vida privada da pública, abandonando o caráter extensivo e
focando ao marco da construção “família moderna” adquirindo
responsabilidade de socialização.
Considerando que alguns aspectos como, a religiosidade, a
afinidade ganham ênfase no contexto familiar e estes passam a possuir
papel relevante na construção da personalidade dos membros, utilizando
os costumes, idéias, valores.
Todavia, a partir desta transformação que emergiu as desigualdades
nas relações de gênero, principalmente na esfera domiciliar. A mulher
recebe a responsabilidade de manter o bom funcionamento do seu lar. Com
essa nova função, as mulheres passam a se dedicar ao núcleo doméstico.
É fato que papéis entre gêneros foram distribuídos socialmente,
sendo estas construídas ao longo das décadas. A força masculina se
impõem como algo natural e a família é seu principal veículo de
perpetuação, através de bens.
Na segunda metade do século XX, os movimentos feministas
construíram hábitos e costumes entre mulheres e famílias, como sua
inserção no mercado de trabalho e a utilização de contraceptivos. O
casamento adquire nova face em relação aos casais, baseando se na
complexidade, sendo esta característica denominada nuclear, formada por
pais e filhos, aos quais possuem além de consangüinidade o item
afetividade.
No entanto, as novas relações de poder e seus desdobramentos dão
origem à novos modelos familiares. Podemos citar as unipessoais
(formadas por pessoas que moram sozinhas), as nucleares (formadas por
consangüinidade) e famílias com duas ou mais pessoas sem parentesco
que residam no mesmo domicílio.
A família sempre teve papel na socialização, é nesta esfera de valores
ンヵ
éticos e humanitário que são absorvidos, como um eixo fundamental para
as relações sociais.
Nas últimas décadas, a vida familiar sofreu diversas modificações em
seu segmento populacional. Estas alterações foram observadas no aspecto
reprodutivo, diminuição de fecundidade e mortalidade, aumento de
longevidade e etc. O primeiro Censo, realizado em 1872 ao último ocorrido
em 2000, levanta estas evidencias.
さO CWミゲラ SW ヱΒΑヲぎIラミゲデキデ┌キ ┌マ; a;マケノキ; ; ヮWゲゲラ; ノキ┗ヴW ケ┌W ┗キ┗W ゲル W ゲラHヴW
ゲキが Wマ エ;Hキデ;N?ラが ラ┌ ┌マ IWヴデラ ミ┎マWヴラ SW ヮWゲゲラ; ケ┌Wが Wマ ヴ;┣?ラ SW ヴWノ;NロWゲ
ヮ;ヴWミデWゲIラが SW ゲ┌HラヴSキミ;N?ラ ラ┌ SW ゲキマヮノWゲ SWヮWミSZミIキ;が ┗キ┗Wマ Wマ ┌マ;
エ;Hキデ;N?ラ ラ┌ ヮ;ヴデW SW エ;Hキデ;N?ラが ゲラH ラ ヮラSWヴが ; SキヴWN?ラが ラ┌ ;ヮヴラデWN?ラ SW
┌マ IエWaWが Sラミラ ラ┌ ノラI;デ=ヴキラ S; エ;Hキデ;N?ラ W Iラマ WIラミラマキ; Iラマ┌マざく
ふOノキ┗Wキヴ;が ヲヰヰンが ヮくヱヱぶく
ヲくヵ MWSキ;N?ラ SW Cラミaノキデラ ミラ CラミデW┝デラ F;マキノキ;ヴ
A Mediação de conflito está inserida em um rico sistema, onde o
contexto familiar, muitas vezes visto como espaço cotidiano oferecem
opções de intervenções pautados em princípios éticos.
A união de duas pessoas, seja ela pela união estável ou pelo vinculo
afetivo estão a mercê de influências transformatórias, e consequentemente
os conflitos nela existente são de difícil solução. O rompimento deste
vínculo possibilita infinitos impactos e consequências no nucleo fundante.
Se ocorrer o contra senso de uma separação, há os re arranjos familiares
que tendem a outros conflitos.
A mediação no âmbito familiar se materializa quando os cidadãos em
questão aceitam participar da mediação, ou seja aceitam receber a
ンヶ
intervenção de um terceiro, respaldado com técnicas, auxiliando e
facilitando a comunicação, contribuindo desta forma para a reorganização
de um acordo, importante ressaltarmos que não cabe ao profissional o
poder de decisão, atribuição está que sequer lhe é direcionada. As
melhores soluções são as negocidas.
Segundo Ávila, 2002 "a mediação familiar como método de
gerenciamento e resolçução de conflito derivados da família imprescinde
de empatia e cooperação, e não de intimidação ou competição". Importante
que as decisões sejam tomadas pelas partes envolvidas, chegando a um
acordo construido coletivamente com as possibilidades que não leva a um
ganhador ou a um perdedor.
Entendemos que o conflito familiar é um tipo conflito de
relacionamento continuo e interpessoal, e este espaço complexo e
paradoxo reflete a realidade, cujo valores subjetivos estão envoltos e
inseridos em normas comportamentais. As relações familiares perpassam
por ciclos de vida, gerando novas formas de relacionamento através de
estruturas próprias, valores, padrões de interação. Melo 2004, afirma que
"os mediandos esperam, mesmo sem saber , que o mediador identifique os
sentimentos e os processe (...)", pois o conflito no contexto familiar é
sustentado por um turbilhões de emoções.
Entendemos como mediados as pessoas que estão em processo de
mediação, onde mediador atua com o objetivo de buscar a construtução
coletiva das solução do conflito através da viabilização da comunicação
alicerçando diversas técnicas pertinentes a profissão calcadas em seus
princípios éticos.
No entanto, é sabido que existem leis que regulamentam as relações
possibilitando desta forma o convivio em sociedade, porém é percebido
que existem alguns aspectos encontrados nestas relações, como o
ンΑ
sentimento, que está fora do enquadre legal.
Todavia sabemos que os processos de separação são carregados
de sentimentos dolorosos que atingem diretamente a estrutura emocional,
que é construida ao longo da convivência dos individuos, onde cada um
"luta" pelo o que acredita, a partir deste momento, segundo Mulleが 2005
"fique estabelecido (...) um duelo (...), eivado pela competição e vaidade (...),
da qual decorre um jogo de sobreposição de razões que impede a
compreensão das dimensões sociais, afetivas, morais e suas respectivas
repercussões na família (...)".
Alguns autores pontuam, que são observados relações de poder,
submissão, que culturalmente contribui para fortalecer a desigualdade de
gênero, baseadas no ganhar/perder dando perpetuação ao conflito.
Quando um individuo experimenta a separação, mesmo que carregado de
diversos sentimentos, este perpassa por transformações que são inegáveis
e que são positivas originando possibilidades que antes não era
contemplada.
ゎふくくくぶ NWゲゲW WミデWミSキマWミデラが ; マWSキ;N?ラ SW Iラミaノキデラゲ Y ラ マYデラSラ SW ゲラノ┌N?ラ SW
Iラミデヴラ┗Yヴゲキ;ゲ ケ┌W デヴ;H;ノエ; ミ; ヮWヴゲヮWIデキ┗; SW ケ┌W ラ Iラミaノキデラ ラ┌ ; IヴキゲW ヮラゲゲ┌キ
┌マ ヮラデWミIキ;ノ デヴ;ミゲaラヴマ;デキ┗ラ ふM┑ノノWヴが ヲヰヰヵぶゎく
Na mediação podemos perceber diversos elementos envoltos neste
tipo de conflito, como os afetivos, os não verbalizados, existentes no
campo da psicologia, que geralmente fomenta o conflito. Partindo desta
priore é fundamental identificarmos a situação de forma dialética com sua
particularidade, sua historicidade, sua totalidade e complexidade.
Partindo da premissa que a mediação de conflito familiar tem por
ンΒ
base de trabalho a perspectiva transformativa Folger e Bush, 1999 em sua
obra La promessa de la mediacion (1996), advogam que o conflito é parte
integrante da vida e capaz de gerar transformações e que o processo de
mediação revela uma capacidade própria de mudança nas pessoas e
promove um crescimento ao auxiliá-las em situações difíceis, tais como as
decorrentes de um conflito".
Na mediação não importa quem ganha ou quem perde, mas sim no
êxito atingido pelos cidadãos no momento da mediação,como nos casos
onde exista a presença dos filhos, prezando a relação que é interpessoal e
continua.
Segundo Moore, 1988 (...) " o uso da mediação tem sido disseminado
como técnica de resolução dos mais diferentes tipos de conflitos", embora
em trâmite de regulamentação é notório sua eficacia no contexto familiar.
Podemos citar o Canadá como exemplo pioneiro de mediação de
conflito familiar e “desde 1.º de setembro de 1997, o governo de Quebec
aprimorou o instituto da mediação familiar, com a promulgação de lei,
dispondo que casal e crianças envolvidos em conflito familiar terão acesso
a uma sessão de informação e a cinco sessões gratuitas de mediação”
(Barbosa, 2004, p.02).
No Brasil, mas precisamente em Santa Catarina o TJ implementou o
projeto piloto de Mediação Familiar, conforme informação disponível na
página do Tribunal de Justiça, internet, o poder judiciário foi motivado pela
experiência bem sucessida por demais paises em relação a utilização do
médoto de mediação. No entendimento do Tribunal de Justiça há o
entendimento que este processo visa a solução do conflito, pautado na
cooperação entre os mediados, além da contribuição do exercício da
cidadania.
ンΓ
CAPÍTULO III
ンくヱくMWデラSラノラェキ; っ Tキヮラ SW PWゲケ┌キゲ;
A proposta para realização desta pesquisa, consiste na participação
ativa com contínua observação, desvelando a realidade vivida pelos
profissionais que atuam no espaço socio institucional, que atuam com
famílias. Portanto nossa pesquisa será qualitativa.
ゎá ヮWゲケ┌キゲ; ケ┌;ノキデ;デキ┗; ヴWゲヮラミSW ; ケ┌WゲデロWゲ マ┌キデラ ヮ;ヴデキI┌ノ;ヴWゲく Eノ; ゲW
ラI┌ヮ;が ミ;ゲ IキZミIキ;ゲ ゲラIキ;キゲが Iラマ ラ ミケ┗Wノ SW ヴW;ノキS;SW ケ┌W ミ?ラ ヮラSW ラ┌ ミ?ラ
SW┗Wヴキ; ゲWヴ ケ┌;ミデキaキI;Sラく O┌ ゲWテ;が Wノ; デヴ;H;ノエ; Iラマ ラ ┌ミキ┗Wヴゲラ Sラゲ
ゲキェミキaキI;Sラゲが Sラゲ マラデキ┗ラゲが S;ゲ ;ゲヮキヴ;NロWゲが S;ゲ IヴWミN;ゲが Sラゲ ┗;ノラヴWゲ W S;ゲ
;デキデ┌SWゲく EゲゲW Iラミテ┌ミデラ SW aWミレマWミラゲ エ┌マ;ミラゲ Y WミデWミSキSラ ミ?ラ ゲル ヮラヴ
;ェキヴが マ;ゲ ヮラヴ ヮWミゲ;ヴ ゲラHヴW ラ ケ┌W a;┣ W ヮラヴ キミデWヴヮヴWデ;ヴ ゲ┌;ゲ ;NロWゲ SWミデヴラ W ;
ヮ;ヴデキヴ S; ヴW;ノキS;SW ┗キ┗キS; W ヮ;ヴデキノエ;S; Iラマ ラゲ ゲW┌ゲ ゲWマWノエ;ミデWゲく O
┌ミキ┗Wヴゲラ S; ヮヴラS┌N?ラ エ┌マ;ミ; ケ┌W ヮラSW ゲWヴ ヴWゲ┌マキSラ ;ラ マ┌ミSラ S;ゲ
ヴWノ;NロWゲが S;ゲ ヴWヮヴWゲWミデ;NロWゲ W S; キミデWヴミIキラミ;ノキS;SW W Y ラHテWデキ┗ラ S; ヮWゲケ┌キゲ;
ケ┌;ノキデ;デキ┗; SキaキIキノマWミデW ヮラSW ゲWヴ デヴ;S┌┣キSラ Wマ ミ┎マWヴラ W キミSキI;SラヴWゲ
ケ┌;ミデキデ;デキ┗ラゲく Pラヴ キゲゲラ ミ?ラ W┝キゲデW ┌マ Iラミデキミ┌ラ ┌マ WミデヴW ;HラヴS;ェWミゲ
ケ┌;ミデキデ;デキ┗;ゲ W ケ┌;ノキデ;デキ┗;ゲが Iラマラ マ┌キデ; ェWミデW ヮヴラヮロWがIラノラI;ミSラ ┌マ;
エキWヴ;ヴケ┌キ; Wマ ケ┌W ;ゲ ヮWゲケ┌キゲ;ゲ ケ┌;ミデキデ;デキ┗;ゲ ラI┌ヮ;ヴキ;マ ┌マ ヮヴキマWキヴラ
ノ┌ェ;ヴがゲWミSラ ろヰHテWデキ┗;ゲ W IキWミデケaキI;ゲゎく E ;ゲ ケ┌;ノキデ;デキ┗;ゲ aキI;ヴキ;マ ミラ aキマ S;
WゲI;ノ;が ラI┌ヮ;ミSラ ┌マ ノ┌ェ;ヴ ;┌┝キノキ;ヴ W W┝ヮノラヴ;デルヴキラ ゲWミSラ ゎゲ┌HテWデキ┗;ゲ W
キマヮヴWゲゲキラミキゲデ;ゲゎく ふMキミ;┞ラが ヲヰヱヰ ヮくヲヱぶく
A pesquisa bibliográfica foi utilizada no segundo capítulo para a
ヴヰ
etapa da revisão de literatura. Utilizamos como instrumento a observação, o
questionário aos profissionais que atuam com a realidade da categoria
família em dois equipamentos, para que desta forma entendermos os
desafios que os mesmos estão expostos em seu processo de atuação e
seus consequentes desdobramentos.
3.2く Uミキ┗Wヴゲラ
No espaço sócio Institucional, deparamo nos com dez profissionais,
entre eles duas coordenadoras, uma com formação no Direito e a outra com
formação no Serviço Social, duas psicológas, quatro Assistentes Sociais e
dois administrativos. A proposta do trabalho é a totalidade do universo
apresentado.
1. eixo: a Capacitação dos Profissionais
2. eixo: a Família
3. eixo: a Ética
4. eixo: Mediação de Conflito
5. eixo: Mediação de Conflito no Contexto Familiar
6. eixo: Desafio dos Profissionais
3.3 Instrumentos / Procedimento
ヴヱ
O questionário misto (segue em anexo), a entrevista semi estruturada
foram instrumentos, aos quais utilizamos para o processo de análise, com
o objetivo de aumento da lente de entendimento dos desafios dos
profissionais perante a frente de atuação dos mesmos.
3.4 Análise de Dados
Desenvolveremos, dentro da expectativa da fala dos profissionais
entrevistados, análises a partir de seis eixos. Importante ressaltarmos que
utilizaremos a análise de conteúdo, onde está será fomentada no processo
de tratamento de dados.
áNãLI“E DO GRãFICO ヱぎ CáPáCITáÇÃO DO“ PROFI““IONáI“
Verifica se no gráfico acima, que 80% dos profissionais entrevistados
realizam capacitações e os 20% restante não realizam nenhuma
capacitação. Desses oitenta por cento, 60% por cento realiza capacitação
da área específica de atuação, 20% por cento realizam capacitação em
outras áreas aliatórias, e os 20% não realizam nenhum tipo de capacitação.
Ao analisarmos a capacitação dos "ditos" profissionais,
identificamos a partir das entrevistas, que os mesmos realizaram em algum
ヴヲ
momento "capacitação" profissional. Ora sem um foco determinado, que
lhe são oferecidos articulado à uma condicionalidade do espaço de
trabalho.Ora porque percebem a necessidade de faze lo. No entanto todos
pontuam em algum momento a relevância da capacitação dos profissionais
para melhor atuação do trabalho e serviço a ser oferecido.
A capacitação profissional "significa habilitar uma pessoa para o
desempenho de uma função, para um determinado trabalho, mas essa
pessoa tem que ser empreendedor, criativo, polivalente, com uma formação
técnica geral e flexível aos interesses econômicos. O profissional se
capacitando, estimula suas competências básicas como, ter atenção a sua
apresentação, aparência, cuidar de sua auto estima cuidar da
comunicação, melhorar os relacionamentos interpessoais e os trabalhos
em equipe, racioocinar melhor, a fim de , tomar decisões, melhorar sua
capacidade de gerir e de conhecer outras áreas. O individuo que busca
melhorar seu empenho profissional através da capacitação, garante sua
empregabilidade. É primordial que as instituições fomentem esse
desenvolvimento, assim ambos ganham". A partir desta síntese informativa
de definição da categoria capacitação podemos percebe la como um
processo fundamental na construção da identidade profissional, o
conhecimento e condicionantes internos nos é calgado gradativamente,
mesmo que inconsciente.
É através da capacitação que nos contemplaremos com a questão
competência que está divida em três pilares de sustentação profissional:
saber, querer e fazer.
Através do somatório constante de informações que construimos
nosso saber, que fomentamos questionamentos, constantes da realidade e
suas complexidades, portanto podemos afirmar que a capacitação, entre os
demais veiculos de aprimoramento co contexto de atuação, é uma maneira
ヴン
que o profissional possui para melhor atuar em seu espaço institucional.
No entanto, observamos que que há profissionais que desenvolvem
uma qualificação mínima, obsuleta, agregada de valores morais ou que vai
de contra mão com o código de ética.
ANÁLISE DO GRÁFICO 2: ANÁLISE SOBRE FAMÍLIA
Verifica se no gráfico acima, que 50% dos profissionais afirmam que
a família é percebida como pilar de toda a sociedade é nela que as relações
se estabelecem, 20% dos entrevistados afirmam que a família está
classificada em diferentes classes, e 30% dos profissionais não souberam
expressar seu olhar sobre a temática.
Identificamos, uma significativa posição a respeito da categoria
família como base fundamental quanto a vínculos afetivos construidos,
segundo Kowalik, 2007 é o núcleo social primário integrado pelas pessoas
unidas pelos vínculos sociais mais fortes.
É sabido que a família, em alguns pontos do preâmbulo da "Carta
dos direitos da família" está sob o prisma de novas teorias, enquanto
instituição e seu papel no que tange a questão política.
Podemos identificar que a família vem gradativamente passando por
ヴヴ
transformações, inegavelmente como um veículo de comunicação, inserida
na dinâmica humana contraditória e paradoxal, implacavelmente percebida
por suas diferenças classes sociais. Recuperar o conceito de família como
célula constitutiva é pensar e repensar a família em toda sua complexidade,
partindo do entendimento de sua históricidade, percebe la como elemento
capaz na participação e na fomentação do homem em sua trajetória social e
política,é um dos motivos que faz com que a ONU ofereça especial atenção
à família e a seu papel, no processo de desenvolvimento.
Ora, já que a família segundo, as normas de Direito Internacional, é
descrita como fundamento da sociedade é inegável sua garantia de direitos
à proteção, a progredir, a existir, com devido respeito cabendo ao estado
como primazia garantia de integridade e aos mínimos sociais.
ANÁLISE DO GRÁFICO 3: ANÁLISE SOBRE A ÉTICA
Verifica se que no gráfico acima 60% dos profissionais entrevistados
afirmam que a ética é um fator fundamental na atuação do profissional
frente a sua condição de trabalho, 10% dos entrevistados afirmam que a
ética faz parte de um processo de aprendizagem que deve ser exercido
socialmente, e 30% dos profissionais mencionam que a ética é um ítem que
está contemplado no código de ética de todo profissional.
É sabido que tanto a ética quanto a moral tem seu cunho histórico no
processo de organização social perante a necessidade do convivio
coletivo.
Segundo Barroco,2006 a moral é concebida como um conjunto de
ヴヵ
costumes e hábitos culturais, que transformados em geral determinam
parâmetros de relacionamento e convivências social dos individuos,
segundo ele a moral implica na valorização e conportamentos que se
transformam em deveres e acabam sendo incorporados ao modo de ser
dos individuos, gerando sentimentos, escolhas, desejos, atitudes,
posicionamentos diante da realidade, juizo de valor, senso moral e
consciencia moral, ou seja, responsabilidades diante dos outros e de si
mesmo.
Vasques, 1995, aponta que a moral tem um forte caráter social e a
ética emerge perante a necessidade do aprofundamento da moral,
enquanto ciência da conduta humana.
Alguns autores afirmam que a liberdade é fundamento da ética,
portanto ter ética é fazer escolhas, sejam positivas ou negativas. Também é
sinônimo de competência em exercer sua ação.
Sabemos que cada profissional possui um Código de ética, que
deveria ser respeitado e materializado através das ações dos mesmos. A
Ética está ligada a atuação profissional, não pode ser dicotomizada,a
responsabilidade do profissional com seu código deve ser respeitada
inicialmente pelo próprio profissional, a importância deste
comprometimento deve ser clara e exercida, mesmo que no âmago da
contradição no que tange a atuação em espaços públicos, somos
possuidores dos condicionantes internos, autonomia no exercício
profissional, embora assalariados.
É através do código de ética que o profissional estabelece sua
postura no contexto de atuação, caracterizando se em via legal.
Concluimos, portanto que a ética consolida o perfil e a identidade do
profissional.
ヴヶ
ANÁLISE DO GRÁFICO 4: ANÁLISE SOBRE MEDIAÇÃO DE CONFLITO
Verifica se que no gráfico acima 40% dos profissionais entrevistados
afirmam que mediação de conflito é uma forma eficaz de resolver
problemas, 30% dos entrevistados afirmam que percebe a necessidade de
profissionais atuando no processo de mediação, e 30% dos profissionaiis
não souberam responder.
ANÁLISE DO GRÁFICO 5: ANÁLISE SOBRE MEDIAÇÃO DE CONFLITO NO
CONTEXTO FAMILIAR
Verifica se que no gráfico acima 40% dos profissionais entrevistados
afirmam que a racionalidade deve ser um ítem presente na atuação do
profissional frente a mediação de conflito no conte3xto familiar, 10% dos
entrevistados afirmam que deve se ter o cuidado no atendimento, e 20%
dos profissionais mencionam que executar, intervir e interceder são
necessárias para realizar uma mediação de forma eficaz e 30% não
ヴΑ
quiseram manifestar opnião.
A família é um organismo vivo, não estático, possuidor de um ciclo de
vida, com seus respectivos "ritos" de passagens, possuidoras de suas
"leis próprias" sob formas sinais, sintomas,compartilhadas verbalmente ou
simplesmente explicítas, corporalmente, que se adequam gerando novas
formas de relacionamento.
Fazer parte, em algum momento desta Instituição, é necessário ter a
consciência de ter o cuidado em sua intervenção e na mediação neste
contexto, uma vez que cada individuo é possuidor de sua historicidade,
particularidade, especificidade, única, complexa. A pergunta que cabe neste
espaço é: Qual o cuidado que devemos ter nos atendimentos onde
identificamos conflito no contexto familiar?
Pensar e repensar em estratégias nos remete a um olhar teórico,
percebendo os papéis, aos quais cada individuo ocupa, perceber a
fragilidade das partes é fundamental e em resposta para auxilia los na
construção do processo inconsciente da imposição internalizada.
O mediador é o profissional que irá auxiliar na comunicação das
partes, o resultado terá importância secundária, o que de fato será exaltado
é a prática da mudança interna em lidar consigo mesmo e com os demais.
A mediação no contexto que envolvam núcleos fundantes são
campos de conflitos, geralmente, de relações de cunho continuo, ou seja
são relações que existem e se prolongam por limites lincados a esfera
afetiva e ou interesses em comum e possuidores de complementos,
portanto concluimos que está categoria, são possuidores de um maior nível
de atenção por parte do profissional.
Algumas extratégias são eficazes neste contexto, no primeiro
momento após o Rapport, podemos desenvolver técnicas de afago,
ヴΒ
técnicas para estabilizar as emoções, Técnicas de perguntas abertas,
Técnicas de restabelecimento do diálogo,Técnicas de busca de critérios
objetivos, Técnica da escuta ativa, enquanto "filtro" das informações.
ANÁLISE DO GRÁFICO 6: ANÁLISE SOBRE OS DESAFIOS DOS
PROFISSIONAIS
Verifica se que no gráfico acima 10% dos profissionais entrevistados
afirmam que a superação é um fator constante no exercício de atuação dos
profissionais, 10% dos entrevistados afirmam que é importante identificar
e realizar o trabalho de todos os evolvidos no contexto, 50% dos
profissionais mencionam que o profissional deve agir com imparcialidade
perante as partes e 30% não souberam responder.
Percebemos que a busca pela interação de saberes, juntamente com
as ações dos profissionais é um dos desafios no campo de atuação dos
mesmos. Podemos mencionar inúmeros entravés, aos quais diariamente
nos deparamos, desde os condicionantes externos, à infraestrutura
deficiênte e precária e até mesmo a desmotivação do próprio profissional
ヴΓ
em assumir um olhar e uma posição fatalista,assumindo um discurso
preconceituoso e autoritário, reproduzindo desta forma valores de uma
sociedade marcada pela desigualdade.
Entretanto, há os que lidam com estes desafios, fortalecendo se de
iniciativas que tem como objetivo construção de estratégias, buscam ter
clareza de suas competências e atribuições,Identificam os instrumentos e
ferramentas que são mais adequados a cada situação, ampliando desta
forma sua atuação para além das funções legitimando e atingindo sua
profissão e outros profissionais.
Não podemos neste momento nos abster de mencionar a relevância
da imparcialidade do profissional em sua atuação, e a partir deste princípio
que fomentamos a identidade profissional perante nossa demanda.
Portanto podemos mencionar que o profissional que atua nas
interfaces das relações pessoais devem estar fortalecidos em um tripé
fundante: o arcabouço teórico fortalecera a atuação do profissional, a
supervisão onde o objetivo é realizar a superação constante e por fim,
porém não menos importante o auto conhecimento para que as
interferências não sejam postas.
ヵヰ
CONSIDERAÇÕES FINAIS
"O Iラミaノキデラ ヮラSW ゲWヴ SWaキミキSラ Iラマラ ┌マ ヮヴラIWゲゲラ ラ┌ Wゲデ;Sラ Wマ ケ┌W S┌;ゲ ラ┌
マ;キゲ ヮWゲゲラ;ゲ Sキ┗WヴェWマ Wマ ヴ;┣?ラ SW マWデ;ゲが キミデWヴWゲゲWゲ ラ┌ ラHテWデキ┗ラゲ
キミSキ┗キS┌;キゲ ヮWヴIWHキSラゲ Iラマラ マ┌デ┌;ノマWミデW キミIラマヮ;デケ┗Wキゲゎ ふY;ヴミが Dラ┌ェノ;ゲ
Hく ヱΓΓΓが ヮが ヱヱンぶ
A mediação não é o fim, é o meio. Neste contexto percebemos que a
Mediação de conflito vem gradativamente tomando credibilidade no
contexto brasileiro, como um processo notóriamente eficaz para solução
de problemas, que os profissionais conquistaram respeito em sua atuação
através de sua alta qualidade técnica embasados em príncípios éticos.
Porque está se formando cada vez mais mediadores? A mediação vai
além da simples solução do conflito instaurado, este processo estabelece a
autonomia dos individuos no auxilio da construção dos mesmos em
alternativas para resolução onde o objetivo é o consenso e a realização do
acordo.É notório, por diversas questões, que as pessoas estão cada vez
mais incomunicaveis umas com as outras. Tendo a partir deste
desdobramento a necessidade de um profissional, sendo este, um terceiro
imparcial em atuar, como viabilizador da comunicação, tornando se
imparcial, buscando o conhecimento teórico para sistematizar sua prática
preservando desta forma os princípios básicos de sua conduta
profissional.
ヵヱ
Os mediadores que atuam no processo, oferecem a oportunidade
dos cidadãos a refletirem sobre sua posição perante o conflito e avaliarem
as consequencias das mesmas.
É fundamental resaltarmos neste momento, que a categoria atua
com diversos entraves , no entanto devido ao seu compromentimento
profissional estes desenvolvem estratégias para minimizar a situação
quando identificada sendo condutor do processo e identificando quais as
ferramentais compatíveis, resultante de sua eficiência teórico instrumental.
A mudança comportamental é uma tarefa ardua, o crescer é sempre
algo doloroso, do ponto de vista pessoal, a adequação além de necessária,
faz parte deste processo. Podemos pontuar como grande desafio dos
profissionais,a mudança comportamental, perante a construção da
identidade profissional, a articulação da teoria x prática, o saber realizar
esta co relação é fundamental, a questão de estar sempre aprendendo, o
fazer com qualidade é um desafio diário na atuação do profissional.
A mediação de conflito no contexto familiar apresenta se como uma
proposta alternativa de dissolução conjugal decorrentes do rompimento e
de seus rebatimentos, a partir das constantes transformações sociais, que
neste momento direcionamos a categoria família, constituindo se como
ponto relevante. No conflito é perceptivel a presença de ações e reações
onde se instauram uma escala crescente, chegando a um patamar de
polarização.
ゎふくくくぶ NWゲゲW WミデWミSキマWミデラが ; マWSキ;N?ラ SW Iラミaノキデラゲ Y ラ マYデラSラ SW ゲラノ┌N?ラ SW
Iラミデヴラ┗Yヴゲキ;ゲ ケ┌W デヴ;H;ノエ; ミ; ヮWヴゲヮWIデキ┗; SW ケ┌W ラ Iラミaノキデラ ラ┌ ; IヴキゲW ヮラゲゲ┌キ
┌マ ヮラデWミIキ;ノ デヴ;ミゲaラヴマ;デキ┗ラ ふM┑ノノWヴが ヲヰヰヵぶゎく
ヵヲ
É fato que todos, estamos participando de uma mudança
de¹paradigma. Somos jovens neste quisito, a mediação vem se
sustentando e tomando visibilidade em várias vertentes. As possibilidades
são inúmeras quanto a percepção do trabalho para ser realizado, onde os
profissionais devem realizar o movimento de reflexão constante, direcionar
o olhar nas relações humanas, sendo utilizada quando for possível.
Cabe neste momento ressaltar que o conflito que permeia pelo
contexto familiar é percebido como um relacionamento continuo, onde a
complexidade se apresenta de forma mais densa, e que a preparação da
prática não se resume a uma conceituação teórica, mas sobretudo o olhar
do conflito. é necessário identificarmos os atores sociais, interesses e
posições, questões em comum seus sentimentos.
......................................................................................................................................
¹.P;ヴ;Sキェマ;ゲ ヮラSWマ ゲWヴ SWaキミキSラゲ Iラマラ マラSWノラゲ ケ┌Wが ヮラヴ ヮWヴケラSラゲ マ;キゲ ラ┌ マWミラゲ ノラミェラゲ W SW マラSラ
マ;キゲ ラ┌ マWミラゲ W┝ヮノケIキデラが ラヴキWミデ;マ ラ SWゲWミ┗ラノ┗キマWミデラが ラ ヮWミゲ;マWミデラが ;ゲ ;NロWゲ W ;ゲ キミ┗Wゲデキェ;NロWゲ S;
エ┌マ;ミキS;SW W SW ェヴ┌ヮラゲ ゲキェミキaキI;デキ┗ラゲ SWミデヴラ SWゲデW ┌ミキ┗Wヴゲラ に Iラマラが ヮラヴ W┝Wマヮノラが ;ゲ ヮWゲケ┌キゲ;ゲ Sキデ;ゲ
IキWミデケaキI;ゲく Eゲデ; ヮラゲデ┌ノ;N?ラが ミラ I;マヮラ S;ゲ IキZミIキ;ゲが aラキ ヮヴラヮラゲデ; ヮラヴ Tエラマ;ゲ Kエ┌マく Eマ ラ┌デヴ;ゲ ヮ;ノ;┗ヴ;ゲが ラゲ
ヮ;ヴ;Sキェマ;ゲ ゲ?ラ ┎デWキゲ W a┌ミIキラミ;マ Iラマラ ┗WヴS;SWキヴラゲ aキノデヴラゲ ケ┌W ゲWノWIキラミ;マ ;ゲ キミaラヴマ;NロWゲ マ;キゲ
キマヮラヴデ;ミデWゲが ラヴキWミデ;ミSラ ;ゲ ヮWゲゲラ;ゲ Wマ ゲ┌; ヮWヴIWヮN?ラ ; ヴWゲヮWキデラ Sラ マ┌ミSラ ケ┌W ラゲ ヴラSWキ;く
Sabe se que a Mediação alimenta se de diversas disciplinas, no
entanto sua estrutura visceral está alicerçada na psicologia.
É relevante, percebermos que é importante, aos que desejam atuar
como mediadores de conflito, conhecer todos os modelos existentes
ヵン
enquanto contexto teórico metodológico para alicerçar e formar a
identidade profissional. Cabe ao profissional enquanto autonomo escolher
o modelo, ao qual mais o identifica em termos gerais para sua atuação.No
entanto é possível que o profissional, a partir do domínio da teoria, utilize
se quando pertinente, das ferramentas dos três modelos, são eles : Modelo
Linear, Modelo Transformativo, Modelo Circular Narrativo.
Pensar na complexidade do trabalho de Mediação é necessitar de
um leque opções pautadas em leituras com base acadêmicas, de
informações teóricas e práticas para fundamentar nossa praxis.
Entendendo que a teoria irá alicerçar a prática, e está não pode ser
dicotomizada, percebemos o quão é fundamental termos clareza das
definições, identificando os instrumentos, ferramentas compatíveis e mais
adequados a cada situação.
Sabendo que é na Mediação que podemos observar a função de
ampla pacificação das relações estabelecidas, acreditamos que "ajudar" as
pessoas a resolverem problemas é algo que vai além da identificação das
necessidades e interesses pontuais, as pessoas possuem sua
historicidade, particularidade, conforme afirma Jeiran-François Six
a"mediação consiste em estabelecer ligações onde elas ainda não foram
feitas, suscitar o agir comunicacional onde não existe".
A questão da ética, é um ponto que deve ser crucial no processo de
construção da identidade profissional. É muito difícil se despir do senso
comum, se posicionar de forma imparcial. Adquirir o olhar profissional e
reproduzi lo só será possível através de um senso de ética fortalecido
através de continuo questionamento e reflexões dia a dia.
Mesmo que a mediação se configure neste momento como uma
alternativa ao sistema juriciário,e que está em busca de sua
institucionalização, é fundamental pontuarmos que a mediação de conflito
ヵヴ
no contexto famíliar, tem uma resposta rápida fruto de uma construção dos
envolvidos, gerando ajustes do cidadão e avanços à direção da cidadania.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO. André Gomma. Manual de Mediação Judicial, Ministério da
Justiça. Brasília , 2009
BOFF, Leonardo. Saber cuidar. Ética do humano, compaixão pela terrra, vozes, 1999
CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant, Acesso à justiça. Trd. Ellen Gracie
Northfleet. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1988.
CHIOVENDA, Giuseppe. Instituições de direito processual civil. 2 ed. São
Paulo: Bookseller, v. II, 2000.
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini;
DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 21. ed. São Paulo:
Malheiros, 2005.
Direitos Humanos e Mediação de Conflitos. Instituto de Tecnologia Social,
Secretaria Especial de Direitos Humanos SEDH - São Paulo: 2009
DUFFY, Karen Grover. La Mediacíon sua contextos de aplicatión – Una
ヵヵ
introducción para profesionales e investigadores. Barcelona: Paidos, 1996.
ENAM - Escola Nacional de Mediação e Conciliação. CNJ - Conselho
Nacional de Justiça, Cartilha do Divorcio para os Pais, Brasília, 2013
ENAM - Escola Nacional de Mediação e Conciliação. CNJ - Conselho
Nacional de Justiça, Cartilha do para os Filhos Adolescentes, Brasília, 2013
FERNANDES, Paulo Porto. A Mediação Aplicada ao Judiciário.Universo Jurídico, Juis de Fora, 2008
FISHER, Roger. URY, William.PATTON, Bruce. Como chegar ao Sim - A
negociação de acordos sem concessões. 2 ed.revisada e ampliada, RJ:
Imago ed, 2005.
KOWALIK, Adam. Noções do Direito Familiar.Panóptica. Vitória,2007
LAKATOS, E. M. e Marconi, M. A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas,
1982
______________Ciência e Conhecimento. São Paulo: Atlas, 2000
MINAYO,Maria Cecilia de Souza. Pesquisa social: teoria, metodo e
criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010
MOORE, Chistopher W. O Processo de Mediação - Estratégias e Práticas
para Resolução de Conflitos. Ed.Artme, 1998.
MUSZKAT,Malvina Ester. Guia Prático de mediação de conflitos.2 ed.rev.
São Paulo: Summus, 2008
OLIVEIRA, Raquel Gusmão, SIMONATO, Mariene Aparecida Wischral.
Funções e transformações da família ao longo da história,1º encontro
Pavanaense de Psicopedagogia ABP PPR – Nov/2003
ヵヶ
PEREIRA, Potyara A. P. Necessidades Humanas: subsídios à crítica dos
mínimos sociais, 5 ed. São Paulo:Cortez, 2008
SERPA,Maria Nazareth. Mediação de Família. Ed. Del Rey: Belo Horizonte,
1999
SOUZA, Herbert José de. Como se faz análise de conjuntura. 30 ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
VASCONCELOS. Carlos Eduardo. Manual de Conflitos e Práticas
Restaurativas, São Paulo: Medoto, 2008
áRTIGO“
BORGES, Patrícia Regina Souto. Família e Proteção Social Básicas:
Necessidades Básicas dentro do Processo de Intervenção do Serviço
Social, XII ENPESS Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço
Social. 2010
BROTTO, Marcio Eduardo. Decifra me ou deforo te: Reflexões acerca das
relações históricas entre ética e Serviço Social. 2007
PIERRE-Yves Monette, uma reflexão, sobre as diferentes áreas da
mediação. 2000
Sítio do Instituto Português de Mediação Familiar, 12.04.2010
LEITURAS COMPLEMENTARES
ヵΑ
COBB, Sara .UNA PERSPECTIVA Narrativa DE LA Mediación Hacia Ia
materialización de Ia Metáfora del "narrador de Histórias"
Cambiar a la gente , não sólo las Situaciones : una Visión del conflicto
transformadora y de la Mediación. 1996. Cap. 4 do Livro : La Promessa de
Mediación -RA Baruch Bush, e JP Folger , Granica 1996).
TEXTOS COMPLEMENTARES
PINHO.Humberto Dalla Bernardino de .Mediação: A redescoberta de um
velho aliado na solução de conflitos .
LIMA. Ana Paula Carvalho de. Mediação - Construção de Pontes para uma
melhor compreensão das Margens, 2006
SITES PE“QUI“áDO“
エデデヮぎっっ┘┘┘くIラミキマ;くラヴェくHヴっヴWゲラノぱIミテヱヲヵ
エデデヮぎっっヮWヮゲキIくH┗ゲ;ノ┌Sくラヴェエデデヮ
エデデヮぎっっマWSキ;ヴWくIラマくHヴ
┘┘┘く デテヴテくテ┌ゲくHヴっマWSキ;N?ラ
┘┘┘くキマ;WゲヮWくIラマくHヴっ
┘┘┘く;ミラヴWェくラヴェくHヴっ
ヵΒ
┘┘┘くI;マ;ヴ;くェラ┗くHヴ
Psicologia experimental
エデデヮぎっっヮデく┘キニキヮWSキ;くラヴェっ┘キニキっPゲキIラノラェキ;ぱW┝ヮWヴキマWミデ;ノ
Psicologia experimental x psicologia sócio-histórica
エデデヮぎっっ┘┘┘くノWゲゲ;くIラマっヮゲキIラノラェキ;っヴХBáХヲヰPWヴキラSラっ;┌ノ;ゲっPゲキIラノラェキ;Хヲヰ“ラIキ;ノХヲヰI
IХヲヰどХヲヰQ┌;SヴラХヲヰRWゲ┌マラХヲヰPRヱくヮSaLキミエ;
Linha do tempo da Psicologia
エデデヮぎっっ┘┘┘くェWラIキデキWゲくIラマっ;デエWミゲっSWノヮエキっヶヰヶヱっノキミエ;ンくエデマ Publicado em 7 de
abril de 2009
Comunicação Não-Violenta
Texto constante no site ┘┘┘くIミ┗Hヴ;ゲキノくラヴェ
áNEXO á
QUE“TIONãRIO
PE“QUI“á PáRá áNãLI“E
O DE“áFIO DO“ PROFI““IONáI“ Ná MEDIáÇÃO DE CONFLITO NOCONTEXTO FáMILIáR
BLOCO I - IDENTIFICAÇÃO
ヵΓ
1.Entrevistado
1.1 Idade ( ) 20 à 30 ( )31 à 40 ( ) 41 à 50 ( ) 51 à 59 ( ) mais de60
1.2 Escolaridade ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Graduação( ) Pos Graduação
( ) Mestrado/Doutorado
1.3 Cursos de Atualização na área
BLOCO II -ÉTICA
2. Como você percebe a questão da Ética Profissional no contexto deatução?
BLOCO III - FAMÍLIA
3 As famílias passaram por inúmeras transformações, porém ela possui
concepção enquanto sistema relacional, complexa e articulada
desempenhando papel fundamental na perspectiva de instituição social no
processo de integração e inclusão social de seus membros e da sociedade.
Qual a sua perscepção sobre a categoria família?
Bloco IV - Mediação de Conflito
4. Qual a sua análise sobre a Mediação de Conflito?
4.1 Qual a sua análise sobre o desafio do profissional que atua com a
mediação de conflito?
4.2 Qual a sua análise sobre o desafio do profissional que atua com a
mediação de conflito no contexto familiar?
áNEXO B
TERMO DE CON“ENTIMENTO
LIVRE E E“CLáRECIDO
ヶヰ
Eu,_______________________________________________________________,após explicação completa e detalhada sobre a natureza, objetivos e procedimentos a serem utilizados na pesquisa Mediação de Conflito no contexto Familiar: um Desafio para os Profissionais - Estudo realizado com a discente concluinte do Curso de Pós Graduação em Mediação em Conflito com ênfase em Família, Concordo em participar como informante nesta pesquisa. Compreendo que as informações por mim fornecidas estarão contribuindo para a melhoria da qualidade da pesquisa, e que serão utilizadas dentro das exigências éticas e científicas, no que diz respeito ao sigilo sobre dados de identificação do informante, e ao uso adequado de metodologia de tratamento das informações, análise e divulgação dos resultados.AUTORIZO a coleta de dados que me foi apresentada sob a forma de entrevista e um questionário.
Local:________________________________________
Data:_____/_____/_____
Assinatura:______________________________________________________
______
áNEXO C
Primeiro texto sobre mediação de conflito de autoria da Deputada Zulaiê
Cobra.
Congresso Nacional , 1988 -Projeto de Lei n°. 4827/98
ヶヱ
Art. I Para os fins desta Lei, mediação é a atividade técnica exercida por
terceira pessoa, que escolhida ou aceita pelas partes interessadas, as
escuta e orienta com o proposito de lhes permitir que, de modo consensual
previnam ou solucionem os conflitos.
Parágrafo Único - É lícita a mediação em toda matéria que admita
conciliação, reconciliação, transação ou acordo de outra ordem para os fins
que consista a lei civil ou penal.
Art. 2 Pode ser mediador qualquer pessoa que seja capaz e que tenha
formação técnica ou experiência pratica adequadaa natureza do conflito.
&1º Pode se lo também a pessoa jurídicaque nos termos do objetosocial, se
identifiqueao exercício da mediaçãopor intermédio de pessoas físics que
atendam as exigencias deste artigo.
& 2º No desempenho de sua função, o mediador deverá proceder com
imparcialidade, independência, competência, diligencia e sigilo.
& 3º A mediação é judicial ou extrajudicial podendo versar sobre todo
conflito ou parte dele.
Art. 4 Em qualquer tempo e grau de jurisdição, pode o juiz buscarconvencer
as partes da conveniencia de se submeterem a mediação extrajudicial, ou
com a concordância delas, designiar mediador suspendendo o processo
pelo prazo de três meses prorrogado por igual período.
Parágrafo Único: O mediador judicial está sujeito a compromisso, mas pode
recursar se ou ser recusado por qualquer das partes em cinco dias da
designição. Aplicam se lhe, no que caibam as normas que regulam a
responsabilidadee a numeração dos peritos.
ヶヲ
Art 5 Ainda que não exista processo, obtido acordo,este poderá, a
requerimento das partes, ser reduzido a termo e homologado por sentença,
que valerá como título executivo judicial ou produzira os outroos efeitos
juridicos próprios de sua matéria.
Art. 6 Antes de instaurar o processo, o interessado pode requerer ao juiz
que, sem antecipar lhe os termos do conflito e de sua pretensão eventual,
mande intimar a partecontraria para comparecer a audiência de tentativa de
conciliação ou mediação. A distribuição do requerimento não previne o
juizo, mas interrompe a prescrição e impede a decadência.
Art. 7 Esta Lei entra em vigor a data de sua publicação.
ANEXO D
Segundo texto onde a fonte de inspiração perpassa pela redação
legal da Província de Buenos Aires. Posteriormente à divulgação desse, foi
sistematizada a versão do Ante projeto de Lei de Mediação
Paraprocessual, em outubro de 2002. Em setembro de 2013 Luiz Felipe
Salomão lança o projeto Lei que estabelece os seguintes pontos:
Capítulo I – Disposições Gerais
Capítulo II – Dos Mediadores
Capítulo III – Dos mediadores Judiciais
Capítulo IV – Do proceDIMENTO de mediação
Seção I - Da Mediação Judicial
Seção II – Da Mediação Extrajudicial
ヶン
Seção III – Da Mediação Pública
Seção IV – Da mediação ラミどノキミW
Capítulo V – disposições finais
Dispõe sobre a mediação,
suas modalidades e dá outras
providências.
Capítulo I – Disposições Gerais
Art. 1º Para fins desta lei, considera-se mediação a atividade técnica
exercida por terceiro imparcial que, escolhido ou aceito pelas partes,
promove a comunicação entre elas com o propósito de diluir ou prevenir
o conflito e de buscar consenso na solução de controvérsias.
Art. 2º A mediação tem por princípios fundamentais:
I. Oralidade;
II. Informalidade;
III. Autonomia da vontade das partes;
IV. Consensualismo;
V. Confidencialidade, na forma da lei;
VI. Igualdade das partes e de seu poder decisório.
Art. 3º Pode ser objeto de mediação toda matéria que verse sobre direitos
ヶヴ
disponíveis ou de direitos indisponíveis que admitam transação.
§1º Os acordos que envolvam direitos indisponíveis somente terão
validade após a oitiva do Ministério Público, quando devida, e posterior
homologação judicial;
§2º O Ministério Público deverá se manifestar sobre o termo de mediação
no prazo máximo de 15 dias.
Art. 4º Esta lei não se aplica aos conflitos que versem sobre:
I. Filiação, adoção, pátrio poder e nulidade de matrimônio;
II. Interdição;
III. Recuperação judicial e falência;
IV. Medidas cautelares.
Art. 5º A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele.
Capítulo II – Dos Mediadores
Art. 6º Mediador é o terceiro imparcial, devidamente capacitado, que conduz
o processo de comunicação entre as partes, facilitando a diluição do
conflito e a busca do entendimento e do consenso.
§1º O mediador deve ser aceito por ambas as partes.
§2º É vedado o acréscimo de qualquer outro título à denominação de
mediador, bem como a utilização de símbolos oficiais, excetuando-se os
ヶヵ
símbolos de carreiras públicas, no âmbito da mediação pública.
Art. 7º O mediador deve atuar em conformidade com o Código de Ética que
lhe seja aplicável e com respeito aos deveres de imparcialidade,
independência, aptidão, diligência e confidencialidade.
Art. 8º Os mediadores extrajudiciais poderão exercer suas funções
vinculados a instituições especializadas em mediação.
Art. 9º Poderá haver co-mediação quando, a pedido das partes ou do
mediador e em razão da natureza ou complexidade do conflito, for
recomendável a atuação conjunta de outros mediadores.
Art. 10º Aplicam-se aos mediadores as mesmas hipóteses legais de
impedimento e suspeição dos juízes, devendo o mediador revelar, antes da
aceitação da função, qualquer fato que comprometa sua imparcialidade em
relação às partes e ao conflito.
Art. 11 O mediador fica impedido, pelo prazo de dois anos, contados do
término da última sessão de mediação em que tenha atuado, de
assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.
Art. 12 Os mediadores, quando no exercício de suas funções ou em razão
delas, ficam equiparados aos servidores públicos para fins da legislação
penal.
Capítulo III – DoS mediadores judiciais
Art. 13 Os Tribunais manterão cadastros atualizados dos mediadores
ヶヶ
habilitados e autorizados a atuar em mediação judicial.
Parágrafo único. A inscrição no cadastro de mediadores será requerida ao
Tribunal em que o mediador pretenda atuar.
Art. 14 Poderá se cadastrar como mediador judicial aquele que preencha,
cumulativamente, os seguintes critérios:
I. Ser graduado há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de
instituição reconhecida pelo Ministério da Educação;
II. Ser capacitado por escola ou entidade reconhecida pelo Conselho
Nacional de Justiça ou pela Escola Nacional de Mediação e Conciliação do
Ministério da Justiça como autorizada para a formação de mediadores.
Parágrafo único. Serão reconhecidas as capacitações que atendam aos
parâmetros curriculares mínimos estabelecidos, em conjunto, pelo
Conselho Nacional de Justiça e pelo Ministério da Justiça.
Art. 15 O registro de mediadores conterá todos os dados relevantes
referentes à atuação do mediador, segundo critérios fixados pelo Conselho
Nacional de Justiça.
Art. 16 Serão excluídos do cadastro de mediadores aqueles que:
I. Assim o solicitarem ao respectivo Tribunal, independentemente de
justificação;
II. Agirem com dolo ou culpa na condução da mediação sob sua
responsabilidade;
III. Violarem os princípios previstos nesta lei;
IV. Atuarem em procedimento de mediação mesmo sendo impedidos ou
ヶΑ
sob suspeição;
V. Tiverem sido condenados à pena de exclusão do cadastro de
mediadores; ou,
VI. Forem condenados em ação penal ou de improbidade administrativa,
por órgão colegiado.
§ 1º O procedimento disciplinar para a exclusão do Cadastro de Mediadores
será processado e julgado perante o Tribunal em que houver ocorrido a
infração.
§ 2º O Tribunal deverá informar o nome dos mediadores que forem
excluídos de seu cadastro ao Conselho Nacional de Justiça, que
encaminhará tal informação para os demais Tribunais.
§ 3º O mediador que for excluído do cadastro de um dos Tribunais não
poderá solicitar nova inscrição em qualquer parte do território nacional ou
atuar como co-mediador, salvo na hipótese do inciso I deste artigo.
Art. 17 A remuneração devida aos mediadores judiciais será fixada pelos
Tribunais, assegurada a gratuidade para as partes quando comprovada a
hipossuficiência.
Capítulo IV – Do proceDIMENTO de mediação
Art. 18 Na mediação, a comunicação direcionada ao mediador e aos
demais interessados é confidencial, exceto:
I. Por dispensa expressa de todas as partes;
ヶΒ
II. Quando a mediação envolver o Poder Público na qualidade de parte ou
de terceiro interveniente, ressalvadas as hipóteses de segredo de justiça;
III. Na hipótese do mediador receber informações acerca de um crime ou da
iminência de um crime e nos atos de improbidade e de infração
administrativa.
§ 1º O mediador deve mencionar expressamente às partes as exceções à
confidencialidade, no início da primeira sessão de mediação.
§2º Salvo acordo por escrito das partes em sentido contrário, o mediador
não poderá ser obrigado a depor como testemunha em procedimentos
judiciais sobre fatos conhecidos em decorrência de sua atuação como
mediador.
§ 3º O dever de confidencialidade se aplica às partes, seus advogados ou
defensores públicos, assessores técnicos e outras pessoas de confiança
das partes que tenham, direta ou indiretamente, participado do
procedimento de mediação, exceto por expressa disposição em contrário
daquelas.
Art. 19 Para fins desta lei, as partes interessadas em submeter a solução de
seus conflitos à mediação devem firmar um termo inicial de mediação, por
escrito, após o surgimento do conflito, mesmo que a mediação tenha sido
prevista em cláusula contratual.
Art. 20 Constará, obrigatoriamente, do termo inicial de mediação:
I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes;
II - o local onde ocorrerá a mediação;
III - o nome, profissão e domicílio do mediador, ou dos mediadores, e ainda,
se for o caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a
ヶΓ
indicação de mediadores;
IV - a declaração da responsabilidade pelo pagamento das despesas com a
mediação e fixação dos honorários do mediador, ou dos mediadores;
V - a matéria objeto da mediação.
Art. 21 Poderão as partes, facultativamente, incluir no termo inicial de
mediação outras matérias que reputem relevantes, inclusive o escopo do
dever de confidencialidade aplicável a todos os envolvidos no
procedimento, signatários do termo inicial de mediação.
Art. 22 Se, no termo inicial de mediação, as partes tiverem se comprometido
expressamente a não iniciar, em determinado prazo ou enquanto não se
consumar determinado fato, procedimento arbitral ou processo judicial com
relação ao conflito objeto da mediação, o tribunal arbitral ou o Poder
Judiciário dará efeito a esse termo, suspendendo o curso da arbitragem ou
da ação pelo prazo previamente acordado.
§1º O disposto no caput não se aplica às medidas de urgência em que o
acesso ao Poder Judiciário ou à arbitragem for necessário para evitar o
perecimento de direitos.
§2º Ficará interrompido o prazo prescricional a partir da data da assinatura
do termo de mediação.
Art. 23 As partes deverão ser assistidas por advogados ou defensores
públicos, salvo renúncia expressa por escrito daquelas.
Art. 24 O termo final de mediação conterá:
I. A qualificação das partes;
II. A qualificação dos procuradores e prepostos, quando houver;
Αヰ
III,O resumo do conflito;
IV. A descrição dos direitos e das obrigações das partes, a declaração de
tentativa infrutífera ou a descrição do consenso obtido pelas partes;
V. A data e o local onde foi proferido;
VI. A assinatura do mediador, das partes e, quando houver, dos
advogados ou defensores públicos.
Art. 25 O termo final de mediação tem natureza de título executivo
extrajudicial e, quando homologado judicialmente, de título executivo
judicial.
Seção I - Do Procedimento da Mediação Judicial
Art. 26 A petição inicial será distribuída simultaneamente ao juízo e ao
mediador, interrompendo-se os prazos de prescrição e decadência.
Parágrafo único. Competem aos Tribunais a organização e a disciplina de
funcionamento do órgão que agregará os mediadores.
Art. 27 O mediador designará, no prazo máximo de trinta dias, a sessão de
mediação, dando ciência às partes por qualquer meio de comunicação.
§1º O procedimento de mediação deve ser concluído em até sessenta dias,
contados da primeira sessão, salvo quando as partes, de comum acordo,
requererem sua prorrogação.
§2º Transcorridos sessenta dias sem a obtenção de consenso, e não
Αヱ
havendo pedido de prorrogação do prazo pelas partes, o mediador lavrará
certidão, que será encaminhada juntamente com a petição inicial ao juízo.
§3º Obtido consenso, a petição inicial, acompanhada do respectivo termo
de mediação, será encaminhada pelo mediador ao juízo, que o homologará,
desde que requerida a homologação por ambas as partes.
Art. 28 Na hipótese de obtenção de consenso na mediação, o Tribunal
poderá isentar as partes do pagamento de custas processuais.
Seção II – Do procedimento da mediação extrajudicial
Art. 29 O convite para iniciar procedimento de mediação extrajudicial
poderá ser feito por qualquer meio de comunicação.
Art. 30 Inicia-se a mediação com o comparecimento das partes e a
assinatura do compromisso de mediação.
Art. 31 O procedimento de mediação conclui-se com a obtenção de
consenso, por vontade Parágrafo único. Não havendo resposta no prazo
de trinta dias da data de recebimento, será considerado rejeitado o
convite para participar de mediação.
de qualquer das partes, a qualquer momento, ou pelo mediador, quando
este entender necessário.
Art. 32 Comprovada a tentativa de mediação extrajudicial prévia ao
ajuizamento da ação, o juízo poderá estabelecer redução das custas
processuais.
Αヲ
Seção III – Da Mediação Pública
Art. 33 Os órgãos da Administração Pública direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como o Ministério
Público e a Defensoria Pública, poderão submeter os conflitos em que
são partes à mediação pública.
Parágrafo único. Para o exercício da mediação pública, poderão ser
instituídos Centros de Mediação no âmbito de cada entidade ou órgão
público.
Art. 34 Poderá haver mediação pública:
I. Em conflitos envolvendo entes do Poder Público;
II. Em conflitos envolvendo entes do Poder Público e o Particular;
III.Em conflitos que envolvam direitos difusos, coletivos ou individuais
homogêneos.
Art. 35 A submissão do conflito à mediação pública ocorrerá,
preferencialmente, antes da sua judicialização.
Art. 36 Os procedimentos de mediação pública serão estabelecidos em
ato a ser editado pelo dirigente máximo de cada órgão ou entidade da
administração pública direta e indireta, em conjunto com sua assessoria
jurídica.
Αン
Seção IV – Da mediação ラミどノキミW
Art. 35 A mediação poderá ser utilizada como meio de solução de conflitos
via internet, nos casos de comercializações de bens ou prestação de
serviços via internet.
Art. 36 A mediação via internet terá o objetivo de solucionar quaisquer
conflitos de consumo no âmbito nacional.
Parágrafo único. Quando uma das partes estiver domiciliada no Brasil,
pode haver acordo para aplicação das disposições desta lei à resolução de
conflito oriundo de transações internacionais celebradas através da rede
mundial de computadores ou por outro meio de comunicação que permita a
transação à distância.
CApítulo V – disposições finais
Art. 37 Aplica-se esta lei, no que couber, a outras formas consensuais de
resolução de conflitos, tais como mediações comunitárias, escolares,
penais, trabalhistas, fiscais, em serventias extrajudiciais e outras.
Art. 38 O Ministério da Justiça, por intermédio da Escola Nacional de
Mediação e Conciliação (ENAM), criará e manterá banco de dados
reunindo informações relativas à mediação, para fins de formulação,
planejamento e avaliação de políticas públicas.
Αヴ
Art. 39 Esta Lei entra em vigor decorridos cento e oitenta dias da data de
sua publicação oficial.