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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Educação direito: garantia Constitucional
Por: Ana Paula de Melo Ferreira de Oliveira
Orientadora
Prof.ª Flavia Martins
Rio de Janeiro Abril/2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Educação direito: garantia Constitucional
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Pública
Por: Ana Paula de Melo Ferreira de Oliveira
Rio de Janeiro Abril/2013
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pelo
dom da vida e por me dar força diária
na incessante luta pelo alcance dos
meus objetivos e ideais.
A minha família, razão da minha
persistência e por dispensar imenso
carinho. A minha mãe que sempre
doou todo o seu amor e por ser sempre
meu alicerce.
As minhas maiores paixões: minhas
filhas (toda minha inspiração) e ao meu
marido pela cumplicidade e confiança,
a minha prima e amiga Flavia pelo
carinho e confiança e não poderia
deixar de mencionar minha querida
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amiga Ana Paula Farias, pela amizade,
cumplicidade, amabilidade e paciência.
A minha orientadora Flávia Martins pela
sua compreensão e carinho. Meu muito
obrigada!
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DEDICATÓRIA
A todos que acreditam na Educação,
como premissa para um mundo
infinitamente melhor.
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RESUMO
OLIVEIRA. Ana Paula de Melo Ferreira. Educação direito:garantia Constitucional. Monografia de conclusão de curso de Gestão Pública, AVM, Rio de Janeiro, Abril/2013
O presente trabalho é uma resultante da pesquisa bibliográfica a
respeito da Educação como direito garantido na Constituição Federal. Para tal
passa pela trajetória da construção das políticas sociais no Brasil, que são
entendidas como fio condutor da Questão Social. Ainda explora o processo de
construção e desconstrução da política social de educação no país, sendo
articulado a este processo a Legislação, que é a base fundamental de uma
sociedade.
Palavras chave: Direito. Educação. Constituição Federal
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METODOLOGIA
O texto que se segue é fruto de uma pesquisa para a construção da
monografia de conclusão do curso de gestão Pública com base
bibliográfica, apresenta a Educação direito: garantia Constitucional.
A metodologia ora apresentada foi desenvolvida a partir de pesquisa
bibliográfica, que segundo LAKATOS(2001), sinaliza como uma pesquisa
desenvolvida a partir de material já elaborado, ou seja, de fontes secundárias
sobre o assunto abordado. A pesquisa adotou-se a abordagem qualitativa, que
segundo GIL (1987), ressalta que todos os fenômenos são igualmente
importantes e preciosos. A escolha das categorias elucidadas surgiu pela
necessidade de compreender o contexto da pesquisa, entende-se que na
construção do estudo essas categorias são premissas no ordenamento das
teorias e reflexões apresentadas na pesquisa. Enquanto, a fundamentação
teórica transcorreu-se a partir dos autores que teorizam esse assunto, a qual
se orientou o embasamento para essa pesquisa. Através de discussões sobre
esses pontos, apoiada nos referenciais teóricos.
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SIGLÁRIO
CF/88 - Constituição Federal
CFESS – Conselho Federal de Serviço Social
CNE – Conselho Nacional de Educação
CRESS – Conselho Regional de Serviço Social
DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais
DPU- Defensoria Pública da União
LCT Consolidação das leis trabalhistas
ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio
FMI - Fundo Monetário Internacional
FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
INEP – Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa
LDB – Lei de Diretrizes e Bases
LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
LBA – Legião Brasileira de Assistência
MEC – Ministério da Educação e Cultura
PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais
PIB – Produto Interno Bruto
PISA-Programa Internacional de Avaliação de Estudantes
PNBE- Programa Nacional Biblioteca da Escola
PPA- Plano Plurianual
SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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SUMÁRIO
Introdução...........................................................................................................1
Capítulo I – Política educacional no Brasil: Questão social................................3
1.1 Questão Social e Política Social...................................................................3
1.2 Política Educacional no Brasil: Da década de 30 a década de 90...............7
Capítulo II – Orçamento público: Educação......................................................14
Capítulo III - Educação: A necessidade de contribuições de uma equipe
multidisciplinar...................................................................................................20
3.1 As relações possíveis entre Escolas e Serviço Social................................20
3.2 Equipe multidisciplinar – As contribuições do Serviço Social.....................23
Conclusão..........................................................................................................31
Anexo.................................................................................................................32
Referências bibliográficas..................................................................................39
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INTRODUÇÃO
Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o Mundo. E é porque amo as pessoas e amo o Mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade (Paulo Freire).
A escolha do tema deu-se pela possibilidade de compreender a
educação como direito constitucional.
Neste sentido o tema é de suma relevância em demonstrar em seu
preâmbulo que a C/F de 1988 disciplinou a Educação no País.
A educação é uma política pública social caracterizada pela C/F
como um “direito de todos e dever do Estado e da família” e relacionada com o
“preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. A
partir desta concepção surge um aparato normativo, atribuindo princípios
norteadores, estabelecendo percentual obrigatório para área educacional.
O contexto atual, no Brasil é marcado pela abertura política e
principalmente econômica. É possível sinalizar que a realidade do sistema
educacional tem sofrido inúmeras transformações e no que tange a
interferência dos problemas sociais, vivenciadas pelo povo brasileiro, as quais
consequentemente influenciam uma boa parte da população. Neste contexto,
avalia-se o despreparo do Sistema Educacional a lidar com o atual cenário
dessa realidade, entende-se que as mesmas são as manifestações das
expressões da questão social associadas no contexto educacional.
Sendo assim analisa-se a necessidade de compreendermos que a
educação é um direito constitucional, pois o mesmo contribuirá com a
finalidade de garantir direitos sociais e promover o exercício da cidadania.
Logo, a pesquisa procurou explicitar como a Constituição Federal de
1988, disciplinou a educação no país, como direitos essenciais que competem
o poder público sua efetiva prestação a todos de forma equivalente.
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E, para que nossa reflexão seja o que pretende ser traçamos metas,
ou seja, estruturamos em partes: no primeiro capítulo há o debate a política
Educacional do Brasil, buscando responder a relação entre a questão social
com a construção das políticas sociais, de forma a apontar a sua construção e
trajetória no Brasil.
No segundo momento, ou seja, no segundo capítulo, a reflexão se
volta aos aspectos do orçamento público, relacionando-o com alguns efeitos e
desafios para a educação.
No terceiro capítulo avalia-se a contribuição da necessidade de uma
equipe multidisciplinar.
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CAPÍTULO I
POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL:
QUESTÃO SOCIAL
“O que transformou o mundo não foi utopia. Foi a necessidade” (José Saramango).
1.1 Questão social e política social
Por meio de uma abordagem histórica as linhas seguintes objetivam
a relação da questão social com a construção das políticas sociais e o
processo a ela inerente para o surgimento da política social no Brasil.
A expressão “Questão Social” foi constituída em torno das
transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas na Europa Ocidental,
devido ao processo de aceleração urbana e industrial, que culminou num
fenômeno chamado “pauperismo”1 que segundo Netto (2001), foi a primeira
vez, que a pobreza crescia na proporção, em que aumentava a capacidade
produtiva ao capitalismo. É importante ressaltar que nesta época, a pobreza
constituiu-se como um problema as vítimas desse fenômeno, vivenciando uma
trajetória de mudanças.
Para compreendermos essa trajetória é preciso elucidar o
distanciamento entre proletariado e os proprietários. A classe trabalhadora
vivia em condições de miséria, não se conformando, realizando vários
protestos. O capital se expandia, fazendo da classe trabalhadora escravos, sob
péssimas condições de trabalho, sendo submetidos a baixos salários, que mal
davam para sua subsistência, levando assim a classe trabalhadora a
insatisfação, muitas das vezes ocasionando enormes conflitos entre a classe
trabalhadora e os proprietários. 1 Pauperismo – total pobreza, indigência. (Academia Brasileira de Letras, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, Companhia Editora Nacional)
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É importante ressaltar que foram as lutas sociais, ou seja, as lutas
da classe trabalhadora que transformaram a questão social em uma questão
política e pública. Foram essas reivindicações da classe operária, através de
sindicatos e movimentos sociais, exigiram a intervenção do Estado no
reconhecimento de novos sujeitos sociais, como portadores de direitos e
deveres, tendo com isso a viabilização ao acesso de bens e serviços públicos
pelas políticas sociais.
A Revolução de 1848 constitui-se em um grande marco na luta da
classe trabalhadora, pois é o momento em que o proletariado passa da
condição de classe em si passa para classe para si. (Netto, 2001)
No século XX, todos esses impactos referentes às pressões da
classe operária, frutificaram na implantação das políticas sociais e na criação
dos serviços sociais, pelo Estado, pela qual utilizava como estratégia para
amenizar os conflitos de classe. Segundo Soares (2003), ressalta que:
No pós Guerra, alguns países europeus construíram o Welfare State2 – políticas de pleno emprego, serviços sociais universais, extensão da cidadania e o estabelecimento de uma base socioeconômica considerada digna pela sociedade, como valor mínimo para a sobrevivência, levando uma visão que a Questão Social era problema dos subdesenvolvidos.
Assim, com as transformações no mundo do mercado, no início da
década de 70, o capitalismo começa a tirar sua máscara e mostrar sua outra
face e começa a responder com uma política que promove a conjunção
“globalização” mais “neologismo”, que veio para demonstrar aos ingênuos que
o capital não tem nenhum “compromisso social” (Netto, 2001, p. 59), desta
forma, o capitalismo acaba com o padrão do Welfare State (Estado do Bem-
Estar Social) e demonstra ao mundo a “nova questão social.”
2 Welfare State – Estado de bem-estar social, também conhecido como Estado-providência, é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. (Wikipédia, 2011).
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Segundo Netto (2001):
[...] inexiste [...] o que devemos investigar é, para além da permanência de manifestações “tradicionais” da “Questão Social”, que é insuprimível sem a supressão da ordem do capital. A dinâmica societária específica dessa ordem não só põe e repõe os corolários da exploração que a constitui medularmente: a cada novo estágio de seu desenvolvimento, ela instaura expressões sócio-humanas diferentes e mais complexas, correspondentes à intensificação da exploração que é sua razão de ser. (p. 160)
E foi assim que pela primeira vez que a pobreza foi politicamente
contestada. Assim, podemos vincular a industrialização, a luta desencadeada
entre as contradições: capital e trabalho, as quais se expressam nos serviços
de saúde, previdência, educação.
Cabe ressaltar que não é só nesse momento histórico que a
“questão social” emerge.
Pastorine afirma que:
A questão social apresenta diferentes manifestações nos diferentes estágios pelos quais passou o sistema capitalista, com variantes formas de enfrentamento pelo Estado, contudo sua gênese marcada pela contradição de classes manteve-se a mesma no decorrer da história. (2004)
Neste contexto histórico que a questão social se desenvolve e
assume diferentes configurações produzindo refrações na sociedade.
Partindo deste pressuposto, as políticas sociais surgem no momento
em que o capital começa a ser pressionado, havendo assim a necessidade de
uma intervenção estatal.
Segundo Vieira (1992):
Foi através das mobilizações operárias sucedidas ao longo das primeiras revoluções industriais, que a política social é compreendida como estratégia governamental de intervenção nas relações sociais, unicamente pode existir com o surgimento dos movimentos populares do século XIX. (p. 19)
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Partindo, portanto, dessa perspectiva de uma sociedade desigual, as
políticas sociais são tidas como instrumentos de amenização das
desigualdades sociais. No Brasil, as políticas sociais têm se caracterizado pela
subordinação a interesses econômicos e políticos e assim sendo, acabam por
reiterar a desigualdade no país.
Nessa ótica, as políticas sociais representam:
Respostas do Estado burguês do período do capitalismo monopolista às demandas postas no movimento social por classes (ou estratos de classes) vulnerabilizadas pela questão social. (Netto, 2003, p. 15)
Desta forma o Estado desempenha através da política social a
preservação e o controle contínuo da força de trabalho (ocupada e excedente).
Nesse sentido, Netto (2003) ressalta que:
As políticas sociais representam as respostas do Estado burguês, do período do capitalismo monopolista, as demandas postas no movimento social por classe (ou extratos de classe) vulneralizados pela questão social. (p. 15)
As transformações e as amplas mudanças ocorridas no interior da
sociedade contemporânea, pelas quais as políticas sociais vem respondendo
os interesses próprios do capital, na medida em que o capital se sustenta na
desigualdade. No Brasil, a política social vem ampliando sua relevância na
medida em que foi promulgada na Constituição Federal de 1988, pautando-se
em parâmetros de equidade e direitos universais, consolidando conquistas,
ampliando os direitos em diversos campos da educação, da saúde e dentre
outras.
Assim, pela primeira vez na história brasileira, a Política Social teve
grande acolhimento em uma Constituição.
Desta forma, compreende-se que as políticas sociais, estas
determinam o padrão de sua proteção social implementado pelo Estado,
voltadas em princípios, às redistribuições de benefícios sociais. (INEP, 2006, p.
165), dentre eles o direito à educação. Para que este direito seja implementado
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e garantido como a Política Educacional, para que esta assim se configure
perpassa por um processo de transição e conquistas com ranços e avanços.
Portanto, pensar na política educacional hoje, é verificar nesse
contexto de avanços e retrocessos, que a política educacional reflete as lutas
pelo direito em busca de uma educação que favoreça a cidadania. Assim,
analisar a trajetória da política educacional e compreender os instrumentos
avaliativos do nosso sistema educacional, nos dias de hoje, leva a perceber a
contradição como possibilidade de construção de uma outra sociabilidade
orientada e implantada para emancipação política, divergindo com a atual, que
gera alienação dos indivíduos.
1.2 Política Educacional no Brasil: Da década de 30 a década
de 90
Brasil não é um país pobre, e sim um país desigual, de acordo com
o estudo IPEA (2009), para entender com maior acuidade, subentendemos,
que o Brasil é um país capitalista subdesenvolvido, com um marco em sua
trajetória, dívidas sociais, tais como: educação, saúde entre outros.
Partindo, portanto dessa perspectiva, a Educação encontra-se nessa
linha de exclusão social. Assim, as políticas sociais foram e são implementadas
e reformuladas de acordo com as diversas formas e funções assumidas pelos
dirigentes do Estado. Todavia, a política educacional, não é diferente, segundo
Saviane (1986):
A Educação depende da Política no que diz respeito a determinadas condições objetivas como a definição de prioridades orçamentais que se reflete na constituição – consolidação – expansão da infraestrutura dos serviços Educacionais etc., e a política depende da Educação no que diz respeito a certas condições subjetivas como a aquisição de determinados elementos básicos que possibilitem o acesso à informação, a difusão das propostas políticas, a formação de quadros para os partidos e organizações políticas de diferentes tipos, etc. (p. 89)
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Não havendo neste trabalho a intenção de um aprofundamento na
história do Brasil, é na década de 30, que o Brasil passava por sérias
dificuldades, principalmente em relação à superprodução do café, neste
período caracterizavam-se com o desenvolvimento industrial. Essa década de
30 ficou tomada como um marco referencial, com o fim do Estado Novo,
adotou-se uma nova Constituição de cunho liberal e democrático, assim surge
a ideia de plano no âmbito educacional brasileiro, uma nova Constituição
(fazendo voltar o preceito de que a educação é direitos de todos), na área da
educação, com a determinação de se cumprir o ensino primário e dá
competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da educação
nacional, porém, foi por meio da Conferência Nacional de Educação que surgiu
em 1932, o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova.
Segundo Silva e Silva (2006):
Esse “manifesto” fez um diagnóstico da educação pública brasileira e mostrou o imperativo de se criar um sistema de organização escolar que estivesse de acordo com as necessidades do país, aproximando a ideia de Plano de Educação relacionado com o pensamento de sistema educacional organizado de forma racionalista (lógica), com o conjunto de atividades educativas coerentes e eficaz para uma determinada sociedade. (p. 4)
Desta forma, continha-se uma nova proposta pedagógica e trazendo
em seu bojo uma proposta de reconstrução do Sistema Educacional brasileiro,
visando a uma política educacional do Estado.
Em 1934, com a nova Constituição Federal, a educação passa a ser
vista como um direito de todos, tendo como sua responsável a família e o
poder público.
Três anos depois, a Constituição introduz o ensino profissionalizante
colocando sobre as indústrias e os sindicatos o dever de criar escolas na
esfera de sua especialidade tanto para os empregados quanto para os filhos
destes e os associados.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), com a
finalidade de especializar os filhos dos operários para trabalharem nas
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indústrias. Seguidos da regulamentação do Ensino Primário e do Ensino
Normal, criando também o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
(SENAC), em 1942.
Pelas doutrinas emanadas pela Carga Magna de 1946, foi criado
uma Comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de Reforma Geral da
Educação Nacional. Esta Comissão era organizada em três níveis: uma para o
Ensino Primário, uma para o Ensino Médio e outra para o Ensino Superior. Em
novembro de 1948 este anteprojeto foi encaminhado à Câmara Federal, dando
início a uma luta ideológica em torno das propostas apresentadas.
Em um primeiro momento as discussões estavam voltadas às
interpretações contraditórias das propostas constitucionais. No momento
posterior, após a apresentação de um substitutivo, as discussões mais
marcantes relacionaram-se à questão da responsabilidade do Estado quanto à
Educação.
Em 1953, o Brasil já implantava as bases da Educação Nacional, foi
através do Ministério da Educação e Saúde, a autonomia dada pela Saúde,
que surgiu o Ministério da Educação e Cultura (MEC). Assim, o sistema
educacional brasileiro até 1964 era centralizado e o modelo era acompanhado
por todos os estados e municípios.
A priori as discussões centravam-se nas interpretações
contraditórias das propostas constitucionais. Seguida da apresentação de um
substitutivo, as discussões mais marcantes relacionaram-se à questão da
responsabilidade do Estado quanto à Educação.
Foram necessários treze anos de discussões acirradas (1948 a
1961), para a aprovação da primeira LDB, em 20 de dezembro de 1961, foi
promulgada a Lei 9.394/96, com a qual os órgãos estaduais e municipais
ganharam forças e autonomia, e com isso o MEC passou a ter sua
centralização diminuída.
Sem a pujança do anteprojeto original, prevalecendo as
reivindicações da Igreja Católica e dos donos de estabelecimentos particulares
de ensino no confronto com os que defendiam o monopólio estatal para a
oferta da educação aos brasileiros. Segundo Bello (2011): as discussões sobre
a LDBEN foi o fato marcante, por outro lado muitas iniciativas marcaram este
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período como, talvez, o mais fértil da História da Educação no Brasil,
favorecendo a criação do Conselho Federal de Educação, cumprindo o Artigo
9º da LDB:
A elaboração do projeto de Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN, que orientarão os cursos de graduação, a partir das propostas a serem enviadas pela Secretaria de Educação ao CNE, tal como viria a estabelecer o inciso VII do art 9º da nova LDB Nº 9.394, de 20/12/1996, publicada em 23/12/1996.
Este substitui o Conselho Nacional de Educação, são criados
também os Conselhos Estaduais de Educação, ainda em 1962 é criado o Plano
Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério
da Educação e Cultura.
Em 19643, a ditadura militar aborta todas as iniciativas de se
revolucionar a educação brasileira, o Estado começa a ampliar o Sistema de
Ensino, até mesmo o Superior. Criando-se Agências de Apoio à Pesquisa e a
Pós-graduação, com isso, amplia-se o ensino obrigatório de quatro para oito
anos.
A segunda metade da década de 70 é marcada pelo agravamento
da crise econômica e mau desempenho na área social. Com todo esse
agravamento surgiram vários movimentos sociais, por melhores condições de
vida, que pautaram assim em favor da democracia. Assim, compreendemos
que o período da transição do autoritarismo (ditadura militar) para a democracia
foi marcado por forças sociais, com isso, as propostas educacionais no âmbito
do Estado, as propostas educacionais no âmbito da Sociedade Civil, a
Constituição Federal de 1988 e a eleição direta para Presidente da República
em 1989.
A Constituição Federal de 1988, já pontuava algumas modificações
necessárias na área educacional, visando a qualidade através do conjunto dos
dispositivos constitucionais sobre a educação, é possível inferir que essa
qualidade diz claramente a respeito do caráter democrático, cooperativo e
3 A discussão em relação de processo político da ditadura encontra-se em tela na primeira parte deste trabalho.
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responsável da gestão educacional, orientado pelos princípios do artigo 206 da
mesma, entre estes coloca-se a garantia de um padrão de qualidade de ensino
(Brasil, 1989).
A política educacional da década de 90 foi implantada através de
vários mecanismos legais. Nessa década a conjuntura passa a desenhar a
cultura neoliberal e por outro lado a consolidação da democracia na política
brasileira.
Assim, os anos 90, é marcada com a entrada do Brasil na nova
divisão internacional da economia mundial, que visava a abertura das
privatizações etc. assim, o governo passa adotar o sistema dos organismos
internacionais, incorporando-os a nova Lei da educação, que teve em seu
cenário grandes mudanças. A educação passa a ser vista como pertencendo a
esfera do mercado, assim, sendo objeto das políticas neoliberais, predominada
pelos vários organismos internacionais, como: o FMI, a Banco Mundial e dentre
outras. Essas agências financiadoras tem como objetivo definir as diretrizes
que servem de bases na construção nas políticas educacionais. Segundo Britto
(2001), essas práticas sugeridas por essa agência visam as necessidades do
mercado e assim:
Diante de propostas concretas do Banco Mundial para os diversos níveis de ensino que propõe a revisão do papel do Estado na educação, deixando de ser o principal executor e passando a constituir uma instância coordenadora e controladora, o Ministério da Educação tem apresentado propostas nem sempre convergentes, nas quais alguns princípios do Banco Mundial, entretanto, têm encontrado acolhida nas propostas educacionais. Entre estes, o princípio de que mecanismos de mercado são indispensáveis para a melhoria da escola pública. Para atingir estes mecanismos concorrência, preconiza-se a descentralização administrativa, pedagógica e financeira as unidades escolares entendendo-se por descentralização uma forma de atingir público específico e uma forma de redução de responsabilidade e de gastos (p.137).
É nesse contexto, em 1996 que a Lei de Diretrizes e Bases para a
Educação Brasileira é a primeira lei geral da educação promulgada desde
1961.
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Com o fim do Regime Militar até os dias atuais, a política
educacional tem sido caracterizada de forma bastante ampla, pois nunca se
presenciou tantos programas, ou seja, jamais houve execução de vários
projetos, em toda a história da Educação no Brasil, tais como: FUNDEF, SAEB,
ENEM, PCNs entre outros.
Assim, compreendemos que o direito à educação, bem como o
direito ao acesso e permanência na escola tem sido garantido por aparatos
legais.
A educação passou a ganhar maior visibilidade no processo de
reformas institucionais, viabilizadas por intermédio de novos instrumentos
legais, assim a união passa assumir um papel de destaque na formulação e
avaliação das políticas educacionais. Foi nesse período, que foi promulgada a
Lei nº 9.424/96 que regulamentava o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental (FUNDEF), é através do FUNDEF
que são concebidos os mecanismos de transferências financeiras para os
municípios, e as unidades escolares, com isso, a escola passava a ser
denominada pela unidade executora. De outro, o controle dos resultados do
ensino-aprendizado através do Sistema Nacional de Avaliação, que passaram
a ser inseridos em todos os níveis, desde a escola fundamental e média como
o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), e o Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM) e ai ensino superior, Exame Nacional de
Cursos (ENC).
Assim, se destacou dois elementos na postura neoliberalismo, que
se fundamentaram na década de 90, o primeiro elemento era a ideia de um
estado mínimo e o outro a competitividade, como já citado anteriormente.
Em função de tal conjuntura política, se pontua algumas
consequências do neoliberalismo na educação, segue-se em grandes eixos:
• Menos recursos, por dois motivos principais:
• Diminuição da arrecadação (através de isenções, incentivos, sonegações...); Não aplicação dos recursos e descumprimentos de Leis:
• Prioridade no Ensino Fundamental, como responsabilidade dos Estados e Municípios (a Educação Infantil é delegada aos municípios).
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• O rápido e barato é apresentado como critério de eficiência; Formação menos abrangente e mais profissionalizante;
• A maior marca da subordinação profissionalizante á a reforma do ensino médio e profissionalizante;
• Privatização do ensino;
• Aceleração da aprovação para desocupar vagas, tendo o agravante da menor qualidade;
• Nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) determinado as competências da Federação, transferindo responsabilidades aos Estados e Municípios e entre outras.
Nesta ótica, levando em conta todos esses elementos apontados, é
possível considerar que esses impactos da globalização e do neoliberalismo
sobre a educação, ilustram de forma bem específica que o sistema educacional
brasileiro nada mais e, que um bem de consumo e uma forte fonte de lucro,
tornando ela acessível somente a uma pequena parcela da sociedade.
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CAPÍTULO II
ORÇAMENTO PÚBLICO: EDUCAÇÃO
“Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito e somente enquanto sujeito que o homem pode realmente conhecer” (Paulo Freire)
O orçamento público é uma lei, também conhecida como Lei de
Meios. É por meio dessa lei que o governo decide como vai gastar os recursos
arrecadados durante o período de um ano, como previsto na Lei Orçamentária
Anual.
Não poderíamos deixar de ilustrar a transparência governamental,
pois a mesma é um ponto fundamental e está ligada ao orçamento público. É
através dela que podemos conhecer e avaliar o quanto o governo gasta, o
prazo de realização das obras, porque estão paradas, quais os municípios
estão sendo beneficiados, se os órgãos e as partes contratadas estão
cumprindo a legislação e etc.
A Constituição Federal, no Capítulo intitulado “Das Finanças
Públicas”, estabelece as regras gerais para discussão e aprovação das leis
orçamentárias federais. O Plano Plurianual – PPA, fixa as diretrizes, os
objetivos e as metas da administração pública federal para os quatro anos
seguintes. O PPA determina a orientação estratégica do governo, com grande
direcionamento para os orçamentos. Como não há recursos para fazer tudo, o
PPA define prioridades nacionais e regionais, observando que devem procurar
reduzir as desigualdades regionais, e prevê os recursos para investimentos,
programas e obras nas áreas de saúde, educação, assistência social,
segurança, habitação etc.
O PPA não trata especificamente das ações dos municípios (por
exemplo, cuidar da limpeza pública ou do calçamento de ruas), nem das ações
dos estados. São os estados que definem e executam as políticas em áreas
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em que têm competência comum com os governos federal e municipais, como
educação, saúde e desenvolvimento urbano.
O Direito Constitucional é a base dos fundamentos de uma
sociedade.
A Constituição Federal é a lei maior que organiza o Estado
brasileiro, e nela consiste a garantia do direito à educação. Esse direito é parte
de um conjunto de direitos chamados direitos sociais,que tem como inspiração
o valor da igualdade entre as pessoas. Foi em 1988, que esse direito foi
reconhecido no Brasil, através da Constituição Federal, também conhecida de
Constituição Cidadã. Antes disso o Estado não tinha obrigação formal de
garantir a educação de qualidade para os brasileiros, o ensino público era
tratado como uma assistência, durante a constituinte de 1988 passou a ser
reconhecida como direito.
Ressaltando, a Constituição Federal, em seu artigo 6, consagra a
educação como um direito social, visando criar condições para que o cidadão
se desenvolva e para que o cidadão adquira o mínimo necessário para viver
em sociedade.
No artigo 205: a educação é direito de todos e dever do estado e da
família.
Ainda no artigo 206, especifica-se que: “O ensino será ministrado
com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
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VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).
A lei também estabelece o plano nacional de educação,ou seja, de
duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação
em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em
seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos
poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a (CF/88,
art. 214): (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009):
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
Em consonância, o artigo que detalha o Direito à educação é 208,
formulado nos seguintes termos:
Está escrito na Constituição Federal que é dever do Estado garantir
o direito à Educação.
O artigo 208 determina que o dever do Estado para com a educação
será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
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VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. (Fonte: planalto.gov.br)
Dessa maneira, a importância do direito a educaçao passou a ser
um direito imprescindível do cidadão e um dever do Estado.
A União tem o dever de organizar o sistema federal de ensino.
Quando esse serviço é ausente ou prestado de forma deficiente, o cidadão ou
um grupo de indivíduos podem exigí-lo. Para isso, um dos instrumentos é a
Defensoria Pública da União (DPU), que poderá promover ações judiciais ou
intermediar acordos com a própria União para garantir o acesso à educação a
quem necessite.
Está escrito na Constituição Federal como relatado anteriormente
que é dever do Estado garantir a oferta das condições de permanência de
todos os brasileiros na escola.
No entanto, esses recursos não estão totalmente dotados nos
orçamentos da União, dos Estados e Municípios.
Um exemplo claro: A educação básica no Brasil exigiria, hoje, a
aplicação de 7% do PIB (Produto Interno Bruto), atualmente os recursos
disponíveis para a Educação alcançam apenas 3,9% desse valor. O próprio
governo admite que, apesar da lei garantir a oferta de ensino nas três
modalidades da Educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental,
Ensino Médio), por questões de restrições orçamentárias, só é possível garantir
a universalização para o Ensino Fundamental.
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Pontuaremos uma crítica: para o Banco Mundial, a prioridade ao
ensino fundamental tem aspectos muito peculiares: não se trata mais de
construir prédios de forma a garantir acesso à escola e nem aumentar os
gastos com contratação de professor e merenda (que deve ser adaptada ao
horário de estudo dos alunos, isto é, lanche em vez de almoço). A proposta é
aumentar a produtividade do sistema com os recursos existentes.
No entanto, sabe-se que não há vaga para todos, particularmente no
ensino fundamental no interior do país, inclusive, o que obriga inúmeras
crianças percorrerem quilômetros para chegar á sala de aula, por outro, se
constitui, em boa parte das vezes, na única refeição diária de milhares de
crianças. Portanto, prioridade para o Banco Mundial significa continuar
deixando fora da escola (e sem alimentação) inúmeras crianças. O Brasil ocupa o 53º lugar em Educação, entre 65 países avaliados
(PISA), mesmo com o Programa Social, inclusive que incentivou a matrícula
98% de crianças entre 6 e 12 anos, porém, existem aproximadamente 731 mil
crianças fora da escola(IBGE).
Então, usa-se como argumento a necessidade de pagamento da
divida externa, fazendo com isso o impedimento dos recursos para a garantia
de um direito básico, como é a Educação.
Em consonância, vários especialistas, que fazem parte da equipe
técnica de assessoria o PNBE, também afirmam a falta de recursos e a
insuficiência de uma política de Estado sistemática e orgânica que viabilize
ações mais integradas,ou seja, novas iniciativas de investimentos.
O direito de educação não é só declaratório, isto é, não depende só
de palavras ou texto de lei, esse direito precisa-se ser processalizado, ou seja,
precisam estar presentes na cotidiano na realidade do povo brasileiro.
O Brasil não é um país pobre, e sim desigual. Para entender com
maior acuidade, subentendemos que o Brasil é um país capitalista
subdesenvolvido, com um marco em sua trajetória, dívidas sociais.
O enfrentamento da “questão social” somando a falta de fundos
sociais é subsumindo às proposições neoliberais que preconizam o “Estado
Mínimo”, caracterizando o fenômeno da refilantropização da assistência, pois o
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governo transfere a responsabilidade de solucionar os impactos da política de
ajuste exigida pelo FMI e o Banco Mundial para a sociedade civil.
Partindo, portanto dessa perspectiva, a Educação encontra-se nessa
linha de exclusão social. E,nesse sentindo, vale mais uma vez, ressaltar que o
grande problema da Educação é uma questão de Política Pública.
Portanto pensar na Educação hoje é verificar os avanços e
retrocessos. Sabe-se que na atual conjuntura da realidade contemporânea, a
Educação vem sendo perpassada por inúmeros fatores sociais, políticos,
econômicos e culturais. E não poderíamos deixar de mencionar o quão árduo é
enfrentar um sistema capitalista neoliberal.
Historicamente, o Brasil tem sido considerado um país com grande
índice de atraso educacional, apresentado como um dos problemas estruturais
de maior gravidade no território brasileiro.
E como elucidado anteriormente, é dever do Estado priorizar
políticas sociais no que tange a área de ensino. Não basta somente querer
modificar dados estatísticos, se precisa criar mecanismos necessários para que
haja a continuidade de um ensino de respeito e qualidade.
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CAPÍTULO III
EDUCAÇÃO: A NECESSIDADE DE CONTRIBUIÇÕES
DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
“O sistema não teme o pobre que tem fome. A este basta a assistência para domesticar. Teme o pobre que sabe pensar. A este é mister respeitar os direitos.” (Paulo Demo)
3.1 As relações possíveis entre Escolas e Serviço Social
Para compreendermos as relações que possam existir entre Escola
e Serviço Social, primeiramente faz-se necessário a conceituação de ambos.
Nesse sentido, analisamos que a escola é o espaço de construção,
sistematização, apropriação e até mesmo de socialização do conhecimento.
Para Paro (1996), a gestão escolar precisa ser entendida no âmbito da
sociedade política comprometida com a própria transformação social.
A Sociedade procura ter na escola uma instituição normativa que trate de transmitir a cultura, incluindo além dos conteúdos acadêmicos, os elementos éticos e estruturais. É a partir daí que se constrói o currículo manifesto (escrito em seus estatutos) e o currículo latente (o dia-a-dia). (Outeiral, apud Siqueira, 2002. (p. 01)
E com isso, a escola como instituição procura buscar através da
aprendizagem, ou seja, do ensino, que seus alunos compreendam e possa
assumir a responsabilidade em sociedade.
Como diz Arendt (apud Castro, 2002):
Ultrapassa os desejos individuais e esta responsabilidade só poderá advir, através do enlaçamento entre conhecimento, entre os interesses individuais e sociais. A escola como um novo modelo, irá ampliar o mundo dos alunos, convidando-os a olhar sua experiências com uma outra lente, que não a familiar, o que alterará os significados já conhecidos. A escola pública tem mais
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fortemente, então, a responsabilidade da apresentação de conceitos e conteúdos herdados de nossa cultura, pois muitas crianças só terão acesso a esta herança, através de sua passagem pela Escola, que deve então, abrir caminhos de acesso à cultura de maneira igualitária para todos e neste sentido, lutar contra os privilégios de uma classe social. (p. 1)
E neste contexto, pode-se encontrar inúmeras definições sobre
Escola e Néreci (1972), chama a atenção a distinta acepção de que:
A Educação deve orientar a formação do homem para ele poder ser o que é, da melhor forma possível, sem mistificações, sem deformações, em sentindo social. Assim, a ação educativa deve incidir sobre a realidade pessoal do educando, tendo em vista explicar necessidades das pessoas e da sociedade. [...] A Educação para ser autêntica, tem de descer à individualização, à apreensão da essência humana de cada educando [...]. O processo Educativo deve conduzir à responsabilidade, liberdade, critica e participação. (p. 1)
Conforme Gerhardt (2001), a Educação libertadora ou
transformadora, é aquela que trabalha com uma visão de sujeitos
potencialmente autônomos, capazes de praticar a solidariedade, instruindo-se
de forma a promover a auto-reflexão.
Neste sentido, compreende-se que a escola é o principal
equipamento social, ou seja, é uma instituição onde se deve elaborar os
conhecimentos e os valores sociais dos sujeitos.
Hoje, mais do que nunca, tem como papel diante da sociedade,
propiciar ações para a efetivação dos direitos sociais. A Educação reproduz a
sociedade, pois a contradição e o conflito não são tão manifestos na sociedade
porque a reprodução é dominante, observando-se que a educação acaba por
fazer o que a classe dominante lhe pede. Como a sociedade, a Educação é
um campo de luta entre várias tendências e grupos. Ela não pode fazer
sozinha a transformação social, pois ela não se consolida e efetiva-se sem a
participação da própria sociedade (Gadotti, 1995).
Sendo assim, a escola é composta desses espaços, que segundo
Gadotti (1999), são capazes de:
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Cultivar a curiosidade e a paixão pelos estudos, a valorização de sua cultura, propondo-lhes a espontaneidade e o inconformismo. Inconformismo traduzido no sentimento de perseverança nas utopias, nos projetos e nos valores, elementos fundados da ideia de Educação e eficazes na batata contra a estagnação e o individualismo. (p. 45)
A escola atual tem enfrentado inúmeros desafios ao articular o
conhecimento em seu contexto escolar com a realidade social de cada aluno,
ou seja, seus problemas e necessidades sociais. Diante dos vários problemas
que a sociedade ultrapassa, ou seja, as diferentes expressões da questão
social, como desemprego, baixa renda, fome problemas de saúde, violência,
desigualdade social, etc., a Escola com o seu papel fundamental, fornecer o
conhecimento, para que esses alunos e sua famílias consigam conquistar sua
autonomia, podendo assim participar efetivamente das políticas, desta forma,
continuando a luta por igualdade de direitos. A Educação é uma Política Social,
com o Compromisso fundamental à garantia dos direitos do Cidadão.
No que tange ao Serviço Social, Santos (2005) aborda que esta é
uma profissão que trabalha no sentido educativo. Ainda em consonância com o
exposto, Souza (2005), afirma que:
A Educação e Serviço Social são áreas afins, cada qual com sua especificidade, que se complementam na busca por objetivos comuns e projetos político pedagógicos pautados sob a lógica da igualdade e da comunicação entre escola, família, comunidade e sociedade. (p. 39).
O Serviço Social é uma profissão de caráter sociopolítico, crítico e
interventido. Segundo Martinelli (1998) ela é uma profissão que trabalha no
sentido Educativo de revolucionar consciências, de proporcionar novas
discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais.
Assim, sendo uma profissão de caráter interventido, que estando
frente às mudanças sociais, pode desenvolver um trabalho com o papel de
planejar, gerenciar, administrar, executar políticas, programas e serviços
sociais, buscando resgatar a visão de integralidade e coletividade humana. O
Serviço Social efetiva sua intervenção nas relações entre os homens no
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cotidiano social, por meio de uma ação global de cunho sócio-educativo e de
prestação de serviços, desta forma, Almeida (2000), afirma que:
O campo educacional torna-se para o Serviço Social hoje não apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais nesta passagem de milênio (p. 74).
Abordando-se sobre a relação entre escola e Serviço Social,
considera-se o Serviço Social uma profissão de apoio à Educação, profissão
que atua em prol da integralidade do atendimento prestado ao aluno no âmbito
escolar, estando em consonância com a LDB (1996) quando ressalta:
Art. 2º. A Educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996, p. 100)
Sendo assim, no próximo item vale pontuar as contribuições do
Serviço Social na Escola, partindo das perspectivas de autonomia,
participação, democracia e cidadania dos alunos e famílias no âmbito escolar.
3.2 – Equipe multidisciplinar - As contribuições do Serviço
Social
Ao sinalizar que a realidade do Sistema Educacional tem sofrido
inúmeras transformações, ou seja, um período de modificações adversas
enquanto rupturas de mudanças de padrões tradicionais da família nuclear,
cultura, as diversas manifestações das expressões da questão social e dentre
outras, todos esses processos estão refletindo na realidade do cotidiano
escolar. Desta forma, a escola precisa estar condicionada ou adaptada para
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essas transformações ocorridas nas sociedades, mediante à todo esse
processo e ao sucateamento da educação como política social.
A realidade brasileira apresenta dados alarmantes na Educação,
Backx (2008) ressalta que:
Não existe escola para todos os níveis; 41% dos jovens na terminaram ensino médio; 2/3 dos jovens entre 15 e 17 anos não estão na escola; são elevados os índices de evasão e repetência escolar e analfabetismo. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica mostra que, entre 1995 e 2001, o desempenho discente piorou. Em 2002; 74% dos que se submeteram à avaliação do ensino médio (Enem) tiveram desempenho insuficiente. Vale lembrar que, para o ensino médio, de cada cem estudantes, sessenta não o concluem, e que 53% dos alunos estão atrasados na escola. (p. 122)
Diante disso, apresentaremos uma outra situação pertinente a esta
discussão, à leitura social do fracasso escolar. Segundo Amaro: “é uma
questão de classe social, que acaba por ser agravada na falta de uma política
educacional que seja realmente comprometida com os interesses e
necessidades dos pobres”. (1997). Aliado a esta contexto, encontra-se uma
profissão até então muito desconhecida na referida área. Sendo assim, faz-se
necessário salientar algumas considerações sobre essas atribuições e
competências do Serviço Social para a realidade do contexto educacional.
Para Martins (1999), essa profissão tem contribuição de observar que nos dias
atuais, a escola não esta preparada com a realidade social dos seus alunos e
de suas famílias, diante desses inúmeros problemas, ou seja, dessas
manifestações das expressões da questão social, se torna grande o número
das demandas emergentes, resultado da questão social, todavia compreende-
se a inserção do Serviço Social no contexto escolar, que se insere neste
espaço com o objetivo de receber e encaminhar estas demandas.
Neste sentido, Iamamoto (1998) ressalta que:
O desafio é re-descobrir alternativas e possibilidades p/o trabalho profissional no cenário atual, traçar horizontes para a formulação de propostas que façam frente à questão social e que sejam solidárias com o modo de vida daqueles que a vivenciam, não só como vítimas, mas como sujeitos que lutam
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pela preservação e conquista da sua vida, da sua humanidade, essa discussão é parte dos rumos perseguidos pelo trabalho profissional contemporâneo. (p. 75)
A presença do Serviço Social nas escolas expressa uma tendência
de compreensão da própria educação em uma dimensão mais integral,
envolvendo os processos sócio-institucionais e as relações sociais, familiares e
comunitárias que fundem uma educação cidadã, articuladora de diferentes
dimensões da vida social como constitutivas de novas formas de sociabilidade
humana, nas quais o acesso aos direitos sociais é crucial. Desta maneira a
inserção do Serviço Social na escola contribui também com ações que tornem
a educação como uma prática de inclusão social na forma de cidadania e
emancipação dos sujeitos sociais.
Desta forma, entende-se que tanto o Serviço Social como a escola
trabalham diretamente com a educação, pois ambos compartilham do mesmo
objetivo, tornar o indivíduo a possibilidade de ser tornarem conscientes e
sujeitos de sua própria história.
Com a perspectiva de incluir aqueles que se encontram em processo
de exclusão social. Abordando sobre o assunto, Santos (2005) acredita que:
“Umas das maiores contribuições que o Serviço Social pode fazer na área da
educacional é a aproximação da família no contexto escolar”. É intervindo na
família, através do trabalho de grupos com os pais, que se mostra a
importância da relação escola-aluno-família. O Assistente Social poderá
diagnosticar os fatores sociais, culturais e econômicos que determinam a
problemática social no campo educacional e, consequentemente, trabalhar com
um método preventivo destes, no intuito de evitar que o ciclo se repita
novamente”.
Nesse sentido, é preciso elucidar que os problemas sociais não
podem ser enfrentados como situações autônomas, sem relação com as
causas estruturais que os produzem. Entretanto o Serviço Social contribuirá
para a resolutividade desses problemas sociais perpassadas no âmbito
escolar, as quais possam desdobrar-se em atendimentos sociais aos alunos,
suas famílias ou até mesmo comunidade em geral, através de
encaminhamentos, informações, orientações, elaborações e implantação de
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projetos de cunho educativos, etc. Nessa ótica, parte-se do pressuposto que o
profissional de Serviço Social contribua com o encontro da educação e a
realidade social do aluno, da família e da comunidade, a qual esteja inserido.
Portanto, Martins (2007) aborda sobre a dimensão educativa que envolve a
atuação do Serviço Social:
O papel educativo do Assistente Social é no sentido de elucidar, desvendar a realidade social de todos os seus meandros, socializando informações que possibilitem a população ter uma visão crítica que contribua com a mobilização social visando a conquista dos seus direitos. (p. 135).
Ainda consonância, Cardoso e Maciel (2000), ressaltam que:
É incontestável a função educativa desempenhada pelo Serviço Social nos diferentes espaços ocupacionais. Tal função caracteriza-se pela incidência dos efeitos das ações, interferindo na formação de subjetividades e normas de condutas, elementos estes constitutivos de um determinado modo de vida ou cultura”. (p. 142).
O Serviço Social hoje, busca fundamenta-se sua formação
profissional através desses novos espaços sócio-ocupaiconais, é nessa
perspectiva, que o Serviço Social busca construir um perfil profissional na
Política Educacional. Desta forma, o Serviço Social é uma profissão que vem
acompanhando todas as transformações da sociedade e construiu um projeto
profissional, denominado Projeto Ético-Político, expressando todo o seu
compromisso de categoria com a construção de uma nova ordem societária
com democracia, justiça e a garantia de direitos universais. Esse projeto tem
em seus princípios pautados em Lei 8662/93, no Código de Ética Profissional
de 1993 e nas diretrizes curriculares com o redmensionamento no seu
referencial teórico e metodológico. Assim, para enfatizar as competências do
profissional de Serviço Social, Japiassu (2001) afirma que:
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O Serviço Social pode assumir competências nas escolas para contribuir não apenas educativas, mas cognitiva e social assumindo um papel importante no trabalho conjunto, interdisciplinar na escola, no sentido de interação, integração, interpretação das idéias, da comunicação, dos saberes, da metodologia, dos procedimentos específicos de cada profissão que se unem para atender uma problemática comum”. (p. 7)
Sendo assim compreende-se que a contribuição do Serviço Social é
de suma relevância, no que tange aos problemas sociais, os quais ultrapassam
as questões pedagógica do aprender e o ensinar. É nessa realidade que sua
inserção torna-se fundamental, na execução da resolutividade em
atendimentos sociais aos alunos, seus familiares e comunidade. Nessa ótica,
parte-se do pressuposto que para atingir ao aluno de forma integral, é
necessário intervir em sua família.
É importante salientar que o profissional de Serviço Social possui
toda preparação técnica-metodológica diante de todas essas situações da
questão social. Segundo Almeida (2000), as demandas provenientes do setor
educacional, no que se refere a sua ação ou fazer profissional do Serviço
Social, recaem em diversas situações, ainda conforme o CFESS (2001) os
problemas sociais a serem combatidos pelo Serviço Social na escola são:
• Baixo rendimento escolar;
• Evasão escolar;
• Desinteresse pelo Aprendizado;
• Problemas com disciplina;
• Insubordinação a qualquer limite ou regra escolar;
• Vulnerabilidade às drogas;
• Atitudes e comportamentos agressivos e violentos (p. 23).
Para Martins (1999) os objetivos da prática profissional do Serviço
Social no setor educacional são:
• Contribuir para o ingresso, regresso, permanência e sucesso da criança e adolescente na escola;
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• Favorecer a relação família-escola-comunidade ampliando o espaço de participação destas escolas, incluindo a mesma no processo educativo;
• Ampliar a visão social dos sujeitos envolvidos com a educação, decodificando as questões sociais;
• Proporcionar articulações entre educação e as demais políticas sociais e organizações do terceiro setor, estabelecendo parcerias, facilitando acesso da comunidade escolar aos seus direitos;
• Melhorar as condições de vida e sobrevivência das famílias e alunos;
• Maximizar a utilização dos recursos da comunidade;
• Ampliar o acervo de informações e conhecimentos, a cerca do social na comunidade escolar. (p. 70)
Ao nos referimos a todo esse processo que desencadeia a inserção
do Serviço Social na escola, ilustraremos a atual dessa profissão.
Quanto a Ação Social, os objetivos primordiais são:
• Analisar a realidade para identificar as necessidades reais e desenvolver possíveis soluções;
• Desenvolver atividades que busquem resgatar crianças, adolescentes e jovens em situações de risco ou à margem da sociedade, tirando-o da exclusão social;
• Adotar medidas para atender às necessidades físicas e materiais mais imediatos dessas crianças e jovens, por meio de ação preventiva e assistência direta;
• Empreendedor esforço especial para criar um ambiente estável em que as crianças, jovens e adolescentes se sintam respeitados, valorizados e amados. Mediante programas de aconselhamento e desenvolvimento pessoal, e de pequenos projetos que ele próprios possam realizar, desenvolver sua autonomia e restaurar sua auto estima;
• Estar atentos às necessidades do conjunto da família, agindo gradualmente para a reintegração, naquelas situações em que isso é possível, e para a reconciliação onde se faz necessária.
• Ajudar os jovens a adquirir as atividades e habilidades e atitudes de que necessitam para ser integrarem melhor na sociedade (Maristas, 1998).
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Sendo assim compreende-se que o Serviço Social trabalha no
sentido educativo, e que reitera-se a analogia de sua profissão através da
consolidação da participação, da democracia, da autonomia e cidadania dos
alunos e famílias no contexto escolar. De acordo com o exposto, destacam-se
os princípios fundamentais da profissão, reiterados no Código de Ética do
Serviço Social (1993):
• Reconhecimento da Liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes-autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;
• Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;
• Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda a sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;
• Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida;
• Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
• Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e a discussão das diferenças;
• Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;
• Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero;
• Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores;
• Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física;
• Defesa do aprofundamento da democracia, em quanto socialização da participação política da riqueza social produzida (Brasil, 1993. p. 1).
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Historicamente, o Brasil tem sido considerado um país com grande
índice de atraso educacional, apresentado como um dos problemas estruturais
de maior gravidade no território brasileiro. E como elucidado anteriormente, é
dever do Estado priorizar políticas sociais no que tange a área de ensino, de
modo que controle a desigualdade social, cujos níveis de atuação tem se
expressado diretamente na educação. Nesse contexto, entende-se que não
basta somente querer só modificar dados estatísticos, se precisa criar
mecanismos necessários para que haja a continuidade de um ensino de
respeito e qualidade.
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CONCLUSÃO
Assim, concluímos o artigo, a pesquisa buscou elucidar algumas
reflexões sobre o direito a Educação. Esse estudo foi pensado a partir da
premissa de emancipação,democracia e exercício a cidadania.
Sabe-se que na atual conjuntura da realidade contemporânea, a
educação vem sendo perpassada por inúmeros fatores sociais, políticos,
econômicos e culturais.
As reformas educacionais no Brasil ocorreram mediante as crises
nacionais do sistema capitalista. Desta forma, a educação passa a ficar
inúmeras vezes em segundo plano. O governo pouco investe justificando-se a
dívida externa, e com isso o setor privado se amplia, sem nenhum interesse em
democratizar o ensino, ou seja, torna-lo acessível para classe mais
desfavorecida economicamente,sedimentando o fator excludente no país.
Como já relatado anteriormente, o Brasil não é um país pobre,e sim
desigual,nesse sentido,tem-se a compreensão de quão árduo torna-se sofrido
o processo de sucateamento da educação como política social.
A Constituição Federal garante em seu preâmbulo a igualdade como
um dos valores supremos de uma sociedade fraterna. Desta forma, o Estado
não pode assistir por meio de políticas publicas apenas uma parcela da
população.
Nesse quadro, a consolidação desse direito é imprescindível; ele
está garantido em lei, A disseminação e a universalização da educação escolar
de qualidade como um direito da cidadania são o pressuposto civil de uma
cidadania universal. A educação, com isto, sinaliza a possibilidade de uma
sociedade mais igual e humana.
Defende-se, portanto, que a proposta do estudo é defender a
educação como direito fundamental para toda sociedade brasileira.
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ANEXOS
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
LEI N° 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993.
Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências O
PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º É livre o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território
nacional, observadas as condições estabelecidas nesta lei.
Art. 2º Somente poderão exercer a profissão de Assistente Social:
I - Os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social,
oficialmente reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior
existente no País, devidamente registrado no órgão competente;
II - os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de
graduação ou equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado
em países estrangeiros, conveniado ou não com o governo brasileiro, desde
que devidamente revalidado e registrado em órgão competente no Brasil;
III - os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos
vários órgãos públicos, segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da
Lei nº 1.889, de 13 de junho de 1953.
Parágrafo único. O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio
registro nos Conselhos Regionais que tenham jurisdição sobre a área de
atuação do interessado nos termos desta lei.
Art. 3º A designação profissional de Assistente Social é privativa dos
habilitados na forma da legislação vigente.
Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:
I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da
administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações
populares;
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II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que
sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade
civil;
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e
à população;
IV - (Vetado);
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de
identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de
seus direitos;
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a
análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta
e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias
relacionadas no inciso II deste artigo;
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada
às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e
sociais da coletividade;
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de
Unidade de Serviço Social;
XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios
e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta,
empresas privadas e outras entidades.
Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas,
planos, programas e projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de
Serviço Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e
indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e
pareceres sobre a matéria de Serviço Social;
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V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como
pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e
adquiridos em curso de formação regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de
graduação e pós-graduação;
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa
em Serviço Social;
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões
julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais,
ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados
sobre assuntos de Serviço Social;
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e
Regionais;
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou
privadas;
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira
em órgãos e entidades representativas da categoria profissional.
Art. 6º São alteradas as denominações do atual Conselho Federal de
Assistentes Sociais (CFAS) e dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais
(CRAS), para, respectivamente, Conselho Federal de Serviço Social (CFESS)
e Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS).
Art. 7º O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos
Regionais de Serviço Social (CRESS) constituem, em seu conjunto, uma
entidade com personalidade jurídica e forma federativa, com o objetivo básico
de disciplinar e defender o exercício da profissão de Assistente Social em todo
o território nacional.
1º Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) são dotados de
autonomia administrativa e financeira, sem prejuízo de sua vinculação ao
Conselho Federal, nos termos da legislação em vigor.
2º Cabe ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e aos Conselhos
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Regionais de Serviço Social (CRESS), representar, em juízo e fora dele, os
interesses gerais e individuais dos Assistentes Sociais, no cumprimento desta
lei.
Art. 8º Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade
de órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições:
I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão
de Assistente Social, em conjunto com o CRESS;
II - assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário;
III - aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de
deliberação do conjunto CFESS/CRESS;
IV - aprovar o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais juntamente
com os CRESS, no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS;
V - funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional;
VI - julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas pelos
CRESS;
VII - estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados;
VIII - prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou
privados, em matéria de Serviço Social;
IX - (Vetado) .
Art. 9º O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins desta lei
darse-á nas reuniões conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais, que
inclusive fixarão os limites de sua competência e sua forma de convocação.
Art. 10. Compete aos CRESS, em suas respectivas áreas de jurisdição, na
qualidade de órgão executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes
atribuições:
I - organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o
cadastro das
instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos;
II - fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na
respectiva região;
III - expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva
taxa;
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IV - zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como
Tribunais Regionais de Ética Profissional;
V - aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional;
VI - fixar, em assembléia da categoria, as anuidades que devem ser pagas
pelos Assistentes Sociais;
VII - elaborar o respectivo Regimento Interno e submetê-lo a exame e
aprovação do fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS.
Art. 11. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) terá sede e foro no
Distrito Federal.
Art. 12. Em cada capital de Estado, de Território e no Distrito Federal, haverá
um Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) denominado segundo a sua
jurisdição, a qual alcançará, respectivamente, a do Estado, a do Território e a
do Distrito Federal.
§1º Nos Estados ou Territórios em que os profissionais que neles atuam não
tenham possibilidade de instalar um Conselho Regional, deverá ser constituída
uma delegacia subordinada ao Conselho Regional que oferecer melhores
condições de comunicação, fiscalização e orientação, ouvido o órgão regional e
com homologação do Conselho Federal.
§2º Os Conselhos Regionais poderão constituir, dentro de sua própria área de
jurisdição, delegacias seccionais para desempenho de suas atribuições
executivas e de primeira instância nas regiões em que forem instalados, desde
que a arrecadação proveniente dos profissionais nelas atuantes seja suficiente
para sua própria manutenção.
Art. 13. A inscrição nos Conselhos Regionais sujeita os Assistentes Sociais ao
pagamento das contribuições compulsórias (anuidades), taxas e demais
emolumentos que forem estabelecidos em regulamentação baixada pelo
Conselho Federal, em deliberação conjunta com os Conselhos Regionais.
Art. 14. Cabe às Unidades de Ensino credenciar e comunicar aos Conselhos
Regionais de sua jurisdição os campos de estágio de seus alunos e designar
os Assistentes Sociais responsáveis por sua supervisão.
Parágrafo único. Somente os estudantes de Serviço Social, sob supervisão
direta de Assistente Social em pleno gozo de seus direitos profissionais,
poderão realizar estágio de Serviço Social.
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Art. 15. É vedado o uso da expressão Serviço Social por quaisquer pessoas de
direito público ou privado que não desenvolvam atividades previstas nos arts.
4º e 5º desta lei.
Parágrafo único. As pessoas de direito público ou privado que se encontrem na
situação mencionada neste artigo terão o prazo de noventa dias, a contar da
data da vigência desta lei, para processarem as modificações que se fizerem
necessárias a seu integral cumprimento, sob pena das medidas judiciais
cabíveis.
Art. 16. Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores dos
dispositivos desta Lei:
I - multa no valor de uma a cinco vezes a anuidade vigente;
II - suspensão de um a dois anos de exercício da profissão ao Assistente Social
que, no âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de
Ética, tendo em vista a gravidade da falta;
III - cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de
reincidência contumaz.
§1º Provada a participação ativa ou conivência de empresas, entidades,
instituições ou firmas individuais nas infrações a dispositivos desta lei pelos
profissionais delas dependentes, serão estas também passíveis das multas
aqui estabelecidas, na proporção de sua responsabilidade, sob pena das
medidas judiciais cabíveis.
§2º No caso de reincidência na mesma infração no prazo de dois anos, a multa
cabível será elevada ao dobro.
Art. 17. A Carteira de Identificação Profissional expedida pelos Conselhos
Regionais de Serviço Social (CRESS), servirá de prova para fins de exercício
profissional e de Carteira de Identidade Pessoal, e terá fé pública em todo o
território nacional.
Art. 18. As organizações que se registrarem nos CRESS receberão um
certificado que as habilitará a atuar na área de Serviço Social.
Art. 19. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será mantido:
I - por contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS, em
percentual a ser definido pelo fórum máximo instituído pelo art. 9º desta lei;
II - por doações e legados;
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III - por outras rendas.
Art. 20. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos
Regionais de Serviço Social (CRESS) contarão cada um com nove membros
efetivos: Presidente, Vice-Presidente, dois Secretários, dois Tesoureiros e três
membros do Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos dentre os Assistentes
Sociais, por via direta, para um mandato de três anos, de acordo com as
normas estabelecidas em Código Eleitoral aprovado pelo fórum instituído pelo
art. 9º desta lei.
Parágrafo único. As delegacias seccionais contarão com três membros
efetivos: um Delegado, um Secretário e um Tesoureiro, e três suplentes, eleitos
dentre os Assistentes Sociais da área de sua jurisdição, nas condições
previstas neste artigo.
Art. 21. (Vetado).
Art. 22. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais terão legitimidade para
agir contra qualquer pessoa que infringir as disposições que digam respeito às
prerrogativas, à dignidade e ao prestígio da profissão de Assistente Social.
Art. 23. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 24. Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, a Lei nº
3.252, de 27 de agosto de 1957.
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