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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA MARKETING PESSOAL/ VOCÊ É A SUA MARCA Murilo Barbosa de Almeida Orientador Prof. Mario Luiz Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

MARKETING PESSOAL/

VOCÊ É A SUA MARCA

Murilo Barbosa de Almeida

Orientador

Prof. Mario Luiz

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

MARKETING PESSOAL/

VOCÊ É A SUA MARCA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Marketing

Por: Prof. Mario Luiz.

3

AGRADECIMENTOS

A minha mãe, minha irmã, minha

sobrinha, meu filho e minha namorada

pela confiança e força que me deram

durante todo o meu período de

ausência e, ao meu gestor por me

apoiar.

4

5

DEDICATÓRIA

Dedico ao meu filho Murilo Junior, que é a

verdadeira razão da minha vida e a minha

namorada Glaucia Kelly que esteve ao

meu lado todo tempo, me incentivando e

me dando total apoio para conclusão,

mesmo diante das adversidades, sem me

deixar perder a esperança e desistir deste

aprendizado, que é enriquecedor.

6

RESUMO

Desde os tempos mais remotos o Marketing se faz presente, no início

como base de troca.

Apenas na década de 50 ele começa a tomar forma e torna-se força

presente na administração, após descobertos erros a “satisfação” do cliente

como foco. Tornando as empresas mais competitivas, capazes e focadas em

público o Marketing encanta seus clientes, com a obrigação de se reinventar

no decorrer do tempo, nos dias atuais o apelo ecológico e suas vertentes são

mais do que meras pautas em suas ações.

O Marketing tem suas fórmulas e tradicionalmente é composta pelos 4

P’s (Produto, Preço, Praça e Promoção) que vieram se adaptando no decorrer

do tempo e hoje são Pessoas, Processos, Programas e Performance.

Uma das suas variáveis o Endomarketing vem para tratar do indivíduo,

da pessoa. Algumas empresas trabalham nessa vertente, no cliente interno,

focando na motivação e na autoestima dos seus colaboradores.

Como forma de “Promoção Pessoal” o Marketing Pessoal se reporta ao

sucesso do indivíduo enquanto profissional, quando bem aplicada.

Com um conjunto de estratégias individuais visa os contatos,

relacionamentos. Afim de alavancar positivamente seu nível profissional e em

todos os setores e níveis.

Marketing Pessoal exige, paciência, disciplina, perseverança,

determinação e uma dose extra de autoestima. Mesmo assim é importante

seguir algumas técnicas como: Capacidade de comunicação, Postura

profissional adequada, Cuidados com a aparência, Criatividade e Inovação,

Humildade.

Todos esses fatores juntos e somados ao Network e Motivação Pessoal

de realizar uma tarefa, fazem do seu Marketing Pessoal armas poderosas para

o Sucesso

7

METODOLOGIA

A necessidade de busca de informação para conclusão deste

trabalho se deu, pelo fato de tentar conhecer melhor como o cliente (interno ou

externo) de uma empresa, se posiciona perante as novas exigências e

prioridades pessoais.

Pensando nisso a pesquisa bibliográfica foi utilizada neste

levantamento, considerando leituras em livros, jornais, revistas e artigos.

Algumas palestras também foram bastante pertinentes e ajudaram muito na

elaboração do conteúdo.

A pesquisa envolve todas as variáveis que da palavra “marketing”.

8

SUMÁRIO

RESUMO

METODOLOGIA

CAPITULO I – EVOLUÇÃO DO MAKETING

CAPÍTULO II - FUNDAMENTOS DO MARKETING

CAPITULO III - MIX MARKETING

CAPÍTULO IV - ENDOMARKETING

CAPITULO V - FUNDAMETOS DO MARKETING PESSOAL

CAPITULO VI - INVISTA EM VOCÊ

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

ÍNDICE

FOLHA DE AVALIAÇÃO

9

INTRODUÇÃO

Já sabemos, que desde os tempos mais longínquos sabemos da real

importância no Marketing na vida Pessoal e Profissional, levando como

princípio as relações pessoais.

Quando Theodore Levitt enumerou os erros cometidos nas relações

das empresas com seus clientes, começou não só uma percepção mas uma

padronização de métodos administrativos para, cada vez mais ter uma

aproximação com seu público e, sendo assim, como resultado um

encantamento com seu cliente e uma satisfação cada vez mais garantida.

Todos nós compreendemos e concordamos que o Marketing tornou-se

uma arma poderosa para, não só sobreviver, mas manter-se vivo nesse

mercado cada vez mais acirrado e competitivo. Administradores como, Peter

Ducker, Theodore Levitt e Philip Kotler entenderam que havia uma real

necessidade de mudar a visão de mercado, padronizar novos métodos e ações

e assim, ter uma condição mais assertiva e obter sucesso em suas incursões

no mercado.

O tema sempre foi tratado como maestria pelos pensadores,

administradores e especialistas do ramo, levando assim a uma prática de

acertos, posturas e processos, ao longo do tempo vem sendo lapidada para

atender cada vez mais a demanda do mercado e é nesse trabalho que vamos

abordar o indivíduo como centro das práticas de Marketing. Vale lembrar que

as ações em Marketing pessoal existem fórmulas, técnicas e práticas bem

definidas para que o indivíduo tenha sucesso em suas performances Pessoais

e Profissionais, obtendo assim chances maiores de sucesso.

10

CAPÍTULO I

A EVOLUÇÃO DO MARKETING

O marketing apresenta uma evolução histórica desde os tempos

mais antigos, quando utilizavam feiras para trocas de mercadorias. As

pessoas utilizavam as mercadorias como moeda, prática conhecida como

escambo.

Em meados de 1950, no período pós-guerra, surgiu a

necessidade de pesquisas de mercado. Peter Drucker (1954) lança seu

livro “A Prática da Administração”, onde marketing é colocado como uma

força poderosa a ser considerada pelos administradores.

Theodore Levitt (1960), professor da Harvard Business School,

escreveu um artigo na revista Harvard Business Review intitulado "Miopia de

Marketing" que revelou uma série de erros de percepções e mostrou a

importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mundo

dos negócios. O vender a qualquer custo deu lugar à satisfação garantida.

Após este período as marca Coca-Cola, Sears e Marlboro, dentre

outras, renasceram. Philip Kotler (1967), lança a primeira edição de seu

livro "Administração de Marketing", onde reuniu, revisou, testou e consolidou

as bases daquilo que até hoje formam as “normas do marketing”. Nesta

mesma época ocorreu um maior avanço de industrialização mundial, que fez

com que houvesse uma acirrada competição entre as empresas e, uma

maior disputa pelos mercados.

A simplicidade do processo de produção e de vendas de produtos

e serviços de qualidade, já não eram suficientes para o alcance de receitas

e lucros vislumbrados pelas empresas. O cliente passou a ter o poder de

escolha, selecionando qual das alternativas disponíveis no mercado lhe

proporcionaria a melhor relação entre custo e benefício.

11

Nos anos 70 surgiram os departamentos e diretorias de marketing

nas grandes empresas. Não se tratava mais de uma boa ideia, mas de uma

necessidade de sobrevivência. Nesta época que se multiplicam os

supermercados, shoppings e franchises. O marketing passou a contribuir de

forma notória no meio empresarial e, rapidamente passou a ser adotado em

outros setores da atividade humana.

O governo, as organizações civis, as entidades religiosas e os

partidos políticos passaram a valer-se das estratégias de marketing

adaptando-as às suas realidades e necessidades. O marketing envolve

então questões financeiras , e a teoria de " Vender a qualquer custo " foi

substituída pela " Satisfação em primeiro lugar ".

Hoje em dia o marketing esta em praticamente todas as áreas.

As organizações, reconhecendo que a decisão final sobre a

compra dos produtos estaria nas mãos dos clientes, começaram a criar e

desenvolver técnicas como pesquisa de mercado, comunicação das

qualidades e benefícios dos produtos em veículos de massa, expansão e

diversificação dos canais de distribuição, adequação de produtos e serviços

de acordo com as necessidades e desejos dos clientes.

O avanço tecnológico dos anos 90 teve um forte impacto no

mundo do marketing. O comércio eletrônico foi uma revolução na logística,

distribuição e formas de pagamento. O CRM (Customer Relationship

Management) e o serviços de atendimento ao consumidor, entre outras

inovações, tornaram possível uma gestão de relacionamento com os

clientes em larga escala. E como se isso não fosse o suficiente, a Internet

chegou como uma nova via de comunicação.

Outra tendência do período foi o fortalecimento do conceito de

marketing social/ambiental, no qual se tornou uma exigência de mercado

haver uma preocupação com o bem-estar da sociedade e a preservação da

natureza.

A satisfação do consumidor e a opinião pública, passou a estar

diretamente ligada a participação das organizações em causas sociais e

12

ambientais, e a responsabilidade social transformou-se numa vantagem

competitiva.

Na virada do milênio ocorreu à segmentação da televisão a cabo,

a popularidade da telefonia celular e a democratização dos meios de

comunicação especialmente via Internet. Nos primeiros anos desta década

surgiram uma infinidade de pesquisas e publicações sobre webmarketing e

comércio eletrônico. Isso revolucionou tanto a logística como a oferta de

produtos, e o cliente passou a ter informações e poder de barganha nunca

antes vistos.

Era de se esperar que isso influenciasse a maneira com a qual os

consumidores interagiam com as empresas e entre si. A mídia espontânea,

conseguida por esforços de assessoria de imprensa, relações públicas e

marketing social, começam a tomar o espaço da propaganda tradicional.

Fhilip Kotler (2011, p.2) escreveu:

“O marketing esta em toda parte. Formal ou

informalmente pessoas e organizações envolvem-se em

um grande número de atividades que poderiam ser

chamadas de marketing. O Bom marketing tem se

tornado um ingrediente cada mais indispensável para o

sucesso nos negócios. E o marketing afeta

profundamente a nossa vida cotidiana, ele está em tudo o

que fazemos – das roupas que vestimos aos sites que

clicamos, passando pelos anúncios que vemos.”

Muitas pessoas, ainda no mundo moderno, pensam em marketing

apenas como o processo de vendas ou propaganda. Tal fato se deve

porque todos os dias ocorrem bombardeios de comerciais de televisão,

anúncios de jornais e revistas, mala-direta, outdoors, e telemarketing-ativo.

Alguém está sempre tentando vender alguma coisa.

13

Na realidade a questão de vendas e propaganda, é apenas um

pequeno pedaço deste complexo universo chamado marketing. A

Administração Mercadológica dentro de sua perspectiva focalizando-o como

função empresarial integra o conjunto de funções desempenhadas na

empresa, como produção, finanças, logística, recursos humanos, sistemas

de informação, engenharia de produtos, pesquisa tecnológica, entre outras.

Desta forma a função de marketing engloba a tomada de

decisão, a gestão de recursos, a coordenação de processos e a avaliação

de resultados, como qualquer outra função empresarial.

Em sua base fundamental encontramos o conceito de troca e

esta área da administração diz respeito ao relacionamento comercial entre a

empresa e o cliente.

Traduzindo a palavra Marketing (Market + ing) significa algo como

“ Mercado em Ação”. Mercadologia em essência é usar todas as

ferramentas e recursos possíveis de uma empresa para satisfazer as

necessidades e desejos de seus clientes.

Para que aconteça um bom relacionamento entre empresa e

cliente é necessária a presença de cinco fatores: dois elementos envolvidos,

cada um dos membros possuírem algo que desperte interesse ao outro,

possibilidade de comunicação e entrega, liberdade das duas partes para

aceitar ou não uma proposta e que cada um se julgue apto para atender as

necessidade e desejos do outro.

O marketing e suas ferramentas definirão as estratégias de uma

empresa ao se posicionar no mercado.

Através do marketing a empresa usará as ferramentas

disponíveis para abordar, fazer parte da decisão e gerar fidelidade junto aos

clientes.

O Marketing evolui muito nos últimos anos e para poder medir

parte desta evolução podemos tomar como base os escritores Kotler e

Keller que lançaram a primeira edição do Livro “Administração de Marketing”

há 45 anos com conceitos inovadores a ponto de mudarem as pessoas e o

modo com que viam o Marketing.

14

Hoje o livro já está na 14ª Edição e mantem a mesma

característica da obra de 45 anos atrás.

O Marketing vem sofrendo várias influências em todos os

ambientes, principalmente os tecnológicos, ambientais e naturais, motivo

pela qual a 14ª edição enfatiza cada uma dessas áreas, que aborda temas

como o marketing em tempos de recessões e crises econômicas, o avanço

da sustentabilidade e do marketing “verde” e o crescente desenvolvimento

do marketing digital.

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CAPÍTULO II

FUNDAMENTOS DO MARKETING

Marketing é fundamentalmente, tornar as empresa mais

competitiva e capaz de atender aos interesses de seus consumidores,

utilizando para isso a arte e a ciência de escolher o mercado alvo e

conquista-lo, reter e cultivar os clientes com criações, comunicações e

fornecimento de valor agregado superior a expectativa do cliente, atingindo

desta forma o encantamento do cliente.

De acordo com Kotler (2003, p 13), “marketing é a função

empresarial que identifica necessidades e desejos insatisfeitos, define e

mede sua magnitude e seu potencial e rentabilidade, específica que

mercados-alvo serão mais bem atendidos pela empresa, decide sobe

produtos, serviços e programas adequados para servir a esses mercados

selecionados e convocam a todos na organização para pensar no cliente e

atender ao cliente”.

O Marketing pode ser considerado como o divulgador do produto,

ou seja, como o produto pode ser conhecido pelo mercado e principalmente

pelos seus clientes. O melhor produto, o produto mais útil e o mais barato

do mundo ficará na prateleira juntando poeira e manchas, sendo

desvalorizado e perdendo a sua validade, se não for feito seu marketing. Se

ninguém o conhecer, logo ninguém irá comprar afirma CORTEZ, (2004,

p.90).

Visando sempre benefícios específicos, o mercado pode ser

entendido como atividades sistemáticas de uma organização humana, ou

seja: voltado para buscar e realizar as mudanças de bens e serviços.

Um bom planejamento de marketing dita as regras de como a

empresa vai conseguir atingir seus objetivos e encontrar novos nichos e/ou

oportunidades pretendidas.

16

Um marketing bem feito consegue visualizar o mercado pela ótica

do cliente.

Marketing é resumidamente, fazer mercado, mas, com um

propósito que é buscar a satisfação e as necessidades do consumidor,

disponibilizando produtos ou serviços com qualidade e preços acessíveis.

Paira no ar sempre o grande desafio das empresas que é: criar

grandes marcas que satisfaça aos clientes por uma longa data, como por

exemplo, temos a “Coca Cola”.

De acordo com CARVALHAL (2005, p.113), “marketing é uma

ciência ou técnica que permite o planejamento de uma clínica ou

consultórios de forma que as formas ambientais possam contribuir para o

atingimento do objetivo desejado”.

Para KOTLER (1998, p.37), “o conceito de marketing assume que

a chave para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz

do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing,

satisfazendo, assim, as necessidades e desejos dos mercados – alvos”.

Já para Sandhussen (1998, p. 08) “marketing é o processo de

planejar a concepção, o preço, a promoção e a distribuição de bens e

serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e

organizacionais”.

As empresas devem inovar constantemente mesmo que para isso

tenham alguns insucessos, se as empresas não tentarem a inovação

constantemente, estarão fadadas ao fracasso.

Atualmente os clientes possuem acesso a todas as informações

dos produtos e, até mesmo, das empresas fabricantes, fornecedoras ou

distribuidoras dos produtos. A internet proporciona ao consumidor, uma

informação rápida e segura da qualidade e do atendimento, sejam nos sites

das empresas ou até mesmo nas redes sociais como facebook.

Não podemos deixar de lembrar também da questão

socioambiental.

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Em uma palestrada ministrada por Kotler (2013), ele disse: “os

consumidores de hoje estão consumindo de empresas que possuem cada

vez mais uma preocupação com algum tipo de questão socioambiental”.

O futuro das empresas deve estar alinhado com essas diretrizes e

com elas possuírem visão, missão e valores. "Entre aquilo que é certo e

aquilo que é lucrativo, as empresas 3.0 preferem o certo.

Elas abrem mão de algum lucro momentâneo para embutir em seu DNA um

padrão de responsabilidade social". Ainda destaca que se antes a máxima

era: "o que é bom para a empresa, é bom para a sociedade', hoje, "o que é

bom para a sociedade, é bom para a empresa".

Hoje, fala-se muito sobre meio ambiente, efeito estufa, uso

racional dos recursos não-renováveis, em reaproveitamento e reciclagem de

materiais. Mas, pouco se fala em responsabilidade socioambiental, que

nada mais é do que fazermos a nossa parte englobando todos os itens

citados acima. E, principalmente, dentro das empresas, sendo os escritórios

com maior potencial em se discutir e realizar com êxito essa

responsabilidade.

A responsabilidade empresarial frente ao meio ambiente é

centrada na análise de como as empresas interagem com o meio em que

habitam e praticam suas atividades fazendo com que sua imagem se

fortaleça de forma positiva perante aos seus clientes diante dos mercados

em que atuam, dos seus colaboradores, concorrentes e fornecedores.

Devem representar o seu compromisso contínuo com a ética e o

desenvolvimento econômico promovendo, ao mesmo tempo, a melhoria da

qualidade de vida como um todo (funcionários, clientes e fornecedores).

Porém, a empresa só terá sucesso socioambiental se for capaz

de ouvir os interesses das diferentes partes (sócios, funcionários,

fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e

conseguir incorporá-los na sua realidade local, tornando-se, assim, mais

bem preparadas para assegurar a sustentabilidade em longo prazo dos

negócios, por estarem sincronizadas com as novas dinâmicas que afetam a

sociedade e o mundo empresarial.

18

Para tal, basta que a responsabilidade socioambiental seja

aplicada não somente ao produto final e sim ser difundido ao longo de todo

e qualquer processo produtivo, ou seja, do atendimento telefônico à entrega

dos documentos ao cliente, do responsável pela limpeza ao diretor-

executivo da empresa.

Um exemplo simples e fácil de visualizar é a impressão de

documentos em demasia. A economia que se fará em documentos

digitalizados em PDF e enviados ao cliente por e-mail reduz o custo em

papéis, tonners e afins.

Com essa economia, melhorias podem ser realizadas na

empresa e até mesmo retornar como bônus salarial ao funcionário que,

sentindo-se valorizado por esse ato, se encarregará de dar continuidade a

esse conceito tão difundido atualmente: responsabilidade social de mãos

dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável.

Temos como exemplo a “Natura” que é uma multinacional

brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza. É líder no setor de

venda direta no Brasil.

Atualmente, possui mais de 20 linhas de produtos, com

operações na Argentina, Bolívia, Chile, México, Peru, Colômbia e França.

Em dezembro de 2012, a empresa adquiriu de 65% da fabricante

australiana de cosméticos Aesop, a qual atua em países da Oceania, Ásia,

Europa e América do Norte.

A marca, líder em higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no

Brasil, acaba de receber a certificação B Corp e reforça um movimento

global de empresas conectadas para a promoção de uma sociedade mais

sustentável. Com isso, a companhia torna-se a primeira empresa B Corp de

capital aberto da América Latina e a maior do mundo, em receita e número

de colaboradores.

A Natura recentemente também apresentou sua nova Visão de

Sustentabilidade, abordando as diretrizes que nortearão a sua atuação

empresarial até 2050, com ambições e compromissos até 2020. Entre os

princípios que orientaram o desenvolvimento desse novo modelo de atuação

19

estão a economia circular; incentivo ao consumo consciente;

responsabilidade pela cadeia de valor; geração de impacto social por meio

de incentivo a educação e novos modelos de negócios sustentáveis.

A sociedade atribuirá maior valor àquelas companhias que

exercerem um papel de agente de transformação socioambiental.

20

CAPÍTULO III

MIX DE MARKETING

O Composto do Marketing, ou o Mix de Marketing, também

conhecido como os 4P’s.

De acordo com Kotler (2003, p151), mix de marketing, descreve

um conjunto de ferramentas à disposição da gerência para influenciar as

vendas. A fórmula tradicional é chamada 4P’s – produto, preço, praça e

promoção (product, price, place, promotion).

A construção do Mix de Marketing não é complicado, mas deve-

se ter um amplo conhecimento do mercado que se está atuando ou que se

deseja atuar. Podemos exemplificar um negócio que tende a dar errado

como tentar abrir uma franquia da “”Casa do Pão de Queijo” numa cidade o

interior de Minas Gerais, onde a cultura é a produção de Pão de Queijo

Caseiro e artesanal.

1. Exemplificando os 4 P’s temos:

1.1. Preço: Refere-se a quanto e como será cobrado do cliente. Neste

quesito, o produto pode ser barato ou de luxo. Pode ser cobrado uma

só vez ou por mensalidade. Entre outras tantas estratégias como preço

psicológico, pague quanto quiser, leilões, etc.

1.2. Praça ou Ponto: Refere-se ao local que o produto estará

disponibilizado. Neste caso, pode ser on-line ou em lojas físicas. Mas

também sobre os prazos de entrega e de atendimento. Em muitos

casos, é interessante pensar em utilizar praças de serviços/produtos

complementares. Por exemplo, vender material esportivo em clubes ou

academias.

21

1.3. Produto: Refere-se às características e atributos que o produto ou

serviço da sua empresa terá. Aqui deve-se decidir tamanhos, cores,

etc. Funcionalidades de maneira geral do que está sendo oferecido.

1.4. Promoção: Refere-se às estratégias de divulgação utilizadas. Isso vai

envolver tanto estratégias on-line como links patrocinados, Fanpage,

quanto estratégias off-line como anúncios, rádio, entre outras

possibilidades.

Fonte: Kotler e Armstrong (1998, p.32)

Produto: Variedade, qualidade, design, caraterísticas, nome da

marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias e devoluções.

Preço: Preço de lista, descontos, bonificações, prazo de

pagamento e condições de financiamento.

Promoção: Promoção de vendas, propaganda, força de venda,

relações públicas e marketing direto.

Praça: Canais, cobertura, sortimentos, locais, estoque e

transporte.

Avaliar, pesquisar e estudar o comportamento do consumidor é

tão relevante para o sucesso de uma empresa quanto necessário à sua

sobrevivência. As empresas que não tiverem por objetivo conhecer seu

público-alvo não saberão atender as necessidades e não atingirão suas

metas.

A crescente competitividade do mercado empresarial a cada ano,

faz surgir novas oportunidades de crescimento, desenvolvimento e

empreendimentos nos negócios. Mudanças tão velozes causam também

mudanças de hábitos, costumes, modo de pensar, inclusive os

relacionamentos da humanidade. Os gestores precisam estar atentos a

estas mudanças, pois isso pode significar a sobrevivência ou o

desaparecimento da empresa.

Com a chegada das empresas “ponto com” voltadas para o e-

commerce, através da comercialização de produtos pela internet, houve um

22

aumento significativo em todos os aspectos de competição empresarial. A

diversidade de produtos e serviços acabou tornando o cliente

potencialmente infiel, deixando de lado somente o aspecto preço e se

dedicando mais à comodidade, facilidade e atenções.

Sendo assim, através desta enorme oferta e mudanças cada vez

mais velozes, o cliente também mudou, pois ele procura mais do que um

bom produto, quer um serviço de qualidade, conveniências, agilidade,

menor preço, atenção, cortesia e amizade.

Para Ian (1999, p.106):

“O marketing de relacionamento tem condições de oferecer às

empresas uma série de vantagens importantes, tais como

desenvolver a fidelidade entre os clientes, dispor de um ambiente

que favoreça soluções inovadoras, estabelecer um local propício

para testar novas ideias e alinhar a empresa com os clientes que

valorizam o que ela tem a oferecer.”

Kotler (1996, p. 96) afirma que “o composto de marketing é o

conjunto de variáveis controláveis que a empresa pode utilizar para

influenciar as respostas dos consumidores”.

Segundo Churchill e Peter (2003, p. 64):

“Como o objetivo do marketing é criar intercâmbios lucrativos, as

atividades de marketing também influenciam o processo de

compra do consumidor. Cada elemento do composto de

marketing - produto, preço, praça (canais de distribuição) e

promoção (comunicações de marketing) - tem potencial para

afetar o processo de compra em vários estágios.”

É de suma importância a análise do composto de marketing para

o melhor entendimento das estratégias da empresa e seus processos

diários. Além disso, de que forma se estabelece o relacionamento entre a

23

empresa e seus consumidores internos e externos, é o que permite

encontrar os pontos fracos e fortes nesse processo de interação.

Com o passar dos anos o Mix de Marketing foi evoluindo e os 4

P’s da Moderna Administração de Marketing são: Pessoas, Processos,

Programas e Performance.

Segundo Kotler e Keller (2013, p.24):

“ As pessoas refletem, em parte, o marketing interno e o fato de

que os funcionários são fundamentais para o sucesso do

marketing. Este será tão bom quanto as pessoas dentro da

organização. Também refletem o fato de que as empresas devem

ver os consumidores como pessoas e compreender suas vidas

em toda sua amplitude, e não apenas como alguém que compra e

consome produtos.

Os processos refletem toda a criatividade, a disciplina e a

estrutura incorporadas à a administração de marketing...Somente

com a instauração do conjunto certo de processos a orientar

atividades e programas uma empresa pode se envolver em

relacionamentos de longo prazo, mutuamente benéficos.

Os programas refletem todas as atividades da empresa

direcionadas aos consumidores. Eles englobam os antigos 4P’s e

também uma gama de outras atividades de marketing que podem

não se encaixar perfeitamente a antiga visão de Marketing...

A performance, assim como o desempenho do marketing

holístico, captura o leque de possíveis indicadores de resultado

que tenham implicações financeiras e não financeiras...

Por fim, verdade, esses novos 4 P’s se aplicam a todos os

setores dentro da empresa e, pensando assim, os gerentes ficam

mais intimamente alinhados com o restante da Cia.”

Em se tratando de Pessoas, não podemos deixar de mencionar

que são os funcionários que interagem com o cliente. Estes podem ser

denominados como pessoal de contato ou provedores de serviços. O pessoal

24

de contato são pessoas com quem o cliente tem aproximação breve, como

recepcionistas e atendentes de estacionamento. Já os provedores de serviço

são os provedores principais do serviço final, como dentistas, médicos ou

professores.

Funcionários carrancudos ou infelizes podem afetar tanto

clientes, com os quais entram em contato direto, quanto outros funcionários.

Por outro lado, um funcionário brilhante e altamente motivado pode criar

uma experiência de serviço mais agradável para todos que entram em

contato com ele.

É importante detalhar nesta parte, as características das pessoas

que, principalmente, entram em contato com os clientes, pois estas também

são responsáveis por transmitir a imagem da empresa.

O nível de desenvolvimento das pessoas que prestam o serviço

como fator fundamental de diferenciação, a ser alcançado por meio de

treinamento e motivação.

Uma vez que um colaborador bem treinado e motivado, com

certeza abraçará sua empresa como se fosse dele e essa parceria tenderá a

trazer sempre bons resultados para seu negócio.

25

CAPÍTULO IV

ENDOMARKETING

O termo “endo”, do grego “edón”, significa para dentro. Logo, o

endomarketing consiste em vender uma ideia para o cliente interno, ou seja,

o funcionário da empresa.

Se de certa forma existe um trabalho de comunicação feito para

clientes externos e consumidores (para posicionamento da empresa ou

promover um produto, por exemplo), o endomarketing tem o papel de

executar ações similares internamente. Estas ações são focadas no bem-

estar dos colaboradores, o que, consequentemente, melhora a produção e a

capacidade intelectual das equipes.

O objetivo central do endomarketing é focar nas pessoas para

gerar resultados. São ações com a finalidade de promover a interação do

funcionário juntamente com a empresa, criando métodos motivacionais,

eventos, treinamentos, valorizações e atividades do gênero.

Nesta questão, a parceria entre as áreas de Marketing e

Recursos Humanos é fundamental. O RH assumiu, nos últimos tempos,

uma posição mais estratégica dentro das organizações, pois sabe que seus

funcionários são como embaixadores da empresa. Houve a percepção de

que manter pessoas mais felizes e comprometidas colabora para o

crescimento dos resultados.

O endomarketing engloba todo o processo de comunicação de

uma empresa, desde formatar a interação da equipe gerencial com seus

liderados até como se promove uma campanha motivacional.

Uma ação de endomarketing pode ser dividida, basicamente, em

três pilares:

• Ações estratégicas, focadas no apoio da realização de

metas estipuladas no planejamento da organização;

• Ações motivacionais, voltadas para a satisfação e

qualidade de vida dos colaboradores e da sociedade;

26

• Apoio à gestão, colaborando na implantação de processos

para que todos saibam claramente como executar seu

trabalho.

Empresas de médio e grande porte são as que mais realizam

ações de endomarketing. As micro e pequenas ainda não compreendem

bem os benefícios deste conceito – muitas pensam que não colabora com a

lucratividade da companhia. Quanto maior for a organização, mais conflitos

de comunicação vão existir. No caso de ambientes menores, a proximidade

entre os colaboradores facilita as relações. Porém, isso não dispensa uma

ação de endomarketing, seja em uma campanha de vendas ou um

treinamento.

Dependendo do porte da empresa, as ações diferem bastante.

Grandes corporações possuem recursos como Intranet, cartazes, murais e

comunicados por e-mail. Já em uma equipe mais reduzida, o usual é fazer

um trabalho mais específico com as lideranças, a fim de intermediar um

diálogo direto com os todos os colaboradores.

As empresas ainda confundem ações motivacionais com

endomarketing. é preciso entender comportamentos de consumo interno a

fim de executar ações mais assertivas e personalizadas. A época em que

promover festas familiares e encontros de fim de semana eram sinônimos

de preocupação com o bem estar do funcionário passou.

Bekin (2005, p.1) define o endomarketing como “ações de

marketing para o público interno das empresas e organizações”. Para o

autor, o endomarketing consiste em ações de marketing, voltadas para o

público interno da empresa, tendo por objetivo promover entre seus

funcionários e departamentos, valores destinados a servir o cliente externo.

O autor trabalha a denominação cliente externo, já que para ele o

colaborador é um cliente interno. Cerqueira (2005) define de forma genérica

e sintetizada que o endomarketing consiste num conjunto de processos,

projetos ou veículos de comunicação integrada que permite a venda, ou

seja, a consolidação de uma nova imagem para dentro da empresa.

27

No entanto, para Inkotte (2000), o endomarketing é a assimilação

dos princípios de qualidade e marketing focado nas necessidades do cliente

externo, contudo, convertida e adaptada aos empregados em uma

organização.

Brum (1998) considera que o endomarketing tem por propósito

fazer com que todos os colaboradores da empresa tenham uma visão

compartilhada sobre a organização, incluindo metas, resultados, produtos e

serviços.

Para a autora, o ser humano ocupa um lugar destacado na

empresa e os resultados positivos nas organizações são provenientes da

satisfação e motivação dos seus colaboradores. Sendo assim, a autora

expõe que o propósito é transformar o colaborador em facilitador para

consolidar a imagem da empresa e o seu valor para o mercado.

Bekin (1995, p.34) defende que o objetivo do 25 endomarketing

consiste em atrair e reter o cliente interno – funcionários – com a função de

obter resultados eficientes para a empresa, atraindo e retendo seus clientes

externos.

Andrade (2001, p.95) afirma que “posta a casa em ordem

podemos depois mostrar a nossa fachada”. Ou seja, é importante

primeiramente a organização trabalhar junto aos colaboradores, a fim de

satisfazê-los, para depois desenvolver o marketing externo.

Ainda, quanto à importância de trabalhar o endomarketing,

Carlson (1999 apud ANDRADE, 2003, p. 95) expõe que: “os usuários de

uma instituição ou organização e os membros da comunidade em geral mais

facilmente acreditarão no que diz um funcionário com relação à organização

em que trabalha, do que nas reações de qualquer outra pessoa”.

Sendo assim, percebe-se que primeiramente se faz necessário a

preocupação com o cliente interno, isto é, o funcionário da organização.

Quanto ao propósito do endomarketing, Kotler (2000) acredita que é o

processo de contratar, treinar e motivar funcionários habilidosos, com o

intuito de servir bem os clientes, contudo, com numa perspectiva orientada

para o marketing.

28

O autor parte do principio que é preciso trabalhar o marketing

junto ao público interno, para que os resultados sejam obtidos e repassados

para o público externo, isto é, deve-se apropriar do endomarketing a favor

do marketing.

Case Endomarketing de Sucesso: Fiat

Para o Endomarketing, o colaborador deve ser tratado da mesma

forma e com a mesma atenção que o cliente externo.

A Fiat acredita nisso e os primeiros clientes que fazem testes-

drives em seus lançamentos são seus colaboradores.

Além dos funcionários serem os beneficiados pelas ações e a

empresa com os resultados, o Endomarketing também faz parte da vida da

família dos funcionários Fiat.

A empresa oferece festas de bodas de aniversário de casamento

e de debutantes para as filhas de seus colaboradores como forma de

incentivo.

A empresa dispõe de uma plataforma tecnológica que auxilia na

comunicação interna, disponibilizando vagas, lista telefônica, promoções e

um link “Fale com o Presidente”, possibilitando que qualquer funcionário se

comunique diretamente com o chefe.

Case Endomarketing de Sucesso: Toyota

O Endomarketing na Toyota foi implantado de uma maneira

diferenciada das ações individuais.

A forma adotada pela montadora para motivar seus clientes

internos foi apostar na criatividade no trabalho em equipe.

Milhares de novas ideias vindas diretamente dos colaboradores

são colocadas em prática a cada ano.

Quando um novo funcionário é contratado, antes mesmo de

realizar suas funções, ele passa por um treinamento de aproximadamente

cinco meses, sendo um mês dedicado apenas à cultura Toyota, outros dois

meses em fábrica para ver como são produzidos os carros e os outros dois

meses diretamente na concessionária para entender as necessidades e

desejos dos clientes.

29

Dessa forma, ele é capacitado e instigado a ter novas ideias que

possam complementar os projetos de melhorias da empresa, sentindo-se

assim, cada vez mais útil e engajado com os propósitos da companhia.

Além da ação de criatividade no trabalho em equipe e dos

habituais benefícios oferecidos pela empresa, a Toyota investe muito em

treinamentos, palestras de motivação e incentivos aos projetos de seus

funcionários.

30

CAPÍTULO V

FUNDAMETOS DO MARKETING PESSOAL

Marketing pessoal é uma ferramenta usada para promoção

pessoal de modo a alcançar o sucesso. É uma estratégia usada

para "vender" a imagem, e influencia a forma como as outras pessoas

olham para quem a utiliza.

Pode ser considerado um conjunto de estratégias individuais para

atrair e desenvolver contatos e relacionamentos interessantes do ponto de

vista pessoal e profissional, para dar visibilidade a características,

habilidades e competências relevantes perspectivando a aceitação e o

reconhecimento por parte de outros.

O marketing pessoal é muito procurado por pessoas que

procuram entrar no mercado de trabalho, e é uma forma de diferenciação de

todos os outros. Assim, em entrevistas de emprego, o marketing pessoal

assume uma importância vital, porque o candidato ao emprego tem que

saber como se expressar.

O marketing pessoal capacita a pessoa a alterar a sua postura,

imagem e conduta.

O Marketing Pessoal pode ser o motivo pelo qual algumas

pessoas ganham fama, atingindo o sucesso, enquanto outras permanecem

obscuras, mesmo tendo capacidade para realizar um excelente trabalho.

A exemplo disso temos os políticos, executivos, artistas, entre

outros profissionais que procuram visibilidade no início da sua carreira, e,

em seguida, procuram mantê-la.

Uma pessoa que possua talento e competência suficiente para

exercer a sua atividade, praticando e aperfeiçoando constantemente o seu

Marketing Pessoal, pode chegar ao topo dos seus objetivos profissionais,

elevando o seu nível de notoriedade e imagem e obter recompensas por

esse facto.

31

No entanto, esta é uma tarefa que exige paciência, disciplina,

perseverança, uma elevada auto-estima, determinação e um conjunto de

crenças e valores que orientam as atitudes e comportamentos de forma a

dar um uso correto das habilidades inatas e das habilidades que podem ser

construídas e aperfeiçoadas.

Um indivíduo deve saber mostrar que é confiante, tem

capacidades específicas, tem valor, e que pode contribuir para o

crescimento da empresa. Além disso, deve conseguir revelar capacidade de

aprender e de iniciativa, e inteligência emocional para lidar e se relacionar

com outras pessoas. Tão importante como saber, é saber mostrar que se

sabe.

Técnicas importantes que estão relacionadas com um bom

marketing pessoal:

• Capacidade de comunicação: Você deve saber usar as

palavras de forma a transmitir suas ideias de forma clara e

sucinta, certificando-se de que está sendo compreendido.

Falar o suficiente, não significa falar muito, mas para que

os outros entendam o que você está dizendo. Em muitas

ocasiões, o processo de comunicação tem dois sentidos, e

por isso também é muito importante saber ouvir.

Nenhuma empresa coloca em prática uma campanha de

marketing sem conhecer a opinião de seus clientes. No

marketing pessoal isso também precisa ser implementado.

Saber comunicar-se não se resume a falar, mas também

aprender a ouvir, a dar valor às palavras, ideias e

pensamentos do outro.

• Postura profissional adequada: Aprender a se comportar

da forma adequada em cada ambiente em que se

encontrar, sabendo ser sério quando for necessário e

descontraído quando a situação o permitir; conseguindo

diferenciar sua postura profissional da sua postura na vida

pessoal. Saber respeitar todas as pessoas. Seu

32

comportamento deve refletir seus princípios de

cordialidade e profissionalismo. Quando a situação exige

seriedade, saber ser sério. É importante saber se

comportar em um contexto profissional, agindo de acordo

com a sua função e dentro da expectativa dos seus

superiores;

• Cuidados com a aparência: Sua imagem pessoal começa

a ser construída pela aparência, de acordo com o contexto

em que está inserido, adaptar a forma de se vestir. Ter o

cuidado de saber se vestir, não adotando um estilo formal

em contextos informais (passando a imagem que não se

importa e não segue regras) e estilos formais em contextos

informais (intimidando e podendo passar uma imagem de

superioridade);

• Criatividade e inovação: mostrar disponibilidade e sugerir

ideias que contribuem para resolução de problemas. Isto

pode acontecer no contexto do trabalho ou pessoal,

sabendo como ajudar amigos quando eles precisam;

• Humildade: Compreender que todas as pessoas têm

capacidades. Entender que no momento em que você

achar que já sabe de tudo, você parará de crescer. Aceitar

críticas e conseguir enxergar e admitir as próprias falhas.

Não se considerar melhor que os outros e não tentar

promover a sua imagem de uma forma agressiva e forçada

perante outros. Quem faz isso, passa a imagem de

arrogância e acaba prejudicando o seu marketing pessoal.

Em função da ausência de ação de muitos profissionais, Ari Lima

apresenta uma série de dez razões, todas importantes, para motivar aqueles

que ainda não resolveram desenvolver seu plano de marketing pessoal.

Assim, de acordo com este, podemos ter as seguintes razões:

33

• Um plano de marketing é como uma “receita” que pode ser

elaborado em poucos dias, e o seu conteúdo, na maioria

das vezes, é formado por idéias práticas e de fácil

aplicação;

• Se for rápido a decidir-se a implementar o seu plano de

marketing, pois desta forma, os seus resultados serão

também imediatos para sua carreira.

• É provável que já tenha uma enorme concorrência na sua

área profissional, o que o pode deixar para trás em termos

de carreira;

• A prática do marketing pessoal é um hábito, pelo que

precisará de tempo para se habituar a esta nova maneira

de agir na sua vida profissional;

• O marketing pessoal cria novas oportunidades de

negócios, e estas normalmente significam mais dinheiro;

• Um plano de marketing pessoal pressupõe a conquista de

uma nova rede social de contactos, perspectivando maior

prazer e satisfação na sua vida pessoal e profissional;

• O plano de marketing pessoal promove reconhecimento

social pelos anos de esforços, estudo e trabalho;

• O aumento do seu estatuto social poderá ser obtido com o

sucesso profissional conseguido através do seu plano de

marketing pessoal;

• A realização de seus sonhos de consumo, de viagem e de

muitos outros sonhos, poderá ser conquistada através do

sucesso obtido com o marketing pessoal.

• A prática de marketing pessoal promove a realização

profissional e esta traz uma sensação superior de

satisfação.

34

Um plano de marketing pessoal é algo fácil de ser implantado. Na

verdade, trata-se de um conjunto de ações e ferramentas que, se utilizados

em conjunto, ajudam a promover a carreira de um profissional.

Na primeira parte de um plano de marketing pessoal é preciso

desenvolver as competências pessoais do profissional, aqueles atributos

que fazem parte de seu comportamento, e que podem ter um impacto

positivo em sua atuação profissional.

Qualidades como auto-motivação, liderança, criatividade, bom

humor, capacidade de produzir conhecimentos, relacionamento interpessoal

e sua capacidade de sonhar são os atributos essenciais que precisam ser

desenvolvidos e incorporados a sua carreira profissional.

A outra parte do plano de marketing consiste na aplicação de

ferramentas para promoção pessoal.

Construção de uma rede de relacionamentos (networking),

criação de um site pessoal, utilização de cartões de visitas de uma maneira

dinâmica, ter um sistema de relações públicas pessoal, dentre outras

ferramentas, certamente ajudarão a promover a carreira e imagem no

mercado de trabalho.

Todos nós precisamos de motivação para realizar alguma tarefa,

para enfrentar um desafio e para iniciar alguma empreitada.

Implantar um plano de marketing em nossa vida pessoal e

profissional é um desafio.

Não sabemos ao certo o que iremos encontrar, certamente

viveremos momentos de "pura adrenalina", seremos colocados diante de

situações inusitadas, mas tudo isto se justifica pela sensação de vitória e de

sucesso que conseguiremos alcançar ao final desta caminhada.

35

CAPÍTULO VI

INVISTA EM VOCÊ

No século passado muitas foram as formas de se lidar com o

sucesso pessoal. As ideias tinham uma estruturação mais lógica e fazer

sucesso era mais uma questão de encontrar e seguir uma fórmula pré-

estabelecida que envolvia a formação acadêmica, a busca por um emprego

e um plano de carreira para toda a vida profissional que terminaria no cargo

mais alto da organização ou o mais próximo possível a ele.

O tempo passou velocidade muito rápida e com isso as

necessidades e os conhecimentos mudaram juntos.

Nós somos um produto de muito valor. Assim como mercadorias

e serviços, as nossas competências e as habilidades que possuímos são os

nossos melhores talentos.

Todo empreendimento, seja uma indústria, comércio ou serviço,

sobrevive e prospera pela virtude de suas vendas. As pessoas também.

Entretanto, uma pessoa não é um produto ou um serviço, é um ser com

sentimentos, desejos e sonhos.

Portanto, merecem a mesma atenção, o mesmo respeito e as

mesmas estratégias e planejamentos que qualquer empresa aplica para se

oferecer ao mercado. O seu talento e a sua competência têm que estar

disponíveis ao mercado e àquelas empresas que possam lhe dar um retorno

compatível ao investimento que você fez em si mesmo ao longo do tempo.

Marketing pessoal deve ser a preocupação de todos os

profissionais, novatos ou experientes. Não há um momento sequer em que

devemos “baixar a guarda” com relação a isso.

Vender bem a imagem pode começar com “A primeira impressão

é a que fica”, como diz o ditado popular, que deve estar sempre em sua

mente e que pode ajudar em muitas situações.

O que você vende hoje não é seu conhecimento, pois ele está

abundante em todos os lugares através da internet. Muito menos sua

36

formação acadêmica, pois todos os anos milhares de pessoas se formam

nas mais diversas áreas em todo o planeta. Sua experiência também pode

ser irrelevante uma vez que as tecnologias de comunicação e informática

colocaram todos no mesmo início de era e ninguém teve anteriormente a

experiência de lidar com uma economia onde o dinheiro virou pura energia e

circula em todo o planeta a todo instante.

É importante saber apresentar-se bem para as pessoas de seu

círculo de relacionamento, sempre cuidando do seu modo de vestir, de

conversar, de se comportar, de exteriorizar suas qualificações e qualidades.

As pessoas notarão o seu estilo pessoal e postura e baseados na aparência

irão recomendar (ou não) você, dando aquele “empurrãozinho”.

Se você não consegue atingir suas metas ao invés de ficar

reclamando da sorte, procure mostrar suas qualidades. Muitas vezes nós

temos tantas qualidades e realizações para mostrar no dia a dia, mas,

devido à timidez ou à modéstia, ou ao conformismo, ficamos esperando que

alguém um dia vái reconhecer essas qualidades e assim podermos colher

os resultados de nosso trabalho.

Na verdade, se pararmos para pensar, as coisas e nós mesmos

passamos a existir num espaço novo e até nosso endereço mais relevante

não é nossa casa, mas o endereço eletrônico.

Agora, como ser um “produto de valor” dentro de um cenário tão

instável e de competição cada vez mais acirrada por oportunidades de

trabalho?

A solução é exatamente aquilo que você tem de mais valioso:

você mesmo. O seu diferencial, a sua marca, a sua autenticidade! Isto

demonstra porque você não é mais um. O seu diferencial está no grau de

comprometimento e de iniciativa que você tem com tudo o que faz, nos

resultados que você sabe que é capaz de gerar, nas soluções que você

sabe que pode agregar ao negócio em que estiver.

O que você deve aprender a vender é sua capacidade

Para vender sua capacidade você precisa que pessoas

relevantes o conheçam. Aí começa o problema para a maioria das pessoas.

37

O mundo não foi feito de forma justa e o empreendedor ou empresário que

poderia contratá-lo para determinada tarefa não possui um sistema de

seleção infalível que acessa uma base universal de profissionais.

Procura-se alguém capaz de fazê-lo. Estas pessoas relevantes

conversam com outras que possam ser quem eles precisam ou que

indiquem alguém. Se ela o conhecesse você seria o indicado. Você pode

não gostar muito da idéia da indicação porque foi ensinado deste modo.

Entretanto, o que não te ensinaram é que você não tem credibilidade para

falar sobre si mesmo, precisa de outra pessoa que o faça. Alguém de

grande credibilidade frente ao mercado, isto é, quem pode contratá-lo.

Quem se valoriza identifica no marketing pessoal a oportunidade

para dar visibilidade a sua capacidade e profissionalismo. E percebe que

marketing e ética estão intimamente ligados, que valorizar o que temos de

mais original – nossa marca – aquilo que só nós mesmos temos está

voltado à realização pessoal e profissional e ao bem-estar que nos cerca.

Muitas pessoas imaginam que para fazer marketing pessoal

devem saber apresentar-se, falar bem e conhecer as regras de etiqueta.

Estas são as partes mais fáceis e são aprendidas individualmente. O que

não se aprende sozinho é a se relacionar com pessoas. Alguns indivíduos

passam pela vida adquirindo mais conhecimento, fazendo mais cursos e

indo cada vez mais para dentro de si. Entretanto, marketing é uma ciência e

ela ocorre na realidade nas outras pessoas. Mais precisamente o que se

está lidando é com a percepção das outras pessoas a seu respeito.

Para que isso esteja ao seu alcance você deve ser capaz de

comunicar-se com elas e inspirá-las a envolverem-se no seu projeto de vida

profissional. Se as pessoas sabem do que você é capaz de fazer, quando

conhecerem alguém ou se virem diante de uma situação que sua

capacidade é demandada irão chamá-lo. Desde que você tenha aprendido a

inspirá-las.

38

Marketing pessoal é toda ação que gera uma possibilidade de

sucesso para a pessoa. Entretanto, subentenda-se “toda ação de

marketing”, ou seja, algo deve estar à venda para que ele ocorra. Antes de

pensar em seu marketing pessoal, a sugestão é que pense em ter primeiro

um bom desenvolvimento pessoal. Entendido aqui como sendo a sua

capacidade de estar na presença de outros seres humanos, inclusive na

presença de si mesmo, seus desejos e sonhos.

O desenvolvimento pessoal precede o marketing na construção

de seres humanos de sucesso. Uma vez que você terá de lidar com pessoas

para poder comunicar sua capacidade, este desenvolvimento será cada vez

mais relevante.

Aprender continuamente novas capacidades com todos os seus

riscos, inclusive emocionais e saber comunicar-se de forma inspiradora para

que um número crescente de pessoas relevantes saiba delas são as ações

mais importantes para o desenvolvimento de seu Marketing Pessoal.

Só novos conhecimentos não são o bastante. Só novas

capacidades não são o bastante. Você precisa aprender a inspirar as

pessoas a conhecê-lo. Você é um ser humano e é capaz de aprender

qualquer coisa. Nunca duvide disto em nenhuma idade. O Marketing

Pessoal existe para ajudá-lo a chegar

E cada vez mais a sobrevivência das empresas dependerá de

profissionais cientes de suas habilidades capazes de apostar em suas

próprias competências.

Além disso, é muito importante também aprender e saber ouvir, o

feedback é um ótimo instrumento para medir o nosso desempenho.

Investir no seu marketing pessoal é investir na sua autenticidade,

ter uma imagem positiva, entusiasmada. Assim como o produto necessita de

uma bela identidade visual, uma boa embalagem, você também tem que ter

o mesmo cuidado com você. Atraia a atenção dos outros através da

motivação, capacidade e habilidade não só em se comunicar, mas mostrar

qual é a sua competência.

39

Ah, e não esqueça o seu cartão de visita! Saia sem seus

documentos, mas não sem seu cartão! O cartão é a garantia de ampliar

continuamente sua rede de contatos e relacionamentos!

Procure avaliar as suas posturas nas diversas situações da sua

vida e elimine aquilo que está sendo um obstáculo para que você atinja as

suas metas profissionais.

Seja um ótimo produto! Invista em você! Sucesso!

40

CONCLUSÃO

Atualmente O marketing Pessoal é indispensável para o

crescimento pessoal e profissional de cada indivíduo. Trata-se de um conjunto

de estratégias, atitudes e comportamentos que juntos formam o sucesso do

indivíduo. Mediante a tanta competitividade, o futuro com sucesso está

diretamente ligado ao diferencial, que cada pessoa ou empresa apresenta ao

consumidor final. Na dose certa e com bom planejamento, o marketing

pessoal, bem como o investimento na imagem pessoal e na valorização da sua

marca devem ser utilizadas. Isso irá determinar o sucesso. Quando falamos

de imagem pessoal, falamos de educação, estudo, cordialidade, vestimentas,

comportamento perante a sociedade, empatia, postura e, cumprimento com a

palavra dada no dia-a-dia. O Seu Nome é a sua Marca. O Nome e a sua

apresentação são os “cartões de Visita” de uma pessoa.

41

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Reportagem Jornal Hoje (TV Globo)

Anexo 2 >> Matéria Revista Você SA Anexo 3 >> Matéria Revista Exame

42

ANEXO 1

Jornal Hoje

Edição do dia 26/03/2012

26/03/2012 14h45 - Atualizado em 26/03/2012 14h49

Marketing pessoal estimula promoção e oportunidades de emprego

É importante saber se autopromover, sem parecer chato e pedante. Em São Paulo, curso ensina como ressaltar as qualidades de cada um.

Veruska Donato São Paulo

Para conseguir uma vaga de emprego ou crescer em uma empresa, algumas atitudes são fundamentais. É o chamado marketing pessoal. É uma soma que envolve atitude, comportamento e um pouco de psicologia. Quem quer se autopromover precisa fazer isso o tempo inteiro.

A aparência também conta. As roupas e o cabelo são as primeiras impressões de marketing que um candidato passa, mas é claro, não são as únicas.

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No Centro de Apoio ao Trabalhador de São Paulo (CAT), um curso de marketing ensina como ressaltar o que cada um tem de melhor. “Todo mundo está de olho num emprego, o problema é quando chega a hora de preencher a vaga. Tem gente que fica muito nervoso, não consegue dizer suas qualidades, não consegue dar sequencia à entrevista”, conta a selecionadora do CAT, Aparecida da Silva.

Algumas atitudes são essências (ou proibidas) no marketing pessoal: chegar atrasado é falta de compromisso, conversas e fofocas devem ser evitadas e jamais deve-se falar mal da empresa. “Ela mostra que é uma pessoa que não pode ser confiável, porque não merece o crédito. Se ela fala mal dos colegas ou da empresa, que tipo de pessoa ela é? Uma pessoa que sempre trata o outro com respeito, jamais vai correr risco de ser aquela

43

pessoa que não faz um bom marketing pessoal”, afirma o consultor de RH, Reinaldo Passadori.

44

ANEXO 2

Revista: Você SA

01/11/2012 Não dá pra forçar a barra em marketing pessoal

Camila Mendonça, da VOCÊ S/A

Nina Neves, da VOCÊ S/A Siga-me

São Paulo - Quando chegava à metade de seu primeiro mandato, no fim de 2010, o presidente americano Barack Obama confessou ao jornal americano The New York Times que um pecado de seu governo era achar que bastava fazer a coisa certa para haver reconhecimento por isso.

“Você não pode negligenciar o marketing e as relações públicas nesse cargo”, disse Obama, que no dia 6 de novembro disputou a reeleição (até o fechamento desta edição, a eleição não tinha sido definida).

Se até o presidente dos Estados Unidos trabalha sua marca, é sinal de que falar sobre as realizações é mesmo quase tão importante quanto fazer bem o trabalho. O grande

45

problema do marketing pessoal feito pelo profissional comum (sem ajuda dos melhores assessores da Casa Branca) é o risco de errar na mão.

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Nos corredores das empresas é fácil encontrar quem exagere nas qualidades ao falar de si mesmo na hora errada ou para a pessoa errada. Existem maneiras adequadas e eficientes de falar de suas qualidades e realizações. “Marketing pessoal trata mais de demonstrar habilidades do que de apontá-las”, diz a americana Dorie Clark, que escreve sobre o assunto para publicações como Forbes e Harvard Business Review.

Dorie está concluindo o livro Reinventing You: Define Your Brand, Imagine Your Future (Em uma tradução livre, “Reinventando-se: defina sua marca, imagine seu futuro”), que deve chegar às livrarias americanas ano que vem.

O ponto de partida para um marketing pessoal decente é fazer duas perguntas: 1) Quais são seus pontos fortes?; e 2) Como você é visto por seus colegas de trabalho? No livro que está preparando, Dorie lista os cinco passos para repensar sua marca pessoal — e o interessante é que ela transforma a elaboração de uma estratégia de marca pessoal em um exercício de reflexão sobre a carreira.

Depois de entender como você é visto profissionalmente, é possível seguir as próximas etapas: 3) Como você gostaria de ser visto?; 4) Ressalte seus diferenciais, fazendo uma nova apresentação de si; e, por fim, 5) Prove quais são suas qualidades. “Parte do sucesso da carreira está em fazer bem o trabalho, e parte do trabalho benfeito é mostrar aos outros seu valor”, diz Dorie.

Essa abordagem tem a vantagem de eliminar o discurso vazio, um dos maiores equívocos que as pessoas cometem quando anunciam suas qualidades. “Não temos credibilidade para falar de nós mesmos”, diz o coach Silvio Celestino, de São Paulo. Melhor, nesse caso, comprovar as ações com fatos e informações.

Outro erro é escolher o momento errado para falar de si. “O profissional não pode querer se vender o tempo todo”, diz Anderson Hernandes, especialista em marketing profissional, de São Paulo.

O certo é concentrar-se nas horas em que o assunto é o seu trabalho. A irmã dessa gafe é destinar sua propaganda para a pessoa errada. “É preciso fazer uma leitura das pessoas que precisam de seu conhecimento”, diz Claudia Monari, da Career Center, consultoria de carreira, de São Paulo.

Renato Panessa, de 30 anos, diretor de alianças da Globalweb, empresa de serviços de TI, de São Paulo, já cometeu erros tentando se aproximar de clientes, como enviar garrafa de vinho a pessoas que não bebem álcool ou ir de terno e gravata em uma reunião à beira-mar. Depois de muito errar, passou a ser mais cuidadoso. “Quando entendo e identifico as preferências das pessoas, a conversa flui e fica mais agradável”, diz Renato.

Estar atento ao que possa interessar a seu ouvinte e adequar o discurso é fundamental. A tarefa é encontrar naquilo que você faz alguma coisa que possa ajudar seu interlocutor.

46

“Busque pontos em comum e a partir daí comece a construir sua história”, diz Alexandre Conti, de 27 anos, coordenador de projetos da Alta Geotecnia Ambiental, do Rio de Janeiro, que gosta de aproveitar eventos para se apresentar a novas pessoas.

Acima de tudo, é preciso ter um bom trabalho para mostrar e uma história para contar — não existe marketing que sustente uma carreira vazia. Uma frase, que costuma ser atribuída ao publicitário Nizan Guanaes, dono do Grupo ABC, diz que conteúdo sem marketing é burrice e marketing sem conteúdo é picaretagem. Adote-a como regra na próxima vez que for falar de você.

Tópicos: Carreira e Salários, Carreira, Imagem, Marketing

47

ANEXO 3

Reportagens

Revista: Exame.com 09/06/2015 Como fazer marketing pessoal sem parecer arrogante?

Vaidade: profissionais arrogantes são, justamente, os menos habilidosos quando o assunto é marketing pessoal

Claudia Gasparini, de EXAME.com Siga-me

São Paulo - Fazer um bom marketing pessoal já é uma tarefa difícil por si só. Mas o desafio se torna maior ainda se você tem medo de parecer vaidoso.

A questão é, antes de tudo, cultural. Segundo a coach Marie-Josette Brauer, do Innovation Coaching Center, o brasileiro tende a ver com maus olhos quem valoriza as suas próprias competências.

"Para fugir do rótulo de 'convencido', é comum que o profissional assuma uma postura excessivamente humilde, como se o sucesso fosse algo feio", afirma.

48

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No entanto, é perfeitamente possível fazer marketing pessoal sem criar uma aura de prepotência.

Para começar, é preciso entender que a prática não tem nada a ver com exibicionismo, ensina o consultor norte-americano William Arruda, autor do livro “Career Distinction: stand out by building your brand” (Editora Wiley, 2007).

“Muita gente pensa que marketing pessoal significa bater no próprio peito e dizer 'vejam como eu sou bom'. Na verdade, não se trata de dizer às pessoas que você é competente, mas mostrar isso a elas”, diz ele.

Profissionais vistos como arrogantes são, justamente, os menos habilidosos quando o assunto é construir uma imagem favorável no mercado, afirma Marie-Josette.

Afinal, construir uma boa reputação profissional depende de autoconhecimento e autenticidade - duas características que faltam a quem se enxerga (e se vende) como “bom em tudo”.

Da fala à ação Desfeitos os mitos sobre o assunto, é preciso pensar em formas de construir a sua reputação de forma equilibrada e elegante.

O primeiro passo é fazer um exercício de reflexão para identificar os seus pontos fortes e fracos. “Só depois de uma autoanálise profunda é que você saberá o que pode e o que não pode vender para os outros”, explica Marie-Josette.

Em seguida, é preciso planejar formas concretas de divulgar as suas competências. Para Arruda, a melhor forma de fazer isso é colocar o seu talento a serviço de outras pessoas, isto é, ajudá-las a resolver problemas.

“Mais do que falar de si mesmo, o importante é dar evidências do que você é capaz de fazer”, afirma.

Outro instrumento poderoso é o que o especialista norte-americano chama de "liderança de ideias" - a capacidade de informar, esclarecer e influenciar outros profissionais da sua rede de contatos.

Para tanto, você pode escrever artigos de blog, gravar vídeos ou até fazer comentários sobre notícias de forma a mostrar seu conhecimento sobre um determinado assunto, diz Arruda.

Propaganda enganosa Ainda assim, é preciso tomar cuidado para não exagerar na dose. Segundo Marie-Josette, muitos profissionais se excedem na hora de apresentar seus conhecimentos e talentos - principalmente na internet.

"Muita gente usa as redes sociais para engrandecer suas próprias qualidades e divulgar 'propagandas enganosas' sobre si mesmas. Isso não é marketing pessoal, porque não é autêntico e nem sustentável", diz ela.

49

Quando o assunto é internet, aliás, todo cuidado é pouco. Segundo Arruda, a reputação online de um profissional está se tornando mais importante do que a sua reputação offline.

"As pessoas estão pesquisando o seu nome no Google antes mesmo de conhecer você pessoalmente. Por isso, é preciso construir uma imagem digital que seja positiva, mas também coerente com a realidade”, diz o especialista.

50

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

KOTLER, Philip, LELLE, Kevin L,. Administração de Marketing. 12ª e 14ª ed.

São Paulo: Pearson 2012.

HEITMANN, Francisco Távora, Estratégias de Marketing. 1ª ed. Rio de Janeiro:

Opvs 2008.

CARVALHAL, Durval. Marketing Pessoal. Revista da Fundação Visconde de

Cairu, Salvador, v. 6, n. 12, p. 111-126, Jul. / Dez. 2005. COBRA

KOTLER, Philip, Marketing de A a Z. 2ª ed. Rio de Janeiro: Campus 2003.

SHETH, Jagdish N. Comportamento do cliente: indo além do comportamento

do consumidor. São Paulo: Atlas, 2001.

CHIAVENATO, Idalberto, Introdução a Teoria Geral da Administração. 4ª ed.

São Paulo: Makron Books 1993.

Entrevista Philip Kotler para Revista Exame. 2014. São Paulo.

Entrevista Max Gehringer para o Tele-Jornal Fantástico.

Endomarketing: http://guiarh.com.br/x29.htm/ por Washington Sorio *

51

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

EVOLUÇÃO DO MAKETING 09

CAPÍTULO II

FUNDAMENTOS DO MAKETING 14

CAPÍTULO III

MIX DE MAKETING 19

CAPÍTULO IV

ENDOMARKETING 24

CAPÍTULO V

FUNDAMENTOS DO MARKETING PESSOAL 29

CAPÍTULO VI

INVISTA EM VOCÊ 34

CONCLUSÃO 39

ANEXOS 40

ANEXO 1 41

ANEXO 2 43

ANEXO 3 46

BIBLIOGRAFIA 49

ÍNDICE 50