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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
NATHALIA CURI MACHADO
MARKETING ESPORTIVO (PATROCÍNIO NOS CLUBES BRASILEIROS)
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RIO DE JANEIRO
2013
NATHALIA CURI MACHADO
MARKETING ESPORTIVO (PATROCÍNIO NOS CLUBES BRASILEIROS)
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em. Marketing
Por: Nathalia Curi Machado
RIO DE JANEIRO 2013
3
DEDICATÓRIA
À minha mãe e minha avó pelo eterno incentivo.
4
RESUMO
A mídia foi à grande responsável pela popularização do esporte, expandindo o
interesse pelas diversas modalidades.
Assim a mídia passou a atender melhor ao interesses de seus dois públicos: os
consumidores de esporte e o mercado anunciante (patrocinadores de eventos).
Visto que o esporte atinge audiências inigualáveis, o interesse do anunciante também
aumenta muito.
Com isso, só tornou bastante vantajoso e rentável para as empresas investirem no
futebol. Justamente porque atualmente esse esporte já não é somente a alegria do povo, é
também a alegria de diversos segmentos que lucram com as jogadas. O esporte mais popular
do mundo vem se tornando uma maneira fantástica das empresas gerarem cada vez mais
renda, aproveitando a paixão dos torcedores.
Esse esporte já virou negócio há bastante tempo, pois as empresas podem expor suas
marcas em diferentes meios de comunicação, além da projeção de investir no futebol pode
rejuvenescer a imagem da empresa, conquistando a simpatia do público e da mídia, e
conseqüentemente, alavancando a venda de produtos com a marca da equipe e do
patrocinador.
Com o surgimento, nos anos 80 do embrião do marketing esportivo: a propaganda nos
uniformes dos jogadores. A partir de então, o negócio se desenvolveu e hoje praticamente
todas as equipes contam com um fornecedor oficial de materiais esportivos e um patrocinador
do time.
O patrocínio é uma ferramenta de marketing suficientemente flexível para substituir
ou servir diferentes elementos de comunicação, embora seja tão único que é necessária que se
defina claramente seu lugar e funções. Sendo o patrocínio uma mídia alternativa que gera
oportunidades únicas para as empresas divulgarem suas marcas, seja via merchandising ou
outras ações de marketing que promovem a empresa, produto e marca.
De acordo com Adair (2002), o futebol desperta interesses em 4,1 bilhões de pessoas
(numero de pessoas que assistiram a Copa do Mundo de 1998), o futebol junta sempre as
curvas de oferta - são os espaços em que são gerados produtos esportivos, como camisas dos
clubes - e de demanda, ou de consumo desses produtos. Onde as ações de marketing junto às
marcas das empresas patrocinadoras dos clubes de futebol destacam-se pela geração de
oportunidades para as empresas que desejam se tornar marcas bem grandes no mercado.
5
Sendo as dimensões deste mercado sobre as ações de patrocínio, com foco no futebol
são muito escassos e no Brasil a demanda é reprimida por ações de estudos formais sobre as
ações de marketing no futebol, é necessário analisar essas relações entre as marcas das
empresas patrocinadoras e os times de futebol dos campeonatos nacionais.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 7
1. MARKETING PARA O SÉCULO XXI: ............................................................................. 10
2. CONCEITOS DO MARKETING ........................................................................................ 11
2.1. Origem do Marketing: ................................................................................................... 15
2.2. Administração de Marketing: ........................................................................................ 15
2.3. Composto de Marketing (Marketing Mix): ................................................................... 17
2.4. Modelo dos 4’s: ............................................................................................................. 18
2.5. 4 Cs de Lauterborn: ....................................................................................................... 19
3. CONCEITOS DE MARKETING ESPORTIVO ................................................................. 21
3.1. Surgimento do Marketing Esportivo: ............................................................................ 24
3.2. Vantagens do Marketing Esportivo: .............................................................................. 25
3.3. Risco do Marketing Esportivo: ...................................................................................... 26
4. PRINCIPAIS DIFERENÇAS DO MARKETING PARA O MARKETING
ESPORTIVO ............................................................................................................................ 29
5. MARKETING ESPORTIVO E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ................ 30
5.1. Comportamento dos consumidores esportivos: ............................................................. 30
6. CONCEITOS DE PATROCÍNIO: ....................................................................................... 33
6.1. Patrocínio: Ações ........................................................................................................... 33
6.2. Patrocínio: Uma nova visão ........................................................................................... 34
6.2.1. Visão Estratégica do Patrocínio: ............................................................................ 34
6.2.2. Visão Tática do Patrocínio: .................................................................................... 35
7. PATROCÍNIO ESPORTIVO COMO ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA .................... 37
7.1. Principais Diferenças entre o Patrocinador e o Investidor: ........................................... 38
8. PATROCÍNIO: POTENCIAL X REALIDADE .................................................................. 39
9. CASOS DE SUCESSO NO MARKETING ESPORTIVO .................................................. 41
9.1. Lei Zico ......................................................................................................................... 41
9.2. Parmalat: ........................................................................................................................ 42
10. CONCLUSÃO: ................................................................................................................... 44
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ........................................................................................ 45
7
INTRODUÇÃO
Marketing é uma palavra de origem inglesa, derivada de market, que significa
mercado. É utilizada para expressar a ação voltada para o mercado (DIAS, 2003).
Na visão de Kotler (2000), marketing é o processo social pelo qual pessoas e grupos
obtêm o que precisam e desejam com criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços
de valor com outros.
Atualmente os profissionais de marketing necessitam de um sistema racional e
coerente que possa combinar os consumidores esportivos com os produtos esportivos. O
termo “marketing esportivo” foi adotado pela Advertising Age em 1978, para descrever as
atividades dos profissionais de marketing de produtos industriais, de consumo e de serviços
que estavam utilizando cada vez mais o esporte como um veículo profissional.
Entretanto, este sentido do termo é extremamente limitado porque fracassa em
reconhecer a parte dominante do marketing esportivo, que é marketing de produtos, eventos e
serviços esportivos.
Outro elemento que causa confusão é a utilização do termo marketing dos esportes (no
plural), em vez de marketing do esporte (no singular) ou esportivo. O marketing “dos
esportes” designa um ramo de segmentos diversos e não-coordenados que tem pouco em
comum. Certamente, cada segmento do ramo esportivo opera com independência e com
mínimo compartilhamento da prática gerencial. Mais, se algum dia, a pratica de marketing e
de gestão for padronizado no ramo esportivo, então, em algum momento, precisamos
conceber os segmentos do ramo como uma entidade homogênea.
Sendo assim, fornecidas essas noções sobre o ramo, e o marketing esportivo, surgi
uma versão adaptada de uma definição-padrão de marketing geral:
“O marketing esportivo consiste em todas as atividades designadas satisfazer as
necessidades e desejos dos consumidores esportivos através d processos de troca. Ele
desenvolveu dois eixos principais: marketing de produtos e serviços esportivos diretamente
para consumidores esportivos e marketing de outros produtos e serviços através da utilização
de promoções esportivas.”
(Marketing Esportivo – 2ªed. – Bernanrd J. Mullin)
8
Afif (2000), explica que muitas pessoas começam a compreender que, além do
patrocínio esportivo, podem ter a oportunidade de realizar alguns negócios, principalmente no
futebol, participando de investimentos ou licenciando a marca do time para utilizá-la em suas
ações de marketing. Além das vendas, a tática de unir a empresa ao esporte gera um
rejuvenescimento da marca, decorrente do efeito que o esporte produz entre os jovens.
Inserindo uma marca na camisa de uma equipe gera uma relação de cumplicidade da empresa
com o desempenho esportivo, recebendo total credibilidade obtida pelos atletas. Com um bom
desempenho do time, as pessoas mostram-se favoráveis quanto á marca que patrocina,
passando a construir uma positiva imagem da empresa, mais quando ocorre de maneira
inversa, à imagem do patrocinador fica afetada mesmo que indiretamente.
Pressupõe que o retorno do Investimento é proporcional a visibilidade que sua marca
obtém na mídia de forma espontânea, isso quando o objetivo é projetar a marca no mercado,
mais quando o objetivo é aumento das vendas a mensuração se torna mais difícil, a análise
deverá ser feita comparando as vendas do produto antes e depois do patrocínio. Porém, é
destacado pelo autor, que se a marca do fabricante já for conhecida, esse cálculo é mais difícil
de ser feito, pois não haverá condições de saber, com precisão, quanto à campanha contribuiu
efetivamente para aumento das vendas.
Segundo Bertoldo (2000), marketing esportivo é um conjunto de ações voltadas à
prática e à divulgação de modalidades esportivas, clubes e associações, seja pela promoção de
eventos e torneios ou pelo patrocínio de equipes e clubes esportivos.
Muylaert (1993), por sua vez, apresenta o Marketing esportivo com uma relação com
o marketing cultural, cuja principal preocupação é formar, via regra a médio e longo prazo,
uma boa imagem corporativa, criando, na mente do consumidor, uma impressão que distinga
uma marca específica dentre as demais (Delozier, 1976; Gomes & Sapiro, 1993).
Schlossber (1996), afirma que o marketing esportivo, trata-se da união de interesses,
pois atuando sobre o lado emocional dos consumidores, ao mesmo tempo em que viabilizam
entretenimento, as empresas passam a possuir uma boa imagem junto ao público.
Araujo (2002) ressalta que os objetivos do marketing esportivo estão relacionados com
o aumento do reconhecimento do público, reforçar a imagem corporativa, estabelecer uma
identificação com segmentos específicos de mercado, combater as ações da concorrência, ter
o envolvimento da empresa com a comunidade, conferir credibilidade ao produto com a
associação à qualidade e emoção do evento, entre outros.
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Pitts e Stollar (2002), afirmam que marketing esportivo é processo de elaborar e
programar atividades de produção, formação de preço, promoção e distribuição de um
produto esportivo para satisfazer as necessidades ou desejos dos consumidores e realizar os
próprios objetivos da empresa. Os mesmos dizem que é o próprio profissional de marketing
esportivo que deve estabelecer uma metodologia para verificar a eficácia da ação de
marketing, para isso o profissional deve ter em mente a meta objetivada pela empresa com a
ação.
Conforme Melo Neto (2003), as empresas que investem no esporte possuem marcas
fortes ou potenciais, buscam novas formas de comunicação, com o publico e mercados de
atuação, utilizam o esporte como mídia alternativa, com ênfase no reforço da marca e na
melhoria da imagem. Por ser uma mídia alternativa, permite divulgação diferenciada através
de merchandising, além de exibir a marca ou produto de diferentes formas.
Como afirmou Carrogio (1996), o patrocínio é uma relação entre patrocinador e
patrocinado, em virtude da qual o primeiro colabora de forma tangível na organização ou
celebração de eventos, e o outro, obtém facilidades para difundir mensagens favoráveis a um
publico mais ou menos determinado.
Danbron (1991), contradiz o que Carrogio afirma, observando o aspecto da
comunicação, além de ser mais agressivo nos objetivos promocionais com o foco diretamente
sobre as a vendas, dando a seguinte definição de patrocínio: “uma técnica de comunicação
que permite à empresa a associação a determinadas atividades que provocam um impacto
publicitário sobre sua notoriedade e imagem e um efeito promocional sobre suas vendas.
Para Sahnoum (1996), o patrocínio é uma ferramenta de comunicação que permite
ligar uma marca a outra empresa a um acontecimento que atrai um publica determinado.
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1. MARKETING PARA O SÉCULO XXI
O marketing está em toda parte seja de maneira formal ou informal. Pessoas e
organizações envolvem-se em um grande número de atividades que poderiam ser chamadas
de marketing.
O marketing tem se tornado um ingrediente cada vez mais indispensável para o
sucesso nos negócios; e afeta profundamente nossas vidas cotidianas, encontra-se em tudo que
fazemos desde as roupas que vestimos aos sites que clicamos, passando pelos anúncios que
vemos.
O bom marketing não é acidental. Ele resulta de planejamento e execução cuidadosos.
Em quase todos os setores, as práticas dessa ferramenta estão sendo continuamente refinadas
e reformuladas para aumentar as chances do sucesso. Mas a excelência em marketing é rara e
difícil de obter.
O sucesso financeiro muitas vezes depende da habilidade de marketing. Finanças,
operações, contabilidade e outras funções de negócios não terão sentido se não houver uma
demanda para produtos e serviços suficiente para que a empresa obtenha lucro.
Atualmente é encontrado com facilidade na maioria das empresas um diretor de
marketing para colocar em pé de igualdade com as outras funções.
No entanto não é uma ferramenta simples, em muitas empresas grandes e conhecidas,
como Sears, Levi’s, General Motors, após se depararem com consumidores exigentes e novos
concorrentes tiveram de repensar seus modelos de negócio.
Os gerentes de marketing precisam tomar decisões importantes, como quais
características incluir novo produto, a que preço oferecê-lo aos consumidores, onde vender, e
quanto gastar em propagandas e vendas, além de tomar decisão mais elaborada como escolher
a cor e palavras para uma nova embalagem.
Com isso, as empresas que estarão mais sujeitas a um maior risco, são aquelas que não
conseguem monitorar seus clientes e concorrentes com cuidado e aperfeiçoar sempre suas
ofertas de valor. Essas empresas assumem uma visão de negócios em curto prazo, direcionada
para vendas, e vão acabar por não satisfazer os acionistas, os funcionários, os fornecedores, e
os parceiros de canal. O marketing habilidoso é uma busca sem fim.
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2. CONCEITOS DO MARKETING
O marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e
sociais, para defini-lo de uma maneira mais simples, podemos dizer que ele “supre
necessidades lucrativamente”.
A American Marketing Association oferece a seguinte definição: o marketing é uma
função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e
entrega de valor para os clientes, bem como administração de relacionamento com eles de
modo que beneficie a organização e seu público interessado. Lidar com processos de troca é
preciso boas doses de trabalho e habilidade.
A administração de marketing acontece quando pelo menos uma parte em uma relação
de troca potencial procura maneiras de obter as respostas desejadas das outras partes, sendo
vista como a arte e a ciência da escolha de marcado-alvo e da captação, manutenção e
fidelização de clientes por meio da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior
o do cliente.
Podem ser estabelecidas definições diferentes de marketing sob perspectivas social e
gerencial. Uma definição social afirma que o marketing é um processo social pelo qual
indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da
livre troca de produtos e serviços de valor com os outros. (Kotler 2000) Como uma definição
gerencial, o marketing muitas vezes é descrito como “a arte de vender produtos”. De fato, as
pessoas se surpreendem quando ouvem que parte mais importante do marketing não é vender!
Peter Drucker, um dos principais teóricos de administração, apresenta da seguinte maneira:
“Pode-se considerar que sempre haverá a necessidade de vender. Mais o objetivo do
marketing é torna supérfluo o esforço da venda. O objetivo do marketing é conhecer e
entender o cliente tão bem que o produto ou serviço seja adequado a ele e se venda sozinho.
Idealmente, o marketing deveria resultar em um cliente disposto a comprar. A única coisa
necessária então seria tornar o produto ou serviço disponível”
Para McCarthy e Perreault Júnior (1997), o marketing é mais que venda e propaganda:
é o conjunto de atividades desenvolvidas por organizações e também é um processo social e,
divide-se em dois segmentos: micromarketing que é desempenho das atividades destinadas a
realizar os objetivos de uma organização, partindo das necessidades do consumidor e do
cliente e dirigindo-lhes um fluxo de bens e serviços a partir de um fabricante ou produtos; e o
macromarketing que é o processo social que dirige o fluxo econômico de bens e serviços dos
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produtores aos consumidores de maneira que iguale eficazmente a oferta e a demanda e
realiza os objetivos da sociedade.
Já para Rocha (1999), marketing é a função gerencial que busca ajustar a oferta da
organização à demanda específica do mercado, utilizando como ferramental, um conjunto de
princípios e técnicas. No processo social, é regulador da oferta e da demanda de bens e
serviços para atender as necessidades.
Sandhusen (2000) identifica o marketing como processo de planejamento e execução,
fixação de preços, promoção e distribuição de idéias, bens e bons serviços, para criar trocas
que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais.
A adoção de tais conceitos de marketing pelas empresas pode proporcionar muitas
vantagens. Em primeiro lugar, a sobrevivência e a continuidade da empresa, em longo prazo,
derivam de sua capacidade de atrair e reter clientes. Existem indicativos que mostram que,
empresas orientadas em marketing são mais lucrativos, independentes da agitação do mercado
em que atuam da intensidade de concorrência e do grau de mudanças tecnológicas. (Levitt
apud Rocha e Christensen, 1987).
Porém, quando se fala em Marketing, muitas dúvidas ainda se fazem presentes, há
empresas que possuem produtos adequados, mas não tem orientação para o marketing o que
pode implicar em mau desempenho, como conseqüência de não investirem em um
departamento de marketing. Levitt apud Rocha e Christensen (1987), destaca que muitas
empresas não sobrevivem no mercado porque acreditavam e confiavam exageradamente em
seus produtos, e não se preocupavam em satisfazer as necessidades dos seus clientes, não
tendo, nestes casos, uma direção de seus produtos voltada para marketing, a fim de obterem
um contato direto com o consumidor final.
Para McCarthy e Perreault Junior (1997), se algumas pessoas forem convidadas a
definir marketing, até mesmo os empresários e administradores o definirão como venda ou
propaganda. Estão certos que estes são alguns dos elementos do marketing, mas não os
únicos.
Segundo Kotler e Fox (1994), poucos sabem que o processo de marketing inclui a
avaliação de necessidades, pesquisa de marcado, desenvolvimento de produto, preço e
distribuição. Muitos acreditam que marketing é somente venda e promoção, que alguém está
sempre tentando vender alguma coisa.
No entanto, muitas organizações, se surpreendem, ao saber que a venda não é parte
mais importante do marketing. Quando uma organização oferece produtos, serviços e preços
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adequados ao mercado e distribui e promove-os com eficiência, à venda de tais produtos e
serviços, torna-se mais fácil.
Já para Rapp e Collins (apud COBRA, 1992), todo marketing deve conseguir
satisfazer às necessidades e vontades dos consumidores, seja consciente ou
inconscientemente. Deve efetivar a venda convertendo o interesse do comprador em potencial
em intenção de compra e compra real. E, quase todo marketing, deveria tentar desenvolver
uma relação contínua com comprador após a primeira venda, para que haja compras e o
consumidor se torne fiel ao produto.
Existem algumas orientações características sob as quais as empresas e profissionais
administram sua atividade de marketing, nas quais engloba a orientação para marketing,
orientação para produção, orientação para o produto e orientação para venda (Kotler, 1998).
Levitt (apud Kotler, 1998) expõe em seu trabalho, um grande contraste entre os
conceitos de venda e de marketing. A venda destaca as necessidades do vendedor, das quais
fazem parte o marketing e as necessidades do comprador.
A venda se preocupa com a precisão do vendedor em transformar seu produto em
lucros; já o marketing e suas necessidades do cliente através do produto e de um conjunto de
valores associados a sua concepção, distribuição e, finalmente, seu consumo.
Quanto ao conceito de marketing, este é uma filosofia empresarial que desafia os
conceitos de produção, de produto e de venda Levitt (apud Kotler, 1998, p.34)
O conceito de venda parte da perspectiva de dentro pra fora. Começa com a fábrica,
foca sobre os produtos existentes na empresa e exige ênfase em venda e promoção para gerar
resultados rentáveis. O conceito de marketing parte de uma perspectiva de fora para dentro.
Começa com um mercado bem definido, foca as necessidades dos consumidores coordena
todas as atividades que afetarão estes consumidores e produz lucros através da obtenção de
satisfação dos mesmos (Kotler, 1998).
Quanto às vendas, os consumidores somente comprarão um produto se forem
estimulados a este fim. A partir disto, o vendedor tentará fazer com que o consumidor compre
seu produto, às vezes, sem se preocupar com a futura satisfação de seus clientes (Kotler,
1998).
Neste sentido, os principais objetivos perseguidos pelo profissional e pelas empresas
que se norteiam pelo conceito de vendas são os de obter vendas substanciais para seus
produtos. Sabe-se que os consumidores normalmente não comprarão o suficiente se não forem
estimulados, no entanto, podem ser levados a comprar mediante varias estratégias de estimulo
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de vendas. Porém, se os clientes não comprarem novamente existem muitos outros que
comprarão. Há, também, o profissional e a empresa orientada para produção. Neste caso,
trabalham no sentido de alargar a produção por meio da redução de preço (Kotler, 1998).
Henry Ford foi o pioneiro desta filosofia no inicio do século XX para expandir o
mercado automobilístico. Ele empregou todo o seu talento no aperfeiçoamento da produção
em série (linha de montagem), possibilitando baixar o custo de produção de automóveis e com
isto aumentar a venda de unidades (Kotler, 1998)
Segundo o autor, o conceito de produção é a muito tempo utilizado pelos vendedores,
acredita-se que os clientes darão prioridade aqueles produtos que estão amplamente
oferecidos no mercado, e com preço baixo, portanto não há a preocupação com satisfação do
cliente.
"Os administradores de organizações orientadas para a produção são os que se
concentram em atingir alta eficiência produtiva e ampla cobertura de distribuição."
(KOTLER, 1998, p.32). Ou seja, a organização que tem competência produtiva, atinge seus
clientes colocando os seus produtos no maior número de pontos de venda possíveis, em
grande quantidade e a preços baixos, para que sejam de fácil acesso. Para Mcarthy e Perreault
(1997), a orientação para o produto analisa que os consumidores irão eleger os produtos que
proporcionarem mais benefícios com relação a outros, como por exemplo, qualidade,
desempenho ou, características superiores, como novidades. As organizações voltadas para
esses conceitos procuram se concentrar em fazer produtos superiores aos outros e aperfeiçoá-
los com o passar do tempo.
Conforme o conceito de marketing descrito por Kotler (1996), para alcançar as metas
de uma organização é preciso definir quais as necessidades e desejos do consumidor a fim de
oferecer a ele satisfações desejadas com mais eficiência que os concorrentes.
Segundo AMA – American Marketing Associantion –Definição 2005, marketing são
uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a
comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como administração do
relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu publico interessado.
Afirma também que é a atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar,
distribuir e efetuar a troca de ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros
e a sociedade como um todo.
O conceito contemporâneo de Marketing engloba a construção de um satisfatório
relacionamento em longo prazo do tipo “ganha-ganha” no quais indivíduos e grupos obtêm
15
aquilo que desejam e necessitam. O marketing se originou para atender as necessidades de
mercado, mas não está limitado aos bens de consumo. É também amplamente usado para
"vender" idéias e programas sociais. Técnicas de marketing são aplicadas em todos os
sistemas políticos e em muitos aspectos da vida.
2.1. Origem do Marketing:
O estudo do mercado surgiu da necessidade dos industriais em administrar a nova
realidade oriunda da Revolução Industrial, que causou uma transformação de um mercado de
vendedores para um mercado de compradores. Neste estágio o marketing ainda é inseparável
da economia e da administração clássica, pois inicialmente sua preocupação era puramente de
logística e produtividade, com o intuito de maximização dos lucros. Os consumidores não
tinham qualquer poder de barganha e a concorrência era praticamente inexistente.
Tal realidade manteve-se inalterada até fins da Segunda Guerra Mundial quando,
então, reagindo ao crescimento da concorrência, mercadólogos começaram a teorizar sobre
como atrair e lidar com seus consumidores. Surgiu então a cultura de vender a qualquer preço.
P.T. Barnum, autor de The art of money getting, foi um ícone deste período, cheio de
truques que faziam da arte de vender quase um espetáculo de fraude e que faz com que até
hoje os profissionais do mercado sejam vistos com desconfiança. Outros autores da época são
W.D. Scott, autor de The psychology of advertising, e H.L Hollingworth, que escreveu
Advertising and selling. As técnicas existentes baseavam-se mais na intuição do que na
prática. Eram técnicas ingênuas e/ou maliciosas que estavam misturadas a ferramentas
eficientes.
Um dos fatores mais atuais de marketing encontra-se na parte dos virais e de ações
coordenadas, onde a questão ética é fundamentada em fatores básicos. A ação de marketing é
coordenada através de um plano de estratégia de marketing.
2.2. Administração de Marketing:
O marketing ocupava a 50 anos atrás, na maior parte das empresas, um lugar modesto
no organograma, o de um serviço comercial, composta por alguns vendedores e empregados e
muitas vezes esta subordinado ao diretor de produção ou diretor admisnitrativo, mais com o
tempo essa função foi crescendo progressivamente e colocada no mesmo plano das outras
direções de produção, financeira, e de recursos humanos.
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Nos dias atuais, pode-se ver várias empresas praticando diferentes metodos de
marketing ao redor do mundo e ver muitas empresas usando metodos diferentes do marketing
em um mesmo mercado: orientação para produção, produto, venda, cliente e sociedade,
podendo-se identificar na evolução do marketing os seguintes metodos para sua
administração.
⇒ Orientação para produção: A grande questão, para as empresas, era produzir e
não vender. O papel do marketing é, essencialmente, entregar produtos em
locais onde possam ser comprados. Considera que os consumidores preferem
os produtos de melhor qualidade, desempenho e aspectos inovadores. Portanto
as organizações deveriam esforçar-se para aprimorar seus produtos
permanentemente.
⇒ Orientação para o cliente: A função principal da empresa não é mais produzir e
vender, mas satisfazer à clientela, consultando-a antes de produzir qualquer
coisa, via estudos de mercado e com base nessa consulta, caso seja favorável,
oferecer-lhe produtos/serviços/idéias de qualidade e valor, para que os
consumidores voltem a comprar e a falar bem da empresa e de seus produtos.
⇒ Orientação para vendas: Uma orientação para vendas envolve a concentração
das atividades de marketing na venda dos produtos disponíveis. Normalmente
utilizada quando a oferta de produtos e serviços é maior do que a demanda.
Ênfase em promoções e vendas.
⇒ Orientação para o marketing societal (socialmente responsável): Sustenta que a
organização deve determinar as necessidades, desejos e interesses do mercado-
alvo e então proporcionar aos clientes um valor superior de forma a manter ou
melhorar o bem-estar do cliente e da sociedade.
⇒ Orientação para o marketing holístico: Nesta abordagem a empresa deve tentar
compreender e administrar toda a complexidade envolvida na gestão de
marketing de uma empresa.
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2.3. Composto de Marketing (Marketing Mix):
São inumeras as definições para Marketing Mix, também conhecido , em português,
como Composto de Marketing.
No entanto, todas levam à mesma definição: "é o conjunto de elementos que compõe
as atividades de Marketing". A partir de então a expressão Marketing Mix (mistura de
Marketing) ou Composto de Marketing, como é conhecida no Brasil, passou a ser a teoria
mais aceita para efetivar atividades de Marketing. Jerome McCarthy, professor da
Universidade de Michigan, definiu os 4 grandes grupos de atividades que representariam os
ingredientes do composto e os separou em:
1. Produto
2. Preço
3. Promoção
4. Praça
Nos dias atuais, o composto de Marketing é visto internacionalmente como “Os 4 Ps
do Marketing”.
Assim, os grandes nomes do Marketing, incluindo-se nessa relação Philip Kotler, a
maior autoridade em Marketing da atualidade, ainda consideram a teoria original e mantém o
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composto de Marketing com “apenas” 4 Ps. Ele define o composto de Marketing como “o
conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no
mercado alvo”.
Cada variável engloba uma série de atividades, as mais comuns dos quatro P’s são:
Variável Atividades
Produto
Diferentes tipos de Design;
Características;
Diferenciais com a concorrência;
Marca;
Especificações;
Embalagem.
Preço
Financiamentos;
Condições de Pagamento;
Descontos;
Crediário.
Promoção
Propaganda;
Publicidade;
Promoções.
Praça
Lojas;
Logística;
Distribuição.
2.4. Modelo dos 4’s:
Raimar Richers,descreve a interação da empresa com o seu meio ambiente em função
dos seus objetivos e através da efetiva ação das ferramentas do composto de marketing.
Segundo o professor essas funções se dividiriam em quatro fases, que são as seguintes:
Variável Atividades
Análise
Objetivo de identificar as forças vigentes no mercado (aspectos
econômicos, concorrências e tecnológicos), através de pesquisa
de mercado e o sistema de informações de marketing.
19
2.5. 4 Cs de Lauterborn:
Em 1990, Robert Lauterborn, afirma que a Era Industrial estava sofrendo com
mudanças e entrando no meio de uma nova era: a da Informação, dos Serviços e dos Clientes.
Dessa forma, ao notar que os 4Ps, representavam a visão do vendendor sobre as
ferramentas marketing que influenciam compradores, onde do ponto de vista do comprador,
cada ferramenta de marketing é designada com um beneficio para o consumidor.
Adaptação
Objetivo de adequar às linhas dos produtos e serviços, devido à
análise de posicionamento em termos de design, características,
marca embalagem, etc. Também consiste na interpretação do
ciclo de vida do produto e do portfólio dos produtos em relação
aos concorrentes, também conhecido como Composto de
produto.
Ativação
Também conhecido como Composto Promocional, onde seu
elemento chave é a distribuição (que inclui transporte e
armazenagem), força de vendas; promoção e vendas;
merchandising e relações publica.
Avaliação
Objetivo de avaliar as principais forças e fraquezas
organizacionais, as oportunidades e os problemas, de forma a
analisar os resultados operacionais de cada esforço do marketing,
identificam o impacto ambiental-interno (representado pelas
forças, fraquezas, problemas e oportunidades) e externo aos
negócios da organização.
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Assim Robert Lauterborn, sugeriu que os 4Ps do vendedor correspondesse aos 4Cs do
cliente.
4 Cs 4 Ps
Necessidade e Desejo do
Consumidor Produtos
Custo para satisfazer o
consumidor Preço
Conveniencia para comprar Praça
Comunicação Promoção
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3. CONCEITOS DE MARKETING ESPORTIVO
O termo marketing esportivo é usado para descrever o marketing da imagem
corporativa ou mensagem de um produto específico através do esporte. Sendo um meio pelo
qual pessoas ligadas direta e indiretamente ao esporte posam negociar exposição das marcas,
promover e patrocionar eventos, comprar material esportivo, etc. Consiste em todas as
atividades designadas em atender as necessidades e desejos dos consumidores de qualquer
modalidade esportiva através de um processo de intercâmbio.
Marketing esportivo pode ser utilizado tanto pra descrever as atividades de
“marketing através do esporte”, onde existe esforços por parte de empresas em utilizar o
esporte como meio de comunicação e exposição do produto ou marca para seus
consumidores, alguns exemplos são cigarro, automovéis, vitaminas, camisas, bonés, etc. E
também pode ser utilizado “marketing dos esportes” , onde os esforços são por parte dos
dirigentes de clubes, ligas e associações esportivos ou até mesmo do proprio atleta em atender
as necessidades e desejos do seu consumidor, alguns exemplos são futebol, academia,
corridas, etc. Esse consumidor atinge varios tipos de envolvimento com o esporte como jogar,
assistir, ouvir, ler, colecionador e comprar.
É um marketing promocional, realizado por meio, da associação de imagem de atleta,
clube, time a uma determinada marca. Seus objetivos são de aumentar o reconhecimento do
público, criar e/ou fortificar, um elo entre a empresa e o consumidor, garantir a maior
exposição do produto e, principalmente, conferir credibilidade à marca.
Também cuida da utilização comercial, no licenciamento das marcas e das imagens
dos grandes atletas, essa associação é uma forte estratégia de valorização, divulgação e até
mesmo de rejuvenescimento da marca. Os valores que são atribuídos ao esporte, como saúde,
conquistas e particapação social além dos fatores pessoais dos atletas estão diretamente
relacionados ao sucesso da empresa no mercado. Ao final os resultados alcançados são
gratificantes, tornando uma imagem mais forte e consistente perante a sociedade e um retorno
garantido sobre vendas do produto veiculado.
Bertoldo (2000), afirma que o marketing esportivo é um conjunto de ações voltadas à
prática e à divulgação de modalidades esportivas, clubes e associações, seja pela promoção de
eventos e torneios ou pelo patrocínio de equipes e clubes esportivos.
O marketing esportivo tem o objetivo de aumentar o reconhecimento publico,
reforçando a imagem corporativa, estabelecendo identificação com os segmentos específicos
22
do mercado, combater ou antecipar-se a ações da concorrência, envolver a empresa com a
comunidade, conferir credibilidade ao produto com a associação à qualidade e emoção do
evento (Araújo, 2002).
Existe também, o marketing no esporte, que tende a comercializar os produtos e
serviços de empresas esportivas ou própria promoção de atividades.
Afif (2000) define o marketing esportivo, como estratégia que utiliza o esporte para
atingir suas metas, segundo ele o marketing esportivo pode ser definido de duas formas. A
primeira faz intermédio do marketing de serviços e produtos voltados aos consumidores que,
de alguma maneira, se relacionam com o esporte, como por exemplo, camisas oficiais dos
times. Já a segunda trata-se de uma estratégia que emprega o esporte como meio de divulgar
produtos, sem que estes tenham ligação com atividades esportivas, patrocinadores em geral.
Empresas e marcas líderes no mercado se privilegiam nesta área, aproveitando-se da boa
imagem de atletas ou equipes esportivas junto à opinião publica, gerando resultados
extremamente positivos para suas imagens. Afif (2000), acretida que os atualmente os
profissionais de marketing precisam de muita criatividade para se sobressair à publicidade
tradicional, inovando com algo que tenha poder de influenciar as pessoas.
Além das vendas, a tática de unir a empresa ao esporte gera rejuvenescimento da
marca devido ao impacto que o esporte produz nos jovens. O fato de inserir a marca na
camisa de uma equipe gera uma relação de cumplicidade da empresa com a performance
esportiva, recebendo toda a credibilidade obtida pelos atletas, com o bom desempenho do
time ou do atleta, as pessoas mostram-se impassíveis quanto á marca que as patrocina e
passam a construir uma imagem positiva da empresa. Entretanto, quando um jogado apresenta
um comportamento inadequado, o patrocinador poderá ter sua imagem afetada, mesmo que
indiretamente.
Afif (2000), afirma que o marketing esportivo cai como uma luva, pois o momento em
que se pode atingir o consumidor (expectador) durante o seu lazer, é quando este está disposto
a receber à mensagem da empresa e seus produtos.
Para entender a evolução da teoria do marketing esportivo, é preciso conhecer a base
sobre a qual a matéria constrói. A base do marketing esportivo constitui-se basicamente de
quatro amplos campos de estudo: estudos esportivos, estudo de administração de empresas,
estudo de Ciência Sociais e Comunicação. Cada amplo campo de estudo apresenta áreas de
estudo especificas ou especializadas a partir das quais o marketing esportivo desenvolve seu
corpo de conhecimento. (Pitts e Stoltlar 2002).
23
Marketing esportivo é o processo de elaborar e programar atividades de
produção, formação de preço, promoção e distribuição de um produto esportivo para
satisfazer as necessidades ou desejos dos consumidores e realizar os próprios objetivos da
empresa, afirma Pitts e Stoltlar 2000.
Esse tipo de atividade tornou-se a função mais importante de um negócio
esportivo, devido ao crescimento da indústria do esporte que não demonstra sinais de
esgotamentos. Tal crescimento sugere cada vez mais um aumento de empresas e produtos
esportivos. Cada produto ou empresa representa concorrência. Nesta área, concorrência
significa que um negócio esportivo compete com outro para conquistar o dinheiro do
consumidor, no sentido comercial, vencer significa manter-se no negócio satisfatório. Sendo o
sucesso definido pela própria empresa esportiva e em geral se mede pela realização dos
objetivos propostos (Pitts e Stlotlar, 2000).
Segundo Melo Neto, 2003, as empresas que investem no esporte apresentam algumas
características essenciais. Possuem marcas fortes ou potenciais e buscam novas formas de
comunicação com os seus públicos e nos mercados que atuam. Utilizam o esporte como mídia
alternativa, com ênfase no reforço e disseminação da marca e na melhoria da imagem.
Procuram comunicarem-se melhor com segmentos de clientes atuais futuros. Tais fatores
constituem o que denominamos de tripé do marketing esportivo, sendo determinantes de sua
natureza.
O marketing esportivo ao associar a imagem do atleta, do clube e do esporte em geral
à marca, produto e nome da empresa patrocinadora, torna-se um elemento decisivo na
estratégia de valorização, divulgação, rejuvenescimento da marca e produto. Pode ser
caracterizado como mídia alternativa, o esporte por si, tem seu espaço reservado em qualquer
veículo de comunicação, pois as notícias do esporte ajudam a vender o veículo (jornal, revista,
rádio e TV).
Por ser uma mídia alternativa, permite divulgação diferenciada através do
merchandising, além de exibir a marca ou produto de diferentes marcas. Darren Marshall,
vice-presidente da SRI – Sponsorship Research Internacional acredita que o retorno de uma
marca ou produto envolvido em patrocínio de eventos seja quatro vezes maior do que um de
boa campanha publicitária, o que possibilita alto retorno publicitário para aqueles que
investirem.
24
3.1. Surgimento do Marketing Esportivo:
Afif (2000), afirma que o marketing esportivo teve grande avanço no Brasil nos anos
50, durante o governo de Juscelino Kubitschek, com a política cujo lema era 50 anos em 5
levou diversas organizações, tanto nacionais como internacionais, a atuar no país. As grandes
empresas estrangeiras traziam para o país a mesmas marcas que comercializavam em outros
países e limitava-se a produzir artigos padronizados, a ênfase estava na vendas, mais as
empresas – líderes já utilizavam estratégias de marketing como às pesquisas, a propaganda e
promoções de venda.
De acordo com o autor, foi também nos anos 50 que o marketing foi inserido nas
faculdades, sendo a pioneira a Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, que inseriu nas
disciplinas do curso de Administração de Empresas. Com o golpe de 1964, o governo
ditatorial passou por uma série de dificuldades econômicas e o progresso só retornou por volta
de 1967.
No entanto, em 1980, a alta inflação e a interrupção dos investimentos estrangeiros
novamente fizeram com que o marketing decaísse. Entre altas e baixas, passou a ter forte
ascensão com o uso da informática, quando o controle das estratégicas tornou-se mais rápido
e preciso.
Já Cortusi (1996), afirma que as décadas de 80 e 90 representaram para o Marketing
brasileiro um período das ilusões perdidas. O país começou observar melhor sua realidade de
seu subdesenvolvimento e recessão. No decorrer destas décadas a economia sofreu bastantes
alterações em todos os segmentos da sociedade, e o marketing por sua vez foi influenciado
por golpes, por incompetência de governantes e pela instabilidade de empresas.
No entanto, em 1994 o Plano Real volta a dar esperança ao povo brasileiro, e começa-
se a sonhar com o primeiro, e uma possível estabilização econômica. Fixam-se no mercado,
com força total, s profissionais de marketing e, com eles, novas promoções, eventos e
campanhas publicitárias.
Afif (2000) cita que o marketing esportivo não foi desenvolvido há mais tempo no
futebol, devido a Federação Internacional de Futebol – FIFA, não aceitava que as equipes
incluíssem publicidade em suas camisas. Para resolver esta situação, algumas empresas
transformaram seus nomes em marca de material esportivo, podendo estampá-las nas camisas
dos jogadores. Já outras, compraram times para alterar o nome do clube.
Muitos dos motivos que levaram grandes a investirem no esporte estão ligados ao
espaço que a mídia reservou para a divulgação dos eventos, em virtude do sucesso obtido em
25
grandes competições nacionais e internacionais e retorno institucional e de venda que eles
traziam.
3.2. Vantagens do Marketing Esportivo:
Nos últimos anos vem se mostrando uma forma de divulgação, com inúmeras
vantagens para diversas empresas, e no Brasil, a tendência é de crescimento.
Existem diversas estratégicas, que atendem empresas de diferentes formas, cada qual
para fim próprio. Algumas dessas formas são o patrocínio a um ou mais clubes, o patrocínio
de publicidade estática, o patrocínios de jogos na televisão, etc.
A empresa consegue através do esporte, comunicar-se com seu público, isso devido ao
fato do esporte em geral mexer com a emoção das pessoas, com seus ideais e paixões,
passando para empresa também, na visão do publico. Um grande exemplo é a empresa
Parmalat, que patrocinou durante muitos anos a equipe de futebol do Palmeiras, para Melo
Neto (1995) a grande inovação nas estratégias de investimento da Parmalat foi atrelar seu
nome a clube de futebol para dessa formar reforçar a sua imagem e manter-se em evidencia
no noticiário, com um contrato anual, da empresa com o clube, no valor aproximado de
US$1,2 milhão, e o investimento na compra de jogadores gerou um lucro para empresa, nos
anos de 1993 e 1994, em torno de US$ 13,4 milhões, de forma tornando o Palmeiras uma das
maiores equipes de futebol do Brasil.
Pozzi (1998), afirma que as vantagens do marketing esportivo são inúmeras, afinal não
é por acaso que as grandes empresas como a Nike, investe milhões nesta publicidade, para se
ter uma idéia esta empresa norte-americana gasta por ano 200 a 300 milhões de dólares com
patrocínio no esporte, mais com uma arrecadação em média de 6,5 bilhões de dólares neste
mesmo período. Porém para ser bem sucedido o patrocinador deve contar com ajuda de
profissionais experientes e que possuam conhecimento vasto nesta área.
Pode ser citado também como um exemplo, uma parceria de grande sucesso no ano de
1995, quanto o clube de futebol Botafogo teve como patrocinador o refrigerante Seven UP,
onde o logotipo da marca de refrigerante era um número 7 estilizado, o número da camisa do
artilheiro e o jogador mais carismático do time na época. Esta foi uma das mais bem
sucedidas publicidades relacionadas a clubes de futebol no Brasil, na medida em que o
Botafogo conquistou um título de campeão brasileiro e a Seven Up pôde crescer no país.
26
Outros exemplos de marketing esportivo que envolve diferentes tipos de esportes são
as diversas companhias de cigarros pelo mundo afora forjaram a sua imagem nos ombros do
esporte. O caso mais relevante é do cigarro Marlboro, que utiliza a Fórmula 1 e a Fórmula
Indy, eventos de grande envolvimento mundial. A Marlboro não só patrocina os eventos,
como também, patrocina pilotos e equipes destas fórmulas.
Nestes casos, muitas vezes serve para driblar normas de países que proíbem a
propaganda de cigarros e bebidas, tais como, Inglaterra, França e Alemanha.
Outras importantes vantagens do marketing esportivo são a projeção da marca,
simpatia da marca junto ao público, simpatia junto à mídia, visual direto do produto sem gerar
custos, rejuvenescimento da imagem da empresa, venda dos produtos com a marca da equipe
e do patrocinador.
Na verdade o marketing esportivo contempla a velha máxima: para se vender bem é
preciso comprar bem. Com isso alguns detalhes são importantes: escolha de um esporte ou
atleta em evidência ou em franca ascensão; fazer um bom planejamento após esta escolha;
elaborar promoções paralelas (tarde autógrafos, brindes, etc...); colocar a marca de maneira
bem visível; Criar brindes que identifiquem a marca e os produtos; Aproveitar espaços
alternativos para merchandising (placas e painéis); aprender a criar fatos sobre o que se está
patrocinando; associar alguns produtos ao esporte; lembrar de clipar o maior número de
matérias possíveis.
Quando o marketing esportivo é bem aplicado, ele conquista um retorno fantástico e
uma associação de imagem muito grande com o esporte e por um longo período.
3.3. Risco do Marketing Esportivo:
O produto “esporte” tem uma série de características únicas e imprevisíveis,
dificultando as ações de marketing daqueles que administram. Por se tratar de um produto
intangível, experimental e subjetivo, em que predomina a paixão e todos os nele envolvidos se
consideram experts, dada a forte identificação pessoal com o produto. Além disso, o esporte
tem um grande apelo global e, ao contrário das demais indústrias, não se pode matar a
concorrência, pois os clubes dependem dos outros para participar das competições.
Pode ser observado um número cada vez maior de empresas interessadas em investir
no esporte a fim de associar suas marcas a um produto de qualidade e que transmita uma série
de conceitos positivos e que trazem maior qualidade de vida, como saúde, entretenimento,
competitividade, emoção, alegria, etc. No entanto fatores inerentes e incontroláveis do
27
esporte, como a imprevisibilidade advinda do desempenho do time ou dos atletas, o clima, os
resultados, entre outros, vêm se juntar a outros fatores mais controláveis, como a
desorganização administrativa, os calendários irracionais, a violência dentro e fora de campo,
a baixa qualidade dos estádios, etc.
Esse conjunto de fatores pode acabar influenciando na decisão de muitas empresas que
fazem um processo sério de avaliação das melhores oportunidades de investimento no esporte
em vez de seguir unicamente as preferências pessoais do principal executivo da empresa.
Talvez esse seja o motivo pelo qual as principais multinacionais ainda relutam em investir no
mercado esportivo, mesmo tendo um longo histórico de associação com mercado norte
americano e europeu.
O esporte envolve paixão, política e outros sentimentos que dependendo de como for
conduzido cada caso, pode arruinar com a imagem de um investidor. São situações que
algumas vezes podem ser evitadas. Mesmo depois que o “leite já foi derramado” é preciso
tomar cuidado para não agravar o caso, deve-se conduzir o fato para que o “fogo seja
apagado” o mais rápido possível e não causem maiores prejuízos as marcas.
Gráfico 1 – Estatística de consumidores que deixam de comprar produtos do
patrocinador da equipe rival.
Segundo a pesquisa da TNS, realizada em 2008, 31% dos torcedores flamenguistas
afirmaram que a Nike é sua marca preferida de tênis para praticar esporte, para os corintianos
a Nike é a preferida de 22,5%. Já para 22,6% dos torcedores do Fluminense a Adidas é a
marca predileta de tênis, esse percentual foi de 18,4% para os palmeirenses, esses dados se
28
referem à fidelidade do torcedor à marca de material esportivo parceira de seu clube de
coração.
29
4. PRINCIPAIS DIFERENÇAS DO MARKETING PARA O MARKETING
ESPORTIVO
O marketing esportivo compreende as ações voltadas para prática de divulgação de
modalidades esportivas, clubes ou associações seja por promoção de eventos, pelo
apoio/patrocinio aos clubes esportivos. Essa modalidade já está bastante profissionalizada em
alguns países, mais no Brasil ainda é iniciante por muitas razões, mais a primordial é a visão
amadora de muitos empresários que utilizam o esporte para obter vantagens. Com a falta de
ética e a corrupção comprometem qualquer iniciativa sérias de marketing esportivo; mais é
importante lembrar que apesar dessa situação existe empresas sérias, que tem grandes
iniciativas como Banco do Brasil, patrocina a seleção brasileira de volei, e muitos outros
eventos de esporte, Petrobras, Unimed, entre outras.
O marketing é conduzir produzir produto certo, para pessoas certas, no lugar certo, na
hora certa e com preço e com comunicação certa. (Kotler, 1996).
O markting é a atividade humana dirigida à satisfação de necessidades e desejos de
processos de troca. (Cobra, 1995).
Nas ultimas décadas, a orientação para o marketing tem-se revelado uma estratégia
tanto para atingir a liderança em mercados variados quanto para proteger e diminuir riscos em
conjunturas cada vez mais dinâmicas. Prevalece aí a ideia de que os produtos e serviços são
desenvolvidos para um dado mercado consumidor, que paga por eles e tem prerrogativa de
mudar o fornecedor. A orientação para o marketing traduz uma visão de negócios focada na
antecipação e no atendimento das demandas, expectativas e necessidades do consumidor a
longo prazo.
A gestão de marketing ainda está longe de ser uma realidade na maioria das empresas
brasileiras, apesar de retórica e do uso parcial de seus instrumentos e técnicas. Um número
expressivo de empresas aindasegue uma orientação para vendas ou para o produto. Esse fato,
somado ao pequeno porte dessas empresas, à grande variação cambial dos últimos anos e à
escassez interna de crédito, está na raiz de nossas preocupações com a competitividade de
nossos produtos de manofaturados, em um mundo cada vez mais dividido em blocos e
acordos comerciais.
30
5. MARKETING ESPORTIVO E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Como qualquer outro produto, o esporte também é consumido, através da compra de
um ingresso para assistir uma partida de futebol num estádio, buscas de informações dos
times favoritos na internet, assinatura na TV para assistir os jogos do campeonato, aquisição
da camisa do time, entre outras maneiras.
Compreender os fatores que levam o consumidor esportivo a tomar decisão de gastar
dinheiro, tempo e esforço, é de grande validade para elaboração de estratégias do marketing
eficiente.
Sendo dessa maneira possivel, oferecer produtos esportivos que satisfaçam os desejos
e necessidades das pessoas, contribuindo dessa maneira para evolução do esporte.
As estratégias que são adotodas do marketing esportivo, visto a importância do estudo
do comportamento dos consumidores esportivos para sucesso das ações de uma instituição
esportiva, são a pesquisa de marketing, segmentação, mercado – alvo, mix de marketing.
O próprio fato de ser torcedor de um clube ou praticante de uma modalidade esportiva
poderia ser um critério de segmentação, entretanto, para que isso ocorra de forma, digamos,
responsável pelo prisma de marketing, seria necessário que os gestores responsáveis por
clubes e confederações estabelecessem um posicionamento mercadológico, que permitisse
atrair seguidores que com ele se identificassem.
O planejamento das estratégias de marketing esportivo é um processo para definir as
diretrizes a serem seguidas para se obter os objetivos propostos pela organização esportiva.
5.1. Comportamento dos consumidores esportivos:
O comportamento dos consumidores esportivos, possui suas diferentes classificações e
os fatores que influenciam a tomada de decisão na hora de consumir o esporte. Os tipos de
consumidores esportivos, de acordo com Mullin (2004):
• Não-consumidores (informado, mal-informado e desinformado)
• Consumidores indiretos (consumidor médio)
• Consumidores (usuários raros, médios e intensos)
31
Para Shank (1999), os consumidores são divididos em :
• Espectadores (individual e corporativo) - assistem ao evento esportivo, e o
consomem sob duas formas: presentes no evento e através da mídia (TV, rádio,
revista, jornal, Internet, etc.)
• Participantes
• Patrocinadores (empresas)
Segundo Brooks (1994), existem apenas 2 tipos:
• Primário: é composto por pessoas que possuem relacionamento ativo com o
esporte, como os participantes, espectadores e voluntários.
• Secundário: é composto por pessoas e empresas que se relacionam com o esporte
para obter vantagens comerciais. Estão interessados no mercado primário
(espectadores, participantes e voluntários) e pelas imagens e benefícios gerados
pelo esporte, atletas, eventos e equipes.
Alguns fatores que influenciam que acaba levando ao entendimento dos motivos que
fazem as pessoas ao envolvimento e comprometimento com o esporte, e seu
consequentemente consumo. Essa relação do consumidor esportivo com o produto se dá em
três dimensões: benefícios, atributos e atitudes, as pesquisas nessa direção auxiliam no estudo
sistemático do consumidor esportivo. Por isso, é importante conhecer os fatores que levam à
participação esportiva tornando cada vez mais necessário para a inplantação de diretrizes mais
eficientes. São os seguintes fatores:
• Envolvimento esportivo
• Fatores ambientais
• Fatores individuais
• Processo de tomada de decisão
O marketing esportivo demonstra ter um eficiente retorno para as organizações, e
sendo assim, é fundamental o estudo desta ferramenta e sua evolução para um melhor
32
aproveitamento. Vale salientar que os estudos mais recentes e as novas tendências encontram-
se na literatura americana, onde este mercado está evoluído.
No Brasil, há escassez de estudos nesta área, portanto o desenvolvimento de
estratégias de marketing deve se adaptar à realidade brasileira, com sua cultura e
comportamentos distintos.
Assim contribuindo para o sucesso das estratégias de marketing esportivo
implementadas, que por sua vez irá auxiliar a organização a atingir suas metas e objetivos. De
forma geral, a conseqüência de um trabalho efetivo nesta área é o desenvolvimento e
crescimento da indústria do esporte.
33
6. CONCEITOS DE PATROCÍNIO:
É uma tendência que vem crescendo no mundo moderno, dominado pelas grandes
corporações, onde a publicidade é tudo, ou quase tudo. Grandes empresas tomam conta de
todos os espaços visíveis na cidade, e neles colocam suas mensagens publicitárias, suas
marcas, logos e produtos; com objetivo de obter maior visibilidade para suas marcas. Esse
ímpeto faz com que as empresas busquem novas formas de publicidade.
Um exemplo que pode ser citado é a empresa Dialpad.com, oferece ligações gratuitas
se o usuário ficar ouvido mensagens publicitárias em seu telefone sempre que discar um
número, com isso o objeto de patrocinio é sua linha tefonica.
O que para muitos publictários é uma simples venda e compra de meios/espaços
publicitários (especialmente carro e telefone), para outros especialistas em marketing
promocional (cultural, esportivo, social, ecológico e politico), trata-se de mais nova estratégia
de patrocinio: o patrocinio da vida privada do indivíduo.
Com isso, pode-se afirmar que os aspectos e componentes das nossas vidas privadas
podem se tornar espaços publitários importantes, tais como um carro que circula muito pela
cidade é uma mídia, a pasta de travbalho, se muito utilizada em cursos e seminários, também
pode ser considerado uma mídia excepcional.
Nos clubes esportivos, antes restritos somente as camisas de jogo e de treino dos
atletas, os patrocinios se expandiram e migraram para os vestiários, boutique, escolinha de
futebol placas de estádios e ginásios esportivos, inclusive nos sites do clube na internet.
6.1. Patrocínio: Ações
O uso e aplicações do patrocínio é amplo e diversificado, já é possivel identificar na
ação do patrocinio, outras maneiras que não apenas uma estratégia de investimento em ações
coletivas públicas, como patrocinio esportivo, social, cultural e ecológico.
No campo das ações individuais e coletivos de carater privado da solidariedade, da
cidadania, dos diretos humanos, o patrocínio começa a ganhar viabilidade.
No esporte, as novas oportunidades são diversas tais como patrocinio dos uniformes,
estádios, do ônibus que transporta os atletas, da sala de musculação, inclusive na entrada em
campo da equipe. Colocando em cada jogo, a equipe entraria em campo com uma faixa com o
nome do patrocinador, bem como camisetas e bonés.
34
Com os atletas não é diferente, existem várias opções como o patrocínio do seu
material do jogo, como chuteiras, exploração da imagem em anúcios de publicidade, entre
outros. Um admistrador de arenas esportivoas, tem várias possivbilidades de patrocinios
como a arena propriamente dita, o placar, o estacionamento, bilheterias e quiosques de venda
de ingresso, hall dos elevadores, bares, entre outros.
6.2. Patrocínio: Uma nova visão
É importante compreender o patrocínio em sua dimensão estratégica e tática, como
estratégia o patrocínio busca explorar e desenvolver novos mercados, lançamento de produtos,
globalização das marcas, suas ações com foco no marketing institucional global,
rejuvenescimento da marca, promoção de valores institucionais. Como tática, o patrocínio é
uma ação de marketing institucional regional de promoção de marcas e produtos e de
marketing de relacionamento.
6.2.1. Visão Estratégica do Patrocínio:
A) Patrocínio como ação de marketing institucional global: contribuição para a
globalização das marcas dos patrocinadores, tais como a Coca-Cola, que investe no futebol
como estratégia do seu marketing global, sendo patrocinador oficial de todos campeonatos
mundiais de futebol realizados em diversos países do mundo.
B) Patrocínio como ação de rejuvenescimento da marca: com o investimento do Banco
do Brasil no vôlei tornou-se uma paradigma no uso do patrocínio esportivo como estratégia de
rejuvenescimento da marca. Sendo identificado, numa pesquisa realizada em 1989, como um
banco de aposentados, cujo perfil de clientes era constituído sobretudo de pessoas mais
velhas, ficando atrás na preferência do público dos bancos Itaú, Bradesco e Bamerindus, o
Banco do Brasil encontrou no vôlei, uma esporte de publico jovem, a oportunidade para
mudar esta imagem. Os resultados foram tão bons que até mesmo houve uma expansão da
marca “BB Teen”, uma marca identificada e voltada para público jovem.
C) Patrocínio com promoção e reforço dos valores institucionais do patrocinador:o
Bradesco ao dar foco as ações de patrocínio direcionado para os esportes radicais. Em 1998,
ao lançar o slogan “Sempre à frente”, o banco associou-se à sua imagem valores como
coragem, trabalho e vontade de superar desafios. O objetivo da empresa ao associar –se aos
35
esportes radicais era alcançar o reforço institucional da sua marca, e ao mesmo tempo utilizou
o patrocinio para promover tais valores junto a seus funcionários, como estratégia de
endomarketing.
Portanto, o patrocínio é um instrumento valioso de promoção de valores institucionais
da empresa junto ao seu público interno e externo.
6.2.2. Visão Tática do Patrocínio:
A) Patrocínio como ação de marketing institucional local e regional: aproximação da
empresa patrocinadora com a comunidade local. O que leva muitas empresas a se instalarem
em determinadas regiões através de abertura de fábricas, centros de distribuição e filiais, que
buscam reforçar seus laços com comunidade e consolidar sua imagem local e regionalmente.
No futebol existem vários exemplos, um deles, é a Fiat que com uma fábrica em Betim (MG),
que patrocinou o Atlético Mineiro, Cruzeiro e o América. O que se busca é uma boa imagem
comunitária.
B) Patrocínio como ação promocional de produtos e marcas: as empresas usam os
atletas e equipes, bem como eventos esportivos, para promoverem seus produtos e marcas. No
caso do uso da imagem do atleta e das equipes, seu carisma e aura são transferidos para o
produto e marca do patrocinador. Em se tratando de promoção, das marcas e dos produtos
através do patrocínio de eventos, a empresa busca formas criativas de se comunicar e interagir
com o publico presente através de ações promocionais do tipo distribuição de amostras grátis.
O sucesso do evento ajuda a promover a marca do patrocinador.
C) Patrocínio como ação de estreitamento doas relações com clientes, fornecedores e
canal de venda: patrocinar eventos e reservar os melhores lugares para os clientes
preferenciais e fornecedores exclusivos é uma ação tática de patrocinio centrada no conceito
de marketing de relacionamento. Uma outra tática é o patrocínio de evnetos esportivos com a
participação de equipes formadas por gerentes e funcionários das empresas fornecedoras,
distribuidoras, franqueados e clientes do patrocinador.
Portanto, é preciso repensar o patrocinio como uma estratégia de marketing em seu
sentido mais amplo de marketing institucional a marketing promocional e de relacionamento.
Isto significa visualizar o patrocinio como uma ação estratégica e tática e com uso e
36
aplicações na voda pessoal e profissional dos atletas e equipes, bem como em ações publicas e
privadas.
É importante lembrar que o esporte apresenta diversos nichos de oportunidade de
patrocinio. Basta saber indentifica-lo e explora-los bem. Quando existe criatividade, os limites
de exploração comercial do patrocinio são ampliados através de ações inovadoras, que se
baseiam em novas formas de expor marcas, promover imagem institucional e vender
produtos.
Podem ter muitas criticas a tal abordagem do patrocinio. Argumentos do tipo “excesso
de exposição”, “invasão de privacidade” surgem como forma de impor limites à imaginação
na identificação de novas oportunidades de patrocinio. Os limites impostos, em muitos casos,
se tornam obstáculos à propria inivação e criatividade das ações de patrocinio. O patocinio é
uma ação de investimento em diversos setores da economia e da sociedade e responsável pela
geração de renda e emprego.
37
7. PATROCÍNIO ESPORTIVO COMO ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA
O marketing de patorcinio soxila, cultural e esportivo em todo mundo, já se
consolidou como uma excelente estratégia mercadológica para as marcas das empresas
patrocinadoras, sendo em muitos casos mais eficiente que a utilização da mídia tradicional. O
efeito positivo que os aptocínio agregam às marcas e sua correta utilização como estratégia de
marketing, faz com que a publicidade tradicional através das diferentes midias se torne uma
das variaveis de comunicação, e não a unica responsável por posicionar marcas e comunicar
os beneficios, principalmente intangiveis, das marcas anuciantes.
No decorrer dos anos, principalmente a partir de 1990, as empresas perceberam que os
patorcinios deveriam ter seus objetivos bem definidos e não mais serem utilizados como uma
ferramenta tática, sem nenhuma lógica. No Brasil, muitos casos bem sucedidos já demostram
que a utilização do patrocinio como ferramenta estratégica é uma realidade. Entretanto,
quando comparamos à realidade americanas e europeia, principalemnte em termos de
marketing esportivo, percebe-se que temos muito a desenvolver.
Entre as diferentes modalidades, o patrocinio esportivo é o que oferece as melhores
condições de ser utilizado como uma estratégica de marketing eficiente.
Pelo interesse e audiencia de eventos esportivos, entidades esportivas e atletas e pela
intensa cobertura de mídia, o patrocinio esportivo, entidades esportivas e atletas e pela intensa
cobertura de mídia, o patrocinio esportivo tornou-se um dos melhores caminhos para
empresas ampliarem venda dos produtos e serviços.
Parte da responsabilidade por ainda estar em um estágio abaixo dos principais
mercados mundiais de esporte são os patrocidadores, ainda centrados apenas na visibilidade
que o esporte oferece e com baixa exigencia junto a suas agencias, tanto de publicidade, como
de marketing esportivo. A tendencia europeia e americana, onde o anuciante / patrocinador
trabalha com agencia de publicidade e de marketing esportivo lado a lado, começa a ser
verificada no Brasil. Esta atitude das empresas anunciantes
garante a eficiencia dos investimentos em marketing esportivo e comunicação e
transforma o patrocinio esportivo em meio ára alcançar os objetivos estratégicos propostos.
A maior responsabilidade pela utilização errada do patrocinio como estratégica
mercadologica atualmente, são os donos das propriedades esportivos. Os casos bem
sucedidos, onde o patrocinador é um verdadeiro parceiro estratégico e como tal recebe um
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tratamento diferenciado através de uma relação entre o clube, a empresa patrocinadora e os
torcedores / consumidores, fazem da cota de patrocinio adquirida uma grande oportunidade
geradora de negócios.
7.1. Principais Diferenças entre o Patrocinador e o Investidor:
Um dos principais pontos do patrocionio é saber diferenciar um patrocinador de um
investidor.
O investidor, irá investir no clube ou na maioria das vezes, na empresa recém formada,
desejando obter o voto no gerenciamento e gestão do clube, um exemplo de investidor é a
Unimed, investindo no Fluminense, fornencendo dinheiro em troca de poder, administrando o
dinheiro que foi investido.É extremamente importante o retorno financeiro, sendo também
este o motivo de querer o poder de decisão quanto ao futuro do clube.
O patrocinador visa vinculção de sua marca institucional, através da exploração de
espaços na camisa e em outrtos bens do clube. O retorno dele, diferentemente do investidor,
vm independentemente dele administrar ou interferir no modo de condução do clube.
Obviamene, nenhum patrocinador quer ver sua marca atrelada a um time cercado por
insucessos e polemicas, ms para ele, o mais importante é a divulgação institucional da sua
marca.
Assim, existe possibilidade da exixtencia concomitante de dois contrtos distintos: um
de investimento e outro de patrocinio, sem implicação de prejuízo para o clube, pelo
contrário, aumento do seu lucro.
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8. PATROCÍNIO: POTENCIAL X REALIDADE
O esporte tomou uma importancia tão grande no cotidiano das pessoas, que assuntos
antes discutidos pelos especiallistas em marketing passaram a ser tema de “papos de mesa de
bar”, indo do grau de influência de patrocinadores/investidores, como a Nike na selação ou da
MSI no Corinthians, aos ganhos estratosféricos dos esportistas “top” com campanhas
publicitárias, ou às ações das entidades esportivas para atrair o público e receitas.
Na verdade, algumas propriedades esportivas se transformam em plataformas de
comunicação tão atraente que muitas marcas buscam se associar a elas, seja ofialmente,
através do patrocinio, ou “informalmente”, atraés de ações que ficaram conhecidas como
“marketing de guerrilha”, situação em que a empresa se utiliza promocionalmente de uma
propriedade esportiva – evento, clube ou atleta sem ter pago pelo direito de se associar a ela.
Algumas pesquisas de lembranças de marca mostram que as pessoas não conseguem
identificar corretamente os patrocinadores oficiais, mencionando muitas vezes o concorrente
direto. Esta confusão na mente do torcedor/telespectador é mais do que justificada, já que os
resutados para a marca dependem muito mais da criatividade no uso das ferramentas de
comunicação pra se associar ao eveno, do que a compra do direito e o “título” por si só.
Um classico exemplo é ação de guerrilha da Brahma na Copa de 1994, tenso associado
visibilidade de arena (torcida nº 1 e placas nos amistosos) com imagem dos jogadores na
mídia e comemorando gols com gesto da nº 1 . A reação imediata de retaliação por parte das
emissoras de TV patrocinadas pelos concorrentes só aumentou a publicidade para a marca
“pirata”.
Contribuindo mais ainda para esta confusão, há várias oportunidades de patrocinio
associadas a um evento do porte de uma Copa do Mundo, como o proprio acontecimento em
si, a seleção brasileira, a emissora de TV responsável pela transmissão, a imagem individual
dos jogadoes e do tecnico, a mídia que cobrirá o torneio, isso só para citar as mais óbvias e
diretas.
A empresas acabam esquecendo de uma regra básica de todo o patrocinio, que é
investir pelo menos o mesmo valor pago pela cota de patrocinio para comunicar ao
publico – alvo que você é o patrocinador, ou seja, o patrocinio deve ser acompanhado
pelos demais componentes do mix de comunicação, como propoganda, promoções, publicade,
etc.
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Por motivos como falta de verba para ações paralelas e excesso de confianção na
repressão legal dos organizadores, os patrocinadores oficias destes eventos acabaam deixando
o espaço aberto na mente do consumidor para os “guerrilheiros” agirem.
Tudo isso faz parte de um amadurecimento do mercado de patrocinio, que noBrasil
ainda é encarado tanto pelo comprador como pelo vendedor, como “compra de mídia”.
Algumas agencias de marketing esportivo no Brasil começam a sisseminar esta nova
cultura, mostrando a seus clientes todas as possibilidades que o patrocinio pode trazer às
marcas, desde o planejamento das ações que mais se adequam ao perfil do patrocinador ,
pasando pela coordenação e avaliação dessas ações.
Pressionadas pelos clientes, as proprias agências de publicidade, que sempre se
mantiveram distantes desse negocio por falta de maiores incentivos, começam a se estuturar
para atender a essa demanda por soluções inovadoras.
Estes “distanciamento” fica evidente quanto comparamos a relação de investimento
em publicade com patrocinio: apesar do Brasil estar entre os maiores mercados publicitários
do mundo, a relação de investimento de patrocinio em relação ao mercado publictário é de
apenas 4%, contra a média de 8% em paises como Estados Unidos, Inglaterra, Japão,
Alemanha e Canadá.
Há uma série de indicios sobre essa baixa participação do patrocinio nos investientos
como o estágio de maturidade dessa indústria ( relativamente nova em relação às outras
mídias) e a falta de conhecimento sobre os resultados (pesquisas de avaliação de resultados,
cases, etc.).De um modo geral, os principais entraves ao desenvolvimento do patrocinio são:
- falta de hábito de inserir o patrocinio no planejamento da verba de marketing e
comuicação, já que o mesmo é considerado um investimento de oportunidade, com poucas
informações consistentes sobre o retorno e falta de cultura sobre este mercado, o que estimula
a opção pela mídia convencional.
- mercado vendendor (donos de propriedades) não tem acesso aos compradores e não tem
seu foco (equipe e conhecimento) na comercialização de seus produtos, o que o obriga a
recorrer a intermediários que não agregam valor ao processo.
- compradores tem visão de curto prazo, utlizando o patrocinio com unica finalidade de
obter visibilidade de marca, ao inves de buscar, envolvimento emocial e mais duradouro com
os consumidores da marca escolhida.
Somente com a superação gradual das “barreiras”, o nosso mercado passará e a
compreender melhor o papel que o esorte tem a desempenhar na comunicação da marca.
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9. CASOS DE SUCESSO NO MARKETING ESPORTIVO
É muito importante o conceito de que investindo no esporte, pode-se ajudar o
desenvolvimento dos jovens. Contudo é pouco falado no Brasil, o que faz com que os
esportes mais patrocinados sejam profissionais, deixando os que possuem menor audiencia ao
invenstimento governamental ou a clubes de empresas privadas. Como consenquencia disso,
o país tem baixo indice de medalhas em esporte amadores, como ginática olimpica, atletismo
entre outros, que não dispertam interesse da iniciativa privada por sua baixa audiencia.Em
relação a formação de jovens, o esporte, pode contribuir para integração na sociedade de
menores carentes, oferendo-lhes uma chance de ascensão social.
Porém é necessário que outros setores da sociedade, além do governo funcionem como
financiadoras das atividades esportivas, entram nesse contexto empresas privadas, públicas,
ou sem fins lucrativos que buscam notoridade por meio de patrocinio esportivo, assim como
inúmeras que patrocinam esportes sem interesses comerciais, apenas por afinades.
Existem duas maneiras pelas quais a empresas podem utilizar o patocinio esportivo
como uma forma de comunicação: enfatizando o papel social por ela desempenhando ao
investir no esporte ou dando notoriedade a um produto marca ou imagem institucional. Sendo
assim a empresa interessada não deve estar preocupada somente com os resultados obtidos
pelo clube ou atleta patrocionado, mas sim com a manutenção e divulgação do programa ao
maior numero possivel de participantes.
No Brasil, o esporte mais seguido e praticado é futebol. Além de uma passado de
grandes conquistas, varios são os motivos para que esta situação se mantenha, tanto de ordem
economica, já que há necessidade de aquisição de equipamentos esportivos, quanto sócio
cultural, que associam samba e futebol como formas mais típicas de lazer da populaçao
brasileira.
Porém este quadro já está se revertendo, devido principalmente à iniciativa privada,
seja pelas empresas ou pelos meios de comunicação. (Pozzi, 1998).
9.1. Lei Zico
Uma das maneiras para aproveitar as oportunidades oferecidas pelo Marketing
Esportivo é compreender a Lei Zico, que permite que um clube esportivo fosse administrado
por uma empresa comercial, com fim eminentemente esportivo, até mesmo que um clube se
tornasse empresa.
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Conforme a lei, um clube entregava seu departamento de futebol a uma empresa para
que ela pudesse administrá-lo sendo todos os recursos dessa atividade tinham de ser
reinvestidos no próprio departamento. No caso do clube se transformar em empresa, seus
lucros seriam auferidos em determinadas atividades ligadas ao esporte, desde que fossem
reinvestidos nesse esporte.
Além de possibilitar que as empresas comecem a patrocinar qualquer segmento
esportivo e não apenas o futebol. Isso inclui chamadas modalidades de alto nível, tais como,
vôlei e o basquete, além das associações liberais que surgem para formar grupos com
objetivos esportivos.
A gestão do esporte nos molde empresaria é uma função nova nas empresas e nos
clubes brasileiros. Geralmente, o esporte não recebe uma abordagem empresarial: não há
definição de funções nem de organograma, a descrição de cargos se resume a algumas
conversas informais e faltam muitos instrumentos básicos para uma administração
verdadeiramente profissional. Tudo é muito improvisado, só os jogadores são profissionais.
(Pozzi, 1998, p.98).
9.2. Parmalat:
A ligação da Parmalat com o Palmeiras, tradicional clube brasileiro, trouxe uma novo
referencial para administração do esporte no Brasil. Em particular, o futebol passou a ter um
exemplo extremamente de como uma empresa pode se associar aos clubes esportivos de
forma produtiva e benéfica para ambas às partes.
De origem italiana, empresa multinacional de ramos laticínios instalou-se no Brasil
nos anos 70, para produzir leite longa-vida, mas logo, lançou um ambicioso programa de
expansão e diversificação.
Não há duvida que seja uma história autentica de sucesso, que explica não só pelas
vantagens de qualidade e preço, mas também pela estratégia de comunicação com o mercado
adotado pela Parmalat, com base no marketing esportivo.
Há parceria que durou mais de 10 anos com muitos títulos e muita divulgação de sua
marca que aos poucos foi tornando-se o Leite mais vendido do Brasil, diziam que era um
marketing de risco, pois torcedores rivais do Palmeiras, como por exemplo do Corinthians e
do São Paulo que poderiam recusar a marca por causa da rivalidade entre eles, mas não foi o
que aconteceu, com as conquistas realizadas pelas parcerias, os torcedores rivais comentavam
muito sobre essa parceria a mídia esportiva e jornalistas faziam muitas e muitas matérias
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referentes à parceria Palmeiras/Parmalat e isso despertavam a curiosidade dos consumidores a
consumir os produtos da empresa, e o marketing da empresa enfim alcançou seu primeiro
objetivo.
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10. CONCLUSÃO:
O produto esporte deveria ser mesmo uma preocupação nacional, seus valores e sua
aplicabilidade no contexto educacional são indiscutíveis. O planejamento estratégico deve ser
obrigatório em todas as modalidades esportivas, a fim de ser uma integração e coerência nos
planos, programas e projetos.
O objetivo de todas as empresas ao investir no Marketing Esportivo é promover sua
marca, e agregar valor a ela. Por isso, a escolha do esporte a ser apoiado tem de obedecer à
lógica de mercado, se afinando com as características especificas do produto a ser
comercializado. Em sua forma original, o marketing esportivo não passava de contratação de
um atleta para divulgação de um produto. Hoje a preferência das empresas vem recaindo
sobre os eventos de um modo geral, uma estratégia que oferece estabilidade em longo prazo e
ajuda a construir uma imagem forte. O esporte vem sendo usado para lançar novos produtos,
para aumentar a empatia do consumidor em relação a uma empresa. No começo os objetivos
eram apenas institucionais.
Em outras palavras o esporte é emoção, atração, envolvimento e para saber aproveitar
bem estas características, também é importante conhecê-las a fundo. O reflexo da sociedade
por esta razão desenvolve tamanha afinidade com um publico tão diverso: homens, mulheres,
adultos, crianças, ricos e pobres. Todos possuem seus ídolos vibram e são solidários no
momento mais difíceis, com isso é possível ver a importância do marketing esportivo.
Á medida que os resultados da estratégia forem aparecendo através do fortalecimento
da imagem, muitos novos caminhos vêm sendo descoberto. Patrocínio de grandes eventos
esportivos pela televisão, onde as negociações são feitas sem qualquer preconceito através de
uma parceria entre os anunciantes em merchandising que assegura e exposição de seu
logotipo durante a transmissão de um evento seja ele qual for. As empresas buscam patrocinar
esportes com maior atração do público com automobilismo, futebol, basquete, vôlei, e o tênis
e muitos outros esportes, elas tem têm sido muitos utilizados para exposição das marcas das
empresas.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
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Paulo:Infinito, 2000.
MELO NETO, Francisco Paulo de. Marketing esportivo, Editora Record, 3 edição, Rio de Janeiro 2003. POZZI, L. F. A grande jogada: teoria e prática de marketing esportivo. São Paulo: Globo,1998. KOTLER, Philip, KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing; Prentice-Hall, 12 edição, 2005. ALMEIDA, C. J. M. SOUSA, M. M. A. e LEITÃO, S.S. (org.) Marketing esportivo
ao vivo. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2000 .
BRUNORO, J. C. & AFIF, A. Futebol 100% Profissional. São Paulo: Editora
Gente, 1997.
CONTURSI, E. B. Marketing Esportivo. Rio de Janeiro: Sprint Editora Ltda,
1996.
MELO NETO, F. P. Administração e marketing de clubes esportivo. Rio de
Janeiro: Sprint, 1998.
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1997.
POZZI, L. F. A grande jogada: teoria e prática do marketing esportivo. São
Paulo: Globo, 1998.
http://www.unimasterfutebol.com.br/pdf/cursodepatrocinioesportivo.pdf