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1 Universidade Candido Mendes Pós-Graduação Lato Sensu Instituto A Vez do Mestre Análise Financeira Por: Leonardo Oliveria da Rocha Orientador: Ana Claudia Morrissy Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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Universidade Candido Mendes

Pós-Graduação Lato Sensu

Instituto A Vez do Mestre

Análise Financeira

Por: Leonardo Oliveria da Rocha

Orientador: Ana Claudia Morrissy

Rio de Janeiro

2013

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Universidade Candido Mendes

Pós-Graduação Lato Sensu

Instituto A Vez do Mestre

Análise Financeira

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do mestre – Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa.

Rio de Janeiro 2013

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Agradecimentos

Agradeço a minha familia e amigos que me deram apoio ao longo dessa jornada. Agradeço a Deus por ter me dado força,luz e sabedoria.

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Dedicatório

Dedico este trabalho a minha familia em especial a minha mãe que esteve sempre ao meu lado me apoiando e me dando força.

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Resumo A Análise de Balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões

Partindo-se da hipótese de que parte do elenco de informações que as empresas utilizam para tomar decisões está nas demonstrações contábeis, especialmente no suplemento de análise destas demonstrações, há que se afirmar que a importância em se proceder a análise financeira e de balanços é de um grau de relevância extremamente alto.

Os principais usuários da análise de balanços são: administradores da empresa, acionistas e investidores, instituições financeiras, fornecedores, clientes, concorrentes e orgãos governamentais. Cada grupo de usuários enfoca a analíse de balanços de acordo com suas necessidades.

Este grupo de índices evidencia a situação financeira da empresa, isto é, procura apontar os grandes caminhos das decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos e também como se encontra o nível de endividamento. Quanto menor o índice,melhor.

Desta forma, ainda que exista uma série de outros índices de liquidez, consideram-se os de liquidez geral, corrente e seca como os mais utilizados, por esta razão serão estes discutidos com mais propriedade. Quanto maior o índice,melhor.

A análise vertical mostra a importância relativa de cada conta dentro da demonstração e, através da comparação compadrões do ramo de atuação ou com as relações da própria empresa em anos anteirores, permite inferir se há itens das proporções usuais. A análise horizontal relaciona cada conta da demonstração financeira com a sua equivalente de exercícios anteriores.Mede, então, evolução das contas ao longo de dois ou mais exercícios, permitindo uma ideia da tendência futura.

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Metodologia

O método utilizado para o desenvolvimento do projeto foi basicamente bibliográfico, com pesquisas em livros e textos publicados da internet. Vale ressaltar a importância das bibliotecas de instituições educacionais que me foi dado livre acesso aos livros e matérias de pesquisa.

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Sumário Introdução 8 Capitulo 1 No que Consiste a Análise Financeira de Balanços 9 Conceito 9 A Importância da Análise Financeira de Balanços 11 Objetivo 12 Procedimentos Preliminares 12 Capitulo 2 Planejamento dos Indíces 13 Estrutura de Capital 13 Participação de Capital de Terceiros 14 Composição do Endividamento 15 Imobilização do Patrimônio Líquido 15 Imobilização dos Recursos não Correntes 16 Índice de Liquidez 17 Liquidez Geral 17 Liquidez Corrente 18 Liquidez Seca 19 Índice de Liquidez Imediata 20 Índice de Liquidez com Lucro 20 Índice de Rentabilidade 21 Giro do Ativo 22 Margem Líquida 22 Rentabilidade do Ativo 23 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 23 Capitulo 3 Análise Vertical e Horizontal 24 Introdução 24 Potencialidades e Limitações 24 Análise Vertical 25 Análise Horizontal 28 Capitulo 4 Análise Referencial 31 Conceito da Análise Referncial 31 A configuração da Análise Referencial 32 Potencial de Aplicação da Análise Referencial 35 Limitações da Análise Referencial 36 Análise Horizontal e Vertical Versus Análise Referncial 37 Conclusão 38 Bibliografia 40

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Introdução O presente trabalho visa apresentar técnicas utilizadas na elaboração das “Demosntrações Financeiras,” assim, como fazer inserir normas e procedimentos no aprimoramento ou na sua manutenção. Contudo, o objetivo é produzir informação útil para uma gama enorme de usuários que na grande maioria das vezes não possuem o nível desejado de conhecimento sobre as demonstrações. Acreditamos que os relatórios contábeis de uma forma geral, em seu conjunto, formam uma grande base de dados que pode ser utilizada de forma flexível pelos usuários, e que a análise em conjunta desses relatórios é o procedimento mais adequado e profissional na gestão de negócios. Os relatórios contábeis, individualmente, possuem objetivos específicos, mas que são complementares na evidenciarão da situação econômica, financeira, patrimonial e social da empresa. Nos dias de hoje, num mundo onde as oportunidades de negócios surgem e os gestores precisam responder de imediato, onde a informação rápida e segura é a base para as tomadas de decisões, onde o mercado não espera, é cada vez mais presente a necessidade de demonstração de análise, fornecendo dados, analisando índices, projetando o futuro, e neste momento que as estratégias de negócios dependem de um número imenso de relatórios, mapas, indicadores e tudo mais que se possa utilizar para nortear o rumo da empresa.

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Capitulo 1

No que Consiste a Análise Financeira de Balanços 1.1 Conceito

Segundo PADOVEZE (1996, p.115), "A análise de balanço constitui-se num processo de meditação sobre os demonstrativos contábeis, objetivando uma avaliação da situação da empresa, em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros".

MATARAZZO (1995, p.17), por sua vez, afirma: "A Análise de Balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões".

Partindo-se da definição de Matarazzo, é oportuno ressaltar que as demonstrações contábeis contêm uma série de dados que, quando analisados, tornam-se informações. Por esta razão é que a análise de balanços objetiva extrair informações e não dados.

Reforçando a idéia acima, pode-se caracterizar ou diferenciar dados de informações:

Dados:

tecnicamente, são os itens básicos de informação, antes de serem processados por um sistema, ou seja, alimentam, dão entrada no sistema;

representam algo puro cujo conteúdo não permitirá a compreensão e nem mesmo o julgamento sob determinado assunto;

consistem em qualquer elemento identificado em sua forma bruta, que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação;

são os números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor.

Informações:

são os relatórios, os resultados do processamento dos dados; as informações são produzidas, saem do sistema, seja este manual ou computacional; são conjuntos de dados sobre algo ou sobre alguém, ou seja, o dado manuseado

(trabalhado) que servirá de base para alguma decisão; enumeram o resultado da análise dos dados que permitirá a tomada de decisões ou a

execução de algumas ações; representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reação ou

decisão, freqüentemente acompanhada de um efeito-surpresa.

Da análise, pode-se perceber que a análise de balanços preocupa-se, portanto, em coletar junto às demonstrações contábeis os dados, processá-los e fornecer informações para os mais variados tipos de decisões que envolvem a empresa. Estas informações podem ser de caráter e utilização interna ou externa e podem esclarecer, por exemplo, se a empresa merece ou não crédito, se está em situação de solvência, se suas atividades estão sendo eficientes, se é ou não lucrativa, etc.

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É importante destacar que, como as informações da análise de balanços servem tanto a usuários internos quanto a externos, e muito destes usuários são leigos, vários cuidados devem ser tomados quando da sua execução e apresentação. Porém, entende-se que dois pontos merecem ser referenciados: 1) o grau de excelência da Análise de Balanços é dado exatamente pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar; 2) os relatórios devem estar dotados de uma linguagem descomplicada (simples), como se fossem dirigidos a leigos e, sempre que possível, estarem acompanhados de gráficos. Contudo, talvez o conteúdo até aqui exposto, não tenha evidenciado o como proceder a análise financeira de balanços, ou seja, que metodologia deverá ser utilizada.

A idéia é utilizar-se do raciocínio científico, ou seja, se o fim pretendido pela análise é fornecer informações para tomada de decisão, então é preciso conhecer como se dá o processo de tomada de decisão.

Na maioria das ciências, ainda que cada uma tenha as suas especificidades, a seqüência do processo decisório tem as seguintes etapas:

1ª) escolha dos indicadores;

2ª) comparação com padrões;

3ª) Diagnóstico ou conclusões;

4ª) decisões.

Para a realização da análise financeira de balanços pode-se adaptar a mesma seqüência, isto é:

1ª) apuram-se os índices junto às demonstrações contábeis;

2ª) comparam-se os índices com os padrões;

3ª) ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões;

4ª) tomam-se decisões.

Enfim, quando se procede a análise de balanços, os relatórios provenientes desta análise podem estar compostos de informações dos tipos:

situação financeira e causas das alterações; situação econômica e causas das alterações; desempenho; eficiência e eficácia na utilização dos recursos; adequação das fontes às aplicações de recursos; evolução, tendências e perspectivas;

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pontos fortes e fracos; etc.

As formas para se realizar a análise é o que será visto a partir de agora. Neste estudo, serão discutidas as análises vertical, horizontal, através de índices e através da taxa de retorno sobre investimentos. 1.2 A Importância da Análise Financeira de Balanços

Tanto a prática como a literatura têm revelado que a análise financeira e de balanços é uma das tarefas mais difíceis e complexas entre as inúmeras que os contadores possuem na missão de contribuir para o desenvolvimento das empresas.

Ora, talvez se pudesse questionar: a análise financeira e de balanços não se constitui numa mera apuração de índices cujas formas já se encontram montadas ou formalizadas? Onde reside, então, a complexidade e a dificuldade?

A resposta é extremamente simples. Apurar ou calcular índices é uma tarefa bastante simplista, tendo em vista que as fórmulas já se encontram padronizadas. O que se precisa é meramente um conhecimento de matemática básica ou financeira e saber classificar e extrair as contas das demonstrações a fim de se aplicá-las às fórmulas, atividades estas estudadas em qualquer curso técnico ou superior de Contabilidade. O grande desafio do problema em questão é justamente a análise ou interpretação destes cálculos ou dos índices extraídos. Calcular é muito simples, mas não é uma atividade que se encerra em si. Indispensável é reforçar a necessidade de bem interpretar os dados e informações.

Partindo-se da hipótese de que parte do elenco de informações que as empresas utilizam para tomar decisões está nas demonstrações contábeis, especialmente no suplemento de análise destas demonstrações, há que se afirmar que a importância em se proceder a análise financeira e de balanços é de um grau de relevância extremamente alto.

Portanto, ainda sobre a questão de importância da análise e talvez com um desejo de eliminar as idéias de dificuldades e complexidades discutidas, o Professor Sérgio de IUDÍCIBUS (1995, p.67) alerta:

"É muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e quocientes, de forma consistente, de período para período, e compará-los com padrões preestabelecidos e tentar, a partir daí, tirar uma idéia de quais problemas merecem uma investigação maior, do que apurar dezenas e dezenas de índices, sem correlação entre si, sem comparações e, ainda, pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes". Enfim, é possível sintetizar ainda uma série de razões para realçar quão importante é esta análise para as empresas:

Se bem manuseada, pode se constituir num excelente e poderoso "painel de controle" da administração; Se não for feita a partir de uma contabilidade "manipuladora" ou "normatizante", pode trazer resultados bastante precisos;

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É uma poderosa ferramenta à disposição das pessoas que se relacionam ou pretendem relacionar-se com a empresa, ou seja, os usuários da informação contábil ou financeira, sejam eles internos ou externos; Permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e permitindo apresentar um esboço das prioridades para a solução dos problemas; Permite uma visão estratégica dos planos da empresa, bem como estima o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.

1.3 Objetivo A análise de balanços é feita, basicamente, com os dados do balanço patrimonial e da demonstação de resultado.Outras demonstrações contábeis legalmente obrigátorias (e as não obrigátorias,como a demonstração do fluxo de caixa) auxiliam na análise da situação patrimonial e financeira da empresa.As Notas Explicativas, o Relatório da Administração e o Parecer da Auditoria Independente, quando existentes, fornecem informações bastante úteis para interpretação correta dos dados contábeis e análise de tendências. A análise de balanços é considerada uma arte, apesar de utilizar fórmulas matemáticas e métodos científicos para extrair dados, pois, dependendo do grau de conhecimento teórico,conhecimento do ramo, experiência prática, sensibilidade e intuição, cada analista poderá produzir diagnósticos diferentes a partir de um mesmo conjunto de dados. Para que fazer a análise de balanços se as conclusões podem ser diferentes dependendo de cada analista? Geralmente, as análises feitas por dois analistas experientes e com boa formação técnica,utilizando o mesmo conjunto de dados e informações, chegam a conclusões semelhantes sobre a situação atual da empresa, ambora possam indicar diferentes níveis de tendências. Os principais usuários da análise de balanços são: administradores da empresa, acionistas e investidores, instituições financeiras, fornecedores, clientes, concorrentes e orgãos governamentais. Cada grupo de usuários enfoca a analíse de balanços de acordo com suas necessidades. 1.4 Procedimentos preliminares Antes de inicias a análise de balanços,existem procedimentos básicos que devem ser aplicados sobre as demonstrações contábeis, para evitar distorções significativas. O primeiro procedimento é a reclassificação das demonstrações contábeis. No balanço patrimonial, as contas que geralmente precisam ser reclafissicadas são as retificadoras Duplicatas e Saques de exportação descontados, que, na realidade, são empréstimos.o Resultado de Exercícios Futuros pode ser considerado como Patrimônio Líquido (geralmente, o valor desse grupo de contas é relativamente pequeno). Na demonstração de resultado, as Despesas e receitas financeiras devem ser separadas do grupo de Despesas operacionais.

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As contas do Ativo e Passivo Circulantes são separadas em operacionais e não operacionais, de acordo com a natureza, relacionando-as com as ativdades operacionais. Esse procedimento será bastante útil para analisar o Capital de giro. O segundo procedimento refere-se à eliminação dos efeitos inflacionários das demonstrações contábeis, pois as elaboradas de acordo com a legislação societária não são inteiramente adequadas para análise.

Capitulo 2

Planejamento dos Indíces 2.1 Estrutura de capital

Este grupo de índices evidencia a situação financeira da empresa, isto é, procura apontar os grandes caminhos das decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos e também como se encontra o nível de endividamento.

Um aspecto importante a se destacar é que o sucesso de muitas empresas depende do sucesso da administração financeira das mesmas, especialmente de um bom gerenciamento, a fim de se obter um equilíbrio, na estrutura de capitais, entre os recursos de terceiros e os recursos próprios.

Os índices de estrutura de capital são utilizados para analisar a aplicação do capital de longo prazo e estrutura de capital. Os índices são calculados relacionando as fontes de capitais entre se e com os ativos de natureza permanente.Indicam o grau de dependência da empresa com relação a capital de terceiros e o nível de imobilização do capital.Quanto menor o índice,melhor.

Para justificar a ideia de que a esta interpretação é aplicada de forma geral e não total, veja-se o que diz MARION (1997, p. 464):

"Não há dúvida de que, principalmente em época inflacionária, é apetitoso trabalhar mais com Capital de Terceiros que com Capital Próprio. Essa tendência é acentuada quando a maior parte do Capital de TWヴIWキヴラゲ Y Iラマヮラゲデ; SW けW┝キェケ┗Wキゲ ミ?ラ ラミWヴラゲラゲげが キゲデラ Yが W┝キェケ┗Wキゲ ケ┌W não geram encargos financeiros explicitamente para a empresa (não há juros nem correção monetária: fornecedores, impostos, encargos sociais ; ヮ;ェ;ヴ WデIくぶくざ

E continua: "Por outro lado, uma participação de Capital de Terceiros exagerada em relação ao Capital Próprio torna a empresa vulnerável a qualquer intempérie. Normalmente, as instituições financeiras não estarão dispostas a conceder financiamentos para as empresas que apresentarem esta situação desfavorável. Em média, as empresas que vão à falência apresentam endividamento elevado em relação ao patrimônio Líquido." (MARION, 1997, p. 464/465)

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Daí a necessidade de, no momento de se analisar tais indicadores, tentar qualificá-los ou caracterizá-los, pois uma dívida como complemento dos Capitais Próprios, por exemplo, com finalidade de ampliação, modernização ou expansão do Ativo, é um endividamento sadio, ainda que elevado, uma vez que estas aplicações produtivas irão gerar recursos para saldar os compromissos. Já as dívidas contraídas para pagar outras dívidas que estão vencendo não geram recursos para os pagamentos e a empresa acaba entrando num circulo vicioso de empréstimos sucessivos.

Em última análise, as discussões feitas a respeito de cada uma dos índices a seguir apresentarão o tipo de interpretação mais genérico, porém não aplicável a toda e qualquer situação.

2.1.1 Participação de Capital de Terceiros Capital de Terceiros x 100

Patrimônio Líquido

Neste quociente encontram-se relacionados os dois grandes blocos componentes das fontes de recursos que a empresa possui: Capital de Terceiros e Capital Próprio. Da sua análise é possível se detectar quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada $ 100 de capital próprio investido.

Se a empresa for visualizada sob o prisma financeiro, pode-se afirmar que, quanto menor este índice, melhor; isto porque, quanto maior ele for, maior será a dependência da empresa junto a terceiros e menor será, então, a sua liberdade de decisões financeiras. Por isso, em alguns casos, este indicador é também chamado de Grau de Endividamento.

Já sob o prisma de obtenção de lucro, MATARAZZO (1995, p.160) afirma que "... pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com capitais de terceiros, se a remuneração paga a esses capitais de terceiros for menor que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios".

Todavia, o índice de Participação de Capital de Terceiros deve ser interpretado sob o ponto de vista financeiro para se detectar o risco de insolvência, e não em relação ao lucro.

Enfim, para exemplificar, se a "Empresa X Ltda." encontrar, em 1995, o índice de 132, significa que para cada $ 100,00 de capital próprio a empresa tomou $ 132,00 de capital de terceiros, e isto quer dizer, financeiramente, que a empresa depende mais de terceiros do que dela mesma e, portanto, sua flexibilidade de atuação poderá estar diminuída em função de ver-se condicionada a terceiros.

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2.1.2 Composição do Endividamento A finalidade do índice de Composição do Endividamento reside em identificar que percentual das obrigações totais da firma corresponde a dívidas de curto prazo.

De forma geral, quanto menor for este índice, melhor; ou seja, é muito mais conveniente para a empresa que suas dívidas sejam de longo prazo, pois assim ela terá mais tempo para buscar ou gerar recursos para saldá-las. Mesmo porque, em dias de hoje, conseguir recursos é tarefa das mais árduas, especialmente para as empresas de pequena dimensão.

Vale dizer, porém, que se os recursos no curto prazo forem mais baratos esta análise ou interpretação de quanto menor melhor pode inverter-se.

Se no índice anterior a análise revelou qual é a participação dos capitais de terceiros no empreendimento, neste momento é preciso identificar quanto deste capital que a empresa é obrigada a restituir poderá ser restituído a longo prazo e quanto a curto prazo.

Retomando-se o exemplo da "Empresa X Ltda.", suponha-se agora que a composição do endividamento encontrada foi de 72: isto significa que, de todas as obrigações que a empresa possui junto a terceiros, 72% são de curto prazo e os 28% restantes são de longo prazo.

2.1.3 Imobilização do Patrimônio Líquido Ativo Permanente X 100 Patrimônio Líquido

É um quociente cujo intuito é revelar qual a porcentagem dos recursos próprios que está imobilizada ou que não está em giro. O cálculo da Imobilização do Patrimônio Líquido deverá revelar quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $ 100 de Patrimônio Líquido.

É evidente o quanto a economia atual tem demonstrado a necessidade de se possuir um bom capital de giro, por isso pode-se afirmar que quanto menor for este índice melhor é para a empresa. De outra forma: quanto mais a empresa dedicar do Patrimônio Líquido ao Ativo Permanente, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante e, em conseqüência maior será a dependência a capitais de terceiros para o financiamento do Ativo Circulante.

Mais uma vez MATARAZZO (1995, p.164) afirma com muita propriedade: "O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela – CCP = Capital Circulante Próprio – suficiente para financiar o Ativo Circulante. (Por suficiente entende-se que a empresa deve dispor da necessária liberdade de comprar e vender sem precisar sair o tempo todo correndo atrás de bancos."

No caso da "Empresa X Ltda.", o indicador de Imobilização do Patrimônio Líquido encontrado, em 1995, foi de 83, o que representa que para cada $ 100,00 de Patrimônio Líquido, $ 83,00 foram investidos no Ativo Permanente.

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Importante ressaltar que os 17% restantes foram empregados no Ativo Circulante. Essa parcela de 17% do Patrimônio Líquido investido no Ativo Circulante é denominada de Capital Circulante Próprio. Portanto:

Capital Circulante Próprio = Patrimônio Líquido – Ativo Permanente

Se no ano de 1996, por exemplo, a empresa em estudo encontrou um índice de 109, significa que para cada $ 100,00 de Patrimônio Liquido a firma investiu $ 109,00 no Ativo Permanente, isto é: imobilizou todo o Patrimônio Líquido mais recursos de terceiros equivalentes a 9% do Patrimônio Líquido; o Ativo Circulante é todo financiado por recursos de terceiros; e tem um Capital Circulante Próprio Negativo.

2.1.4 Imobilização dos Recursos não Correntes Ativo Permanente X 100

Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo

Este indicador demonstra qual o percentual de Recursos não Correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente.

Toda a discussão feita no índice de Imobilização do Patrimônio Líquido pode ser retomada para a análise deste quociente. Porém, deve-se entender que agora estarão sendo considerados juntos aos valores do Patrimônio Líquido os do Passivo Exigível a Longo Prazo, haja vista que estes dois grupos de contas representam os Recursos não Correntes.

A particularidade que está reservada a este índice concentra-se no fato de que os elementos do Ativo Permanente possuem vida útil que pode variar de 10 até 50 anos. Desta feita, desde que a firma possua recursos no Exigível cujos prazos sejam compatíveis com o de duração dos elementos do Permanente, ou suficientes para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo, é perfeitamente possível que não se financie todo o Imobilizado somente com recursos próprios.

Os analistas de balanços recomendam que este índice não seja superior a 100%, isto porque a empresa deve possuir um Capital Circulante Líquido positivo. Mas, o que vem a ser o Capital Circulante Líquido ou simplesmente CCL?

O CCL é o que sobra dos Recursos não Correntes após a parcela destinada à imobilização do Ativo Permanente, ou a parcela dos Recursos não Correntes destinada ao Ativo Circulante.

MATARAZZO (1995, p.167) define o CCL como "... a folga financeira a curto prazo, ou seja, financiamentos de que a empresa dispõe para o seu giro e que não serão cobrados a curto prazo".

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Calcula-se através da seguinte fórmula:

Capital Circulante Líquido = Recursos não Correntes – Ativo Permanente

ou

Capital Circulante Líquido = Capital Circulante Próprio + Exigível a Longo Prazo

Como ilustração, veja-se o exemplo da "Empresa X Ltda.". Em 1995 o quociente de Imobilização dos Recursos não Correntes encontrado foi de 67, o que representa que, para cada $ 100,00 de Patrimônio Líquido mais Exigível a Longo Prazo, $ 67,00 foram investidos no Ativo Permanente, o que quer dizer, 67% . Portanto foi destinado ao Ativo Circulante a parcela de 33%.

2.2 Índice de Liquidez

Estes índices, assim como os de estrutura de capital, evidenciam a base da situação financeira da empresa.

Os índices de liquidez possuem como fundamental preocupação revelar como está a situação da empresa, em determinado período, para fazer frente às suas obrigações. Na realidade, talvez um índice, ou seja, o de liquidez geral, poderia satisfazer todo este grupo de índices. No entanto, é de suma importância para as empresas verificarem a temporalidade em que os recursos estarão disponíveis, bem como a temporalidade em que as obrigações terão de ser pagas. Convém lembrar, no entanto, mais uma vez, que, em vista do tipo de informação que a organização precisa obter é que se vai selecionar qual índice extrair.

Desta forma, ainda que exista uma série de outros índices de liquidez, consideram-se os de liquidez geral, corrente e seca como os mais utilizados, por esta razão serão estes discutidos com mais propriedade. Quanto maior o índice,melhor.

2.2.1 Liquidez Geral

Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo

Este quociente se destina a retratar como anda a saúde financeira de longo prazo (global) da firma, ou seja, objetiva-se responder se empresa conseguirá fazer frente a todas as suas obrigações. Sua análise indicará quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada $ 1,00 de dívida total para com terceiros.

Há que se recomendar cuidados neste momento da análise, tendo-se em vista que quando se fala em longo prazo, nem sempre é possível identificar, pelas demonstrações contábeis, exatamente quando estarão vencendo as obrigações e quando os recursos do ativo poderão ser convertidos em numerário, isto é, o índice não revela sincronização entre recebimentos e pagamentos. Via de regra, inclusive, a facilidade de "realização" ou "liquidação" do ativo é algo mais problemático do que a necessidade de pagar as dívidas.

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Outro cuidado a se tomar é o fato de que "o índice não revela a qualidade dos itens do Ativo Circulante (os estoques são superavaliados, são obsoletos, os Títulos a Receber são totalmente recebíveis?)" (MARION, 1996, p.458). Mesmo assim, é um índice muito valioso no sentido de se avaliar se a empresa está ou não em condições de honrar seus compromissos.

A análise do Índice de Liquidez Geral revela, em última instância, quanto de $ o empreendimento possui para cada $ 1,00 de dívida geral, ou seja, se um cálculo resultar em 1,22, significa dizer que a empresa consegue, no longo prazo, pagar todas as suas dívidas e ainda lhe sobram $ 0,22 de folga, a cada $ 1,00 pago. Portanto, pode-se afirmar, neste caso, que a situação é satisfatória, pois há uma margem de segurança.

Se por outro lado tivesse sido encontrado um índice de 0,90, a empresa não estaria em condições satisfatórias, pois para cada $ 1,00 de dívida total lhe faltariam $ 0,10. No entanto, se o vencimento das dívidas tiver um prazo superior ao necessário para que os recursos do Ativo sejam convertidos em numerários, significa que a firma depende de geração futura de recursos e que isto pode ser alcançado.

2.2.2 Liquidez Corrente Ativo Circulante

Passivo Circulante

Este quociente relaciona todos os ativos de curto prazo (dinheiro prontamente disponível e recursos rapidamente realizáveis) com os passivos de curto prazo da organização, representando o quanto de recursos está disponível no curto prazo para se liquidarem as dívidas também de curto prazo. Assim, quanto maior o valor apurado, melhor.

É um dos mais populares índices de liquidez. IUDÍCIBUS (1995, p.82), ao comentar a utilização deste quociente, afirma:

"Consideramos que excessiva importância tem sido atribuída a este quociente. Em alguns casos, a inclusão dos estoques no numerador pode diminuir a aderência do quociente, como teste de liquidez. Quando a empresa e a economia se encontrarem em períodos de recessão ou de "desaquecimento", e os investimentos em estoques forem sensíveis, não se podem considerar "igualmente realizáveis" itens tão diferentes como estoques e contas a receber. Aqueles têm de ser vendidos, primeiro, o que nem sempre é fácil num período de queda dos negócios."

MATARAZZO (1995, p.178) acrescenta: "Eis aí o significado do índice de Liquidez Corrente: a margem de folga para manobras de prazos visa equilibrar as entradas e as saídas de caixa. Quanto maiores os recursos, maior essa margem, maior a segurança da empresa, melhor a situação financeira".

Enfim, a análise deste indicador retrata quanto $ a empresa possui, de curto prazo, para pagar cada $ 1,00 de suas dívidas também de curto prazo.

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Se, por exemplo, numa análise de balanços verificar-se que o índice de liquidez corrente é de 0,93, pode-se afirmar que para cada $ 1,00 de obrigação de curto prazo a firma só dispõe de $ 0,93, isto é, $ 0,07 poderão deixar de serem pagos, a cada $ 1,00, se algo não for feito.

2.2.3 Liquidez Seca Ativo Circulante - Estoques

Passivo Circulante

O índice de liquidez seca assemelha-se ao de liquidez corrente, diferenciando-se apenas no fato de se excluírem os estoques a fim de se reduzir um fator de incerteza, tendo em vista que, ainda que este faça parte do Ativo Circulante, não se tem plena certeza do tempo da sua realização, também porque o Passivo Circulante é líquido e certo.

Também uma outra forma de se visualizar a liquidez seca é de acordo com o que diz MARION (1997, p.461): "Se a empresa sofresse uma total paralisação das suas vendas, ou se o seu Estoque fosse obsoleto, quais seriam as chances de pagar as suas dívidas com Disponível e Duplicatas a Receber?"

Em empresas em que os prazos médios de contas a receber e a pagar sejam assemelhados, este torna-se um dos quocientes mais significativos para se elucidar a posição da firma, isto porque evidência quanto a empresa possui de Ativo Líquido (Circulante – Estoques) para cada $ 1,00 de dívidas de curto prazo.

Quando do cálculo e interpretação deste indicador, é possível se verificar quanto de recursos correntes a empresa possui para fazer frente a cada $ 1,00 de suas obrigações de curto prazo. Num caso, por exemplo, em que o índice encontrado seja de 1,05, pode-se concluir que para cada $ 1,00 de dívida de curto prazo a organização possui $ 1,05 para pagar, ou seja, sobram-lhe $ 0,05 a cada $ 1,00, isto tudo sem comprometer ou contar com os valores dos estoques.

Por estas características é possível identificar este quociente como a prova de força da firma, já que ele vai identificar, verdadeiramente, o grau de excelência da situação financeira.

Como foi dito no início deste tópico que este índice se assemelha ao de Liquidez Corrente, é oportuno apresentar o QUADRO VII, abaixo, que permite analisar a empresa confrontando esses índices. Pela observação do referido quadro poder-se-á perceber o que acontece com a situação financeira da entidade quando se analisa em que nível se encontram os índices de liquidez seca e corrente.

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2.2.4 Índice de liquidez imediata Esse indice mede a capacidade da empresa em pagar seus compromissos de curto prazo apenas com os recursos mais liquidos (caixa, banco, aplicacoes financeiras etc.). A normalidade para esse indice e de $0,01 a $0,25. Abaixo disso a empresa opera com dificuladades. Encontramos este indice tomando apenas a rubrica disponivel que se encontra no ativo circulante e dividindo-a pelo total do passivo circulante. Todavia, devemos lembrar que alguns balancos apresentam essa rubrica (disponivel) de outra forma: caixa, bancos, aplicacoes financeiras. Nesse caso sera necessario somar essas rubricas para obtermos o disponivel. No exemplo da empresa acima, essa rubrica ja esta somada ao disponivel. Exemplo de liquidez imediata (ILI) Para o caso da empresa acima, seu balanco patrimonial indica um disponivel de 27.457 e um passivo circulante de 322.061. ILI = Disponível PC ILI = 57.457 = 0,18 322.061 Onde: Disponivel = caixa, banco, aplicacoes financeiras etc PC = Total do passivo circulante Esse indice nos revela que para cada real de divida de curto prazo a empresa possui apenas 18 centavos, faltando 82 centavos (1– 0,18 = 0,82). Para esse caso, ela opera com dificuldade, considerando apenas os disponiveis. Note que mesmo a empresa operando na faixa de normalidade, nesse exemplo o indice mostra dificuldades financeiras da empresa em operar no curto prazo caso disponha apenas do banco, do caixa e das aplicacoes. 2.2.5 Índice de liquidez com lucro Esse indice e empregado quando a empresa apresenta um indice de liquidez corrente (ILC) menor do que 1 (ou seja, quando a empresa nao consegue saldar suas obrigacoes de curto prazo com recursos de curto prazo). Tem como objetivo verificar se com lucro futuro a empresa consegue saldar seus compromissos de curto prazo. Exemplo de Índice de liquidez com lucro (ILL) Encontramos este indice somando ao total do ativo circulante de 549.064, o lucro liquido de 115.794 que se encontra na demosntracao de resultado de exercicio e depois dividimos pelo total do passivo circulante de 322.061.

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ILL = AC + LL PC ILL = 549.064 + 115 794 = 2.06 322.061 Onde: AC = Total do ativo circulante LL = Lucro líquido do exercicio PC = Total do passivo circulante Esse indice nos revela que para cada real de divida de curto prazo a empresa possui 2 reais e 6 centavos. Para esse caso, considerando o lucro futuro, ela opera sem dificuldades. 2.3 Índice de Rentabilidade

Os índices de rentabilidade procuram evidenciar qual foi a rentabilidade dos capitais investidos, ou seja, o resultado das operações realizadas por uma organização, por isso, preocupam-se com a situação econômica da firma. Comparar o Balanço Patrimonial de duas diferentes empresas e dizer que "A" gerou lucros de $ 72.000,00 em 1996 e "B" de $ 121.000,00, no mesmo período, e por isso "B" foi melhor que "A", pode ser um tanto arriscado.

Quando se trabalha com análise de rentabilidade, é imprescindível que a verificação dos lucros esteja relacionada com valores que possam expressar a "dimensão" destes lucros dentro das atividades da firma.

IUDÍCIBUS (1995, p.90) observa: "O melhor conceito de "dimensão" poderá ser ora volume de vendas, ora valor do ativo total, ora valor do ativo operacional, ora valor do patrimônio líquido, ora valor do capital social etc. Todos têm suas vantagens e desvantagens".

No caso dos índices de rentabilidade, assim como dos demais, dizer que um indicador encontrado é alto ou baixo vai depender das características do empreendimento, tais como segmento de mercado, porte, tempo de existência, etc.

Vale dizer, novamente, que o relacionamento das variáveis para a construção de um índice dependerá da decisão a ser tomada ou do elemento a ser analisado. De posse das demonstrações contábeis, a empresa pode construir dezenas de índices, relacionando, a cada um, variáveis diferentes. No entanto, é o fim pretendido que irá determinar o que analisar ou qual índice utilizar.

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2.3.1 Giro do Ativo Vendas Líquidas

Ativo

Demonstra quantas vezes o ativo girou como resultado ou efeito das vendas ou quanto a empresa vendeu para cada $ 1,00 de investimento total. É certo, portanto, que quanto maior, melhor.

De início pode-se afirmar que o êxito de uma empresa depende de uma série de fatores. No entanto, o volume adequado de vendas será, certamente, o elemento impulsionador do sucesso. Por essa razão, é conveniente, na análise de balanço, fazer relação do volume de vendas com outros fatores a fim de se conhecer se o rendimento ou desempenho foi ou não satisfatório. Neste momento a preocupação reside em verificar qual a representatividade do faturamento em relação ao capital investido. Observe-se o exemplo:

Se a empresa consegue um índice de Giro do Ativo de 1,10 pode-se dizer que para cada $ 1,00 investido no Ativo a empresa conseguiu vender $ 1,10, ou seja, o volume de vendas atingiu 1,10 vezes o volume de investimentos.

Vale ressaltar que este índice é de extrema importância, isto porque a firma investe capitais esperando um bom retorno, que normalmente começa a surgir a partir do bom desempenho da área comercial. Desta maneira, é imprescindível verificar se o que está sendo investido está sendo compensatório, em relação às vendas.

2.3.2 Margem Líquida Lucro Líquida X 100

Vendas Líquidas

Também denominado de Margem Operacional, evidencia qual foi o retorno que a empresa obteve frente ao que conseguiu gerar de receitas. Em outras palavras: quanto o que sobrou para a firma representa sobre o volume faturado.

A análise é feita sob a forma de quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100,00 vendidos, por isso, quanto maior, melhor.

Se, por exemplo, o índice é de 12,10, representa que para cada $ 100,00 vendidos a empresa conseguiu trazer um retorno de $ 12,10, ou 12,10%.

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2.3.4 Rentabilidade do Ativo Lucro Líquido X 100

Ativo

A rentabilidade do ativo é calculada quando se deseja ter uma idéia da lucratividade, como um todo, do empreendimento, venham de onde vierem os recursos, admitindo-se as aplicações realizadas.

Este indicador mede quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100,00 de investimento total, por isso, é visto como uma medida de potencial de geração de lucro da parte da empresa. Para MATARAZZO (1995, p.185), este quociente representa "... uma medida da capacidade da empresa em gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se. É ainda uma medida do desempenho comparativo da empresa ano a ano".

Em uma empresa em que, após apurados o Lucro Líquido e o valor do Ativo, verificar que a Rentabilidade deste Ativo tenha sido de 27,77, pode-se dizer que para cada $100,00 investidos a empresa ganhou $ 27,77, ou 27,77%.

2.3.5 Rentabilidade do Patrimônio Líquido Lucro Líquido X 100

Patrimônio Líquido Médio

De início, é preciso dizer que o Patrimônio Líquido Médio consiste na soma do Patrimônio Líquido Inicial com o Patrimônio Líquido Final, dividida por 2. Quando se precisa demonstrar o que ele representa, para o acionista, em termos de $ adicionais ao seu investimento inicial, o índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido é o mais indicado. De outra forma: retrata quanto vai para o acionista do lucro gerado pelo uso do ativo, quaisquer que tenham sido as fontes de recursos, próprias ou de terceiros. Por esta razão, este quociente é de interesse tanto dos acionistas como da gerência.

É importante observar que o cálculo da Rentabilidade do Patrimônio Líquido permite saber quanto a administração, através do uso dos ativos, obteve de rendimento com a respectiva estrutura de despesas financeiras, considerando-se o nível de relacionamento percentual entre o capital próprio e o de terceiros. Em última instância: evidencia qual a taxa de rendimento do Capital Próprio.

Uma das grandes utilidades deste quociente está na sua comparação com taxas de rendimento de mercado, sendo possível, por esta comparação, avaliar se a firma oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções.

A apuração deste indicador vislumbrará, portanto, quanto a empresa obteve de lucro para cada $ 100,00 de Capital Próprio investido. Uma taxa de 15,45 representa, então, que para cada $ 100,00 de Capital Próprio investido se obteve um retorno de $ 15,45, ou 15,45%.

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Capitulo 3 Análise vertical e horizontal 1. Introdução A análise vertical e horizontal presta-se fundamentalmente ao estudo de tendências. A análise vertical baseia-se nos valores relativos das contas das demonstrações financeiras. Para isso, é calculado o percentual por cada conta em relação a um valor base. Convém atribuir, no balanço patrimonial, peso 100 ao total do ativo e relacionar todas as contas dessa demonstração com esse total. Na demonstração de resultados convém atribuir peso 100 à receita líquida. A análise vertical mostra a importância relativa de cada conta dentro da demonstração e, através da comparação compadrões do ramo de atuação ou com as relações da própria empresa em anos anteirores, permite inferir se há itens das proporções usuais. Mostra, por exemplo, qual a composição dos recursos tomados pela empresa, qual a participação de capital prórpio e de terceiros, qual a distriubuição destes a curto e a longo prazo, qual proporção dos recursos totais que está alocada ao ativo circulante, ao ativo permanente, etc. A comparação com seus correspondentes do remo de atividade da empresa permite veirificar a ticipidade dessas alocações. A análise horizontal relaciona cada conta da demonstração financeira com a sua equivalente de exercícios anteriores.Mede, então, evolução das contas ao longo de dois ou mais exercícios, permitindo uma ideia da tendência futura. A análise horizontal é afetada pela inflação. É necessário transformar todos os valores em valores presentes de uma mesma data, através da utilização de um índice de atualização do poder aquisitivo da moeda. A aplicação desse método permite determinar a evolução real das contas. É recomendável que ambas as análises sejam usadas em conjunto. De fato, ambas devem ser entendidas como uma única técnica de análise. 2. Potencialidades e Limitações As potencialidades encontradas nas análises horizontal e vertical são:

Permitir que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil.

Possibilidade de conhecer a tendência de determinados grupos patrimoniais, em relação ao conjunto. Quanto às limitações, observou-se nos métodos analisados:

Certos itens do balanço podem não refletir exatamente o montante lançado;

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Necessidade de ajustes ao balanço, visando que se enquadrem com maior realismo às exigências e aos objetivos da análise;

Consolidação das demonstrações contábeis da empresa controladora com as da controlada, considerando a existência de um lucro “gerado” em operações entre empresas integrantes da mesma unidade econômica, sem que tais operações aumentem o fluxo de recursos financeiros, poderia levar o analista a sério erro na avaliação das tendências do empreendimento, sugerindo, às vezes, aplicações em uma empresa cujo horizonte, talvez, esteja no fim;

Os princípios, as convenções e os critérios utilizados podem distorcer uma apreciação sobre a empresa analisada;

O instrumento de mensuração utilizado em contabilidade é a moeda que, não sendo estável, implicará, necessariamente, o afastamento entre o valor contábil e o valor de mercado . 3.2.1 Análise vertical A análise vertical, considerado um dos principais instrumentos de análise de estrutura patrimonial, consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do balanço patrimonial, em relação ao valor total do Ativo ou Passivo. Do mesmo modo a análise vertical determina a proporcionalidade das contas do demonstrativo de resultado em relação à Receita Líquida de Vendas, considerado como sua base. Em relação ao balanço patrimonial, ela procura sempre mostrar, de um lado, a proporção de cada uma das fontes de recursos e, de outro, a expressão percentual de cada uma das várias aplicações de recursos efetuadas pela empresa. Comparando-se exercícios subseqüentes, podemos constatar a mudança da política da empresa, quanto à obtenção e à aplicação de recursos. Para se efetuar o cálculo da análise vertical no balando patrimonial, podemos apurar o percentual relativo a cada item do demonstrativo da seguinte forma:

CONTA (ou Grupo de Contas) X 100

ATIVO TOTAL (ou PASSIVO TOTAL) Como podemos constatar no demonstrativo a seguir, o percentual do grupo Circulante do ativo foi calculado da seguinte forma:

1 . 232 ×100 = 61,1%

2.018

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O cálculo da percentagem pode ser feito, também, relacionado cada conta com o total do seu grupo. No nosso balanço, abriríamos mais uma coluna ao lado da Análise Vertical (A.V.%), denominada “ % sobre o grupo, e ,nessa última, cada grupo de contas passaria a representar os 100%. Assim cada conta teria duas porcentagens, uma expressando o seu valor em relação ao total do Balanço e outra expressando o seu valor em relação ao total.

CONTA X 100

TOTAL DO GRUPO Veja como pode ser representado a Análise Vertical:

Conforme já citado anteriormente, a análise vertical pode ser estendida, também à Demonstração de Resultado, quanto comparamos cada item do demonstrativo ao total da Receita Líquida de Vendas.

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Atenção: Comparamos cada item do Demonstrativo de Resultado com a Receita Líquida de Venda pois o objetivo é eliminar prováveis distorções com deduções de impostos diretos e/ou abatimentos e devoluções com a interpretação e a análise dos valores. Analisando o demonstrativo a seguir, notamos que o Lucro Operacional, apesar de não apresentar taxa elevada,aumentou a sua participação de 5,2% para 7,8%, em decorrência da diminuição do custo das vendas (de 70,8 para 69,8%), e das despesas operacionais (de 22,3 para 21,8%). Notamos também que, apesar das despesas operacionais terem se elevado monetariamente,quando comparadas à receita, apresentam uma redução na sua participação proporcional. Como exemplo, a porcentagem relativa ao Custo das Vendas foi calculada mediante a seguinte fórmula: CONTA x 100

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS

2 . 100 . 100 = 70,%

3.000

Compare os demais porcentuais no demonstrativo abaixo:

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3.2.2 Análise horizontal A Análise Horizontal é uma técnica que parte da comparação do valor de cada item do demonstrativo, em cada período, com o valor correspondente em um determinado período anterior, considerado domo base. Essa análise tem como objetivo mostrar a evolução de cada conta (ou grupo de contas), quando considerada de forma isolada. Complementa a Análise Vertical, que nos informa o aumento ou diminuição da proporção de uma determinada despesa em relação a um determinado total, mas não nos diz se essa variação foi derivada do aumento ou da diminuição do valor absoluto da verba considerada. Quando verificamos o grupo de contas Circulante da Indústria S/A, apesar da participação desse grupo ter caído de 71,5% para 61,1% (pela análise vertical), o seu valor absoluto cresceu 11,3% (pela análise horizontal). Por isto é importante frisar que análise vertical e a análise horizontal devem ser elaboradas sempre em conjunto para verificar qual o grau de influência que uma exerce sobre a outra e, conseqüentemente, sobre a conclusão da evolução dos valores da empresa. Os resultados obtidos por meio da análise horizontal devem ser interpretados com certa reserva, porque nem sempre os maiores valores percentuais de aumento são os mais significativos. É o que ocorre, por exemplo, com a conta Outros, que apresenta o maior acréscimo dentre os valores do Circulante (132%), aumento esse que, se torna inexpressivo ao lembrarmos que essa conta representa apenas 5,7% das aplicações totais da empresa. Cada um dos percentuais da coluna de variação (AH %) foi calculado da seguinte forma:

VALOR ATUAL DO ITEM X 100

VALOR DO ITEM NO PERÍODO BASE (ANTERIOR)

Sendo assim, podemos apurar como exemplo que o Passivo Circulante pode ser calculado da seguinte forma:

917 . 100 =129

709 917 - 1 X 100 = 29% 709

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Vejamos agora como podemos representar e calcular a Análise Horizontal nos Demonstrativos Financeiros:

O mesmo cuidado devemos ter com Análise Horizontal do Demonstrativo de Resultado. Existe também outro agravante de atenção à sua análise e interpretação, pois agora estamos falando de contas credoras e devedoras no sentido de receitas, custos e despesas. Como o objetivo neste caso é aumentar o lucro, não só o aumento das receitas poderá ser suficiente para surtir tal efeito. Podemos contar também com a redução dos custos de despesas. Da mesma forma, o inverso poderá ser prejudicial para com o resultado final de lucro da companhia. Vejamos o nosso exemplo:

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Como exemplo da sua interpretação, o aumento do Custo dos Produtos/Serviços Vendidos apurado em 47,9% é muito mais significativo que o aumento das Despesas Comerciais (119,1%), pois, pela análise vertical o primeiro representa 70,8 % e o segundo 2,3% sobre a receita líquida total.

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Capitulo 4

A ANÁLISE REFERENCIAL 3.1 O conceito de análise referencial A análise referencial, é uma técnica que objetiva a comparação simultânea de contas e grupos de contas das várias espécies de demonstrações contábeis, em diversas datas ou períodos. Neste momento, a análise referencial é ainda uma proposta e, assim sendo, todos os comentários refletem apenas a opinião aqui adotada. Busca-se, então, com este trabalho, a oportunidade de confirmar a validade da técnica proposta, através de sua exposição a profissionais da área de análise de empresas. Na análise referencial não há necessidade de isolar a espécie de demonstração contábil para aplicá-la. A técnica permite incluir, além dos balanços patrimoniais, as outras demonstrações que o usuário considere importante comparar. O analista pode empregar a análise referencial em todas as demonstrações que queira estudar ou optar por selecionar os pontos específicos de cada demonstração que sejam relevantes para seus propósitos. As comparações propostas pela análise referencial são feitas sempre em relação ao ativo total do balanço mais recente que adquire a condição de base 100. Todos os números são expressos em termos de equivalentes do ativo total do balanço mais recente. Isto justifica o fato de o conjunto de balanços ser objeto de estudo da análise referencial. No caso do balanço mais recente, a análise referencial equivale à análise vertical. Nos balanços anteriores, todavia, as várias contas e grupos de contas, inclusive os ativos totais, continuam sendo comparados ao ativo total do balanço mais recente. Portanto, os números obtidos na análise referencial para os balanços anteriores diferem dos resultantes da análise vertical. Quando as outras demonstrações contábeis são incluídas na análise referencial, as comparações continuam sendo realizadas em relação ao ativo total do balanço mais recente.

Podem ser incluídas não só as demonstrações de resultados, mas também as

demonstrações de origens e aplicações de recursos, mutações do patrimônio líquido e

fluxos de caixa.

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As maiores diferenças entre análise referencial e as análises vertical e horizontal são relacionadas à base. Na análise referencial a base é única, independentemente da demonstração analisada e, além disso, é a mais atual possível. A base única é que vai permitir a apreciação conjunta das demonstrações contábeis. 3.2 A configuração da análise referencial A análise referencial diferencia-se da análise vertical e também da análise horizontal por conservar uma única base para todas as demonstrações contábeis estudadas, em qualquer data ou época. O valor do ativo total mais recente funciona como base única de comparação. Tal característica permite que as demonstrações possam ser visualizadas de forma integrada, através da análise referencial. Balanço Patrimonial R$ Mil

31/12/2001 31/12/2002 31/12/2003 Disponível 2.270 2.650 2.580 Clientes 9.570 8.540 10.240 Estoques 7.680 8.270 9.490 Outros Créditos 380 440 390 ATIVO CIRCULANTE 19.900 19.900 22.700 REALIZÁVEL LONGO PRAZO 180 200 215 Investimentos 380 490 620 Imobilizado 15.250 17.050 19.970 Diferido 290 360 495 ATIVO PERMANENTE 15.920 17.900 21.085 ATIVO TOTAL 36.000 38.000 44.000 Fornecedores 1.800 2.000 2.500 Salários, Tributos e Contrib. 1.400 1.200 1.700 Provisão para I.R. 350 400 450 Emprest. Bancários 6.650 7.200 8.500 Outros Débitos 200 200 250 PASSIVO CIRCULANTE 10.400 11.000 13.400 Instituições Financ. 7.800 8.550 9.300 Empresas Ligadas 1.200 1.680 1.850 Outros Débitos 300 370 450 EXIGÍVEL LONGO PRAZO 9.300 10.600 11.600 Capital 9.500 9.500 9.500 Reservas 6.800 6.900 9.500 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 16.300 16.400 19.000 PASSIVO + PL 36.000 38.000 44.000

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Demonstração de Resultados R$ Mil ANO 2001 2002 2003 Vendas Líquidas 30.000 32.000 35.000 ( - ) Custo Produtos Vend. 17.000 19.000 20.000 ( =) Lucro Bruto 13.000 13.000 15.000 ( - ) Despesas de Vendas 3.000 3.500 3.800 ( - ) Despesas Administrativas 2.500 3.000 3.200 ( - ) Despesas Gerais 1.000 1.500 1.500 ( =) Lucro antes Res. Finan. 6.500 5.000 6.500 ( - ) Despesas de Juros 3.500 4.000 4.000 ( +) Receitas de Juros - - - ( =) Lucro após Res. Financ 3.000 1.000 2.500 (+/-)Result. Não Operac. (1.500) - 500 ( =) Lucro antes do I.R. 1.500 1.000 3.000 ( - ) Provisão para I. R. 500 400 700 ( =) Result. Liquido da Cont - - - (+/-)Result. Equiv. Patrimon - - - ( =) Lucro/(Prejuízo) Liquido 1.000 600 2.300

Análise Referencial - %

31/12/2001 31/12/2002 31/12/2003

Disponível 5,2 6,0 5,9 Clientes 21,8 19,4 23,3 Estoques 17,5 18,8 21,6 Outros Créditos 0,9 1,0 0,9 ATIVO CIRCULANTE 45,2 45,2 51,6 REALIZÁVEL LONGO PRAZO 0,4 0,5 0,5 Investimentos 0,9 1,1 1,4 Imobilizado 34,7 38,8 45,4 Diferido 0,7 0,8 1,1 ATIVO PERMANENTE 36,2 40,7 47,9 ATIVO TOTAL 81,8 86,4 100,0 Fornecedores 4,1 4,5 5,7 Salários, Tributos e Contrib. 3,2 2,7 3,9 Provisão para I.R. 0,8 0,9 1,0 Emprest. Bancários 15,1 16,4 19,3 Outros Débitos 0,5 0,5 0,6 PASSIVO CIRCULANTE 23,6 25,0 30,5 Instituições Financeiras 17,7 19,4 21,1 Empresas Ligadas 2,7 3,8 4,2 Outros Débitos 0,7 0,8 1,0 EXIGÍVEL LONGO PRAZO 21,1 24,1 26,4 Capital 21,6 21,6 21,6 Reservas 15,5 15,7 21,6 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 37,0 37,3 43,2 PASSIVO + PL 81,8 86,4 100,0

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2001 2002 2003

Vendas Líquidas 68,2 72,7 79,5 ( - ) Custo Produtos Vend. 38,6 43,2 45,5 ( =) Lucro Bruto 29,5 29,5 34,1 ( - ) Despesas de Vendas 6,8 8,0 8,6 ( - ) Despesas Administrativas 5,7 6,8 7,3 ( - ) Despesas Gerais 2,3 3,4 3,4 ( =) Lucro antes Res. Finan. 14,8 11,4 14,8 ( - ) Despesas de Juros 8,0 9,1 9,1 ( +) Receitas de Juros 0,0 0,0 0,0 ( =) Lucro após Res. Financ 6,8 2,3 5,7 (+/-)Result. Não Operac. -3,4 0,0 1,1 ( =) Lucro antes do I.R. 3,4 2,3 6,8 ( - ) Provisão para I. R. 1,1 0,9 1,6 ( =) Result. Liquido da Cont 0,0 0,0 0,0 (+/-)Result. Equiv. Patrimon 0,0 0,0 0,0

( =) Lucro/(Prejuízo) Liquido 2,3 1,4 5,2

A análise referencial é uma só para os balanços e demonstrações de resultados. Outras demonstrações contábeis ou seus principais elementos podem ser incluídos, dependendo da necessidade do usuário. Todos os números correspondem a equivalentes da base 100 que é o último ativo total. Todos os números da análise referencial podem ser comparados entre si, pois são originados pela relação entre os valores monetários originais das demonstrações contábeis e o ativo total mais recente, que funciona como constante. Evidentemente que se há inflação os valores monetários não são totalmente comparáveis ao longo do tempo, pois os poderes aquisitivos da moeda diferem de uma época para outra. Contudo esta é uma restrição dos próprios demonstrativos e que afetam as várias técnicas de análise.

Pode-se observar como evolui cada uma das contas avaliadas na análise referencial e o próprio ativo total desde o início da série até o final. O ativo total finaliza em 100, pois é a base. Quanto menores forem os números que representem os ativos totais de anos anteriores, maiores são os crescimentos verificados. Fica-se com a percepção de que estágio a empresa saiu para alcançar os 100 atuais. No caso em 2001 seu ativo total correspondia a 81,8 pontos, mostrando que, no período de dois anos, houve crescimento equivalente a 18,2 pontos da base.

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Cada uma das contas pode ser observada desta maneira, de modo a poder se identificar os pontos de máximo e mínimo da conta, medir-se sua evolução entre dois momentos quaisquer em termos de pontos base.

Com isso, acredita-se que a análise referencial possa ser uma forma simplificada de oferecer uma primeira visão da empresa, permitindo ao analista perceber alguns aspectos que, a partir dos números originais ou de outras técnicas, seria mais difícil.

3.3 Potencial de aplicação da Análise Referencial

A análise referencial é uma técnica de análise que permite a simultânea comparação de demonstrações contábeis de diversos tipos e épocas, preservando as relações entre os valores originais.

A análise referencial por si só, principalmente em função da integração das demonstrações e pela possibilidade de comparar-se qualquer número nelas embutido com as demais, oferece ao analista várias possibilidades de visualização e comparação não contempladas pela maioria das técnicas de análise existentes.

Há circunstâncias em que o uso da análise referencial torna-se particularmente interessante. É o caso de séries temporais históricas de prazo dilatado, à medida que se utiliza a base 100 relacionada ao momento mais atual possível. Os valores de épocas mais antigas, nas situações em que é considerável o crescimento, são representados por números de pequena dimensão, facilitando o entendimento de evolução das contas analisadas.

Quanto maior a série temporal utilizada para aplicar a análise referencial e quanto mais expressivo for o crescimento verificado na empresa estudada, mais visível é o benefício de sua aplicação.

Outra possibilidade que aparenta ser de grande viabilidade para a análise referencial é auxiliar na análise setorial. Uma vez submetidas à análise referencial as diversas empresas de um mesmo setor, será relativamente fácil entender quais empresas tiveram maior ou menor crescimento nos vários itens escolhidos para efetuar as comparações.

Como na análise referencial todos os valores monetários tratados conservam sua proporção relativa, os resultados nela expressos podem ser utilizados para elaboração de estudos estatísticos mais refinados, como aqueles relacionados às técnicas de análise multivariada, de modo a facilitar a introdução e o processamento eletrônico dos dados nos aplicativos específicos para tais finalidades.

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É importante salientar que a análise referencial não modifica e não é imprescindível para realizar tais estudos. As vantagens de sua eventual adoção estão relacionadas às facilidades no processamento e principalmente à maior transparência no entendimento dos resultados obtidos nas técnicas mais sofisticadas. Em muitas oportunidades os resultados da análise referencial podem sugerir ou confirmar relações constatadas por técnicas estatísticas mais sofisticadas.

Desta forma, a análise referencial pode ser um instrumento facilitador de estudos de séries temporais, correlação múltipla, análises de regressão múltipla, análises discriminantes, análises fatoriais e outros. 3.4 Limitações da Análise Referencial Assim como as demais técnicas de análise, a análise referencial apresenta suas deficiências e limitações. Deste modo, da mesma forma que as outras técnicas, a análise referencial não oferece todos os elementos para que um analista externo chegue às conclusões de que precisa, mas tem potencial para auxiliar analistas e usuários de informações contábeis em algumas ocasiões. Se de um lado a análise referencial preserva a relação entre todos os valores monetários absolutos dos diferentes demonstrativos contábeis dos mais variados períodos, ela deixa de estabelecer relações dentro de cada período, ao contrário da análise vertical. Haverá tal relacionamento somente no último período, que serve de base e ainda assim restrita ao balanço patrimonial. Esta é uma característica da metodologia da técnica que precisa ser assimilada para evitar interpretações errôneas. Como todas as relações são tratadas sempre de acordo com o último valor conhecido do ativo total, não faz parte da análise referencial a apuração de margens na demonstração de resultados, visto que todos os valores nela contidos são confrontados com a base única. A análise referencial, assim como a análise horizontal, considera que todos os valores monetários contemplados nos demonstrativos contábeis estejam em moeda de mesmo poder aquisitivo. Numa economia em que há inflação (mesmo em níveis toleráveis) sem reconhecimento de sua existência na elaboração dos demonstrativos contábeis, ocorrem distorções. O ideal seria que todas as demonstrações contábeis estivessem na moeda da data do ativo total mais recente, o que era relativamente simples com as demonstrações publicadas pelo método da correção integral. Bastaria atualizá-los monetariamente dessa data até a data atual.Sem a correção integral não há tal possibilidade.

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A inconsistência e a reclassificação de contas patrimoniais também acarretam inadequadas comparações. A validade das conclusões fica ainda mais comprometida nas ocasiões em que haja erro, omissão, falha na metodologia contábil e eventual fraude nas demonstrações contábeis. 3.5 Análise Horizontal e Vertical Versus Análise Referncial Segundo Saporito (2005, p. 50) a principal diferença entre a análise referencial e as análises vertical e horizontal está relacionada à base: enquanto na análise referencial a base é única, independentemente da demonstração analisada, e é a mais atual possível, o que permite a apreciação conjunta das demonstrações contábeis; na análise vertical a base é sempre o ativo total do ano em análise e na horizontal é o primeiro ano.

A análise referencial foi desenvolvida para facilitar a visualização da demonstração

contábil, principalmente quando se trata de períodos longos. Apesar das análises

horizontal e vertical também se aplicarem a períodos longos, a demonstração contábil se

mostra de visualização mais complexa, por apresentar maior quantidade de números.

Além disso, a análise referencial não traz resultados que traduzam significados

específicos ao contrário das análises horizontal e vertical. Seu objetivo é o de integrar as

informações consideradas úteis pelo usuário, para permitir uma visão inicial da empresa

estudada e aumentar sua percepção quanto a possíveis correlações e distorções.

Observa-se, ainda, que a análise referencial possui as mesmas limitações que outros

métodos de análise de balanços, como a inflação, pois os poderes aquisitivos da moeda

diferem de uma época para outra, as regras da contabilidade, a defasagem temporal.

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Conclusão As demonstrações financeiras pode vir a ser um formidável instrumento de análise financeira das empresas se elaborada e utilizada adequadamente, permitindo um desempenho mais eficiente e um papel de principal guia na seleção e tomada da mais adequadas decisões econômicas. O administrador financeiro devera sempre considerar as circunstâncias ou as modificações nas políticas que possam provocar aumento ou redução do nível de recursos. A qualidade da informação no planejamento e conseqüente elaboração da demonstração financeira são eminentes tanto em empresas que apresentam dificuldades financeiras, como naquelas bem capitalizadas. Os departamentos devem passar as informações para o administrador financeiro, que as analisará e consolidará na demonstração financeira da empresa. Ele também as atualizará diariamente, se for o caso, e fará os ajustes necessários, de modo que a planilha da demosntração esteja sempre atualizada e que, de fato, seja um instrumento para tomada de decisão. É recomendável que haja com freqüência uma revisão das projeções da demonstração financeira, de modo a mantê-las atualizadas. Devem-se também realizar revisões todas as vezes em que acontecerem eventos internos ou externos que possam refletir significativamente na demonstração financeira. Para utilizar a demonstração financeira como instrumento de gestão, é necessário que ela esteja sempre revisada e atualizada. Assim, auxiliará nas futuras projeções, principalmente se a empresa precisar captar recursos, que poderão ser planejados com antecedência, fazendo um levantamento dos custos financeiros. A partir da análise realizada nesse estudo, pode-se concluir que a teoria de finanças aperfeiçoou-se ao longo dos tempos com a finalidade de colaborar no processo decisório dos agentes financeiros. A teoria financeira apresentou, em cada fase da história da humanidade, soluções e proposições edificando assim a moderna teoria de finanças. Portanto, é possível concluir que a gestão da área financeira é de suma importância para as empresas, independentes de seu tamanho, visto que é por meio da função financeira que os gestores poderão buscar auxilio para diminuir as expectativas de erros no processo de tomada de decisões. Como o principal enfoque da Administração Financeira é o processo decisório e as ações que podem maximizar a valorização da empresa, as demonstrações financeiras apropriadas e a habilidade para analisá-las constituem- se num binômio que deve orientar a busca da eficiência do administrador financeiro contribuindo para um processo decisório responsável, transparente, eficiente, eficaz e efetivo. Assim, pode se afirmar que esta pesquisa alcançou satisfatoriamente seus objetivos, respondendo ao questionamento proposto na introdução de modo a atender com as especificações metodológicas anteriormente citadas.

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Podemos concluir que a análise das demonstrações, juntamente com os relatórios, constituem peças fundamentais para a empresa, é com base nesses indicadores que as decisões são tomadas, são eles que possibilitam ao gestor definir metas a serem alcançadas e a projetar os resultados futuros, são eles que norteiam o caminho a ser seguido.

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Bibliografia de Livros IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 5ª Edição. Ed. Atlas. MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica. Volume 1,2ª edição. Ed. Atlas. GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. São Paulo: Habra, 1997. IUDICIBIUS, Sergio et all. Contabilidade Introdutória. 7 ed. São Paulo: Atlas,

(1986) MATARAZZO, Dante C. Analise Financeira de Balanços (Editora Atlas – 5ª

Edição 1998). PADOVEZE,Clovis Luis. Contabilidade Gerencial. 7º edição . Ed.Atlas MARION,José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. 2º Ed. São Paulo Ed Atlas 2002

BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações Contábeis: estrutura, análise e interpretação. 4ª edição, São Paulo: Atlas, 1999. Bibliografia Internet http://www.contabeis.com.br/forum/arquivos/An%DFlise%20vertical_horizontal.pdf

http://blog.wolffish.com.br/?p=339