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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
RISCO DE MERCADO : UM ESTUDO DA INFLUENCIA DOS
RISCOS DO MERCADO FINANCEIRO NA GESTÃO EFICAZ DAS
EMPRESAS
Por: Monica Firmino Marques
Orientador
Profª . Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
RISCO DE MERCADO : UM ESTUDO DA INFLUENCIA DOS
RISCOS DO MERCADO FINANCEIRO NA GESTÃO EFICAZ DAS
EMPRESAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Finanças e Gestão
Corporativa.
Por: Monica Firmino Marques
3
AGRADECIMENTOS
A Jesus autor e consumador da minha
fé aquele que opera em nós tanto o
querer como o efetuar.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha mãe pelo
apoio incondicional, a minha querida filha
Maria Eduarda e meu marido Alcimar pela
compreensão nos momentos que me fiz
ausente e por serem meus companheiros
de todas as horas.
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RESUMO
O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo
apresentar um estudo sobre a influencia dos riscos de mercado financeiro na
gestão eficaz das empresas, destacando os riscos mais proeminentes como o
risco de mercado, risco operacional, risco de crédito e risco de liquidez além de
fazem uma breve abordagem a outros grupos de riscos como risco legal, de
conjuntura e imagem. Dando destaque para o risco operacional evidenciando a
sua importância como risco mais eminente de ocorrer nas empresas. Nesse
contexto é feita também uma análise sobre o efeito dominó do risco sistêmico
no Mercado financeiro. Diante do elevado grau de importância que o processo
de gerenciamento de riscos tem dentro das empresas, este estudo apresentará
as principais medidas preventivas que minimizam o impacto dos riscos de
mercado nas organizações. Assim aborda o conceito de risco , os seus
principais tipos , normas e medidas de prevenção para minimizar os riscos,
destacando a importância do gerenciamento do risco como medida de
prevenção e controle dos resultados. A partir desse estudo foi possível
conceituar risco, identificar os riscos mais proeminentes, apontar caminhos
para diminuir ou erradicar os riscos de mercado, afim de minimizar perdas .
Palavra Chave : Risco , Tipos de Risco e Prevenção dos Riscos.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada no desenvolvimento desse trabalho foi
principalmente através de pesquisa bibliográfica tanto em livros quanto em
revistas acadêmicas da área , além de textos e artigos disponíveis na internet.
Na prática esse estudo busca a partir do embasamento teórico
demonstrar alternativas que proporcionem melhores resultados.
A proposta que ao final da leitura se possa vislumbrar e entender o
conceito de risco , os tipos de risco a que o mercado financeiro está suscetível
e a s medidas de prevenção , controle e gestão dos riscos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Risco 11
CAPÍTULO II - Tipos de Risco 15
CAPÍTULO III – Risco Operacional 23
CAPÍTULO III - Risco Sistêmico 29
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 38
ANEXOS 36
ÍNDICE 39
8
INTRODUÇÃO
Mais riscos e ganhos extraordinários ou menos riscos e garantias de
segurança? Pegue os dois.
Alberto Brandão
Risco e Retorno são duas variáveis que andam juntas no Mercado
Financeiro. Segundo Lawrence J Gitman (2002) , O risco pode ser definido
como a possibilidade de perda. Solomon e Pringle citado por Souza (2002,
p.149) afirma que "risco é o grau de incerteza a respeito de um evento.” O
risco está portanto, diretamente ligado à possibilidade de ocorrência de um
evento futuro, esperado, ou não.” (SOUZA, 2002, p.149). Quanto maior a
possibilidade de retorno maior o risco envolvido. Sendo assim o risco
representa uma ameaça a qualquer empresa , as empresas se encontram face
a um dilema como crescer , sem ousar ? o risco pode ser visto desta forma
como uma ousadia em busca do crescimento.
Neste Contexto o Gerenciamento de Riscos é tido como uma
ferramenta de gestão Administrativa para prevenir possíveis perdas
econômicas. É visto como um investimento de Prevenção de Perdas.
Considerando que adequadamente identificados e gerenciados , os riscos dos
empreendimentos não serem bem sucedidos, podem ser reduzidos
significativamente.
Conscientes deste cenário de potencial perdas, as corporações sabem
da importância de atenuar os riscos corporativos através da identificação dos
diferentes tipos de risco a que estão suscetíveis bem como suas possíveis
causas e medidas preventivas de ocorrência desses riscos. Assim medidas
preventivas e contingenciais são fundamentais para minimizar possíveis
resultados negativos. Conhecer para prevenir.
Administrar Riscos é uma das principais preocupações dos agentes
integrantes do mercado financeiro. Destacam se cinco grupos : risco de
mercado, risco operacional, risco de crédito, risco de liquidez e risco
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sistêmico,além de outros que influenciam nos resultados econômico das
corporações como risco legal, risco de conjuntura e risco de imagem.
Para Zamith (2007), o fator mais importante no gerenciamento de risco
é a aceitabilidade do tratamento do mesmo como elemento vital para a gestão.
Tratar o risco significará admitir estar entre assumir ou eliminar a probabilidade
de vir a acontecer o dano, isto é , aproveitar uma oportunidade ou permitir a
existência de uma ameaça. Não se pretende apenas interferir na frequência
da ocorrência, mas também na severidade com que possa atingir o todo. (
ZAMITH, 2007,P63 ).
Visando uma abordagem integrada e holística dos riscos dentro de
uma empresa, o risco sistêmico e seus atenuantes, faz se necessária uma
mobilização de toda a corporação, tendo em vista que os riscos são muitos e
ameaçam todos os ambientes da empresa.
Quanto aos objetivos propostos , será feito um breve estudo sobre os
cinco principais grupos de riscos que permeiam as atividades empresariais,
bem como a importância de se gerenciar os mesmos , para que a empresa não
seja atingida e caso algum dos riscos de fato a aflija,que o impacto seja o
menor possível.
Acredita se que a demanda por profissionais da área deva aumentar
muito devido ao grande desenvolvimento econômico mundial e também por
exigências políticas, tendo em vista que grandes escândalos tem afetado a
economia e a imagem das nações berço dos escândalos, que poderiam ser
evitados ou amenizados se os riscos fossem gerenciados com transparência.
A monografia será composta por cinco capítulos:
No primeiro Capitulo será apresentado o conceito de risco, a
importância do conhecimento dos riscos a que o mercado está suscetível, bem
como a relevância do estudo dos riscos de mercado como ferramenta de
gestão preventiva e eficaz nas empresas.
O segundo capítulo destaca quatro grupos de riscos : risco de
mercado, risco operacional,risco de crédito e risco de liquidez, além de fazer
uma breve abordagem sobre outros tipos de risco que influenciam nos
resultados econômicos das corporações, como o risco legal, risco de
10
conjuntura e risco de imagem. Este capitulo trata não só das definições dos
riscos destacados, mas também de ações preventivas que podem ser
utilizadas como medida de gerencia eficaz.
O capitulo três trata da importância do gerenciamento do risco mais
eminente nas corporações: o risco operacional, por estar relacionado a perdas
ou consequências de falhas em processos, de pessoas ou sistemas.
O capitulo quatro destaca o risco sistêmico e seu efeito domino,
retratando como o impacto de um risco sofrido em uma empresa é capaz de
afetar outros setores dentro da empresa .
O quinto é ultimo capitulo será reservado para a conclusão geral.
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CAPÍTULO I
1-Risco
1.1 Conceito de Risco
Existe o risco que você não pode jamais correr, e existe o risco que você não
pode deixar de correr.
( Peter Drucker)
Solomon e Pringle citado por Souza (2002, p 149 ) afirma que
risco é o grau de incerteza a respeito de um evento . Risco é definido como a
possibilidade de que algum acontecimento desfavorável venha a ocorrer. Mais
especificamente, é a possibilidade de perda financeira. Risco é uma das
principais variáveis que afetam o resultado dos investimentos.
As empresas estão frequentemente se confrontando com situações
que as colocam em situação de risco. Toda empresa quer ter um
desenvolvimento sustentável, todavia, o risco é inerente a qualquer aspiração
de ascensão. O gerenciamento dos riscos são de fundamental importância
para o crescimento seguro e sustentável das empresas. Conhecer para
prevenir.
“O risco está portanto, diretamente ligado a possibilidade de ocorrência
de um evento futuro, esperado, ou não”(SOUZA,2002,p149). O risco é algo
inerente ao negócio, quanto maior o risco maior o provável retorno. Portanto se
não há como empreender sem estar suscetível ao risco, a melhor arma de
defesa neste caso é o conhecimento . Conhecer os riscos a que estão
suscetíveis o mercado, proporciona as corporações encontrar soluções que
minimizam os efeitos negativos dos mesmos : Compreender quais os tipos de
risco de mercado; Porquê eles ocorrem. O gerenciamento deste conhecimento
12
preserva as empresas de possíveis quebras não somente financeiras, mas de
imagem como um todo.
1.2 Atitude perante o risco
Uma boa estratégia antes de executar um projeto de qualquer natureza
é elaborar uma estratégia de Trading sensata pensando cuidadosamente na
abordagem em relação ao risco . Afinal, até os investimentos relativamente
seguros podem apresentar algum nível de risco, visto que existe a
possibilidade de perder dinheiro, caso o mercado financeiro sofra alterações.
1.3 Prever Riscos é :
Todo empreendedor via de regra, necessita de um bom gerenciamento
de riscos para a sobrevivência do mercado. Quando a empresa conhece a que
está exposta ela pode encontrar soluções para eliminar possíveis riscos, ou
diminuir o impacto dos mesmos, por isso, é mister ,que a corporação conheça
os tipos de risco ,e os recursos existentes para neutralizar possíveis perdas.
Prever riscos envolve conhecimento dos tipos de risco a que o
mercado está vulnerável e antecipar ações que visem diminuir a incidência
dos riscos bem como o impacto negativo na empresa.
Segundo Santos (2002, p 75) “A empresa está constantemente
exposta a riscos que podem provocar perdas financeiras e até conduzi-las a
quebra . “
Tratar o risco é adotar antes de mais nada, melhores práticas de infra
estrutura política e metodológica de administração . O gerenciamento de riscos
lida com as incertezas que rondam o mercado financeiros, as incertezas são os
riscos.
“Tratar o risco significará admitir estar entre assumir ou eliminar a
probabilidade de vir a acontecer o dano, isto é , aproveitar uma oportunidade
ou permitir a existência de uma ameaça . Não se pretende apenas interferir na
13
frequência da ocorrência , mas também na severidade com que possa atingir o
todo”.( ZAMITH ,2007,P63 ).
Assim prever riscos contribui para o crescimento e desenvolvimento
das empresas, à medida que envolve um estudo do mercado , das suas
variáveis , das tecnologias existentes no mercado ,que diminuem os impactos
dos riscos , promove a interação dos diferentes setores da empresa, que
precisam trabalhar juntos para minimizar os efeitos dos riscos , um vez que a
melhor arma para gerenciamento de riscos é o conhecimento.
1.4 Conhecimento um artefato poderoso.
Ao longo da história o homem sempre usou o conhecimento para se
adaptar a diferentes ambientes, é através do conhecimento que o homem
domina o ambiente e interage com o meio tornando muita das vezes a
ameaça em aliado . Foi assim com Santos Dummond até então voar parecia
ser um risco eminente de queda mas se não fosse sua insistência rumo a
vencer aquilo que antes parecia ser uma ameaça, a altura ,hoje não
desfrutaríamos de tão poderosa ferramenta de transporte , o avião . Olhando
por está ótica entendemos que há riscos que são necessários ser enfrentados
para que haja crescimento profissional nas corporações e um grande artefato
neste cenário é o conhecimento.
O Conhecimento dos riscos a que o mercado está suscetível tem sido
uma importante ferramenta para o sucesso das organizações, considerando
que a partir do domínio do saber é possível desenvolver estratégias
competitivas e prever ações que protejam a empresa dos riscos ou que pelo
menos minimizem os impactos .A utilização do conhecimento como estratégia
empresarial tem sido o aliado perfeito para não só prever os riscos mas como
para capacitar todos os setores da empresa para gestão inteligente dos
recursos para uma administração eficaz .
Um artefato poderoso neste cenário de previsão e tratamento dos
riscos é , portanto o conhecimento. O conhecimento é por assim dizer, o
veiculo facilitador de interação do homem com o mundo. Conhecer a natureza
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dos riscos , os fatores que proporcionam sua incidência , as ações preventivas
que minimizam os impactos dos riscos a que o mercado está exposto ,
capacita as empresas a orquestrarem uma série de medidas preventivas , para
não serem suscetíveis aos riscos bem como realizar mudanças que aumentam
as vantagens competitivas diminuindo as margens de risco . O conhecimento
dos tipos de risco a que o mercado está vulnerável além de fornecer
informações sobre os riscos em si abrangem também o conhecimento do
mercado , tecnologias, clientes , concorrentes. O desconhecimento do
gerenciamento dos riscos de mercado já fez inúmeras empresas a amargarem
sérios prejuízos.
“Uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio “
( Michael Porter)
A identificação dos riscos visa também mapear os eventos de risco de
natureza interna e externa que possam afetar os resultados positivos das
empresas causando impactos negativos nos resultados, no capital, na liquidez
e na reputação da empresa.
Os processos de gestão de riscos permeiam assim, toda a empresa ,
estando alinhado com os objetivos da empresa, o que se deseja alcançar , e
os riscos que poderão surgir como condição de impedimento para atingir os
objetivos.
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CAPÍTULO II
2. Tipos de Risco
“ Se você não consegue pensar em três coisas que podem dar errado
em seus planos , então há qualquer coisa errada com seu modo de pensar”
(IETEC ,20120)
Uma empresa , seja qual for o ramo, estará exposta a algum tipo de
risco. De acordo com Santos (2002) os riscos podem ser oriundos do ambiente
externo e ou ambiente interno.
Os riscos do ambiente externo provavelmente sejam os riscos mais
perigosos, devido a limitação no controle e a percepção administrativa muita
das vezes focada nos acontecimentos internos. Todavia os riscos internos não
são menos importantes, e se não forem bem gerenciados a empresa pode ser
afetada por vários problemas.
Num mundo caracterizado pela globalização, e no momento em que
vivemos uma crise econômica mundial , as empresas estão suscetíveis a
diferentes tipos de risco , riscos de mercado, de liquidez, operacionais , de
crédito, de imagem de conjuntura são diversos os riscos que cercam o
mercado financeiro. Se não é possível eliminar os riscos é possível reduzir a
incidência através de uma engenharia administrativa que contemple a união do
estudo da natureza dos riscos e o tratamento dos impactos nos resultados das
empresas.
A Seguir será feito um estudo sobre quatro tipos de riscos cuja a
ocorrência tem sido observada como mais eminente: risco de mercado, risco
de crédito, risco de liquidez e risco operacional além de uma breve abordagem
sobre outros tipos de risco que influenciam nos resultados econômico das
Corporações.
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2.1 Risco de Mercado
“ Decisões empresariais sempre comprometem os recursos do
presente com as incertezas do futuro “( Peter Drucker)
O risco de mercado é definido como a possibilidade de ocorrências de
perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições ativas e
passivas detidas pelas instituições financeiras que compõem o conglomerado
financeiro. ( J . P . Morgan )
Sendo assim o risco de mercado abrange os riscos das operações
sujeitas a variação cambial, taxa de juros, preço das ações e dos preços das
mercadorias. Toda variação absurda nos índices e nos preços influencia
diretamente no mercado financeiro.
2.1.1 Categorias de Risco de Mercado:
• Risco de Taxa de Juros :
Representa a perda financeira em função da variação das taxas de
juros, flutuações nas taxas sobre as aplicações e captações no mercado
financeiro em função das políticas de macro economia e turbulência do
mercado.
• Risco de Taxa de Cambio :
Representa a possibilidade de perda financeira em decorrência de
variação na taxa de cambio como descasamento em carteira indexada a
alguma moeda estrangeira;
• Risco de ações/ commodities
Possibilidade de perda em função de mudanças no valor do mercado
das ações/commodities.
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O risco de mercado está então relacionado a variação nos preços de
determinado ativo ou bem . Nesse caso o comportamento do mercado influirá
diretamente no preço , sendo assim uma boa estratégia para a administração
desse risco é estar sempre acompanhando o Mercado.
“ Não é a empresa que define o mercado ,é o cliente .” ( Peter Drucker )
A gestão dos riscos de Mercado está voltada a administração dos riscos
resultantes de variações das cotações de moeda estrangeira , das taxas de
juros, dos preços das ações e dos preços das mercadorias (commodities).
A administração dos riscos consiste em definir um conjunto de princípios,
diretrizes e estratégias , metodologias, limites e responsabilidades aplicáveis no
controle permanente dos riscos , isto é para cada risco de mercado que a
empresa esteja suscetível elaborar um plano de contingência , por exemplo :
Uma boa política de proteção cambial ,para a oscilação das taxas de cambio ,
que representam um risco de perda financeira para agricultores e investidores ,
é o Swap ou Hedge.
• Swap de Taxa de juros: Troca da taxa de juros prefixados por juros pós-
Fixados ( conforme a variação dos CDIS , por exemplo , que é um ativo
financeiro corrigido pela taxa diária de juros ou o inverso , para quem quer
evitar o risco de uma futura alta nos juros.
• Swap cambial: Troca de taxa de variação cambial ( variação do preço do
dólar americano) por taxa de juros pós fixados.
Gerenciar riscos de mercado envolve controlar os limites operacionais de
exposição aos riscos de mercado , como seguros que minimizem o impacto
dos riscos ou protejam de possíveis perdas, o resultado desses estudos devem
ser considerados na tomada de decisões e aplicação do capital de forma
potencializada.
Não tem como se defender de um risco sem estudar o seu progresso,
avanços ,atuações e reflexos na economia. A situação político econômico do
pais é a bussola que norteia o mercado, uma administração saudável envolve
constante verificação da “temperatura” do mercado , não só interno mas
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também externo.Há que se considerar que a empresa que não considera o
panorama social do mercado antes da tomada de decisões , que não utiliza da
informação para se nortear , viverá as consequências de um autismo
empresarial sob pena de não se prevenir para possíveis perdas que poderiam
ser evitadas se a informação fosse utilizada como veículo orientador da
tomada de decisões.
“Em qualquer empresa ,a tecnologia da informação exerce efeitos poderosos
sobre a vantagem competitiva , tanto no custo , quanto na diferenciação”.
(Michael Porter )
2.1.2 Risco Operacional :
“ A estratégia torna as escolhas sobre o que não fazer tão importante
quanto as escolhas sobre o que fazer. “( Michael Porter )
“ A definição de risco operacional, conforme o artigo 2º da Resolução
3.380, do Banco Central é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes
de falha , deficiência ou inadequação de processos internos , pessoas e
sistemas , ou de eventos externos , incluindo o risco legal associado à
inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição bem como
as sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a
indenização por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas
pela instituição . “
A Resolução 3380 do banco Central ,também lista os eventos
considerados como incluídos na definição de risco operacional:
• Fraudes Internas;
• Fraudes externas;
• Demandas trabalhistas e segurança deficiente no local de trabalho;
• Práticas inadequadas relativas a clientes , produtos e serviços;
• Danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição;
• Falhas em sistemas de tecnologia da informação;
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• Falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento de
atividades;
O investimento em capacitação de pessoal e atualização bem como
a adoção de uma política de SGI- Sistema de Gestão Integrada visam
minimizar os impactos sofridos pelas falhas nos processos operacionais.
O Risco operacional é um tema tão amplo por envolver pessoas ,
processos e tecnologias que será dedicado um capítulo somente para
seu estudo , já que o risco operacional é o risco mais eminente de
ocorrer nas empresas uma vez que envolve pessoas e que empresa
funciona sem o seu ativo vivo , pessoal. O fator humano nas empresas
é com certeza o diferencial nas empresas de sucesso , um denominador
comum entre aqueles que atingiram não só a eficácia, mas também a
eficiência. Não é suficiente a empresa procurar manter seus
funcionários motivados,oferecer a qualidade de vida no trabalho.As
pessoas aparecem como um fator de alta relevância para a
competitividade e , consequentemente , devem ser gerenciados de
forma bastante cuidadosa observando o que pode ser melhorado na
relação pessoal/empresa para que os riscos a que estão suscetíveis
nesse setor sejam mitigados.
2.1.3 Risco de Crédito:
“Quem tem objetivos claramente definidos transformam obstáculos em
etapas “ (Moises Ribeiro)
Risco de crédito é a possibilidade de perdas resultantes pelo não
recebimento de valores contratados junto a clientes em decorrência da
incapacidade econômico-financeira destes mesmos clientes. Podemos
entender como um descasamento de contrapartes ou seja, quando uma das
partes descumpre o combinado e há inadimplência. O risco de crédito trata se
então da possibilidade de não receber o valor principal negociado ,por causa
20
da inadimplência, que não pode ser evitada, mas prevenida ou controlada pela
análise de crédito .
Sabemos que crédito envolve riscos, afinal, confiamos na palavra do
cliente e acima de tudo nas provas que ele apresenta. Sabemos também que
as provas muitas vezes podem ser diferentes da realidade vivida por esse
cliente. A falta de cuidado na análise sobre a capacidade de pagamento do
comprador, ou seja, se ele terá condições para saldar a dívida, também pode
ser prejudicial para a saúde da empresa.
O risco de crédito tem sido um grande desafio para a política mundial
vivemos uma geração que vive a banalização do calote onde dever parece ter
se tornado um lugar comum.Para minimizar a incidência e os impactos que
esse risco causa nas empresas e na economia as empresas tem se cercado
de garantias que visam assegurar o pagamento das dívidas e medidas
sancionarias visando coibir e motivar os credores ao pagamento das dividas
mas o fato é que quando os recursos para cumprir os contratos tornam se
escassos não há medida punitiva que sane o problema de forma rápida e
eficaz, na verdade o combustível que faz girar o mercado de crédito é a
liquidez e na falta dela para saldar os compromissos as empresas correm o
risco de não sobreviverem.
2.1.4 Risco de Liquidez :
“ A estratégia torna as escolhas sobre o que não fazer tão importantes
quanto as escolhas sobre o que fazer.”
Michael Porter
Pode ser compreendido como a incapacidade de honrar os
compromissos assumidos em função do desequilíbrio de caixa gerado pelo
descasamento dos prazos de vencimentos.
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Pode se dizer que o risco de liquidez está relacionado ao descasamento
da estrutura de ativos e passivos com relação aos fluxos efetivos de
pagamento destes, ou seja, há um descasamento de fluxo de caixa . O risco
de liquidez reflete a facilidade ou dificuldade de vender um ativo de carteira,
mas é possível fazer com que esse risco trabalhe a favor da empresa . Uma
parte dos investimentos deverá ser direcionado para o longo prazo , para que
se possa aplicar em produtos de menor liquidez , outra estratégia é um
controle eficaz do fluxo de caixa para que a empresa possa gerir seus
investimentos e casar os prazos de recebimentos com pagamentos.
Outros riscos que impactam as empresas:
2.1.5 Risco Legal
Inobservância de dispositivos legais e regulamentos, mudança na
legislação e alterações na jurisprudência.
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2.1.6 Risco de Conjuntura
Mudanças no próprio pais ou de outros países que interferem nas
condições culturais , sociais e econômicas financeiras.
2.1.7 Risco de Imagem
A imagem é o ativo de maior valor da empresa, ela reflete a credibilidade
e confiabilidade da empresa qualquer interferência negativa nesse sentido
pode quebrar uma empresa causando desgaste do nome da instituição em
razão de publicidade , negativa, sendo verdadeiro ou não.
Em síntese, o estudo dos riscos a que o mercado está suscetível torna se
uma ferramenta fundamental não só para o crescimento organizacional das
empresas bem como política de prevenção para evitar os impactos a que o
mercado está suscetível.
A estruturação de uma política comercial personalizada e de qualidade,
por meio de um estudo de mercado, pode ser um grande diferencial entre um
negócio fracassado e um empreendimento de sucesso.
Nesse sentido, ter um conhecimento pleno sobre o mercado, os riscos a
que está suscetível e metodologias que eliminem ou minimizem o impacto dos
riscos nas empresas, torna se matéria essencial para o planejamento e
definição de estratégias e particularidades que tornem as empresas
adequadas à realidade e necessidade do mercado.
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CAPÍTULO III
“Liderar é estabelecer uma sociedade entre o líder e sua gente “
( Ken Blanchard)
3. Risco Operacional
“ Define se como risco operacional a possibilidade de ocorrência de
perdas resultantes de falha , deficiência ou inadequação de processos
internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.Essa definição inclui o
risco legal associado a inadequação ou deficiência em contratos firmados pelo
conglomerado , bem como as sanções em razão de descumprimento de
dispositivos legais as indenizações por danos a terceiros decorrentes das
atividades desenvolvidas pelo conglomerado.”(J.P. Morgan)
O risco operacional é o risco mais eminente de ocorrer nas empresas
não só , por sua abrangência bem como, pelos subfatores que envolvem. O
risco operacional envolve pessoas, sistemas, processos, eventos internos e
externos e por tamanha extensão torna se mais provável a ocorrência nas
empresas .
Em outras palavras podemos dizer que os riscos operacionais estão
relacionados a erros humanos ou técnicos , acidentes, obsolescência de
equipamentos e regulamentação. Os principais elementos relacionados ao
risco operacional são:
• Falhas humanas
• Fraudes e roubos
• Tecnologia defasada
• Falhas nos processos operacionais das empresas
• Fatores externos não previstos.
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Risco Operacional : Fatores e Subfatores de Risco Operacional
O Comitê da Basiléia (2001) define riscos operacionais como “risco de
perdas diretas ou indiretas resultantes de falhas ou inadequação nos
processos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos”.
Qualquer que seja a definição adotada, o risco operacional não é algo
novo no dia a dia das empresas, pelo contrário ele sempre existiu se partirmos
do pressuposto que não há negocio sem pessoas e pessoas são passiveis de
falhas de ordem humana, estrutural e de caráter. O risco operacional pode
então ser considerado como inerente a operacionalização diária dos processos
empresariais.
Gerenciar riscos operacionais envolve identificar, monitorar, mensurar,
qualificar processos operacionais a fim de minimizar os impactos causados por
esse tipo de risco ou eliminar possíveis perdas.
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Nesse contexto a qualificação da mão de obra pode ser uma das
principais estratégias para prevenir as causas dos riscos operacionais.
3. 1 Categorias de risco operacional:
Para facilitar o estudo destaca se três principais fontes de risco
operacionais internas: pessoas, processos e tecnologias;
3.1.1 Risco Humano ou de Pessoas
Possibilidade de perdas em função de falhas humanas por situações
diversas inclusive falta de fatores éticos. A capacitação profissional, programas
de motivação que visem à promoção interna dos trabalhadores, treinamento
para adequar a empresa as exigências do mercado são estratégias de
gerenciamento de risco operacional, pois criam uma interseção entre os
objetivos da empresa e as expectativas dos trabalhadores. A empresa alcança
seus objetivos e os trabalhadores se sentem motivados a desempenharem
suas funções com mais qualidade.
As empresas, diante da concorrência internacional, das mudanças
tecnológicas e da internacionalização do conhecimento e da informação, se
veem diante de uma situação onde devem estar totalmente atualizadas e
preparadas para o desconhecido��
Temos o conhecimento de que uma empresa é formada por espaço físico,
tecnologia, capital e pessoas. Destes quatro recursos o "homem" sem sombra
de dúvida é o grande diferencial.
Este é o centro de toda organização, ele é o idealizador e realizador de
todas as atividades dentro de uma empresa, por mais que esta seja avançada
tecnologicamente e suas atividades estejam completamente robotizadas, o
homem como único ser pensante, dotado de inteligência e sabedoria, será
capaz de realizar a manutenção e a produção destas máquinas.
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Como a empresa, o homem visa o seu desenvolvimento econômico e,
consequentemente, a elevação de seu nível social. Isto, por sua vez, não será
possível sem aumentarmos as nossas habilidades, sejam elas intelectuais ou
técnicas. Logo, aumentar a capacitação e as habilidades das pessoas é função
primordial do treinamento������
��������O treinamento é uma das responsabilidades gerenciais de maior
importância nos dias de hoje, pois o fim de toda a empresa é ter lucro. Para ter
lucro uma empresa precisa ter clientes satisfeitos que comprem seus produtos
e/ou serviços e, divulguem a sua satisfação para outras pessoas, garantido
assim uma penetração de mercado mais elevada. Para ter clientes satisfeitos,
a empresa deve produzir e/ou fazer algo com qualidade que venha a saciar os
desejos e as necessidades do consumidor. Para ter qualidade em tudo o que
se faz, devem-se ter pessoas qualificadas produzindo, e para ter estas
pessoas, a empresa deve investir na preparação das mesmas através de
treinamentos��
�������Capacitar os trabalhadores nos requisitos básicos necessários a fim de
competir no mercado envolve desenvolver competências, dissemina a cultura,
os valores, a missão, a visão, os objetivos e as metas da organização.
Esse contexto abrange os riscos relativos a falta de fatores éticos, como
fraudes, para esses casos a melhor política é gerenciar e controlar os
processos administrativos. Avaliar permite a empresa identificar se suas metas
estão sendo alcançadas e se o processo operacional está ocorrendo de forma
eficaz.
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3.1.2 Risco de Processos
São os riscos oriundos do uso de modelos inadequados e obsoletos
para a administração da empresa e funcionamento eficaz. Podem ocorrer por
falta de regulamentação interna, falta de capacitação dos funcionários. falta de
controle e administração. A empresa nesse contexto está suscetível a sofrer
sanções por falta de conformidade com as leis trabalhistas e agencias
reguladoras. Investir na capacitação e atualização dos funcionários,
treinamento frequente para atualização dos sistemas é formas de minimizar a
incidência desses riscos.
Uma boa estratégia de combate aos riscos de processos é a adoção de
uma política administrativa de controle de qualidade como a concepção de
SGI- O Sistema de Gestão Integrada é a combinação de processos,
procedimentos e práticas de qualidade, segurança, meio ambiente e saúde
adotados pela organização, visando implementar suas políticas e atingir seus
objetivos indispensáveis para a obtenção de um ambiente de trabalho
saudável.
Entre as ações do SGI, está a busca contínua pela excelência em
qualidade em todos os serviços e a satisfação dos clientes, a capacitação
profissional, o incentivo ao comportamento ético e responsável, o atendimento
as legislações aplicáveis e a preservação do meio ambiente e da integridade
física de seus colaboradores.
3.1.3 Risco Tecnológico
O risco Tecnológico origina se de situações como: falhas no software,
equipamentos, sistemas e dados incorretos inseridos no sistema. Erros de
programação, utilização inadequada de softwares programas todo o tipo de
dano causado pela imperícia e inabilidade no uso da Tecnologia.
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A tecnologia é uma ferramenta que visa à resolução de problemas e a
eficácia da realização da atividade diária, mas quando mal utilizada pode
comprometer o desempenho das empresas submetendo a riscos de forte
impacto como a perda de documentos vitais para o funcionamento da
empresa. A constante atualização dos processos e qualificação dos
funcionários são estratégias usadas para minimizar esses riscos. È
imprescindível a adoção de um conjunto de procedimentos e ações técnicas
metodológicas para minimizar os riscos de má gestão da tecnologia, como
back up constante e atualização e capacitação profissional.
A Constante atualização dos processos e qualificação dos funcionários
são estratégias usadas para minimizar esses riscos. É imprescindível também
a adoção de um conjunto de procedimentos , ações e técnicas metodológicas
que visem medidas como minimizar os riscos de má gestão da tecnologia,
adoção de procedimentos de back up constante dos processos , atualização e
capacitação profissional.
Em suma, conhecer os riscos operacionais, tanto os efetivamente ocorridos
como aqueles possíveis de acontecer, mensurar seu impacto financeiro e
possibilidade de ocorrência, desenvolver ações para sua mitigação e fazer sua
adequada gestão proporcionam as instituições mais segurança para que não
ocorram eventos inesperados que possam interromper seus negócios e afetar
seus resultados.
Um sistema de gestão dos riscos operacionais contribui para o
fortalecimento dos controles internos da instituição e, consequentemente,
aprimora sua governança corporativa, proporcionando aos acionistas,
investidores, reguladores, governo e a sociedade em geral, maior
transparência , melhores informações e segurança sobre a continuidade da
empresa.
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CAPÍTULO IV
4-Risco Sistêmico
“ Em qualquer empresa, a tecnologia da informação exerce efeitos poderosos
sobre a vantagem competitiva, tanto no custo, quanto na diferenciação.”
Michael Porter
As definições de risco sistêmico tem como essência a ocorrência de um
choque capaz de produzir efeitos adversos na maior parte do sistema e da
economia. Todos os investidores e empresas estão expostos ao risco
sistêmico, que pode advir de fatores externos não controláveis, como decisões
políticas, flutuação das taxas de juro, forças da natureza, recessões e
depressões econômicas ou fatores internos como o impacto nas empresas dos
riscos aqui estudados, risco de mercado, liquidez, crédito, operacional, de
imagem, de conjuntura e demais riscos suscetíveis ao mercado.
Sob este enfoque, Bartholomew e Whalen (1995) apresentam o risco
sistêmico como “um evento com efeitos em todo o sistema econômico e
financeiro e não apenas em poucas instituições” Na definição , os participantes
não precisam estar conectados , pois o choque é suficientemente abrangente e
forte para atingir todos indistintamente.
Outras definições são baseadas no efeito da contaminação dos
problemas de um agente para outros, chamado de efeito contágio. O BIS (
1994) define como : “ O risco que o não cumprimento das obrigações de outros
pode gerar uma reação em cadeia de dificuldades financeiras maiores” Nesse
caso considera se a conectividade entre os participantes.
Ambas as definições são aqui consideradas á medida que a crise é
configurada no estresse do risco sistêmico, quando todos perdem a
credibilidade na continuidade do sistema.
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Segundo o economista José Alexandre Scheinkman, da Universidade
Princeton,” Risco sistêmico é o risco de que um choque contra uma parte
limitada do sistema (a falência de uma grande instituição financeira, por
exemplo) se propague por todo o sistema financeiro, levando a uma reação em
cadeia de falências e à quebra do sistema - ou seja, uma crise sistêmica.
O Comitê de Bancos da Basiléia definiu risco sistêmico como sendo
aquele em que a inadimplência de uma instituição para honrar seus
compromissos contratuais pode gerar uma reação em cadeia, atingindo grande
parte do sistema financeiro. Esta definição pressupõe elevada exposição direta
entre as instituições, de modo que a falência de qualquer uma desencadeie um
"efeito cascata" sobre o sistema.
A reação em cadeia pode ocorrer quando um dos riscos de
mercado ocorre e exerce influencia direta sobre outro, provocando o efeito
domino. Uma empresa que sofre as consequências do risco de imagem e tem
sua imagem afetada passa então a sofrer as consequências de todos os outros
riscos , por não conseguir mais firmar contratos , não cumpre os compromissos
(risco de crédito ) por ter sua credibilidade afetada sofre as consequências do
risco operacional porque seu pessoal sente se desmotivado , tantos impactos
terminam ocasionando o risco de liquidez sem contar que a inadimplência da
empresa afetam outras empresas que eram parceiras comerciais causando o
efeito domino; Ou ainda O risco sistemático (ou sistémico) pode ser induzido
através do efeito de propagação. Por exemplo, quando um banco vai à
falência, deixando de honrar os seus compromissos, pode contagiar outras
instituições financeiras e levar assim ao colapso de todo o sistema financeiro e,
consequentemente, do funcionamento de toda a economia.
31
Risco Sistêmico
O que vemos atualmente no mercado Financeiro é uma miopia
estratégica sobre o risco sistêmico e seus atenuantes à medida que por
envolver o contágio, dissemina o pânico. Ignorar os sinais não tem sido uma
boa estratégia de gestão para minimizar as consequências do risco sistêmico,
abafar as informações também não. Tal atitude pode ser comparada aquele
que acredita que não será atingido por um Tsuname mesmo estando dentro da
zona de alcance. A prevenção é sempre o melhor remédio para e enfermidade
do sistema.
O risco sistêmico torna necessária uma rede de proteção abrangente
capaz de conter os episódios de pânico .Longe de fazer cair em desuso a
ação coletiva das autoridades publicas,as empresas tem tomado uma postura
de regulação preventiva. O Controle preventivo se desdobra na prevenção de
32
comportamentos que podem conduzir não só as crises mas a administração
das crises quando elas estouram.
Em síntese o mercado financeiro está inserido num sistema
econômico que sofre influencias internas e externas, sempre é mais difícil
administrar os riscos externos por estarem muita das vezes fora do controle
das empresas . Controlar os riscos internos no entanto , envolve não somente
conhecer bem o mercado em que a empresa está inserida , o seu pessoal , a
carteira de clientes como também utilizar as novas tecnologias como
ferramentas de gestão de qualidade que minimizam os impactos. O
conhecimento nesse contexto é o diferencial . Cognição e Know How são
armas fundamentais nessa guerra. O conhecimento é o que nos separa dos
animais , é através dele que evoluímos , crescemos , nos desenvolvemos e
sobrevivemos. As noticias do Comercio interior e exterior , a política , são
informações que não podem ser abstraídas do cotidiano sob pena de viver um
autismo Empresarial e as suas consequências . A Globalização poderá e
deverá ser usada como ferramenta de atualização das empresas , as noticias
informações que ocorrem no mercado exterior e interior , devem ser
consideradas e utilizadas na atualização e gerenciamento das mudanças que
devem ser inseridas neste organismo vivo chamado empresas para a sua
manutenção .
A defilção de Michael Aglieta , sintetiza bem esse estudo sobre o risco
sistêmico.
“Em um universo Econômico martelado incansavelmente pela opinião
financeira, a política monetária está no posto de comando. E Ela que totaliza
os efeitos de todos os outros aspectos da política econômica sobre o equilíbrio
macro econômico. Mas a distancia entre sua eficiência e sua impotência não é
instrumental- ela é estratégica. A política monetária avalia a resultante das
tensões que atravessam a sociedade e são expressas pelas inquietações
financeiras. Ela conseguirá fazer com que essas tensões se mexam para
mantê las aquém de limites críticos caso saiba propor uma visão evolutiva do
futuro que obtenha uma ampla adesão .”
Michel Aglietta
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CONCLUSÃO
“ A inovação sempre significa um risco . Mas ir ao supermercado de carro para
comprar pão também é arriscado. Qualquer atividade econômica é de alto
risco e não inovar - isto é , preservar o passado- é muito mais arriscado do que
construir o futuro”
Peter Drucker.
“Existem riscos que não devemos jamais correr e os riscos que não
podemos nunca deixar de correr” Peter Drucker
De fato viver é correr riscos. Em regra não se vai a lugar algum sem que
se corra riscos. A questão é que correr riscos envolve também pensar na
prevenção dos riscos , na análise dos riscos que vale a pena correr e daqueles
que não fazem nenhum sentido serem assumidos.
Da mesma forma que viver é correr risco, viver também é tomar medidas
de prevenção contra esses riscos , de outra forma corre se o risco de tornar se
Kamikase. Da mesma forma , as empresas sempre se deparam com
incertezas sobre o futuro . O risco é um componente real que influi diretamente
no retorno das empresas. Nesse sentido , torna-se imprescindível a sua
identificação e gerenciamento eficaz, utilizando todas as ferramentas de
prevenção , mensuração, identificação e mitificação dos riscos de mercado.
Com a globalização o mercado dispõe hoje de um ambiente rico em
oportunidades e aprimoramento de ferramentas e técnicas de gestão de risco,
o que possibilita as empresas uma política de prevenção dos impactos
ocasionados pelos risco cada vez maior.
Gerenciar Riscos, mais que uma atitude decisória, é um processo muito
importante que deve considerar a análise/conceituação/ atualização
frequente dos riscos .
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O que não é medido não é controlado. Por mais que pareça um clichê
corporativo, em matéria de análise de riscos, as empresas ainda têm muito a
evoluir e a aprender sobre o valor da previsibilidade.
O risco não medido pode atingir, em cheio, o caixa da empresa. Se isto
ocorrer, é preciso acender logo a luz amarela e tomar providências imediatas.
Riscos mal administrados têm grande probabilidade de gerar custo financeiro,
encarecer a operação, tirar eficiência e diminuir as margens, provocando o
ingresso em um ciclo de crise que pode não ter saída ou a saída ter um
altíssimo custo.
Grande parte das empresas adota o modelo que estrutura ou centraliza
sua área de risco voltada unicamente para a esfera financeira. Com o olhar
unilateral acaba avaliando apenas os números e acompanhando somente
indicadores de mercado. A análise feita sob este enfoque é míope ,porque não
leva em conta a complexidade e conectividade do mundo atual , como vimos o
mercado não está suscetível a apenas um tipo de risco mais a variados e
suscetível até mesmo de enfrentar o efeito dominó dos riscos.
Não podemos esquecer que a economia está globalizada e as avaliações
precisam sempre levar em conta o contexto setorial e a conjuntura das regiões
onde está inserida.
È preciso ter a compreensão que as empresas são organismos vivos,
sujeitas aos mais diversos fatores internos externos. .Seus relacionamentos e
a forma como aproveitam as oportunidades também precisam ser levados em
consideração e estar sempre ma órbita do administrador. A empresa deve em
última instância avaliar a situação, estruturar a área de forma que o risco seja
tratado levando em conta o todo não seja trabalhado apenas no estrito
cumprimento legal e regulatório. Muitas vezes, é preciso ser ousado e ao
mesmo tempo saber avançar com segurança, construindo mecanismos em
constante evolução para prever as incertezas e propagar a transparência . È a
boa governança colocada em prática.
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Os riscos hoje são os mais variados e a cada dia pode se ser
surpreendido por novos tropeços .Mas, de uma maneira geral, os riscos podem
ser agrupados como de mercado , de crédito e operacional. Nessa estrutura,
pode se e deve se abordar diversos fatores que podem impactar a empresa
em qualquer uma das esferas. È por causa da globalização a que nos
referimos antes. Por isto, não se pode desprezar informações tais como a
incerteza econômica que o pais vive, a política, eventuais mudanças na política
de tributação, na taxa de juros, na volatilidade do câmbio, no aumento da
competitividade dos concorrentes.
Nesse contexto, são fundamentais práticas saudáveis de controles e
gestão de riscos, que visam diminuir ou eliminar o impacto dos riscos do
mercado nas empresas. E Estar sempre conectado com as notícias do mundo.
Nota se no mercado uma nova tendência de enxergar o risco: como uma
oportunidade. Afinal a incerteza pode ser tratada como um poderoso ponto de
partida para a inovação e renovação e não somente como ameaça.
Acredita se que no futuro as empresas vencedoras serão aquelas com
maior capacidade de equilibrar estratégias que lidam com desafios calçadas
em políticas preventivas de proteção e controle dos riscos e que tirem proveito
das oportunidades por ele oferecidas.
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ANEXO 1
http://artedaexcelencia.blogspot.com.br/2013/11/viver-e-
correr-riscos.html
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Viver é correr riscos?
Meus caros: Atribui-se a Sêneca, famoso orador e filósofo romano, um texto bastante interessante que tempos atrás circulou pela minha internet: “Rir é correr o risco de parecer tolo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Estender a mão é correr o risco de se envolver. Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu. Defender seus sonhos e ideias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas. Amar é correr o risco de não ser correspondido. Viver é correr o risco de morrer. Confiar é correr o risco de se decepcionar. Tentar é correr o risco de fracassar. Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada. Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada. Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem. Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade. Somente a pessoa que corre riscos é livre!”
37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AGLIETA, Michel. Macroeconomia Financeira e Regulação Monetária. Edições
Loyola, 2004.
MACIEL, Luis Eduardo e FORTUNA,E . Mercado Financeiro. Qualitymark,
2001.
TOSTES, Fernando,P .Gestão de Risco de Mercado. Editora FGV .2007.
DAMODARAN, Aswath. Gestão estratégica do Risco . Editora Bookman.2008.
GAZDA , Emmerson . A Arte da Excelência. Simplíssimo Livros, 2010.
38
BIBLIOGRAFIA CITADA
https://www.jpmorgan.com/pages/jpmorgan/investbk/global/latinam/brazil/riscos/mercado Pesquisa em 05/06/2015
http://lojavirtual.bmf.com.br/LojaIE/portal/pages/pdf/Apostila_PQO_Cap_08_V2.pdf Pesquisado em 05/06/15
http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1678 pesquisado em 15/06/15
http://pensador.uol.com.br/dedicatoria_para_monografia/ 23/06/2015
http://artedaexcelencia.blogspot.com.br/2013/11/viver-e-correr-riscos.html 07/07/2015 http://www.administradores.com.br/frases/michael-porter/ 15/07/2015
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INDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
1-RISCO 11
1.1 – CONCEITO DE RISCO 11
1.2 – ATITUDES PERANTE O RISCO 12
1.3 – PREVER RISCOS É 12
1.4- CONHECIMENTO UM ARTEFATO PODEROSO 13
CAPÍTULO II
2-TIPOS DE RISCO 15
2.1- RISCO DE MERCADO 15
2.1.1 -CATEGORIAS DE RISCO DE MERCADO 16
2.1.2- RISCO OPERACIONAL 18
2.1.3- RISCO DE CRÉDITO 19
2.1.4- RISCO DE LIQUIDEZ 20
2.1.5- RISCO LEGAL 21
2.1.6- RISCO DE CONJUNTURA 22
2.1.7 RISCO DE IMAGEM 22
CAPÍTULO III
40
3-RISCO OPERACIONAL 23
3.1 – RISCO OPERACONAL 25
3.1.1- RISCO HUMANO OU DE PESSOAS 25
3.1.2 – RISCO DE PROCESSOS 27
3.1.3 – RISCO DE TECNOLOGICO 27
CAPÍTULO IV
RISCO SISTEMICO 29
CONCLUSÃO 33
ANEXOS 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
BIBLIOGRAFIA CITADA 38
ÍNDICE 39