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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Por: Aline Maria Barros Silva Barreto
Orientador
Prof. Vinícius Calegari
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Pessoas.
Por: Aline Maria Barros Silva Barreto.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, o único de
receber toda a honra e toda glória e a
minha família que em muito contribuiu
para o meu objetivo fosse alcançado.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta Monografia a minha mãe: Tereza de J. Barros, ao meu marido: Marcelo Barreto e as minhas irmãs:
Alice Monteiro e Aliane Barros que sempre estiveram sempre ao meu
lado me incentivando.
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RESUMO O presente trabalho tem por objetivo mostrar claramente o processo de
recrutamento e seleção sob o foco das competências. Através de pesquisa
bibliográfica buscou-se responder a seguinte problematização: qual a
importância do recrutamento e seleção por competência para a
competitividade da organização? Para se obter tal resposta foi de extrema
importância compreender todo o conceito de recrutamento e seleção de
pessoas. O estudo referente a recrutamento e seleção por competência mostra
como as empresas vem abordando as competências. Onde as pessoas são
valorizadas por suas competências, pois através do desenvolvimento de seus
conhecimentos, habilidades e atitudes podem-se obter pessoas motivadas e
com isso a organização poderá alcançar seus objetivos e resultados. O
principal objetivo é mostrar que o desenvolvimento das competências humanas
dentro da organização faz com que o individuo coloque em ação suas idéias e
criatividade tornando a organização mais competitiva. Através de pesquisas
buscou-se demonstrar que a seleção por competências permite ao profissional
de RH planejar as etapas do processo seletivo com base em informações
objetivas, facilitando a avaliação de cada candidato através dos pontos de
competências e insuficiência, além de demonstrar de forma clara os pontos
fortes do perfil de cada candidato.
Palavras-chave: Recrutamento; Seleção; Recursos Humanos.
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METODOLOGIA
O presente trabalho acadêmico é um estudo na área de conhecimento
das ciências humanas com foco na área de Recurso Humanos, mais
especificamente no que se refere ao processo de recrutamento e seleção.
Segundo Gil (2010, p.53), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com
base em material já elaborado, constituído de livros e artigos científicos.”
Consiste numa análise crítica meticulosa e ampla das publicações correntes
em uma determinada área do conhecimento. De modo geral, a pesquisa
bibliográfica é realizada como parte inicial de um estudo científico, seja no nível
da graduação ou pós-graduação.
A pesquisa qualitativa utiliza-se de dados de observação. Mesmo
assim é uma pesquisa baseada em textos (MARCONI e LAKATOS, 2008)
A pesquisa é de caráter descritivo, explicativo e bibliográfico.
Descritiva, porque tomará como base à taxionomia de Vergara (2000, p. 47),
esta afirma que “a pesquisa descritiva expõe características de determinada
população ou de determinado fenômeno. Explicativa, porque tomando como
base a taxionomia de Vergara (2000, p. 47):” a pesquisa explicativa tem como
principal objetivo tornar algo inteligível, justificar-lhe os motivos. Bibliográfica
tomando como base a taxionomia de Vergara (2000, p. 48): “a pesquisa
bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em materiais
publicados em livros, revistas, jornais, redes eletrônicos, isto é, material
acessível ao publico em geral”.
Para isto se buscou o aporte teórico de especialistas como:, que serão
descritos na referência bibliográfica. Utilizando o método descritivo
exploratório, com um breve levantamento histórico do processo de
recrutamento e seleção.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - História 10
CAPÍTULO II - Processo Seletivo 16
CAPÍTULO III – Recrutamento 26
CAPÍTULO IIIV – Seleção 34
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41
ÍNDICE 43
8
INTRODUÇÃO
A cada dia que passa as organizações estão sendo cada vez mais
pressionadas a alçar os resultados e isto implica em ter uma mão-de-obra
cada vez mais qualificada para a inovação continua e pronta para encarar os
desafios deste mercado tão competitivo. Assim as organizações precisam ter
um processo de Recrutamento e Seleção eficaz para que consigam encontrar
a pessoa certa para o cargo certo e não coloque os resultados da organização
em risco.
A globalização e o avanço da tecnologia são aspectos relevantes para o
aumento da competitividade no mercado, uma vez que facilita a localização de
profissionais que se adéquem a cultura da empresa e aumenta as chances de
uma contratação assertiva.
Um dos grandes desafios para os profissionais de recrutamento e
seleção é encontrar pessoas flexíveis, ousadas, versáteis e velozes. O
mercado exige que as empresas sejam assim e não há outra forma da
empresa colocar-se no mercado, senão através das pessoas. São elas que
vão imprimir estas características nos processos, gerando competitividade e
diferencial para as organizações.
Para que o processo de Recrutamento e Seleção seja realizado com
eficácia é preciso que a empresa possua profissionais competentes para que
consigam analisar os candidatos em dois aspectos importantes, são eles: o
comportamental e o técnico. O recrutador deve ter pleno conhecimento do
cargo, suas competências e salário. Em termos de comportamento, o
recrutador deve ter a capacidade de ouvir o próximo, de percepção e
compreensão nas entrelinhas do que o candidato demonstra. É importante
também ter conhecimento organizacional-cultura da empresa e como que ela
funciona.
O estudo referente a recrutamento e seleção por competência se
justifica pela ajuda às empresas de qualquer tamanho ou porte a evoluírem,
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perceberem e adotarem a idéia que o segredo para o sucesso organizacional
está diretamente ligado ao capital humano.
As organizações hoje deve saber valorizar o capital humano, pois são os
indivíduos os responsáveis em proporcionar à organização resultados positivos
e maior competitividade, ou seja, pode-se dizer que a competitividade humana
depende das competências humanas.
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CAPÍTULO I
HISTÓRIA – RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
A Administração de Recursos Humanos é um ramo especializado da
ciência da Administração que envolve todas as ações que têm como objetivo a
integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua
produtividade.
Em seus primórdios, era muito mais ligada aos aspectos técnicos
descritos no cargo de cada funcionário, levando pouco ou nada em
consideração a participação das pessoas – e suas habilidades e competências
– como força impulsionadora dos lucros nas empresas.
Começa-se a falar em Administração de Recursos Humanos na década
de 60, esta é uma forte característica no sistema de gestão que constituiu a
primeira forma de se gerir pessoas. Os sistemas conhecidos por taylorismo e
fordismo constituem os primeiros modelos de administração, que contribuíram
muito para a estruturação da produção em linha e garantiram assim o rápido
crescimento da indústria. Nestes sistemas, os recursos humanos eram vistos
mais como um insumo do processo produtivo para diminuir custos com mão-
de-obra e aumentar a rapidez da produção, contendo os erros. (GIL, 1994).
No ponto de vista técnico,esse sistema se fundamentava na racionalização do trabalho(...). Todavia, o taylorismo pretendeu ser algo mais. Ele envolvia uma verdadeira resolução mental por parte dos empregados e empregadores, que deveriam abandonar a luta pela repartição do produto do trabalho em favor da coordenação de esforços para aumentar esse lucro. (Gil, 1994 p. 13 Grifo do autor).
As práticas de Recursos Humanos também estavam estruturadas de
forma mais simplificada e atrelada aos aspectos técnicos das funções. E, é
uma área multidisciplinar; no qual envolve entre outros, conhecimento de
Sociologia Organizacional, Psicologia do Trabalho, Direito Trabalhista,
Medicina do Trabalho, Engenharia do Trabalho, Serviço Social e outros. (GIL,
Op Cit.)
11
Este período de início da industrialização é caracterizado,
principalmente, pela baixa competitividade entre empresas, já que havia
poucas organizações, atuando em mercados com baixa variabilidade de
produtos e ganhos de escala, além da mão-de-obra abundante e com baixa
exigência de qualificação.
Na medida em que o surgimento de empresas era crescente, bem como
a competição entre elas, o sistema de recursos humanos foi sofrendo
mudanças, dando maior ênfase aos aspectos comportamentais. Na década de
30, já surgiam programas mais estruturados de treinamento para gerentes,
envolvendo cursos básicos que visavam ensinar habilidades de relacionamento
interpessoal, para melhoria do clima no ambiente de trabalho.
O sucesso das empresas japonesas levou os países ocidentais a
repensarem suas concepções sobre organização e gerenciamento do trabalho.
O conceito de gerenciamento estratégico dos recursos humanos surgiu desta
maneira, alinhando a estratégia de pessoas à estratégia empresarial.
A importância dada ao desenvolvimento dos empregados, como recurso
para desenvolver as estratégias empresariais; o foco no trabalho em equipes; a
gestão da cultura para o sucesso organizacional são alguns pontos que
marcam a real diferença entre este enfoque ao que acontecia antigamente.
Assim, a gestão de pessoas representa a maneira como as organizações procuram lidar com as pessoas que trabalham em conjunto em plena era da informação. Não mais como recursos organizacionais que precisam ser passivamente administrados, mas como seres inteligentes e proativos, capazes de responsabilidade e de iniciativa e dotados de habilidades e de conhecimentos que ajudam a administrar os demais recursos organizacionais inerentes e sem vida própria. Esse é o novo espírito, a nova concepção. (Chiavenatto, 1997 p. 29)
Todas as práticas até então apresentadas eram formas encontradas
pelas empresas para gerir recursos humanos da melhor maneira possível.
Hoje, a gestão de pessoas é uma função que exige muito mais das empresas
do que exigia há tempos atrás. O mercado em que as empresas atuam e a
tecnologia de que se utilizam foram se modificando e evoluindo, e, como
12
consequência, a atividade de gerir pessoas vem ganhando muito mais
importância. Novas estratégias e políticas foram surgindo em decorrência das
mudanças no ambiente nas quais as organizações estão inseridas.
Internamente, também, as empresas foram se modificando, inclusive seus
modelos de gestão, visando se adaptar às novas condições impostas pelo
ambiente.
Mesmo que ainda seja associado a existência da gestão participativa
aos japoneses, Ferreira et al. (2002, p.130) nos lembra que “A administração
participativa ou a idéia de participação existe desde a Antigüidade e foi
inventada pelos gregos, com o nome de democracia; não se trata, portanto, de
uma invenção japonesa”. No entanto, os japoneses inventaram também sua
própria versão e contribuíram para divulgar algumas técnicas da participação
aplicada na administração das organizações, ou seja, deram o impulso
definitivo. Esse impulso veio quando os japoneses deram o exemplo e mostrou
a vantagem competitiva da gestão participativa. Sendo assim, o sucesso
alcançado pelas empresas japonesas foi atribuído à gestão participativa e esse
sucesso deve-se, em parte, à diferença no tratamento dos funcionários. A
Toyota, por exemplo, serviu de modelo para outras organizações, pois a
eficácia desse sistema estava ligado a um modelo participativo, que depende
de envolvimento e comprometimento, não de obediência e controle. Nesse
sentido, um dos mitos mais populares da gestão participativa é que se trata de
invenção japonesa.
Para gerir esse modelo de gestão foi criada segundo Lerner (1996,
p.146), em 1985, em São Paulo, a ANPAR (Associação Nacional de
Administração Participativa), uma entidade sem fins lucrativos, com o objetivo
de desenvolver e propagar os modelos participativos, através de reuniões,
onde são discutidos os resultados obtidos com esta aplicação, pesquisas
nessa área e da troca de experiências práticas. Então para melhorar seu
desempenho, muitas organizações optaram por esse modelo de gestão,
algumas até participando de reuniões e debates organizados pela ANPAR. De
acordo Meijerink (2001), “Hoje em dia o appeal que tinha nos anos 80 deu
13
lugar para outros destaques: Qualidade Total, ISSO 9000, Qualidade de Vida,
Responsabilidade Social, etc. e a própria ANPAR deixou de existir.” No
entanto, a necessidade de se trabalhar de forma participativa continua
existindo não só no mundo empresarial, mas na própria sociedade da qual as
pessoas se unem para formar algo em comum.
1.1 Fundamentos da gestão participativa
Ao longo dos anos 80 a gestão participativa teve um grande avanço,
aumentando assim sua importância, e algumas empresas passaram a adotá-
la. Porém, uma das razões que estimularam as organizações a utilizarem esse
modelo, foi devido as mudanças em velocidade crescente que acontecia nesse
período. Então para acelerar o processo, as organizações precisavam diminuir
o número de chefes e hierarquias, foi quando segundo Maximiano (2005,
p.385) “As empresas perceberam que a administração participativa permitia
substituir as estruturas hierárquicas pela autogestão na base da pirâmide
organizacional”. A gestão participativa substituiu o modelo tradicional e
autoritário por um modelo em que os funcionários participam, são envolvidos e
comprometidos. E outras razões como, segundo Ferreira et al. (2002, p.128),
A democratização das relações sociais, o desenvolvimento de uma consciência de classe trabalhista, a elevação do nível educacional, a complexidade das empresas modernas, a velocidade vertiginosa de mudanças e a intensificação das comunicações são algumas das razões que justificam a adoção de um maior grau de envolvimento dos funcionários na gestão das empresas.
E mais outros movimentos fizeram nascer esse modelo, segundo
Maximiano, (1995, p.22) são eles: “O desafio da competitividade, a evolução
tecnológica, que simplificou as estruturas, “virtualizou” as organizações e a
própria evolução dos conceitos sobre a administração das pessoas e das
organizações.”
14
Devido aos problemas e fragilidades do modelo tradicional, que já não
responde as exigências do mercado competitivo, e a velocidade da mudança
que exige uma comunicação muito rápida dentro da organização, discutindo
decisões, resolução de problemas e novidade a serem criadas, estimulou as
organizações a buscarem alternativas, para aumentar a qualidade e
produtividade, na gestão participativa. Ou seja, perceberam que sem a
participação dos funcionários seria muito difícil concorrer no mercado.
1.2 Os objetivos da gestão de pessoas
As pessoas são consideradas a estrutura principal de uma
organização. As organizações têm que estar sempre atenta aos seus
funcionários, pois são eles os responsáveis em fornecer ativos necessários
para manutenção de seus objetivos. Para que uma organização seja bem-
sucedida ela deve perceber que para crescer, prosperar e se manter no
mercado ela precisa se focar em pessoas capazes e competentes de tornar
seus objetivos em resultados. Assim como afirma Chiavenato (2004, p.10):
“Quando uma organização está voltada para as pessoas, a sua filosofia global
e sua cultura organizacional passam a refletir essa crença”.
É através da gestão de pessoas que os colaboradores recebem a
função de colaboração, tais pessoas se tornam responsáveis para alcançar os
objetivos organizacionais e individuais.
A Administração de Recursos Humanos (ARH) é considerada uma
base para a criação das políticas sociais da organização. Ela está voltada ao
fator principal que pode garantir que qualquer organização possa funcionar: as
pessoas. Toda empresa deve se preocupar com a motivação de seus
funcionários, um funcionário motivado se mostra disponível a colaborar com o
desenvolvimento eficaz da empresa. Todas as organizações devem estar
atentas aos seus funcionários, principalmente quando se identifica possíveis
lucros para organização.
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Segundo Chiavenato (2004, p.11) “Os objetivos da gestão de pessoas
são variados. A ARH deve contribuir para a eficácia organizacional através dos
seguintes meios:”.
Ajudar a organização a conseguir seus objetivos e alcançar sua
missão – Ajudar a organização a chegar suas metas, conseguir seus objetivos
e cumprir sua missão é o principal objetivo da ARH.
Harmonizar competitividade a organização – Para proporcionar
competitividade à organização é abreviado que esta esteja capacitada a
aproveitar pessoas competentes para que a força dessas pessoas seja
produtiva provocar benefícios para os clientes, parceiros e os próprios
funcionários são por meio dessas pessoas que a organização poderá obter sua
força competitiva.
Harmonizar à organização pessoas bem treinadas e bem
motivadas – As pessoas são analisadas o patrimônio mais valioso da
organização. Para a ARH o primeiro passo é organizar e capacitar as pessoas
provocando vantagens para a organização. O segundo passo é comunicar as
pessoas o reconhecimento pelos esforços prestados tornando-as mais
motivadas. Para as pessoas as gratificações devem ser justas, compensar
pessoas que realmente se esforçam para o bom desenvolvimento da
organização.
Administrar e estimular a mudança – Os profissionais de ARH
devem estar sempre preparados à mudança, saber lidar com as mudanças
deve ser o primeiro passo se verdadeiramente delineiam o sucesso da
organização.
Conservar políticas éticas e comportamento socialmente responsável –
Tanto as pessoas quanto a organização devem conservar padrões éticos e de
responsabilidade social. A responsabilidade social é uma requisição feita em
ambas às partes, contudo especialmente as pessoas que atuam nessa
organização.
16
CAPÍTULO II
PROCESSO SELETIVO
O processo seletivo pode se basear no cargo a ser preenchido com o
objetivo de escolher o candidato que possua competências compatíveis com
as vagas em aberto. Para França (2007, p. 34): ”a Seleção é a escolha do(s)
candidato(s) mais adequado(s) para a organização, dentre os candidatos
recrutados, por meio de vários instrumentos de análise, avaliação e
comparações de dados.”
O processo seletivo torna-se menos trabalhoso no momento em que
se contratada o profissional que esteja de acordo com o perfil exigido pela
empresa, para que isso ocorra e necessário que o recrutamento o abasteça
com profissionais adequados e preparados para assumir o cargo. De acordo
com Chiavenato (2004, P.185): “A seleção busca entre os candidatos
recrutados aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa,
visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem
como a eficácia da organização.”
Sendo assim, o custo da organização será menor, pois o tempo gasto
com treinamentos será reduzido, gastará menos tempo com a adaptação do
candidato ao cargo, com isso, ocorrerá uma produtividade maior com um
funcionário adequado para a realização das tarefas.
A seleção de pessoal é uma ferramenta do processo de gestão de
pessoas, ela ocorre após a etapa de recrutamento. O seu objetivo é integrar
novas pessoas na organização (CHIAVENATO, 2004).
O estudo realizado por Joyce, Roberson e Nohria (2003) através do
monitoramento de 160 empresas demonstra que um dos maiores sinais que
mostram que a empresa chegou a um estágio avançado na administração de
seus RH é a facilidade com que a empresa substitui seus profissionais sem
causar prejuízos organizacionais e operacionais. As estratégias utilizadas por
estas empresas requerem que cada posição tenha um conjunto mínimo de
competências a serem preenchidas por cada elemento, bem como pelo grupo
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de empregados de cada área da empresa. Para todos estes empregados, a
pressão de trabalho e as exigências para o desempenho das suas funções
estão em constante processo de atualização, devido à frequentes mudanças
dos cenários econômico e financeiro, o que cria a necessidade de uma
aquisição constante de conhecimentos. Este cenário possibilita que
profissionais capacitados sejam periodicamente promovidos, novas vagas
sejam abertas e também que aqueles que não se adequam às necessidades
da vaga saiam da empresa, fazendo com as mesmas estejam sempre em
movimento na área de pessoal. A preocupação dos empresários não está
focada somente no estabelecimento das melhores estratégias para as
organizações, mas também nos indivíduos que irão por estas estratégias em
prática, bem como na participação destes indivíduos nos grupos de trabalho
dentro da empresa. Assim sendo, o processo de seleção de empregados é
uma das áreas mais importantes para as empresas, que cada vez mais
buscam soluções para aperfeiçoar este processo.
Para Chiavenato (1997), o processo seletivo nada mais é que uma
atividade de escolha, de classificação e decisão para o ingresso de pessoas
nas empresas, visando comparar os requisitos para os cargos e o perfil das
características do candidato.
O processo seletivo é sempre perpassado pelas crenças e valores dos
selecionadores, gerando determinadas atitudes e comportamentos por parte
desses em níveis pessoais e como representantes da cultura organizacional.
Cultura organizacional é um conjunto de valores, normas e princípios já
sedimentados na vida organizacional, conjunto este que interage com a
estrutura e os comportamentos, criando uma maneira peculiar e duradoura de
como se procede naquela organização. Para Chiavenato (Op cit), cultura é um
sistema de valores que interagem com as pessoas, nas estruturas e
mecanismos de controle para produzir as normas de comportamento
característica de determinada organização.
O início da história de selecionar pessoas data da época da I Guerra
Mundial, sendo amplamente utilizada na II Guerra para a seleção de militares
para o exército americano. Após este período, as técnicas de seleção foram
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levadas para as empresas com a finalidade de tornar mais objetiva a escolha
de pessoas para vagas existentes, superando a subjetividade do selecionador
de escolher pessoas certas para o lugar certo. (Chiavenato, Op Cit).
Hoje o conceito de seleção esta ligado não apenas ao processo de atrair
e recrutar novos colaboradores, mas também em estratégias de avaliação de
desempenho e uma constante preocupação em não perder está mão-de-obra
para o mercado (Carvalho, 1997).
Cada vez mais em virtude de mudanças da s organizações e da
administração das empresas o processo seletivo ganha novo enfoque e tende
a não apenas a adotar os antigos teste s psicotécnicos ou a entrevista como
um único teste de avaliação e sim utiliza métodos que permitem avaliar os
candidatos em relação a sua potencionalidade no desempenho das funções,
trabalho em equipe, entre outros. O processo seletivo precisa ser eficiente e
eficaz.
O processo seletivo tornou-se, de modo geral, simplificado, por avaliar,
pessoas com baixa qualificação e também pela abundância de trabalhadores,
ou seja, o processo seletivo nada mais é que escolher alguém que apresente o
perfil desejado para ocupar o cargo disponível pela empresa.
“E ao está armado o conflito e o antagonismo de interesses. Se um lado leva
vantagem, o outro geralmente fica na mão se a solução a ser adotada é do tipo
ganha/perde”. (Chiavenato, 1997 p. 119)
A seleção de pessoal é uma ferramenta do processo de gestão de
pessoas, ela ocorre após a etapa de recrutamento. O seu objetivo é integrar
novas pessoas na organização.
Enquanto o recrutamento é responsável em divulgar e atrair candidatos
para compor o processo seletivo, a seleção faz a escolha do candidato certo
para o lugar certo, ou seja, aquele que é considerado o mais adequado para o
preenchimento da vaga e para atender as necessidades da organização.
O processo seletivo pode se basear no cargo a ser preenchido com o
objetivo de escolher o candidato que possua competências compatíveis com
as vagas em aberto. Para França (2007, p. 34): ”a Seleção é a escolha do(s)
candidato(s) mais adequado(s) para a organização, dentre os candidatos
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recrutados, por meio de vários instrumentos de análise, avaliação e
comparações de dados.”
O processo seletivo torna-se menos trabalhoso no momento em que se
contratada o profissional que esteja de acordo com o perfil exigido pela
empresa, para que isso ocorra e necessário que o recrutamento o abasteça
com profissionais adequados e preparados para assumir o cargo. De acordo
com Chiavenato (2004, P.185): “A seleção busca entre os candidatos
recrutados aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa,
visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem
como a eficácia da organização.”
Sendo assim, o custo da organização será menor, pois o tempo gasto
com treinamentos será reduzido, gastará menos tempo com a adaptação do
candidato ao cargo, com isso, ocorrerá uma produtividade maior com um
funcionário adequado para a realização das tarefas.
2.1 Fases do Processo Seletivo
O processo de seleção é constituído de várias etapas aonde os
candidatos vão passando em fases sequenciais, segundo Chiavenato (2004, p.
205) “nas etapas iniciais estão as técnicas mais simples e econômicas, ficando
as técnicas mais caras e sofisticadas para o final”. Caso esses obstáculos não
sejam superados, os candidatos serão desligados do processo.
Nas primeiras etapas são utilizadas as técnicas mais simples e
econômicas, deixando para o final as técnicas mais caras. A utilização dessas
técnicas e procedimentos dependerá do perfil e da complexidade do cargo em
questão.
Existem diversas formas para colocar em prática o processo de
seleção. No entanto, cabe a organização escolher os processos mais
apropriados para alcançar os melhores resultados. Para que o processo de
seleção de pessoal seja eficiente e eficaz é necessário planejar e executar de
forma adequada como, entrevistar de forma correta, realizar o processo de
seleção com rapidez e agilidade, buscar os profissionais mais capacitados para
20
dentro da organização. Enfim, utilizar o processo de forma mais apropriada
para alcançar seus objetivos.
O processo seletivo precisa ser eficiente e eficaz. A eficiência reside em fazer corretamente as coisas: saber entrevistar bem, aplicar testes, de conhecimentos que sejam válidos e precisos, dotar a seleção de rapidez e agilidade, contar com um mínimo de custos operacionais, envolver as gerências e suas equipes no processo de escolher candidatos etc. A eficácia reside em alcançar resultados e atingir objetivos: saber trazer os melhores talentos para a empresa e sobretudo, tornar a empresa cada dia melhor com as novas aquisições de pessoal. CHIAVENATO (2004. p, 206).
O processo seletivo bem executado pela organização pode trazer
resultados significativos como podemos observar em seguida:
A adequação das pessoas ao cargo por ela desempenhada e
consequentemente a satisfação no local de trabalho;
A rápida integração do empregado às suas novas funções;
A gradativa melhora do potencial humano que ocorre por
intermédio da escolha de profissionais mais capacitados;
Redução da rotatividade e do absenteísmo e a estabilidade dos
empregados;
Maior produtividade em função da melhor capacidade dos
funcionários;
Redução dos investimentos em treinamento, devido a melhor
assimilação dos funcionários em desempenharem suas funções.
(CHIAVENATO , 2004, p, 207)
21
Com base em Chiavenato (2004), para que a organização se torne
eficiente e eficaz é necessário saber medir e avaliar seus resultados, pois
somente através dessas avaliações será possível corrigir os erros e tornar o
processo de seleção cada vez mais produtivo para a empresa. Logo, destaca-
se : Requisição de Pessoal, Definição do perfil do candidato, Triagem dos
Currículos, Pré-entrevista, Entrevista de Seleção
Requisição de Pessoal
O recrutamento de pessoal é oficializado apenas com o documento
assinado pelos responsáveis pela vaga, denominado Requisição de Pessoal.
Nesta Requisição de Pessoal é onde deve constar as informações mais
importantes da vaga a ser aberta, tais como o salário, os benefícios oferecidos,
as atividades que serão desempenhadas e a formação e experiências exigidas
ou desejáveis para o preenchimento desta vaga. E desta maneira quando o
setor de RH recebe a requisição de pessoal com essas informações, verifica se
existe algum candidato adequado disponível no seu banco de currículos. Em
caso negativo, entende que deverá promover um processo de recrutamento
apropriado utilizando as técnicas de seleção.
Definição do perfil do candidato
Após o recebimento do documento de Requisição de Pessoal, o próximo
passo é a definição detalhada do perfil do candidato desejado. Normalmente
se o cargo a ser ocupado na organização não for uma nova ocupação na
empresa, os recrutadores se baseiam pela descrição do cargo existente do
último ocupante desta vaga em aberto. Nesta descrição estão formalizados em
comum acordo com a área de RH e o responsável pela vaga todos os
requisitos desejáveis para a ocupação da vaga, incluindo os treinamentos e
conhecimentos exigidos, idiomas requeridos, atividades a serem realizadas por
este funcionário, responsabilidades do cargo, resultados esperados do
22
ocupante do cargo, indicadores de performance e tempo de experiência na
área necessários para ocupação desse cargo.
Triagem dos Currículos
Após a definição das características do profissional que a empresa
procura, inicia-se o processo de triagem dos currículos recebidos. A triagem
nada mais é do que a análise inicial dos currículos enviados pelos candidatos,
onde nessa fase o recrutador começa a identificar os itens eliminatórios, ou
seja, aqueles que excluem alguns candidatos.
Desta forma o recrutador foca nos dados preestabelecidos, analisando o
que é de fundamental importância para se candidatar a vaga. Os currículos
que não possuem um dos itens principais para a vaga já são neste momento
eliminados do processo. Geralmente na triagem, os recrutadores preferem
iniciar a seleção por eliminação para agilizar o trabalho.
Durante esta etapa qualquer pequeno detalhe pode se tornar fator de
eliminação. Currículos cheios de detalhes decorativos, com muitas cores ou
com erros de português costumam ser descartados. Por isso é importante o
cuidado do candidato na confecção do currículo, este tipo de documento deve
ser revisado já que currículos mal elaborados significam desleixo por parte do
candidato. De um modo positivo, isto contribui para o recrutador, que com isso
intensifica o processo de triagem, tirando mais alguns candidatos do páreo
pela vaga.
Pré-entrevista
Os profissionais da área de Recursos Humanos recomendam analisar o
maior número de currículos possíveis, pois é normal que seja descartado mais
da metade dos currículos recebidos. Contudo, após a primeira análise, os
recrutadores costumam fazer uma pré-entrevista com os candidatos filtrados.
Nesse tipo de conversa o recrutador consegue captar algumas informações
como andamento da formação e pretensão salarial do candidato.
23
Candidatos que neste tipo de contato demoram para responder as
perguntas podem estar inventando algum dado e também correm o risco de
serem eliminados nesta fase do processo. Aqueles candidatos que passarem
as informações de forma satisfatória e se encaixarem na vaga, são geralmente
convocados para uma entrevista formal.
Entrevista de Seleção
Mesmo com o passar dos anos, a entrevista continua sendo a técnica
mais utilizada na seleção, isto se explica pelo fato deste método poder ser
aplicado a qualquer cargo e função e por ser universalmente conhecido.
Segundo Marras (2000, P. 80), “A entrevista de seleção objetiva detectar
dados e informações dos candidatos a emprego subsidiando a avaliação do
processo seletivo”.
A entrevista é uma técnica utilizada nas empresas de pequeno, médio e
grande porte, embora não exista nenhuma base cientifica. A entrevista é
considerada aquela que mais influencia na hora de tomar a decisão final com
relação aos candidatos.
Segundo Marras (2000, p.80), a entrevista de seleção pode ser:
estruturada ou não-estruturada.
a) Entrevista estruturada: é uma entrevista padronizada onde são
feitas perguntas fechadas ou diretas, com o objetivo de receber do candidato
respostas curtas e objetivas. Esse tipo de entrevista proporciona ao
entrevistador a vantagem de não precisar se preocupar com os assuntos que
irá pesquisar junto ao candidato, podendo ser classificada como o tipo de
entrevista planejada e organizada com o objetivo de ultrapassar as limitações
dos entrevistados.
b) Entrevista não-estrutura: é uma entrevista que não especifica as
questões, nem as respostas esperadas, não segue padrões predeterminados
24
ou não elabora nenhum planejamento prévio de detalhes individuais, é uma
entrevista livre onde o entrevistador tem como opção seguir os critérios ou não.
A partir da entrevista dois objetivos podem ser descobertos: a obtenção
de informações acerca das expectativas e aptidões técnicas do candidato,
como também informar ao candidato basicamente as expectativas da empresa
e esclarecer as atividades e critérios que serão utilizados dentro do processo
seletivo. Os recrutadores procuram mencionar características da empresa de
forma favorável para que os candidatos se sintam mais interessados pela
vaga.
Segundo Chiavenato (2004, p. 108 á 109): “São classificadas como
entrevistas não-estruturadas, não-diretivas, exploratórias, informais e etc.”.
A desvantagem desse tipo de entrevista é que o entrevistador pode
esquecer alguma informação importante, o que pode ser prejudicial para uma
seleção eficaz.
Segundo Chiavenato (2004), as etapas da entrevistas são:
1 - Preparação da entrevista – O entrevistador determina os objetivos
da conversa e escolhe o tipo da entrevista que irá utilizar para o cargo em
aberto. Neste momento as perguntas serão elaboradas como forma de
planejamento a fim de que se absorva o máximo de informações sobre o
candidato.
2 - Preparação do Ambiente – O entrevistador prepara o ambiente
para que não haja nenhum aspecto ou imprevisto que venha a atrapalhar o
andamento da entrevista.
3 - Processamento da entrevista – Esta etapa é onde acontece a
entrevista propriamente dita. Durante o famoso bate-papo cara-a-cara, o
entrevistador procura conhecer o histórico profissional do candidato fazendo
com que ele descreva situações vividas em seus trabalhos anteriores. O
entrevistado por sua vez procura se fazer entender da maneira mais clara
25
possível demonstrando em pouco tempo o seu diferencial com relação aos
demais candidatos.
4 - Encerramento da Entrevista – Após a conversa, o entrevistador
encerra e informa ao entrevistado o meio de contato que será utilizado para
informar o resultado do processo.
5 - Avaliação do candidato – Logo após a saída do candidato
entrevistado é feita a avaliação das informações obtidas de maneira a
comparar o que propõe a vaga e o que oferece o candidato. Posteriormente,
com maior quantidade de entrevistas realizadas, é feita a avaliação final entre
os candidatos e assim ocorre a definição da aprovação ou reprovação de cada
candidato.
Chiavenato (2004, p.204) afirma que:
As técnicas de simulação procuram passar do tratamento individual e isolado para o tratamento em grupos e do método exclusivamente verbal ou de execução para a ação social. Seu ponto de partida é o drama, que significa reconstruir em cima de um palco - contexto dramático – no momento presente, no aqui e no agora, o acontecimento que se pretende estudar e analisar o mais aproximadamente do real.
Através de dinâmicas de grupo as técnicas de seleção poderão obter
informações mais detalhadas sobre o comportamento de cada candidato, onde
poderá avaliá-lo individualmente ou através da interação com outras pessoas.
Para que esses testes sejam aplicados a organização deverá contar
com profissionais especializados, como por exemplo psicólogos ou um
especialista na área.
26
CAPÍTULO III
RECRUTAMENTO
Para que uma organização possa compor o seu quadro funcional
haverá uma necessidade do inicio de um processo de recrutamento, para que
esse processo seja efetuado cabe ao gestor responsável fazer um
levantamento das vagas que há em aberto para um possível preenchimento de
vaga.
De acordo com Milkovich (2000, p.162): “Recrutamento é o processo
de identificação e atração de um grupo de candidatos, entre os quais serão
escolhidos alguns para posteriormente serem contratados para o emprego”.
O fator mais importante no processo de recrutamento é que ao atrair
um grupo elevado de candidatos que se demonstram os mais qualificados a
ARH tem como principal objetivo avaliar cada candidato para se certificar qual
será o candidato mais apropriado e competente para se tornar o futuro
funcionário da organização.
Segundo Carvalho (2002, p.79): O processo de recrutamento pode ser
representado da seguinte forma:
Figura 3.1- fluxo do processo de recrutamento
.
Perfil de recursos humanos da empresa – tem por finalidade
proporcionar à organização uma visão clara do número e tipos de
funcionários necessários para um bom funcionamento da empresa, como
também o grau de extensão de sua movimentação (= “turnover”).
Perfil de RH Da empresa
Levantamento das
necessidades de RH
Recrutamento
Triagem Inicial de
candidatos
Fonte: Carvalho (2002, p.79)
27
Levantamento das necessidades de RH - a organização pode
utilizar os seguintes meios para se processar o levantamento das
necessidades de RH: o preenchimento de formulários específicos de previsão
de vaga; indicação direta, em nível de direção, em face de um determinado
plano de provimento de pessoal da empresa; contatos diretos com as unidades
da empresa, desde que não haja qualquer plano sistemático de RH.
Triagem inicial de candidatos - uma vez atraídos os candidatos
inicia a fase de triagem onde primeiramente são analisados os currículos que
se adéqüem ao perfil já traçado pela organização e logo após entre os
currículos escolhidos e avaliados são escolhidos os candidatos finais por vaga.
O recrutamento inicia no momento em que se recebe a liberação da
vaga a ser preenchida, a solicitação de pessoal, o perfil profissional etc. Após a
liberação de tais requisitos utilizados pelas organizações será possível iniciar o
processo de recrutamento. Para que esse processo ocorra é necessário que
haja um entrosamento entre as pessoas e a organização, pois para que haja
uma organização é preciso da presença de pessoas qualificadas para executar
as tarefas e que consigam se adaptar as mudanças esse será um grande
passo rumo ao sucesso organizacional. Como afirma Chiavenato (2004,
p.102), “As pessoas e as organizações não nascem juntas. As organizações
escolhem as pessoas que desejam com funcionários e as pessoas escolhem
as organizações onde pretendem trabalhar e aplicar seus esforços”.
O recrutamento tem por finalidade atrair pessoas qualificadas e
competentes que fazem parte do mercado de trabalho a ocuparem as vagas
disponíveis dentro da organização. De acordo com Milkovich (2000, p. 162): “é
importante atrair um grupo de indivíduos qualificados e motivados para poder
escolher entre eles os futuros empregados”.
Recrutar significa procurar, atrair, chamar ou ir ao encontro de pessoas
qualificadas para atender as necessidades da empresa. Geralmente o
recrutamento de candidatos para se tornar futuros funcionários da organização
é feito de forma externa através de anúncios em jornais, revistas, sites ou
agencia de empregos.
O recrutamento- tal como ocorre com o processo de comunicação – é um processo de duas mãos: ele comunica e
28
divulga oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que atrai os candidatos para o processo seletivo. Se o recrutamento apenas comunica e divulga, ele não atinge seus objetivos básicos. O fundamental é que atraia e traga candidatos para serem selecionados. (CHIAVENATO, 2004, p.112 a 113).
O processo de recrutamento não é composto apenas em comunicar e
divulgar oportunidades de emprego. Para que ocorra um recrutamento no qual
trará bons resultados para o processo seletivo é necessário que atraia e traga
pessoas qualificadas a ocuparem os cargos a serem preenchidos.
O recrutamento é feito a partir das necessidades presentes e futuras de recursos humanos da organização: consiste na pesquisa e intervenção sobre as fontes capazes de fornecer à organização um número suficiente de pessoas necessárias à consecução de seus objetivos. (CHIAVENATO, 2004, P.114)
De acordo com Chiavenato (2004, p.55): “recrutamento é uma atividade
que tem por objetivo imediato atrair candidatos, entre os quais serão
selecionados os futuros participantes da organização”.
Para que uma determinada organização possa atrair e agregar novos
funcionários ela deve saber quais são suas reais necessidades para que o
departamento de RH através de suas estratégias de recrutamento possa
buscar os candidatos que trarão resultados no qual a organização sinta-se
satisfeita.
Recrutamento é um conjunto de procedimentos que visa a atrair candidatos
potenciomalmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da
organização, o recrutamento consiste a partir dos dados referentes às
necessidades presentes e futuras de recursos humanos da organização,
segundo Chiavenato (1997).
O recrutamento consiste – a partir dos dados referentes às necessidades presentes e futuras de recursos humanos da organização – nas atividades relacionadas com a pesquisa e intervenção sobre as fontes capazes de fornecer à organização um número suficiente de pessoas, entre as quais, possivelmente, aquelas necessárias à organização para a consecução dos seus objetivos. É uma atividade que tem por objetivo imediato atrair candidatos, dentre os quais serão selecionados os futuros participantes da organização. (Chiavenato, 1979 p 42)
29
Recrutamento nada mais é que um processo de comunicação ao
mercado no qual exige informação e persuasão. Recrutamento é a primeira
etapa de todo um processo para a contratação de um novo colaborador.
Quando começa o processo de recrutamento, ele não deve apresentar as
mesmas características de outros processos, basta somente definir que
estratégicas de recrutamento a organização necessita.
Existem três tipos de recrutamento:
Recrutamento Interno: É quando aborda os candidatos reais ou
potenciais aplicadas unicamente na própria empresa, e sua
conseqüência é o processamento interno de recursos humanos. O
recrutamento começa quando surge uma determinada vaga na
empresa, preenchendo através do remanejamento de seus
colaboradores. Este tipo de recrutamento traz vantagem em ao tempo
de ambientação dos empregados, pois é menor em relação aos dos
contratados externamente, sendo rápido e econômica. E sua
desvantagem fica pautada na falta de novos valores, crenças, estilos e
mudança, ou seja, nova visão de mercado.
Recrutamento Externo: Ele surge quando passa há existir uma
determinada vaga na organização. Com isso o departamento de
recursos humanos procura preencher com pessoa estranhas, ou
melhor, com candidatos externos atraídos pelas técnicas de
recrutamento. Este processo consiste em inúmeras vantagens, tais
como: sangue novo e experiências novas para a organização. A entrada
de recursos ocasiona sempre uma importação de idéias novas, de
diferentes abordagens dos problemas internos da organização. Renova
e enriquece os recursos humanos da organização, principalmente
quando a política é a de admitir a pessoa; com o gabarito igual, ou
melhor, do que já existente na empresa. A demora do recrutamento é a
30
desvantagem. Período de tempo despendido com escolha e mobilização
das técnicas mais adequadas para influenciar as fontes de
recrutamento, atração e apresentação dos candidatos, recepção e
triagem inicial, encaminhamento para a seleção, aos exames médicos, à
documentação, liberação do candidato do outro empreso e admissão,
não é pequeno.
O recrutamento é externo quando aborda candidatos reais ou potenciais, disponíveis ou aplicados em outras empresas, e sua conseqüência é a entrada de recursos humanos. É interno quando aborda candidatos reais ou potencias aplicados unicamente na própria empresa, e sua conseqüências é o processamento interno de recursos humanos. (Chiavenato, 1997, p. 217 – Grifo do autor)
Recrutamento misto: Quando se recruta colaboradores externamente e
internamente. Ele pode ser adotado em três alternativas: iniciando com
recrutamento interno seguido do externo e vice-versa ou recrutando
internamente e externamente concomitantemente.
Enfim, a tarefa do recrutamento é a de atrair com seletividade, mediante
várias técnicas de divulgação, candidatos que possuam os requisitos mínimos
do cargo a ser preenchido.
3.1 As fontes de recrutamento
O principal objetivo do recrutamento de pessoas é atrair candidatos
nos quais serão selecionados os futuros participantes da organização e
localizar no mercado de recursos humanos as fontes necessárias para
possibilitar ao RH concentrar-se exclusivamente no recrutamento. Como afirma
Marras (2000, p. 71), “as fontes de recrutamento são instâncias que devem ser
exploradas na busca de recursos humanos para abastecer o processo seletivo
da empresa”.
31
Segundo Milkovich (2000, p. 176): “as fontes/canais de recrutamento
devem gerar um número suficiente de candidatos qualificados a um custo
razoável”.
3.2 Recrutamento interno
Com o recrutamento interno as organizações procuraram preencher
as vagas que estão em aberto com os empregados que já fazem parte da
mesma. Esse recrutamento é feito através de promoções fazendo com que os
funcionários ocupem cargos elevados aos que ocupavam.
Recrutamento Interno é divulgação das necessidades (vagas em aberto) é informada por meio de comunicação – memorandos ou cartazes -, em todos os quadros de avisos da empresa, com as características exigidas pelo cargo, solicitando àqueles interessados que compareçam ao setor de recrutamento para candidatar-se a posição oferecida ou enviem seus dados para análise. (MARRAS 2000, p. 71)
O recrutamento interno pode ser considerado uma forma de
oportunidades aos seus funcionários dando-lhes uma perspectiva de que
poderá haver um crescimento profissional caso agarrem essa oportunidade.
Através do recrutamento interno a organização pode enfrentar vários
riscos ou pode se beneficiar com a agregação de valores. Nesse caso o
processo de escolha deve ser bem cuidadoso, para que não venha gerar
desmotivação, frustração ou até mesmo competição entre os funcionários.
Por isso que é tão importante que a organização saiba fazer um
planejamento adequado, para que possa evitar possíveis problemas,
objetivando trazer bons resultados para a organização.
Segundo Carvalho (2002, p. 94): “o recrutamento interno é um recurso
eficiente na motivação dos funcionários da empresa”.
3.3 Recrutamento externo
No recrutamento externo as organizações quando possuem vagas a
serem preenchidas buscam no MT pessoas que estão de fora da organização
a serem atraídas pelas técnicas utilizadas pelo recrutamento externo. Como
afirma Chiavenato (2004, p. 172): “o recrutamento é externo quando aborda
32
candidatos reais ou potenciais, disponíveis ou aplicados em outras empresas,
e sua conseqüência é a entrada de recursos humanos”.
A seguir, podemos observar que existem vários meios de recrutamento
externo utilizados pela organização na busca do candidato especifico para o
preenchimento da vaga:
Apresentação de candidatos através dos funcionários da
empresa: é um recrutamento com custo baixo, com alto rendimento e com
curto prazo. Proporciona aos funcionários a oportunidade de indicar amigos ou
conhecidos para ocuparem a vaga em aberto. Para Chiavenato (2004, p.119)
esse sistema é um veiculo eficiente por que “é o veiculo que vai até o
candidato através do funcionário. Dependendo de como o processo é
desenvolvido, o funcionário sente-se um importante co- responsável pela
admissão do candidato”.
Cartazes ou anúncios na portaria da empresa: esse processo de
recrutamento possui baixo custo, com rapidez e rendimento razoável, tais
anúncios são geralmente colocados em locais próximos da empresa ou em
locais com grandes movimentações.
Anúncios em jornais ou revistas especializadas: essa é
considerada a técnica mais eficiente para atrair candidatos especializados. É
importante que a organização saiba construir o anúncio tendo como base a
forma com que os candidatos poderão interpretar e reagir a esse anúncio.
Agências de recrutamento: algumas empresas hoje estão
investindo em atender as pequenas, médias e grandes empresas, sendo as
intermediárias no momento de fazer o recrutamento. As empresas ao em vez
de procurar candidatos diretamente no MRH ela entra em contato com essas
outras empresas denominadas agências para se abastecer de candidatos que
constam em seus bancos de dados.
Contatos com escolas e universidades, agremiações e centros de
integração empresa-escola: as organizações entram em contato com essas
instituições com objetivo de divulgar as oportunidades oferecidas mesmo que
não haja vagas a oferecer em curto prazo, isso tudo com a finalidade de
intensificar a apresentação dos candidatos.
33
Consulta aos arquivos de candidatos: são bancos de dados que
se constituem de candidatos que se apresentam espontaneamente ou
candidatos que foram dispensados em recrutamentos anteriores, tendo em
vista que a organização deve manter contatos eventuais com esses candidatos
com a finalidade de fazer com que não percam o interesse, para que tais
arquivos não venham se transformar em arquivo morto é importante que a
empresa tenha uma atividade continua e interrupta com esses candidatos
visando garantir um estoque de candidatos no caso de ocorrer qualquer
problema.
Esses meios de recrutamento externo possibilita a organização buscar
no mercado de trabalho os profissionais de acordo com o cargo a ser
preenchido.
34
CAPÍTULO IV
SELEÇÃO
Seleção é o processo de escolha de candidatos entre aqueles
recrutados. Chiavenato (1997), considera como a escolha do homem certo
para o cargo certo, ou mais, amplamente entre os candidatos àqueles mais
adequados aos cargos existentes na empresa, visando manter ou aumentar a
eficiência e o desempenho do pessoal.
O processo de seleção é uma serie de passos aos quais são submetidos aos candidatos. Algumas vezes o processo pode ser tornado simples e efetivo, especialmente na seleção de empregados para preenchimento de vagas internas”. (Werther & Davis, 1983, p 173)
A descrição de cargo é um instrumento de fundamental importância para
os gestores de pessoal. Entretanto, diversas dificuldades na administração do
cargo podem ser apontadas, entre elas a desatualização das informações, pois
raramente as instituições dedicam tempo para a atualização periódica das
descrições de cargo, vinculando-as a metas de desempenho. Como as
atuações são participações não-padronizadas, que admitem variações de
desempenho, em última instância é o ocupante quem delimita as fronteiras do
cargo, sujeito à influência de gerentes e líderes.
O líder é a pessoa capaz de influenciar o comportamento de pessoas. É
uma condição do indivíduo devido a suas características pessoais e não
atributo do cargo. Neste sentido, a liderança depende do contexto para ser
bem sucedida. A mudança do contexto altera o comportamento da liderança e,
conseqüentemente, os resultados. A liderança é melhor exercida quando
respeita as diferenças individuais, cria clima favorável à participação, estimula
o desenvolvimento das pessoas, encoraja a descoberta de novos caminhos e a
busca das condições favoráveis para a consecução de metas. O líder não é,
35
necessariamente, a pessoa que tem o conhecimento específico ou as
respostas, mas sim quem propicia as condições para alcançar resultados.
O processo seletivo é fundamental na exploração de três elementos
essenciais a avaliação de potencial. Sendo eles, o cognitivo que visa à
exploração dos conhecimentos específicos ou não; o psicológico que procura
explorar o caráter e aa personalidade do candidato e sua capacidade de
raciocínio e por fim o motor que é caracterizado pela exploração de habilidades
especificas, ou ainda experiências acumuladas.
“O objetivo básico da seleção é o de escolher e classificar os candidatos
adequados às necessidades da organização”. (Chiavenato, 1997 p. 223)
Os critérios de seleção se baseia nas próprias exigências do cargo, uma
vez que a finalidade destas é proporcionar maior objetividade e precisão à
seleção das pessoas para aquele cargo. Nestes termos, a seleção passa a se
apresentar em dois tipos de processo, o processo de comparação e o de
decisão.
No processo de comparação se compara o requisito do cargo com o
perfil das características dos candidatos que se apresentam. Já o processo de
decisão ele é acionado sempre que houver grande volume de candidatos.
Como um processo de decisão, a seleção de pessoal comporta três modelos
de comportamento:
Modelo de colocação: Só existe um candidato e uma vaga.
Modelo de seleção: Existem vários candidatos e apenas uma vaga a
preencher, sendo comparado os requisitos de cada candidato,
criteriosamente.
Modelo de classificação: É a abordagem mais ampla e situacional, em
que existem vários candidatos para cada vaga e várias vagas para
candidato.
36
Como a seleção é u sistema de comparação e de tomada de decisão,
deve necessariamente apóia-se em algum padrão para adquirir alguma
validade. O padrão ou critério é geralmente extraído a partir das características
do cargo a ser preenchido. O ponto de partida do processamento de seleção é
a obtenção de informações sobre o cargo a preencher. (Chiavenato, 1997).
Há várias técnicas de seleção, sendo as mais utilizadas nas organizações
às provas ou testes de conhecimento e capacidade e a entrevista.
“A entrevista de seleção é uma conversação formal em profundidade conduzida para avaliar a aceitabilidade do candidato. O entrevistador procura responder a duas perguntas gerais: o candidato pode realizar o trabalho? De que modo ele se compara com outros que se candidataram ao cargo?”.(Werther & Davis,, 1983, p 179)
Pode não parecer, mas a entrevista é uma das partes “obscuras” de todo
o processo seletivo. Isso porque ela não depende só do candidato, mas da
pessoa que o estará entrevistando e dos métodos que serão utilizados.
Normalmente na entrevista avalia-se a personalidade, ou seja, os aspectos
pessoais do candidato são compatíveis com aquilo que a empresa está
procurando. Existem estilos variados que se adaptam às necessidades do
entrevistador, para que ele possa tirar do candidato o maior numero de
informações possíveis e, ao mesmo tempo, testar algumas de suas
capacidades.
A maior parte das empresas, se não for quase à totalidade, utiliza
entrevistas para realizar a seleção de pessoal. Sendo esta considerada a
segunda ferramenta de seleção mais popular depois da avaliação de
currículos, mesmo existindo certas considerações sobre a validade dessas
entrevistas. Um processo de decisão aliado a um processo de entrevistas, que
seja mais do que uma simples conversa, pode proporcionar melhores
resultados ao usarem guias e resultados de avaliações quantitativas. Segundo
Thomaz (2006), Sprinbett realizou um estudo que apresenta as diferenças de
37
impressões a que os entrevistadores tiveram depois e antes das entrevistas de
seleção. A correspondência entre a primeira impressão e aquela posterior às
entrevistas foi de 91%.
As entrevistas têm falhas. A mais percebível está em sua confiabilidade e
validade. Boa confiabilidade significa que a interpretação dos resultados não
deve variar de um entrevistador para o outro. Comumente as entrevistas são
conduzidas entre o entrevistador e o candidato, ou seja, de uma pessoa para a
outra. Entretanto, as entrevistas coletivas algumas vezes também são
utilizadas. Uma forma de entrevista coletiva é que os candidatos se encontrem
com duas ou mais entrevistadores. Isto permite a todos os entrevistadores
avaliar sobre as mesmas pergunta e respostas.
Já as provas ou testes de conhecimento / de capacidade visam avaliar
tanto quanto objetivamente o grau de noções, conhecimentos e habilidades
adquiridas através do estudo, da pratica ou do exercício. As provas ou testes
podem serem aplicadas oralmente, escrita ou por meio de realização ( por
meio de execução de trabalho). Já as provas / testes de conhecimento podem
ser gerais ou especificas.
Os testes psicométricos baseiam se na analise de amostra do
comportamento humano, examinando-as sob condições padronizadas,
verificando a capacidade ou aptidão, com o intuito de generalizar e prever
aquele comportamento sob determinada forma de trabalho.
4.1 Seleção como um processo de decisão
Esse processo ocorre no momento em que vários candidatos possuem
condições aproximadas das exigências estabelecidas pela organização para
ocupar o cargo. Apesar do órgão de seleção não poder interferir no processo
de decisão da organização ela pode indicar o candidato que se destacou como
o mais qualificado a preencher o cargo.
38
O órgão de seleção (staff) não pode impor ao órgão requisitante a aceitação dos candidatos aprovados no processo de comparação. Pode apenas prestar o serviço especializado, aplicar as técnicas de seleção e recomendar aqueles candidatos que julgar mais adequado ao cargo. (CHIAVENATO, 2004, P. 90)
O órgão requisitante como vimos é o responsável em fazer a escolha
final dos candidatos no qual foram julgados os mais competentes a ocupar o
cargo desejado. Por isso é importante que o órgão de seleção selecione as
pessoas que possuam as características que venham fazer com que sejam
capazes de assumir com competência a vaga.
4.2 Seleção por Competências
Em um mundo globalizado estamos nos deparando com uma era de
competitividade nas organizações, no qual vem ganhando espaço no mundo
dos negócios. Para que as organizações possam estar ganhando esse espaço
no mercado elas estão adotando a estratégia de contratar profissionais que
possuam competências. Essa metodologia tem sido desenvolvida por gestores
e profissionais com a finalidade de que só façam parte de suas equipes
pessoas que possuem competências capazes de garantir o bom
desenvolvimento da organização, para isso a seleção de seus candidatos
devem ser consciente baseando-se nas habilidades de cada um.
De acordo com Rabaglio (2004, P.32): “competência é o conjunto de
conhecimentos, habilidades e atitudes que de forma integrada, representam os
diferenciais de cada individuo, e têm impacto em seu desempenho e
conseqüentemente nos resultados atingidos.”
Ainda segundo Leme (2005, p. 120), a Seleção por competências deve
“identificar não apenas tecnicamente, mas comportalmente, a possibilidade de
ser identificado o melhor candidato para o cargo”.
No entanto ter apenas competências técnicas como era exigido há
alguns tempos atrás deixou de ser o suficiente. Nesse caso o processo seletivo
39
que avalia somente as competências técnicas pode ser considerado um
processo tradicional.
O processo seletivo sob o foco das competências vem ganhando força
nas organizações, pois com a avaliação das competências gerais as chances
da seleção dar errado são bem menores, pois possibilitará medir cada
habilidade do candidato tornando seu desenvolvimento eficaz e trazendo para
a organização o alcance de seu sucesso.
Segundo o dicionário Aurélio: “competência é a qualidade de quem é
capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa; significa
capacidade, habilidade, aptidão e idoneidade.”
As competências que mais são procuradas pela organização hoje para o
processo de seleção são: a influência, o desenvolvimento das pessoas, a
autoconfiança, a habilidade para gerenciar possíveis mudanças, a liderança de
pessoas e a perseverança. Sendo assim podemos considerar que as pessoas
que não possuem esses tipos de competências elas estão descartadas do
mercado de trabalho, pois essas características se tornaram uma ferramenta
fundamental para que o indivíduo possa ocupar um lugar no mercado.
40
CONCLUSÃO
O conteúdo desse trabalho proporciona as empresas informações de
quanto é importante que venham fazer um planejamento eficaz no setor de
RH, tendo como foco o recrutamento e seleção de pessoas por competência,
com o objetivo de obter resultados satisfatórios e vantagem competitiva.
Sendo esse tema bem atual é possível dizer que as pessoas estão em
busca de seu crescimento pessoal, de forma que esse crescimento venha ser
adotado em prol dos objetivos da empresa. E as empresas em contra partida
estão em busca de profissionais que obtenham competências que possam ser
desenvolvidas com a finalidade de atender suas necessidades e expectativas
tornando-se mais competitiva.
A seleção por competência beneficia os profissionais que possuam
competências (conhecimento, habilidade e atitudes) que ultrapassam as
competências exigidas pelo cargo. As pessoas que são datadas de tais
competências vêm ganhando espaço no mercado de trabalho proporcionando
a organização a escolha pelos melhores candidatos com a finalidade de ser a
organização mais privilegiada no momento de ir rumo ao sucesso
organizacional.
Através de uma avaliação das fontes consultadas e utilizadas na
pesquisa, podemos considerar que a gestão de pessoas tem uma importância
fundamental e as pessoas representam um diferencial competitivo para as
organizações. As pessoas são classificadas como o ativo mais valioso da
organização, ou seja, sem as pessoas competentes elas não conseguirão
sobreviver, sendo assim é possível dizer que para que as organizações se
tornem mais competitivas ela deve buscar as pessoas mais competentes que
possam agir em prol da organização garantindo os melhores resultados com
um diferencial competitivo.
41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CARVALHO, Antônio Vieira. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pioneira Thonson Learning, 2002.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 2.ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2004.
_____________, Idalberto. Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal: como agregar talentos à empresa. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2004.
_____________, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2004.
DUTRA, J. S. Gestão por competência: um modelo avançado para o gerenciamento de pessoas. São Paulo: Gente, 2001.
FRANÇA, A. C. L. Práticas de Recursos Humanos – PRH: Conceitos, Ferramentas e Procedimentos. São Paulo: Atlas, 2007.
LEME. Rogério. Aplicação Prática da Gestão por Competências. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2005.
MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do estratégico ao operacional. 3.ed. São Paulo: Futura, 2000.
MILKOVICH, George T. Administração de recursos humanos; tradução Reynaldo C. Marcondes. São Paulo: Atlas, 2000.
QUINN, Robert E. Competências gerenciais: princípios e aplicações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
RABAGLIO, Maria Odete. Seleção por competências. São Paulo: Educator, 2004.
42
VERGARA, S.Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em
administração. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 10
CAPÍTULO II 16
CAPÍTULO III 26
CAPÍTULO IV 34
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41
ÍNDICE 43