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1 PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DOCUMENTO DE REFERÊNCIA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 2015-2025 Desenho do aluno: Antonio Carlos de Freitas Plonkoski 5º ano Escola Municipal Venceslau Muniz. RIO NEGRO 2015

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PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

DOCUMENTO DE REFERÊNCIA DO

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

2015-2025

Desenho do aluno: Antonio Carlos de Freitas Plonkoski – 5º ano Escola Municipal Venceslau Muniz.

RIO NEGRO

2015

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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO NEGRO/PR COMPROMISSO

E RESPONSABILIDADE DE TODOS

MILTON JOSÉ PAIZANI

Prefeito Municipal

JAMES KARSON VALÉRIO

Vice-Prefeito

ALESSANDRO CRISTIAN VON LINSINGEN

Secretário Municipal de Educação/Coordenador Geral do PME

DANIELE DE SOUZA MOREIRA DOS SANTOS

Vice-coordenadora Geral do PME

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COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO

NEGRO/PR

Milton José Paizanni Prefeito Municipal Alessandro Cristian von Linsingen Secretário Municipal de Educação/ Coordenador Geral do PME Daniele de Souza Moreira dos Santos Vice-Coordenadora Geral do PME Representantes da Secretaria Municipal de Educação: Tiago Gustavo Pfeuffer Worms. Roseli Fernandes Oliveira dos Santos. Conselho Municipal da Criança e do Adolescente: Ana Helena Cassias. Luciane Maria Machado Lorenzzi. Conselho Municipal de Saúde: Rosangela Aparecida Bueno dos Santos. Conselho Municipal de Assistência Social: Rosi Tereza Nitz. Liliane Nunes Gradovski. Conselho Municipal de Educação: Tatiana Martins Ribas. Conselho Municipal do FUNDEB: Tatiane Karise Langovski Gomes. Mariles Eles Pszybyla Weisheimer. Conselho Tutelar: Daniele Ruthes. Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rio Negro: Gerson Heide. Câmara Municipal de Rio Negro: Cleonice Witt. Polo UAB Rio Negro (Universidade Aberta do Brasil): Leoni Aparecida Jollembeck. Colégio Bom Jesus: Sara Cleonice Leite de Moura.

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Promotor de Justiça de Rio Negro: Dr. Juliano da Silva. Representantes das Escolas Municipais: Angela Terezinha Holtz. Patrícia Veras Basso. Danieli Aparecida Cardoso Grimm. Daniele Cristina Herzer Dallabona. Representante dos Estabelecimentos Estaduais: Professora: Lindamir Kühl.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................ 07 RIO NEGRO: ASPECTOS HISTÓRICOS, GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS......................................................................................

08

HISTÓRICO...................................................................................................... 08 IMIGRANTES.................................................................................................... 09 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA............................................................................. 09 REGIÃO FISIOGRÁFICA ................................................................................. 10 INFRAESTRUTURA.......................................................................................... 10 ASPECTOS POPULACIONAIS......................................................................... 13 ASPECTOS CULTURAIS.................................................................................. 13 DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO NO MUNICÍPO DE RIO NEGRO................ 14 EIXO TEMÁTICO - EDUCAÇÃO INFANTIL..................................................... 22 DIRETRIZES...................................................................................................... 23 ESTRATÉGIAS.................................................................................................. 24 EIXO TEMÁTICO - ENSINO FUNDAMENTAL................................................. 29 DIRETRIZES...................................................................................................... 30 ESTRATÉGIAS.................................................................................................. 31 EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS , ENSINO MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE...................................................................

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ENSINO MÉDIO................................................................................................ 38 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS............................................................ 39 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL........................................................................... 39 ESTRATÉGIAS.................................................................................................. 41 EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO ESPECIAL..................................................... 44 DIRETRIZES...................................................................................................... 47 ESTRATÉGIAS.................................................................................................. 48 EIXO TEMÁTICO: ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA................................... 52 DIRETRIZES...................................................................................................... 53 ESTRATÉGIAS.................................................................................................. 53 EIXO TEMÁTICO: PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO.................................... 55 DIRETRIZES...................................................................................................... 56 ESTRATÉGIAS.................................................................................................. 57 EIXO TEMÁTICO: GESTÃO DEMOCRÁTICA................................................. 61 DIRETRIZES...................................................................................................... 62 ESTRATÉGIAS.................................................................................................. 63 EIXO TEMÁTICO: FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO.................................. 65 DIRETRIZES...................................................................................................... 66 ESTRATÉGIAS.................................................................................................. 67 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO............................................................ 69 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 70

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Estabelecimentos de Ensino por Dependência Administrativa, Segundo a etapa/modalidade ministrada no ano de 2014.................................

14

Tabela 02 - EDUCAÇÃO INFANTIL: CRECHE - Matrícula Inicial por Dependência Administrativa – 2011 a 2014......................................................

14

Tabela 03 - EDUCAÇÃO INFANTIL – PRÉ-ESCOLA - Matrícula Inicial por Dependência Administrativa – 2011 a 2014......................................................

14

Tabela 04 - ENSINO FUNDAMENTAL - Matrícula Inicial por Dependência Administrativa – 1º ao 5º Ano.............................................................................

15

Tabela 05 - ENSINO FUNDAMENTAL - Matrícula Inicial por Dependência Administrativa – 6º ao 9º Ano.............................................................................

15

Tabela 06 - EDUCAÇÃO ESPECIAL TOTAL - Matrícula Inicial por Dependência Administrativa...............................................................................

15

Tabela 07 - ENSINO MÉDIO - Matrícula Inicial por Dependência Administrativa.....................................................................................................

16

Tabela 08 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (Presencial) - Matrícula Inicial por Dependência Administrativa..............................................................

16

Tabela 09 - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - Matrícula Inicial por Dependência Administrativa..............................................................

16

Tabela 10 - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – IDEB 2013..........................................................................................................

16

Tabela 11 - Taxa de Aprovação no Ensino Fundamental – 1º a 5º ano, Por Dependência Administrativa – 2011 a 2014......................................................

17

Tabela 12 - Taxa de Abandono no Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano, Por Dependência Administrativa – 2011 a 2014......................................................

17

Tabela 13 - Taxa de reprovação no Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano...... 18 Tabela 14 - Recursos Aplicados em Educação – 2011 a 2014 - PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO/PR..............................................

19

Tabela 15 - Acompanhamento do FUNDEB – 2011 a 2014 - PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO/PR......................................................................

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Tabela 16 - EDUCAÇÃO SUPERIOR............................................................... 20 Tabela 17 – ESPECIALIZAÇÃO........................................................................ 21

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APRESENTAÇÃO

A atualidade é marcada por mudanças de paradigmas, conceitos e

concepções provocando transformações nas relações sociais estabelecidas

alimentando desigualdades na vida em sociedade. Faz-se necessário estabelecer a

interação entre os diversos setores da sociedade, estimulando um processo

permanente de discussão que proporcione o enfrentamento desta realidade. Para

isso, é fundamental a definição de políticas públicas nas áreas sociais, em especial

na educação. Neste sentido, é compromisso da administração o investimento efetivo

nas pessoas, proporcionando educação de qualidade às crianças, adolescentes,

jovens, adultos e idosos, num esforço conjunto entre o Poder Público e a Sociedade

Civil Organizada. Queremos ser referência nacional no ensino público. É intenção do

Plano Municipal de Educação contribuir efetivamente para esta realidade. É preciso

concretizar as mudanças necessárias à oferta, acesso e permanência dos

educandos nas unidades educativas e instituições de ensino do nosso município. O

desafio maior na elaboração deste Plano, todos sabemos, foi articular os vários

segmentos e instituições ligadas à Educação, visando à construção conjunta de um

documento que contemplasse as reivindicações e expectativas da sociedade em

relação à educação municipal, traduzidas em metas. A elaboração participativa

deste Plano significa que as diretrizes e metas definidas, de forma articulada,

possibilitam efetivamente concretizar a educação de qualidade que as pessoas do

nosso Município tanto merecem. Obrigado a todos que de forma direta ou indireta

foram responsáveis pela realização deste Plano.

Parabéns a Rio Negro por mais esta conquista.

Alessandro Cristian von Linsingen.

Secretário Municipal de Educação.

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RIO NEGRO: ASPECTOS HISTÓRICOS, GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS

O objetivo do presente tópico é apresentar os aspectos históricos,

geográficos, sociais e econômicos que influenciaram a história e o desenvolvimento

do município de Rio Negro.

HISTÓRICO

Rio Negro nasceu de um antigo pouso de tropeiros que conduziam gado de

Viamão, Rio Grande do Sul, para a feira de Sorocaba, São Paulo.

O caminho aberto pelas tropas era difícil e os perigos constantes, acarretando

muitos prejuízos aos tropeiros, principalmente pelo ataque de índios. Em 1816 os

tropeiros requerem a D. João VI a abertura de uma estrada ligando a Vila do

Príncipe (Lapa) no Paraná à Vila de Lages em Santa Catarina.

A construção da “Estrada da Mata” teve inicio em 1826, sendo, João da Silva

Machado, o “Barão de Antonina” responsável pela abertura da estrada e fixação dos

moradores no povoado, nascendo Rio Negro.

Em 6 de fevereiro de 1828, Rio Negro foi elevada de Capela Provisória à

Capela Curada, a pedido de João da Silva Machado.

Rio Negro passou de Capela Curada à Freguesia do Senhor Bom Jesus da

Coluna de Rio Negro em 28 de fevereiro de 1838 e à categoria de Vila pela Lei nº

219 de 02 de abril de 1870, decretada pela Assembleia Provincial do Paraná,

promulgada pelo então Presidente da Província, Antônio Luís Affonso de Carvalho.

No dia 15 de novembro de 1870 deu-se a Emancipação Política do Município

de Rio Negro com a posse da primeira Câmara de Vereadores. Em 27 de maio de

1884, foi assinado o contrato para a construção da Rua XV de Novembro, sendo

esta a primeira do Brasil.

A Revolução Farroupilha, de 1835 a 1845 e a Revolução Federalista, de 1893

a 1895, foram dois conflitos nacionais que passaram pelo território rionegrense.

Com a Guerra do Contestado, 1912 a 1916, houve a definição da quizília

existente em relação aos limites entre Paraná e Santa Catarina, adotando-se o rio

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como limite natural. A margem direita do rio o município de Rio Negro, Paraná, e a

margem esquerda incorporada ao território de Santa Catarina, oficializando-se a

criação do município de Mafra, Santa Catarina.

IMIGRANTES

Os primeiros imigrantes a erguerem suas casas foram alguns açorianos,

porém não muitos registros desse acontecimento.

Em 06 de fevereiro de 1829 chegaram a Rio Negro as 12 primeiras famílias

alemãs, somando 105 pessoas vindas de Trier, cidade ao sul da Alemanha. Em

novembro deste mesmo ano chegaram mais 20 famílias com 142 pessoas. Para

garantir a subsistência própria derrubaram a mata, destocaram a terra revolvendo-a

e plantando o cereal necessário à vida.

Nos anos de 1887 e 1888 chegaram a Rio Negro os imigrantes alemães-

bucovinos, com raízes étnicas na Baviera, sul da Alemanha, num total de 336

pessoas. Esta é a única imigração alemã-bucovina do Brasil. Os bucovinos eram

pessoas de costumes simples, católicos e dispostos ao trabalho, na agricultura, na

pecuária e nas atividades madeireiras, já desenvolvidas na Floresta Bávara.

Em 1890, Rio Negro recebeu uma grande leva de colonos poloneses

destinados à Colônia Lucena, Rio Negro, hoje Itaiópolis, Santa Catarina. Os

imigrantes poloneses marcaram forte presença no município em 1891. Alojaram-se

provisoriamente em um barracão, às margens do rio Negro, compartilhando com

imigrantes de outras origens.

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

Localização

O município de Rio Negro localiza-se no extremo sul do Paraná (Lat.

26°25’50’’ ao sul; Long. 49°47’30’’ a oeste), às margens do rio Negro, com uma área

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de 561 km2, limitando-se com os municípios da Lapa, Campo do Tenente, Piên e o

Estado de Santa Catarina, sendo a linha de limites distribuída da seguinte forma:

- com o município da Lapa, a Oeste: começa na foz do rio da Várzea, subindo

por este até a ponte da Estrada de Rodagem da Lapa a Rio Negro;

- com o município de Campo do Tenente, ao Norte: começa no rio da Várzea,

na ponte da Estrada de Rodagem da Lapa do rio Negro e segue por esta estrada até

o divisor de águas seguindo por este até o ponto fronteiro da nascente do rio

Lageado do Caçador;

- com o município de Piên, a Leste: começa no ponto fronteiro da nascente do

rio Lageado do Caçador e desce até sua foz no rio Negro;

- com o Estado de Santa Catarina, ao Sul: Pelo rio Negro, da foz do rio

Lageado do Caçador até a foz do rio da Várzea.

REGIÃO FISIOGRÁFICA

A região de Rio Negro caracteriza-se por ter clima com verões quentes e

invernos frios. As geadas são frequentes e fortes, ocorrendo entre os meses de abril

e agosto. A Densidade pluviométrica anual é de cerca de 1.600 mm distribuídos

irregularmente ao longo do ano. A temperatura media é de 17°C, a média máxima é

de 28°C e a média mínima é de 6°C. Estas temperaturas estão relacionadas a

altitude que em média é de 780 metros.

A vegetação é a Floresta Ombrófila Mista – Montana considerada própria dos

500 a 800 metros de altitude tendo como seu principal representante a Araucaria

angustifólia, o Pinheiro do Paraná. Merecem destaques também as seguintes

espécies nativas:

- Imbuia (Ocotea porosa)

- Erva-mate (Ilex paraguariensis)

- Xaxim (Dicksonia sellowiana)

- Palmeira- jerivá (Syagrus romanzoffiana)

Com relação aos animais, podem ser encontrados as seguintes espécies:

- Cachorro-do-mato ( Cerdocyon thous)

- Gambá-de-orelha-branca ( Didelphis albiventris)

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- Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)

- Sabiá-ferreiro (Turdus subalaris)

- Saracura (Penelope obscura)

- Tiriva (Pyrrhura frontalis)

- Sapo-cururu (Rhinella icterica)

- Perereca-verde (Aplastodiscus perviridis)

- Rã-martelo (Hypsiboas fazer)

Para a proteção e preservação destas e de outras espécies, o município

possui duas Unidades de Conservação: o Parque Ecoturístico Municipal São Luis de

Tolosa e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Barra Grande.

Rio Negro está inserido no 2º planalto paranaense, onde são inseridos o

Grupo Itararé e os Diques de Diabásio da Formação Serra Geral e no contexto da

Bacia do Paraná possuindo os seguintes rios: O Negro, da Várzea, Passa Três e

ribeirão do Lajeado das Mortes.

INFRAESTRUTURA

Energia Elétrica

O sistema de energia elétrica de Rio Negro é abastecido pela Companhia

Paranaense de Energia – COPEL em parte da área rural e pela Central Elétrica de

Santa Catarina – CELESC na área urbana e no restante da área rural.

Telefonia

A telefonia fixa de Rio Negro é atendida pela empresa Oi, sendo o Código de

Discagem Direta à Distância (DDD) o número 47.

A telefonia celular é atendida pelas empresas Tim, Claro, Vivo e Oi.

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Transportes

O município é atendido por empresas de transporte coletivo urbano e rural em

linhas municipais, intermunicipais e interestaduais; também possui empresas de

transporte rodoviários municipais e internacionais contando com horários diários

para a capital do estado.

Está distante 100 km da capital do estado, Curitiba e do Aeroporto

Internacional Afonso Pena, os principais portos são os de Paranaguá a 180km de

distância e os catarinenses de São Francisco do Sul a 120km e de Itajaí a 200km.

O município destaca-se pela intercessão de vias de transporte, por ele

passam o principal corredor de transporte ferroviário que liga a Região Sul e seus

portos as demais regiões do país, é cortado no perímetro urbano pela BR 116 –

Rodovia Regis Bittencort, possui acesso próximo da BR 280 corredor de acesso ao

Planalto Norte Catarinense, PR 427 – Rodovia Antônio Lacerda Braga acesso para

Campo do Tenente e Lapa e da PR 419 – Rodovia Engenheiro Alfredo Sica Pinto o

acesso para Piên.

Comunicação

A cidade possui torre repetidora de televisão aberta contando com as

emissoras: Globo, Redetv, SBT, BAND, Rede Vida e Cultura e as instaladoras de tv

à cabo: Sky, Claro tv e Oi tv.

A veiculação de imprensa escrita é realizada por jornais locais com

periodicidade semanal e regionais com periodicidade diária e regional. A impressa

on-line conta com dois sites locais. Com relação a rádios, a cidade possui apenas a

AM ZYJ 1340.

Complementando os serviços de comunicação, a Empresa Brasileira de

Correios e Telégrafos possui sede no centro da cidade.

Saneamento Básico

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A Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR é a responsável pelos

serviços.

SISTEMA DE SAÚDE

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde /2013, o sistema de saúde

do município é constituído da seguinte forma:

Unidades Quantidade

Centro de Saúde 02

Posto de Saúde – PS 09

Centro Social Rural – CSR 02

Centro de Assistência Integral - CAI 01

Centro de Atendimento Psicosocial - CAPS 01

ASPECTOS POPULACIONAIS

Os dados do censo do IBGE 2010 revelam que Rio Negro possuía uma

população de 31.274 habitantes naquele ano, sendo 25.710 na área urbana e 5.564

na área rural, sendo a Densidade demográfica (hab/km2) de 51, 77.

A estimativa do IBGE é que em 2014 sejam 33.157 habitantes.

ASPECTOS CULTURAIS

O município possui o Conselho Municipal de Politicas Culturais que foi criado

pela Lei Nº 2.324 de 17 de maio de 2013.

Rio Negro também possui o Centro de Cultura Agostinho Paizani Filho,

Biblioteca Público Venceslau Muniz, Biblioteca Cidadã Araci Guimarães Rosa,

Arquivo Histórico Municipal e o Parque Ecoturístico Municipal São Luís de Tolosa

um antigo Seminário Franciscano que atualmente é sede do Poder Público Municipal

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e possui infraestrutura para atendimento à visitantes com Capela em pintura mural,

Museu Histórico, Presépio e Oratórias em Palha de Milho, campo para recreação e

trilhas para caminhadas e aulas de Educação Ambiental.

No calendário de festas e eventos destaque para a Festa da Colonização –

Aniversário do Município; Feira de Páscoa; Noite da Poesia; Caminhadas na

Natureza; Festa do Padroeiro do Município – Senhor Bom Jesus da Coluna; Natal

em Rio Negro com eventos culturais e decoração nas temáticas das ruas e praças

da cidade.

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DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO NO MUNICÍPO DE RIO NEGRO

Tabela 01

Estabelecimentos de Ensino por Dependência Administrativa,

Segundo a etapa/modalidade ministrada no ano de 2014

Número de Escolas – Educação Básica Número do IES

Privadas

Municipais Estaduais Total Total Geral Pública Privada Total

U R U R U R U R

03 - 15 04 07 02 25 06 31 01 02 03

Legenda: U – Zona Urbana; R – Zona Rural; IES – Instituições de Ensino Superior

Fonte: Documentação Escolar/Secretaria Municipal de Educação.

Tabela 02

EDUCAÇÃO INFANTIL: CRECHE

Matrícula Inicial por Dependência Administrativa – 2011 a 2014

ANO/ DEPENDÊNCIA

MUNICIPAL PRIVADA TOTAL

2011 726 54 780

2012 804 58 862

2013 905 84 989

2014 753 78 831

Fonte: Sere Web/Documentação Escolar do Estado/Escolas Privadas

Tabela 03

EDUCAÇÃO INFANTIL – PRÉ-ESCOLA

Matrícula Inicial por Dependência Administrativa – 2011 a 2014

ANO/ DEPENDÊNCIA

MUNICIPAL PRIVADA TOTAL

2011 807 99 906

2012 740 87 827

2013 698 85 783

2014 727 101 828

Fonte: Sere Web/Documentação Escolar do Estado/Escolas Privadas

Tabela 04

ENSINO FUNDAMENTAL

Matrícula Inicial por Dependência Administrativa – 1º ao 5º Ano

ANO/ DEPENDÊNCIA

MUNICIPAL PRIVADA TOTAL

2011 1.838 206 2.044

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2012 2.188 231 2.419

2013 2.193 243 2.436

2014 2.095 249 2.344

Fonte: Sere Web/Documentação Escolar do Estado/Escolas Privada

Tabela 05

ENSINO FUNDAMENTAL

Matrícula Inicial por Dependência Administrativa – 6º ao 9º Ano

ANO/ DEPENDÊNCIA

ESTADUAL PRIVADA TOTAL

2011 2.131 135 2.266

2012 1.686 131 1.817

2013 1.602 126 1.728

2014 1.576 133 1.709

Fonte: Documentação Escolar/Escolas Privadas

Tabela 06

EDUCAÇÃO ESPECIAL TOTAL

Matricula Inicial por Dependência Administrativa

ANO/ DEPENDÊNCIA

MUNICIPAL PRIVADA TOTAL

2011 121 19 140

2012 97 14 111

2013 94 22 116

2014 91 26 117

Fonte: Sere Web/Documentação Escolar do Estado/Escolas Privadas

Tabela 07

ENSINO MÉDIO

Matrícula Inicial por Dependência Administrativa

ANO/ DEPENDÊNCIA

ESTADUAL PRIVADA TOTAL

2011 1.175 545 1.720

2012 1.083 555 1.638

2013 1.068 509 1.577

2014 1.079 475 1.554

Fonte: Documentação Escolar do Estado/Escolas Privadas.

Tabela 08

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (Presencial)

Matricula Inicial por Dependência Administrativa

ANO/ DEPENDÊNCIA

ESTADUAL MUNICIPAL TOTAL

2011 1.137 16 1.153

2012 1.157 04 1.161

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2013 961 - 961

2014 249(Nov/14) - 249(Nov/14)

Fonte: Documentação Escolar Municipal/ Documentação Escolar do Estado

Tabela 09

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

Matricula Inicial por Dependência Administrativa

ANO/ DEPENDÊNCIA

ESTADUAL TOTAL

2011 597 597

2012 660 660

2013 604 604

2014 654 654

Fonte: Documentação Escolar do Estado do Paraná

Tabela 10

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – IDEB 2013

Ensino

Fundamental Anos Iniciais

Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

Rede Estadual 6.2 4.0 3.7

Rede Municipal 6.8 4.6 3.4

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

TAXA DE APROVAÇÃO

Permite avaliar a produtividade do sistema educacional em cada série e nível

de ensino. Este indicador pode ser considerado como taxa de sucesso que o

sistema obteve durante o ano. Pode-se calcular a taxa média de aprovação por nível

de ensino ou para um conjunto de séries.

Tabela 11

Taxa de Aprovação no Ensino Fundamental – 1º a 5º ano,

Por Dependência Administrativa – 2011 a 2014.

ANO/ DEPENDÊNCIA

MUNICIPAL TOTAL

2011 97,4% 97,4%

2012 97,6% 97,6%

2013 99,1% 99,1%

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19

2014 99,0% 99,0%

Fonte: Sere Web/Documentação Escolar Municipal

TAXA DE ABANDONO

Permite avaliar a perda, por abandono, do sistema educacional em cada nível

de ensino e dependência administrativa durante o ano.

Tabela 12

Taxa de Abandono no Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano,

2011 a 2014.

ANO/ DEPENDÊNCIA

MUNICIPAL TOTAL

2011 0% 0%

2012 0% 0%

2013 0% 0%

2014 - -

Fonte: Sere Web/Documentação Escolar Municipal

TAXA DE REPROVAÇÃO

Permite avaliar a não obtenção de êxito na conclusão do ano letivo. O aluno

portanto, não está apto a se matricular na etapa seguinte, no ano seguinte.

Tabela 13

Taxa de reprovação no Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano

ANO/ DEPENDÊNCIA

MUNICIPAL TOTAL

2011 2,6% 2,6%

2012 2,4% 2,4%

2013 0,9% 0,9%

2014 1,0% 1,0%

Fonte: Sere Web/Documentação Escolar Municipal

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Tabela 14

Recursos Aplicados em Educação – 2011 a 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO/PR

ANO RECEITA DE

IMPOSTOS (3)

INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO (38)

(RECURSOS PRÓPRIOS)

EDUCAÇÃO INFANTIL (23)

ENSINO FUNDAMENTAL (24)

% PERCENTUAL APLICADO (39)

2011 35.231.865,52 9.807.872,48 1.790.711,69 9.069.165,94 27,84

2012 38.222.176,30 10.219.520,00 2.196.955,95 9.395.486,29 26,74

2013 41.963.357,93 11.042.665,47 3.770.772,10 9.356.916,57 26,32

2014 44.577.787,82 11.508.614,37 3.309.164,30 11.624.661,85 25,82

Fonte: Relatório Contábil - Anexo VIII – TCE/PR/Contas Públicas/Site Oficial Município

Tabela 15

Acompanhamento do FUNDEB – 2011 a 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO/PR

FUNDEB 2011 A 2014

ANO Retenção (10) Retorno (11) Incremento/Ganho

(R$) (R$) Valor (R$) (12) Percentual (12/10*100)

2011 5.855.530,32 6.627.731,18 739.223,32 12,62%

2012 6.302.424,09 7.372.526,93 1.053.921,80 16,72%

2013 6.970.325,17 9.536.006,43 2.534.929,55 36,36%

2014 7.491.625,98 10.838.965,83 3.287.597,68 43,88%

TOTAL

Fonte: Relatório Contábil - Anexo VIII – TCE/PR/Contas Públicas/Site Oficial Município

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Tabela 16

EDUCAÇÃO SUPERIOR

Alunos atendidos no Polo de Apoio Presencial UAB – Universidade Aberta do

Brasil “Professor Francisco de Oliveira”

GRADUAÇÃO

ANO CURSO IES Nº DE

ALUNOS

2011 Matemática UEPG 05

Geografia UEPG 35

Pedagogia Oferta Especial UEPG 174

Pedagogia UFPR 102

Administração Pública UFPR 96

2012 Matemática UEPG 05

Geografia UEPG 28

Pedagogia Oferta Especial UEPG 152

Pedagogia UFPR 152

Administração Pública UFPR 128

2013 Matemática UEPG 05

Geografia UEPG 28

Pedagogia Oferta Especial UEPG 152

Pedagogia UFPR 152

Administração Pública UFPR 128

2014 Matemática UEPG 03

Geografia UEPG 28

Pedagogia UFPR 105

Administração Pública UFPR 111

UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa

UFPR – Universidade Federal do Paraná

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Tabela 17

ESPECIALIZAÇÃO

ANO CURSO IES Nº DE

ALUNOS

2011 Gestão Ambiental UTFPR 60

Gestão Pública UFPR 30

Gestão Pública Municipal UFPR 30

Gestão em Saúde UFPR 30

2012 Gestão Ambiental UTFPR 30

Gestão Pública UFPR 30

Mídias na Educação UFPR 60

Genética UFPR 35

2013 Gestão Ambiental UTFPR 20

Gestão Pública UFPR 42

Mídias na Educação UFPR 45

Genética UFPR 22

2014 Gestão Pública UFPR 41

Filosofia do Ensino Médio UFPR 35

Tecnologia, Comunicações e

Técnicas de Ensino

UTFPR 35

UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa

UFPR – Universidade Federal do Paraná

UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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EIXO TEMÁTICO - EDUCAÇÃO INFANTIL

Movimentos organizados de instituições e de pessoas da sociedade civil

colocam como bandeira de luta a segurança do direito da criança de até cinco

anos de idade à educação escolar pública, gratuita e de qualidade. A Lei n.º

9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei De Diretrizes e Bases Da Educação

Nacional, explicita no art.29:

“A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.”

Sem dúvida, esse avanço na legislação foi uma conquista para a

educação da criança, mas os desafios não cessaram, principalmente, no que diz

respeito à elaboração e implantação de políticas públicas de financiamento e

gestão da educação para esse segmento de ensino.

Assim, a função da Educação Infantil é a educação da criança, além do

cuidado com ela de forma indissociável, reconhecendo-a como sujeito social de

direitos e concretizando a infância enquanto uma categoria social e histórica.

Ligado a esse reconhecimento, o trabalho em creches e pré-escolas passa a ter

uma função de complementaridade à ação da família.

Em Rio Negro, além destes desafios, destaca-se a necessidade de

ampliação do número de matrículas na Educação Infantil, principalmente na Rede

Municipal, melhoria da infraestrutura dos centros de Educação Infantil, assim

como das condições de trabalho dos profissionais da educação.

Os principais documentos que subsidiaram a elaboração das Diretrizes e

Metas deste Eixo do Plano Municipal de Educação (PME) foram: Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1999), Política Nacional de

Educação Infantil (2006) e Plano Nacional de Educação (2014).

META 01: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as

crianças de quatro a cinco anos de idade.

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META 02: Ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a

atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos até o final da

vigência deste Plano Municipal de Educação (PME).

DIRETRIZES

A oferta de educação para as crianças de 0 a 6 anos e o cuidado com elas no

município é de responsabilidade do setor educacional, cabendo às redes de

ensino a ampliação da estrutura física e dos recursos humanos para o

aumento progressivo do atendimento, em turno integral para as crianças de 0

a 3 anos e parcial para as crianças de 4 a 6 anos.

É dever do Estado, direito da criança de 0 a 3 anos e opção da família, o

atendimento gratuito às crianças em instituições de educação infantil, as quais

têm função diferenciada e complementar à ação da família, o que implica

numa profunda, permanente e articulada comunicação entre as partes.

Em cumprimento a Lei nº 12.796 que altera a LDB 9394/96 onde o texto muda

o artigo 6º sendo "dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das

crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade" sendo que o

atendimento das crianças de 4 anos passa a ser obrigatório a partir do ano de

2016.

A Política de Educação Infantil no município deve-se articular às políticas de

Saúde, Assistência Social, Justiça, Direitos Humanos, Cultura e Diversidade,

bem como às organizações da Sociedade Civil, viabilizando uma educação

infantil pública de qualidade, socialmente referenciada.

Aos profissionais da educação infantil devem-se garantir programas de

formação continuada.

No processo de seleção e admissão de professores e demais profissionais

que atuam diretamente com crianças nas redes públicas e privadas, a

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formação específica mínima exigida na área, por lei, devem ser asseguradas.

Para os que atuam nas redes públicas, a admissão deve ser feita através de

concurso público.

A qualidade na Educação Infantil deve ser assegurada por meio do

estabelecimento de parâmetros de qualidade, que ofereçam subsídios para

sistemas de acompanhamento, supervisão e autorização de funcionamento.

O processo pedagógico na Educação Infantil deve garantir o direito à:

brincadeira; atenção individual; um ambiente aconchegante, seguro e

estimulante; contato com a natureza; higiene e à saúde; uma alimentação

saudável; desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de

expressão; movimento em espaços amplos; proteção, afeto e à amizade;

expressar seus sentimentos; uma especial atenção durante o período de

adaptação/inserção a creche; desenvolver sua identidade cultural, racial e

religiosa.

As propostas pedagógicas na Educação Infantil devem respeitar os princípios

éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao

bem comum; os princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do

exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática, e, também, os

princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da

diversidade de manifestações artísticas e culturais.

A política de Educação Infantil deve articular-se com os demais níveis e

modalidades de ensino, garantindo integração entre eles.

ESTRATÉGIAS

1- Ampliar o atendimento integral às crianças da Educação Infantil (de 0 a 3

anos), em 25% até o quinto ano de vigência do plano, chegando a 50% ao

final do decênio, a contar da aprovação deste Plano. Deverão ser

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consideradas as demandas locais e regionais conforme com os padrões de

qualidade definidos pelo Município e pela legislação vigente.

2- Atender a demanda de 100%, das crianças de 04 e 05 anos até 2016,

considerando as demandas locais e regionais conforme padrões de

qualidade definidos pelo Município e pela legislação vigente.

3- Elaborar os parâmetros de qualidade para Educação Infantil do Município,

em até dois anos após a aprovação do PME.

4- Realizar no prazo de um ano a partir da vigência deste plano, o estudo das

necessidades de melhorias na infraestrutura dos prédios que ofertam a

Educação Infantil no município.

5- Construir, ampliar e reformar prédios de Educação Infantil, assegurando o

cumprimento dos padrões de infraestrutura e adequar os prédios

progressivamente até 2020, para o funcionamento regularizado das

Instituições de Educação Infantil pública. O mesmo deverá ser exigido das

instituições privadas, conforme definido na legislação vigente.

6- Assegurar que todas as Instituições de Educação Infantil tenham elaborado

e aprovado o Projeto Político Pedagógico em até dois anos após a

aprovação do PME, com a participação da comunidade educativa, podendo

incluir segmentos da sociedade civil organizada na discussão acerca dele.

7- Manter sistema de acompanhamento e supervisão da Educação Infantil da

Secretaria Municipal de Educação, em parceria com o Conselho Municipal

de Educação, nos estabelecimentos que ofereçam Educação Infantil.

8- Ampliar na Rede Pública Municipal de Ensino a diversidade e a quantidade

de produtos orgânicos na pauta de alimentos, privilegiando

preferencialmente a agricultura familiar.

9- Garantir assessoria com profissional em nutrição às Instituições públicas

assim como incentivar a contratação desse profissional na rede privada

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para a elaboração e acompanhamento do cardápio apropriado aos padrões

nutricionais para a faixa etária das crianças.

10- Garantir a aquisição de brinquedos, rouparia, utensílios para alimentação,

equipamentos, mobiliário, materiais pedagógicos, administrativos e de

segurança, devendo esses estar em consonância com a legislação vigente

e atender à demanda de todas as Instituições Educativas da Rede Pública

de Ensino.

11- Ampliar e assegurar a qualidade dos espaços físicos e brinquedos de

parques, prevendo espaços externos arborizados nas Instituições de

Educação Infantil, de acordo com os padrões estabelecidos na legislação

vigente.

12- Capacitar os Conselhos Escolares das Instituições de Educação Infantil

quanto às suas funções e atividades a serem desenvolvidas, após a

aprovação do PME.

13- Ampliar a inclusão das crianças portadoras de necessidades especiais na

Educação Infantil, oferecendo condições de acessibilidade, materiais,

equipamentos especializados e formação continuada para todos os

profissionais que atuem na Instituição, inclusive, mediante laudo médico e

previsto em lei, a contratação de um segundo professor.

14- Realizar o atendimento em forma de Colônias de Férias (sem cunho

pedagógico) nas regiões com maior demanda, dos Centros Municipais de

Educação Infantil, nas férias escolares nos meses de Dezembro/Janeiro.

15- Contratar profissionais habilitados e qualificados na função a ser exercida,

em número suficiente, para atuarem nos diversos segmentos da Educação

Infantil.

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16- Assegurar e manter direção em todas as Instituições de Educação Infantil

e que estas sejam exercidas por profissionais formados em Curso de

Pedagogia ou em Curso de Licenciatura nas diversas áreas da Educação.

17- Assegurar a coordenação pedagógica em todas as Instituições de

Educação Infantil e que estas sejam exercidas por profissionais formados

em Curso de Pedagogia, como previsto no Plano de Cargos e Salários.

18- Garantir que a avaliação na Educação Infantil seja feita por meio de

acompanhamento e registro do desenvolvimento integral da criança

conforme previsto nas diretrizes curriculares nacionais, sem o caráter de

promoção, seleção ou classificação das mesmas, não se constituindo

assim em pré-requisito para o acesso ao Ensino Fundamental.

19- Ofertar o atendimento de profissionais do Centro de Avaliação

Diagnóstica, (psicólogo, assistente social, psicopedagogo e fonoaudiólogo)

para atendimento e acompanhamento do processo educativo dos alunos

da Educação Infantil da Rede Pública Municipal, na seguinte proporção até

o terceiro ano da aprovação deste plano:

120 horas para psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo.

90 horas para assistente social.

20- Ampliar através de articulação com os órgãos que tratam das políticas

públicas de assistência social e saúde a rede de apoio em prol do

atendimento integral das crianças da Educação Infantil (em todas as

especialidades da medicina, em especial o neuropediatra).

21- Garantir de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Infantil os parâmetros para organização de grupos com a

seguinte relação educador/ educando:

- Um professor na proporção de 05 crianças na faixa etária de zero e um

ano.

- Um professor na proporção de 12 crianças na faixa etária de dois a três

anos.

- Um professor na proporção de 12 a 20 crianças na faixa etária de quatro

a cinco anos.

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22- Assegurar a capacitação dos profissionais da Educação Infantil,

oportunizando no mínimo 80 horas de curso de aperfeiçoamento

anualmente.

23- Assegurar o atendimento, de acordo com o levantamento da demanda,

das crianças da área rural na Educação Infantil, por meio de

redimensionamento da distribuição territorial da oferta, segundo os critérios

da Secretaria Municipal de Educação, de forma a atender as

especificidades das comunidades rurais.

24- Participar de programas e projetos em regime de colaboração com os

demais entes federados, visando à expansão e melhoria da rede física de

creche e pré-escola pública.

25- Assegurar nas escolas de Educação Infantil o planejamento de atividades

educativas que contemplem as diversidades das crianças que se

encontram em sala de aula visando à construção de uma sociedade mais

igualitária.

26- Assegurar o acesso, a permanência e a qualidade do atendimento das

crianças de Educação Infantil nas escolas públicas municipais.

27- Garantir o acesso e a implantação da inclusão digital como ferramenta no

processo educativo com jogos interativos, programas para computador,

aplicativos educacionais, dentre outros, apropriados às crianças da

Educação Infantil, até o final da vigência do PME.

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EIXO TEMÁTICO - ENSINO FUNDAMENTAL

Conforme estabelecido na Constituição Federal de 1988 o Ensino

Fundamental constitui etapa obrigatória de escolarização, sendo o acesso a este

nível de escolarização direito público subjetivo, que pode ser exigido do Estado,

pelo titular do direito.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº

9394/96, a oferta do Ensino Fundamental - anos iniciais, com prioridade, cabe ao

Município.

Com a aprovação da Lei nº 11.274/06, que alterou os art. 29, 30, 32 e 87

da Lei nº. 9493/96, dispondo sobre a ampliação do Ensino Fundamental para

nove anos, no que concerne à nova demanda criada, esta já se encontra atendida

no município de Rio Negro, restando enfrentar os desafios referentes a melhoria

de qualidade e ampliação da jornada escolar.

Conforme estabelece a Lei nº 9394/96, a oferta do Ensino Fundamental do

6º ao 9º ano é de responsabilidade dos Estados da Federação. Entretanto, a

exemplo do que ocorre com as demais etapas e níveis educacionais, conforme

recomenda a lei, compete às Secretarias Municipais de Educação, em conjunto

com os Conselhos Municipais de Educação, o acompanhamento do trabalho

desenvolvido neste segmento, no âmbito dos municípios.

Nesse contexto, levantam-se como princípios:

- a Igualdade, como possibilidade de acesso ao conhecimento científico, cultural,

histórico e socialmente construído;

- o Reconhecimento das Diferenças, o que implica a consideração da

singularidade humana;

- a Integralidade, o que pressupõe o desenvolvimento das múltiplas dimensões

humanas e o oferecimento de um processo educativo que reconstrua os tempos e

espaços escolares;

- a Autonomia, buscando qualificar o debate e a reflexão crítica, pautados em

valores cooperativos, solidários e de respeito mútuo, dentro de uma perspectiva

democrática e coletiva.

META 03: Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a

população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos

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conclua essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência

deste PME.

META 04: Alfabetizar todas as crianças no máximo até o final do 3º (terceiro)

ano do ensino fundamental.

META 05: Oferecer educação em tempo integral em no mínimo 50%

(cinquenta por cento) das escolas públicas municipais, de forma a atender,

pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) dos anos

iniciais do Ensino Fundamental.

Meta 06: Manter a média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

(IDEB) da rede municipal nos anos iniciais do Ensino fundamental de forma

que não fique inferior a média vigente (ano 2014 = 6,8).

DIRETRIZES

Rever o Ensino Fundamental do município de Rio Negro integralmente e

proceder às mudanças efetivas na sua Proposta Curricular para a promoção

de um processo educativo de qualidade, para todos, construído com base nas

múltiplas dimensões e singularidades humanas, na diversidade de tempos de

aprendizagem e interesses e nas especificidades dos sujeitos.

Assegurar uma escola de Ensino Fundamental real, democrática, inclusiva, na

sua integralidade, garantindo que uma criança de 06 anos adentre nessa

escola e, após sua saída, detenha conhecimentos, competências, valores e

atitudes, que lhe permitam o exercício pleno da cidadania.

Garantir a continuidade da universalização do Ensino Fundamental,

considerando a impossibilidade de dissociação entre acesso, permanência e

qualidade da educação escolar oferecida.

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Reestabelecer a organização escolar, sua gestão, as regras de convivência e

as práticas pedagógicas, a partir da premissa de que a escola precisa

reconhecer e acolher a diversidade das crianças nesse processo/período de

aprendizagem.

Efetivar a Proposta Curricular para que possibilite relações interdisciplinares,

ou seja, que conceba o conhecimento como parte de uma rede de

significações, envolvendo tanto as relações construídas entre as diversas

áreas, quanto às produzidas no interior de cada uma delas.

Aperfeiçoar a gestão democrática e compartilhada no processo educacional,

valorizando a participação da comunidade escolar e considerando o

fortalecimento dos conselhos escolares.

Ampliar e dotar as escolas de infraestrutura necessária ao trabalho

pedagógico de qualidade, contemplando desde a construção física,

equipamentos, espaços para atividades artístico-culturais, esportivas e

recreativas, com as adaptações adequadas às pessoas com deficiências e

necessidades educacionais especiais.

Garantir a expansão progressiva de atendimento, em período integral, dos

alunos do Ensino Fundamental na rede pública de ensino.

ESTRATÉGIAS

1- Assegurar o ensino obrigatório à clientela do Ensino Fundamental –

primeiro segmento, a partir da aprovação deste plano, primando pela

qualidade do processo ensino-aprendizagem e procedendo o mapeamento

da demanda escolar como recurso diagnóstico e norteador de ações

voltadas à garantia do cumprimento desta meta, feito por meio de censo

educacional e populacional fora da escola, agrupados por bairro ou distrito

de residência e/ou locais de trabalho dos pais.

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2- Promover a busca ativa de crianças fora da escola, em parceria com as

áreas de assistência social e saúde.

3- Estabelecer estratégias gerenciais e pedagógicas, que assegurem a

permanência e a conclusão de 100% dos alunos no primeiro segmento do

Ensino Fundamental.

4- Reduzir as taxas de repetência e distorção idade-série na rede municipal

de ensino, no período de quatro anos, a partir da aprovação do PME, por

meio de programas como reforço escolar (em contra turno) e de

recuperação paralela ao longo do curso.

5- Garantir o reforço escolar (contra turno) nas Unidades Escolares que

comprovarem a sua necessidade através de avaliação diagnóstica inicial.

6- Construir, ampliar e reformar em regime de colaboração com os demais

Entes Federados, visando à expansão e melhoria da rede física dos

estabelecimentos de ensino, adequando-os ecologicamente e respeitando

um padrão de qualidade de infraestrutura, conforme legislação vigente.

7- Contratar profissionais habilitados e qualificados de acordo com a função a

ser exercida, em número suficiente, para atuarem nos diversos segmentos,

espaços/ambientes escolares, visando à qualificação do ensino.

8- Assegurar que a partir da aprovação do Plano, todas as escolas de Ensino

Fundamental tenham no prazo de 01 ano, reformulado suas Propostas

Pedagógicas, estabelecendo metas de aprendizagem, em conformidade

com a organização da Proposta Curricular, com observância das diretrizes

curriculares para o Ensino Fundamental – primeiro segmento.

9- Intensificar a participação da comunidade na gestão da escola,

promovendo a capacitação dos Conselhos Escolares, no prazo de dois

anos após a aprovação do PME.

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10- Consolidar sistemas de avaliação no âmbito de todas as redes de ensino,

promovendo verificações diagnósticas periódicas em todas as turmas,

culminando com a aplicação da Prova Rio Negro nas turmas de 4º e 5º ano

do Ensino Fundamental sem caráter classificatório, porém, com vistas à

proposição de políticas educacionais que qualifiquem a educação no

município.

11- Implantar e efetivar progressivamente um programa de acompanhamento

e monitoramento, que possibilite a melhoria do nível de aprendizagem dos

alunos, em todas as Redes de Ensino, no prazo de cinco anos após

aprovação do PME.

12- Criar e efetivar políticas e programas de educação ambiental, conforme

legislação vigente, em parceria com outros órgãos, instituições e redes de

ensino.

13- Assegurar no prazo de 04 (quatro) anos que as escolas da Rede

Municipal, nos anos iniciais do ensino fundamental, tenham professor

graduado em Educação Física, Arte, Língua Estrangeira Moderna (Inglês).

14- Ofertar o atendimento de profissionais do Centro de Avaliação Diagnóstica

(psicólogo, assistente social, psicopedagogo e fonoaudiólogo), para

atendimento e acompanhamento do processo educativo dos alunos do

Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal, até o terceiro ano da

aprovação deste plano, na seguinte proporção:

120 horas para psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo.

90 horas para assistente social.

15- Garantir, no prazo de 03 (três) anos, o número máximo de alunos por

professor, sendo 25 (vinte e cinco) alunos de 1º e 2ª ano e 30 (trinta)

alunos do 3º ao 5º ano.

16- Promover articulação com a área de saúde, para a aplicação de testes de

acuidade visual e auditiva em todas as instituições de ensino infantil e do

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ensino fundamental municipal, de forma a detectar problemas e oferecer

apoio adequado a que necessitar promovendo retorno dos resultados à

instituição no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

17- Atualizar progressivamente os padrões mínimos de infraestrutura das

escolas para atender à diversidade humana, em conformidade com as

normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

18- Fortalecer, em regime de colaboração com a União o programa de

transporte dos estudantes desta etapa do ensino, bem como ampliar e

renovar a frota, garantindo acessibilidade aos estudantes portadores de

necessidades especiais.

19- Zelar para que o transporte escolar prime pela redução do tempo máximo

dos estudantes em deslocamento, quando possível.

20- Incentivar a integração escola-comunidade, visando ampliar as

oportunidades de conhecimento e reflexão da realidade, bem como a

vivência de experiências que contribuam para a inserção social e

desenvolvimento de cidadania aos estudantes.

21- Garantir o cumprimento de carga horária e dias letivos, estabelecidos na

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), artigo 24, inciso I.

22- Promover a cultura da paz adotando os procedimentos para prevenção,

acompanhamento e intervenção nas situações de violência ocorridas na

escola, por intermédio de ações intersetoriais e segundo a legislação

vigente.

23- Assegurar o cumprimento da proposta político-pedagógica na rede pública

de ensino conforme as diretrizes curriculares nacionais para o ensino

fundamental.

24- Garantir à manutenção e revitalização das bibliotecas escolares.

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25- Realizar a manutenção periódica dos laboratórios de informática em todas

as escolas municipais possibilitando o acesso as novas tecnologias de

informação e comunicação.

26- Avaliar o aluno, em todo o seu processo de aprendizagem, considerando

suas dificuldades como indicadores para a replanejamento do ensino e da

aprendizagem.

27- Conceber a avaliação como processo formativo e classificatório conforme

o sistema avaliativo descrito na Proposta Curricular Municipal.

28- Assegurar a alfabetização dos alunos do Ensino Fundamental até 08 anos

de idade atendendo as necessidades individuais de cada um.

29- Promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em

tempo integral em 50% das escolas de Ensino Fundamental na Rede

Pública Municipal de forma progressiva até o final de vigência deste plano.

Por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e

multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, assegurando que a

permanência dos alunos na escola passe a ser igual ou superior a 07

(sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva

da jornada de professores em uma única escola.

30- Instituir em regime de colaboração com a União programa de construção

de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para

atendimento em tempo integral, prioritariamente em comunidades pobres

ou com crianças em situação de vulnerabilidade social.

31- Manter, em regime de colaboração, um programa nacional de ampliação e

reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras

poliesportivas, laboratórios de informática, espaços para atividades

culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros

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equipamentos, bem como da produção de material didático e da formação

de recursos humanos para a educação em tempo integral.

32- Promover a articulação da escola com os diferentes espaços educativos,

culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros

comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas.

33- Atender às escolas da área rural na oferta de educação em tempo integral,

com base em consulta prévia e informada, considerando-se as

peculiaridades locais e a demanda.

34- Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do

ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na

pré-escola, com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores

e com apoio pedagógico específico a fim de garantir a alfabetização plena

de todas as crianças.

35- Fomentar o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras que

assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a

aprendizagem dos alunos, sendo consideradas as diversas abordagens

metodológicas e sua efetividade.

36- Apoiar a alfabetização de crianças da área rural, com a utilização de

materiais didáticos específicos e desenvolver instrumentos de

acompanhamento que considerem o uso da língua materna e a identidade

cultural das comunidades.

37- Adotar medidas para aperfeiçoar o tempo de permanência dos alunos na

escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho

escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais.

38- Garantir transporte gratuito para todos os estudantes da educação rural na

faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e

padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações

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definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia –

INMETRO, e financiamento compartilhado com participação da União,

proporcional às necessidades dos Entes Federados, visando a reduzir a

evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação

local.

39- Proporcionar, até o quinto ano de vigência deste plano, o acesso à rede

mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até

o final da década, a relação computador/aluno nas escolas da rede pública

municipal, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da

informação e da comunicação.

40- Realizar a manutenção periódica e ampliação dos equipamentos e

recursos tecnológicos digitais e humanos para a utilização pedagógica no

ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica, criando,

inclusive, mecanismos para implementação das condições necessárias

para a universalização das bibliotecas nas instituições educacionais, com

acesso a redes digitais de computadores, inclusive a internet.

41- Realizar a capacitação de profissionais para utilização pedagógica dos

recursos tecnológicos nas unidades escolares.

42- Garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive o

desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para

detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual

e as drogas, favorecendo a adoção das providências adequadas para

promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de

segurança para a comunidade;

43- Garantir, na Proposta Curricular, conteúdos sobre a história e as culturas

afro-brasileira e indígenas e programar ações educacionais, nos termos

das Leis nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003, e nº 11.645, de 10 de março

de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes

curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de

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educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes

pedagógicas e a sociedade civil.

44- Consolidar a educação escolar rural, respeitando a articulação entre os

ambientes escolares e comunitários, garantindo o desenvolvimento

sustentável e preservação da identidade cultural.

45- Promover a articulação dos programas da área da educação no âmbito

local e nacional, assim como de outras áreas, como saúde, trabalho e

emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de

rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da

qualidade educacional.

46- Ampliar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas

da saúde e da educação, o atendimento aos estudantes da rede escolar

pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e

atenção à saúde.

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EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E ENSINO MÉDIO E

PROFISSIONALIZANTE.

ENSINO MÉDIO

Com base no que dispõe a CF/88, a nova LDB determinou este nível de

ensino como etapa final da Educação Básica. Sob esta perspectiva, o Ensino

Médio, cuja oferta é responsabilidade dos Estados, passou a integrar a etapa

educacional considerada essencial para o exercício da cidadania, além de

consistir como base para o acesso às atividades produtivas e para o

prosseguimento nos níveis mais elevados de educação.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Datam do final da década de 1940 as primeiras iniciativas do governo

brasileiro com relação à Educação de Jovens e Adultos (EJA), com a realização

da Campanha de Educação de Adultos.

Na década de 1960, surgiu uma nova visão do problema do analfabetismo

que culminou em uma pedagogia de alfabetização de adultos, referenciada no

educador Paulo Freire.

A tentativa malsucedida de incorporação das orientações freireanas nos

programas oficiais de alfabetização de adultos, mediante a criação do Movimento

Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, que, mesmo recebendo uma volumosa

dotação de recursos provindos da loteria esportiva e de deduções do Imposto de

Renda a partir da década de 1970, tornou-se desacreditado nos meios políticos e

educacionais, sendo extinto em 1985, contribuiu para agravar os efeitos dos

déficits do atendimento no Ensino Fundamental, ao longo dos anos, resultando

num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou puderam

concluir este nível de ensino.

Por essa razão, a erradicação do analfabetismo conforme preconiza a

Constituição Federal (CF/88), é um desafio que demanda a integração das ações

do Poder Público e a mobilização de recursos humanos e financeiros por parte

dos governos e da sociedade.

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Pela Constituição, a oferta da EJA, no nível Fundamental - segundo ciclo, é

responsabilidade do Estado e deve ser oferecida gratuitamente a todos os que a

ela não tiveram acesso ou puderam concluir na idade própria.

De acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), somente 18 municípios dentre os 399 do Paraná, estão livres

do analfabetismo entre eles está a cidade de Rio Negro, hoje a busca ativa por

alunos desta modalidade detectou que não há demanda para a Educação de

Jovens e Adultos no Ensino Fundamental primeiro ciclo.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Segundo o artigo 39 da Lei nº 9394/1996, que dispõe sobre as Diretrizes e

Bases da Educação Nacional - LDB, a Educação Profissional é caracterizada

como uma modalidade específica de ensino, definida como: “A Educação

Profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e

à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida

produtiva”, o que deixa clara sua independência em relação ao ensino regular, o

reconhecimento de sua importância no contexto nacional e o propósito de

promover a transição entre a escola e o mundo do trabalho.

A partir das diretrizes definidas pelo Conselho Nacional de Educação, a

Educação Profissional pode ser desenvolvida a partir dos seguintes cursos e

programas:

a) Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores (cursos básicos);

b) Educação Profissional Técnica de Nível Médio;

c) Educação Profissional Tecnológica de graduação;

d) Educação Profissional Tecnológica de Pós-Graduação.

Rápidas evoluções e mudanças nos processos produtivos, acelerada

presença de tecnologias modernas têm promovido profunda reorganização no

mundo do trabalho.

Como consequência desse desenvolvimento ocorre à redução de postos

de trabalhos e a necessidade de mão-de-obra técnica qualificada. Desta forma,

novas articulações se fazem necessárias entre os mundos do Trabalho e da

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Educação, surgindo novos e maiores desafios para as Instituições de formação

profissional e para as Universidades.

Os cursos de Educação Profissional apresentam-se como propiciadores de

novas alternativas de inserção, reinserção e permanência de profissionais no

mercado de trabalho.

Meta 7: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos de modo

a alcançar o mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da

região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como

igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à

redução da desigualdade educacional.

Meta 8: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais

para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir

em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 9: Fomentar o oferecimento de no mínimo 25% das matrículas de

educação de jovens e adultos, na forma integrada à educação profissional,

nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Meta 10: Fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e

modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a

atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB:

IDEB 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Anos finais do ensino fundamental 3,9 4,4 4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino médio 3,7 3,7 4,3 4,7 5,0 5,2

Meta 11: Colaborar na elevação das matrículas da educação profissional

técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos

50% da expansão no setor público.

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ESTRATÉGIAS

01- Contribuir para aprimorar o acompanhamento e o monitoramento do acesso e

da permanência na escola por parte dos beneficiários de programas de

assistência social e transferência de renda, identificando motivos de ausência e

baixa frequência e garantir, em regime de colaboração, a frequência e o apoio à

aprendizagem.

02- Promover a busca ativa da população de 15 a 17 anos fora da escola, em

parceria com as áreas da assistência social e da saúde.

03- Zelar pela oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como a

distribuição territorial das escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a

demanda, de acordo com as necessidades específicas dos estudantes.

04- Auxiliar no levantamento da demanda de jovens, adultos e idosos, não

alfabetizados ou que não concluíram o ensino fundamental e não estão

matriculadas em instituições de educação básica, diagnosticando suas

necessidades e planejando ações que as atendam dentro dos padrões de

qualidade e considerando suas especificidades e diversidades.

05- Estimular parcerias e/ou convênios com todas as esferas governamentais,

com instituições públicas e com a comunidade com vistas a garantir a

funcionalidade de programas e projetos que objetivam a ampliação das vagas, a

melhoria da qualidade do ensino e o atendimento as especificidades na educação

de jovens e adultos.

06- Ampliar parcerias com os segmentos geradores de renda e empregadores,

públicos e privados, bem como sistemas de ensino, no intuito de garantir a

frequência e permanência dos estudantes da EJA, compatibilizando os horários

de trabalho e estudo.

07- Contribuir para a melhoria da qualidade da Educação Básica do Município, de

forma a elevar os índices do IDEB, com vistas a atingir a meta prevista no final da

vigência deste plano.

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08- Fortalecer e ampliar a manutenção de parcerias que favoreçam a elevação da

escolaridade para estudantes trabalhadores da EJA, em seus espaços de

trabalho.

09- Monitorar o programa nacional de alimentação escolar nas escolas da Rede

Pública Municipal, atendendo as peculiaridades da educação de jovens e adultos.

10- Estimular, junto ao Governo Estadual e Federal, a implantação e expansão de

oportunidades de estágio na educação profissional técnica de nível médio e do

ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao

itinerário formativo do aluno, visando à formação de qualificações próprias da

atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento da

juventude.

11- Auxiliar as instituições estaduais na divulgação de calendário de matrículas.

12- Estimular a oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica de

nível médio, em parceria com entidades privadas de formação profissional

vinculadas ao sistema sindical e entidades sem fins lucrativos de atendimento à

pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na modalidade.

13- Contribuir na promoção da Universalização do acesso para o Ensino Médio.

14- Estimular, com a participação efetiva da comunidade, a elaboração de

propostas político-pedagógicas no Ensino Médio, de maneira a atender às

necessidades e especificidades locais.

15- Estimular a participação democrática da comunidade na gestão, manutenção

e melhoria das condições de funcionamento das escolas, por meio dos Conselhos

Escolares, em todas as Escolas de Ensino Médio da cidade.

16- Incentivar para que nos programas de Educação Profissional incluam-se,

além da capacitação profissional, o desenvolvimento das habilidades sociais,

básicas e de gestão.

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17- Incentivar a avaliação do aluno, em todo o seu processo de aprendizagem,

considerando suas dificuldades como indicadores para a reorganização do ensino

e da aprendizagem.

18 - Incentivar e apoiar a expansão da oferta de educação profissional técnica de

nível médio nas Redes Públicas Estaduais de Ensino, de acordo com a demanda

existente no Município.

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EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Constituição Federal, em seu artigo 205, estabelece que a educação é

um direito de todos, dever do Estado e da família. Será promovida e incentivada

a Educação Especial com a colaboração da sociedade, visando ao pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.

Assim como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, em seu artigo

22, dispõe que a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando,

assegurando-lhe a formação comum indispensável para exercer a cidadania,

progredir no trabalho e em estudos posteriores.

Em relação à educação especial, é uma modalidade de educação escolar,

oferecida preferencialmente na rede regular de ensino.

O Estado do Paraná, em sua Deliberação 02/03, artigo 3º, diz que o

atendimento educacional especializado será feito em classes e escolas especiais

ou por serviços especializados, sempre que, em função das condições

específicas dos alunos, não for possível sua educação no ensino regular.

A escola especial deve ofertar educação básica para alunos com

necessidades educacionais especiais com graves comprometimentos. Deve

atender os seguintes requisitos, de acordo com o artigo 20, da Deliberação 02/03:

- proposta pedagógica ajustada às necessidades educacionais do aluno

e ao disposto na legislação vigente;

- acessibilidade nas edificações com a eliminação de barreiras

arquitetônica, de mobiliário e de equipamentos;

- professores, equipe técnica-pedagógica e direção habilitada ou

especializada em educação especial;

- adaptações curriculares significativas que a escola regular não tenha

condições de prover;

- a delimitação de alunos por turma deve seguir as orientações da

Secretaria de Estado da Educação, considerando as necessidades educacionais

dos mesmos.

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Nesse contexto cabe à sociedade brasileira eliminar todas as barreiras,

atitudinais e institucionais, pois, a partir de princípios legais, todos têm direito a

educação e este acesso à educação deve ser garantido a todas as pessoas,

independentemente das condições de sexo, etnia, idade ou classe social.

No Estado do Paraná, entende-se como educação especial, uma

modalidade da educação, definida em proposta pedagógica, que assegura um

conjunto de recursos e apoios, que possam garantir o desenvolvimento das

potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais

especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação.

O Departamento de Educação Especial – DEEIN, é o órgão responsável

pela orientação e política de atendimento às pessoas com necessidades

educacionais especiais, em cumprimento aos dispositivos legais estabelecidos

pelo governo federal, em consonância com os princípios norteadores da

Secretaria de Estado de Educação do Paraná.

A educação especial no Paraná, dever constitucional do Estado, do

Município e da família, é oferecida tanto na rede regular de ensino, como nas

instituições especializadas, com início na faixa etária de 0 a 6 anos, prolongando-

se durante toda a educação básica até o ensino superior.

O Município de Rio Negro vem nos últimos anos modificando seu quadro

educacional consideravelmente.

Tratando-se de alunos cujo atendimento exige um encaminhamento

específico, de acordo com o artigo 7º da Deliberação 02/03 CEE/SEED e o

Parecer 07/14 em 07 de maio de 2014 - Conselho Estadual de Educação do

Paraná/CEE, esses alunos são atendidos na Escola Municipal de Educação

Especial Tia Apolônia na Educação Infantil e Ensino Fundamental - Modalidade

Educação Especial, que conta com professores, equipe técnica-pedagógica e

direção habilitada ou especializada em Educação Especial, além de equipe

técnica composta por psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta,

terapeuta ocupacional e assistente social, para atender aos alunos matriculados

na escola.

A organização das Escolas de Educação Básica, na modalidade Educação

Especial, tem como objetivo ofertar a Educação Infantil, Ensino Fundamental,

Educação de Jovens e Adultos - Fase I e Educação Profissional, por meio de um

currículo flexível que possibilite aos educandos com Deficiência Intelectual,

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Múltiplas Deficiências e Transtornos Globais do Desenvolvimento, acesso à

escolarização.

No atendimento aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais e

com dificuldades de aprendizagem no Ensino Comum, existe o Centro de

Avaliação Diagnóstica, que funciona junto a Secretaria Municipal de Educação

com atendimento Psicólogo, Fonoaudiólogo, Pedagogo com especialização em

Psicopedagogia e por Fisioterapeuta, realizando inclusive encaminhamento para

outros profissionais quando se fizer necessário.

Para garantir a inclusão com qualidade a esses alunos, o Município tem

ofertado, através de suas unidades escolares, apoio adicional necessário com

adaptação curricular e professores especializados.

Conta também com o Centro de Atendimento Especializado ao Surdo –

CAES, atendendo alunos nas dependências da Escola Municipal João da Silva

Machado e com o Centro de Atendimento Especializado ao Deficiente Visual -

CAES-DV, atendendo alunos nas dependências da Escola Municipal Professor

Celso Catalan.

O conceito de necessidades educacionais especiais abriu o caminho

para uma nova concepção de educação, em que a filosofia da normalização e

integração se converte em fonte inspiradora para transformações, as quais

alcançam o ensino regular e a visão da escola especial educadora.

A transformação deve ter como fundamentação os princípios da dignidade

humana, a busca da identidade e o exercício da cidadania, com enfoque na

potencialidade dos alunos. É preciso acreditar que todos são capazes

considerando suas deficiências e buscando estratégias para a aprendizagem de

todos.

META 12: Universalizar, para a população de 04 (quatro) anos até o final do

primeiro segmento do Ensino Fundamental, aos alunos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional

especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia

de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais,

escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

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META 13: Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o

atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de

ensino.

DIRETRIZES

A Educação Especial no Sistema de Ensino Municipal encontra-se em

consonância com tratados internacionais, como a Convenção de

Guatemala, Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) e com

as orientações do Documento Política Nacional de Educação Especial na

Perspectiva da Educação Inclusiva - MEC/2008. Tais documentos norteiam

que os sistemas de ensino devem realizar o atendimento educacional

especializado, disponibilizar os serviços e recursos próprios desse

atendimento e orientar os alunos e seus professores quanto a sua

utilização nas turmas comuns do ensino regular.

O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza

recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a

plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades

específicas.

As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado

diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo

substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa, e/ou

suplementa, a formação dos alunos com vistas à autonomia e

independência na escola e fora dela.

O reconhecimento das crianças, jovens e adultos com deficiência como

cidadãos e de seu direito de estarem incluídos plenamente na sociedade.

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Adequação do espaço físico escolar, equipamentos e materiais

pedagógicos, bem como formação dos professores e demais profissionais

envolvidos.

O ambiente escolar como um todo deve ser adequado para uma inclusão,

tornando-se aberta à diversidade dos alunos, onde a participação da

comunidade é fator essencial.

A inclusão plena de pessoas com necessidades educativas especiais nos

diversos segmentos da sociedade em busca da justiça social, da cidadania,

dos direitos humanos e, sobretudo do ser diferente, num contexto de

diversidade.

ESTRATÉGIAS

1- Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação na faixa etária de 04 (quatro) anos até o final do primeiro

segmento do Ensino Fundamental, assegurando atendimento educacional

especializado complementar e suplementar, ofertado em salas de recursos

multifuncionais na própria escola ou em instituições especializadas.

2- Apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas

especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas.

3- Promover no prazo de vigência deste PME, o atendimento escolar à

demanda manifestada pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos

com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei nº 9.394, de 20

de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional.

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4- Mobilizar a comunidade escolar e a sociedade no processo de inclusão

social.

5- Informar e esclarecer aos diversos setores da sociedade sobre as

potencialidades e especificidades das pessoas com deficiência.

6- Assegurar a formação de professores para o atendimento educacional

especializado e demais profissionais da educação para a inclusão social.

7- Assegurar a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e

assessoria, articulados com instituições acadêmicas e integrados por

profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e

psicologia, para apoiar o trabalho dos professores da educação básica com

os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação.

8- Mobilizar a família e a comunidade na participação efetiva de políticas que

garantam acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários,

nas comunicações e informações.

9- Viabilizar programas e ações de combate ao preconceito e discriminação

no ambiente escolar e comunitário por meio de campanhas na mídia nos

estabelecimentos de ensino e na comunidade geral, garantindo as

temáticas da diversidade .

10- Garantir, em cinco anos, a observância e o cumprimento da legislação de

infraestrutura das Escolas, Centros de Educação Infantil e Escolas na

Modalidade de Educação Especial, conforme estabelecido nas normas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e respectivo Sistema de

Ensino, para o recebimento e permanência dos alunos com necessidades

educacionais especiais.

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11- Garantir a oferta de educação inclusiva, promovendo a articulação

pedagógica entre o ensino regular e o atendimento educacional

especializado.

12- Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao

atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do

desenvolvimento escolar dos alunos com deficiência, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, beneficiários de

programas de transferência de renda. Também, o combate às situações de

discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de

condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as

famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção

à infância, à adolescência e à juventude.

13- A partir da aprovação do Plano Municipal de Educação - PME, o número

de alunos na sala de aula regular, onde esteja matriculado aluno com

deficiência comprovada por laudo médico, com orientação da equipe

multidisciplinar da Secretaria Municipal de Educação e Equipe de

Avaliação Diagnóstica da Secretaria Municipal de Educação, deve ter no

máximo 20 (vinte) alunos por turma.

14- Garantir a formação continuada e espaços de discussão permanentes a

todos os funcionários da escola para o tema Escola Inclusiva, abrangendo

a pessoa com deficiência, diversidade sexual e outros, da realidade da

escola que se fizerem necessárias.

15- Promover ações intersetoriais para aproximar áreas da Educação, Cultura,

Saúde e Justiça, com vistas ao combate ao preconceito e à discriminação.

16- Em cumprimento à legislação existente, promover a identificação dos

ambientes da escola, utilizando comunicação alternativa como libras, braile

e outros recursos, conforme necessidade da demanda.

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17- Garantir ao aluno com necessidades especiais, no campo da

aprendizagem, a flexibilização curricular, de acordo com suas

necessidades.

18- Ampliar as equipes multidisciplinares (fonoaudiólogos, psicólogos,

psicopedagogo, terapeuta ocupacional, assistentes sociais e fisioterapeuta)

para que possam dar suporte à prática educativa.

19- Disponibilizar profissionais capacitados e habilitados na Secretaria de

Educação, bem como um setor de Educação Especial, para acompanhar e

orientar os profissionais que atuam nas salas de recursos de Atendimento

Educacional Especializado, classes especiais, Escola na Modalidade de

Educação Especial e alunos inclusos nas diversas escolas da rede

municipal em até, no máximo, dois anos da vigência do PME.

20- Oferecer apoio psicológico e social aos educandos, aos familiares dos

alunos com necessidades educacionais e apoio psicológico aos

profissionais da Educação, em parceria com a Secretaria da Saúde e

Assistência Social.

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EIXO TEMÁTICO: ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

O programa busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos e programas de

educação superior, por meio da educação à distância. A prioridade é oferecer

formação inicial à professores em efetivo exercício na educação básica pública,

porém, ainda sem graduação, além de formação continuada àqueles já

graduados. Também pretende ofertar cursos á dirigentes, gestores e outros

profissionais da educação básica da rede pública.

Outro objetivo do programa é reduzir as desigualdades na oferta de ensino

superior e desenvolver um amplo sistema nacional de educação superior à

distância.

Há polos de apoio para o desenvolvimento de atividades pedagógicas

presenciais, em que os alunos entram em contato com os tutores e os

professores e têm acesso à biblioteca e laboratórios de informática, biologia,

química e física.

Uma das propostas da Universidade Aberta do Brasil – UAB é formar

professores e outros profissionais de educação nas áreas da diversidade. O

objetivo é a disseminação e o desenvolvimento de metodologias educacionais de

inserção dos temas de áreas como educação de jovens e adultos, educação

ambiental, educação patrimonial, educação para os direitos humanos, educação

das relações étnico-raciais, sexualidade e temas da atualidade no cotidiano das

práticas das redes de ensino pública e privada de educação básica no Brasil.

META 14: Fomentar o fortalecimento do Polo de Apoio Presencial da

Universidade Aberta do Brasil (Unidade de Rio Negro), mediante realização

de parcerias que possam reverter simultaneamente para a formação de

profissionais de nível superior e o atendimento das demandas e

necessidades das instituições educacionais do Município.

Meta 15: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de

mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do

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sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% de

doutores.

Meta 16: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a

taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a

qualidade da oferta

Meta 17: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação

stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil

doutores.

DIRETRIZES

Ampliar a oferta de vagas públicas no ensino superior, assim como diversificar

os cursos, de acordo com articulações com as Instituições de Ensino Superior

– IES, conveniadas ao programa Universidade Aberta do Brasil, na direção de

um ensino superior de qualidade e que atenda às necessidades regionais.

As Universidades devem exercer as funções que lhes foram atribuídas pela

Constituição: o ensino, a pesquisa e a extensão, incluindo a superação das

desigualdades sociais e regionais.

ESTRATÉGIAS

1- Ensejar condições para a ampliação da oferta de vagas na educação

superior na rede pública.

2- Incentivar a criação de mecanismos promotores de intercâmbio entre o

Polo de Apoio Presencial Universidade Aberta do Brasil (UAB) “Professor

Francisco de Oliveira”, as instituições privadas e as escolas públicas de

educação básica, visando ao desenvolvimento de pesquisa e extensão.

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3- Promover a divulgação e incentivo junto aos professores da educação

básica de informações sobre os cursos de pós-graduação.

4- Incentivar o desenvolvimento junto às Instituições de Ensino Superior de

projetos de Ciência, Tecnologia e Extensão, voltados para a melhoria da

qualidade de vida da população, valorizadas e respeitadas as

características e necessidades locais e regionais.

5- Estimular a implantação de novas Instituições de Ensino Superior - IES

públicas, conveniadas ao programa Universidade Aberta do Brasil no

município.

6- Promover a oferta de bolsa de estudos no sentido de ampliar as vagas

públicas e privadas na educação superior.

7- Promover a divulgação e incentivo junto aos professores da educação

básica de informações sobre pós-graduação.

8- Estimular a parceria com novas Instituições de Ensino Superior

conveniadas pela UAB, para oferta de cursos no Polo de Apoio Presencial

UAB – Rio Negro/PR, bem como de Instituições Privadas.

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EIXO TEMÁTICO: PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A valorização dos profissionais da educação é um elemento essencial para

a melhoria da qualidade da educação. Esta somente pode ser obtida mediante

uma política global que incida simultaneamente sobre a formação inicial e

continuada, as condições de trabalho, salário e plano de carreira.

Se por um lado é necessário repensar a formação dos docentes, em vista

dos desafios e demandas que a realidade nos coloca e que requerem

profissionais cada vez mais qualificados e continuamente atualizados, por outro a

articulação entre os sistemas de ensino e as Instituições de Ensino Superior - IES

são fundamentais para atualizar, modernizar e melhorar os cursos de formação

para o magistério, em especial, as licenciaturas.

Subsidiado neste entendimento, o presente eixo expressa o resultado de

estudos e acordos entre a Secretaria Municipal de Educação, professores e

demais profissionais que atuam na Rede Municipal nos últimos anos.

Sendo assim, tanto as diretrizes, quanto as metas e estratégias para o

mesmo, visam contemplar as reivindicações dos educadores, bem como

estabelecer um planejamento possível de ser concretizado no decorrer do

próximo decênio.

META 18: Formar, em nível de pós-graduação (lato-sensu), 50% (cinquenta

por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de

vigência deste PME, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da

educação básica, formação continuada em sua área de atuação,

considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos

sistemas de ensino.

META 19: Valorizar os (as) profissionais do magistério da Rede Pública

Municipal de Educação Básica, de forma a equiparar seu rendimento médio

ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final

do quarto ano de vigência deste PNE.

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META 20: Assegurar, no prazo de 02 (dois) anos, a revisão do plano de

cargos e salários dos profissionais da Educação Básica Pública Municipal,

tomando como referência o piso salarial nacional profissional, definido em

lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

META 21: Assegurar o aumento salarial anual com base no piso nacional da

categoria a todas as classes do plano de cargos e salários dos profissionais

da Educação Municipal, a partir do primeiro ano de vigência do PME.

DIRETRIZES

A melhoria da qualidade do ensino é indispensável para assegurar à

população o acesso pleno à cidadania e à inserção nas atividades

produtivas. Esse compromisso, entretanto, não pode ser cumprido sem a

valorização do magistério, pois os docentes exercem um papel decisivo no

processo educacional.

A valorização dos profissionais em educação implica em que se deva

buscar uma sólida formação teórica, com a necessária articulação teoria-

prática, a interdisciplinaridade, a gestão democrática, a formação cultural, o

compromisso ético e político da docência e dos demais servidores da

educação.

Formação profissional que assegure o desenvolvimento da pessoa do

educador enquanto cidadão e profissional, o domínio dos conhecimentos

objeto de trabalho com os alunos e de métodos pedagógicos, que

promovam a aprendizagem.

Um sistema de educação continuada que permita, ao professor, um

crescimento constante de seu domínio sobre a cultura letrada, dentro de

uma visão crítica e da perspectiva de um novo humanismo.

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A formação continuada assume particular importância em decorrência do

avanço científico e tecnológico e de exigência de um nível de

conhecimentos sempre mais amplos e mais profundos na sociedade

moderna.

Especial atenção à formação permanente (em serviço) dos profissionais da

educação, buscando a qualidade da profissionalização e valorização dos

profissionais da educação.

Quanto à remuneração, é indispensável que níveis mais elevados

correspondam a exigências maiores de qualificação profissional e de

desempenho.

Implantar procedimentos de avaliação institucional, que contemplem a

execução do programa de avaliação de desempenho do profissional do

magistério, de forma sistemática e contínua, como condição de melhoria da

qualidade de ensino e como aperfeiçoamento profissional.

ESTRATÉGIAS

1- Revisar e adequar a cada dois anos o Plano de Cargos e Salários de

acordo com a legislação vigente, valorizando a formação continuada e o

tempo de serviço.

2- Assegurar a participação dos profissionais da educação na definição do

perfil dos cursos de formação continuada e na avaliação dos mesmos.

3- Garantir e qualificar o tempo destinado à hora atividade, conforme a Lei nº

11.738/2008, art. 2º, que estabeleceu o Piso Salarial Profissional Nacional

para os profissionais do Magistério Público da Educação Básica, na

composição da jornada de trabalho, devendo-se observar o limite máximo

de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de

interação com os educandos. Logo, 1/3 da jornada será dedicado à

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preparação de aulas e às demais atividades fora da sala de aula, sendo

cumprido no estabelecimento de ensino, já no segundo ano de vigência do

PME.

4- Promover parcerias entre as redes de ensino e as instituições formadoras

de práticas pedagógicas que estimulem o aperfeiçoamento do ensino e a

formação docente.

5- Oferecer cursos de graduação e pós-graduação aos profissionais da

Educação do Município por meio de parcerias com as Instituições de

Ensino Superior – IES, conveniadas com a Universidade Aberta do Brasil -

UAB.

6- Intensificar e qualificar a formação dos gestores escolares e coordenadores

pedagógicos, oferecendo programas de formação a todos os Profissionais

da Educação (docência, técnica, administrativa e de apoio).

7- Implementar Ficha de Avaliação de Desempenho para todos os

profissionais das Instituições de Ensino, no prazo de dois anos após a

aprovação do PME.

8- Implementar Sistema de Avaliação Institucional, de forma democrática, em

todas as unidades educativas municipais.

9- Implantar e efetivar programas e atividades voltadas à reabilitação

funcional dos profissionais da educação readaptados das Redes Públicas

Municipais de Ensino, promovendo a sua reintegração em salas de aula.

10- Manter a realização de concursos públicos do magistério para Educação

Infantil e Fundamental, visando manter o quadro de funcionários de acordo

com o PME.

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11- Revisar e adequar, a cada dois anos, o Estatuto do Magistério Público

Municipal, de acordo com a legislação vigente, com a efetiva participação

dos profissionais da educação.

12- Garantir remuneração mínima de acordo com o piso salarial nacional,

calculado com base no estabelecido pelo FUNDEB, para a Educação

Infantil e Ensino Fundamental, assegurando aumento real para todos os

níveis e classes do plano de cargos e salários.

13- Assegurar que todos os profissionais da educação que ingressarem na

rede pública sejam selecionados por meio de concurso público, de provas

e títulos, por instituições reconhecidas pelo MEC, de âmbito nacional e de

reconhecida competência.

14- Incentivar política de oferecimento de vagas, junto as IES, em programas

de mestrado e doutorado aos Professores e Educadores da Rede Pública

Municipal.

15- Garantir a liberação de 100% da jornada de trabalho para os profissionais

da Educação matriculados em programas de mestrado e doutorado, bem

como a liberação para a participação em eventos científicos em áreas afins

(quando da apresentação de trabalhos), sem prejuízo dos vencimentos; a

partir do 2º ano de vigência do PME, sendo que o profissional que usufruir

deste direito de dispensa para o mestrado ou doutorado deverá prestar

serviços pelo prazo de 05 (cinco) anos a Secretaria Municipal de

Educação.

16- Promover Políticas de melhoria da qualidade de vida do profissional da

educação, em até 02 (dois) anos da vigência do PME:

a) Criar programa de educação preventiva para a saúde vocal dos

professores em efetiva regência de classe, através de projetos educativos

em parcerias com a Secretaria de Saúde;

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b) Criar o Plano de Saúde do Servidor Público Municipal da Educação.

17- Criar uma carteirinha de identificação do profissional da educação, para

que o mesmo receba descontos na aquisição de livros, materiais didáticos

e participação em eventos (cinema, teatro, musicais, entre outros).

18- Impedir a contratação de estagiários para ocuparem as vagas existentes

nas escolas que devem ser preenchidas por profissionais graduados e

concursados conforme a lei vigente.

19- Garantir a contratação de estagiários para atuarem somente como auxiliar

nas ações pedagógicas.

20- Assegurar dotação orçamentária para qualificação e formação continuada

dos profissionais da educação.

21- Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as)

para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas

tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando

a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e ações de

formação continuada de professores (as) para a alfabetização.

22- Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção,

prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e

emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a

melhoria da qualidade educacional.

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EIXO TEMÁTICO: GESTÃO DEMOCRÁTICA

Nossa sociedade contemporânea é perpassada por grandes contradições e

complexidade. Tal situação demanda que os cidadãos tenham cada vez mais

acesso às informações e consciência de sua condição de ser histórico e social.

A educação tem uma contribuição significativa a dar para o processo de

constituição dos sujeitos, na medida em que é pela apropriação do conhecimento

produzido pela humanidade e a utilização deste para a reflexão das contradições

do seu tempo, que o homem toma consciência de sua importância e da

necessidade de se inserir no movimento em busca da transformação social.

Favorável à melhoria da qualidade da educação, a redemocratização da

sociedade brasileira, a partir de meados de 1980, resultou em mudanças legais

que exigem, cada vez mais, o redirecionamento das políticas educacionais e a

reflexão das responsabilidades e competências dos diferentes níveis

governamentais para com aprimoramento de sua qualidade.

Ocupa papel fundamental neste processo a reflexão sobre a

democratização da gestão do ensino público, preconizada na Constituição

Federal (CF/88) e referendada na Lei de Diretrizes e Bases (LDB/96).

Em decorrência destas mudanças, tem-se intensificado nas últimas

décadas a demanda e inovação dos mecanismos de gestão nas instituições

educacionais mediante a ampliação dos canais de comunicação, participação,

tomada de decisões e avaliação visando aliar ensino e aprendizagem de forma

mais eficaz.

Em consonância, a construção do presente PME, fruto da participação de

muitos segmentos da sociedade que, de forma coletiva, refletiram o contexto

educacional atual e se idealizou o futuro da educação rionegrense, contemplada

em um de seus eixos a gestão democrática.

Ao fazê-lo, o objetivo deste plano é continuar garantindo a participação de

todos os segmentos sociais nas decisões políticas relacionadas à Educação.

Para tanto, todos tem que ter consciência de que são corresponsáveis pela

materialização e defesa da educação como interesse público.

Neste contexto, estão inseridas as Diretrizes, que nortearão a Gestão

Democrática, tendo a finalidade de promover e ampliar a participação dos

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segmentos, que compõem as Associações de Pais, Mestres e Funcionários

(APMF), e Conselhos Escolares nos Conselhos Municipais, vinculados à

Educação.

META 22: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação

da gestão democrática da educação, associada à consulta pública e à

comunidade escolar, no âmbito das Escolas Públicas Municipais, prevendo

recursos e apoio técnico do Município para tanto.

DIRETRIZES

Cada escola é uma instituição singular. Como tal, possui demandas e

necessidades próprias e está sujeita a situações e imprevistos que muitas

vezes dependem de ações simples e soluções rápidas, disponíveis nas suas

proximidades ou comunidade local.

Conceder autonomia às escolas, no que concerne a repasse de recursos para

desenvolver o essencial de sua proposta pedagógica e para as despesas de

seu cotidiano.

Estimular o exercício da democracia nas escolas, mediante a criação de

Conselhos Escolares, visando propiciar a todos os segmentos da comunidade

educativa e comunidade local, oportunidades de exercício efetivo de

cidadania.

Aprimorar o processo de construção coletiva do Projeto Político Pedagógico no

âmbito de cada instituição educacional, contemplando a avaliação de trabalho

desenvolvido e o estabelecimento de metas, ações e estratégias para o

aprimoramento do mesmo.

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ESTRATÉGIAS

1- Para legitimar e garantir a autonomia, além de contribuir para o exercício

da cidadania, a participação democrática será feita por meio da escolha de

Diretores das Unidades Educativas, com consulta pública de uma lista

tríplice, a ser apresentada à Secretaria Municipal de Educação.

2- Promover e ampliar a participação de representantes de Associação de

Pais, Mestres e Funcionários (APMF) e Conselhos Escolares nos

Conselhos Municipais vinculados à Educação.

3- Ofertar programas de apoio e formação aos conselheiros dos conselhos de

acompanhamento e controle social do FUNDEB, dos conselhos de

alimentação escolar assim como representantes educacionais em demais

conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo espaço

físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede

escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções.

4- Incentivar o Município a constituir o Fórum Permanente de Educação, com

o intuito de coordenar as conferências municipais, bem como efetuar o

acompanhamento da execução deste PME e dos seus planos de

educação.

5- Garantir que o processo de escolha dos Conselheiros do Conselho

Municipal de Educação seja feito seguindo os princípios da participação

democrática.

6- Estimular o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos municipais

de educação como instrumentos de participação e fiscalização na gestão

escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de

conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo.

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7- Estimular a participação e a consulta de profissionais da Educação, alunos

e seus familiares na formulação das Propostas Pedagógicas, currículos

escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando

a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares.

8- Favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão

financeira nos estabelecimentos de ensino.

9- Apoiar tecnicamente todas as escolas na elaboração e execução de sua

Proposta Pedagógica e Regimento Escolar.

10- Aprimorar o processo de autoavaliação das escolas municipais por meio

da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a

serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento

estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação

continuada dos profissionais da educação e o aprimoramento da gestão

democrática.

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EIXO TEMÁTICO: FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

Em cumprimento ao que estabelece a CF/88 em relação à contrapartida

financeira do Município para a Educação, deverá ser destinado no período de

vigência do presente plano ou até nova determinação legal, o percentual mínimo

de 25% da receita líquida do Município, advinda de impostos, para a manutenção

e desenvolvimento da educação. De maneira complementar, conforme

determinação legal, o salário-educação constituirá fonte adicional de

financiamento da educação básica.

Além destas fontes de recursos, o Município disporá dos recursos do

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização

dos Profissionais da Educação - FUNDEB, com vigência até o ano de 2020,

conforme estabelece a Lei nº 11.494/2007.

Finalizando, enfatiza-se a importância dos programas financiados pelo

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, como instrumentos de

ampliação das receitas da educação, constituindo, portanto, em uma importante

fonte adicional de recursos para a gestão da Secretaria de Educação.

META 23: Ampliar o investimento público em educação municipal de forma a

atingir, no mínimo, o patamar de 28% até o quinto ano de vigência do PME,

chegando a 30% no final da vigência deste Plano.

META 24: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, no prazo de um ano de vigência deste PNE,

política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam

os incisos I, II e III do art. 61, da Lei nº 9.394/1996, assegurando-lhes a devida

formação inicial, nos termos da legislação, e formação continuada em nível

superior de graduação e pós-graduação, gratuita e na respectiva área de

atuação.

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DIRETRIZES

Compartilhar responsabilidades a partir das funções constitucionais entre

cada sistema, visando a alcançar as metas estabelecidas neste Plano.

Buscar o aperfeiçoamento permanente da Gestão na Educação, tornando-a

um meio para garantir uma educação de qualidade.

Viabilizar através de projetos recursos financeiros junto à Esfera Federal, com

o objetivo da ampliação de vagas e melhoria da qualidade do ensino.

Garantia dos recursos previstos pela Constituição Federal de 1988, que

possibilitem maiores investimentos na educação pública e a equidade em

relação à aplicação do valor mínimo gasto por aluno em cada escola.

Aprimoramento do regime de colaboração entre a União, Estados, Municípios

e entre as Secretarias Municipais, para desenvolvimento de um programa

social de amplo alcance, que possibilite o acesso e permanência do aluno na

escola.

Garantir a permanência e o sucesso do aluno da educação básica, uma vez

fortalecida na sua expansão, como também na sua qualidade, a educação

constituir-se-á num forte alicerce da rede de proteção social.

Promoção e fortalecimento da gestão democrática, garantindo o caráter

descentralizado, participativo e a autonomia da gestão.

Transparência na distribuição e na gestão dos recursos financeiros e nas

informações sobre a educação municipal, aprimorando o sistema de

informação.

O trabalhador em educação é elemento fundamental e essencial do processo

educacional. É imprescindível que todas as entidades e órgãos responsáveis,

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tanto em nível público como privado, programem políticas de investimento que

garantam a adequada valorização desse profissional, uma vez que a

educação é desenvolvida essencialmente com pessoal.

Valorização e formação continuada para os trabalhadores em educação, que

favoreçam a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem.

Expansão da rede física para elevar a qualidade da infraestrutura dos prédios

escolares do Município.

ESTRATÉGIAS

1- Garantir, entre as metas dos Planos Plurianuais, vigentes nos próximos dez

anos, a previsão do suporte financeiro às metas constantes deste PME.

2- Integrar ações e recursos técnicos, administrativos e financeiros da

Secretaria Municipal de Educação e de outras Secretarias nas áreas de

atuação comum.

3- Mobilizar a sociedade civil no acompanhamento e fiscalização da utilização

dos recursos da educação, garantidos por lei.

4- Aplicar os recursos legalmente vinculados à Educação, de competência do

Poder Público Municipal, e buscar fontes complementares de

financiamento.

5- Garantir programas de assistência ao educando, por meio de parcerias

com outras Secretarias Municipais.

6- Assegurar parcerias com os demais Entes Federados na busca de

recursos para a construção e reforma de prédios escolares.

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7- Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que promovam a

transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos

aplicados em educação.

8- Divulgar anualmente os indicadores de investimento e tipo de despesa per

capita por aluno nas etapas da educação de responsabilidade do

Município.

9- Criar mecanismos de repasse de verbas para as unidades escolares,

levando-se em conta o número de matrículas.

10- Potencializar a utilização dos recursos repassados às Unidades Escolares

Municipais com qualificação dos envolvidos em: orçamento, gestão,

cotação de preços e licitação.

11- Implantar no âmbito da Secretaria Municipal da Educação, uma equipe de

Manutenção e Conservação do Patrimônio Público, com calendário mensal

de visitas, reparos, reformas, sem comprometimento do calendário letivo.

12- Conscientizar pais, alunos e sociedade, da importância da nota fiscal e da

formalização de autônomos, visando aumentar a arrecadação do

Município.

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ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

O “acompanhamento e avaliação” na estrutura do Plano Municipal de

Educação - PME são processuais, visto a necessidade de ocorrerem

permanentemente, ao longo de todo o processo de implementação do PME.

As atividades de acompanhamento e avaliativas devem ser feitas com a

finalidade de garantir o cumprimento das metas estabelecidas e votadas pela

sociedade rionegrense tendo em vista que estas focam a educação que se deseja

para o Município para os próximos 10 (dez) anos.

O Plano é decenal, porém poderá haver mudanças da realidade

educacional local, levando à necessidade de se adotar medidas corretivas ou

proceder algumas adaptações àquelas já elencadas.

A sistemática de acompanhamento e avaliação deste Plano devem

propiciar informações qualitativas e quantitativas integradas, que possibilitem o

seu melhor gerenciamento, permitindo que sejam tomadas medidas corretivas no

decorrer do processo.

O desenvolvimento deste processo de acompanhamento e avaliação

contará com uma Coordenação Municipal, exercida pela Secretaria Municipal de

Educação e pelo Conselho Municipal de Educação, sendo que à ambos cabe o

importante papel de indução das ações previstas e de cooperação técnica,

sempre com o objetivo de elevar a qualidade geral da educação no Município, de

modo a, efetivamente, proporcionar desenvolvimento humano e social.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: 1996. ______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. ______. Presidência da República. Lei n. 12.796, de 04 de abril de 2013. Altera a Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 abr. 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12796.htm ______. Lei 11.274, 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 29,30,32 e 87 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 de fev.2006. Disponível em: www.senado.gov.br ______. Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. Regulamenta a alínea “e” do inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica.

______. Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

______. Presidência da República. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. ______. Lei 11.645, de 10 de marco de 2008. Disponível em: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica http://ideb.inep.gov.br/ Acesso em: 11/2014 Deliberação 02/03 disponível em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/maringa/arquivos/File/Educacao_Especial/Deliberacao_02_03.pdf. Acessado em outubro/2014

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Departamento de Legislação Escolar - Secretaria de Estado do Paraná.

Disponível em

www.educacao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo...

Acessado em: 10/2014

RESOLUÇÃO CEB Nº 1, DE 7 DE ABRIL DE 1999. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0199.pdf Acessado em: 11/2014 Documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Inclusão. Disponível em: http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf Acessado em outubro/2014

Plano Nacional da Educação. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm Acessado em: novembro/2014 Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à Educação. Disponível em: http://www.oei.es/quipu/brasil/pol_educ_infantil.pdf

SERE - Sistema Estadual de Registro Escolar. Disponível em:

https://www.sere.pr.gov.br/ Acessado em: outubro/2014