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DO Nuno Cobra do treinamento personalizado à qualidade de vida

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Page 1: DOhospitaleira eequilibrada, onde as pessoas poderiam se administrar. A escola precisa-va sermais autêntica ereal eprincipalmen-te mais inserida no momento em que esta-mos vivendo

DO

Nuno Cobra do treinamento personalizado à qualidade de vida

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por Marilson Alves Gonçalves

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PERSONA

RAE Light: Conte como foi sua trajetó-ria até chegar à legitimação de seu traba-lho como consultor, um pouco da sua au-tobiografia, seus cursos ...

Coa. Minha trajetória foi realmentemuito difícil, muito dura e até certo pon-to muito ingrata, devido às minhas idéiasnão serem aceitas por minha classe profi s-si anal e por todos os outros cursos queacabei desenvolvendo. Pregava, no finalda década de 50, que poderíamos chegarao cérebro através do músculo e ao espí-rito através do corpo. Eram idéias muito

enfoque de vida e expor minha experiên-cia de 42 anos de trabalho.

RAE Light: O senhor estudou executi-vos e empresários que procuraram suaconsultoria nos últimos dez anos. Quaisforam as principais conclusões deste es-tudo?Cobra: A conclusão é espantosa. Elesestão percebendo que existem enquantopessoas. Independentemente do sucessoque alcançaram no terreno econômico, decom.o ficaram famosos como homens de

negócios, agora eles querem al-cançar este sucesso pessoal deser melhor, de estar melhor e defazer-se melhor. Fico emocio-nado por eles estarem se desco-brindo e vendo que conquista-ram fama, dinheiro e poder,mas que se esqueceram de con-quistar a si mesmos. Desco-brindo que obviamente tudo

Executivos e empresários estãopercebendo que existem enquanto

pessoas. Independentemente do sucessoque alcançaram no terreno econômico,de como ficaram famosos como homensde negócios, agora eles querem alcançar

sucesso pessoal.

claras, mas extremamente opostas emurna época em que o cérebro ficava nobolso do paletó. A idéia balística aindaestava longínqua. A neurolingüística nemsequer era cogitada. Foi uma época naqual a mente era apenas mente e não cor-po e, conseqüentemente, eu era tido comolouco e pronto.Foi um caminho muito difícil e áspero,mas os resultados com os atletas ofere-ciam uma energia mental incalculávelque me fazia superar todos os obstáculos.Percebi logo cedo que tudo estava nacabeça e o corpo me oferecia o caminhomais concreto para chegar à mente daspessoas. Isolei-me do academicismo e dasociedade, caminhando por uma margi-nal da vida que até há bem poucos anos- pelo menos até a metade da década de80 - não era aceita pelo academicismo,apesar do extraordinário resultado comatletas das mais variadas modalidadesesportivas, além de empresários, execu-tivos e profissionais liberais. Acreditoque com o programa de minuto da saúde,na rádio Eldorado, pude divulgar meu

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isto é importante, mas que denada adianta, dentro de uma pessoa emdesequilíbrio, de uma pessoa apenas so-brevivendo e não vivendo em sua plenitu-de. É empolgante perceber o extraordiná-rio poder do organismo e como ele espan-tosamente se organiza sem nenhum medi-camento quando as pessoas acabamse va-lorizando, passando a investir em si mes-mas. É empolg.ante ver coroa indivfduosque se descuidaram por uma vida inteirae adquiriram toda sorte de desorganizaçãoorgânica, sendo sustentados por medica-mentos de rodo tipo, recuperaram em rá-pidos meses seus melhores dias de juven-tude, sua energia e vitalidade, e tornaram-se encantados com a vida.

RAE Light: Há uma crença de que osexecutivos preferem praticar esportesmais radicais como forma de reduzir oestresse a que estão diariamente subme-tidos. O que há de verdadeiro nisto?

Cobra: Por uma informação errada, elesacabam praticando esportes que provo-

cam grande débito de oxigênio como tê-nis e squash, antes de dotarem seus orga-nismos de uma infra-estrutura cardiovas-cular adequada, o que é danoso para suasaúde. Por outro lado, transportam as suascondições de vida de extrema competiti-vidade profissional para a atividade físicae, por estarem mal informados, confun-dem condição física com saúde. O orga-nismo adora atividades físicas em equilí-brio, atividades agradáveis e benéficas enão essa tal de malhação inconseqüente edesastrada. Eles podem reduzir o estressecom uma simples caminhada diária, quan-do estariam praticando uma meditaçãoativa, muito interessante para a mente.

RAE Lig1zt:Em um de seus programas derádio na Eldorado A.M., o senhor lamen-tou o fato de notícias ruins terem maiorespaço na mídia do que notícias que con-tribuam para uma melhor qualidade devida da população. As organizações pare-cem sofrer do mesmo problema - a fa-mosa "rádio peão" tem muito mais ibopepara as notícias ruins do que as boas no-tícias. É possível uma solução para o com-portamento da mídia? Como melhorar aqualidade de vida das organizações?

Cobra: Sempre me preocupo muito coma alimentação mental das pessoas e a,tele- .visão se constitui na pior delas, além dasrádios, jornais, revistas e também o com-panheiro pessimista. É impossível umapessoa ser feliz com esta enxurrada depéssimas noticias em todos os campos daatividade humana, com a divulgação detanta violência e catástrofes. As pessoasprecisam se proteger mais, evitando estarsempre abertas a este mundo que vai setornando cada vez mais inviável. Às ve-zes, penso que é impossível evitar o con-tato com ambientes ou situações com asquais não concordamos, mas devemos serresponsáveis pe1a nossa saúde mental,"zipando-nos" desses ambientes.Lembro-me de que o Ayrton sentia-semuito perturbado DO início de sua carreiracom repórteres que invariavelmente vi-

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nham lhe perguntar coisas que o contra-riavam, tirando-o de seu equilíbrio. Então)um dia, que por sinal estava frio, eu lhedisse: "Ayrton, você deve aceitar que elescumpram o seu papel perguntando o quedesejarem, mas você deve ser responsávelpor não respondê-los". Puxando o zíper desua blusa, disse-lhe firmemente: "Se fechepara estas coisas ruins, se proteja cara,'zipe-se' destas situações desagradáveis".Acredito que esta seja uma lição que eleaprendeu muito bem, pois os repórteressempre me diziam: "Puxa, Nuno, como édificilfalar com Q Senna". Ele parece umaestátua, às vezes consigo até chegar perto,mas parece que ele está tão longe que meconstrange perguntar alguma coisa ... comoele é difícil!". Difícil coisa nenhuma, pen-sava eu, ele tinha aprendido, e por sinalmuito bem, a "se zipar".Então, minha gente, vamos nos "zipar"das incongruências da vida, das suas ne-gatividades, e nos proteger mais, porquea mídia não vai mudar tão cedo. Quanto àmudança da mídia, tudo ocorre por umalei básica da oferta e da procura. Realmen-te, vende-se mais a desgraça que a felici-dade mas, pergunto, será que ela, a mídia,não ajudou a pLantar isto?Quanto às organizações, parece que emseu cerne está plantado o vírus da crítica,da discórdia e da desarmonia. Isto conta-mina a todos com o pessimismo e a des-crença forjada por uma sociedade anulan-te. Dias virão em que tudo isto será modi-ficado, as pessoas se envolverão mais comos elogios e a harmonia se estabelecerá. Oequilíbrio virá como conseqüência de pes-soas otimistas e corajosas no enfrenta-menta do dia-a-dia e o acreditar será umaconstante em suas mentes. De qualquermaneira, o start tem que ser dado e, acre-dite.justamente pela mídia, que planta nocerne da sociedade sua filosofia e seumodus vivendis.

RAE Light: A atividade de preparaçãofísica no passado sempre foi mal recebi-da pelos alunos nas escolas enquantoparte do currículo obrigatório. Felizmen-

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te, parece-nos que este quadro está sealterando talvez em razão dos modismosdo culto ao físico e do poderoso efeito-demonstração que trabalhos como o seutem causado em pessoas notáveis. Osequipamentos e o pessoal nas escolaspúblicas e privadas geralmente são pou-co adequados à prática da Educação Fí-sica. Os pais geralmente estão muitomais preocupados se a escola de seus fi-lhos tem equipamentos de informática doque equipamentos esportivos. O senhorvê a escola ainda como o eixo central dasociedade para uma melhor qualidade devida? Em caso positivo, o que é precisopara torná-lo realmente eficaz?Cobra: A Educação no país não existe,muito menos a Saúde. Os Ministérios sãoapenas rótulos forjados por uma socieda-de hipócrita. Se houvesse ao menos umcerto pudor, os Ministérios se denomina-riam da instrução pública e o outro dadoença, porque nem o primeiro está preo-cupado com a Educação, nem o outrocom a Saúde, este aliás parece nem sabero que isto significa. Em umpaís no qual a Educação nãoexiste, como iria haver a Edu-cação Física, que significa aEducação através do físico?A escola, por onde passa todauma popula-ção de um país,seria o elemento primordialpara burilar o caráter das pes-soas, formando sua personali-

QUALIDADE DE VIDA

e vivem numa constante autodestruição.Enfim, a escola não ensina nada que valhaa pena no sentido de uma vida mélhor, maishospitaleira e equilibrada, onde as pessoaspoderiam se administrar. A escola precisa-va ser mais autêntica e real e principalmen-te mais inserida no momento em que esta-mos vivendo. Há muita cultura inútil, Osprofessores, estes coitados malbaratadossofredores, desassalariados, deveriam serescolhidos mais talhados para o difícil esagrado mister da educação. Deveriamamar mais as crianças e os jovens e apren-der a empurrá-los para frente e não paratrás, como pudemos ver durante poucomais de 31 anos junto à Secretaria da Ins-trução Pública do Estado de São Paulo.Perde também a escola esta oportunidadede ouro que a Educação Física oferece atra-vés de seus meios entusiasmantes, princi-palmente os jogos e os esportes, a excelen-te oportunidade de resgatar nos jovens acrença em seu valor pessoal e restabelecereste poder dado por Deus a todas as pessoase usurpado pela sociedade castradora,

Quanto às organizações, parece que em seucerne está plantado o vírus da crítica, da

discórdia e da desarmonia. Isto contamina atodos ... O equilíbrio virá como conseqüência

de pessoas otimistas e corajosas noenfrentamenfo do dia-a-dia e o acreditar

dade, mas esta excelenteoportunidade é perdida. A escola, quedeveria ensinar as pessoas a comanda-rem, desenvolvendo nelas seu naturalespírito de liderança, ensina apenas aobedece.r. Deveria desenvolver a criati-vidade, mas impede também sua naturalexpansão. Enfim, estandardizam todosna mediocridade do inútil conhecimen-to, fora da ação dinâmica do aconteci-mento. Impressiona-me que as pessoas,independentemente de seu nível socio-cultural, não possuam os mínimos co-nhecimentos sobre seu corpo e princípiosde alimentação, repouso de sono e re-laxamento. Não aprendem a se proteger

será uma constante em suas mentes.

RAE Light: O senhor está em vias de pu-blicação de um livro. O que o levou a es-crevê-lo?

C bra: Tenho estado debruçado, hámais de quatro anos, numa reflexão pro-funda sobre a minha vida, meu método,em seu extraordinário sucesso e, princi-palmente, sobre as razões que levam asociedade a usurpar das pessoas este en-cantamento que é a exuberante experiên-cia de viver em harmonia e equilíbrio.Por que esta ignóbil sociedade tem quedesviar a rota norma] do destino das pes-soas para a felicidade, para a saúde e para

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o sucesso? Por que tem que implantar nacabeça de todos o desequilíbrio, a doen-ça, a dúvida e o fracasso? Se viver por sijá é uma vitória! Meu livro é a experiên-cia de 42 anos de trabalho com as maisvariadas modalidades esportivas e todasorte de pessoas, onde pude constatarque todos têm todas as possibilidades. Oque cerceia é tão somente sua cabeça li-mitante colocada por uma sociedadeanulante. Todos os que aprenderam a

Cobra: Escrever um livro foi uma expe-riência fantástica deautoconhecimento,talvez a mais verdadeira terapia que sepossa fazer. Foi um mergulho no meupassado, onde pude descobrir realmenteo que fazia e perceber o grande poder dosincronismo. Por falta de orientação, 'Va-guei sem destino. Se isto, por um lado,obrigou-me a ficar quatro anos escreven-do - tempo suficiente para escrevermuitos livros mais técnicos - por outro,

ofereceu-me a oportunidadede descobrir o cerne de meumétodo e perceber o grandepoder que todos carregamos.Não descobri isto por meio deestudos em universidades, maspelo resultado retumbante detodas as pessoas com quemtrabalhei nestas quatro déca-das. Tomou-me seguro e con-

I fiante no valor do homem e desua incrível força quando se põe libertoe convicto dela.

Perde também a escola, através daEducação Física, a excelente

oportunidade de resgatar nos jovens acrença em seu valor pessoal e

restabelecer este poder dado por Deus atodas as pessoas e usurpado pela

sociedade castradora.

pensar que poderiam, conseguiram tudoo que quiseram. Mas por que se há deensinar a todos que não podem, não con-seguem, que a vida é dura, que tudo émuito difícil, que cada um tem que levarsua cruz, e um monte de tolices que infe-lizmente pegam a criança desarmada edestroem no nascedouro da vida todas aspossibilidades e implantam nela o medo,a dúvida e o fracasso?O livro será, sem dúvida, um momen-to de profunda reflexão de vida sempreconceitos e sem tabus. O que me.in-centivou a escrevê-lo foi simplesmen-te a vontade de levar às pessoas estaexperiência de sucesso onde a vitóriaestá inserida nas pessoas e que elas,apenas elas, é que impedem seu pró-prio sucesso. Ao contrário de outroslivros que tratam deste assunto, este éum livro absolutamente prático no qualo caminho do sucesso não se faz porteorias, mas se dá através do corpo,construindo uma estrada para atingir amente das pessoas.

Fale-nos sobre o seu conteú-do, suas dificuldades com a edição e aexperiência de escrevê-lo.

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"AS Lrghr:Quais são os projetos atuaise futuros do profissional Nuno Cobra?

Co a. Escrever mais livros e aprofundareste mecanismo estonteante usado pelasociedade para "civilizar" as pessoas, ti-rando delas este poder divino de realiza-ção e suprema beleza. Tenho também al-guns projetos como, por exemplo, umaEscola de Pais. Existem escolas para tudo,mas o sagradomister de colaborar na evo-lução natural da criança sem tirar dela asua beleza, inocência, e o inabalável ema-ravilhoso acreditar, simplesmente nãoexiste. Outro projeto seria uma Escola deJovens na qual, por meio de esportes e deuma vida voltada ao movimento físico emental, os jovens pudessem desenvolvertodo o seu poderoso potencial, sem, toda-via, distorcer sua personalidade.

E g f Como uma pessoa com tan-tas atividades de apoio à qualidade devida das pessoas gerencia sua própriaqualidade de vida?

Cobra: Amo o que faço e isto já é meiocaminho numa qualidade de vida. Por terpassado a vida ministrando na prática omovimento físico e mental, incorporeiem minhas ações de vida esta filosofia e,como tudo na vida é hábito, costumocorrer diariamente 4.000m num ritmosuave e realizar trabalhos em barra fixa eparalela olímpica, o que faço com extre-mo prazer. Para ser didático, este é o meuvício. Durante a corrida eu entro numameditação ativa e, em seguida, numameditação passiva para repor minhaenergia vital.

R E.iglll: Em seus programas de rádiopode se perceber nitidamente que a equa-ção qualidade de vida passa pelo físico epelo mental. As orientações de práticasfísicas semanais parecem necessitar depráticas de busca de encontro e de umarevisão de nossos valores internos. Noque consiste o seu trabalho com relaçãoao mental e ao espiritual?

Cobra: O trabalho com o corpo. E este étudo °que temos de mais representativonesta nossa breve passagem pela vida.Quando me refiro ao corpo, deixo bemclaro que somos um todo indivisível eisto é inquestionável. Assim, éimpossí-vel um trabalho com o corpo físico nãopas.sar pelo corpo mental e pelo espiri-tual. Quando melhoramos a eficiência denossa bomba ejetara por meio de um tra-balho sistemático e progressivo, estamosenviando um sangue muito mais nutriti-vo e oxigenado para todas as células. Oque as pessoas esquecem é que o sangueque abastece o fígado, supre os rins oualimenta o baço, é o mesmo que vai nu-trir o cérebro, fazendo-o mais oxigenadoe evidentemente mais lúcido, mais pro-dutivo, mais vascularizado. Sempre digoque quem diz que a mente é mente, men-te! Corpo é o que ela é. Além deste as-pecto fisiológico, o empurrar de seus li-mites também se toma por si só um tra-balho mental.À medida que o atleta vai ultrapassando

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os obstáculos que criteriosamente vamoscolocando à sua frente, ele vai perceben-do a sua força e resgatando todo o seupoder dado por Deus. Eu presenciei istocentenas, milhares de vezes, é fantásticoeste fenômeno pessoal do "bater-se" eultrapassar-se, do vencer os limites.Quando ele percebe seu corpo transfor-mar-se automaticamente, também vaitransformando sua mente - quem mudaum corpo, muda uma mente. Este embatefabuloso onde ele tem que se auto-supe-rar é o grande momento dele aproximar-se de seu Criador, este resgate profundoe extraordinário o aproxima Dele, torna-o mais próximo e plausível. Integrado aseu corpo, sendo a pessoa seu agentefundamental e não mero expectador dahistória, o faz dimensionado em seu des-tino de vencedor, ligando a sua alma aoseu espírito. Faz do seu corpo a verdadei-ra sede de sua alma, onde mora tranqüi-lo o seu espírito.

RA F Ligiu: Como isto ocorre no seumétodo?

Cob a: No meu método, este resgate detodo o poder tirado do homem por estatríade da anulação, este conjunto formi-dável e destruidor da fann1ia, a Igreja nomeu tempo e nos dias de hoje, a televi-são, mais a escola, concretiza-se pelocorpo de forma marcante e irrecusável,Como a anulação foi realizada de formasubliminar e inconsciente, este resgatedeve ser da mesma forma subliminar.Não adianta falar a ninguém da necessi-dade de se acreditar em suas possibilida-des, nem dizer que ele tem que acreditarem si mesmo, ter coragem e não titu-bear. Saber de cabeça é não saber nada,e nenhuma modificação vai ocorrer, pormais forte que seja a argumentação. Eletom que vivenciar por si próprio estatransformação.No meu método, tudo isto passa pelo seucorpo. Isto tudo vai ser passado a ele deforma marcante e matemática, por meioda extraordinária modificação que ele

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estará realizando em seu organismo, emseu corpo. Esta modificação é tão palpá-vel e real, que ele não a pode ignorar edeve aceitá-la como verdade. E só umamodificação assim tão matemática e real,tão forte e marcante, que pode revertereste terrível processo de anulação, devol-vendo a ele todo este poder de novamen-te acreditar em seus desígnios de perfei-ção como filho de Deus. Por se tratar denúmeros, tudo é palpável e concreto,como a freqüência cardíaca de esforçoque vai diminuindo, a recuperação deesforço que vai se fazendo mais signifi-cativa. São tempos que diminuem, dis-tâncias que aumentam. Ele não pode des-conhecer todas estas transformações quevão lhe dando a idéia concreta de todo oseu poder e de sua colossal força que lhefoi tirada um dia por uma sociedade in-justa e podadora.

RAE Light: Fale-nos sobre alguma ex-periência concreta sobre empresas queestejam desenvolvendo um trabalho demelhoria da qualidade de vida com o seuapoio consultivo. Conte-nos como co-meçou os fatores críticos de sucesso des-se trabalho e QS resultados j á alcançados.

Cobra: A Quaker do Brasil, com sedeem São Paulo, realiza um trabalho con-creto há mais de um ano. Ela tem conse-guido resultados matemáticos na me-lhoria da vida de seus diretores que hojeemprestam a esta empresa um corpo fí-sico com mais energia e vitalidade, umcorpo mental mais lúcido e eficiente eum corpo espiritual mais atento a seudesenvolvimento como um todo con-creto e palpável. É um belo exemplo aser seguido, no qual as pessoas que seenvolveram melhoraram não apenas oseu rendimento fisico, mas também oseu humor, a redução de seu estresse, oenfrentamento positivo e otimista frenteaos infindáveis problemas cotidianos deuma empresa, em um país que passa porturbulência em sua economia. São pes-soas mais saudáveis que se sentem mais

QUALIDADE DE VIDA

encorajadas nesta árdua batalha. É evi-dente que após correrem 10 quilômetrospela manhã tomam-se mais otimistas ecom mais "pique", trazendo evidente-mente mais produtividade à empresacomo um todo, encantadas com a vidamais energética. Mas tudo isto foi con-seguido com muito vagar e critério, elesaprenderam a empurrar Seus limitespara níveis inimagináveis. Tudo istoocorreu de forma gradativa e sistemáti-ca e nunca do dia para a noite. Foi umlongo trabalho de conscientização, ondetodo o mérito foi justamente deles quecolocaram "o pé na estrada" como cos-tumo dizer, executando mesmo o pro-grama, e não ficando apenas na sua filo-sofia. Tudo está no "fazer" eles fizeram

. e colhem já os seus benefícios em todosos campos: no profissional, no familiare, acima de tudo, no pessoal.Um trabalho bonito, apesar de enfocarespecificamente a conscientização, foifeito também no Unibanco com excelen-tes resultados. Em apenas um mês conse-guiram mudar não somente o seu humor,mas também sua configuração geométri-ca. Conseguindo em tão curto espaço detempo ganhar mais vitalidade e energia,além de alegria de viver.Estamos iniciando agora um trabalhosuperestruturado no Polionefinas doGrupo Odebrecht, com excelentes pers-pectivas pela receptividade obtida nãoapenas em nível de diretoria, mas tam-bém com o próprio trabalhador. Este seráo primeiro trabalho realizado em umaempresa com todos os seus funcionáriose constitui-se, sem sombra de dúvida, emum trabalho pioneiro. Digo isto não ape-nas no Brasil, porque iremos desenvol-ver junto ao trabalhador não somente aidéia da verdadeira saúde que obviamen-te não é apenas a ausência de doença,mas o encantamento com a vida. Atravésdo corpo pretendemos chegar à mentedestas pessoas, dotando-as de um enten-dimento adequado de se priorizar, deachar que vale a pena investir no seupotencial de ser>

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