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CONSTITUIÇÃO ANOTADA do Estado do Rio Grande do Sul

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CONSTITUIÇÃO ANOTADAdo Estado do Rio Grande do Sul

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CONSTITUIÇÃO ANOTADAdo Estado do Rio Grande do Sul

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Rio Grande do Sul. Constituição (1989)

Constituição do Estado do Rio Grande do Sul: anotada com pareceres da Procuradoria Geral do Estado do Rio Grande do Sul / Organizado pela Escola Supe-rior de Advocacia Pública da Associação dos Procura-dores do Estado do Rio Grande do Sul. – Porto Alegre: Gráfica Pallotti, 2013.

p.

Atualizada até a Emenda Constitucional n. 66, de 19 de dezembro de 2012.

R585c

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Procuradores do Estado responsáveis pela seleção de pareceres:

Adriana Neumann Ana Cristina Brenner

Daniela Fernanda Costa Daniele Brasil Leripio

Eduardo Cunha da Costa Élder Boschi da Cruz

Fernanda Figueira TonettoGuilherme Valle Brum

Helena Beatriz Cesarino Mendes Coelho Kathia Manegol

Luis Carlos Kothe Hagemann Márcia Regina Lusa Cadore

Max MöllerMelissa Guimarães Castello

Ricardo Antonio Lucas Camargo Ricardo Seibel de Freitas Lima (in memoriam)

Rosa Maria de Campos Aranovich Silvio Guido Fioravante Jardim

Telmo Lemos FilhoRevisor Geral:

Ricardo Antonio Lucas Camargo

REALIZAÇÃO:Gestão ESAPERGS 2008 – 2009

Diretor Presidente: Ana Cristina BrennerDiretor Vice-Presidente: Márcia Regina Lusa Cadore

Diretora Acadêmica: Helena Beatriz Cesarino Mendes Coelho Diretora Financeira: Káthia Menegol,

Diretor Classista: Max Möller

Gestão APERGS 2008-2009Presidente: Fabiana da Cunha BarthVice-Presidente: Telmo Lemos Filho

Gestão ESAPERGS 2010 – 2011Diretor Presidente: Max Möller

Diretor Vice-Presidente: José Hugo Valvírio Castro Ramos Diretora Financeira: Daniela Fernanda Costa,Diretor Acadêmico: Eduardo Cunha da Costa

Diretor Classista: Ernesto José Toniolo

Gestão APERGS 2010-2011Presidente: Telmo Lemos Filho

Vice-Presidente: Fabiana Azevedo da Cunha Barth

Gestão ESAPERGS 2012 – 2013Diretor Presidente: Eduardo Cunha da Costa

Diretor Vice-Presidente: Guilherme Valle Brum Diretora Financeira: Fernanda Figueira Tonetto,

Diretora Acadêmica: Melissa Guimarães CastelloDiretor Classista: Max Möller

Gestão APERGS 2012-2013Presidente: Telmo Lemos Filho

Vice-Presidente: Fabiana Azevedo da Cunha Barth

Projeto Gráfico e Editoração:Fato Positivo Comunicação

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APRESENTAÇÃO

Dentre as atribuições constitucionais exclusivas dos Procuradores do Estado, sem dúvida, a de exercer a consultoria e a orientação jurídica da Administração Pública e a de promover a unificação da jurisprudência administrativa do Estado têm destacado papel para garantir segurança jurídica não apenas aos gestores públicos, mas a toda a sociedade. Essas atribuições ganham ainda maior impor-tância quando a tarefa interpretativa recai sobre as normas da Constituição de nosso Estado.

Por essa razão, a Escola Superior de Advocacia Pública da Associação dos Procu-radores do Estado do Rio Grande do Sul – ESAPERGS, por ocasião do vigésimo aniversário da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, deu início ao pre-sente projeto, no qual se buscou consolidar num só documento os principais pa-receres da Procuradoria-Geral do Estado envolvendo dispositivos da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.

Dessa forma, a presente obra tem por escopo proporcionar a todos que neces-sitem, em suas atividades, especialmente jurídicas, administrativas e políticas, de um instrumento para pesquisa acerca da interpretação e dos efeitos jurídicos das normas da Constituição estadual, elaborado a partir de pareceres da Insti-tuição de Estado encarregada constitucionalmente de prestar a consultoria e a orientação jurídica à Administração Pública estadual.

Registramos a colaboração imprescindível dos colegas Procuradores do Estado que efetuaram a seleção dos pareceres, do importantíssimo trabalho de pesqui-sa realizado pelas colaboradoras Sílvia Titton e Cláudia Polidori, da revisão geral elaborada pelo colega Procurador do Estado Ricardo Antônio Lucas Camargo e do longo trabalho realizado pelas três gestões da ESAPERGS nominadas. Esperamos, sinceramente, que nossa Constituição Estadual anotada seja um útil instrumento para a interpretação e aplicação do texto normativo fundamental de nosso Estado.

Eduardo Cunha da Costa

Diretor-Presidente da ESAPERGS

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Prefácio

A Escola Superior de Advocacia Pública da Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul - ESAPERGS, com o presente livro, traz a lume mais um instrumento a tornar acessív-el a Constituição deste Estado, nos meios jurídicos e judiciários gaúchos e nacionais, bem assim para os cidadãos em geral, pub-licando de forma ordenada a interpretação que lhe tem conferido em seus pareceres, elaborados com saber jurídico e cuidadoso zelo no que concerne aos procedimentos hermenêuticos.

Com efeito, é de ter, desde logo, em conta revestir-se de sig-nificativa importância a divulgação da exegese emprestada pela Procuradoria-Geral do Estado aos textos do direito local, constitu-cionais e de legislação ordinária, em face do disposto nos artigos 132 da Constituição Federal e 115 da vigente Constituição do Es-tado, onde encontra assento maior sua competência, em ordem a, - dentre outras atribuições referentes à representação judicial e à consultoria jurídica do Estado, - “propor orientação jurídico-norma-tiva para a administração pública, direta e indireta”, “pronunciar-se sobre a legalidade dos atos da administração estadual” e “pro-mover a unificação da jurisprudência administrativa do Estado”.

Relativamente ao último item aludido, é de ressaltar que a indispensável uniformidade da jurisprudência, tanto no âmbito jurisdicional, quanto no da administração pública, é questão de relevante importância no Estado democrático de direito, não só na perspectiva da correta e justa aplicação do ordenamento ju-rídico, com o devido respeito ao princípio da igualdade, mas not-adamente com vista à segurança jurídica dos cidadãos.

Cresce de ponto essa observação quando se trata da uni-forme exegese das normas constitucionais, que fundam de ma-

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neira estruturante a ordem jurídica positiva. De fato, se, para os efeitos normativos, não se admite visualizar um Estado abstrato, longe de sua realidade histórica e social, principalmente no in-stante em que se pretende fazer eficaz o conteúdo de seu regra-mento maior, não menos exato é que a aplicação de seu texto no mundo social não pode suceder, de forma exata, sem que antes se compreenda a vontade da Constituição. Essa vontade cumpre ser força ativa a orientar os comportamentos dos cidadãos, bem como das coletividades que integrem, e ainda as diversificadas manifestações do Poder. Diante da constante pretensão à eficá-cia dessa normatividade fundamental e do necessário acatamen-to que há de merecer de todos, em uma convivência democrática, resulta não existir espaço legítimo, sequer para o Poder, no senti-do de opor-se aos ditames da Constituição, mesmo sob invocação de razões tidas como de elevada conveniência oriundas de certa conjuntura político-social, ou ainda de parâmetros novos conce-bidos na antevisão de planos de ação administrativa, se não es-tiverem em linha de conformidade com a Lei Magna aplicável.

Tal consideração é invocável, decerto, em um Estado Fed-eral, como o Brasil, de referência também à Constituição de cada unidade da Federação, o que se evidencia, desde logo, nos pre-ceitos do art. 125 e parágrafo 1º da Lei Maior da República, eis que os Estados-membros se organizam e se regem “pelas Consti-tuições e leis que adotarem”, observados os princípios da Con-stituição Federal, reservando-se-lhes “as competências que não lhes sejam vedadas” pelo Estatuto Supremo.

A análise da Constituição e das leis locais é, destarte, ma-téria a merecer reflexão profunda de todos quantos, no domínio de cada Estado, exercem seus direitos e deveres, bem assim o poder político, com vista a que esse segmento do direito positivo não só guarde consonância com a Constituição e leis federais, mas contribua, por igual, para uma compreensão ampla da or-

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dem jurídica nacional em sua universalidade, aí abrangidos, à evidência, os diversos centros de emanação normativa. Ademais disso, é fora de dúvida que importantes temas jurídicos da atu-alidade possuem, no direito local (estadual e municipal), lugar adequado a tratamento normativo específico e a elaborações doutrinárias. Em verdade, se é procedente que, entre nós, as nor-mas federais de incidência obrigatória nos Estados federados e Municípios, ao traçarem as diretrizes e bases dos institutos mais relevantes da organização político-administrativa da República, alcançam proporções muito amplas na totalidade do ordenamen-to, não menos certo é que ainda sobram e se visualizam espaços significativos à disciplina peculiar dos Estados, conforme cabe concluir do exame atento de diversos capítulos da Constituição estadual, os quais estão desse modo a merecer dedicados estu-dos dos profissionais do direito, assim como a Procuradoria-Geral do Estado, no exercício de sua competência, procede com es-mero, não cabendo, todavia, aqui, oportunidade para enumerar ditos assuntos.

Os Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul, com esta obra, vêm assim ao encontro do louvável esforço de sistematizar e aprofundar estudos sobre o direito positivo de origem estadu-al, contribuindo, de tal maneira, para que se compreenda a tão necessária participação efetiva dos Estados-membros como cen-tros criativos de direito em nosso Estado Federal. É de anotar, por último, que a PGE, em seus quarenta e seis anos de atividade, realiza a função de órgão central de consulta jurídica do Governo do Estado e dos órgãos da Administração estadual. Criada pela Lei estadual nº 4.938, de 25.02.1965, com o nome de Consul-toria-Geral do Estado, e instalada oficialmente em 19 de março do mesmo ano, pelo prestígio que alcançou no seio da Adminis-tração, novas atribuições lhe foram conferidas, especialmente a da representação judicial do Estado, por força da Lei nº 5.898, de 23.12.1969, competência confirmada nas Constituições do

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Estado de 1970 e 1989, passando a denominar-se Procuradoria-Geral do Estado, em face da Emenda Constitucional nº 10, de 1979, à Constituição do Estado de 1970.

Estou certo de que este trabalho logrará plena acolhida nos círculos jurídicos e acadêmicos do Estado e do país, mercê de sua proveniência ilustre, bem como de seu excelente conteúdo doutrinário e jurisprudencial a bem revelar o elevado nível de formação jurídica e profissional dos competentes procuradores desta unidade da Federação.

Porto Alegre, 24 de junho de 2011.

José Néri da SilveiraMinistro aposentado do Supremo Tribunal Federal

Ex-Consultor-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (1965-1967)

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SUMÁRIO

PreÂMBULo ...................................................................................... 15

TÍTULo i ............................................................................................. 15Dos Princípios Fundamentais ..................................................................... 15

TÍTULo ii ............................................................................................ 16Da Organização do Estado .......................................................................... 16CAPÍTULO I - Disposições Preliminares ....................................................... 16CAPÍTULO II - Dos Municípios ...................................................................... 18Seção I - Disposições Gerais ....................................................................... 18Seção II - Da Intervenção............................................................................. 23CAPÍTULO III - Da Região Metropolitana, das Aglomerações Urbanas e das Microrregiões ............................................. 24CAPÍTULO IV - Da Administração Pública .................................................... 25Seção I - Disposições Gerais ....................................................................... 25Seção II - Dos Servidores Públicos Civis ..................................................... 51Seção III - Dos Servidores Públicos Militares ............................................ 87

TÍTULo iii ........................................................................................... 90Da Organização dos Poderes ...................................................................... 90CAPÍTULO I - Do Poder Legislativo ............................................................... 90Seção I - Disposições Gerais ....................................................................... 90Seção II - Das Atribuições da Assembléia Legislativa ............................... 92Seção III - Dos Deputados .........................................................................104Seção IV - Das Comissões .........................................................................105Seção V - Do Processo Legislativo ............................................................ 107Subseção I - Disposição Geral................................................................... 107Subseção II - Da Emenda à Constituição ................................................. 107Subseção III - Das Leis ...............................................................................108Subseção IV - Da Iniciativa Popular ..........................................................115Seção VI - Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária ........... 117CAPÍTULO II - Do Poder Executivo ..............................................................123Seção I - Do Governador e do Vice-Governador .......................................123Seção II - Das Atribuições do Governador ................................................125Seção III - Das Responsabilidades ............................................................132Seção IV - Dos Secretários de Estado ......................................................133

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Seção V - Das Atribuições dos Secretários de Estado .............................135CAPÍTULO III - Do Poder Judiciário .............................................................136Seção I - Disposições Gerais .....................................................................136Seção II - Do Tribunal de Justiça ...............................................................138Seção III - Do Tribunal de Alçada ..............................................................145Seção IV - Dos Juízes de Primeiro Grau ....................................................145Seção V - Da Justiça Militar ....................................................................... 147CAPÍTULO IV - Das Funções Essenciais à Justiça .....................................149Seção I - Do Ministério Público .................................................................149Seção II - Da Advocacia-Geral do Estado ..................................................154Seção III - Da Defensoria Pública ..............................................................162

TÍTULo iV .......................................................................................... 166Da Ordem Pública ...................................................................................... 166CAPÍTULO I - Da Segurança Pública ..........................................................166Seção I - Disposições Gerais ..................................................................... 166Seção II - Da Brigada Militar ......................................................................169Seção III - Da Polícia Civil ............................................................................171Seção IV - Do Instituto-Geral de Perícias .................................................. 172CAPÍTULO II - Da Política Penitenciária ..................................................... 173

TÍTULo V ........................................................................................... 175Das Finanças, da Tributação e do Orçamento ......................................... 175CAPÍTULO I - Do Sistema Tributário ........................................................... 175Seção I - Disposições Gerais ..................................................................... 175Seção II - Dos Impostos do Estado ...........................................................183CAPÍTULO II - Das Finanças Públicas ........................................................ 187Seção I - Disposições Gerais ..................................................................... 187Seção II - Do Orçamento ............................................................................ 187

TÍTULo Vi .......................................................................................... 200Da Ordem Econômica ................................................................................200CAPÍTULO I - Disposições Gerais ...............................................................200CAPÍTULO II - Da Política de Desenvolvimento Estadual e Regional ....... 214CAPÍTULO III - Da Habitação ...................................................................... 219CAPÍTULO IV - Da Política Urbana .............................................................. 221CAPÍTULO V - Dos Transportes...................................................................223CAPÍTULO VI - Da Política Agrícola e Fundiária .........................................226

TÍTULo Vii ......................................................................................... 234Da Segurança Social ..................................................................................234Capítulo I - Disposições Gerais ..................................................................234

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Capítulo II - Da Educação, da Cultura, do Desporto, da Ciência e Tecnologia, da Comunicação Social e do Turismo .............236Seção I - Da Educação ...............................................................................236Seção II - Da Cultura .................................................................................. 247Seção III - Do Desporto .............................................................................. 251Seção IV - Da Ciência e Tecnologia ...........................................................252Seção V - Da Comunicação Social ............................................................253Seção VI - Do Turismo ................................................................................255Capítulo III - Da Saúde e do Saneamento Básico ....................................256Seção I - Da Saúde .....................................................................................256Seção II - Do Saneamento Básico ............................................................. 261Capítulo IV - Do Meio Ambiente .................................................................263Capítulo V - DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DOS JOVENS, DO IDOSO, DOS ÍNDIOS E DA DEFESA DO CONSUMIDOR ........ 270Seção I - Da Família, da Criança, do Adolescente, da Juventude e do Idoso............................................................................ 270Seção II - Dos Índios .................................................................................. 273Seção III - Da Defesa do Consumidor ....................................................... 275

Título Viii.......................................................................................... 277Disposição Final ......................................................................................... 277ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS ..................... 278EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 1 ...............................................................293EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 2 ...............................................................294EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 3 ...............................................................295EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 4 ...............................................................296EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 5 ............................................................... 297EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 6 ...............................................................298EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 7 ...............................................................299EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 8 ...............................................................300EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 9 ............................................................... 301EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 10.............................................................302EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 11 ............................................................303EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 12 ............................................................304EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 13 ............................................................ 307EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 14.............................................................308EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 15 ............................................................309EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 16............................................................. 310EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 17 ............................................................. 312EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 18 ............................................................ 313EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19 ............................................................ 314EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20 ............................................................ 316

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EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 21............................................................. 317EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 22 ............................................................ 318EMENDA CONSTITUCIONAL N° 23 ...........................................................320EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 24 ............................................................. 321EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 25 ............................................................322EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 26 ............................................................323EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 27 ............................................................. 324EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 28 ............................................................325EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29 ............................................................ 327EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 30 ............................................................328EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 31 .............................................................330EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 32 ............................................................ 331EMENDA CONSTITUCIONAL N° 33 ...........................................................332EMENDA CONSTITUCIONAL N° 34 ...........................................................333EMENDA CONSTITUCIONAL N° 35 ...........................................................334EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 36 ............................................................335EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 37 .............................................................336EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 38 ............................................................ 337EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 39 ............................................................338EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 40 ............................................................339EMENDA CONSTITUCIONAL N° 41 ............................................................340EMENDA CONSTITUCIONAL N° 42 ........................................................... 341EMENDA CONSTITUCIONAL N° 43 ...........................................................342EMENDA CONSTITUCIONAL N° 44 ...........................................................343EMENDA CONSTITUCIONAL N° 45 ...........................................................344EMENDA CONSTITUCIONAL N° 46 ...........................................................345EMENDA CONSTITUCIONAL N° 47 ............................................................346EMENDA CONSTITUCIONAL N° 48 ........................................................... 347EMENDA CONSTITUCIONAL N° 49 ...........................................................348EMENDA CONSTITUCIONAL N° 50 ...........................................................349EMENDA CONSTITUCIONAL N° 51 ............................................................352EMENDA CONSTITUCIONAL N° 52 ...........................................................353EMENDA CONSTITUCIONAL N° 53 ...........................................................354EMENDA CONSTITUCIONAL N° 54 ...........................................................355EMENDA CONSTITUCIONAL N° 55 ...........................................................356EMENDA CONSTITUCIONAL N° 56 ........................................................... 357EMENDA CONSTITUCIONAL N° 57 ............................................................358EMENDA CONSTITUCIONAL N° 58 ...........................................................359EMENDA CONSTITUCIONAL N° 59 ...........................................................360EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 60 ............................................................ 361EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 61 .............................................................362EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62 ............................................................363

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EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 63 ............................................................364EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 64 ............................................................364EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 65 ...........................................................365EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 66 ...........................................................366

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo Rio-Grandense, com os poderes constituin-tes outorgados pela Constituição da República Federativa do Brasil, vol-tados para a construção de uma sociedade fundada nos princípios da so-berania popular, da liberdade, da igualdade, da ética e do pleno exercício da cidadania, em que o trabalho seja fonte de definição das relações so-ciais e econômicas, e a prática da democracia seja real e constante, em for-mas representativas e participativas, afirmando nosso compromisso com a unidade nacional, a autonomia política e administrativa, a integração dos povos latino-americanos e os elevados valores da tradição gaúcha, pro-mulgamos, sob a proteção de Deus, esta Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.

TÍTULO IDOS PRIncíPIOS FUnDaMEntaIS

Art. 1º - O Estado do Rio Grande do Sul, integrante com seus Municípios, de forma indissolúvel, da República Federativa do Brasil, proclama e adota, nos limites de sua autonomia e competência, os prin-cípios fundamentais e os direitos individuais, coletivos, sociais e políticos universalmente consagrados e reconhecidos pela Constituição Federal a todas as pessoas no âmbito de seu território.

Art. 2º - A soberania popular será exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;II - referendo;III - iniciativa popular.

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constituição do estado do rio grande do sul

TÍTULO IIDa ORganIzaçãO DO EStaDO

CAPÍTULO IDISPOSIçõES PRELIMInaRES

Art. 3º - É mantida a integridade do território do Estado.Art. 4º - A cidade de Porto Alegre é a capital do Estado, e nela os

Poderes têm sua sede.Art. 5º - São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre

si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Parecer 10134 Ementa: MUNICÍPIO DE PALMARES DO SUL. VEREADOR. FUN-ÇÕES DE ASSESSORAMENTO NO EXECUTIVO. O Princípio Constitu-cional da Separação dos Poderes (CF, art. 2º; CE, art. 5º) impede que o Vereador desempenhe SIMULTANEAMENTE funções de assessoramento no EXECU-TIVO LOCAL, ainda que inexista incompatibilidade de horários.Parecer 11502 Ementa: Conselho Penitenciário do Estado do Rio Grande do Sul. Órgão de Execução da Pena. Lei de Execução Penal. Juízo da Vara das Execuções Crimi-nais. Princípio da independência e da harmonia entre os Poderes.)Pareceres- 10079 – 8405- 8363 OJN

Parágrafo único - É vedado a qualquer dos Poderes delegar atri-buições, e ao cidadão investido em um deles, exercer função em outro, sal-vo nos casos previstos nesta Constituição.

Art. 6º - São símbolos do Estado a Bandeira Rio-Grandense, o Hino Farroupilha e as Armas, tradicionais.**

Parágrafo único - O dia 20 de setembro é a data magna, sendo considerado feriado no Estado.***

NR dada pela Emenda Constitucional nº 11, de 03/10/95.*

**(Ver ADIn 3037- Em julgamento)

Art. 7º - São bens do Estado:****(Ver ADIn 3037- Em julgamento)

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

I - as terras devolutas situadas em seu território e não compreendi-das entre as da União;

II - os rios com nascente e foz no território do Estado;III - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e

em depósito, ressalvadas neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União, situadas em terrenos de seu domínio;

IV - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União, inclusi-ve as situadas em rios federais que não sejam limítrofes com outros países, bem como as situadas em rios que constituam divisas com Estados limí-trofes, pela regra da acessão;

V - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem sob seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, dos Municípios ou de terceiros;

VI - os terrenos marginais dos rios e lagos navegáveis que correm ou ficam situados em seu território, em zonas não alcançadas pela influ-ência das marés;

VII - os terrenos marginais dos rios que, embora não navegáveis, porém caudais e sempre corredios, contribuam com suas águas, por con-fluência direta, para tornar outros navegáveis;

VIII - a faixa marginal rio-grandense e acrescidos dos rios ou tre-chos de rios que, não sujeitos à influência das marés, divisem com Esta-do limítrofe;

IX - os bens que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

X - as terras dos extintos aldeamentos indígenas;**

**(ADIn 255)- 18/12/2007 - Data de Publicação da Decisão Final-Pen-dente em 03-04-09)

XI - os inventos e a criação intelectual surgidos sob remuneração ou custeio público estadual, direto ou indireto.

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constituição do estado do rio grande do sul

CAPÍTULO IIDOS MUnIcíPIOS

SeçãO IDISPOSIçõES gERaIS

Art. 8º - O Município, dotado de autonomia política, administra-tiva e financeira, reger-se-á por lei orgânica e pela legislação que adotar, observados os princípios estabelecidos na Constituição Federal e nesta Constituição.

§ 1º - O território do Município poderá ser dividido em distritos e subdistritos, criados, organizados e extintos por lei municipal, observada a legislação estadual.

Parecer 10133Ementa: CÂMARA MUNICIPAL DE PALMARES DO SUL. DISTRI-TO. CRIAÇÃO. PLEBISCITO. Inexistência de obrigatoriedade de realização de PLEBISCITO para a CRIAÇÃO DE DISTRITO MUNICIPAL, face aos termos das Constituições Federal e Estadual e da legislação vigente em nosso Es-tado.)

§ 2º - A sede do Município lhe dá o nome.Art. 9º - A criação, incorporação, fusão ou desmembramento de

Municípios, far-se-ão por lei estadual.**NR dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 05/11/97.*Vide LEC nº 9.070/90 alterada pelas LECs nºs 9.089/90 e 10.790/96.

Parecer 15321Ementa: CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL. CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. 1. INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR FEDERAL PREJUDICIAL À EDIÇÃO DE LEI ESTADUAL. 2. EXAME DO PROJETO. RECOMENDAÇÕES A SEREM ULTERIORMENTE OBSERVADAS.Parecer 13414Ementa: MUNICÍPIO - CRIAÇÃO - RETIFICAÇÃO DE LIMITES - A Informação nº 12/01-GAB- Ricardo Camargo adota a tese segundo a qual “ten-do o Supremo Tribunal Federal se pronunciado, pela primeira vez, sobre o tema da impossibilidade ou possibilidade da criação de Municípios após a Emenda Cons-titucional nº 15, de 1996, por ocasião do julgamento, em 20 de junho de 2001, da medida cautelar na ação direta de inconstitucionalidade 2.381, relatada pelo Min. Sepúlveda Pertence, adotando entendimento oposto ao estampado na Informação nº 9/01 - GAB - Ricardo Camargo, é um dever a adequação dos pronunciamen-

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tos da Casa aos daquela Corte, a quem a Constituição atribuiu a incumbência de dizer qual o sentido de suas normas, em caráter definitivo. A Constituição é o que o Supremo Tribunal Federal diz que ela é. Procede-se, assim, à revisão, passando--se a adotar o entendimento segundo o qual somente em sobrevindo lei comple-mentar federal será possível proceder a novas emancipações.” A retificação topo-nímica dos limites do Município somente pode ser feita por lei dispensando a rea-lização de plebiscito quando não implicar alteração substancial. Havendo dúvidas sobre implicar ou não tal alteração, o remédio apropriado é a ação declaratória, de acordo com a doutrina e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. A altera-ção substancial de limites somente será possível mediante consulta plebiscitária. E, de acordo com o decidido pelo Supremo Tribunal Federal, somente com a su-perveniência da Lei Complementar nacional é que tal consulta se poderá realizar.Parecer 10133Ementa: CÂMARA MUNICIPAL DE PALMARES DO SUL. DISTRITO. CRIAÇÃO. PLEBISCITO. Inexistência de obrigatoriedade de realização de PLEBISCITO para a CRIAÇÃO DE DISTRITO MUNICIPAL, face aos ter-mos das Constituições Federal e Estadual e da legislação vigente em nosso Estado.Parecer 9721Ementa: Município de VALE REAL. MUNICÍPIO. EMANCIPAÇÃO. Se o território do Município emancipado é constituído de áreas originárias de dois ou mais Municípios, o requerimento que dá início ao processo de Emancipação deve ser subscrito por eleitores residentes e domiciliados em cada uma das áreas dos Municípios de origem, na forma prescrita pelo artigo , parágrafo 1ºda Lei Com-plementar estadual nº 9.070/90, pena de nulidade do processo em relação a área que não foi representada, nem ouvida.

Art. 10 - São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, exercido pela Câmara Municipal, e o Executivo, exercido pelo Prefeito.

Art. 11 - A remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereado-res será fixada pela Câmara Municipal, em cada legislatura para a subse-qüente, em data anterior à realização das eleições para os respectivos car-gos, observado o que dispõe a Constituição Federal.***

*(ADIn 2680- PAUTA PUBLICADA NO DJ – PLENO)

Parecer 8377Ementa: LEI ORGÂNICA - PODE SER PREVISTO O DIREITO AO PREFEITO DE UMA 13ª REMUNERAÇÃO NO MÊS DE DEZEMBRO, E ACRÉSCIMO DE 1/3 NOS PERÍODOS DE FÉRIAS, CONSIDERADA A UNIVERSALIDADE E PERENIDADE QUE DECORRE DA NATU-REZA CONSTITUCIONAL DESSAS VANTAGENS. VANTAGENS ES-TATUTÁRIAS LOCAIS, PORÉM, NÃO SE ADEQUAM, POR FALTAR--LHES AQUELAS QUALIFICAÇÕES, A NATUREZA ORGANIZACIO-NAL DA LEI ORGÂNICA. A EXECUTORIEDADE DE NORMAS DE

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constituição do estado do rio grande do sul

NATUREZA REMUNERATÓRIA, INSERIDAS NA LEI ORGÂNICA, SOMENTE SERÁ POSSÍVEL NA LEGISLATURA SEGUINTE A DA SUA PROMULGAÇÃO. PREFEITO - SUBSÍDIOS.

Art. 12 - Às Câmaras Municipais, no exercício de suas funções legislativas e fiscalizadoras, é assegurada a prestação de informações que solicitarem aos órgãos estaduais da administração direta e indi-reta situados nos Municípios, no prazo de dez dias úteis a contar da data da solicitação.**

**(ADIn 1001- improcedente- 12/03/2003 BAIXA AO ARQUIVO DO STF)

**(ADIn 2680-PAUTA PUBLICADA NO DJ – PLENO)

Parecer 8570Ementa: CÂMARAS MUNICIPAIS. COMPETÊNCIA DAS CÂMARAS MUNICIPAIS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES LEGISLATIVAS E FISCALIZADORAS. ARTIGO 12 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE 1989. EXTENSÃO E CONTEÚDO. CÂMARA MUNICIPAL - PEDI-DO DE INFORMAÇÃO. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 12.Parecer 9601Ementa: CÂMARAS MUNICIPAIS. DIREITO A INFORMAÇÕES DE ÓRGÃOS ESTADUAIS. INTERPRETAÇÃO DO ART. 12 DA CONSTI-TUIÇÃO DO ESTADO. O DIREITO A INFORMAÇÕES conferido pelo art. 12 da Constituição do Estado as Câmaras de Vereadores em relação aos ór-gãos estaduais da Administração Direta e Indireta está subordinado a duas (2) condicionantes: (1ª) que o órgão estadual esteja localizado na área geográfica do município cujo Legislativo pede as informações; (2ª) que o teor ou a justificativa das informações solicitadas evidenciem a pertinência das mesmas com as funções legislativa ou fiscalizadora da Câmara Municipal requerente.Parecer 9746Ementa: CÂMARA MUNICIPAL DE VIAMÃO. DIREITO A INFORMA-ÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL (FEBEM). Inexis-te OBRIGATORIEDADE de a Administração Pública Estadual fornecer IN-FORMAÇÕES, quando o interessado não houver demonstrado sua LEGITI-MAÇÃO em relação ao requerido, ou seja, não tiver justificado ou motivado o pedido. FACULDADE de fornecê-las, no entanto, ao seu alvedrio, desde que não se trate de SITUAÇÕES ADMINISTRATIVAS SUBJETIVAS DE TER-CEIROS, porque a estas protege a garantia constitucional do artigo, inciso X, da Constituição da República.)

Art. 13 - É competência do Município, além da prevista na Cons-

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tituição Federal e ressalvada a do Estado:I - exercer o poder de polícia administrativa nas matérias de inte-

resse local, tais como proteção à saúde, aí incluídas a vigilância e a fisca-lização sanitárias, e proteção ao meio-ambiente, ao sossego, à higiene e à funcionalidade, bem como dispor sobre as penalidades por infração às leis e regulamentos locais;

Parecer 9098Ementa: Inconstitucionalidade da cobrança de Taxa de serviços diversos - servi-ços de Segurança Pública - sobre eventos esportivos/culturais futebol/shows, em estádios ou prédios cobertos, bem como para realização de bailes públicos ou po-pulares (Lei Estadual nº 8.109 de 19 de dezembro de 1985, com as alterações da Lei Estadual nº 9.223, de 25 de janeiro de 1991).

II - dispor sobre o horário e dias de funcionamento do comércio lo-cal e de eventos comerciais temporários de natureza econômica;*

*NR dada pela Emenda Constitucional n.º 58, de 31/3/10. III - regular o tráfego e o trânsito nas vias públicas municipais, aten-

dendo à necessidade de locomoção das pessoas portadoras de deficiência;IV - dispor sobre autorização, permissão e concessão de uso dos

bens públicos municipais;

Parecer 8482Ementa: USO ESPECIAL DE BEM IMÓVEL. - AUTORIZAÇÃO LE-GISLATIVA PARA NEGOCIAÇÃO POR CONTRATO DE COMODA-TO. - UTILIZAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS POR MAIS ADEQUADOS A NEGOCIAÇÃO ENTRE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E OS ADMINISTRADOS. - APLICAÇÃO DE PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: MORALIDADE E LICITAÇÃO. BENS PÚBLI-COS - AUTORIZAÇÃO DE USO. COMODATO.)

V - promover a proteção ambiental, preservando os mananciais e coi-bindo práticas que ponham em risco a função ecológica da fauna e da flo-ra, provoquem a extinção da espécie ou submetam os animais à crueldade;

VI - disciplinar a localização, nas áreas urbanas e nas proximidades de culturas agrícolas e mananciais, de substâncias potencialmente perigosas;

VII - promover a coleta, o transporte, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos domiciliares e de limpeza urbana;

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Parecer 9867Ementa: CÂMARA MUNICIPAL DE BUTIÁ. CONSULTA SOBRE A CONSTITUCIONALIDADE DE PROJETO DE LEI DE ORIGEM LEGISLATIVA A RESPEITO DE MATÉRIA A SEGUIR ABORDA-DA. A instalação obrigatória das LIXEIRAS no passeio público por parte de proprietários de IMÓVEIS NÃO RESIDENCIAIS, como MEDIDA DE SALUBRIDADE PÚBLICA (higiene dos logradouros), para recolhimento de lixo exclusivo do estabelecimento, e OBRIGAÇÃO POSITIVA que en-contra seu fundamento de validade no PODER DE POLÍCIA MUNICI-PAL. A instalação obrigatória das lixeiras no passeio público destinadas ao recolhimento de lixo deixado pelos transeuntes dos passeios públicos, carac-teriza uma obrigação de dar (requisição de bens) que se incompatibiliza com a cobrança da Taxa de lixo e limpeza urbana.)

VIII - fomentar práticas desportivas formais e não-formais.IX - promover a acessibilidade nas edificações e logradouros de uso

público e seus entornos, bem como a adaptação dos transportes coletivos, para permitir o acesso das pessoas portadoras de deficiências ou com mo-bilidade reduzida.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 56, de 03/04/08.Art. 14 - Os Municípios que não possuírem sistema próprio de

previdência e saúde poderão vincular-se ao sistema previdenciário estadu-al, nos termos da lei, ou associar-se com outros Municípios.*

*Regulamentado pela Lei n. 9492/92 - alterada pela Lei 10095/94.Parecer 8769Ementa: SERVIDORES MUNICIPAIS. PREVIDÊNCIA SOCIAL. - SIS-TEMA PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA: APOSENTADORIA E PENSÃO “POST MORTEM”; -RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÃO PRE-VIDENCIÁRIA DE SERVIDORES EM CARGOS COMISSIONADOS: CARGO EM COMISSÃO OU SECRETÁRIO MUNICIPAL; -CONTRI-BUIÇÃO PARA CUSTEIO POR SERVIDOR E DESCONTO EM FO-LHA. Parecer 8763Ementa: SERVIDORES MUNICIPAIS. PREVIDÊNCIA SOCIAL. -SIS-TEMA PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL: APOSENTADORIA E PENSÃO “POS MORTEM”; -RECOLHIMENTO DE CONTRIBUI-ÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE SERVIDORES EM CARGOS COMISSIO-NADOS: CARGOS EM COMISSÃO OU SECRETÁRIOS MUNICIPAIS; -CONTRIBUIÇÃO PARA O FGTS: REGIME DA CLT. PREVIDÊNCIA SOCIAL. FUNDO DE GARANTIA.Parecer 10067Lei Federal nº 8.647/93, sua eficácia no âmbito da órbita estadual e municipal. Ratificação do Parecer 9816. Entendimento da expressão “sistema de previdên-cia próprio”.) Regulamentado pela Lei nº 9.492, de 07/01/92, alterada pela Lei nº 10.095/94.

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SeçãO IIDa IntERvEnçãO

Art. 15 - O Estado não intervirá nos Municípios, exceto quando:I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos

consecutivos, a dívida fundada;II - não forem prestadas contas na forma da lei;III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal

na manutenção e desenvolvimento do ensino;IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para pro-

ver a execução de lei, de ordem ou decisão judicial, e para assegurar a ob-servância dos seguintes princípios:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;b) direitos da pessoa humana;c) probidade administrativa.

§ 1º - A intervenção no Município dar-se-á por decreto do Governador:a) de ofício, ou mediante representação de dois terços da Câ-

mara Municipal, ou do Tribunal de Contas do Estado, nos casos dos incisos I, II e III;

b) mediante requisição do Tribunal de Justiça, no caso do inciso IV.

§ 2º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o pra-zo e as condições de execução e, se couber, nomeará interventor, será sub-metido, no prazo de vinte e quatro horas, à apreciação da Assembléia Le-gislativa, a qual, se não estiver reunida, será convocada extraordinariamen-te, no mesmo prazo.

§ 3º - No caso do inciso IV, dispensada a apreciação da Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impug-nado, se esta medida bastar ao restabelecimento da normalidade.

§ 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

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CAPÍTULO IIIDa REgIãO MEtROPOLItana,

DaS agLOMERaçõES URBanaS E DaS MIcRORREgIõES

Art. 16 - O Estado, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de seu interesse e de Municípios li-mítrofes do mesmo complexo geoeconômico e social poderá, median-te lei complementar, instituir região metropolitana, aglomerações ur-banas e microrregiões.*

*Regulamentado pela LEC nº 11.740, de 13.01.02 *Vide as LECs nºs 9.184/90, 10.234/94 , 10.335/94, 11.198/98, 11.201/98,

11.307/99, 11.340/99, 11.530/00, 11.539/00, 11.645/01, 11.876/02, 11.974/03 e 12.100/04.

*Vide o parágrafo único do art. 2º do ADCT.

§ 1º - O Estado poderá, mediante lei complementar, com os mes-mos fins, instituir, também, redes de Municípios, ainda que não limítrofes.*

§ 2º - Cada região metropolitana, aglomeração urbana, microrre-gião ou rede de Municípios disporá de órgão de caráter deliberativo, com atribuições e composição fixadas em lei complementar.

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 13/12/01.

§ 3º - Para o atingimento dos objetivos de que tratam este artigo e seus parágrafos, serão destinados, obrigatoriamente, os recursos financei-ros necessários e específicos no orçamento do Estado e dos Municípios.

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 28, de 13/12/01.

Parecer 13741Ementa: FUNDURBANO/RS - O Fundo de Investimentos Urbanos instituído por lei estadual, voltado ao financiamento do desenvolvimento urbano, não está com a sua execução bloqueada pelo artigo 35 da Lei Complementar 101 de 2000, quando se tra-te de ações que não pressuponham a realização de operações financeiras ou de contra-tos celebrados antes de o diploma nacional entrar em vigor.Parecer 11298 Ementa: REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE. INCLUSÃO DE NOVOS MUNICÍPIOS. A inclusão de novos municípios no rol estabelecido pelo art. 2º do ADCT da Constituição do Estado há de ser feito necessariamente através de LEI COMPLEMENTAR, precedida de APROVAÇÃO da Câmara Mu-nicipal respectiva, mesmo quando se trate de município EMANCIPADO de outro já integrante da REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE.

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Art. 17 - As leis complementares previstas no artigo anterior só te-rão efeitos após a edição da lei municipal que aprove a inclusão do Muni-cípio na entidade criada.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 13/12/01.*Regulamentado pela LEC nº 11.740, de 13/01/02.*Vide as LECs nºs 12.233/05, e 12.281/05.

Art. 18 - Poderão ser instituídos órgãos ou entidades de apoio téc-nico de âmbito regional para organizar, planejar e executar integradamen-te as funções públicas de interesse comum.*

*Regulamentado pela LEC nº 11.740, de 13/01/02.

CAPÍTULO IVDa aDMInIStRaçãO PúBLIca

SeçãO IDISPOSIçõES gERaIS

Art. 19 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos municípios, visando à promoção do bem públi-co e à prestação de serviços à comunidade e aos indivíduos que a compõe, observará os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade, da legitimidade, da participação, da razoabilidade, da eco-nomicidade, da motivação e o seguinte:*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 7, de 28/06/95.*Vide a LEC nº 11.088/98, e a Lei nº 12.697, de 04/05/07.

Parecer 14969Ementa: CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA. EXAME DE ASPEC-TOS PERTINENTES AO PAGAMENTO DE JETONS AOS CONSE-LHEIROS.Parecer 14880 OJNEmenta: COMPANHIA ESTADUAL DE SILOS E ARMAZÉNS - CESA. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO. A DITA TERCEIRIZAÇÃO DOS SERVIÇOS É ATIVIDADE LÍCITA, DESDE QUE ATENDIDAS AS PRESCRIÇÕES LEGAIS E REGULAMENTARES. O MINISTÉRIO PÚ-BLICO DO TRABALHO TEM DENTRE SUAS RELEVANTES ATRI-BUIÇÕES GARANTIR A OBSERVÂNCIA E O RESPEITO AOS DIREI-TOS DOS TRABALHADORES, AOS QUAIS NÃO É PROIBIDO CE-

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LEBRAR CONTRATOS DE TRABALHO COM PESSOAS JURÍDICAS QUE TENHAM POR FINALIDADE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. A CONTRATAÇÃO DE COOPERATIVAS PARA A PRESTAÇÃO DE SER-VIÇOS PELA VIA UNIVERSAL DA LICITAÇÃO - TAMBÉM NÃO LE-GALMENTE VEDADA - MERECE O CONTROLE, A FISCALIZAÇÃO E A PRUDÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, SUJEITA AO CRI-VO OBJETIVO DOS MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL SEM-PRE QUE PROCEDER COMPROVADAMENTE DE FORMA CON-TRÁRIA À ORDEM LEGAL. NÃO PODE, CONTUDO, A ATIVIDADE PÚBLICA - ASSIM COMO A ATIVIDADE DE INICIATIVA PRIVADA - SER PAUTADA GENÉRICA E GLOBALMENTE PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, NÃO OBSTANTE A SUA RELEVÂNCIA INSTITUCIONAL E SUA NOBRE COMPETÊNCIA.Parecer 14795Ementa: SSP. SERVIDOR POLICIAL CIVIL. ACIDENTE EM SERVIÇO. LAUDO MÉDICO. ÓRGÃO COMPETENTE.Parecer 14773Ementa: SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HU-MANOS. DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO - DETRAN/RS. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. VALE-TRANSPOR-TE. INDENIZAÇÃO. RESTRIÇÕES. CRITÉRIOS QUE NÃO CONTRA-RIEM O ORDENAMENTO JURÍDICO. DISTÂNCIA MÁXIMA. Decreto Estadual nº 35.994, de 25 de maio de 1995. Modelo Padrão de Edital de Licita-ção e Termo de Contrato de Prestação de Serviços Contínuos.Parecer 14728Ementa: ANÁLISE DE CONTRATAÇÃO E PRIMEIRO TERMO ADI-TIVO A CONTRATO EFETIVADO ENTRE A CEEE - COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA-, AES SUL DISTRIBUIDO-RA GAÚCHA DE ENERGIA S/A, RIO GRANDE ENERGIA S/A E A UNIÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA, MANTENE-DORA DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRAN-DE DO SUL. EVIDENCIADOS DIVERSOS ASPECTOS QUE DESBOR-DAM DA LEGALIDADE, COMPETE AO ENTE PÚBLICO SANEAR O PROCEDIMENTO ANTES DA ASSINATURA DO PRIMEIRO TER-MO ADITIVO COM VISTA AO CORRETO CUMPRIMENTO DOS MANDAMENTOS LEGAIS. NECESSIDADE DE INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PARA DIRIMIR RESPONSA-BILIDADES COM RELAÇÃO ÀS IRREGULARIDADES FLAGRADAS. APROVEITAMENTO DO PROCEDIMENTO SE EVIDENCIADA POS-SÍVEL A SUA CONVALIDAÇÃO EM VISTA DA PRESENÇA DE TER-CEIROS DE BOA-FÉ, INTERESSE PÚBLICO NA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO CONTRATUAL E NA PRESERVAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA QUE DEVE NORTEAR AS ATIVIDADES DOS ENTES PÚBLICOS.Parecer 14707Ementa: DISPENSA DE LICITAÇÃO. PROCERGS. ARTIGO 24, INCISO XVI, DA LEI Nº 8.666/93. INFORMATIZAÇÃO CARTORÁRIA DAS DE-LEGACIAS DA POLÍCIA CIVIL. INFRA-ESTRUTURA LÓGICA, ELÉ-

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TRICA E DE TELECOMUNICAÇÕES. SERVIÇOS DE INFORMÁTICA. DEFINIÇÃO.Parecer 14657Ementa: SERVIDOR CELETISTA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA OU INDIRETA. ATRIBUIÇÃO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA SOB A FORMA DE COMISSIONAMENTO CELETISTA. VIABILIDADE. IN-TERPRETAÇÃO DO Parecer 14.321/05.Parecer 14652Ementa: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. EXPLORAÇÃO DE ES-TAÇÃO RODOVIÁRIA. I. CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. INEXISTÊNCIA DE LICITAÇÃO. NULIDADE. II. PERMISSÃO DE USO DE BEM PÚBLICO. OUTORGA DIRETA. INVIABILIDADE.III. INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE CONTROLE DE LEGALI-DADE SUGERIDO.Parecer 14633Ementa: EXTINTA CINTEA. TRANSFERÊNCIA DE IMÓVEL A MUNICÍPIO. DOAÇÃO OU CEDÊNCIA DE DIREITOS POSSESSÓ-RIOS. CONSIDERAÇÕES.Parecer 14589Ementa: Servidor Estadual. Entidade Sindical. Mandato Classista. Licença. Lei 9073/90. Interpretação Restritiva. Representatividade. Número de dis-pensas. Constituição Federal. Unicidade Sindical. Princípio da Razoabilida-de. Preservação do Interesse Público.Parecer 14586Ementa: SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS E HIDROVIAS. CON-TRATO DE SERVIÇOS DE DRAGAGEM DO CANAL DA FEITORIA NA LAGOA DOS PATOS: ATRASO NO CUMPRIMENTO DA AVEN-ÇA, PELA CONTRATADA. IMPOSIÇÃO DE MULTA CONTRATUAL: PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PARA APURAÇÃO DA FALTA. VALOR DA MULTA.Parecer 14542Ementa: A incapacidade parcial do servidor e a delimitação de funções pelo DMEST. Necessária preservação da capacidade para desempenho das atribui-ções essenciais ao cargo no retorno do servidor à atividade. Revisão do Parecer nº 13.260/02.Parecer 14485Ementa: SERVIDOR APOSENTADO. PROFESSOR. GRATIFICAÇÃO DE DIRETOR DE ESCOLA. TRIÊNIOS. BASE DE CÁLCULO. PRES-CRIÇÃO.Parecer 14464Ementa: FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALE-GRE. CONCURSO PÚBLICO REALIZADO NA VIGÊNCIA DAS RE-SOLUÇÕES Nº 188/82 E 269/88. NOMEAÇÃO PARA OS CARGOS CRIADOS PELA LEI Nº 12.404/05. POSSIBILIDADE.Parecer 14461Ementa: INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. TERMO DE ACOR-DO PREEXISTENTE A LASTREAR HIPOTÉTICA INVIABILIDA-DE DE COMPETIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE ABSOLUTA DE PER-

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FECTIBILIZAR A ALMEJADA CONTRATAÇÃO DIRETA - E OU-TRAS QUE DAQUELE TERMO PUDESSEM EMERGIR -, PENA DE VULNERAÇÃO A PRINCÍPIOS VETORES DA ATIVIDADE ADMI-NISTRATIVA. LICITAÇÃO QUE SE IMPÕE.Parecer - 14443Ementa-CRM. Sociedade de Economia Mista.Incorporação de vantagem. Em-pregado cedido à Administração direta. Convenção Coletiva. LC 10098/94.Parecer 14423Ementa: CONTRATO ADMINISTRATIVO. ALTERAÇÕES QUANTI-TATIVAS E QUALITATIVAS. LIMITES DE VALOR. EXEGESE DO AR-TIGO 65, PARÁGRAFOS 1º E 2º DA LEI Nº 8666/93Parecer 14391Ementa: DETRAN. AGERGS. NATUREZA JURÍDICA DAS ATIVIDADES CONCERNENTES A REMOÇÃO, DEPÓSITO E GUARDA DE VEÍCU-LOS AUTOMOTORES DECORRENTES DE INFRAÇÕES DE TRÂN-SITO, ILÍCITOS PENAIS E ACIDENTES DE TRÂNSITO DE COMPE-TÊNCIA DO ESTADO. CONSEQÜÊNCIAS.Parecer 14117Ementa: Exame da possibilidade jurídica de proceder alteração de contrato fir-mado entre a CEEE e o SENERGISUL, após regular procedimento licitatório, na modalidade de pregão. Ausência de demonstração de que a situação fática pos-sa ser enquadrada em uma das hipóteses do art. 65 da Lei nº 8.666/93, especial-mente em razão de não haver necessidade de substituição das especificações técni-cas originalmente previstas e incorporadas ao objeto contratual. As modificações contratuais, de regra, devem observar os limites previstos no § 1º do aludido art. 65, os quais somente poderão ser superados, excepcionalmente, em caso de altera-ção qualitativa do objeto contratual, nos termos da orientação firmada pelo Tribu-nal de Contas da União e seguida pela doutrina especializada (decisão nº 215/99). Não configuração de fatos que possam embasar, nos termos dos arts. 78 e 79 da Lei nº 8.666/93, a rescisão do contrato firmado, ainda que de modo amigável, em face da inexistência de razões a motivar eventual opção. Situação que aconselha a manutenção da avença e o prosseguimento da execução contratual.Parecer Nº 14057Ementa: PREGÃO. Lei nº 10.520/2002. Desclassificação de licitantes. Nego-ciação com a única empresa remanescente, que não participou da sessão de lan-ces. Preço superior ao cotado pela primeira empresa preliminarmente classifica-da e que restou afastada por desatender requisitos técnicos. Recusa da licitante em baixar sua proposta ao valor da primeira classificada. Necessidade de avaliação da vantajosidade da proposta. Estando esta compatível com os preços de merca-do, não há o que se cogitar, por tal motivação, de revogação ou de considerar a li-citação fracassada. Cabíveis, no entanto, estas medidas, constatando-se a possibi-lidade de aquisição do mesmo bem por preço inferior. De qualquer forma, o pre-ço aceitável não guarda, necessariamente, vinculação com o menor preço ofertado por empresa desclassificada.Parecer 13612Ementa: CONTRATAÇÃO DIRETA AMPARADA NO ART.24, IV, DA LEI Nº 8.666/93, PARA PROCEDER, EM CARÁTER EMERGEN-CIAL, SERVIÇOS DE DRAGAGEM PARA EVITAR PREJUÍZOS À

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NAVEGAÇÃO NO PORTO DE RIO GRANDE. PRESENÇA DE ELE-MENTOS FÁTICOS, DEVIDAMENTE COMPROVADOS POR LAU-DOS TÉCNICOS, QUE PERMITEM CONCLUIR PELA INDISPEN-SABILIDADE DOS SERVIÇOS, A CURTO PRAZO.Parecer 13495Ementa: Edição de livros sobre o II Fórum Social Mundial pela Companhia Rio Grandense de Artes Gráficas - CORAG. Observância do art. 37, “caput” e § 1º, da Constituição Federal. Vedação à divulgação promocional de auto-ridades e servidores públicos.Parecer 13188Ementa: Licitação. Alteração de Contrato de Publicidade da Administração Pú-blica para contemplar serviços de mesma natureza em favor da Universidade Esta-dual do Rio Grande do Sul - UERGS. Art. 65, I, ‘b’, da Lei nº 8.666/93. Conside-rações sobre o objeto da Concorrência 001/99. Existência de dotação orçamentária. Reafirmação do precedente desta Procuradoria, consubstanciado na Informação nº 016 - PDPE-ELParecer- 12978Ementa: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Adicional de Servi-ços Especiais. Princípios constitucionais dos artigos 37 da Carta Federal e 19 da Constituição Estadual não afetados. Necessidade de regulamentação, fixação de parâmetros de provimento, de conteúdo ocupacional e de remuneração para as gratificações que tenham por objetivo contraprestar trabalho de direção, chefia ou assessoramento. Orientação da Casa.Parecer 12702Ementa: PROGRAMA ESTADUAL DE PROTEÇÃO, AUXÍLIO E ASSIS-TÊNCIA A TESTEMUNHAS AMEAÇADAS - A instituição por decreto de Programa destinado a dar execução à Lei Federal 9.807, de 13 de julho de 1999 é juridicamente possível, quer porque se trata de dever constitucionalmente atribuí-do aos Estados-Membros, por força do art. 34, VII, “b”, da Constituição, consoan-te o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, quer porque se trata de inserir na sistematicidade de um Programa atribuições que já se inserem dentre as tradicionalíssimas postas para a Administração Pública no setor da segurança pú-blica. É legal e constitucional o decreto que não extrapole os limites postos no art. 84, VI, da Constituição Federal. A existência do diploma federal, outrossim, não exclui a possibilidade da edição de lei para operacionalizar as medidas cuja eficácia dependa, efetivamente, de ato legislativo.Parecer- 12105 reTIFIca 10809 - 9302Ementa: ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. PRINCÍPIO CONSTITUCIO-NAL DA PUBLICIDADE. INEXISTÊNCIA DE DISCIPLINA DE OR-DEM INFRACONSTITUCIONAL SOBRE OS VEÍCULOS DE PUBLI-CAÇÃO DE ATOS RELATIVOS À ADMISSÃO, MOVIMENTAÇÃO E CONCESSÃO DE VANTAGENS AOS SERVIDORES DAS FUNDAÇÕES ESTADUAIS DE DIREITO PRIVADO INSTITUÍDAS E/OU MANTIDAS PELO ESTADO. RATIFICAÇÃO DO Parecer Nº 9302-PGE. RETIFICA-ÇÃO DO Parecer Nº 10809-PGE.)Parecer - 11065Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E FINANCEIRO. ORÇAMEN-TO DO MUNICÍPIO DE SARANDI. POSSIBILIDADE DE DOTAÇÃO

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AO HOSPITAL COMUNITÁRIO. É constitucional e legal a dotação orça-mentária de verbas públicas do Município de Sarandi ao Hospital Comunitário, desde que tal efetivamente seja feito na Lei do Orçamento, de iniciativa do Execu-tivo Municipal, considerando-se que é atribuição dos Municípios o zelo pela saú-de, assim como legislar em assunto de seu interesse. O Hospital Comunitário, por ser associação comprovadamente de utilidade pública, e legítimo a receber a verba pública, devendo aplicá-la em programas de saúde a população carente, de apli-cação devidamente fiscalizada, frente aos princípios constitucionais da moralida-de, impessoalidade, publicidade, legitimidade, participação, da economicidade, de motivação e, principalmente, da razoabilidade (art. 19, da CE, com texto modifi-cado pela Emenda Constitucional nº 07/95). Parecer 10387Ementa: SERVIDORES. Deficientes físicos, sensoriais e materiais: ingresso no serviço público (CE, art. 19, V e Lei nº 8.064/85). e 10.228/94. Legislação ordinária insuficiente. Aposentadoria por invalidez. Licença para tratamento de saúde supe-rior a 24 meses (Lei nº 10.098, art. 128 e 160).Parecer- 10809 reTIFIcaDO PeLO Parecer Nº 12105Ementa: FUNDAÇÕES DE DIREITO PRIVADO INSTITUÍDAS E MANTIDAS PELO PODER EXECUTIVO. PRINCIPIOLOGIA DO DI-REITO PÚBLICO. PUBLICIDADE DOS ATOS. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988, ARTIGO 37, “CAPUT”.Parecer 9757Ementa: ADMISSÃO NO SERVIÇO PÚBLICO. Contratações temporárias (art. 19, IV, da Constituição Estadual). Seleção simplificada. Regime: contrato ad-ministrativo (inconveniência do regime da CLT). Parecer 8871Ementa: DIÁRIO DA JUSTIÇA. PUBLICAÇÃO PELA COMPANHIA RIO-GRANDENSE DE ARTES GRÁFICAS - CORAG. LEGALIDADE. PRINCÍ-PIO DA PUBLICIDADE DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.Parecer 8616Ementa: SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA. PUBLICAÇÃO DOS ATOS RELATIVOS A SEUS SERVIDORES NO ÓRGÃO OFICIAL DO ESTADO. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988 - ARTIGO 37. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE 1989, ARTIGOS 19 E 24.Parecer 8370Ementa: DIREITO A INFORMAÇÃO. ARTIGO 5, INCISOS II, X, XII E XIV DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 5 DE OUTUBRO DE 1988. ARTI-GOS 19 E 24 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, DE 3 DE OUTUBRO DE 1989. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988, ART. 5, XIV.)Parecer 14878Parecer 15498Ementa: UERGS. CONCURSOS PÚBLICOS PARA ADMISSÃO DE PESSOAL E PROCESSO SELETIVO PARA O INGRESSO DE ALUNOS NO ENSINO SUPERIOR. QUESTÕES PERTINENTES AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PUBLICIDADE. 1) A Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, cuja instituição foi autorizada pela Lei Estadual nº 11.646, de 10 de julho de 2001, é uma entidade integrante da Administração Pública indireta do Estado do Rio Grande do Sul (CE/89, art. 21, caput). 2) Os editais

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de concurso público para a admissão de pessoal pela UERGS devem observar as normas constantes do artigo 37, caput e incisos I e II, da Constituição da República, dos artigos 19, 20 e 21 da Carta Estadual, bem como, no plano normativo infraconstitucional, o que dispõem as normas do artigo 17 da Lei Estadual nº 11.646, de 10 de julho de 2001, e, por fim, do artigo 40 do Decreto Estadual nº 41.058/2001. 3) O processo seletivo para o ingresso de alunos no ensino superior deve ser regulamentado pela própria Universidade, de acordo com o disposto no artigo 3º, § 1º, VI, do seu Estatuto Definitivo, que restou aprovado pelo Decreto Estadual nº 43.240, de 15 de julho de 2004, devendo ser observadas as normas do art. 44, inciso II, e parágrafo único, da Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), atentando-se para a redação decorrente da Lei nº 11.331, de 25 de julho de 2006, quanto ao último dispositivo indicado. Por se tratar de entidade integrante da Administração Pública indireta ou instituição mantida com recursos públicos e que presta ensino superior gratuito, aplicam-se as normas constitucionais e infraconstitucionais indicadas na fundamentação deste parecer. Considerações.

I - os cargos e funções públicos, criados por lei em número e com atribuições e remuneração certos, são acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos legais;

Parecer 8481Ementa: ANTEPROJETO DE LEI QUE VISA DISPOR SOBRE O QUA-DRO ESPECIAL DE SERVIDORES PENITENCIÁRIOS DO ESTADO. CARGO - TRANSFORMAÇÃO. SERVIDOR POLICIAL - QUADRO.)

II - a lei especificará os cargos e funções cujos ocupantes, ao assu-mi-los e ao deixá-los, devem declarar os bens que compõem seu patrimô-nio, podendo estender esta exigência aos detentores de funções diretivas e empregos na administração indireta;

Parecer 11215Ementa: DECLARAÇÃO DE BENS. SERVIDORES PÚBLICOS ESTADU-AIS. Obrigatoriedade de conformidade com a Lei nº 9668/92. Inaplicabilidade do elenco de agentes públicos do artigo 13 da Lei Federal nº 8429/92 a esfera estadual. Pareceres Nºs 9392 e 10292- PGe.)

III - a administração pública será organizada de modo a aproximar os serviços disponíveis de seus beneficiários ou destinatários;

IV - a lei estabelecerá os casos de contratação de pessoal por tem-po determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional in-teresse público;

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Parecer 14857Ementa: SECRETARIA DAS OBRAS PÚBLICAS. CONTRATAÇÃO EMERGENCIAL. NOÇÃO DO ARTIGO 19, IV, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO. EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO.Parecer 14650Ementa: CONTRATOS EMERGENCIAIS ESTATUTÁRIOS. SUPER-VENIÊNCIA DE INVALIDEZ TEMPORÁRIA OU DEFINITIVA. 1. Revisão parcial do Parecer nº 13.643/03. 2. Inexistência de estabilidade. 3. Impos-sibilidade de readaptação. 4. Indenização pela despedida: inconstitucionalidade.Parecer 14331Ementa: SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE. CONTRATAÇÃO EMERGENCIAL AUTORIZADA PELAS LEIS Nos 11.814/02 e 11.927/03. IMPOSSIBILIDADE.Parecer 13396Ementa: CONTRATO EMERGENCIAL. CÔMPUTO DE ANTERIOR TEMPO DE SERVIÇO PÚBLICO, PRESTADO A OUTRAS ESFERAS GOVERNAMENTAIS, PARA FINS DE PERCEPÇÃO DE GRATIFICA-ÇÃO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO E AVANÇOS TRIE-NAIS. IMPOSSIBILIDADE, DIANTE DA AUSÊNCIA DE NORMATI-VIDADE EXPRESSA, BEM AINDA DA NATUREZA EXCEPCIONAL DA REFERIDA CONTRATUALIDADE QUE, ADEMAIS, MESMO RE-VESTIDA DE SUCESSIVAS PRORROGAÇÕES, E PORQUE CONFI-GURAM A FORMALIZAÇÃO DE NOVOS AJUSTES FRENTE À PER-SISTÊNCIA DAS MESMAS CIRCUNSTÂNCIAS, NÃO HABILITA SEU TITULAR A PERCEBER VANTAGENS TEMPORAIS PRÓPRIAS DOS DETENTORES DE CARGO PÚBLICO.Parecer 9884Ementa: MAGISTÉRIO. Contratação emergencial - Lei nº 9857/93. Aprovei-tamento de professores ESTRANGEIROS. Constitucionalidade da medida.)Parecer 9757Ementa: ADMISSÃO NO SERVIÇO PÚBLICO. Contratações temporárias (art. 19, IV, da Constituição Estadual). Seleção simplificada. Regime: contrato ad-ministrativo (inconveniência do regime da CLT).

V - a lei reservará percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.*

*Regulamentado pela Lei nº 10.228/94.

Parecer 10387Ementa: SERVIDORES. Deficientes físicos, sensoriais e materiais: ingresso no serviço público (CE, art. 19, V e Lei nº 8.064/85). e 10.228/94. Legislação ordinária insuficiente. Aposentadoria por invalidez. Licença para tratamento de saúde superior a 24 meses (Lei nº 10.098, art. 128 e 160)

Parecer 15492Ementa: Cargos de Delegado e de Escrivão de Polícia e a impossibilidade de

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seu provimento por deficientes físicos. A jurisprudência atual e as providências necessárias para equacionamento da situação exposta.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas obras e serviços, e as cam-panhas dos órgãos e entidades da administração pública, ainda que não custeadas diretamente por esta, deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, nelas não podendo constar símbolos, expressões, nomes, “slogans” ideológicos político-partidários ou imagens que caracte-rizem promoção pessoal de autoridade ou de servidores públicos.*

NR dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 30/06/99.*

Parecer 13495Ementa: Edição de livros sobre o II Fórum Social Mundial pela Companhia Rio Grandense de Artes Gráficas - CORAG. Observância do art. 37, “caput” e § 1º, da Constituição Federal. Vedação à divulgação promocional de auto-ridades e servidores públicos.Parecer 12691Ementa: EXPRESSÃO “ORÇAMENTO PARTICIPATIVO” - LIMINAR EM AÇÃO POPULAR - LIMITES - Liminar concedida em ação popular ve-tando ao Governo que utilize veículos oficiais, recursos públicos, publicidade ofi-cial ou que vincule servidores públicos à realização do orçamento participativo impede que o Governo forneça tais meios aptos a tornarem mais efetivos os di-reitos de reunião (Constituição Federal, art. 5º, XVI, Pacto de San José de Costa Rica, art. 15) e de petição (Constituição Federal, art. 5º, XXXIV, “a”, Pacto de San José de Costa Rica, art. 23, 1 “a”), mas não que a comunidade os exercite em face do Governo, nem que este, no exercício de tradicionalíssima e típica praxe admi-nistrativa adotada por todos os Governos no Brasil, aponte para a importância do cidadão participar na vida pública, desde que não marque nem convoque os cida-dãos para nenhuma assembléia. O adjetivo “participativo” não constitui marca ex-clusiva do glossário do Partido dos Trabalhadores ou dos Partidos que com ele guardem qualquer afinidade ideológica. O orçamento participativo constitui prá-tica da comunidade, acolhida por administrações das mais diversas orientações ideológicas. Inteligência exarada nos Pareceres 12.508, 12.644, 12.671 e 12. 680 - Ricardo Camargo, bem como nas Informações 27/99 - GAB e 32/99 - GAB - Ricardo Camargo.Parecer 12644Ementa: EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 26 À CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. PROIBIÇÃO DA ADOÇÃO DE SLOGANS IDEOLÓGI-COS POLÍTICO-PARTIDÁRIOS NA PUBLICIDADE OFICIAL. 1. Con-ceituação de slogan como instrumento de propaganda. Para que se considere de-terminada expressão como um slogan, é necessário que seu efeito seja o de in-fluenciar ou modificar a opinião alheia a respeito de determinada ideologia. 2. Multiplicidade dos conceitos de ideologia. Tendo em vista que as concepções que identificam ideologia com falsa consciência não teriam como permitir a intelec-ção da norma, adota-se a acepção que a identifica com a visão de mundo domi-nante em determinado grupo social. Tomada esta acepção da palavra, tem-se que

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não existe nenhuma atuação do Estado que seja a-ideológica ou meta-ideológica, pois sempre o Estado age na perseguição de determinados valores. 3. Partidarismo ou apartidarismo do Governo. Em um regime político caracterizado pela demo-cracia representativa, todo programa de Governo, necessariamente, será marcado pela ideologia do partido que guindar o governante ao poder, e será balizado pelos limitadores postos pela ordem jurídica. Só é possível a partidarização ou despar-tidarização em regimes monoideicos, onde a liberdade de manifestação de pen-samento seja fortemente censurada e onde os cidadãos sejam, todos, representan-tes da vontade do Chefe Político. 4.Circular sem efeitos vinculantes. Mera reco-mendação contida em circular, cujo desatendimento não implique a aplicação de qualquer sanção, não pode ser considerada, em si mesma, como constrangimento. 5.Interpretação da Emenda 26 segundo o argumento apagógico. A proibição con-tida na Emenda Constitucional 26 diz respeito a frases que motivem a adoção de ideologia que se mostre própria e característica de determinado partido político.

§ 2º - A ação político-administrativa do Estado será acompanha-da e avaliada, através de mecanismos estáveis, por Conselhos Populares, na forma da lei.

Parecer 12508Ementa: CONSULTA POPULAR. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO. ATUAÇÃO DOS COREDES. PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO: DIS-TINÇÃO E ARTICULAÇÃO. EFEITOS DA CONSULTA EM FACE DOS PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DAS LEIS NO DIREITO POSITIVO PÁ-TRIO. - 1. Não constituem os mecanismos de consulta popular instrumentos de amesquinhamento do Poder Legislativo ou do Executivo, dado que se destinam apenas ao oferecimento de subsídios e, portanto, não têm efeitos vinculantes. - 2. A atuação dos COREDES é, substancialmente, mais como órgãos voltados à ob-tenção de subsídios para a elaboração de planos de desenvolvimento regional. - 3. Não se confundem o orçamento e o planejamento, embora ambos necessaria-mente se devam articular. - 4. A consulta popular tal como disciplinada na Lei 11.179/98 somente se refere ao produto já elaborado pelo Chefe do Executivo e não ao produto a ser por ele elaborado, que é o objeto do Orçamento Participativo. - 5. As disposições que estabelecem efeitos vinculantes em relação ao resultado das consultas levadas a cabo pelos COREDES são inconstitucionais, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por subtraírem ao Executivo a prer-rogativa da definição das prioridades e ao Legislativo a prerrogativa de as discutir - 6. A realização de consulta popular em se tratando de matéria orçamentária não é obrigatória, mas facultativa, porque não prevista como fase do processo de elabo-ração da lei do orçamento, seja já Constituição, seja na Lei Federal 4.320/64; 7- A Lei 11.179 somente deverá ser observada se o Chefe do Executivo resolver adotar o sistema de consulta nela disciplinado.Parecer 14932Ementa: Exame sobre possibilidade de edição de Decreto Estadual, com vistas à delegação de competência do Chefe do Poder Executivo, para homologar as deci-sões do Conselho Estadual de Saúde, ao Secretário de Estado da Saúde. LEI FE-

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DERAL Nº 8.142/90. LEI ESTADUAL 10.097/94.Parecer 14651Ementa: Conselho Tutelar. Conselheiro. Mandato eletivo. Representação popu-lar. Democracia participativa. Servidor Público. Acumulação. Revisão dos Parece-res PGE n°s 9620/93, 11053/96 e 11601/97 no que conflitam com as conclusões aqui apresentadas.

Art. 20 - A investidura em cargo ou emprego público assim como a admissão de empregados na administração indireta e empresas subsidiá-rias dependerão de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargos de provimento em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Parecer 15388IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE EMPREGOS, FUNÇÕES E SALÁRIOS DA FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SOCIO-EDUCATIVO DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUÍDO PELA LEI 13.419, DE 5 DE ABRIL DE 2010. MARCO INICIAL DE VIGÊNCIA. SERVIDORES DA EXTINTA COMPANHIA ESTADUAL DE LACTICÍNIOS E CORRELATOS. PRAZO PARA OPÇÃO DOS SERVIDORES AFASTADOS. CRITERIOS DE ENQUADRAMENTO.Parecer 10127Ementa: COMPANHIA INTERMUNICIPAL DE ESTRADAS ALIMEN-TADORAS - CINTEA. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS DA EMPRE-SA. Resolução nº 002, de 15.01.90. Artigo 25 - REENQUADRAMENTO EM CARGO DE HIERARQUIA E SALÁRIO SUPERIOR AO OCUPADO PELO EMPREGADO.Parecer 9368FUNDAÇÃO TVE. Plano de cargos e salários. Exigência constitucional de pré-via aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos para o pre-enchimento de cargos ou empregos na Administração Estadual Direta e Indireta (artigo 20 da Constituição do Estado de l989)Pareceres- 8428-8331-8370-8366-8264 raTIFIcaDO PeLO Parecer Nº 10809- 9302-8267-8272-8182--8165-9146-9115-9082-9784-9376-9306—8405-8370- 8182- 8456-8428- -8467-8653-9375-8467-9075- 8980-8663-8834-8956-9026-9027-9010-8926-8561-8627-8867-8800-9451-9440-93759388-9393-9338-9306-9205-9198-9146-9115-9082-9027-8980-8956-8868-8867-8834-8663-9494-9225-9538-9265-9205-9198-9732-10497-10509-10950-10912-11405-10215-10023-11912-11922) 9376-9388-9393-9440-9525-9538-10023- 10354-10497-10509-10912-11189-11405-12993-13140-13347-14629-14663-14799-14835

§ 1º - As provas deverão aferir, com caráter eliminatório, os conhe-cimentos específicos exigidos para o exercício do cargo.

§ 2º - Os pontos correspondentes aos títulos não poderão somar

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mais de vinte e cinco por cento do total dos pontos do concurso.

Parecer 9831Ementa: FEBEM. Anteprojeto de lei. Sugestão de criação dos “cargos” de Mãe Social Vicinal e Mãe Social Substituta, no quadro permanente de empregados da Fundação. Desnecessidade de edição de lei formal.)Parecer 8165Ementa: PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS. EXIGÊNCIA CONSTITU-CIONAL DE PRÉVIA APROVAÇÃO EM PROCESSO SELETIVO PÚ-BLICO PARA O PREENCHIMENTO DE CARGOS VAGOS NA ADMI-NISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA DO ESTADO (ART. 20 DA CONSTI-TUIÇÃO ESTADUAL DE 1989).

§ 3º - A não-observância do disposto neste artigo acarretará a nu-lidade do ato e a punição da autoridade responsável.

Parecer 8182Ementa: PROFESSOR. ENSINO TÉCNICO. CEDÊNCIA. COMPLE-MENTAÇÃO SALARIAL E GRATIFICAÇÕES PELA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO PILOTO. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 20 DECRETO 32.974/88.Pareceres 9376 – 9306- 8331- 8267

§ 4º - Os cargos em comissão destinam-se à transmissão das di-retrizes políticas para a execução administrativa e ao assessoramento.***

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 12, de 14/12/95.

( ADIn 1521- 20/03/2006- Em andamento )

§ 5º - Os cargos em comissão não podem ser ocupados por cônju-ges ou companheiros e parentes, consangüíneos, afins ou por adoção, até o segundo grau.***

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 12, de 14/12/95.

**( ADIn 1521- 20/03/2006 – Em andamento )

I - do Governador, do Vice-Governador, do Procurador-Geral do Estado, do Defensor Público-Geral do Estado e dos Secretários de Esta-do, ou titulares de cargos que lhes sejam equiparados, no âmbito da admi-nistração direta do Poder Executivo;*

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II - dos Desembargadores e Juízes de 2º grau, no âmbito do Po-der Judiciário;*

III - dos Deputados Estaduais, no âmbito da Assembléia Legislativa;*IV - dos Procuradores de Justiça, no âmbito da Procuradoria-Ge-

ral de Justiça;*V - dos Conselheiros e Auditores Substitutos de Conselheiros, no

âmbito do Tribunal de Contas do Estado;*VI - dos Presidentes, Diretores-Gerais, ou titulares de cargos equi-

valentes, e dos Vice-Presidentes, ou equivalentes, no âmbito da respecti-va autarquia, fundação instituída ou mantida pelo Poder Público, empresa pública ou sociedade de economia mista.*

*Acrescentados pela Emenda Constitucional nº 12, de 14/12/95 – alterada pela Emenda Constitucional nº 14, de.26.03.97.

**( ADIn 1521- 20/03/2006 –Em andamento)

Parecer 15387Ementa: AS DENOMINADAS GRATIFICAÇÕES EQUIVALENTES, POR NATUREZA E ORIGEM LEGAL, CONSTITUEM ESPÉCIE DOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS. SE ACUMULADAS, INDUZEM VIOLAÇÃO AO ARTIGO 37 INCISO XVI

DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

Art. 21 - Integram a administração indireta as autarquias, socieda-des de economia mista, empresas públicas e fundações instituídas ou man-tidas pelo Estado.

Parecer 15010Ementa: A atuação de servidores públicos (lato sensu) nos conselhos de admi-nistração e fiscal das sociedades de economia mista enseja a remuneração fixa-da pelo estatuto da companhia, porque não configura a acumulação constitucio-nalmente vedada e inexiste óbice a tal remuneração. Revisão total dos Pareceres PGE nº. 5.275/83, 6.871/86, 7.311/87, 8.333/90, 8.536/90, 8.977/91, 8.978/91 e 9.165/92. Revisão parcial do Parecer PGE nº 13.463/02. Manutenção, com res-salvas, dos Pareceres PGE nº 11.821/97 e 12.233/98. Ratificação dos Pareceres PGE nº 6.276/85, 7.285/87, 9.138/92 e 12.026/98.Parecer 13463Ementa: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E CONSELHO FISCAL - SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA - A participação em Conselho de Administração e Conselho Fiscal em sociedade de economia mista, em que pese não configure acumulação, nos termos dos incisos XVI e XVII do artigo 37 da Constituição Federal, traduz, entretanto, exercício de função, sujeita à disciplina do inciso XII do artigo 178 c/c 181 da Lei Complementar 10.098, de 1994, não se

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configurando como mandato. Revisão dos entendimentos dos Pareceres 11.821 - Rosa Aranovich e 9.165 - Rosa Bastos. Reafirmação das teses dos Pareceres 5.275 - Almiro do Couto e Silva, 7.285 - Maria Amália Dias de Moraes, 8.333 - Elai-ne Petry. 8.536 - Elaine Petry, 8.756 - Clarita Galbinski, 9.635 - Rosa Aranovich, 12.233 - Suzete Angeli, 12.566 - Eliana Graeff, i. a. Revisão parcial do entendi-mento do Parecer 8.978 - Elaine Petry, no que tange à configuração da acumula-ção vedada constitucionalmente.Parecer 11948Ementa: EMPRESA SUBSIDIÁRIA DE ECONOMIA MISTA. REEN-QUADRAMENTO DE SERVIDORES ATRAVÉS DE PROMOÇÕES VERTICAIS. NEGATIVA DE REGISTRO PELO TRIBUNAL DE CON-TAS EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRA-TIVA ESTADUAL. DESCONSTITUIÇÃO DOS ATOS.)Parecer 11221Ementa: ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. FUNDAÇÃO. ADMISSÕES E REENQUADRAMENTOS OPERADOS EM DESACORDO AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO CONCURSO PÚBLICO: NU-LIDADESParecer 10912Ementa: Fundação Rádio e Televisão Educativa - FRTE. Fiscalização de con-tas. Coerência com orientação normativa da PGE na vigência do art. 37, I e II da CF/88 com anterioridade a CE/89 ( Arts. 20 e 21).Parecer 10368 OJN- raTIFIcaDO PeLO Parecer 11284Ementa: DISPENSA DE LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO DE SEGUROS COM A COMPANHIA UNIÃO DE SEGUROS. A NATUREZA JURÍDI-CA DA EMPRESA, O DECRETO ESTADUAL Nº 33.970, DE 1991, E O INCISO VIII DO ART. 24 DA LEI Nº 8.666/93. INVIABILIDADE DA DIS-PENSA DE LICITAÇÃO POR FALTAR-LHE O REQUISITO DE TER SIDO CRIADA PARA TAL FIM ESPECÍFICO.Parecer 10023Ementa: SERVIDOR. FUNDAÇÃO ESTADUAL FR-TVE. ENQUADRA-MENTO no Plano de cargos e salários, por conclusão de curso superior. Ne-cessidade de prestação de concurso público. CE/89, artigo 20 e 21.Parecer 9503Ementa: Licitação. Contratação de “Perito Judicial”. Sociedade Civil de Direito Privado. Alocação de verbas públicas. Como órgão executivo de convênio de coo-peração associativa submete-se ao controle do Estado, apenas, quanto ao controle finalístico de órgão executivo e a prestação de contas das verbas públicas recebidas.Parecer 9375 Ementa: TRANSFERÊNCIA. A transferência de que trata a Lei nº 4.013, de 10 de dezembro de 1960 ofende o disposto nos artigos 20 e 21 da Cons-tituição Estadual, de 1989.Parecer 9338CRT. Sociedade de Economia Mista. Concurso Público. Necessidade para a ad-missão de empregado (Constituição Estadual, artigos 20 e 21). Tratando-se de progressão, que implique passagem para cargo que exija nível escolar superior, a mesma regra e aplicável. Concurso interno possível se se tratar de progressão na mesma carreira.

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Parecer 9258Ementa: INSTITUTO GAÚCHO DE TRADIÇÃO E FOLCLORE. NATU-REZA JURÍDICA AUTARQUIA FUNDACIONAL artigo 21 da Constituição Estadual.Parecer 9252 EMATER-RS/ASCAR. Os empregados da EMATER-RS/ASCAR não são servidores públicos estaduais, nem servidores de órgão da administração estadual organizado sob o regime do direito privado.Parecer 8728Ementa: FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS E MANTIDAS PELO ESTADO. IN-TERPRETAÇÃO DO ART. 21 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO. NATU-REZA JURÍDICA DAS FUNDAÇÕES E CAMPO DE ATUAÇÃO: PODER DE POLÍCIA E ORDENAMENTO ECONÔMICO.Parecer 8467Ementa: FEBEM. PEDIDO DE ENQUADRAMENTO COMO TÉCNI-CO, POR CONCLUSÃO DE CURSO SUPERIOR. NECESSIDADE DE PRESTAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO. CONSTITUIÇÃO DO ES-TADO DE 1989, ARTIGOS 20 E 21. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 20.Parecer 11969

§ 1º - Às empresas públicas aplicam-se as normas pertinentes às sociedades de economia mista.

Parecer 11370Ementa: DISPENSA DE LICITAÇÃO COM FUNDAMENTO NOS IN-CISOS VIII E XVI DA LEI Nº 8.666 DE 1993. ÓRGÃOS E ENTIDADES COM AUTORIZAÇÃO LEGAL PARA PROFERIR O ATO DE DISPEN-SA COM FUNDAMENTO NAQUELES INCISOS.Pareceres 8912 – 9825 ver Parecer 10183

§ 2º - As fundações públicas ou de direito público instituídas pelo Estado são equiparadas às autarquias, regendo-se por todas as normas a estas aplicáveis.

Art. 22 - Dependem de lei específica, mediante aprovação por maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa:*

*Nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 2, de 30/04/92.

Parecer 12621Ementa: Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. Participação em consórcio de empresas para construção de usinas hidrelétricas. Possibilidade de constituição de empresa pelas consorciadas, nos termos do art. 20 da Lei nº

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8.987/95. Necessidade de autorização legislativa para a sociedade de economia mista participar de empresa privada, nos termos do art. 22 da Constituição do Es-tado e do art. 37, incisos XIX e XX, da Carta da República.Parecer 11169Ementa: CONTRATAÇÃO DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AO ESTADO - DISPENSA DE LICITA-ÇÃO - BANRISUL S/A CORRETORA DE VALORES MOBILIÁRIOS E CÂMBIO - NATUREZA JURÍDICA da empresa. Não incidência das regras de dispensa de citação previstas no Estatuto Jurídico das Licitações. BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - Entidade integrante da Adminis-tração Indireta do Estado - Empresa Líder do Sistema Financeiro Estadual Via-bilidade de contratação direta com fundamento no inciso VIII do art. 24, da Lei nº 8.666/93, com a redação dada pela Lei 8.883/94. SOCIEDADES DE ECO-NOMIA MISTA - Submissão ao princípio da licitação( art . 37, XXI e art. 22, XXVII CF) Situação de lnexigibilidade com fundamento no art. 25, caput e inci-so II - Adoção das medidas PRECONIZADAS NO ART. 26 LEI da 8.666/93.Parecer 11146Ementa: COMPANHIA UNIÃO DE SEGUROS GERAIS. Alienação de ações. Interpretação do art. 22 , parágrafo único da Constituição Estadual e art. 37, inciso XX, da Constituição Federal. Desnecessidade de autorização legislati-va. Contratação de serviços para alienação de ações do Estado. Inviabilidade de contratação direta da Banrisul S/A, Consultora de Valores e Câmbio. Não enqua-dramento na regra de dispensa de licitação prevista no art. 24, inciso VIII, da Lei 8.666/93, com a redação dada pela Lei 8.883/94.Parecer 10654Ementa: Ato de convocação do Presidente da Junta de Coordenação Financei-ra do Estado de empregado não estável de Companhia em procedimento de ex-tinção. Impossibilidade jurídica do ato face a situação jurídica excepcional de extinção.Pareceres 9825- 9134 - 9007

I - a criação, extinção, fusão, incorporação ou cisão de qualquer en-tidade da administração indireta;

Parecer 9002Ementa: EMPRESA SUBSIDIÁRIA DE ECONOMIA MISTA. REEN-QUADRAMENTO DE SERVIDORES ATRAVÉS DE PROMOÇÕES VERTICAIS. NEGATIVA DE REGISTRO PELO TRIBUNAL DE CON-TAS EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRA-TIVA ESTADUAL. DESCONSTITUIÇÃO DOS ATOS.Parecer 9007Ementa: CEASA/RS. ALTERAÇÃO DOS ESTATUTOS SOCIAIS. AUTO-RIZAÇÃO LEGISLATIVA. C.E., ART. 22. OBJETO SOCIAL. EXPLORA-ÇÃO DE ATIVIDADE ECONÔMICA. C.F., ART. 173.Parecer 8374LIQUIDAÇÃO DE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA.

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INTERPRETAÇÃO DO ART. 22, INCISOS I, II E PARÁGRAFO ÚNICO DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO, DE 3 DE OUTUBRO DE 1989. SO-CIEDADE DE ECONOMIA MISTA - SUBSIDIÁRIAS. CONSTITUI-ÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 22.Parecer 9139 OJN

II - a alienação do controle acionário de sociedade de economia mista.§ 1° - A criação de subsidiárias das entidades mencionadas neste

artigo assim como a participação delas em empresa privada dependerão de autorização legislativa.*

*Vide Emenda Constitucional nº 31, de 18/06/02 – parágrafo único passa a ser § 1º.

Parecer 13099Ementa: “Constituição de sociedade de propósito específico (SPE) para atuar no setor de telecomunicações, contando com a participação societária das sociedades de economia mista estaduais denominadas Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul - SULGÁS e Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul - PROCERGS. Objetos sociais compatíveis. Necessidade de autorização legislativa, nos termos do art. 37, XIX e XX, da Constituição Fede-ral, e do art. 22, par. único, da Carta Estadual. Validade e eficácia das autorizações constantes da Lei Estadual nº 9.128/90 e da Lei Estadual nº 6.318/71. Preceden-tes do Supremo Tribunal Federal. Entendimento consubstanciado no Parecer nº 12.621, desta Procuradoria-Geral do Estado.”

§ 2° - Especialmente no caso das Sociedades de Economia Mista Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. E Companhia Riogranden-se de Saneamento a alienação ou transferência do seu controle acionário, bem como a sua extinção, fusão, incorporação ou cisão dependerá de con-sulta popular, sob a forma de plebiscito.*

§ 3° - Nas sociedades de economia mista, em que possuir o con-trole acionário, o Estado fica obrigado a manter o poder de gestão, exercendo o direito de maioria de votos na assembléia geral, de eleger a maioria dos administradores da companhia, de dirigir as atividades sociais e de orientar o funcionamento dos órgãos da companhia, sen-do vedado qualquer tipo de acordo ou avença que implique em abdi-car ou restringir seus direitos.*

*Acrescentados pela Emenda Constitucional nº 31, de 18/06/02.

§ 4º - A alienação, transferência do controle acionário, cisão, incor-poração, fusão ou extinção da Companhia Estadual de Energia Elétrica –

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CEEE, Companhia Rio-grandense de Mineração – CRM, Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul – SULGÁS e Companhia Es-tadual de Silos e Armazéns – CESA, somente poderão ser realizadas após manifestação favorável da população expressa em consulta plebiscitária.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 33, de 19/11/02.

§ 5º - A alienação ou transferência do controle acionário, bem como a extinção, fusão, incorporação ou cisão da Companhia de Processa-mento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul – PROCERGS –, de-penderá de manifestação favorável da população, sob forma de plebiscito.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 47, de 16/12/04.

§ 6º - O disposto no § 4º não será aplicável relativamente à reestru-turação societária da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE -, que venha a ser procedida para atender ao que estabelece a Lei Federal nº 10.848, de 15 de março de 2004, no que se refere à necessidade de segre-gação das atividades de distribuição de energia elétrica das demais ativi-dades por ela exercidas, devendo ser observado o seguinte:*

I - o Estado do Rio Grande do Sul deverá, obrigatoriamente, man-ter o controle acionário e o poder direto de gestão das empresas resultantes da reestruturação que venha a ser procedida, conservando, no mínimo, 51% (cinqüenta e um por cento) do total do capital votante e 51% (cinqüenta e um por cento) do total do capital social, em cada uma das empresas, de for-ma direta na empresa controladora e através desta, nas controladas;*

II - fica vedada à delegação da gestão a pessoa jurídica em qualquer das empresas referidas no inciso anterior;*

III - as empresas resultantes, sucessoras ou remanescentes da se-gregação das atividades da CEEE ficarão sujeitas à consulta plebiscitária prevista no § 4º.*

*Acrescentados pela Emenda Constitucional nº 53, de 12/09/06.Parecer 15499Ementa: CEDENCIA DE EMPREGADOS ENTRE EMPRESAS COMPONENTES DO GRUPO CEEE. APLICAÇÃO DO REGRAMENTO INSTITUÍDO PELO CONTROLADOR E PELA AGÊNCIA DE REGULAÇÃO PARA A MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL DAS ESTATAIS. INTERESSE E CONVENIÊNCIA PÚBLICOS, EM ATENÇÃO ÀS ORDENS CONSTITUCIONAL E LEGAL.

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Art. 23 - Todas as pessoas têm direito, independentemente de pa-gamento de qualquer natureza, à informação sobre o que consta a seu res-peito, a qualquer título, nos registros ou bancos de dados das entidades go-vernamentais ou de caráter público.

§ 1º - Os registros e bancos de dados não poderão conter informa-ções referentes a convicção política, filosófica ou religiosa.

§ 2º - Qualquer pessoa poderá exigir, por via administrativa, em processo sigiloso ou não, a retificação ou a atualização das informações a seu respeito e de seus dependentes.

Art. 24 - Será publicado no Diário Oficial do Estado, em observân-cia aos princípios estabelecidos no art. 19, além de outros atos, o seguinte:*

*Regulamentado pela Lei nº 11.454/00.

Parecer 12105 OJNEmenta: ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. PRINCÍPIO CONSTITUCIO-NAL DA PUBLICIDADE. INEXISTÊNCIA DE DISCIPLINA DE OR-DEM INFRACONSTITUCIONAL SOBRE OS VEÍCULOS DE PUBLI-CAÇÃO DE ATOS RELATIVOS À ADMISSÃO, MOVIMENTAÇÃO E CONCESSÃO DE VANTAGENS AOS SERVIDORES DAS FUNDA-ÇÕES ESTADUAIS DE DIREITO PRIVADO INSTITUÍDAS E/OU MANTIDAS PELO ESTADO. RATIFICAÇÃO DO Parecer Nº 9302-PGE. RETIFICAÇÃO DO Parecer Nº 10809 RETIFICADO PELO Parecer Nº 12105-PGE.Parecer 8616Ementa: SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA. PUBLICAÇÃO DOS ATOS RELATIVOS A SEUS SERVIDORES NO ÓRGÃO OFI-CIAL DO ESTADO. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988 - AR-TIGO 37. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE 1989, ARTIGOS 19 E 24.Parecer 8370Ementa: DIREITO A INFORMAÇÃO. ARTIGO 5, INCISOS II, X, XII E XIV DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 5 DE OUTUBRO DE 1988. ARTIGOS 19 E 24 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, DE 3 DE OUTUBRO DE 1989. CONSTITUI-ÇÃO FEDERAL, 1988, ART. 5, XIV.Pareceres 9610 (OJN)-8831- 9138

I - as conclusões de todas as sindicâncias e auditorias instaladas em órgãos da administração direta e indireta;

Parecer 8370Ementa: DIREITO A INFORMAÇÃO. ARTIGO 5, INCISOS II, X, XII E XIV DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 5 DE OUTUBRO DE 1988. ARTIGOS 19 E 24 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO

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RIO GRANDE DO SUL, DE 3 DE OUTUBRO DE 1989. CONSTITUI-ÇÃO FEDERAL, 1988, ART. 5, XIV.

II – mensalmente:

Parecer 11025Ementa: TRANSPORTE INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS. CON-CESSÃO. TRANSPLANTES E MODIFICAÇÕES DE LINHAS. ALTE-RABILIDADE. TRANSFERÊNCIA DE CONCESSÃO E SUBCONCES-SÃO. LICITAÇÃO. ParecerES 9.810 E 10.606, PGE.

a) o resumo da folha de pagamento do pessoal da administração direta e indireta e a contribuição do Estado para despesas com pessoal de cada uma das entidades da administração indireta, especificando-se as parcelas correspondentes a ativos, inativos e pensionistas, e os valores reti-dos a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e de contribuições previdenciárias;

b) o balancete econômico-financeiro, referente ao mês anterior, do órgão de previdência do Estado;

III - anualmente, relatório pormenorizado das despesas mensais re-alizadas pelo Estado e pelas entidades da administração indireta na área de comunicação, especialmente em propaganda e publicidade;

IV - no primeiro dia útil dos meses de fevereiro e agosto, o quadro de pessoal dos órgãos e entidades da administração direta e indireta e das subsidiárias destas relativo ao último dia do semestre civil anterior, rela-cionando também o número de admitidos e excluídos no mesmo período, distribuídos por faixa de remuneração, e quadro demonstrativo dos em-pregados contratados;

V - os contratos firmados pelo poder público estadual nos casos e condições disciplinados em lei.*

*Regulamentado pela LEC nº 11.299/98.

Parecer 9610Ementa: Instituições estaduais de cultura. Cedência de áreas. Associações de Amigos. Permissão de uso. Lei nº 9.186, de 27/12/1990. Casa de Cultura Má-rio Quintana. Associação de Amigos da Casa de Cultura Mário Quintana. Pres-tação de contas.

Art. 25 - As empresas sob controle do Estado e as fundações por

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ele instituídas terão, na respectiva diretoria, no mínimo, um representante dos empregados, eleito diretamente por estes.

Parecer 12940Ementa: FUNDAÇÃO PÚBLICA. FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PRO-DUÇÃO E PESQUISA EM SAÚDE - FEPPS. DIRETOR TÉCNICO ELEITO PELOS SERVIDORES. RENÚNCIA TÁCITA COM A APO-SENTADORIA.Parecer 12556Ementa: Diretor representante dos empregados. Companhia Estadual de Silos e Armazéns. Artigo 12, § 1º, da Lei 5.836/69. Artigo 25 da Constituição Estadual.Parecer 9062Ementa: ARTIGO 25 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE 1989 E AR-TIGO 3 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS. PARTICIPA-ÇÃO DE EMPREGADO NAS DIRETORIAS DAS EMPRESAS SOB O CONTROLE DO ESTADO. ORIENTAÇÃO DO Parecer Nº 8195/90-PGE. Parecer 8195Ementa: ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. PARTICIPAÇÃO DE EMPRE-GADOS NAS DIRETORIAS DAS EMPRESAS SOB O CONTROLE DO ESTADO E FUNDAÇÕES POR ELE INSTITUÍDAS. CONSTITUCIO-NALIDADE DO ART. 25 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 1989. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 25

§ 1º - É garantida a estabilidade aos representantes mencionados neste artigo a partir do registro da candidatura até um ano após o térmi-no do mandato.

§ 2º - É assegurada a eleição de, no mínimo, um delegado sindical em cada uma das entidades mencionadas no caput.

Parecer 11207Ementa: Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem. Relotação de ser-vidor do DAER em outro quadro de pessoal, na Administração Direta.

Art. 26 - Os servidores públicos e empregados da administração di-reta e indireta, quando assumirem cargo eletivo público, não poderão ser demitidos no período do registro de sua candidatura até um ano depois do término do mandato, nem ser transferidos do local de trabalho sem o seu consentimento.

Parecer 14454Ementa: VEREADOR.- INAPLICABILIDADE DO ART. 26, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, AO EMPREGADO DE SOCIEDA-DE DE ECONOMIA MISTA CEDIDO NA FORMA DO DECRETO 36.603/96, ART. 3ºº, § 1º, INCISO I.Parecer 12797Ementa: SERVIDOR DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL. AFASTA-

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MENTO DO CARGO PARA CONCORRER A MANDATO ELETI-VO, NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS MUNICIPAIS. PRAZO A SER OBSERVADO PELO INTERESSADO E ACATADO PELA ADMINIS-TRAÇÃO PÚBLICA. PEDIDO DE PERCEPÇÃO DA REMUNERAÇÃO MENSAL, DURANTE O PERÍODO DE AFASTAMENTO: DESCABI-MENTO. INTELIGÊNCIA DA LEI COMPLEMENTAR nº 64, DE 18 DE MAIO DE 1990, QUE ESTABELECE CASOS DE INEXIGIBILIDADE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS (art. 1º, II, d e l). ORIENTAÇÃO DO C. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, EXPRESSA NA RESOLUÇÃO nº 19.506, de 16/04/96. REAFIRMAÇÃO DO TEOR DOS ParecerES PGE nºs 11.307/96 E 11.752/97.Parecer 9484Ementa: SERVIDOR DE FUNDAÇÃO ESTADUAL INVESTIDO EM MANDATO ELETIVO não é destinatário do artigo 26 da Constituição Esta-dual de 1989. Ratificação do Parecer nº 8719/PGE. Ainda que beneficiário do ar-tigo 38, V da Constituição Federal (o que não se concretiza por não ser servidor público), enquanto portadora de certificado ou do Registro de Entidade de Fins Filantrópicos, a Fundação está isenta da contribuição a cargo da Empresa, desti-nada a Seguridade Social.Parecer 8851Ementa: SERVIDOR DE FUNDAÇÃO. CARGO DE CONFIANÇA. DI-RIGENTE SINDICAL. VEREADOR. SERVIDOR - MANDATO ELETI-VO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ART. 8. Parecer 8795Ementa: VEREADOR. DELEGADO DE POLÍCIA. MANIFESTAÇÃO DESTA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PELA INEXISTÊNCIA DE COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS ENTRE AS DUAS FUNÇÕES (OF. GAB. 309, DE 05.06.89). APOSENTADORIA DO DELEGADO DE PO-LÍCIA: POSSIBILIDADE DO ACÚMULO DE PROVENTOS COM SUBSÍ-DIOS DO MANDATO ELETIVO. MANUTENÇÃO DO VÍNCULO PRE-VIDENCIÁRIO.Parecer 8719Ementa: SERVIDOR PÚBLICO INVESTIDO EM MANDATO ELETIVO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 38, V DA CARTA FEDERAL E DO ART. 26, PARÁGRAFO ÚNICO DA CARTA ESTADUAL. CONSTITUIÇÃO ESTA-DUAL 1989, ART. 26, PARÁGRAFO ÚNICO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ART. 38, V.

Parágrafo único - Enquanto durar o mandato, o órgão emprega-dor recolherá mensalmente as obrigações sociais e garantirá ao servidor ou empregado os serviços médicos e previdenciários dos quais era beneficiá-rio antes de se eleger.*

*Regulamentado pela Lei nº 10.208/94.

Parecer 9484Ementa: SERVIDOR DE FUNDAÇÃO ESTADUAL INVESTIDO EM MANDATO ELETIVO não é destinatário do artigo 26 da Constituição Esta-

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dual de 1989. Ratificação do Parecer nº 8719/PGE. Ainda que beneficiário do ar-tigo 38, V da Constituição Federal (o que não se concretiza por não ser servidor público), enquanto portadora de certificado ou do Registro de Entidade de Fins Filantrópicos, a Fundação está isenta da contribuição a cargo da Empresa, desti-nada a Seguridade Social.Parecer 8795Ementa: VEREADOR. DELEGADO DE POLÍCIA. MANIFESTAÇÃO DES-TA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PELA INEXISTÊNCIA DE COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS ENTRE AS DUAS FUNÇÕES (OF. GAB. 309, DE 05.06.89). APOSENTADORIA DO DELEGADO DE POLÍ-CIA: POSSIBILIDADE DO ACÚMULO DE PROVENTOS COM SUBSÍ-DIOS DO MANDATO ELETIVO. MANUTENÇÃO DO VÍNCULO PRE-VIDENCIÁRIO.Parecer 8719Ementa: SERVIDOR PÚBLICO INVESTIDO EM MANDATO ELETIVO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 38, V DA CARTA FEDERAL E DO ART. 26, PARÁGRAFO ÚNICO DA CARTA ESTADUAL. CONSTITUIÇÃO ESTA-DUAL 1989, ART. 26, PARÁGRAFO ÚNICO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ART. 38, V.

Art. 27 - É assegurado:

Parecer 13063Ementa: SUPRG. Afastamento e remuneração de dirigentes sindicais. Legislação apli-cável.Parecer 13011Ementa: SERVIDORES DA FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO SOCIAL. EXERCÍCIO DE MANDATO EM ENTIDADES CLASSIS-TAS NÃO-REPRESENTATIVAS DOS EMPREGADOS DA ADMINISTRA-ÇÃO INDIRETA.AFASTAMENTO E REMUNERAÇÃO. JUSTIFICATIVAS E PRESSUPOSTOS. ART. 543, DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRA-BALHO E LEI Nº 9.037/90. ParecerES NºS 10530/94, 10668/95 E 10915/96, TO-DOS DESTA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO.

I - aos sindicatos e associações dos servidores da administração di-reta ou indireta:

a) participar das decisões de interesse da categoria;

Parecer 8913Ementa: SERVIDOR PÚBLICO. PARTICIPAÇÃO, NESSA QUALIDA-DE, COMO ASSOCIADO E/OU DIRIGENTE DE SINDICATO E/OU COOPERATIVA QUE NÃO SEJA DE SUA CLASSE PROFISSIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. PARTICIPAÇÃO NA QUALIDADE DE PRO-FISSIONAL OU PERTENCENTE A CLASSE PRODUTORA DE BENS OU SERVIÇOS NA DIRETORIA DE SINDICATO OU COOPERATIVA DA MESMA CLASSE. SERVIDOR DA SECRETARIA ESTADUAL QUE EXERCE AÇÃO FISCALIZADORA. SÓCIO OU DIRETOR DE SINDI-

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CATO OU COOPERATIVA QUE EXERCE ATIVIDADE FISCALIZA-DORA. SERVIDOR PÚBLICO. LEILOEIRO OFICIAL. Parecer 8732Ementa: SINDICATO. ASSOCIAÇÃO DE CLASSE. DISPENSA DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO EMPREGO OU FUNÇÃO, SEM PREJU-ÍZO DE ORDEM PECUNIÁRIA, EM BENEFÍCIO DO SERVIDOR ELEITO PARA O EXERCÍCIO DE MANDATO SINDICAL OU ASSO-CIAÇÃO DE CLASSE EXTENSIVA AOS EMPREGADOS DOS ENTES PRIVADOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DO ESTADO.

b) descontar em folha de pagamento as mensalidades de seus asso-ciados e demais parcelas, a favor da entidade, desde que aprovadas em as-sembléia geral;

Parecer 9857Ementa: SERVIDOR PÚBLICO. SINDICATO. CONTRIBUIÇÃO SINDI-CAL. Ratificação das conclusões do Parecer nº 9315-PGE pelo qual se opina deva a Administração Pública abster-se de providências relativas a DESCON-TOS COMPULSÓRIOS, somente o fazendo em virtude de cumprimento de decisão judicial, até que lei venha a dispor sobre a matéria ou a jurisprudência res-te pacificada.Parecer 8425Ementa: BRIGADA MILITAR DO ESTADO. CONSTITUIÇÃO DE AS-SOCIAÇÕES DE CLASSES POR SERVIDORES POLICIAIS MILITA-RES. FUNCIONÁRIO - DESCONTO EM FOLHA. FUNCIONÁRIO - AFASTAMENTO. SINDICALIZAÇÃO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ART. 5, XVII. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ART. 37, VI.

c) eleger delegado sindical;

II - aos representantes das entidades mencionadas no inciso ante-rior, nos casos previstos em lei, o desempenho, com dispensa de suas ativi-dades funcionais, de mandato em confederação, federação, sindicato e as-sociação de servidores públicos, sem qualquer prejuízo para sua situação funcional ou remuneratória, exceto promoção por merecimento;

Parecer 14483Ementa: Abono de faltas. Competência. Limites legais. Dever de assiduidade como fator instrumental à regularidade do serviço público. Atividade sindical - noção adstrita ao desempenho necessário para participação no órgão de represen-tação sindical ou classista, na forma prevista pela legislação vigente.

Parecer 14370Ementa: DIRIGENTE SINDICAL - RISCO DE VIDA - REVISÃO PAR-CIAL DA ORIENTAÇÃO POSTA NO Parecer 13.903 - Procede-se, somente

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em relação a servidores civis lotados na Brigada Militar, sujeitos ao regime da Lei Complementar Estadual 10.098, de 1994, nos termos do parágrafo único do ar-tigo 2º da Lei Complementar Estadual 10.248, de 1994, à revisão da orientação traçada no Parecer 13.903. É devido aos servidores extranumerários, no exercício de mandato classista, lotados na Brigada Militar, o acréscimo remuneratório de-nominado “risco de vida”. Mantém-se, contudo, a orientação no sentido de não se conceder ao exercente de mandato classista o pagamento de adicionais que corres-pondam a condições excepcionais de trabalho, como os previstos no inciso XXIII do artigo 7º da Constituição Federal, bem como os decorrentes do exercício de função gratificada não incorporada.Parecer 13903 revIsaDO PeLO Parecer 14370Ementa: Mandato classista. Afastamento do servidor. Gratificação de risco de vida. RemuneraçãoParecer 13011Ementa: SERVIDORES DA FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO SOCIAL. EXERCÍCIO DE MANDATO EM ENTIDADES CLAS-SISTAS NÃO-REPRESENTATIVAS DOS EMPREGADOS DA ADMI-NISTRAÇÃO INDIRETA.AFASTAMENTO E REMUNERAÇÃO. JUS-TIFICATIVAS E PRESSUPOSTOS. ART. 543, DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO E LEI Nº 9.037/90. ParecerES NºS 10530/94, 10668/95 E 10915/96, TODOS DESTA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO.Parecer- 12184Ementa: Procurador do Estado. Licença para o desempenho de mandato classis-ta. Constituição Estadual, art. 27, inciso II. Lei Estadual nº 9.073/90, artigos 4º e 2º, a). Lei Complementar nº 10.098/94, art. 149. Licenças concomitantes. Possibi-lidade legal. Parecer 10779Ementa: JORNALISTA. LICENÇA PARA EXERCÍCIO DE MANDATO EM SINDICATO DE JORNALISTAS (Constituição Estadual, art. 27, II, da- Lei nº 9.073/90 e art. 149 da Lei Complementar nº 10.098/94). INDEFERI-MENTO.Parecer 10688SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL EM CUMPRIMENTO DE ES-TÁGIO PROBATÓRIO. LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MAN-DATO CLASSISTA. POSSIBILIDADE. CONSEQÜÊNCIA JURÍDI-CAS. Ao servidor público do município, mesmo em cumprimento do estágio probatório, é assegurado o direito a licença para o exercício do mandato de presidente do sindicato da categoria, desde que previsto em lei local. O perí-odo de afastamento não é considerado para o efeito de aquisição da estabili-dade no serviço público.Parecer 9300 OJNEmenta: Perito Criminalístico. Pedido de dispensa do serviço para desempenhar função de Tesoureiro da Confederação Nacional das Profissões Liberais. Lei nº 9.073/90. Orientação dos Pareceres nºs 8911/91-PGE e 8727/91-PGE.Parecer -9510Ementa: Lei nº 9.073, de 15-05-90. Artigo 3º. Mandato Sindical. Afastamen-to do servidor.

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Parecer 9261Ementa: Psicóloga do DETRAN, mediante contrato CLT. Afastamento do exer-cício para desempenhar mandato eletivo no Conselho Regional de Psicologia 7 Região. Constituição do Estado, artigo 27, II. Lei RS nº 9.073/90.Parecer 8784Ementa: SERVIDORES MUNICIPAIS. SINDICALIZAÇÃO. ESTABILI-DADE SINDICAL. - INTERPRETAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 37, VI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. - ESTABILIDADE PROVI-SÓRIA OU SINDICAL E DISPENSA PARA O EXERCÍCIO DE CARGO DE DIREÇÃO EM ASSOCIAÇÃO SINDICAL REGULADA EM LEI LO-CAL. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ART. 8. CONSTITUIÇÃO FE-DERAL 1988, ART. 37, VI.Parecer 8654Ementa: CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 1989. ARTIGO 27, II. INTE-LIGÊNCIA. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 27, II.Pareceres- 10615 – 10530- 9914 - 9536- 9261-8948 -8829-8654

III - aos servidores públicos e empregados da administração indire-ta, estabilidade a partir do registro da candidatura até um ano após o tér-mino do mandato sindical, salvo demissão precedida de processo adminis-trativo disciplinar ou judicial.

Parecer 8948Ementa: CARGO EM COMISSÃO. ELEIÇÃO DE SEU TITULAR PARA O CARGO DE CONSELHEIRO FISCAL DA DIRETORIA EXECUTI-VA REGIONAL SUL DO SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO BRASIL. ARTIGO 8, ITEM VIII, DA COSTITUI-ÇÃO FEDERAL DE 1988.

§ 1º - Ao Estado e às entidades de sua administração indireta é ve-dado qualquer ato de discriminação sindical em relação a seus servidores e empregados, bem como influência nas respectivas organizações.

§ 2º - O órgão estadual encarregado da formulação da política sala-rial contará com a participação paritária de representantes dos servidores públicos e empregados da administração pública, na forma da lei.

Art. 28 - Aos servidores das fundações instituídas e mantidas pelo Estado são assegurados os mesmos direitos daqueles das fundações públi-cas, observado o respectivo regime jurídico.**

**Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo na ADI nº 191-4. D.J.U., 10/12/07.

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SeçãO IIDOS SerVIDOreS PúbLICOS CIVIS

Art. 29 - São direitos dos servidores públicos civis do Estado, além de outros previstos na Constituição Federal, nesta Constituição e nas leis:

Parecer 12195Ementa: JORNADA DE TRABALHO. REGIME COMPENSATÓRIO. In-viabilidade dos plantões de 12 e 24 hs. Art. 7º, XIII, da Constituição Federal. Art. 29 da Constituição Estadual. Art. 59, § 2º da CLT. Imprescindibilidade de lei, acordo ou convenção coletiva.Parecer 10814Ementa: REGIME ESTATUTÁRIO. COMPENSAÇÃO DE JORNADAS DE TRABALHO DILATADAS: NECESSIDADE DE LEI DISCIPLINA-DORA (art. 29 CE). ADICIONAL DE REMUNERAÇÃO DE SERVIÇO NOTURNO.Parecer 9178Ementa: Servidor regido pelo Direito do Trabalho. Irredutibilidade do Salário. Constituição Federal artigo 7º, parágrafo VI. Constituição Estadual de 1989, ar-tigo 29, parágrafo II. Comissionamento. Direito de dispensa do comissionamen-to pela autoridade competente sem infringência dos princípios constitucionais.

I - vencimento básico ou salário básico nunca inferior ao salário mínimo fixado pela União para os trabalhadores urbanos e rurais;

*Vide Resolução do Senado nº 45/2005.

Parecer 14668Ementa:Vencimento básico igual ao salário mínimo. Inconstitucionalidade do in-ciso I do artigo 29 da Constituição Estadual.Parecer 14507Ementa: PISO SALARIAL - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO - REDUÇÃO ESTIPENDIAL - A despeito de as sociedades de economia mista deverem, constitucionalmente, obediência à legislação trabalhista, isto não torna válida a utilização da variação do salário mínimo geral como base de cálculo do piso salarial de qualquer cate-goria. Redução estipendial que não se verifica quando não há redução do quan-titativo correspondente à remuneração global do empregado.Parecer 9364Ementa: MAGISTÉRIO PÚBLICO. REGIME DE TRABALHO. SALÁRIO MÍNIMO. O piso salarial mínimo a que refere o artigo 7º, IV, da Constituição Fe-deral corresponde ao regime horário de trabalho normal fixado no mesmo texto constitucional.Parecer 9331Ementa: Garantia constitucional do salário mínimo a servidores. Para cumprir a

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determinação constitucional que assegura o salário mínimo nacionalmente unifi-cado a administração do município de Jaguari não pode computar os valores de vantagens pessoais de seus servidores, para com isso, atingir o mínimo ou piso le-gal.Parecer 9231 OJNEmenta: PENSÃO. IPÊ. Valor mínimo: o quantum do salário-mínimo, quando o padrão inicial do Quadro-Geral for inferior aquele (Const. Est., art. 29, II, e Lei nº 7.810 (art. 1º).Parecer 8211 OJNEmenta: IPERGS. SERVIDOR ESTATUTÁRIO. EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS AO PESSOAL CELETISTA. MATÉRIA ‘SUB JUDI-CE’. Parecer 8110 OJNEmenta: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. REAJUSTE DE VENCIMENTOS E SALÁRIOS DO PESSOAL. VENCIMENTOS - REAJUSTE IPÊPareceres- 9686 mODIFIcaDO PeLO Parecer 14350 - 9305- 9231-9178- 8582- 8483- 8341- 8325- 8246- 8211 OJN- 8110 OJN.Parecer 15545Ementa: PROVENTOS DE APOSENTADORIA. SÚMULAS VINCULANTES 15 E 16 DO STF. COMPLEMENTAÇÃO DO PARECER 15.247/10. PARECER Nº 15300 Ementa: FADERS. BASE DE CÁLCULO DA COMPLEMENTAÇÃO SALARIAL DESTINADA A GARANTIR A OBSERVÂNCIA DA NORMA DO ARTIGO 7º, INCISO IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.PARECER Nº 15247Ementa: ARTIGO 29, I, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA INCIDENTALMENTE PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E EXECUÇÃO SUSPENSA POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL. FORMA DE ADEQUAÇÃO DE REMUNERAÇÃO E PROVENTOS.

II - irredutibilidade de vencimentos ou salários;

Parecer 14507Ementa: PISO SALARIAL - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO - REDUÇÃO ESTIPENDIAL - A despeito de as sociedades de economia mista deverem, constitucionalmente, obediência à legislação trabalhista, isto não torna válida a utilização da variação do salário mínimo geral como base de cálculo do piso salarial de qualquer categoria. Redução estipendial que não se verifica quando não há redução do quantitativo correspondente à remuneração global do empregado.Parecer 9178Ementa: Servidor regido pelo Direito do Trabalho. Irredutibilidade do Salário.Constituição Federal artigo 7º, parágrafo VI. Constituição Estadual de 1989, ar-tigo 29, parágrafo II. Comissionamento. Direito de dispensa do comissionamen-

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to pela autoridade competente sem infringência dos princípios constitucionais.

III - décimo terceiro salário ou vencimento igual à remuneração in-tegral ou no valor dos proventos de aposentadoria;

Parecer 11654Ementa: DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO. SECRETÁRIO DE ESTADO. INDISPENSABILIDADE DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA.Parecer 9488 OJNEmenta: DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO. GOVERNADOR E SECRETÁ-RIOS DE ESTADO. SERVIDOR PÚBLICO EXERCENTE DE FUNÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO; OPÇÃO PELA REMUNERAÇÃO DE SE-CRETÁRIO.

IV - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Parecer 10937Ementa: Gratificação por serviço noturno. Exegese do art. 113 da L.C. 10.098/94. Parecer 10814Ementa: REGIME ESTATUTÁRIO. COMPENSAÇÃO DE JORNADAS DE TRABALHO DILATADAS: NECESSIDADE DE LEI DISCIPLINA-DORA (art. 29 CE). ADICIONAL DE REMUNERAÇÃO DE SERVIÇO NOTURNO.

V - salário-família ou abono familiar para seus dependentes;

Parecer 11301 OJNEmenta: LAUDO MÉDICO DE INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO. INAPTIDÃO DO CANDIDATO NOMEADO. Parecer/PGe-10387Ementa: SERVIDORES. Deficientes físicos, sensoriais e materiais: ingresso no serviço público (CE, art. 19, V e Lei nº 8.064/85). e 10.228/94. Legislação ordi-nária insuficiente. Aposentadoria por invalidez. Licença para tratamento de saúde superior a 24 meses (Lei nº 10.098, art. 128 e 160).Parecer 9797Ementa: ABONO FAMILIAR. MENOR SOB GUARDA. Vantagem estatutá-ria, de caráter pecuniário, estabelecida em legislação complementar ao Estatuto - Lei nº 6526/73 - e que é atribuída aos servidores públicos em razão do número de filhos. A guarda de menor que não decorre do pátrio poder não confere ao seu titular, quando servidor público, o direito a vantagem. Inaplicabilidade, na hipótese, do art. 33, § 3. do Estatuto da criança e do Adoles-cente, face a competência privativa do Estado, mediante a iniciativa do Chefe do Executivo, para legislar sobre vantagens de seus servidores, respeitados os dispo-sitivos constitucionais.

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VI - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada conforme o estabelecido em lei;

Parecer 10657Ementa: MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. EQUIPE DE SUPERVI-SÃO E INSPEÇÃO ESCOLAR. INVIABILIDADE DO PAGAMENTO DE HORAS-EXTRAS EM FACE DE ESTATUTO PRÓPRIO.Parecer 8483Ementa: HORAS EXTRAS. FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA CIVIL. ATÉ QUE A LEI DEFINA A JORNADA DIÁRIA DE TRABALHO DE CADA CATEGORIA FUNCIONAL, PARA FINS DE DELIMITAÇÃO DO VA-LOR REMUNERATÓRIO DA HORA DITA NORMAL E CONSE-QÜENTEMENTE DA EXTRAORDINÁRIA, CUJA PRESTAÇÃO PO-DERÁ EVENTUALMENTE DILATAR INDIVIDUALMENTE O REGI-ME SEMANAL, O SERVIDOR SÓ PODERÁ PRESTAR JORNADA DI-ÁRIA MAIS ALONGADA, CONTANTO QUE, COM A DEVIDA COM-PENSAÇÃO, SEU REGIME SEMANAL NÃO EXCEDA AO PREVISTO EM LEI. INADMISSIBILIDADE DE PAGAMENTO DE VANTAGEM NÃO PREVISTA EM LEI. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 29, VI.

VII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

Parecer 10214 Ementa: HORAS EXTRAORDINARIAS. INCORPORAÇÃO. GRATIFI-CAÇÃO DE FUNÇÃO. As quarenta horas extras já remuneradas automatica-mente por força de incorporação não podem ser excedidas sob pena de afrontar a legislação trabalhista. Eventuais necessidades de jornadas prorrogadas devem ser satisfeitas através da racionalização do trabalho ou maior contingente de pesso-al, sendo autorizada igualmente a compensação de jornada nos termos celetistas.Parecer 8586Ementa: PROFESSOR ESTADUAL. ESCOLA COM REGIME DE IN-TERNATO. HORÁRIO DE TRABALHO NOTURNO EXCLUSIVA-MENTE. PLANTÃO SEMANAL AOS SÁBADOS, DOMINGOS E FE-RIADOS. REGIME DE TRABALHO. FUNCIONÁRIO - SERVIÇO NO-TURNO. FUNCIONÁRIO - SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO.

VIII - remuneração do serviço extraordinário, superior, no mínimo em cinqüenta por cento, à do normal;

IX - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a remuneração normal, e pagamento antecipado;

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Parecer 8676Ementa: ADICIONAL NOTURNO. E INDEVIDO O ADICIONAL NO-TURNO PREVISTO NAS CONSTITUIÇÕES FEDERAL E ESTADU-AL ENQUANTO NÃO REGULAMENTADO EM LEI, POR FALTA DE PARÂMETROS DEFINIDORES DO TRABALHO NOTURNO E DO ACRÉSCIMO REMUNERATÓRIO A ESTE TÍTULO DEVIDO. Parecer 8603Ementa: TRABALHO NOTURNO. ADICIONAL. SERVIDOR POLI-CIAL. NECESSIDADE DE TRATAMENTO LEGISLATIVO. FUNCIO-NÁRIO - SERVIÇO NOTURNO.

X - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e da remuneração, com a duração de cento e vinte dias; *Vide Lei nº 9.229/91.*

Parecer 8943Ementa: LICENÇA ADOÇÃO. CONCESSÃO ANTERIOR A LEI REGU-LAMENTADORA.

XI - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;**Vide Lei nº 9.229, de 04/02/91.

Parecer 15504Ementa: MILITAR TEMPORÁRIO. LICENÇA-PATERNIDADE. INTERPRETAÇÃO CONFORME DO ENTENDIMENTO DESTA CONSULTORIA

XII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalu-bres ou perigosas, na forma da lei;

Parecer 10888Ementa: FUNDAÇÃO ESTADUAL DO BEM-ESTAR DO MENOR (FE-BEM). ADICIONAL DE PENOSIDADE. Membro do magistério que acumu-la cargo com emprego na FEBEM. Cessão - em ambas as posições - para a Pre-feitura de Erexim - Secretaria Municipal da Cidadania e Promoção Social. Pedi-do de retorno do pagamento do adicional de penosidade, suprimido pela FEBEM, quando da cessão a edilidade.

XIV - proibição de diferenças de remuneração, de exercício de fun-ções e de critério de admissão, por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Parecer 8341Ementa: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. PRESSUPOSTOS LEGAIS. AR-

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TIGO 461 DA CLT. INCONVENIÊNCIA DE SEU DEFERIMENTO NA ESFERA ADMINISTRATIVA PELA DIFICULDADE DE EXAME DOS ELEMENTOS PROBATÓRIOS.

XV - auxílio-transporte, correspondente à necessidade de desloca-mento do servidor em atividade para seu local de trabalho, nos termos da legislação federal.

Parágrafo único - O adicional de remuneração de que trata o inci-so XIII deverá ser calculado exclusivamente com base nas características do trabalho e na área e grau de exposição ao risco, na forma da lei.

Parecer 14370Ementa: DIRIGENTE SINDICAL - RISCO DE VIDA - REVISÃO PAR-CIAL DA ORIENTAÇÃO POSTA NO Parecer 13.903 - Procede-se, somente em relação a servidores civis lotados na Brigada Militar, sujeitos ao regime da Lei Complementar Estadual 10.098, de 1994, nos termos do parágrafo único do ar-tigo 2º da Lei Complementar Estadual 10.248, de 1994, à revisão da orientação traçada no Parecer 13.903. É devido aos servidores extranumerários, no exercício de mandato classista, lotados na Brigada Militar, o acréscimo remuneratório de-nominado “risco de vida”. Mantém-se, contudo, a orientação no sentido de não se conceder ao exercente de mandato classista o pagamento de adicionais que corres-pondam a condições excepcionais de trabalho, como os previstos no inciso XXIII do artigo 7º da Constituição Federal, bem como os decorrentes do exercício de função gratificada não incorporada.Parecer 10390Ementa: Estagiários titulares de bolsa-auxílio, na forma da legislação federal, que desenvolvem a suas atividades curriculares em entidades paraestatais do âmbito estadual. Vale-refeição e Vale-transporte. Inexistência de previsão legal para paga-mento destes benefícios àqueles estagiários.Parecer 9686Ementa: VALE-TRANSPORTE regulado pela legislação federal para os trabalhadores em geral. Benefício que não se estende para os servidores CE-LETISTAS da Administração Direta do Estado que possuem benefício asse-melhado (auxílio-transporte) instituído pela legislação estadual. Interpreta-ção do art. 29, XV da Constituição do Estado.Parecer 9305Ementa: RISCO DE VIDA. Percentual. A isonomia salarial de que tratam a Constituição Federal e a Carta Estadual e de vencimentos dos cargos públicos iguais ou semelhantes. A gratificação de risco de vida deve ser calculada segundo a exposição ao risco objetivamente considerado.Parecer 9180Ementa: Auxílio Transporte para estagiários. Falta de suporte legal para o atendimento da pretensão.

Art. 30 - O regime jurídico dos servidores públicos civis

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do Estado, das autarquias e fundações públicas será único e es-tabelecido em estatuto, através de lei complementar, observados os princípios e as normas da Constituição Federal e desta Cons-tituição.*

*Vide LEC 10.098/94 – Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do Sul - e alterações: 10.248/94; 10.257/94; 10.530/95; 10.727/96 - (10.773/96); 10.776/96; 10.795/96; 10.842/96; 10.845/96; 10.902/96; 10.981/97; 11.129/98, 11.370/99; 11.928/03; 11.942/03; 12.021/03 (12.665/06); 12.176/04; 12.392/05; 12.561/06; 12.860/07 e 13.117/09.

Parecer 12498 OJNEmenta: A disciplina estatutária das relações entretecidas entre Autarquia do Es-tado do Rio Grande do Sul e os servidores que, admitidos pelo regime comum do direito do trabalho, foram estabilizados pelo artigo 19, do Ato das Disposi-ções Constitucionais Transitórias de 1988, ressalvada a opção pela preservação do vínculo trabalhista. A subordinação ao regime disciplinar estatutário como con-seqüência da transmudação do regime legal. Lei Complementar Estadual nºº 10.098, de 3 de fevereiro de 1994, arts. 276 e 288. Processo Administrativo-Dis-ciplinar instaurado contra servidora autárquica no tocante a ilícito administrati-vo, a ela imputado, cuja prática já teria ocorrido sob a égide do regime estatutá-rio. Higidez do processado. Cabível, em tese, a aplicação da pena demissória, por incidência das regras dos arts. 178, incisos XVII, XX, XXII e XXIII, e 191, inci-sos VI, VII e IX, da Lei Complementar nºº 10.098. Prescrição da ação disciplinar.Parecer 11373Ementa: INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. Conta-gem de tempo de serviço. Hipótese excepcional da Lei nº 6.537/73 inserida pela Lei nº 10.582/95. Mandato no Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais - TARF. Parecer 10782Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. Autarquias es-taduais. Caixa Econômica Estadual. Regime de Direito Público Estatutário e sua aplicação ao pessoal autárquico. Autonomia administrativa e competências dis-ciplinares próprias da autarquia. Regime Jurídico Único. Reforma estatutária. Arts. 274 e 275 da Lei 10.098/94. Li-mitação da competência disciplinar da autarquia. Inteligência do art. 196, II e III, da Lei nº 10.098/94.Parecer 10491Ementa: INSTITUTO RIOGRANDENSE DO ARROZ (IRGA). Regime pre-videnciário federal dos servidores abrangidos pelo artigo 276 da Lei Complemen-tar nº 10098, de 03.02.94 (Estatuto). Exceção ao parágrafo único do artigo 260 do Estatuto.Parecer 10287Ementa: Constituição da República de 1988: artigo 19 do Ato das Disposições Transitórias. Estabilidade excepcional restrita aos servidores da Administração Di-reta, autárquica e Fundacional Pública, nas condições  definidas no artigo 19. Fun-

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dação Liberato Salzano Vieira da Cunha: entidade de direito privado. Const. Fede-ral, artigo 39, “caput”, e Constituição do Estado, artigo 30. Lei Complementar nº 10098/94, artigo 276.Pareceres -12860-12498-12435-11373-11372-11065-10888-10782-10491-9786-9622-8684-8580-8459-8436-8405-8356-8293-8272

Art. 31 - Lei complementar estabelecerá os critérios objetivos de classificação dos cargos públicos de todos os Poderes, de modo a garantir isonomia de vencimentos.*

*Vide LEC nº 10.933/97 (alterada pelas LECs nºs 11.760/02; 12.224/05; e 12.407/05), e a LEC nº 11.124/98.

Parecer 14939Ementa: FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA. ESTABILIDADE. SÚMULA TST Nº 390. ART. 41 DA CF/88 COM A REDAÇÃO QUE LHE DEU A EC Nº 19/98.Parecer 14608Ementa: APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA DOS SERVIDORES PÚBLI-COS ESTADUAIS. PROMOÇÃO PARA CARGOS INTEGRANTES DA MESMA CARREIRA. REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. REQUI-SITO DE CINCO ANOS NO CARGO EFETIVO EM QUE SE DARÁ A APOSENTADORIA - ART. 40, § 1º, III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. REVISÃO PARCIAL DO Parecer PGE Nº 14.286. Parecer 14365Ementa: PROMOÇÃO. Não há direito subjetivo à promoção, mas simples expec-tativa justificada e condicionada pelo interesse público.Parecer 14364Ementa: QUADRO DO MAGISTÉRIO. PROMOÇÃO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO SUBJETIVO. CONCESSÃO RETROATIVA. JUÍZO DE CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE, RESPEITADAS AS NORMAS LEGAIS.Parecer 12896Ementa: Os servidores contratados segundo o regime da Consolidação das Leis do Trabalho pelo Poder Judiciário, estabilizados na forma do artigo 19 do ADCT da CF/88, foram alcançados pelo artigo 276 da Lei Complementar nº 10.098/94, es-tando sujeitos ao regime estatutário, na condição de extranumerários, na forma do que restou decidido pelo STF na ADIn 1.150-2.Parecer 11747Ementa: Lei Complementar nº 10.776/96. Não são destinatários da lei os servido-res da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social. Ratificação da orientação da PGE sobre a natureza jurídica da FGTAS.Parecer 11373Ementa: INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. Contagem de tempo de serviço. Hipótese excepcional da Lei nº 6.537/73 inserida pela Lei nº 10.582/95. Mandato no Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais - TARF. Parecer 11815

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Ementa: PROMOÇÃO PELA PASSAGEM À APOSENTADORIA. CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 9.055/90, artigo 43, § 1º.Parecer 10888Ementa: FUNDAÇÃO ESTADUAL DO BEM-ESTAR DO MENOR (FE-BEM). ADICIONAL DE PENOSIDADE. Membro do magistério que acumu-la cargo com emprego na FEBEM. Cessão - em ambas as posições - para a Prefei-tura de Erexim - Secretaria Municipal da Cidadania e Promoção Social. Pedido de retorno do pagamento do adicional de penosidade, suprimido pela FEBEM, quan-do da cessão a edilidade. Parecer 9631Ementa: CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL. Servidor que desempenha fun-ção gratificada de direção na Fundação dos servidores da autarquia. Cômputo de tal período para fins de incorporação de função gratificada na própria Caixa. Im-possibilidade por falta de autorização legal ou regulamentar. Reiteração do Pare-cer nº 8823.Parecer 8459Ementa: FUNDAÇÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. PAGAMENTO MENSAL DE SALÁRIOS. ARTIGO 35 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTA-DO.Pareceres 9305 - 8481

§ 1º - Os planos de carreira preverão também:I - as vantagens de caráter individual;II - as vantagens relativas à natureza e ao local de trabalho;III - os limites máximo e mínimo de remuneração e a relação entre

esses limites, sendo aquele o valor estabelecido de acordo com o art. 37, XI, da Constituição Federal.

Parecer 11170Ementa: Teto remuneratório a ser observado pelos órgãos da Administração Di-reta e Indireta do Estado, quanto aos servidores ativos e inativos, em razão da sus-pensão dos efeitos, por força de medida liminar do Poder Judiciário, da Lei Com-plementar nº 10.795, de 30 de maio de 1996, e do artigo 21 da Lei Complemen-tar nº 10.727, de 23 de janeiro de 1996. Parecer 10855Ementa: MAGISTÉRIO. PROMOÇÕES. MERECIMENTO. INTERSTÍ-CIO. Parecer 9989Ementa: Policial civil. Promoção extraordinária por bravura. Anteprojeto de lei sobre o assunto. Inconstitucionalidade.Parecer 9031Ementa: PROMOÇÃO NA APOSENTADORIA. VANTAGEM ASSEGU-RADA EM LEI POSTERIOR A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, AOS ATIVOS DA CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL, QUANDO DA

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PASSAGEM PARA A INATIVIDADE, SEM EXTENSÃO EXPRESSA AOS INATIVOS. EXAME DE CONSTITUCIONALIDADE.

§ 2º - As carreiras, em qualquer dos Poderes, serão organizadas de modo a favorecer o acesso generalizado aos cargos públicos.

§ 3º - As promoções de grau a grau, nos cargos organizados em carreiras, obedecerão aos critérios de merecimento e antigüidade, alterna-damente, e a lei estabelecerá normas que assegurem critérios objetivos na avaliação do merecimento.

Parecer 14561Ementa: PROMOÇÕES NO SERVIÇO PÚBLICO CIVIL - SERVIDORES DA FEPAGRO - RATIFICAÇAO E EXPLICITAÇÃO DO Parecer 13.554 - O artigo 3º do Decreto 30.476, de 17 de dezembro de 1981, que estabelece pro-moção dos servidores do Quadro Geral e do Quadro de Técnico-Científicos para a última classe exclusivamente o critério do merecimento foi revogado pelo § 3º do artigo 31 da Constituição Estadual de 1989. Entendimento que não entra em conflito com o plasmado no Parecer 13.554 - Leandro Augusto Nicola de Sam-paio, dado que o Decreto em questão foi recepcionado naquilo em que não se in-compatibiliza com o Texto Constitucional posterior. A vedação posta na letra “c” do artigo 8º do Decreto 30.476, de 17 de dezembro de 1981 não se aplica aos ser-vidores cuja situação de trabalho necessariamente seja a de cedência, como é o caso dos integrantes do Quadro em Extinção criado pela Lei 9.963, de 1993.Parecer 13554Ementa: Servidor integrante do Quadro Especial em Extinção instituído pela Lei n. 9.963/1993. Garantia resguardada em lei da manutenção de vantagens pes-soais e demais direitos relativos às carreiras de origem. Parecer 13477Ementa: BRIGADA MILITAR. PROMOÇÕES. Critérios. Antigüidade e Me-recimento. Procedimento adotado desde a entrada em vigor da LC n. 10.990/97, sem qualquer alteração, tem presunção de regularidade, salvo prova em sentido contrário. Decisões judiciais provenientes do Tribunal de Justiça, versando maté-ria preponderantemente constitucional, dependendo de definição pelo Supremo Tribunal Federal. Procedimento administrativo em relação ao cumprimento des-tas decisões.

§ 4º - A lei poderá criar cargo de provimento efetivo isolado quando o número, no respectivo quadro, não comportar a organização em carreira.

Parecer 10216Ementa: MAGISTÉRIO. EVOLUÇÃO NA CARREIRA. PROMOÇÃO. Exercício do magistério fora do âmbito da disciplina de ingresso ou em outras circunstâncias.

§ 5º - Aos cargos isolados aplicar-se-á o disposto no caput.

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Parecer 8481Ementa: ANTEPROJETO DE LEI QUE VISA DISPOR SOBRE O QUA-DRO ESPECIAL DE SERVIDORES PENITENCIÁRIOS DO ESTADO. CARGO - TRANSFORMAÇÃO. SERVIDOR POLICIAL – QUADRO.

Art. 32 - Os cargos em comissão, criados por lei em número e com remuneração certos e com atribuições definidas de direção, chefia ou as-sessoramento, são de livre nomeação e exoneração, observados os requisi-tos gerais de provimento em cargos estaduais.***

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 12, de 14/12/95.*Vide LEC nº 10.842, de 30/07/96.

**ADIn 1521- 20/03/2006- Ainda em julgamento

Parecer 14702Ementa: SERVIDOR COMISSIONADO EXONERADO QUANDO LO-TADO NA CASA CIVIL. PEDIDO DE APOSENTADORIA FORMULA-DO COM BASE NO ART. 165, § ÚNICO, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098/94. ART. 40, § 13, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, INTRODUZI-DO PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98 QUE DETERMINA VINCULAÇÃO OBRIGATÓRIA DOS SERVIDORES COMISSIONA-DOS AO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO QUE DEVERÁ SER POSTULADO JUNTO AO INSS.Parecer 12848Ementa: REGIME PREVIDENCIÁRIO - EMENDA CONSTITUCIO-NAL 20, 1998 - CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONA-LIDADE - Uma vez que o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou a respeito da validade, em princípio, da Emenda Constitucional nº 20/98, na ação direta de inconstitucionalidade 2.024, dadas as características do controle concentrado, em que a causa de pedir é aberta e, por isto, a questão constitucional suscitada é havi-da como voltada a todo o sistema constitucional e não somente aos fundamentos invocados pelo requerente, reafirma-se a orientação exarada no Parecer 12.688 - Ricardo Camargo, em que se ressalvou o entendimento em sentido contrário ao da Excelsa Corte, já que a Constituição é o que o órgão constitucionalmente compe-tente diz que ela é. Procede-se à revisão, contudo, da conclusão segundo a qual de-penderia de lei complementar a criação de novo gravame previdenciário, consoan-te o entendimento firmado pelo Excelso Pretório nas medidas liminares nas ações diretas de inconstitucionalidade 2111 e 2110, ambas relatadas pelo Min. Sydney Sanches e também da conclusão segundo a qual seria inconstitucional a equipara-ção do Estado à empresa privada.Parecer 12688Ementa: EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 1998 - 1. Constitucio-nalidade da sujeição dos ocupantes de cargo em comissão ao regime geral de pre-vidência social sujeita a definição por parte do Supremo Tribunal Federal. Presun-ção de constitucionalidade das leis. Entendimento no sentido da inconstituciona-lidade do § 13 acrescido pela Emenda em questão ao art. 40 da Constituição Fe-

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deral em virtude de ser tendente a abolir a forma federativa de Estado, agredindo o art. 60, § 1º, I, da Constituição Federal, revisto, em virtude de posicionamento em sentido contrário pela Corte constitucionalmente competente para tal exame - 2. Instituição de novo gravame fiscal dependente de lei complementar, nos ter-mos do art. 195, § 4º, da Constituição, que não é substituída pela simples super-veniência de Emenda Constitucional ou pela previsão de contribuição a cargo das empresas - 3.Consulta pendente a respeito do sentido das disposições da legisla-ção concernente à contribuição previdenciária. Efeitos. - 4. Inexistência do dever de cumprimento de obrigações trabalhistas em relação a servidores que não se en-quadrem no conceito de empregados públicos.Parecer 11150Ementa: Cargos em comissão. Lei nº 10.395/95. EFEITOS EM relação as gra-tificações de representação correspondentes. Parecer 11121Ementa: EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL. Limites. Separação e independência dos Poderes. Impossibilidade de constitucionalização, no plano local, de matérias submetidas, por força da Constituição Federal, ou a iniciativa privativa para o desencadeamento do respectivo processo legislativo ou a compe-tência, também privativa, dos Tribunais, das Mesas das Assembléias Legislativas e dos Tribunais de Contas para prover a respeito. EMENDA nº 12/95. Inconstitu-cionalidade. Ofensa àquela iniciativa e a essa competência, de aplicação obrigató-ria aos Estados-membros, e, pois, ao princípio da independência e harmonia entre os Poderes (CF, art. 25 comb. c/ arts. 2. e 61). Possibilidade de descumprimento da norma. Ação direta de inconstitucionalidade. Viabilidade, porém, da adoção, no provimento dos cargos em comissão, no todo ou em parte, dos critérios estabeleci-dos pela mencionada Emenda, inclusive propondo-se, se por oportuno se tiver, em projeto de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, sua inserção em lei. Parecer 10407 OJNEmenta: Cargo em comissão. Dispensa do titular no curso do gozo de férias.Parecer 9576Ementa: CARGO EM COMISSÃO. Inspeção médica (laudo de ingresso no serviço público estadual). Lei nº 1.751/52, art. 182, parágrafo único (com a reda-ção da Lei nº 6.902/75). Constituição Estadual de 1989 (art. 32, par. 2º). Parecer nº 4368/80-PGE.Parecer 8487Ementa: DIRETOR DO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO SÃO PEDRO. CARGO EM COMISSÃO REMUNERADO PELO ESTADO, COM-PLEMENTADO PELA FUGAST E SUDS. ACUMULAÇÃO DE CAR-GOS. SALÁRIO - SUPLEMENTAÇÃO. SISTEMA UNIFICADO E DESCENTRALIZADO DE SAÚDE.Pareceres 8481- 12950- 12379 raTIFIca a OrIeNTaçãO DO Parecer Nº 12243 reTIFIca Os Pareceres Nºs 9440 e 10784 raTIFIcaDO PeLO Parecer Nº 12379 -12362-12243-12242

§ 1º - Os cargos em comissão não serão organizados em carreira.§ 2º - A lei poderá estabelecer, a par dos gerais, requisitos específi-

cos de escolaridade, habilitação profissional, saúde e outros para investi-

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dura em cargos em comissão.§ 3º - Aos ocupantes de cargos de que trata este artigo será assegu-

rado, quando exonerados, o direito a um vencimento integral por ano con-tinuado na função, desde que não titulem outro cargo ou função pública.***

§ 4º - Não terão direito às vantagens do parágrafo anterior os Se-cretários de Estado, Presidentes, Diretores e Superintendentes da admi-nistração direta, autárquica e de fundações públicas.***

§ 5º - O servidor público que se beneficiar das vantagens do § 3º deste artigo e, num prazo inferior a dois anos, for reconduzido a cargo de provimento em comissão não terá direito ao benefício.***

*Revogados pela Emenda Constitucional nº 12, de 14/12/95.**Declarada a inconstitucionalidade dos dispositivos §3º, 4º e 5º na ADI nº

182-5. D.J.U., 05/12/97.

Art. 33 - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Po-der Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

§ 1º - A remuneração dos servidores públicos do Estado e os sub-sídios dos membros de qualquer dos Poderes, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, dos Procuradores, dos Defensores Públicos, dos de-tentores de mandato eletivo e dos Secretários de Estado, estabelecidos conforme o § 4° do art. 39 da Constituição Federal, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, sendo assegurada através de lei de iniciativa do Poder Executi-vo a revisão geral anual da remuneração de todos os agentes públicos, ci-vis e militares, ativos, inativos e pensionistas, sempre na mesma data e sem distinção de índices.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 57, de 21/05/08.(Lei nº 12.222, de 30 de setembro de 2004).***(ADIn 3459)- O Tribunal, por maioria, não conheceu da ação)

§ 2º - O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores não po-derá ser inferior ao necessário para repor seu poder aquisitivo.

§ 3º - As gratificações e adicionais por tempo de serviço serão assegurados a todos os servidores estaduais e reger-se-ão por critérios uniformes quanto à incidência, ao número e às condições de aquisi-ção, na forma da lei.

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Parecer 14370Ementa: DIRIGENTE SINDICAL - RISCO DE VIDA - REVISÃO PAR-CIAL DA ORIENTAÇÃO POSTA NO Parecer 13.903 - Procede-se, somente em relação a servidores civis lotados na Brigada Militar, sujeitos ao regime da Lei Complementar Estadual 10.098, de 1994, nos termos do parágrafo único do ar-tigo 2º da Lei Complementar Estadual 10.248, de 1994, à revisão da orientação traçada no Parecer 13.903. É devido aos servidores extranumerários, no exercício de mandato classista, lotados na Brigada Militar, o acréscimo remuneratório de-nominado “risco de vida”. Mantém-se, contudo, a orientação no sentido de não se conceder ao exercente de mandato classista o pagamento de adicionais que corres-pondam a condições excepcionais de trabalho, como os previstos no inciso XXIII do artigo 7º da Constituição Federal, bem como os decorrentes do exercício de função gratificada não incorporada.Parecer 9183Ementa: GRATIFICAÇÃO DE DIREÇÃO. GRATIFICAÇÕES EQUIVA-LENTES INCORPORADAS. Base de cálculo dos triênios ou qüinqüênios.Parecer 9000Ementa: POLICIAL CIVIL, BRIGADA MILITAR E SERVIDORES PENI-TENCIÁRIOS. INTERPRETAÇÃO D O ART. 3º E 4 DA LEI Nº 9.152/90. BASE DE CÁLCULO DOS ADICIONAIS DE 15% E 25% E DOS AVAN-ÇOS TRIENAIS: CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE SE INCLUEM A FG, O AS E A GRATIFICAÇÃO EQUIVALENTE, INCORPORADAS OU NÃO. DIFERENÇA DE FG EM RAZÃO DA CLASSE DO DELEGADO. CONS-TITUIÇÃO ESTADUAL, ART. 33 PAR. 3.

§ 4º - A lei assegurará ao servidor que, por um qüinqüênio comple-to, não houver interrompido a prestação de serviço ao Estado e revelar as-siduidade, licença-prêmio de três meses, que pode ser convertida em tem-po dobrado de serviço, para os efeitos nela previstos.*

**Regulamentado pela Lei nº 9.075, de 22/05/90. Vide a Lei nº 9.868/93.

Parecer 14621Ementa: Cômputo de tempo de serviço prestado à Fundação Gaúcha do Trabalho para concessão de vantagens temporais. Possibilidade, porque o ingresso no serviço público estadual ocorreu ainda na vigência do artigo 170, parágrafo único, da Lei nº 1.751/52, na redação conferida pela Lei nº 7.956/84. Inviável, contudo, o côm-puto para concessão de licença-prêmio, por exigir a Constituição Estadual vínculo funcional com o Estado do Rio Grande do Sul.Parecer 9548Ementa: LICENÇA PRÊMIO QÜINQÜENAL. Impossibilidade do cômputo de tempo de serviço estranho ao Estado para a formação do qüinqüênio. Artigo 33, parágrafo 4º, da Constituição do Estado. Orientação do Parecer nº 9486/92-PGE.Parecer 9011 - OrIeNTaçãO raTIFIcaDa PeLO Parecer Nº 9965- OrIeNTaçãO raTIFIcaDa PeLO Parecer Nº 12420

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Ementa: LICENÇA-PRÊMIO. QÜINQÜÊNIO ANTERIOR A PROMUL-GAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE 1989. CEDÊNCIA A ÓR-GÃO FEDERAL - LEI 9.075 DE 22 DE MAIO DE 1990. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE 1989 - ART. 33, PAR. 4. Parecer 8912Ementa: LICENÇA-PRÊMIO. FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS E MANTI-DAS PELO ESTADO. EXAME DA NATUREZA JURÍDICA DAS FUN-DAÇÕES INSTITUÍDAS PELO ESTADO COM BASE NAS CONSTITUI-ÇÕES FEDERAL E ESTADUAL. O SERVIDOR DO ENTE DE DIREI-TO PRIVADO INSTITUÍDO PELO ESTADO NÃO TEM DIREITO A LI-CENÇA-PRÊMIO PREVISTA NO PAR. 4 DO ARTIGO 33 DA CONSTI-TUIÇÃO DO ESTADO. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 33, PA-RÁGRAFO 4. Parecer 8757Ementa: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO. SERVIDOR CELETISTA. A LICENÇA-PRÊMIO E DIREITO ASSEGURADO AOS SERVIDORES ESTATUTÁRIOS. Parecer 8610 OrIeNTaçãO raTIFIcaDa PeLO Parecer Nº 9965- OrIeNTaçãO raTIFIcaDa PeLO Parecer Nº 12420Ementa: LICENÇA-PRÊMIO. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E LEI Nº 9.075, DE 22 DE MAIO DE 1990. FUNCIONÁRIO QUE PERDEU O DI-REITO A LICENÇA-PRÊMIO, SEGUNDO A LEGISLAÇÃO REVOGA-DA, NÃO PODE COMPUTAR O TEMPO ANTERIOR A INTERRUP-ÇÃO, PARA A OBTENÇÃO DE LICENÇA SOB AS NOVAS REGRAS.Parecer 8356Ementa: LICENÇA-PRÊMIO. ART. 33, PARÁGRAFO 4º, DA CONSTI-TUIÇÃO ESTADUAL DE 1989. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO ANTES MESMO DA REGULAMENTAÇÃO DO TEXTO CONSTITUCIONAL, EXCLUSIVAMENTE NO CASO DE ASSIDUIDADE PLENA POR PAR-TE DO FUNCIONÁRIO. OS Nº 67/87-91. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 33, PARÁGRAFO 4º.

§ 5º - Fica vedado atribuir aos servidores da administração pública qualquer gratificação de equivalência superior à remuneração fixada para os cargos ou funções de confiança criados em lei.

Parecer 9545Ementa: Gratificações equivalentes. Valor, número e destinatários. Legislação aplicável. Parecer 9361Ementa: TRIBUNAL MILITAR DO ESTADO. Remuneração de cargos em comissão e funções gratificadas. Brigada Militar. Lei nº 7.315/79, com a redação da Lei nº 7.487/81: artigo 14. Vedação do artigo da Lei nº 9.152/90, mantida no parágrafo 2º do artigo 9º da Lei nº 9.481/91.Parecer 8941Ementa: INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO EQUIVALENTE. SER-VIDOR AUTÁRQUICO.

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Parecer 8360Ementa: INSTUCARNES. SERVIDOR CONTRATADO ASSESSOR AD-MINISTRATIVO COM REMUNERAÇÃO AS-6. EXERCÍCIO DE CO-MISSIONAMENTO COM GRATIFICAÇÃO DE VALOR VARIÁVEL. ATRIBUIÇÕES DO COMISSIONAMENTO IDÊNTICAS A DO CON-TRATO. EXERCÍCIO DE FISCALIZAÇÃO DE SERVIÇO DE ESTATÍS-TICA. COMPETÊNCIA. GRATIFICAÇÃO EQUIVALENTE. CONSTI-TUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 33, PARÁGRAFO 5. INSTITUTO SUL RIOGRANDENSE DE CARNES.

§ 6º - É vedada a participação dos servidores públicos no produto da arrecadação de multas, inclusive da dívida ativa.

§ 7º - Para fins do disposto no art. 37, § 12, da Constituição Fede-ral, fica fixado como limite único, no âmbito de qualquer dos Poderes, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, o subsídio mensal, em espé-cie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Gran-de do Sul, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 57, de 21/05/08.

Art. 34 - Os servidores estaduais somente serão indicados para par-ticipar em cursos de especialização ou capacitação técnica profissional no Estado, no País ou no exterior, com custos para o Poder Público, quando houver correlação entre o conteúdo programático de tais cursos e as atri-buições do cargo ou função exercidos.

Parecer 14980Ementa: MAGISTÉRIO ESTADUAL. ALTERAÇÃO DE NÍVEL. ORIEN-TAÇÃO JURÍDICA DA PGE. REVISÃO. INCIDÊNCIA SOBRE SITUA-ÇÕES FUNCIONAIS CONSTITUÍDAS SOB A VIGÊNCIA DE Parecer 14072/04, REFORMULADO PELO Parecer 14472/06. CONSEQÜÊNCIAS.ORIENTAÇÃO JURÍDICA. Parecer 14472(OJN)Ementa: Licenciatura curta. Pós-graduação lato sensu. Alteração de nível. Impossibilidade. Necessidade de acesso gradativo e seqüencial entre os níveis. Revisão do Parecer 14.072.Parecer 14082Ementa: Pós-graduação lato sensu. Convênio com a Associação Cultural Italiana do Rio Grande do Sul. Possibilidade de alteração de nível. Parecer 14072Ementa: Licenciatura curta. Pós-graduação lato sensu. Validade. Alteração de ní-vel. Possibilidade. Parecer 14017Ementa: Secretaria da Educação. Cursos Técnicos. Professor. Disciplinas profis-

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sionalizantes. Registro Profissional. Órgão de Classe.Parecer 13429Ementa: CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO. CUSTOS A CARGO DO ES-TADO QUANDO HOUVER CORRELAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO CURSO E AS ATRIBUIÇÕES DO CARGO OU FUNÇÃO EXERCIDA. ARTIGO 34 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 89.Parecer 12727Ementa: ABANDONO DE CARGO - ATENUANTES E AGRAVANTES - O servidor não tem direito líquido e certo ao deferimento de licença para qualifi-cação profissional, porquanto somente quando houver equilíbrio entre os seus in-teresses e o da Administração é que a aludida licença lhe será deferida, em caráter discricionário. É pacífico na jurisprudência firmada por esta Procuradoria-Geral do Estado que as licenças postuladas pelo servidor devem ser, regra geral, aguar-dadas no efetivo exercício de sua atividade. Não são as circunstâncias pessoais do servidor que justificam a instauração ou não do processo administrativo-discipli-nar, mas sim a verificação objetiva de situação que, em tese, configure ilícito ad-ministrativo-disciplinar. Não é o ato administrativo de indeferimento da licença para qualificação profissional não constitui o suporte fático da infração disciplinar tipificada como abandono de cargo, mas sim o fato de, injustificadamente, ausen-tar-se do serviço o servidor por lapso de tempo superior a trinta dias consecutivos. O deferimento ou indeferimento de pretensão manifestada por servidor apenas constitui a corporificação do poder-dever de responder a Administração, correlato ao direito constitucional de petição. Não basta que tenha havido o preenchimen-to da vaga do servidor que haja deixado de comParecer ao serviço, aguardando o exame do pleito concernente à licença para qualificação profissional, cabendo-lhe, antes, demonstrar a absoluta impossibilidade de trabalhar para arredar a imputa-ção de abandono de cargo. A dubiedade do comportamento da Administração em face da situação do servidor, por não se coadunar com a transparência pressu-posta no princípio constitucional da publicidade, constitui circunstância atenuan-te. Consoante precedentes da Casa, constituem circunstâncias atenuantes o retor-no espontâneo do servidor ao seu trabalho, sem que a seu respeito apresentasse a Chefia qualquer reclamação e a pouca monta do prejuízo ao erário e ao andamen-to do serviço. Não se exige do servidor que, no processo administrativo-disciplinar, deponha em seu próprio desfavor, mas é dele exigível que, ao prestar depoimento, diga a verdade, especialmente no caso em que narrar fato em que estejam envol-vidas terceiras pessoas. A falta para com o dever de veracidade no processo com-provada em cotejo com os elementos constantes dos autos constitui circunstância apta a agravar a pena disciplinar.Parecer 12727Ementa: ABANDONO DE CARGO - ATENUANTES E AGRAVANTES - O servidor não tem direito líquido e certo ao deferimento de licença para qualifi-cação profissional, porquanto somente quando houver equilíbrio entre os seus in-teresses e o da Administração é que a aludida licença lhe será deferida, em caráter discricionário. É pacífico na jurisprudência firmada por esta Procuradoria-Geral do Estado que as licenças postuladas pelo servidor devem ser, regra geral, aguar-dadas no efetivo exercício de sua atividade. Não são as circunstâncias pessoais do servidor que justificam a instauração ou não do processo administrativo-discipli-

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nar, mas sim a verificação objetiva de situação que, em tese, configure ilícito ad-ministrativo-disciplinar. Não é o ato administrativo de indeferimento da licença para qualificação profissional não constitui o suporte fático da infração disciplinar tipificada como abandono de cargo, mas sim o fato de, injustificadamente, ausen-tar-se do serviço o servidor por lapso de tempo superior a trinta dias consecutivos. O deferimento ou indeferimento de pretensão manifestada por servidor apenas constitui a corporificação do poder-dever de responder a Administração, correlato ao direito constitucional de petição. Não basta que tenha havido o preenchimen-to da vaga do servidor que haja deixado de comParecer ao serviço, aguardando o exame do pleito concernente à licença para qualificação profissional, cabendo-lhe, antes, demonstrar a absoluta impossibilidade de trabalhar para arredar a imputa-ção de abandono de cargo. A dubiedade do comportamento da Administração em face da situação do servidor, por não se coadunar com a transparência pressu-posta no princípio constitucional da publicidade, constitui circunstância atenuan-te. Consoante precedentes da Casa, constituem circunstâncias atenuantes o retor-no espontâneo do servidor ao seu trabalho, sem que a seu respeito apresentasse a Chefia qualquer reclamação e a pouca monta do prejuízo ao erário e ao andamen-to do serviço. Não se exige do servidor que, no processo administrativo-disciplinar, deponha em seu próprio desfavor, mas é dele exigível que, ao prestar depoimento, diga a verdade, especialmente no caso em que narrar fato em que estejam envol-vidas terceiras pessoas. A falta para com o dever de veracidade no processo com-provada em cotejo com os elementos constantes dos autos constitui circunstância apta a agravar a pena disciplinar.Parecer 12189Ementa: LICENÇA PARA FREQÜÊNCIA A CURSO DE PÓS--GRADUAÇÃO. AFASTAMENTO PARCIAL. VIABILIDADE, A TEOR DO DISPOSTO NO ART. 125 DA LEI Nº 10.098/94.Parecer 11055Ementa: SERVIDORA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA. LICENÇA RE-MUNERADA, DE DOIS ANOS, PARA REALIZAÇÃO DE CURSO DE MESTRADO EM PORTO ALEGRE. CORRELAÇÃO COM AS ATRIBUI-ÇÕES DO CARGO EFETIVO. LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098/94, arti-gos 124 e 125. Parecer 10825Ementa: Professor. Quadro de Carreira. Mudança de nível. Curso de ‘Metodo-logia do Ensino Superior’. Para evolução na carreira é necessário que o curso re-alizado tenha “correlação direta e imediata com as atribuições do cargo exercido”: Constituição do Estado, parágrafo único do artigo 34.Parecer 10175 OJNEmenta: SERVIDOR PÚBLICO. Interpretação da Lei Complementar nº 10.098/94, ESTATUTO e REGIME ÚNICO. Incidência, ou não, aos celetistas, em caso de afastamento do exercício da função. Pareceres Da PGe. Questões sobre o artigo 25 (inciso III e parag. 2º).Parecer 10049 OJNEmenta:Licença para participar de seminário no exterior. Correlação entre as ma-térias do evento e as atribuições do cargo exercido (art. 125, Lei nº 10.098/93). Ina-plicabilidade, no caso, do art. 25, III, da mesma lei. Constituição Estadual, art. 34.

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Parecer 9426Ementa: LICENÇA PARA QUALIFICAÇÃO. BOLSA DE ESTUDOS. A cessação do exercício para realização de curso depende de prévia e discri-cionária autorização do Chefe do Poder Executivo, devendo o servidor aguar-dar em exercício a publicação do respectivo ato, sob pena de incorrer em abandono. Caso em que o servidor afastou-se unilateralmente da função sem que sequer a respeito se tivesse manifestado o Governador do Estado. Instau-ração de inquérito administrativo para apuração da falta.Parecer 9177 OJNEmenta:QUADRO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO. Mudança do nível 5 para o nível 6.  Lei nº 6.672/74 (art. 7º); Constituição Estadual de 1989, art. 34 e Instrução Normativa 01/89, de 07 de agosto de 1989. A correlação inequívoca entre o curso de pós-graduação e a licenciatura plena e requisito (para a mudança do nível 5 para o nível 6) exigível a partir de 03 de outubro de 1989 (data da Cons-tituição do Estado). Pareceres nºs 8922 e 8923, ambos da PGE.Pareceres-14082-13100-10216-10175-9848 OJN-9713-9642-9189-9065-8539-8342

Parágrafo único - Não constituirá critério de evolução na carreira a realização de curso que não guarde correlação direta e imediata com as atribuições do cargo exercido.

Parecer 10825Ementa: Professor. Quadro de Carreira. Mudança de nível. Curso de ‘Metodo-logia do Ensino Superior’. Para evolução na carreira é necessário que o curso re-alizado tenha “correlação direta e imediata com as atribuições do cargo exercido”: Constituição do Estado, parágrafo único do artigo 34.Parecer 8979Ementa: MAGISTÉRIO. ALTERAÇÃO DE NÍVEL, EM VIRTUDE DE CURSO REALIZADO. CORRELAÇÃO DIRETA E IMEDIATA COM AS ATRIBUIÇÕES DO CARGO EXERCIDO (CONSTITUIÇÃO ESTADU-AL, ART. 34 E PARÁGRAFO ÚNICO). Parecer 8922Ementa: MAGISTÉRIO. NÍVEL 6. CORRELAÇÃO INEQUÍVOCA (DI-RETA E IMEDIATA) ENTRE O CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO E A LICENCIATURA PLENA (CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, PARÁGRA-FO ÚNICO DO ART. 34). REQUISITOS SÓ EXIGÍVEL APÓS 03.10.1989.

Art. 35 - O pagamento da remuneração mensal dos servidores pú-blicos do Estado e das autarquias será realizado até o último dia útil do mês do trabalho prestado.**

**(ADIn 657- 23/10/2001 – Improcedente-)

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Parecer 8459Ementa:FUNDAÇÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. PAGAMENTO MENSAL DE SALÁRIOS. ARTIGO 35 DA CONSTITUIÇÃO DO ES-TADO.Pareceres 9672 – 9654- 9640- 9424 ojn-9319 ojn ratificado pelo 13055

Parágrafo único - O pagamento da gratificação natalina, também denominada décimo terceiro salário, será efetuado até o dia 20 de dezem-bro.**

**(ADIn 657- 23/10/2001-Improcedente-)

Art. 36 - As obrigações pecuniárias dos órgãos da administração direta e indireta para com os seus servidores ativos e inativos ou pensio-nistas não cumpridas até o último dia do mês da aquisição do direito de-verão ser liquidadas com valores atualizados pelos índices aplicados para a revisão geral da remuneração dos servidores públicos do Estado.

Parecer 14621Ementa:Cômputo de tempo de serviço prestado à Fundação Gaúcha do Trabalho para concessão de vantagens temporais. Possibilidade, porque o ingresso no serviço público estadual ocorreu ainda na vigência do artigo 170, parágrafo único, da Lei nº 1.751/52, na redação conferida pela Lei nº 7.956/84. Inviável, contudo, o côm-puto para concessão de licença-prêmio, por exigir a Constituição Estadual vínculo funcional com o Estado do Rio Grande do Sul.Parecer 13629Ementa:CE/89, art. 36. É devida correção monetária sempre que houver atraso no pagamento da remuneração e do décimo terceiro salário, mas o “quantum” de-penderá da existência de efetivo reajuste dos vencimentos da categoria funcional do interessado. Pareceres PGE n.º 9.319/92 e n.º 9.408/92.Parecer 9707Ementa: 13º vencimento ou salário. Constituição Estadual. Atualização devida se a vantagem não é paga no mês de dezembro (CE, art. 36, comb. c/ a Lei nº 8.020/85).Parecer 9498Ementa: DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODA-GEM. Decisão nº 20.833, de 30-09-91, que autoriza o pagamento de horas ex-tras. Aplicação do Parecer nº 9319/92-PGE: artigo 36 da Constituição do Estado.Parecer 9474 OJNEmenta: SERVIDOR POLICIAL Diárias e ajuda de custo. Atualização de valores pagos. Deferimento, face ao disposto no artigo 36 da CE/89. Retifi-cação do Parecer nº 8854.Parecer 9410Ementa: SERVIDOR PÚBLICO. Incorporação de vantagem com base nas Leis nºs 7.872/83 e 8.188/86. Incidência do art. 36 da Constituição Estadual.

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Parecer 9408Ementa: Servidor autárquico. Revisão de proventos levada a efeito no âmbito de entidade autárquica: necessidade de revisão da legalidade de apostila. Aplicação do art. 36 da Constituição Estadual, se devida a vantagem. Critérios.Pareceres 9980- 9967- 9779- 9762 raTIFIcaDO PeLO 10261- 9707- 9693-9691-9639-9506-9504-9421-9319 OJN raTIFIcaDO PeLO 13055- 9259 raTIFIca 9037- 8854-8684-8567-8566-8544

Art. 37 - O tempo de serviço público federal, estadual e municipal prestado à administração pública direta e indireta, inclusive fundações pú-blicas, será computado integralmente para fins de gratificações e adicio-nais por tempo de serviço, aposentadoria e disponibilidade.

Parágrafo único - O tempo em que o servidor houver exercido ati-vidade em serviços transferidos para o Estado será computado como de serviço público estadual.

Parecer 14861 ONEmenta:SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL OCUPANTE DE CARGO DE PROVIMENTO EFETIVO. DIREITO AO CÔMPUTO DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO ANTERIORMENTE AO ESTADO, DECOR-RENTE DE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. APLICAÇÃO DO ARTI-GO 64, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098/94. REVISÃO DO Parecer Nº 14.404/05.Parecer 13766Ementa:PROCURADOR DO ESTADO. Pretensão de valoração de tempo de serviço prestado à Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor - FEBEM/RS - para efeitos de concessão de vantagens temporais. Considerações sobre a aplica-ção dos artigos 37 da Constituição Estadual e 78 da Lei Orgânica da Advocacia de Estado. Precedentes do STJ e do STF. Parecer 13701Ementa:SERVIDOR ESTADUAL. Pretensão de valoração de tempo de servi-ço prestado à Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Gran-de do Sul - PROCERGS - para o efeito de concessão de avanços. Considerações sobre a aplicação do artigo 37 da Constituição Estadual. Precedentes do Tribunal de Contas do Estado e do Superior Tribunal de Justiça.Parecer 13700Ementa:PROCURADOR DO ESTADO. Pretensão de valoração de tempo de serviço prestado à Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul - PROCERGS - para efeitos de concessão de vantagens. Conside-rações sobre a aplicação dos artigos 37 da Constituição Estadual e 78 da Lei Or-gânica da Advocacia de Estado. Precedentes do STJ e do STF.Parecer 13652 ONEmenta:PROCURADOR DO ESTADO. Pretensão de valoração de tempo de

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serviço prestado à ASCAR e ao BANRISUL para efeitos de concessão de qüin-qüênio. 1. O entendimento firmado pela jurisprudência administrativa estadual é o de que a ASCAR constitui uma associação civil, não integrante da administra-ção pública indireta (Parecer nº 12852/01, aprovado pelo Governador do Esta-do). 2. Considerações sobre a aplicação do artigo 170, parágrafo único, da Lei nº 1.751/52, na redação da Lei nº 7.956/84, e do artigo 37 da Constituição Estadual.Parecer 13491 raTIFIcaDO PeLOs Pareceres Nºs 2120, 5714, 6990, 10849 e 12216Ementa:SERVIDOR PÚBLICO INATIVO DO PODER EXECUTIVO. ACUMULAÇÃO: art. 37, itens XVI e XVII, da Constituição da República de 1988. JURISPRUDÊNCIA DO PLENO DO SUPREMO TRIBUNAL FE-DERAL. Pareceres nºs 10455/94 e 10547/94-PGE.Parecer 12351 raTIFIcaDO PeLO Parecer 13469Ementa:TEMPO DE SERVIÇO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. Não tem a natureza de serviço público o prestado à sociedade de economia mista para os fins autorizados no art. 37 da Constituição do Estado de 1989.Parecer 12347Ementa:TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO À EMPRESA BRASI-LEIRA DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES (GEIPOT). NA-TUREZA JURÍDICA (EMPRESA PÚBLICA FEDERAL). - INDEFE-RIMENTO DA PRETENSÃO PARA OS FINS PREVISTOS NO AR-TIGO 37 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, EXCETO APOSENTA-DORIA.Parecer 11635 mODIFIca a OrIeNTaçãO DOs Pareceres Nºs 10839 e 11635. mODIFIca em ParTe a OrIeNTaçãO DO Parecer Nº 10052. raTIFIca a OrIeNTa-çãO DO Parecer Nº 7770Ementa: GRATIFICAÇÃO POR QÜINQÜÊNIOS. PROCURADOR DO ESTADO. DIREITO FORMADO: QÜINQÜÊNIOS COMPLETA-DOS NA CARREIRA COM OU SEM AVERBAÇÃO PRÉVIA DE TEM-PO DE SERVIÇO PÚBLICO ESTRANHO A ELA OU DECORRENTE DE CONVERSÃO DE LICENÇA-PRÊMIO. DIREITO FORMATIVO: QÜINQÜÊNIOS DE TEMPO DE SERVIÇO PÚBLICO ESTRANHO AO ESTADO OU DECORRENTE DE CONVERSÃO DE LICENÇA-PRÊ-MIO: EFICÁCIA A PARTIR DO PEDIDO.Parecer 10839 raTIFIcaDO PeLO Parecer Nº12190Ementa:Concessão automática de qüinqüênio. Cômputo de tempo de serviço prestado a empresa pública da União. Para a concessão da vantagem temporal de-nominada qüinqüênio, inexiste previsão legal de automaticidade como há para o avanço trienal. Tempo de serviço prestado a entidade da administração indireta da União, de direito privado, não se subsume na espécie do cômputo previsto no art. 37 da C.E., que exige a natureza de “ público”.Parecer 10565Ementa: TEMPO DE SERVIÇO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FEDERAL. Não tem a natureza de serviço público o prestado a sociedade de eco-nomia mista da União para os fins autorizados no artigo 37 da Constituição Es-tadual.Parecer 10316Ementa: SSMA. Servidor público autorizado a se afastar do País - sem ônus para

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a origem - para trabalhar junto a Organização Panamericana de Saúde, USA.Parecer 10231Ementa: CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL. Ex-empregados da FIN-HAB, SULBRASILEIRO e HABITASUL admitidos pela autarquia. Termo de com-promisso firmado com a intervenção do BNH. Não-aplicabilidade do parágrafo único do artigo 37 da Constituição Estadual.Parecer 10174Ementa: Tempo de serviço militar obrigatório. Natureza jurídica. Cômputo para fins de vantagens temporais somente nas hipóteses de previsão legal.Parecer 9441Ementa: TEMPO DE SERVIÇO. PROCURADOR DO ESTADO. Consti-tuição Estadual. O desempenho de atividade laborativa em empresa de eco-nomia mista federal não constitui tempo de serviço público previsto na Carta Estadual (art. 37). Parecer nº 8431.Parecer 8615Ementa:METROPLAN. CONTAGEM DE TEMPO, CONFORME ARTI-GO 37 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE 1989. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 37.Parecer 8431Ementa:TEMPO DE SERVIÇO. VASP - VIAÇÃO AÉREA DE SÃO PAU-LO, S/A. O TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO A ESSA EMPRESA E COMPUTÁVEL PARA A APOSENTADORIA (LEI Nº 7.057, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1976, RECIPROCIDADE); MAS NÃO É COMPUTÁ-VEL PARA O CÁLCULO DE GRATIFICAÇÕES DE 15% E 25%, TRI-ÊNIOS, QÜINQÜÊNIOS E AVANÇOS (CONST. ESTADUAL, ART. 37; LEIS NÚMEROS 1.751, DE 22 DE FEVEREIRO DE 1952, ARTS. 110 E E 170, 7.956, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1984, E 7.970, DE 03 DE JANEI-RO DE 1985). FUNCIONÁRIO - AVANÇOS. GRATIFICAÇÃO ADICIO-NAL.Parecer 8387Ementa:FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS E MANTIDAS PELO ESTADO. CIENTEC, METROPLAN, ZOOBOTÂNICA. EMPREGADOS. TEMPO DE SERVIÇO PÚBLICO ANTERIOR: IMPOSSIBILIDADE DE APLICA-ÇÃO DO ARTIGO 37 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO. CONSTITUI-ÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 37.Parecer 8198Ementa:FUNDAÇÃO ESTADUAL. CIENTEC. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO. EMPREGADO. CÔMPUTO DE TEMPO DE SER-VIÇO PÚBLICO ESTRANHO PARA FINS DE GRATIFICAÇÃO E ADI-CIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO, POR FORÇA DO DISPOSTO NO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. INAPLICABILIDADE DA REGRA CONSTITUCIONAL, SALVO PREVISÃO ESTATUTÁRIA. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 37. TEMPO DE SERVIÇO.Parecer 14931-14804-14440-13729-13702- 13699- 13607-13528-12910-12862-12854 -12423 -12388 -12213 -11422 -10940 -10311-10211-10068-9548-9318-8479 maIs 41 Pareceres.

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Art. 38 - O servidor público será aposentado:

Parecer 11729Ementa:Município de Bento Gonçalves. Proventos de aposentadoria propor-cional. Lei Municipal estabelecendo que não serão inferiores a um terço do ven-cimento da atividade, nem ao valor do menor padrão de vencimentos do quadro de servidores. Regra Inconstitucional, por ofensa aos artigos 38, I, II e III, “c” e “d”, da CE/89 e 40 da CF/88.Parecer 10290 (OrIeNTaçãO revIsaDa PeLO Parecer Nº 12620)Ementa:APOSENTADORIA. TEMPO DE SERVIÇO. REDUÇÃO. Com-patibilidade material das Leis nºs 2.455, de 06.11.54 e 3872-A, de 22.02.52, com a Constituição da República de 1988. Orientação do Parecer nº 7850/89-PGE. Idem quanto a Constituição do Estado de 1989. No mesmo sentido, quando con-frontadas com a Lei Complementar nº 10.098, de 03.02.94.Parecer 10280Ementa: VEREADOR NÃO PODE PROPOR PROJETO DE LEI SOBRE APOSENTADORIA DE SERVIDOR MUNICIPAL: TRATA-SE DE INI-CIATIVA EXCLUSIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO (CF, art. 61, pará-grafo 1º, II, letra “c”; CE, art. 60, II, letra “b”).

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando de-corrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, conta-giosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;

Parecer 9729Ementa-LAUDO MÉDICO. PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO. APOSENTADORIA. A existência de laudo médico que declare a inaptidão físi-ca ou mental de determinado candidato para ser provido em certo cargo não pode servir de fundamento para sua aposentadoria em outro cargo, que já titule.

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III – voluntariamente:a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mu-

lher, com proventos integrais;b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se

professor, e vinte e cinco, se professora, com proventos integrais;***Vide Lei nº 9.841, de 16/03/93

Parecer 14608Ementa: APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA DOS SERVIDORES PÚ-BLICOS ESTADUAIS. PROMOÇÃO PARA CARGOS INTEGRANTES DA MESMA CARREIRA. REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. RE-

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QUISITO DE CINCO ANOS NO CARGO EFETIVO EM QUE SE DARÁ A APOSENTADORIA - ART. 40, § 1º, III, DA CONSTITUIÇÃO FEDE-RAL DE 1988. REVISÃO PARCIAL DO Parecer PGE Nº 14.286. Parecer 14585Ementa: PROFESSOR E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO. APOSEN-TADORIA ESPECIAL NO DESEMPENHO DE ATIVIDADES EDU-CATIVAS, INCLUÍDAS, ALÉM DO EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA, ATI-VIDADES DE DIREÇÃO DE UNIDADE ESCOLAR E DE COORDE-NAÇÃO E ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO. PREVISÃO CONTI-DA NA LEI FEDERAL Nº 9.394/96, POR FORÇA DA LEI FEDERAL Nº 11.301, DE 10.05.2006. INCONSTITUCIONALIDADE EM FACE DO § 4º e DO § 5º DO ARTIGO 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CONFOR-ME INTERPRETAÇÃO DO STF - SÚMULA Nº 726. Parecer 14286Ementa: Aposentadoria concedida com base no artigo 2º da Emenda Constitu-cional nº 41/03. Ausência de 5 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo em que se deu a aposentadoria. Desconstituição do ato.Parecer/PGe-9550 OJNEmenta: Professor. Aposentadoria especial. Cômputo de tempo de efetivo exer-cício em funções de magistério. Modificação da jurisprudência administrativa es-tadual.

c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mu-lher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º - Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, alíneas a e c, no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas.

Parecer 8791Ementa: APLICABILIDADE DA LEI ESTADUAL Nº 7616/82, EM FACE DO ADVENTO DA LEI Nº 9124/90. A LEI Nº 9124/90 LIMITOU-SE A ALTERAR MINIMAMENTE O OBJETO DA LEI Nº 7616/82 (O ELEN-CO DAS MOLÉSTIAS INCAPACITANTES ESPECIFICADAS), PER-MANECENDO IMODIFICÁVEIS SUA FINALIDADE (REGULAMEN-TAÇÃO DO INSTITUTO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM PROVENTOS INTEGRAIS), DESTINATÁRIOS (OS SERVIDO-RES PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO) E ÁREA DE ABRANGÊNCIA (A ÁREA CIVIL DO FUNCIONALISMO PÚBLICO ESTADUAL). A LEI Nº 7616/82, PORTANTO, ERA E CONTINUA INAPLICÁVEL AOS POLÍTI-COS MILITARES DO ESTADO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.Parecer 8787Ementa: APOSENTADORIA ESPECIAL DO FUNCIONÁRIO POLI-CIAL. CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE SERVIÇO PRIVA-

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DO. TEMPO DE SERVIÇO PRIVADO.

§ 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou em-pregos temporários.

Parecer 12848Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. POLICIAIS CIVIS ACUSADOS DE INFRAÇÃO CAPITULADA NOS INCISOS XXXVIII E XL, DO ARTIGO 81 DA LEI N.º 7.366/80. CONDENAÇÃO PENAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. AGRAVANTES DO ARTIGO 84, § 3º. INIMPUTABILIDADE QUE NÃO SE RECONHECE POR NÃO RETROAGIR À DATA DO FATO DELITIVO. SUGESTÃO DE DEMIS-SÃO E CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA. Parecer 12688Ementa: SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE. SECRETARIA ESTA-DUAL DO MEIO AMBIENTE. POÇOS ARTESIANOS. EXAME DA LE-GALIDADE DO DECRETO ESTADUAL nº 23.430/74, QUE REGULA-MENTA A SUA UTILIZAÇÃO NO ESTADO. 1. Em face da inexistência de chancela legal, entende-se pela ilegalidade do disposto nos artigos 87 e 96 do De-creto Estadual nº 23.430/74, que estabelecem, de forma cogente, a utilização ex-clusiva da rede pública de abastecimento de água potável nas edificações. 2. A Se-cretaria Estadual do Meio Ambiente, por intermédio do Departamento de Re-cursos Hídricos, tem competência para fiscalizar e controlar o número de poços artesianos no território estadual, bem como outorgar a autorização para sua per-furação e extração. 3. A Secretaria Estadual da Saúde, por intermédio da Divisão de Vigilância Sanitária, tem competência para fiscalizar a potabilidade da água ex-traída dos poços artesianos.

§ 3º - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma pro-porção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos ser-vidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer be-nefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em ativi-dade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

Parecer 14990Ementa: A orientação jurídico-normativa para a Administração Estadual prevista no artigo 115, I, da Constituição Estadual alcança todos os órgãos e Poderes do Estado no exercício de funções administrativas, em consonância com o artigo 132 da Constituição Federal. O critério para a aplicação inter-temporal do regramento previdenciário é o momento em que implementa-dos os requisitos para a concessão do benefício. A relação previdenciária que se estabelece a partir da posse em cargo público independe do vínculo estatu-tário e está sujeita a alterações, não tendo o regime então vigente o poder de atrelar a disciplina incidente por ocasião da aposentadoria. A fixação e o re-ajuste dos proventos de aposentadoria por invalidez hão de observar as dis-

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posições da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, precedida da Medida Provisória nº 167, de 19 de fevereiro de 2004, quando o laudo médico oficial houver sido expedido na sua vigência. Em havendo orientação jurídico-normativa no âm-bito de Poder do Estado dotado de autonomia administrativa que veio a ser adotada no Tribunal de Contas em sua atuação fiscalizadora e que seja diver-gente da destinada a vigorar em toda a Administração Estadual, necessária a sua revisão a fim de preservar-se o princípio da igualdade no tratamento a ser dispensado aos administrados. Parecer 11074Ementa: Revisão de proventos. Constituição Federal de 1988, artigo 40, parágra-fo 4.. Reclassificação de função gratificada e incorporação de representação. Leis nºs 7.861, de 21 de dezembro de 1983, e 7.894, de 13 de janeiro de 1984, e Lei nº 9.504, de 15 de janeiro de 1992. Parecer 10869 OJNEmenta: VALE-REFEIÇÃO. Impossibilidade jurídico-legal de sua atribuição aos servidores inativos. Parecer 10517Ementa: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRAN-DE DO SUL. CELETISTA INATIVADO ANTES DA EDIÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098, DE 03.02.94 (novo Estatuto). Pedido de extensão de vantagens relativas ao regime jurídico único.Parecer 10430Ementa: 11º AVANÇO TRIENAL. SERVIDORES INATIVOS DA CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL. INCIDÊNCIA DO ART. 99 E PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098/94. APLICAÇÃO DO PA-RÁGRAFO 4. DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.Parecer 9094Ementa: PENSÃO. REVISÃO. Aos proventos de servidor que incorporou função gratificada com fundamento no artigo 182 da Lei nº 1.751, de 22 de fevereiro de 1952, não pode ser incorporada outra função gratificada, dessa vez com base na Lei nº 7.872, de 26 de dezembro de 1983. Incompatibilida-de dos sistemas de incorporação de gratificações.

§ 4º - Na contagem do tempo para a aposentadoria do servidor aos trinta e cinco anos de serviço, e da servidora aos trinta, o período de exer-cício de atividades que assegurem direito a aposentadoria especial será acrescido de um sexto e de um quinto, respectivamente. **

**Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo §4º na ADI nº 178-7. D.J.U., 01/03/96.

Parecer 9153Ementa: TEMPO FICTO. O tempo anterior de serviço, prestado ao Estado sob o regime trabalhista, não pode ser considerado para os efeitos da Lei nº 2455, de 6 de novembro de 1954. Extranumerário mensalista, quando em desvio de função, não faz jus, em princípio, aos benefícios da Lei nº 2.455/54. Constituição Estadu-al de 1989, artigo 38, parágrafo 4º argüição de inconstitucionalidade.

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Parecer 8707Ementa: APOSENTADORIA. SERVIDOR POLICIAL DO SEXO FEMI-NINO. APOSENTADORIA AOS TRINTA ANOS DE SERVIÇO. A LEI COMPLEMENTAR Nº 51/85 NÃO AUTORIZA APOSENTADORIA AOS VINTE E CINCO ANOS DE SERVIÇO. INCONSTITUCIONALI-DADE DO PARÁGRAFO 4 DO ARTIGO 38 DA CONSTITUIÇÃO ES-TADUAL (ADIN 178-7).

§ 5º - As aposentadorias dos servidores públicos estaduais, in-clusive membros do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Tri-bunal de Contas do Estado serão custeados com recursos provenien-tes do Tesouro do Estado e das contribuições dos servidores, na for-ma da lei complementar.*

*Vide LEC nº 10.588, de 28/11/95, alterada pela LEC nº 11.476/00.

§ 6º - As aposentadorias dos servidores das autarquias estaduais e das fun-dações públicas serão custeadas com recursos provenientes da instituição corres-pondente e das contribuições de seus servidores, na forma da lei complementar.*

Parecer 11616Ementa: Lei Complementar nº 10776/96. Aposentadorias já adquiridas, ou não. Recolhimentos previdenciários. Diferença de proventos, no caso de aposentado-rias a serem pagas pelo INSS. Lei Complementar nº 10.727/96. Licença especial de reconversão funcional. Celetistas.

§ 7º - Na hipótese do parágrafo anterior, caso a entidade não possua fonte própria de receita, ou esta seja insuficiente, os recursos necessários se-rão complementados pelo Tesouro do Estado, na forma da lei complementar.*

§ 8º - Os recursos provenientes das contribuições de que tratam os parágrafos anteriores serão destinados exclusivamente a integralizar os proventos de aposentadoria, tendo o acompanhamento e a fiscalização dos servidores na sua aplicação, na forma da lei complementar.*

*(§§ 5º. 6º, 7º e 8º acrescentados pela Emenda Constitucional nº 09/95)

Pareceres 14025 13671- 11950 OJN- 11327- 11074- 9729- 9113

Art. 39 - O professor ou professora que trabalhe no atendimento de excepcionais poderá, a pedido, após vinte e cinco anos ou vinte anos, respectivamente, de efetivo exercício em regência de classe, completar seu tempo de serviço em outras atividades pedagógicas no ensino público es-tadual, as quais serão consideradas como de efetiva regência.

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Parágrafo único - A gratificação concedida ao servidor público es-tadual designado exclusivamente para exercer atividades no atendimento a deficientes, superdotados ou talentosos será incorporada ao vencimento após percebida por cinco anos consecutivos ou dez intercalados.

Parecer 13635 Ementa:CONCESSÃO JUDICIAL DA GRATIFICAÇÃO POR ATENDI-MENTO A CLASSE ESPECIAL - EFEITOS DO JULGADO NÃO RE-SULAM EM INCORPORAÇÃO, SE DESATENDIDOS OS PRESSUPOS-TOS ESTABELECIDOS PELO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 39 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, NEM ABRANGEM A CONCESSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE VIDA POSTERIORMENTE INSTITU-ÍDA, PORQUE TAMBÉM NÃO SATISFEITOS OS PRESSUPOSTOS LE-GAIS. DESCONSTITUIÇÃO DOS ATOS EIVA-DOS DE NULIDADE.Parecer 8358Ementa:MAGISTÉRIO. GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO EM ES-COLA OU CLASSE DE ALUNOS EXCEPCIONAIS. INCORPORAÇÃO AOS VENCIMENTOS. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 1989, ARTI-GO 39, PARÁGRAFO ÚNICO. ESPECIAL - INCORPORAÇÃO EM ATI-VIDADE. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 39, PARÁGRAFO ÚNICO.Pareceres 11642- 10837- 10355

Art. 40 - Decorridos trinta dias da data em que tiver sido protoco-lado o requerimento da aposentadoria, o servidor público será considera-do em licença especial, podendo afastar-se do serviço, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido.

*Instrução Normativa n.005/92- DOE 25.09.92)

Parecer 13097Ementa:Membro do Magistério Público Estadual.1. Convocação para o exercí-cio de horas-trabalho adicionais, com fulcro na Lei nº 11.005/97. Incorporação aos proventos das horas-trabalho exercidas. Pretensão, com vistas ao implemen-to da condição temporal legalmente imposta, de cômputo de período de convoca-ção para prestar serviço em regimes especiais regrados por outros diplomas jurí-dicos. Impossibilidade.2. Intelecção da norma que exige, para a incorporação das horas-trabalho, o seu exercício por ocasião da aposentadoria. Orientação do Pare-cer-PGE nº 12.118/98.3. Licença especial para fins de aposentadoria. O servidor público em gozo da licença de que trata o artigo 40 da Constituição Estadual pode afastar-se do serviço e terá direito à totalidade da remuneração nesse período.Parecer 12736Ementa:MEMBRO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. APO-SENTADORIA ESPECIAL (ART. 40, INCISO III, ALÍNEA ‘B’, DA CF/88, NA REDAÇÃO ANTERIOR À EC Nº 20/98). LICENÇA DO ART. 40 DA CE/89 AUTORIZADA PELA ADMINISTRAÇÃO. REGULARIZAÇÃO DA SITUAÇÃO FUNCIONAL (EFETIVIDADE) E SUSTAÇÃO DA RE-POSIÇÃO AO ERÁRIO DAS VANTAGENS PERCEBIDAS.Parecer 12356

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Ementa:LICENÇA ESPECIAL PARA APOSENTADORIA. POSSIBILI-DADE DE SUSTAÇÃO DO PEDIDO NO DECORRER DA LICENÇA AUTORIZADA PELO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. DE-VOLUÇÃO DAS QUANTIAS PERCEBIDAS A TÍTULO DE VENCI-MENTOS NO PERÍODO EIS QUE NÃO HOUVE EFETIVIDADE.Parecer 8582Ementa: FÉRIAS. ACRÉSCIMO DE UM TERÇO SOBRE A REMUNE-RAÇÃO NORMAL (CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, ART. 29, IX). LI-CENÇA ESPECIAL PARA AGUARDAR A APOSENTADORIA (CONS-TITUIÇÃO ESTADUAL, ART. 40). SERVIDOR EM LICENÇA ESPE-CIAL NÃO FAZ JUS AO CHAMADO ‘TERÇO DE FÉRIAS’, VANTA-GEM ATRIBUÍDA SOMENTE AQUELE SERVIDOR QUE ENTRA EM GOZO DE FÉRIAS. FUNCIONÁRIO - LICENÇA PARA AGUAR-DAR APOSENTADORIA. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 29, IX. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 40.Parecer 8316Ementa: RECURSO Parecer NÚMERO 7718/88-PGE. PEDIDO DE IN-DENIZAÇÃO. RECURSO. INDENIZAÇÃO.Pareceres 13536- 11737- 11676- 11 492- 11372- 10887- 10263- 10090

Parágrafo único - No período da licença de que trata este artigo, o servidor terá direito à totalidade da remuneração, computando-se o tem-po como de efetivo exercício para todos os efeitos legais.

Parecer 11492Ementa: PROFESSOR INATIVADO. REVERSÃO A ATIVIDADE. INVIABILIDADE. Parecer 11372Ementa: PROFESSOR ESTADUAL. Exercício permanente de regência de classe. Cumulação eventual com direção/vice-direção de escola. Aposentadoria especial. Parecer 10887Ementa: IPE. SERVIDOR “TRANSPOSTO”. CÔMPUTO DO TEMPO DE LICENÇA-PRÊMIO EM DOBRO PARA A APOSENTADORIA. IMPOS-SIBILIDADE. Parecer Nº 10.601. LICENÇA ESPECIAL PARA AGUAR-DAR APOSENTADORIA. VALE REFEIÇÃO E FÉRIAS INDEVIDOS. Parecer 10789Ementa: Funcionários de escolas públicas. Organização de Quadro de Car-reira. Aglutinação de cargos - Agente Administrativo Auxiliar e Secretário de Es-cola. Inconstitucionalidade: artigo 37, II, da Constituição Federal.

Art. 41 - O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e as-sistência à saúde para seus servidores e dependentes, mediante contribui-ção, na forma da lei previdenciária própria.*

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**Vide LECs nºs 12.065; de 29/03/04; e 12.066/04 (alterada pela LEC nº 12.134/04).

Parecer 12848Ementa: REGIME PREVIDENCIÁRIO - EMENDA CONSTITUCIO-NAL 20, 1998 - CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONA-LIDADE - Uma vez que o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou a respeito da validade, em princípio, da Emenda Constitucional nº 20/98, na ação direta de inconstitucionalidade 2.024, dadas as características do controle concentrado, em que a causa de pedir é aberta e, por isto, a questão constitucional suscitada é havi-da como voltada a todo o sistema constitucional e não somente aos fundamentos invocados pelo requerente, reafirma-se a orientação exarada no Parecer 12.688 - Ricardo Camargo, em que se ressalvou o entendimento em sentido contrário ao da Excelsa Corte, já que a Constituição é o que o órgão constitucionalmente compe-tente diz que ela é. Procede-se à revisão, contudo, da conclusão segundo a qual de-penderia de lei complementar a criação de novo gravame previdenciário, consoan-te o entendimento firmado pelo Excelso Pretório nas medidas liminares nas ações diretas de inconstitucionalidade 2111 e 2110, ambas relatadas pelo Min. Sydney Sanches e também da conclusão segundo a qual seria inconstitucional a equipara-ção do Estado à empresa privada.Parecer 12688Ementa: EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 1998 - 1. Constitucio-nalidade da sujeição dos ocupantes de cargo em comissão ao regime geral de pre-vidência social sujeita a definição por parte do Supremo Tribunal Federal. Presun-ção de constitucionalidade das leis. Entendimento no sentido da inconstituciona-lidade do § 13 acrescido pela Emenda em questão ao art. 40 da Constituição Fe-deral em virtude de ser tendente a abolir a forma federativa de Estado, agredindo o art. 60, § 1º, I, da Constituição Federal, revisto, em virtude de posicionamento em sentido contrário pela Corte constitucionalmente competente para tal exame - 2. Instituição de novo gravame fiscal dependente de lei complementar, nos ter-mos do art. 195, § 4º, da Constituição, que não é substituída pela simples super-veniência de Emenda Constitucional ou pela previsão de contribuição a cargo das empresas - 3.Consulta pendente a respeito do sentido das disposições da legisla-ção concernente à contribuição previdenciária. Efeitos. - 4. Inexistência do dever de cumprimento de obrigações trabalhistas em relação a servidores que não se en-quadrem no conceito de empregados públicos.Parecer 12233Ementa:CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. CUSTEIO EMPRE-SARIAL. - AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES, SOCIEDADES DE ECONO-MIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS.  - DIRETORES E MEMBROS DE CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCAL. - DIRETOR-EM-PREGADO. MEMBROS DE CONSELHOS DELIBERATIVO E CURA-DOR ( OU COMISSÃO DE CONTROLE). - JURISPRUDÊNCIA ADMI-NISTRATIVA ESTADUAL. - LEIS FEDERAIS  Nºs 7.787/89 (art. 3º, inciso I) e 8.212/91 (art. 22, inciso I). ParecerES 10.094/PGE E 10.819/PGE.  ADIN nº 1.102-2-DF. - LEI COMPLEMENTAR Nº 84/96.- DECRETO FEDE-RAL Nº 2.173, DE 05.03.97.- FILIAÇÃO AO INSTITUTO DE PREVI-DÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (LEI ESTADUAL

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Nº 7.672/82 e alterações).Parecer 15520 Ementa: REFORÇO DE PROVENTOS. EMPREGADOS DE FUNDAÇÕES ESTADUAIS DE DIREITO PRIVADO. LEI N. 13.437/10. INCONSTITUCIONALIDADE.Parecer 15472Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO IPE-SAÚDE MEDIANTE CONTRATAÇÃO PELA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SECCIONAL DO RIO GRANDE DO SUL. NÃO ENQUADRAMENTO DO PEDIDO NOS TERMOS DO ART. 17 DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 12.134/2004. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA.Parecer 15473Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO IPE-SAÚDE MEDIANTE CONTRATAÇÃO PELO CRECI - 3a Região/RS. ENTIDADE COM ‘NATUREZA’ DE AUTARQUIA. POSSIBILIDADE JURÍDICA.Pareceres 12711- 9614- 9071- 8719

§ 1º - A direção do órgão ou entidade a que se refere o caput será composta paritariamente por representantes dos segurados e do Estado, na forma da lei a que se refere este artigo.*

§ 2º - Os recursos devidos ao órgão ou entidade da previdência de-verão ser repassados:*

I - no mesmo dia e mês do pagamento, de forma automática, quan-do se tratar da contribuição dos servidores, descontada em folha de paga-mento;*

II - até o dia quinze do mês seguinte ao de competência, quando se tratar de parcela devida pelo Estado e pelas entidades conveniadas.*

§ 3º - O benefício da pensão por morte corresponderá a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabele-cido em lei previdenciária própria, observadas as disposições do parágrafo 3º do artigo 38 desta Constituição e do inciso XI do artigo 37 da Cons-tituição Federal.***

**Vide Lei nº 9.127, de 07/08/90. (ADIn 1630-25/06/2003 Prejudicada a ação)

Parecer 11142 OJNEmenta: CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL. Ocupante de cargo em comissão da CEERGS estranho ao Quadro perma-nente de Pessoal da Instituição. Falecimento nesta condição funcional. Superveni-ência da Lei nº 9.055/90 e Resolução nº 031/90-CEERGS alteradoras dos planos de cargos e salários, com supressão da posição detida pelo extinto. Necessidade do estabelecimento de critérios para a fixação dos valores da pensão

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por morte percebida pelos dependentes do ex-servidor. Parecer nº 9346/92-PGE. Constituição Federal, artigo 40, § 5.; Constituição do Estado, artigo 41, § 3., e Lei nº 9.127/90.  Parecer 10485Ementa: Revisão de pensão. Os benefícios de pensão por morte do servidor pú-blico, para ter a realidade do salário benefício deste, devem buscar o seu paradig-ma na atividade. Este é aquele que com o servidor falecido mantém situação fun-cional idêntica. A parcela de estímulo a Pesquisa Agropecuária criada pela Lei nº 9.963/93, por disposição expressa, substitui a gratificação de que tratou o Decre-to nº 34.345/92.Parecer 8995Ementa: VIÚVA DE SERVIDOR INATIVO DO IRGA. PEDIDO DE COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO, ARTIGO 41, PARÁGRAFO 3. Parecer Nº 8557/89 - PGE. Parecer 8577Ementa: PENSÃO AOS DEPENDENTES DOS CONSULTORES JURÍDI-COS OU PROCURADORES DAS AUTARQUIAS ESTADUAIS: ARTI-GO 43 DA LEI Nº 7.705, DE 21 DE SETEMBRO DE 1982 (ESTATUTO DOS PROCURADORES DO ESTADO). AUSÊNCIA DE PERMISSIVO LEGAL: Parecer Nº 5.219/83. REVISÃO DE PENSÃO: CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ARTIGO 40, PARÁGRAFO 5; CONSTITUIÇÃO DO ESTA-DO, ARTIGO 41, PARÁGRAFO 3; Parecer Nº 8.557/89. PROCURADOR DO ESTADO. PENSÃO - REVISÃO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ART. 40, PARÁGRAFO 5.Parecer 8493Ementa: PENSÃO. PENSIONISTA DE SERVIDOR FALECIDO, APO-SENTADO NO CARGO DE CONSULTOR JURÍDICO. PARA A FIXA-ÇÃO DA PENSÃO DEVE SER LEVADO EM CONTA O VENCIMEN-TO DO CARGO DE PROCURADOR DO ESTADO QUE SERVIRIA DE BASE PARA O CÁLCULO DOS PROVENTOS DO SERVIDOR, SE VIVO FOSSE. PROCURADOR DO ESTADO.

*Vide Lei nº 9.127, de 07/08/90. (ADIn 1630-25/06/2003 Prejudicada a ação)

§ 4º - O valor da pensão por morte será rateado, na forma de lei pre-videnciária própria, entre os dependentes do servidor falecido, extinguindo--se a cota individual de pensão com a perda da qualidade de pensionista.***

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 21/05/97.*

**(ADIn 1630-25/06/2003- Prejudicada a ação)

§ 5º - O órgão ou entidade a que se refere o caput não poderá retar-dar o início do pagamento de benefícios por mais de quarenta dias após o

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protocolo de requerimento, comprovada a evidência do fato gerador.§ 6º - O benefício da pensão por morte de segurado do Estado não

será retirado de seu cônjuge ou companheiro em função de nova união ou casamento destes, vedada a acumulação de percepção do benefício, mas facultada a opção pela pensão mais conveniente, no caso de ter direito a mais de uma.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 21/05/97.

Parecer 11306Ementa: PENSÃO POR MORTE. COMPANHEIRA: RETOMADA DA QUALIDADE DE PENSIONISTA (ART. 41, § 6., CE E ART. 9. DA LEI Nº 9.127/90). DIREITO A UMA SEGUNDA PENSÃO, ESTA POR FALE-CIMENTO DO COMPANHEIRO, IGUALMENTE EX SERVIDOR ES-TADUAL. Parecer 10357Ementa: EX-COMBATENTE. Assistência médica hospitalar a ser presta-da pelo IPE. Lei nº 10.081/94. Dependentes. Perda da condição da dependen-te. Aplicação da Lei nº 7.672/82, e não da legislação federal. Inaplicabilidade, no caso, da C.E. e da Lei nº 9.127/90.Parecer 8559Ementa: PENSÃO. EXEGESE DO PAR.6 DO ARTIGO 41 DA CARTA ESTADUAL E DO ARTIGO 9 DA LEI Nº 9.127, DE 07 DE AGOSTO DE 1990. IRRETROATIVIDADE DE AMBAS AS REGRAS. INOBSTANTE A IRRETROATIVIDADE DA DISPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL QUE REVOGOU O SISTEMA PELO QUAL O CASAMENTO SUPERVE-NIENTE DAVA CAUSA A PERDA DO DIREITO A PENSÃO, A REGRA DO ARTIGO 9 DA LEI Nº 9.127, DE 07 DE AGOSTO DE 1990, REINS-TITUIU O DIREITO A PENSÃO DAS VIÚVAS QUE O TIVESSEM PER-DIDO EM RAZÃO DA CONTRATAÇÃO DE NOVAS NÚPCIAS, SEM QUALQUER EFEITO RETROATIVO. A NORMA DO ARTIGO 9 DA LEI Nº 9.127, DE AGOSTO DE 1990, SE APLICA SOMENTE AS PEN-SÕES DEVIDAS PELO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO.

Art. 42 - Ao servidor público, quando adotante, ficam estendidos os direitos que assistem ao pai e à mãe naturais, na forma a ser regulada por lei.

Parecer 9733Ementa: Licença-adoção. Assistência do Poder Público a adoção, como expres-são da proteção especial devida a família pelo Estado. Extensão aos servidores pais adotivos dos direitos dos pais naturais. Licença-maternidade de cento e vinte dias. Limite de quatro meses de idade da criança. Interpretação que nadifica a vanta-gem, precisamente quando ela se torna mais necessária, segundo a lei. Restrição que não se aplica a licença-adoção. A licença adoção dura cento e vinte dias, a par-tir do termo de guarda ou do início do estágio de convivência.

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Parecer 9614Ementa: PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. Atualização da pensão paga pelo IPERGS aos dependentes de servidores estaduais para ajustá-la ao disposto nos artigos 41, parágrafo 3º e 12, parágrafo único do ADCT da Constituição do Esta-do, por força da Lei nº 9.127/90. Não incidência da lei apenas sobre a parte com-plementar da pensão paga pelo Tesouro do Estado aos dependentes de algumas categorias funcionais, por decorrência de leis especiais, quando já possuírem cri-tério próprio de atualização aproximado aos novos ditames constitucionais: inter-pretação do artigo 8º da Lei nº 9.127. Parecer 9071Ementa: SERVIDOR CELETISTA. VINCULAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. Parecer 8943Ementa: LICENÇA ADOÇÃO. CONCESSÃO ANTERIOR A LEI RE-GULAMENTADORA. Parecer 8719Ementa: SERVIDOR PÚBLICO INVESTIDO EM MANDATO ELETI-VO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 38, V DA CARTA FEDERAL E DO ART. 26, PARÁGRAFO ÚNICO DA CARTA ESTADUAL. CONSTITUI-ÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 26, PARÁGRAFO ÚNICO. CONSTITUI-ÇÃO FEDERAL 1988, ART. 38, V.Parecer 9778

Art. 43 - É assegurado aos servidores da administração direta e in-direta o atendimento gratuito de seus filhos e dependentes de zero a seis anos em creches e pré-escolas, na forma da lei.

Parecer 12860Ementa:IRGA. AUXÍLIO-CRECHE. AUXÍLIO-BABÁ. CF/88, ARTI-GOS 7º, INC. XXV, E 208, INC. IV; CE/89, ARTIGOS 43 E 215; LC 10.098/94, ARTIGO 256, § 3º.NORMAS CUJA EFICÁCIA DEPENDE DE LEIS ORDINÁRIAS NÃO DÃO ENSEJO À CONCESSÃO DE BE-NEFÍCIO, NEM À SUA CONVERSÃO EM VANTAGEM PECUNIÁ-RIA.Pareceres 13523- 13428- 11663

Art. 44 - Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conse-lho de empresas fornecedoras ou prestadoras de serviços ou que realizem qualquer modalidade de contrato com o Estado, sob pena de demissão do serviço público.

Parecer 15010Ementa: A atuação de servidores públicos (lato sensu) nos conselhos de admi-nistração e fiscal das sociedades de economia mista enseja a remuneração fixa-da pelo estatuto da companhia, porque não configura a acumulação constitucio-nalmente vedada e inexiste óbice a tal remuneração. REVISÃO TOTAL DOS PARECERES PGE Nº. 5.275/83, 6.871/86, 7.311/87, 8.333/90, 8.536/90,

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8.977/91, 8.978/91 E 9.165/92. REVISÃO PARCIAL DO PARECER PGE nº 13.463/02. MANUTENÇÃO, COM RESSALVAS, DOS PARECERES PGE Nº 11.821/97 E 12.233/98. RATIFICAÇÃO DOS PARECERES PGE Nº 6.276/85, 7.285/87, 9.138/92 e 12.026/98.Parecer 13463Ementa: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E CONSELHO FISCAL - SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA - A participação em Conselho de Administração e Conselho Fiscal em sociedade de economia mista, em que pese não configure acumulação, nos termos dos incisos XVI e XVII do artigo 37 da Constituição Federal, traduz, entretanto, exercício de função, sujeita à disciplina do inciso XII do artigo 178 c/c 181 da Lei Complementar 10.098, de 1994, não se configurando como mandato. Revisão dos entendimentos dos Pareceres 11.821 - Rosa Aranovich e 9.165 - Rosa Bastos. Reafirmação das teses dos Pareceres 5.275 - Almiro do Couto e Silva, 7.285 - Maria Amália Dias de Moraes, 8.333 - Elai-ne Petry. 8.536 - Elaine Petry, 8.756 - Clarita Galbinski, 9.635 - Rosa Aranovich, 12.233 - Suzete Angeli, 12.566 - Eliana Graeff, i. a. Revisão parcial do entendi-mento do Parecer 8.978 - Elaine Petry, no que tange à configuração da acumula-ção vedada constitucionalmente.Parecer 10942 Ementa: PROIBIÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO. ATUAL ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, LEI Nº 10.098/94. Inteligência do art. 178, incisos XI, XII, XIII e XXIII.Parecer 9817Ementa:Servidor celetista. Eleição para cargo diretivo de Cooperativa de Produ-tos Agrícolas. Exercício simultâneo do emprego público (responsável por Inspe-toria Veterinária) e da função privada. Possibilidade, em tese, de infringência ao artigo 44 da Constituição do Estado.Parecer 9308Ementa: FUNCIONÁRIO PÚBLICO. A Lei nº 1.751/52 (art. 203, VI) veda, sob pena de demissão “a bem do serviço público” (art. 218) a participação do funcionário em cargos de direção ou gerência em sociedades comerciais.Parecer 9270Ementa: LICITAÇÃO. Empresa cujo sócio e servidor público. Impedimento. D.L. 2.300/86, art. 8º D. 73.l40/73, art. 6º, VII e XII. Parecer 9182Ementa: SERVIDOR PÚBLICO com parte em sociedade constituída por quo-tas de responsabilidade limitada. Vedação do exercício de função de direção ou ge-rência ou integrar conselho de empresa (art. 44 da C.E.). Pedido de emissão do Registro Cadastral com vistas a contratar com a Administração Pública Estadu-al. Necessidade de exame da legislação pertinente por procuradoria especializada desta Procuradoria-Geral do Estado.Parecer 8371Ementa: SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. O REGRAMENTO DA FORMA E DA CONDIÇÃO PARA A INVESTIDURA EM CARGOS DE ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA MISTA CONSTITUI NORMA DE DIREITO ADMINISTRATIVO DA COMPETÊNCIA RESIDUAL DO ESTADO ACIONISTA MAJORITÁRIO. NÃO OBRIGATORIEDA-DE DE OS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO QUE

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REPRESENTAM O PODER PÚBLICO SEREM ACIONISTAS, CONSI-DERANDO O DISCIPLINAMENTO ESPECIAL DAS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA EM FACE DA LEI 6.404. ESTABELECIMEN-TO PELO ESTADO DE NORMAS DE DIREITO PÚBLICO RELATIVAS A ORGANIZAÇÃO DOS SEUS SERVIÇOS. RELAÇÕES DA EMPRESA COM A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO INSTITUIDORA E A REPRESENTAÇÃO DA VONTADE ESTATAL NO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO. CEASA.

Art. 45 - O servidor público processado, civil ou criminalmente, em razão de ato praticado no exercício regular de suas funções terá direito a assistência judiciária pelo Estado.**

**(Ver ADIn 3022- Procedente)

SeçãO IIIDOS SERvIDORES PúBLIcOS MILItaRES

Art. 46 - Os integrantes da Brigada Militar, inclusive do Corpo de Bombeiros, são servidores públicos militares do Estado, regidos por es-tatuto próprio, estabelecido em lei complementar, observado o seguinte:*

*Vide LEC nº 10.990, de 18/08/97 (alterada pelas LECs nºs: 11.170/98; 11.614/01; 11.650/01; 11.831/02; 12.011/03; 12.351/05; e 12.413/05), e a LEC nº 10.992/97 (alterada pelas LECs nºs: 11.170/98; 11.248/98; 11.272/98; 11.773/02; 11.803/02; 11.832/02; e 12.374/05).

Parecer 14721Ementa: MILITAR ESTADUAL. REGULAMENTO DE ESTÁGIO PROBATÓRIO.

Parecer 13477Ementa: BRIGADA MILITAR. PROMOÇÕES. Critérios. Antigüidade e Me-recimento. Procedimento adotado desde a entrada em vigor da LC n. 10.990/97, sem qualquer alteração, tem presunção de regularidade, salvo prova em sentido contrário. Decisões judiciais provenientes do Tribunal de Justiça, versando maté-ria preponderantemente constitucional, dependendo de definição pelo Supremo Tribunal Federal. Procedimento administrativo em relação ao cumprimento des-tas decisões.Parecer 11874- raTIFIcaDO PeLO 12886Ementa: POLICIAIS MILITARES. DIÁRIAS REFERENTES A PERÍO-DO EM QUE NÃO ESTAVA AUTORIZADA PELO GOVERNA-DOR DO ESTADO A PERMANÊNCIA NO EXTERIOR.

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Parecer 11100 (raTIFIcaDO PeLO Parecer Nº 12886)Ementa: SERVIDOR POLICIAL MILITAR. AJUDA DE CUSTO. DIÁ-RIAS. Código de Vencimentos e vantagens (CVV): Lei nº 6.196/71, artigo 26 a 41. Lei nº 7.1 Estatuto dos Policiais Militares do RGS: Lei nº 7138/78: artigo 170. Estatuto dos Servidores públicos Civis do Estado: Lei Comple-mentar nº 10.098/94: artigos 90 a 97.Parecer 10944Ementa: Servidor público militar estadual. Incorporação de gratificação por exer-cício de função, inclusive a de representação, ao soldo ou provento. Autorização legislativa que se impõe. L.C. 10.248/94 e L.C. 10.530/95.Parecer 10899Ementa: BRIGADA MILITAR DO ESTADO. PROMOÇÃO ‘POST MOR-TEM’. PENSÃO. Artigo 40, §§ 4º e 5º, da Constituição Federal de l988; artigo 44, §§ 2º e 3º, da Constituição do Estado de l989.Pareceres 11457- 9627

I - remuneração especial do trabalho que exceder à jornada de qua-renta horas semanais, bem como do trabalho noturno, e outras vantagens que a lei determinar;*

*Vide LEC nº 9.643, de 27/03/92.

II - acesso a cursos ou concursos que signifiquem ascensão funcio-nal, independentemente de idade e de estado civil;* *(Vide ao Decreto nº 33.702/90)

III - regime de dedicação exclusiva, nos termos da lei, ressalvado o disposto na Constituição Federal;

IV - estabilidade às praças com cinco anos de efetivo serviço pres-tado à Corporação.

§ 1º - A transferência voluntária para a inatividade remunerada será concedida aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mu-lher, com proventos definidos em lei.

§ 2º - Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordiná-ria do servidor militar que morrer ou ficar permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação, prati-car ato de bravura.**

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 17, de 16/07/97.*Vide a LEC nº 11.000, de 18/08/97.

§ 3º - Os servidores militares integrantes do Corpo de Bombeiros

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perceberão adicional de insalubridade.§ 4º - É assegurado o direito de livre associação profissional.§ 5º - Fica assegurada a isonomia de remuneração entre os inte-

grantes da Brigada Militar e da Polícia Civil.

**ADIn- 151- 28/05/1996 – Não conheceu da ação

***Vide a Lei nº 9.696, de 24/07/92, alterada pela Lei nº 10.581/95.

Art. 47 - Aplicam-se aos servidores públicos militares do Estado as normas pertinentes da Constituição Federal e as gerais que a União, no exercício de sua competência, editar, bem como o disposto nos arts. 29, I, II, III, V, IX, X, XI, XII, e XIII; 32, § 1º; 33 e §§ 1º, 2º, 3º e 4º; 35; 36; 37; 38, § 3º; 40; 41; 42; 43; 44 e 45 da seção anterior.*

*Vide Resolução do Senado nº 30/2005.

Parecer 12946Ementa:SERVIDOR MILITAR DO ESTADO. GRATIFICAÇÃO NATA-LINA. VENCIMENTO E VANTAGENS PERCEBIDOS EM SUBSTITUI-ÇÃO TEMPORÁRIA. INCIDÊNCIA.Parecer 11427 OJNEmenta: LICENÇA - PRÊMIO. GOZO. O impedimento da fruição do direito ao servidor que se encontra em vias de atingir a aposentadoria implicará na nega-ção do próprio instituto. Ordem de Serviço nº 65 e nº 70/95-98.Parecer 10869 OJNEmenta: VALE-REFEIÇÃO. Impossibilidade jurídico-legal de sua atribuição aos servidores inativos.Parecer 9361Ementa: TRIBUNAL MILITAR DO ESTADO. Remuneração de cargos em comissão e funções gratificadas. Brigada Militar.Lei nº 7.315/79, com a redação da Lei nº 7.487/81: artigo 14. Vedação do arti-go da Lei nº 9.152/90, mantida no parágrafo 2º do artigo 9º da Lei nº 9.481/91.Parecer 9329Ementa: Constituição do Estado. Artigo 36.Parecer 8791Ementa: APLICABILIDADE DA LEI ESTADUAL Nº 7616/82, EM FACE DO ADVENTO DA LEI Nº 9124/90. A LEI Nº 9124/90 LIMITOU-SE A ALTERAR MINIMAMENTE O OBJETO DA LEI Nº 7616/82 (O ELEN-CO DAS MOLÉSTIAS INCAPACITANTES ESPECIFICADAS) , PER-MANECENDO IMODIFICÁVEIS SUA FINALIDADE (REGULAMEN-TAÇÃO DO INSTITUTO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM PROVENTOS INTEGRAIS), DESTINATÁRIOS (OS SERVIDO-RES PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO) E ÁREA DE ABRANGÊNCIA (A ÁREA CIVIL DO FUNCIONALISMO PÚBLICO ESTADUAL). A LEI Nº 7616/82, PORTANTO, ERA E CONTINUA INAPLICÁVEL AOS POLÍTI-

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COS MILITARES DO ESTADO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.Parecer 9488 OJN

Art. 48 - A lei poderá criar cargos em comissão privativos de servi-dores militares, correspondentes às funções de confiança a serem desem-penhadas junto ao Governo do Estado e aos Presidentes da Assembléia Legislativa e dos Tribunais estaduais.

Parecer 10789

Parágrafo único - Os titulares dos cargos previstos neste artigo manterão a condição de servidor público militar e estarão sujeitos a regi-me peculiar decorrente da exonerabilidade ad nutum.

TÍTULO IIIDa ORganIzaçãO DOS PODERES

CAPÍTULO IDO PODER LEgISLatIvO

SeçãO IDISPOSIçõES gERaIS

Art. 49 - O Poder Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa.**Vide Resolução n.° 2248, de 18/01/1991

§ 1º - O número de Deputados corresponderá ao triplo da re-presentação do Estado na Câmara Federal e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Fe-derais acima de doze.

§ 2º - Cada legislatura tem a duração de quatro anos.§ 3º - A primeira sessão de cada legislatura realizar-se-á a trin-

ta e um de janeiro, para posse dos Deputados, procedendo-se, na mes-ma data, à eleição da Mesa e, a seguir, à da Comissão Representativa de que trata o § 6º do art. 56.

§ 4º - Será de dois anos o mandato de membro da Mesa, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.

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Art. 50 - A Assembléia Legislativa reunir-se-á, anualmente, na Ca-pital do Estado, de 1º de fevereiro a 16 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, salvo prorrogação, ou convocação extraordinária.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 29/03/06.*Vide art. 256 da Resolução n.° 2248, de 18/01/1991

§ 1º - A convocação extraordinária da Assembléia Legislativa caberá:I - ao Governador;II - ao Presidente da Assembléia Legislativa em caso de decretação

de estado de defesa ou estado de sítio pelo Governo Federal ou de inter-venção federal no Estado e para o compromisso e a posse do Governador e do Vice-Governador do Estado;

III - à maioria de seus membros.

§ 2º - Na sessão legislativa extraordinária, a Assembléia Legislativa deliberará, exclusivamente, sobre a matéria da convocação.

§ 3º - A convocação da Assembléia Legislativa, na situação prevista no inciso I, destina-se à apreciação de matéria relevante, plenamente justificada.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 07/05/04.

§ 4º - A sessão legislativa extraordinária ocorrerá sem ônus adicio-nal para o Estado.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 41, de 07/05/04.

Art. 51 - As deliberações da Assembléia Legislativa, salvo disposi-ção em contrário nesta Constituição, serão tomadas por maioria de votos, individuais e intransferíveis, presente a maioria de seus membros.

*Vide Lei n.° 10.336 de 1994

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SeçãO IIDaS atRIBUIçõES Da aSSEMBLéIa LEgISLatIva

Art. 52 - Compete à Assembléia Legislativa, com a sanção do Go-vernador, não exigida esta para o especificado no art. 53, dispor sobre to-das as matérias de competência do Estado, especialmente sobre:

I - plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais;

Parecer 12845Ementa: LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - PLANO PLURIA-NUAL - Se a lei orçamentária tem a sua elaboração condicionada pela lei de di-retrizes orçamentárias, esta última tem a sua elaboração condicionada pelo plano plurianual, com o que o plano plurianual há de ser referencial hermenêutico para a lei de diretrizes orçamentárias tanto quanto esta há de ser referencial hermenêuti-co para a lei orçamentária anual, de acordo com o art. 166, §§ 3º, I, e 4º, da Cons-tituição Federal. De outra parte, a gestão das finanças públicas está disciplinada, em caráter geral, pela Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000. A preferên-cia das obras em andamento e paralisadas sobre as novas não deve ser entendida como veto à realização de novas obras, mas sim como um critério que visa a nor-tear a Administração quanto à necessidade de se dar continuidade às obras, sem-pre apreciada a essencialidade destas, por imposição, inclusive, do princípio da efi-ciência da Administração Pública, consagrado no art. 37, caput, da Constituição Federal. O Estado não pode impor aos Municípios que criem os respectivos Con-selhos de Desenvolvimento, mas nada impede que estes, no exercício da autono-mia que lhes garante a Constituição Federal, no seu art. 30, I, o façam. A promo-ção da reestruturação das carreiras no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário há de observar os limites postos no art. 169 da Constituição Federal e 154, X, da Constituição Estadual. Os limites constitucionalmente estabelecidos em relação à remuneração de servidores hão de ser observados tanto para os efei-tos de se proceder à recomposição do poder aquisitivo da remuneração como para a recomposição das estruturas remuneratórias. A alteração na legislação tributá-ria está, hoje, condicionada pela Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Não se confunde a proposta orçamentária, originária do Poder Executivo, com o orçamento, que é aprovado por lei.Parecer 12517Ementa: PROJETO MÃOS DADAS. DIREITO PREMIAL. DEFINI-ÇÃO DE PRESSUPOSTOS PARA SE FAZER JUS A SITUAÇÕES BE-NÉFICAS CONTIDAS NA NORMA. DISCIPLINA POR DECRETO DAS MODALIDADES DE PRÊMIOS. Implicando a concessão de prê-mios pela Administração Pública a realização de despesas, somente a lei pode estabelecer os quantitativos e os pressupostos para a sua atribuição. É incons-titucional conferir a autoridades do Executivo, ainda que em órgão colegiado, atribuições próprias do Legislativo. O estabelecimento de quotas trimestrais

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indefinidamente, sem inclusão prévia no plano plurianual, mostra-se incons-titucional, por força do art. 167, § 1º, da Constituição Federal.

II - tributos do Estado, arrecadação e distribuição das rendas;

III - normas gerais sobre a alienação, cessão, permuta, ar-rendamento ou aquisição de bens públicos;

Parecer 11363Ementa: UTILIZAÇÃO DE BEM PÚBLICO. Possibilidade de outorga de au-torização de uso a entidade privada. Interpretação dos artigos 52 e 53 da Cons-tituição Estadual e Lei 8.666/93. Exercício do direito possessório pelo autoriza-tário. Parecer 11161Ementa: Processo Administrativo-Disciplinar. Abandono de cargo público. Apli-cação da pena de revelia a servidora. Demissão sugerida. Parecer 9530Ementa: BEM IMÓVEL. AQUISIÇÃO PELO ESTADO. DESNECESSI-DADE DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA. INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. Parecer 8445Ementa: COMPRA DE IMÓVEL PARA O SERVIÇO PÚBLICO. INEXI-GIBILIDADE DE LICITAÇÃO COM BASE NO ARTIGO 23, INCISO IV, DO DECRETO-LEI NÚMERO 2.300, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1986, COM A REDAÇÃO DADA PELO DECRETO-LEI NÚMERO 2.348, DE 24 DE JULHO DE 1987. SINGULARIDADE OBJETIVA A SER EFETIVA-MENTE DEMONSTRADA. JUÍZO DISCRICIONÁRIO PELO DEPAR-TAMENTO DE PATRIMÔNIO. AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA ESPE-CÍFICA.

IV - fixação e modificação do efetivo da Brigada Militar;V - dívida pública estadual e meios de solvê-la;VI - abertura e operações de crédito;VII - planos e programas estaduais de desenvolvimento;VIII - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e

funções públicas;Parecer 8884 OJNEmenta: PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR. ABANDO-NO DE CARGO. INSPETOR SANITÁRIO QUE, APÓS LICENÇA DE INTERESSE POR DOIS ANOS, NÃO SE REPRESENTA AO SERVIÇO, PERMANECENDO AUSENTE POR VÁRIOS ANOS. PROCEDÊNCIA DA IMPUTAÇÃO. DEMISSÃO SUGERIDA.

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Parecer 8845 OJNEmenta: SERVIDOR AUTÁRQUICO. DEPRC. ACORDO EM PROCES-SO TRABALHISTA PLEITEANDO RECONHECIMENTO DE “DES-VIO DE FUNÇÃO”. INVIABILIDADE NA ESFERA ADMINISTRATI-VA. EXTINÇÃO E CRIAÇÃO DE CARGOS EMPREGOS E FUNÇÕES AUTÁRQUICAS ATRAVÉS DE LEI. CARGO - CRIAÇÃO. CARGO - EXTINÇÃO. SERVIDOR - ENQUADRAMENTO. Parecer 8667Ementa: IRGA. ESTABILIDADE EXCEPCIONAL OUTORGADA PELO ARTIGO 19 DO ADCT DA CARTA FEDERAL. RATIFICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO Parecer Nº 8293. SERVIDOR - ENQUADRAMENTO.Parecer 8405 Ementa: FOSPA. RESOLUÇÃO Nº 287/89 E RESOLUÇÃO Nº 288/89, RESPECTIVAMENTE, ALTERANDO CARGOS E VENCIMEN-TOS E SALÁRIOS NA ENTIDADE. NECESSIDADE DA EDIÇÃO DE LEI. AUTARQUIA - ATOS ADMINISTRATIVOS. AUTARQUIA - QUADRO DE PESSOAL VENCIMENTOS - REAJUSTE. CONSTI-TUIÇÃO ESTADUAL 1989,ART.60, II,A OSPA.Parecer 8211 OJNEmenta: IPERGS. SERVIDOR ESTATUTÁRIO. EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS AO PESSOAL CELETISTA. MATÉRIA ‘SUB JUDICE’.

IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Pú-blico, da Procuradoria-Geral do Estado, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas;

Vide: MP – Lei 7.669 de 17/06/1982 – PGE - Lei Complemen-tar n° 11.742 de 17/01/2002 - DPE– Lei Complementar n° 9.230 de 06/02/1991 - TCE – Lei Estadual n° 11.424 de 06/01/2000 - BM – De-creto Estadual n° 42.871 de 04/02/2004*

X - transferência temporária da sede do Governo do Estado;XI - criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios;XII - instituição de região metropolitana, aglomerações urbanas e

microrregiões;

Parecer 11298Ementa: REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE. INCLU-SÃO DE NOVOS MUNICÍPIOS. A inclusão de novos municípios no rol esta-belecido pelo art. 2º do ADCT da Constituição do Estado há de ser feito neces-sariamente através de LEI COMPLEMENTAR, precedida de APROVAÇÃO da Câmara Municipal respectiva, mesmo quando se trate de município EMAN-CIPADO de outro já integrante da REGIÃO METROPOLITANA DE POR-TO ALEGRE. Parecer 4514

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Ementa: REGIAO METROPOLITANA. CONFLITO APARENTE DE COMPETÊNCIAS ENTRE A REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE E O MUNICÍPIO DE CANOAS. MATÉRIAS DE INTERESSE METROPOLITANO PREVISTAS NO ART. 5. DA LEI COMPLEMENTAR Nº 14/73. MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO PELA CÂMA-RA DE VEREADORES CONTRA O PREFEITO MUNICIPAL E O SUPE-RINTENDENTE DA REDE FERROVIÁRIA PARA IMPEDIR A CONS-TRUÇÃO DE VIADUTO E A IMPLANTAÇÃO DE PERIMETRAL NO MESMO MUNICÍPIO.

XIII - criação, estruturação e atribuições das Secretarias e órgãos da administração do Estado;

Parecer 10408Ementa: Inspeção médica obrigatória do servidor público. As disposições da L.C. Nº 10.098/94 aplicam-se aos servidores das autarquias e fundações au-tárquicas. O órgão oficial de perícia médica e mantido pelo Estado com esta finalidade específica (Departamento de Perícia Médica). Alternativas para os órgãos autárquicos de inspeção médica.Parecer 9156Ementa: CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA. CRIAÇÃO, NA FOR-MA DA LEI, COMO ÓRGÃO COLEGIADO DA SECRETARIA DA CULTURA. O REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DISPENSA A FORMA DA LEI. O PROCESSO DE ELEIÇÃO DOS REPRESENTAN-TES DAS ATIVIDADES CULTURAIS E PROCESSO SELETIVO EX-TERNO Á ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AS ENTIDADES CULTU-RAIS SÃO OS ELEITORES.

XIV - matéria prevista no art. 24 da Constituição Federal.

Pareceres- 11717- 10408- 9530- 8667- 8570- 8445

Art. 53 - Compete exclusivamente à Assembléia Legislativa, além de outras atribuições previstas nesta Constituição:

Parecer 13065Ementa:Disciplina legal dos fundos em matéria de direito financeiro. Ausência de personalidade jurídica. Legitimidade do Estado do Rio Grande do Sul para cele-brar negócios jurídicos envolvendo fundos por ele instituídos. Cessão de direitos de crédito vinculados ao Fundo de Reforma do Estado - FRE e ao Fundo de In-vestimentos do Programa Integrado de Melhoria Social - FUNDOPIMES. Des-necessidade de autorização legislativa. Breve exame do art. 53, III, XXV, XXVI e XXVII, da Constituição Estadual. Incidência, nos termos do art. 22, I e XXVII,

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da Constituição Federal, das normas de direito civil e sobre licitações e contra-tos, no que couber.Parecer 9863Ementa: CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Requisição de ser-vidores da Administração Direta. Artigo 8., parágrafo único, Lei nº 9.672, de 19.06.92. AÇÃO JUDICIAL SOBRE A QUESTÃO.

I - receber o compromisso do Governador e do Vice-Governador do Estado, dar-lhes posse, conceder-lhes licença e receber sua renúncia;

II - apreciar os relatórios do Governador, sobre a execução dos planos de governo;

III - julgar, anualmente, as contas do Governador e, se este não as prestar até trinta dias após a data fixada nesta Constituição, eleger comis-são para tomá-las, determinando providências para punição dos que fo-rem encontrados em culpa;

Parecer 9110Ementa: REPRODUÇÃO PARCIAL DO Parecer PRÉVIO SOBRE AS CONTAS DO GOVERNO DO ESTADO. INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 5.988/73. VIOLAÇÃO DE DIREITO DO CONSUMIDOR. APLICA-ÇÃO DA LEI Nº 8.078/90.

IV - autorizar o Governador e o Vice-Governador a afastar-se do Estado por mais de quinze dias, ou do País por qualquer tempo;**

**Trecho em negrito suspenso por liminar concedida na ADI nº 775-1. D.J.U., 01/12/06.

V - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de proces-so contra o Governador, o Vice-Governador e os Secretários de Estado;

VI - processar e julgar o Governador e o Vice-Governador do Es-tado nos crimes de responsabilidade, e os Secretários de Estado nos cri-mes da mesma natureza conexos com aqueles;

VII - processar e julgar o Procurador-Geral de Justiça, o Procura-dor-Geral do Estado e o Defensor Público-Geral do Estado nos crimes de responsabilidade;*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.

VIII - declarar a perda de mandato de Deputado, por maioria ab-

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soluta de seus membros;IX - receber renúncia de Deputado;X - emendar a Constituição, expedir decretos legislativos e resoluções;

Parecer 10700Ementa: ICMS. PROTOCOLO DE INTENÇÕES - DISPENSA DE MUL-TA E JUROS. CONVÊNIO INTERESTADUAL. APROVAÇÃO PELA AS-SEMBLÉIA LEGISLATIVA. DECRETO LEGISLATIVO. CONSTITU-CIONALIDADE E LEGALIDADE. PARCELAMENTO. ANTINOMIA. Se a Assembléia Legislativa aprova o Convênio, via Decreto Legislativo, resulta atendido o princípio da legalidade. Exegese dos artigos 150, parágrafo 6. da Cons-tituição Federal e 97, inciso VI do Código Tributário Nacional. Necessidade de Decreto Estadual ratificativo. Sendo a incompatibilidade puramente aparente, o critério de interpretação mais adequado para a solução da antinomia e o da espe-cialidade, com preponderância da norma especial sobre a regra geral.

XI - aprovar referendo e convocar plebiscito, na forma da lei;XII - apreciar vetos;XIII - suspender, no prazo máximo de trinta dias, no todo ou em

parte, a execução de lei estadual ou municipal que o Tribunal de Justiça de-clarar, em caráter definitivo, inconstitucional em face desta Constituição;

XIV - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar;

Parecer 9457Ementa:Convênio. Protocolo. Eficácia. C.E., arts. 53, XIV e 82, « 2º. Enriqueci-mento injustificado. Pagamento a título indenizatório.

XV - ordenar a sustação de contrato impugnado pelo Tribunal de Contas;*

*Regulamentado pela LEC nº 11.299, de 29/12/98.

XVI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;

XVII - solicitar a intervenção federal no Estado para garantir o li-vre exercício de suas funções;

XVIII - apreciar decreto de intervenção nos Municípios;

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XIX - exercer a fiscalização e o controle dos atos do Poder Execu-tivo, inclusive na administração indireta, através de processo estabelecido nesta Constituição e na lei;

XX - solicitar informações aos Poderes Executivo e Judiciário, por escrito, nos termos da lei, sobre fatos relacionados com cada um deles e sobre matéria legislativa em tramitação na Assembléia Legislativa ou su-jeita a fiscalização desta;**

**Interpretação do trecho negrito dada conforme a Constituição, de modo a excluir atos jurisdicionais, na ADI nº 134-5. D.J.U., 03/09/04.

Parecer 11471Ementa: ART. 55, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO. CONSTI-TUCIONALIDADE. O artigo 55, § 2º, da Constituição Estadual e de flagrante INCONSTITU-CIONALIDADE, por contrariar o PRINCÍPIO MAIOR DA SEPARA-ÇÃO E INDEPENDÊNCIA DOS PODERES, CLÁUSULA PETREA DE NOSSA CARTA MAGNA (CF, arts. 2º e 60, § 4., III), bem como sua extensão no que se refere ao DIREITO DE INFORMAÇÕES DO LE-GISLATIVO (CF, art. 50, § 2º) e ao princípio igualmente constitucional da HIERARQUIA ADMINISTRATIVA (CF, arts. 76 e 84, II).

XXI - convocar Secretário de Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos de sua Pasta, previamente determinados, im-portando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada;

XXII - apreciar anualmente as contas do Tribunal de Contas do Estado;XXIII - deliberar sobre os Pareceres emitidos pela comissão per-

manente de que trata o § 1º do art. 152;XXIV - apreciar convênios e acordos em que o Estado seja parte, no

prazo de trinta dias, salvo se outro prazo for fixado por lei;

Parecer 10488Ementa: ICMS. CONVÊNIO INTERESTADUAL. APRECIAÇÃO PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. Se o Poder Legislativo Estadual não aprecia o convênio, no prazo de 30 dias (CE, art. 53, XXIV), a omissão do ato de contro-le político, além de conduta inconstitucional, acarretará aprovação, conforme in-terpretação sistemática da Constituição, estando apto a ser ratificado pelo Gover-nador do Estado. Exegese dos arts. 141, Parágrafo  Único, e 53, XXIV, da Cons-tituição do Estado.Parecer 9657Ementa: SUS - Sistema Unificado de Saúde. Participação complementar do se-

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tor privado. Convênio de prestação de serviços entre o Estado, com interveniên-cia do Ministério da Saúde, e Hospitais da rede privada. Previsão Constitucional: artigo 199, parágrafo 1º. Normas Gerais sobre participação complementar do se-tor privado no SUS: Lei  Orgânica da Saúde, Lei nº 8.080, de 1990, artigos 24 a 26. Competência legislativa do Estado em matéria de saúde: Constituição Fede-ral, artigo 24, inciso XII. Constituição do Estado, artigo 244, parágrafo 2º. Possi-bilidade de o Estado contratar com a rede hospitalar privada, atendidas as deter-minações legais já existentes. Necessidade de licitação. Parceria com entidades fi-lantrópicas e sem fins lucrativos através   de convênios. Necessidade de aprovação pela Assembléia Legislativa (C.E., artigo 52, inciso XXIV).Parecer 9585Ementa: FEAPAR - Fundo Estadual de Apoio do Desenvolvimento aos Peque-nos Estabelecimentos Rurais. Concessão de subsídios. Previsão genérica na Lei nº 8.511, de 6 de janeiro de l988 que autoriza a criação do FEAPAR. Convênio. Aprovação legislativa. Constituição do Estado, artigo 53, inciso XXIV.Parecer 8829 Ementa: CONVÊNIO FIRMADO ENTRE A ASCAR-EMATER E IRGA OBJETIVANDO COOPERAÇÃO INSTITUCIONAL. A DE-SIGNAÇÃO DE “PROTOCOLO” NÃO DESCARACTERIZA A NA-TUREZA JURÍDICA PRÓPRIA DO INSTRUMENTO, QUE É CON-VÊNIO. A PREVISÃO DO ARTIGO 53, XXIV DA CARTA ESTADU-AL NÃO ALCANÇA OS ENTES AUTÁRQUICOS.Pareceres- 11363 – 11080- 10996- 10930- 10488- 9585- 9580- 9457- 9021- 8829- 8818 – 8669- 8657- 8543

XXV - apreciar as propostas de empréstimos, operações ou acordos externos do Estado;

Parecer 12728Ementa: CONTRATO DE FINANCIAMENTO INTERNACIONAL - ALTERAÇÕES NA MINUTA ORIGINÁRIA - REVISÃO PARCIAL DO Parecer 11.532 - ELEIÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO APLICÁ-VEL - Quando sejam detectadas ilegalidades em minuta já analisada pela Procu-radoria-Geral do Estado e, depois, alterada, para se conformar ao ordenamento jurídico, é dever promover a revisão do pronunciamento na parte que não haja vi-sualizado tais ilegalidades, mantendo-se-o no mais. A possibilidade de eleição do ordenamento jurídico aplicável quando se tratar de dirimir controvérsia a respei-to de contrato internacional é admitida pela maioria dos doutrinadores no cam-po do Direito Internacional Privado e, no caso específico do Poder Público, conta com precedente retratado pelos contratos de risco celebrados pela PETROBRÁS. É, porém, incontroverso que os contratos se regem pela lei do local de execução.

Parecer 11602Ementa: Contrato de empréstimo a ser celebrado entre o Estado do Rio Grande do Sul e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), visando ao financiamento de Projeto de Melhoria da Malha Rodoviária do Esta-

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do, tendo como avalista a União, mediante contrato de garantia a ser firmado en-tre a República Federativa do Brasil e o BIRD. Regime jurídico e compatibilidade com a legislação federal e estadual aplicável a espécie. Parecer 11532Ementa: Contrato de empréstimo a ser celebrado entre o Estado do Rio Grande do Sul e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), visando ao finan-ciamento do Programa de Rodovias do Rio Grande do Sul, mediante fiança da República Federativa do Brasil e instrumentos jurídicos correspectivos. Regime jurídico e compatibilidade com a legislação federal e estadual aplicável a espécie. Parecer 11496Ementa: Contrato de Empréstimo a ser pactuado entre o BIRD e o Estado do Rio Grande do Sul. Instrumento jurídico. Condições legais.

XXVI - autorizar dívidas da administração pública direta e indire-ta cujo prazo de resgate exceda ao término do mandato dos contratantes;**

**Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo na ADI nº 177-9. D.J.U., 25/10/96.

Parecer 14881Ementa: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. BANCO INTERNACIO-NAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO. EMPRÉS-TIMO INTERNACIONAL. EXAME DE ASPECTOS JURÍDICO-FOR-MAIS DO CONTRATO CELEBRADO. Confirmação da assinatura do con-trato de financiamento pela autoridade competente (Governadora do Estado). Comprovação de que a operação foi devidamente registrada no Banco Central do Brasil. Acordo que constitui obrigação perfeitamente válida e exigível, não ferindo nenhuma norma de ordem pública estadual, nacional ou internacional.Parecer 14854Ementa: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. BANCO INTERNACIO-NAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO. EMPRÉS-TIMO INTERNACIONAL. EXAME DE ASPECTOS JURÍDICO-FOR-MAIS PARA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO. Parecer 11602Ementa: Contrato de empréstimo a ser celebrado entre o Estado do Rio Grande do Sul e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), visando ao financiamento de Projeto de Melhoria da Malha Rodoviária do Es-tado, tendo como avalista a União, mediante contrato de garantia a ser firmado entre a República Federativa do Brasil e o BIRD. Regime jurídico e compatibi-lidade com a legislação federal e estadual aplicável a espécie. Parecer 11573 OJNEmenta: Contrato de empréstimo a ser celebrado entre o Estado do Rio Grande do Sul e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), visando ao financiamento do Programa de Manejo dos Recursos Naturais e de

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Alívio a Pobreza Rural-RS, tendo como avalista a União, mediante contrato de garantia firmado entre a República Federativa do Brasil e o BIRD. Regime jurídi-co e compatibilidade com a legislação federal e estadual aplicável a espécie. Parecer 10183 - esTe Parecer aLTerOu Os ITeNs vI e vII DO Parecer Nº 9825Ementa: COMPANHIA RIOGRANDENSE DE TELECOMUNICAÇÕES. Plano de Capitalização. Contratação de instituição financeira para liderar operação de emissão de títulos e valores mobiliários. Licitação: inexigibilidade, a teor do “caput” e inciso II do artigo 25 da Lei nº 8.666 de l993. Revisão dos itens VI e VII do Parecer nº 9825. Contratação do BRDE e do BANRISUL: justificação pela autoridade com-petente (Lei 8666, art. 26)Parecer/PGe-8212

XXVII - autorizar previamente a alienação de bens imóveis do Estado;

Parecer 8395Ementa: POSSIBILIDADE DE UM BEM IMÓVEL, DO PATRIMÔNIO ADMINISTRATIVO, SUJEITO A USO ESPECIAL, CONVERTER-SE EM BEM DO DOMÍNIO PÚBLICO, SUJEITO AO USO COMUM DO POVO (ART. 66, INCISOS I E II DO CÓDIGO CIVIL). PERMISSÃO LEGAL PARA TANTO. INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE “ALIENAÇÃO”. CONVE-NIÊNCIA DE SIMPLES CONSULTA PRÉVIA, A AUTORIDADE QUE, ATUALMENTE, SUJEITA O BEM A SUA ADMINISTRAÇÃO. BENS PÚ-BLICOS DE USO COMUM.

XXVIII - aprovar previamente, após argüição pública, a escolha de:**NR dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 16/11/06.

a) Conselheiros do Tribunal de Contas indicados pelo Governador;b) diretores das entidades do sistema financeiro do Estado;c) titulares de outros cargos que a lei determinar;

XXIX - escolher cinco Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado;XXX - destituir, por maioria absoluta, o Procurador-Geral de Justiça;**NR dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 16/11/06.

XXXI - fixar a remuneração de seus membros, do Governador e do Vice-Governador, em data anterior às eleições para os respectivos cargos, bem como, na mesma época, a dos Secretários de Estado, observadas as regras da Constituição Federal e desta;

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XXXI - apresentar projeto de lei para fixar os subsídios do Gover-nador, do Vice-Governador, dos Secretários de Estado e dos Deputados Estaduais, observadas as regras da Constituição Federal e desta;*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 57, de 21/05/08.

Parecer 12593Ementa-A CEDÊNCIA DE PROFESSORES (Decreto 37.163, de 22/01/97, LC 11.125, de 09/02/98, Decretos nº 39.453, de 30/04/99, nº 39.503, de 11/05/99, e 36.603, de 11/04/96) E A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98.SUB-SÍDIOS E LIMITAÇÕES DECORRENTES DE TAL FORMA DE PA-GAMENTO, OBRIGATÓRIA PARA OS AGENTES POLÍTICOS.Parecer 9701Ementa: EMENDA CONSTITUCIONAL nº 1/92 estabelece limite na fixação da remuneração dos parlamentares estaduais, através de percentual referido a dos parlamentares federais. A correta leitura do texto emendado mostra que não foi al-terada a sistemática, já tradicional no constitucionalismo brasileiro, da anteriorida-de-alteridade na fixação da remuneração dos Deputados Estaduais, Governador, Vi-ce-Governador e Secretários de Estado. A correta leitura do texto, emendado revela por si só, que a restrição nele enunciada não se aplica a remuneração dos atuais De-putados nem aos respectivos reajustes. Distinção entre fixação da remuneração pú-blica e reajuste da mesma com vistas a resguardar-lhe o poder aquisitivo em face da corrosão inflacionária. A fixação da remuneração parlamentar efetivada pelo Decreto Legislativo nº 6044, de 2 de outubro de 1990, operou-se com rigorosa observância das formalidades e disposições constitucionais pertinentes, configurando direito adquirido , na matéria, em prol dos parlamentares empossados na legislatura subseqüente, isto é, na atu-al legislatura. Relação entre texto constitucional e direito adquirido. Imprestabilidade da emenda constitucional para coibir efeitos do ato jurídico perfeito, da coisa julgada e do di-reito adquirido. Inconstitucionalidade da Emenda Constitucional nº 1/92 na medi-da em que fere a autonomia estadual agredindo o princípio federativo, tutelado pela cláusula petrea. Inconstitucionalidade do Decreto Legislativo nº 6044, de 2 de ou-tubro de 1990, na medida em que não fixou paritariamente a remuneração dos De-putados e a dos Secretários de Estado, em razão de seu papel como parâmetros de teto no âmbito dos respectivos Poderes , dentro de uma perspectiva isonômica de-corrente de imperativo constitucional. E o valor ( e o momento ) da fixação ( e não dos reajustes ulteriores ) da remuneração dos parâmetros constitucionais enuncia-dos no art. 37, XI, da Constituição Federal de 1988, o correto referencial para apli-cação do teto constitucional da remuneração pública. Conceito para efeitos de apli-cação do teto constitucional da remuneração pública, de remuneração recebida em espécie, a qualquer título pelos parâmetros constitucionais.

Parecer 9488 OJNEmenta: DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO. GOVERNADOR E SE-CRETÁRIOS DE ESTADO. SERVIDOR PÚBLICO EXERCENTE DE FUNÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO; OPÇÃO PELA REMU-NERAÇÃO DE SECRETÁRIO.

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XXXII - elaborar seu Regimento;XXXIII - eleger sua Mesa, respeitando, dentro do possível, os crité-

rios de representação pluripartidária e de proporcionalidade;XXXIV - determinar a prorrogação de suas sessões;XXXV - dispor, através de resolução, sobre sua organização, funcio-

namento, polícia, criação, transformação e extinção de cargos e funções de seus serviços, e fixação da respectiva remuneração, observados os parâme-tros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, bem como elaborar sua folha de pagamento;

Parecer 8464Ementa: CÂMARA DE VEREADORES. O PROCESSO LEGISLATIVO DE CRIAÇÃO DE CARGOS PARA SEUS SERVIÇOS DEVE SER DE-FINIDO NA LEI ORGÂNICA. INAPLICABILIDADE, NO CASO, DE NORMAS POSTAS NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. VETO - SO-MENTE A INEXISTÊNCIA DE QUALQUER JUSTIFICATIVA EM SEU ENCAMINHAMENTO PELO EXECUTIVO PODERÁ SER CONSIDE-RADO COMO FALTA DE FUNDAMENTO CAPAZ DE IMPEDIR SUA TRAMITAÇÃO NA CÂMARA. LEIS, DECRETOS, ETC - NULIDADE. CARGO - CRIAÇÃO.Parecer 9001Ementa: CÂMARA DE VEREADORES - REPASSE DE DUODÉCI-MOS DO ORÇAMENTO PELO EXECUTIVO. DISPOSITIVO DA CF NÃO É AUTO-APLICÁVEL. O COMANDO DEVE ESTAR NA LEI ORGÂNICA. PARA CRIAR CONTÁBILIDADE PRÓPRIA A CÂ-MARA PRECISA CONTAR COM PREVISÃO LEGAL. NÃO É SUFI-CIENTE O DECRETO-LEGISLATIVO. Parecer 9815Ementa: GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. Incorporação aos ven-cimentos na atividade. Funcionário cedido do Poder Executivo para o Legislativo, onde exerceu cargo em comissão, incorporando a correspondente gratificação aos seus vencimentos. Pedido de inclusão da gratificação de representação baseado na Resolução nº 2143/88, da Assembléia Legislativa.Orientação do Parecer nº 9612/93-PGE.

XXXV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, cria-ção, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, obser-vados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, bem como elaborar sua folha de pagamento;*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 57, de 21/05/08.

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constituição do estado do rio grande do sul

XXXVI - mudar temporariamente sua sede, bem como o local de reunião de suas comissões.

Parágrafo único - Nos casos previstos nos incisos VI e VII, presi-dirá a Assembléia Legislativa o Presidente do Tribunal de Justiça do Es-tado, limitando-se a condenação, que somente será proferida por voto de dois terços dos membros do Poder Legislativo, à perda do cargo, com ina-bilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Pareceres - 12744 -12593-12437-12288-11602-11537-11496-11471-11101-11080-10996-10930-10700-10183 aLTera 9825 - 9863-9815-9701-9657-9580- 9110-9021-9001-8818-8799-8669-8543-8395-8212

Art. 54 - Compete à Mesa representar a Assembléia Legislativa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente.

§ 1º - A representação da Mesa em juízo bem como a consultoria e o assessoramento jurídico do Poder Legislativo competem à Procuradoria da Assembléia Legislativa.

§ 2º - Os cargos de Procurador da Assembléia Legislativa serão or-ganizados em carreira, com ingresso mediante concurso público de provas e títulos, realizado pela Assembléia Legislativa, com a participação da Or-dem dos Advogados do Brasil.

SeçãO IIIDOS DEPUtaDOS

Art. 55 - Aplicam-se aos Deputados as regras da Constituição Fe-deral sobre inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimento e incorporação às Forças Armadas.

Parecer 12425Ementa-FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO. CARGO DE PRESI-DENTE EXERCIDO POR VEREADOR. POSSIBILIDADE, FACE À AU-SÊNCIA DE VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. TELEOLOGIA DOS ARTIGOS 29 E 54, I, b, E II, b, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DO ARTIGO 55, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.Parecer 11373

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Ementa: INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. Conta-gem de tempo de serviço. Hipótese excepcional da Lei nº 6.537/73 inserida pela Lei nº 10.582/95. Mandato no Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais - TARF. Parecer 11010Ementa:DEPUTADO ESTADUAL. INCOMPATIBILIDADE PARLA-MENTAR. Ratificação do Parecer nº 9083/PGE. A configuração da incompati-bilidade prevista no art. 54, II, letra “a”, da CF (aplicável aos Deputados Estaduais por força do art. 55, “caput”, da CE), exige CUMULATIVAMENTE que: (a) o deputado seja proprietário, controlador ou diretor de empresa que mantenha con-trato com pessoa jurídica de direito público ou nela exerça função remunerada; (b) a empresa GOZE DE FAVOR do Poder Público em decorrência do contrato.Pareceres- 9107- 8978 OrIeNTaçãO mODIFIcaDa PeLO 11821 revIsaDO PeLO 13463- 8851

§ 1º - Os Deputados serão submetidos a julgamento perante o Tri-bunal de Justiça do Estado.

§ 2º - Os Deputados Estaduais têm livre acesso aos órgãos da ad-ministração direta e indireta do Estado, mesmo sem prévio aviso, sendo--lhes devidas todas as informações necessárias.

SeçãO IVDaS cOMISSõES

Art. 56 - A Assembléia Legislativa terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas nesta Constituição, no seu Regimento ou no ato de que resultar sua criação.

§ 1º - Na constituição de cada comissão será assegurada, quan-to possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares.

§ 2º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência, ca-bem, entre outras definidas no Regimento, as seguintes atribuições:

I - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;II - convocar Secretários de Estado e dirigentes de órgãos da admi-

nistração indireta ou qualquer servidor público para prestar informações sobre assuntos de sua atividade ou atribuições;

III - receber petições, reclamações ou representações de qualquer pessoa contra atos ou omissões de autoridades ou entidades públicas;

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constituição do estado do rio grande do sul

IV - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão para prestar informações;

V - apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e seto-riais de desenvolvimento e sobre eles emitir Parecer;

VI - emitir Parecer sobre matéria de competência legislativa;VII - discutir e votar projetos de lei e convênios que dispensarem,

na forma do Regimento, a competência do Plenário, salvo se houver re-curso de um décimo dos membros da Casa.

§ 3º - Aplica-se ao inciso VII do parágrafo anterior, no que diz res-peito aos convênios, o disposto no § 2º do art. 62.

§ 4º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previs-tos no Regimento, serão criadas para apuração de fato determinado e por prazo certo, mediante requerimento de um terço dos Deputados.

§ 5º - As conclusões das comissões parlamentares de inquéri-to serão encaminhadas, se for o caso, no prazo de trinta dias, ao Mi-nistério Público, para que promova a responsabilidade civil e crimi-nal dos infratores.

§ 6º - Durante o recesso haverá uma Comissão Representativa da Assembléia Legislativa, eleita na última sessão ordinária do período legis-lativo, com atribuições definidas no Regimento, cuja composição repro-duzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação dos partidos ou dos blocos parlamentares.

§ 7º - O Poder Legislativo poderá credenciar entidades civis, repre-sentativas de segmentos sociais, legalmente constituídas, para participar em atividades das comissões permanentes, com direito a voz.

§ 8º - A comissão permanente de que trata o § 1º do art. 152 terá sua composição e funcionamento conforme dispuser o Regimento.

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SeçãO VDO PROcESSO LEgISLatIvO

SUbSeçãO IDISPOSIçãO gERaL

Art. 57 - O processo legislativo compreende a elaboração de:I - emendas à Constituição;II - leis complementares;III - leis ordinárias;IV - decretos legislativos;V - resoluções.Parágrafo único - Lei complementar disporá sobre a elaboração,

redação, alteração e consolidação das leis, bem como sobre a iniciativa po-pular no processo legislativo estadual.

Parecer 12514Ementa:PROCESSO LEGISLATIVO. TÉCNICA LEGISLATIVA. ÂMBI-TO DE INCIDÊNCIA DA LEI COMPLEMENTAR 95, DE 26 DE FE-VEREIRO DE 1998. INTELIGÊNCIA DO ART. 59, PARÁGRAFO ÚNI-CO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. A Lei Complementar 95, de 1998, estabelece disposições concernentes à elaboração das leis no âmbito federal, não manietando os Estados-Membros e os Municípios na disciplina da matéria em questão. Constitucionalidade do art. 57, parágrafo único, da Constituição Es-tadual em face da Constituição Federal. Aplicação da lógica do razoável.

SUbSeçãO IIDa EMEnDa à cOnStItUIçãO

Art. 58 - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:I - de um terço, no mínimo, dos Deputados;II - do Governador;III - de mais de um quinto das Câmaras Municipais, manifestan-

do-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros;IV - de iniciativa popular.

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constituição do estado do rio grande do sul

§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de in-tervenção federal no Estado, estado de defesa ou estado de sítio.

§ 2º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, consi-derando-se aprovada quando obtiver, em ambos, o voto favorável de três quintos dos membros da Assembléia Legislativa.

§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa da As-sembléia Legislativa, com o respectivo número de ordem.

§ 4º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou ha-vida por prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

SUbSeçãO IIIDaS LEIS

Art. 59 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão técnica da Assembléia Legislativa, à Mesa, ao Governador, ao Tribunal de Justiça, ao Procurador-Geral de Justiça, às Câmaras Municipais e aos cidadãos, nos casos e na forma previstos nes-ta Constituição.

Parecer 11373Ementa:INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. Conta-gem de tempo de serviço. Hipótese excepcional da Lei nº 6.537/73 inserida pela Lei nº 10.582/95. Mandato no Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais - TARF.Pareceres 10491 = 10290- OrIeNTaçãO revIsaDa Parecer 12620

Parágrafo único - As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos Deputados.

Art. 60 - São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que:

Parecer 10660Ementa:CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DO SUL. LEGISLA-ÇÃO SOBRE MEIO AMBIENTE. COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO E INICIATIVA DO LEGISLATIVO. O MUNICÍPIO dispõe de competência CONCORRENTE (CF, art. 30, inciso II c.c. art. 24, VI e VIII) para legislar so-bre MEIO AMBIENTE. Por não se enquadrar em nenhuma das hipóteses EX-PRESSAMENTE previstas como de INICIATIVA PRIVATIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO (CF, art. 61,§ 1º; CE, art. 60; LOM, art. 42), cabe a Câma-

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ra Municipal, através de qualquer dos seus membros, propor projeto de lei sobre a matéria.Pareceres- 10660- 9631-9381-9251- 8500-8411-8405

I - fixem ou modifiquem os efetivos da Brigada Militar;II - disponham sobre:

Parecer 13981Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR. DENÚN-CIAS DE IRREGULARIDADES COMETIDAS POR TÉCNICO EM VI-TICULTURA E ENOLOGIA E AUXILIAR DE SERVIÇOS RURAIS, NA REGIÃO PRODUTORA DE VINHOS, NÃO COMPROVADAS NO DE-CORRER DA INSTRUÇÃO DO FEITO. ABSOLVIÇÃO SUGERIDA.

a) criação e aumento da remuneração de cargos, funções ou empre-gos públicos na administração direta ou autárquica;

Parecer 12771Ementa:Superintendência de Portos e Hidrovias. Adicional por tempo de servi-ço previsto para servidores de nível superior. Pedido de extensão administrativa da vantagem aos servidores que percebem qüinqüênios que se inviabiliza diante do que determina o artigo 37, X da Constituição Federal e os artigos 33, § 1º e 60, inciso II, alínea a da Constituição Estadual.Parecer 12211Ementa:FOSPA.Cargo de Supervisor Administrativo. Equiparação salarial aos técnicos-científicos da Fundação: necessidade de lei (CE, art. 60)Parecer 9488 OJNEmenta:DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO. GOVERNADOR E SECRETÁ-RIOS DE ESTADO. SERVIDOR PÚBLICO EXERCENTE DE FUNÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO; OPÇÃO PELA REMUNERAÇÃO DE SE-CRETÁRIO.Parecer 9442 OJNEmenta:Procurador autárquico. Reajuste de vencimentos ou de proventos. Ne-cessidade de lei. Incabível resolução para tal fim. Impossibilidade de aumento au-tomático, decorrente de lei que altera os vencimentos dos Procuradores do Estado.Parecer 8405Ementa: FOSPA. RESOLUÇÃO Nº 287/89 E RESOLUÇÃO Nº 288/89, RES-PECTIVAMENTE, ALTERANDO CARGOS E VENCIMENTOS E SALÁ-RIOS NA ENTIDADE. NECESSIDADE DA EDIÇÃO DE LEI. AUTAR-QUIA - ATOS ADMINISTRATIVOS. AUTARQUIA - QUADRO DE PES-SOAL VENCIMENTOS - REAJUSTE. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989,ART.60, II, A OSPA.Parecer 8845 OJNEmenta:SERVIDOR AUTÁRQUICO. DEPRC. ACORDO EM PROCESSO TRABALHISTA PLEITEANDO RECONHECIMENTO DE “DESVIO

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DE FUNÇÃO”. INVIABILIDADE NA ESFERA ADMINISTRATIVA. EXTINÇÃO E CRIAÇÃO DE CARGOS EMPREGOS E FUNÇÕES AU-TÁRQUICAS ATRAVÉS DE LEI. CARGO - CRIAÇÃO. CARGO - EX-TINÇÃO. SERVIDOR - ENQUADRAMENTO.Parecer 8823 OJNEmenta:CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL. SOLICITAÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO GOVERNAMENTAL DA RESOLUÇÃO Nº 70/81, ALTERADA PELAS DE Nº 005/86 E Nº 032/90. ATO ADMINISTRATIVO - HOMOLOGAÇÃO. FUNCIONÁRIO - FUNÇÃO GRATIFICADA - INCORPORAÇÃO. CAIXA ECONÔMICA ESTADUALParecer 8792 OJN Ementa:CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RGS. INSTITUIÇÃO DE GRATIFICAÇÃO POR RISCO DE VIDA AO PESSOAL PERTEN-CENTE AO SERVIÇO DE SEGURANÇA DAS AGÊNCIAS DE VIGI-LÂNCIA DOS PRÉDIOS E TRANSPORTES DE VALORES EM CAR-RO-FORTE. RATIFICAÇÃO DO Parecer Nº 7586/88 - PGE E INFORMA-ÇÃO Nº 280/88-PP-PGE. AUTARQUIA - QUADRO DE PESSOAL. SER-VIDOR - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL.Pareceres - 14807 - 14588-13718-13383-12860-12858-12750-12749-12748-12711-12421-12359-11720-11717-11663-11293-11215- 11187- 11175- 11034- 10944- 10932- 10931- 10879- 10668 – 10600- 10373- 10282- 10239-10220-10155-10079-10020-9881-9759 -9631- 9536- 10079-11175-10944-8496-8496-8617-8217-8306-8338-8560-8845OJN-9631-8405-8419-9831-9479-9480-9442-9237-9111- 9480- 9479- 9393- 9385- 9381- 9375- 9320- 9314- 9251- 9237- 9203- 9195- 9156- 9111- 8955-8953-8875- 8679 – 8668- 8667-8641-8640- 8617- 8561- 8560- 8500 – 8496- 8419- 8411 (?) 8405- 8386- 8338?- 8311-8309- 8306 – 8211 OJN - (83 Pareceres)

b) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, e reforma ou transferência de militares para a inatividade;

Parecer 12232Ementa: MUNICÍPIO DE PANAMBI. PROJETO DE LEI SUBSTITUTI-VO À LEI MUNICIPAL ESTENDENDO PROIBIÇÃO DA CONTRA-ÇÃO DE PARENTES ATÉ O TERCEIRO GRAU, NO ÂMBITO DA AD-MINISTRAÇÃO DIRETA, INDIRETA, AUTARQUIAS, CÂMARA DE VEREADORES E FUNDAÇÕES DO MUNICÍPIO, POR VÍCIO DE INI-CIATIVA.Parecer 11293Ementa: Processo Legislativo - Iniciativa Privativa do Executivo - Servidor Pú-blico Municipal - Inconstitucionalidade de Lei Municipal que dispõe sobre rema-nejamento de pessoal em razão de vício de iniciativa.

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Parecer 11121Ementa: EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL. Limites. Separação e independência dos Poderes. Impossibilidade de constitucionalização, no plano local, de matérias submetidas, por força da Constituição Federal, ou a iniciativa privativa para o desencadeamento do respectivo processo legislativo ou a compe-tência, também privativa, dos Tribunais, das Mesas das Assembléias Legislativas e dos Tribunais de Contas para prover a respeito. EMENDA nº 12/95. Inconstitu-cionalidade. Ofensa àquela iniciativa e a essa competência, de aplicação obrigató-ria aos Estados-membros, e, pois, ao princípio da independência e harmonia entre os Poderes (CF, art. 25 comb. c/ arts. 2. e 61). Possibilidade de descumprimento da norma. Ação direta de inconstitucionalidade. Viabilidade, porém, da adoção, no provimento dos cargos em comissão, no todo ou em parte, dos critérios estabeleci-dos pela mencionada Emenda, inclusive propondo-se, se por oportuno se tiver, em projeto de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, sua inserção em lei. Parecer 10280 Ementa:VEREADOR NÃO PODE PROPOR PROJETO DE LEI SOBRE APOSENTADORIA DE SERVIDOR MUNICIPAL: TRATA-SE DE INI-CIATIVA EXCLUSIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO (CF, art. 61, pará-grafo 1º, II, letra “c”; CE, art. 60, II, letra “b”).Pareceres- 10932- 11215- 8953- 9488 OJN - 9392- 9759- 10220- 10280- 10373

c) organização da Defensoria Pública do Estado;d) criação, estruturação e atribuições das Secretarias e órgãos da ad-

ministração pública.Art. 61 - Não será admitido aumento na despesa prevista:I - nos projetos de iniciativa privativa do Governador, ressalvado o

disposto no art. 152;II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da

Assembléia Legislativa, dos Tribunais e do Ministério Público.

Parecer 10931Ementa: CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RGS. Reajuste de venci-mentos dos Procuradores da Autarquia. Orientação específica dos Pareceres nºs 9111/92, 9203/92 e 9237/92-PGE. Orientação para outros entes autárquicos: Pa-receres nºs 8496/90 e 9195/92-PGE.

Art. 62 - Nos projetos de sua iniciativa o Governador poderá solici-tar à Assembléia Legislativa que os aprecie em regime de urgência.

§ 1º - Recebida a solicitação do Governador, a Assembléia Legisla-tiva terá trinta dias para apreciação do projeto de que trata o pedido.

§ 2º - Não havendo deliberação sobre o projeto no prazo previsto, será ele incluído na ordem do dia, sobrestandos e a deliberação de qual-

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quer outro assunto até que se ultime a votação.§ 3º - O prazo de que trata este artigo será suspenso durante o re-

cesso parlamentar.Art. 63 - Transcorridos trinta dias do recebimento de qualquer pro-

posição em tramitação na Assembléia*Legislativa, seu Presidente, a requerimento de qualquer dos Depu-

tados, mandará incluí-la na ordem do dia, para ser discutida e votada, des-de que com Parecer da Comissão de Constituição e Justiça.

§ 1º - A Comissão de Constituição e Justiça, no caso de ainda não se ter manifestado quanto à proposição, terá prazo de três dias úteis, con-tados da data de entrada do requerimento de que trata este artigo, para apresentar Parecer.*

*(Revogado pela Emenda Constitucional nº 39, de 12/12/03.)

§ 2º - A proposição somente será retirada da ordem do dia se o au-tor desistir do requerimento.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 1, de 18/06/91.

Art. 64 - As matérias constantes de projeto de lei rejeitado somen-te poderão constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria dos membros da Assembléia Legislativa.

Art. 65 - A Assembléia Legislativa, mediante requerimento subs-crito pela maioria de seus membros, pode retirar da ordem do dia, em caso de convocação extraordinária, projeto de lei que não tenha tramitado no Poder Legislativo por no mínimo trinta dias.**

**(ADIn 657-23/10/2001 Improcedente )

Parecer 14931 Ementa: DISPOSIÇÃO SEM ÔNUS PARA A ORIGEM. AVERBAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO E EFEITOS NA VIDA FUNCIONAL DO SERVIDORParecer 9319 OJN raTIFIcaDO PeLO 13055Ementa: ATUALIZAÇÃO DO VALOR DAS OBRIGAÇÕES PECUNI-ÁRIAS DO ESTADO, DAS AUTARQUIAS E DAS FUNDAÇÕES PÚ-BLICAS PARA COM SEUS SERVIDORES, ATIVOS OU INATIVOS, E SEUS PENSIONISTAS NÃO CUMPRIDAS ATÉ O ÚLTIMO DIA DO MÊS DE AQUISIÇÃO DO DIREITO. EXEGESE DOS ARTIGOS 36 E 35 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

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Art. 66 - O projeto de lei, se aprovado, será enviado ao Governador, o qual, em aquiescendo, o sancionará.

Parecer 13168Ementa: VETO PARCIAL - O veto, no direito brasileiro, tem caráter suspen-sivo da conversão do texto vetado em comando legislativo. No caso do veto par-cial, a parte do projeto sancionada converte-se em lei mesmo que as partes vetadas pendam de apreciação pelo Legislativo. Rejeitado que seja o veto, as partes que o haviam sofrido somente passarão a integrar o texto legal com a respectiva publica-ção, não retroagindo a sua entrada em vigor ao dia em que passou a viger a parte sancionada. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE E LEI DE DI-RETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - A jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-deral nega caráter normativo, para efeitos de controle em sede de ação direta de inconstitucionalidade, à lei de diretrizes orçamentárias, remetendo a possibilida-de do controle de sua juridicidade a outras vias, sendo possível, em tese, a sua su-jeição à argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo pronuncia-mento do Supremo Tribunal Federal dando interpretação diversa ao artigo 4º, § 1º, da Lei Federal 9.882, de 1999. LIMITES DA LEI DE DIRETRIZES OR-ÇAMENTÁRIAS - A lei de diretrizes orçamentárias não pode dispor sobre os aspectos formais de elaboração do orçamento, porquanto tal matéria se acha no âmbito competencial reservado pelo artigo 165, § 9º, I, da Constituição Federal à lei complementar do poder central. Também não lhe cabe estabelecer percentuais, agredindo o disposto no artigo 167, IV, da Constituição Federal. Não lhe cabe a predeterminação do conteúdo da proposta orçamentária, porquanto sua elabora-ção, com a mais ampla discricionariedade, é prerrogativa dos Chefes de cada um dos Poderes e do Ministério Público assegurada nos artigos 27, § 3º, 99, § 1º, 127, § 3º e 165, III, da Constituição Federal. Não se presta, outrossim, a amesquinhar a prerrogativa dos titulares da iniciativa reservada quando se trate da defalgração do processo legislativo concernente à remuneração dos servidores respectivos. O arti-go 166, § 4º, da Constituição Federal bloqueia a apresentação de emendas parla-mentares ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias em dissintonia com o plano plurianual. As limitações dos artigos 19 e 20 da Lei Complementar 101, de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal devem ser observadas como ma-terialização do comando posto no artigo 169 da Constituição Federal, preserva-do o princípio da continuidade do serviço público. Aplicação das teses do Pare-cer 12.845 - Ricardo Camargo. Em se tratando da política de qualificação profis-sional, espécie do gênero “política de emprego”, disciplinada pelo CODEFAT no exercício de competência que lhe foi atribuída pelas Leis 7.998 e 8.019, de 1990, será ineficaz, nos termos do artigo 24, I e seus §§ 1º e 4º, da Constituição Federal, a disposição da Lei de Diretrizes Orçamentárias que com elas conflitar. A quali-ficação de entidades de direito privado, seja como associações de utilidade públi-ca, seja como organizações sociais, seja como organizações da sociedade civil de interesse público, para efeitos, inclusive, de fazer jus a repasses de recursos públi-cos, há de ser feita de acordo com a legislação federal de regência. As despesas re-ferentes ao crédito educativo não se inserem no conceito de despesas destinadas à manutenção do sistema estadual de ensino, consoante exigido pelo § 1º do arti-go 212 da Constituição Federal c/c artigo 16, II, da Lei 9.394, de 1996. Não cabe

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à lei de diretrizes orçamentárias local carrear ao Estado-Membro a obrigação de aumentar o aporte de recursos na execução de programa cuja materialização com-pete, predominantemente, à União, sob pena de afronta ao devido processo legal em sua dimensão substantiva, albergado no artigo 5º, LIV, da Constituição Fede-ral. A previsão de prestação de apoio técnico-financeiro a laboratórios farmacêu-ticos municipais não elide a competência estadual - prevista no artigo 23, II, da Constituição Federal - de encerrar o funcionamento daqueles que não atendam os padrões técnicos. É possível à lei de diretrizes orçamentárias prever a autorização para a criação de órgãos, mas não criá-los diretamente, o que somente pode ser feito por lei própria de iniciativa do Executivo, nos termos do que dispõe o artigo 61, § 1º, II, “e”, da Constituição Federal. Também não cabe à lei de diretrizes or-çamentárias determinar que a lei orçamentária descaracterize política pública es-pecífica que tenha sido definida em lei de iniciativa reservada ao Poder Executi-vo pelo artigo 61, § 1º, II, “e”, da Constituição Federal. O princípio do caixa úni-co, adotado pelo artigo 56 da Lei 4.320, de 1964, somente pode ser excepcionado nas hipóteses previstas nos artigos 71 desta mesma Lei e 43, § 1º, da Lei Com-plementar 101, de 4 de maio de 2000, traduzindo as alterações que se pretendam fazer mediante lei de diretrizes orçamentárias a este sistema verdadeira usurpação da competência federal definida no artigo 165, § 9º, da Constituição Federal. O critério para a identificação do grau de desigualdade entre regiões, por força do ar-tigo 165, § 7º, da Constituição Federal, é o populacional, disciplinado validamente pela Lei Estadual 10.283, de 1994. A previsão de caráter programático a respeito da busca de um modelo público de previdência social não tem o condão de esta-belecer determinação de caráter coercitivo para o Chefe do Executivo. Em contex-to de déficit, disposição determinando a manutenção da carga tributária existen-te é ineficaz, por desatender à exigência do artigo 4º, I, “a”, da Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000.

§ 1º - Se o Governador julgar o projeto, no todo ou em parte, in-constitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-a, total ou par-cialmente, dentro de quinze dias úteis contados a partir daquele em que o recebeu, e publicará no Diário Oficial o motivo do veto, devolvendo o projeto ou a parte vetada ao Presidente da Assembléia, dentro de quaren-ta e oito horas.

§ 2º - O veto parcial deverá abranger o texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Governador importará sanção.

§ 4º - O veto será apreciado no prazo de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa.

§ 5º - Se o veto for rejeitado, será o projeto enviado, para promul-gação, ao Governador.

§ 6º - Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 4º, o

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veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as de-mais proposições, até sua votação final.

§ 7º - Se, nas hipóteses dos §§ 3º e 5º, a lei não for promulgada pelo Governador no prazo de quarenta e oito horas, o Presidente da Assem-bléia Legislativa a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao primeiro Vice-Presidente fazê-lo.

Art. 67 - As leis vigorarão a partir do décimo dia de sua publicação oficial, salvo se, para tanto, estabelecerem outro prazo.

§ 1º - O disposto no caput não se aplica às leis que alteram normas para a apuração dos índices de participação dos municípios na arrecadação de impostos estaduais, que produzirão efeitos a razão de 1/5 (um quinto) das alterações instituídas, a cada ano, durante cinco anos, a partir de 1º de janeiro do ano subseqüente ao da aprovação da respectiva lei.*

§ 2º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica às leis que tra-tam de criação, incorporação, fusão, desmembramento, anexação e extin-ção de municípios.*

*Acrescentados pela Emenda Constitucional nº 21, de 11/12/97.

SUbSeçãO IVDa InIcIatIva POPULaR

Art. 68 - A iniciativa popular no processo legislativo será exercida mediante a apresentação de:

Parecer 13745Ementa: CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (LEI 9.503/1997). CRI-ME DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE (ART. 306). DESNECESSIDADE DA REPRESENTAÇÃO PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLI-CIAL OU PARA LAVRATURA DE AUTO DE PRISÃO EM FLAGRAN-TE. 1. O delito de embriaguez ao volante é crime de perigo concreto indetermi-nado (necessitando, para sua configuração, não só o estado de embriaguez, como também que o agente com sua conduta cause risco a um conjunto de pessoas ou bens, ambos não necessariamente determinados). 2. Descabida a exigência de re-presentação, por não existir vítima concreta, e ser o objeto jurídico tutelado a in-columidade pública. A ação penal é pública incondicionada. Inteligência do pa-rágrafo único do art. 291 da Lei 9.503/97, em consonância com o art. 88 da Lei 9.099/95, nos termos de jurisprudência e doutrina dominantes.Parecer 8225Ementa: PROCESSO LEGISLATIVO. PROJETO DE LEI SOBRE A

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GRATUIDADE DO TRANSPORTE ESCOLAR, DE INICIATIVA PO-PULAR; COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO PREFEITO MUNICI-PAL, NOS TERMOS DA LEI ORGÂNICA (ART. 20, ITENS I E II); INICIATIVA POPULAR EM PROJETO DE LEI, AINDA, NÃO CON-TEMPLADA NA LEI ORGÂNICA MUNICIPAL VIGENTE; VEDA-ÇÃO CONSTITUCIONAL DE VINCULAR A RECEITA A DESPE-SA; INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. TRANSPORTE ES-COLAR

I - projeto de lei;II - proposta de emenda constitucional;III - emenda a projeto de lei orçamentária, de lei de diretrizes

orçamentárias e de lei de plano plurianual, conforme disciplinado no art. 152, § 6º.

§ 1º - A iniciativa popular, nos casos dos incisos I e II, será to-mada por, no mínimo, um por cento do eleitorado que tenha votado nas últimas eleições gerais do Estado, distribuído, no mínimo, em um déci-mo dos Municípios, com não menos de meio por cento dos eleitores de cada um deles.

§ 2º - Recebido o requerimento, a Assembléia Legislativa verifica-rá o cumprimento dos requisitos previstos no § 1º, dando-lhe tramitação idêntica à dos demais projetos.

§ 3º - Os projetos de iniciativa popular, quando rejeitados pela As-sembléia Legislativa, serão submetidos a referendo popular se, no prazo de cento e vinte dias, dez por cento do eleitorado que tenha votado nas últi-mas eleições gerais do Estado o requerer.

§ 4º - Os resultados das consultas referendárias serão promulgados pelo Presidente da Assembléia Legislativa.

Art. 69 - A Assembléia Legislativa e as Câmaras Municipais, no âmbito de suas competências, poderão promover consultas referendárias e plebiscitárias sobre atos, autorizações ou concessões do Poder Executivo e sobre matéria legislativa sancionada ou vetada.*

*Vide Lei nº 9.207, de 21/01/91, alterada pela Lei nº 10.229, de 08/07/94.

Parecer 12508Ementa: CONSULTA POPULAR. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO. ATUAÇÃO DOS COREDES. PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO: DIS-TINÇÃO E ARTICULAÇÃO. EFEITOS DA CONSULTA EM FACE DOS

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PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DAS LEIS NO DIREITO POSITIVO PÁ-TRIO. - 1. Não constituem os mecanismos de consulta popular instrumentos de amesquinhamento do Poder Legislativo ou do Executivo, dado que se destinam apenas ao oferecimento de subsídios e, portanto, não têm efeitos vinculantes. - 2. A atuação dos COREDES é, substancialmente, mais como órgãos voltados à ob-tenção de subsídios para a elaboração de planos de desenvolvimento regional. - 3. Não se confundem o orçamento e o planejamento, embora ambos necessaria-mente se devam articular. - 4. A consulta popular tal como disciplinada na Lei 11.179/98 somente se refere ao produto já elaborado pelo Chefe do Executivo e não ao produto a ser por ele elaborado, que é o objeto do Orçamento Participativo. - 5. As disposições que estabelecem efeitos vinculantes em relação ao resultado das consultas levadas a cabo pelos COREDES são inconstitucionais, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por subtraírem ao Executivo a prer-rogativa da definição das prioridades e ao Legislativo a prerrogativa de as discutir - 6. A realização de consulta popular em se tratando de matéria orçamentária não é obrigatória, mas facultativa, porque não prevista como fase do processo de elabo-ração da lei do orçamento, seja já Constituição, seja na Lei Federal 4.320/64; 7- A Lei 11.179 somente deverá ser observada se o Chefe do Executivo resolver adotar o sistema de consulta nela disciplinado.

Parágrafo único - As consultas referendárias e plebiscitárias serão formuladas em termos de aprovação ou rejeição dos atos, autorizações ou concessões do Poder Executivo, bem como do teor da matéria legislativa.

SeçãO VIDa FIScaLIzaçãO cOntÁBIL, FInancEIRa E ORçaMEntÁRIa

Art. 70 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, opera-cional e patrimonial do Estado e dos órgãos e entidades da administração direta e indireta, e de quaisquer entidades constituídas ou mantidas pelo Estado, quanto à legalidade, legitimidade, moralidade, publicidade, efici-ência, eficácia, economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de re-ceitas, será exercida pela Assembléia Legislativa mediante controle exter-no e pelo sistema de controle interno de cada um dos Poderes, observado o disposto nos arts. 70 a 75 da Constituição Federal.*

*Regulamentado pela LEC nº 11.299, de 29/12/98.*Vide Lei nº 10.683, de 04/01/96.

Parecer 12851 OJN Ementa:A EMATER/RS é uma sociedade civil,  pessoa jurídica de direito pri-vado, a qual, ainda que mantenha estrita convivência com a Administração do

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Estado, não se transmuda em órgão da administração, tampouco se modifica es-truturalmente quanto ao direito que a disciplina, nem as suas funções podem ser havidas como públicas. Esta pessoa jurídica de direito privado deve prestar con-tas na forma do parágrafo único do artigo 70 da Constituição do Estado, poden-do ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Estado.Parecer 12829 Ementa: EC 20/98: questões polêmicas. Tribunal de Contas: sua atuação no re-gistro dos atos de inativação (arts. 71, incisos III, VIII e IX da CF/88 e 70 da CE/89). A atuação da Advocacia-Pública no âmbito de sua competência e do Sistema de Assistência Jurídica e Defesa Judicial do Estado (art. 132, CF/88; art. 115, incisos I, II e III, CE; Lei 7.705/82, art. 2º, alínea ‘a’; arts. 1º, 2º caput e incisos I e III, e 3º Dec. 39.652, de 05/08/99).Parecer 12772Ementa: PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO E CONTADORIA--GERAL DO ESTADO - LEI ORÇAMENTÁRIA E LEI DE DIRETRI-ZES ORÇAMENTÁRIAS - AUTORIZAÇÃO DE PROGRAMAS, PRO-JETOS E ATIVIDADES - CONSTITUINTE ESCOLAR - O papel consti-tucional da Procuradoria-Geral do Estado e da Contadoria-Geral do Estado foi analisado na Informação 27/99 GAB - Ricardo Camargo. A lei orçamentária so-mente pode tratar de previsão de receita e despesa, não se incluindo a simples atri-buição de nomes a programas, projetos e atividades neste conceito, nem tampou-co nas ressalvas postas no art. 165, § 8º, da Constituição Federal. A autorização posta na lei orçamentária quanto a programas, projetos e atividades diz respeito à descrição das ações e não aos nomes pelos quais estas venham a se tornar conhe-cidas, consoante posição já consolidada nesta Casa e na mais tradicional doutri-na quanto a ser irrelevante o nomen iuris. É irrelevante a intenção da pessoa física que ocupava a função de legislador na interpretação do sentido da norma jurídi-ca. A lei orçamentária não deve ser interpretada de sorte a se sacar dela entendi-mento que a incompatibilize com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que orienta a sua elaboração sob o aspecto substantivo e que não pode usurpar a matéria re-servada pelo art. 165, § 9º, da Constituição às normas gerais de direito financei-ro. Presença, ademais, da expressão que se pretendeu escoimar da lei orçamentá-ria no texto final desta.Parecer 12670Ementa: FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO CRIADA E/OU MANTI-DA PELO ESTADO. CONCURSO PÚBLICO. TRIBUNAL DE CONTAS. Em face da orientação, hoje pacífica, do Supremo Tribunal Federal e da doutri-na, as admissões, após a Constituição Federal de 1988, sem concurso público, de-vem ser desconstituídas. As decisões neste sentido do Tribunal de Contas devem ser cumpridas. Revisão do entendimento anterior dos Pareceres nºs 8065, 8066 e 10.912.Parecer 11671Ementa: IPERGS. Fiscalização interna das entidades autárquicas. Comissão de controle. Leis Estaduais nºs. 10.809/15.07.96 e 10.885/16.12.96.

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Parecer 11410 OJNEmenta: Fiscalização contábil, financeira e orçamentária efetuada pelo sistema de controle interno. Finalidade, atribuições e limites em razão da distribuição de competências estabelecida pela Constituição Federal. Parecer 9130Ementa: Sistemas de controle externo e interno de fiscalização contábil, financei-ra e orçamentária. Formas e Tipos. Órgãos competentes para o exercício das atri-buições dos controles.Pareceres- 14139 - 12852- 11469- 10999- 9503- 9110

Parágrafo único - Prestará contas qualquer pessoa física, jurídica ou entidade que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinhei-ros, bens e valores públicos pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Parecer 11395Ementa: CONVÊNIO. FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE. OBRIGATO-RIEDADE DA DEVOLUÇÃO DO VALOR REPASSADO DIANTE DO DESCUMPRIMENTO DAS DISPOSIÇÕES DO CONVÊNIO MANTI-DO COM A SSMA. PERTINÊNCIA DAS MEDIDAS ADMINISTRATI-VAS E JUDICIAIS CONTRA O MUNICÍPIO.

Art. 71 - O controle externo, a cargo da Assembléia Legislativa, será exercido com auxílio do Tribunal de Contas, ao qual compete, além das atribuições previstas nos arts. 71 e 96 da Constituição Federal, adapta-dos ao Estado, emitir Parecer prévio sobre as contas que os Prefeitos Mu-nicipais devem prestar anualmente.*

*Vide Lei nº 10.683, de 04/01/96.

Parecer 12829Ementa: EC 20/98: questões polêmicas. Tribunal de Contas: sua atuação no registro dos atos de inativação (arts. 71, incisos III, VIII e IX da CF/88 e 70 da CE/89). A atuação da Advocacia-Pública no âmbito de sua competência e do Sistema de Assistência Jurídica e Defesa Judicial do Estado (art. 132, CF/88; art. 115, incisos I, II e III, CE; Lei 7.705/82, art. 2º, alínea ‘a’; arts. 1º, 2º caput e inci-sos I e III, e 3º Dec. 39.652, de 05/08/99).Parecer 12670Ementa: FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO CRIADA E/OU MANTI-DA PELO ESTADO. CONCURSO PÚBLICO. TRIBUNAL DE CONTAS. Em face da orientação, hoje pacífica, do Supremo Tribunal Federal e da doutri-na, as admissões, após a Constituição Federal de 1988, sem concurso público, de-vem ser desconstituídas. As decisões neste sentido do Tribunal de Contas devem ser cumpridas. Revisão do entendimento anterior dos Pareceres nºs 8065, 8066 e 10.912.

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Parecer 11523Ementa: Reexame de contas de ex-Prefeito, após Parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado, em relação a contas de Prefeito, aprovado por maioria do Plenário da Câmara Municipal. Impossibilidade.Parecer 10999Ementa: CEDRO - COMPANHIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMEN-TO REGIONAL DE OBRAS. APROVAÇÃO DE BALANÇOS CONTÁ-BEIS. A aprovação de BALANÇOS CONTÁBEIS pela CAGE e pelo TCE só os legi-tima para os fins próprios a que se destinam tais controles, não dispensando a en-tidade da Administração Indireta de cumprir com as normas de controle interno a que esteja submetida, por força de lei ou dos seus estatutos. Parecer 10410Ementa: DAER. LICITAÇÃO; CONTRATAÇÃO DE EMPRESA DE CONSULTORIA E PLANEJAMENTO, SEM LICITAÇÃO; ALEGA-DA HIPÓTESE DE INEXIGIBILIDADE POR NOTÓRIA ESPECIA-LIZAÇÃO. RECOMENDAÇÕES CAGE NºS 063-21/93 e 115.1800/94. DESATENDIMENTO DAS RECOMENDAÇÕES PELA AUTAR-QUIA. NULIDADE DOS CONTRATOS. DECRETO - LEI Nº 2300, ARTIGO 49, PARÁGRAFO ÚNICO. INSTAURAÇÃO DE SINDICÂN-CIA; RESPONSABILIZAÇÃO DOS AGENTES IMPLICADOS;Parecer 9110Ementa: REPRODUÇÃO PARCIAL DO Parecer PRÉVIO SOBRE AS CONTAS DO GOVERNO DO ESTADO. INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 5.988/73. VIOLAÇÃO DE DIREITO DO CONSUMIDOR. APLICA-ÇÃO DA LEI Nº 8.078/90.Parecer 15467Ementa: Tribunal de Contas do Estado. Auditoria na Secretaria de Estado da Fazenda. Acesso a dados protegidos por sigilo fiscal. Possibilidade. Sigilo fiscal e proteção constitucional à intimidade. Direito de caráter não-absoluto. Supremacia do interesse público sobre o privado. Intercâmbio de informações sigilosas no âmbito da Administração Pública. Transferência do dever de sigilo. Requisitos. Inteligência do § 2º do art. 198 do CTN.Pareceres 14402, 14139, 13347, 12996, 11410

§ 1º - Os contratos de locação de prédios e de serviços firmados en-tre quaisquer das entidades referidas no artigo anterior e fundações priva-das de caráter previdenciário e assistencial de servidores deverão ser en-caminhados ao Tribunal de Contas, que também avaliará os valores neles estabelecidos.

§ 2º - O Tribunal de Contas terá amplo poder de investigação, ca-bendo-lhe requisitar e examinar, diretamente ou através de seu corpo téc-nico, a qualquer tempo, todos os elementos necessários ao exercício de suas atribuições.

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§ 3º - Não poderá ser negada qualquer informação, a pretexto de si-gilo, ao Tribunal de Contas.

§ 4º - A Mesa ou as comissões da Assembléia Legislativa poderão requisitar, em caráter reservado, informações sobre inspeções realizadas pelo Tribunal de Contas, ainda que as conclusões não tenham sido julga-das ou aprovadas.

§ 5º - Compete ao Tribunal de Contas avaliar a eficiência e eficácia dos sistemas de controle interno dos órgãos e entidades por ele fiscalizados.

Art. 72 - O Tribunal de Contas do Estado encaminhará à Assem-bléia Legislativa, anualmente, relatório da fiscalização contábil, financei-ra, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, econo-micidade e aplicação de recursos públicos, bem como dos respectivos qua-dros demonstrativos de pessoal.

Art. 73 - Para efeito dos procedimentos previstos no art. 72 da Constituição Federal, é competente, na esfera estadual, a comissão previs-ta no § 1º do art. 152.

Art. 74 - Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão es-colhidos, satisfeitos os requisitos do art. 73, § 1º, da Constituição Federal:**

I - cinco pela Assembléia Legislativa, mediante proposta de um terço de seus Deputados, com aprovação por maioria absoluta;**

II - dois pelo Governador, mediante aprovação por maioria absolu-ta dos membros da Assembléia Legislativa, alternadamente, dentre audi-tores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, in-dicados em lista tríplice elaborada pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento.**

**Declarada a inconstitucionalidade dos dispositivos na ADI nº 892-7. D.J.U., 26/04/02.

§ 1º - Os Conselheiros do Tribunal de Contas terão as mesmas ga-rantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos De-sembargadores do Tribunal de Justiça do Estado e somente poderão apo-sentar-se com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido efetiva-mente por mais de cinco anos.

§ 2º - Os Auditores Substitutos de Conselheiro, em número de sete, nomeados pelo Governador do Estado após aprovação em concurso

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público de provas e títulos realizado pelo Tribunal de Contas, na forma de sua Lei Orgânica, terão as mesmas garantias e impedimentos dos Con-selheiros, e subsídios que corresponderão a noventa e cinco por cento dos subsídios de Conselheiros, e quando em substituição a esses, também os mesmos vencimentos do titular.

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 51, de 30/11/05.**Inconstitucionalidade parcial da redação original do § 2º, do art. 74, pela

ADI 134, DJU 03/09/04.

Parecer 12581Ementa: Auditor Substituto de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Artigos 73, § 4º, da Constituição Federal, e 74, § 2º, da Constituição Estadu-al. Aposentadoria voluntária por tempo de serviço com proventos proporcionais. Disposições constitucionais anteriores e posteriores à Emenda nº 20/98. Licen-ça-prêmio.

Art. 75 - A lei disporá sobre a organização do Tribunal de Contas, podendo constituir câmaras e criar delegações ou órgãos destinados a auxi-liá-lo no exercício de suas funções e na descentralização de seus trabalhos.

Art. 76 - O sistema de controle interno previsto no art. 74 da Cons-tituição Federal terá, no Estado, organização una e integrada, compondo órgão de contabilidade e auditoria-geral do Estado, com delegações jun-to às unidades administrativas dos três Poderes, tendo sua competência e quadro de pessoal definidos em lei.

Parecer 11671 Ementa: IPERGS. Fiscalização interna das entidades autárquicas. Comissão de controle. Leis Estaduais nºs. 10.809/15.07.96 e 10.885/16.12.96.Parecer 11469Ementa: COMISSÃO DE CONTROLE DAS AUTARQUIAS. REPRESENTA-ÇÃO DA CAGE: vedação da Lei nº 10.809, de 15 de julho de 1996. Fiscalização interna das entidades autárquicas. Parecer 11410Ementa: Fiscalização contábil, financeira e orçamentária efetuada pelo sistema de controle interno. Finalidade, atribuições e limites em razão da distribuição de competências estabele-cida pela Constituição Federal.Parecer 10999Ementa: CEDRO - COMPANHIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE OBRAS. APROVAÇÃO DE BALANÇOS CONTÁBEIS. A apro-vação de BALANÇOS CONTÁBEIS pela CAGE e pelo TCE só os legitima para os fins próprios a que se destinam tais controles, não dispensando a entidade da Administração In-

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direta de cumprir com as normas de controle interno a que esteja submetida, por força de lei ou dos seus estatutos. Parecer 9130Ementa: Sistemas de controle externo e interno de fiscalização contábil, financeira e orça-mentária. Formas e Tipos. Órgãos competentes para o exercício das atribuições dos controles.

Parágrafo único - Os responsáveis pelo controle interno, ao toma-rem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência, sob pena de responsabilidade, ao Tribunal de Contas do Estado, o qual comunicará a ocorrência, em caráter reservado, à Mesa da Assem-bléia Legislativa.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 4, de 15/12/93.

Art. 77 - O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, instituído na forma do art. 130 da Constituição Federal, será regula-mentado por lei.

CAPÍTULO IIDO PODER ExEcUtIvO

SeçãO IDO gOvERnaDOR E DO vIcE-gOvERnaDOR

Art. 78 - O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Esta-do, auxiliado pelos Secretários de Estado.

Art. 79 - O Governador e o Vice-Governador serão eleitos, simul-taneamente, noventa dias antes do término do mandato de seus anteces-sores, observadas a forma de eleição e as condições de elegibilidade pre-vistas na Constituição Federal.

§ 1º - A posse realizar-se-á perante a Assembléia Legislativa.§ 2º - O Governador e o Vice-Governador prestarão, no ato de

posse, o seguinte compromisso: “Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis e patrocinar o bem comum do povo rio--grandense”.

§ 3º - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Gover-nador e o Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiverem as-sumido o cargo, este será declarado vago pela Assembléia Legislativa.

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Art. 80 - O Vice-Governador exercerá as funções de Governador nos casos de impedimento deste, bem como as funções que lhe forem con-feridas em lei ou delegadas pelo titular, e suceder-lhe-á em caso de vaga.

Parecer 15025Ementa:VICE-GOVERNADOR DO ESTADO. Vedações. Atuação na inicia-tiva privada. Questão que se resolve pelos princípios constitucionais informadores da Administração Pública.Parecer 14742 Ementa:PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO. CHEFE DO EXE-CUTIVO. IMPEDIMENTOS. SUBSTITUIÇÃO PELO VICEParecer 11632Ementa: VICE-PREFEITO. Mandato Remunerado. Servidor público. Ratifica-ção do Parecer nº 11003 da PGE.Parecer 11003Ementa: SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. INVESTIDURA EM MANDATO ELETIVO DE VICE-PREFEITO. Ao servidor público esta-dual investido no cargo eletivo remunerado de VICE-PREFEITO aplicam-se, por ANALOGIA, as regras do artigo 38, incisos II, IV e V, da Constituição Fe-deral: (a) têm assegurado o direito ao AFASTAMENTO do cargo, emprego ou função; (b) fica-lhe garantida a faculdade de OPÇÃO pela sua remuneração; (c) conta o tempo correspondente ao afastamento para todos os efeitos legais, exce-to para promoção por merecimento.

§ 1º - Em caso de impedimento simultâneo do Governador e do Vice-Governador, ou de vacância de ambos os cargos, serão sucessiva-mente chamados a exercer o cargo de Governador o Presidente da As-sembléia Legislativa e o do Tribunal de Justiça do Estado.

§ 2º - Em caso de vacância de ambos os cargos, far-se-á nova elei-ção noventa dias depois de aberta a segunda vaga, e os eleitos completarão os períodos de seus antecessores, salvo se a segunda vaga ocorrer a menos de um ano do término do quadriênio, caso em que se continuará obser-vando o disposto no parágrafo anterior.

Art. 81 - O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem li-cença da Assembléia Legislativa, ausentar-se do País, por qualquer tem-po, nem do Estado, por mais de quinze dias, sob pena de perda do cargo.**

**Trecho em negrito suspenso por medida cautelar concedida na ADI nº 775-1. D.J.U., 01/12/06.

Parecer 8988Ementa: SUBSTITUIÇÃO DE PREFEITO - AUSÊNCIA DE LEGIS-LAÇÃO MUNICIPAL DESOBRIGA TRANSMISSÃO DO CARGO

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NOS IMPEDIMENTOS DO TITULAR. LEI ORGÂNICA DEVE FI-XAR OS CRITÉRIOS DE SUBSTITUIÇÃO. MUNICÍPIOS NÃO ES-TÃO OBRIGADOS AOS MESMOS PRAZOS ADOTADOS PELAS CONSTITUIÇÕES FEDERAL E ESTADUAL.

SeçãO IIDaS atRIBUIçõES DO gOvERnaDOR

Art. 82 - Compete ao Governador, privativamente: I - nomear e exonerar os Secretários de Estado;II - exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção su-

perior da administração estadual;

Parecer 13009Ementa: APENAMENTO – COMPETÊNCIA DO GOVERNADOR – Pa-recer PRÉVIO DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO – Necessaria-mente tem de ser ouvida a Procuradoria-Geral do Estado quando a infração co-metida por servidor policial, em tese, ensejar a pena de demissão ou cassação de aposentadoria. RECONHECIMENTO – O reconhecimento constitui opera-ção corriqueira no inquérito policial e qualquer cidadão está sujeito a ele, não po-dendo o indiciado, sob a alegação de ser escrivão de polícia, pretender se eximir. HIERARQUIA FUNCIONAL – O princípio da hierarquia funcional é essen-cial à organização administrativa. AMEAÇA – Pratica ilícito administrativo pu-nível com a pena expulsória ou, quando inativado o servidor, com a cassação de aposentadoria, o escrivão que tem altercação verbal com seu superior hierárquico e lhe aponta arma de fogo. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE – Aposentado o servidor e reconhecidas atenuantes em seu prol, aplica-se a orientação definida no Parecer 12.757 – Eliana Graeff, pela extinção da punibilidade.Parecer 12845Ementa: LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – PLANO PLURIA-NUAL – Se a lei orçamentária tem a sua elaboração condicionada pela lei de di-retrizes orçamentárias, esta última tem a sua elaboração condicionada pelo plano plurianual, com o que o plano plurianual há de ser referencial hermenêutico para a lei de diretrizes orçamentárias tanto quanto esta há de ser referencial hermenêuti-co para a lei orçamentária anual, de acordo com o art. 166, §§ 3º, I, e 4º, da Cons-tituição Federal. De outra parte, a gestão das finanças públicas está disciplinada, em caráter geral, pela Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000. A preferên-cia das obras em andamento e paralisadas sobre as novas não deve ser entendida como veto à realização de novas obras, mas sim como um critério que visa a nor-tear a Administração quanto à necessidade de se dar continuidade às obras, sem-pre apreciada a essencialidade destas, por imposição, inclusive, do princípio da efi-ciência da Administração Pública, consagrado no art. 37, caput, da Constituição Federal. O Estado não pode impor aos Municípios que criem os respectivos Con-

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selhos de Desenvolvimento, mas nada impede que estes, no exercício da autono-mia que lhes garante a Constituição Federal, no seu art. 30, I, o façam. A promo-ção da reestruturação das carreiras no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário há de observar os limites postos no art. 169 da Constituição Federal e 154, X, da Constituição Estadual. Os limites constitucionalmente estabelecidos em relação à remuneração de servidores hão de ser observados tanto para os efei-tos de se proceder à recomposição do poder aquisitivo da remuneração como para a recomposição das estruturas remuneratórias. A alteração na legislação tributá-ria está, hoje, condicionada pela Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Não se confunde a proposta orçamentária, originária do Poder Executivo, com o orçamento, que é aprovado por lei.Parecer 10765Ementa: AÇÃO CIVIL PÚBLICA TRABALHISTA. FUNDAMENTO LE-GAL. OBJETO DA AÇÃO. INQUÉRITO CÍVEL TRABALHISTA.Parecer 9863Ementa: CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Requisição de ser-vidores da Administração Direta. Artigo 8., parágrafo único, Lei nº 9.672, de 19.06.92. AÇÃO JUDICIAL SOBRE A QUESTÃO.Parecer 15325Ementa: SEMA. TERMOS DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA: VALIDADE. AUTORIDADE PARA FIRMÁ-LOS EM NOME DO ESTADO: COMPETÊNCIA. DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA. INVALIDADE. CONVALIDAÇÃO

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;

Parecer 15520

IV - sancionar projetos de lei aprovados pela Assembléia Legislati-va, promulgar e fazer publicar as leis;

V - expedir decretos e regulamentos para a fiel execução das leis;

Parecer 13672Ementa: LOTERIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: EXAME DE VÁRIAS QUESTÕES. INTERPRETAÇÃO DA LEI ESTADUAL Nº 11.561/00 E DO DECRETO ESTADUAL Nº 40.593/01.1. COMPETÊNCIA DOS ESTADOS PARA LEGISLAR SOBRE A MATÉ-RIA. Precedente nesta PGE, constante na Informação nº 53/00-PDPE: pode o Es-tado legislar sobre o tema, inclusive no tocante aos bingos. 2. EDIÇÃO DE DECRETO PARA CRIAÇÃO DA LOTERIA DO ESTA-DO DO RIO GRANDE DO SUL (LOTERGS), E DE MODALIDADES LOTÉRICAS. É possível a criação da LOTERGS como departamento da Secre-taria da Fazenda, uma vez que a legislação estadual que regulamenta as atribuições das Secretarias de Estado permite que sejam elas subdivididas em departamentos para melhor eficiência do serviço. Tendo em vista que o serviço público de lote-

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rias deve ser instituído por lei, e atendido este requisito, a edição de decreto apenas para a criação e a regulamentação de modalidades lotéricas não fere o ordenamen-to jurídico. Ademais, previstas as modalidades lotéricas na Lei Estadual de Ta-xas de Serviços Diversos do Estado, está permitida a cobrança das referidas taxas.3. DELEGAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE LOTERIAS A PARTICU-LARES. Para a delegação do serviço público de loterias, mostra-se mais adequa-da a figura da autorização, tendo em conta a natureza do serviço de loterias (ser-viço público impróprio) e características jurídicas da autorização (revogabilidade e precariedade).4. NATUREZA JURÍDICA DA AUTORIZAÇÃO. Por sua natureza jurídi-ca de precária e revogável, pode a autorização ser cassada a qualquer tempo, bem como ser indeferida a eventual credenciado, com fundamento no interesse público e na conveniência e oportunidade da administração.5. INSTRUÇÃO NORMATIVA. Para a regulamentação do Decreto 40.593/01 no âmbito da LOTERGS, as Instruções Normativas expedidas pelo Secretário da Fazenda constituem modo jurídico adequado.6. AUTORIZAÇÕES JUDICIAIS E AUTORIZAÇÕES DEFERIDAS PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Eventuais autorizações concedidas pelo Ministério da Justiça não interferem na esfera de atuação da autoridade estadual, razão pela qual, para deferimento de autorizações para empresas operarem com a LOTERGS, há necessidade de regulamentação própria do órgão e, ainda, de de-ferimento pela autoridade administrativa estadual. Para as autorizações deferidas pelo Poder Judiciário, o exame deve ser casuístico.Parecer 12750Ementa: DESVIO DE FUNÇÃO.PROFESSOR. Desvio de função constitui irregularidade e como tal não tem o condão de autorizar qualquer alteração do re-gime de trabalho do servidor.

VI - vetar, total ou parcialmente, projetos de lei aprovados pela As-sembléia Legislativa;

VII - dispor sobre a organização e o funcionamento da adminis-tração estadual;

Parecer 14820Ementa: SUSEPE. AJUDA DE CUSTO. CÁLCULO.Parecer 12750DESVIO DE FUNÇÃO.PROFESSOR. Desvio de função constitui irregu-laridade e como tal não tem o condão de autorizar qualquer alteração do re-gime de trabalho do servidor. Parecer 10281Ementa: Município de Barão do Triunfo. Criação de Secretaria Municipal.Parecer 9759Ementa: Sugestão de anteprojeto de lei. Equiparação entre os quadros dos fer-roviários da extinta Viação Férrea do Rio Grande do Sul e os da Rede Ferroviá-ria Federal SA.

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Pareceres 14779, 13009, 12749, 12748 e 12232

VIII - decretar e executar intervenção em Município, nos casos e na forma previstos na Constituição Federal e nesta Constituição;

IX - expor, em mensagem que remeterá à Assembléia Legislativa por ocasião da abertura da sessão anual, a situação do Estado e os planos do Governo;

X - prestar, por escrito e no prazo de trinta dias, as informações que a Assembléia solicitar a respeito dos serviços a cargo do Poder Executivo;

Parecer 13968Ementa: CÂMARA DE VEREADORES DE NOVO HAMBURGO: SOLI-CITAÇÃO DE EXAME DE CONSTITUCIONALIDADE DE DISPOSI-TIVO DO SEU REGIMENTO INTERNO. Não é inconstitucional dispositivo da Lei Orgânica Municipal que exige, para que se possa solicitar informações ao Prefeito Municipal, votação em plenário de requerimento de vereador.

XI - enviar à Assembléia Legislativa os projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais, previstos nesta Constituição;

XII - prestar à Assembléia Legislativa, até 15 de abril de cada ano, as contas referentes ao exercício anterior e apresentar-lhe o relatório de atividades do Poder Executivo, em sessão pública;

XIII - exercer o comando supremo da Brigada Militar, prover-lhe os postos e nomear os oficiais superiores para as respectivas funções;

Parecer 11868Ementa: Decreto 37.287/97 e demais atos normativos estaduais referentes a li-citações. Art. 22 da L. 7.556/81, Lei de Organização Básica da Brigada Militar. Compatibilidade - LOB. Interpretação integradora, sob pena de agressão ao art. 82 da CERGS.

XIV - nomear o Procurador-Geral do Estado, o Procurador-Geral de Justiça e o Defensor Público-Geral do Estado, na forma prevista nes-ta Constituição;*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.

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XV - atribuir caráter jurídico-normativo a Pareceres da Procura-doria-Geral do Estado, que serão cogentes para a administração pública;

Parecer 13328Ementa: O exercício da atividade de consultoria no Sistema de Advocacia (As-sistência Jurídica e Defesa Judicial) do Estado: caráter e efeitos definidos pelo ordenamento em vigor. Ratificação dos Pareceres n.ºs 6.311/85, 8.415/90, 11.084/96, 12.829/00, 12.421/98, 12.486/99 e 12.677/00.Parecer 13315Ementa: Quando a jurisprudência administrativa consolidada contém as dire-trizes suficientes à solução do pleito, cumpre aos órgãos de origem a aplicação da orientação expressa, mormente se o pedido está comprometido pela prescrição, que deve ser apreciada preambularmente pela Assessoria Jurídica, em conformi-dade com as normas e orientação vigentes.

XVI - nomear magistrados, nos casos previstos na Constituição Fe-deral e nesta Constituição;

XVII - nomear os Conselheiros do Tribunal de Contas, observado o disposto no art. 74;

XVIII - prover os cargos do Poder Executivo, na forma da lei;

Parecer 12831Ementa: PROVIMENTO DE CARGOS EM COMISSÃO, NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO. PRERROGATIVA DO CHEFE DO PODER.Parecer 9588Ementa: Cedência de titular de cargo em comissão para órgão da Administração Indireta: FAPERGS. Atribuição de “gratificação equivalente” (Lei nº 2.331/54), com exercício deslocado do Gabinete do Governador do Estado. Irregularidades atribuídas a Administração Pública.Parecer 9524Ementa: Designação de vogal da Junta Comercial do Estado para exercício do cargo em comissão de Presidente. Ato efetivado por Secretário de Estado, no uso de competência delegada: Decreto nº 34.184, de 28.01.92 (DOE 28.01.92). Orientação do Parecer nº 9217/92-PGE.

XIX - conferir condecorações e distinções honoríficas;XX - contrair empréstimos e realizar operações de crédito, median-

te prévia autorização da Assembléia Legislativa;

Parecer 14854Ementa: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. BANCO INTERNACIO-

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NAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO. EMPRÉSTI-MO INTERNACIONAL. EXAME DE ASPECTOS JURÍDICO-FORMAIS PARA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO. Orientação quanto à autoridade competente (Governadora do Estado) para assinatura do contrato de financia-mento e exame do atendimento dos requisitos constitucionais, legais e regula-mentares a serem observados para sua celebração. Juntada da tradução juramen-tada do contrato.Parecer 14823Ementa: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. BANCO INTERNACIO-NAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO. EMPRÉSTIMO INTERNACIONAL. EXAME DE ASPECTOS JURÍDICOS CONCERNEN-TES À CONTRATAÇÃO. Apontamento e exame dos requisitos constitucionais, le-gais e regulamentares a serem observados para celebração do contrato de financiamento.Parecer 11496Ementa: Contrato de Empréstimo a ser pactuado entre o BIRD e o Estado do Rio Grande do Sul. Instrumento jurídico. Condições legais.

XXI - celebrar convênios com a União, o Distrito Federal, com ou-tros Estados e com Municípios para a execução de obras e serviços;

Parecer 13733Ementa: CONVÊNIOS. 1. UNIÃO FEDERAL E ESTADO. OBRIGATÓ-RIA PRESENÇA DESTE ANTE A INEXISTÊNCIA DE PERSONALIDA-DE JURÍDICA DE SUAS SECRETARIAS. 2. GOVERNADOR. DELEGA-ÇÃO DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA. 3. SECRETÁRIOS DE ESTADO. EXERCÍCIO DE COMPETÊNCIA RATIONE MATERIAE.Parecer 12857Ementa: Defensor Público-Geral do Estado. Interpretação estrita do parágra-fo 1º do artigo 82 da Constituição Estadual de 1989: prerrogativas de Secretário de Estado não capacitam o Defensor Público-Geral do Estado a receber delega-ção das atribuições privativas do Governador do Estado. Lei Complementar nº 9.230/91. Decreto nº 36.374/95 em vigor até desconstituição por meios próprios. Parecer 12702Ementa: PROGRAMA ESTADUAL DE PROTEÇÃO, AUXÍLIO E ASSIS-TÊNCIA A TESTEMUNHAS AMEAÇADAS – A instituição por decreto de Programa destinado a dar execução à Lei Federal 9.807, de 13 de julho de 1999 é juridicamente possível, quer porque se trata de dever constitucionalmente atribuí-do aos Estados-Membros, por força do art. 34, VII, “b”, da Constituição, consoan-te o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, quer porque se trata de inserir na sistematicidade de um Programa atribuições que já se inserem dentre as tradicionalíssimas postas para a Administração Pública no setor da segurança pública. É legal e constitucional o decreto que não extrapole os limites postos no art. 84, VI, da Constituição Federal. A existência do diploma federal, outrossim, não exclui a possibilidade da edição de lei para operacionalizar as medidas cuja efi-cácia dependa, efetivamente, de ato legislativo.§ 2º - Os convênios de que trata o item XXI, qualquer que seja a denominação dada ao respectivo instrumento, somente poderão ser postos em execução após

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aprovados pela Assembléia Legislativa. ***Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo na ADIn nº 177-9. D.J.U., 25/10/96.

Pareceres 9345, 8543 e 8388.

XXII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.§ 1º - O Governador do Estado poderá delegar ao Vice-Governa-

dor e a Secretários de Estado, bem como ao Procurador-Geral do Estado, as atribuições previstas nos incisos VII e XVIII deste artigo, e ainda, caso a caso, a prevista no inciso XXI.

Parecer 13737Ementa: PENSÃO COMPLEMENTAR DA LEI N.º 6.929/75. INVALIDEZ DE PENSIONISTA DO IPERGS. 1. A pensão não se transmite aos herdeiros.2. Os requisitos para habilitação à pensão devem estar preenchidos quando do óbito do segurado, pois aplicáveis à integralidade destinada à família as regras da complementação da parcela familiar.Parecer 12857Ementa: Defensor Público-Geral do Estado. Interpretação estrita do parágra-fo 1º do artigo 82 da Constituição Estadual de 1989: prerrogativas de Secretário de Estado não capacitam o Defensor Público-Geral do Estado a receber delega-ção das atribuições privativas do Governador do Estado. Lei Complementar nº 9.230/91. Decreto nº 36.374/95 em vigor até desconstituição por meios próprios.Parecer 9524Ementa: Designação de vogal da Junta Comercial do Estado para exercício do cargo em comissão de Presidente. Ato efetivado por Secretário de Estado, no uso de competência delegada: Decreto nº 34.184, de 28.01.92 (DOE 28.01.92). Orientação do Parecer nº 9217/92-PGE Parecer 10079Ementa: A partir da vigência da Constituição Estadual de 1989, a criação, modi-ficação ou extinção de funções gratificadas, das autarquias, depende de lei. Incons-titucionalidade do artigo 19 da Lei Estadual nº 9055, de 20 de fevereiro de 1990Parecer 10083Ementa: Cedência e afastamento do exercício de servidores celetistas da Admi-nistração Indireta. Competência para a prática dos atos respectivos. Decreto nº 34.184, de 28 de janeiro de 1992.Parecer 15537 Ementa: PERMITIDA A DELEGAÇÃO, TAMBÉM SE VIABILIZA A SUBDELEGAÇÃO, NOS ESTRITOS LIMITES E CRITÉRIOS DEFINIDOS PELO DELEGANTE, PARA AS ATRIBUIÇÕES POR ELE TIDAS POR ÚTEIS OU NECESSÁRIAS E PELO PRAZO E OBJETIVOS QUE FIXAR.Pareceres 11265 – 10307- 10098 - 9280

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§ 2º - Os convênios de que trata o item XXI, qualquer que seja a denominação dada ao respectivo instrumento, somente poderão ser postos em execução após aprovados pela Assembléia Legislativa.

**Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo na ADI nº 177-9. D.J.U., 25/10/96. Parecer 10930Ementa: CONVÊNIOS EM QUE O ESTADO É PARTE. APRECIAÇÃO PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. REJEIÇÃO, ATO DE CONTRO-LE MANIFESTO QUANDO JÁ EXAURIDOS OS SEUS OBJETOS. IN-VIABILIDADE DA DESCONSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA EXAURIDA.

Parecer 8818Ementa: CONVÊNIO ENTRE O MINISTÉRIO DAS MINAS E ENER-GIA E A SECRETARIA DE ENERGIA, MINAS E COMUNICAÇÕES PARA EXECUÇÃO DE PROGRAMA DE ELETRIFICAÇÃO RURAL. NATUREZA DOS RECURSOS FEDERAIS E ESTADUAIS E LEGISLA-ÇÃO PERTINENTE. TRANSPOSIÇÃO DE RECURSOS PARA CON-CESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS PARTICULARES. INCLUSÃO DA CEEE COMO SUBEXECUTORA DO CONVÊNIO. TERMO ADI-TIVO. Parecer 8543

SeçãO IIIDaS RESPOnSaBILIDaDES

Art. 83 - São crimes de responsabilidade do Governador do Estado os previstos na Constituição Federal e definidos em lei.

Parecer 9497Ementa: ATUALIZAÇÃO DE PRECATÓRIOS (art. 100, parágrafo lº, da CF/88). Atualização obrigatória até a data de lº de julho do exercício anterior ao do pagamento. Responsabilidade do Administrador Público. Abertura de Crédi-to Adicional condicionada a autorização legislativa e a existência de verba que não implique anulação de dotações para pessoal e encargos.

Art. 84 - O Governador do Estado, admitida a acusação pelo voto de dois terços dos Deputados, será submetido a julgamento perante o Su-perior Tribunal de Justiça, nas infrações penais comuns, ou perante a As-sembléia Legislativa, nos crimes de responsabilidade.

§ 1º - O Governador ficará suspenso de suas funções:

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I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa--crime pelo Superior Tribunal de Justiça;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Assembléia Legislativa.

§ 2º - Se, dentro de cento e oitenta dias contados do recebimento da denúncia, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Governador, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 3º - Enquanto não sobrevier a sentença condenatória, nas infra-ções penais comuns, o Governador do Estado não estará sujeito a prisão.**

§ 4º - O Governador do Estado, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.**

**Declarada a inconstitucionalidade dos dispositivos na ADI nº 1027-1. D.J.U., 24/11/95.

SeçãO IVDOS SEcREtÁRIOS DE EStaDO

Art. 85 - Os Secretários de Estado, auxiliares do Governador, se-rão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercí-cio dos direitos políticos.

Parecer 11654Ementa: DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO. SECRETÁRIO DE ESTADO. INDISPENSABILIDADE DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA.Parecer 11132Ementa: SERVIDOR ESTADUAL EXERCENTE DE CARGO DE SE-CRETÁRIO DE ESTADO. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. IN-CORPORAÇÃO. Orientação do Parecer nº 10545/95- PGE. Intercorrência de incidente suscitado pelo Tribunal de Contas do Estado, relativo ao ato de aposen-tadoria do servidor, quanto ao regime de trabalho (40h). Sanatória da matéria pela Secretaria da Educação.Parecer 11068Ementa: SECRETÁRIO DE ESTADO. Substituto. Direito ao pagamento da diferença de remuneração. Precedente: Parecer nº 3763 (Conselho Superior), aprovado pelo Governador do Estado. Parecer 10545Ementa: SECRETÁRIO DE ESTADO. GRATIFICAÇÃO DE REPRESEN-TAÇÃO. Funcionário estadual que exerce cargo de Secretário de Estado. Percepção

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da gratificação de representação. Regras de incorporação.Parecer 9488Ementa: DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO. GOVERNADOR E SE-CRETÁRIOS DE ESTADO. SERVIDOR PÚBLICO EXERCENTE DE FUNÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO; OPÇÃO PELA REMU-NERAÇÃO DE SECRETÁRIO.

Art. 86 - No impedimento do Secretário de Estado, suas atribui-ções serão desempenhadas por servidor da Pasta, designado pelo Go-vernador, ocorrendo o mesmo na vacância do cargo, até a nomeação do novo titular.

Art. 87 - Os Secretários de Estado não poderão:I - desde a nomeação: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito públi-

co ou, mesmo de direito privado, integrante da administração indireta ou concessionária ou permissionária de serviço público, salvo quando o con-trato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer qualquer cargo, função ou emprego, remunera-do ou não, nas entidades constantes da alínea a;

Parecer 15010Ementa: A atuação de servidores públicos (lato sensu) nos conselhos de admi-nistração e fiscal das sociedades de economia mista enseja a remuneração fixa-da pelo estatuto da companhia, porque não configura a acumulação constitucio-nalmente vedada e inexiste óbice a tal remuneração. Revisão total dos Pareceres PGE nº. 5.275/83, 6.871/86, 7.311/87, 8.333/90, 8.536/90, 8.977/91, 8.978/91 e 9.165/92. Revisão parcial do Parecer PGE nº 13.463/02. Manutenção, com res-salvas, dos Pareceres PGE nº 11.821/97 e 12.233/98. Ratificação dos Pareceres PGE nº 6.276/85, 7.285/87, 9.138/92 e 12.026/98.Parecer 11821Ementa: Secretário de Estado. Incompatibilidades no exercício do cargo. Participa-ção, na qualidade de representante do governo, em órgão deliberativo ou consulti-vo de entidade integrante da Administração Indireta do Estado, bem como nas de-mais espécies de órgãos das entidades sujeitas à supervisão da respectiva Pasta. In-terpretação do art. 87 da Carta Estadual. Alteração da orientação contida nos Pare-ceres nºs 8333 e 8978.

Parecer 9138Ementa: Secretário de Estado e integrante de Conselho de Administração de empresa subsidiária de sociedade de economia mista federal. Exercício cumulati-vo. Possibilidade, a luz do art. 87 da Constituição Estadual.

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II - desde a posse:a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze

de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) aceitar ou exercer qualquer cargo, função ou emprego, remunera-do ou não, em qualquer empresa comercial ou industrial, ou em corpora-ção ou fundação que goze de favor do Poder Público;

c) exercer qualquer outro cargo público ou desempenhar mandato público eletivo.

§ 1º - O disposto no inciso I, alínea b, não abrange a posse em car-go público conseqüente de aprovação em concurso público.

§ 2º - Desde a posse, os Secretários de Estado detentores de manda-to de Senador, de Deputado Federal ou Deputado Estadual afastar-se-ão de seu exercício, podendo os Deputados Estaduais optar por sua remuneração.

Art. 88 - Os Secretários de Estado incorrerão em crimes de respon-sabilidade nas hipóteses referidas no art. 83.

Art. 89 - A lei disporá sobre a criação, a estrutura básica e a área de competência das Secretarias.

Parecer 8772Ementa: AGROTÓXICOS. PORTARIA. INCONSTITUCIONALIDADE E ILEGALIDADE. É INCONSTITUCIONAL E ILEGAL A PORTARIA Nº 113/90 DO SECRETÁRIO DA AGRICULTURA E ABASTECIMEN-TO POR CONTRARIAR OS ARTIGOS 89 E 82, VII, DA CONSTITUI-ÇÃO ESTADUAL E O DECRETO Nº 30.811 DE 23.08.82. LEIS, DECRE-TOS, ETC. - INCONSTITUCIONALIDADE. DEFENSIVOS AGRÍCO-LAS.

SeçãO VDaS atRIBUIçõES DOS SEcREtÁRIOS DE EStaDO

Art. 90 - Os Secretários de Estado têm, além de outras estabeleci-das nesta Constituição ou em lei, as seguintes atribuições:

I - coordenar, orientar e supervisionar os órgãos e entidades da ad-ministração estadual compreendidos na área da respectiva Secretaria;

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Parecer 11821 (mODIFIca Parecer 8333- 8978- revIsaDO Parecer 13463 – revIsãO ParcIaL PeLO Parecer 15010Ementa: Secretário de Estado. Incompatibilidades no exercício do cargo. Participação, na qualidade de representante do governo, em órgão deliberati-vo ou consultivo de entidade integrante da Administração Indireta do Esta-do, bem como nas demais espécies de órgãos das entidades sujeitas à supervi-são da respectiva Pasta. Interpretação do art. 87 da Carta Estadual. Alteração da orientação contida nos Pareceres nºs 8333 e 8978.

II - referendar atos governamentais relativos aos assuntos da res-pectiva Secretaria;

III - expedir instruções para a execução de leis, decretos e regulamentos;IV - apresentar ao Governador relatório anual das atividades da Se-

cretaria a seu cargo;V - praticar os atos para os quais recebam delegação de competên-

cia do Governador;VI - comParecer à Assembléia Legislativa nos casos previstos nes-

ta Constituição, a fim de prestar informações ou esclarecimentos a respei-to de assuntos compreendidos na área da respectiva Secretaria, sob pena de responsabilidade.

CAPÍTULO IIIDO PODER JUDIcIÁRIO

SeçãO IDISPOSIçõES gERaIS

Art. 91 - São órgãos do Poder Judiciário do Estado:*I - o Tribunal de Justiça;*II - o Tribunal Militar do Estado;*III - os Juízes de Direito;*IV - os Tribunais do Júri;*V - os Conselhos de Justiça Militar;*VI - os Juizados Especiais e de Pequenas Causas;*VII - os Juízes Togados com Jurisdição limitada.*

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*NR dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97.

Parágrafo único - Os Tribunais de segunda instância têm sede na Capital do Estado e jurisdição em todo o território estadual.

Art. 92 - No Tribunal de Justiça será constituído órgão especial, com no mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para exer-cício das atribuições administrativas e jurisdicionais de competência do Tribunal Pleno, exceto a eleição dos órgãos dirigentes do Tribunal.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97.

Parágrafo único - As decisões administrativas, bem como as de concurso em fase recursal para ingresso na magistratura de carreira, serão públicas e motivadas, sendo as disciplinares tomadas pela maioria absolu-ta dos membros dos órgãos especiais referidos no caput.

Art. 93 - Compete aos Tribunais de segunda instância, além do que lhes for conferido em lei:

I - eleger, em sessão do Tribunal Pleno, seu Presidente e demais ór-gãos diretivos;

II - elaborar seu Regimento, dispondo sobre a competência e o fun-cionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

III - organizar sua secretaria e serviços auxiliares, provendo-lhes os cargos na forma da lei;

IV - conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e servidores de sua secretaria;

V - processar e julgar:a) as habilitações incidentes nas causas sujeitas a seu conhecimento;b) os embargos de declaração apresentados a suas decisões;c) os mandados de segurança, mandados de injunção e habeas

data contra atos do próprio Tribunal, de seu Presidente e de suas Câ-maras ou Juízes;

d) os embargos infringentes de seus julgados e os opostos na exe-cução de seus acórdãos;

e) as ações rescisórias de seus acórdãos e as respectivas execuções;f ) a restauração de autos extraviados ou destruídos, de sua competência;g) os pedidos de revisão e reabilitação relativos às condenações que

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houverem proferido;h) as medidas cautelares, nos feitos de sua competência originária;i) a uniformização de jurisprudência;j) os conflitos de jurisdição entre Câmaras do Tribunal;l) a suspeição ou o impedimento, nos casos de sua competência;VI - impor penas disciplinares;VII - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratu-

ra, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado, à Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado;*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.

VIII - processar e julgar, nos feitos de sua competência recursal:a) os habeas corpus e os mandados de segurança contra os atos dos

juízes de primeira instância;b) os conflitos de competência entre os Juízes de primeira instância;c) a restauração de autos extraviados ou destruídos;d) as ações rescisórias de sentença de primeira instância;e) os pedidos de correição parcial;f ) a suspeição de Juízes por estes não reconhecida;IX - declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo,

pela maioria absoluta de seus membros ou do respectivo órgão especial.

SeçãO IIDO tRIBUnaL DE JUStIça

Art. 94 - O Tribunal de Justiça é composto na forma estabelecida na Constituição Federal e constituído de Desembargadores, cujo número será definido em lei.

Art. 95 - Ao Tribunal de Justiça, além do que lhe for atribuído nes-ta Constituição e na lei, compete:

Parecer 9863Ementa: CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Requisição de ser-

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vidores da Administração Direta. Artigo 8., parágrafo único, Lei nº 9.672, de 19.06.92. AÇÃO JUDICIAL SOBRE A QUESTÃO.*

*Comentário- A Secretária de Estado de Educação, em consulta formulada à PGE, indaga sobre a extensão do art. 8°, parágrafo único, da Lei 9.672/92, que tra-ta da requisição de profissionais pelo Conselho Estadual, para desempenho de fun-ções específicas. A referência ao artigo 95 da C. E. é feita na fundamentação do Pa-recer para elucidar que a expressão “profissionais e especialidades” aludida pelo tex-to legal afasta a possibilidade de que os mesmos pertençam aos Quadros dos Pode-res Legislativo e Judiciário, pois a tais poderes compete, com exclusividade, dispor a respeito de seus servidores.

I - organizar os serviços auxiliares dos juízos da justiça comum de primeira instância, zelando pelo exercício da atividade correicio-nal respectiva;

II - conceder licença, férias e outros afastamentos aos juízes e ser-vidores que lhe forem imediatamente vinculados;

Parecer 10138 Ementa: SERVENTUÁRIO DA JUSTIÇA ABANDONO DE CARGO COMPROVADO. PEDIDO DE DEMISSÃO FORMULADO PELA PRÓ-PRIA INDICIADA. NO DECORRER DO PROCESSO. DEMISSÃO SIM-PLES DECRETADA PELO EGRÉGIO CONSELHO DA MAGISTRA-TURA. COMPETÊNCIA PARA EMISSÃO DO ATO DEMISSÓRIO DO EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBU-NAL DE JUSTIÇA DO ESTADO. ARTIGOS 125, CAPUT, PARÁGRA-FO 1º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E 95, II E IV, DA CONSTITUI-ÇÃO ESTADUAL.*

*Comentário- A competência para emissão do ato de demissão é de exclusiva competência do Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, com fundamento no artigo 99 da C. F/88 — assegura autonomia fi-nanceira e administrativa ao Poder Judiciário; no artigo 125 do mesmo texto cons-titucional — estabelece que os Estados organizarão sua Justiça, observados os prin-cípios inseridos na Carta Constitucional. A autoridade com atribuição para o provi-mento do cargo (artigo 95, IV), também tem competência para o ato demissionário.

III - prover os cargos de Juiz de carreira da Magistratura estadual sob sua jurisdição;

IV - prover, por concurso público de provas ou de provas e títulos,

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exceto os de confiança, assim definidos em lei, os cargos necessários à ad-ministração da justiça comum, inclusive os de serventias judiciais, atendi-do o disposto no art. 154, X, desta Constituição;

Parecer 10138Ementa: SERVENTUÁRIO DA JUSTIÇA ABANDONO DE CARGO COMPROVADO. PEDIDO DE DEMISSÃO FORMULADO PELA PRÓ-PRIA INDICIADA. NO DECORRER DO PROCESSO. DEMISSÃO SIM-PLES DECRETADA PELO EGRÉGIO CONSELHO DA MAGISTRA-TURA. COMPETÊNCIA PARA EMISSÃO DO ATO DEMISSÓRIO DO EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBU-NAL DE JUSTIÇA DO ESTADO. ARTIGOS 125, CAPUT, PARÁGRA-FO 1º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E 95, II E IV, DA CONSTITUI-ÇÃO ESTADUAL.*

*Vide Comentários inseridos no artigo 95 I e II.

V - propor à Assembléia Legislativa, observados os parâmetros constitucionais e legais, bem como as diretrizes orçamentárias:

a) a alteração do número de seus membros e do Tribunal Militar;**NR dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97.

b) a criação e a extinção de cargos nos órgãos do Poder Judiciário estadual e a fixação dos vencimentos de seus membros;

c) a criação e a extinção de cargos nos serviços auxiliares da Justiça Estadual e a fixação dos vencimentos dos seus servidores;

d) a criação e a extinção de Tribunais inferiores;e) a organização e divisão judiciárias;f ) projeto de lei complementar dispondo sobre o Estatuto da Ma-

gistratura Estadual;g) normas de processo e de procedimento, cível e penal, de compe-

tência legislativa concorrente do Estado, em especial as aplicáveis aos Jui-zados Especiais.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97.

VI - estabelecer o sistema de controle orçamentário interno do Po-der Judiciário, para os fins previstos no art. 74 da Constituição Federal;

VII - elaborar e encaminhar, depois de ouvir o Tribunal Militar do Estado, as propostas orçamentárias do Poder Judiciário, dentro dos limi-

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tes estipulados conjuntamente com os demais Poderes, na lei de diretri-zes orçamentárias.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97.

VIII - eleger dois Desembargadores e dois Juízes de Direito e elaborar a lista sêxtupla para o preenchimento da vaga destinada aos advogados, a ser enviada ao Presidente da República, para integrarem o Tribunal Regional Eleitoral, observando o mesmo processo para os respectivos substitutos;

IX - solicitar a intervenção no Estado, por intermédio do Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição Federal;

X - processar e julgar o Vice-Governador nas infrações penais comuns;XI - processar e julgar, nas infrações penais comuns, inclusive nas

dolosas contra a vida, e nos crimes de responsabilidade, os Deputados Es-taduais, os Juízes estaduais, os membros do Ministério Público estadual, os Prefeitos Municipais, o Procurador-Geral do Estado e os Secretários de Estado, ressalvado, quanto aos dois últimos, o disposto nos incisos VI e VII do art. 53;

Parecer 8691Ementa: JULGAMENTO DO PREFEITO. NAS INFRAÇÕES PENAIS COMUNS E CRIMES DE RESPONSABILIDADE O PROCESSO E JUL-GAMENTO SERÁ PERANTE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA - ART. 95, IN-CISO XI - CE - SENDO IMPOSSÍVEL A LEI MUNICIPAL ESTABELE-CER CONDIÇÕES PARA A INSTAURAÇÃO DO PROCESSO.AS IN-FRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS DEVEM TER SUA DEFI-NIÇÃO E PROCESSO DE APURAÇÃO ESTABELECIDOS NA LEI OR-GÂNICA. COM RELAÇÃO A ESTAS NORMAS CONSTANTES DO DE-CRETO-LEI Nº 201/67, FORAM REVOGADAS PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 95,XI.

XII - processar e julgar:a) os habeas corpus, quando o coator ou o paciente for mem-

bro do Poder Legislativo estadual, servidor ou autoridade cujos atos estejam diretamente submetidos à jurisdição do Tribunal de Justiça, quando se tratar de crime sujeito a esta mesma jurisdição em única instância, ou quando houver perigo de se consumar a violência antes

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que outro Juiz ou Tribunal possa conhecer dopedido;b) os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de

injunção contra atos ou omissões do Governador do Estado, da As-sembléia Legislativa e seus órgãos, dos Secretários de Estado, do Tri-bunal de Contas do Estado e seus órgãos, dos Juízes de primeira ins-tância, dos membros do Ministério Público e do Procurador-Geral do Estado;

c) a representação oferecida pelo Procurador-Geral de Justiça para assegurar a observância dos princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, ordem ou decisão judicial, para fins de intervenção do Estado nos Municípios;

d) a ação direta da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual perante esta Constituição, e de municipal perante esta e a Cons-tituição Federal, inclusive por omissão;**

**Declarada a inconstitucionalidade do trecho em negrito na ADI nº 409-3- Julgamento: Ementa: Controle abstrato de constitucionalidade de leis locais (CF, art. 125, § 2°): cabimento restrito à fiscalização da validade de leis ou atos normati-vos locais — sejam estaduais ou municipais -, em face da Constituição Estadual: in-validade da disposição constitucional estadual que outorga competência ao respecti-vo Tribunal de Justiça para processar e julgar ação direta de inconstitucionalidade de normas municipais em face também da Constituição Federal: precedentes.

**Comentário- Nos autos dessa ADI foi declarada a inconstitucionalidade da expressão “e a Constituição Federal”, contida no artigo 95, XII, d’, da Consti-tuição do Estado do Rio Grande do Sul, porquanto os Estados-Membros não dis-põem de competência para instituir, no âmbito do ordenamento jurídico positivo sistema de controle concentrado de constitucionalidade de leis ou atos normativos municipais,contestados em face da Carta Federal. D.J.U., 26/04/02.

Parecer 9418Ementa: A instituição de LOTERIA MUNICIPAL, ATRAVÉS de Lei Lo-cal, constitui ato de manifesta INCONSTITUCIONALIDADE, por inva-dir área reservada a COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA DA UNIÃO (CF, art. 22, itens I e XX). *

*Comentário - A C. F./88, no artigo 22, XX, dispõe, expressamente, ser da com-petência privativa da União legislar sobre sorteios (e.g. jogos de loterias). Por-tanto, a instituição de loterias em todo o território nacional só pode ter validade ser foi feita por meio de Lei Federal, revelando-se inconstitucional a Lei Mu-nicipal editada com tal f inalidade.

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e) os mandados de injunção contra atos ou omissões dos Prefeitos Municipais e das Câmaras de Vereadores;

XIII - julgar, em grau de recurso, matéria cível e penal de sua competência.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97.

XIV - prestar, por escrito, através de seu presidente, no prazo máxi-mo de trinta dias, todas as informações que a Assembléia Legislativa soli-citar a respeito da administração dos Tribunais.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 13, de 14/12/95.§ 1º - Podem propor a ação de inconstitucionalidade de lei ou ato

normativo estadual, ou por omissão:I - O Governador do Estado;

Parecer 10138Ementa: SERVENTUÁRIO DA JUSTIÇA ABANDONO DE CARGO COMPROVADO. PEDIDO DE DEMISSÃO FORMULADO PELA PRÓ-PRIA INDICIADA. NO DECORRER DO PROCESSO. DEMISSÃO SIM-PLES DECRETADA PELO EGRÉGIO CONSELHO DA MAGISTRA-TURA. COMPETÊNCIA PARA EMISSÃO DO ATO DEMISSÓRIO DO EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBU-NAL DE JUSTIÇA DO ESTADO. ARTIGOS 125, CAPUT, PARÁGRA-FO 1º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E 95, II E IV, DA CONSTITUI-ÇÃO ESTADUAL.*

*Comentário- Vide comentários inseridos no artigo 95 I e II.

II - a Mesa da Assembléia Legislativa;III - o Procurador-Geral da Justiça;IV - o Defensor Público-Geral do Estado;**NR dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.

V - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;VI - partido político com representação na Assembléia Legislativa;

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constituição do estado do rio grande do sul

VII - entidade sindical ou de classe de âmbito nacional ou estadual;VIII - as entidades de defesa do meio ambiente, dos direitos

humanos e dos consumidores, de âmbito nacional ou estadual, legal-mente constituídas;

IX - o Prefeito Municipal;X - a Mesa da Câmara Municipal.§ 2º - Podem propor a ação de inconstitucionalidade de lei ou ato

normativo municipal, ou por omissão:I - o Governador do Estado;II - o Procurador-Geral de Justiça;III - o Prefeito Municipal;IV - a Mesa da Câmara Municipal;V - partido político com representação na Câmara de Vereadores;VI - entidade sindical;VII - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;VIII - o Defensor Público-Geral do Estado;**NR dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.

IX - as entidades de defesa do meio ambiente, dos direitos huma-nos e dos consumidores legalmente constituídas;

X - associações de bairro e entidades de defesa dos interesses comu-nitários legalmente constituídas há mais de um ano.

§ 3º - O Procurador-Geral de Justiça deverá ser previamente ouvi-do nas ações de inconstitucionalidade.

§ 4º - Quando o Tribunal de Justiça apreciar a inconstitucionali-dade, em tese, de norma legal ou de ato normativo, citará previamente o Procurador-Geral do Estado, que defenderá o ato ou texto impugnado.

Parecer 8903Ementa: LEI ORGÂNICA - CONSTITUCIONALIDADE. FUNÇÃO CONSTITUCIONAL DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO:

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PRESTAR ASSESSORIA JURÍDICA AOS MUNICÍPIOS E DEFENDER NORMAS MUNICIPAIS IMPUGNADAS. ANÁLISE MACROJURÍDICO DA LEI ORGÂNICA - ESTRUTURA E NATUREZA DAS MATÉRIAS VERSADAS. LEI ORGÂNICA. SERVIDOR - REGIME JURÍDICO.

SeçãO III*DO tRIBUnaL DE aLçaDa

*Seção III do Capítulo III suprimida pela Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97 e alterada pela Emenda Constitucional nº 24, de 08/12/98.

Art. 96 – Revogado (Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97 e alterada pela Emenda Constitucional nº 24, de 08/12/98.)*

Art. 97 - Revogado (Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97 e alterada pela Emenda Constitucional nº 24, de 08/12/98.)*

SeçãO IVDOS JUízES DE PRIMEIRO gRaU

Art. 98 - A lei de organização judiciária discriminará a competên-cia territorial e material dos Juízes de primeiro grau, segundo um siste-ma de Comarcas e Varas que garanta eficiência na prestação jurisdicional.

§ 1º - A lei disporá sobre os requisitos para a criação, extinção e classificação de Comarcas, estabelecendo critérios uniformes, levan-do em conta:

I - a extensão territorial;II - o número de habitantes;III - o número de eleitores;IV - a receita tributária;V - o movimento forense.§ 2º - Anualmente, o Tribunal de Justiça verificará a existência dos

requisitos mínimos para a criação de novas Comarcas ou Varas e proporá as alterações que se fizerem necessárias.

Art. 99 - As Comarcas poderão ser constituídas de um ou mais Municípios, designando-lhes o Tribunal de Justiça a respectiva sede.

Art. 100 - Na região metropolitana, nas aglomerações urbanas e

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constituição do estado do rio grande do sul

microrregiões, ainda que todos os Municípios integrantes sejam dotados de serviços judiciários instalados, poderão ser criadas Comarcas Regio-nais, definindo-lhes o Tribunal de Justiça a sede respectiva.

Art. 101 - Na sede de cada Município que dispuser de serviços ju-diciários, haverá um ou mais Tribunais do Júri, com a organização e as atribuições estabelecidas em lei.

Art. 102 - Os Juizados Especiais terão composição e competência definidos em lei.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97. *Vide Leis nºs 9.442, de 03/12/91 (alterada pela Lei nº 11.418/00) e

9.446/91).

Parecer 12990Ementa: BRIGADA MILITAR. PROMOÇÃO EM RESSARCIMENTO DE PRETERIÇÃO. SUSPENSÃO DO PROCESSO PENAL - ARTIGO 89 DA LEI Nº 9.099/95.Parecer 12387Ementa: A inconstitucionalidade do artigo 104, parágrafos primeiro e terceiro, da Constituição Estadual do Rio Grande do Sul (atual artigo 102, face à renume-ração determinada pela Emenda Constitucional nºº 22, de 1997), declarada pelo Pretório Excelso, no julgamento da ADIn nºº 725-4 RS, é meramente formal, não encerrando decisão meritória sobre a organização da Corte de Justiça Militar Es-tadual. O Tribunal de Justiça Militar do Estado tem sua composição estabelecida pelo artigo 232, do Código de Organização Judiciária do Estado, não se lhe apli-cando a norma jurídica do artigo 94, da Constituição Federal, dirigida, no âmbito do Poder Judiciário Estadual, apenas aos Tribunais da Justiça Comum. O Tribu-nal Militar do Estado, atendida a especificidade de sua função judicante, tem co-legialidade heterogênea, sendo os seus Membros nomeados pelo Governador do Estado, adstrito este a observar apenas as regras do artigo 232, do COJE, sendo descabida a submissão do nome escolhido à chancela da Augusta Assembléia Le-gislativa do Estado.Parecer 11393Ementa: JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS. Lei Nº 9.099/95 e sua competência para a conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade o conciliação, julgamento o execução de infrações penais de menor potencial ofensivo. Exclusão relativa das pessoas jurídicas de figurarem como autoras nos processos de competência de tais juizados, podendo, no entanto, figurarem como réus, conforme § 1º do art, 8º. Constitucionalidade do dispositivo A ratio legis e a análise dos princípios que nortearam o legislador infraconstitu-cional, criando um foro especial, objetivando a defesa dos direitos do cidadão, pes-soa física. O acerto da exclusão relativa imposta as pessoas jurídicas de figurarem como autoras em decorrência da simplificação do procedimento.

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Parecer 9188Ementa: TRIBUNAL MILITAR DO ESTADO. Inaplicabilidade dos artigos 93, III e 94 da Constituição Federal para o provimento das vagas destinadas a juí-zes civis da Corte Militar do Estado. Constitucionalidade do artigo 104, parágra-fos 1ºe 3º da Carta Estadual.Parecer 8022Ementa: JUIZADOS ESPECIAIS DE PEQUENAS CAUSAS. EXAME DE ANTEPROJETO DE LEI ENCAMINHADO PELO CONSELHO DE SU-PERVISÃO DOS REFERIDOS JUIZADOS NO ESTADO. ASPECTOS DE PESSOAL. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. PROJETO DE LEI SERVIDOR - REGIME JURÍDICO

§ 1º - A lei disporá sobre a forma de eleição e de investidura dos juízes leigos.

§ 2º - A lei definirá os órgãos competentes para julgar os recursos, podendo atribuí-los a turma de juízes de primeiro grau.

§ 3º - O Tribunal de Justiça expedirá Resolução regulamentando a organização dos órgãos a que se refere este artigo.

Art. 103 - A lei disporá sobre a criação de Juizados de Paz, para a celebração de casamentos e para o exercício de atribuições conciliatórias.

§ 1º - Outras funções, sem caráter jurisdicional, poderão ser atribu-ídas ao Juiz de Paz.

§ 2º - O Juiz de Paz e seu suplente serão escolhidos median-te eleição, e o titular, remunerado na forma da lei. (ver Lei 9.442/91 e Lei 9.446/91).

SeçãO VDa JUStIça MILItaR

Art. 104 - A Justiça Militar, organizada com observância dos preceitos da Constituição Federal, terá como órgãos de primeiro grau os Conselhos de Justiça e como órgão de segundo grau o Tribunal Militar do Estado.

§ 1º - O Tribunal Militar do Estado compor-se-á de sete Juízes, sendo quatro militares e três civis, todos de investidura vitalícia, nomea-dos pelo Governador do Estado, depois de aprovada a escolha pela As-sembléia Legislativa. **

**Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo na ADI nº 725-4.

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D.J.U., 04/09/98.- Relator: Mm. Moreira Alves Julgamento: 15/1211997, DJ 0410911998- A ação direta de inconstitucionalidade n° 725-4/RS argui a incons-titucionalidade dos § l e 3° desse dispositivo constitucional estadual, sob a alega-ção de que há inconstitucionalidade material porque eles violam os artigos 2° e 94 da Constituição Federal.

A ação foi julgada procedente, tendo a ementa assentado que: “Ação direta de inconstitucionalidade. § 1 e 3° do art. 104 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul. - Inconstitucionalidade formal, porque, pelo disposto nos art. 125, §

3°, da Constituição Federal, há expressa reserva constitucional federal em favor da lei ordinária estadual, de iniciativa exclusiva do Tribunal de Justiça, para criação da Justiça Militar Estadual, e, sendo certo que, competindo a essa lei ordiná-ria estadual, de iniciativa exclusiva do Tribunal de Justiça, para criação dessa Jus-tiça e ela também compete a sua organização e a sua extinção, não pode a Carta Magna esta-dual criar , ou manter a criação já existente, organizar ou extinguir a Justiça Militar Estadual. Ação que se julga procedente, para declarar-se a inconstitucionalidade dos § 1° e 3° do art. 104 da Constituição do Estadual do Rio Grande do Sul.

*Vide: Parecer e ementa no art. 102.

§ 2º - A escolha dos Juízes militares será feita dentre coronéis da ativa, pertencentes ao Quadro de Oficiais de Polícia Militar, da Brigada Militar.

§ 3º - Os Juízes civis serão escolhidos dentre membros do Minis-tério Público, advogados de notório saber jurídico e ilibada conduta, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, e dentre Juízes-Audito-res, assegurada a estes, obrigatoriamente, uma vaga.**

**Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo na ADI nº 725-4. D.J.U., 04/09/98.

§ 4º - A estrutura dos órgãos da Justiça Militar, as atribuições de seus membros e a carreira de Juiz-Auditor serão estabelecidas na Lei de Organização Judiciária, de iniciativa do Tribunal de Justiça.

§ 5º - Os Juízes do Tribunal Militar do Estado terão vencimen-to, vantagens, direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos iguais aos Desembargadores do Tribunal de Justiça.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 11/12/97.

Art. 105 - Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar os

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servidores militares estaduais nos crimes militares definidos em lei.Art. 106 - Compete ao Tribunal Militar do Estado, além das maté-

rias definidas nesta Constituição, julgar os recursos dos Conselhos de Jus-tiça Militar e ainda:

I - prover, na forma da lei, por ato do Presidente, os cargos de Juiz--Auditor e os dos servidores vinculados à Justiça Militar;

II - decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da gra-duação das praças, na forma da lei;

III - exercer outras atribuições definidas em lei.

CAPÍTULO IVDaS FUnçõES ESSEncIaIS à JUStIça

SeçãO IDO MInIStéRIO PúBLIcO

Art. 107 - O Ministério Público é instituição permanente, es-sencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e indi-viduais indisponíveis.

Parecer 9548Ementa: LICENÇA PRÊMIO QÜINQÜENAL. Impossibilidade do cômputo de tempo de serviço estranho ao Estado para a formação do qüinqüênio. Artigo 33, parágrafo 4º, da Constituição do Estado. Orientação do Parecer nº 9486/92-PGE.

Art. 108 - O Ministério Público tem por chefe o Procurador-Ge-ral de Justiça, nomeado pelo Governador do Estado dentre integrantes da carreira, indicados em lista tríplice, mediante eleição, para mandato de dois anos, permitida uma recondução por igual período, na forma da lei complementar.

§ 1º - Decorrido o prazo previsto em lei sem nomeação do Procu-rador-Geral de Justiça, será investido no cargo o integrante da lista trípli-ce mais votado.**

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constituição do estado do rio grande do sul

**(Ver ADIn 2039-Em julgamento- Relatora: Mm. Elien Gracie- Dis-tribuída: 04108199 Comentário- A ADIn em testilha foi proposta pelo Partido Social Liberal —

PSL, atacando a totalidade das Leis n°s.**11.348, 11.349, 11.350, de 12 de julho de 1999 e 11.355, de 19 de julho de

1999, do Estado do Rio Grande do Sul (Estatuto e Lei Orgânica do Ministério Pú-blico) por ofenderem frontalmente a Constituição Federal, já que os atos normativos primários atacados, de hierarquia inferior (Leis Ordinárias), dispuseram sobre or-ganização, atribuições e o Estatuto do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em confronto com o disposto no art. 128, § 50, norma reservada à “Lei Complementar”, no sentido formal. Preceitua o artigo 128, § 5°, da Carta da República que “Leis complementares da União, dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observados relativos a seus membros...”

§ 2º - O Procurador-Geral de Justiça poderá ser destituído por de-liberação da maioria absoluta da Assembléia Legislativa, nos casos e na forma da lei complementar estadual.

§ 3º - O Procurador-Geral de Justiça comParecerá, anualmente, à Assembléia Legislativa para relatar, em sessão pública, as atividades e ne-cessidades do Ministério Público.

§ 4º - A lei complementar a que se refere este artigo, de iniciativa facultada ao Procurador-Geral, estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público, observados, além de outros, os seguin-tes princípios:

I - aproveitamento em cursos oficiais de preparação para ingresso ou promoção na carreira;

II - residência do membro do Ministério Público na Comarca de sua classificação;

III - progressão na carreira de entrância a entrância, corresponden-tes aos graus da carreira da Magistratura estadual, por antigüidade e me-recimento, alternadamente, sendo exigido em cada uma o interstício de dois anos de efetivo exercício, salvo se não houver candidato com os re-quisitos necessários;

IV - ingresso na carreira mediante concurso público de provas e tí-tulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização e observada, nas nomeações, a ordem de classificação.

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Art. 109 - Ao Ministério Público é assegurada autonomia adminis-trativa e funcional, cabendo-lhe, na forma de sua lei complementar:

Parecer 8549Ementa: MINISTÉRIO PÚBLICO. AUTONOMIA FUNCIONAL E AD-MINISTRATIVA. COMPETÊNCIA DO PROCURADOR-GERAL DA JUSTIÇA PARA AUTORIZAR QUE FUNCIONÁRIOS DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA PROCURADORIA-GERAL DA JUSTIÇA SE AUSEN-TEM DO ESTADO, PARA ESTUDO OU MISSÃO DE QUALQUER NA-TUREZA.

I - praticar atos próprios de gestão;II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional do pessoal da

carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;Parecer 9548Ementa: LICENÇA PRÊMIO QÜINQÜENAL. Impossibilidade do cômputo de tempo de serviço estranho ao Estado para a formação do qüinqüênio. Artigo 33, parágrafo 4º, da Constituição do Estado. Orientação do Parecer nº 9486/92-PGE.

III - propor à Assembléia Legislativa a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores;

IV - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de promoção, remoção e demais formas de provi-mento derivado;

V - organizar suas secretarias e os serviços auxiliares das Promoto-rias de Justiça.

Parágrafo único - O provimento, a aposentadoria e a concessão das vantagens inerentes aos cargos da carreira e dos serviços auxiliares, previs-tos em lei, dar-se-ão por ato do Procurador-Geral.

Art. 110 - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentá-ria dentro dos limites da lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 111 - Além das funções previstas na Constituição Federal e nas leis, incumbe ainda ao Ministério Público, nos termos de sua lei complementar:

I - exercer a fiscalização dos estabelecimentos que abrigam idosos, inválidos, menores, incapazes e pessoas portadoras de deficiências, super-

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visionando-lhes a assistência;II - exercer o controle externo das atividades desenvolvidas nos es-

tabelecimentos prisionais;III - assistir as famílias atingidas pelo crime e defender-lhes os interesses;IV - exercer o controle externo da atividade policial;**Vide LEC nº 11.578, de 05/01/01.

V - receber petições, reclamações e representações de qualquer pes-soa por desrespeito aos direitos assegurados na Constituição Federal, nes-ta Constituição e nas leis.

Parágrafo único - No exercício de suas funções, o órgão do Minis-tério Público poderá:

**(Ver ADIn 3317- Em julgamento -Relatora: Mm. Elien Grade- Dis-tribuída: em 05/10/04**Comentário - A ADIn em comento foi proposta pela Associação dos Dele-

gados de Polícia do Brasil — ADEPOL-Brasil, alegando a inconstitucionalidade das alíneas “a” e “c”, do parágrafo único, do artigo 111, da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul (inconstitucionalidade material), inciso )O(XX, do artigo 25, da Lei 7.669, de 17.06.82, com a nova redação dada pelo artigo 3°, da Lei n°11.350, de 12.07.99 (LOMP/RS), alíneas “a”, “b”, “c”, do mc. III e mc. IV do artigo 32, da mes-ma Lei Orgânica, com as alterações introduzidas pela Lei n° 11.583/2001 e, por arrastamento consequencial (inconstitucionalidade formal), a totalidade da Reso-lução 03/04 — OECPMP, de 23 de setembro de 2004, do Órgão Especial do Colé-gio de Procuradores do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. A ini-cial da ADIn sustenta, em síntese apertada, que diligências investigatórias destina-das ao inquérito policial ou futura ação penal regogem da atuação direta do Minis-tério Público.

a) instaurar procedimentos administrativos e, a fim de instruí-los, expedir notificações para colher depoimentos ou esclarecimentos, requi-sitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades muni-cipais, estaduais e federais, da administração direta e indireta, bem como promover inspeções e diligências investigatórias;**

**Ver ADIn 3317- Em julgamento *Ver comentário no parágrafo único

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b) requisitar à autoridade competente a instauração de sindicância, acompanhar esta e produzir provas;**

**Ver ADIn 3317- Em julgamento*Ver comentário no parágrafo único

c) requisitar informações e documentos de entidades privadas para instruir procedimento e processo em que oficie.**

**Ver ADIn 3317- Em julgamento*Ver comentário no parágrafo único

Art. 112 - As funções do Ministério Público junto ao Tribunal Mi-litar serão exercidas por membros do Ministério Público estadual, nos ter-mos de sua lei complementar.

Art. 113 - Aos membros do Ministério Público são estabelecidas:I - as seguintes garantias:a) vitaliciedade após dois anos de exercício, não podendo perder o

cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, median-

te decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa;

c) irredutibilidade de vencimentos, observado o limite máximo e a re-lação de valores entre a maior e a menor remuneração, bem como o dispos-to nos arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;

II - as seguintes vedações:a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários,

percentagens ou custas processuais;b) exercer a advocacia;c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outro cargo ou

função pública, salvo uma de magistério;e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas em lei.

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SeçãO IIDa aDvOcacIa-gERaL DO EStaDO

Art. 114 - A Advocacia do Estado é atividade inerente ao regi-me de legalidade na administração pública e será organizada, mediante lei complementar, em regime jurídico especial, sob a forma de sistema, tendo como órgão central a Procuradoria-Geral do Estado, vinculada diretamente ao Governador do Estado e integrante de seu Gabinete.*

*Vide LEC nº 11.742, de 17/01/02.

Parecer 13328 – raTIFIca Pareceres 6311 – 8415- 11084 OJN- 12829-12421-12486-12677- 13790- 14745-4198Ementa: O exercício da atividade de consultoria no Sistema de Advocacia (Assis-tência Jurídica e Defesa Judicial) do Estado: caráter e efeitos definidos pelo orde-namento em vigor. Ratificação dos Pareceres n.ºs 6.311/85, 8.415/90, 11.084/96, 12.829/00, 12.421/98, 12.486/99 e 12.677/00.

Parecer 11986Ementa: Caixa Econômica Estadual. Transferência do Departamento de Lo-terias para a Secretaria da Fazenda. Contratação de advogado terceirizado. Alteração de partes e prorrogação de prazo. Exame em face Lei nº 8.666/93 e da Constituição Estadual. Impossibilidade superveniente do objeto contra-tual. A defesa judicial dos interesses estatais é atribuição exclusiva da Procu-radoria-Geral do Estado, na forma do art. 132 da CF. Inadmissível a usurpa-ção de atribuição do Ministério Público, cf. art. 129 da CF.Parecer 10085Ementa: DEMISSÃO voluntária. Expectativa de direito. Competência da Pro-curadoria-Geral do Estado.

Art. 115 - Competem à Procuradoria-Geral do Estado a represen-tação judicial e a consultoria jurídica do Estado, além de outras atribui-ções que lhe forem cometidas por lei, especialmente:

Parecer 15128 Ementa: PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO E SECRETARIA DA FAZENDA - À Secretaria da Fazenda compete, no âmbito extrajudicial, a práti-ca dos atos materiais concernentes à arrecadação de tributos e à fiscalização res-pectiva, ao passo que à Procuradoria-Geral do Estado compete o controle de lega-lidade, não apenas de seus atos, como de toda a Administração Estadual, e a defe-sa, em juízo, da atuação do Poder Público pautada pela juridicidade. Inteligência dos artigos 132 da Constituição Federal, 142, 194, 195, 196 e 197 do Código Tri-butário Nacional. COISA JULGADA - O comando judicial passado em julgado

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bitola a orientação a ser traçada em torno das relações dele decorrentes, sem que se possa passar ao largo. Inteligência dos artigos 467 e 468 do Código de Proces-so Civil. PRECATÓRIO - O rito executivo previsto nos artigos 100 da Consti-tuição Federal, 730 e 731 do Código de Processo Civil e 67 da Lei 4.320, de 1964, somente se aplica às execuções por quantia certa contra o Poder Público, não se estendendo a sentenças de natureza diversa. CREDITAMENTO - O credita-mento constitui ato jurídico de direito privado (adotada a terminologia tradicio-nal, em relação à qual opõe o subscritor suas ressalvas), voltado à materialização de diversos dentre os institutos do Direito Tributário. - NATUREZA JURÍDI-CA DO CREDITAMENTO EM SE TRATANDO DE VALORES EXCLU-ÍDOS DE AUTOS DE LANÇAMENTO POR SENTENÇA JUDICIAL - O creditamento, tomando em consideração valores que tenham sido excluídos de autos de lançamento por sentença constitutivo-negativa tem a natureza jurídica de repetição de indébito no âmbito extrajudicial. Inteligência dos artigos 165 e 170 do Código Tributário Nacional. REPETIÇÃO DE INDÉBITO - A repe-tição de indébito é espécie do gênero actio in rem verso e se destina a recompor o patrimônio do contribuinte lesado pelo pagamento do tributo. Inteligência do ar-tigo 165 do Código Tributário Nacional. TRANSFERÊNCIA DE ENCARGO FINANCEIRO NOS TRIBUTOS INDIRETOS - A jurisprudência do Supe-rior Tribunal de Justiça tem considerado inarredável a necessidade da prova, em se tratando de repetição de tributos indiretos, de não haver sido trasladado o ônus econômico ao contribuinte de fato pelo contribuinte de direito. Inteligência do ar-tigo 166 do Código Tributário Nacional e do verbete 546 da Súmula do Supremo Tribunal Federal. NATUREZA DO PRAZO A QUE SE SUJEITA A REPE-TIÇÃO DE INDÉBITO - O prazo de cinco anos extingue o direito de proceder à repetição de indébito e não, apenas, o direito de lançar mão de alguma dentre as vias possíveis para o materializar, com o que traduz prazo decadencial, e não pres-cricional. Inteligência do artigo 168 do Código Tributário NacionalParecer 14959 Ementa: EXCEPCIONALIDADE DO PAGAMENTO COATIVO - A satis-fação coativa das obrigações somente se deve verificar quando se mostre impos-sível, fáctica ou juridicamente, a respectiva realização de modo espontâneo. PAR-CELAMENTO FISCAL - O parcelamento constitui negócio jurídico adminis-trativo, que não se confunde com a moratória, mercê do qual é ajustado o paga-mento, em prestações, de débitos fiscais vencidos. PARCELAMENTO ANTE-RIOR E POSTERIOR À JUDICIALIZAÇÃO DA DÍVIDA FISCAL - O parcelamento anterior à judicialização da dívida fiscal tem tratamento diferencia-do do que se confere ao que sucede tal judicialização, quer pela autoridade com-petente para o conceder - autoridade fazendária, no primeiro caso, Procurador do Estado, no segundo -, quer pela situação do crédito - exigibilidade suspensa, no caso do parcelamento que é concedido pela autoridade fazendária, exigibilidade presente, no caso do concedido pelo Procurador do Estado -. PARCELAMEN-TOS SUCESSIVOS - Cada parcelamento tem autonomia em relação a seu ante-cessor, embora somente se refira à quantia por adimplir, abatido o quanto já tenha sido já satisfeito. DISCIPLINA GENÉRICA E ESPECÍFICA - O norte esta-belecido pelo direito positivo pátrio para a concessão de parcelamentos referen-tes ao ICMS está posto no Convênio ICM 24/75, ressalvadas disposições espe-ciais que, em determinado lapso temporal, estabeleçam condições diversas. DELI-

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constituição do estado do rio grande do sul

MITAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA DA FAZENDA E DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO - Os atos concernentes à co-brança extrajudicial da dívida ativa estão sob o comando da Secretaria da Fazen-da, cabendo a esta, após a judicialização da dívida, assumir uma posição de auxiliar da Procuradoria-Geral do Estado, a quem compete conduzir o processo de execu-ção fiscal, acompanhando os respectivos incidentes, observando-se, ainda, que esta mesma instituição (PGE) detém a competência para o controle administrativo de legalidade de todos os órgãos integrantes da Administração Estadual. Inteligência da Constituição Federal, artigos 23, I, 132, 155, XII, g, e 175, do Código Tributá-rio Nacional, artigos 142, 151, VI, 154, parágrafo único, 155, 155-A, caput e § 2º, 194. 195, 196, 197 e 204, do Código de Processo Civil, artigos 12, I, e 586, da Lei Complementar nº 24, de 1975, da Lei 6.830, de 1980, artigo 3º, da Constituição Estadual de 1989, artigo 115, da Lei Estadual 6.537, de 1973, artigo 74, e da Lei Complementar Estadual 11.742, de 2002, artigo 2º, I.Parecer 13962 revIsãO ParcIaL DOs Pareceres Nºs 9868, 12878, 12965, 13350, 13368 e 13669.Ementa: SERVIDORES POLICIAIS ESTADUAIS - ESCRIVÃES E INS-PETORES DE POLÍCIA - PROMOÇÕES AO CARGO DE COMIS-SÁRIO DE POLÍCIA - POSSIBILIDADE - REVISÃO PARCIAL DA ORIENTAÇÃO CONTIDA NOS ParecerES-PGE Nº 9.868/93, 12.878/00, 12.965/01, 13.350/02, 13.368/02 E 13.669/03. COMPETÊNCIA CONSTI-TUCIONAL DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARA TRA-ÇAR A ORIENTAÇÃO JURÍDICO-NORMATIVA DA ADMINISTRA-ÇÃO PÚBLICA.Parecer 12829 Ementa: EC 20/98: questões polêmicas. Tribunal de Contas: sua atuação no re-gistro dos atos de inativação (arts. 71, incisos III, VIII e IX da CF/88 e 70 da CE/89). A atuação da Advocacia-Pública no âmbito de sua competência e do Sistema de Assistência Jurídica e Defesa Judicial do Estado (art. 132, CF/88; art. 115, incisos I, II e III, CE; Lei 7.705/82, art. 2º, alínea ‘a’; arts. 1º, 2º caput e incisos I e III, e 3º Dec. 39.652, de 05/08/99).Parecer 12772Ementa: PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO E CONTADORIA--GERAL DO ESTADO - LEI ORÇAMENTÁRIA E LEI DE DIRETRI-ZES ORÇAMENTÁRIAS - AUTORIZAÇÃO DE PROGRAMAS, PRO-JETOS E ATIVIDADES - CONSTITUINTE ESCOLAR - O papel consti-tucional da Procuradoria-Geral do Estado e da Contadoria-Geral do Estado foi analisado na Informação 27/99 GAB - Ricardo Camargo. A lei orçamentária so-mente pode tratar de previsão de receita e despesa, não se incluindo a simples atri-buição de nomes a programas, projetos e atividades neste conceito, nem tampou-co nas ressalvas postas no art. 165, § 8º, da Constituição Federal. A autorização posta na lei orçamentária quanto a programas, projetos e atividades diz respeito à descrição das ações e não aos nomes pelos quais estas venham a se tornar conhe-cidas, consoante posição já consolidada nesta Casa e na mais tradicional doutri-na quanto a ser irrelevante o nomen iuris. É irrelevante a intenção da pessoa física que ocupava a função de legislador na interpretação do sentido da norma jurídi-ca. A lei orçamentária não deve ser interpretada de sorte a se sacar dela entendi-

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mento que a incompatibilize com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que orienta a sua elaboração sob o aspecto substantivo e que não pode usurpar a matéria re-servada pelo art. 165, § 9º, da Constituição às normas gerais de direito financei-ro. Presença, ademais, da expressão que se pretendeu escoimar da lei orçamentá-ria no texto final desta.Parecer 11084 OJNEmenta: Ref: Representação judicial do Estado. Exclusividade da atividade por Procuradores do Estado, organizados em carreira e com ingresso mediante con-curso público. Dispositivos constitucionais e legais sobre a matéria. Análise sócio--política dos fundamentos das normas legais.Parecer 10511Ementa: ESTATUTO DA ADVOCACIA. LEI Nº 8.906/94. ISENÇÃO PROFISSIONAL. HORÁRIO DE TRABALHO. ÔNUS DE SUCUMBÊN-CIA. Exegese do novo Estatuto da Advocacia em relação aos advogados-empre-gados na Administração Indireta do Estado.Parecer 8910 Ementa: SERVIDOR POLICIAL CIVIL. SINDICÂNCIA ADMINISTRA-TIVA (ART .81, IV, DA LEI Nº 7.366, DE 29 DE MARÇO DE 1980). SOLI-CITAÇÃO DO PATRONO DO SINDICATO AO SENHOR GOVERNA-DOR DE INTERPRETAÇÃO DE NORMA LEGAL NÃO PERTINENTE A SINDICÂNCIA, PARA PREPARAÇÃO DA DEFESA. PROCURADO-RIA-GERAL DO ESTADO - COMPETÊNCIA. POLÍCIA CIVIL - COM-PETÊNCIA.Parecer 8819Ementa: FIXA A INTERPRETAÇÃO DOS ARTIGOS 18 E 8, RESPEC-TIVAMENTE DAS LEIS ESTADUAIS NÚMEROS 3.080, DE 28 DE DE-ZEMBRO DE 1956 E 6.187, DE 08 DE JANEIRO DE 1971, ASSIM COMO DOS ARTIGOS 54 E 23 E SEU PARÁGRAFO 1, DE SEUS DECRETOS REGULAMENTADORES. PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO - COMPETÊNCIA.

I - propor orientação jurídico-normativa para a administração pú-blica, direta e indireta;

Parecer 14990Ementa: A orientação jurídico-normativa para a Administração Estadual previs-ta no artigo 115, I, da Constituição Estadual alcança todos os órgãos e Poderes do Estado no exercício de funções administrativas, em consonância com o artigo 132 da Constituição Federal. O critério para a aplicação intertemporal do regramento previdenciário é o momento em que implementados os requisitos para a conces-são do benefício. A relação previdenciária que se estabelece a partir da posse em cargo público independe do vínculo estatutário e está sujeita a alterações, não ten-do o regime então vigente o poder de atrelar a disciplina incidente por ocasião da aposentadoria. A fixação e o reajuste dos proventos de aposentadoria por invali-dez hão de observar as disposições da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de de-zembro de 2003, e da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, precedida da Me-dida Provisória nº 167, de 19 de fevereiro de 2004, quando o laudo médico oficial

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houver sido expedido na sua vigência. Em havendo orientação jurídico-normativa no âmbito de Poder do Estado dotado de autonomia administrativa que veio a ser adotada no Tribunal de Contas em sua atuação fiscalizadora e que seja divergen-te da destinada a vigorar em toda a Administração Estadual, necessária a sua re-visão a fim de preservar-se o princípio da igualdade no tratamento a ser dispen-sado aos administrados.Parecer 10940 Ementa: Tempo de serviço prestado a Rede Ferroviária Federal S/A. Natureza Ju-rídica. Recurso Hierárquico.Parecer 9489 raTIFIcaDO PeLO Parecer 9667Ementa: CORSAN. Contratação de escritório particular de advocacia para a ela-boração de Parecer. Impossibilidade. Instituição do “auxílio-habitação” e supressão da utilidade-habitação para determinados servidores da Companhia.Parecer 15535 Ementa: CRITÉRIOS PARA A PROMOÇÃO FUNCIONAL NO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO, À LUZ DAS ORIENTAÇÕES DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO.

II – pronunciar-se sobre a legalidade dos atos de administração estadual;

Parecer 10410Ementa: DAER. LICITAÇÃO; CONTRATAÇÃO DE EMPRESA DE CON-SULTORIA E PLANEJAMENTO, SEM LICITAÇÃO; ALEGADA HIPÓ-TESE DE INEXIGIBILIDADE POR NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO. RE-COMENDAÇÕES CAGE NºS 063-21/93 e 115.1800/94. DESATENDIMEN-TO DAS RECOMENDAÇÕES PELA AUTARQUIA. NULIDADE DOS CONTRATOS. DECRETO - LEI Nº 2300, ARTIGO 49, PARÁGRAFO ÚNI-CO. INSTAURAÇÃO DE SINDICÂNCIA; RESPONSABILIZAÇÃO DOS AGENTES IMPLICADOS;

III - promover a unificação da jurisprudência administrativa do Estado;

Parecer 11554Ementa: Técnicos em Laboratório, Auxiliar de Laboratório. Salário Profissional da Lei nº 3999/61 Hospital de Alvorada. Jornada de trabalho.

Parecer 11218Ementa: Remuneração de Vereadores. Reajuste. Direito intertemporal. Vigência. Princípio da anterioridade da fixação da remuneração dos agentes políticos (art. 29, V, CF). Princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade. Decre-tos Legislativos nº 49 e 50, de 1992. Lei municipal nº 4.924/93. Não e devido o reajuste da remuneração dos agentes políticos municipais equivalente a reposição conferida aos servidores municipais pela Lei nº 4.924/93, uma vez que a mesma refere-se a perdas inflacionárias de dezembro de 1992, período em que os Decre-tos Legislativos que fixam a remuneração não estavam em vigor e a cláusula de re-

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ajuste prevista no art. 4. não contempla a vigência retroativa da norma.Parecer 8415Ementa: ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. RATIFICAÇÃO DO Parecer Nº 7629.

IV - realizar processos administrativos disciplinares nos casos pre-vistos em lei, emitindo Pareceres nos que forem encaminhados à decisão final do Governador;

Parecer 11578 OJNEmenta: PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR. O PRAZO PARA PUNIR, QUANDO A INFRAÇÃO SE CINGE A ABANDONO DE CARGO PÚBLICO, E DE DEZOITO MESES, A CONTAR DA REASSUNÇÃO. INTELECÇÃO DO ART. 197, III, DA LEI COMPLE-MENTAR Nº 10.098/94.Parecer 10343 OJNEmenta: Servidor Policial cedido a Município que pratica ato suscetível de ape-nação disciplinar deve ser processado na repartição de origem. Superveniência de lei nova em matéria disciplinar aplica-se a lei mais lhana. Readaptação “pos-fac-tum” jurídico signico opera modificação da competência disciplinar. Petição pro-vida.Parecer 10672Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. Servidora fa-zendária. Irregularidades. Servidora celetista não é parte legítima em processo ad-ministrativo disciplinar, restrito ao Regime de Direito Público dos servidores es-tatutários. Hipótese de nulidade. Perda da atualidade para o inquérito trabalhista que retira objeto e recomenda o arquivamento.Parecer 10778 OJNEmenta: Prática de Falsidade Ideológica consistente no esquentamento da trans-ferência de veículos furtados realizado por policial responsável pelo registro de ve-ículos, o incompatibiliza para a função. Demissão sugerida. Intelecção do art. 81, incisos XXXVIII e XL, da Lei nº 7366/80.

V - prestar assistência jurídica e administrativa aos Municípios, a título complementar ou supletivo;

Parecer 10067Ementa: Lei Federal nº 8.647/93, sua eficácia no âmbito da órbita estadual e municipal. Ratificação do Parecer 9816. Entendimento da expressão “siste-ma de previdência próprio”.Parecer 11384 OJNEmenta: SERVIDOR QUE DEIXA DE COMParecer AO TRABALHO, POR UM PERÍODO DE SEIS MESES, A FIM DE ATENDER O FILHO MENOR PORTADOR DE AUTISMO, DIANTE DA RECUSA IMOTI-VADA DO DEPARTAMENTO DE PERÍCIA MÉDICA DE PRORRO-

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constituição do estado do rio grande do sul

GAÇÃO DE LICENÇA PARA TRATAMENTO DE PESSOA DA FAMÍ-LIA, NÃO REVELA ANIMUS DE ABANDONAR. INTELECÇÃO DOS ARTS. 127, 139 E 248, I DA LEI 10.098/94.Parecer 14767 revIsa Os Pareceres Nºs 10282. 10354. 10481. 11558. 12350. 14399.Ementa: APOSENTADORIA PREVIDENCIÁRIA. EFEITOS SOBRE O CONTRATO DE TRABALHO. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRI-BUNAL FEDERAL. REVISÃO DA ORIENTAÇÃO ADMINISTRATIVA.

VI - representar os interesses da administração pública estadual pe-rante os Tribunais de Contas do Estado e da União.

Pareceres 14959- 14943- 14897- 14814- 14787- 14752- 14145- 13968- 13765- 13751- 13702- 13672- 13333- 12894- 12826(aLTera 12499) 12351(raTIFIca-DO 13469)- 12347- 11817- 11554- 11540- 11411- 11119- 10886- 10730- 10709- 10410- 10272- 9489(raTIFIcaDO 9667) 9308 – 9249- 8819- 8716- 8669- 8415- exIsTem 599 – Os DemaIs sãO PaDs.

Art. 116 - As atribuições da Procuradoria-Geral do Estado serão exercidas pelos Procuradores do Estado, organizados em carreira e regidos por estatuto, ob-servado o regime jurídico decorrente dos arts. 132 e 135 da Constituição Federal.

Parecer 9901Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR. Fatos infracio-nais puníveis com pena de suspensão em processo disciplinar. Arquivamento su-gerido.

§ 1º - Lei complementar disporá sobre o estatuto dos Procuradores do Estado, observados ainda os seguintes princípios:

I - ingresso na carreira, pela classe inicial, mediante concurso públi-co de provas e de títulos, organizado e realizado pela Procuradoria-Geral do Estado, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil;

II - estabilidade após dois anos no exercício do cargo;III - irredutibilidade de vencimentos, sujeitos, entretanto, aos im-

postos gerais, inclusive os de renda e extraordinários;IV - progressão na carreira de classe a classe, correspondentes

aos graus da carreira da Magistratura estadual, por antigüidade e me-recimento, alternadamente, sendo exigido em cada uma o interstício de dois anos de efetivo exercício, salvo se não houver candidato com os requisitos necessários.

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Parecer 9724Ementa: ESCOLA DE POLÍCIA. Acúmulo. Professor. Inocorre acúmulo proi-bido, quando servidor estadual leciona na Escola de Polícia. Pareceres 2045 e 6620.

§ 2º - Aplicam-se aos Procuradores do Estado as seguintes vedações:I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários,

percentagens ou custas processuais;II - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais;III - participar de sociedade comercial, na forma da lei;IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função

pública, salvo uma de magistério.Art. 117 - A Procuradoria-Geral do Estado será chefiada pelo Pro-

curador-Geral do Estado, com prerrogativas de Secretário de Estado, e o cargo será provido em comissão, pelo Governador, devendo a escolha re-cair em membro da carreira.

Parecer 14398Ementa: REMUNERAÇÃO DO CHEFE DA CASA MILITAR DO GABI-NETE DO GOVERNADOR - ARTIGO 1º DA LEI Nº 9.487/91.RATIFI-CAÇÃO DA ORIENTAÇÃO CONTIDA NO Parecer Nº 11091/96, DESTA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO.

Parágrafo único - O Estado será citado na pessoa de seu Procurador-Geral.Art. 118 - O Procurador do Estado, no exercício do cargo, goza das

prerrogativas inerentes à atividade de advocacia, cabendo-lhe requisitar, de qualquer autoridade ou órgão da administração estadual, informações, esclarecimentos e diligências que entender necessários ao fiel cumprimen-to de suas funções.*

*Vide LEC nº 11.742, de 17/01/02, e a Lei nº 11.766/02.

Parecer 11986Ementa: Caixa Econômica Estadual. Transferência do Departamento de Lo-terias para a Secretaria da Fazenda. Contratação de advogado terceirizado. Al-teração de partes e prorrogação de prazo. Exame em face Lei nº 8.666/93 e da Constituição Estadual. Impossibilidade superveniente do objeto contratual. A defesa judicial dos interesses estatais é atribuição exclusiva da Procuradoria-Ge-ral do Estado, na forma do art. 132 da CF. Inadmissível a usurpação de atribui-ção do Ministério Público, cf. art. 129 da CF.

Art. 119 - O pessoal dos serviços auxiliares da Procuradoria-Geral

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constituição do estado do rio grande do sul

do Estado será organizado em carreira, com quadro próprio, sujeito ao re-gime estatutário e recrutado exclusivamente por concurso público de pro-vas ou de provas e títulos.

Parecer 14588 Ementa: RELOTAÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO DE CARGOS E DE SER-VIDORES DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO NA PROCU-RADORIA-GERAL DE JUSTIÇA.Parecer 10294Ementa: SERVIDORA DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO. RELOTAÇÃO. Impossibilidade tendo em vista a ausência de parificação quer de funções, quer de remuneração com o pessoal da Pasta de destino.Parecer 14198Ementa: A Gratificação de Substituição instituída pelo art. 87 da LC nº 11.742/02: requisitos para o pagamento.

SeçãO IIIDa DEFEnSORIa PúBLIca

Art. 120 - A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defe-sa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, estendendo-se os seus serviços por todas as co-marcas do Estado, de acordo com as necessidades e a forma prescrita em lei complementar estadual.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.

Parágrafo único - São princípios institucionais da Defensoria Pú-blica a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

(ADIn 333- 29/06/2007 – Aguardando julgamento )

§ 1° - A Defensoria Pública tem como chefe o Defensor Público--Geral, nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes das classes especial e final da carreira de Defensor Público, indicados em lista tríplice, mediante eleição de todos os membros da carreira da Defensoria Pública, por voto obrigatório e secreto, para mandato de dois anos, permi-tida uma recondução por igual período.*

§ 2º - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias do envio da lista trí-

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plice ao Governador do Estado sem a nomeação do Defensor Público--Geral, será investido no cargo o integrante da lista tríplice mais votado.*

§ 3º - O Defensor Público-Geral poderá ser destituído por delibe-ração da maioria absoluta da Assembléia Legislativa, nos casos e na forma de lei complementar estadual.*

§ 4º - O Defensor Público-Geral do Estado comParecerá, anual-mente, à Assembléia Legislativa para relatar, em sessão pública, as ativida-des e necessidades da Defensoria Pública.*

*Acrescentados pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.

§ 5° - São princípios institucionais da Defensoria Pública a unida-de, a indivisibilidade e a independência funcional.*

*Renumerado pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.Art. 121 - Lei complementar organizará a Defensoria Pública no

Estado, dispondo sobre sua competência, estrutura e funcionamento, bem como sobre a carreira de seus membros, observando as normas previstas na legislação federal e nesta Constituição.*

*Vide LEC nº 9.230, de 06/02/91 (alterada pelas LECs nºs 10.194/94 e 10.725/96);

LEC nº 11.795/02 (alterada pela LEC nº 11.988/03); e a LEC nº 13.087/08.

Parecer 8906 OJNEmenta: DEFENSORIA PÚBLICA. DESTINATÁRIOS DA LEI COM-PLEMENTAR Nº 9.230, DE 06 DE FEVEREIRO DE 1991. DEFENSOR PÚBLICO. FUNCIONÁRIO - ENQUADRAMENTO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ADCT, ART. 22.Parecer 8934Ementa: PROFESSOR CEDIDO EXERCENDO FUNÇÕES DE PSI-CÓLOGO. PEDIDO DE ENQUADRAMENTO COMO ASSESSOR (LEI Nº 9.230, DE 06 DE FEVEREIRO DE 1991, ART. 17, PARÁGRA-FO 1).Parecer 9142Ementa: DEFENSORIA PÚBLICA.Não é destinatário da Lei Complementar nº 9.230/91 quem desempenha ativi-dades na SUSEPE ou comprova exercício de advocacia não integrado a estrutu-ra da Unidade de Assistência Judiciária, Defensoria Pública. A opção pelo venci-mento do cargo de Assessor, Classe “R”, e inacumulável com a percepção de ven-cimentos do cargo ou função de que e titular o beneficiário da Lei (parágrafo 1ºdo artigo 17).

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Parecer 9558Ementa: BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. ASSISTÊNCIA JUDICI-ÁRIA - Distinção. Constituição Estadual, artigo 121. Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069, de 1990, artigos 20 e 27. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. Perícia médica. Benefício da justiça gratuita. Direito subjetivo público oponível ao Poder Judiciário.Parecer 8906 OJN INDexaçãOPGE - QUADRO DE PESSOAL. QUADRO/DE/CARREIRA/DO/MA-GISTÉRIO. PROFESSOR. ASSISTÊNCIA/JUDICIÁRIA. CARGO - EN-QUADRAMENTO. DEFENSOR/PÚBLICO. QUADRO/DOS/FUNCIO-NÁRIOS/FAZENDÁRIOS. SUSEPE. DESVIO/DE/FUNÇÃO. QUADRO/DOS/FUNCIONÁRIOS/PENITENCIÁRIOS/DO/ESTADO. CARGO - EXERCÍCIO. CARGO - CONCURSO. FUNÇÃO - PROVIMENTO. UNIÃO - COMPE-TÊNCIA. LEI - REGULAMENTAÇÃO. ASSESSOR-AS. ASSESSOR/JURÍ-DICO. FUNCIONÁRIO. ASSISTENTE/JUDICIÁRIO. CARGO - PROVI-MENTO. LEI - INTERPRETAÇÃO. ATO - NULIDADE. CESSÃO - AD-MINISTRAÇÃO/DIRETA. OPÇÃO. VENCIMENTOS - EQUIPARAÇÃO.

§ 1º - À Defensoria Pública é assegurada autonomia funcional, ad-ministrativa e orçamentária, cabendo-lhe, na forma de lei complementar:*

I - praticar atos próprios de gestão;*II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional do pessoal de

carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;*III - propor à Assembléia Legislativa a criação e a extinção de seus

cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores;*

IV - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de promoção, remoção e demais formas de provi-mento derivado;*

V - organizar suas secretarias, núcleos e coordenadorias e os servi-ços auxiliares das Defensorias Públicas.*

§ 2º - O provimento, a aposentadoria e a concessão das vantagens inerentes aos cargos da carreira e dos serviços auxiliares, previstos em lei, dar-se-ão por ato do Defensor Público-Geral do Estado.*

§ 3º - A Defensoria Pública elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites da Lei de Diretrizes Orçamentárias.*

*Acrescentados pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.

Art. 122 - Os serviços da Defensoria Pública estender-se-ão por

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

todas as Comarcas do Estado, de acordo com as necessidades e a forma prescrita na lei complementar.

Parecer 12375 Ementa: INSTITUTO-GERAL DE PERÍCIAS. QUADRO DE PESSOAL. Art. 134 da Constituição Estadual, com a renumeração da EC nº 22/97, e Lei nº 10224/94. Os integrantes do quadro de Servidores do Instituto-Geral de Perícias estão sub-metidos ao regime de trabalho de tempo integral e dedicação exclusiva.Parecer 10808Ementa: POLÍCIA CIVIL. PROMOÇÃO PELO CRITÉRIO DE MERE-CIMENTO DOS SERVIDORES DA EXTINTA SECRETARIA DA SE-GURANÇA PÚBLICA QUE PASSARAM A ENTÃO SECRETARIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO E CIDADANIA. MATÉRIA DE COMPE-TÊNCIA DO CONSELHO SUPERIOR DE POLÍCIA: LEI Nº 7366, AR-TIGO 124, ITEM III. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 6., PARÁGRAFO ÚNICO, LEI Nº 9433/91 (REVOGADA PELA LEI Nº 10.356/95).

Art. 123 - Os membros das carreiras disciplinadas neste Título te-rão seus vencimentos e vantagens fixados e pagos segundo o disposto no art. 135 da Constituição Federal.

Parecer 11792Ementa: POLÍCIA CIVIL. FUNÇÕES DE CONFIANÇA PRÓPRIAS DA POLÍCIA CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. Lei n º 10.138, de 08.04.94.Parecer 9500Ementa: DEFENSORIA PÚBLICA. Anteprojeto de Lei proposto pela OAB/RS criando 280 cargos de Defensor Público do Estado. Conflito com a orientação desta PGE sustentado quer em juízo, quer em Pareceres a propósito do art. 22 do ADCT da C. Federal de l988.

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constituição do estado do rio grande do sul

TÍTULO IVDa ORDEM PúBLIca

CAPÍTULO IDa SEgURança PúBLIca

SeçãO IDISPOSIçõES gERaIS

Art. 124 - A segurança pública, dever do Estado, direito e respon-sabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública, das prerrogativas da cidadania, da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:*

*Vide art. 144, caput e § 6° da CRFB/88.

Parecer 12939Ementa: ZELADORES E VIGILÂNCIA PRIVADA DE QUARTEIRÕES. A Constituição Federal ao dispor que a segurança pública é “dever do Estado, direi-to e responsabilidade de todos”, sendo exercida pelas entidades previstas nos in-cisos enumerados pelo artigo 144 da Carta Federal, não veda a zeladoria privada de quarteirões exercida por vigilantes desarmados. Trata-se de segurança priva-da, contratada por particulares, limitada e fiscalizada pela autoridade pública, tal como ocorre com a assistência à saúde e o ensino.Pareceres - 14987- 13485- 12702- 11478 - 10706

I - Brigada Militar; * Referência ao art. 42, caput e § 1° e art. 144, § 5°, ambos da CRFB/88.*

Parecer 14384Ementa: BRIGADA MILITAR. COMPETÊNCIA PARA LAVRATURA DE AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL. SUCESSIVOS DIPLOMAS LEGAIS. Parecer 14670

II - Polícia Civil;**Referência ao art. 144, §4º, ambos da CRFB/.

III - Instituto-Geral de Perícias.*NR dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 16/07/97.

*(ADIn 146- 12/03/2002- Não conheceu da ação)

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Parecer 14614Ementa: DEPARTAMENTO MÉDICO LEGAL ANÁLISE QUANTO À COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO ESTADUAL PARA EFETIVAÇÃO DE PERÍCIA COM VISTAS À LIBERAÇÃO DO SEGURO DPVAT. RECO-NHECIDA A COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO ESTADUAL. APONTA-DA A INCONSTITUCIONALIDADE DE PARTE DA LEI FEDERAL Nº 6194/74, COM AS ALTERAÇÕES INCLUÍDAS PELA LEI FEDERAL Nº 8.441, DE 1992, QUANDO INVADE A AUTONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. EFETIVADAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DO PRAZO PARA REQUISIÇÃO DAS PERÍCIAS.Parecer 14807

Art. 125 - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a assegurar-lhes a eficiência das atividades.*

*Referência ao art. 144, §7º da CRFB/88.

Parecer 14987Ementa: OUVIDORIA DA JUSTIÇA E DA SEGURANÇA. VINCULA-ÇÃO ORGANIZACIONAL-ADMINISTRATIVA E RESPONSABILIDA-DE PELO FORNECIMENTO DOS RECURSOS HUMANOS NECESSÁ-RIOS AO DESEMPENHO DAS ATIVIDADES.Parecer 10706

Parágrafo único - O Estado só poderá operar serviços de informa-ções que se refiram exclusivamente ao que a lei defina como delinqüência.

Art. 126 - A sociedade participará, através dos Conselhos de Defe-sa e Segurança da Comunidade, no encaminhamento e solução dos pro-blemas atinentes à segurança pública, na forma da lei.

Art. 127 - O policial civil ou militar, e os integrantes dos quadros dos servidores penitenciários e do Instituto-Geral de Perícias, quando fe-ridos em serviço, terão direito ao custeio integral, pelo Estado, das despe-sas médicas, hospitalares e de reabilitação para o exercício de atividades que lhes garantam a subsistência.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 55, de 16/02/07.

Parecer 12885Ementa: Policial Civil. Acidente em serviço. Aposentadoria por invalidez. Pro-moção extraordinária. Ressarcimento de despesas médicas. Parecer 11478Ementa: SEGURO DE VIDA E ACIDENTES PESSOAIS. RISCO DE VIDA. SERVIDORES POLICIAIS CIVIS E MILITARES.

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Parecer 14933

Parágrafo único - Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordinária do servidor integrante dos quadros da Polícia Civil, do Ins-tituto-Geral de Perícias e dos serviços penitenciários que morrer ou ficar permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação, praticar ato de bravura.***

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 18, de 16/07/97.**(Ver ADIn 2827- Em andamento)*Vide Lei nº 11.000/97

Parecer 14620Ementa: PROMOÇÃO EXTRAORDINÁRIA DA LC Nº 11.000/97. A IN-VALIDEZ DEVE SER TOTAL E PERMANENTE.Parecer 12472 (OJN)Ementa: A LEI, SALVO DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO, NÃO ABRAN-GE SITUAÇÕES PRETÉRITAS. Pareceres 12883 – 12885- 9989

Art. 128 - Os Municípios poderão constituir:I - guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços

e instalações, conforme dispuser a lei;*Referência ao art. 144, §8º da CRFB/88.

Parecer 8907 Ementa: GUARDAS MUNICIPAIS. COMPETÊNCIA. EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA E DA ATIVIDADE GERAL DE POLÍCIA ADMI-NISTRATIVA DO MUNICÍPIO. SUA PRESENÇA, PERMANÊNCIA OU CIRCULAÇÃO NOS CHAMADOS CALÇADÕES; AS GUARDAS MU-NICIPAIS TEM SUA COMPETÊNCIA LIMITADA A PROTEÇÃO DE BENS E SERVIÇOS DO MUNICÍPIO (CF, ART. 144, PAR. 8; CE, ART. 128,ITEM I). NÃO EXERCEM, PORTANTO, O PODER DE POLÍCIA DO MUNICÍPIO NEM A ATIVIDADE GERAL DE POLÍCIA ADMI-NISTRATIVA, EM SUBSTITUIÇÃO AO ÓRGÃO PRÓPRIO DE FISCA-LIZAÇÃO MUNICIPAL: NÃO ESTÃO IMPEDIDAS, NO ENTANTO, DE PRESTAREM A ESTE A MESMA COLABORAÇÃO QUE SERIA LÍCITO ESPERAR DE QUALQUER OUTRO AGENTE ADMINISTRA-TIVO OU MUNÍCIPE, DO MESMO MODO QUE NÃO ESTÃO IMPE-DIDAS DE, NA PROTEÇÃO DOS BENS CONFIADOS A SUA GUAR-

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DA, COIBIREM OS ATOS EFETIVA OU POTENCIALMENTE DANO-SOS E CONFIGURADORES DE MERAS INFRAÇÕES ADMINISTRA-TIVAS A POSTURAS MUNICIPAIS. EMBORA NÃO TENHAM COM-PETÊNCIA PARA A REALIZAÇÃO DE POLICIAMENTO OSTENSI-VO DAS VIAS URBANAS COM FINALIDADE DE MANUTENÇÃO DA SEGURANÇA E DA ORDEM PÚBLICA, PORQUE ISSO E PRERRO-GATIVA CONSTITUCIONAL DAS POLÍCIAS MILITARES (CF, ART. 144, PARÁGRAFO 5; CE, ART. 129, “CAPUT”), NOS CHAMADOS CAL-ÇADÕES, TODAVIA, TEM JUSTIFICADA SUA PRESENÇA, PERMA-NÊNCIA OU CIRCULAÇÃO, NO ESTRITO CUMPRIMENTO DE SUA MISSÃO CONSTITUCIONAL E NA MEDIDA EM QUE NELES EXIS-TAM EQUIPAMENTOS URBANOS DE INEGÁVEL VALOR HISTÓRI-CO, ARTÍSTICO, ESTÉTICO, TURÍSTICO, PAISAGÍSTICO OU AM-BIENTAL A RECLAMAREM PROTEÇÃO DO PODER PÚBLICO.Parecer 10706

II - serviços civis e auxiliares de combate ao fogo, de prevenção de incêndios e de atividades de defesa civil.

Parecer 14052

SeçãO IIDa BRIgaDa MILItaR

Art. 129 - À Brigada Militar, dirigida pelo Comandante-Geral, oficial do quadro da Polícia Militar, do último posto da carreira, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Governador do Estado, incumbem a polícia ostensiva, a preservação da ordem pública, a guarda externa dos presídios e a polícia judiciária militar.

Parecer 14384Ementa: BRIGADA MILITAR. COMPETÊNCIA PARA LAVRATURA DE AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL. SUCESSIVOS DIPLOMAS LEGAIS. Pareceres - 13485 – 13477- 12387 - 9188

Parágrafo único - São autoridades policiais militares o Comandante-Ge-ral da Brigada Militar, os oficiais e as praças em comando de fração destacada.

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constituição do estado do rio grande do sul

Art. 130 - À Brigada Militar, através do Corpo de Bombeiros, que a integra, competem a prevenção e combate de incêndios, as buscas e sal-vamento, e a execução de atividades de defesa civil.

Parecer 14052Ementa: SISTEMA DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊN-DIOS. COMPETÊNCIA DO CORPO DE BOMBEIROS DA BRIGA-DA MILITAR. DESTINAÇÃO DAS TAXAS DE SERVIÇOS ESPECIAIS NÃO EMERGENCIAIS AOS FUNDOS MUNICIPAIS DE REEQUIPA-MENTO DOS CORPOS DE BOMBEIROS DA BRIGADA MILITAR.

Art. 131 - A organização, efetivo, material bélico, garantias, convo-cação e mobilização da Brigada Militar serão regulados em lei, observada a legislação federal.*

*Vide LEC nº 10.981, de 06/08/97, e a LEC nº 10.992, de 18/08/97, alterada pelas LECS nºs: 11.170/98; LEC 10990/97, Lei 10991/97; 11.248/98; 11.272/98; 11.773/02; 11.803/02; 11.832/02; e 12.374/05.

*Vide art. 22, inciso XXI da CRFB/88.

Pareceres 14933- 14711-14691- 13646- 13477- 13291- 12684- 12472- 11868

§ 1º - A seleção, o preparo, o aperfeiçoamento, o treinamento e a especia-lização dos integrantes da Brigada Militar são de competência da Corporação.

§ 2º - Incumbe à Corporação coordenar e executar projetos de es-tudos e pesquisas para o desenvolvimento da segurança pública, na área que lhe é afeta.

Art. 132 - Os serviços de trânsito de competência do Estado serão realizados pela Brigada Militar. **

**(ADIn 151-28/05/1996– Não conheceu da ação)

Parecer 14391Ementa: DETRAN. AGERGS. NATUREZA JURÍDICA DAS ATIVIDA-DES CONCERNENTES A REMOÇÃO, DEPÓSITO E GUARDA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES DECORRENTES DE INFRAÇÕES DE TRÂNSITO, ILÍCITOS PENAIS E ACIDENTES DE TRÂNSITO DE COMPETÊNCIA DO ESTADO. CONSEQÜÊNCIAS. 1. As atividades de remoção, depósito e guarda de veículos automotores apreendidos pelas razões aci-ma referidas são, por sua essência, exercício do poder de polícia estatal, não se cui-dando de serviço público. 2. Dessa constatação, decorrem conseqüências. 2.1. Tra-tando-se de poder de polícia, a indelegabilidade é uma característica essencial. 2.2. A indelegabilidade não quer dizer que alguns atos materiais concernentes ao po-

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der de polícia não possam ser praticados por particulares (o que a doutrina admite desde que não esteja em jogo a liberdade de pessoas) já que, nestas circunstâncias, o exercício em si do poder de polícia fica no Estado. 2.3. Para a atribuição a particulares de alguns atos materiais concernentes ao po-der de polícia, também admite a doutrina a utilização do instituto do credencia-mento (com algumas condições), sem, no entanto, qualquer restrição quanto à uti-lização do contrato típico de prestação de serviços. 2.4. Inexistência de regulação por parte da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGERGS), considerando-se as suas competências e a própria natureza do po-der de polícia. 2.5. Apontada inconstitucionalidade de dispositivos da Lei Estadu-al nº 11.284/98, e ilegalidade de dispositivo do Decreto Estadual nº 43.873/2005.

SeçãO IIIDa POLícIa cIvIL

Art. 133 - À Polícia Civil, dirigida pelo Chefe de Polícia, delegado de carreira da mais elevada classe, de livre escolha, nomeação e exonera-ção pelo Governador do Estado, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração das infrações penais, exceto as militares.

Parágrafo único - São autoridades policiais os Delegados de Polí-cia de carreira, cargos privativos de bacharéis em Direito.

Pareceres - 13852 - 12285

Art. 134 - A organização, garantias, direitos e deveres do pessoal da Polícia Civil serão definidos em lei complementar e terão por princípios a hierarquia e a disciplina.*

**Vide LECs nºs 9.643, de 27/03/92, e 10.981/97.*Lei nº 7.366/80

Parecer 13962Ementa: SERVIDORES POLICIAIS ESTADUAIS - ESCRIVÃES E INS-PETORES DE POLÍCIA – PROMOÇÕES AO CARGO DE COMIS-SÁRIO DE POLÍCIA – POSSIBILIDADE - REVISÃO PARCIAL DA ORIENTAÇÃO CONTIDA NOS ParecerES-PGE Nº 9.868/93, 12.878/00, 12.965/01, 13.350/02, 13.368/02 E 13.669/03. COMPETÊNCIA CONSTI-TUCIONAL DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARA TRA-ÇAR A ORIENTAÇÃO JURÍDICO-NORMATIVA DA ADMINISTRA-ÇÃO PÚBLICA.Pareceres 14620- 13990- 11548 - 9417Parágrafo único - O recrutamento, a seleção, a formação, o aperfeiçoamento e a

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constituição do estado do rio grande do sul

especialização do pessoal da Polícia Civil competem à Academia de Polícia Civil.Pareceres 14644 – 13265- 13166- 13017- 12824- 11213- 9873*

Art. 135 - São assegurados aos Delegados de Polícia de carreira ven-cimentos de conformidade com os arts. 135 e 241 da Constituição Federal.*

* NR dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 16/07/97.

SeçãO IVDO InStItUtO-gERaL DE PERícIaS*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 16/07/97. (Vide ADin 2827)

Art. 136 - Ao Instituto-Geral de Perícias incumbem as perícias médico-legais e criminalísticas, os serviços de identificação e o desenvol-vimento de estudos e pesquisas em sua área de atuação.*

(ADIn 151-28/05/1996 Não conheceu da ação ) e ADin 1414- 24/04/2010 –Substituição do Relator(Vide ADin 2827)

Parecer 14807Ementa: INSTITUTO-GERAL DE PERÍCIAS. DEPARTAMENTO MÉDICO-LEGAL. REQUISIÇÃO DE PERÍCIAS. Falece competência à Polícia Federal para requisitar perícias do Instituto Estadual, face ao sistema nacional federativo. É atribuição dos peritos estaduais atender requerimentos das autoridades policiais estaduais.Parecer 14614 Ementa: DEPARTAMENTO MÉDICO LEGAL - ANÁLISE QUANTO À COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO ESTADUAL PARA EFETIVAÇÃO DE PERÍCIA COM VISTAS À LIBERAÇÃO DO SEGURO DPVAT. RECO-NHECIDA A COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO ESTADUAL. APONTA-DA A INCONSTITUCIONALIDADE DE PARTE DA LEI FEDERAL Nº 6194/74, COM AS ALTERAÇÕES INCLUÍDAS PELA LEI FEDERAL Nº 8.441, DE 1992, QUANDO INVADE A AUTONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. EFETIVADAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DO PRAZO PARA REQUISIÇÃO DAS PERÍCIAS.Pareceres 14766 - 14225

§ 1º - O Instituto-Geral de Perícias, dirigido por Perito, com notó-rio conhecimento científico e experiência funcional, de livre escolha, no-

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meação e exoneração pelo Governador do Estado, tem seu pessoal orga-nizado em carreira, através de estatuto próprio.*

**ADIn 1414- 24/04/2010 –Substituição do Relator(Vide ADin 2827)

Parecer 14599Ementa: IGP. NÃO HÁ DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. SÚMULA 359/STF. NOVAS ATRIBUIÇÕES DE CARGO, DETERMINA-DAS POR LEI, OBRIGAM A TODOS OS OCUPANTES.Pareceres 14837- 14810- 14138- 13419- 13289- 13056 - 12814

§ 2º - Os integrantes das carreiras do quadro de pessoal do Insti-tuto-Geral de Perícias terão regime de trabalho de tempo integral e dedi-cação exclusiva.**

**ADIn 1414- 24/04/2010 –Substituição do Relator (Vide ADin 2827)

Parecer 12375 - 15322

§ 3º - Lei Complementar organizará o Instituto-Geral de Perícias.**NR dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 16/07/97.*Vide LEC nº 10.687, de 09/01/96, alterada pela LEC nº 10.998/97.(Vide ADin 2827)

Parecer 13447

CAPÍTULO IIDa POLítIca PEnItEncIÁRIa

Art. 137 - A política penitenciária do Estado, cujo objetivo é a re-educação, a reintegração social e a ressocialização dos presos, terá como prioridades:

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constituição do estado do rio grande do sul

Parecer 13906Ementa: SJS. SUSEPE. Concurso Público. Lei de Responsabilidade Fiscal. Li-mites. Área da Segurança.Parecer 11502Ementa: Conselho Penitenciário do Estado do Rio Grande do Sul. Órgão de Exe-cução da Pena. Lei de Execução Penal. Juízo da Vara das Execuções Criminais. Princípio da independência e da harmonia entre os Poderes.Pareceres 13713 – 11297

I - a regionalização e a municipalização dos estabelecimentos pe-nitenciários;

II - a manutenção de colônias penais agrícolas e industriais;III - a escolarização e profissionalização dos presos.§ 1º - Para implementação do previsto no inciso III, poderão ser

estabelecidos programas alternativos de educação e trabalho remunerado em atividade industrial, agrícola e artesanal, através de convênios com en-tidades públicas ou privadas.

§ 2º - Na medida de suas possibilidades, o preso ressarcirá ao Esta-do as despesas decorrentes da execução da pena e da medida de segurança.

Art. 138 - A direção dos estabelecimentos penais cabe aos inte-grantes do quadro dos servidores penitenciários.

Parágrafo único -A lei complementar que dispuser sobre o respec-tivo quadro especial definirá as demais atribuições.

Parecer 8481Ementa: ANTEPROJETO DE LEI QUE VISA DISPOR SOBRE O QUA-DRO ESPECIAL DE SERVIDORES PENITENCIÁRIOS DO ESTADO. CARGO - TRANSFORMAÇÃO. SERVIDOR POLICIAL - QUADRO.

Art. 139 - Todo estabelecimento prisional destinado a mulheres terá, em local anexo e independente, creche atendida por pessoal especia-lizado, para menores de até seis anos de idade.

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TÍTULO VDaS FInançaS, Da tRIBUtaçãO E DO ORçaMEntO

CAPÍTULO IDO SIStEMa tRIBUtÁRIO

SeçãO IDISPOSIçõES gERaIS

Art. 140 - O sistema tributário no Estado é regido pelo dispos-to na Constituição Federal, nesta Constituição, em leis complementares e ordinárias, e nas leis orgânicas municipais.

Parecer 15286Ementa: CEASA - PRÓPRIO MUNICIPAL DE QUE É PROMISSÁRIO ADQUIRENTE - RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DO IPTU - CONFUSÃO COMO CAUSA IMPEDITIVA DO PRÓPRIO NAS-CIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA - SERVIÇO PÚBLICO E ATIVIDADE ECONÔMICA - Inexiste crédito referente a IPTU no que tan-ge a imóvel cuja titularidade seja do Município pretendente à percepção da exa-ção. Inteligência dos artigos 32 e 156 do Código Tributário Nacional, 531, 533 e 1.049, do Código Civil de 1916, 381 e 1.245, caput e § 1º, do Código Civil de 2002. Quando a empresa estatal desempenhe atividade eminentemente pública - como o é a de abastecimento, nominada expressamente no inciso VIII do artigo 23 da Constituição Federal -, descabe sujeitá-la ao regime tributário das empre-sas privadas. Inteligência dos artigos 150, VI, “a”, e § 2º, e 173, § 1º, II, e § 2º, da Constituição Federal.Parecer 15206Ementa: IMPOSTO DE RENDA E COFINS - Fundação de direito priva-do instituída pelo Poder Público, em princípio, não goza de imunidade tributária, embora possa ser beneficiária de isenção destinada a suas congêneres. Isenção pos-ta por motivos de cunho social - o de não onerar a subsistência de fundações - que não se confunde com isenções voltadas ao fomento das atividades particulares. É prudente a formulação de consulta à Receita Federal em relação a algumas dentre as matérias constantes do presente expediente, em virtude de se tratar da fixação do alcance de disposições da legislação tributária federal. Inteligência da Consti-tuição Federal, artigos 150, VI, e § 2º, e 173, § 2º, do Código Tributário Nacio-nal, artigos 45, 111, II, 128, 161, § 2º, e 165, I, e da Medida Provisória 2158-35, de 2001, artigo 14, X, bem como dos precedentes da Procuradoria-Geral do Estado.Parecer 15146EXPEDIÇÃO DE CERTIFICADO DE REGISTRO DE VEÍCULO - PRO-VA DE QUITAÇÃO DE TRIBUTOS - O inciso VIII do artigo 124 do Códi-go de Trânsito Brasileiro deve ser interpretado de modo coerente com o sistema

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de direito positivo brasileiro. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VE-ÍCULOS AUTOMOTORES - O inciso III do artigo 155 da Constituição Fe-deral atribui ao Estado-membro a competência para a instituição do IPVA. TA-XAS DE LICENCIAMENTO - Da taxa de licenciamento, exigível com base no regular exercício do poder de polícia, nos termos da Lei 8.109, de 1985, está isen-to o Estado, em virtude de determinação legal expressa. REGISTRO DE VEÍ-CULO DA SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - DÉBI-TOS TRIBUTÁRIOS - É inexigível a quitação de débitos referentes ao IPVA, do qual o Estado, proprietário do veículo, é o próprio credor, e da taxa devida ao DETRAN ante a existência de norma estadual expressa isentando os veículos es-taduais.Parecer 15021PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTA-DUAL - RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DO IM-POSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA DEVIDO AO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE - Cabe à Administração Pública Estadual proceder à retenção do ISSQN por parte da entidade que lhe pres-te serviços, de acordo com a alíquota fixada em lei. O princípio da vincula-ção à proposta original, albergado no inciso II do artigo 55 da Lei nacional 8.666, de 1993, tem seus limites em relação a matérias reservadas à lei, como é o caso da fixação de alíquotas, nos termos do inciso IV do artigo 97 do Có-digo Tributário Nacional, que, no particular, especifica a cláusula genérica do inciso I do artigo 150 da Constituição Federal. Para se saber qual seja a alí-quota prevista na legislação municipal para o serviço prestado à Administra-ção Pública, faz-se mister o exame do contrato respectivo, inclusive para o fim de se extremarem as “obrigações-meio” das “obrigações-fim”, já que somente estas são tomadas para efeitos de incidência do ISSQN, nos termos do artigo 1º da Lei Complementar 116, de 2003, que, no particular, reproduz o artigo 8º do Decreto-lei 406, de 1968. A Administração Pública pode figurar tan-to na condição de substituta (Código Tributário Nacional, artigos 9º, § 1º, e 128) como na de responsável tributária (Código Tributário Nacional, artigo 121, parágrafo único, II). O estabelecimento de obrigação tributária acessó-ria e a sanção pelo descumprimento da legislação respectiva estão submeti-dos ao princípio da legalidade, nos termos dos artigos 150, I, da Constituição Federal, 97, III, e 113 do Código Tributário Nacional, com o que não confli-ta, entretanto, o estabelecimento do modo de se lhes dar cumprimento me-diante ato infra-legal tal como o previsto no inciso IV do artigo 84 da Cons-tituição Federal.Parecer 14787Imposto sobre a Renda. Diárias para viagem ao exterior pagas a servidor da Fun-dação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha em valor superior a 50% dos vencimentos. Isenção. Lei federal n.º 7.713, artigo 6º, inciso II. Parecer Nor-mativo n.º 10, de 17 de agosto de 1992, da Secretaria da Receita Federal. Solução de Consulta SRRF/10ª RF/DISIT n.º 62, de 28 de abril de 2003.Parecer 10318Ementa: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS (ECT). NATUREZA JURÍDICA. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍ-PROCA. Interpretação do art. 150, parágrafos 2. e 3., da CF.

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§ 1º - O sistema tributário a que se refere o caput compreende os seguintes tributos:

I - impostos;II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utiliza-

ção, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, pres-tados ao contribuinte ou postos à sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.§ 2º - O Poder Executivo estadual fará publicar, no máximo a cada

dois anos, regulamentação tributária consolidada.Art. 141 - A concessão de anistia, remissão, isenção, benefícios e in-

centivos fiscais, bem como de dilatação de prazos de pagamento de tributo só será feita mediante autorização legislativa.

Parecer 15246Ementa: GUERRA FISCAL - A concessão injurídica de benefícios relativos ao ICMS por outra unidade federativa, à falta de anterior autorização em convênio, comporta questionamento de sua constitucionalidade por força da letra “g” do in-ciso XII do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal. Preservação da unida-de econômica do território nacional objetivada pela disposição constitucional em tela. PAUTA FISCAL - O arbitramento de “pautas fiscais”, seja em prol, seja em contrário do contribuinte, quando não tenha uma justificação racional, mostra-se agressivo ao inciso I e ao § 6º do artigo 150 da Constituição Federal. Os crité-rios para a justificação racional estão postos nos artigos 148 do Código Tributá-rio Nacional e 18 da Lei Complementar 87, de 1996. TRIBUTAÇÃO E CON-CORRÊNCIA - A concessão de incentivos fiscais não pode ser voltada a distor-cer o equilíbrio da concorrência. Inteligência dos artigos 146-A, 170, IV, 173, § 4º, e 174 da Constituição Federal. Parecer 14989Ementa: TRANSAÇÃO TRIBUTÁRIA - EXCLUSAO DE MULTA - A transação é modalidade de extinção do crédito tributário. Incabível a exclusão de multa, em se tratando de infração qualificada, de acordo com precedentes desta Procuradoria. Viabilidade, contudo, da transação, diante da previsão expressa no artigo 130 da Lei Estadual 6.537, de 1973.Parecer 14959Ementa: EXCEPCIONALIDADE DO PAGAMENTO COATIVO - A satis-fação coativa das obrigações somente se deve verificar quando se mostre impos-sível, fáctica ou juridicamente, a respectiva realização de modo espontâneo. PAR-CELAMENTO FISCAL - O parcelamento constitui negócio jurídico adminis-trativo, que não se confunde com a moratória, mercê do qual é ajustado o paga-mento, em prestações, de débitos fiscais vencidos. PARCELAMENTO ANTE-RIOR E POSTERIOR À JUDICIALIZAÇÃO DA DÍVIDA FISCAL - O

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parcelamento anterior à judicialização da dívida fiscal tem tratamento diferencia-do do que se confere ao que sucede tal judicialização, quer pela autoridade com-petente para o conceder - autoridade fazendária, no primeiro caso, Procurador do Estado, no segundo -, quer pela situação do crédito - exigibilidade suspensa, no caso do parcelamento que é concedido pela autoridade fazendária, exigibilidade presente, no caso do concedido pelo Procurador do Estado -. PARCELAMEN-TOS SUCESSIVOS - Cada parcelamento tem autonomia em relação a seu ante-cessor, embora somente se refira à quantia por adimplir, abatido o quanto já tenha sido já satisfeito. DISCIPLINA GENÉRICA E ESPECÍFICA - O norte esta-belecido pelo direito positivo pátrio para a concessão de parcelamentos referen-tes ao ICMS está posto no Convênio ICM 24/75, ressalvadas disposições espe-ciais que, em determinado lapso temporal, estabeleçam condições diversas. DELI-MITAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA DA FAZENDA E DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO - Os atos concernentes à co-brança extrajudicial da dívida ativa estão sob o comando da Secretaria da Fazen-da, cabendo a esta, após a judicialização da dívida, assumir uma posição de auxiliar da Procuradoria-Geral do Estado, a quem compete conduzir o processo de execu-ção fiscal, acompanhando os respectivos incidentes, observando-se, ainda, que esta mesma instituição (PGE) detém a competência para o controle administrativo de legalidade de todos os órgãos integrantes da Administração Estadual. Inteligência da Constituição Federal, artigos 23, I, 132, 155, XII, g, e 175, do Código Tributá-rio Nacional, artigos 142, 151, VI, 154, parágrafo único, 155, 155-A, caput e § 2º, 194. 195, 196, 197 e 204, do Código de Processo Civil, artigos 12, I, e 586, da Lei Complementar nº 24, de 1975, da Lei 6.830, de 1980, artigo 3º, da Constituição Estadual de 1989, artigo 115, da Lei Estadual 6.537, de 1973, artigo 74, e da Lei Complementar Estadual 11.742, de 2002, artigo 2º, I.

Parecer 14878Ementa: Navios de propriedade de pessoa jurídica de direito privado estrangei-ra estão sujeitos ao poder de império do Estado em que se situe o porto em que estejam atracados e, em tese, o proprietário respectivo pode ser sujeito passivo de exações tributárias. É possível ao credor principal do devedor da entidade públi-ca propor-se a pagar o valor a ela devido, sub-rogando-se contra o sujeito passivo. As denominadas “taxas” devidas à Superintendência de Portos e Hidrovias são, na realidade, preços públicos.Parecer 14437Ementa: MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO - IRREGULARIDADES - REPOSIÇÕES - EXISTÊNCIA E INEXISTÊNCIA DE CONVÊNIO CE-LEBRADO COM OS MUNICÍPIOS - REVISÃO PARCIAL DO Parecer 12.726 E DA INFORMAÇÃO 04/99 - PFPE - Reconhecida a existência de ir-regularidades no que tange à execução da denominada “municipalização do ensi-no” (Constituição Federal, artigo 211, § 4º; Lei Federal 9.294, de 1996, artigo 3º, § 9º), cumpre ter presente a distinção de efeitos entre a municipalização operacio-nalizada mediante convênio - ato jurídico inconfundível com contrato de finan-ciamento - e a operacionalizada informalmente. A reposição das verbas, quando decorrentes de convênio, somente cabe quanto ao saldo não utilizado (Lei Fede-ral 8.666, 1993, artigo 116, § 6º), enquanto as repassadas irregularmente devem

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ser devolvidas in integrum (Lei 8.666, de 1993, artigos 60, parágrafo único e 116, caput; Lei Complementar 101, de 2000, artigos 29, § 1º, e 35; Código Civil de 1916, artigos 146 e 158; Código Civil de 2002, artigos 169 e 182). Ainda, a irre-gularidade, em relação às verbas decorrentes de convênio, há de ser objeto de to-mada de contas especial a ser levada a cabo pelo Tribunal de Contas do Estado (Lei Federal 8.666, de 1993, artigo 116 e §§), sem prejuízo da responsabilidade de direito comum (Lei Federal 9.294, de 1996, artigo 10, parágrafo único). Não cabe a compensação prevista no artigo 1009 do Código Civil de 1916 e no artigo 368 do Código de 2002, porque não se trata de oposição de créditos recíprocos. Não cabe, ainda, realização da retenção de parcelas do fundo de participação dos Municípios em relação a verbas relativas a convênios ou que tenham sido repas-sadas informalmente, porquanto tal instrumento de satisfação dos créditos do Po-der Público só pode ser levado a cabo sobre parte da receita que tenha sido ofer-tada em garantia de contrato de financiamento, nos termos da Constituição Fede-ral, artigos 160, parágrafo único, e 167, § 4º, revisados parcialmente, com relação à impossibilidade absoluta de retenção neles afirmada, a Informação 04/99 - PFPE e o Parecer 12.726. Impossibilidade, no mais, de se ofertar solução de caráter ge-ral, impondo o desmembramento do expediente, para fins de que possa ser exa-minada a matéria pela Procuradoria especializada em tutela da Probidade Admi-nistrativa e Processo Administrativo Disciplinar, à luz do disposto no artigo 14 da Lei 8.429, de 1992, bem como a comunicação à Contadoria e Auditoria-Geral do Estado - CAGE dos fatos ocorridos, para que possa, efetivamente, no âmbito do controle interno previsto no artigo 74 da Constituição Federal (Pareceres 4.389, 6.909, 8.835, 9.130 e 12.772), quantificar os prejuízos, e ainda a sugestão de que seja formado grupo de trabalho interdisciplinar para a solução das pendências re-ferentes ao presente tema.Parecer 14373Ementa: Conselho Estadual de Cultura. Impossibilidade de seus integrantes re-ceberem incentivos fiscais previstos pela Lei nº 10.846/96.Parecer 12726Ementario: TRANSAÇÃO HOMOLOGADA EM JUÍZO - PRESTAÇÃO DE GARANTIA À CEEE - SUB-ROGAÇÃO DA CGTEE NO DÉBITO - FIANÇA PRESTADA PELO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - INADIMPLEMENTO PELO AFIANÇADO - FIADOR OBRIGADO A HONRAR O PAGAMENTO - SUB-ROGAÇÃO DO FIADOR NO CRÉ-DITO - 1.A transação homologada em juízo equivale à sentença condenatória, nos termos do art. 269, III, do Código de Processo Civil. - 2. Transitada em julga-do a sentença homologatória, tem força de lei nos limites do que estabelecido pe-las partes, com a chancela judicial, nos termos do art. 468 do Código de Proces-so Civil. - 3. A substituição de uma das partes, com o assentimento da parte con-trária, exclui da relação jurídica a parte substituída, nos termos do art. 42, § 1º, do Código de Processo Civil. - 4. A execução da sentença homologatória de transa-ção, por se equiparar à sentença condenatória, deve seguir o rito da execução de tí-tulo judicial. - 5. Havendo substituição, é o substituto parte para responder à exe-cução, nos termos do art. 568, III, do Código de Processo Civil. - 6. O fato de ser o Estado garante de obrigação de terceiro consubstanciada em título judicial não autoriza, no caso de inadimplência do afiançado, que se proceda a bloqueio das verbas concernentes ao Fundo de Participação dos Estados, até porque é veda-

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do pelo caput do art. 160 da Constituição Federal tal procedimento e o parágrafo único deste mesmo artigo, ao autorizar o condicionamento da entrega dos recur-sos ao cumprimento de obrigações anteriores dos Estados, não é suficiente para se concluir pela possibilidade de a União se apropriar de tais recursos, pagando-se. Precedente desta Casa na Informação 04/99 - PFPE - Luiz Carlos Adams Coe-lho. - 7. A inadimplência do afiançado e o pagamento, por parte do fiador, quando este seja executado, opera, pleno iure, a sub-rogação nos direitos do credor origi-nário. Inteligência do art. 1.495 e 1.496 do Código Civil e do art. 595, parágrafo único, do Código de Processo Civil - 8.O simples fato de o credor não haver co-brado do novo devedor a quantia que lhe era devida não ilide a responsabilidade deste último, cabendo lembrar que normalmente as obrigações são atendidas in-dependentemente da cobrança coativa.Parecer 10488Ementa: ICMS. CONVÊNIO INTERESTADUAL. APRECIAÇÃO PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. Se o Poder Legislativo Estadual não aprecia o convênio, no prazo de 30 dias (CE, art. 53, XXIV), a omissão do ato de contro-le político, além de conduta inconstitucional, acarretará aprovação, conforme in-terpretação sistemática da Constituição, estando apto a ser ratificado pelo Gover-nador do Estado. Exegese dos arts. 141, Parágrafo Único, e 53, XXIV, da Consti-tuição do Estado.

Parágrafo único - As isenções, os benefícios e incentivos fiscais ob-jeto de convênios celebrados entre o Estado e as demais unidades da Federação serão estabelecidos por prazo certo e sob condições determinadas e somente terão eficácia após ratificação pela Assem-bléia Legislativa.

Parecer 10700Ementa: ICMS. PROTOCOLO DE INTENÇÕES - DISPENSA DE MUL-TA E JUROS. CONVÊNIO INTERESTADUAL. APROVAÇÃO PELA AS-SEMBLÉIA LEGISLATIVA. DECRETO LEGISLATIVO. CONSTITU-CIONALIDADE E LEGALIDADE. PARCELAMENTO. ANTINOMIA. Se a Assembléia Legislativa aprova o Convênio, via Decreto Legislativo, resulta atendido o princípio da legalidade. Exegese dos artigos 150, parágrafo 6. da Cons-tituição Federal e 97, inciso VI do Código Tributário Nacional. Necessidade de Decreto Estadual ratificativo.Sendo a incompatibilidade puramente aparente, o critério de interpretação mais adequado para a solução da antinomia e o da especialidade, com preponderância da norma especial sobre a regra geral.

Art. 142 - São inaplicáveis quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de fiscalizar pessoas ou entidades vinculadas, di-reta ou indiretamente, ao fato gerador dos tributos estaduais.

Parecer 15020

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Ementa: LEI ESTADUAL ANTERIOR À CONSTITUIÇÃO - JUÍZO DE VALIDADE E JUÍZO DE VIGÊNCIA - RETENÇÃO DE MERCADO-RIAS - MEDIDA CAUTELAR FISCAL - EXECUÇÃO FISCAL - A legis-lação estadual anterior à Constituição Federal atual pode ser tida como incompa-tível com esta última pela autoridade administrativa, porque, neste caso, diversa-mente do que ocorreria em relação a legislação superveniente à Constituição Fe-deral vigente, o que se tem é juízo de vigência e não de validade. São inconfundí-veis as situações de retenção provisória de mercadorias desacompanhadas de do-cumentação fiscal idônea até que se comprove a legitimidade da posse respectiva e de retenção como meio de coerção indireta para o pagamento de tributos. Nesta última hipótese, há o procedimento interditado pelas Súmulas 70, 323 e 547/STF (que fixaram o sentido do § 23 do artigo 153 e do inciso I do artigo 160 da Emen-da Constitucional nº 1, de 1969, reiterada tal exegese em relação aos correspon-dentes inciso XIII do artigo 5º e inciso IV do artigo 1º e caput do artigo 170 da atual Constituição Federal), ao contrário do que ocorre em relação à primeira, vis-ta pelo Excelso Pretório como regular manifestação do poder de polícia, de acordo com a distinção realizada no julgamento da ação direta de inconstitucionalidade 395/RS. Regular manifestação do poder de polícia é, também, a apreensão de cou-sas com o objetivo de constituir prova material da ocorrência da infração à legisla-ção tributária, desde que restituídas as coisas após o término do procedimento ad-ministrativo. O risco de frustração da realização do crédito fiscal deve ser obvia-do mediante a oferta de elementos à Procuradoria-Geral do Estado para o ajuiza-mento da medida cautelar fiscal ou de outras vias judiciais cabíveis.Parecer 14475Ementa: PROGRAMA SOLIDARIEDADE - A NOTA É MINHA.DOCU-MENTOS FISCAIS INÁBEIS A PRODUZIR CAUTELAS VÁLIDAS. IM-POSSIBILIDADE DE ENTREGA DE PRÊMIO, FALTANTES PRESSU-POSTOS NORMATIVOS ESSENCIAIS A SUA ADJUDICAÇÃO.Parecer 14425 Ementa: REGULARIDADE FISCAL. DISTRIBUIDORA DE PRODU-TOS DE PETRÓLEO IPIRANGA S/A .Parecer 12517Ementa: PROJETO MÃOS DADAS. DIREITO PREMIAL. DEFINIÇÃO DE PRESSUPOSTOS PARA SE FAZER JUS A SITUAÇÕES BENÉFICAS CONTIDAS NA NORMA. DISCIPLINA POR DECRETO DAS MODA-LIDADES DE PRÊMIOS. Implicando a concessão de prêmios pela Adminis-tração Pública a realização de despesas, somente a lei pode estabelecer os quanti-tativos e os pressupostos para a sua atribuição. É inconstitucional conferir a auto-ridades do Executivo, ainda que em órgão colegiado, atribuições próprias do Le-gislativo. O estabelecimento de quotas trimestrais indefinidamente, sem inclusão prévia no plano plurianual, mostra-se inconstitucional, por força do art. 167, § 1º, da Constituição Federal. Parecer 10437Ementa: DEVEDORES REMISSOS DE TRIBUTOS ESTADUAIS. PU-BLICAÇÃO DE SEUS NOMES NO DIÁRIO OFICIAL. Autorização con-tida no art. 13 da Lei Estadual nº 6.537/73. O art. 198 do CTN e a imposição de guardar sigilo. A cláusula do devido processo legal do art. 5., LIV, da Constituição.

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constituição do estado do rio grande do sul

§ 1.º O Estado poderá firmar convênios com os municípios, in-cumbindo estes de prestar informações e coligir dados, em especial os re-lacionados com o trânsito de mercadorias ou produtos, com vista a res-guardar o efetivo ingresso de tributos estaduais nos quais tenham partici-pação, assim como o Estado deverá informar os dados das operações com cartões de crédito e outros às municipalidades, para fins de fiscalização e de recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, como disposto no Código Tributário Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 60, de 18/08/11)

§ 2.º O fornecimento das informações disponíveis para os municí-pios ocorrerá de forma continuada, por meio eletrônico, contendo rol de todas as operações com cartões de crédito, de débito e outros, ocorridas em seus respectivos territórios, por administradora de cartões, na forma do convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 60, de 18/08/11)

Parágrafo único - O Estado poderá firmar convênios com os Mu-nicípios, incumbindo estes de prestar informações e coligir dados, em es-pecial os relacionados com o trânsito de mercadorias ou produtos, com vista a resguardar o efetivo ingresso de tributos estaduais nos quais te-nham participação.

Art. 143 - O Estado repassará a totalidade dos recursos de origem tributária pertencentes aos Municípios até o décimo dia do mês subse-qüente ao da arrecadação.

Parágrafo único - O não-cumprimento do prazo fixado neste arti-go implica a atualização monetária dos valores não repassados.

Art. 144 - A receita proveniente de multas por infração de trânsito, nas vias públicas municipais, será do município onde estas se verificarem, sendo repassadas no mês subseqüente ao da efetiva arrecadação.**

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 28/06/95.*Regulamentado pela Lei nº 9.454, de 17/12/91, alterada pelas Leis nºs

10.205/94; 10.426/95; 10.527/95; e 11.388/99.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

SeçãO IIDOS IMPOStOS DO EStaDO

Art. 145 - Compete ao Estado instituir:I - impostos sobre:a) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;b) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre presta-

ções de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comuni-cação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

Parecer 14759Ementa: COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA - CEEE. CRÉDITOS DE IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADO-RIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - ICMS. AQUISIÇÃO PÚBLICA. CERTAME LICITATÓRIO. PREGÃO ELETRÔNICO

c) propriedade de veículos automotores;II - adicional de até cinco por cento do que for pago à União por

pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no território do Estado, a título do imposto previsto no art. 153, III, da Constituição Federal, incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital.

§ 1º - Relativamente ao imposto de que trata o inciso I, alínea a, é competente o Estado para exigir o tributo sobre os bens imóveis e respec-tivos direitos quando situados em seu território, e sobre os bens móveis, títulos e créditos quando neste Estado se processar o inventário ou arrola-mento, ou nele o doador tiver domicílio.

§ 2º - O imposto de que trata o inciso I, alínea a:I - será progressivo, conforme dispuser a lei;II - não incidirá sobre pequenos quinhões ou pequenos lotes trans-

mitidos a herdeiros e a beneficiários de poucos recursos econômicos, con-forme definido em lei.

§ 3º - O imposto previsto no inciso I, alínea b, atenderá o seguinte:

Parecer 15128 Ementa: PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO E SECRETARIA DA FAZENDA - À Secretaria da Fazenda compete, no âmbito extrajudicial, a práti-ca dos atos materiais concernentes à arrecadação de tributos e à fiscalização res-

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pectiva, ao passo que à Procuradoria-Geral do Estado compete o controle de lega-lidade, não apenas de seus atos, como de toda a Administração Estadual, e a defe-sa, em juízo, da atuação do Poder Público pautada pela juridicidade. Inteligência dos artigos 132 da Constituição Federal, 142, 194, 195, 196 e 197 do Código Tri-butário Nacional. COISA JULGADA - O comando judicial passado em julgado bitola a orientação a ser traçada em torno das relações dele decorrentes, sem que se possa passar ao largo. Inteligência dos artigos 467 e 468 do Código de Proces-so Civil. PRECATÓRIO - O rito executivo previsto nos artigos 100 da Consti-tuição Federal, 730 e 731 do Código de Processo Civil e 67 da Lei 4.320, de 1964, somente se aplica às execuções por quantia certa contra o Poder Público, não se estendendo a sentenças de natureza diversa. CREDITAMENTO - O credita-mento constitui ato jurídico de direito privado (adotada a terminologia tradicio-nal, em relação à qual opõe o subscritor suas ressalvas), voltado à materialização de diversos dentre os institutos do Direito Tributário. - NATUREZA JURÍDI-CA DO CREDITAMENTO EM SE TRATANDO DE VALORES EXCLU-ÍDOS DE AUTOS DE LANÇAMENTO POR SENTENÇA JUDICIAL - O creditamento, tomando em consideração valores que tenham sido excluídos de autos de lançamento por sentença constitutivo-negativa tem a natureza jurídica de repetição de indébito no âmbito extrajudicial. Inteligência dos artigos 165 e 170 do Código Tributário Nacional. REPETIÇÃO DE INDÉBITO - A repe-tição de indébito é espécie do gênero actio in rem verso e se destina a recompor o patrimônio do contribuinte lesado pelo pagamento do tributo. Inteligência do ar-tigo 165 do Código Tributário Nacional. TRANSFERÊNCIA DE ENCARGO FINANCEIRO NOS TRIBUTOS INDIRETOS - A jurisprudência do Supe-rior Tribunal de Justiça tem considerado inarredável a necessidade da prova, em se tratando de repetição de tributos indiretos, de não haver sido trasladado o ônus econômico ao contribuinte de fato pelo contribuinte de direito. Inteligência do ar-tigo 166 do Código Tributário Nacional e do verbete 546 da Súmula do Supremo Tribunal Federal. NATUREZA DO PRAZO A QUE SE SUJEITA A REPE-TIÇÃO DE INDÉBITO - O prazo de cinco anos extingue o direito de proceder à repetição de indébito e não, apenas, o direito de lançar mão de alguma dentre as vias possíveis para o materializar, com o que traduz prazo decadencial, e não pres-cricional. Inteligência do artigo 168 do Código Tributário Nacional.

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores por este ou outro Estado, pelo Distrito Federal, ou pela União nos Territórios Federais;

II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores.

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§ 4º - O imposto de que trata o inciso I, alínea b, será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços, preferencialmente com base nas cestas de consumo familiar, conforme dispuser a lei, que tam-bém fixará as alíquotas, respeitando o disposto na Constituição Federal.

§ 5º - As alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestadu-ais e de exportação serão as fixadas em Resolução do Senado Federal, con-forme previsto na Constituição Federal.

§ 6º - Salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Fe-deral, nos termos do disposto na Constituição Federal e legislação com-plementar, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais.

§ 7º - O imposto de que trata o inciso I, alínea b:I - incidirá também:a) sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quan-

do se tratar de bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimen-to, assim como sobre serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado se aqui estiver situado o estabelecimento destinatário da mercado-ria ou do serviço;

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem for-necidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

II - não incidirá:a) sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializa-

dos, excluídos os semi-elaborados;b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclu-

sive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e ener-gia elétrica;

c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º, da Cons-tituição Federal;

d) sobre operações realizadas por microempresas e microprodutores rurais, assim definidos em lei, e sobre serviços de radiodifusão;

e) sobre o fornecimento de materiais de origem mineral em estado bruto destinados a obras públicas realizadas pelo Estado;

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III - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do im-posto sobre produtos industrializados quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comer-cialização, configure fato gerador dos dois impostos.

§ 8º - O imposto previsto no inciso I, alínea c, deverá ser progres-sivo em função do valor e de outras características dos veículos automoto-res, conforme disciplinado na lei.

Parecer 15122Ementa: IMPOSTO - SUJEIÇÃO PASSIVA - VEÍCULOS AUTOMOTO-RES - PROPRIEDADE - ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA - CONTRIBUINTE - INCLUSÃO DO CREDOR FIDUCIÁRIO NO PÓLO PASSIVO DA RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA - QUANDO TEM LUGAR - 1. A regra geral para a definição da sujeição passiva à obrigação tribu-tária está posta nos artigos 121 e 128 do Código Tributário Nacional, podendo ela recair sobre sujeito que tenha vinculação pessoal e direta com a hipótese de inci-dência ou em terceiro designado expressamente por lei. Considerações sobre subs-tituição tributária, sucessão e responsabilidade tributária stricto sensu. 2. Presen-te situação que, por lei, seja qualificada como atributiva de propriedade de veículo automotor, incide o imposto respectivo. 3. Pela alienação fiduciária, o devedor, de-nominado “fiduciante”, transfere a propriedade do bem ofertado, em caráter reso-lúvel, mantendo-se, contudo, em sua posse direta, ao credor, denominado “fiduci-ário”, para o fim específico de garantir financiamento, consoante o disposto no ar-tigo 66 da Lei Federal 4.728, de 1965. 4. É o fiduciante o contribuinte do Impos-to sobre a Propriedade de Veículos Automotores quando o veículo esteja gravado pela alienação fiduciária em garantia, na condição de proprietário diferido. 5. Tra-tando-se de veículo alienado fiduciariamente, o credor responde em caráter suple-tivo em relação ao devedor fiduciário, enquanto não transitar em julgado a senten-ça que julga procedente pedido de busca e apreensão. Inteligência da Lei Estadual 8.115, de 1985 e do Decreto-lei 911, de 1969. 6.Uma vez transitada em julgado a sentença que julga procedente a demanda de busca e apreensão, é a instituição fi-nanceira contribuinte do Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor, na condição de proprietária plena.Parecer 15146Ementa: EXPEDIÇÃO DE CERTIFICADO DE REGISTRO DE VEÍCU-LO - PROVA DE QUITAÇÃO DE TRIBUTOS - O inciso VIII do artigo 124 do Código de Trânsito Brasileiro deve ser interpretado de modo coerente com o sistema de direito positivo brasileiro. IMPOSTO SOBRE A PROPRIE-DADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - O inciso III do artigo 155 da Constituição Federal atribui ao Estado-membro a competência para a instituição do IPVA. TAXAS DE LICENCIAMENTO - Da taxa de licenciamento, exigí-vel com base no regular exercício do poder de polícia, nos termos da Lei 8.109, de 1985, está isento o Estado, em virtude de determinação legal expressa. RE-GISTRO DE VEÍCULO DA SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AM-BIENTE - DÉBITOS TRIBUTÁRIOS - É inexigível a quitação de débitos re-

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ferentes ao IPVA, do qual o Estado, proprietário do veículo, é o próprio credor, e da taxa devida ao DETRAN ante a existência de norma estadual expressa isen-tando os veículos estaduais.Parecer 12587Ementa: REGISTRO DE VEÍCULOS ARREMATADOS EM FALÊN-CIAS, COM ISENÇÃO DE TRIBUTOS E MULTAS, POR DETERMINA-ÇÃO JUDICIAL. PROVIDÊNCIAS CABÍVEISParecer 11911Ementa: COBRANÇA DE PEDÁGIO E IPVA. INEXISTÊNCIA DE BI-TRIBUTAÇÃO OU “BIS IN IDEM”. NATUREZA DE “PREÇO PÚBLI-CO” DO PEDÁGIO INSTITUÍDO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, DIFERENTEMENTE DO IPVA, “IMPOSTO” CUJA RECEITA NÃO ESTÁ VINCULADA A NENHUM ÓRGÃO, FUNDO OU DESPESA.Parecer 10318Ementa: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS (ECT). NATUREZA JURÍDICA. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍ-PROCA. Interpretação do art. 150, parágrafos 2. e 3., da CF.

CAPÍTULO IIDaS FInançaS PúBLIcaS

SeçãO IDISPOSIçõES gERaIS

Art. 146 - Lei complementar disporá sobre as finanças públicas estaduais, observados os princípios estabelecidos na Constituição Federal e em lei complementar federal.

Art. 147 - As disponibilidades de caixa do Estado, dos Municípios e das entidades da administração indireta serão depositadas em institui-ções financeiras oficiais do Estado, ressalvados os casos previstos em lei.

Art. 148 - Será assegurado ao Estado, sempre que ocorrer supri-mento de recursos a terceiros por força de convênios, o controle de sua aplicação nas finalidades a que se destinam.

SeçãO IIDO ORçaMEntO

Art. 149 - A receita e a despesa públicas obedecerão às seguintes leis, de iniciativa do Poder Executivo:*

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Parecer 12845LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - PLANO PLURIANUAL - Se a lei orçamentária tem a sua elaboração condicionada pela lei de diretrizes orça-mentárias, esta última tem a sua elaboração condicionada pelo plano plurianual, com o que o plano plurianual há de ser referencial hermenêutico para a lei de di-retrizes orçamentárias tanto quanto esta há de ser referencial hermenêutico para a lei orçamentária anual, de acordo com o art. 166, §§ 3º, I, e 4º, da Constituição Federal. De outra parte, a gestão das finanças públicas está disciplinada, em caráter geral, pela Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000. A preferência das obras em andamento e paralisadas sobre as novas não deve ser entendida como veto à realização de novas obras, mas sim como um critério que visa a nortear a Admi-nistração quanto à necessidade de se dar continuidade às obras, sempre apreciada a essencialidade destas, por imposição, inclusive, do princípio da eficiência da Ad-ministração Pública, consagrado no art. 37, caput, da Constituição Federal. O Es-tado não pode impor aos Municípios que criem os respectivos Conselhos de De-senvolvimento, mas nada impede que estes, no exercício da autonomia que lhes garante a Constituição Federal, no seu art. 30, I, o façam. A promoção da rees-truturação das carreiras no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário há de observar os limites postos no art. 169 da Constituição Federal e 154, X, da Constituição Estadual. Os limites constitucionalmente estabelecidos em relação à remuneração de servidores hão de ser observados tanto para os efeitos de se pro-ceder à recomposição do poder aquisitivo da remuneração como para a recompo-sição das estruturas remuneratórias. A alteração na legislação tributária está, hoje, condicionada pela Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Não se con-funde a proposta orçamentária, originária do Poder Executivo, com o orçamento, que é aprovado por lei.

a) se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

I - do plano plurianual;*II - de diretrizes orçamentárias; *III - dos orçamentos anuais.**Vide LEC nº 10.336, de 28/12/94, alterada pela LEC nº 11.180/98.

Parecer 12772Ementa: PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO E CONTADORIA--GERAL DO ESTADO – LEI ORÇAMENTÁRIA E LEI DE DIRETRI-ZES ORÇAMENTÁRIAS – AUTORIZAÇÃO DE PROGRAMAS, PRO-JETOS E ATIVIDADES – CONSTITUINTE ESCOLAR – O papel consti-tucional da Procuradoria-Geral do Estado e da Contadoria-Geral do Estado foi analisado na Informação 27/99 GAB – Ricardo Camargo. A lei orçamentária so-mente pode tratar de previsão de receita e despesa, não se incluindo a simples atri-buição de nomes a programas, projetos e atividades neste conceito, nem tampou-

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co nas ressalvas postas no art. 165, § 8º, da Constituição Federal. A autorização posta na lei orçamentária quanto a programas, projetos e atividades diz respeito à descrição das ações e não aos nomes pelos quais estas venham a se tornar conhe-cidas, consoante posição já consolidada nesta Casa e na mais tradicional doutri-na quanto a ser irrelevante o nomen iuris. É irrelevante a intenção da pessoa física que ocupava a função de legislador na interpretação do sentido da norma jurídi-ca. A lei orçamentária não deve ser interpretada de sorte a se sacar dela entendi-mento que a incompatibilize com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que orienta a sua elaboração sob o aspecto substantivo e que não pode usurpar a matéria re-servada pelo art. 165, § 9º, da Constituição às normas gerais de direito financei-ro. Presença, ademais, da expressão que se pretendeu escoimar da lei orçamentá-ria no texto final desta.

§ 1º - A lei que aprovar o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas, quantificados física e finan-ceiramente, dos programas da administração direta e indireta, de suas fun-dações, das empresas públicas e das empresas em que o Estado detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto.

§ 2º - O plano plurianual será elaborado em consonância com o plano global de desenvolvimento econômico e social do Estado, podendo ser revisto quando necessário.

§ 3.° - A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública estadual, contidas no Plano Plu-rianual, para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração dos orçamentos anuais, disporá sobre as alterações na legislação tributá-ria e estabelecerá a política tarifária das empresas da Administração In-direta e a de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, sen-do que, no primeiro ano do mandato do Governador, as metas e as prio-ridades para o exercício subsequente integrarão o Projeto de Lei do Pla-no Plurianual, como anexo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 65, de 10/08/12)

§ 4º - Os orçamentos anuais, de execução obrigatória, compatibi-lizados com o plano plurianual, elaborados com participação popular na forma da lei, e em conformidade com a lei de diretrizes orçamentárias, se-rão os seguintes:***

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 28/02/02.**(Vide ADIn 2680- Em julgamento)*Vide Lei nº 10.283, de 17/10/94, alterada pelas Leis nºs 11.305/99 e

11.451/00.

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I - o orçamento geral da administração direta, compreendendo as receitas e despesas dos Poderes do Estado, seus órgãos e fundos;

II - os orçamentos das autarquias estaduais;III - os orçamentos das fundações mantidas pelo Estado.§ 5º - O orçamento geral da administração direta será acompanhado:I - dos orçamentos das empresas públicas e de outras empresas em

que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto;

II - da consolidação dos orçamentos dos entes que desenvolvem ações voltadas à seguridade social;

III - da consolidação geral dos orçamentos previstos nos incisos I, II e III do parágrafo anterior;

IV - da consolidação geral dos orçamentos das empresas a que se refere o inciso I deste parágrafo;

V - do demonstrativo do efeito, sobre as receitas e despesas, decor-rente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza fi-nanceira, tributária, tarifária e creditícia;

VI - do demonstrativo de todas as despesas realizadas mensalmente no primeiro semestre do exercício da elaboração da proposta orçamentária.

§ 6º - As leis orçamentárias incluirão obrigatoriamente na previsão da receita e de sua aplicação todos os recursos de transferências, inclusi-ve os oriundos de convênios com outras esferas de governo e os destina-dos a fundos especiais.

Parecer 11171Ementa: DEPREC. Débitos em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Ser-viço. Possibilidade, ou não, de pagamento com recursos do Fundo de Apoio às De-missões Voluntárias.

§ 7º - As despesas com publicidade, de quaisquer órgãos ou entida-des da administração direta e indireta, deverão ser objeto de dotação or-çamentária específica, com denominação publicidade, de cada órgão, fun-do, empresa ou subdivisão administrativa dos Poderes, a qual não pode ser complementada ou suplementada senão através de lei específica.

§ 8º - Os orçamentos anuais e a lei de diretrizes orçamentárias,

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compatibilizados com o plano plurianual, deverão ser regionalizados e te-rão, entre suas finalidades, a de reduzir desigualdades sociais e regionais.*

*Vide a Lei nº 10.283, de 17/10/94, alterada pelas Leis nºs 11.305/99 e 11.451/00.

§ 9º - A lei orçamentária não conterá dispositivo estranho à previ-são da receita e à fixação da despesa, excluindo-se da proibição:

I - a autorização para a abertura de créditos suplementares;II - a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipa-

ção de receita, nos termos da lei;III - a forma de aplicação do superávit ou o modo de cobrir o déficit.§ 10 - A consolidação a que se refere o inciso II do § 5º compre-

enderá as receitas e despesas relativas à saúde, à previdência e à assistência social, incluídas as oriundas das transferências, e será elaborada com base nos programas de trabalho dos órgãos incumbidos de tais serviços, inte-grantes da administração direta e indireta.

Parecer 11065Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E FINANCEIRO. ORÇAMEN-TO DO MUNICÍPIO DE SARANDI. POSSIBILIDADE DE DOTAÇÃO AO HOSPITAL COMUNITÁRIO. É constitucional e legal a dotação orça-mentária de verbas públicas do Município de Sarandi ao Hospital Comunitário, desde que tal efetivamente seja feito na Lei do Orçamento, de iniciativa do Execu-tivo Municipal, considerando-se que é atribuição dos Municípios o zelo pela saú-de, assim como legislar em assunto de seu interesse. O Hospital Comunitário, por ser associação comprovadamente de utilidade pública, e legítimo a receber a verba pública, devendo aplicá-la em programas de saúde a população carente, de apli-cação devidamente fiscalizada, frente aos princípios constitucionais da moralida-de, impessoalidade, publicidade, legitimidade, participação, da economicidade, de motivação e, principalmente, da razoabilidade (art. 19, da CE, com texto modifi-cado pela Emenda Constitucional nº 07/95).

§ 11 - Na impossibilidade ou inconveniência da execução integral dos orçamentos previstos no § 4º, o Poder Executivo enviará, até 31 de outubro de cada ano, projeto de lei à Assembléia Legislativa, que será apreciado de acordo com o disposto no art. 62, solicitando autorização para cancelamento das respectivas dotações, contendo justificativa das ra-zões de natureza técnica, econômico-financeira, operacional ou jurídica que impossibilitem a execução.*

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*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 30, de 28/02/02. *(Vide ADIn 2680- Em julgamento)§ 12 - No caso de existência de eventuais saldos de dotações orça-

mentárias não executadas até o final do exercício, o Poder Executivo apre-sentará, juntamente com a mensagem prevista no inciso IX do art. 82, re-latório por função e grupo de despesa, acompanhado de justificativa com as razões que impossibilitaram a sua execução.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 30, de 28/02/02. *(Vide ADIn 2680- Em julgamento)

Art. 150 - O Poder Executivo publicará, até o trigésimo dia após o en-cerramento de cada mês, relatório resumido da execução orçamentária, bem como apresentará ao Poder Legislativo, trimestralmente, o comportamen-to das finanças públicas e da evolução da dívida pública, devendo constar do demonstrativo correspondente aos trimestres civis do ano:

I - as receitas, despesas e a evolução da dívida pública da administra-ção direta e indireta constantes do seu orçamento, em seus valores mensais;

II - os valores realizados desde o início do exercício até o último mês do trimestre objeto da análise financeira;

III - a comparação mensal dos valores do inciso anterior com os correspondentes previstos no orçamento já atualizado por suas alterações;

IV - as previsões atualizadas de seus valores até o final do exercí-cio financeiro.

Parágrafo único - O Governo Estadual e as instituições integran-tes da administração direta e indireta encaminharão à Assembléia Legis-lativa, bimestralmente, demonstrativo pormenorizado de seu fluxo de cai-xa.

Art. 151 - A lei disciplinará o acompanhamento físico-financeiro do plano plurianual e dos orçamentos anuais.*

Art. 152 - O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias, os orça-mentos anuais e os créditos adicionais constarão de projetos de lei enca-minhados ao Poder Legislativo.*

*Vide LEC nº 10.336, de 28/12/94, alterada pela LEC nº 11.180/98.

§ 1º - Caberá a uma comissão permanente de Deputados:

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I - examinar os projetos referidos neste artigo e as contas apresenta-das anualmente pelo Governador do Estado, emitindo Parecer;

II - examinar os planos e programas estaduais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição, emitindo Parecer, e exercer o acompanhamen-to e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comis-sões da Assembléia Legislativa, criadas de acordo com esta Constituição.

§ 2º - As emendas serão apresentadas na comissão, que sobre elas emitirá Parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário.

§ 3º - As emendas aos projetos de leis orçamentárias anuais ou aos projetos que as modifiquem somente poderão ser aprovadas quando:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de dire-trizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os prove-nientes de anulação de despesa, excluídos os que incidam sobre:

a) dotação para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais do Estado para os

Municípios;d) dotações para investimentos de interesse regional, aprovadas em

consulta direta à população na forma da lei.**Acrescentada pela Emenda Constitucional nº 23, de 30/06/98.

III - sejam relacionados com:a) a correção de erros ou omissões;b) os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não serão aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 5º - O Governador do Estado poderá enviar mensagem à Assem-bléia Legislativa para propor modificações nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação, na comissão permanente, da par-te cuja alteração se propõe.

§ 6º - Durante o período de pauta regimental, poderão ser apre-sentadas emendas populares aos projetos de lei do plano plurianual, de di-

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retrizes orçamentárias e do orçamento anual, desde que firmadas por, no mínimo, quinhentos eleitores ou encaminhadas por duas entidades repre-sentativas da sociedade.

§ 7º - O Poder Legislativo dará conhecimento, a toda instituição e pessoa interessada, dos projetos de lei do plano plurianual, de diretri-zes orçamentárias e dos orçamentos anuais, franqueando-os ao público no mínimo trinta dias antes de submetê-los à apreciação do Plenário.

§ 8º - Os projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes orçamen-tárias e dos orçamentos anuais serão enviados ao Poder Legislativo, pelo Governador do Estado, nos seguintes prazos:

I - o projeto de lei do plano plurianual até 1.º de agosto do primei-ro ano do mandato do Governador; (Redação dada pela Emenda Consti-tucional n.º 59, de 22/02/2011)*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 12/12/02.II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, anualmente, até

15 de maio;III - os projetos de lei dos orçamentos anuais até 15 de setembro

de cada ano.§ 9º - Os projetos de lei de que trata o parágrafo anterior deverão

ser encaminhados, para sanção, nos seguintes prazos:I - o projeto de lei do plano plurianual até 1.º outubro do

primeiro ano do mandato do Governador, e o projeto de lei de diretrizes orçamentárias até 15 de julho de cada ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 59, de 22/02/2011)

II - os projetos de lei dos orçamentos anuais até 30 de novembro de cada ano.

§ 10 - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no em que não contrariarem o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 11 - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas corresponden-tes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Art. 153 - Na oportunidade da apreciação e votação dos orçamen-tos a que se refere o artigo anterior, o Poder Executivo porá à disposição

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do Poder Legislativo todas as informações sobre a situação do endivida-mento do Estado, discriminadas para cada empréstimo existente e acom-panhadas das agregações e consolidações pertinentes.

Art. 154 - São vedados:I - o início de programas ou projetos não incluídos nas leis orça-

mentárias anuais;

Parecer 9445Ementa: Dependem de prévia inclusão em lei orçamentária de iniciativa do Che-fe do Poder Executivo, o início de programas ou projetos, ou a realização de des-pesas públicas. (Constituição Federal, art. 167, I e II).

II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

Parecer 10609Ementa: HONORÁRIOS PERICIAIS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRA-TUITA. SOLICITAÇÃO DE DEPÓSITO PELO JUIZ. ESTADO NÃO FI-GURA COMO PARTE. APLICAÇÃO DO SISTEMA DE PRECATÓ-RIOS. PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA NO EXECUTIVO OU NO JUDI-CIÁRIO. POSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DA PERÍCIA POR SER-VIDOR ESTADUAL. EXAME PRÉVIO DOS VALORES POSTULADOS PELO PROFISSIONAL.Parecer 11732 Ementa: Honorários periciais. “Expert” designado pelo juízo. Réu em processo crime, beneficiado pela assistência judiciária. Inexistência de dotação orçamentá-ria. Obediência ao princípio da legalidade. Necessidade de ajuizamento de ação própria. Pagamento, pelo Estado, mediante precatório.

III - a realização de operações de crédito, salvo por antecipação de receita, que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas com finalidade precisa, aprovadas pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou des-pesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impos-tos, a destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino e da pesquisa científica e tecnológica, bem como a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas na Constituição Federal;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia auto-rização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

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Parecer 14838Ementa: A diferença para cobertura da folha de pagamento de pensões a cargo do IPERGS pode ser cobrada da entidade da Administração Estadual junto à qual servia o instituidor da pensão, ainda que haja condenação judicial de pagamen-tos a beneficiários unicamente à autarquia previdenciária. Aplicação do artigo 3º da Lei Complementar Estadual nº 12.065, de 29 de março de 2004. Em não ha-vendo recursos para suportar a despesa, é possível, mediante autorização legislati-va e com observância das normas financeiras e orçamentárias em vigor, a inclusão da despesa no orçamento do próximo exercício ou a abertura de créditos adicio-nais pelo Poder Público.

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recur-sos de uma dotação para outra ou de um órgão para outro sem prévia au-torização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, dos recur-

sos do orçamento previsto no inciso I do § 4º do art. 149 para suprir ne-cessidade ou cobrir déficit operacional de empresas e fundos;

IX - a instituição de fundos especiais de qualquer natureza sem prévia autorização legislativa;

X - a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração da estrutura de carreiras, bem como a ad-missão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da adminis-tração direta ou indireta, salvo:

Parecer 14770Ementa: LEIS ESTADUAIS Nºs 10.395/95 E 10.420/95. ÍNDICES DE RE-AJUSTE DE VENCIMENTOS NÃO ADIMPLIDOS NA ÉPOCA LE-GALMENTE FIXADA. QUESTIONAMENTOS.Parecer 14141Ementa: REVISÃO GERAL ANUAL DA REMUNERAÇÃO E SUBSÍDIOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS: ART. 37, X, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ALCANCE. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO GOVER-NADOR DO ESTADO PARA O DESENCADEAMENTO DO PROCES-SO LEGISLATIVO. POSIÇÃO DO STF. RESPONSABILIDADE FISCAL. LEGISLAÇÃO ESTADUAL.Parecer 13168Ementa: VETO PARCIAL - O veto, no direito brasileiro, tem caráter suspen-sivo da conversão do texto vetado em comando legislativo. No caso do veto par-cial, a parte do projeto sancionada converte-se em lei mesmo que as partes vetadas pendam de apreciação pelo Legislativo. Rejeitado que seja o veto, as partes que o haviam sofrido somente passarão a integrar o texto legal com a respectiva publica-

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ção, não retroagindo a sua entrada em vigor ao dia em que passou a viger a parte sancionada. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE E LEI DE DI-RETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - A jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-deral nega caráter normativo, para efeitos de controle em sede de ação direta de inconstitucionalidade, à lei de diretrizes orçamentárias, remetendo a possibilida-de do controle de sua juridicidade a outras vias, sendo possível, em tese, a sua su-jeição à argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo pronuncia-mento do Supremo Tribunal Federal dando interpretação diversa ao artigo 4º, § 1º, da Lei Federal 9.882, de 1999. LIMITES DA LEI DE DIRETRIZES OR-ÇAMENTÁRIAS - A lei de diretrizes orçamentárias não pode dispor sobre os aspectos formais de elaboração do orçamento, porquanto tal matéria se acha no âmbito competencial reservado pelo artigo 165, § 9º, I, da Constituição Federal à lei complementar do poder central. Também não lhe cabe estabelecer percentuais, agredindo o disposto no artigo 167, IV, da Constituição Federal. Não lhe cabe a predeterminação do conteúdo da proposta orçamentária, porquanto sua elabora-ção, com a mais ampla discricionariedade, é prerrogativa dos Chefes de cada um dos Poderes e do Ministério Público assegurada nos artigos 27, § 3º, 99, § 1º, 127, § 3º e 165, III, da Constituição Federal. Não se presta, outrossim, a amesquinhar a prerrogativa dos titulares da iniciativa reservada quando se trate da defalgração do processo legislativo concernente à remuneração dos servidores respectivos. O arti-go 166, § 4º, da Constituição Federal bloqueia a apresentação de emendas parla-mentares ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias em dissintonia com o plano plurianual. As limitações dos artigos 19 e 20 da Lei Complementar 101, de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal devem ser observadas como ma-terialização do comando posto no artigo 169 da Constituição Federal, preserva-do o princípio da continuidade do serviço público. Aplicação das teses do Pare-cer 12.845 - Ricardo Camargo. Em se tratando da política de qualificação profis-sional, espécie do gênero “política de emprego”, disciplinada pelo CODEFAT no exercício de competência que lhe foi atribuída pelas Leis 7.998 e 8.019, de 1990, será ineficaz, nos termos do artigo 24, I e seus §§ 1º e 4º, da Constituição Federal, a disposição da Lei de Diretrizes Orçamentárias que com elas conflitar. A quali-ficação de entidades de direito privado, seja como associações de utilidade públi-ca, seja como organizações sociais, seja como organizações da sociedade civil de interesse público, para efeitos, inclusive, de fazer jus a repasses de recursos públi-cos, há de ser feita de acordo com a legislação federal de regência. As despesas re-ferentes ao crédito educativo não se inserem no conceito de despesas destinadas à manutenção do sistema estadual de ensino, consoante exigido pelo § 1º do arti-go 212 da Constituição Federal c/c artigo 16, II, da Lei 9.394, de 1996. Não cabe à lei de diretrizes orçamentárias local carrear ao Estado-Membro a obrigação de aumentar o aporte de recursos na execução de programa cuja materialização com-pete, predominantemente, à União, sob pena de afronta ao devido processo legal em sua dimensão substantiva, albergado no artigo 5º, LIV, da Constituição Fede-ral. A previsão de prestação de apoio técnico-financeiro a laboratórios farmacêu-ticos municipais não elide a competência estadual - prevista no artigo 23, II, da Constituição Federal - de encerrar o funcionamento daqueles que não atendam os padrões técnicos. É possível à lei de diretrizes orçamentárias prever a autorização para a criação de órgãos, mas não criá-los diretamente, o que somente pode ser feito por lei própria de iniciativa do Executivo, nos termos do que dispõe o artigo

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61, § 1º, II, “e”, da Constituição Federal. Também não cabe à lei de diretrizes or-çamentárias determinar que a lei orçamentária descaracterize política pública es-pecífica que tenha sido definida em lei de iniciativa reservada ao Poder Executi-vo pelo artigo 61, § 1º, II, “e”, da Constituição Federal. O princípio do caixa úni-co, adotado pelo artigo 56 da Lei 4.320, de 1964, somente pode ser excepcionado nas hipóteses previstas nos artigos 71 desta mesma Lei e 43, § 1º, da Lei Com-plementar 101, de 4 de maio de 2000, traduzindo as alterações que se pretendam fazer mediante lei de diretrizes orçamentárias a este sistema verdadeira usurpação da competência federal definida no artigo 165, § 9º, da Constituição Federal. O critério para a identificação do grau de desigualdade entre regiões, por força do ar-tigo 165, § 7º, da Constituição Federal, é o populacional, disciplinado validamente pela Lei Estadual 10.283, de 1994. A previsão de caráter programático a respeito da busca de um modelo público de previdência social não tem o condão de esta-belecer determinação de caráter coercitivo para o Chefe do Executivo. Em contex-to de déficit, disposição determinando a manutenção da carga tributária existen-te é ineficaz, por desatender à exigência do artigo 4º, I, “a”, da Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000.

a) se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes:

b) se houver autorização específica na lei de diretrizes orça-mentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de econo-mia mista;

XI - as subvenções ou auxílios do Poder Público às entidades de previdência privada com fins lucrativos.

§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercí-cio financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

Parecer 12517Ementa: PROJETO MÃOS DADAS. DIREITO PREMIAL. DEFINIÇÃO DE PRESSUPOSTOS PARA SE FAZER JUS A SITUAÇÕES BENÉFICAS CONTIDAS NA NORMA. DISCIPLINA POR DECRETO DAS MODA-LIDADES DE PRÊMIOS. Implicando a concessão de prêmios pela Adminis-tração Pública a realização de despesas, somente a lei pode estabelecer os quanti-tativos e os pressupostos para a sua atribuição. É inconstitucional conferir a auto-ridades do Executivo, ainda que em órgão colegiado, atribuições próprias do Le-gislativo. O estabelecimento de quotas trimestrais indefinidamente, sem inclusão prévia no plano plurianual, mostra-se inconstitucional, por força do art. 167, § 1º, da Constituição Federal.

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exer-cício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização

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for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, hipótese em que poderão ser reabertos nos limites de seus saldos mediante a indicação de recursos financeiros provenientes do orçamento subseqüente, ao qual serão incorporados.

§ 3º - A abertura de créditos extraordinários somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade pública, devendo ser convertida em lei no prazo de trinta dias.

§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o Estado prestará socorro material e financeiro ao Município atingido, se lhe for solicitado.

§ 5º - É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se refere o artigo 145, para a prestação de garantias e con-tragarantias à União e para pagamento de débitos para com ela, mediante autorização legislativa prévia e específica.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 12/04/94.Parecer 9982Ementa: Exame da Lei Estadual nº 10.100, de 07 de fevereiro de 1994 que au-toriza o Poder Executivo a refinanciar os saldos devedores de operações de crédi-to interno junto a União. Receita própria líquida do Estado como garantia: pre-visão legal. Proposta de alteração legislativa. Resolução nº 11 de 1994 do Sena-do Federal.Parecer 10539Ementa: RECEITA TRIBUTÁRIA PRÓPRIA. Seu oferecimento, a União, como garantia para consolidação e reescalonamento de dívidas internas das ad-ministrações direta e indireta do Estado. Constitucionalidade. Aplicação do pa-rágrafo 4º do art. 167 da CF.

Art. 155 - No plano plurianual e no orçamento anual, as dotações relativas a investimentos, subvenções e auxílios destinadas a Municípios ou regiões terão por finalidade reduzir desigualdades regionais e serão de-finidas com base em critérios demográficos, territoriais, econômicos e so-ciais, nos termos da lei.

Art. 156 - Os recursos correspondentes às dotações orçamentá-rias destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Mi-nistério Público e à Defensoria Pública do Estado, incluídos os crédi-tos suplementares e especiais, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 (vinte) de cada mês.*

**NR dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 24/08/05.

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TÍTULO VIDa ORDEM EcOnôMIca

CAPÍTULO IDISPOSIçõES gERaIS

Art. 157 - Na organização de sua economia, em cumprimen-to ao que estabelece a Constituição Federal, o Estado zelará pelos se-guintes princípios:

Parecer 15020Ementa: LEI ESTADUAL ANTERIOR À CONSTITUIÇÃO - JUÍZO DE VALIDADE E JUÍZO DE VIGÊNCIA - RETENÇÃO DE MERCADO-RIAS - MEDIDA CAUTELAR FISCAL - EXECUÇÃO FISCAL - A legis-lação estadual anterior à Constituição Federal atual pode ser tida como incompa-tível com esta última pela autoridade administrativa, porque, neste caso, diversa-mente do que ocorreria em relação a legislação superveniente à Constituição Fe-deral vigente, o que se tem é juízo de vigência e não de validade. São inconfundí-veis as situações de retenção provisória de mercadorias desacompanhadas de do-cumentação fiscal idônea até que se comprove a legitimidade da posse respectiva e de retenção como meio de coerção indireta para o pagamento de tributos. Nesta última hipótese, há o procedimento interditado pelas Súmulas 70, 323 e 547/STF (que fixaram o sentido do § 23 do artigo 153 e do inciso I do artigo 160 da Emen-da Constitucional nº 1, de 1969, reiterada tal exegese em relação aos correspon-dentes inciso XIII do artigo 5º e inciso IV do artigo 1º e caput do artigo 170 da atual Constituição Federal), ao contrário do que ocorre em relação à primeira, vis-ta pelo Excelso Pretório como regular manifestação do poder de polícia, de acordo com a distinção realizada no julgamento da ação direta de inconstitucionalidade 395/RS. Regular manifestação do poder de polícia é, também, a apreensão de cou-sas com o objetivo de constituir prova material da ocorrência da infração à legisla-ção tributária, desde que restituídas as coisas após o término do procedimento ad-ministrativo. O risco de frustração da realização do crédito fiscal deve ser obvia-do mediante a oferta de elementos à Procuradoria-Geral do Estado para o ajuiza-mento da medida cautelar fiscal ou de outras vias judiciais cabíveis.Parecer 10437Ementa: DEVEDORES REMISSOS DE TRIBUTOS ESTADUAIS. PU-BLICAÇÃO DE SEUS NOMES NO DIÁRIO OFICIAL. Autorização con-tida no art. 13 da Lei Estadual nº 6.537/73. O art. 198 do CTN e a imposição de guardar sigilo. A cláusula do devido processo legal do art. 5., LIV, da Consti-tuição..

I - promoção do bem-estar do homem como fim essencial da pro-dução e do desenvolvimento econômico;

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II - valorização econômica e social do trabalho e do trabalhador, associada a uma política de expansão das oportunidades de emprego e de humanização do processo social de produção, com a defesa dos interes-ses do povo;

Parecer 13807Ementa: PROGRAMAS DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO E DOS ASSUNTOS INTERNACIONAIS: REDES DE COOPERAÇÃO, EX-TENSÃO EMPRESARIAL, CAPACITAÇÃO EMPRESARIAL, INCUBA-DORAS EMPRESARIAIS E CRÉDITO ASSISTIDO. INTELIGÊNCIA DO ART. 26 DA LEI COMPLEMENTAR FEDERAL Nº 101/01 (LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL). A incidência do art. 26 da LRF não se dá a todos os programas governamentais da SEDAI, dependendo do exame da nature-za de cada um. Por exemplo, não havendo destinação de crédito, e sim apenas uti-lização de recursos públicos para viabilizar a participação do Estado em convênios firmados, não incide o art. 26 da LRF. Utilização inapropriada, no caso, de prece-dente desta Casa (Parecer nº 13.731), que se destinava exclusivamente ao exame do Programa Estadual de Microcrédito Produtivo e Popular e para o qual, efetiva-mente, a incidência do art. 26 da LRF se impunha.Parecer 13731Ementa: PROGRAMA ESTADUAL DE MICROCRÉDITO PRODUTI-VO E POPULAR. TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PÚBLICOS ÀS INSTITUIÇÕES COMUNITÁRIAS DE CRÉDITO (ICCs) E/OU ÀS OR-GANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIPs). LEIS FEDERAIS Nºs 10.194/01 E 9.790/99. LEI COMPLEMEN-TAR FEDERAL Nº 101/01 (LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL). 1. REQUISITOS DO ART. 26 DA LRF. Havendo destinação de recursos públi-cos para entidade privada, objetivando o fornecimento do microcrédito (este en-tendido como o financiamento da atividade econômica do micro e pequeno em-preendedores do setor formal e informal), incidente o art. 26 da Lei de Respon-sabilidade Fiscal, acarretando a necessidade de previsão no orçamento, autoriza-ção por lei específica e atendimento às condições da Lei de Diretrizes Orçamen-tárias. 2. QUALIFICAÇÃO COMO OSCIP. A qualificação de uma entidade como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, mediante a expedi-ção do competente certificado, é ato formal do Ministério da Justiça, nos termos do art. 6º da Lei 9.790/99. Se a administração estadual opta por firmar Termos de Parceria conforme os ditames desta Lei 9.790/99, deve fazê-lo somente com en-tidades adequadamente qualificadas como OSCIPs. São nulos os Termos de Par-ceria firmados com base na referida lei sem que as entidades estejam qualificadas como OSCIPs.3. AUTORIZAÇÃO DO BANCO CENTRAL PARA FUNCIONAMEN-TO. Uma vez qualificada como OSCIP, a Instituição Comunitária de Crédito não necessita autorização do Banco Central para funcionamento como instituição fi-nanceira, tendo em vista a própria natureza da atividade (mais simplificada e sem destinação lucrativa). O contrário também vale: se não qualificada como OSCIP, necessária a autorização da autarquia federal. 4. VEDAÇÃO DO INC. XIII DO ART. 2º DA LEI 9.790/99. Para incidência da norma em questão, necessário ape-

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nas que a finalidade da ICC seja não-lucrativa, desimportando se eventuais sócios apresentem postura diversa, uma vez que a pessoa jurídica criada não se confunde com as pessoas dos seus sócios.5. COMPROVAÇÃO DE OUTRAS FONTES DE RECURSOS. Em obediên-cia aos princípios da economicidade, da eficiência e da moralidade administrativas, tendo em vista que se trata da transferência de recursos públicos, pode o Estado exi-gir comprovação da viabilidade financeira de uma ICC. 6. Necessidade de que se fa-çam ajustes no programa, adequando-o às orientações jurídicas aqui postas, inclusi-ve, se for o caso, com reformatação.

III - democratização do acesso à propriedade dos meios de produção;IV - integração das economias latino-americanas;

Parecer 10275Ementa: DECAM - Cadastro de fornecimento de veículo fabricado na Argenti-na. Possibilidade-Inteligência do art. 4., parágrafo único do Decreto Estadual nº 34.832, de 11.08.93. Inconstitucionalidade. Adequação deste dispositivo ao que dispõe o Decreto Federal nº 60, de 18.03.91 e ao TRATADO DE ASSUNÇÃO constitutivo do MERCOSUL Lei 8.666/93 art. 3., parágrafo 2., inciso I- CF, art. 171, parágrafo 2., CE, art. 157, inciso IV.

V - convivência da livre concorrência com a economia estatal;

Parecer 15286Ementa: CEASA - PRÓPRIO MUNICIPAL DE QUE É PROMISSÁRIO ADQUIRENTE - RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DO IPTU - CONFUSÃO COMO CAUSA IMPEDITIVA DO PRÓPRIO NAS-CIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA - SERVIÇO PÚBLICO E ATIVIDADE ECONÔMICA - Inexiste crédito referente a IPTU no que tan-ge a imóvel cuja titularidade seja do Município pretendente à percepção da exa-ção. Inteligência dos artigos 32 e 156 do Código Tributário Nacional, 531, 533 e 1.049, do Código Civil de 1916, 381 e 1.245, caput e § 1º, do Código Civil de 2002. Quando a empresa estatal desempenhe atividade eminentemente pública - como o é a de abastecimento, nominada expressamente no inciso VIII do artigo 23 da Constituição Federal -, descabe sujeitá-la ao regime tributário das empre-sas privadas. Inteligência dos artigos 150, VI, “a”, e § 2º, e 173, § 1º, II, e § 2º, da Constituição Federal.Parecer 15246Ementa: GUERRA FISCAL - A concessão injurídica de benefícios relativos ao ICMS por outra unidade federativa, à falta de anterior autorização em convênio, comporta questionamento de sua constitucionalidade por força da letra “g” do in-ciso XII do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal. Preservação da unida-de econômica do território nacional objetivada pela disposição constitucional em tela. PAUTA FISCAL - O arbitramento de “pautas fiscais”, seja em prol, seja em contrário do contribuinte, quando não tenha uma justificação racional, mostra-se

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agressivo ao inciso I e ao § 6º do artigo 150 da Constituição Federal. Os crité-rios para a justificação racional estão postos nos artigos 148 do Código Tributá-rio Nacional e 18 da Lei Complementar 87, de 1996. TRIBUTAÇÃO E CON-CORRÊNCIA - A concessão de incentivos fiscais não pode ser voltada a distor-cer o equilíbrio da concorrência. Inteligência dos artigos 146-A, 170, IV, 173, § 4º, e 174 da Constituição Federal.Parecer 15206Ementa: IMPOSTO DE RENDA E COFINS - Fundação de direito priva-do instituída pelo Poder Público, em princípio, não goza de imunidade tributária, embora possa ser beneficiária de isenção destinada a suas congêneres. Isenção pos-ta por motivos de cunho social - o de não onerar a subsistência de fundações - que não se confunde com isenções voltadas ao fomento das atividades particulares. É prudente a formulação de consulta à Receita Federal em relação a algumas dentre as matérias constantes do presente expediente, em virtude de se tratar da fixação do alcance de disposições da legislação tributária federal. Inteligência da Consti-tuição Federal, artigos 150, VI, e § 2º, e 173, § 2º, do Código Tributário Nacio-nal, artigos 45, 111, II, 128, 161, § 2º, e 165, I, e da Medida Provisória 2158-35, de 2001, artigo 14, X, bem como dos precedentes da Procuradoria-Geral do Estado.Parecer 15177Ementa: DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RO-DAGEM - DAER. PROGRAMA DE PEDÁGIOS SOB ADMINISTRA-ÇÃO DIRETA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. PRAÇA DE PEDÁGIO DE PORTÃO. HISTÓRICO DE SUCESSIVAS CONTRA-TAÇÕES EMERGENCIAIS. RETARDAMENTO INJUSTIFICADO DO CERTAME LICITATÓRIO. AFRONTA AO INC. XXI DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E À LEI DE LICITAÇÕES E CON-TRATOS ADMINISTRATIVOS. DESCABIMENTO DE NOVA CON-TRATAÇÃO EMERGENCIAL. RECOMENDAÇÃO DE DESLOCA-MENTO DE SERVIDORES DO DAER, OU CEDIDOS PELA ADMI-NISTRAÇÃO, PARA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ATÉ O TÉRMI-NO DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO, A FIM DE EVITAR A PA-RALISAÇÃO DOS SERVIÇOS. CARACTERIZAÇÃO DE POSSÍVEL CONDUTA ILEGAL DO DAER. REMESSA DA MATÉRIA PARA EXAME DA PROCURADORIA DISCIPLINAR E DE PROBIDADE ADMINISTRATIVA.Parecer 15167Ementa: TARIFA PORTUÁRIA - Por força da letra f do inciso XII do artigo 21 e do inciso X do artigo 22 da Constituição Federal, aplica-se às tarifas portuárias a legislação federal, ainda que a exploração seja delegada a autoridade estadual, ante a distinção consagrada na doutrina entre titularidade do serviço e titularidade da execução. INSCRIÇÃO NA DÍVIDA ATIVA - O procedimento de inscrição na dívida ativa pela autoridade estadual rege-se pela legislação estadual, não se con-fundindo os aspectos materiais com os aspectos procedimentais.Parecer 15014Ementa: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL. LICITAÇÕES. Parecer PGE Nº 14.843 (ACERCA DOS PROCEDIMENTOS NA ESFERA ESTADUAL PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DE

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DEFESA ECONÔMICA – CADE – APLICANDO SANÇÕES A EMPRESAS DE VIGILÂNCIA PRIVADA POR INFRAÇÃO À ORDEM ECONÔMICA): CON-SULTA ENVOLVENDO ASPECTOS PROCEDIMENTAIS ESPECÍFICOS, TENDO EM CONTA DECISÕES JUDICIAIS.Parecer 14989Ementa: TRANSAÇÃO TRIBUTÁRIA - EXCLUSAO DE MULTA - A transação é modalidade de extinção do crédito tributário. Incabível a exclusão de multa, em se tratando de infração qualificada, de acordo com precedentes desta Procuradoria. Viabilidade, contudo, da transação, diante da previsão expressa no artigo 130 da Lei Estadual 6.537, de 1973.Parecer 14843Ementa: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL. LICITAÇÕES. DE-CISÃO DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔ-MICA (CADE) APLICANDO SANÇÕES A EMPRESAS DE VIGILÂN-CIA PRIVADA POR INFRAÇÃO À ORDEM ECONÔMICA CARACTE-RIZADA NA FORMAÇÃO DE CARTEL EM LICITAÇÕES. PROCEDI-MENTOS NA ESFERA ESTADUAL. LEI FEDERAL Nº 8.884/94. 1. Os acórdãos do plenário do CADE têm natureza jurídica de decisão administrativa e constituem título executivo extrajudicial. Quando detectado abuso do poder eco-nômico, possível ao CADE, conforme Lei Federal nº 8.884/94, aplicar sanções, que podem ser pecuniárias (multa) ou não pecuniárias (restrições de direitos). As pecuniárias são por ele mesmo executadas. As não pecuniárias podem ser executa-das pelo próprio CADE ou por terceiros. 2. Cartel em serviços de vigilância pri-vada para licitações no Estado. Acórdão do CADE que detecta caracterização de infração à ordem econômica por diversas empresas de vigilância. Incidência dos arts. 20, I, e 21, I, II e VIII, todos da Lei Federal nº 8.884/94. Aplicação de san-ções pecuniárias e restritivas de direitos, estas calcadas na determinação de impe-dimento de licitar e proibição de contratar (inclusive sob fundamento de dispensa ou inexigibilidade de licitação) com entes da Administração Pública. 3. Efeitos na esfera estadual. Tratando-se de punição imposta pelo CADE, cabe ao Estado fun-cionar apenas como executor da sanção. Autorização legal no inc. II do art. 24 da Lei Federal nº 8.884/94 e desnecessidade de abertura de procedimento próprio na seara estadual. Necessidade, no entanto, de respeitar as decisões judiciais em que houve concessão de medida liminar aos interessados.Parecer 13820Ementa: CONTRATAÇÃO DIRETA DA BANRISUL SERVIÇOS LTDA. POR PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO. Obje-to: prestação de serviços de gerenciamento, controle e aquisição de combustíveis e lubrificantes para uso dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul, em locais previamente definidos. In-viabilidade, por ausência de comprovação segura os pressupostos legais do art. 24, VIII, da Lei nº 8.666/93.Parecer 13299Ementa: Prática de dumping. Controle pelo Estado do Rio Grande do Sul. In-tervenção da unidade federada no domínio econômico. Impossibilidade. Prerro-gativa da União Federal.

Parecer 12621

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Ementa: Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE. Participação em con-sórcio de empresas para construção de usinas hidrelétricas. Possibilidade de cons-tituição de empresa pelas consorciadas, nos termos do art. 20 da Lei nº 8.987/95. Necessidade de autorização legislativa para a sociedade de economia mista partici-par de empresa privada, nos termos do art. 22 da Constituição do Estado e do art. 37, incisos XIX e XX, da Carta da República.Parecer 10318Ementa: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS (ECT). NATUREZA JURÍDICA. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍ-PROCA. Interpretação do art. 150, parágrafos 2. e 3., da CF.

VI - planificação do desenvolvimento, determinante para o setor público e indicativo para o setor privado;

VII - integração e descentralização das ações públicas setoriais;VIII - proteção da natureza e ordenação territorial;IX - integração dos Estados da Região Sul em programas conjuntos;X - resguardo das áreas de usufruto perpétuo dos índios e das que

lhes pertencem a justo título;

Parecer 14092Ementa: INDENIZAÇÃO DE COLONOS INSTALADOS EM TER-RAS INDÍGENAS E QUE FORAM POSTERIORMENTE DESAPOS-SADOS. Parecer Nº 12733 - VERENA NYGAARD: MANUTENÇÃO. 1. Prefacial: não se confundindo as áreas objeto das Ações Cíveis Originárias nºs 449 e 462 com as áreas objeto da consulta, e, ainda, não havendo risco de influência do resultado jurídico de tais ações nas áreas da presente consulta, pode haver exa-me de mérito. 2. Mérito. Não havendo modificação na situação jurídica que ense-jou Parecer anterior desta PGE, não há razão para alteração no entendimento já apresentado. Esclarecimentos acerca da interpretação do referido Parecer. Distin-ção fática que não modifica a conclusão jurídica pelo ressarcimento de herdeiros e/ou adquirentes de Rufino de Almeida Mello, indevidamente alojado em terras que, na verdade, eram pertencentes ao toldo indígena de Serrinha.Parecer 12733Ementa: Terras indígenas. Indenização. Legalidade.

XI - condenação dos atos de exploração do homem pelo homem e de exploração predatória da natureza, considerando-se juridicamente ilí-cito e moralmente indefensável qualquer ganho individual ou social aufe-rido com base neles;

XII - promoção da segurança alimentar e nutricional.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 49, de 08/07/05.

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Art. 158 - A intervenção do Estado no domínio econômico dar-se--á por meios previstos em lei, para orientar e estimular a produção, corrigir distorções da atividade econômica e prevenir abusos do poder econômico.

Parecer 15167Ementa:TARIFA PORTUÁRIA - Por força da letra f do inciso XII do artigo 21 e do inciso X do artigo 22 da Constituição Federal, aplica-se às tarifas portuárias a legislação federal, ainda que a exploração seja delegada a autoridade estadual, ante a distinção consagrada na doutrina entre titularidade do serviço e titularidade da execução. INSCRIÇÃO NA DÍVIDA ATIVA - O procedimento de inscrição na dívida ativa pela autoridade estadual rege-se pela legislação estadual, não se con-fundindo os aspectos materiais com os aspectos procedimentais.Parecer 13299Ementa: Prática de dumping. Controle pelo Estado do Rio Grande do Sul. Intervenção da unidade federada no domínio econômico. Impossibilidade. Prerrogativa da União Federal

Parágrafo único - No caso de paralisação da produção por decisão patronal, pode o Estado, tendo em vista o direito da população ao serviço ou produto, intervir em determinada indústria ou atividade, respeitada a legislação federal e os direitos dos trabalhadores.

Art. 159 - Na organização de sua ordem econômica, o Estado combaterá:I - a miséria;II - o analfabetismo;III - o desemprego;IV - a usura;V - a propriedade improdutiva;VI - a marginalização do indivíduo;VII - o êxodo rural;VIII - a economia predatória;IX - todas as formas de degradação da condição humana;X - a fome.**Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 49, de 08/07/05.

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Art. 160 - A lei instituirá incentivos ao investimento e à fixação de atividades econômicas no território do Estado, objetivando desenvolver--lhe as potencialidades, observadas as peculiaridades estaduais.

Parágrafo único - Os incentivos serão concedidos preferencialmente:I - às formas associativas e cooperativas;II - às pequenas e microunidades econômicas;III - às empresas que, em seus estatutos, estabeleçam a participação:a) dos trabalhadores nos lucros;b) dos empregados, mediante eleição direta por estes, em sua gestão.

Art. 161 - O Estado, no que lhe couber, promoverá a pesquisa, o planejamento, o controle e o desenvolvimento da exploração racional dos recursos naturais renováveis e não-renováveis em seu território.

Parecer 9794Ementa: RECURSOS MINERAIS, APROVEITAMENTO. Constituição Fede-ral, artigo 176, parágrafo 1º. Conceituação de empresa brasileira de capital nacional: CF, artigo 171, inciso II. DAER: entidade de direito público interno. Inexistência de óbice a exploração de recursos minerais desde que atendidas as regras dos artigos 43 e 44 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, disciplinados pela Lei nº 7886, de 20.11.89.§ 1º - As determinações resultantes do planejamento previsto no caput são de exe-cução compulsória por parte dos proprietários das áreas onde se localizam os recur-sos naturais.

§ 2º - Em caso de descumprimento do que estabelece o parágrafo anterior, o Estado adotará as providências cabíveis.

Art. 162 - Na formulação de sua política energética, o Estado dará prioridade:*

*Vide Lei nº 11.520, de 03/08/00, alterada pela Lei nº 11.947/03.

I - à conservação de energia e à geração de formas de energia não--poluidora;

II - à maximização do aproveitamento das reservas disponíveis;III - à redução e controle da poluição ambiental;IV - ao uso das pequenas quedas-d’água, seja para geração de ener-

gia, seja para aproveitamento da água para fim domiciliar, agrícola ou in-dustrial, com a desapropriação das áreas necessárias à implantação dos

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respectivos projetos;V - à utilização de tecnologia alternativa.Parágrafo único - O Estado, na operação de qualquer obra des-

tinada à produção de hidreletricidade ou irrigação, não poderá iniciar a inundação da bacia de acumulação prevista enquanto todos os atingidos não tiverem assegurado o reassentamento ou a indenização.

Art. 163 - Incumbe ao Estado a prestação de serviços públicos, di-retamente ou, através de licitação, sob regime de concessão ou permissão, devendo garantir-lhes a qualidade.

Parecer 15207Ementa: SÍTIOS OFICIAIS. UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PARA VEI-CULAÇÃO PUBLICITÁRIA DE EMPRESAS PRIVADAS. ANÁLISE DA LEGALIDADE

Parecer 15167Ementa: TARIFA PORTUÁRIA - Por força da letra f do inciso XII do artigo 21 e do inciso X do artigo 22 da Constituição Federal, aplica-se às tarifas portuárias a legislação federal, ainda que a exploração seja delegada a autoridade estadual, ante a distinção consagrada na doutrina entre titularidade do serviço e titularidade da execução. INSCRIÇÃO NA DÍVIDA ATIVA - O procedimento de inscrição na dívida ativa pela autoridade estadual rege-se pela legislação estadual, não se con-fundindo os aspectos materiais com os aspectos procedimentais.Parecer 15177Ementa: DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RO-DAGEM - DAER. PROGRAMA DE PEDÁGIOS SOB ADMINISTRA-ÇÃO DIRETA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. PRAÇA DE PEDÁGIO DE PORTÃO. HISTÓRICO DE SUCESSIVAS CONTRA-TAÇÕES EMERGENCIAIS. RETARDAMENTO INJUSTIFICADO DO CERTAME LICITATÓRIO. AFRONTA AO INC. XXI DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E À LEI DE LICITAÇÕES E CON-TRATOS ADMINISTRATIVOS. DESCABIMENTO DE NOVA CON-TRATAÇÃO EMERGENCIAL. RECOMENDAÇÃO DE DESLOCA-MENTO DE SERVIDORES DO DAER, OU CEDIDOS PELA AD-MINISTRAÇÃO, PARA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ATÉ O TÉR-MINO DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO, A FIM DE EVITAR A PARALISAÇÃO DOS SERVIÇOS. CARACTERIZAÇÃO DE POS-SÍVEL CONDUTA ILEGAL DO DAER. REMESSA DA MATÉRIA PARA EXAME DA PROCURADORIA DISCIPLINAR E DE PROBI-DADE ADMINISTRATIVA.Parecer 15019Ementa: CONTRATOS DE CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. NECESSIDADE PREMEN-TE DE REGULARIZAÇÃO, MEDIANTE O CUMPRIMENTO DAS

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NORMAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS INCIDENTES, ESPECIAL-MENTE A REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS PARA OUTORGA DE NOVAS CONCESSÕES, NAQUELAS HIPÓTE-SES EM QUE AS ANTIGAS NÃO MAIS ESTEJAM VÁLIDAS.Parecer 14727Ementa: AGERGS. PORTOS. ARRENDAMENTOS DE ÁREAS PORTU-ÁRIAS. NATUREZA DA DELEGAÇÃO. COMPETÊNCIA REGULATÓ-RIA.Parecer 14719Ementa: CONCESSÕES DE SERVIÇOS DE ESTAÇÃO RODOVIÁRIA. ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DA NORMA DO ARTIGO 42 DA LEI Nº 8.985/95, COM A REDAÇÃO ALTERADA PELA LEI Nº 11.445/2007, O QUAL PREVÊ, EM SEUS PARÁGRAFOS 2º E 3º, QUE AS CONCES-SÕES EM CARÁTER PRECÁRIO, AS QUE ESTIVEREM COM PRAZO VENCIDO E AS QUE ESTIVEREM EM VIGOR POR PRAZO INDE-TERMINADO PERMANECERÃO VÁLIDAS PELO PRAZO NECESSÁ-RIO À REALIZAÇÃO DOS LEVANTAMENTOS E AVALIAÇÕES IN-DISPENSÁVEIS À ORGANIZAÇÃO DAS LICITAÇÕES QUE PRECE-DERÃO A OUTORGA DAS CONCESSÕES QUE AS SUBSTITUIRÃO, PRAZO ESSE QUE NÃO SERÁ INFERIOR A 24 MESES E NÃO PODE-RÁ SER ESTENDIDO ALÉM DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010, QUAN-DO TAIS CONCESSÕES PERDERÃO SUA VALIDADE. VERIFICAÇÃO DO SUPORTE FÁTICO DAS NORMAS EM QUESTÃO E SUA EFETI-VA CONCREÇÃO NOS CASOS CONCRETOS SOB EXAME.Parecer 14653Ementa: SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. EXAME QUANTO À POSSIBILIDADE DE TERCEIRIZAÇÃO DA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE RÁDIO OPERADOR, TELE-FONISTA AUXILIAR DE REGULAÇÃO MÉDICA E TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA ATUAREM NA CENTRAL ESTADUAL DE REGULAÇÃO DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITA-LAR (APH) DO PROGRAMA SALVAR/SAMU NO ÂMBITO DA AD-MINISTRAÇÃO PÚBLICA. DISTINÇÃO ENTRE ATIVIDADES PRIN-CIPAIS E ATIVIDADES ACESSÓRIAS A SEREM PRESTADAS PELO ENTE PÚBLICO.Parecer 14652Ementa: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. EXPLORAÇÃO DE ES-TAÇÃO RODOVIÁRIA. I. CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. INEXISTÊNCIA DE LICITAÇÃO. NULIDADE. II. PERMISSÃO DE USO DE BEM PÚBLICO. OUTORGA DIRETA. INVIABILIDADE. III. INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE CONTROLE DE LEGALI-DADE SUGERIDO.Parecer 14095Ementa: CONTRATO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA FIRMADO EN-TRE O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E O SERVIÇO MUNICI-PAL DE ÁGUA E ESGOTO DE SÃO LEOPOLDO. SUJEIÇÃO ÀS RE-GRAS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INCIDÊNCIA

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DO DISPOSTO NO ART. 52, PAR. 1º DO CDC, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI 9.298/96 (APLICAÇÃO DE MULTA MORATÓRIA NO PER-CENTUAL DE 2%), CASO O CONTRATO TENHA SIDO CELEBRADO APÓS A VIGÊNCIA DE TAL LEI.Parecer 13586Ementa: LICITAÇÃO. LEI 8.666/93. LEGISLAÇÃO PORTUÁRIA. DE-CRETO FEDERAL Nº 4.391, DE 2002. RESOLUÇÃO ANTAQ Nº 055, DE 2002. COMPATIBILIDADE COM A LEGISLAÇÃO ESTADUAL. Parecer Nº 13.484 DO CONSELHO SUPERIOR DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADOParecer 13216Ementa: Companhia Riograndense de Saneamento –CORSAN - Regularização dos contratos de concessão firmados com os Municípios – a) não incidência da norma do § 2º do art. 42 da Lei nº 8.987/95 em relação aos contratos de conces-são que tiveram seus prazos de vigência prorrogados antes do advento do mencio-nado diploma legal, os quais continuam válidos até expirar o respectivo prazo de prorrogação, na forma do “caput” do art. 42 da mesma lei; b) aplicação do § 2º do art. 42 àqueles contratos de concessão celebrados anteriormente ao advento da Lei de Concessões e que, com base na cláusula contratual que estabelece a prorrogação automática do prazo contratual, tenham sido prorrogados na vigência do novo di-ploma legal; c) para esta última hipótese, possível é a contratação direta, com res-paldo no art. 24, VIII, da Lei nº 8.666/93.Parecer 13051Ementa: “TECON. Contrato de arrendamento de terminal portuário de uso pú-blico. Pretensão da arrendatária de explorar atividade acessória ou suplementar. Possibilidade admitida pelo instrumento convocatório do certame e pelo art. 11 da Lei nº 8.987/95. Inocorrência de ofensa aos princípios da licitação. Necessida-de de que a exploração da atividade econômica marginal esteja em consonância com o interesse público, devendo a receita decorrente da exploração reverter em benefício dos usuários. Ainda que admitida no edital do certame, pode a arren-dante indeferir a exploração, por motivo de interesse público devidamente funda-mentado. Considerações.”Parecer 12680Ementa: REAJUSTE DE TARIFAS DE PEDÁGIO - CONTROVÉRSIA SOBRE O VALOR A SER REAJUSTADO - AUTO-EXECUTORIEDADE - 1. Para que se proceda a reajuste de tarifas, é necessário que o valor destas não seja objeto de controvérsia. - 2. Impugnado pela CAGE o valor que constituiria a base de cálculo para a aplicação do reajuste, tem-se configurado o conflito de inte-resses qualificado pela pretensão resistida, cuja composição compete, constitucio-nalmente, ao Judiciário. - 3. À CAGE compete, por força de determinação consti-tucional, o exercício do controle interno da Administração. Inteligência do art. 74 da Constituição Federal exarada na jurisprudência administrativa da Casa. - 4. Os atos provenientes da Administração Pública, de acordo com a orientação firma-da ao longo dos anos tanto pela jurisprudência administrativa da Casa como pe-los julgados dos Tribunais Superiores, gozam da presunção de legalidade e veraci-dade, e esta presunção alcança os relatórios da CAGE. - 5. A auto-executoriedade dos próprios atos é prerrogativa inerente à Administração Pública, diferentemen-

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te do que ocorre com o particular, sendo nula de pleno direito cláusula contratu-al que disponha em sentido contrário. - 6. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal considera configurado o exercício arbitrário das próprias razões, condena-do pelo art. 345 do Código Penal, quando o particular pretenda exercer a autotu-tela sem autorização legal expressa.Parecer 12518Ementa: AGERGS. Competência concernente ao controle e fiscalização em re-lação a portos e hidrovias. Divergência entre entendimento da Procuradoria-Ge-ral do Estado e da Assessoria Jurídica da Secretaria dos Transportes. Delegação do serviço portuário por parte da União. Constitucionalidade da letra e do art. 3º da Lei 10.931, de 1997. Inteligência do art. 21, XII, f, da Constituição Federal e das Leis Federais 8.630, de 1993, e 9.277, de 1996. Manutenção do entendimen-to adotado pelo Parecer 12075 sugerida.Parecer 12082Ementa: ILUMINAÇÃO PÚBLICA NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO. SER-VIÇO DE NATUREZA PÚBLICA QUE SE INSERE NA COMPETÊN-CIA DO MUNICÍPIO DE BEM PRESTAR E DE SUPORTAR OS CUS-TOS INERENTES. RESSARCIMENTO POSSÍVEL SÓ PELA VIA DO IPTU. Parecer 12075Ementa: LICITAÇÃO. AGERGS - Agência Estadual de Regulação dos Servi-ços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul. Alcance do artigo 1º do Decreto nº 37.839 de 21.10.97. Incompetência para apreciação de licitação que tenha por objeto arrendamento de instalações portuárias e exploração dos respectivos servi-ços. Bens de propriedade da União. Arts 20 da Constituição Federal e artigos 64 e 76 do Decreto-Lei 9.760 de 05.09.46. Lei 8.630 de 25.02.93.Parecer 11211Ementa: MUNICÍPIO. ILUMINAÇÃO PÚBLICA. CUSTEIO DO SER-VIÇO PÚBLICO. COMPETÊNCIA MUNICIPAL PELA VIA DO IPTU, UMA VEZ VEDADA A COBRANÇA DE TAXA OU INVIÁVEL A INS-TITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. Parecer 9719Ementa: LEI 8.630 de 25-02-93. Norma de ordem pública. Constitucionalidade. Art. 53 - exceção ao princípio da auto-aplicabilidade. Não incidência imediata aos contratos de concessão em curso.

§ 1º - Na hipótese de privatização das empresas públicas e socie-dades de economia mista, os empregados terão preferência em assumi-las sob forma de cooperativas.**

**Dispositivo suspenso por liminar concedida na ADI nº 1824-7. D.J.U., 29/11/02.

Parecer 11790Ementa: Privatização de Sociedade de Economia Mista do Estado. Exegese do

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parágrafo primeiro do art. 163 da CERGS. Direito de preferência a cooperativas de empregados. Necessidade de regulamentação. Impossibilidade de participação de empregados de outra empresa na cooperativa. Privatização e alienação de bens. Exame da constitucionalidade do dispositivo da Constituição Estadual. Serviço público federal, impossibilidade de restrição por outro ente federativo.

§ 2º - Os serviços públicos considerados essenciais não poderão ser objeto de monopólio privado.

Parecer 9825Ementa: COMPANHIA RIOGRANDENSE DE TELECOMUNICAÇÕES - CRT. Plano de capitalização. 1. Exame a luz da Constituição Federal, artigos 21, in-ciso XI: Exploração de Serviços Telefônicos: concessão sempre a empresa sob con-trole acionário estatal. 2. Constituição Estadual, art. 163, § 2.: serviços públicos con-siderados essenciais não podem ser objeto de monopólio privado. 3. Lei estadual nº 4.073, de 1960: autoriza criação da CRT. 4. Decreto Federal nº 72090, de 1973: con-cessão federal do serviço público de telefonia, ao RS, pelo prazo de 30 anos. 5. Sujei-ção da CRT a Lei nº 6.404, de 1976. Estado, acionista controlador: arts. 238 e 116 da Lei nº 6.404. 6. Lei Estadual nº 6.283, de 1971 autoriza o Poder Executivo a alie-nar ações de Sociedades de economia mista. Exigência inafastável de ser mantida a participação majoritária do Estado, acionista controlador. 7. Regramento contido na Lei nº 6.385, de 1976, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários. 8. Con-tratação de instituição financeira mediante prévia licitação. 9 Dispensa do procedi-mento licitatório: Lei nº 8.666, de 1993, artigo 17, inciso II, letra “c”: para venda de ações. Operacionalidade sugerida pela Junta de Coordenação Financeira da Secreta-ria da Fazenda. 10. Acordo de acionistas: balizamento.

§ 3º - A distribuição e comercialização do gás canalizado é mono-pólio do Estado.

§ 4º - Será assegurado o equilíbrio econômico-financeiro dos con-tratos de concessão e permissão, vedada a estipulação de quaisquer bene-fícios tarifários a uma classe ou coletividade de usuários, sem a correspon-dente e imediata readequação do valor das tarifas, resultante da repercus-são financeira dos benefícios concedidos.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 27, de 15/12/99.

Parecer 14019Ementa: CONTRATO ADMINISTRATIVO. IMPOSTO SOBRE PRO-DUTOS INDUSTRIALIZADOS. ISENÇÃO TRIBUTÁRIA. REVOGA-ÇÃO. Vulnerado o equilíbrio econômico-financeiro do pacto pela superveniência de gravame inexistente ao tempo da apresentação de propostas em certame licita-tório, imperativa é a recomposição da equação obrigacional convencionada pelas

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partes. Inteligência do § 5º do art. 65 da Lei de Licitações. Teoria da imprevisão.Parecer 13007Ementa: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. Majoração da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS. Alteração de exação de ordem genérica que não repercute de modo direto na composição de preços con-tratualmente ajustados.Impossibilidade de recomposição de preços sob alegação de desequilíbrio econômico-financeiro de pactos formalizados com o Departa-mento Autônomo de Estradas de Rodagem - DAER

Art. 164 - O Estado manterá programas de prevenção e socorro nos casos de calamidade pública em que a população tenha ameaçados os seus recursos, meios de abastecimento ou de sobrevivência.

Parágrafo único - Lei complementar disporá sobre o sistema es-tadual de Defesa Civil, a decretação e o reconhecimento do estado de ca-lamidade pública, bem como sobre a aplicação dos recursos destinados a atender às despesas extraordinárias decorrentes.

Art. 165 - O Estado revogará as doações a instituições particula-res se o donatário lhes der destinação diversa da ajustada em contrato ou quando, transcorridos cinco anos, não tiver dado cumprimento aos fins es-tabelecidos no ato de doação.

Parecer 14149Ementa: COMPANHIA RIO-GRANDENSE DE LATICÍNIOS E COR-RELATOS – CORLAC (EXTINTA): DESTINAÇÃO DE BEM OPERA-CIONAL LOCALIZADO NA CIDADE DE VERA CRUZ, APÓS A EX-TINÇÃO DA COMPANHIA. 1. Interpretação dos arts. 5º (e parágrafos) e 8º, ambos da Lei Estadual nº 10.000/93, com a redação que lhes deu a Lei Estadual nº 10.988/97, e também em face do que dispunha a Lei Estadual nº 11.232/98, relativamente ao referido bem operacional. 2. Considerações acerca da destinação do imóvel. Descumprimento das condições impostas nas Leis 10.988/97 e 11.232/98, obstaculizando a doação ou o comodato a cooperativa. Aplicação do Parecer nº 14.085. 3. Considerações, também, acerca da descabida oposição do Registro de Imóveis em re-alizar o registro da transferência do bem ao patrimônio do Estado. Parecer 14093Ementa: BEM PÚBLICO. DESAFETAÇÃO. DOAÇÃO MODAL. ALIE-NAÇÃO PARCIAL PELA DONATÁRIA. INVIABILIDADE. Defeso é à be-neficiária de doação de bem público aliená-lo em parte, máxime se aparente o es-copo de auferir renda. Interesse público a obstar traslação de propriedade imóvel sobre a qual incide encargo. Precedente.Parecer 14085Ementa: COORLAC. DOAÇÃO COM ENCARGO EFETIVADO PELO ENTE PÚBLICO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, SUCESSOR DA EXTINTA CORLAC, À COOPERATIVA PRIVADA DENOMINADA COORLAC. ALEGADO DESCUMPRIMENTO AO ENCARGO PAC-

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TUADO. ANÁLISE QUANTO A POSSIBILIDADE DE RESOLUÇÃO DA DOAÇÃO.Parecer 13439Ementa: Doação pura: inexistente encargo ao donatário o bem imóvel poderá ser alienado mediante prévia avaliação e autorização legislativa. Doação com encar-go: somente o doador poderá intentar a ação de revogação, pois trata-se de direito personalíssimo, nos termos do art. 1185 do CCb. Desapropriação. Não se confi-gura a tredestinação, nem o direito de preferência ou retrocessão, quando o imóvel expropriado tem destino ou finalidade públicos por largos anos.

CAPÍTULO IIDa POLítIca DE DESEnvOLvIMEntO EStaDUaL E REgIOnaL

Art. 166 - A política de desenvolvimento estadual e regional, em consonância com os princípios da ordem econômica, tem por ob-jetivo promover:*

I - a melhoria da qualidade de vida da população com desenvolvi-mento social e econômico sustentável;*

II - a distribuição eqüitativa da riqueza produzida com redução das desigualdades sociais e regionais;*

III - a proteção da natureza e a ordenação territorial, mediante o controle da implantação dos empreendimentos públicos e privados em cada região e o estímulo à permanência do homem no campo;*

IV - a integração da organização, do planejamento e da execução das funções públicas de interesse comum de uma mesma região, nos ter-mos dos arts. 16, 17 e 18 desta Constituição;*

V - a integração e a descentralização das ações públicas setoriais em nível regional, através do planejamento regionalizado.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 13/12/01.

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Art. 167 - A definição das diretrizes globais, regionais e setoriais da política de desenvolvimento caberá a órgão específico, com representação paritária do Governo do Estado e da sociedade civil, através dos trabalha-dores rurais e urbanos, servidores públicos e empresários, dentre outros, todos eleitos em suas entidades representativas.*

Vide Lei nº 10.283, de 17/10/94, alterada pelas Leis nºs 11.305/99 e 11.451/00.*Parecer 12508Ementa: CONSULTA POPULAR. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO. ATUAÇÃO DOS COREDES. PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO: DIS-TINÇÃO E ARTICULAÇÃO. EFEITOS DA CONSULTA EM FACE DOS PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DAS LEIS NO DIREITO POSITIVO PÁ-TRIO. - 1. Não constituem os mecanismos de consulta popular instrumentos de amesquinhamento do Poder Legislativo ou do Executivo, dado que se destinam apenas ao oferecimento de subsídios e, portanto, não têm efeitos vinculantes. - 2. A atuação dos COREDES é, substancialmente, mais como órgãos voltados à ob-tenção de subsídios para a elaboração de planos de desenvolvimento regional. - 3. Não se confundem o orçamento e o planejamento, embora ambos necessaria-mente se devam articular. - 4. A consulta popular tal como disciplinada na Lei 11.179/98 somente se refere ao produto já elaborado pelo Chefe do Executivo e não ao produto a ser por ele elaborado, que é o objeto do Orçamento Participativo. - 5. As disposições que estabelecem efeitos vinculantes em relação ao resultado das consultas levadas a cabo pelos COREDES são inconstitucionais, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por subtraírem ao Executivo a prer-rogativa da definição das prioridades e ao Legislativo a prerrogativa de as discutir - 6. A realização de consulta popular em se tratando de matéria orçamentária não é obrigatória, mas facultativa, porque não prevista como fase do processo de elabo-ração da lei do orçamento, seja já Constituição, seja na Lei Federal 4.320/64; 7- A Lei 11.179 somente deverá ser observada se o Chefe do Executivo resolver adotar o sistema de consulta nela disciplinado.

§ 1º - As diretrizes previstas neste artigo serão implementadas me-diante o plano estadual de desenvolvimento, que será encaminhado pelo Governador à Assembléia Legislativa juntamente com o plano plurianual, observando-se os mesmos prazos de aprovação.

§ 2º - O plano estadual de desenvolvimento respeitará as peculia-ridades locais e indicará as fontes dos recursos necessários a sua execução.

§ 3º - Lei complementar estabelecerá mecanismos de compensação financeira para os Municípios que sofrerem limitações ou perda na arreca-dação decorrentes do planejamento regional.

Art. 168 - O sistema de planejamento será integrado pelo órgão previsto no artigo anterior e disporá de mecanismos que assegurem ao ci-

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dadão o acesso às informações sobre qualidade de vida, meio ambiente, condições de serviços e atividades econômicas e sociais, bem como a par-ticipação popular no processo decisório.

Parecer 12508Ementa: CONSULTA POPULAR. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO. ATUAÇÃO DOS COREDES. PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO: DIS-TINÇÃO E ARTICULAÇÃO. EFEITOS DA CONSULTA EM FACE DOS PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DAS LEIS NO DIREITO POSITIVO PÁ-TRIO. - 1. Não constituem os mecanismos de consulta popular instrumentos de amesquinhamento do Poder Legislativo ou do Executivo, dado que se destinam apenas ao oferecimento de subsídios e, portanto, não têm efeitos vinculantes. - 2. A atuação dos COREDES é, substancialmente, mais como órgãos voltados à ob-tenção de subsídios para a elaboração de planos de desenvolvimento regional. - 3. Não se confundem o orçamento e o planejamento, embora ambos necessaria-mente se devam articular. - 4. A consulta popular tal como disciplinada na Lei 11.179/98 somente se refere ao produto já elaborado pelo Chefe do Executivo e não ao produto a ser por ele elaborado, que é o objeto do Orçamento Participativo. - 5. As disposições que estabelecem efeitos vinculantes em relação ao resultado das consultas levadas a cabo pelos COREDES são inconstitucionais, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por subtraírem ao Executivo a prer-rogativa da definição das prioridades e ao Legislativo a prerrogativa de as discutir - 6. A realização de consulta popular em se tratando de matéria orçamentária não é obrigatória, mas facultativa, porque não prevista como fase do processo de elabo-ração da lei do orçamento, seja já Constituição, seja na Lei Federal 4.320/64; 7- A Lei 11.179 somente deverá ser observada se o Chefe do Executivo resolver adotar o sistema de consulta nela disciplinado.

Parágrafo único - O Estado manterá sistema estadual de geografia, cartografia e estatística socioeconômica.

Art. 169 - Os investimentos do Estado atenderão, em caráter prio-ritário, às necessidades básicas da população e estarão, obrigatoriamente, compatibilizados com o plano estadual de desenvolvimento.

Parágrafo único - Quando destinados às áreas urbanas ou de ex-pansão urbana, os investimentos de que trata este artigo bem como os au-xílios ou o apoio do sistema financeiro estadual estarão ainda compatibi-lizados com os planos diretores ou com as diretrizes de uso e ocupação do solo dos respectivos Municípios.

Art. 170 - O Estado auxiliará na elaboração de planos diretores e de desenvolvimento municipal, bem como na implantação das diretrizes, projetos e obras por eles definidos, mediante:

I - assistência técnica de seus órgãos específicos;**Vide Lei nº 9.436, de 27/11/91.

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II - financiamento para elaboração e implantação dos planos atra-vés das instituições de crédito do Estado.

Art. 171 - Fica instituído o sistema estadual de recursos hídricos, integrado ao sistema nacional de gerenciamento desses recursos, adotando as bacias hidrográficas como unidades básicas de planejamento e gestão, observados os aspectos de uso e ocupação do solo, com vista a promover:

**Vide Lei nº 11.520, de 03/08/00, alterada pela Lei nº 11.947/03.I - a melhoria de qualidade dos recursos hídricos do Estado;

Parecer 8429Ementa: REGULAMENTO DE OUTORGA DE USO DAS ÁGUAS PÚBLI-CAS DO DOMÍNIO DO ESTADO. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. EXA-ME DOS ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO REGIME DE OUTORGA DE USO DAS ÁGUAS PÚBLICAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. FUNDO DE INVESTIMENTO EM RECURSOS HÍDRICOS. CONS-TITUIÇÃO ESTADUAL 1989, ART. 171. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ART. 22, IV.

II - o regular abastecimento de água às populações urbanas e rurais, às indústrias e aos estabelecimentos agrícolas.

Parecer 14071Ementa: ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. POÇOS PROFUNDOS. OUTOR-GA E ISENÇÃO DE PAGAMENTO PARA CAPTAÇÃO. TERMO DE COMPROMISSO ENTRE ESTADO, MUNICÍPIO E EMPRESA PRI-VADA. ILEGALIDADE. ALTERAÇÕES RECOMENDADAS

§ 1º - O sistema de que trata este artigo compreende critérios de outorga de uso, o respectivo acompanhamento, fiscalização e tarifação, de modo a proteger e controlar as águas superficiais e subterrâneas, fluen-tes, emergentes e em depósito, assim como racionalizar e compatibilizar os usos, inclusive quanto à construção de reservatórios, barragens e usi-nas hidrelétricas.

Parecer 14761Ementa: SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. POÇOS ARTESIANOS. Parecer Nº 14.688/07. LEI FEDERAL Nº 11.445/07. São le-gais dispositivos de Decreto Estadual que estabelecem que somente pela rede pú-blica de abastecimento de água potável é que se pode fazer suprimento das edifi-cações, uma vez que em consonância com o art. 45, e seu § 2º, da mencionada Lei Federal que fixa as diretrizes nacionais para o saneamento básico. Revisão parcial

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constituição do estado do rio grande do sul

do Parecer nº 14688.Parecer 14688Ementa: SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE. SECRETARIA ESTA-DUAL DO MEIO AMBIENTE. POÇOS ARTESIANOS. EXAME DA LE-GALIDADE DO DECRETO ESTADUAL nº 23.430/74, QUE REGULA-MENTA A SUA UTILIZAÇÃO NO ESTADO. 1. Em face da inexistência de chancela legal, entende-se pela ilegalidade do disposto nos artigos 87 e 96 do De-creto Estadual nº 23.430/74, que estabelecem, de forma cogente, a utilização ex-clusiva da rede pública de abastecimento de água potável nas edificações. 2. A Se-cretaria Estadual do Meio Ambiente, por intermédio do Departamento de Re-cursos Hídricos, tem competência para fiscalizar e controlar o número de poços artesianos no território estadual, bem como outorgar a autorização para sua per-furação e extração. 3. A Secretaria Estadual da Saúde, por intermédio da Divisão de Vigilância Sanitária, tem competência para fiscalizar a potabilidade da água ex-traída dos poços artesianos.

§ 2º - No aproveitamento das águas superficiais e subterrâneas será considerado de absoluta prioridade o abastecimento das populações.

§ 3º - Os recursos arrecadados pela utilização da água deverão ser destinados a obras e à gestão dos recursos hídricos na própria bacia, ga-rantindo sua conservação e a dos recursos ambientais, com prioridade para as ações preventivas.

Art. 172 - A política e as diretrizes do setor pesqueiro do Estado serão disciplinadas por órgão específico, que terá participação de repre-sentantes dos trabalhadores, das entidades e cooperativas afins, tendo seu funcionamento disciplinado em lei complementar.*

*Regulamentado pela LEC nº 9.677, de 02/07/92.

§ 1º - Ao órgão mencionado no caput caberá a concessão de auto-rização para a exploração de recursos pesqueiros nas bacias hidrográficas e áreas de estuários do Estado.

§ 2º - As autorizações compatibilizar-se-ão com os recursos pes-queiros das bacias e áreas consideradas.

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CAPÍTULO IIIDa HaBItaçãO

Art. 173 - A lei estabelecerá a política estadual de habitação, a qual deverá prever a articulação e integração das ações do Poder Público e a participação das comunidades organizadas, bem como os instrumentos institucionais e financeiros para sua execução.*

*Vide Lei nº 10.529, de 20/07/95, alterada pelas Leis nºs 10.811/96; 10.926/97; 11.324/99; 11.987/03; e 12.122/04.

Parecer 12870Ementa: APLICAÇÃO DE PENALIDADES. O ordenamento jurídico brasi-leiro não admite discricionariedade na aplicação de penalidades por parte da Ad-ministração. Neste sentido, não poderia a Administração, ou mesmo o Conselho Estadual da Habitação decidir quanto ao cabimento ou não de isentar (em senti-do amplo) multas nos contratos do Fundo de Desenvolvimento Social, já que ine-xiste discricionariedade para imposição de sanções, inclusive quando se tratar de responsabilidade administrativa. FAMURS. Ilegalidade da indicação para com-posição do Conselho Estadual de Habitação de quem não seja representante de governo municipal.

§ 1º - A distribuição de recursos públicos priorizará o atendimen-to das necessidades sociais, nos termos da política estadual de habitação, e será prevista no plano plurianual do Estado e nos orçamentos estadual e municipais, os quais destinarão recursos específicos para programas de habitação de interesse social. (Lei 11. 324/99- Dispõe sobre a Secretaria Especial de Habitação).

§ 2º - Do montante de investimentos do Estado em programas ha-bitacionais, pelo menos setenta por cento serão destinados para suprir a deficiência de moradia de famílias de baixa renda, entendidas estas como as que auferem renda igual ou inferior a cinco vezes o salário mínimo.

Art. 174 - O Estado e os Municípios estabelecerão programas des-tinados a facilitar o acesso da população à habitação, como condição es-sencial à qualidade de vida e ao desenvolvimento.

Parecer 14215Ementa: COHAB. CESSÃO DE TERRAS AO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE. 1. Tratando-se de sociedade em liquidação, a COHAB não poderia ceder permanentemente seus bens imóveis a quem quer que seja, salvo, em casos

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constituição do estado do rio grande do sul

especiais, ao Estado do Rio Grande do Sul, em virtude de que é ele mesmo o des-tinatário final das propriedades que sobrarem após concluída a liquidação. 2. Pro-tocolo de intenções não é documento jurídico apto a gerar direitos e obrigações, não passando de mera carta de compromissos futuros. 3. Termo de cessão de uso pelo qual são cedidas áreas para posterior comercialização: exame de vários aspec-tos. 4. Necessidade, todavia, de solucionar uma situação fática já posta, ainda mais quando em questão direito básico da população à moradia.

§ 1º - Os programas de interesse social serão promovidos e exe-cutados com a colaboração da sociedade e objetivarão prioritariamente:

I - a regularização fundiária;

Parecer 13663Ementa: REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA. ÁREAS DO ESTADO DES-TINADAS A IMÓVEIS RESIDENCIAIS DA BRIGADA MILITAR. ALIE-NAÇÃO. Para venda de imóveis residenciais da Brigada Militar, de propriedade do Estado, necessária lei própria autorizadora da venda. Tratando-se de bens de uso especial, necessária a desafetação. A legislação existente (Lei Complementar nº 9.752/92), que prevê apenas doação, e ainda assim para terrenos onde não haja edificação, não se aplica ao caso.Parecer 13012Ementa: Área pertencente ao Jardim Botânico que encontra-se ocupada com ha-bitações. Desafetação mediante lei. Possibilidade.

II - a dotação de infra-estrutura básica e de equipamentos sociais;III - a implantação de empreendimentos habitacionais.§ 2º - A lei estabelecerá os equipamentos mínimos necessários à

implantação de conjuntos habitacionais de interesse social.Art. 175 - O Estado, a fim de facilitar o acesso à habitação, apoia-

rá a construção de moradias populares realizada pelos próprios interessados, por cooperativas habitacionais e através de outras modalidades alternativas.

Parágrafo único - O Estado apoiará o desenvolvimento de pesquisas de materiais e sistema de construção alternativos e de padronização de com-ponentes, visando a garantir a qualidade e o barateamento da construção.

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CAPÍTULO IVDa POLítIca URBana

Art. 176 - Os Municípios definirão o planejamento e a ordenação de usos, atividades e funções de interesse local, visando a:

I - melhorar a qualidade de vida nas cidades;

Parecer 14046Ementa: DOAÇÃO DE TERRAS DE PROPRIEDADE DO ESTADO AO MUNICÍPIO DE PELOTAS, ONDE ATUALMENTE LOCALIZA-DO O CENTRO SOCIAL URBANO. EXISTÊNCIA DE AÇÃO POSSES-SÓRIA. NECESSIDADE DE LEI AUTORIZADORA DA ALIENAÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO DE DESVIO DE FINALIDADE A ENSEJAR A TREDESTINAÇÃO E A RETROCESSÃO. 1. A existência de ação possessó-ria ajuizada pelo Estado, mesmo já com o trânsito em julgado, não inviabiliza a doação de terreno ao município.2. Necessidade, de todo o modo, que haja lei autorizadora, sendo que, a propósito, já há uma minuta de anteprojeto de lei no expediente. 3. Dando-se destinação pú-blica ao terreno, ainda que causa diversa daquela que ensejou a expropriação, não há falar em tredestinação e muito menos em retrocessão.

II - promover a definição e a realização da função social da pro-priedade urbana;

III - promover a ordenação territorial, integrando as diversas ativi-dades e funções urbanas;

IV - prevenir e corrigir as distorções do crescimento urbano;V - promover a recuperação dos bolsões de favelamento, sua inte-

gração e articulação com a malha urbana;VI - integrar as atividades urbanas e rurais;VII - distribuir os benefícios e encargos do processo de desenvolvi-

mento das cidades, inibindo a especulação imobiliária, os vazios urbanos e a excessiva concentração urbana;

VIII - impedir as agressões ao meio ambiente, estimulando ações preventivas e corretivas;

IX - promover a integração, racionalização e otimização da infra--estrutura urbana básica, priorizando os aglomerados de maior densidade populacional e as populações de menor renda;

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X - preservar os sítios, as edificações e os monumentos de valor his-tórico, artístico e cultural;

XI - promover o desenvolvimento econômico local;XII - preservar as zonas de proteção de aeródromos, incluindo-as

no planejamento e ordenação referidos no caput.Art. 177 - Os planos diretores, obrigatórios para as cidades com

população de mais de vinte mil habitantes e para todos os Municípios in-tegrantes da região metropolitana e das aglomerações urbanas, além de contemplar os aspectos de interesse local, de respeitar a vocação ecológica, o meio ambiente e o patrimônio cultural, serão compatibilizados com as diretrizes do planejamento do desenvolvimento regional.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 16/06/04, publicada no DO de 17/06/04, a qual entra em vigor um ano após sua publicação.

Parecer 12810Ementa: Licença ambiental. Possibilidade e hipóteses de revisão. Resolução CONAMA nº 237/97 e Lei nº 6.938/81. Parcelamento do solo urbano. Lei nº 6.766/79. Restrições. Obrigatoriedade de Estudo de Impacto Ambiental - art. 225 da Constituição Federal. Indícios de falta de participação de Equipe Multi-disciplinar a serem apurados. Restrições vigentes à época da licença de instalação, e não observadas, poderão ser a qualquer tempo exigidas, uma vez comprovado, por estudo técnico, o enquadramento da área loteada em hipótese de restrição le-gal ao parcelamento do solo e avaliadas as possibilidades de, passado o tempo, efe-tivar a preservação e proteção ao meio ambiente. Lei posterior à licença concedida e que venha a impor restrições ao direito de propriedade em prol da proteção am-biental poderá ser aplicada. Neste caso, se a alteração for efetuada na vigência da licença, deve-se observar o art. 19 da Resolução nº 237/97, diante da relativa esta-bilidade temporal do ato. Em estando vencida a licença, poderá o órgão ambiental estabelecer condições levando em conta a legislação vigente no ato da renovação. Breve exame das responsabilidades em direito ambiental.

§ 1º - Os demais Municípios deverão elaborar diretrizes gerais de ocupação do território que garantam, através de lei, as funções sociais da cidade e da propriedade, nestas incluídas a vocação ecológica, o meio am-biente e o patrimônio cultural.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 16/06/04, publicada no DO de 17/06/04, a qual entra em vigor um ano após sua publicação.

§ 2º - A ampliação de áreas urbanas ou de expansão urbana deverá ser acompanhada do respectivo zoneamento de usos e regime urbanístico.

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§ 3º - Lei estadual instituirá os critérios e requisitos mínimos para a definição e delimitação de áreas urbanas e de expansão urbana, bem como as diretrizes e normas gerais de parcelamento do solo para fins urbanos.

Parecer 13741Ementa: FUNDURBANO/RS - O Fundo de Investimentos Urbanos instituído por lei estadual, voltado ao financiamento do desenvolvimento urbano, não está com a sua execução bloqueada pelo artigo 35 da Lei Complementar 101 de 2000, quando se trate de ações que não pressuponham a realização de operações finan-ceiras ou de contratos celebrados antes de o diploma nacional entrar em vigor.

§ 4º - Todo parcelamento do solo para fins urbanos deverá estar in-serido em área urbana ou de expansão urbana definida em lei municipal.

§ 5º - Os Municípios assegurarão a participação das entidades co-munitárias legalmente constituídas na definição do plano diretor e das di-retrizes gerais de ocupação do território, bem como na elaboração e im-plementação dos planos, programas e projetos que lhe sejam concernentes.

CAPÍTULO VDOS tRanSPORtES

Art. 178 - O Estado estabelecerá política de transporte público intermunicipal de passageiros, para a organização, o planejamento e a exe-cução deste serviço, ressalvada a competência federal.

Parágrafo único - A política de transporte público intermunicipal de passageiros deverá estar compatibilizada com os objetivos das políticas de desenvolvimento estadual, regional e urbano, e visará a:

I - assegurar o acesso da população aos locais de emprego e consu-mo, de educação e saúde, e de lazer e cultura, bem como outros fins eco-nômicos e sociais essenciais;

II - otimizar os serviços, para a melhoria da qualidade de vida da população;

Parecer 14066Ementa: METROPLAN. TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS – SISTEMA ESTADUAL DE TRANSPORTE METROPOLITANO. DE-LEGAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. A utilização de forma alternativa de transporte de passageiros, não obstante atraente pelo custo menor ao transporta-do, nada mais é do que burla à lei. Ademais, termina por acarretar sérios riscos aos

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transportados, já que modalidade de transporte alienígena ao regime de transpor-te público metropolitano de passageiros. Estando fora do regime de delegação do serviço público, ou seja, não se sujeitando a todos os procedimentos administrati-vos que o envolvem, desde a licitação até a fixação da tarifa e a fiscalização do ser-viço, não há como se deferir o pedido da Associação de Transportes Comunitá-rios Alternativos de Santa Rita. Possibilidade, no entanto, de que a requerente ve-nha a ajustar-se aos ditames da Lei Estadual nº 11.127/98 e do Decreto Estadual nº 39.185/98, atendendo os requisitos ali previstos, quando, então, poderá ter seu pedido reapreciado.Parecer 13957Ementa: METROPLAN. TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS – SISTEMA ESTADUAL DE TRANSPORTE METROPOLITANO. DELE-GAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. COOPERATIVA. A utilização de forma alternativa de transporte de passageiros, não obstante atraente pelo custo menor ao transportado, nada mais é do que burla à lei. Ademais, termina por acarretar sérios riscos aos transportados, já que modalidade de transporte alienígena ao regime de transporte público metropolitano de passageiros. Estando fora do regime de dele-gação do serviço público, ou seja, não se sujeitando a todos os procedimentos ad-ministrativos que o envolvem, desde a licitação até a fixação da tarifa e a fiscaliza-ção do serviço, não há como se deferir o pedido da COOTERSUL. Possibilidade, no entanto, de que a requerente venha a ajustar-se aos ditames da Lei Estadual nº 11.127/98 e do Decreto Estadual nº 39.185/98, atendendo os requisitos ali previs-tos, quando, então, poderá ter seu pedido reapreciado.

III - minimizar os níveis de interferência no meio ambiente;IV - contribuir para o desenvolvimento e a integração regio-

nal e urbana.Art. 179 - A lei instituirá o sistema estadual de transporte públi-

co intermunicipal de passageiros, que será integrado, além das linhas in-termunicipais, pelas estações rodoviárias e pelas linhas de integração que operam entre um e outro Município da região metropolitana e das aglo-merações urbanas.

Parecer 15019Ementa: CONTRATOS DE CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. NECESSIDADE PREMEN-TE DE REGULARIZAÇÃO, MEDIANTE O CUMPRIMENTO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS INCIDENTES, ESPECIAL-MENTE A REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS PARA OUTORGA DE NOVAS CONCESSÕES, NAQUELAS HIPÓTE-SES EM QUE AS ANTIGAS NÃO MAIS ESTEJAM VÁLIDAS.Parecer 14955Ementa: DAER. METROPLAN. CONCESSÃO DE TRANSPORTE PÚ-BLICO COLETIVO DE PASSAGEIROS. SEÇÃO DE LINHA DE LON-GO CURSO. SISTEMA ESTADUAL DE TRANSPORTE COLETIVO METROPOLITANO DE PASSAGEIROS. EXAME DE COMPETÊN-CIA PARA OUTORGAR A CONCESSÃO E A SEÇÃO. 1. Exame da vi-

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gência de contratos de concessão de longo curso: técnica de aplicação do art. 42 e parágrafos, da Lei Geral de Concessões, conforme precedente nos Pareceres nºs 14.719, 14.734 e 14.750. 2. Cabe à METROPLAN gerenciar o Sistema Estadual de Transporte Metropolitano Coletivo de Passageiros, bem como efetuar os pla-nejamentos e as concessões (assim como as seções), tendo em conta as especifici-dades das linhas metropolitanas e a sua especialização na matéria. Por tudo isso, não é possível ao DAER transferir à METROPLAN o gerenciamento de seções de linhas de longo curso, se referida seção acarretar concorrência com os contra-tos de concessão vigentes.Parecer 14719Ementa: CONCESSÕES DE SERVIÇOS DE ESTAÇÃO RODOVI-ÁRIA. ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DA NORMA DO ARTIGO 42 DA LEI Nº 8.985/95, COM A REDAÇÃO ALTERADA PELA LEI Nº 11.445/2007, O QUAL PREVÊ, EM SEUS PARÁGRAFOS 2º E 3º, QUE AS CONCESSÕES EM CARÁTER PRECÁRIO, AS QUE ESTI-VEREM COM PRAZO VENCIDO E AS QUE ESTIVEREM EM VI-GOR POR PRAZO INDETERMINADO PERMANECERÃO VÁLI-DAS PELO PRAZO NECESSÁRIO À REALIZAÇÃO DOS LEVAN-TAMENTOS E AVALIAÇÕES INDISPENSÁVEIS À ORGANIZAÇÃO DAS LICITAÇÕES QUE PRECEDERÃO A OUTORGA DAS CON-CESSÕES QUE AS SUBSTITUIRÃO, PRAZO ESSE QUE NÃO SERÁ INFERIOR A 24 MESES E NÃO PODERÁ SER ESTENDIDO ALÉM DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010, QUANDO TAIS CONCESSÕES PERDERÃO SUA VALIDADE. VERIFICAÇÃO DO SUPORTE FÁTI-CO DAS NORMAS EM QUESTÃO E SUA EFETIVA CONCREÇÃO NOS CASOS CONCRETOS SOB EXAME.Parecer 14652Ementa: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. EXPLORAÇÃO DE ES-TAÇÃO RODOVIÁRIA. I. CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. INEXISTÊNCIA DE LICITAÇÃO. NULIDADE. II. PERMISSÃO DE USO DE BEM PÚBLICO. OUTORGA DIRETA. INVIABILIDADE. III. INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE CONTROLE DE LEGALI-DADE SUGERIDO.Parecer 9810Ementa: CONCESSÃO OU PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE COLETIVO RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL. IM-PRESCINDIBILIDADE DE LICITAÇÃO. LEI Nº 3.080/56. ART. 175, CF LEI Nº 8.666 DE 1993. DERROGAÇÃO DAS NORMAS ANTERIORES QUE IMPORTEM EM DISPENSA DE LICITAÇÃO.Pareceres 14750, 14734 e 10109

Parágrafo único - A lei de que trata este artigo disporá obrigato-riamente sobre:

I - o regime das empresas concessionárias ou permissionárias dos serviços de transporte, o caráter especial de seus contratos e de sua prorro-gação, bem como sobre as condições de caducidade, fiscalização e rescisão

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constituição do estado do rio grande do sul

de concessão ou permissão;

Parecer 13040Ementa: LICITAÇÃO PARA CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. POSSIBILIDADE DE TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO CONFOR-ME O ART. 27 DA LEI FEDERAL Nº 8.987/95.Parecer 11025Ementa: TRANSPORTE INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS. CON-CESSAO. TRANSPLANTES E MODIFICACOES DE LINHAS. ALTERA-BILIDADE. TRANSFERENCIA DE CONCESSAO E SUBCONCESSAO. LICITACAO. ParecerES 9.810 E 10.606, PGE.Parecer 10605Ementa: CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. ALTERABILIDADE DA CLÁUSULA DE SERVIÇO E A PRESCRIÇÃO DA RECLAMAÇÃO E DA AÇÃO JUDICIAL. VIABILIDADE DA REVISÃO DE ATO QUE ALTE-RA CLÁUSULA DE SERVIÇO COM OMISSÃO DE RESTRIÇÕES QUE NÃO FORAM APRECIADAS OPORTUNAMENTE. O PODER-DE- VER DA ADMINISTRAÇÃO DE REVISAR SEUS ATOS, INOBSTANTE O DECURSO DO TEMPO, QUANDO O DEFEITO DO ATO E DE NATU-REZA FORMAL E NÃO GERA DIREITO ADQUIRIDO.

II - o direito dos usuários;III - as diretrizes para a política tarifária;IV - os níveis mínimos qualitativos e quantitativos dos serviços

prestados;V - as competências específicas e a forma de gestão dos órgãos de

gerenciamento do sistema;VI - os instrumentos de implementação e as formas de partici-

pação comunitária.

CAPÍTULO VIDa POLítIca agRícOLa E FUnDIÁRIa

Art. 180 - O Estado, com vista à promoção da justiça social, cola-borará na execução do plano nacional de reforma agrária e promoverá a distribuição da propriedade rural em seu território.

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Parecer 13380Ementa: “BEM PÚBLICO. Alienação. O Estado do Rio Grande do Sul pode alie-nar bens imóveis rurais de sua propriedade ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, recebendo a contraprestação em títulos da dívida agrária. Neces-sidade de justificação administrativa, avaliação dos imóveis e prévia autorização le-gislativa. Inteligência do art. 17, caput e inciso I, da Lei nº 8.666/93, e do art. 52, XXVII, da Constituição Estadual de 1989. Restrições quando se tratar de imóvel rural adquirido por desapropriação. Considerações.”Parecer 8799Ementa: A CONCESSÃO DE TERRAS PÚBLICAS ESTADUAIS, INTE-GRADA NA POLÍTICA AGRÁRIA (INCLUSIVE REFORMA AGRÁ-RIA), SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CONSTITUIÇÃO ES-TADUAL, LEIS E DECRETOS FEDERAIS E ESTADUAIS, INTERPRE-TAÇÃO SISTEMÁTICA. INSTRUÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRA-TIVO DA CONCESSÃO. PRESSUPOSTOS RELACIONADOS COM OS SUJEITOS A ELA HABILITADOS, COM OBJETO E OS VALORES DA MESMA. LIMITES MÍNIMOS E MÁXIMOS. POSSIBILIDADE DE SE ESTIPULAR CONDIÇÃO RESOLUTIVA. COMPETÊNCIA PARA A CONCESSÃO.

Parágrafo único - Em cumprimento ao disposto neste artigo, o Estado intervirá na forma de utilização da terra e dos recursos hídricos para assegurar-lhes o uso racional, e para prevenir e corrigir seu uso anti--social e eliminar as distorções do regime de latifúndio.

Art. 181 - Na consecução dos objetivos previstos no artigo ante-rior, o Estado facilitará o acesso do homem à terra, através de tributação especial e por meio de planos de colonização, de assentamento e reassen-tamento, de reaglutinações fundiárias, de aldeamento de camponeses ou instalação de granjas cooperativas, observada a legislação federal, utilizan-do, para tal fim, as terras:

Parecer 14490Ementa: Desapropriação. Decreto expropriatório. Caducidade. Prazo: cinco anos, figurando como termo inicial a data da expedição do decreto expropriatório e como termo final: (a) em caso de desapropriação judicial, o ajuizamento da ação, com a promoção da citação válida do réu, conforme entendimento firmado na doutrina e na jurisprudência; (b) em caso de desapropriação amigável, a “efetiva-ção” da desapropriação, ou seja, sua concretização, que somente se dá com o paga-mento do preço e a lavratura da escritura de compra e venda.Parecer 14332Ementa: Reforma agrária na esfera estadual Emolumentos. Despesas proces-suaisParecer 14322Ementa: REFORMA AGRÁRIA. AQUISIÇÃO CONJUNTA, PELO ESTA-DO DO RIO GRANDE DO SUL E PELO INSTITUTO NACIONAL DE

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constituição do estado do rio grande do sul

COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA, DE ÁREA RURAL, DENO-MINADA FAZENDA SANTA RITA. AQUISIÇÃO MEDIANTE PARTI-CIPAÇÃO EM LICITAÇÃO REALIZADA NO PROCESSO DE LIQUI-DAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL. UTILI-ZAÇÃO, PARA FINS DE AVALIAÇÃO DO BEM, DOS CRITÉRIOS ES-TABELECIDOS NAS NORMAS AGRÁRIAS ESPECÍFICAS, NOMEA-DAMENTE LEI Nº 8.629/93 E DECRETO Nº 433/92.Parecer 14238Ementa: CONCESSÃO DE USO. ASSENTAMENTO FUNDIÁRIO. CONTRATO. ILEGALIDADE. DESCONSTITUIÇÃO. Não pode pessoa jurídica de direito público interno de natureza política outorgar o uso de bem de autarquia à revelia de sua formal aquiescência. Usurpação pelo Estado de imóvel do Instituto Riograndense do Arroz – IRGA, a reclamar imediata regularização.Parecer 13135“FUNTERRA/RS. LEI ESTADUAL Nº 7.916/84. DESAPROPRIAÇÕES. INDENIZAÇÕES. LIMITES. 1. Possibilidade da utilização de recursos do Fundo de Terras do Rio Grande do Sul no pagamento de indenizações decorren-tes de desapropriações de imóveis rurais, por interesse social, nos termos do art. 5º, XXIV, da CF/88, e do art. 2º, III, da Lei nº 4.132/62. 2. Os recursos do fundo poderão ser utilizados para o pagamento de indenizações a pequenos proprietá-rios rurais, nos termos do art. 3º, “b”, da Lei Estadual nº 7.916/84, e do art. 32, do ADCT, da Carta Estadual. Inaplicabilidade, nos casos de indenização, do limite estabelecido pelo art. 7º, “caput”, da Lei Estadual nº 7.916/84. 3. A norma do art. 4º, II, “a”, da Lei nº 8.629/93, deve ser utilizada para a definição de pequeno pro-prietário rural ou pequeno agricultor, valendo, também, como limite máximo ao pagamento de qualquer indenização fundada ou no art. 32, do ADCT, da CE/89, ou no art. 3º, “b”, da Lei Estadual nº 7.916/84.”Parecer 12776Ementa: “EDITAL. Cadastramento de imóveis rurais para futuras aquisições com recursos do FUNTERRA/RS. Similitude com o modelo previsto pelo Decreto nº 433/92. Inteligência do disposto nos arts. 22, § 1º, e 114 da Lei nº 8.666/93, em exe-gese harmonizada com o princípio da instrumentalidade das formas. Possibilidade, desde que o cadastro seja aplicado com restrições.”Parecer 8998Ementa: SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO. FUNTERRA - FUNDO DE TERRAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. COMPETÊNCIA. ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO PERTINEN-TE. PROGRAMAS DE ASSENTAMENTO, REASSENTAMENTO E IN-TEGRAÇÃO-PARCERIA NO RS. INSTRUMENTOS JURÍDICOS ADE-QUADOS.

I - devolutas do Estado;

Parecer 11745Ementa: TERRAS PÚBLICAS E DEVOLU TAS. DANDO-LHES A CONSTI TUIÇÃO DE 1988 DESTINAÇÃO CERTA, TAL A SUA

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COMPATI BILIZAÇÃO COM A POLÍTICA AGRÍCOLA E REFOR-MA AGRÁ RIA, ADEMAIS DO § 3º DO ART. 191, CF, QUE EXPRES-SAMENTE VEDA A AQUISIÇÃO, POR USU CAPIÃO, DOS IMÓ-VEIS PÚBLI COS, A USUCAPIÃO ESPECIAL INSTITUÍDA PELA LEI Nº 6.969, DE 1981 DEVE SER ENTENDIDA POR DERROGADA QUANTO A USUCAPIÃO DE TERRAS DEVO LUTAS EM GERAL. ESTANDO A LEGISLAÇÃO ESTADUAL PLE NAMENTE COMPA-TÍVEL COM OS OBJETIVOS PROPUGNADOS PELA NOVA OR-DEM, PREVA LECEM OS SEUS PROCEDI MENTOS ENQUAN-TO SUSCETÍ VEIS DE ALCANÇAR O PRO POSTO NOS ARTIGOS 187 E 188, CF, E 180 E 181, CE. ORIENTA ÇÃO AO ÓRGÃO ESTA-DUAL IN CUMBIDO DE LEGALIZAR, CONTROLAR E DISCRI-MINAR AS TERRAS DEVOLUTAS E PA TRIMONIAIS DO ESTA-DO, BEM COMO AQUELAS ADQUIRIDAS A QUALQUER TÍTU-LO, PARA A IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE ASSENTAMEN-TOS, REAS SENTAMENTOS OU INTEGRA ÇÃO PARCELÁRIA DE AGRI CULTORES NO ESTADO.

II - havidas por compra-e-venda;III - de propriedade do Estado sem destinação legal específica;IV - havidas através de reversão de posse, quando indevidamente

ocupadas ou exploradas por terceiros a qualquer título.§ 1º - As terras referidas neste artigo, ou parte delas, quando não-

-apropriadas ao uso agrícola, serão destinadas à instalação de parques de preservação.

§ 2º - A concessão de uso e o título definitivo, este conferido após dez anos de permanência ininterrupta no trabalho da terra, serão outorga-dos ao homem, à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, ou aos legítimos sucessores ocupantes da terra, bem assim a mais de uma pessoa ou grupos organizados.

Parecer 8265Parecer 9508Ementa: CONCESSÃO DE USO. Constituição Federal arts. 188 e 189. Cons-tituição Estadual art. 181, parágrafo 2º. Direito real resolúvel a ser utilizado em programas de política agrária para assentamento definitivo. Necessidade de sua regulamentação.

Art. 182 - O Estado priorizará as formas cooperativas e associati-vas de assentamento.

Parecer 12210

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constituição do estado do rio grande do sul

Ementa: Condomínio Rural ou Associação de Prestação de Serviços e As-sistência Técnica – APSAT. Natureza de sua personificação jurídica. Formas mais adequadas aos seus objetivos. Associação, sociedade civil, sociedade co-operativa e sociedade comercial. Sociedade civil sem fins lucrativos.

§ 1º - São condições para ser assentado, dentre outras previstas em lei:I - vir o beneficiário a residir na terra;II - ser a exploração da terra direta, pessoal, familiar ou em associações;III - ser a terra intransferível, salvo por sucessão, e indivisível;IV - serem mantidas reservas florestais e observadas as restrições de

uso do solo previstas em lei.§ 2º - Caso o ocupante não atenda a qualquer das condições esta-

belecidas, a posse retornará ao Estado.§ 3º - Os assentamentos serão realizados, preferencialmente, no

Município, região ou microrregião de origem dos agricultores.§ 4º - Ao Estado é facultado instalar, organizar, orientar e adminis-

trar fazendas coletivas.Art. 183 - As instituições financeiras do Estado destinarão, no mí-

nimo, cinco por cento do valor de suas operações creditícias para financiar a aquisição de terra própria, na forma da lei, por pequenos agricultores.*

*Regulamentado pela Lei nº 10.820, de 17/07/96, alterada pela Lei nº 10.984/97.

Art. 184 - Nos limites de sua competência, o Estado definirá sua política agrícola, em harmonia com o plano estadual de desenvolvimento.

Parecer 12776Ementa: “EDITAL. Cadastramento de imóveis rurais para futuras aquisições com recursos do FUNTERRA/RS. Similitude com o modelo previsto pelo Decreto nº 433/92. Inteligência do disposto nos arts. 22, § 1º, e 114 da Lei nº 8.666/93, em exegese harmonizada com o princípio da instrumentalidade das formas. Possibili-dade, desde que o cadastro seja aplicado com restrições.”

§ 1º - São objetivos da política agrícola:I - o desenvolvimento da propriedade em todas as suas potenciali-

dades, a partir da vocação e da capacidade de uso do solo, levada em conta a proteção ao meio ambiente;

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Parecer 12596Ementa: AGROTÓXICOS. Uso. Aviação agrícola. Fiscalização. Competên-cia.É do Estado a competência para fiscalizar o uso de agrotóxicos por empresas de aviação agrícola. Lei nº 7802, de 11.07.89. Decreto-lei nº 917, de 07.10.69.

II - a execução de programas de recuperação e conservação do solo, de reflorestamento, de irrigação, de aproveitamento de recursos hídricos e de outros recursos naturais;

III - a diversificação e rotação de culturas;IV - o fomento da produção agropecuária e de alimentos de consu-

mo interno, bem como a organização do abastecimento alimentar;

Parecer 15286Ementa: CEASA - PRÓPRIO MUNICIPAL DE QUE É PROMISSÁRIO ADQUIRENTE - RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DO IPTU - CONFUSÃO COMO CAUSA IMPEDITIVA DO PRÓPRIO NAS-CIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA - SERVIÇO PÚBLICO E ATIVIDADE ECONÔMICA - Inexiste crédito referente a IPTU no que tan-ge a imóvel cuja titularidade seja do Município pretendente à percepção da exa-ção. Inteligência dos artigos 32 e 156 do Código Tributário Nacional, 531, 533 e 1.049, do Código Civil de 1916, 381 e 1.245, caput e § 1º, do Código Civil de 2002. Quando a empresa estatal desempenhe atividade eminentemente pública - como o é a de abastecimento, nominada expressamente no inciso VIII do artigo 23 da Constituição Federal -, descabe sujeitá-la ao regime tributário das empre-sas privadas. Inteligência dos artigos 150, VI, “a”, e § 2º, e 173, § 1º, II, e § 2º, da Constituição Federal.Parecer 13264 Ementa: A possibilidade de os Municípios legislarem sobre determinadas ma-térias de Direito Econômico há de ser aferida mediante o exame sistemático dos artigos 23, 24, I, e 30, II, da Constituição Federal. Os Municípios detêm compe-tência constitucional para o fomento da produção agropecuária, nos termos do artigo 23, VIII, da Constituição Federal, o que lhes abre a possibilidade de disci-plinarem, legislativamente, o modo como desempenharão tal competência. A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, por seu artigo 42, revogou os §§ 1º a 4º do artigo 59 da Lei 4.320, de 1964, disciplinando totalmente, e de modo mais amplo, a matéria neles contida. O artigo 57 da Lei 8.666, de 1993, continua em vigor e é reforçado pelo comando do artigo 42 da Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000. A princípio, remanesce válida e eficaz a obrigação contra-tada antes de entrar em vigor a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, não importando que sua execução se dê após a entrada desta em vigência, salvo reconstituição de fatos relevantes que justifiquem a sua resolução ou a suspensão de sua eficácia ou ainda sua revisão. A interpretação mais recomendável à Lei de

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constituição do estado do rio grande do sul

Responsabilidade Fiscal, como, aliás, a qualquer lei, há de ser aquela que não te-nha por conseqüência extrair efeitos que a tornem inconstitucional. Inteligência firmada na Informação 27/99 - GAB - Ricardo Camargo que não é contrariada pela posição que ora se adota, mas é, antes, reforçada. A impossibilidade de adim-plir, quando efetivamente se verifique e quando não decorra de culpa do devedor, quando for permanente, determina a extinção da obrigação; quando temporária, mera suspensão da eficácia desta. Devem os pagamentos referentes aos contratos da Administração Pública observar a ordem cronológica estabelecida no artigo 5º da Lei 8.666, de 1993. Programa destinado a subsidiar o produtor que exerça posse sobre terras agricultáveis não tem como destinatário cooperativa de crédito rural, cuja finalidade é a de constituir fundo com o objetivo de financiar os em-preendimentos agropecuários ou extrativos dos respectivos associados. Constata-ção que, contudo, não é suficiente a embasar um juízo de legalidade ou ilegalida-de do ajuste sob exame, dada a ausência de elementos mais incisivos que apon-tem para a sua vinculação a esta ou aquela política pública. Cláusula que admita a revisão das taxas de juros ao alvedrio da instituição financeira e que implique a necessidade de se conceder autorização para a realização de créditos ilimitados é nula por ofensa ao artigo 167, VII, da Constituição Federal e ao artigo 115 do Código Civil Brasileiro.Parecer 8611Ementa: CORLAC. TRANSFERÊNCIA DO USO DE TERRENOS, EDI-FICAÇÕES E EQUIPAMENTOS A COOPERATIVAS DE PRODUTO-RES LOCAIS E ENTIDADES AFINS, BEM COMO A PREFEITURAS MUNICIPAIS. POSTOS EM REGRESSÃO E POSTOS EM EXPANSÃO. PERMISSÃO DE USO. REQUISITOS LEGAIS.RECOMENDAÇÕES PARA A FORMALIZAÇÃO DO INSTRUMENTO. BENS PÚBLICOS - CESSÃO DE USO.

V - o incentivo à agroindústria;VI - o incentivo ao cooperativismo, ao sindicalismo e ao associativismo;

Parecer 12210Ementa: Condomínio Rural ou Associação de Prestação de Serviços e Assistência Técnica – APSAT. Natureza de sua personificação jurídica. Formas mais adequadas aos seus objetivos. Associação, sociedade civil, sociedade cooperativa e sociedade co-mercial. Sociedade civil sem fins lucrativos.

VII - a implantação de cinturões verdes nas periferias urbanas.§ 2º - São instrumentos da política agrícola:I - o ensino, a pesquisa, a extensão e a assistência técnica;

Parecer 8265Ementa: AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM PÚBLICO. CÍRCULO DE

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PAIS E MESTRES DO GINÁSIO AGRÍCOLA SANTA IZABEL, EM SÃO LOURENÇO DO SUL. INSTRUMENTO UNILATERAL FIRMA-DO PELO SR. SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO, EM NOME DO ESTA-DO. NÃO INCIDÊNCIA DO PARÁGRAFO 2 DO ART. 181 DA CONS-TITUIÇÃO DO ESTADO. ATENDIMENTO DE POLÍTICA AGRÍCO-LA DO ESTADO, COMO “INSTRUMENTO”, PRECONIZADO NO ARTIGO 184, PARÁGRAFO 2, INCISO I DA CONSTITUIÇÃO DO ES-TADUAL. CÍRCULO DE PAIS E MESTRES.

II - o crédito e a tributação;III - o seguro agrícola;

Parecer 12798Ementa: Sistema de Seguro Agrícola do Rio Grande do Sul. Lei nº 11.352, de 14.07.99. Natureza privada do contrato de seguro, a afastar a incidência da Lei nº 8.666/93. Prévia inclusão das entidades seguradores no Sistema. Participação des-tas condicionada ao atendimento dos requisitos legais e estabelecidos pelo Con-selho Administrativo do Sistema. Necessidade de adoção de critérios que permi-tam a participação de todas as Seguradoras que atendam o projeto nos parâmetros predefinidos. Inclusão no Sistema que se operacionaliza mediante adesão, por cre-denciamento ou outro método que atenda os princípios da impessoalidade, mora-lidade e publicidade dos atos da Administração Pública.

IV - em caráter supletivo à União:a) a política de preços e de custos de produção, a comercialização, a

armazenagem e os estoques reguladores;b) a classificação de produtos e subprodutos de origem vege-

tal e animal;

V - a eletrificação e a telefonia rurais.Art. 185 - As ações de política agrícola e de política fundiária se-

rão compatibilizadas.

Parecer 8799Ementa: A CONCESSÃO DE TERRAS PÚBLICAS ESTADUAIS, INTE-GRADA NA POLÍTICA AGRÁRIA (INCLUSIVE REFORMA AGRÁ-RIA), SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CONSTITUIÇÃO ES-TADUAL, LEIS E DECRETOS FEDERAIS E ESTADUAIS, INTERPRE-TAÇÃO SISTEMÁTICA. INSTRUÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRA-TIVO DA CONCESSÃO. PRESSUPOSTOS RELACIONADOS COM OS SUJEITOS A ELA HABILITADOS, COM OBJETO E OS VALORES DA MESMA. LIMITES MÍNIMOS E MÁXIMOS. POSSIBILIDADE DE SE

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constituição do estado do rio grande do sul

ESTIPULAR CONDIÇÃO RESOLUTIVA. COMPETÊNCIA PARA A CONCESSÃO.

§ 1º - No planejamento e execução dessas políticas, que incluem as atividades agroindustriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais, parti-ciparão, nos limites e na forma da lei, os produtores e trabalhadores ru-rais, cooperativas agrícolas, entidades agroindustriais e outras, vinculadas ao transporte, ao armazenamento, à eletrificação e telefonia rurais, e à co-mercialização da produção primária.

§ 2º - O Estado fará estoque de segurança que garanta à população alimentos da cesta básica.

Art. 186 - O Estado manterá serviço de extensão rural, de assistên-cia técnica e de pesquisa e tecnologia agropecuárias, dispensando cuida-dos especiais aos pequenos e médios produtores, bem como a suas asso-ciações e cooperativas.

Art. 187 - O Estado e os Municípios estimularão a criação de cen-trais de compras para abastecimento de microempresas, microprodutores rurais e empresas de pequeno porte, com vista à diminuição do preço final das mercadorias e produtos na venda ao consumidor.

Parágrafo único: Para os efeitos do “caput” e das leis vigentes e sub-sequentes, os produtores rurais da Agricultura Familiar poderão participar de licitações públicas para comercialização de seus produtos com a inscri-ção estadual de produtor rural. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 63, de 22/12/11)

Art. 188 - O Fundo de Terras - FUNTERRA/RS - é instrumento do Estado para prover recursos para os assentamentos agrários e a conces-são de crédito fundiário.

Pareceres 12776 - 8998Parágrafo único - Os recursos referidos no caput serão destinados com base no cadastro geral dos trabalhadores sem terra do Rio Grande do Sul, que será cria-do e regulado em lei.

TÍTULO VIIDa SEgURança SOcIaL

CAPÍTULO IDISPOSIçõES gERaIS

Art. 189 - A Segurança Social, pela qual o Estado é responsável, tem como base o primado do trabalho e por objetivo o bem-estar e a jus-

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tiça social.Art. 190 - A Segurança Social é garantida por um conjunto de

ações do Estado, dos Municípios e da sociedade, destinadas a tornar efe-tivos os direitos ao trabalho, à educação, à alimentação, à cultura, ao des-porto, ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência social, assegurados ao indivíduo pela Constituição Federal, guardadas as peculiaridades locais.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 08/07/05.

§ 1º - Será estimulada e valorizada a participação da população, através de organizações representativas, na integração e controle da exe-cução das ações mencionadas neste artigo.

§ 2º - Os projetos de cunho comunitário terão preferência nos fi-nanciamentos públicos e nos incentivos fiscais, além de outros.

Art. 191 - O Estado prestará assistência social, visando, entre ou-tros, aos seguintes objetivos:

I - proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;*

*Vide Lei Federal nº 10.741, de 01/10/2003*Vide Lei Federal nº 8.069, de 13/07/1990 II - amparo aos carentes e desassistidos;III - promoção da integração no mercado de trabalho;IV - habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência

e promoção de sua integração na vida social e comunitária.Art. 192 - A lei definirá a participação do Estado nos programas

federais relativos a emprego, segurança e acidentes do trabalho, reabilita-ção profissional, integração de deficientes no mercado de trabalho e ou-tros que assegurem o exercício dos direitos laborais previstos pela Cons-tituição Federal.*

*Vide Lei Estadual nº 10.228, de 06/07/1994

Art. 193 - O órgão colegiado estadual encarregado da política de entorpecentes, com estrutura, composição e dotação orçamentária defini-das em lei, terá a atribuição primordial de formular as diretrizes dessa po-lítica no âmbito do Estado, objetivando a educação preventiva contra o uso de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física

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ou psíquica, e a assistência e recuperação dos dependentes.***Vide Lei Federal nº 6.368, de 21/10/1976

Art. 194 - O Estado garantirá delegacias especializadas e albergues para as mulheres vítimas de violência e prestará apoio às entidades parti-culares que desenvolvam ações sociais de atendimento à mulher.*

*Vide Lei nº 9.116, de 20/07/90. *Vide Lei Federal nº 11.340, de 07/08/2006

Art. 195 - O Estado implementará política especial de proteção e atendimento aos deficientes, visando a integrá-los socialmente.*

*Vide: Lei Estadual nº 10.228, de 06/07/1994 *Vide Lei Federal nº 10.845, de 05/03/2004 *Vide Lei Federal nº 7.853, de 24/10/1989, regulamentada pelo Decreto nº

3.298, de 20/12/1999 *Vide Lei Federal nº 10.426, de 14/04/2002, regulamentada pelo Decreto nº

5.626, de 22/12/2005 *Vide Lei Federal nº 10.216, de 06/04/2001

§ 1º - A lei disporá sobre a garantia de crédito especial, por instituições financeiras estaduais, às pessoas portadoras de deficiência e às entidades que trabalhem na promoção de deficientes.*

*Regulamentado pela Lei nº 9.429, de 21/11/91. § 2º - Os logradouros e edifícios públicos serão adaptados para per-

mitir o livre acesso aos deficientes físicos.

CAPÍTULO IIDa EDUcaçãO, Da cULtURa, DO DESPORtO, Da cIêncIa E

tEcnOLOgIa, Da cOMUnIcaçãO SOcIaL E DO tURISMOSeçãO I

Da EDUcaçãO

Art. 196 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da fa-mília, baseada na justiça social, na democracia e no respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e aos valores culturais, visa ao desenvolvi-mento do educando como pessoa e à sua qualificação para o trabalho e o

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exercício da cidadania.

Parecer 9798Ementa: MUNICÍPIO DE REDENTORA. Admissão de professores para suprir obrigação acordada, por prazo certo, com o Estado. Possibilidade de subsunção na hi-pótese do art. 37, IX da Constituição Federal, mediante autorização legal. A convoca-ção de professores municipais para trabalhar em regime de tempo integral subordina-se as disposições da lei local.

Art. 197 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:**Vide art. 206, inciso VIII, da CF, com redação pela EC nº 53/2006.

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensa-

mento, a arte e o saber;III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência

de instituições públicas e privadas de ensino;IV - gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais;V - valorização dos profissionais do ensino;VI - gestão democrática do ensino público;* *Vide Lei nº 10.576, de 14/11/95.

Parecer 11625Ementa: Municipalização de estabelecimentos estaduais de ensino. Diretor eleito para o período de 1995 a 1997. Direito de exercer e manter o mandato.

VII - garantia de padrão de qualidade.Art. 198 - O Estado complementará o ensino público com progra-

mas permanentes e gratuitos de material didático, transporte, alimentação, assistência à saúde e de atividades culturais e esportivas.

§ 1º - Os programas de que trata este artigo serão mantidos, nas escolas, com recursos financeiros específicos que não os destina-dos à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, e serão desenvol-vidos com recursos humanos dos respectivos órgãos da administração pública estadual.

§ 2º - O Estado, através de órgão competente, implantará progra-

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constituição do estado do rio grande do sul

mas específicos de manutenção das casas de estudantes autônomas que não possuam vínculo orgânico com alguma instituição.

Art. 199 - É dever do Estado:I - garantir o ensino fundamental, público, obrigatório e gratuito,

inclusive para os que não tiveram acesso a ele na idade própria;II - promover a progressiva extensão da obrigatoriedade e gratui-

dade ao ensino médio;III - manter, obrigatoriamente, em cada Município, respeitadas

suas necessidades e peculiaridades, número mínimo de:a) creches;

Parecer 8490Ementa:A CRIANÇA DE ZERO A SEIS ANOS, COMO SUJEITO DO DI-REITO A CRECHE. OBRA-SERVIÇO COMO OBJETO DE PLANEJA-MENTO. IMPLICAÇÕES, DESSA FORMA DE ATIVIDADE ESTATAL, NA DISTRIBUIÇÃO CONSTITUCIONAL DAS COMPETÊNCIAS PÚ-BLICAS. POSSÍVEL CONFLITO ENTRE REGRAS JURÍDICAS FEDE-RAIS E ESTADUAIS, A RESPEITO. PREVALÊNCIA DAS ESTADUAIS.

b) escolas de ensino fundamental completo, com atendimento ao pré-escolar;

c) escolas de ensino médio;

IV - oferecer ensino noturno regular adequado às condições do educando;

V - manter cursos profissionalizantes, abertos à comunidade em geral;VI - prover meios para que, progressivamente, seja oferecido horá-

rio integral aos alunos do ensino fundamental; (Redação dada pela Emen-da Constitucional n.º 62, de 22/12/11)

VII - proporcionar atendimento educacional aos portadores de de-ficiência e aos superdotados;

Parecer 8417Ementa: MAGISTÉRIO. GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO EM ES-COLA OU CLASSE DE ALUNOS EXCEPCIONAIS. ESPECIAL.Parecer 10351Ementa: Magistério. Recurso Administrativo. Escola de atendimento educacio-

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

nal do deficiente. Percepção da gratificação correspondente pelo membro do ma-gistério (Lei nº 6.672, artigo 70, I, “d”). Regência, em substituição, de classe unidocente do currículo por atividades. So-licitação da gratificação correspondente (unidocencia). Ausência de habilitação condi-zente com a Lei nº 8747/88 (Lei nº 6672/74, artigo 70, I, “h”). Conselho Estadual de Educação: competência (art. 207, Constituição do Estado)Parecer 10837Ementa: Magistério. Gratificação texto constitucional estadual e no ordenamento jurídico infraconstitucional. pelo exercício em escola ou classe de alunos excepcio-nais. Art. 3. e do Decreto nº 33.331/89. O exame dos títulos apresentados como de habilitação deve considerar a amplitude da expressão “ aluno excepcional” conti-da no texto constitucional estadual e no ordenamento jurídico infraconstitucional.Parecer 11119Ementa: MAGISTÉRIO. GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO EM ES-COLA OU CLASSE DE ALUNOS EXCEPCIONAIS. Artigo 70, I, “d”, da Lei nº 6.672/74.

VIII - incentivar a publicação de obras e pesquisas no campo da educação.

IX - prover meios para a oferta de cursos regulares no ensino supe-rior público. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 64, de 18/04/12)

Art. 200 - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito pú-blico subjetivo.

§ 1º - O não-oferecimento do ensino obrigatório e gratuito ou a sua oferta irregular, pelo Poder Público, importam responsabilidade da au-toridade competente.

§ 2º - Compete ao Estado, articulado com os Municípios, recense-ar os educandos para o ensino fundamental, fazendo-lhes a chamada anu-almente.

§ 3º - Transcorridos dez dias úteis do pedido de vaga, incorrerá em responsabilidade administrativa a autoridade estadual ou municipal com-petente que não garantir, ao interessado devidamente habilitado, o acesso à escola fundamental.

§ 4º - A comprovação do cumprimento do dever de freqüência obrigatória dos alunos do ensino fundamental será feita por meio de ins-trumento apropriado, regulado em lei.

Art. 201 - Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópi-cas, definidas em lei, que:

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constituição do estado do rio grande do sul

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comu-nitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de en-cerramento de suas atividades.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsa integral de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem comprovadamente insuficiência de recur-sos, quando houver falta de vagas ou cursos regulares na rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.

§ 2º - A lei disciplinará os critérios e a forma de concessão dos re-cursos e de fiscalização, pela comunidade, das entidades mencionadas no caput a fim de verificar o cumprimento dos requisitos dos incisos I e II.

§ 3º - O Estado aplicará 0,5% (meio por cento) da receita líquida de impostos próprios na manutenção e desenvolvimento do ensino supe-rior público e, através de crédito educativo e de bolsa de estudos, integral ou parcial, no ensino superior comunitário, cabendo à lei complementar regular a alocação e fiscalização deste recurso.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 66, de 19/12/12. *Regulamentado pela LEC nº 10.713, de 16/01/96.

Art. 202 - O Estado aplicará, no exercício financeiro, no mínimo, trinta e cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a provenien-te de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.*

* Vide art. 212, “caput” da CF.

Parecer 8751Ementa: LEI ORGÂNICA MUNICIPAL. CONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS 136, 174 DA CARTA MUNICIPAL DE PROGRESSO-RS. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, ART. 212.

§ 1º - A parcela de arrecadação de impostos transferida pelo Esta-do aos Municípios não é considerada receita do Estado para efeito do cál-culo previsto neste artigo.

§ 2º - Não menos de dez por cento dos recursos destinados ao en-sino previstos neste artigo serão aplicados na manutenção e conservação

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das escolas públicas estaduais, através de transferências trimestrais de ver-bas às unidades escolares, de forma a criar condições que lhes garantam o funcionamento normal e um padrão mínimo de qualidade.**

**Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo.na ADIn nº 820-0. D.J.U., 27/03/07.

§ 3º - É vedada às escolas públicas a cobrança de taxas ou contri-buições a qualquer título.*

*Vide Lei nº 10.875, de 11/12/96.

Art. 203 - Anualmente, o Governo publicará relatório da execução financeira da despesa em educação, por fonte de recursos, discriminando os gastos mensais.

§ 1º - Será fornecido ao Conselho Estadual de Educação, semestral-mente, relatório da execução financeira da despesa em educação, discrimi-nando os gastos mensais, em especial os aplicados na construção, reforma, manutenção ou conservação das escolas, as fontes e critérios de distribuição dos recursos e os estabelecimentos e instituições beneficiados.

§ 2º - A autoridade competente será responsabilizada pelo não--cumprimento do disposto neste artigo.

Art. 204 - O salário-educação ficará em conta especial de rendi-mentos, administrada diretamente pelo órgão responsável pela educação, e será aplicado de acordo com planos elaborados pela administração do sis-tema de ensino e aprovados pelo Conselho Estadual de Educação.

Art. 205 - O Estado adotará o critério da proporcionalidade na destinação de recursos financeiros ao ensino municipal, levando em con-sideração obrigatoriamente:

I - o percentual orçamentário municipal destinado à educação pré--escolar e ao ensino fundamental;

II - o número de alunos da rede municipal de ensino;III - a política salarial do magistério;IV - a prioridade aos Municípios que possuam menor arreca-

dação tributária.Art. 206 - O sistema estadual de ensino compreende: (Redação

dada pela Emenda Constitucional n.º 64, de 18/04/12)I - as instituições de ensino mantidas pelo Poder Público Estadual;

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constituição do estado do rio grande do sul

(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 64, de 18/04/12)II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Pú-

blico Municipal; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 64, de 18/04/12)

III - as instituições de ensino fundamental e de ensino médio cria-das e mantidas pela iniciativa privada e, quando não existir sistema mu-nicipal de ensino, as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 64, de 18/04/12)

IV - os órgãos de educação estaduais. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 64, de 18/04/12)

§ 1.º O Estado organizará seu sistema de ensino em regime de colaboração com os sistemas municipais e federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 64, de 18/04/12)

§ 2.º Na organização do Sistema Estadual de Ensino, o Estado de-finirá com os municípios formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Cons-titucional n.º 64, de 18/04/12)

Art. 207 - O Conselho Estadual de Educação, órgão consultivo, normativo, fiscalizador e deliberativo do sistema estadual de ensino, terá autonomia administrativa e dotação orçamentária própria, com as demais atribuições, composição e funcionamento regulados por lei.*

*Decreto nº 33.331, de 25.10.89- artigo 3º, parágrafo único

Parecer 13897Ementa: CONSELHOS ESTADUAIS DE CULTURA (CEC/RS) E DE EDUCAÇÃO (CEED/RS) - JETONS DE CONSELHEIROS. A Lei n.º 11.289/98 determina expressamente que os jetons do CEC são calculados na for-ma da Lei n.º 7.369/80 e art. 4.º da Lei n.º 10.718/96. Quanto ao CEED, a Lei n.º 9.672/92, específica e editada nos termos do art. 207 da CE/89, fixou a remu-neração de presença aos Conselheiros em 40% do vencimento inicial do quadro geral do Estado.Parecer 9863Ementa: CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Requisição de ser-vidores da Administração Direta. Artigo 8., parágrafo único, Lei nº 9.672, de 19.06.92. AÇÃO JUDICIAL SOBRE A QUESTÃO.

§ 1º - Na composição do Conselho Estadual de Educação, um ter-ço dos membros será de livre escolha do Governador do Estado, cabendo às entidades da comunidade escolar indicar os demais.**

**Dispositivo suspenso por liminar concedida na ADI nº 854-4. D.J.U.,

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06/10/95. - 13-02-2009- conclusos ao relator

§ 2º - O Conselho Estadual de Educação poderá delegar parte de suas atribuições aos Conselhos Municipais de Educação.

Art. 208 - A lei estabelecerá o plano estadual de educação, de du-ração plurianual, em consonância com o plano nacional de educação, vi-sando à articulação e ao desenvolvimento do ensino nos diversos níveis, e à integração das ações desenvolvidas pelo Poder Público que conduzam à:

I - erradicação do analfabetismo;II - universalização do atendimento escolar;III - melhoria da qualidade de ensino;IV - formação para o trabalho;V - promoção humanística, científica e tecnológica.Art. 209 - O Conselho Estadual de Educação assegurará ao sis-

tema estadual de ensino flexibilidade técnico-pedagógico-administrativa, para o atendimento das peculiaridades socioculturais, econômicas ou ou-tras específicas da comunidade.

§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá dis-ciplina dos horários normais das escolas públicas do ensino fundamental e médio.

§ 2º - Será estimulado o pluralismo de idiomas nas escolas, na me-dida em que atenda a uma demanda significativa de grupos interessados ou de origens étnicas diferentes.*

*Vide art. 210, §2º, da CF

Art. 210 - É assegurado o Plano de Carreira ao Magistério Públi-co Estadual, garantida a valorização da qualificação e da titulação do pro-fissional do magistério, independentemente do nível escolar em que atue, inclusive mediante a fixação de piso salarial.*

*Vide a LEC nº 11.390, de 25/11/99*Vide a Lei Federal nº 11.728, de 16/07/2008

Parágrafo único - Na organização do sistema estadual de ensino, serão considerados profissionais do magistério público estadual os profes-sores e os especialistas de educação.

Art. 211 - O Estado promoverá:

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constituição do estado do rio grande do sul

I - política com vista à formação profissional nas áreas do ensino público estadual em que houver carência de professores;

II - cursos de atualização e aperfeiçoamento ao seus professores e especialistas nas áreas em que estes atuarem, e em que houver necessidade;

III - política especial para formação, em nível médio, de professores das séries iniciais do ensino fundamental.

§ 1º - Para a implementação do disposto nos incisos I e II, o Esta-do poderá celebrar convênios com instituições.

§ 2º - O estágio relacionado com a formação mencionada no inciso III será remunerado, na forma da lei.

Parecer 10181Ementa: CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE NÍVEL MÉ-DIO. ESTÁGIO. REMUNERAÇÃO. Artigo 211, parágrafo 2., da Constitui-ção do Estado. Sugestão de minuta de anteprojeto de lei regulamentar da matéria.

Parecer 10785Ementa: Remuneração de estagiários do curso de magistério em escolas da rede estadual de ensino. Art. 211, § 2º, item III, Const. do Estado de 1989.

Art. 212 - É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se, em todos os estabelecimentos de ensino, através de asso-ciações, grêmios ou outras formas.

Parecer 11016 OJNEmenta: IRREGULARIDADES CONSISTENTES EM IMPROBIDA-DE ADMINISTRATIVA. LESÃO AOS COFRES PÚBLICOS, APLICA-ÇÃO IRREGULAR DE DINHEIRO PÚBLICO OU CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEVEM SER CUMPRIDAMENTE PROVADOS PARA AUTORIZAR A PUNIÇÃO EXPULSÓRIA. VENDA DE ANIMAIS OU BENS “IN NATURA” PERTENCENTES A ESCOLA AGRÍCOLA, SEM LICITAÇÃO CONSTITUI IRREGULARIDADE NÃO AUTORIZATIVA DE DEMISSÃO, MAXIME SE CONSIDERAR O DIS-POSTO NO ART. 219 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR IMPROCEDENTE.

Parágrafo único - Será responsabilizada a autoridade educacional que embaraçar ou impedir a organização ou o funcionamento das entida-des referidas neste artigo.

Art. 213 - As escolas públicas estaduais contarão com conselhos es-colares, constituídos pela direção da escola e representantes dos segmen-

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

tos da comunidade escolar, na forma da lei.* *Vide Lei nº 10.576, de 14/11/95.

§ 1º - Os diretores das escolas públicas estaduais serão escolhi-dos, mediante eleição direta e uninominal, pela comunidade escolar, na forma da lei.**

**Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo na ADI nº 578-2. D.J.U., 18/05/01.

§ 2º - Os estabelecimento públicos de ensino estarão à disposição da comunidade, através de programações organizadas em comum.

Art. 214 - O Poder Público garantirá educação especial aos defi-cientes, em qualquer idade, bem como aos superdotados, nas modalidades que se lhes adequarem.Parecer 8700

Ementa: CRIANÇA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA. ADEQUAÇÃO LEGAL DE ATO NORMATIVO QUE PERMITE SUA PRESENÇA JUN-TO A OUTRAS CRIANÇAS INTERNADAS OU FREQÜENTADORAS DE BERÇÁRIOS, CRECHES, ESCOLAS MATERNAIS E JARDINS DE INFÂNCIA, NO ESTADO. DIREITOS DE PERSONALIDADE DOS MENORES CIDADÃOS E DEVERES PÚBLICOS CORRESPONDEN-TES. SUGESTÃO DE REDAÇÃO DE PORTARIA, A RESPEITO, SUJEI-TA A NOVA DISCUSSÃO E POSSÍVEL MODIFICAÇÃO.

§ 1º - É assegurada a implementação de programas governamentais para a formação, qualificação e ocupação dos deficientes e superdotados.

§ 2º - O Poder Público poderá complementar o atendimento aos deficientes e aos superdotados, através de convênios com entidades que preencham os requisitos do art. 213 da Constituição Federal.

§ 3º - O órgão encarregado do atendimento ao excepcional regulará e organizará o trabalho das oficinas protegidas para pessoas portadoras de defici-ência, enquanto estas não estiverem integradas no mercado de trabalho.

Art. 215 - O Poder Público garantirá, com recursos específicos que não os destinados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, o aten-dimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos.*

*Vide artigos 7º, XXV e 208, IV, da CF, com redação pela EC nº 53/2006.*Vide Lei Federal nº 11.274, de 06/02/2006

Parecer 12860

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constituição do estado do rio grande do sul

Ementa: IRGA. AUXÍLIO-CRECHE. AUXÍLIO-BABÁ. CF/88, ARTIGOS 7º, INC. XXV, E 208, INC. IV; CE/89, ARTIGOS 43 E 215; LC 10.098/94, ARTIGO 256, § 3º. NORMAS CUJA EFICÁCIA DEPENDE DE LEIS ORDINÁRIAS NÃO DÃO ENSEJO À CONCESSÃO DE BENEFÍCIO, NEM À SUA CON-VERSÃO EM VANTAGEM PECUNIÁRIA.Parecer 13752Ementa: IRGA. AUXÍLIO-CRECHE. AUXÍLIO-BABÁ. CF/88, ARTIGOS 7º, INC. XXV, E 208, INC. IV; CE/89, ARTIGOS 43 E 215; LC 10.098/94, ARTIGO 256, § 3º. NORMAS CUJA EFICÁCIA DEPENDE DE LEIS OR-DINÁRIAS NÃO DÃO ENSEJO À CONCESSÃO DE BENEFÍCIO, NEM À SUA CONVERSÃO EM VANTA-GEM PECUNIÁRIA.

§ 1º - Nas escolas públicas de ensino fundamental dar-se-á, obriga-toriamente, atendimento ao pré-escolar.

§ 2º - A atividade de implantação, controle e supervisão de creches e pré-escolas fica a cargo dos órgãos responsáveis pela educação e saúde.

Parecer 8490Ementa: A CRIANÇA DE ZERO A SEIS ANOS, COMO SUJEITO DO DIREITO A CRECHE. OBRA-SERVIÇO COMO OBJETO DE PLANEJA-MENTO. IMPLICAÇÕES, DESSA FORMA DE ATIVIDADE ESTATAL, NA DISTRIBUIÇÃO CONSTITUCIONAL DAS COMPETÊNCIA S PÚ-BLICAS. POSSÍVEL CONFLITO ENTRE REGRAS JURÍDICAS FEDE-RAIS E ESTADUAIS, A RESPEITO. PREVALÊNCIA DAS ESTADUAIS.

Art. 216 - Todo estabelecimento escolar a ser criado na zona urba-na deverá ministrar ensino fundamental completo.

§ 1º - As escolas estaduais de ensino fundamental incompleto, na zona urbana, serão progressivamente transformadas em escolas funda-mentais completas.

§ 2º - Na área rural, para cada grupo de escolas de ensino fun-damental incompleto, haverá uma escola central de ensino fundamental completo que assegure o número de vagas suficiente para absorver os alu-nos da área.

§ 3º - O Estado, em cooperação com os Municípios, desenvolverá programas de transporte escolar que assegurem os recursos financeiros in-dispensáveis para garantir o acesso de todos os alunos à escola.*

*Regulamentado pela Lei nº 9.161, de 06/12/90. Parecer 12991 Ementa: A oferta do ensino não se confunde com a oferta do transporte escolar, e esta, no Estado do Rio Grande do Sul, encontra sua disciplina no artigo 216, § 3º, da Constituição Estadual e na Lei 9.161, de 1990, que não são agressivas nem

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à Constituição Federal, artigo 208, VII, nem à Lei Federal 9.394, de 1996. O ar-tigo 62 da Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000 não se dirige às compe-tências que o Município tenha de exercer em conjunto com outros entes, mas sim às que ele exerça fora do seu ordinário âmbito competencial, e, ademais, onde ele realmente incide, não veda tal exercício, apenas lhe impõe condições.

§ 4º - Compete a Conselhos Municipais de Educação indicar as es-colas centrais previstas no § 2º.

Art. 217 - O Estado elaborará política para o ensino fundamental e médio de orientação e formação profissional, visando a:*

*Vide Lei Federal nº 11.788, de 25/09/2008

I - preparar recursos humanos para atuarem nos setores da econo-mia primária, secundária e terciária;

II - atender às peculiaridades da formação profissional, diferenciadamente;III - auxiliar na preservação do meio ambiente;IV - auxiliar, através do ensino agrícola, na implantação da refor-

ma agrária.Art. 218 - O Estado manterá um sistema de bibliotecas escolares

na rede pública estadual e exigirá a existência de bibliotecas na rede esco-lar privada, cabendo-lhe fiscalizá-las.

Art. 219 - As escolas públicas estaduais poderão prever atividades de geração de renda como resultante da natureza do ensino que minis-tram, na forma da lei.*

*Regulamentado pela Lei nº 10.310, de 07/12/94. Parágrafo único - Os recursos gerados pelas atividades previstas

neste artigo serão aplicados na própria escola, em benefício da educação de seus alunos.

SeçãO IIDa cULtURa

Art. 220 - O Estado estimulará a cultura em suas múltiplas manifes-tações, garantindo o pleno e efetivo exercício dos respectivos direitos bem como o acesso a suas fontes em nível nacional e regional, apoiando e incen-tivando a produção, a valorização e a difusão das manifestações culturais.*

*Vide Lei nº 9.117, de 20/07/90.

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Parecer 9507Ementa: TOMBAMENTO: procedimento administrativo vinculado. Constitui-ção Federal de 1988, artigo 216, Constituição do Estado, artigos 220 a 223. De-creto-lei nº 25, de 1937, que organiza a proteção do patrimônio histórico e artísti-co nacional: norma de regência do tombamento no Estado do Rio Grande do Sul. Lei estadual nº 7.231, de 1978, artigo 2º. Exigência legal de 4 (quatro) Livros do Tombo. Momento em que se realiza o tombamento. Conteúdo e ordem dos regis-tros: matéria não contemplada em lei.

Parágrafo único - É dever do Estado proteger e estimular as ma-nifestações culturais dos diferentes grupos étnicos formadores da socieda-de rio-grandense.

Art. 221 - Constituem direitos culturais garantidos pelo Estado:I - a liberdade de criação e expressão artísticas;II - o acesso à educação artística e ao desenvolvimento da criativi-

dade, principalmente nos estabelecimentos de ensino, nas escolas de arte, nos centros culturais e espaços de associações de bairros;

III - o amplo acesso a todas as formas de expressão cultural, das po-pulares às eruditas e das regionais às universais;

IV - o apoio e incentivo à produção, difusão e circulação dos bens culturais;

V - o acesso ao patrimônio cultural do Estado, entendendo-se como tal o patrimônio natural e os bens de natureza material e imaterial porta-dores de referências à identidade, à ação e à memória dos diferentes gru-pos formadores da sociedade rio-grandense, incluindo-se entre esses bens:

a) as formas de expressão;b) os modos de fazer, criar e viver;c) as criações artísticas, científicas e tecnológicas;d) as obras, objetos, monumentos naturais e paisagens, documentos,

edificações e demais espaços públicos e privados destinados às manifesta-ções políticas, artísticas e culturais;

e) os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, ar-tístico, arqueológico, paleontológico, científico e ecológico.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 12/12/03.

Parágrafo único - Cabem à administração pública do Estado a

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gestão da documentação governamental e as providências para franquear--lhe a consulta.

Art. 222 - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, protegerá o patrimônio cultural, por meio de inventários, registros, vigi-lância, tombamentos, desapropriações e outras formas de acautelamento e preservação.

§ 1º - Os proprietários de bens de qualquer natureza tombados pelo Estado receberão incentivos para preservá-los e conservá-los, con-forme definido em lei.

§ 2º - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.

§ 3º - As instituições públicas estaduais ocuparão preferentemente prédios tombados, desde que não haja ofensa a sua preservação.

Art. 223 - O Estado e os Municípios manterão, sob orientação téc-nica do primeiro, cadastro atualizado do patrimônio histórico e do acervo cultural, público e privado.

Parágrafo único - Os planos diretores e as diretrizes gerais de ocu-pação dos territórios municipais disporão, necessariamente, sobre a prote-ção do patrimônio histórico e cultural.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 11/08/04.

Art. 224 - A lei disporá sobre o sistema estadual de museus, que abrangerá as instituições estaduais e municipais, públicas e privadas.

Art. 225 - O Conselho Estadual de Cultura, visando à gestão de-mocrática da política cultural, terá as funções de:

Parecer 10797Ementa: Conselho Estadual de Cultura. Ato de convocação de servidor para par-ticipar de sessão, sem a audiência do Secretário de Estado. Impossibilidade legal do ato de convocação. O ato formal e o convite e sempre com a audiência do Se-cretário de Estado.Parecer 9156Ementa: CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA. CRIAÇÃO, NA FOR-MA DA LEI, COMO ÓRGÃO COLEGIADO DA SECRETARIA DA CULTURA. O REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DISPENSA A FORMA DA LEI. O PROCESSO DE ELEIÇÃO DOS REPRESENTAN-TES DAS ATIVIDADES CULTURAIS E PROCESSO SELETIVO EX-TERNO Á ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AS ENTIDADES CULTU-RAIS SÃO OS ELEITORES.

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constituição do estado do rio grande do sul

I - estabelecer diretrizes e prioridades para o desenvolvimento cultural do Estado;

II - fiscalizar a execução dos projetos culturais e aplicação de recursos;III - emitir Pareceres sobre questões técnico-culturais.Parágrafo único - Na composição do Conselho Estadual de Cul-

tura, um terço dos membros será indicado pelo Governador do Estado, sendo os demais eleitos pelas entidades dos diversos segmentos culturais.*

*Vide Decreto 34.416/92

Art. 226 - As entidades da administração indireta do Estado sujei-tas a tributos federais, quando a lei facultar a destinação de parte destes, a título de incentivo fiscal, às atividades culturais, deverão aplicá-los nas ins-tituições e entidades dos diversos segmentos de produção cultural vincu-ladas ao órgão responsável pela cultura, sob pena de responsabilidade, sem prejuízo da dotação orçamentária à cultura.

Art. 227 - O Estado promoverá, apoiando diretamente ou através das instituições oficiais de desenvolvimento econômico, a consolidação da produção cinematográfica, teatral, fonográfica, literária, musical, de dan-ça e de artes plásticas, bem como outras formas de manifestação cultural, criando condições que viabilizem a continuidade destas no Estado, na for-ma da lei.

Art. 228 - O Estado colaborará com as ações culturais dos Municí-pios, devendo aplicar recursos para atender e incentivar a produção local e para proporcionar o acesso da população à cultura de forma ativa e criati-va, e não apenas como espectadora e consumidora.*

*Vide Lei Federal nº 7.505, de 02/07/1986 *Vide Lei Federal nº 8.313, de 23/12/1991, regulamentada pelo Decreto nº

5.761, de 27/04/2006 *Vide Lei Federal nº 9.790, de 23/03/1999 Art. 229 - O Estado preservará a produção cultural gaúcha em li-

vro, imagem e som, através do depósito legal de tais produções em suas instituições culturais, na forma da lei, resguardados os direitos autorais, conexos e de imagem.

Art. 230 - O Estado e os Municípios propiciarão o acesso às obras de arte, com a exposição destas em locais públicos, e incentivarão a insta-lação e manutenção de bibliotecas nas sedes e Distritos, dedicando ainda atenção especial à aquisição de bens culturais, para garantir-lhes a perma-nência no território estadual.

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Art. 231 - O Estado manterá sistema estadual de bibliotecas, reu-nindo obrigatoriamente as bibliotecas públicas estaduais, sendo facultada a inclusão das públicas municipais que pretendam beneficiar-se do sistema.

SeçãO IIIDO DESPORtO

Art. 232 - É dever do Estado fomentar e amparar o desporto, o la-zer e a recreação, como direito de todos, mediante:

Parecer 11817Ementa: MUNICÍPIO DE NOVO HAMBURGO. AJUDA FINANCEIRA A ENTIDADE RELIGIOSA. Possibilidade, em tese, de ajuda financeira, na for-ma de auxílio, a entidade religiosa, para consecução de objetivos de interesse pú-blico, porém irrelevante face aos aspectos do caso concreto. Impossibilidade jurídi-ca de converter-se em lei eficaz, ilegalidade e inconstitucionalidade do Projeto de Lei nº 138/12L/97, por não possuir personalidade jurídica a entidade beneficiária, por inadequação à Lei nº 4.320/64, por lesivo ao patrimônio público e por ofen-sa aos princípios da moralidade e probidade administrativas (CF, art. 37, caput).

I - a promoção prioritária do desporto educacional, em termos de recursos humanos, financeiros e materiais em suas atividades-meio e fim;

II - a dotação de instalações esportivas e recreativas para as institui-ções escolares públicas;

III - o incentivo à pesquisa no campo da educação física, do despor-to, do lazer e da recreação;

IV - a garantia de condições para a prática de educação física, do la-zer e do esporte ao deficiente físico, sensorial e mental.

Parágrafo único - Os estabelecimentos especializados em ativida-des de educação física, esportes e recreação ficam sujeitos a registro, super-visão e orientação normativa do Estado, na forma da lei.

Art. 233 - Compete ao Estado legislar, concorrentemente, sobre a utilização das áreas de recreação e lazer, e sobre a demarcação dos locais destinados ao repouso, à pesca profissional ou amadora, e ao desporto em geral, nas praias de mar, lagoas e rios.

SeçãO IVDa cIêncIa E tEcnOLOgIa

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constituição do estado do rio grande do sul

Art. 234 - Cabe ao Estado, com vista a promover o desenvolvimen-to da ciência e da tecnologia:*

*Vide Lei Federal nº 10.973, de 02/12/2004, regulamentada pelo Decreto nº 5563, de 11/10/2005.

Parecer 13202Ementa: Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada - CEITEC. Apreciação de requisitos à formalização do contrato, cuja licitação foi declarada ine-xigível, nos termos da Informação nº 38/01 da Procuradoria-Geral do Estado e da Informação CAGE/SCGG nº 426/2001 da Contadoria e Auditoria-Geral do Es-tado - CAGE. Exame dos critérios incidentes na contratação de empresa estran-geiraParecer 12568CONTRATO ENVOLVENDO IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE IN-FORMÁTICA E OUTROS SERVIÇOS CORRELATOS. COMPLEXI-DADE DO OBJETO. EXIGÊNCIA DE ADAPTAÇÕES À EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA. PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE VIGÊNCIA. POSI-CIONAMENTO DESFAVORÁVEL DA CAGE. EXISTÊNCIA DE ELE-MENTOS AUTORIZADORES DA PRORROGAÇÃO. HIPÓTESES DE CONTRATAÇÃO DIRETA SUSTENTÁVEIS.Parecer 12571

I - proporcionar a formação e o aperfeiçoamento de recursos hu-manos para a ciência e tecnologia;

II - criar departamento especializado que orientará gratuitamente o encaminhamento de registro de patente de idéias e invenções;

III - incentivar e privilegiar a pesquisa tecnológica voltada ao aper-feiçoamento do uso e controle dos recursos naturais e regionais, com ên-fase ao carvão mineral;

IV - apoiar e estimular as empresas e entidades cooperativas, fun-dacionais ou autárquicas que investirem em pesquisa e desenvolvimento tecnológico e na formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos.

§ 1º - O disposto no inciso IV fica condicionado à garantia, pelas referidas empresas e entidades, de permanência no emprego aos trabalha-dores, com a necessária capacitação destes para o desempenho eventual de novas atribuições.*

* Vide LEC nº 10.098, de 03/02/1994, art. 25, incisos II e III, regulamentado pelo Decreto nº 37.665, de 14/08/1997

§ 2º - O Estado apoiará e estimulará preferentemente as empresas

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e entidades cooperativas, fundacionais ou autárquicas que mantenham in-vestimentos nas áreas definidas pela política estadual de ciência e tecnolo-gia e aquelas que pratiquem sistemas de remuneração assegurando ao em-pregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos re-sultantes da produtividade do seu trabalho.

Art. 235 - A política estadual de ciência e tecnologia será definida por órgão específico, criado por lei, com representação dos segmentos da comunidade científica e da sociedade rio-grandense.*

*Regulamentado pela Lei nº 10.534, de 08/08/95.

Parágrafo único - A política e a pesquisa científica e tecnológica basear-se-ão no respeito à vida, à saúde, à dignidade humana e aos valores culturais do povo, na proteção, controle e recuperação do meio ambiente, e no aproveitamento dos recursos naturais.

Art. 236 - O Estado cobrirá as despesas de investimentos e custeio de seus órgãos envolvidos com pesquisa científica e tecnológica e, além disso, destinará dotação equivalente no mínimo a um e meio por cento de sua receita líquida de impostos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Es-tado do Rio Grande do Sul, para aplicação no fomento ao ensino e à pes-quisa científica e tecnológica.*

Parágrafo único - Lei complementar disciplinará as condições e a periodicidade do repasse, bem como o gerenciamento e o controle demo-cráticos da dotação prevista no caput.*

*Vide LEC nº 9.103, de 08/07/90.

SeçãO VDa cOMUnIcaçãO SOcIaL

Art. 237 - A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qual-quer restrição, observado o disposto na Constituição Federal e nesta.

§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir emba-raço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo, em-presa e assessoria de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV, da Constituição Federal.

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constituição do estado do rio grande do sul

§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideo-lógica ou artística.

§ 3º - A publicação de veículo impresso de comunicação indepen-de de licença de autoridade.

Art. 238 - Os órgãos de comunicação social pertencentes ao Esta-do, às fundações instituídas pelo Poder Público ou a quaisquer entidades sujeitas, direta ou indiretamente, ao controle econômico estatal serão uti-lizados de modo a salvaguardar sua independência perante o Governo Es-tadual e demais Poderes Públicos, e a assegurar a possibilidade de expres-são e confronto de diversas correntes de opinião.***

Parecer 15207Ementa: SÍTIOS OFICIAIS. UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PARA VEICULA-ÇÃO PUBLICITÁRIA DE EMPRESAS PRIVADAS. ANÁLISE DA LEGALI-DADE.

*Regulamentado pela Lei nº 9.726, de 17/09/92, com a eficácia suspensa por liminar concedida na ADI nº 821-8. D.J.U., 07/05/93.

Parágrafo único - Para os efeitos do disposto neste artigo, cada ór-gão de comunicação social do Estado será orientado pelo Conselho de Comunicação Social, composto por representantes da Assembléia Legis-lativa, Universidades, órgãos culturais e de educação do Estado e do Mu-nicípio, bem como da sociedade civil e dos servidores, nos termos dos res-pectivos estatutos.***

Art. 239 - Os partidos políticos e as organizações sindicais, profis-sionais, comunitárias, culturais e ambientais dedicadas à defesa dos direi-tos humanos e à liberdade de expressão e informação social, de âmbito es-tadual, terão direito a espaço periódico e gratuito nos órgãos de comuni-cação social pertencentes ao Estado, de acordo com sua representatividade e critérios a serem definidos em lei.***

**Regulamentado pela Lei nº 9.726, de 17/09/92, com a eficácia suspensa por liminar concedida na ADI nº 821-8. D.J.U., 07/05/93.

Parágrafo único - Os partidos políticos representados na Assem-bléia Legislativa e que não façam parte do Governo terão direito, nos ter-mos da lei: **

I - a ocupar espaços nas publicações pertencentes a entidade públi-ca ou dela dependentes;**

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II - a ratear, de acordo com sua representatividade, a dimensão dos espaços concedidos ao Governo;**

III - a responder, nos mesmos órgãos e no mesmo espaço, às decla-rações políticas do Governo.**

**Dispositivos suspensos por liminar concedida na ADI nº 821-8. D.J.U., 07/05/93.

SeçãO VIDO tURISMO

Art. 240 - O Estado instituirá política estadual de turismo e definirá as diretrizes a observar nas ações públicas e privadas, com vista a promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.*

*Vide Lei Federal nº 11.771, de 17/09/2008

§ 1º - Para o cumprimento do disposto neste artigo, cabe ao Es-tado, através de órgão em nível de secretaria, em ação conjunta com os Municípios, promover:

I - o inventário e a regulamentação do uso, ocupação e fruição dos bens naturais e culturais de interesse turístico;

II - a infra-estrutura básica necessária à prática do turismo, apoian-do e realizando os investimentos na produção, criação e qualificação dos empreendimentos, equipamentos e instalações ou serviços turísticos, atra-vés de linhas de crédito especiais e incentivos;

III - implantação de ações que visem ao permanente controle de qualidade dos bens e serviços turísticos;

IV - medidas específicas para o desenvolvimento dos recursos hu-manos para o setor;

V - elaboração sistemática de pesquisas sobre oferta e demanda tu-rística, com análise dos fatores de oscilação do mercado;

VI - fomento ao intercâmbio permanente com outros Estados da Federação e com o exterior, em especial com os países do Prata, visando

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ao fortalecimento do espírito de fraternidade e aumento do fluxo turístico nos dois sentidos, bem como a elevação da média de permanência do tu-rista em território do Estado;

VII - construção de albergues populares, favorecendo o lazer das camadas pobres da população.

§ 2º - As iniciativas previstas neste artigo estender-se-ão aos pe-quenos proprietários rurais, localizados em regiões demarcadas em lei, como forma de viabilizar alternativas econômicas que estimulem sua per-manência no meio rural.

CAPÍTULO IIIDa SaúDE E DO SanEaMEntO BÁSIcO

SeçãO IDa SaúDE

Art. 241 - A saúde é direito de todos e dever do Estado e do Mu-nicípio, através de sua promoção, proteção e recuperação.

Parágrafo único - O dever do Estado, garantido por adequada po-lítica social e econômica, não exclui o do indivíduo, da família e de insti-tuições e empresas que produzam riscos ou danos à saúde do indivíduo ou da coletividade.

Art. 242 - As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde no âmbito do Estado, observadas as seguintes diretrizes:

Parecer 13230Ementa: CONSÓRCIOS ADMINISTRATIVOS. NATUREZA JURÍDI-CA. GESTÃO. Assenta na matriz conceitual de tais ajustes a inviabilidade de formação de vínculo jurídico entre distintos entes da Federação. Defesa a constituição de consórcios administrativos intergestores, pode o Estado cele-brar convênios com Municípios ou, ainda, com consórcio destes, assim alcan-çando os objetivos pela Administração alvitrados.

I - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera do Governo;

II - integralidade na prestação de ações preventivas, curativas e rea-

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bilitadoras, adequadas às diversas realidades epidemiológicas;III - universalização e eqüidade em todos os níveis de atenção à

saúde, para a população urbana e rural;IV - participação, com poder decisório, das entidades populares re-

presentativas de usuários e trabalhadores da saúde, na formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas de saúde.

Art. 243 - Ao Sistema Único de Saúde no âmbito do Estado, além de suas atribuições inerentes, incumbe, na forma da lei:

Parecer 14932Ementa: Exame sobre possibilidade de edição de Decreto Estadual, com vistas à delegação de competência do Chefe do Poder Executivo, para homologar as deci-sões do Conselho Estadual de Saúde, ao Secretário de Estado da Saúde. LEI FE-DERAL Nº 8.142/90. LEI ESTADUAL 10.097/94.

I - coordenar e integrar as ações e serviços estaduais e municipais de saúde individual e coletiva;

II - definir as prioridades e estratégias regionais de promoção da saúde;III - regulamentar, controlar e fiscalizar as ações e serviços públicos

e privados de saúde;Parecer 11248Ementa: CONCURSO PÚBLICO. EXERCÍCIO DO CARGO MÉDICO AU-DITOR: exigência de desempenho de todas as atribuições do cargo. SISTEMA NA-CIONAL DE AUDITORIA DO SUS; VEDAÇÕES DA LEGISLAÇÃO FEDERAL.Parecer 9999Ementa: Convênio firmado entre o MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL através do INAMPS, com a COOPERATIVA TRI-TÍCOLA PANAMBI LTDA., com a interveniência do MINISTÉRIO DA SAÚDE, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, do ESTADO DO RIO GRAN-DE DO SUL, através da Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente, com o OBJE-TIVO de expandir as ações integradas de saúde no Município de Panambi e Con-dor. Nulidade do objeto por afronta ao princípio constitucional da universalidade e generalidade das ações e dos serviços de saúde (CF, artigo 196). Violação a Lei Orgânica da Saúde, Lei 8.080 e Lei 8.142, de 1990. Duplicidade de pagamento a Cooperativa, pelo mecanismo de retenção de 20% da contribuição previdenciária e emissão de GAP (Guia de Autorização de Pagamento). Necessidade de o Esta-do denunciar o Convênio, por nulidade e substituição por outro instrumento ade-quado aos dispositivos legais apontados.

IV - controlar e fiscalizar qualquer atividade e serviço que compor-

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constituição do estado do rio grande do sul

te risco à saúde, à segurança ou ao bem-estar físico e psíquico do indiví-duo e da coletividade, bem como ao meio ambiente;

V - fomentar a pesquisa, o ensino e o aprimoramento científico, tecnológico e de recursos humanos no desenvolvimento da área de saúde;

VI - estimular a formação da consciência pública voltada à preser-vação da saúde e do meio ambiente;

VII - realizar a vigilância sanitária, epidemiológica, toxicológica e farmacológica;

Parecer 10393Ementa: Município de Mariana Pimentel. Serviço de vigilância sanitária. Criação pelo Município. Projeto de lei.

VIII - garantir a formação e funcionamento de serviços públicos de saúde, inclusive hospitalares e ambulatoriais, visando a atender às neces-sidades regionais;

IX - estabelecer normas, critérios e padrões de coleta, processamen-to, armazenamento e transfusão de sangue humano e seus derivados, ga-rantindo a qualidade desses produtos durante todo o processo, vedado qualquer tipo de comercialização, estimulando a doação e propiciando in-formações e acompanhamento aos doadores;

X - organizar, controlar e fiscalizar a produção e distribuição dos insumos farmacêuticos, medicamentos e correlatos, imunobiológicos, pro-dutos biotecnológicos, odontológicos e químicos essenciais às ações de saúde, materiais de acondicionamento e embalagem, equipamentos e ou-tros meios de prevenção, tratamento e diagnóstico, promovendo o desen-volvimento de novas tecnologias e priorizando as necessidades regionais;

Parecer 11789Ementa: Licitação. Dispensa. Aquisição, por pessoa jurídica de direito público inter-no, de bens produzidos por órgão ou entidade integrante da Administração Pública. Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde -FEPS- Aplicabilidade da regra que se subtrai do art. 24, VIII, da Lei 8666/93. Normas de incidência-Lei 10.349/94 - Constituição Federal - art. 198 Lei 8080/90.

XI - desenvolver ações específicas de prevenção contra deficiências, bem como de recuperação e habilitação dos portadores de deficiência, re-feridas no Capítulo V;

XII - supletivamente à ação federal, estabelecer critérios, normas,

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padrões de controle e fiscalização dos procedimentos relativos a:a) remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de

transplante, pesquisa ou tratamento, vedada sua comercialização;b) transporte, armazenamento, manuseio e destino final de produ-

tos tóxicos e radioativos, bem como de equipamentos que geram radiação ionizante ou utilizam material radioativo;

XIII - em complementação à atividade federal, regulamentar, con-trolar e fiscalizar os alimentos, da fonte de produção até o consumidor;

XIV - propiciar recursos educacionais e os meios científicos que as-segurem o direito ao planejamento familiar, de acordo com a livre deci-são do casal;

XV - em cumprimento à legislação referente à salubridade e segu-rança dos ambientes de trabalho, promover e fiscalizar as ações em bene-fício da saúde integral do trabalhador rural e urbano.

Parágrafo único - Lei complementar disporá sobre a organização, financiamento, controle e gestão do Sistema Único de Saúde no âmbi-to do Estado, bem como do Sistema Estadual de Informações em Saúde.

Art. 244 - O Sistema Único de Saúde no âmbito do Estado será financiado, dentre outros, com recursos da seguridade social e fiscal da União, dos Estados e dos Municípios.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 22/06/99.

Parecer 8678Ementa: PODER DE POLÍCIA SANITÁRIA. CONTROLE DO EXERCÍ-CIO PROFISSIONAL VINCULADO A SAÚDE. COMPETÊNCIA DA SECRETARIA DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE. ARTIGOS 23 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988, 241 E 243 DA CONSTI-TUIÇÃO DO ESTADO DE 1989. DECRETO ESTADUAL Nº 31.120, DE 15 DE MARÇO DE 1983, LEI ESTADUAL Nº 6.503 DE 22 DE DEZEM-BRO DE 1972 E DECRETO ESTADUAL Nº 23.430, DE 24 DE OUTU-BRO DE 1974. DECRETO ESTADUAL Nº 33.612, DE 20 DE JULHO DE 1990. SISTEMA UNIFICADO E DESCENTRALIZADO DE SAÚDE.

§ 1º - O Estado não destinará recursos públicos, sob forma de au-xílio ou subvenção, a entidades privadas com fins lucrativos.

§ 2º - A lei disporá sobre a participação complementar de institui-ções privadas no Sistema Único de Saúde no âmbito do Estado, observa-

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constituição do estado do rio grande do sul

das as diretrizes estaduais.

Parecer 14474Ementa: SECRETARIA DA SAÚDE. CONTRATO DE CREDENCIA-MENTO COM PRESTADORES DE SERVIÇO DO SUS. PRAZO DE DURAÇÃO DE CONTRATO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CON-TÍNUOS. EXAME QUANTO A POSSIBILIDADE DE VIGÊNCIA DO CONTRATO POR SESSENTA MESES, SEM EFETIVAÇÃO DE PROR-ROGAÇÕES NO PERÍODO. ARTIGO 57, INCISO II, DA LEI 8666/93.Parecer 14342Ementa: Sistema Único de Saúde. Gestão Plena do Sistema Estadual. Impossibi-lidade de serem realizados pagamentos diretamente a pessoas físicas que não pos-suem vínculo com o Estado

§ 3º - O Estado deverá aplicar em ações e serviços de saúde, no mí-nimo 10% (dez por cento) da sua Receita Tributária Líquida, excluídos os repasses federais oriundos do Sistema Único de Saúde, considerando ações e serviços de saúde os Programas Saúde no Orçamento do Estado.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 25, de 22/06/99.

Art. 245 - O Poder Público transferirá aos Municípios, na forma da lei, recursos financeiros alocados ao orçamento vinculado ao Sistema Único de Saúde.

§ 1º - A transferência dos recursos financeiros aos Municípios des-tina-se ao custeio de serviços e investimentos na área da saúde, vedada sua utilização para outras finalidades.

§ 2º - A repartição dos recursos financeiros terá como critérios prioritários o número de habitantes e as condições de execução das ações e serviços públicos de saúde dos Municípios.

Art. 246 - O Estado concederá estímulos especiais, em favor da saúde, na forma da lei, às pessoas físicas com capacidade civil plena que doarem órgãos passíveis de transplante quando de sua morte.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

SeçãO IIDO SanEaMEntO BÁSIcO

Art. 247 - O saneamento básico é serviço público essencial e, como atividade preventiva das ações de saúde e meio ambiente, tem abrangên-cia regional.

§ 1º - O saneamento básico compreende a captação, o tratamento e a distribuição de água potável, a coleta, o tratamento e a disposição final de esgotos cloacais e do lixo, bem como a drenagem urbana.

Parecer 14761Ementa: SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. POÇOS ARTESIANOS. Parecer Nº 14.688/07. LEI FEDERAL Nº 11.445/07. São le-gais dispositivos de Decreto Estadual que estabelecem que somente pela rede pú-blica de abastecimento de água potável é que se pode fazer suprimento das edifi-cações, uma vez que em consonância com o art. 45, e seu § 2º, da mencionada Lei Federal que fixa as diretrizes nacionais para o saneamento básico. Revisão parcial do Parecer nº 14688.

Parecer 14688Ementa: SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE. SECRETARIA ESTA-DUAL DO MEIO AMBIENTE. POÇOS ARTESIANOS. EXAME DA LE-GALIDADE DO DECRETO ESTADUAL nº 23.430/74, QUE REGULA-MENTA A SUA UTILIZAÇÃO NO ESTADO. 1. Em face da inexistência de chancela legal, entende-se pela ilegalidade do disposto nos artigos 87 e 96 do De-creto Estadual nº 23.430/74, que estabelecem, de forma cogente, a utilização ex-clusiva da rede pública de abastecimento de água potável nas edificações. 2. A Se-cretaria Estadual do Meio Ambiente, por intermédio do Departamento de Re-cursos Hídricos, tem competência para fiscalizar e controlar o número de poços artesianos no território estadual, bem como outorgar a autorização para sua per-furação e extração. 3. A Secretaria Estadual da Saúde, por intermédio da Divisão de Vigilância Sanitária, tem competência para fiscalizar a potabilidade da água ex-traída dos poços artesianos.

§ 2º - É dever do Estado e dos Municípios a extensão progres-siva do saneamento básico a toda a população urbana e rural, como condição básica da qualidade de vida, da proteção ambiental e do de-senvolvimento social.

§ 3º - A lei disporá sobre o controle, a fiscalização, o processamento e a destinação do lixo, dos resíduos urbanos, industriais, hospitalares e la-boratoriais de pesquisa, de análises clínicas e assemelhados.*

*Vide Lei nº 9.921, de 27/07/93, art. 17 revogado pela Lei 10099/94.

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constituição do estado do rio grande do sul

Parecer 13693Ementa: GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE: PODER REGULAMENTAR. CONTRADIÇÃO APARENTE, RELATIVAMENTE ÀS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA) E DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Para a matéria concernente ao mane-jo e destino final dos resíduos dos serviços de saúde (por exemplo, lixo hospita-lar), o poder regulamentar, desde a edição da Lei nº 9.782/99, passou a ser exerci-do pela ANVISA, órgão federal que atualmente detém tal competência, perdendo o CONAMA tal atribuição para realizar vigilância sanitária. No mesmo sentido, a Lei Estadual nº 10.099/94 deve ser desconsiderada naquilo que conflitar com a Lei Federal nº 9.782/99, cabendo, ainda, ser editada outra Lei Estadual, mais ade-quada à nova situação.

Art. 248 - O Estado e os Municípios, de forma integrada ao Siste-ma Único de Saúde, formularão a política e o planejamento da execução das ações de saneamento básico, respeitadas as diretrizes estaduais quanto ao meio ambiente, recursos hídricos e desenvolvimento urbano.

§ 1º - Os Municípios poderão manter seu sistema próprio de saneamento.

Parecer 13216Ementa: Companhia Riograndense de Saneamento –CORSAN - Regularização dos contratos de concessão firmados com os Municípios – a) não incidência da norma do § 2º do art. 42 da Lei nº 8.987/95 em relação aos contratos de conces-são que tiveram seus prazos de vigência prorrogados antes do advento do mencio-nado diploma legal, os quais continuam válidos até expirar o respectivo prazo de prorrogação, na forma do “caput” do art. 42 da mesma lei; b) aplicação do § 2º do art. 42 àqueles contratos de concessão celebrados anteriormente ao advento da Lei de Concessões e que, com base na cláusula contratual que estabelece a prorrogação automática do prazo contratual, tenham sido prorrogados na vigência do novo di-ploma legal; c) para esta última hipótese, possível é a contratação direta, com res-paldo no art. 24, VIII, da Lei nº 8.666/93.

§ 2º - Nos distritos industriais, os efluentes serão tratados e reci-clados de forma integrada pelas empresas através de condomínio de tra-tamento de resíduos.

Parecer 11411Ementa: TRATAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS DO PÓLO PE-TROQUÍMICO DO SUL. TITULARIDADE DOS SERVIÇOS - ARTIGO 248 parágrafo 2º DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO. SENDO A TITU-LARIDADE DAS EMPRESAS EM CONDOMÍNIO, NÃO SE TRATA DE SERVIÇO PÚBLICO PASSÍVEL DE CONCESSÃO OU PERMISSÃO. A EXTINÇÃO DO SITEL, ÓRGÃO DA CORSAN, QUE HOJE OPERA O SERVIÇO, DEMANDA O REPASSE DOS MESMOS AOS SEUS TITU-

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LARES, INEXIGIVEL A LICITAÇÃO POR INVIABILIDADE DE COM-PETIÇÃO.

Art. 249 - O Estado manterá órgão técnico normativo e de execu-ção dos serviços de saneamento básico para, entre outras atribuições:

I - prestar serviços locais de saneamento básico;II - integrar os sistemas locais de saneamento básico;III - executar as políticas ditadas em nível federal, estadual e muni-

cipal estabelecidas para o setor.

CAPÍTULO IVDO MEIO aMBIEntE

Art. 250 - O meio ambiente é bem de uso comum do povo, e a manutenção de seu equilíbrio é essencial à sadia qualidade de vida.

§ 1º - A tutela do meio ambiente é exercida por todos os órgãos do Estado.§ 2º - O causador de poluição ou dano ambiental será responsabili-

zado e deverá assumir ou ressarcir ao Estado, se for o caso, todos os custos financeiros, imediatos ou futuros, decorrentes do saneamento do dano. *

* Lei nº 11.362/99 modifica Lei 10.356/95 que dispõe sobre a SEMA

Parecer 12340DANO AMBIENTAL. Princípio da Responsabilidade (poluidor-pagador). Acordo nos termos da Lei n. 9.099/95, entre o Ministério Público e o agressor. Reparação in natura. Possibilidade.

Art. 251 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de de-fendê-lo, preservá-lo e restaurá-lo para as presentes e futuras gerações, ca-bendo a todos exigir do Poder Público a adoção de medidas nesse sentido.

*Vide a Lei nº 11.520, de 03/08/00.

Parecer 14384Ementa: BRIGADA MILITAR. COMPETÊNCIA PARA LAVRATURA DE AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL. SUCESSIVOS DIPLOMAS

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constituição do estado do rio grande do sul

LEGAIS. Parecer 8706 OJNEmenta: CRIATÓRIO DE CROCODILOS - NECESSIDADE DE COM-PATIBILIZAR AS NORMAS CONSTITUCIONAIS QUE PROMOVEM A LIVRE INICIATIVA COM AQUELAS QUE VISAM PRESERVAR O MEIO AMBIENTE. - LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL SO-BRE POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE - NÃO INCIDÊNCIA FACE AO CONFINAMENTO E PECULIARIDADES DO PROJETO - EXER-CÍCIO RIGOROSO DO PODER DE POLÍCIA - COMPETÊNCIA SU-PLEMENTAR DO ESTADO PARA NORMATIZAR A MATÉRIA.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, o Estado desen-volverá ações permanentes de proteção, restauração e fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe, primordialmente:

I - prevenir, combater e controlar a poluição e a erosão em qualquer de suas formas;

II -preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais, obras e monumentos artísticos, históricos e naturais, e prover o ma-nejo ecológico das espécies e ecossistemas, definindo em lei os espa-ços territoriais a serem protegidos;

Parecer 13752Ementa: BENS INTEGRANTES DO PATRIMÔNIO CULTURAL DO ESTADO. DECLARAÇÃO POR MEIO DE LEI. EFICÁCIA PREJUDI-CADA. NECESSIDADE DE OUTRA LEGISLAÇÃO REGULAMEN-TADORA A ENSEJAR IMPUTAÇÃO DE RESPONSABILIDADES AO PODER PÚBLICO E AO PARTICULAR. PRINCÍPIO DA LEGALIDA-DE E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.

III - fiscalizar e normatizar a produção, o armazenamento, o trans-porte, o uso e o destino final de produtos, embalagens e substâncias poten-cialmente perigosas à saúde e aos recursos naturais;

IV - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção do meio ambiente;

V - exigir estudo de impacto ambiental com alternativas de loca-lização, para a operação de obras ou atividades públicas ou privadas que possam causar degradação ou transformação no meio ambiente, dando a esse estudo a indispensável publicidade;

Parecer 12810Ementa: Licença ambiental. Possibilidade e hipóteses de revisão. Resolução CONAMA nº 237/97 e Lei nº 6.938/81. Parcelamento do solo urbano. Lei nº 6.766/79. Restrições. Obrigatoriedade de Estudo de Impacto Ambiental - art.

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225 da Constituição Federal. Indícios de falta de participação de Equipe Multi-disciplinar a serem apurados. Restrições vigentes à época da licença de instalação, e não observadas, poderão ser a qualquer tempo exigidas, uma vez comprovado, por estudo técnico, o enquadramento da área loteada em hipótese de restrição le-gal ao parcelamento do solo e avaliadas as possibilidades de, passado o tempo, efe-tivar a preservação e proteção ao meio ambiente. Lei posterior à licença concedida e que venha a impor restrições ao direito de propriedade em prol da proteção am-biental poderá ser aplicada. Neste caso, se a alteração for efetuada na vigência da licença, deve-se observar o art. 19 da Resolução nº 237/97, diante da relativa esta-bilidade temporal do ato. Em estando vencida a licença, poderá o órgão ambiental estabelecer condições levando em conta a legislação vigente no ato da renovação. Breve exame das responsabilidades em direito ambiental.Parecer 11661Ementa: Estudo de Impacto Ambiental - EIA/RIMA. Equipe multidiscipli-nar. Licitação. Serviços de assessoramento e consultoria. Resolução CONAMA 01/86. Comunicado CAGE Nº 03/97.Parecer 6513Ementa: AUTORIZAÇÃO DE USO DO BEM PÚBLICO É O INSTRUMEN-TO OPERACIONALMENTE MAIS ÁGIL PARA O ESTADO CEDER SEU BEM DE MODO UNILATERAL, DISCRICIONÁRIO E PRECÁRIO. ES-TUDO DO IMPACTO NO MEIO-AMBIENTE É CONDIÇÃO ESSEN-CIAL PARA O DEFERIMENTO DA AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM PÚBLICO, NESTE CASO, EM FACE DA LEI DE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO-AMBIENTE.

VI - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genéti-co contido em seu território, inclusive mantendo e ampliando bancos de germoplasma, e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e à manipula-ção de material genético;*

VII - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, especialmen-te os cursos d’água, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica e paisagística, provoquem extinção de espécie ou submetam os animais a crueldade;*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 38, de 12/12/03.*Vide Lei nº 9.519, de 21/01/92.

VIII - definir critérios ecológicos em todos os níveis de planeja-mento político, social e econômico;

IX - incentivar e auxiliar tecnicamente movimentos comunitários e entidades de caráter cultural, científico e educacional com finalidades eco-lógicas;

X - promover o gerenciamento costeiro para disciplinar o uso de re-

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constituição do estado do rio grande do sul

cursos naturais da região litorânea e conservar as praias e sua paisagem típica;XI - promover o manejo ecológico dos solos, respeitando sua voca-

ção quanto à capacidade de uso;XII - fiscalizar, cadastrar e manter as florestas e as unidades pú-

blicas estaduais de conservação, fomentando o florestamento ecológico e conservando, na forma da lei, as florestas remanescentes do Estado;*

*Vide Lei nº 9.519, de 21/01/92.

Parecer 13170Ementa: BENS PÚBLICOS. USO ESPECIAL POR PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO . FORMALIZAÇÃO DE LIAME JURÍDICO A SER CONSUMADO ENTRE ESTADO E CONCESSIONÁRIA DE SER-VIÇO PÚBLICO DE TELECOMUNICAÇÕES. LICITAÇÃO, PRAZO E REMUNERAÇÃO. REGULARIZAÇÃO DE RELAÇÕES DE NATURE-ZA FÁTICA JÁCONSTITUÍDAS. RECOMENDAÇÕES. Parecer 11870Ementa: Decreto n. 35.439 de 18.09.94 alterado pelo Decreto 35.595 de 13.10.94.Exame dos artigos 23, 24 e 225 da Constituição Federal. Competência concor-rente do Estado para legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da na-tureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e con-trole da poluição. Legislação Federal: artigos 12, 14, 19, 20 e 21 da Lei 4.771 de 15.09.65 (Código Florestal). Interpretação e regulamentação. Legislação Estadu-al: Lei 9.519 de 21.01.92 (Código Florestal Estadual). Inexistência de inconstitu-cionalidade. Erro de redação.Parecer 10313Ementa: FLORESTAS. COMPETÊNCIA CONCORRENTE. COMPE-TÊNCIA COMUM. NORMAS GERAIS. CADASTRO FLORESTAL. COMPETÊNCIA DO ESTADO

XIII - combater as queimadas, ressalvada a hipótese de que, se pe-culiaridades locais justificarem o emprego do fogo em práticas agropas-toris ou florestais, ocorra permissão estabelecida em ato do poder públi-co municipal, estadual ou federal circunscrevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução.*

* NR dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 26/06/02.

XIV - promover a adoção de formas alternativas renováveis de energia.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 43, de 20/05/04.

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XV - estimular a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 46, de 11/08/04.

XVI - valorizar e preservar o Pampa Gaúcho, sua cultura, patrimô-nio genético, diversidade de fauna e vegetação nativa, garantindo-se a de-nominação de origem.*

*Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 48, de 23/02/05.

§ 2º - As pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que exer-çam atividades consideradas poluidoras ou potencialmente poluidoras são responsáveis, direta ou indiretamente, pelo acondicionamento, coleta, tra-tamento e destinação final dos resíduos por elas produzidos.

Parecer 13693Ementa: GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE: PODER REGULAMENTAR. CONTRADIÇÃO APARENTE, RELATIVAMENTE ÀS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA) E DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Para a matéria concernente ao mane-jo e destino final dos resíduos dos serviços de saúde (por exemplo, lixo hospita-lar), o poder regulamentar, desde a edição da Lei nº 9.782/99, passou a ser exerci-do pela ANVISA, órgão federal que atualmente detém tal competência, perdendo o CONAMA tal atribuição para realizar vigilância sanitária. No mesmo sentido, a Lei Estadual nº 10.099/94 deve ser desconsiderada naquilo que conflitar com a Lei Federal nº 9.782/99, cabendo, ainda, ser editada outra Lei Estadual, mais ade-quada à nova situação.

§ 3º - O Estado, respeitado o direito de propriedade, poderá exe-cutar levantamentos, estudos, projetos e pesquisas necessários ao conhe-cimento do meio físico, assegurando ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Art. 252 - A lei disporá sobre a organização do sistema estadual de proteção ambiental, que terá como atribuições a elaboração, implementa-ção, execução e controle da política ambiental do Estado.*

*Vide a Lei nº 10.330, de 27/12/94.

Parecer 14563Ementa: Secretaria do Meio Ambiente. Fundação Estadual do Meio Ambiente.

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constituição do estado do rio grande do sul

Lei 10330/94. Fundo Estadual. Regimento Interno. CONSEMA. Parecer 14384Ementa: BRIGADA MILITAR. COMPETÊNCIA PARA LAVRATURA DE AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL. SUCESSIVOS DIPLOMAS LEGAIS.

Art. 253 - É vedada a produção, o transporte, a comercialização e o uso de medicamentos, biocidas, agrotóxicos ou produtos químicos e bio-lógicos cujo emprego tenha sido comprovado como nocivo em qualquer parte do território nacional por razões toxicológicas, farmacológicas ou de degradação ambiental.

Parecer 12596Ementa: AGROTÓXICOS. Uso. Aviação agrícola. Fiscalização. Competência. É do Estado a competência para fiscalizar o uso de agrotóxicos por empresas de aviação agrícola. Lei nº 7802, de 11.07.89. Decreto-lei nº 917, de 07.10.69.

Art. 254 - A concessão de financiamentos pelo sistema bancário estadual a quaisquer empreendimentos que produzam alteração no meio ambiente será obrigatoriamente condicionada à apresentação de projeto, aprovado pelo órgão ambiental do Estado, contemplando a manutenção ou restauração do meio ambiente onde se situarem.

Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se também nos casos em que o Estado encaminhar solicitações de financiamento, inter-no ou externo.

Art. 255 - A implantação ou ampliação de distritos ou pólos indus-triais, de indústria carbo ou petroquímicas, bem como de empreendimen-tos, definidos em lei, que possam alterar significativa ou irreversivelmen-te uma região ou a vida de uma comunidade, dependerá de aprovação da Assembléia Legislativa.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 15/12/92.

Art. 256 - A implantação, no Estado, de instalações industriais para a produção de energia nuclear dependerá de consulta plebiscitária, bem como do atendimento às condições ambientais e urbanísticas exigidas em lei estadual.

Art. 257 - É vedado, em todo o território estadual, o transporte e o depósito ou qualquer outra forma de disposição de resíduos que tenham sua origem na utilização de energia nuclear e de resíduos tóxicos ou radio-ativos, quando provenientes de outros Estados ou países.**

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

**Dispositivo suspenso por liminar concedida na ADI nº 330-5. D.J.U., 30/04/93.

Parecer 8537Ementa: BENS MÓVEIS. ALIENAÇÃO. BENS MÓVEIS QUE CONTÉM ELEMENTO NUCLEAR. DISPENSA DE LICITAÇÃO. DECRETO-LEI Nº 2300, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1986, ARTIGO 22, INICSO IV. NE-CESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO DA COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR PARA CONCEDER LICENÇA PARA ALIENA-ÇÃO OU QUALQUER FORMA DE TRANSFERÊNCIA DE EQUIPA-MENTO OU PRODUTO NUCLEAR. RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL POR DANO NUCLEAR. MATERIAL RADIOATIVO.Parecer 7568Ementa: BENS MÓVEIS. ALIENAÇÃO. DOAÇÃO DE BENS MÓVEIS DE AUTARQUIA, DAER. DECRETO-LEI N 2.300, ARTIGO 15, INCISO II, LETRA “A”. LEILÃO: SEU CABIMENTO A BENS MÓVEIS INSERVÍ-VEIS A ADMINISTRAÇÃO. DECRETO-LEI N 2.300, ARTIGO 20, PARÁ-GRAFO 5. BENS MÓVEIS QUE CONTÊM ELEMENTO NUCLEAR. LE-GISLAÇÃO FEDERAL ESPECIAL. COMPETÊNCIA DA COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR PARA CONCEDER LICENÇA A TODA E QUALQUER FORMA DE ALIENAÇÃO. A RESPONSABILIDA-DE CIVIL E CRIMINAL POR DANO NUCLEAR E AS CAUTELAS DO ADMINISTRADOR NA MATÉRIA. LEILÃO

Art. 258 - Os órgãos de pesquisa e as instituições científicas oficiais e de Universidades somente poderão realizar, no âmbito do Estado, a cole-ta de material, experimentação e escavações para fins científicos mediante licença do órgão fiscalizador e dispensando tratamento adequado ao solo.

Parágrafo único - Toda área com indícios ou vestígios de sí-tios paleontológicos ou arqueológicos será preservada para fins espe-cíficos de estudo.

Art. 259 - As unidades estaduais públicas de conservação são con-sideradas patrimônio público inalienável, sendo proibida ainda sua con-cessão ou cedência, bem como qualquer atividade ou empreendimento público ou privado que danifique ou altere as características naturais.*

*Vide Lei nº 9.519, de 21/01/92.

Parágrafo único - A lei criará incentivos especiais para a preserva-ção das áreas de interesse ecológico em propriedades privadas.

Parecer 8571Ementa: BEM PÚBLICO ESTADUAL AFETADO LEGALMENTE AO USO DO JARDIM BOTÂNICO. DESAFETAÇÃO DEPENDENTE

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constituição do estado do rio grande do sul

DE LEI AUTORIZADORA. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DA ÁREA TOTAL DO PARQUE.

CAPÍTULO VDa FaMíLIa, Da cRIança, DO aDOLEScEntE,

DOS JOvEnS, DO IDOSO, DOS ínDIOS E Da DEFESa DO cOnSUMIDOR(reDAçãO DADA PeLA emenDA COnSTITUCIOnAL n.º 61, De 1º/09/11)

SeçãO IDa FaMíLIa, Da cRIança, DO aDOLEScEntE, Da JUvEntUDE

E DO IDOSO(reDAçãO DADA PeLA emenDA COnSTITUCIOnAL n.º 61, De 1º/09/11)

Art. 260 - O Estado desenvolverá política e programas de assistên-cia social e proteção à criança, ao adolescente, ao jovem e ao idoso, porta-dores ou não de deficiência, com a participação de entidades civis, obede-cendo aos seguintes preceitos: (Redação dada pela Emenda Constitucio-nal n.º 61, de 1º/09/11)

*(Decreto 33.970, de 13.06.91 e Decreto n. 38.413/98)Parecer 14278 Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR. SECRETA-RIA DA EDUCAÇÃO. 1. PROFESSOR. CONDUTA INADEQUADA QUE, EM TESE, CARACTERIZA CRIME CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE (ARTIGO 232, LEI N.º 8.069/90 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE). DEMISSÃO. 2. OMISSÃO DE SU-PERIORES HIERÁRQUICOS. CARACTERIZADA CONDUTA DESI-DIOSA EM RELAÇÃO A UMA DAS INDICIADAS. COMUTAÇÃO DA PENA DE DEMISSÃO EM SUSPENSÃO POR SESSENTA DIAS, SEM A POSSIBILIDADE DE CONVERSÃO EM MULTA.

I - aplicação, na assistência materno-infantil, de percentual míni-mo, fixado em lei, dos recursos públicos destinados à saúde;

II - criação de programas de prevenção e atendimento especiali-zado à criança, ao adolescente e aos jovens dependentes de entorpecen-tes e drogas afins; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 61, de 1º/09/11)

III - criação de programas de prevenção, de integração social, de preparo para o trabalho, e de acesso facilitado aos bens e serviços e à es-cola, e de atendimento especializado para crianças, adolescentes e jovens

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

portadores de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 61, de 1º/09/11)

Parecer 14862Ementa: CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. APLICABILI-DADE AOS ÓRGÃOS PÚBLICOS ESTADUAIS DE NORMAS FEDE-RAIS SOBRE ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA OU COM MOBILIDADE REDUZIDA. DEVER DE-CORRENTE DE NORMA CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE. INAPLICABILIDADE DE DIS-POSIÇÕES ESPECÍFICAS PREVISTAS EM DECRETO FEDERAL.Parecer 13493Ementa: PROGRAMAS DE INICIAÇÃO AO TRABALHO DE ADOLES-CENTES. NATUREZA DO REGIME DE TRABALHO. Parecer 11622Ementa: TRABALHO DE MENORES. PROGRAMA SOB SUPERVISÃO DE ENTIDADE PÚBLICA. INVIABILIDADE DE CONTRA TAÇÃO MEDIANTE INTER POSTA PESSOA, AINDA QUE SE TRATE DE ENTE FILANTRÓ FICO, PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS EM-PRESAS PRIVADAS EM GERAL E NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DI RETA E INDIRETA. AFRONTA À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, EM ESPECIAL À LEI Nº 6019/74 E SUMÚLA Nº 331-TST

IV - exigência obrigatória de existência de quadro técnico respon-sável em todos os órgãos com atuação nesses programas;

Parecer 13828Ementa: FASERGS. Lei de Responsabilidade Fiscal. Limites. Área da Segurança.

V - execução de programas que priorizem o atendimento no am-biente familiar e comunitário;

VI - criação de incentivos fiscais e creditícios às pessoas físicas ou jurídicas que participarem da execução dos programas;

VII - atenção especial às crianças e adolescentes em estado de mi-serabilidade, explorados sexualmente, doentes mentais, órfãos, abandona-dos e vítimas de violência.

VIII - atenção à juventude, na faixa etária compreendida entre 15 e 29 anos, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social, por meio de políticas de fomento à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer e à geração de oportunidades de trabalho e renda. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 61, de 1º/09/11)

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constituição do estado do rio grande do sul

§ 1º - A coordenação, o acompanhamento e a fiscalização dos pro-gramas a que se refere este artigo caberão a conselhos comunitários, cuja organização, composição, funcionamento e atribuições serão disciplinados em lei, assegurada a participação de representantes de órgãos públicos e de segmentos da sociedade civil organizada.

§ 2º - Ficam instituídos o Conselho Estadual do Idoso, o Conselho Estadual da Juventude e o Conselho Estadual da Criança e do Adoles-cente. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 61, de 1º/09/11)*

*Vide Lei nº 9.831, de 19/02/93, e a Lei nº 10.250/94 (cria o Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente - Decreto 36.340/95 e o Decreto 38.413- Institui o Pro-jeto Idoso)

§ 3º - A lei disporá sobre a criação e funcionamento de centros de recebimento de denúncias referentes a violência praticada contra crianças e adolescentes, bem como sobre a responsabilidade pelo encaminhamento e acompanhamento das respectivas providências administrativas cabíveis.

Art. 261 - Compete ao Estado:I - dar prioridade às pessoas com menos de quatorze e mais de ses-

senta anos em todos os programas de natureza social, desde que compro-vada a insuficiência de meios materiais;

II - prestar assistência social especial às vítimas de violência de âm-bito familiar, inclusive através de atendimento jurídico e assistência social às famílias;

III - prestar assistência à criança e ao adolescente abandonados, proporcionando os meios adequados a sua manutenção, educação, enca-minhamento a emprego e integração na sociedade;

Parecer 8490Ementa: A CRIANÇA DE ZERO A SEIS ANOS, COMO SUJEITO DO DIREITO A CRECHE. OBRA-SERVIÇO COMO OBJETO DE PLANE-JAMENTO. IMPLICAÇÕES, DESSA FORMA DE ATIVIDADE ESTA-TAL, NA DISTRIBUIÇÃO CONSTITUCIONAL DAS COMPETÊNCIA S PÚBLICAS. POSSÍVEL CONFLITO ENTRE REGRAS JURÍDICAS FE-DERAIS E ESTADUAIS, A RESPEITO. PREVALÊNCIA DAS ESTADU-AIS.

IV - estabelecer programas de assistência aos idosos portadores ou não de deficiência, com objetivo de proporcionar-lhes segurança econô-

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

mica, defesa da dignidade e bem-estar, prevenção de doenças, integração e participação ativa na comunidade;

V - manter casas-albergues para idosos, mendigos, crianças e ado-lescentes abandonados, portadores ou não de deficiências, sem lar ou fa-mília, aos quais se darão as condições de bem-estar e dignidade humana;

VI - assegurar à criança e ao adolescente o direito a acompanha-mento por Defensor Público, em todas as fases do procedimento de atri-buição de ato infracional, inclusive durante inquérito policial, com o di-reito a avaliação e acompanhamento por equipe técnica multidisciplinar especializada;

VII - estimular entidades particulares e criar centros de convivên-cia para idosos e casas-lares, evitando o isolamento e a marginalização so-cial do idoso;

VIII - dispor sobre a criação de Centros Regionais de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional.

Art. 262 - É assegurada a gratuidade:I - aos maiores de sessenta e cinco anos, no transporte coletivo ur-

bano e metropolitano;Parecer 8475Ementa: TRANSPORTE COLETIVO URBANO. O SISTEMA DE TRANS-PORTES COLETIVOS METROPOLITANOS INTEGRA O SISTEMA NACIONAL DE TRANSPORTES URBANOS. APLICAÇÃO DA RE-GRA DO ART. 230 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL AOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO METROPOLITANO.

II - aos deficientes comprovadamente carentes, no transporte coletivo intermunicipal.

Art. 263 - Os limites de idade que determinam a perda dos benefí-cios da previdência estadual não se aplicam no caso de deficientes físicos, sensoriais, mentais e múltiplos.

SeçãO IIDOS ínDIOS

Art. 264 - O Estado promoverá e incentivará a autopreservação das comunidades indígenas, assegurando-lhes o direito a sua cultura e organização social.

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constituição do estado do rio grande do sul

Parecer 14092Ementa: INDENIZAÇÃO DE COLONOS INSTALADOS EM TERRAS INDÍGENAS E QUE FORAM POSTERIORMENTE DESAPOSSADOS. Parecer Nº 12733 - VERENA NYGAARD: MANUTENÇÃO. 1. Prefacial: não se confundindo as áreas objeto das Ações Cíveis Originárias nºs 449 e 462 com as áreas objeto da consulta, e, ainda, não havendo risco de influência do resultado jurídico de tais ações nas áreas da presente consulta, pode haver exame de méri-to. 2. Mérito. Não havendo modificação na situação jurídica que ensejou Parecer anterior desta PGE, não há razão para alteração no entendimento já apresentado. Esclarecimentos acerca da interpretação do referido Parecer. Distinção fática que não modifica a conclusão jurídica pelo ressarcimento de herdeiros e/ou adquiren-tes de Rufino de Almeida Mello, indevidamente alojado em terras que, na verda-de, eram pertencentes ao toldo indígena de Serrinha.Parecer 12733Terras indígenas. Indenização. Legalidade.

§ 1º - O Poder Público estabelecerá projetos especiais com vista a integrar a cultura indígena ao patrimônio cultural do Estado.

§ 2º - Cabe ao Poder Público auxiliar as comunidades indígenas na organização, para suas populações nativas e ocorrentes, de programas de estudos e pesquisas de seu idioma, arte e cultura, a fim de transmitir seu conhecimento às gerações futuras.

§ 3º - É vedada qualquer forma de deturpação externa da cultura indígena, violência às comunidades ou a seus membros, bem como a utili-zação para fins de exploração.

§ 4º - São asseguradas às comunidades indígenas proteção e assis-tência social e de saúde prestadas pelo Poder Público estadual e municipal.

Art. 265 - O Estado proporcionará às comunidades indígenas o en-sino regular, ministrado de forma intercultural e bilíngüe, na língua indí-gena da comunidade e em português, respeitando, valorizando e resgatan-do seus métodos próprios de aprendizagem, sua língua e tradição cultural.

Parágrafo único - O ensino indígena será implementado através da formação qualificada de professores indígenas bilíngües para o atendi-mento dessas comunidades, subordinando sua implantação à solicitação, por parte de cada comunidade interessada, ao órgão estadual da educação.

Parecer 13312Ementa: INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. CONTRATAÇÃO DI-RETA DE SERVIÇO TÉCNICO PROFISSIONAL ESPECIALIZA-DO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECÍFICOS PARA A FORMA-ÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES INDÍGENAS DO ESTADO, ATRAVÉS DE ASSESSORAMENTO AOS PROFESSORES KAINGANG

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E GUARANI. PRESTADOR DE NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO. HIPÓ-TESE DO ART. 25, INCISO II, DA LEI Nº 8666/93.

SeçãO IIIDa DEFESa DO cOnSUMIDOR

Art. 266 - O Estado promoverá ação sistemática de proteção ao consumidor, de modo a garantir-lhe a segurança e a saúde, e a defesa de seus interesses econômicos.

Parágrafo único - Para atender ao disposto no caput, poderá o Es-tado, na forma da lei, intervir no domínio econômico quando indispensá-vel para assegurar o equilíbrio entre produção e consumo. *

*(Lei 10.913/97, Institui o Sistema Estadual de Defesa do Consumidor, cria o Fundo Estadual de Defesa do Consumidor e o Conselho Estadual de Defesa do Consumidor e dá outras providências.)

Parecer 13299Ementa: Prática de dumping. Controle pelo Estado do Rio Grande do Sul. In-tervenção da unidade federada no domínio econômico. Impossibilidade. Prerro-gativa da União Federal

Art. 267 - A política de consumo será planejada e executada pelo Poder Público, com a participação de entidades representativas do consu-midor, de empresários e trabalhadores, visando, especialmente, aos seguin-tes objetivos:*

*Vide Lei nº 10.913, de 03/01/97.

I - instituir o Sistema Estadual de Defesa do Consumidor;

Parecer 12671Ementa: PROJETO DE DECRETO – SISTEMA ESTADUAL DE PRO-TEÇÃO AO CONSUMIDOR – ALTERAÇÕES – 1.O direito de petição, as-segurado constitucionalmente, tem como contraface o dever da autoridade res-ponder ao pedido, ainda que seja para o declarar inadmissível. Quando o pedido preencha os requisitos legais e o exame de seu mérito exija que se deflagre proces-so, ainda que seja para culminar em seu indeferimento, é dever da autoridade a que é dirigido dar-lhe seguimento. Jurisprudência administrativa e dos Tribunais Su-periores. – 2.O instrumento adequado para a publicação do regimento interno do PROCON é resolução do próprio órgão colegiado. – 3.Possível estabelecer-se em decreto procedimento apto a culminar na celebração do Compromisso de Ajusta-mento de Conduta a que se refere a legislação federal. – 4.A Portaria que conte-

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nha os valores pecuniários atinentes aos expedientes administrativos, inclusive os procedimentos de apuração de infração, deve observar os cuidados já recomenda-dos no Parecer 12.567 – Ricardo Camargo. – 5.O estabelecimento de disposições abertas, em branco, em diploma de nível superior pode acarretar a necessidade de preenchimento por diploma de nível inferior da lavra da mesma autoridade ou de outra que lhe esteja subordinada.Parecer 12567Ementa: PROJETO DE DECRETO. SISTEMA ESTADUAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR. - 1. Admitido que seja pelas normas gerais de proteção ao consumidor a alternativa, na notificação por edital do fornecedor a que se impute infração, entre a publicação em jornal de grande circulação e a publicação no Di-ário Oficial, atende à necessidade de se equilibrarem o contraditório e a economi-cidade da atuação administrativa a opção por esta última – 2. A supressão de uma instância recursal administrativa, as disposições explícitas sobre o conhecimento de recursos administrativos e sobre a comunicação dos atos praticados, inclusive o arquivamento, vêm a satisfazer as exigências de equilibrar a sacralidade do contra-ditório com o direito do consumidor a uma atuação efetiva do Poder Público em seu prol. – 3. O reexame necessário da decisão administrativa que declare nula ou insubsistente a autuação do fornecedor traduz providência recomendada pelo in-teresse público em que as lesões ao consumidor não fiquem sem a efetiva proteção dos Poderes Públicos. – 4. Constitui a carga dos autos em que atue direito assegu-rado ao advogado nos termos do art. 7º, XV, da Lei 8.906/94. – 5. As normas re-gulamentares de gestão do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor devem ob-servar as competências definidas em lei. – 6. A descentralização da defesa do con-sumidor deve se pautar pela observância das normas gerais de Direito Financei-ro e pelo respeito à autonomia municipal. – 7. A nomeação e exoneração dos in-tegrantes do Conselho Estadual de Defesa do Consumidor deve observar os câ-nones definidos pelo Supremo Tribunal Federal na interpretação da Constituição. – 8. O compromisso de ajustamento de conduta previsto no art. 5º, § 6º, da Lei 7.347, de 1985, como forma de autocomposição pacífica dos conflitos de consu-mo, deve ter sua celebração estimulada. – 9. O estabelecimento de custas, de acor-do com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, há de ser feito mediante lei. – 10. Cabe à Administração Estadual interpretar o conceito de “cláusulas abu-sivas” definido em lei federal em cada caso concreto. – 11. Somente cabe a edição de atos administrativos em caráter normativo quando haja autorização legislativa para tanto. – 12. A modificação do slogan “Paguei, quero nota” para “Vendeu, dá nota” tem efeito pedagógico mais eficiente no tocante a possibilitar a maior cons-cientização do fornecedor quanto à sua responsabilidade não só na documenta-ção do fato elementar da relação de consumo como do próprio fato gerador do ICMS. – 13. Os encontros estaduais de PROCONS e a Conferência Estadual de Defesa do Consumidor mostram-se como instrumentos fundamentais à obtenção das informações necessárias à formulação e execução das medidas que integram a política estadual de relações de consumo. – 14. A disciplina do funcionamento da Conferência Estadual de Defesa do Consumidor é matéria que mais se adeqúa ao âmbito de resolução da própria direção do evento.

II - estimular as cooperativas ou outras formas de associativismo

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de consumo;III - elaborar estudos econômicos e sociais de mercados consumi-

dores, a fim de estabelecer sistemas de planejamento, acompanhamento e orientação de consumo capazes de corrigir suas distorções e promover seu crescimento;

IV - propiciar meios que possibilitem ao consumidor o exercício do di-reito à informação, à escolha, à defesa de seus interesses econômicos, à segurança e à saúde e que facilitem o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vista à prevenção e reparação dos danos individuais e coletivos;

V - incentivar a formação de consciência pública voltada para a de-fesa dos interesses do consumidor;

VI - prestar atendimento e orientação ao consumidor, através de órgão especializado;

VII - fiscalizar a qualidade de bens e serviços, assim como seus pre-ços, pesos e medidas e as disposições de proteção do consumidor, espe-cialmente aquelas relativas às informações que lhe são devidas, observada a competência da União;*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 20/05/04.

VIII - estimular o consumo sustentável.* *Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 37, de 12/12/03.

TÍTULO VIIIDISPOSIçãO FInaL

Art. 268 - Esta Constituição e o Ato das Disposições Constitucio-nais Transitórias, depois de assinados pelos Deputados, serão promulga-dos simultaneamente pela Mesa da Assembléia Constituinte e entrarão em vigor na data de sua publicação. (Publicado no DOE de 03.10.89).

Porto Alegre, 3 de outubro de 1989 - Gleno Scherer, Presidente - Roberto Künzel, 1º Vice-Presidente - Luís Abadie, 2º Vice-Presidente - Carlos Sá Azambuja, 1º Secretário - Antonio Lourenço Pires, 2º Secre-tário - Nestor Fips Schneider, 3º Secretário - Raul Pont, 4º Secretário - Moesés Berlesi, 1º Suplente de Secretário - Sérgio Zambiasi, 2º Suplen-

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constituição do estado do rio grande do sul

te de Secretário - Jauri Oliveira, 3º Suplente de Secretário - Ecléa Fer-nandes, 4º Suplente de Secretário - Mendes Ribeiro Filho, Relator-Ge-ral - Athos Rodrigues, Relator Adjunto - Carlos Araújo, Relator Adjunto - Achylles Braghirolli - Adão Pretto - Algir Lorenzon - Antonio Barbe-do - Antonio Carlos Azevedo - Antonio Dexheimer - Antonio Lorenzi - Bráulio Marques - Carrion Júnior - Celso Bernardi - Constantino Pica-relli - Éden Pedroso - Erani Müller - Francisco Turra - Germano Bonow - Germano Rigotto - Gilberto Mussi - Guaracy Marinho - Hélio Mus-skopf - Hilda de Souza - Ilário Pasin - Jarbas Lima - João Augusto Nar-des - João Odil Haas - João Osório - Joaquim Moncks - José Fortunati - José Ivo Sartori - Luiz Fernando Staub - Mário Limberger - Mário Ma-dureira - Porfírio Peixoto - Renan Kurtz - Sanchotene Felice - Selvino Heck - Tito Lívio Jaeger - Tufy Salomão - Valdomiro Lima - Valdomiro Vaz Franco - Valmir Susin - Wilson Mânica.

Participantes: Brasil Carús - Cezar Schirmer - Elói Zanella - Pau-lo Ritzel - Solon Tavares.

____________________________________________

atO DaS DISPOSIçõES cOnStItUcIOnaIS tRanSItÓRIaS

Art. 1º - O Governador do Estado, o Presidente do Tribunal de Justiça e os Deputados Estaduais prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, no ato e na data de sua promulgação.

Art. 2º - Fica mantida a Região Metropolitana de Porto Alegre, composta dos Municípios de Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Cam-po Bom, Canoas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Ivoti, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Paro-bé, Portão, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Viamão e Triunfo.

Parecer 11298Ementa: REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE. INCLU-SÃO DE NOVOS MUNICÍPIOS. A inclusão de novos municípios no rol esta-belecido pelo art. 2º do ADCT da Co˙nstituição do Estado há de ser feito neces-sariamente através de LEI COMPLEMENTAR, precedida de APROVAÇÃO da Câmara Municipal respectiva, mesmo quando se trate de município EMAN-CIPADO de outro já integrante da REGIÃO METROPOLITANA DE POR-TO ALEGRE.

Parágrafo único - As alterações que se fizerem necessárias na com-posição da Região Metropolitana serão estabelecidas por lei complementar.

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*Vide Leis nºs 11.201/98, 10.234/94; 11.198/98, 11.318/99; 11.340/99; 11.530/00, 11.539/00 e 11.645/01.

Art. 3º - No prazo de sessenta dias da promulgação da Constitui-ção, o Poder Executivo providenciará a convocação das assembléias gerais extraordinárias para adequar ao art. 25 desta Constituição os estatutos das entidades nele previstas.

Art. 4º - No prazo de seis meses da promulgação da Constituição, o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo projeto de Lei Or-gânica da Administração Pública.

Art. 5º - É assegurada aos servidores públicos civis estabilizados nos termos do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitó-rias da Constituição Federal a organização em quadro especial em extin-ção, respeitado o regime jurídico de trabalho, com plano de carreira e com vantagens e deveres dos servidores públicos estatutários, na forma da lei.

Parecer 12498 OJNEmenta: A disciplina estatutária das relações entretecidas entre Autarquia do Es-tado do Rio Grande do Sul e os servidores que, admitidos pelo regime comum do direito do trabalho, foram estabilizados pelo artigo 19, do Ato das Disposi-ções Constitucionais Transitórias de 1988, ressalvada a opção pela preservação do vínculo trabalhista. A subordinação ao regime disciplinar estatutário como con-seqüência da transmudação do regime legal. Lei Complementar Estadual nºº 10.098, de 3 de fevereiro de 1994, arts. 276 e 288. Processo Administrativo-Dis-ciplinar instaurado contra servidora autárquica no tocante a ilícito administrati-vo, a ela imputado, cuja prática já teria ocorrido sob a égide do regime estatutá-rio. Higidez do processado. Cabível, em tese, a aplicação da pena demissória, por incidência das regras dos arts. 178, incisos XVII, XX, XXII e XXIII, e 191, inci-sos VI, VII e IX, da Lei Complementar nºº 10.098. Prescrição da ação disciplinar

Parágrafo único - No prazo de cento e oitenta dias da promulga-ção da Constituição, será editada a lei complementar que disporá sobre o estabelecido neste artigo

*Declarada a inconstitucionalidade dos dispositivos do Art. 5º e parágrafo único na ADI nº 180-9. D.J.U., 27/06/03.

Art. 6º - É assegurado aos empregados da ex-Companhia de Ener-gia Elétrica Rio-Grandense o direito de opção retroativa pelo regime ju-rídico mais conveniente, unicamente para fins de contagem de tempo de serviço para aposentadoria.*

*(Ver ADIn 807- Em julgamento)

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constituição do estado do rio grande do sul

*Regulamentado pela Lei n° 9.123, de 30/07/90. Parágrafo único - Os eventuais ônus e vantagens decorrentes da

retroação prevista neste artigo correrão por conta das partes envolvidas, obedecidas as condições aplicadas aos demais empregados da Companhia Estadual de Energia Elétrica

(Ver ADIn 807- Em julgamento)Art. 7º - São reconhecidos como servidores autárquicos da então

Comissão Estadual de Energia Elétrica todos os empregados admitidos até 9 de janeiro de 1964 e que não detenham esta condição.

**(Ver ADIn 807- Em julgamento)*Regulamentado pela Lei nº 9.123, de 30/07/90.

Parágrafo único - A Companhia Estadual de Energia Elétrica terá noventa dias, a partir da promulgação da Constituição Estadual, para fa-zer os ajustes necessários, em cumprimento ao disposto no caput.

Art. 8º - É assegurada a anistia aos servidores públicos e emprega-dos bem como aos dirigentes e representantes sindicais ou de entidades de classe que, por motivos políticos, inclusive por participação em movi-mentos reivindicatórios, no período de 18 de setembro de 1946 até a data da promulgação desta Constituição, tenham sido punidos, transferidos, demitidos ou compelidos ao afastamento das atividades remuneradas que exerciam, ou sofrido interrupção no registro da efetividade.

Parecer 14454Ementa: POLÍCIA CIVIL. ANISTIA ADMINISTRATIVA CONCEDIDA PELA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 1989. PROMOÇÕES RETROA-TIVAS

Parágrafo único - Os servidores, mediante petição ao órgão ou empresa a que estão ou estavam vinculados, serão imediatamente reintegrados, e declarados nulos os atos administrativos que impuse-ram as punições.

Art. 9º - Todos os servidores públicos do Estado do Rio Grande do Sul, do Executivo, Legislativo e Judiciário, atingidos por Atos Insti-tucionais ou Complementares e posteriormente beneficiados pela Lei es-tadual nº 8.001, de 11-06-85, que tiveram seus atos de afastamento anu-lados pelo Decreto estadual nº 32.383, de 07-11-86, ou por sentença ju-

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dicial devidamente transitada em julgado, além do retorno à atividade na posição que hoje ocupariam pelo princípio da antiguidade, obedecidas as restrições de tempo de serviço ou de idade, terão direito a perceber ven-cimentos, avanços, gratificações e demais vantagens, com juros e correção monetária, como se em atividade estivessem no período do afastamento.

Parágrafo único - O pagamento será efetuado dentro de cento e vinte dias da data da promulgação da Constituição, independentemen-te de solicitação pelo funcionário ou por seus descendentes ou herdeiros.

Art. 10 - Ao ex-combatente domiciliado no Rio Grande do Sul que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial são assegurados, nos termos da Lei federal nº 5.315, de 12-09-67, os seguintes direitos:

I - assistência médica, hospitalar e educacional gratuita, extensiva aos dependentes;*

*Regulamentado pela Lei nº 10.081, de 20/01/94.

II - pensão especial correspondente ao vencimento básico do Pa-drão I da tabela do Quadro Geral dos Funcionários Públicos do Estado, inacumulável com quaisquer rendimentos recebidos dos cofres públicos, exceto os benefícios previdenciários, ressalvado o direito de opção;

III - transporte gratuito municipal e intermunicipal;IV - aposentadoria, com proventos integrais, aos vinte e cinco anos

de serviço público, ou aos sessenta e cinco anos de idade se servidor públi-co pelo menos há cinco anos;

V - aproveitamento no serviço público sem a exigência de concur-so e com estabilidade;

VI - prioridade na aquisição da casa própria, para os que não a pos-suam ou para suas viúvas ou companheiras;

VII - gratuidade de ingresso nos locais e espetáculos culturais, es-portivos e de diversões patrocinados pelo Estado.

Art. 11 - No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, o Poder Executivo submeterá ao Poder Legislativo projeto de lei propondo a reestruturação dos órgãos e empresas de economia mis-ta responsáveis pela exploração, transporte e distribuição de energéticos, visando à integração dos esforços necessários à implementação da política do Governo para o setor.

Art. 12 - No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Cons-

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tituição, o Poder Executivo adotará as seguintes providências:I - submeterá ao Poder Legislativo projeto de lei atualizando e ra-

cionalizando os serviços de assistência previdenciária, médico-hospitalar e social destinados aos servidores da administração direta, autárquica e fundacional do Estado, observando critérios uniformes de atendimento e concessão de benefícios;

II - realizará as eleições a que se refere o § 1º do art. 41.Parágrafo único - No prazo de noventa dias da promulgação da

Constituição, o Poder Executivo procederá à revisão dos direitos dos ser-vidores públicos inativos, pensionistas e dependentes, e à atualização dos proventos e pensões a eles devidos, a fim de ajustá-los ao disposto no § 3º do art. 38 e no § 3º do art. 41.*

*Vide Lei nº 9.127, de 07/08/90.

Art. 13 - No prazo de noventa dias da promulgação da Constitui-ção, será efetuado levantamento completo da dívida do Estado para com o Instituto de Previdência do Estado, em valores atualizados.

Parágrafo único - Findo o prazo, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei estabelecendo cronograma de pagamento da dívida.

Art. 14 - No prazo máximo de um ano da promulgação da Cons-tituição, o Estado promoverá as ações discriminatórias das terras devolu-tas rurais e urbanas.*

*Vide Lei nº 10.851, de 25/09/96.

Parágrafo único - Os imóveis advindos das ações discriminatórias referidas no caput destinar-se-ão a projetos de assentamentos agrários e a comunidades indígenas despojadas de terras em território tradicional, na zona rural, e projetos de moradia popular, na zona urbana, ressalvada a in-disponibilidade das áreas necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

Art. 15 - Em três anos da promulgação da Constituição, a Assem-bléia Legislativa revisará todas as doações, vendas, concessões e permis-sões de uso de imóveis urbanos e rurais realizadas no período de 1º de ja-neiro de 1962 até a promulgação desta Constituição.

§ 1º - No tocante a vendas e doações, a revisão será feita exclusiva-mente com base no critério de legalidade da operação.

§ 2º - Na hipótese de concessões e permissões, a revisão obedecerá aos critérios de legalidade e de conveniência do interesse público.

§ 3º - Comprovada a ilegalidade ou havendo interesse público, as

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terras reverterão ao patrimônio do Estado.Art. 16 - No prazo de sessenta dias da promulgação da Constitui-

ção, o Poder Executivo nomeará comissão com o encargo de:*I - realizar, no prazo de cento e oitenta dias, levantamento comple-

to e atualizado das terras públicas urbanas e rurais e das pertencentes a empresas sob controle do Estado, destinando as não-utilizadas ou subuti-lizadas a assentamentos de população de baixa renda;

*Vide Lei nº 10.851, de 25/09/96.II - efetuar levantamento das áreas às margens dos rios e banhados

adquiridas por particulares mediante usucapião, sugerindo as medidas ad-ministrativas e judiciais, se cabíveis, necessárias a sua preservação.Parágrafo único - Até a conclusão de seu trabalho, a comissão presta-rá contas semestralmente ao Governador do Estado, e este, à Assembléia Legislativa.

Art. 17 - Fica criado o Fundo Estadual de Educação, que será regulado por lei no prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição.

Art. 18 - No prazo de noventa dias da promulgação da Consti-tuição, a lei redefinirá e redimensionará as competências da Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado no Rio Grande do Sul.

Art. 19 - Lei Ordinária, a ser proposta pelo Poder Executivo até cen-to e vinte dias da promulgação da Constituição, criará loteria de números destinada a apoiar as entidades comunitárias e públicas dedicadas à educa-ção, recuperação e integração social do deficiente e do menor carente.

Art. 20 - No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, os Municípios de Viamão e Porto Alegre, à luz do Decreto--Lei nº 506, de 09-07-1902, e do Decreto-Lei nº 720, de 29-12-44, fir-marão termo de demarcação dos respectivos territórios, sob a intermedia-ção do Estado.

Art. 21 - As vagas de Conselheiro do Tribunal de Contas serão pre-enchidas: a primeira e a segunda por indicação da Assembléia Legislativa; a terceira e a quarta por indicação do Governador do Estado, conforme o art. 74; a quinta, a sexta e a sétima por indicação da Assembléia Legisla-tiva; após, repetir-se-á a mesma ordem.*

*Declarada a inconstitucionalidade do trecho em negrito na ADI nº 892-7. D.J.U., 26/04/02.

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Art. 22 - Fica provisoriamente atribuída aos Municípios que parti-cipavam da arrecadação do Imposto Único sobre Minerais, de competên-cia da União, igual parcela de retorno do Imposto sobre Operações Rela-tivas à Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, sem prejuízo dos demais repasses a serem efetuados pelo Estado, na forma da lei.

Parágrafo único - Aplicar-se-á o disposto neste artigo até que as operações realizadas pelos contribuintes que se dedicam à extração de produtos de origem mineral sejam consideradas na composição dos índi-ces de retorno do ICMS aos Municípios.

Art. 23 - Até cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, serão criados e instalados pelo menos cinco juizados regionais de menores, com estrutura semelhante à do Juizado de Menores da Capital, titulados por Juiz de Direito da mais alta entrância do interior do Estado.

Parágrafo único - Lei de iniciativa do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado determinará a localização dos juizados, seu quadro de pessoal e os Municípios abrangidos na competência de cada um, e intro-duzirá modificação no Código de Organização Judiciária no sentido de que seja exclusiva do Juiz de Menores Regional, na área de sua jurisdição, a competência para decidir sobre fatos praticados por menores de dezoito anos qualificados como infração penal, e outras que julgar convenientes.

Art. 24 - Enquanto não aprovada a lei complementar relativa à Ad-vocacia-Geral do Estado prevista no art. 114, ficam mantidas separadas de sua Procuradoria-Geral as consultorias jurídicas da administração au-tárquica do Estado, desde que estas, anteriormente à data da promulgação da Constituição Federal, tenham tido órgãos distintos para o exercício das funções pertinentes.

Art. 25 - Enquanto não aprovada a lei complementar relativa à Co-ordenadoria-Geral de Perícias, os Institutos de Criminalística, Médico--Legal e de Identificação continuarão a exercer suas atividades na área das respectivas atribuições.

§ 1º - O Governador do Estado, no prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, encaminhará à Assembléia Le-gislativa projeto de lei complementar dispondo sobre a organização e funcionamento da Coordenadoria-Geral de Perícias.*

*Vide LEC nº 10.687, de 09/01/96.

§ 2º - Aos servidores públicos admitidos mediante concurso pú-

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blico, lotados e em exercício nos Institutos referidos no caput à época da promulgação da Constituição, será facultada a opção, de forma irretratá-vel, entre as carreiras de igual padrão e nível desses Institutos e da Coor-denadoria-Geral de Perícias, nos termos da lei complementar.

Art. 26 - O Governador do Estado, no prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, encaminhará à Assembléia Legislativa projeto de lei complementar dispondo sobre o Quadro Especial de Servi-dores Penitenciários, conforme prevê o art. 138.

Parágrafo único - Será implementado no prazo máximo de dezoito meses da promulgação da Constituição o disposto no art. 138 relativamente à direção dos estabelecimentos penais.

Art. 27 - Lei a ser editada em cento e oitenta dias da promulgação da Constituição disporá sobre a transferência de áreas urbanas pertencen-tes ao Estado aos moradores de baixa renda que as tenham ocupado, sem oposição judicial, por prazo igual ou superior a cinco anos.*

Parágrafo único - A lei a que se refere este artigo regulamentará a destinação das áreas urbanas ociosas pertencentes à administração dire-ta e indireta, preferencialmente para utilização em programas habitacio-nais para famílias de baixa renda que não sejam proprietárias de imóvel.*

*Regulamentados pela LEC nº 9.752, de 10/11/92.

Art. 28 - Dentro de noventa dias da promulgação da Constituição, o Poder Executivo formará grupo de trabalho, com participação igualitária de re-presentantes da Comissão Regional dos Atingidos pelas Barragens, para, jun-to com a sociedade em geral e com a comunidade científica, proceder a amplo debate público sobre o Projeto Energético Brasil ano 2001, suas repercussões para o Rio Grande do Sul e alternativas a sua implantação.

Art. 29 - No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Cons-tituição, o Poder Executivo elaborará e a Assembléia Legislativa apreciará projeto de implantação do seguro rural no Estado.

Art. 30 - No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constitui-ção, o Poder Executivo elaborará e a Assembléia Legislativa apreciará progra-ma especial de recuperação da capacidade produtiva dos pequenos estabeleci-mentos agrícolas no Estado, privilegiando a recuperação e conservação do solo.

Art. 31 - O Poder Executivo, ouvido o Conselho de Desenvolvi-mento Agrícola, apresentará, no prazo de noventa dias da promulgação da Constituição, plano para o assentamento dos agricultores sem terra rema-

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constituição do estado do rio grande do sul

nescentes dos acampamentos da Fazenda Anoni e do Salto do Jacuí.Art. 32 - No prazo de quatro anos da promulgação da Constitui-

ção, o Estado realizará o reassentamento dos pequenos agricultores as-sentados em áreas colonizadas ilegalmente pelo Estado situadas em ter-ras indígenas.

Art. 33 - Lei a ser editada no prazo de cento e oitenta dias da pro-mulgação da Constituição estabelecerá os critérios e prazos para que to-das as propriedades rurais, independentemente das respectivas áreas, pas-sem a ter um mínimo de dez por cento de sua superfície total ocupada por cobertura florestal, preferentemente com espécies nativas.

Art. 34 - No prazo de um ano da promulgação de sua Lei Orgâni-ca, os Municípios, para habilitar-se ao recebimento de recursos do Esta-do, excetuados aqueles a serem transferidos, deverão preencher estes re-quisitos básicos:

I - comprovar a aplicação de no mínimo vinte e cinco por cento de sua receita com arrecadação de impostos, incluída a proveniente de trans-ferências, no ensino pré-escolar e fundamental;

II - comprovar a existência e funcionamento de plano de carreira e de Conselho Municipal de Educação, criados por lei;

III - ter planos municipais de educação, de duração plurianual, aprovados pelo Conselho Municipal de Educação.

Art. 35 - Dentro de cento e oitenta dias a contar da publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, será promulgada a lei do sistema estadual de ensino, estabelecendo a articulação deste com os sis-temas municipais.

Art. 36 - Dentro de cento e oitenta dias a contar da promulgação desta Constituição, será editada a lei de que trata o art. 207.

Art. 37 - O Estado implementará, a partir de 1990, o plano emer-gencial de erradicação do analfabetismo, valendo-se de meios existentes no sistema estadual de ensino e de recursos comunitários.

Art. 38 - O Poder Executivo, dentro de cento e oitenta dias contados da promulgação da Constituição, encaminhará projetos da Lei Orgânica da Saúde e do Código Sanitário do Estado, com natu-reza de lei complementar.

Art. 39 - Até o ano 2000, o Estado promoverá saúde a toda a sua população, no âmbito do atendimento primário, nos termos do compro-misso assumido pelo Brasil junto à Organização Mundial de Saúde, de

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

acordo com a Declaração de Alma Atha.Art. 40 - No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da

Constituição, serão editados:I - Código Estadual do Meio Ambiente;(Lei n. 11.520/2000)II - Código Estadual de Uso e Manejo do Solo Agrícola;III - Código Estadual Florestal.(Lei n. 9519/1992)Parágrafo único - Os Códigos a que se refere este artigo unifica-

rão as normas estaduais sobre as respectivas matérias, dispondo, inclusive, sobre caça, pesca, fauna e flora, proteção da natureza, dos cursos d’água e dos recursos naturais, e sobre controle da poluição, definindo também in-frações, penalidades e demais procedimentos peculiares.

Art. 41 - O Estado manterá, em sua administração indireta, ins-tituição financeira de incentivo e fomento à pequena economia privada, tendo por objetivos principais:

I - incentivar os hábitos de poupança da população em geral;II - orientar a formação de capital nas comunidades, especialmen-

te nas menos favorecidas;III - incrementar o financiamento e a construção de habitações populares;IV - financiar obras públicas estaduais e municipais;V - financiar a produção primária.§ 1º - A assistência à pequena economia privada é serviço público,

que o Estado executa por meio da Caixa Econômica Estadual, autarquia vinculada a sua administração indireta.

§ 2º - Na prestação dos serviços que lhe incumbem, a Caixa Eco-nômica Estadual goza de imunidade tributária e de todos os privilégios e regalias inerentes ao serviço público, cabendo exclusivamente ao Estado decidir sobre sua organização e funcionamento.

§ 3º - O Estado arcará com os recursos necessários ao pagamento dos servidores inativos da instituição a que se referem os parágrafos ante-riores. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 10, de 12/07/95.)

Art. 41 - O Estado manterá, em sua administração indireta, ins-tituição de fomento ao seu desenvolvimento econômico e social, tendo como principais objetivos:*

I - o repasse dos recursos necessários ao financiamento da atividade pública e privada, mediante concessão de créditos de médio e longo pra-

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zos, principalmente para as regiões menos favorecidas do Estado;* II - o apoio à pequena economia privada, mediante a concessão de

empréstimos diferenciados às microempresas e empresas de pequeno por-te, tal como definidas em lei, garantindo-lhes, desta forma, meios de cres-cimento e permanência no mercado;*

III - a criação de programas de financiamento à habitação popular, à capacitação tecnológica e de conservação do meio ambiente;*

IV - o incremento da produção agropecuária, por meio da conces-são de financiamentos compatíveis com as atividades executadas por este setor;*

V - o suprimento dos recursos necessários à realização de projetos de caráter social e comunitário, principalmente daqueles que visem a gerar empregos e melhorar as condições de vida das parcelas menos favorecidas da população ou que objetivem diminuir as desigualdades sociais entre as diversas regiões do Estado.*

Parágrafo único - A Caixa Estadual S.A. - Agência de Desen-volvimento poderá, ainda, realizar quaisquer outras operações compatí-veis com a sua natureza de instituição de fomento, observadas as normas aplicáveis à matéria, especialmente aquelas fixadas pelo Banco Central do Brasil.*

* NR dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 20/05/97.

Art. 42 - A lei não poderá excluir os servidores ferroviários de qual-quer direito, garantia ou vantagem que forem assegurados aos servidores públicos.

Art. 43 - A autarquia concessionária dos serviços portuários e hi-droviários continuará adotando, para os atuais servidores, a legislação por-tuária federal, com quadro próprio, e política salarial do poder concedente.

Art. 44 - No prazo de noventa dias da promulgação da Cons-tituição, o Estado regulamentará o Sistema Estadual de Defesa do Consumidor, estabelecendo sua composição mediante consulta às en-tidades representativas da sociedade civil, conforme previsto no caput e inciso I do art. 267.

Art. 45*- *Declarada a inconstitucionalidade do art. 45 e seus parágrafos do ADCT, con-

forme dispositivos na ADI nº 192-2. D.J.U., 06/09/01.

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Art. 46 - Toda restrição, limitação, vedação ou redução de direitos, prerrogativas e vantagens estabelecida nesta Constituição vigorará respei-tados os direitos reconhecidos pela legislação vigente à data de sua pro-mulgação e as situações juridicamente consolidadas.

Art. 47 - No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Cons-tituição, o Estado promoverá, no âmbito da administração direta e indire-ta, concurso público de provas e títulos para provimento dos cargos cujas atribuições são exercidas por servidor público efetivo em desvio de função.*

§ 1º - O período de exercício das atribuições correspondentes ao cargo a ser provido na forma referida neste artigo será considerado como título, na proporção de vinte a sessenta por cento dos pontos da prova.*

§ 2º - Aos servidores públicos e às chefias imediatas compete co-municar, no prazo de trinta dias da promulgação da Constituição, direta-mente à Secretaria de Recursos Humanos e Modernização Administrati-va, a ocorrência dos casos característicos de desvio de função.*

Vide Lei nº 9.227, de 01/02/91.* Art. 48 - O membro do magistério público estadual detentor de

dois cargos ou de um cargo e uma função poderá optar pelo regime de quarenta horas semanais de trabalho, desde que o requeira, exonerando-se de um cargo ou uma função, nos termos a serem definidos em lei, no pra-zo de noventa dias da data da promulgação da Constituição.

Art. 49 - No prazo de cento e vinte dias da promulgação da Cons-tituição, a lei definirá a forma e os casos em que o Estado reconhecerá a relação de emprego com as pessoas que, na data da instalação da Assem-bléia Constituinte do Estado, prestavam, regular e permanentemente, ser-viços administrativos e de manutenção e conservação nos estabelecimen-tos de ensino público estadual, diretamente ou através de círculos de pais e mestres *

§ 1º - O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título, na forma da lei, quando se submeterem a concurso público para fins de efetivação

§ 2º - Ficam excluídas da previsão do caput as pessoas contratadas por empresas prestadoras de serviços ou vinculadas a outros entes públicos*

§ 3º - As atividades nos estabelecimentos de ensino público estadu-al somente serão atribuídas a servidores públicos concursados, ressalvados

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constituição do estado do rio grande do sul

aqueles que desempenhavam, na data da instalação da Assembléia Cons-tituinte do Estado, as atividades referidas no caput*

*Dispositivos suspensos por liminar concedida na ADI nº 181-7. D.J.U., 20/04/90.  Perda do Objeto conforme julgamento de mérito da ADI. D.J.U. em , 05/08/05.

Art. 50 - Dentro de três anos da promulgação da Constituição, o Estado do Rio Grande do Sul concluirá a rodovia RST-101, trecho Osó-rio-São José do Norte.

Art. 51 - Fica reaberto o prazo, por trezentos e sessenta dias a con-tar da promulgação da Constituição, para que os funcionários públicos e servidores públicos ferroviários aposentados por invalidez possam pedir revisão de suas aposentadorias com o fim de enquadrá-las, se houver am-paro legal, como provenientes de acidente de trabalho, moléstias profissio-nais ou outras moléstias especificadas em lei.

Art. 52 - O Estado complementará, segundo as regras aplicáveis aos de-pendentes dos membros do Ministério Público, as pensões dos dependentes dos membros do órgão estruturado de acordo com o art. 32 do Ato das Dispo-sições Constitucionais Transitórias da Constituição Estadual de 1947.

Art. 53 - É assegurada a aposentadoria facultativa com proventos integrais aos magistrados que, até 05 de outubro de 1988, hajam comple-tado trinta anos de serviço, independentemente do tempo de exercício efetivo na judicatura.

Art. 54 - No prazo de noventa dias após a conclusão e divulgação dos resultados do recenseamento de 1990, a ser realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Poder Executivo apresentará à As-sembléia Legislativa projeto de lei redimensionando os critérios de parti-lha do ICMS aos Municípios.

Art. 55 - A regionalização do plano plurianual, das diretrizes or-çamentárias e dos orçamentos anuais, determinada nos §§ 1º e 8º do art. 149, será cumprida de forma progressiva, no que tange à distribuição dos recursos, no prazo de até cinco anos, com exclusão dos dispêndios que, por sua própria natureza, não comportam subdivisões espaciais.

Art. 56 - A lei que instituir o plano plurianual deverá prever, nos próximos vinte anos, recursos destinados a programas de despoluição do rio Guaíba e demais rios da Região Metropolitana e à manutenção da po-tabilidade e balneabilidade restabelecidas.

Parágrafo único - A lei de diretrizes orçamentárias e os orçamen-

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

tos anuais especificarão os recursos necessários, anualmente, para a imple-mentação do programa previsto neste artigo.

Art. 57 - No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, o Poder Executivo enviará ao Poder Legislativo projeto de lei sobre estatuto próprio dos servidores públicos militares, dispondo, en-tre outras matérias, sobre o sistema de promoção, inclusive de cabos e sol-dados, a exemplo do previsto para as demais patentes da Corporação.*

*Vide LEC nº 10.990, de 18/08/97, alteradas pelas LECs nºs 11.170/98, 11.614/ 01.1.650/01, 11.831/02 e 12.011/03.

Art. 58 - Aplicam-se aos servidores militares integrantes dos quadros de especialistas que desempenharam cargos de chefia as dis-posições previstas no inciso VI do § 1º e nos §§ 2º e 3º do art. 19 da Lei nº 6.196, com a alteração que lhe foi dada pela Lei nº 8.198, de 03-11-1986.

Art. 59 - Aplica-se, aos servidores militares reformados na forma que era prevista nos arts. 53, § 1º, alínea c, in fine, e 77 do Decreto-Lei nº 830, de 06-07-45, no art. 123 da Lei nº 6.195-71 e no art. 80, nº 4, da Lei nº 6.196, de 15-01-71, a vantagem pecuniária prevista no art. 114, § 2º e incisos, da Lei nº 7.138, de 30-01-78.

Art. 60 - No prazo de cento e vinte dias da promulgação da Cons-tituição, a lei criará na Brigada Militar quadro de servidores civis.

Art. 61 - No prazo de cento e vinte dias da promulgação da Cons-tituição, lei ordinária criará e disciplinará o sistema estadual de ciência e tecnologia para integrar os órgãos do setor, visando à eficácia da produção científica e tecnológica.

Art. 62 - No prazo de cento e vinte dias da promulgação da Cons-tituição, será editada a lei complementar de que trata o art. 236.

Art. 63 - No prazo de noventa dias da promulgação da Constitui-ção, o Poder Executivo submeterá ao Poder Legislativo projeto de lei au-torizando o Instituto Rio-Grandense do Arroz a vender, sem licitação, derrogado, no particular, o disposto no art. 14, alínea d, da Lei nº 533, de 31-12-48, imóveis de sua propriedade localizados na CR-1, no Município de Palmares do Sul, aos atuais possuidores de lotes com área não superior a dois mil metros quadrados, situados na vila.

Parágrafo único - A partir da vigência da lei prevista no caput, o perímetro urbano do distrito de CR-1, criado pela Lei municipal nº 079-85, passará à administração do Município de Palmares do Sul.

Art. 64 - No ano de 1991, o Estado realizará, com a cooperação das

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constituição do estado do rio grande do sul

entidades de classe correspondentes, um censo geral dos servidores dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e das entidades da adminis-tração indireta e respectivas subsidiárias, publicando os resultados numé-ricos no Diário Oficial do Estado.

Art. 65 - No ano de 1991, o prazo previsto no art. 152, § 8º, inciso I, terá seu termo final em 30 de abril.

Art. 66 - Todos os Municípios receberão, gratuita e diariamente, um exemplar do Diário Oficial do Estado, para ser posto à disposição da respectiva comunidade em local de amplo acesso.

Art. 67 - No prazo máximo de um ano da promulgação da Cons-tituição, o Governo do Estado mandará imprimir e distribuirá, gratuita-mente, exemplares desta Constituição às escolas estaduais e municipais, às Universidades, bibliotecas, entidades sindicais, associações de moradores e a outras entidades da sociedade civil, para facilitar o acesso dos cidadãos ao texto constitucional rio-grandense.

Porto Alegre, 3 de outubro de 1989 - Gleno Scherer, Presidente - Roberto Künzel, 1º Vice-Presidente - Luís Abadie, 2º Vice-Presidente - Carlos Sá Azambuja, 1º Secretário - Antonio Lourenço Pires, 2º Secre-tário - Nestor Fips Schneider, 3º Secretário - Raul Pont, 4º Secretário - Moesés Berlesi, 1º Suplente de Secretário - Sérgio Zambiasi, 2º Suplen-te de Secretário - Jauri Oliveira, 3º Suplente de Secretário - Ecléa Fer-nandes, 4º Suplente de Secretário - Mendes Ribeiro Filho, Relator-Ge-ral - Athos Rodrigues, Relator Adjunto - Carlos Araújo, Relator Adjunto - Achylles Braghirolli - Adão Pretto - Algir Lorenzon - Antonio Barbe-do - Antonio Carlos Azevedo - Antonio Dexheimer - Antonio Lorenzi - Bráulio Marques - Carrion Júnior - Celso Bernardi - Constantino Pica-relli - Éden Pedroso - Erani Müller - Francisco Turra - Germano Bonow - Germano Rigotto - Gilberto Mussi - Guaracy Marinho - Hélio Mus-skopf - Hilda de Souza - Ilário Pasin - Jarbas Lima - João Augusto Nar-des - João Odil Haas - João Osório - Joaquim Moncks - José Fortunati - José Ivo Sartori - Luiz Fernando Staub - Mário Limberger - Mário Ma-dureira - Porfírio Peixoto - Renan Kurtz - Sanchotene Felice - Selvino Heck - Tito Lívio Jaeger - Tufy Salomão - Valdomiro Lima - Valdomiro Vaz Franco - Valmir Susin - Wilson Mânica.

Participantes: Brasil Carús - Cezar Schirmer - Elói Zanella - Pau-lo Ritzel - Solon Tavares

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 1

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Interno, promulga a se-guinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O art. 63 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul pas-sa a ter a seguinte redação:

“Art. 63 - Transcorridos trinta dias do recebimento de qualquer proposi-ção em tramitação na Assembléia Legislativa, seu Presidente, a requerimento de qualquer dos Deputados, mandará incluí-la na ordem do dia, para ser discutida e votada, desde que com Parecer da Comissão de Constituição e Justiça.

§ 1º - A Comissão de Constituição e Justiça, no caso de ainda não se ter manifestado quanto à proposição, terá prazo de três dias úteis, con-tados da data de entrada do requerimento de que trata este artigo, para apresentar Parecer.

§ 2º - A proposição somente será retirada da ordem do dia se o autor desistir do requerimento.”

Art. 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 18 de junho de 1991.

Deputado Cezar Schirmer,Presidente.

Deputado João Augusto Nardes, Deputado Marcos Rolim,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Renan Kurtz, Deputado Tapir Rocha,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Manoel Maria, Deputado Odilon Mesko,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 24/06/91.)____________________________________________________

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 2

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O “caput” do artigo 22 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a ter a seguinte redação:

“Art. 22 - Dependem de lei específica, mediante aprovação por maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa:”

Art. 2º - Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 30 de abril de 1992.

Deputado Cezar Schirmer,Presidente.

Deputado João Augusto Nardes, Deputado Marcos Rolim,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Renan Kurtz, Deputado Tapir Rocha,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Manoel Maria, Deputado Odilon Mesko,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 07/05/92.)

Parecer 12621- Ementa: Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. Participação em consórcio de empresas para construção de usinas hidrelétricas. Possibilidade de constituição de empresa pelas consorciadas, nos termos do art. 20 da Lei nº 8.987/95. Necessidade de autorização legislativa para a sociedade de economia mista participar de empresa privada, nos termos do art. 22 da Constituição do Es-tado e do art. 37, incisos XIX e XX, da Carta da República.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 3

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O artigo 255 da Constituição do Estado passa a ter a se-guinte redação:

“Art. 255 - A implantação ou ampliação de distritos ou pólos in-dustriais, de indústria carbo ou petroquímicas, bem como de empreendi-mentos, definidos em lei, que possam alterar significativa ou irreversivel-mente uma região ou a vida de uma comunidade, dependerá de aprovação da Assembléia Legislativa.”

Art. 2º - Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 15 de dezembro de 1992.

Deputado Cezar Schirmer,Presidente.

Deputado Marcos Rolim, Deputado Renan Kurtz,2º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Tapir Rocha, Deputado Manoel Maria,2º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Odilon Mesko,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 30/12/92.)(Republicada no D.O. de 06/01/93.)

____________________________________________________

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 4

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Inclua-se no art. 76 da Constituição do Estado o se-guinte parágrafo:

Parágrafo único - Os responsáveis pelo controle interno, ao toma-rem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência, sob pena de responsabilidade, ao Tribunal de Contas do Estado, o qual comunicará a ocorrência, em caráter reservado, à Mesa da Assem-bléia Legislativa.”

Art. 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 15 de dezembro de 1993.

Deputado Renan Kurtz,Presidente.

Deputado Manoel Maria, Deputado Odilon Mesko,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Wilson Mânica,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Flávio Koutzii, Deputado Edemar Vargas,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 30/12/93.)__________________________________________________

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 5

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O artigo 154 da Constituição do Estado passa a vigorar acres-cido de um parágrafo, numerado como parágrafo 5º, com a seguinte redação:

§ 5º - É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se refere o artigo 145, para a prestação de garantias e con-tragarantias à União e para pagamento de débitos para com ela, limitado a 10% da Receita Própria Líquida do Estado, mediante autorização legis-lativa prévia e específica.”

Art. 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 04 de janeiro de 1994.

Deputado Renan Kurtz,Presidente.

Deputado Manoel Maria, Deputado Odilon Mesko,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Wilson Mânica,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Edemar Vargas,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 14/01/94.)

Parecer 9982-Ementa: Exame da Lei Estadual nº 10.100, de 07 de fevereiro de 1994 que au-toriza o Poder Executivo a refinanciar os saldos devedores de operações de crédi-to interno junto a União. Receita própria líquida do Estado como garantia: pre-visão legal. Proposta de alteração legislativa. Resolução nº 11 de 1994 do Sena-do Federal.

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 6

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regulamento In-terno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O parágrafo 5º do artigo 154 da Constituição do Estado passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 154 - ...§ 5º - É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos

impostos a que se refere o artigo 145, para a prestação de garantias e con-tragarantias à União e para pagamento de débitos para com ela, mediante autorização legislativa prévia e específica”.

Art. 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de abril de 1994.

Deputado Renan Kurtz,Presidente.

Deputado Manoel Maria, Deputado Odilon Mesko,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Wilson Mânica,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Edemar Vargas,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 15/04/94.) Parecer 10539Ementa: RECEITA TRIBUTÁRIA PRÓPRIA. Seu oferecimento, a União, como garantia para consolidação e reescalonamento de dívidas internas das admi-nistrações direta e indireta do Estado. Constitucionalidade. Aplicação do parágra-fo 4º do art. 167 da CF.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 7

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Dê-se nova redação ao “caput” do artigo 19 da Constitui-ção do Estado, nos seguintes termos:

“Art. 19 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos municípios, visando à promoção do bem públi-co e à prestação de serviços à comunidade e aos indivíduos que a compõe, observará os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade, da legitimidade, da participação, da razoabilidade, da eco-nomicidade, da motivação e o seguinte: /.../.”

Art. 2º - Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 28 de junho de 1995.

Deputado José Otávio Germano,Presidente.

Deputado Valdir Fraga, Deputado Quintiliano Vieira,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado João Luiz Vargas, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Pepe Vargas, Deputado Francisco Appio,3º Secretário. 4º Secretário. (Publicada no D.O. de 05/07/95.)

Parecer 12977- revIsa Parecer 12388Ementa: PDV. Cômputo do tempo de serviço anterior à exoneração incentivada. Efeitos da declaração de inconstitucionalidade do § 3º do art. 4º da Lei 10.727/96, quanto aos ex-servido-res que vierem a ser nomeados em cargos de provimento efetivo; inalterada a situação daqueles que tiveram provimento em cargos em comissão. Revisão do Parecer nº 12.388/98.

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constituição do estado do rio grande do sul

Parecer 11065Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E FINANCEIRO. ORÇAMEN-TO DO MUNICÍPIO DE SARANDI. POSSIBILIDADE DE DOTAÇÃO AO HOSPITAL COMUNITÁRIO. É constitucional e legal a dotação orça-mentária de verbas públicas do Município de Sarandi ao Hospital Comunitário, desde que tal efetivamente seja feito na Lei do Orçamento, de iniciativa do Execu-tivo Municipal, considerando-se que é atribuição dos Municípios o zelo pela saú-de, assim como legislar em assunto de seu interesse. O Hospital Comunitário, por ser associação comprovadamente de utilidade pública, e legítimo a receber a verba pública, devendo aplicá-la em programas de saúde a população carente, de apli-cação devidamente fiscalizada, frente aos princípios constitucionais da moralida-de, impessoalidade, publicidade, legitimidade, participação, da economicidade, de motivação e, principalmente, da razoabilidade (art. 19, da CE, com texto modifi-cado pela Emenda Constitucional nº 07/95).

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 8

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O artigo 144 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 144 - A receita proveniente de multas por infração de trânsito, nas vias públicas municipais, será do município onde estas se verificarem, sendo repassadas no mês subseqüente ao da efetiva arrecadação.”

Art. 2º - Esta emenda entra em vigor na data da sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 28 de junho de 1995.

Deputado José Otávio Germano,Presidente.

Deputado Valdir Fraga, Deputado Quintiliano Vieira,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

Deputado João Luiz Vargas, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Pepe Vargas, Deputado Francisco Appio,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 05/07/95.)__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 9

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O artigo 38 da Constituição Estadual fica acrescido de mais quatro parágrafos, que serão o 5º, 6º, 7º e 8º, com a seguinte redação:

Art. 38 - ...Parágrafo 5º - As aposentadorias dos servidores públicos estadu-

ais, inclusive membros do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado serão custeados com recursos provenien-tes do Tesouro do Estado e das contribuições dos servidores, na forma da lei complementar.

Parágrafo 6º - As aposentadorias dos servidores das autarquias es-taduais e das fundações públicas serão custeadas com recursos provenien-tes da instituição correspondente e das contribuições de seus servidores, na forma da lei complementar.

Parágrafo 7º - Na hipótese do parágrafo anterior, caso a entidade não possua fonte própria de receita, ou esta seja insuficiente, os recursos necessários serão comp1ementados pelo Tesouro do Estado, na forma da

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constituição do estado do rio grande do sul

lei complementar.Parágrafo 8º - Os recursos provenientes das contribuições de que

tratam os parágrafos anteriores serão destinados exclusivamente a inte-gralizar os proventos de aposentadoria, tendo o acompanhamento e a fis-calização dos servidores na sua aplicação, na forma da lei complementar.”

Art. 2º - Esta emenda entra em vigor na data da sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de julho de 1995.

Deputado José Otávio Germano,Presidente.

Deputado Valdir Fraga, Deputado João Luiz Vargas,1º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Edemar Vargas, Deputado Pepe Vargas,2º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Francisco Appio,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 20/07/95.)

Parecer 11327Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SUPLEMENTAR. LEI COMPLEMENTAR Nº 10588/95 e DECRETO Nº 36523/96. Contri-buição obrigatória dos servidores públicos das autarquias estaduais.

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 10

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Fica revogado o parágrafo 3º do artigo 41 do Ato das Dis-

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

posições Constitucionais Transitórias da Constituição Estadual.Art. 2º - Esta emenda constitucional entra em vigor no primeiro

dia do mês seguinte ao de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de julho de 1995.

Deputado José Otávio Germano,Presidente.

Deputado Valdir Fraga, Deputado João Luiz Vargas,1º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Edemar Vargas, Deputado Pepe Vargas,2º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Francisco Appio,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 20/07/95.)__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 11

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O parágrafo único do artigo 6º da Constituição do Esta-do, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 6º - ...Parágrafo único - O dia 20 de setembro é a data magna, sendo con-

siderado feriado no Estado.”Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de

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constituição do estado do rio grande do sul

sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 03 de outubro de 1995.

Deputado José Otávio Germano,Presidente.

Deputado Valdir Fraga, Deputado Quintiliano Vieira,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado João Luiz Vargas, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Pepe Vargas, Deputado Francisco Appio,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 13/10/95.)__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 12

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O artigo 20 da Constituição do Estado fica acrescido dos seguintes parágrafos:

Parágrafo 4º - Os cargos em comissão destinam-se à transmissão das diretrizes políticas para a execução administrativa e ao assessoramento.

Parágrafo 5º - Os cargos em comissão não podem ser ocupados por cônjuges ou companheiros e parentes, consangüíneos, afins ou por adoção, até o segundo grau.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

I - do Governador, do Vice-Governador, do Procurador-Geral do Estado, do Defensor Público-Geral do Estado e dos Secretários de Esta-do, ou titulares de cargos que lhes sejam equiparados, no âmbito da admi-nistração direta do Poder Executivo;

II - dos Desembargadores e Juízes de 2º grau, no âmbito do Poder Judiciário;

III - dos Deputados Estaduais, no âmbito da Assembléia Legislativa;IV - dos Procuradores de Justiça, no âmbito da Procuradoria-Ge-

ral de Justiça;V - dos Conselheiros e Auditores Substitutos de Conselheiros, no

âmbito do Tribunal de Contas do Estado;VI - dos Presidentes, Diretores-Gerais, ou titulares de cargos equi-

valentes, e dos Vice-Presidentes, ou equivalentes, no âmbito da respecti-va autarquia, fundação instituída ou mantida pelo Poder Público, empresa pública ou sociedade de economia mista.”

Art. 2º - O “caput” do artigo 32 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

Art. 32 - Os cargos em comissão, criados por lei em número e com remuneração certos e com atribuições definidas de direção, chefia ou as-sessoramento, são de livre nomeação e exoneração, observados os requisi-tos gerais de provimento em cargos estaduais.”

Art. 3º - São revogados os parágrafos 3º, 4º e 5º do artigo 32 da Constituição do Estado.

Art. 4º - Ficam extintos os cargos em comissão que não atendam às disposições do parágrafo 4º do artigo 20 e do artigo 32, “caput”, da Cons-tituição do Estado.*

*Dispositivo suspenso por liminar concedida na ADI nº 1.521-4. D.J.U., 17/03/00.

Art. 5º - Ficam extintos os provimentos, com a respectiva exonera-ção, dos cargos em comissão provido em desacordo com as disposições do parágrafo 5º do artigo 20 da Constituição do Estado.

Art. 6º - O Governador do Estado, o Presidente da Tribunal de Justiça e a Mesa da Assembléia Legislativa, no âmbito dos respectivos Po-deres, o Procurador-Geral de Justiça e o Presidente do Tribunal de Con-tas do Estado, no âmbito das suas respectivas instituições, emitirão os atos administrativos declaratórios de atendimento das disposições dos artigos 4º e 5º desta emenda constitucional, inclusive de extinção de cargos em

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constituição do estado do rio grande do sul

comissão e de exoneração.**Trecho tachado suspenso por liminar concedida na ADI nº 1.521-4. D.J.U.,

17/03/00.Parágrafo único - O Governador do Estado poderá delegar atri-

buições para a prática dos atos previstos neste artigo.Art. 7º - Esta emenda constitucional entra em vigor na data da sua

publicação, com as seguintes ressalvas:a) o artigo 4º entra em vigor cento e oitenta (180) dias após a data

de sua publicação;a) o artigo 4º entra em vigor vinte e quatro (24) meses após a data

de sua publicação.**NR dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 26/03/97.

b) o artigo 5º entra em vigor trinta (30) dias após a data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 14 de dezembro de 1995.

Deputado José Otávio Germano,Presidente.

Deputado Valdir Fraga, Deputado Quintiliano Vieira,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado João Luiz Vargas, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Pepe Vargas, Deputado Francisco Appio,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 20/12/95.)

Parecer 12379-raTIFIca a OrIeNTaçãO DO Parecer Nº 12243.Ementa: FUNDAÇÕES DE DIREITO PRIVADO INSTITUÍDAS E OU MANTIDAS PELO ESTADO. CARGOS EM COMISSÃO CRIADOS POR LEI. RATIFICAÇÃO DO Parecer Nº 12243-PGE.Parecer 12362

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

Ementa: ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. ENTIDADES DE DIREITO PRIVADO. CARGOS EM COMISSÃO. Os empregos permanentes e os car-gos em comissão das entidades de direito privado da administração pública indire-ta do Estado, por determinação constitucional, devem ser criados por lei.Parecer 11121- PuBLIcaDO Na rPGers 52.Ementa: EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL. Limites. Separação e independência dos Poderes. Impossibilidade de constitucionalização, no plano local, de matérias submetidas, por força da Constituição Federal, ou a iniciativa privativa para o desencadeamento do respectivo processo legislativo ou a compe-tência, também privativa, dos Tribunais, das Mesas das Assembléias Legislativas e dos Tribunais de Contas para prover a respeito. EMENDA nº 12/95. Inconstitucionalidade. Ofensa àquela iniciativa e a essa competência, de aplicação obrigatória aos Estados-membros, e, pois, ao princí-pio da independência e harmonia entre os Poderes (CF, art. 25 comb. c/ arts. 2. e 61). Possibilidade de descumprimento da norma. Ação direta de inconstituciona-lidade. Viabilidade, porém, da adoção, no provimento dos cargos em comissão, no todo ou em parte, dos critérios estabelecidos pela mencionada Emenda, inclusive propondo-se, se por oportuno se tiver, em projeto de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, sua inserção em lei. Parecer 11031 Ementa: CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE 1989. EMENDA CONS-TITUCIONAL Nº 12/95. Artigo 20, parag. 5., da Constituição do Estado.

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 13

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 200 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O inciso XIV do artigo 95 da Constituição do Estado pas-sa a ter a seguinte redação:

“Art. 95 - ....XIV - prestar, por escrito, através de seu presidente, no prazo máxi-

mo de trinta dias, todas as informações que a Assembléia Legislativa soli-citar a respeito da administração dos Tribunais.”

Art. 2º - Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 14 de dezembro de 1995.

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constituição do estado do rio grande do sul

Deputado José Otávio Germano,Presidente.

Deputado Valdir Fraga, Deputado Quintiliano Vieira,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado João Luiz Vargas, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Pepe Vargas, Deputado Francisco Appio,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 20/12/95.)__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 14

Altera a alínea “a” do artigo 7º da Emenda Constitucional nº 12, de 14 de dezembro de 1995.

Art. 1º - A alínea “a” do artigo 7º da Emenda Constitucional nº 12, de 14 de dezembro de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 7º - ...a) o artigo 4º entra em vigor vinte e quatro (24) meses após a data de sua publicação”.

Art. 2º - Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 26 de março de 1997.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

Deputado João Luiz Vargas,Presidente.

Deputado José Gomes, Deputado Quintiliano Vieira,1º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Edemar Vargas, Deputado Wilson Mânica,2º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Bernardo de Souza,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 02/04/97.)__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 15

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O “caput” e o parágrafo único do artigo 41 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado, su-primidos os seus parágrafos, passam a ter a seguinte redação:

“Art. 41 - O Estado manterá, em sua administração indireta, ins-tituição de fomento ao seu desenvolvimento econômico e social, tendo como principais objetivos:

I - o repasse dos recursos necessários ao financiamento da atividade pública e privada, mediante concessão de créditos de médio e longo pra-zos, principalmente para as regiões menos favorecidas do Estado;

II - o apoio à pequena economia privada, mediante a concessão de empréstimos diferenciados às microempresas e empresas de pequeno por-te, tal como definidas em lei, garantindo-lhes, desta forma, meios de cres-cimento e permanência no mercado:

III - a criação de programas de financiamento à habitação popular,

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constituição do estado do rio grande do sul

à capacitação tecnológica e de conservação do meio ambiente;IV - o incremento da produção agropecuária, por meio da concessão

de financiamentos compatíveis com as atividades executadas por este setor;V - o suprimento dos recursos necessários à realização de projetos

de caráter social e comunitário, principalmente daqueles que visem a gerar empregos e melhorar as condições de vida das parcelas menos favorecidas da população ou que objetivem diminuir as desigualdades sociais entre as diversas regiões do Estado.

Parágrafo único - A Caixa Estadual S.A. - Agência de Desen-volvimento poderá, ainda, realizar quaisquer outras operações compatí-veis com a sua natureza de instituição de fomento, observadas as normas aplicáveis à matéria, especialmente aquelas fixadas pelo Banco Central do Brasil.”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 20 de maio de 1997.

Deputado João Luiz Vargas,Presidente.

Deputado Manoel Maria, Deputado Quintiliano Vieira,2º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Edemar Vargas, Deputado Wilson Mânica,2º Secretário. 3º Secretário.

(Publicada no D.O. de 21/05/97.)

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 16

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimen-to Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

Art. 1º - O “caput” e os parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º e 6º do artigo 41 da Constituição do Estado, passam a ter a seguinte redação:

“Art. 41 - O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e as-sistência à saúde para seus servidores e dependentes, mediante contribui-ção, na forma da lei previdenciária própria.

Parágrafo 1º - A direção do órgão ou entidade a que se refere o “caput” será composta paritariamente por representantes dos segura-dos e do Estado, na forma da lei a que se refere este artigo.

Parágrafo 2º - Os recursos devidos ao órgão ou entidade da previ-dência deverão ser repassados:

I - no mesmo dia e mês do pagamento, de forma automática, quando se tratar da contribuição dos servidores, descontada em folha de pagamento;

II - até o dia quinze do mês seguinte ao de competência, quando se tratar de parcela devida pelo Estado e pelas entidades conveniadas.

Parágrafo 3º - O benefício da pensão por morte corresponderá a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limi-te estabelecido em lei previdenciária própria, observadas as disposições do parágrafo 3º do artigo 38 desta Constituição e do inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal.

Parágrafo 4º - O valor da pensão por morte será rateado, na for-ma de lei previdenciária própria, entre os dependentes do servidor faleci-do, extinguindo-se a cota individual de pensão com a perda da qualidade de pensionista.

Parágrafo 5º - ...Parágrafo 6º - O benefício da pensão por morte de segurado do Es-

tado não será retirado de seu cônjuge ou companheiro em função de nova união ou casamento destes, vedada a acumulação de percepção do benefí-cio, mas facultada a opção pela pensão mais conveniente, no caso de ter di-reito a mais de uma.”

Art. 2º - Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 21 de maio de 1997.Deputado João Luiz Vargas,Presidente.

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constituição do estado do rio grande do sul

Deputado José Gomes, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Wilson Mânica,3º Secretário.

(Publicada no D.O. de 23/05/97.)

Parecer 14926Ementa: Pensão por morte. Impossibilidade de acumulação do benefício por viú-va ou ex-companheira de mais de um ex-segurado na vigência da Emenda Cons-titucional Estadual nº 16, de 21 de maio de 1997.Parecer 12711Ementa: PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO. EC Nº 16/97. ADI Nº 1630. EFEITOS

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 17

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O parágrafo 2º do artigo 46 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

“Art. 46 - ... § 2º - Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordiná-

ria do servidor militar que morrer ou ficar permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação, prati-car ato de bravura”.

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 16 de julho de 1997.

Deputado João Luiz Vargas,Presidente.

Deputado José Gomes, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Wilson Mânica, Deputado Bernardo de Souza,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 17/07/97.)__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 18

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Fica introduzido um parágrafo no artigo 127 da Consti-tuição do Estado, com a seguinte redação:

“Art. 127 - ...Parágrafo único - Lei Complementar disporá sobre a promoção ex-

traordinária do servidor integrante dos quadros da Polícia Civil, do Ins-tituto-Geral de Perícias e dos serviços penitenciários que morrer ou ficar permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação, praticar ato de bravura.”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 16 de julho de 1997.

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constituição do estado do rio grande do sul

Deputado João Luiz Vargas,Presidente.

Deputado José Gomes, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Wilson Mânica, Deputado Bernardo de Souza,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 17/07/97.)__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 19

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Ficam introduzidas as seguintes alterações no Título IV da Constituição do Estado:

I - O inciso III do artigo 124 passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 124 - ...III - Instituto-Geral de Perícias.”II - A Seção IV passa a ter o seguinte título:

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

SeçãO IVDO InStItUtO-gERaL DE PERícIaS

III - O artigo 136 e seus parágrafos passam a vigorar com a seguinte redação:Art. 136 - Ao Instituto-Geral de Perícias incumbem as perícias

médico-legais e criminalísticas, os serviços de identificação e o desenvol-vimento de estudos e pesquisas em sua área de atuação.

§ 1º - O Instituto-Geral de Perícias, dirigido por Perito, com notó-rio conhecimento científico e experiência funcional, de livre escolha, no-meação e exoneração pelo Governador do Estado, tem seu pessoal orga-nizado em carreira, através de estatuto próprio.

§ 2º - Os integrantes das carreiras do quadro de pessoal do Insti-tuto-Geral de Perícias terão regime de trabalho de tempo integral e de-dicação exclusiva.

§ 3º - Lei Complementar organizará o Instituto-Geral de Perícias.”Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de

sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 16 de julho de 1997.

Deputado João Luiz Vargas,Presidente.

Deputado José Gomes, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Wilson Mânica, Deputado Bernardo de Souza,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 17/07/97.)__________________________________________________

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 20

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimen-to Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O artigo 9º da Constituição do Estado passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 9º - A criação, incorporação, fusão ou desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual.”

Art. 2º - Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 05 de novembro de 1997.

Deputado João Luiz Vargas,Presidente.

Deputado José Gomes, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Edemar Vargas,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Wilson Mânica,3º Secretário.

(Publicada no D.O. de 14/11/97.)__________________________________________________

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 21

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimen-to Interno, promulga a seguinte emenda constitucional:

Art. 1º - Ficam acrescentados os parágrafos 1º e 2º ao artigo 67 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, com a seguinte redação:

“Art. 67 - ...§ 1º - O disposto no “caput” não se aplica às leis que alteram nor-

mas para a apuração dos índices de participação dos municípios na arre-cadação de impostos estaduais, que produzirão efeitos a razão de 1/5 (um quinto) das alterações instituídas, a cada ano, durante cinco anos, a par-tir de 1º de janeiro do ano subseqüente ao da aprovação da respectiva lei.

§ 2º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica às leis que tra-tam de criação, incorporação, fusão, desmembramento, anexação e extin-ção de municípios.”

Art. 2º - Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 11 de dezembro de 1997.

Deputado João Luiz Vargas,

Presidente.

Deputado José Gomes, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Bernardo de Souza,1º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 23/12/97.)

__________________________________________________

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 22

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimen-to Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O Tribunal de Alçada é incorporado ao Tribunal de Jus-tiça do Estado.

Art. 2º - O “caput” dos artigos 91 e 92; os incisos V alíneas a) e g), VII e XIII do artigo 95 e o artigo 102 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passam a ter a seguinte redação:

“Art. 91 - São órgãos do Poder Judiciário do Estado:I - o Tribunal de Justiça;II - o Tribunal Militar do Estado;III - os Juízes de Direito;IV - os Tribunais do Júri;V - os Conselhos de Justiça Militar;VI - os Juizados Especiais e de Pequenas Causas;VII - os Juízes Togados com Jurisdição limitada.”“Art. 92 - No Tribunal de Justiça será constituído órgão especial,

com no mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para exer-cício das atribuições administrativas e jurisdicionais de competência do Tribunal Pleno, exceto a eleição dos órgãos dirigentes do Tribunal.”

“Art. 95 - ...V - ...

a) a alteração do número de seus membros e do Tribunal Militar;g) normas de processo e de procedimento, cível e penal, de competência legislativa concorrente do Estado, em especial as aplicáveis aos Juizados Especiais.

VII - elaborar e encaminhar, depois de ouvir o Tribunal Militar do Estado, as propostas orçamentárias do Poder Judiciário, dentro dos limi-tes estipulados conjuntamente com os demais Poderes, na lei de diretri-zes orçamentárias.

XIII - julgar, em grau de recurso, matéria cível e penal de sua competência.”

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

“Art. 102 - Os Juizados Especiais terão composição e competência definidos em lei.”

Art. 3º - Fica suprimida a Seção III do Capítulo III e revogados os artigos 96 e 97 da Constituição Estadual, renumerando-se as seções e os artigos remanescentes.

Art. 3º - Fica suprimida a Seção III do Capítulo III e revogados os artigos 96 e 97 da Constituição Estadual.*

*NR dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 08/12/98.

Art. 4º - Os atuais cargos de Juiz de Alçada, com seus respecti-vos ocupantes, são transformados em cargos de Desembargador, mantida a classe de origem para efeito de composição do quinto Constitucional.

Art. 5º - Enquanto não aprovados as leis ordinárias relativas a nova organização judiciária proposta, a estrutura até então vigente, constituí-da dos Tribunais de Justiça e Alçada, continuará a exercer suas atividades, sem solução de continuidade, na área das respectivas atribuições atuais.

Parágrafo 1º - O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, no prazo de cento e oitenta dias da data da publicação desta emenda, encami-nhará à Assembléia Legislativa, projeto de lei dispondo sobre a nova orga-nização e funcionamento do Tribunal de Justiça do Estado.

Parágrafo 2º - Os servidores públicos, lotados e em exercício no Tribunal de Alçada serão incorporados ao Tribunal de Justiça nos cargos e funções de igual padrão e nível, na forma da lei.

Art. 6º - O parágrafo 5º do art. 104 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a ter a seguinte redação:

“Art. 104 - ...Parágrafo 5º - Os Juízes do Tribunal Militar do Estado terão ven-

cimento, vantagens, direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos iguais aos Desembargadores do Tribunal de Justiça.”

Art. 7º - Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação, ressalvado o disposto no artigo 5º desta emenda.

Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário.

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constituição do estado do rio grande do sul

Deputado João Luiz Vargas,Presidente.

Deputado José Gomes, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Quintiliano Vieira, Deputado Bernardo de Souza,1º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 23/12/97.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 23

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1° - No artigo 152, inciso II, parágrafo 3° da Constituição Es-tadual, fica acrescentada a alínea “d”, com a seguinte redação:

“Parágrafo 3° - ...............................................................................II - .................................................................................................

d) dotações para investimentos de interesse regional, aprovadas em con-sulta direta à população na forma da lei.”

Art. 2° - Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 30 de junho de 1998.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

Deputado José Ivo Sartori,Presidente.

Deputado José Gomes, Deputado Edemar Vargas,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Valdir Andres, Deputado Manoel Maria,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Ciro Simoni,3º Secretário.

(Publicada no D.O. de 08/07/98.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 24

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O artigo 3º da Emenda Constitucional nº 22, de 11 de de-zembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 3º - Fica suprimida a Seção III do Capítulo III e revogados os artigos 96 e 97 da Constituição Estadual.”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 08 de dezembro de 1998.

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constituição do estado do rio grande do sul

Deputado José Ivo Sartori,Presidente.

Deputado José Gomes, Deputado Edemar Vargas,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Valdir Andres, Deputado Manoel Maria,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Ciro Simoni, Deputado Kalil Sehbe,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 11/12/98.)(Republicada no D.O. de 14/12/98.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 25

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimen-to Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Altera-se a redação do Artigo 244 da Constituição do Es-tado do Rio Grande do Sul, Título VII, Capítulo III - Da Saúde e Sa-neamento Básico. Seção I - Da Saúde e acrescenta-se mais um parágrafo, com a seguinte redação:

“Art. 244 - O Sistema Único de Saúde no âmbito do Estado será financiado, dentre outros, com recursos da seguridade social e fiscal da União, dos Estados e dos Municípios.

Parágrafo 1º ...

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

Parágrafo 2º ...Parágrafo 3º - O Estado deverá aplicar em ações e serviços de saú-

de, no mínimo 10% (dez por cento) da sua Receita Tributária Líquida, ex-cluídos os repasses federais oriundos do Sistema Único de Saúde, consi-derando ações e serviços de saúde os Programas Saúde no Orçamento do Estado.”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 22 de junho de 1999.

Deputado Paulo Odone,Presidente.

Deputado Edemar Vargas, Deputado Luis Fernando Schmidt,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Valdir Andres, Deputado Kalil Sehbe,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Adilson Troca, Deputado Paulo Moreira,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 30/06/99.)(Republicada no D.O. de 09/07/99.)

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 26

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O parágrafo 1º, do art. 19, da Constituição Estadual, pas-sa a ter a seguinte redação:

Parágrafo 1º - A publicidade dos atos, programas obras e servi-

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constituição do estado do rio grande do sul

ços, e as campanhas dos órgãos e entidades da administração pública, ain-da que não custeadas diretamente por esta, deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, nelas não podendo constar símbo-los, expressões, nomes, “slogans” ideológicos político-partidários ou ima-gens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou de servidores públicos.

Art. 2º - Esta emenda entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 30 de junho de 1999.

Deputado Paulo Odone,Presidente.

Deputado Luis Fernando Schmidt, Deputado Valdir Andres,2º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Kalil Sehbe, Deputado Adilson Troca,2º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Paulo Moreira,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 07/07/99.)(Republicada no D.O. de 09/07/99.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 27

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimen-to Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Fica acrescentado § 4º ao artigo 163 da Constituição Es-tadual, com a seguinte redação:

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

“Art. 163 - ......................... § 1º - ................................... § 2º - ................................... § 3º - ................................... § 4º - Será assegurado o equilíbrio econômico-financeiro dos

contratos de concessão e permissão, vedada a estipulação de quaisquer be-nefícios tarifários a uma classe ou coletividade de usuários, sem a corres-pondente e imediata readequação do valor das tarifas, resultante da reper-cussão financeira dos benefícios concedidos.”

Art. 2º - Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 15 de dezembro de 1999.

Deputado Paulo Odone,Presidente.

Deputado Edemar Vargas, Deputado Luis Fernando Schmidt,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Valdir Andres, Deputado Kalil Sehbe,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Adilson Troca, Deputado Paulo Moreira,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 20/12/99.)

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 28

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

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constituição do estado do rio grande do sul

Art. 1º - O art. 16 da Constituição do Estado e seus parágrafos pas-sam a ter a seguinte redação:

“Art. 16 - O Estado, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de seu interesse e de Municípios limítro-fes do mesmo complexo geoeconômico e social poderá, mediante lei com-plementar, instituir região metropolitana, aglomerações urbanas e micror-regiões.

§ 1º - O Estado poderá, mediante lei complementar, com os mes-mos fins, instituir, também, redes de Municípios, ainda que não limítrofes.

§ 2º - Cada região metropolitana, aglomeração urbana, microrre-gião ou rede de Municípios disporá de órgão de caráter deliberativo, com atribuições e composição fixadas em lei complementar.

§ 3º - Para o atingimento dos objetivos de que tratam este ar-tigo e seus parágrafos, serão destinados, obrigatoriamente, os recur-sos financeiros necessários e específicos no orçamento do Estado e dos Municípios.”(NR)

Art. 2º - O art. 17 da Constituição do Estado passa a ter a seguin-te redação:

“Art. 17 - As leis complementares previstas no artigo anterior só te-rão efeitos após a edição da lei municipal que aprove a inclusão do Muni-cípio na entidade criada.”(NR)

Art. 3º - O art. 166 da Constituição do Estado passa a ter a seguin-te redação:

“Art. 166 - A política de desenvolvimento estadual e regional, em consonância com os princípios da ordem econômica, tem por objetivo promover:

I - a melhoria da qualidade de vida da população com desenvolvi-mento social e econômico sustentável;

II - a distribuição eqüitativa da riqueza produzida com redução das desigualdades sociais e regionais;

III - a proteção da natureza e a ordenação territorial, mediante o controle da implantação dos empreendimentos públicos e privados em cada região e o estímulo à permanência do homem no campo;

IV - a integração da organização, do planejamento e da execução das funções públicas de interesse comum de uma mesma região, nos ter-mos dos arts. 16, 17 e 18 desta Constituição;

V - a integração e a descentralização das ações públicas setoriais em

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

nível regional, através do planejamento regionalizado.”(NR)Art. 4º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de

sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 13 de dezembro de 2001.

Deputado Sérgio Zambiasi,Presidente.

Deputado Francisco Áppio, Deputada Maria do Rosário,1º Vice-Presidente. 2ª Vice-Presidente.

Deputado Alexandre Postal, Deputado João Osório,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Paulo Azeredo, Deputado Marco Peixoto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 21/12/01.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 29

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do artigo 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do artigo 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O § 3º do art. 201 da Constituição Estadual passa a ter a seguinte redação:

“§ 3º - O Estado aplicará 0,5% (meio por cento) da receita líqui-da de impostos próprios na manutenção e desenvolvimento do ensino su-perior comunitário, através de crédito educativo e de bolsa de estudos, in-tegral ou parcial, cabendo à lei complementar regular a alocação e fiscali-zação desse recurso.” (NR)

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constituição do estado do rio grande do sul

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 13 de dezembro de 2001.

Deputado Sérgio Zambiasi,Presidente.

Deputado Francisco Áppio, Deputado Alexandre Postal,1º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado João Osório, Deputado Paulo Azeredo,2º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Marco Peixoto,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 21/12/01.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 30

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O § 4º do art. 149 da Constituição Estadual passa a vigo-rar com a seguinte redação:

“§ 4º - Os orçamentos anuais, de execução obrigatória, compati-bilizados com o plano plurianual, elaborados com participação popular na

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

forma da lei, e em conformidade com a lei de diretrizes orçamentárias, se-rão os seguintes:”. (NR)

Art. 2º - Ficam acrescentados os §§ 11 e 12 ao art. 149 da Consti-tuição Estadual, com a seguinte redação:

“§ 11 - Na impossibilidade ou inconveniência da execução inte-gral dos orçamentos previstos no § 4º, o Poder Executivo enviará, até 31 de outubro de cada ano, projeto de lei à Assembléia Legislativa, que será apreciado de acordo com o disposto no art. 62, solicitando autorização para cancelamento das respectivas dotações, contendo justificativa das ra-zões de natureza técnica, econômico-financeira, operacional ou jurídica que impossibilitem a execução.

§ 12 - No caso de existência de eventuais saldos de dotações orça-mentárias não executadas até o final do exercício, o Poder Executivo apre-sentará, juntamente com a mensagem prevista no inciso IX do art. 82, re-latório por função e grupo de despesa, acompanhado de justificativa com as razões que impossibilitaram a sua execução.” (NR)

Art. 3º - Esta emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa, em Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2002.

Deputado Sérgio Zambiasi,Presidente.

Deputado Valdir Andres, Deputado Kalil Sehbe,1º Vice-Presidente. 2º Secretário.

Deputado Manoel Maria, Deputado Marco Peixoto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 06/03/02.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 31

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1° - O parágrafo único do art. 22 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a ser o § 1° e são inseridos dois parágrafos, o 2° e o 3°, com as seguintes redações:

“§ 1° - ...................................................................... § 2° - Especialmente no caso das Sociedades de Economia Mista

Banco do Estado do Rio Grande do Sul S. A. e Companhia Riogranden-se de Saneamento a alienação ou transferência do seu controle acionário, bem como a sua extinção, fusão, incorporação ou cisão dependerá de con-sulta popular, sob a forma de plebiscito.

§ 3° - Nas sociedades de economia mista, em que possuir o con-trole acionário, o Estado fica obrigado a manter o poder de gestão, exer-cendo o direito de maioria de votos na assembléia geral, de eleger a maio-ria dos administradores da companhia, de dirigir as atividades sociais e de orientar o funcionamento dos órgãos da companhia, sendo vedado qual-quer tipo de acordo ou avença que implique em abdicar ou restringir seus direitos.”

Art. 2° - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 18 de junho de 2002.

Deputado Sérgio Zambiasi,Presidente.

Deputado Valdir Andres, Deputada Maria do Rosário,1º Vice-Presidente. 2ª Vice-Presidente.

Deputado Alexandre Postal, Deputado Kalil Sehbe,1º Secretário. 2º Secretário.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

Deputado Manoel Maria, Deputado Marco Peixoto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 01/07/02.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 32

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O inciso XIII do § 1º do art. 251 da Constituição do Es-tado do Rio Grande do Sul passa a ter a seguinte redação:

“Art. 251 - ... § 1º - ...XIII - combater as queimadas, ressalvada a hipótese de que, se pe-

culiaridades locais justificarem o emprego do fogo em práticas agropas-toris ou florestais, ocorra permissão estabelecida em ato do poder públi-co municipal, estadual ou federal circunscrevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução.”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 26 de junho de 2002.

Deputado Valdir Andres,1º Vice-Presidente, no exercício da Presidência..

Deputado Alexandre Postal, Deputado Manoel Maria,1º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Marco Peixoto,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 02/07/02.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 33

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art.1º - Fica acrescentado um novo parágrafo ao art. 22 da Consti-tuição do Estado do Rio Grande do Sul com a seguinte redação:

“Art. 22 - ..................................................

§ 4º - A alienação, transferência do controle acionário, cisão, in-corporação, fusão ou extinção da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, Companhia Rio-grandense de Mineração – CRM, Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul – SULGÁS e Companhia Es-tadual de Silos e Armazéns – CESA, somente poderão ser realizadas após manifestação favorável da população expressa em consulta plebiscitária.”Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 19 de novembro de 2002.

Deputado Sérgio Zambiasi,Presidente.

Deputada Maria do Rosário, Deputado Alexandre Postal,2ª Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Manoel Maria,3º Secretário.

(Publicada no D.O. de 20/11/02.)(Republicada no D.O. de 21/11/02.)

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 34

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O inciso I do § 8º do art. 152 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 152 - ............................. § 8º - .....................................I - o projeto de lei do plano plurianual até 15 de maio do primeiro

ano do mandato do Governador;................................................................”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de dezembro de 2002.

Deputado Sérgio Zambiasi,Presidente.

Deputado Valdir Andres, Deputada Maria do Rosário,1º Vice-Presidente. 2ª Vice-Presidente.

Deputado Alexandre Postal, Deputado Kalil Sehbe,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Manoel Maria,3º Secretário.

(Publicada no D.O. de 13/12/02.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 35

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O inciso II do art. 13 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a ter a seguinte redação:

“Art. 13 - .....................................................”

II - dispor sobre o horário e dias de funcionamento do comércio local; ..................................................”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 9 de outubro de 2003.

Deputado Vilson Covatti,Presidente.

Deputado Ronaldo Zülke, Deputado Márcio Biolchi,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Manoel Maria, Deputado Paulo Brum,2º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Cézar Busatto,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 10/10/03.)

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 36

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - A alínea “e” do inciso V do art. 221 da Constituição do Es-tado passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 221 - ...................................................

e) os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, científico e ecológico

..............................................

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de dezembro de 2003.

Deputado Vilson Covatti,Presidente.

Deputado Márcio Biolchi, Deputado Manoel Maria,2º Vice-Presidente. 2º Secretário.

Deputado Paulo Brum, Deputado Cézar Busatto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 17/12/03.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 37

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Acrescenta-se ao art. 267 da Constituição do Estado um inciso, que será o VIII, com a seguinte redação:

“Art. 267 - ...........................................

VIII - estimular o consumo sustentável.”Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de

sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de dezembro de 2003.Deputado Vilson Covatti,Presidente.

Deputado Márcio Biolchi, Deputado Manoel Maria,2º Vice-Presidente. 2º Secretário.

Deputado Paulo Brum, Deputado Cézar Busatto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 17/12/03.)

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 38

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O inciso VII do § 1º do art. 251 da Constituição do Esta-do passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 251 - ..................................................

VII - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, especialmen-te os cursos d’água, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica e paisagística, provoquem extinção de espécie ou submetam os animais a crueldade;

.............................................”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de dezembro de 2003.Deputado Vilson Covatti,Presidente.

Deputado Márcio Biolchi, Deputado Manoel Maria,2º Vice-Presidente. 2º Secretário.

Deputado Paulo Brum, Deputado Cézar Busatto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 17/12/03.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 39

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Fica revogado o § 1º do art. 63 da Constituição do Esta-do do Rio Grande do Sul.

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de dezembro de 2003.

Deputado Vilson Covatti,Presidente.

Deputado Márcio Biolchi, Deputado Manoel Maria,2º Vice-Presidente. 2º Secretário.

Deputado Paulo Brum, Deputado Cézar Busatto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 17/12/03.)

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 40

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Fica acrescentado parágrafo, que será o 7º, ao art. 33 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, com a seguinte redação:

“Art. 33 - .................................................. § 7º - Fica fixado como limite único, no âmbito de qualquer

dos Poderes, do Tribunal de Contas e do Ministério Público do Es-tado, para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centési-mos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Su-premo Tribunal Federal.”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de dezembro de 2003.

Deputado Vilson Covatti,Presidente.

Deputado Márcio Biolchi, Deputado Manoel Maria,2º Vice-Presidente. 2º Secretário.

Deputado Paulo Brum, Deputado Cézar Busatto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 17/12/03.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 41

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O § 3º do art. 50 da Constituição do Estado do Rio Gran-de do Sul passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 50 - .... § 3º - A convocação da Assembléia Legislativa, na situação pre-

vista no inciso I, destina-se à apreciação de matéria relevante, plenamente justificada.”

Art. 2º - O art. 50 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul fica acrescido de um parágrafo, que será o 4º, com a seguinte redação:

“Art. 50 - ... § 4º - A sessão legislativa extraordinária ocorrerá sem ônus adi-

cional para o Estado.”Art. 3º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de

sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 7 de maio de 2004.

Deputado Vieira da Cunha,Presidente.

Deputado João Fischer, Deputado Márcio Biolchi1º Vice-Presidente. 1º Secretário, em exercício.

Deputado Sanchotene Felice, Deputada Jussara Cony,2º Secretário, em exercício. 3ª Secretária, em exercício.

Deputado Fabiano Pereira,4º Secretário, em exercício.

(Publicada no D.O. de 10/05/04.)__________________________________________________

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 42

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O inciso VII do art. 267 da Constituição do Estado passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 267 - ................................................

VII - fiscalizar a qualidade de bens e serviços, assim como seus pre-ços, pesos e medidas e as disposições de proteção do consumidor, espe-cialmente aquelas relativas às informações que lhe são devidas, observada a competência da União;

........................................”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 20 de maio de 2004.

Deputado Vieira da Cunha,Presidente.

Deputado João Fischer, Deputado Luis Fernando Schmidt,1º Vice-Presidente. 1º Secretário.Deputado Sanchotene Felice, Deputado Cézar Busatto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 21/05/04.)__________________________________________________

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 43

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Acrescenta-se inciso ao art. 251 da Constituição do Esta-do, com a seguinte redação:

“Art. 251 - ..................................................

XIV - promover a adoção de formas alternativas renováveis de energia.”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 20 de maio de 2004.

Deputado Vieira da Cunha,Presidente.

Deputado João Fischer, Deputado Luis Fernando Schmidt,1º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Sanchotene Felice, Deputado Cézar Busatto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 21/05/04.)__________________________________________________

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 44

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O art. 177, “caput”, da Constituição do Estado passa a vi-gorar com a seguinte redação:

“Art. 177 - Os planos diretores, obrigatórios para as cidades com população de mais de vinte mil habitantes e para todos os Municípios in-tegrantes da região metropolitana e das aglomerações urbanas, além de contemplar os aspectos de interesse local, de respeitar a vocação ecológica, o meio ambiente e o patrimônio cultural, serão compatibilizados com as diretrizes do planejamento do desenvolvimento regional”.

Art. 2º - O § 1º do art. 177 da Constituição do Estado passa a vi-gorar com a seguinte redação:

“Art. 177 - ................................................ § 1º - Os demais Municípios deverão elaborar diretrizes gerais de

ocupação do território que garantam, através de lei, as funções sociais da cidade e da propriedade, nestas incluídas a vocação ecológica, o meio am-biente e o patrimônio cultural

.................................................”Art. 3º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor 1 (um) ano

após sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 16 de junho de 2004.

Deputado João Fischer,1º Vice-Presidente, no exercício da Presidência.

Deputado Manoel Maria, Deputado Luis Fernando Schmidt,2º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Márcio Biolchi,2º Secretário

Deputado Sanchotene Felice,3º Secretário.

(Publicada no D.O. de 17/06/04.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 45

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - O parágrafo único do art. 223 da Constituição do Estado passa a vigorar com a seguinte redação:

“Parágrafo único - Os planos diretores e as diretrizes gerais de ocupação dos territórios municipais disporão, necessariamente, sobre a proteção do patrimônio histórico e cultural.”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor 1 (um) ano após sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 11 de agosto de 2004.

Deputado Vieira da Cunha,Presidente.

Deputado João Fischer, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Luis Fernando Schmidt,1º Secretário.

Deputado Sanchotene Felice,3º Secretário.

Deputado Cézar Busatto,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 12/08/04.)

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 46

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º - Acrescenta-se inciso ao art. 251 da Constituição do Esta-do, com a seguinte redação:

“Art. 251 - ......................................................

XV - estimular a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).”

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 11 de agosto de 2004.

Deputado Vieira da Cunha,Presidente.

Deputado João Fischer, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Luis Fernando Schmidt,1º Secretário.

Deputado Sanchotene Felice,3º Secretário.

Deputado Cézar Busatto,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 12/08/04.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 47

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1° - Fica acrescentado um parágrafo que será o 5º, ao art. 22 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, com a seguinte redação:

“Art. 22 - ...........................................................§ 5º - A alienação ou transferência do controle acionário, bem

como a extinção, fusão, incorporação ou cisão da Companhia de Processa-mento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul - PROCERGS -, de-penderá de manifestação favorável da população, sob forma de plebiscito”.

Art. 2° - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 16 de dezembro de 2004.

Deputado Vieira da Cunha,Presidente.

Deputado João Fischer, Deputado Manoel Maria,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Sanchotene Felice, Deputado Cézar Busatto,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 20/12/04.)

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 48

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º Acrescenta inciso ao art. 251 da Constituição do Estado, que será o XVI, com a seguinte redação:

“Art. 251 ..................................................................

XVI - valorizar e preservar o Pampa Gaúcho, sua cultura, patrimô-nio genético, diversidade de fauna e vegetação nativa, garantindo-se a de-nominação de origem.”

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2005.

Deputado Iradir Pietroski,Presidente.

Deputado Ronaldo Zülke, Deputado José Farret,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Elmar Schneider, Deputado Gerson Burmann,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado José Sperotto, Deputado Paulo Brum,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 24/02/05.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 49

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º Fica acrescentado ao art. 157 da Constituição Estadual um inciso, com a seguinte redação:

“Art. 157 - .................................................................

XII - promoção da segurança alimentar e nutricional.”Art. 2º Fica acrescentado ao art. 159 da Constituição Estadual um

inciso, com a seguinte redação:“Art. 159 - .......................................................................

X - a fome.”Art. 3º O “caput” do art. 190 da Constituição Estadual passa a ter

a seguinte redação:“Art. 190 - A Segurança Social é garantida por um conjunto de

ações do Estado, dos Municípios e da sociedade, destinadas a tornar efe-tivos os direitos ao trabalho, à educação, à alimentação, à cultura, ao des-porto, ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência social, assegurados ao indivíduo pela Constituição Federal, guardadas as peculiaridades locais.”

Art. 4º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 8 de julho de 2005.

Deputado Iradir Pietroski,Presidente.

Deputado Elmar Schneider, Deputado Gerson Burmann,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado José Sperotto, Deputado Paulo Brum,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 11/07/05.)__________________________________________________

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 50

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º O inciso VII do art. 53 da Constituição do Estado passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 53 - ..........................................................

VII - processar e julgar o Procurador-Geral de Justiça, o Procura-dor-Geral do Estado e o Defensor Público-Geral do Estado nos crimes de responsabilidade;

......................................................”.

Art. 2º O inciso XIV do art. 82 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

“Art. 82 - ..............................................................

XIV - nomear o Procurador-Geral do Estado, o Procurador-Geral de Justiça e o Defensor Público-Geral do Estado, na forma prevista nes-ta Constituição;

Art. 3º O inciso VII do art. 93 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

“Art. 93 - ............................................................VII - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratu-

ra, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado, à Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado;

.........................................................”.Art. 4º O inciso IV do § 1º e o inciso VIII do § 2º do art. 95 da

Constituição do Estado passam a vigorar com a seguinte redação:“Art. 95 - .............................................................§ 1º..............................................................IV - o Defensor Público-Geral do Estado;..........................................................

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constituição do estado do rio grande do sul

§ 2º..............................................................

VIII - o Defensor Público-Geral do Estado;.........................................................”.

Art. 5° Ficam acrescidos ao art. 120 da Constituição do Estado os §§ 1º, 2º, 3º e 4º, renumerando-se o parágrafo único, que passa a ser o § 5º:

“Art. 120 - A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defe-sa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, estendendo-se os seus serviços por todas as co-marcas do Estado, de acordo com as necessidades e a forma prescrita em lei complementar estadual.

§ 1° - A Defensoria Pública tem como chefe o Defensor Público--Geral, nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes das classes especial e final da carreira de Defensor Público, indicados em lis-ta tríplice, mediante eleição de todos os membros da carreira da Defen-soria Pública, por voto obrigatório e secreto, para mandato de dois anos, permitida uma recondução por igual período.

§ 2º - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias do envio da lista trí-plice ao Governador do Estado sem a nomeação do Defensor Público--Geral, será investido no cargo o integrante da lista tríplice mais votado.

§ 3º - O Defensor Público-Geral poderá ser destituído por de-liberação da maioria absoluta da Assembléia Legislativa, nos casos e na forma de lei complementar estadual.

§ 4º - O Defensor Público-Geral do Estado comParecerá, anual-mente, à Assembléia Legislativa para relatar, em sessão pública, as ativi-dades e necessidades da Defensoria Pública.

§ 5° - São princípios institucionais da Defensoria Pública a uni-dade, a indivisibilidade e a independência funcional.”.

Art. 6° Ficam acrescidos ao art. 121 da Constituição do Estado os §§ 1º e incisos I, II, III, IV e V, 2º e 3º:

“Art. 121 - .............................................................§ 1º - À Defensoria Pública é assegurada autonomia funcional,

administrativa e orçamentária, cabendo-lhe, na forma de lei comple-mentar:

I - praticar atos próprios de gestão;II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional do pesso-

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

al de carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;III - propor à Assembléia Legislativa a criação e a extinção de seus

cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores;

IV - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de promoção, remoção e demais formas de provi-mento derivado;

V - organizar suas secretarias, núcleos e coordenadorias e os servi-ços auxiliares das Defensorias Públicas.

§ 2º - O provimento, a aposentadoria e a concessão das vantagens inerentes aos cargos da carreira e dos serviços auxiliares, previstos em lei, dar-se-ão por ato do Defensor Público-Geral do Estado.

§ 3º - A Defensoria Pública elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites da Lei de Diretrizes Orçamentárias.”.

Art. 7° O art. 156 da Constituição do Estado passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 156 - Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e à Defensoria Pública do Estado, incluídos os créditos suplemen-tares e especiais, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 (vinte) de cada mês.”.

Art. 8º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 24 de agosto de 2005.

Deputado Iradir Pietroski,Presidente.

Deputado Ronaldo Zülke, Deputado José Farret,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Elmar Schneider, Deputado Gerson Burmann,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado José Sperotto, Deputado Paulo Brum,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 25/08/05.)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 51

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º O § 2º do art. 74 da Constituição do Estado do Rio Gran-de do Sul passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 74 - ............................................................§ 2º - Os Auditores Substitutos de Conselheiro, em número de

sete, nomeados pelo Governador do Estado após aprovação em concurso público de provas e títulos realizado pelo Tribunal de Contas, na forma de sua Lei Orgânica, terão as mesmas garantias e impedimentos dos Con-selheiros, e subsídios que corresponderão a noventa e cinco por cento dos subsídios de Conselheiros, e quando em substituição a esses, também os mesmos vencimentos do titular.”

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 30 de novembro de 2005.

Deputado Iradir Pietroski,Presidente.

Deputado Ronaldo Zülke, Deputado José Farret,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Elmar Schneider, Deputado Paulo Brum,1º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 02/12/05.)

__________________________________________________

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 52

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º O “caput” do art. 50 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 50. A Assembléia Legislativa reunir-se-á, anualmente, na Ca-pital do Estado, de 1º de fevereiro a 16 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, salvo prorrogação, ou convocação extraordinária

.........................................................”

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 29 de março de 2006.

Deputado Fernando Záchia,Presidente.

Deputado Fabiano Pereira, Deputado Gerson Burmann,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Adolfo Brito, Deputado Berfran Rosado,2º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Paulo Brum,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 30/03/06.)

__________________________________________________

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 53

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º Fica acrescentado um parágrafo, que será o 6º e seus inci-sos I, II e III, ao art. 22 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, com a seguinte redação:

“Art. 22 - .............................................................§ 6º - O disposto no § 4º não será aplicável relativamente à reestru-

turação societária da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE -, que venha a ser procedida para atender ao que estabelece a Lei Federal nº 10.848, de 15 de março de 2004, no que se refere à necessidade de segre-gação das atividades de distribuição de energia elétrica das demais ativi-dades por ela exercidas, devendo ser observado o seguinte:

I - o Estado do Rio Grande do Sul deverá, obrigatoriamente, manter o controle acionário e o poder direto de gestão das empresas re-sultantes da reestruturação que venha a ser procedida, conservando, no mínimo, 51% (cinqüenta e um por cento) do total do capital votante e 51% (cinqüenta e um por cento) do total do capital social, em cada uma das empresas, de forma direta na empresa controladora e através desta, nas controladas;

II - fica vedada à delegação da gestão a pessoa jurídica em qualquer das empresas referidas no inciso anterior;

III - as empresas resultantes, sucessoras ou remanescentes da se-gregação das atividades da CEEE ficarão sujeitas à consulta plebiscitária prevista no § 4º.”

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 12 de setembro de 2006.

Deputado Fernando Záchia,Presidente.

Deputado Fabiano Pereira, Deputado Edemar Vargas,

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

1º Vice-Presidente. 1º Secretário.

Deputado Adolfo Brito, Deputado Berfran Rosado,2º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Paulo Brum4º Secretário. (Publicada no D.O. de 13/09/06.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 54A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º Os incisos XXVIII e XXX do art. 53 da Constituição do Estado passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 53 .............................................................

XXVIII - aprovar previamente, após argüição pública, a escolha de:.........................................................

XXX - destituir, por maioria absoluta, o Procurador-Geral de Justiça;.........................................................

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 16 de novembro de 2006.

Deputado Fernando Záchia,Presidente.

Deputado Fabiano Pereira, Deputado Gerson Burmann,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Adolfo Brito, Deputado Paulo Brum,

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constituição do estado do rio grande do sul

2º Secretário. 4º Secretário. (Publicada no D.O. de 17/11/06.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 55A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º O “caput” do art. 127 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 127 - O policial civil ou militar, e os integrantes dos quadros dos servidores penitenciários e do Instituto-Geral de Perícias, quando fe-ridos em serviço, terão direito ao custeio integral, pelo Estado, das despe-sas médicas, hospitalares e de reabilitação para o exercício de atividades que lhes garantam a subsistência

..........................................................”

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2007.

Deputado Frederico Antunes,Presidente.

Deputado Paulo Brum, Deputado Adão Villaverde,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Alceu Moreira, Deputada Kelly Moraes,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Gerson Burmann, Deputado Carlos Gomes,3º Secretário. 4º Secretário. (Publicada no D.O. de 21/02/07.)

__________________________________________________

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 56

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º Acrescenta inciso ao art. 13 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, com a seguinte redação:

“Art. 13 - ............................................................

IX - promover a acessibilidade nas edificações e logradouros de uso público e seus entornos, bem como a adaptação dos transportes coletivos, para permitir o acesso das pessoas portadoras de deficiências ou com mo-bilidade reduzida.”

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 3 de abril de 2008.

Deputado Alceu Moreira,Presidente.

Deputado Cassiá Carpes, Deputado Gerson Burmann,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Adão Villaverde, Deputado Paulo Brum,1º Secretário. 2º Secretário.

Deputado Mano Changes, Deputado Carlos Gomes,3º Secretário. 4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 04/03/08.)

__________________________________________________

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 57

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Interno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1º Ficam introduzidas alterações nos §§ 1º e 7º do art. 33 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, que passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 33 - .............................................................§ 1º - A remuneração dos servidores públicos do Estado e os sub-

sídios dos membros de qualquer dos Poderes, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, dos Procuradores, dos Defensores Públicos, dos de-tentores de mandato eletivo e dos Secretários de Estado, estabelecidos conforme o § 4° do art. 39 da Constituição Federal, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, sendo assegurada através de lei de iniciativa do Poder Executi-vo a revisão geral anual da remuneração de todos os agentes públicos, ci-vis e militares, ativos, inativos e pensionistas, sempre na mesma data e sem distinção de índices

.........................................................§ 7º - Para fins do disposto no art. 37, § 12, da Constituição Fede-

ral, fica fixado como limite único, no âmbito de qualquer dos Poderes, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, o subsídio mensal, em espé-cie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Gran-de do Sul, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais.”

Art. 2º Os incisos XXXI e XXXV do art. 53 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 53 ............................................................

XXXI - apresentar projeto de lei para fixar os subsídios do Gover-nador, do Vice-Governador, dos Secretários de Estado e dos Deputados Estaduais, observadas as regras da Constituição Federal e desta;

XXXV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, cria-ção, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, obser-vados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, bem como elaborar sua folha de pagamento;....................................................”

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 21 de maio de 2008

Deputado Alceu Moreira,Presidente.

Deputado Cassiá Carpes, Deputado Gerson Burmann,1º Vice-Presidente. 2º Vice-Presidente.

Deputado Adão Villaverde, Deputado Mano Changes,1º Secretário. 3º Secretário.

Deputado Carlos Gomes,4º Secretário.

(Publicada no D.O. de 23/05/08.)

__________________________________________________

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 58

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Cons-tituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento Inter-no, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1.º O inciso II, do art. 13, da Constituição do Estado passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 13. ...............................................................

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constituição do estado do rio grande do sul

II - dispor sobre o horário e dias de funcionamento do comércio lo-cal e de eventos comerciais temporários de natureza econômica;

..........................................................”

Art. 2.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 31 de março de 2010.

(Publicada no DOAL nº 9728, de 01 de abril de 2010)

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n° 59

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento In-terno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1.º O inciso I do § 8.° do art. 152 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 152. ............................................... ................................................................

§ 8.° ......................................................I - o projeto de lei do plano plurianual até 1.º de agosto do primei-

ro ano do mandato do Governador;................................................................”Art. 2.º O inciso I do § 9.° do art. 152 da Constituição do Estado

do Rio Grande do Sul passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 152. ............................................... ........................................

........................§ 9.º .......................................................I - o projeto de lei do plano plurianual até 1.º outubro do primeiro

ano do mandato do Governador, e o projeto de lei de diretrizes orçamen-tárias até 15 de julho de cada ano;

................................................................”Art. 3.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

publicação.Art. 4.º Revogam-se as disposições em contrário.Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 22 de feverei-

ro de 2011.(publicada no DOAL nº 9953, de 24 de fevereiro de 2011)

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 60

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento In-terno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1.º O parágrafo único do art. 142 da Constituição do Estado passa a viger como § 1.º, com a seguinte redação, incluindo-se, igualmen-te, o § 2.º no mesmo artigo:

“Art. 142. ...................................................§ 1.º O Estado poderá firmar convênios com os municípios, in-

cumbindo estes de prestar informações e coligir dados, em especial os re-lacionados com o trânsito de mercadorias ou produtos, com vista a res-guardar o efetivo ingresso de tributos estaduais nos quais tenham partici-pação, assim como o Estado deverá informar os dados das operações com cartões de crédito e outros às municipalidades, para fins de fiscalização e de recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, como disposto no Código Tributário Nacional.

§ 2.º O fornecimento das informações disponíveis para os muni-cípios ocorrerá de forma continuada, por meio eletrônico, contendo rol de todas as operações com cartões de crédito, de débito e outros, ocorri-das em seus respectivos territórios, por administradora de cartões, na for-ma do convênio.”.

Art. 2.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 18 de agos-to de 2011.

(publicada no DOAL nº 10077, de 19 de agosto de 2011)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 61

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento In-terno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1.º Ficam introduzidas as seguintes alterações no Título VII da Constituição do Estado:

I - o Capítulo V passa a ter o seguinte título:“CAPÍTULO VDA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DOS

JOVENS, DO IDOSO, DOS ÍNDIOS E DA DEFESA DO CONSU-MIDOR”;

II - a Seção I do Capítulo V passa a ter o seguinte título:“Seção IDa Família, da Criança, do Adolescente, da Juventude e do Idoso”;III - no art. 260 da Constituição do Estado ficam modificados o

“caput”, os incisos II e III e o § 2.º, e acrescentado um inciso, que será o VIII, com a seguinte redação:

“Art. 260. O Estado desenvolverá política e programas de assistên-cia social e proteção à criança, ao adolescente, ao jovem e ao idoso, porta-dores ou não de deficiência, com a participação de entidades civis, obede-cendo aos seguintes preceitos:

.............................................................II - criação de programas de prevenção e atendimento especializa-

do à criança, ao adolescente e aos jovens dependentes de entorpecentes e drogas afins;

III - criação de programas de prevenção, de integração social, de preparo para o trabalho, e de acesso facilitado aos bens e serviços e à es-cola, e de atendimento especializado para crianças, adolescentes e jovens portadores de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla;

.............................................................VIII - atenção à juventude, na faixa etária compreendida entre 15 e

29 anos, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social, por

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

meio de políticas de fomento à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer e à geração de oportunidades de trabalho e renda.”

§ 2.° Ficam instituídos o Conselho Estadual do Idoso, o Conse-lho Estadual da Juventude e o Conselho Estadual da Criança e do Ado-lescente.

..............................................................”Art. 2.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua

publicação.Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 1.º de setem-

bro de 2011.(publicada no DOAL nº 10087, de 02 de setembro de 2011)

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 62

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento In-terno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1.º O inciso VI do art. 199 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

“Art. 199. ............................. ...............................................VI - prover meios para que, progressivamente, seja oferecido horá-

rio integral aos alunos do ensino fundamental;...............................................”.Art. 2.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua

publicação.Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 22 de dezem-

bro de 2011.(publicada no DOAL n.º 10163, de 27 de dezembro de 2011)

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constituição do estado do rio grande do sul

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 63

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento In-terno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1.º Ao art. 187 da Constituição do Estado fica incluído um parágrafo, que será o único, com a seguinte redação:

“Art. 187. ................................Parágrafo único. Para os efeitos do “caput” e das leis vigentes e sub-

sequentes, os produtores rurais da Agricultura Familiar poderão participar de licitações públicas para comercialização de seus produtos com a inscri-ção estadual de produtor rural.”.

Art. 2.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 22 de dezem-bro de 2011.

(publicada no DOAL n.º 10163, de 27 de dezembro de 2011)

EMEnDa cOnStItUcIOnaL nº 64

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento In-terno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1.º Acrescenta o inciso IX ao art. 199 da Constituição do Es-tado, com a redação abaixo:

“Art. 199. .............................................. ................................................................

IX - prover meios para a oferta de cursos regulares no ensino supe-rior público.”.

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associação dos procuradores do estado do rio Grande do sul

Art. 2.º O art. 206 da Constituição do Estado passa a ter a seguin-te redação:

“Art. 206. O sistema estadual de ensino compreende:I - as instituições de ensino mantidas pelo Poder Público Estadual;II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Pú-

blico Municipal;III - as instituições de ensino fundamental e de ensino médio cria-

das e mantidas pela iniciativa privada e, quando não existir sistema mu-nicipal de ensino, as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;

IV - os órgãos de educação estaduais.§ 1.º O Estado organizará seu sistema de ensino em regime de co-

laboração com os sistemas municipais e federal.§ 2.º Na organização do Sistema Estadual de Ensino, o Estado de-

finirá com os municípios formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.”.

Art. 3.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 18 de abril de 2012.

(publicada no DOAL n.º 10242, de 19 de abril de 2012)

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n.º 65

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento In-terno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1.° O § 3.° do art. 149 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul passa a vigorar com a seguinte redação:

§ 3.° A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e

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constituição do estado do rio grande do sul

prioridades da administração pública estadual, contidas no Plano Pluria-nual, para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração dos orçamentos anuais, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política tarifária das empresas da Administração Indireta e a de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, sendo que, no primeiro ano do mandato do Governador, as metas e as prioridades para o exercício subsequente integrarão o Projeto de Lei do Plano Plurianu-al, como anexo.

Art. 2.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 9 de agosto de 2012.

(publicada no DOAL nº 10321, de 10 de agosto de 2012)

EMEnDa cOnStItUcIOnaL n.º 66

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, nos termos do inciso X do art. 53 da Constituição do Estado e parágrafo único do art. 203 do Regimento In-terno, promulga a seguinte Emenda Constitucional:

Art. 1.° O § 3.º do art. 201 da Constituição do Estado passa a ter a seguinte redação:

“Art. 201. ..............................................................................§ 3.º O Estado aplicará 0,5% (meio por cento) da receita líquida de

impostos próprios na manutenção e desenvolvimento do ensino superior público e, através de crédito educativo e de bolsa de estudos, integral ou parcial, no ensino superior comunitário, cabendo à lei complementar re-gular a alocação e fiscalização deste recurso.”.

Art. 2.º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 19 de dezem-bro de 2012.

(publicada no DOAL n.º 10411 de 21/12/12)

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