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CRDITOS DE AUTORIA

Substncia Ao Alumnio Barita Bentonita Berlio Cal Calcrio Agrcola Carvo Mineral Caulim Chumbo Cimento Cobalto Cobre Crisotila Cromo Diamante Diatomita Enxofre Estanho Ferro Fluorita Fosfato Gipsita Grafita Natural Ltio Magnesita Mangans Metais do Grupo da Platina Mica Molibdnio Nibio Nquel Ouro Potssio Prata Quartzo (Cristal) Rochas Ornamentais e de Revestimento Sal Talco e Pirofilita Tntalo Terras Raras Titnio Tungstnio Vandio Vermiculita Zinco Zircnio

Autor Carlos Antonio Gonalves de Jesus Raimundo Augusto Corra Mrtires Roberto Moscoso Arajo Thiago Henrique Cardoso da Silva Alcebades Lopes Sacramento Filho Juliana Ayres de Almeida Bio Teixeira Osmar Almeida da Silva Fabio Lucio Martins Junior Luis Paulo de Oliveira Arajo Raimundo Augusto Corra Mrtires Juliana Ayres de Almeida Bio Teixeira Osmar Almeida da Silva Antnio Christino Pereira de Lyra Sobrinho Antnio Alves Amorim Neto Jos Orlando Cmara Dantas David Siqueira Fonseca Cristina Socorro da Silva Jos Admrio Santos Ribeiro Amanda Giordani Pereira William Bretas Linares Marco Antonio Freire Ramos Luciana Cabral Danese Srgio Luiz Klein David Siqueira Fonseca Eduardo Pontes e Pontes zio Jose da Silva Carlos Antonio Gonalves de Jesus Ricardo Moreira Peanha David Siqueira Fonseca Antnio Christino Pereira de Lyra Sobrinho Antnio Alves Amorim Neto Jos Orlando Cmara Dantas Maria Alzira Duarte Ivan Jorge Garcia Augusto Csar da Matta Costa Andr Luiz Santana Osmar de Paula Ricciardi Leonardo da Costa Val Helano Regis da Nbrega Fonteles Rui Fernandes P. Junior Cristina Socorro da Silva Mathias Heider Romualdo Homobono Paes de Andrade Luiz Alberto M. de Oliveira Jos Admrio Santos Ribeiro Gustavo Adolfo Rocha Mathias Heider Claudia Martinez Maia Jorge Luiz da Costa Rafael Quevedo do Amaral Eduardo Pontes e Pontes Romualdo Homobono Paes de Andrade Antonio Alves Amorim Neto Telma Monreal Cano Juliana Ayres de Almeida Bio Teixeira Osmar Almeida da Silva Daniel Pollack Carlos Augusto Ramos Neves Helano Regis da Nbrega Fonteles

Escritrio DNPM/MG DNPM/PA DNPM/RN DNPM/Sede DNPM/Sede DNPM/BA DNPM/BA DNPM/TO DNPM/RS DNPM/PA DNPM/BA DNPM/BA DNPM/PE DNPM/PE DNPM/PE DNPM/Sede DNPM/GO DNPM/BA DNPM/Sede SAMA DNPM/BA DNPM/MT DNPM/RN DNPM/Sede DNPM/AM DNPM/RO DNPM/MG DNPM/SC DNPM/Sede DNPM/PE DNPM/PE DNPM/PE DNPM/Sede DNPM/MG DNPM/BA DNPM/PA DNPM/Sede DNPM/Sede DNPM/PI DNPM/GO DNPM/GO DNPM/Sede DNPM/MS DNPM/SE DNPM/BA DNPM/GO DNPM/Sede DNPM/BA DNPM/RN DNPM/PR DNPM/AM DNPM/MS DNPM/PB DNPM/Sede DNPM/BA DNPM/BA DNPM/GO DNPM/Sede DNPM/PI

APRESENTAO

O Departamento Nacional de Produo Mineral DNPM apresenta a 31 Edio do Sumrio Mineral ano 2011. Esta uma publicao que mostra o comportamento do mercado de bens minerais selecionados, os quais representam mais de 90% do Valor da Produo Mineral do Brasil. O estudo est organizado em sete sees com destaque para oferta mundial, produo interna, importao, exportao, consumo interno, projetos em andamento e/ou previstos e fatores relevantes de cada substncia mineral no pas e no mundo. Destaco, no conjunto da obra, o trabalho dos autores dos textos alocados nas mais diversas Superintendncias do DNPM. Igualmente da coordenao tcnica na reviso dos textos e preparao da publicao, incluindo os colaboradores que contriburam para concretizar esta importante publicao no mbito da Diretoria de Planejamento e de Desenvolvimento da Minerao - DIPLAM. Assim, o DNPM reafirma seu compromisso de dar acesso s informaes do setor mineral para a sociedade brasileira.

SRGIO AUGUSTO DMASO DE SOUSADiretor-Geral do DNPM

NDICEAo Alumnio Barita Bentonita Berlio Cal Calcrio Agrcola Carvo Mineral Caulim Chumbo Cimento Cobalto Cobre Crisotila Cromo Diamante Diatomita Enxofre Estanho Ferro Fluorita Fosfato Gipsita Grafita Natural Ltio Magnesita Mangans Metais do Grupo da Platina Mica Molibdnio Nibio Nquel Ouro Potssio Prata Quartzo Rochas Ornamentais e de Revestimento Sal Talco e Pirofilita Tntalo Terras Raras Titnio Tungstnio Vandio Vermiculita Zinco Zircnio

AOCarlos Antnio Gonalves de Jesus - DNPM/MG - Tel.: (31) 3227-9960 E-mail: [email protected]

I - OFERTA MUNDIAL 2010 A indstria siderrgica mostrou recuperao em 2010. A produo mundial de ao bruto totalizou 1,4 bilho de toneladas, aumentando 14,9% em relao ao ano anterior. A produo brasileira representou 2,3% da produo mundial e 53,1% da produo da Amrica Latina. Minas Gerais (35,4%), Rio de Janeiro (21,6%), Esprito Santo (19,3%) e So Paulo (17,6%) foram os principais estados produtores. A produo mundial de ferro-gusa foi 6,9% maior que a registrada em 2009, atingindo 1.000,0 milhes de toneladas. O Brasil participou com 3,1% dessa produo. Tabela 1 - Produo Mundial 2010Discriminao Pases Brasil China Japo ndia Russia Estados Unidos Repblica da Coria Outros pases Total Ao Bruto (10 t) 2009(r) 2010(p) 26.506 32.928 573.600 626.700 87.500 109.600 62.800 68.300 60.000 66.900 58.200 80.500 48.600 58.400 312.794 370.172 1.230.000 1.413.5003

% 2,3 44,3 7,8 4,8 4,7 5,7 4,1 26,2 100

Ferro-Gusa (10 t) 2009(r) 2010(p) 25.135 30.898 544.000 600.000 86.000 82.000 30.000 39.000 44.000 47.000 19.000 29.000 30.000 31.000 156.865 141.102 935.000 1.000.000

3

% 3,1 60 8,2 3,9 4,7 2,9 3,1 14,1 100

Fontes:; IABr: Produo brasileira e mundial de ao e produo brasileira de ferro-gusa; USGS: Produo mundial de ferro-gusa Notas: ( p ) dados preliminares; ( r ) dados revisados; Produo de Ao Bruto = Ao em Lingotes + Produtos de Lingotamento Contnuo + Ao para Fundio.

II - PRODUO INTERNA A indstria brasileira do ao composta por catorze empresas privadas controladas por nove grupos empresariais que operam vinte e oito usinas distribudas por dez estados. O parque siderrgico brasileiro dispe de capacidade instalada de produo de 44,6 Mt (milhes de toneladas) de ao bruto/ano. A produo brasileira de ao em 2010 atingiu 32.928 mt (mil toneladas), o que representa um aumento de 24,2% em comparao com 2009. Mesmo com esse aumento a produo ficou abaixo do recorde registrado em 2008 (33.7 Mt). Por empresa a produo ficou assim distribuda: Aperam South America (ex-ArcelorMittal Inox Brasil 771 mt (+27,0% em comparao com 2009), ArcelorMittal Aos Longos - 3.394mt (+7,0%), ArcelorMittal Tubaro - 5.956 mt (+11,7%), Thyssenkrupp CSA Siderrgica do Atlntico 458 mt (entrou em operao em 2010), Companhia Siderrgica NacionalCSN - 4.902 mt (+12.0%), Gerdau (inclui Aos Villares) - 8.177 mt (+33,9%), Sinobras - 239mt (+32,0mt), Usiminas - 7.298 mt (+29,5%), V & M do Brasil - 573mt (+48,0%), Villares Metals 119 mt (+29,3%) e Votorantim Siderurgia - 1.041 mt (+68,7%). A produtividade do setor foi de 343t/homem/ano. A produo de ferro-gusa aumentou 22,9% em relao a 2009, totalizando 30.898,0mt (Usinas integradas - 83,6% - Produtores independentes - 16,34%). Quanto aos produtos siderrgicos a produo se dividiu em: Produtos Planos (placas, chapas e bobinas revestidas e no revestidas) - 21.546mt (+23,9% em comparao com 2009), Produtos Longos (lingotes, blocos, tarugos, barras, vergalhes, fio-mquina, perfis e tubos) - 11.577mt (+18,8%). III IMPORTAO As importaes brasileiras de produtos siderrgicos em 2010 somaram 5.897,9mt, com um valor de US$-FOB 5.456,9 milhes. Em relao ao ano anterior houve um aumento de 152,9% na quantidade e de 93,8% no valor das importaes. Os semi-acabados (placas, lingotes, blocos e tarugos) representaram 0,9% da quantidade e do valor das importaes; os produtos planos (chapas e bobinas revestidas e no revestidas) representaram 68,4% da quantidade e 58,6% do valor; os produtos longos (barras, vergalhes, perfis, fio-mquina, trilhos e tubos sem costura), 22,8% da quantidade e 24,9% do valor e outros produtos (tubos com costura, tiras, fitas e trefilados), 7,8% da quantidade e 15,6% do valor. Os principais fornecedores foram: China (30,2%), Rssia (9,5%), Repblica da Coria (9,1%), e Japo (5,6%). As principais regies de origem foram: sia (50,7%), Europa (33.0%) e Amrica Latina (8,0%). O crescimento das importaes foi motivado pela queda do dlar, que diminuiu os preos do ao produzido no exterior e pela sobra do produto na Europa e na sia, com exceo da China. IV - EXPORTAO Em 2010 o Brasil exportou 8.987,8mt de produtos siderrgicos, com um valor de US$-FOB 5.794,0 milhes. Em comparao com 2009 houve um aumento de 4,1% na quantidade e de 22,8% no valor das exportaes. Quanto ao tipo de produto as exportaes se dividiram em: semi-acabados - 58,5% da quantidade e 44,7% do valor das exportaes; planos - 25,7% da quantidade e 30,3% do valor; longos - 13,0% da quantidade e 18,1% do valor e outros produtos - 2,6%

AOda quantidade e 9,9% do valor. Os principais importadores foram: Repblica da Coria (14,8%), Estados Unidos (11,7%), Argentina (9,8%), Taiwan (8,4%) e Tailndia (5,2%). As principais regies de destino foram: sia (43,0%), Amrica Latina (32,4%), Amrica do Norte (13,2%) e Europa (8,8%). V CONSUMO INTERNO As vendas internas de produtos siderrgicos em 2010 somaram 20.716mt (+26,7% em relao a 2009). O consumo interno de ao em 2010 (vendas internas mais importao) atingiu o nvel recorde de 26.613,8 mt, aumentando 43,2% em comparao com o ano anterior. Os principais setores consumidores foram: Automobilstico (incluindo Autopeas) 19,0%, Construo Civil (15,5%), Embalagens e Recipientes (3,2%), Mquinas e Equipamentos Industriais - 2,8% e Utilidades Domsticas e Comerciais - 2,5%. O consumo per capita de ao bruto no Brasil foi de 152,1kg/habitante, muito baixo se comparado a pases como China (422,1), Alemanha (357,6), Japo (447,0) e Estados Unidos (203,1). No entanto o consumo de ao no Brasil apresenta uma forte tendncia de alta, em funo do crescimento econmico e das obras de infraestrutura para eventos como Copa do Mundo e Olimpadas. Tabela 2 - Principais Estatsticas BrasilProduo Discriminao Ao bruto Gusa Ao Exportao Gusa Importao Consumo aparente Ao Ao (1) Ao (2) Gusa (1) Ao - Semi-acabados (3) Ao - Produtos planos (3) Ao - Produtos longos (3) Gusa (3) Unidade 3 (10 t) 3 (10 t) 3 (10 t) 3 10 US$-FOB 3 (10 t) 3 10 US$-FOB 3 (10 t) 3 10 US$-FOB 3 (10 t) 3 (10 t) 3 (10 t) US$/t-FOB US$/t-FOB US$/t-FOB US$/t-FOB 2008 33.726 34.871 9.180 8.048.179 6.300 3.144.985 2.656 3.697.341 27.202 24.048 28.571 706,37 1.086,08 1.060,62 499,2(r) (r) (p)

Preo mdio

2009 26.506 25.135 8.633 4.720.134 3.158 1.089.865 2.331 2.815.304 20.204 18.576 21.977 372,81 667,94 604,79 345,11

2010 32.928 30.898 8.988 5.794.000 2.309 971.149 5.898 5.456.900 29.838 26.104 29.222 493,22 760,27 897,33 420,6(3) Preo mdio

Fontes: IABr, MDIC/SECEX Notas: ( p ) dados preliminares; ( r ) dados revisados; (1) Produo + Importao Exportao de exportao.

(2) Vendas internas + importao

VI - PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS Os investimentos no setor siderrgico em 2010 somaram US$ 4,5 bilhes. A ThyssenKrupp CSA Companhia Siderrgica do Atlntico (Distrito Industrial de Santa Cruz/RJ) iniciou suas operaes em 2010 e atingir a capacidade total de produo (5,0Mt/ano) em 2012. A Siderrgica Norte Brasil-SINOBRAS est investindo R$ 1,5 bilho para elevar em 20,0% a produo na Usina de Marab/PA. A Votorantim Siderurgia planeja atingir at o final de 2011 a produo de 3,0Mt/ano. Em 2010 empresa colocou em operao a Usina de Resende/RJ, que tem capacidade de produo de 1,0Mt de ao bruto/ano. Os investimentos foram da ordem de R$1,1bilho. A Gerdau vai investir R$718,0milhes para atender demanda da construo civil e indstria automotiva. Os investimentos sero destinados expanso da usina de aos especiais de Pindamonhangaba (SP) dos atuais 700mil para 1,2 milhes de toneladas em 2012. VII - OUTROS FATORES RELEVANTES O faturamento da indstria siderrgica em 2010 foi de R$63,8 bilhes (+14,5% em comparao com 2009).. O nmero de empregados totalizou 137.948 (+22,4%), sendo 70.083 diretos e 67.865 terceirizados. O recolhimento de impostos (IPI, ICMS e outros) atingiu R$ 8,2bilhes (+34,4%).

ALUMNIORaimundo Augusto Corra Mrtires DNPM/PA Tel.: (91) 3299-4569; 3299-4590 E-mail: [email protected]

I - OFERTA MUNDIAL 2010 As reservas mundiais de bauxita em 2010 somaram 27,4 bilhes de toneladas. O Brasil detm 9,5% desse total, sendo 96% de bauxita tipo metalrgico e 4% refratria. As reservas brasileiras mais expressivas (95%) esto no Estado do Par, as quais tm como principais concessionrias as empresas MRN, Vale, ALCOA e CBA. A produo mundial de bauxita em 2010 voltou a crescer (3,2%) em relao a 2009, aps a crise mundial que afetou o comrcio global. O Brasil apresentou crescimento ligeiramente superior a mdia (3,6%) respondendo por 14% da produo mundial, ficando atrs da Austrlia e da China. De acordo com o IAI (2011), a produo de alumina em 2010 foi de 56,4 milhes de t contra 53,7 milhes de t em 2009 (recuperao de 5%). De acordo com o USGS, a produo mundial de alumnio atingiu 41,4 milhes de t, uma recuperao de 11% em relao a 2009 puxado principalmente pelo aumento na produo chinesa (30%). Tabela 1 - Reserva e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil Austrlia China ndia Guin Jamaica Kazaquisto Venezuela Suriname Rssia Grcia Guiana Vietnam Outros pases TOTAL(1)

Reservas (10 t)* (p) 2010 2.600 5.400 750 900 7.400 2.000 360 320 580 200 600 850 2.100 3.300 27.360

6

Produo (10 t) (p) 2009 2010 28.060 29.000 65.200 70.000 40.000 40.000 16.000 18.000 15.600 17.400 7.820 9.200 5.130 5.300 2.500 2.500 4.000 3.100 5.780 4.700 2.100 2.000 1.760 1.800 30 30 10.310 4.440 201.000 207.470(r)

3

% 14,0 33,7 19,3 8,7 8,4 4,4 2,5 1,2 1,5 2,3 1,0 0,9 2,1 100,0

Fontes: DNPM/DIPLAM; USGS- Mineral Commodity Summaries2010; International Aluminium Institute (IAI); Associao Brasileira do Alumnio (ABAL); Empresas produtoras de bauxita. Notas: (p) dados preliminares, exceto Brasil; (r) revisado. * Reservas Lavrveis

II - PRODUO INTERNA Aps a crise mundial, a produo de bauxita voltou a crescer em 2010 (3,6%) em relao a 2009 com a seguinte distribuio na produo de bauxita metalrgica por empresa: Minerao Rio do Norte-MRN (58%), Vale (20%), Companhia Brasileira de Alumnio-CBA (10%), Alcoa (10%) e Novelis (2%). A bauxita utilizada na indstria de refratrios representou 4,8% do total, tendo como principal produtor a Minerao Curimbaba instalada no Estado de Minas Gerais. A produo de alumina foi de 8,0 milhes de toneladas, mantendo-se no mesmo nvel de 2009, e apresentou a seguinte distribuio por empresa: Alunorte (65%), Alcoa (14%), CBA (12%), Billiton (8%) e Novelis (1%). A produo brasileira de alumnio primrio em 2010 permaneceu no patamar de 1,5 milho de toneladas (mesmo nvel de 2009), com a seguinte distribuio da produo por grupo produtor: CBA (31%), Albras (29,5%), Alcoa (22,5%), BHP Billiton (11,4%) e Novelis (5,6%). A Aluvale, segundo a ABAL, no produziu alumnio no perodo. III IMPORTAO As importaes de bauxita so irrelevantes em relao s exportaes sendo o principal produto importado a bauxita calcinada (mais de 99%). Entre os semimanufaturados, as importaes de alumina calcinada tambm aumentaram 30,3%, (33 mil contra 43 mil t) sendo, tambm, de pouca expresso em relao produo. Foram reduzidas em 48% as importaes de alumnio primrio/ligas de 201 mil para 104 mil t. Os semimanufaturados e manufaturados tiveram crescimento de 195 mil para 311 mil t (59%). Os principais pases de origem dos manufaturados foram: China (24%), Alemanha (22%), EUA (11%), Argentina (10%), frica do Sul (5%) e outros (28%). IV EXPORTAO Foi registrado crescimento de 19,4% no valor das exportaes brasileiras do setor de alumnio no perodo 2009/2010. As exportaes de bens primrios (bauxita bruta, calcinada e p de alumnio) mais que duplicaram passando de 3,0 milhes para 6,8 milhes de toneladas enquanto que a receita passou de US$ 162 milhes para US$ 275 milhes (crescimentos de 127% e 70%, respectivamente) e tiveram como destino: EUA (43%), Canad (30%), Irlanda (15%), Ucrnia (4%), Suriname (3%) e outros (5%). As exportaes de alumina apresentaram crescimento de 16,3% (5,5 milhes contra 6,4 milhes toneladas em 2010), com crescimento da receita de US$ 1,3 milho para US$ 1,7 milho (33,8%). As exportaes de manufaturados de alumnio decresceram 13,2% no perodo, caindo de 174 mil toneladas para 151 mil t. A distribuio das exportaes de derivados de alumnio mostrou a seguinte distribuio: chapas (40%), fios (22%), folhas

ALUMNIO(19%), barras (5%) e outros (14%). Os principais pases de destino foram: EUA (19%), Argentina (12%), Venezuela (8%), Espanha (5%), Colmbia (5%) e outros (51%). V - CONSUMO INTERNO A produo de 29 milhes de toneladas conjugada ao aumento na exportao de 123% teve como consequncia uma reduo de 11,2% no consumo aparente de bauxita no pas no perodo 2009/2010. O consumo de bauxita tem 95% de sua utilizao no refinamento de alumina, sendo o restante utilizado na indstria de refratrios, cimentos e produtos qumicos. Verificou-se que o consumo de alumina foi 27,8% inferior ao de 2009, sendo da ordem de 1,66 mil t/ano, tendo em vista que as exportaes subiram 10%. A alumina , em larga escala, utilizada na metalurgia do alumnio (98%) bem como na indstria qumica. J o consumo de alumnio manteve-se no mesmo patamar do ano anterior (em torno de 1,1 mil t/ano). O ndice de reciclagem de latas de alumnio no pas vem batendo recordes sucessivos atingindo 98,2%. Tabela 2 - Principais Estatsticas BrasilDiscriminao (1) Total Bauxita Bauxita metalrgica Bauxita no metalrgica Alumina Metal primrio Metal reciclado Bauxita Importao Alumina Metal primrio, sucatas, semi-acabados e outros Bauxita Exportao Alumina Metal primrio, sucatas, semi-acabados e outros Bauxita Consumo Aparente(2) (r) (p)

Unidade (10 t) (10 t) (10 t) (10 t) (10 t) (10 US$-FOB) (10 t) (10 US$-FOB) (10 t) (10 US$-FOB) (10 t) (10 US$-FOB) (10 t) (10 US$-FOB) (10 t) (10 US$-FOB) (10 t) (10 t) (10 t) (US$/t) (US$/t) (US$/t)3 3 3 6 3 6 3 6 3 6 3 6 3 6 3 3 3 3 3

Produo

2008 28.098 26.838 1.260 7.822 1.661 256 18 8,8 78 36 222 742 6.221 293 4.560 1.532 969 2.665 21.895 3.340 1.170 47,26 335,96 2590,50

2009 28.060 26.810 1.250 7.800 1.536 250 2,5 1,8 33 14 201 457 3.040 158 5.520 1.298 926 2.665 25.023 2.313 1.061 52,67 236,00 1.558,46

2010 29.000 27.620 1.380 8.040 1.536 252 13,2 7,0 43 21 104 212 6.790 270 6.420 1.716 760 1.675 22.223 1.663 1.132 26,86 268,13 2.112,40

Alumina Metal primrio, sucatas, semi-acabados e outros Bauxita(3) (4)

Preos Mdios

Alumina Metal(5)

Fontes: DNPM\DIPLAM; Associao Brasileira do Alumnio (ABAL), SISCOMEX-SECEX, Albras, Alunorte. Notas: (1) Produo de bauxita - base seca; (2) Produo (primrio + secundrio) + Importao - Exportao; (3) Preo mdio FOB das exportaes de bauxita no calcinada (minrio de alumnio); ( 4) Preo mdio FOB das exportaes de alumina calcinada; (5) Preos: Preo mdio FOB das exportaes de alumnio no ligado em forma bruta (lingote); (r) Revisado; p) Dados preliminares.

VI - PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS A Alcoa anunciou que a produo de alumina em So Luis (MA) aumentar gradualmente, a fbrica se recupera da falha ocorrida no seu descarregador de bauxita. Sua plena capacidade produzir 3,5 milhes de t/ano de alumina. A Novelis anunciou investimento de US$ 300 milhes na ampliao das operaes de laminao de alumnio em Pindamonhangaba (SP). A CBA dever instalar mais uma linha de 125 mil t de alumnio, entretanto, enfrenta custos de energia. VII - OUTROS FATORES RELEVANTES A Vale concluiu a transferncia de todas as suas participaes na rea do alumnio: Alumnio Brasileiro (Albras), Alumina do Norte do Brasil (Alunorte) e Companhia de Alumina do Par (CAP) para a Norsk Hydro. De acordo com os termos do acordo, a Vale, atravs de suas subsidirias integrais, transferiu para a Hydro: 51% do capital total da Albras; 57% do capital total da Alunorte; 61% do capital total da CAP.

BARITARoberto Moscoso de Arajo. DNPM/RN Tel.: (84) 4006-4714 - E-mail: [email protected]

I - OFERTA MUNDIAL 2010 A barita, sulfato de brio natural (BaSO4), a fonte mais importante de obteno de brio metlico e globalmente o principal insumo na indstria mundial de petrleo e gs natural onde empregada como agente selador na lama de perfurao. Possui, ainda, aplicaes relevantes nas indstrias siderrgica, qumica, de papel, de borracha e de plsticos. A oferta mundial de barita fortemente dominada pela China e pela India que juntas responderam em 2010 por 65% da produo total, alm de serem as detentoras de quase 60% das reservas conhecidas. A produo mundial que em 2009, abalada pela crise financeira internacional, sofreu reduo em valores corregidos de 17%, volta em 2010 ao patamer precrise. O Brasil participou em 2010 com aproximadamente 2,8 % da produo mundial e detm 3,0% das reservas, conforme o quadro abaixo. Tabela 01 - Reserva e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil China ndia Estados Unidos Marrocos Ir Turquia Mxico Casaquisto Vietn Alemanha Rssia Arglia Reino Unido Paquisto Outros pases TOTAL(1) 3 3 (2)

Reserva (10 t) (p) 2010 27.000/5.400 100.000 34.000 15.000 10.000nd

2009

(r)

4.000 7.000nd nd

1.000 12.000 29.000 100 1.000 24.000 242.500

Produo (10 t) (p) 2010 196 198 3.000 3.600 1.200 1000 383 670 430 460 200 250 150 150 152 140 95 100 70 90 75 75 63 65 60 60 50 50 42 45 160 160 6.326 7.113

(%) 2,8 50,6 14,1 9,4 6,5 3,5 2,1 2 1,4 1,3 1,1 0,9 0,8 0,7 0,6 2,2 100

Fontes: DNPM\DIPLAM; USGS: Mineral Commodity Summaries-2011 . Notas: (1) Reserva lavrvel em minrio/reserva lavrvel em contido (2) Produo bruta de minrio, em toneladas mtricas; (r) revisado; (p) dado preliminar, exceto Brasil; (nd) dado no disponvel.

II - PRODUO INTERNA Em 2010, a produo interna bruta de barita foi de 198.161 toneladas, valor muito prximo ao registrado em 2009. Essa produo representou 2,8% da produo mundial de barita, valores que coloca o pas entre os 6 maiores produtores desse insumo mineral. A Utrafertil S.A., no Estado de Gois, consolidou-se como a maior prudutora brasileira de barita bruta, responsvel por 84% da produo do pas. O Estado da Bahia, que at pouco tempo atrs liderava o ranking dos estados produtores, respondeu pelos 16% restantes, sendo a Qumica Geral do Nordeste e a Empresa De Minerao Bahiana Santa Terezinha Ltda as duas empresas produtoras, participando com 11% e 4% respectivamente, da produo nacional. A produo brasileira de minrio de brio beneficiada em 2010, foi de 30.619 toneladas, reduo de 20,5% em relao a 2009. A Qumica Geral do Nordeste, maior produtor brasileiro, produziu 17.445 toneladas, o que representa 56% do total de produtos beneficiados de barita, a Ultrafertil S.A. produziu 13.174 toneladas, contribuindo com 44% da produo total. III IMPORTAO Segundo dados do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC/SECEX), em 2010 as importaes brasileiras de barita (bens primrios e compostos qumicos), totalizaram 81.323 toneladas, o dobro do ano anterior, esse incremento na compra de minrio de brio no exterior foi ocasionado quase que totalmente pela importao de minrio primrio, a baritina, que representou quase 90% do volume movimentado. Os valores financeiros envolvidos na importao de barita somaram US$ 14.126.000, tambem o dobro de 2009, com os bens primrios respondendo por 56% e os compostos qumicos pelos restantes 34%. Os principais pases de origem dos bens primrios foram: India (79%), Estados Unidos (12%) e China (3%). Enquanto que os mais importantes fornecedores de produtos qumicos foram: Alemanha (38%), China (29%) e Itlia (29%).

BARITAIV - EXPORTAO As exportaes brasileiras de barita em 2010, mantendo uma queda que se iniciou em 2007, totalizaram apenas 544 t, incluindo bens primrios, e compostos qumicos de brio, o que gerou uma receita de US$ 377.000.( decrescimo de 28% em relao a 2009). Os principais itens exportados foram os sulfato de brio natural -baritina (participao de 40%) e sulfato de brio com teor em peso = 97 (participao de 34 %). Os principais destinos dos produtos primrios de brio foram o Uruguai (41%), Mexico (21%) e Angola (14%), enquanto que os compostos qumicos foram exportados principalmente para Argentina (51%), Portugal (17%) e Estados Unidos (12%). V - CONSUMO A barita insumo bsico em trs setores industriais: 1) fluido de perfurao de petrleo e gs; 2) sais qumicos de brio; 3) preparao de tintas, pigmentos, vernizes, vidros, papel, plsticos, dentre outros. A estrutura brasileira de consumo de barita apresenta a seguinte distribuio mdia: a) produtos brutos: dispositivos eletrnicos (38,4%), extrao e beneficiamento de minerais (22,7%), tintas esmaltes e vernizes (15,4%), fabricao de peas para freios (11,6%), extrao de petrleo (11,5%) e ferro-ligas (0,4%); b) produtos beneficiados: produtos qumicos (41%), fabricao de peas para freio (19%), dispositivos eletrnicos (10,7%), extrao de petrleo/gs (8%), tintas, esmaltes e vernizes (8%); e no informados (13,2%). O consumo aparente de barita beneficiada em 2010 ficou em torno de 39 mil toneladas, representando um decrescimo de 5% em relao ao registrado em 2009. Tabela 02 - Principais Estatsticas BrasilProduo Discriminao Barita bruta (minrio contido - BaSO4) Barita beneficiada (1) Sulfato de Brio Natural (Baritina) (2) Carbonato de Brio Natural (Witherita) (3) Hidrxido de Brio Importao Sulfato de Brio (teor em peso = 97) Outros Sulfatos de Brio Carbonato de Brio Sulfato de Brio Natural (Baritina) (4) Carbonato de Brio Natural (Witherita) (5) Sulfato de Brio (teor em peso= 97) Carbonato de Brio Consumo Aparente Preo Mdio(*) (r) (p (p)

Unidade (t) (t) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 us$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) 3 (10 US$-FOB)

2008 241.179 23.276

2009 196.860 49.847

2010 198.161 41.385

Exportao

Barita beneficiada (1+2+3) (4+5) = Baritina / Witherita (Base importao) Baritina / Witherita (Base exportao)

5.335 35.524 72.263 1.197 4.717 7.734 48 0 192 28 0 111 424 291 533 592 445 851 2.564 3.195 5.714 2.107 2.514 4.061 80 172 165 58 127 102 50 101 2.406 14 30 1.197 55 64 219 231 42 98 55 32 70 34 30 54 81 253 185 57 187 171 1.012 649 69 414 262 52 21.279 90.043 113.551 224,00/583,00 132,00/ - 107,00/578,00 238,00/618,00 656,00/938,00 447,00/771,00

Fontes: DNPM\DIPLAM; MDIC\SECEX;. Notas: (*) Consumo Aparente = Produo + Importao - Exportao; (p) preliminar; (r) revisado.

VI - PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS Sem informaes VII - OUTROS FATORES RELEVANTES Sem informaes

BENTONITAThiago Henrique Cardoso da Silva - DNPM/Sede - Tel.: +55 (61) 3312-6809 - E-mail: [email protected]

I OFERTA MUNDIAL - 2010 Bentonita uma rocha constituda essencialmente por argilominerais do grupo das esmectitas e origina-se mais frequentemente das alteraes de cinzas vulcnicas. Seu nome faz aluso a um depsito de argila esmecttita na regio de Fort Benton, Wyoming (EUA). As bentonitas caracterizam-se por apresentar: (1) partculas muito finas; (2) elevada carga superficial; (3) alta capacidade de troca catinica; (4) elevada rea superficial e (5) inchamento quando em presena de gua. Essas caractersticas resultam em propriedades que determinam o seu uso industrial. Dentre as principais utilizaes desta argila, esto: (a) componente de fluidos utilizados para perfurao de poos de petrleo; (b) aglomerante de areias de moldagem usadas em fundio; (c) pelotizao de minrio de ferro; (d) descoramento de leos e clarificao de bebidas; (e) impermeabilizante de solos; (f) absorvente sanitrio para animais de estimao; (g) carga mineral em produtos farmacuticos, raes animais, produtos cosmticos e outros; (h) agente plastificante para produtos cermicos; (i) composio de cimento, entre outros (ALBARNAZ, 2009). As reservas mundiais de bentonita so abundantes e por isso sua estimativa no vem sendo publicada pelo Servio Geolgico dos Estados Unidos (USGS). As reservas lavrveis nacionais so de 31.388 x 10 t. Em termos de participao nas reservas, o estado do Paran concentra 48,2% do total, o estado da Paraba 24,5%, So Paulo 17,9% e a Bahia 9,4%. A bentonita, por ser utilizada como um mineral industrial, tem sua dinmica de demanda/oferta profundamente afetada pelo desempenho econmico dos setores produtivos que a utilizam como insumo e , consequentemente, depende do desempenho econmico dos pases consumidores (TOMIO, 1999). A produo mundial de bentonita em 2010 aumentou em 8,87%. Esse aumento revela uma recuperao dos setores consumidores dessa substncia em relao crise iniciada em 2008, que causou diminuio no consumo e na produo no ano de 2009. Tabela 1 - Reserva e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil(1) (2)

Reservas (10 t) (p) 2010 31.388

2009

(r)

Produo (t) (p) 2010 326.428 4.000.000 860.000 1.050.000 150.000 380.000 3.525.000 10.291.428

% 3,17% 38,87% 8,36% 10,20% 1,46% 3,69% 34,25% 100,00

217.926 3.650.000 845.000

Estados Unidos Grcia Itlia Alemanha(2) (3)

Turquia

As reservas mundiais de Bentonita so abundantes.

1.000.000 146.000 350.000 3.432.000 9.640,926

Outros pases TOTAL

nd

Fontes: DNPM/DIPLAM e USGS-Mineral Commodity Summaries 2011 Notas: (1) Reservas incluem somente a reserva lavrvel e o dado para produo compreende apenas a bentonita beneficiada (bentonita moda seca + bentonita ativada); (2) Produo substituda pelas vendas apuradas do produto; (3)Produo abarca apenas a bentonita bruta; (t) toneladas; (p) preliminar; (r) revisado; nd: dados no disponveis.

II PRODUO INTERNA A produo de bentonita bruta no Brasil em 2010 aumentou sensivelmente, alcanando um patamar de 531.696 t. Isso representa um aumento de produo de 101,2% em comparao com o ano anterior. Logo, percebe-se claramente a recuperao dos produtores de bentonita, alm de indicativo do aumento de dinamismo dos compradores, que so essencialmente nacionais. Do total produzido, a Paraba produziu 79,34%, a Bahia produziu 15,12%, So Paulo 4,69%. Na produo beneficiada, a bentonita moda seca correspondeu a 34.804 t, o que representou um aumento de 20,76% em relao a 2009 e a bentonita ativada a 291.623 t, 54,21%, no mesmo perodo. A distribuio geogrfica da produo de bentonita moda seca deu-se da seguinte forma: So Paulo com 87,% do total e Paran com 13,0%. Quanto bentonita ativada, a Paraba produziu 78% de toda a produo nacional e a Bahia, 22%. III IMPORTAO As importaes de bentonita foram de US$-FOB 32.562.000 e 208.127 t em 2010. Isso representa um aumento de 75% no valor das importaes e de 65% na quantidade exportada em relao a 2009. Este aumento nas importaes evidencia o aumento no consumo aparente de bentonita e o crescimento das atividades nos setores consumidores. Os principais produtos importados derivados da bentonita so bens primrios (205.333 t e US$-FOB 27.713.000), compondo 85,1% do valor importado e os bens manufaturados (matria mineral natural ativada; 2.794 t US$-FOB 4.849.000), representando 14,9% do valor. Os principais pases de origem das importaes de bens primrios foram: Argentina (54%), ndia (27%), Grcia (14%); EUA (4%); para bens manufaturados: EUA (57%), Argentina (19%), China (14%), Indonsia (9%). IV EXPORTAO As exportaes acompanharam a tendncia de aumento das importaes e da produo interna. As exportaes de bentonita foram de 16.568 t e valor de US$-FOB 9.363.000, o que representou uma variao de 18,37% na quantidade e 31,65% no valor exportado no ano base.

BENTONITADentre os produtos de bentonita exportados, destacam-se: bens primrios (15.530 t e US$-FOB 9.129.000), compondo 97,5% do valor exportado, e os bens manufaturados (matria mineral natural ativada; 1.038 t US$-FOB 234.000), compondo 2,5% do valor. Os principais pases de destino dos bens primrios foram: frica do Sul (46%), Argentina (15%), Equador (7%); El Savador (7%) e Chile (6%) e para manufaturados foram: Venezuela (73%), Angola (13%), Uruguai (5%), Repblica Dominicana (3%), Guin (2%) V CONSUMO INTERNO Do total produzido de bentonita bruta, no ano de 2010, foi informada pelas empresas a destinao de 99,5%. A distribuio foi a seguinte: extrao de petrleo/gs (79,3%), refratrios (14,1%), construo civil (3,0%), fundio (2,1%), pelotizao (1,0%) e cosmticos (0,5%). O estado da Paraba foi, segundo informao das empresas, o nico destino do mineral bruto. J do total de bentonita moda seca, foi informado o uso de 66,95% da produo com as seguintes aplicaes: graxas e lubrificantes com 66,04%, rao animal com 19%, fertilizantes com 6,31%, fundio com 4,01%, refratrios com 3,83% e leos comestveis com 0,39%. Por localizao geogrfica, o consumo interno se deu da seguinte forma: So Paulo com 41,49%, Paran com 35,53%, Minas Gerais com 20,18%,Mato Grosso do Sul com 1,46% e Gois com 1,33%. Tambm foi informada pelas firmas a destinao de 94,6% do total da produo de bentonita ativada que se distribuiu da seguinte forma: Esprito Santo com 40,77%, Minas Gerais com 25,68%, Santa Catarina com 16,8%, So Paulo com 15,30, Paraba com 0,97% e Rio de Janeiro com 0,48%. Os usos industriais da bentonita ativada se distriburam entre: pelotizao de minrio de ferro com 60,62%, fundio com 25,97%, rao animal com 6,18%, extrao de petrleo e gs com 3,55%, outros produtos qumicos com 2,17%, construo civil com 1,14% e fertilizantes com 0.38%. Tabela 2 - Principais Estatsticas BrasilDiscriminao Bruta (R.O.M.) Comercializada Bruta Moda Seca Comercializada Moda Seca Ativada Comercializada ativada Bentonita Moda Seca NCMs 25081000 Bentonita Ativada NCM 38029020 Bentonita Moda Seca NCMs 25081000 Bentonita Ativada NCM 38029020(1)

Produo

Importao

Exportao

Unidade t t t t t t t 3 10 US$-FOB t 3 10 US$-FOB t 3 10 US$-FOB t 3 10 US$-FOB t R$/t R$/t R$/t

2008 340.141 107.937 31.689 29.496 233.343 219.992 215.769 22.694 2.270 4.315 9.740 5.222 1.897 329 455.890 25,28 266,57 382,70

(r)

2009 264.243 76.027 28.821 29.157 189.105 203.260 124.330 15.323 1.865 3.286 12.118 6.737 1.878 375 344.616 26,82 273,44 385,18

(r)

2010 531.693 101.536 34.804 23.304 291.623 275.901 205.333 27.713 2.794 4.849 15.530 9.129 1.038 234 490.764 17,61 197,62 323,04

(p)

Consumo Aparente Preos Mdios(2)

Bentonita Ativada + Moda Seca In natura Moda Seca Ativada

Fontes: DNPM/DIPLAM, SECEX-MDIC. Notas: (1) Produo comercializada + Importao Exportao de Bentonita Ativada + Moda Seca. (2) Preo mdio nominal informado pelas empresas; (p) Preliminar; (r) Revisado; (R.O.M.) Run of Mine; (NCM) Nomenclatura Comum do MERCOSUL. (*) Mudou-se o valor do consumo aparente para o ano de 2008 devido a uma reviso na frmula do clculo. Separou-se a substncia de cada fase da produo (bruta, moda seca e ativada) e utilizou-se a produo comercializada de cada uma ao invs da produo bruta (R.O.M.) e produo beneficiada.

V PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS Os investimentos das empresas na produo da bentonita para o ano de 2010 somaram a quantia de R$ 2.583.739,00. Esses investimentos localizaram-se nas seguintes reas: geologia e pesquisa mineral 2%; em infra-estrutura, 59%; caracterizao tecnolgica do minrio 1%, inovaes tecnolgicas e de sistemas 7%; em aquisio e/ou reforma de equipamentos 21%, em sade e segurana do trabalho 7% e em meio ambiente, 3%. Quanto distribuio geogrfica, os investimentos localizaram-se principalmente nos seguintes estados: Paraba 47,81%, So Paulo 32,06% e Bahia 20,13%. Em relao 2009, houve um aumento de 48,27% nos investimentos, o que mostra uma recuperao do setor produtivo frente crise de 2008. Os investimentos previstos para os prximos trs anos na minerao e beneficiamento da bentonita no Brasil foram apurados em R$ 5.298.000,00. VI OUTROS FATORES RELEVANTES Os minerais industriais so um nicho de oportunidades ainda pouco explorado no Brasil. Segundo Ciminelli, 2003, evidncias na literatura do setor mostram que um pas atinge sua maturidade industrial quando o valor da produo de nometlicos supera o da produo de metlicos. Isto aconteceu na Inglaterra no sculo XIX, nos Estados Unidos no incio do sculo XX, na Espanha no comeo dos anos 70, na Austrlia no final dos anos 80 e no Brasil ainda no aconteceu. Logo, o desafio para o setor da bentonita a descoberta e difuso das propriedades e usos industriais do mineral de forma a popularizar seu uso.

BERLIOAlcebades Lopes Sacramento Filho - DNPM/Sede - Tel. (61) 3312-6710, E-mail: [email protected]

I OFERTA MUNDIAL - 2010 O elemento berlio (Be) est presente em diversos minerais, porm, o mineral berilo (Be3Al2Si6O18) comercialmente, o mais importante. As reservas oficiais desse minrio em nosso pas so pouco representativas, com teores entre 10 a 12% de BeO. Encontra-se em rochas pegmatticas distribudas, nos estados de Minas Gerais Gois, Bahia e Cear. De acordo com o United States Geological Survey (USGS), estima-se que a reserva mundial de berlio em 2010 seja superior a 80.000 t., encontradas, principalmente em depsitos pegmatticos. Os Estados Unidos, principais consumidores e fornecedores de concentrado e de produtos manufaturados de berlio, so detentores de 65% da reserva mundial de berlio. Destaque deve ser dado ao depsito no pegmattico de Spor Mountain, no Estado de Utah - EUA, onde as reservas medidas esto em torno de 16.000 t de berlio contido, provenientes do minrio bertrandita (Be4Si2O7). Tabela 1 - Reserva e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil Estados Unidos China Moambique Outros pases TOTAL(1)

Reservas (t) 2010 6.000 52.000 ... ... 27.500 85.500

2009 0 120 20 2,0 1 143

Produo (t) 2010 0 170 20 2 1 193

(%) 0 88,1 10,4 1,0 0,5 100

Fontes: DIPLAM/DNPM e USGS: Mineral Commodity Summaries 2011. Notas: Dados em metal contido. (1) Reserva lavrvel. Vide apndice.

II- PRODUO INTERNA No grupo do mineral berilo, a variedade berilo industrial apresenta grande potencial de uso, por se constituir, geralmente de rejeito da extrao das gemas (esmeralda, gua marinha e outras), em diversas jazidas no pas. A produo declarada de (esmeralda) no ano de 2010, foi de 400 kg. A empresa, Belmont Ltda., com atuao em Itabira -MG, responde por cerca de 94% dessa produo. III - IMPORTAO As importaes brasileiras em 2010 foram de produtos manufaturados de Berlio, provenientes, dos Estados Unidos (85,98%) e Japo (13,9%) e Espanha (0,12%) totalizando US$ 24,367. Em 2009 as importaes somaram US$ 11,350. IV - EXPORTAO Em 2010, do total de gemas (esmeraldas) produzidas no pas, 75,8 % foi destinada exportao, principalmente para: Israel (47,3%), ndia (25,5%) e Hong Kong (3,0%), ficando 1,9% destinado ao mercado interno. V- CONSUMO Associado ao cobre (ligas de cobre-berlio), o berlio tm diversos usos como em escovas de contato eltrico, instrumentos que produzem fagulhas (explosivos), armas automticas de rpido acionamento, dentre outros. O berlio, por possuir grande rigidez, de grande utilidade em sistemas de orientao, giroscpios, plataformas estveis e acelermetros. principalmente usado em: aplicaes aeroespaciais, como de moderador de nutrons em usinas nucleares, componentes eltricos e eletrnicos, que so as principais fontes de consumo de produtos de berlio no mundo, e representam, por exemplo, 80% do consumo nos Estados Unidos. Tabela 2 - Principais Estatsticas, BrasilProduo Importao Exportao (3) Consumo Aparente (3) Preo Mdio(2)

Discriminao Concentrado (BeO) Manufaturados de berlio Manufaturados de berlio Manufaturados de berlio Ligas de berlio/cobre

Unidade (kg) (kg) (US$-FOB) (US$-FOB) (kg) US$/kg

2008 0 3 26.336 0 3 159

2009 0 2 11.350 0 2 154

2010

(p)

0 23 24.367 4 23 230

Fontes: DNPM/DIPLAM, MDIC/SECEX, empresas de minerao e publicaes especializadas. Notas: (1) trata-se Berlio (BeO) contido na produo bruta; (2) no existe dados sobre as exportao de berlio em bruto (3) produo + importao exportao (3) refere-se aos preos internos norte-americanos, (nd) dados no disponveis.

BERLIOVI- PROJETO EM ANDAMENTO E/OU PREVISTO No existem projetos novos para produo de berlio (BeO) no pas VII OUTROS FATORES RELEVANTES O Brasil no possui usina de transformao de berilo para a obteno de BeO. O alto custo para o seu aparelhamento, devido a natureza txica e altamente cancergena do produto, a associao com outros minerais de difcil separao por processo comum de tratamento de minrios, aliados a resduos que aumentam o ndice de contaminao e degradao ambiental em funo da explorao garimpeira, so fatores que tornam pouco atrativa a sua transformao pelas indstrias nacionais O processamento do berlio requer um rgido controle de qualidade por causa da sua natureza txica. Por isso, as indstrias que trabalham com o berlio so muito rigorosas no cumprimento das normas de segurana. Possuem equipamentos que medem o controle de poluio atmosfrica (coletores de poeira e fumaa), adotam o uso de mscara, nebulizadores e outros procedimentos que visam dar maior segurana ao trabalhador.

CALJuliana Ayres de A. Bio Teixeira - DNPM/BA - Tel: (71) 3444-5520, E-mail: [email protected] Osmar Almeida da Silva DNPM/BA, Tel.: (71) 3444-5552, E-mail: [email protected]

I OFERTA MUNDIAL - 2010 Dados preliminares sobre a oferta mundial de cal em 2010 apontam para um crescimento de 4,9% em relao 2009. A China continua liderando o ranking da produo mundial de cal, com uma participao de 60,7%, seguida pelos Estados Unidos, que responde por 5,7% deste mercado. Nesse panorama, a produo de cal brasileira foi de 7,8 Mt, uma queda de 16,8% em relao ao ano anterior, respondendo por 2,5% da produo mundial, mantendo a quinta posio do ranking dos pases produtores de cal. Tabela 1 Reserva e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil China Estados Unidos ndia Japo (somente cal virgem) Rssia Alemanha (1) Itlia Mxico Repblica da Coria Turquia (comercializado) Frana Ir Austrlia Espanha Romnia Blgica Outros pases TOTAL Reservas (t) 2009 Produo 1.000 (t) (p) 2010 6.600 7.800 185.000 190.000 15.800 18.000 13.000 14.000 8.400 9.400 7.000 7.400 6.000 6.800 6.000 6.400 5.500 5.700 3.600 4.000 3.800 4.000 3.500 3.700 2.700 2.800 2.000 2.200 2.000 2.200 2.000 2.200 2.000 2.000 23.600 24.600 298.500 313.200(r)

As reservas de calcrio e dolomito so suficientes para a indstria de cal

% 2,49% 60,68% 5,75% 4,47% 3,00% 2,36% 2,17% 2,04% 1,82% 1,28% 1,28% 1,18% 0,89% 0,70% 0,70% 0,70% 0,64% 7,86% 100,00%

Fontes: USGS - Mineral Commodity Summaries - 2011, Associao Brasileira dos Produtores de Cal - ABPC Notas: (r) dados revisados; (p) dados preliminares; (1) Inclusive cal hidrulica

II- PRODUO INTERNA Dados da Associao Brasileira dos Produtores de Cal (ABPC), que congrega cerca de 64% dos produtores no pas, apontam para um crescimento de 16,8% da produo interna de cal do pas em 2010, quando comparada a 2009. A estrutura de produo permaneceu praticamente inalterada, com a cal virgem correspondendo a 73,1% e a cal hidratada, 26,9% da produo nacional. A ABPC classifica os produtores de cal como: integrados, que produzem cal (virgem e hidratada) a partir de calcrio produzido em minas prprias; no integrados, que produzem cal (virgem e hidratada) a partir de calcrio comprado de terceiros; transformadores, que realizam a moagem e/ou produzem cal hidratada a partir de cal virgem adquirida; e cativos, que produzem a cal para consumo prprio, como as siderrgicas. Do total produzido, o mercado livre representa 87,2%, e o mercado cativo, 12,8%. No mercado livre, a indstria responde por 62% da cal produzida e a construo civil, 38%. III - IMPORTAO As importaes de semimanufaturados de rochas calcrias (cal viva, apagada e hidrulica) em 2009 somaram 3,7 mil toneladas, o que representa um desembolso de US$ 771 mil. Os principais pases de procedncia dos semimanufaturados foram: Argentina (44%), Uruguai (27%), Blgica (12%), China (9%) e Espanha (3%). IV - EXPORTAO Em 2010 as exportaes brasileiras de semimanufaturados de rochas calcrias foram predominantemente de cal (viva, apagada e hidrulica), totalizando 3,91 mil toneladas, no valor de US$ 479 mil, um aumento de 64,44% do volume exportado em relao a 2009, sendo os principais destinos: Uruguai (49%), Paraguai (47%) e Colmbia (3%).

CALV - CONSUMO Dada a pouca expresso das exportaes e importaes de cal, o consumo aparente acompanhou o nvel de produo que quase integralmente absorvida pelo mercado interno. Tabela 2 Principais Estatsticas Brasil Discriminao Produo Importao Exportao Consumo Aparente Preo mdio(c) (e)

Unidade (1.000t) (1.000t) (1.000t) (10 US$ FOB) (1.000t) (10 US$ FOB) (1.000t) (R$/t) (R$/t)3 3

2008

(r)

2009

(r)

2010

(p)

Calcrio bruto Cal Semimanufaturados Cal Semimanufaturados Cal Cal Cal virgem Cal hidratada

115.183 7.425 2,81 769 5,07 1.172 7.425 184,80 228,80

98.753 6.645 2,25 676 2,33 362 6.645 220,00 284,12

115.704 7.761 3,7 771 3,91 479 7.761 216,30 339,00

Fontes: MDIC/SECEX, ABPC; DNPM/DIPLAM; USGS - Mineral Commodity Summaries 2011. Notas: (e) Produo + importao exportao; (r) dados revisados; (p) dados preliminares sujeitos a reviso; (c) Cotao FOB planta de beneficiamento.

VI PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS Dados no relevantes. VII OUTROS FATORES RELEVANTES Extremamente relevantes para o setor consumidor de cal so as iniciativas do setor produtor, via ABPC, como o Programa Setorial da Qualidade da Cal Hidratada para a Construo Civil, programa registrado junto ao Governo Federal no mbito do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat, em que o INMETRO realiza a auditoria dos produtos das empresas associadas e de outras marcas adquiridas em revendas, abrangendo cerca de 83% de toda a produo nacional e o Programa de Monitoramento da Cal Industrial, voltado especificamente ao controle dos produtos destinados indstria de raes animais.

CALCRIO AGRCOLAFbio Lcio Martins Jnior - DNPM/TO - Tel.: (63) 3215-5051 - E-mail: [email protected]

I - OFERTA MUNDIAL - 2010 As principais entidades que publicam informaes sobre a produo mineral mundial, como o United States Geological Survey (USGS), atravs do Mineral Commodity Summaries, ou British Geological Survey (BGS), dentre outros, no divulgam estatsticas mundiais especficas sobre as reservas e produo de calcrio para fins agrcolas, em parte devido falta de estatsticas fornecidas pelos respectivos pases, e em parte, devido dificuldade de caracterizao da produo de calcrio diferenciada da produo de outras rochas comumente consideradas como calcrio. Ainda assim, o USGS (Mineral Commodity Summaries, 2011) sugere que as reservas mundiais de calcrio e dolomito, mesmo no sendo estimadas especificamente, seriam adequadas para atender a demanda mundial durante muitos anos. Estima-se que as maiores reservas estejam com os maiores produtores mundiais. Todas as rochas carbonticas compostas predominantemente por carbonato de clcio e/ou carbonato de clcio e magnsio (calcrios, dolomitos, mrmores, etc.), independente da relao CaO/MgO, so fontes para a obteno de corretivos de acidez dos solos, portanto, as reservas brasileiras de calcrio agrcola podem ser consideradas como as mesmas reservas brasileiras de calcrio, independentemente de sua aplicao. A anlise de Relatrios Anuais de Lavra (RAL) de 194 empresas produtoras forneceu reservas medidas de calcrio agrcola (calcrios dolomticos, calcrios magnesianos e dolomitos) superiores a 2 bilhes de toneladas. Tabela 1 - Reservas e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil Outros pases TOTAL Reservas (10 t) 2010 Reservas de calcrios, dolomitos, mrmores e outros, superiores a 2 bilhes de toneladas nd nd3

2006(a) 16.736 nd nd

2007(b) 21.844 nd nd

Produo (10 t) 2008(c) 22.255 nd nd

3

2009(c) 14.565 nd nd

2010(c) 18.930 nd nd

Fontes: (a) ABRACAL/SINDICALC-RS ; (b) CFIC/SDA/MAPA; (c) DNPM/DIPLAM. Nota: nd: dados no disponveis.

II - PRODUO INTERNA Os dados sobre a produo brasileira de calcrio destinado a corretivo da acidez dos solos foram obtidos para os anos base de 2008, 2009 e 2010 atravs das informaes prestadas anualmente ao Departamento Nacional de Produo Mineral (DNPM). A produo interna em 2010 foi de cerca 19 Mt e cresceu cerca de 30% em relao a 2009. Segundo dados da Associao Brasileira dos Produtores de Calcrio Agrcola (ABRACAL), a produo de calcrio agrcola no pas em 2010 foi de 24.748 Mt. Este incremento na produo deve-se recuperao dos preos internacionais das commodities agrcolas, em razo do trmino da crise financeira mundial que havia se instalado em setembro de 2008, ocasionando um maior consumo de calcrio agrcola face ao crescimento da demanda por gros. Em 2010, a estrutura da produo no foi alterada em relao ao ano de 2009, apontando, o Centro- Oeste como a regio maior produtora, 37,9%, seguida do Sul com 27,8%, Sudeste com 24,2%, Norte com 5,5% e o Nordeste com 4,7%. Os principais Estados produtores, responsveis por mais de 60% da produo nacional, foram: Mato Grosso, com 19,2%, Paran, 17,2%, So Paulo, 13,4% e Gois, 12,4%. III - IMPORTAO Inexistente IV - EXPORTAO Inexistente V - CONSUMO INTERNO O calcrio o principal produto utilizado para corrigir a acidez dos solos no pas. A qualidade do calcrio agrcola medida por um ndice conhecido como Poder Relativo de Neutralizao Total - PRNT. Para se corrigir a acidez do solo, deve-se usar tanto menos calcrio quanto maior for o seu PRNT. O consumo de calcrio agrcola no tem acompanhado a evoluo do consumo dos fertilizantes agrcolas, os quais somente so plenamente potencializados quando o solo recebe calagem adequada, o que no ocorre, em geral, na agricultura brasileira. Desta forma, o setor agrcola vem desperdiando recursos com fertilizantes por falta de correo do solo. Dados da Associao Brasileira de Produtores de Calcrio - ABRACAL evidenciam que somente em 2010 foram perdidos mais de R$ 6 bilhes em desperdcio de fertilizantes por falta de correo adequada do solo. Estudos realizados pela ABRACAL, levando em considerao, entre outros fatores, a exploso do crescimento da agricultura na regio dos cerrados revelam uma necessidade de consumo da ordem de 70 milhes de toneladas de calcrio corretivo de solos anuais, frente a uma capacidade nacional instalada de moagem, em 2010, de cerca de 40 milhes de toneladas.

CALCRIO AGRCOLATabela 2 - Principais Estatsticas - BrasilDiscriminao Produo Importao Exportao Consumo Aparente Preo Mdio de Venda Valor Total da Produo Unidade 3 (10 t) 3 (10 t) 3 (10 t) 3 (10 t) (R$/t) (R$ Milhes) 2006 (a) 16.736 16.849 22,74 383.146 2007 (b) 21.844 21.187 25,43 538.785 2008 (c) 22.255 22.000 23,00 506.000 2009 (c) 14.565 33,2 14.022 23,76 333.000 2010 (c) 18.930 18.263 25,23 460.788

Fontes: (a) ABRACAL/SINDICALC-RS ; (b) CFIC/SDA/MAPA; (c) DNPM. Nota: - indicao de que a rubrica assinalada inexistente.

VI - PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS O setor produtor, sob a coordenao da Associao Brasileira dos Produtores de Calcrio Agrcola - ABRACAL e por solicitao do Ministrio da Fazenda, elaborou na segunda metade da dcada de 90 o Plano Nacional de Calcrio Agrcola - PLANACAL que permanece, apesar do tempo, inalterado. O Plano objetiva, entre outros, esclarecer aos agricultores os benefcios da calagem agricultura e os ganhos de rentabilidade que podem ser atingidos com seu racional uso. A partir do Plano Agrcola e Pecurio 2011/2012, dois programas do governo federal vinculados ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento - MAPA passaram a incentivar o uso do calcrio agrcola no solo: o Programa de Modernizao da Agricultura e Conservao dos Recursos Naturais - MODERAGRO e o Programa para Reduo da Emisso de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC). O MODERAGRO destinado a empresas de qualquer porte e cooperativas de produtores rurais, alm de pessoas fsicas, todos com efetiva atuao no segmento agropecurio, podendo ser financiada, entre outras, a aquisio, transporte, aplicao e incorporao de corretivos (calcrio, gesso e outros) da acidez do solo. O MODERAGRO possui um Volume de recursos de R$ 850 milhes e as mudanas realizadas neste programa permitiram a elevao do limite de crdito de R$ 300 mil para R$ 600 mil, quando se tratar de crdito individual, e de R$ 900 mil para R$ 1,2 milho, para o coletivo. Outra importante alterao foi a elevao do prazo de reembolso de 8 para 10 anos. Criado na safra 2010/2011 e institudo pela Resoluo do Banco Central do Brasil n 3.896, de 17 de agosto de 2010, o Programa para Reduo da Emisso de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC) est sendo contemplado com um montante de R$ 3,15 bilhes para financiar prticas adequadas, entre elas, a correo e a adubao de solos, tecnologias adaptadas e sistemas produtivos eficientes que contribuam, em ltima instncia, para a mitigao da emisso dos gases causadores de efeito estufa. A partir dessa safra o Programa ABC incorpora o Programa de Estmulo Produo Agropecuria Sustentvel (PRODUSA). O limite por beneficirio de R$ 1 milho, com taxa de 5,5% a.a e prazo de 5 a 15 anos. VII - OUTROS FATORES RELEVANTES Apesar do calcrio agrcola ser um produto extremamente importante para a produo agrcola, h uma relativa falta de dados sobre a sua produo e comercializao no Brasil. Boa parte desta dificuldade se deve ao fato de que as informaes sobre o calcrio agrcola acabam sendo englobadas nos dados sobre o calcrio com vrios usos, dificultando um acompanhamento estatstico. Esta dificuldade se estende s informaes em nvel mundial, e mesmo importantes agncias e servios geolgicos, como o USGS, no apresentam relatrios dirigidos especificamente produo e consumo de calcrio agrcola, nos EUA ou no mundo. Um importante aspecto da indstria de produo de calcrio agrcola a sua associao, principalmente, demanda de commodities agrcolas, que por sua vez, dependem dos seus preos internacionais. Um aumento no consumo de commodities agrcolas por parte da sociedade demandar uma elevao da produtividade da agricultura brasileira, implicando em uma maior utilizao de calcrio agrcola. O Plano Nacional de Minerao (PNM-2030) prev que o consumo de calcrio agrcola dever crescer mais que os demais agrominerais, tendo-se em conta a utilizao de menos da metade do que seria recomendvel para a correo da acidez dos diversos tipos de solo do pas. As projees para a produo de calcrio agrcola so da ordem de 34,1 Mt, em 2015, 54,8 Mt, em 2022, e 94,1 Mt, em 2030, embora o que tem sido observado que os diversos planos governamentais para estimular o uso do calcrio agrcola no Brasil no tm obtido xito em seus objetivos. Embora o preo do calcrio agrcola seja considerado acessvel, principalmente, quando comparado com outros insumos utilizados na agricultura, o frete um dos fatores que desestimulam a sua aquisio pelos produtores agrcolas. O valor do frete determinado pela distncia da regio produtora. Entretanto em certas regies do pas (ex: Centro-Oeste) o escoamento da produo de gros facilita o uso do frete de retorno para reduzir os custos finais do calcrio agrcola.

CARVO MINERALLus Paulo de Oliveira Arajo DNPM/RS Tel.: (51) 3228.0448 E-mail: [email protected]

I - OFERTA MUNDIAL 2010 Em 2010 a produo mundial de carvo mineral apresentou um aumento de 5,71% em relao ao ano anterior. Esse resultado sinaliza a recuperao das economias que foram mais afetadas pela crise econmica. Como exemplo, os EUA apresentaram uma taxa de crescimento de 1,17% na produo do carvo em 2010, demonstrando uma recuperao frente queda de 9,8% da produo de 2009 em relao a 2008. Os maiores produtores mundiais em 2010 continuam sendo a China (44,5%), os EUA (13,5%), a ndia (7,8%), a Austrlia (5,8%) e a Rssia (4,4%). A oferta mundial de energia, em 2010, conforme a International Energy Agency - IEA apresentou a seguinte distribuio: petrleo 32,8%, carvo mineral 27,2%, gs natural 20,9%, Bicombustvel 10,2%, nuclear 5,8%, hdrica 2,3% e 1 outras fontes 0,8%. Neste mesmo ano, para o uso especfico de gerao de energia eltrica, a matriz energtica permaneceu inalterada em relao a 2009: carvo mineral 40,6%, gs natural 21,4%, nuclear 13,4%, hdrica 16,2%, petrleo 5,1% e outras fontes 3,3% (Key World Energy Statistics IEA,2011). Para o Brasil, os dados de 2010, do Balano Energtico Nacional 2011, indicaram a matriz energtica formada por petrleo 38,0%, derivados da cana 17,7%, hdrica 14,2%, lenha e carvo vegetal 9,6%, gs natural 10,2%, carvo minera 5,1% e nuclear 1,4% e outros renovveis 3,9%. Com relao oferta interna de energia eltrica a distribuio a seguinte hidrulica 74,9%, importao 6,3%, biomassa 5,5%, petrleo 3,1%, gs natural 5,8%, nuclear 2,6%, e carvo mineral 1,3% e Elica 0,4%. Tabela 1 - Reserva e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil China EUA ndia Austrlia Rssia Indonsia frica do Sul Alemanha Polnia Cazaquisto Ucrnia Colombia Canad Repblica Tcheca Outros pases TOTAL Reservas (10 t) 2010 2.482 114.500 237.295 60.600 76.400 157.010 5.529 30.156 40.699 5.709 33.600 33.873 6.746 6.582 1.100 46.580 858.861(1) 6

Produo (10 t) 2009 2010 5,82 6,31 3.050,00 3.240,00 973,18 984,60 557,57 569,95 409,23 423,86 298,11 316,90 252,48 305,88 250,02 256,81 183,67 182,30 135,14 133,22 101,52 110,81 73,7 73,30 72,1 74,35 62,93 67,88 53,31 50,64 402,74 477,32 6.881,52 7.274,13

(2)

6

(%) 0,1 44,5 13,5 7,8 5,8 4,4 4,2 3,5 2,5 1,8 1,5 1,0 1,0 0,9 0,7 6,6 100,0

Fontes:; BP Statistical Review of World Energy ( utilizou-se os dados em Mt e no em Mtoe) e DNPM-AMB (Brasil). Notas: (1) Reservas provadas de carvo mineral incluindo os tipos betuminoso e sub-betuminoso (hard coal) e linhito (brown coal), (2) Somatrio dos tipo betuminoso e sub-betuminoso (hard coal) e linhito (brown coal). (3) Reserva lavrvel Dados do Anurio Mineral Brasileiro/DNPM;

II - PRODUO INTERNA No ano de 2010, o aumento da produo brasileira de carvo mineral foi de 8,4%, chegando aos 6,31 Mt comparados com o resultado obtido em 2009 com 5,82 Mt. O fator estimulante para esse resultado foi o avano na demanda por energia eltrica de cerca dos 9,4% devido ao crescimento da atividade econmica no pas em relao ao ano de 2009. No ranking de produo do mineral fssil no pas, o estado do Rio Grande do Sul (RS), permanece sendo o maior produtor, com 54,8% da produo total, ficando Santa Catarina (SC) com 43,6% e o Paran apenas com 1,5%. No entanto, em termos de faturamento a distribuio se altera, pois SC possui 65,7% do valor total, enquanto o RS possui 32,1%, e o PR com 3,3%, devido ao maior valor econmico do carvo beneficiado catarinense. III IMPORTAO Com relao s importaes brasileiras de carvo mineral em 2010, comparado com 2009, conforme os dados da SECEX (MDIC) atingiram-se mais de 30% no quantum do carvo metalrgico (coqueificvel) para as siderurgias. Atribuise a esse aumento, o desempenho favorvel do setor siderrgico na produo de ao e derivados. Segundo o Instituto do Ao Brasil (IABr), esse crescimento foi de 24,82% (taxa mdia de crescimento) da produo total comparados com o acumulado do ano de 2009.1 Outras incluem fontes geotrmicas, solar, elica, etc.

CARVO MINERALA importao de bens primrios do carvo mineral em 2010 foi de 3,58 bilhes de dlares. Na distribuio por pas de origem, em termos de quantidade de carvo mineral importado (bens primrios), os principais fornecedores do Brasil em 2010 foram: Estados Unidos (37%), Austrlia (27%), Colmbia (10%), Canad (8%), China (5%) e outros (13%). IV - EXPORTAO A exportao de carvo como bem primrio inexpressiva em relao s importaes e, principalmente, com o volume do mineral fssil comercializado no Mundo. Em 2010 foram exportados 332 mil dlares de bens primrios para os pases do Mercosul e Associados. O quantum exportado nos ltimos anos, tanto para os bens primrios como os manufaturados, apresentaram-se sucessivas quedas, em 2010, foram de 20,9% e 7,7% respectivos. V - CONSUMO O consumo aparente de carvo mineral para o uso energtico cresceu 7,8% e para o setor siderrgico 34,3% respectivamente, comparados com os dados de 2009. Com relao aos finos de carvo, houve uma reduo de 21,7% devido pequena demanda por finos na fundio do setor metalrgico. O consumo do carvo metalrgico importado influenciado pela demanda de ao, pelas fontes de energia substitutas e, principalmente, pelos cenrios de flutuao de mercados interno/externo e de instabilidade cambial. Do total produzido, 81,0% so consumidos na gerao de energia eltrica e os 18,9% restantes, como combustvel industrial. O uso do carvo para combustvel industrial distribui-se aos seguimentos: papel/celulose (3,8%), petroqumica (3,3%), alimentos (1,5%), cermico (1,3%) e outras (9,0%). Tabela 2 - Principais Estatsticas BrasilProduo Discriminao Energtico Metalrgico para Fundio Bens Primrios Importao Semi e Manufaturados Bens primrios Exportao Semi e Manufaturados Consumo Aparente Preos(2) (1) (1)

Metalrgico para siderurgia Finos metalrgicos (3) Energtico (4) Carvo

Unidade (t) (t) (t) 3 (10 US$FOB) (t) 3 (10 US$FOB) (t) 3 (10 US$FOB) (t) 3 (10 US$FOB) (t) (t) (t) (US$ FOB/t)

2008 6.723.000 260.000 20.369.059 3.692.209 147.217 86.761 1.557 1.241 113.411 77.531 20.367.502 260.000 5.166.000 181,27

(r)

2009 5.818.000 276.000 14.517.590 2.260.793 132.065 79.548 628 442 84.473 35.112 14.516.962 276.000 5.190.000 155,73

(r)

2010 6.310.000 216.000 19.493.530 3.578.739 155.937 91.998 497 332 77.961 46.616 19.493.033 216.000 5.594.000 183,59

(p)

Fontes: DNPM-DIPLAM, MDIC-SECEX (*), MME:Anurio Estatstico do Setor Metalrgico, ABCM Notas: (r) dados revisados, (p) dados provisrios; (1) carvo mineral + coque; (2) Produo+Importao-Exportao; (3) energtico para uso termeltrico, (4) preo mdio dos bens primrios de carvo importados pelo Brasil .

VI - PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS Atualmente existem 2.400 MW em projetos de trmicas a carves aptos a participarem dos leiles de energia e com licena ambiental prvia, sendo que 50% desses possuem tambm licena ambiental de instalao. Porm, essas usinas trmicas podem no entrar em operao devido restrio que se impe para que elas concorram nos leiles de energia da ANEEL/MME. A luta do setor carbonfero se volta para que o carvo tenha sua importncia reconhecida e ganhe espao no leilo de energia A-5 previsto para dezembro de 2011. Caso contrrio, as regies produtoras de carvo do RS e de SC esto sujeitos a riscos de perder investimentos na ordem de R$ 7,5 bilhes, sem contar com os prejuzos econmicos e socais da no insero do carvo mineral no mercado regulado de energia. VII - OUTROS FATORES RELEVANTES Em busca da sustentabilidade, esto sendo desenvolvidos projetos para mitigar os impactos ambientais causadas pela atividade mineira do carvo mineral. Um desses impactos seria os efeitos da DAM (Drenagem cidas de Minas), isto , na contaminao das guas superficiais e subterrneas. Os principais estudos de mtodos na reduo de efeitos da DAM sobre as reas de minas abandonadas ou em operao, assim como na infiltrao de guas cidas nas pilhas de rejeito, so: sinterizao da zelita a partir das cinzas leves de carvo e por biorreduo (bactrias redutoras de sulfato ferroso), dentre outros.

CAULIMRaimundo Augusto Correa Mrtires- DNPM/PA Tel.: (91) 3299-4569 E-mail: [email protected]

I -OFERTA MUNDIAL 2010 O mundo dispe de grandes depsitos de interesse comercial de caulim os quais tm ampla distribuio no planeta, e so geologicamente classificados de acordo com sua gnese em depsitos primrios, resultantes da alterao hidrotermal ou intemprica de rochas cristalinas e depsitos secundrios, resultantes dos processos de eroso e deposio. Essas reservas mundiais so abundantes, sendo destaque a quantidade e qualidade do caulim encontrado no Brasil, utilizado principalmente como carga e cobertura na indstria de papel. As reservas brasileiras (medidas e indicadas) somam 7,3 bilhes de toneladas. So grandes reservas de origem sedimentar (97%) localizadas nos seguintes estados da regio norte do pas: Par (cujos detentores so a Imerys Rio Capim Caulim S/AIRCC, Par Pigmentos S/A PPSA e Companhia Brasileira de Equipamento-CBE), Amap (CADAM) e Amazonas (Minerao Horboy Clays Ltda). A produo mundial de caulim tem se apresentado ao longo dos anos concentrada, 66,5% da produo encontra-se em apenas 6 pases: EUA, Uzbequisto, Alemanha , Repblica Tcheca, Brasil e Reino Unido. Vale ressaltar que, apesar do Brasil responder por apenas 6,8% da produo mundial, ele o nico pas que disponibiliza aos mercados (interno e externo) grandes quantidades do minrio beneficiado, principalmente para o mercado externo (98%). Tabela 1 Reserva e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil (2) Estados Unidos (3) Uzbequisto (3) Repblica Tcheca (2) Alemanha (2) Reino Unido Itlia Espanha Turquia Mxico Outros pases TOTAL Reservas (10 t) 2009 7300(r) 6

Abundantes

Produo 10 (t) (p) 2010 1987 2200 5290 5700 5500 5500 2890 2950 3200 3250 1800 1850 1070 1000 465 470 800 850 78 80 8140 8400 32084 32.250

3

% 6,8 17,7 17,1 9,1 10,1 5,7 3,1 1,5 2,6 0,2 26,1 100,0

Fontes: DNPM/DIPLAM; USGS:Mineral Commodity Summaries 2011 Notas: (r) Revisado (apenas para o Brasil, estimado para os outros pases); (p) Dados preliminares; n.d. no disponvel; 1 Reservas lavrveis. (2) Vendas; (3) Produo bruta

II PRODUO INTERNA Em 2010, a produo brasileira de caulim beneficiado foi de 2,2 milhes de toneladas, quantidade 10,7% superior a de 2009 quando foram produzidos 1,98 milhes de toneladas. Esse crescimento reflete a retomada a demanda por caulim frente ao abalo ocorrido na economia global ao longo de quase todo o ano de 2009. As grandes empresas brasileiras exportadoras de caulim se recuperam daquele fato e tiveram suas produes retomadas tendo em vista o aquecimento da demanda mundial desse produto. A Imerys Rio Capim Caulim S/A IRCC manteve a liderana da produo nacional respondendo por 54,2%, seguida pela empresa Par Pigmentos S/A (PPSA) com 26,6%, Caulim da Amaznia S/A (CADAM) com 13,7%, Companhia Brasileira de Equipamento (CBE) com 2,7%, Caulim Caiara Ltda com 1,6% e HORII Ltda com 1,2%. A exceo da CBE, que utiliza o caulim na indstria de cimento, as demais produzem caulim para abastecer o mercado interno e tem seus produtos utilizados, principalmente, no setor de cermicas brancas (vasos em geral, porcelanas, etc.), enquanto que as trs grandes produtoras abastecem o mercado externo para utilizao na indstria de papel para revestimento e cobertura. III IMPORTAO As importaes brasileiras de caulim, tanto de bens primrios como de manufaturados, so bastante reduzidas em comparao com sua produo. Apesar desse fato, as importaes de ambos, cresceram 29,% e 56%, respectivamente no perodo como pode ser observado na tabela 2. Os produtos manufaturados representaram 64% das exportaes sendo o restante de bens primrios. As importaes somaram R$ 59,6 milhes apresentando crescimentos de 25,2% e 60,8%, respectivamente. Os manufaturados representaram 85,8% do valor das importaes. Dentre os bens primrios os principais pases fornecedores formam: EUA (88%), Reino Unido (8%) e outros (4%); enquanto que para os manufaturados: China (94%0, Hong Kong (4%) e outros (2%). IV EXPORTAO Continua sendo o mercado externo o principal consumidor do caulim produzido no Pas. As exportaes de caulim beneficiado em 2010 voltaram a crescer em relao a 2009 passando de 2,0 milhes para 2,2 milhes de t (12%), enquanto o faturamento aumentou 8,7% (US$ 253 milhes em 2009 e US$ 275 milhes em 2010). As exportaes de

CAULIMprodutos manufaturados a base de caulim so insignificantes frente ao minrio produzido beneficiado de caulim. Esse panorama poderia ser alterado se o pas tivesse mercado para consumir e transformar esses produtos internamente atravs de uma cadeia produtiva verticalizada. Os pases de destino das exportaes brasileiras de caulim beneficiado foram: Blgica (36%), Estados Unidos (18%), Canad (17%), Finlndia (12%), Japo (7%) e outros (10%). As trs principais empresas produtoras IRCC, CADAM e PPSA, foram responsveis por mais de 99% do total exportado. A exportao de produtos manufaturados base de caulim em 2010 cresceu 61% em relao a 2009 enquanto o valor faturado com essas exportaes cresceu 75%. Os pases de destino dos bens manufaturados foram: Paraguai (27%), Argentina (11%), EUA (11%), Bolvia (11%), Venezuela (9%) e outros (31%). V - CONSUMO INTERNO A retomada das exportaes pressionou a reduo do consumo aparente, conforme pode ser observado na tabela 2. Grande parte do caulim consumido no mercado interno provm das minas existentes nos estados de So Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e outros estados de menor produo. O caulim utilizado em diversos setores industriais em todo o mundo, destacando-se o de papel (cobertura e enchimento), que consome 45%, cermica (porcelana, cermica branca e produtos refratrios) 31% e o restante, 24% divididos entre tinta, borracha, plsticos e outros. O caulim tem, como principal competidor, no mercado de papel, o carbonato de clcio. Tabela 2 Principais Estatsticas BrasilProduo Discriminao Bruta (minrio) Beneficiada Bens primrios Importao Manufaturados Bens primrios Exportao Manufaturados Consumo aparente (2) Preo mdio(1) (r) (p)

Beneficiado (2) Beneficiado

Unidade 3 (10 t) 3 (10 t) 3 (10 t) 3 (10 US$-FOB) 3 (10 t) 3 (10 US$-FOB) 3 (10 t) 3 (10 US$-FOB) 3 (10 t) 3 (10 US$-FOB) 3 (10 t) (US$/t-FOB)

2008 7042 2456 16 6927 33 35.882 2753 352.705 1 3.524 (281) 128,25

2009

2010

7928 1987 17 6763 25 31.780 2044 252.914 1 2.371 (40) 126,50

6460 2200 22 8470 39 51.130 2295 275.298 1,6 4.138 (73) 119,57

Fontes: DNPM, MDIC/ SECEX. Notas: (1) Produo + Importao Exportao; (2) Mdia de preos nacionais de bens primrios para o mercado externo; (p) Preliminar; (r) Revisado, ( ) dados negativos

V- PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS certo que as grandes empresas exportadoras devero retomar o aumento de suas produes e, dependendo do crescimento da demanda externa, haja novas expanses de suas capacidades de produo. VII-OUTROS FATORES RELEVANTES A Vale avalia a venda de suas subsidirias Par Pigmentos e Caulim da Amaznia (Cadam), que respondem por 56% da produo de caulim, uma substncia mineral usada na fabricao de papel, cermica e produtos farmacuticos. A Par Pigmentos pode ser vendida ao grupo francs Imerys, e a Cadam americana KaMin.

CHUMBOJuliana Ayres de A. Bio Teixeira - DNPM/BA, Tel: (71) 3444-5523; E-mail: [email protected] Osmar Almeida da Silva DNPM/BA, Tel.: (71) 3444-5558; E-mail: [email protected]

I - OFERTA MUNDIAL 2010 Em 2010, as reservas mundiais atingiram 80 Mt e as brasileiras somam 86 mt toneladas, representando 0,11% da reserva global. A produo mundial de minrio/concentrado de chumbo em 2010 alcanou 4,1 Mt do metal contido, sendo registrado um crescimento de 6,22% em relao a 2009. Os principais produtores de chumbo primrio so geralmente os pases detentores das maiores reservas do mundo: China (1,7 Mt), Austrlia (0,6 Mt) e Estados Unidos (0,4 Mt). A produo brasileira em 2010 de concentrado de chumbo, em metal contido, foi de 12 mt, representando 0,29% da produo mundial. A produo global do chumbo metlico refinado em 2010 somou 9,6 Mt, 6,49% maior que o ano passado, enquanto a produo brasileira foi de 114,9 mt, na forma de metal secundrio, correspondendo a 1,20% da produo global. Tabela 1 - Reserva e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil Austrlia China Estados Unidos Mxico Peru Outros Pases TOTAL Reservas(1)

(10 t) 2009 86 27.000 13.000 7.000 5.600 6.000 21.314 80.000(r)

3

Produo 9 566 1.600 406 144 302 833 3.860

(2)

(10 t)(p)

3

2010

(p)

2010

12 620 1.750 400 185 280 853 4.100

(%) 0,29 15,12 42,68 9,76 4,51 6,83 20,80 100,00

Fontes: DNPM/DIPLAM; MIDC/SECEX; USGS: Mineral Commodity Summaries 2010, Votorantim Metais - VMetais. Notas: Dados em metal contido. At o ano-base 2008 foram utilizados os dados de reservas medida + indicada. A partir de 2009, os dados so das reservas lavrveis. (1) Reservas lavrveis; (2) Contido no Concentrado; (p) Preliminar; (r) Revisado.

II PRODUO INTERNA A produo brasileira de concentrado de chumbo em 2010, oriunda da Mina de Morro Agudo, Paracatu MG, foi de 19.650 t, e em metal contido do concentrado atingiu 12.832 t, representando um crescimento de 43,90%, em relao ao ano anterior. Toda a produo do concentrado de chumbo exportada. O Brasil no tem produo primria de chumbo metlico refinado. Toda a produo obtida a partir de reciclagem de material usado, especialmente de baterias automotivas, industriais e das telecomunicaes. As usinas refinadoras esto nas regies nordeste (PE), sul (RS e PR) e sudeste (SP, RJ, e MG) com uma capacidade instalada em torno de 160 mt/ano. A produo secundria do chumbo metlico em 2010 foi de 114,9 mt, um crescimento de 2,73% em relao ao ano anterior, que corresponde a 12,3 milhes de novas baterias, isto em um universo de 13,4 milhes de baterias vendidas para o mercado de reposio, ou seja, 92% de eficincia na coleta de baterias automotivas. Segundo a Votorantim Metais, para 2011 projeta-se uma produo de 11.023 t de concentrado de chumbo, em metal contido. III IMPORTAO As importaes brasileiras de bens primrios, produtos manufaturados e semimanufaturados e compostos qumicos de chumbo somados representaram um desembolso de US$ 194,5 milhes. Os bens primrios foram importados da Turquia (42 t de concentrado de chumbo), no valor de US$ 39 mil. Os bens semimanufaturados importados, constitudos por chumbo refinado, eletroltico, em lingote, chumbo com antimnio e outras formas brutas de chumbo, somaram 89,5 mt, custando US$ 192,9 milhes, procedentes principalmente do Mxico, que respondeu por 47,67% do total importado, Argentina, 25,90%, Peru, 5,18%, Cazaquisto, 4,14%, e Chile, 3,70%. Os manufaturados, representados por obras de chumbo (barras, chapas, perfis, fios, folhas, tiras, p e escamas), corresponderam a 3 t, um desembolso de US$ 52 mil, procedentes principalmente da Alemanha, 47,96% do valor importado, Estados Unidos, 28,02%, Reino Unido, 11,37% e Japo, 10,29%. Os compostos qumicos importados, constitudos por monxido de chumbo, xidos, sulfatos e obras de chumbo, alcanaram 383 t e custaram ao pas US$ 1,5 milhes, oriundos principalmente do Peru, 31,12% do valor importado, Alemanha, 23,01%, Frana, 10,44%, Estados Unidos, 10,23%, Coria do Sul, 8,53%, Chile, 7,15% e Argentina, 3,25%. IV EXPORTAO As exportaes de concentrado de chumbo alcanaram 20 mt, rendendo US$ 11,6 milhes e tiveram como destino a China. Os semimanufaturados embarcados, compostos por outras formas brutas de chumbo, perfizeram 12 t, o que corresponde a um faturamento de US$ 5,8 mil, destinado para Israel. Os manufaturados (barras, chapas, folhas, tiras,

CHUMBOperfis e fios de chumbo) representaram 153 t que corresponde a um faturamento US$ 779 mil. Estes produtos tiveram como destinos: China, 90,95% do valor exportado, Argentina, 6,66% e Paraguai, 1,42%. Os compostos qumicos exportados, constitudos por monxido de chumbo, mnio (zarco e laranja), xidos de chumbo, fosfonato dibsico de chumbo e titanato de chumbo, somaram 734 t, representando um faturamento US$ 2,6 milhes. Os principais compradores dos compostos qumicos derivados do chumbo foram: Chile, 54,80% do valor exportado, Argentina, 19,72%, Paraguai, 9,50%, Estados Unidos, 8,84%, Uruguai, 2,15% e, Equador, 1,66%. V CONSUMO INTERNO Em 2010, o consumo aparente do concentrado de chumbo foi nulo, pois as exportaes foram superiores produo. O consumo do chumbo metlico em 2010 foi de 237,4 mt, um crescimento de 19% em relao a 2009. Os consumidores de chumbo metlico so: fabricantes de baterias automotivas (83,24%) e industriais (9,35%), que juntos respondem por 92,59% do chumbo metlico, e os compostos qumicos, 7,41%. Tabela 2 - Principais Estatsticas, BrasilDiscriminao Concentrado/Metal contido Metal primrio Metal secundrio Bens primrios(5)

Produo

Prod. Semimanufaturados Importao Prod. Manufaturados Compostos qumicos Bens primrios(5)

(6)

Prod. Semimanufaturados Exportao Prod. Manufaturados Compostos qumicos Consumo Aparente Preo mdio(1)

(6)

Concentrado de chumbo (2) Concentrado (3) Concentrado (4) Metal primrio

Unidade (t) (t) (t) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) 3 (10 US$-FOB) (t) R$/t US$/t (US$/t)

2008 25.286/ 15.395 95.704 331 491 86.780 210.844 85 383 890 3.557 25.695 18.868 264 665 61 429 672 2.303 911,45 734,31 2.088,76

(r)

2009 15.890/8.917 104.160 7 5 81.653 133.953 35 161 506 1.797 17.755 8.901 95 192 35 98 490 1.256 876,72 501,32 1.597,79

(r)

2010 19.650/12.832 114.887 42 39 89.487 192.857 3 52 383 1.538 19.966 11.620 12 6 153 779 434 2.598 1.543,52 1.000,00 2.147,18

(r)

Fontes: DNPM/DIPLAM; MIDC/SECEX; Votorantim Metais VMetais; ILZSG; Johnsons Controls. Notas: (1) Produo + Importao Exportao. Dados brutos; (2) Preo mdio vendas internas (FOB mina); (3) Preo mdio base concentrado exportado; (4) Preo mdio cash buyer do metal na LME; (5) Exportao e Importao (NCM: 2607.00.00); (6) Exportao (NCMs: 7801.10.11; 7801.10.19; 7801.10.90; 7801.91.00; 7801.99.00; 7802.00.00) e Importao (NCMs: 7801.10.11; 7801.10.19; 7801.10.90; 7801.91.00; 7801.99.00; 7802.00.00); (-) Nulo; (p) Preliminar; (r) Revisado.

VI PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS Em 2010, foram realizados investimentos na Mina de Morro Agudo no montante de R$5,7 milhes e na usina de Beneficiamento de Morro Agudo, R$18,0 milhes. Esto previstos para os prximos 3 anos investimentos na Mina de Morro Agudo no montante de R$ 19,8 milhes em aquisio de mquinas e equipamentos, inovaes tecnolgicas e de sistemas e sade e segurana do trabalho. Para a Usina de Beneficiamento de Morro Agudo, a previso de investimentos em meio ambiente para os prximos 3 anos de R$23,1 milhes. O Brasil voltar a produzir chumbo metlico a partir de 2014 graas ao projeto de R$ 670 milhes da Votorantim Metais, em Juiz de Fora (MG), com planta para 75 mt de chumbo metlico/ano. O Projeto Polimetlico II de Juiz de Fora, que est em fase de reviso, ir permitir o uso do concentrado da mina do municpio de Paracatu (MG), parte de concentrado importado e do chumbo proveniente da reciclagem de baterias veiculares. VII OUTROS FATORES RELEVANTES Em 2010 foi arrecadado R$ 533,1 mil relativo a Compensao Financeira pela Explorao Mineral-CFEM sobre o minrio de chumbo.

CIMENTOAntonio Christino Pereira de Lyra Sobrinho - DNPM/PE Tel. : 55 81 4009-5452, E-mail: [email protected] Antnio Alves Amorim Neto DNPM/PE Tel. : 55 81 4009-5459, E-mail: [email protected] Jos Orlando Cmara Dantas DNPM/PE Tel. : 55 81 4009-5456, Fax (81) 4009-5499, E-mail: [email protected]

I OFERTA MUNDIAL 2010 Em 2010 a oferta mundial de cimento elevou-se aproximadamente 8,7%, conseqncia da retomada do crescimento econmico aps a crise financeira mundial deflagrada no segundo semestre de 2008. A sia, continente mais populoso do mundo, responde por aproximadamente dois teros da produo mundial de cimento. Em 2010, somente a China produziu 1,8 bilhes de toneladas, valor que representa 54% de toda a produo mundial, enquanto a ndia, segundo maior produtor mundial, produziu 220 milhes de toneladas (6,6% da produo mundial). Na Amrica Latina, destacam-se como os maiores produtores o Brasil e o Mxico. A produo nacional representa 1,8% de toda a produo mundial. Os principais insumos na fabricao do cimento so os calcrios e as argilas que possuem abundantes reservas. As maiores restries para a utilizao dessas rochas na produo de cimento so as suas composies qumicas e as distncias entre as jazidas e os mercados consumidores. Tabela 1 Reservas e Produo Mundial DiscriminaoPases Brasil China ndia Estados Unidos Japo Rssia Coria do Sul Turquia Mxico Ir Itlia Espanha Egito Paquisto Vietn Tailndia Arbia Saudita Indonsia Alemanha Outros pases TOTAL

Reserva (t)2009 2009

(r)

Produo (em mil t/10 t)2010(r)

3

As reservas de calcrio e de argila para cimento so abundantes em todos os pases citados.

51.700 1.629.000 205.000 64.900 54.800 44.300 50.100 54.000 35.200 50.000 36.300 50.000 46.500 32.000 47.900 31.200 40.000 40.000 30.400 466.000 3.060.000

59.000 1.800.000 220.000 63.500 56.000 49.000 46.000 60.000 34.000 55.000 35.000 50.000 48.000 30.000 50.000 31.000 45.000 42.000 31.000 520.000 3.325.000

% 1,77% 54,14% 6,62% 1,91% 1,68% 1,47% 1,38% 1,80% 1,02% 1,65% 1,05% 1,50% 1,44% 0,90% 1,50% 0,93% 1,35% 1,26% 0,93% 15,64% 100%

Fontes: DNPM\DIPLAM , USGS:Mineral Commodity Summaries 2011; SNIC, 2011. Notas: (r) Revisado.

II PRODUO INTERNA A produo interna retomou o crescimento em 2010, chegando a 59 Mt, elevao de 14% em relao ao ano anterior. No Brasil operam 12 grupos industriais, sendo que os dois maiores, Votorantim e Joo Santos so responsveis por mais da metade da produo nacional. Segundo o Sindicato Nacional da Indstria de Cimento (SNIC), existem 71 fbricas de cimento no Brasil com capacidade instalada para produzir 67 milhes de toneladas por ano, empregando aproximadamente 23 mil pessoas. A expectativa do SNIC que a capacidade de produo do pas cresa em mais 33 milhes de toneladas at 2016, com projetos de expanso e novas fbricas. A regio Sudeste responsvel por aproximadamente 49,8% da produo nacional, seguida pela regio Nordeste (19,1%), Sul (14,9%), Centro-Oeste (10,6%) e Norte (5,6%). III IMPORTAO O volume de cimento importado teve forte elevao entre 2009 e 2010 (172,33%), atingindo um volume superior a 2 milhes toneladas e o valor de US$ 138,7 milhes. O aumento do valor das importaes em mais de US$ 80 milhes em relao ao ano anterior sinaliza a incapacidade da indstria nacional de suprir a forte demanda pelo produto. Em relao ao valor total das importaes, os principais cimentos importados foram: no pulverizados (clinkers) 43,1%; Portland comum, 38,3%; e Portland branco 14,8%. Segundo o MDIC, 32 pases forneceram cimento para o Brasil. As participaes em relao aos valores importados foram as seguintes: Vietn (15,9%), Turquia (15,3%), Portugal (13,1%) e Espanha (8,5%). Em 2010, o preo mdio do cimento importado caiu 9,66% em relao ao valor do ano anterior, chegando ao valor de US$ 68,20 por tonelada.

CIMENTOIV EXPORTAO Devido ao grande aquecimento do mercado interno e valorizao cambial do Real, as exportaes tiveram uma reduo de mais 60%, caindo de 382 mil t em 2009 para 148 mil t em 2010, movimento similar ao que j havia ocorrido no ano anterior. A quantidade exportada representa apenas 0,25% da produo nacional. Em valor as exportaes totalizaram US$ 10,1 milhes, menos da metade do valor do ano anterior. Quase a totalidade das exportaes foi realizada na forma de cimentos no pulverizados - Clinkers (55,27%) e Portland comuns (40,6%). Em 2010 o Brasil exportou cimento para 17 pases e os maiores compradores em relao ao valor das exportaes foram Bolvia (60,8%) e Paraguai (14,1%). Em 2010 o preo mdio recebido por tonelada exportada foi de US$ 68,39, uma elevao de aproximadamente 26% em relao ao valor do ano anterior, resultado do aumento da participao do cimento do tipo portland no total das exportaes. V - CONSUMO Em 2010 o consumo aparente teve acentuado acrscimo em relao ao ano anterior (17%), houve elevao do consumo em todas as regies brasileiras, com destaque para as regies Norte e Nordeste que aumentaram o seu consumo em 28% e 22% respectivamente, ganhando maior participao no consumo nacional, enquanto as outras regies tiveram sua participao relativa diminuda. A regio que mais consumiu cimento no Brasil foi a Regio Sudeste, responsvel por 46,2% do consumo brasileiro, seguida pelas regies: Nordeste (20,5%), Sul (16,5%), Centro-Oeste (9,6%) e Norte (7,1%). O consumo per capita brasileiro elevou-se para 316 Kg por habitante, patamar ainda bastante inferior ao dos pases desenvolvidos. Tabela 2 Principais Estatsticas - BrasilDiscriminao Produo Importao Exportao Consumo Aparente Preo mdio Unidade (t) (t) 3 (10 U$-FOB ) (t) 3 (10 U$-FOB) (t) (US$/t) 2008 51.884.121 456.208 36.669 987.519 59.775 51.352.810 80,38 / 60,53(r)

2009 51.747.598 746.567 58.127 381.890 20.749 52.112.275 77,86/54,33

(r)

2010 59.066.257 2.033.127 138.669 148.151 10.133 60.951.233 68,20/68,39

p)

Fontes: DNPM\DIPLAM, MDIC, SNIC, USGS-Mineral Commodity Summaries 2011. Notas: (r) Revisado, Importao- Exportao; (2) Preo mdio: comrcio exterior base importao/ exportao

(p) Dados preliminares, (1) Produo +

VI - PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS A Camargo Corra Cimentos anunciou aportes de R$ 3,6 bilhes para quase dobrar o limite de produo at 2016, que dever chegar a 14 milhes de toneladas ao ano. A Companhia Siderrgica Nacional (CSN) pretende investir mais de R$ 2 bilhes para construir trs fbricas de cimento no Brasil e em outros pases da America Latina, sendo que o Brasil receber metade do valor total a ser investido. O Grupo Brennand Cimentos e o Grupo Meira Lins assinaram protocolo de intenes com o governo do Estado da Paraba para implantao de uma fbrica de cimento no municpio de Alhandra, atravs da Companhia de Cimento da Paraba (CCP). Os grupos pretendem iniciar a implantao da fbrica no segundo semestre de 2011 e a operao em agosto de 2013 com expectativa produtiva de cerca de 1 milho de toneladas/ano e investimentos da ordem de R$ 400 milhes. O Grupo Brennand Cimentos tambm est investindo em Sete Lagoas, regio central de Minas Gerais, cerca de R$ 235 milhes em uma fbrica de cimentos que dever ficar pronta ainda este ano. VII - OUTROS FATORES RELEVANTES A expectativa do setor de forte crescimento em virtude de grandes obras de infraestrutura, como hidreltricas, estdios, projetos industriais, obras para a Copa 2014, para a Olimpada em 2016 e aumento nas construes de moradias. De acordo com o presidente do SNIC, Jos Otvio Carvalho, a indstria tem dois grandes desafios neste cenrio de expanso. O primeiro suprir o mercado adequadamente. O segundo, buscar resolver os estrangulamentos de infraestrutura, tarefa que cabe tambm a outros setores do pas: O cimento depende de logstica, como estradas, portos e ferrovias, pois perecvel. Em geral, o prazo limite de utilizao de dois a trs meses - e ocupa muito espao. O segmento no possui estoque regulador e seu armazenamento e distribuio so complexos, salienta. Por outro lado, um dos aspectos em que os fabricantes brasileiros de cimento so mais competitivos o da automao: a indstria nacional considerada uma das mais eficientes, tanto em consumo de energia quanto em emisso de gs carbnico.

COBALTODavid Siqueira Fonseca - DNPM/Sede - Tel.: (61) 3312-6839 E-mail: [email protected]

I - OFERTA MUNDIAL - 2010 Cerca de 17 pases produzem cobalto atualmente, mas nem todos o refinam, caso da Botswana, Cuba e Nova Calednia. Ao contrrio, pases como Frana, Blgica, Finlndia, ndia, Japo e Noruega, no mineram cobalto, mas o refinam para produzir produtos de alta tecnologia, como baterias recarregveis, ligas de alta resistncia, catalisadores, entre outros. O Brasil minera, refina e utiliza o metal em diversas aplicaes industriais, exportando o excedente em forma de metal ou contido no matte de nquel, tendo de importar xidos e hidrxidos de cobalto. Aps a queda na produo em 2009, devido crise econmica mundial, em 2010 a produo mundial voltou a subir atingindo, segundo o USGS, o patamar recorde de 88.000 t, sendo que a Repblica Democrtica do Congo (RDC) e a Zmbia foram responsveis por quase 64% da dessa produo. A China, apesar de responder apenas por 7% da produo mundial hoje o maior refinador de cobalto do mundo, importando a matria-prima principalmente da RDC e da Zmbia. Tabela 1 - Reserva e Produo MundialDiscriminao Pases Brasil Repblica Democrtica do Congo (RDC) Zmbia China Rssia Austrlia Cuba Canad Nova Calednia Outros pases TOTAL Reservas (p) 2010 89.000 3.400.000 270.000 80.000 250.000 1.400.000 500.000 150.000 370.000 791.000 7.300.000 2009(r)

Produo (p) 2010 1.012 35.500 5.000 6.000 6.100 4.600 3.500 4.100 1.000 5.480 72.300 1.369 45.000 11.000 6.200 6.100 4.600 3.500 2.500 1.700 6.031 88.000

% 1,6 51,1 12,5 7,0 6,9 5,2 4,0 2,8 1,9 6,9 100

Fontes: DNPM/DIPLAM/USGS Mineral Commodities Summaries 2011. Notas: (1) Reserva lavrvel. (r) revisado; (p) dados preliminares.

II - PRODUO INTERNA No Brasil, a produo de cobalto encontra-se associada produo de nquel, tanto sulfetado (Fortaleza de Minas, Americano do Brasil) quanto latertico (Niquelndia). A produo de minrio sulfetado alimenta a usina da Votorantim em Fortaleza de Minas-MG, enquanto que a produo de minrio latertico alimenta a usina da Votorantim em So Miguel Paulista-SP. O nquel latertico minerado em Niquelndia pela Votorantim sendo que em 2010 foram extrados 3.152.952 t de minrio de nquel e cobalto com 0,09% de Co, ou seja, 2.870 t de Co contido. Este minrio enviado para o refino na usina da empresa localizada em So Miguel Paulista-SP, onde se produz tanto o metal quanto o cobalto contido no matte de nquel. Em 2010 foram produzidas nessa usina 1.369 t de Cobalto metlico e 231,5 t de Cobalto contido no matte. O minrio sulfetado (Nquel, Cobre e Cobalto) extrado em Americano do Brasil-GO pela empresa Prometlica, que envia o concentrado para a usina da Votorantim localizada em Fortaleza de Minas-MG, onde produzido o matte de nquel, que exportado para a Finlndia. Em 2010 foram mineradas 639.861 t de minrio com 0,03% de Co contido, o que resultou em 192 t de Cobalto contido. Outra jazida de minrio de nquel sulfetado localiza-se em Fortaleza de Minas-MG, de propriedade da Votorantim, onde tambm se extrai o Cobalto juntamente com o Nquel e o Cobre, sendo que a produo em 2010 foi de 77 t de Co contido, minrio esse que alimenta a usina no mesmo local juntamente com o minrio oriundo de Americano do Brasil, para se produzir o matte de nquel. Outra jazida de nquel sulfetado que tem alimentado esta usina a da Mirabela, na Bahia,