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Download DNA, o nosso código secreto · PDF fileObserva que todas estas palavras usam as mesmas letras, mas têm significados diferentes. A mesma ideia pode ser aplicada ao DNA

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  • Cincias Naturais Texto de apoio 9Ano

    DNA, o nosso cdigo secreto

    Imagina que poderias ter nas mos uma clula e abrir o seu ncleo como se abre

    um ba. L dentro, encontrarias uma sequncia de cdigos secretos que os cientistas

    chamam de DNA. Em portugus, a sigla significa cido desoxirribonucleico. O DNA,

    responsvel pelas caractersticas fsicas de todos os seres vivos.

    Qual a diferena entre o elefante e a formiga? Ora, que pergunta! So tantas que

    at d preguia de responder. Ento, e qual a semelhana entre os dois? Algum

    poderia dizer que ambos pertencem ao reino animal. A resposta est certa, mas o

    objectivo descobrir uma semelhana maior, comum a todos os seres vivos. E assim,

    algum se arrisca? Pois bem, a grande semelhana existente, no s entre o elefante e a

    formiga, mas entre todos os animais e vegetais o DNA! Este cdigo secreto existente

    em cada clula, seja de uma bactria ou do homem, formado sempre pelos mesmos

    elementos.

    Como pode um cdigo que determina as caractersticas fsicas de um elefante

    (uma tromba, quatro patas, duas orelhas enormes etc.) ter os mesmos elementos do

    cdigo que d origem a uma pequena formiga ou a uma bactria ou ainda a um ser

    humano?! Por mais espantoso que seja, esta a verdade. O que faz os seres vivos serem

    diferentes entre si a forma como os elementos se organizam para formar o cdigo, ou

    melhor, o DNA.

    Nome: ___________________Data: _______________________

  • Cincias Naturais Texto de apoio 9Ano

    Para ficar mais fcil a compreenso, vejamos um exemplo com as letras A, C, O e

    R. Podemos organiza-las, formando a palavra ARCO ou a palavra CARO ou, se uma das

    letras se repetir, as palavras CARRO e COROA, por exemplo.

  • Observa que todas estas palavras usam as mesmas letras, mas tm significados

    diferentes.

    A mesma ideia pode ser aplicada ao DNA. Em todos os seres vivos, este cdigo contm

    os mesmos elementos, contudo organizados em sequncias diferentes. Quem diria que

    somos to chegados aos elefantes, s formigas, s bactrias...

    Observa ao lado, agora, uma ilustrao do

    DNA. Em todos os seres vivos, tem este aspecto de

    duas fitas retorcidas interligadas entre si em diversos

    pontos. Sobre essas duas fitas esto alinhados os

    elementos que formam o cdigo secreto de cada

    indivduo. Quantos mais elementos se combinarem, mais desenvolvido ser

    o ser vivo.

    A fita dupla que forma o DNA est dividida em vrios segmentos.

    Estes grupos de elementos, ou pores de DNA, so chamados GENES.

    Os elementos de cada gene "trabalham" para produzirem protenas. As

    protenas so os compostos que constituem o nosso corpo por dentro e

    por fora, como se fossem tijolos de uma casa.

    Assim, temos genes responsveis pela produo de anticorpos, as protenas que

    defendem nosso organismo de agentes invasores, como bactrias, vrus e fungos; genes

    responsveis pela produo de melanina, a protena que influencia a cor da nossa pele;

    genes responsveis pela produo de insulina, a protena que controla os nveis de

    acar no sangue; entre milhares de outros.

  • Para que o corpo dos seres vivos funcione perfeitamente, os genes tm de

    cumprir as suas funes. Uma falha no gene que produz a melanina, por exemplo, pode

    fazer com que o ser humano nasa sem pigmentao na pele e nos cabelos. Este o

    caso dos albinos, ou seja, pessoas com falha gentica na produo de melanina.

    Existem outras doenas graves ligadas a defeitos nos genes que afectam os humanos.

    Os genes so, ainda, responsveis por caractersticas mais evidentes. Quem

    nunca ouviu exclamaes do tipo: " a cara da me!" ou "Tem a covinha no queixo igual

    do pai!" e tantas outras semelhantes. Nada mais natural. Afinal de contas, o cdigo que

    trazemos no ncleo de todas as nossas clulas resultado da combinao de genes que

    recebemos do nosso pai e da nossa me. Como te deves recordar, todos tivemos origem

    numa nica clula, o ovo, que se dividiu inmeras vezes at o feto estar totalmente

    formado e preparado para nascer.

    Este ovo resulta da unio do gmeta masculino (o espermatozide), que continha

    genes do teu pai, com o gmeta feminino (vulo), que continha genes da tua me. Desta

    forma, o nosso DNA a combinao de genes do nosso pai com genes da nossa me.

    E como o DNA contm as caractersticas fsicas dos indivduos... Herdamos a covinha, o

    formato de boca, a dobrinha na orelha etc. dos seres que nos deram origem, ou seja,

    dos nossos progenitores.

    Repara, no

    entanto, que no somos

    exactamente metade

    igual ao pai e a outra

    metade igual me.

  • Somos uma combinao de cdigos de um e de outro, e isso faz com que possamos

    desenvolver caractersticas prprias.

    Outro ponto a ressaltar que, como os seres resultam de combinaes de DNA,

    no existem dois seres vivos com DNA igual.

    S h uma situao em que dois ou mais seres podem ser considerados cpias naturais:

    o caso dos gmeos verdadeiros. Isto acontece quando o ovo, que daria origem a um

    indivduo, se divide formando dois (ou mais!) embries. Como esses irmos tiveram

    origem na mesma clula, tero o mesmo DNA, sendo fisicamente idnticos.

    Mas ser que pessoas que tm o mesmo DNA sero fisicamente idnticas a vida

    toda?

    Para responder a esta questo deves lembrar-te que o meio em que as pessoas vivem

    tem uma forte influncia sobre elas. Os gmeos podem diferenciar-se por um simples

    corte de cabelo ou pelo facto de um fumar e envelhecer mais depressa que o irmo no

    fumador.