diz magazine #04

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JULHO/AGOSTO - 2009 1 DIZ MAGAZINE - JULHO/AGOSTO 2009 - ANO 1 - NÚMERO#04 Uma obra sem fim Centenário de Elpídio dos Santos exalta a importância de um artista da região na história da música nacional Parkour Uma atividade eletrizante que está agitando as cidades Trem das águas O romantismo de um passeio de trem no sul de Minas Gerais O VALE QUE VOCÊ AINDA NÃO VIU!

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Revista Bimestral de variedade do Vale do Paraíba. Edição de arte, projeto gráfico e diagramação

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JULHO/AGOSTO - 2009 1

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#04

Uma obrasem fimCentenário de elpídio dos Santos exalta a importância de um artista da região na história da música nacional

ParkourUma atividade eletrizante que está agitando as cidades

Trem daságuasO romantismo de um passeio detrem no sul de minas Gerais

O VALE QUE VOCÊ AIN

DA NÃO

VIU!

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JULHO/AGOSTO - 2009 4

EDITOrIAL

Em mais uma edição da Diz Magazine, orgulho-me em retratar o Vale do Paraíba, ouvir casos, viver acasos e expressar tudo nas páginas da revista de forma que você, leitor, sinta-se parte desta publicação.Nesta edição me senti especialmente lisongeada por conhecer e exaltar a obra de Elpídio dos Santos, que há 100 anos nascia para encantar com suas canções. Sua história de vida e a lição que a família conserva vai além das gerações e é um legado para herdarmos aos nossos dias. O Vale está inundado de gente que faz e acontece, gente que nasceu aqui e outros tantos que vieram contribuir. Esta união, esta mistura e tudo que nos completa faz do Vale tudo o que ele é, simplesmente especial . Boa leitura!

Janaina LacerdaEditora

mAIO/JUnHO - 2008 4

12 22SAÚDE

previnadoenças com

alimentos pra lá de saudáveis

gASTrONOmIAo tempero

especial da roça e dos romeiros

Foto Capa: montagem sobre arquivo família elpídio dos Santos

Diz Magazine edição 04 Ano IPublicaçã o bimestral distribuída gratuitamentenas cidades do Vale do Paraíba

Janaina Lacerda editora e Jornalista responsável mTB: [email protected]

Lucaz Mathias Projeto Gráfico e Diagramaçã[email protected]

Gilberto Marques [email protected]

Jenny KanyoComercial - Campos do Jordã[email protected](12) 9194.2722

ColaboraçãoJoão rural, Flávio André, robson Soares,“Quinho” Franciso C. B. de miranda, Glauco Turzi,Fred Humbert reis Savino, regina Santose mariana Ferri d’Avila.

ImpressãoGráfica Novo Mundo

Tiragem10.000 exemplares

Os artigos publicados na edição não refletem a opinião da Diz Magazine eseus responsáveis.

EXPEDIENTE

Vivendo e revivendo

27VALE

a história do museu de Arte

Sacra de Taubaté

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JULHO/AGOSTO - 2009 5mAIO/JUnHO - 2008 5

28 32 34AUTO

confira as novidades do Peugeout 207

TUrISmOo romantismo de um passeio

de trem

FOTOgrAFIAa polêmica

que envolve a edição de fotos

Foto

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ensNOSSA TErrA,

NOSSA gENTEAs divinas crianças do Divino.

Componentes da Dança de Fitas durante

Festa do Divino espírito Santo, em São Luiz

do Paraitinga, organizadas pela Dona Didi An-

drade, saindo da Igreja matriz de São Luiz de

Tolosa acompanhando a procissão das Ban-

deiras. nota: a grande maioria destas meninas

é neta de pessoas que formaram a Dança de

Fitas da Dona Didi no passado.

Foto: Chinica Medeiro

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JULHO/AGOSTO - 2009 6

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ENTr

E NóS redes Sociais: como

separar trabalho de vida pessoal?

marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.

com.br e especialista em carreira afirma que

é natural expor um lado descontraído nas mí-

dias sociais, mas o ideal é nunca perder o bom

senso na divulgação das informações.

A Internet permite uma interatividade nunca

antes vista e, por isso, as redes sociais vieram

para ficar. A moda pegou em todo o mundo e

os brasileiros não ficaram de fora. Ao contrário,

foram um dos povos que mais aderiram a elas.

Os contatos nessas mídias incluem tanto ami-

gos e familiares quanto colegas de trabalho.

mas será necessário separar trabalho de

vida pessoal nestes ambientes? ”Geralmente

interagimos de maneira mais informal com

alguns destes sites, expondo nosso lado des-

contraído e despojado, e não agir desse jeito é

que pode não ser bem visto”, explica marcelo

Abrileri, presidente da Curriculum.com.br e es-

pecialista em carreira.

Ao mesmo tempo em que as redes sociais fa-

cilitam a interação entre os usuários, a privaci-

dade das pessoas diminui. e muita gente não

se dá conta disso. nessa hora, é prudente ter

atenção e não cometer deslizes, tais como tra-

tar de assuntos da vida pessoal publicamente,

publicar fotos em trajes de banho ou em poses

sensuais, envolver-se acaloradamente em dis-

cussões sem fundamento ou mesmo partici-

par de comunidades “odeio qualquer coisa”,

ou ainda, declarar publicamente pontos que

possam ser desfavoráveis à carreira, tais como

“mato aula”, “dou balão no meu chefe”, “passo

atestado médico falso”, entre outros.

A melhor prevenção contra eventuais ar-

madilhas é saber que tudo aquilo que se faz na

web depõe sobre a imagem pessoal, a favor

ou contra. Segundo o especialista em carreira,

antes de publicar qualquer coisa, é impor-

tante fazer duas perguntas: o que eu pensaria

de uma pessoa caso visse essa informação

no perfil dela? Tal dado pode depor contra a

minha imagem? em caso de dúvida, o melhor

é não fazer.

Já a hipótese de se manter fora das redes

não é aconselhável, pois é cada vez mais

necessário envolver-se neste novo mundo.

não se trata de seguir a moda: estes cos-

tumes vieram para ficar. “Quem dominar este

tipo de comunicação e mostrar talento no que

faz terá mais chances de sucesso”, explica o

executivo.

Portanto, o melhor a fazer é priorizar tais

mídias como uma ferramenta para market-

ing pessoal e networking e interagir com bom

senso em cada uma delas. A longo prazo, a

privacidade é um valor que tende a decair em

importância, cedendo lugar à transparência.

“estes não são contraditórios em si. É a con-

duta pessoal de cada um que determina se

tais valores entram em choque ou não”, con-

clui Abrileri.

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redes Sociais: como separar trabalho de vida pessoal?

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JULHO/AGOSTO - 2009 9

LENTE

SOL

IDárIA

a sociedade não aceita o papel

social dasempresas serestringindo

à geração de empregos.

responsabilidade Social, empresa Cidadã,

ética nas relações empresariais, são termos

atualmente muito difundidos no meio em-

presarial.

na maioria das vezes são termos usados

como palavras soltas na publicidade, explo-

rando o marketing social, mas que apenas

demonstram mudanças superficiais em algu-

mas empresas, estimulando e perpetuando

assim, o que chamamos assistencialismo

privado.

mas de onde surgiu esta súbita necessi-

dade, de empresas no mundo todo, em

publicar seu balanço social ou divulgar a sua

transformação em uma empresa socialmente

responsável?

Uma das possíveis razões é a pressão da

sociedade em não aceitar o papel social das

empresas se restringindo apenas à geração

de empregos, pagamento de impostos e par-

ticipação no desenvolvimento econômico.

A sociedade, de um modo geral, vem exigindo

das empresas a sua participação em ações de

atendimento às demandas sociais nas quais os

Governos (municipal, estadual ou Federal) não

conseguem mais atuar sozinhos.

Outra razão é que, comprovadamente, a em-

presa, ao adotar uma conduta social respon-

sável, além de ter uma atitude filantrópica,

melhora a sua competitividade e aumenta o

seu faturamento.

exemplo disto foi uma pesquisa realizada

pela Universidade de Harvard que mostra um

crescimento em faturamento nas empresas

socialmente responsáveis de quatro vezes

mais do que nas empresas que colocam os

seus acionistas acima de todos os interesses.

não generalizando, muitas empresas, há

muitos anos, mesmo antes destes conceitos

estarem na moda, já executavam ações desta

natureza por pura filantropia e sem divulgação,

e mesmo assim, obtiveram reconhecimento

da sociedade.

O fato importante é que a atividade social,

além de ser um bom negócio, está sendo cer-

tificada. E a certificação das empresas cidadãs

está sendo exigida nas comercializações in-

ternacionais através de normas internacionais

como BS 8800 e AS 8000.

A norma AS 8000, abreviação de Social

Accountability 8000, apresenta-se como um

sistema similar à certificação ISO 9000, cujos

requisitos foram baseados na Declaração In-

ternacional de Direitos Humanos, na defesa

dos direitos da criança e nas convenções da

Organização Internacional do Trabalho –OIT, e

aborda temas como trabalho infantil, trabalho

escravo, exploração da mão de obra, além de

outros assuntos.

Já a BS 8800, é voltada para a segurança e

saúde do trabalhador.

essas normas, de responsabilidade social,

são um conjunto de princípios que direcionam

as ações e relações das empresas com seus

funcionários, fornecedores, consumidores e co-

munidade em geral.

A SA 8000 merece uma atenção especial,

entre outros motivos, pelo fato de que a obten-

Gilberto Marques

Em busca dacertificação social

Gilberto Marques é publicitário,

consultor em marketing e marketing social.

ção e manutenção desse certificado preve o

envolvimento dos trabalhadores da empresa,

bem como a participação das organizações

não-governamentais.

Portanto, neste processo, a parceria das

empresas com as entidades do Terceiro Setor

é de fundamental importância, e através da

Lei nº 9.249/95, art.13 e Decreto nº 3000/99,

art.365, referente a doações a entidades Civis,

é possível a utilização de um instrumento ju-

rídico capaz de permitir, através de redução

tributária da empresa, subsidiar os seus pro-

jetos sociais, ao mesmo tempo em que é uma

importante estratégia de negócio.

As ferramentas estão disponíveis. O merca-

do está cada vez mais exigente.

não há mais como as empresas fugirem

dessa temática.

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CULTUrAFESTIVALDE FLAmENCO

A 24ª EDIçÃO DO FESTIVALE ACONTECErá DE 03 A 13 DE SETEmbrO.

ArTE PrImITIVISTANO mAV

Acontece de 27 de agosto a 04 de setem-

bro em São José dos Campos, a 8ª edição

do Festival Internacional de Flamenco.

Transformar a região do Vale do Paraíba

na capital nacional e no maior centro difu-

sor da cultura flamenca do país, não ape-

nas é um objetivo, mas uma realidade já

concretizada nas edições anteriores e que

terá continuidade neste ano. Com convida-

dos como Pedro Obregón, cantor cordobés

muito premiado na espanha e Flávio rodri-

gue, Guitarista Flamenco, que lançará seu

CD, com exclusividade no Festival.

não perca! Acesse a programação comple-

ta no site: www.festivalflamenco.com.br

O Festivale traz para a cidade espetáculos de rua, de palco, de bonecos e peças infanto-

juvenis, além de uma programação variada. Fique atento à programação que será divul-

gada no site da Fundação Cultural Cassiano ricardo www.fccr.org.br.

A exposição Arte Primitivista do Vale é

o destaque do museu de Antropologia do

Vale do Paraíba para o mês do Folclore. A

exposição conta com 50 obras de vários

artistas da região – a maioria já pertencente

ao acervo do museu. São telas, prataria,

esculturas e xilogravuras, todas retratam

a manifestações religiosas e culturais da

região.

Serviço:

Quando: até 13 de setembro, de terça a

domingo, das 9h às 17h.

Onde: mAV - rua XV de novembro, 143,

centro, Jacareí.

Informações: (12) 3953-3574.

FATOS E FOTOS

Como parte das atividades de comemora-

ção dos 40 anos da embraer, uma cuidadosa

operação de restauro de dois protótipos do

avião CBA 123 foi realizada em conjunto com

36 alunos do curso de mecânica Geral do

SenAI de São José dos Campos.

Os aviões restaurados, agora, fazem parte

do acervo permanente do museu Aeroespa-

cial (mUSAL), localizado no rio de Janeiro, e

no memorial Aeroespacial Brasileiro (mAB),

em São José dos Campos.

40 ANOS EmbrAErrESTAUrAçÃOCbA 123

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FESTIVALDE FLAmENCO

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JULHO/AGOSTO - 2009 12

Os 10 alimentos mais poderosos

nos dias de hoje, sabemos que alimentação saudável é um tema que está em alta, sendo

muito discutido em todos os meios de comunicação. no entanto, muitas pessoas acreditam

que os alimentos considerados saudáveis são caros e distantes de nossa rotina.

Por esses motivos, foi elaborada uma lista dos 10 melhores alimentos para a saúde e que

são fáceis de serem encontrados e consumidos.

Chá verdeessa erva proveniente da Cammelia sinesis,

é rica em potássio, manganês, ácido fólico,

em vitaminas C, K, B1 e B2 e ainda contém

flavonóides, antioxidantes que ajudam a

neutralizar os radicais livres.

O chá verde ajuda a diminuir o colesterol LDL

(ruim), previne câncer, auxilia no controle da

pressão arterial, melhora o sistema imunológico

e ainda acelera o metabolismo favorecendo o

emagrecimento.

Quantidade recomendada: se for sob a forma

de chá, consumir 3 xícaras ao dia, sem adoçar.

mas atenção, não consumi-lo muito quente

para não prejudicar o estômago.

Azeite de olivA Óleo saudável, rico em gordura insaturada,

vitamina e e compostos fenólicos. É excelente

para controle da pressão arterial, prevenção

de doenças cardiovasculares, aumento do

colesterol HDL (bom) e redução do LDL (ruim),

prevenção de câncer e ainda ajuda a melhorar

a disposição.

Quantidade recomendada: Sempre devemos

consumi-lo em temperatura ambiente, na

quantidade de 2 colheres de sopa por dia.

UvA vermelhAA uva vermelha, presente no vinho tinto

seco ou no suco integral, contém inúmeros

nutrientes, mas podemos destacar o

resveratrol, antioxidante que ajuda a aumentar

o colesterol HDL (bom), reduz o colesterol LDL

(ruim) e evita o acúmulo de gordura nas artérias

(arterioesclerose), prevenindo doenças do

coração e aumento da pressão arterial.

Quantidade recomendada: se for sob a forma

de suco integral, beber 2 copos, sendo 1/3 de

água e o restante de suco. Se for o vinho tinto

seco, beber 1 taça de 100mL por dia, mas

sempre sob orientação de um profissional.

AbACAxiFruta rica em vitaminas C, betacaroteno,

complexo B, inúmeros minerais, fibras e

Bromelina, enzima que melhora a digestão.

É excelente para quem quer emagrecer,

ajuda no controle dos níveis de colesterol,

triglicérides, glicemia, pressão arterial, previne

câncer de estomago e intestino, melhora o

ganho de massa muscular, previne anemias,

reduz a retenção de líquidos e melhora a pele.

Quantidade recomendada: 2 fatias de

abacaxi ou 2 copos de suco sem adoçar.

peixesOs peixes em geral, são ricos em ômega

3, que ajudam na prevenção de doenças

cardiovasculares e câncer. Além disso, ajudam

a controlar a pressão arterial, podem ter

efeito positivo no tratamento da depressão e

melhoram a memória. Os peixes mais ricos

nessa gordura boa são a sardinha, o atum e o

salmão.

Quantidade recomendada: sempre assado,

grelhado ou cozido (nunca frito) na quantidade

mínima de 200 gramas por semana, divididos

em 3 dias.

Alhomuito comum dentre os temperos, contém

inúmeras substâncias que reduzem

inflamações, ajudam nos problemas

respiratórios, controla a pressão arterial

e protege o coração ao diminuir a taxa

do colesterol ruim e aumentar os níveis

do colesterol bom. Além disso, é rico em

antioxidantes.

Quantidade recomendada: um dente por dia,

podendo ser cru ou dentre os ingredientes das

receitas diárias.

SAÚDE

por Dra. Mariana Ferri d’ Avila

Dra. Mariana Ferri d’ Avila é Nutricionista Especialista em nutrição esportiva, funcional e ortomolecular www.marianaferridavila.com.br

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JULHO/AGOSTO - 2009 13

linhAçAGrão rico em carboidrato, proteínas, fibras

alimentares e ácidos graxos poliinsaturados.

Ajuda no funcionamento do intestino,

combate a acne, previne câncer e doenças

cardiovasculares.

Quantidade recomendada: 2 colheres de sopa

ao dia, nunca misturada ao leite e derivados.

sojARica em flavonóides, vitaminas e minerais, e

por isso ajuda a reduzir o risco de doenças

cardiovasculares, câncer de mama e cólon, e a

amenizar os incômodos da menopausa, como

irritabilidade, insônia e ondas de calores. Outro

benefício desse grão é o aumento de massa

muscular e redução de gordura corporal.

Quantidade recomendada:50 gramas ou 1 xícara de chá por dia.

CAstAnhA do pAráessa fruta oleaginosa contém grandes

quantidades de vitaminas e minerais,

principalmente o selênio, que atua no

controle da tireóide, ajuda na prevenção de

infarto, derrame, hipertensão arterial, câncer

e diabetes. Por também ser rica em zinco,

auxilia na melhora do sistema imunológico.

Outro benefício é para quem quer perder

peso, pois ajuda no emagrecimento.

Além disso, a Castanha do Pará pode ser

consumida in natura, torrada, na forma

de farinhas, doces e sorvetes. O óleo da

castanha, fruta típica do norte do Brasil, é

usado na fabricação de produtos de beleza

para o cabelo. A castanha tem uma casca

fina, marrom e brilhante. A polpa é branca,

farinhenta e saborosa.

Quantidade recomendada: 1 a 4 unidades

ao dia. mas atenção, não ultrapassar essa

recomendação, pois é rica em calorias e

pode levar ao aumento de gordura corporal

quando estiver em excesso.

QUinoAesse grão é considerado pela OnU

(Organizaçao das nações Unidas) como

alimento completo, perfeito. Isso porque é

rica em aminoácidos, vitaminas, minerais,

carboidratos, fibras e nutracêuticos. Com

isso, seu consumo garante melhorar a saúde

como um todo e não há contra-indicação ao

seu consumo. estudos mostram que ela ajuda

na prevenção de doenças cardiovasculares,

câncer, derrame, prisão de ventre, fadiga,

cansaço, preguiça e depressão. Ainda ajuda a

emagrecer e melhora o sistema imunológico.

Além disso, é fácil de cozinhar, pois pode ser

feita da mesma forma que o arroz, ou podemos

encontrá-la sob a forma de flocos ou pó.

A Quinoa, ou Quinua real, não tem glúten em

sua composição, dessa forma as pessoas

com intolerância, a chamada doença celíaca,

também podem desfrutar deste alimento.

Quantidade recomendada: Para obter seus

benefícios, basta comer 3 xícaras por semana

do grão cozido ou em flocos.

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VALE

O centenáriode uma obra sem fim

elpídio dos Santos foi um dos ilustres mo-

radores de São Luiz do Paraitinga e iniciou lá,

uma trajetória de obras musicais de grande

valor para a cultura nacional.

ele foi o compositor preferido de maz-

zaropi. É muito comum ouvir nos filmes do

amigo as músicas de elpídio. Por isso, no

centenário de seu nascimento, São Luiz e o

Vale do Paraíba celebra sua obra.

elpídio é o autor de músicas como Casinha

Branca, Fogo no rancho, A Dor da Saudade,

Lá no Pé da Serra, ranchinho Brasileiro e

tantas outras.

A obra do músico e compositor é de uma

riqueza incomparável, chegando ao número

de mil, sendo que destas apenas cem foram

gravadas, as demais continuam inéditas.

A memória e acervo de músicas de elpídio

estão em boas mãos, sendo organizado e

preservado no Instituto elpídio dos Santos

– IeS.

O Instituto é uma organização sem fins lu-

crativos criada em 2001 para divulgar a obra

de elpídio dos Santos, apoiar grupos musi-

cais do Vale do Paraíba e desenvolver pro-

jeto de educação pela arte.

Cinira Pereira dos Santos, 83 anos, mais

conhecida como Dona Cinira, é a maior res-

ponsável pela preservação e pelo fomento

com relação à obra de seu marido e, tam-

bém, é a presidente de honra da instituição

que foi idealizada e fundada por seus filhos.

elpídio morreu cedo, aos 61 anos, deixan-

do sua esposa, Dona Cinira, com sete filhos

pequenos para criar. “ela não só desem-

penhou esse papel de ser pai, mas também

cuidou para que todo o esforço do artista, no

sentido de constituir uma obra musical muito

relevante, não se perdesse”, conta regina

Santos, filha de Elpídio. Dona Cinira guar-

dou tudo o que ele deixou (partituras, livros,

pedacinhos de papel com música anotada)

e incentivou seus filhos a se dedicarem à

música e, sobre tudo, à memória do pai.

Tudo isso foi sendo construído aos poucos,

na medida em que os filhos foram crescendo

e compreendendo melhor o que significava

uma obra musical como a de elpídio para a

família, para sua cidade e para todo o país.

“Por um lado todos nós sentimos muito

orgulho tendo em vista as inúmeras mani-

festações que recebemos das mais variadas

pessoas: músicos, intérpretes, estudantes,

amigos, contemporâneos de elpídio e pes-

soas que simplesmente ouvem e gostam

das músicas. Permanecermos unidos nesse

propósito e em nos dedicarmos como

irmãos, que somos, a uma atividade que ex-

trapola os nossos interesses e contribui com

a preservação da cultura artística brasileira.

Por outro lado, também sentimos o peso

da responsabilidade que é dar conta dessa

tarefa”, lembra regina.

O IeS apóia várias ações e projetos cul-

turais da região. “Começamos com mais

foco na organização do acervo de elpídio,

assumimos a programação da Semana elpí-

dio dos Santos, lançamento do site e aos

poucos fomos sendo chamados a apoiar

diversas manifestações culturais tais como:

realização de shows e exposições, gravação

de CDs e outras mídias, apoio a reportagens

de jornal, revistas e TV. Além disso, em 2008

estamos realizando um projeto educacional

nas escolas públicas municipais de São Luiz

do Paraitinga de educação pela arte que

busca o desenvolvimento integral dos alunos

que trabalham com músicas, fotos, quadros,

textos. As crianças montam pequenos proje-

tos a partir desse universo”, explica regina.

Depois deste causo é possível concluir

que: quem é brasileiro, nunca deixou e nem

deixará de ouvir a arte de elpídio.

Serviço:

Instituto elpídio dos Santos

r. Coronel Domingues de Castro, 192

São Luiz do Paraitinga, SP

www.institutoelpidiodossantos.org.br

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O centenáriode uma obra sem fim

JULHO/AGOSTO - 2009

semAnA elpÍdio dos sAntos 03/09 - 8h30 Apresentação de uma história da trajetória

de elpídio ilustrada com suas com-

posições.

Apresentação: Regina Santos

Participação: grupos musicais de São Luiz

do Paraitinga

Dia 04/09 - 9h00Audição comentada do CD “Viva elpídio”

com a participação de seus idealizadores

Oswaldinho e mariza Viana.

05/09 - 13h00 - Apresentação dos alunos

das escolas municipais que participam do

projeto: “elpídio na sala de aula” e 20h00

retreta no Coreto elpídio dos Santos.

Page 18: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 18

Cuidando doseu animal

Você anda percebendo alguma alteração

no humor de seu bichinho de estimação?

mudanças no comportamento do seu animal

doméstico podem ser um indicativo de dor, e

a causa mais comum é o câncer.

O Congresso Interdisciplinar de Dor da Uni-

versidade de São Paulo apresentou a escala

de qualidade de vida em animais domésticos

que sofrem com dor.

A humanização dos animais domésticos

permitiu a eles demonstrar sua dor sem correr

o risco de parecer uma presa fácil, o que seria

fatal em um ambiente selvagem. Hoje, o sinal

está verde para que o bichinho expresse seu

incômodo, e o perigo que ele corre é somente

o de não poder se fazer entender.

O animal com dor pode não verbalizar seu

sentimento através de sons, mas certamente

apresentará algumas alterações em seu com-

portamento. Cachorros calmos e comporta-

dos podem ficar mais agressivos, e o oposto

também pode acontecer se o cão bravo pare-

cer não se importar mais com o carteiro ou o

coletor de lixo. Gatos costumam se isolar. “A

automutilação também é um sintoma muito

comum do animal com dor, e normalmente

vem acompanhada de diminuição do apetite,

depressão e apatia”, explica Karina Yazbek,

veterinária certificada pela SBED - Sociedade

Brasileira para o estudo da Dor.

Segundo Karina, o câncer é a principal causa

de dor em animais, seguido pela osteoartrose.

Ambas as doenças podem ser causadas por

inúmeros fatores, inclusive a genética, mas se

sabe que, devido aos cuidados que recebem

PET

de seus donos, a expectativa de vida dos

animais têm aumentado. Isso os torna mais

suscetíveis a doenças que se desenvolvem

com o passar dos anos.

A 4º edição do Cindor, seguindo a linha

da interdisciplinaridade, abordou também

a questão da dor nos animais domésticos,

e divulga a escala de qualidade de vida em

animais que sofrem com dor. entre os indica-

dores estão as atividades diárias normais de

cães e outros animais domésticos, ou seja,

seu animal tem uma boa qualidade de vida

quando mantém os hábitos de higiene, se

envolve em brincadeiras, vai receber o dono

no portão, pede para passear e está sempre

demonstrando sua satisfação de um jeito bem

conhecido, abanando o rabo.

Sinais que podem revelar a dor do seu gato ou cachorro:Aumento de agressividade ou apatia

Automutilação

redução do apetite

Diminuição da mobilidade

Isolamento

Depressão

Índices de qualidade de vida:Brincadeiras

Interação com o dono

(recebe no portão, pede para passear)

Abanar o rabo

Higiene

Bom apetite

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Page 19: DIZ MAGAZINE #04

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Cuidando doseu animal

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barreiras e superandolimites

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ção

Page 21: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 21

Um esporte que transpõe as barreiras do

corpo e faz o praticante se superar a cada

obstáculo vencido vêm tomando conta das

cidades do país.

O Parkour é uma disciplina que foi criada

na França na década de 80 por David Belle,

seguindo técnicas militares que seu pai,

raymond Belle, havia aprendido durante

a guerra do Vietnã e que foram adaptadas

para o ambiente urbano. Assim, Belle criou

uma nova forma de movimentação, que

usa apenas o próprio corpo do praticante,

chamado de tracer, para transpor obstácu-

los de uma forma rápida e útil.

Considerado como uma atividade física,

o Parkour tem seu princípio baseado em

utilitarismo e longevidade, através da inte-

gridade física. O conceito básico é focar em

desenvolver seu corpo de forma saudável

para ter total domínio sobre ele, sobretudo

diante de um obstáculo.

não se trata de um esporte propriamente

dito, pelo fato de não existirem regras, or-

ganizações esportivas e nem competições.

A competição que o tracer se envolve é

contra as limitações físicas, mentais e com

o seu próprio medo.

A associação Brasileira de Parkour foi

criada em 2006, mas no Brasil o primeiro

contato com o Parkour foi em 2004, por

meio de vídeos transmitidos pela internet.

Assim que o pessoal tomou conhecimento

já foram logo se aperfeiçoando e trazendo o

Parkour para as terras brazucas.

Durante todos os anos, são organizados

vários encontros regionais, nacionais e

até internacionais. “esses encontros são

bons para o tracer mais experiente, ajudar

e ensinar os menos experientes”, explica

nicolas Bohlen, de 17 anos e praticante de

Parkour.

“Comecei a treinar no final de 2005, em

São José dos Campos, aprendi os movi-

mentos básicos e as técnicas pesquisan-

do na internet, imitando vídeos, mas sem-

pre evitando correr riscos e me machucar,

como por exemplo, pular de lugares altos”,

afirma Nicolas.

Segundo o tracer joseense, dá pra treinar

Parkour em qualquer lugar, cada mo-

vimento, cada evolução é válida, mas os

melhores lugares pra treinar são as praças

e parques onde tenham grande variedade

de obstáculos urbanos e naturais como

bancos, árvores, muros, etc.

Hoje, segundo nicolas, uma das grandes

lutas dos praticantes é tirar a imagem de

que o Parkour seja um esporte radical de

manobras, algo como “skate sem skate”,

como falam frequentemente. O Parkour

não é esporte radical e tem muita filosofia

por trás da prática. Afinal, são movimentos

naturais que o homem sempre fez, apoia-

do agora apenas por uma idéia.

em São José dos Campos já foi realizado

o 2º encontro nacional de Parkour e con-

tou com a participação de três ingleses

que ministraram um workshop e treinaram

com praticantes do Brasil inteiro.

A prefeitura de São José dos Campos já

apóia o Parkour realizando o Ação Juven-

tude mensalmente com participação de

tracers da cidade.

Page 22: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 22

gAST

rONOmIA

O prato dosantigos romeirosJoão Rural

A origem do prato se perde no tempo. Várias

famílias que iam para Aparecida em tropas,

até por volta de 1940 e, depois em cami-

nhões, até a década de 60, do século pas-

sado, achamos duas receitas, uma variando

um pouco da outra, mas com as mesmas ca-

racterísticas. O virado de frango e o virado de

tropeiro de frango que usava frango caipira

em pedaços menores, como a passarinho,

cheiros verdes, batatinha cortada em peda-

cinhos, sal com alho e farinha de mandioca.

Os pratos são realmente pérolas da região

e que estavam esquecidos bem debaixo dos

pés de todo mundo, mas muitos romeiros ain-

da vivos lembram com saudades do prato. As

receitas até aparecem em livros de culinária,

com modificações substanciais, ficando

longe de como eram feitos pelas antigas e ab-

negadas cozinheiras. D. nenê, de Paraibuna

diz que “na romaria não podia faltar o virado

de frango, que era aguardado por todos até a

hora de saboreá-lo”. Afirma que o prato era

feito em casa, de madrugada, colocado em

uma panela grande. enrolado num pano para

a viagem. no caminho, embaixo de algumas

árvores, onde tinha uma água, o caminhão

parava e todos comiam juntos. As vezes le-

vavam talheres e pratos, mas muitos comiam

com as mãos mesmo. “era um prato aben-

çoado, pois era comido com muita devoção”,

afirma ela.

VIRADO DE FRANGO CAIPIRA

Ingredientes- 1 frango caipira, 1 copo de óleo,

sal com alho, 1/2 colher de colorau, cheiro verde

picadinho, água , farinha de milho branca

Como fazer- Corte o frango em pedaços nor-

mais. retire as gorduras, lave e deixe escorrer,

secando bem a água. Coloque o óleo em uma

panela e vá fritando os pedaços de frango lenta-

mente. Quando dourar bem e soltar um molho,

abra no meio do cozimento e adicione o sal

com alho, o colorau os cheiros verdes e deixe re-

fogar um pouco. Coloque água quente e deixe co-

zinhar. Quando amolecer, com a carne soltando

do osso, vá colocando a farinha de milho e me-

xendo sempre, até formar um pirão meio seco.

Obs. Pode-se usar o frango branco, mas retire

o excesso de gordura e as peles.

VIRADO TROPEIRO DE FRANGO Ingredientes-1 frango, 1 kg de batatinha,

farinha de mandioca, cebolinha, salsinha, pi-

menta do reino, sal com alho, ½ copo de óleo,

½ colher de urucum moído.

Como fazer- Corte o frango em pedaços

pequenos, como a passarinho. numa panela

grande e grossa, esquente o óleo, coloque o

urucum e frite os pedaços de frango. Descasque

e corte a batatinha, em pedaços médios e co-

zinhe com um pouco de sal até amolecer. Quan-

do a carne amolecer, refogue a parte o sal com

alho, o cheiro verde e a pimenta. Coloque esse

molho e a batatinha cozida no frango e adicione

água até cobrir. Quando ferver, retire do fogo.

Quando esfriar, adicione a farinha de mandioca,

fazendo o virado em ponto de farofa.

João Rural é jornalista e pesquisador

entusiasta da cultura regional.

foto

: joã

o ru

ral

Page 23: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 23

O prato dosantigos romeiros

VArIED

ADE

Saprovaçãode quase todos

os bares,restaurantes e casas noturnas

paulistas.

Lei antifumo:alta aceitação

A Lei Antifumo entrou em vigor no estado

de São Paulo no dia 7 de agosto. Desde

então, a nova regra ganhou a aprovação de

quase todos os bares, restaurantes e casas

noturnas paulistas e ainda virou referência

para outros estados. na primeira semana de

vigência, os agentes antifumo fiscalizaram

7.428 estabelecimentos e 99,2% deles já

cumpriam a lei.

no interior de São Paulo, foram realizadas

4.879 fiscalizações, com 41 autuações. Já

na capital paulista, foram 2.549 fiscalizações

e 14 multas.

“A lei entrou em vigor no último dia 7 de a-

gosto. mas a sociedade já vinha se preparan-

do e esperando por ela. Daí a tranquilidade

que estamos vendo. O processo de consci-

entização sobre os males do cigarro e sobre

a importância de mantermos os ambientes

fechados livres do tabaco foi fundamental.

A lei está sendo cumprida, principalmente,

modo geral. Percentual idêntico considera a

lei ótima ou boa em seu caso pessoal, taxa

que cai para 70% entre os que costumam

fumar cigarros.

COmO REFERêNCIAAção pioneira no Brasil, a proibição ao

fumo em ambientes fechados de uso cole-

tivo no estado de São Paulo virou mode-

lo para outros estados brasileiros. Após o

governador José Serra sancionar a lei pau-

lista em maio, outras três cidades brasileiras

também adotaram a prática. em Salvador, é

proibido fumar em locais fechados há duas

semanas. em Goiânia, a lei foi sancionada

em junho e entrará em vigor em setembro.

em Curitiba, a Câmara municipal aprovou

um projeto de lei há duas semanas. Um pro-

jeto também está em tramitação na Assem-

bléia Legislativa do rio Grande do Sul.

O estado do rio de Janeiro também se

inspirou na nova legislação antifumo do es-

tado de São Paulo. A Assembleia Legislativa

do rio (Alerj) aprovou na última terça-feira,

11, um projeto de lei que proíbe o fumo em

locais fechados de uso coletivo no estado.

A norma restringe o consumo de cigarros a

espaços ao ar livre e residências.

De acordo com a nova determinação, lo-

cais de culto religioso, onde o uso do fumo

faz parte do ritual, e as tabacarias foram

liberados. A proposta será encaminhada ao

governador Sérgio Cabral, autor do projeto,

que deve sancionar a lei em breve. Assim

como em São Paulo, a lei responsabiliza

os proprietários dos estabelecimentos pelo

descumprimento das regras e as multas

poderão variar de r$ 3 mil a r$ 30 mil.

Quem quiser informar sobre o descumpri-

mento da lei em qualquer estabelecimento

comercial do estado de São Paulo pode fa-

zer a denúncia pelo telefone 0800-771-3541

ou pelo site www.leiantifumo.sp.gov.br.

Fonte: Secretaria de Comunicação do Es-

tado de São Paulo.

porque foi aprovada pela população. Ao lado

disso, continuamos atentos e presentes com

a fiscalização, para coibir os eventuais casos

de desrespeito à lei”, afirmou Cristina Megid,

diretora da Vigilância Sanitária do estado.

A POPulAçãOUma pesquisa realizada pelo Datafolha,

indica que os moradores do estado de São

Paulo são favoráveis à Lei Antifumo. A pes-

quisa apontou que 88% das pessoas que

vivem no estado concordam com a regra que

proíbe o fumo em ambientes coletivos fecha-

dos, como bares, restaurantes, ambiente de

trabalho e estudo. Apenas 10% são contra a

lei e 2% se declaram indiferentes.

entre os que admitem fumar cigarros (que

são 24% do total de entrevistados), 71%

são a favor da lei. entre os que não fumam,

essa taxa vai a 94%. Para 89% a lei é ótima

ou boa para o estado de São Paulo, de um

imag

em: d

ivul

gaçã

o

Page 24: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 24

DESIg

N

O lugar onde afamília se encontra

Já foi o tempo em que cozinha era somente

lugar de mulher. Com a onda dos gourmets,

os homens despiram-se do preconceito e

estão, aos poucos, invadindo este espaço,

definindo até o projeto dos sonhos.

Tanto as mulheres quanto eles procuram

tornar o local agradável, onde os amigos

possam se sentar e degustar aperitivos en-

quanto observam o preparo da refeição.

Por isso, a ilha ou bancada central passou

a ser fundamental nas atuais cozinhas, que,

ao ganharem importância, cresceram em ta-

manho.

Outras tendências são os padrões escuros

e sóbrios dos revestimentos das portas dos

armários. Feitos para durar por mais tempo.

Sem falar dos eletrodomésticos de alta

tecnologia, que exigem melhor planeja-

mento para adequar as instalações elétricas

e hidráulicas. Tudo ficou mais prático com

a invasão de novos acessórios e materiais

modernos, como a pedra silestone para a

bancada da pia.

em todos os momentos da nossa história

a cozinha mostrou ser o ambiente preferido

pelo brasileiro, onde a família e seus ami-

gos íntimos se reúnem para um gostoso e

descontraído bate-papo, acompanhado por

quitutes e pelo nosso tão tradicional cafe-

zinho. Com isso, ela assumiu um papel de

importância maior que a própria sala de visi-

tas, reservada apenas para os convidados

mais formais. Atualmente, ela conserva seu

espírito de hospitalidade e intimismo, mas

não parou no tempo de nossos pais e avós

- hoje ela também é quase um templo de tec-

nologia e eficiência, o cenário perfeito para a

família moderna.

Foi-se o tempo em que uma pia, um fogão

e uma geladeira na cozinha bastavam para

garantir um bom jantar. Da década de 70

para cá, o freezer, o forno de microondas e

a máquina de lavar louças entre os novos

eletrodomésticos ocuparam um lugar de

destaque na cozinha. A transformação e o

desenvolvimento da tecnologia e do modo

Quinho

de vida das pessoas fizeram com que esse

espaço fosse repensado.

Hoje, quando se imagina uma cozinha,é

preciso idealizar a acomodação para tan-

tos aparatos e, principalmente, lembrar que

o planejamento minucioso é fundamental

para evitar futuras obras e transtornos. Isso

porque cada uma dessas máquinas exigem

soluções hidráulicas e elétricas peculiares e

distintas.

Quando se idealiza uma cozinha é

necessário em primeiro lugar definir as ne-

cessidades dos moradores.

Quem usa esse local - a dona de casa, a

Para ser eficiente, a coifa deve ter capacidade

de sucção de 800 m3/h, grade de alumínio com

material fácil de limpar.

Lixeira de embutir na bancada não são reco-

mendadas, pois o armário ficará com o odor

do lixo. em apartamento, o que funciona é a

lixeira pequena colocada sobre a bancada.

A bancada deve avançar 2 cm em cima da

porta do armário inferior, evitando que a água

caia dentro deste.

A borda da bancada da pia deve possuir re-

baixo de 1cm ou sulco – espécie de canaleta

arredondada com a espessura de um dedo –

para a água refluir para a cuba.

A cuba dupla é boa opção. enquanto uma é

usada para lavar legumes e verduras, a outra

recebe a louça suja.

O fogão e o forno de embutir devem ser

reCeitA de bom plAnejAmento

Local agradável, onde os amigos

possam se sentar e degustar

o preparo darefeição

foto

: qui

nho

Page 25: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 25

O lugar onde afamília se encontra

empregada ou outra pessoa – e quais os

eletrodomésticos mais úteis, são questões

de extrema importância ao optar pelo projeto

mais adequado.

Com a quase extinção da figura da empre-

gada doméstica e o crescimento do número

de pessoas morando sozinhas, a primeira

preocupação de todos é ter uma área antes

de tudo prática. Isso quer dizer: uma cozi-

nha fácil de usar, limpar e onde tudo esteja

à mão.

Ao elaborar o projeto, estude minuciosa-

mente estes pontos: circulação, iluminação

e ventilação adequadas ao ambiente, mate-

rial apropriado para revestimento e também

os pontos hidráulicos e elétricos indispen-

sáveis.

A evolução da cozinha passa necessari-

amente pelo conceito de funcionalidade por

se tratar de um ambiente em que se manipu-

lam alimentos e se realiza uma diversidade

de tarefas associadas à rotina doméstica.

Praticidade é fundamental na concepção

moderna desse espaço.

colocados em armário com isolante térmico.

Deve-se criar em torno deles uma câmara de 8

cm para a circulação do ar quente.

nicho para a lava-louça com 87 cm de altura.

Com os 4 cm da pedra, a bancada deve pos-

suir 91 cm de altura. A profundidade de 67 cm

garantirá que tanto a lava-louça como o fogão

fiquem bem acomodados.

Os armários inferiores devem ficar 15 cm

acima do chão. Há três maneiras de instalá-los:

suspensos, apoiados em pés ou em base de

alvenaria.

Além do granito e do inox, bancadas podem

ser feitas de Coria (resina criada pela Du Pont,

30% mineral e 70% sintética) ou silestone (30%

sintético e 70% mineral).

evite colocar portas de vidro perto do fogão,

porque acabarão impregnadas de gordura. nos

armários inferiores, só podem ser usados vi-

dros temperados. O comum quebra com fa-

cilidade.

Os melhores puxadores são os de aço ou

esmaltados. Prefira os sem ponta e evite os de

pino (pode escapar ). mas a tendência é elimi-

nar os puxadores, que interferem na aparência

da cozinha.

Fáceis de limpar, os laminados plásticos são

as opções mais práticas para o revestimento

de portas dos armários.

O armário superior deve ser instalado 10cm

abaixo da altura do usuário ( a media é 1,60m),

para o fácil acesso às duas primeiras pratelei-

ras. Recomenda-se que fique a 60 cm de

distância do inferior. A altura ideal do topo é

2,10m (se for mais alto, ainda assim irá acu-

mular poeira e gordura).

reCeitA de bom plAnejAmento

Page 26: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 26

Para a idealização adequada, é aconse-

lhável buscar as lojas especializadas e De-

sign de Interiores de sua confiança, expondo

a eles o que você realmente precisa.

É bom você estipular onde deseja a área

para refeições - dado importante na definição

do espaço pelo profissional. Explique com

clareza como se relaciona com a cozinha, já

que pode racionalizar a disposição dos equi-

pamentos e a área para circulação. O segre-

do de um planejamento adequado está em

utilizar de maneira inteligente todo o espaço

disponível.

Para que você consiga o melhor resultado,

lembre-se de que a cozinha conta tradicio-

nalmente com três elementos fundamentais:

refrigerador, fogão e pia, na maioria das ve-

zes compondo com a bancada de preparo de

alimentos. Com a distribuição racional dos

elementos que complementam a cozinha,

ganha-se rapidez e eficiência no trabalho.

1 Além de facilitar a manutenção, a base

de alvenaria para os armários econo-

miza metros quadrados de revestimento do

piso, já que parte deste será ocupado.

2Colocar instalações para eletrodomésti-

cos de 220V, que economizam energia.

3Investir em iluminação natural, abrindo

janelas e derrubando paredes.

4Cobrir o revestimento de parede antigo

com pintura epóxi, que não solta.

5 Sem quebra-quebra, renove o piso com

argamassa para cerâmica.

6Se a estrutura do armário antigo estiver

boa, troque apenas os revestimentos e,

se for necessário, as portas.

1+9 dicas para sua cozinha

10

“Quinho”, Francisco C. B. de Miranda,

é artista plástico e arquiteto

7 Opte por bancada de granito, a opção

mais barata e resistente. nunca coloque

mármore branco, que pode custar menos

mas estraga logo por ser poroso.

8A bancada alinhada é mais econômica.

não faça ilha – encarece a obra e ocupa

muito espaço na cozinha.

9em vez de colocar azulejos, apenas

pinte as paredes com tinta acrílica.

O custo/beneficio émaior comprando cozinhade marcenaria

+DESIgNfo

to: q

uinh

o

Page 27: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 27

VALE

museu de Arte Sacra de Taubaté

Um dos grandes destaques arquitetôni-

cos de Taubaté e do estado, a Capela nos-

sa Senhora do Pilar é a terceira edificação

religiosa a ser construída no perímetro ur-

bano da vila de São Francisco de Chagas

de Taubaté.

O conjunto arquitetônico e decorativo da

capela, construído em 1748, é típico do

estilo barroco mineiro. Assemelhando-se

a capelas mineiras do século XVIII, como

a de nossa Senhora do Ó, construída na

cidade de Sabará, e a de São Francisco,

construída em Caeté (mG).

A Capela nossa Senhora do Pilar foi cons-

truída por Timóteo Correa de Toledo, tauba-

teano da tradicional família paulista dos

Toledo Piza, descendente dos Condes de

Oropeja e dos Duques de Alba de Tormes,

da espanha. Timóteo, casou-se com úr-

sula Izabel de mello, e dessa união foram

concebidos vários filhos, dentre os quais

destacaram-se o Padre Bento Cortez de

Toledo, o Padre Carlos Correa de Toledo

e mello e Luiz Vaz de Toledo - os dois úl-

timos envolveram-se com a Conjuração

mineira.

Desde 1985, a capela abriga o museu

de Arte Sacra. Tanto a capela, quanto seu

acervo fazem parte do patrimônio nacional,

tombados pelo IPHAn e COnDePHAAT.

Hoje o museu de Arte Sacra de Taubaté

traduz a religiosidade local, segundo o Pro-

fessor Fred Humbert reis Savino, Diretor da

Divisão de museus da Prefeitura municipal

de Taubaté, o acervo é formado por obras

da imaginária paulista do século XVIII, XIX

e XX. São 546 peças, distribuídas nas ca-

tegorias: esculturas, pinturas, mobiliário,

têxteis, instrumentos musicais, altares, al-

faias litúrgicas, acessórios e documentos.

Além de seu acervo permanente, o museu

de Arte Sacra de Taubaté conta com a co-

laboração de fiéis e munícipes na doação

ou empréstimo de peças. São tradicionais

as mostras temporárias de São Francisco

(outubro) e de presépios (dezembro).

Aberto de terça a sexta-feira: das 9h às

12h e das 13h30 às 17h

Sábado e domingo: das 9h às 12h

rua Bispo rodovalho s/nº – centro de

Taubaté - Tel.: (12) 3625.5058

foto

s: q

uinh

o

Page 28: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 28

AUTO

& C

IA.

Peugeot 207 Passion.Sedan de série.Robson Soares

Os chamados “carros de entrada” são aque-

les considerados os mais populares, que por

tese, são veículos com menos itens de série e

opcionais. Esta afirmação cai por terra quando

você dirige um Peugeot 207 Sedan. Andei na

versão “Passion” e logo de cara o bólido im-

pressiona pelas suas linhas arrojadas e desing

agressivo. A dianteira com harmonioso con-

junto óptico e generosa grade passam a im-

pressão de estar num modelo superior, como

o Top da Peugeot 407.

Segundo consultores da montadora os cli-

entes influenciaram, e muito, neste desing do

207 como na ampliação do símbolo da marca,

o Leão – que foi propositalmente colocado ao

contrário em protesto a segregação pregada

por Adolf Hitler na segunda guerra. Os faróis

tem acendimento automático em ambientes

com baixa luminosidade, como o limpador de

parabrisas que é acionado automaticamente

assim que começa a chover. Tudo gerenciado

por um sistema que veio da indústria aeronáu-

tica, o mmI.

O “multiplexed Integrated Intelligence” (de

série) monitora todas as funções do carro de

forma otimizada, ajudando tanto no consumo

de combustível quanto na economia de ener-

gia, explica-se: Se você tem uma viagem longa,

de meses, e deixa o 207 na garagem, o mmI

reconhece a ausência de atividade e entra em

modo “Stand By” começando a cortar corrente

elétrica chegando a ponto de até suspender a

ignição momentaneamente, favorecendo assim

a economia de bateria.

O carro está calçado em rodas de alumínio (de

série) aro 15, sendo conduzidas por um motor

1.6 16 válvulas Flex que pode chegar a 113 cv

dependendo do combustível utilizado. A direção

é assistida eletronicamente com regulagem de

altura, (de série) assim como acabamento in-

terno exclusivo do modelo com detalhes cro-

mados que dão um toque de requinte e espor-

tividade ao veículo. Outro quesito que chama a

atenção é o espaço interno, confortável até para

uma pessoa como eu de quase 1, 90 m.

Os vidros elétricos dianteiros (de série) são

centralizados, assim como a regulagem dos

retrovisores. Os mostradores são inspirados no

painel das motos, na cor laranja, facilitando a vi-

sualização. O computador de bordo afere tem-

peratura externa, consumo médio e instantâ-

neo, distância percorrida, velocidade média,

etc, etc, etc.

A bordo do Peugeot 207 o condutor sente o

veículo literalmente na mão, a aceleração do

câmbio automático de quatro velocidades é

macia e eficaz – graças a Porsche que fornece

o sistema com quatro modos de dirigir: o modo

automático, antipatinação (que vai ser difícil de

ser usado já que aqui não tem gelo), sport e

Page 29: DIZ MAGAZINE #04

29JAneIrO/FeVereIrO - 2009

Peugeot 207 Passion.Sedan de série.

Robson Soares é jornalista, editor de

testes e apresentador do programa

“Vale Shop” da TV Band Vale.

tiptronic onde você pode trocar as marchas de

modo manual, frente sobe as marchas e para

trás desce.

Vale lembrar que este câmbio se adapta ao

modo de dirigir do condutor, se você tem uma

“tocada” mais agressiva ele muda marchas

mais rápido, se a condução é mais tranquila

elas ficam mais lentas. Agora sem dúvida a op-

ção mais divertida é a tiptronc. As mudanças

rápidas sem a necessidade de embrear trans-

mitem mais segurança principalmente nas ul-

trapassagens, você sente o carro mais arrojado

e pronto a despejar potência, como já disse,

diversão pura.

mas como nem tudo é perfeito, agora vem a

pior parte, mais um item praticamente de série

- pelo menos pra mim que não comprei ainda

o 207. Chegou a hora de entregar o carro para

concessionária.

Serviço

www.valdulion.com.br

Fone. 3932-5000

motor 1.4 Flex

número de cilindros 4

número de válvulas 8

Cilindrada 1360

Alimentação Injeção eletrônica multipontoseqüencial

Transmissão Tração Dianteira

Pneus 185/65 r14

Caixa de mudanças manual(5 frente e 1 ré)

Direção Hidráulica

Freios Dianteiros Discos

Freios Traseiros Tambor

fiChA téCniCA207 1.4 pAssion xr flex 2009/2010

foto

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ulga

ção

Page 30: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 30

bEm E

STAr Tudo é possível

aos 50?O mundo passa hoje por um momento único

na história da humanidade. Fala-se das pos-

sibilidades que a longevidade propicia e, com

esta premissa, começa-se a pensar nas pes-

soas que estão nos 50 anos e podem tantas

coisas.

Até algumas décadas, ter 50 anos era per-

cebido como um momento do envelhecer e

isto era considerado normal, pois as pessoas

não tinham estas novas possibilidades de vi-

verem muito tempo e com tantos recursos. A

medicina, aliada a questões de mudança de

comportamento, que inclui cuidados especi-

ais (alimentação, exames periódicos, vitami-

nas e nutrientes adequados) e com uma maior

preocupação com as questões emocionais e

psíquicas, tem ajudado nesta conquista de

uma vida ‘maior’ e, para alguns, melhor.

uNIVERSO FEmININO A psicanalista Dorli Kamkhagi, mestre em

gerontologia, explica que as mulheres que

hoje adentram, ou mesmo as que estão nos

seus 50 e poucos anos, têm percebido o

quanto de potência de vida, de beleza e de

transformação tem feito parte deste momen-

to. “O interessante é observarmos as perso-

nagens que têm sido mostradas neste nosso

universo midiático como sedutoras, belas e

vivendo de uma forma boa e prazerosa a sua

sexualidade”, ressalta.

As protagonistas de filmes e histórias na

TV também têm e tiveram uma trajetória mar-

cada por filhos, carreira, lar e algumas vivem

o momento avó com muita paixão e encan-

tamento, sem que com isto fiquem afastadas

de sua imagem interna que vai atrás de seus

desejos.

A psicanalista ainda alerta que “as próprias

mulheres muitas vezes não se dão conta da

força e energia transformadora que pode

eclodir neste momento onde todos achavam

que os calores da menopausa as manteriam

calmas. esta nova mulher que carrega dentro

de si a capacidade de se reconectar com seu

passado, aceita, sim, as transformações do

tempo. Tempo este que lhe dá também uma

possibilidade de escolher como pode ser esta

fase, que cuidados em relação à sua saúde

deve ter e como repensar relacionamentos

afetivos que talvez nem supram mais nada

dentro de seu imaginário”.

A condição de maturidade abre um espaço

para que esta nova mulher de 50 possa se o-

lhar no espelho e entender o que o seu olhar

Perder o medo desta década ese redescobrir é a chave para a

felicidade

procura. Qual o significado de algumas mar-

cas, que histórias ainda pretende terminar,

que capítulos de sua vida já concluiu e o que

ainda gostaria de excluir. “ela vai em busca de

antigos sonhos, que ficaram guardados em

algum lugar de seu passado e avaliar se vale a

pena pagar o preço de experimentar algo que

julgava desaparecido. Uma busca por seu lu-

gar, lugar de beleza, lugar de amor, lugar de

foto

: shu

tter

stoc

k.co

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Page 31: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 31

Dorli KamkhagiDoutora em Psicologia Clínica e Mestre

em Gerontologia pela PUC-SP, Dorli

Kamkhagi faz parte do Board of Directors

da Internacional Association of Group

Psychotherapy and Group Process (IAGP)

e é colaboradora do Laboratório dos

Estudos do Envelhecimento e Hospital

Dia do Instituto de Psiquiatria do Hospital

das Clínicas de São Paulo.

luta, lugar de transformar”, diz Kamkhagi.

este “novo tempo” onde muito ou quase

tudo é possível amplia o universo feminino,

dando condições para que esta mulher que

hoje é fruto de tantas transformações possa

ser vista como bela e desejável. “esta pos-

sibilidade de se perceber como desejada e

“desejante” reacende antigas memórias emo-

cionais que para muitas pareciam não mais

existir”, acrescenta a psicanalista.

De acordo com a Dra. Dorli, esta nova fase

da vida reconecta a questão do tempo Cro-

nos (idade cronológica) com o tempo Kairós

(percepção de um tempo emocional). Deste

novo entrecruzar dos tempos, passa a se abrir

um espaço emocional, psicológico e nas rela-

ções afetivas que esta “mulher de 50” vai de-

senvolver com o mundo, mas, claro, antes ela

precisa realmente saber quem é.

A psicoterapeuta finaliza explicando que

“este novo (re)conhecimento permite que se

perceba no mais profundo de sua essência

um encontro com o que aprendeu ou pode

vir a aprender de seus desejos, de sua sexu-

alidade, de sua força e de se adaptar, enfim,

ela tem a capacidade de poder recomeçar a

se ver num espectro mais amplo. A questão

da idade desta famosa década dos 50 pode

ser também um passo na recriação de uma

nova história, de uma outra mulher que fale

de si com força e propriedade e não aceite ser

mais tão frágil e assustada com os anos que

passaram, que pode caminhar para a frente,

seguindo os caminhos de seu coração”.

Page 32: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 32

TUrISm

O O Sul de minaslogo ali

É quase inevitável falar do Vale do Paraíba

sem falar de seus arredores, falar das pes-

soas daqui sem citar as que vieram de outras

localidades para construir e ajudar no desen-

volvimento. Quem admira belas paisagens

e a hospitalidade típica das terras mineiras,

sabe o que guarda a cidade de São Lourenço

(mG).

A cidade está localizada na Serra da man-

tiqueira, no Circuito das Águas e é conhecida

por seu clima ameno. Antigamente um atra-

tivo destino para os casais em lua de mel. A

beleza da cidade é notável com muitos cafés

e lojinhas de artesanato, os turistas se delici-

am em compras e lembranças especiais que

remetem à cultura local.

A antiga estrada de ferro se

originou de uma concessão feita

em 1875, pelogoverno Imperial

rica por sua água abundante, São Lourenço

ainda surpreende com a lembrança histórica

de tempos coloniais. É bastante conhecida

por seu Parque das Águas, onde os visitantes

podem desfrutar de várias fontes de águas

minerais de valor medicinal. O parque rende

um passeio muito agradável e garante di-

versão nos pedalinhos e caiaques do lago.

Quem visitar a cidade pode também realizar

um passeio que remete aos tempos passados,

a bordo da locomotiva do Trem das Águas. É

um passeio empolgante, que sai da estação

de São Lourenço até a estação de Soledade

de minas, compreendendo a antiga estrada de

ferro de minas e rio de Janeiro. A antiga es-

trada de ferro se originou de uma concessão

feita em 1875, pelo Governo Imperial ao Bri-

gadeiro José Vieira Couto do magalhães e ao

Visconde de mauá, na época foi denominada

de estrada de Ferro rio Verde.

esta nostálgica viagem e feita em vagões

totalmente restaurados com vidros decora-

dos, piso e lustres. Com 80 lugares em cada

vagão, o Trem das Águas acomoda, em mé-

dia, 400 passageiros.

O romantismo não fica esquecido e violeiros

passam de vagão em vagão cantando músi-

cas que trazem o verdadeiro ambiente da

roça aos dias atuais. Além disso, o passageiro

pode desfrutar de uma deliciosa degustação

de queijos e vinhos da região.

em Soledade de minas, a estação acomoda

foto

s: ja

nain

a la

cerd

a

Page 33: DIZ MAGAZINE #04

Passageiros se divertem no vagão especial ao som das modas de viola e o sabor dos queijos e vinhos da região.

O Sul de minaslogo ali

barracas com artesanato e guloseimas mi-

neiras, incluindo o tradicional pão de queijo

e doces caseiros. A cidade abriga o museu

Ferroviário que possui peças em seu acervo

que contam a história da ferrovia e de seus

funcionários.

Serviço:

Trem das Águas

(SÃO LOUrenÇO – SOLeDADe)

Saídas:

sábados: 10h e 14h30

domingos: 10h

feriados: 10h e 14h30

Page 34: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 34

VArIED

ADE

S

Flávio André

Um assunto que muito se fala nessa

nova era digital é a edição de imagens

nos programas gráficos. O mais conheci-

do deles é o Photoshop, responsável por

deixar beldades perfeitas nas páginas das

revistas e também por alterar realidades.

O que se vê nas páginas das revis-

tas é só a ponta de um enorme iceberg,

a questão é mais profunda e passa pela

ética. mudar um rosto, remover uma estria

ou celulite é praticamente inofensivo, mas

quando essa edição chega ao jornalismo,

que em tese tem que contar uma história

e não uma estória, tudo muda de figura.

O limite dessa manipulação/edição fica

muito tênue e deve ser estreita. Há os

profissionais que são contra os ajustes de

luminosidade e contraste. mas, na minha

opinião, estes ajustes devem ser encara-

Ediçãode imagens

Flávio André é fotógrafo diretor do

estúdio Fábrica Imagens

imag

nes

ilust

rativ

as

Page 35: DIZ MAGAZINE #04

JULHO/AGOSTO - 2009 35

Propaganda revista DIZ Maganize.psC:\Documents and Settings\Guilherme\Desktop\- 3287 - Propaganda gráfica 2008\Propagquarta-feira, 12 de agosto de 2009 09:54:02

Perfil de cores: DesativadoComposição Tela padrão

dos como os feitos pelo laboratorista na

hora da ampliação nos minilabs.

Um exemplo que circulou toda a mídia

foi a manipulação das imagens do aten-

tado terrorista de 2004 em madri. numa

das fotos do fotógrafo Pablo Torres Guer-

rero do jornal el Pais, mostrava a cena do

atentado, com um pedaço de carne hu-

mana. A título de não chocar os leitores,

os jornais Diário de São Paulo e Jornal do

Brasil, “suavizaram” a imagem removendo

o pedaço de corpo. A iniciativa foi criti-

cada por muitos meios de comunicação e

abriu uma enorme discussão dos limites

de manipulação/edição em imagens de

cunho jornalístico.

no entanto, engana-se quem pensa que

essa situação, e muitas outras, são fei-

tas por conta da fotografia digital. na era

Ediçãode imagens

Stalinista, o ditador mandava matar ou exi-

lar seus desafetos, e depois ordenava aos

meios oficiais de imprensa que cortassem

fora essas personagens de fotos oficiais,

que eram novamente distribuídas já edita-

das. estamos falando de 1922, onde havia

somente emulsão fotográfica em placas

de vidro, ou o recém lançado celulóide, e

muitíssima habilidade por parte dos labo-

ratoristas que, com máscaras e junção de

outros negativos, manipulavam e edita-

vam, cortando ou inserindo personagens

nas imagens.

Para nós, simples fotógrafos amadores

a manipulação é apenas uma diversão,

mas devemos ter o senso crítico sobre a

manipulação da realidade e suas conse-

quências.

Até o próximo número!

A esquerda a magem original publicada pelo Estado de SP e acima a manipulada publicada no jornal do Brasil.

Stalin e a manipulação conforme os seus desafetos eram presos ou executados.

Sites para saber mais:http://veja.abril.com.br/191197/p_062.html

http://www.youtube.com/watch?v=C8_sY1eZ0mU

http://tinyurl.com/obfub8

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