ditadura militar

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3m1 G3 Ditadura Militar 1964 - 1985

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3m1 G3

Ditadura Militar1964 - 1985

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A Ditadura Militar foi o período da política brasileira em que os

militares governaram o Brasil. Esta época vai de 64 a 85.

Durante 21 anos o país viveu um regime de governo militar, que

marcou a nação, seu povo e suas instituições. Foram duas

décadas de confronto entre forças políticas e sociais. Neste

conflito os 2 lados, governo e a oposição, utilizaram todos os seus

recursos: censura, terrorismo, tortura e guerrilha.

Se caracterizou pela falta de democracia, supressão de direitos

constitucionais e repressão aos que eram contra o regime militar.

DITADURA MILITAR.

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Militares

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A ditadura militar no Brasil teve início no dia 1º de abril de 1964 depois de um golpe

das Forças Armadas contra o então presidente do país, João Goulart. Na época, os

militares chamaram o golpe de revolução e o justificou afirmando que Goulart estava

transformando o Brasil em um país comunista, principalmente porque ele prometia

implantar um conjunto de mudanças que incluía a reforma agrária.

Depois de entregar um manifesto exigindo a renúncia de Goulart, as tropas militares

ocuparam partidos políticos, sindicatos e quem mais apoiasse as reformas. A sede da

UNE (União Nacional dos Estudantes) foi incendiada. Sem poder de reação, o

presidente se refugiou em Porto Alegre, sua terra natal, onde ficou até o dia 2 de

abril. Ele então se exilou no Uruguai e morreu na Argentina em 1976.

GOLPE MILITAR

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João Goulart

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Os Atos Institucionais foram decretos emitidos durante os anos após o Golpe militar de 1964 no Brasil. Serviram como mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, estabelecendo para eles próprios diversos poderes extra-constitucionais. Na verdade os Atos Institucionais eram um mecanismo para manter a legalidade e o domínio dos militares. Sem este mecanismo, a Constituição de 1946 tornaria inexecutável o regime militar, daí a necessidade de substituí-la por decretos mandados cumprir.

De 1964 a 1969 são decretados 17 atos institucionais regulamentados por 104 atos complementares.

O governo divulgou que seu objetivo era combater a "corrupção e a subversão".

ATOS INSTITUCIONAIS

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O Ato Institucional Nº5 ou AI-5 foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil.

O AI-5 sobrepondo-se à Constituição de 24 de janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias constitucionais.

Redigido pelo ministro da justiça Luís Antônio da Gama e Silva em 13 de dezembro de 1968, entrou em vigor durante o governo do então presidente Artur da Costa e Silva, o ato veio em represália à decisão da Câmara dos Deputados, que se negara a conceder licença para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado por um discurso onde questionava até quando o Exército abrigaria torturadores ("Quando não será o Exército um valhacouto de torturadores?") e pedindo ao povo brasileiro que boicotasse as festividades do dia 7 de setembro.

Mas o decreto também vinha na esteira de ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime militar. O Ato Institucional Número Cinco, ou AI-5, foi o instrumento que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.

Ato Institucional Número Cinco

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O MOVIMENTO ESTUDANTIL

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Os Estudantes, organizados pela UNE, UBEs e respectivas UEEs,

eram, antes de abril de 64, um dos grupos que mais pressionavam o governo João Goulart no sentido de fazê-lo avançar e, mesmo, radicalizar, na realização das reformas sociais. Logo em novembro de 1964 o governo Castelo Branco fez aprovar uma lei que ficou conhecida como lei "Suplicy de Lacerda", nome do ministro da Educação, que reorganizava as entidades, proibindo-as de desenvolverem atividades políticas. . Ao mesmo tempo, o movimento estudantil procurou assegurar a existência das suas entidades legítimas, agora na clandestinidade.Em 1968 - ano marcado mundialmente pela ação política estudantil - o movimento estudantil cresceu em resposta, não só a repressão, mas também em virtude da política educacional do governo, que já revelava a tendência que iria se acentuar cada vez mais, no sentido da privatização da educação, cujos efeitos são sentidos até hoje.

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As tensões daquele ano começaram no dia 28 de março quando o estudante Edson Luiz de Lima Souto foi morto aos 16 anos pela polícia enquanto almoçava em um restaurante universitário no Rio de Janeiro. O enterro foi acompanhado por cerca de 50 mil pessoas.

No dia 26 de junho de 1968 o Brasil presenciou outro momento histórico: 100 mil pessoas protestaram pelas ruas do Rio de Janeiro contra a repressão e a censura. A marcha ficou conhecida como a Passeata do Cem Mil.

Um dos momentos mais tensos aconteceu no dia 12 de outubro daquele ano. Na cidade de Ibiúna, interior paulista, a polícia invadiu o 30º congresso da UNE e prendeu cerca de 800 pessoas. "A UNE estava proibida de atuar desde abril de 1964".

Também foi o ano dos festivais da canção, do manifesto da Tropicália de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto e Gal Costa. Ano da explosão das cores e da estética nacional. No meio das convulsões políticas e culturais, a bela brasileira Martha Vasconcellos é eleita Miss Universo.

O ano mágico de 1968

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Manifestos por meio das musicas de:

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Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.

Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.

O Milagre Econômico

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As medidas do governo militar, visando à auto-suficiência econômica, esbarraram na alta crise do petróleo, em 1973, de dimensões mundiais. Mesmo assim, o presidente Ernesto Geisel (1974 a 1979) manteve seus projetos de desenvolvimento, elevando a dívida externa a patamares altíssimos. O governo de João Figueiredo, último presidente militar, iniciou um processo de recessão econômica que atingiu duramente o país, em especial os assalariados.

A Crise do Petróleo de 1973

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O primeiro deles ocorreu em 1956 quando o presidente do Egito nacionalizou o Canal de Suez que era de propriedade de uma empresa Anglo-Francesa. A medida fez com que o abastecimento de produtos nos países ocidentais fosse interrompido, o que causou aumento no preço do recurso natural.

O segundo momento foi o relatado acima, de 1973, como via de protesto ao apoio que os Estados Unidos davam a Israel durante a Guerra do Yom Kipur. No qual os países membros da OPEP supervalorizaram o preço do petróleo.

O terceiro ocorreu durante a crise política no Irã que desorganizou o setor de produção no país. Logo em seguida à Revolução do Irã, travou-se uma guerra entre o mesmo país e o Iraque que reduziram a produção de petróleo e causaram o aumento do preço do produto no mundo, já que os dois eram os maiores produtores e a oferta do petróleo ficou reduzida no mercado mundial.

Em 1991 teve início a Guerra do Golfo que gerou um novo momento de crise. O Iraque foi invadido pelo Kuwait, os Estados Unidos intervieram no conflito e expulsaram os iraquianos do Kuwait, que antes de sair incendiaram poços de petróleo de tal país causando uma crise econômica e ecológica.

O quinto momento de crise é muito recente, em 2008 movimentos especulativos de escala global fizeram com que o preço do produto subisse 100% entre os seis primeiros meses do ano.

São identificados cinco momentos na história mundial de crise do petróleo.

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João Figueiredo

A Abertura Política e a Anistia

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João Figueiredo ficou famoso pela sua frase, ao ser questionado sobre a abertura política: "É pra abrir mesmo. Quem não quiser que abra, eu prendo e arrebento!"

Em 28 de agosto de 1979 é sancionada a lei 6683, que concede Anistia aos cassados pelo regime militar. A lei também concedia anistia aos membros do governo acusados de tortura.

No dia 22 de novembro de 1979 é aprovada a reforma política que restabelece o pluripartidarismo, com extinção do MDB e da ARENA. A medida foi vista por críticos como uma manobra do governo para dividir a oposição e impedir grandes vitórias de um MDB unido.

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No início do Regime Militar a inflação chega a 80% ao ano, o crescimento do Produto Nacional Bruto (PNB) é de apenas 1,6% ao ano e a taxa de investimentos é quase nula. A economia volta a crescer no governo Castello Branco. No final do governo Castello Branco a inflação baixa para 23% anuais. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%.Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estruturar. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Em 1979, apenas 4% da população economicamente ativa do Rio de Janeiro e São Paulo ganha acima de dez salários mínimos. A maioria, 40%, recebe até três salários mínimos. Além disso, o valor real do salário mínimo cai drasticamente. Em 1959, um trabalhador que ganhasse salário mínimo precisava trabalhar 65 horas para comprar os alimentos necessários à sua família. No final da década de 70 o número de horas necessárias passa para 153. No campo, a maior parte dos trabalhadores não recebe sequer o salário mínimo. A partir de 1973 o crescimento econômico começa a declinar. No final da década de 70 a inflação chega a 94,7% ao ano, em 1983, a inflação ultrapassa os 200% e a dívida externa supera os US$ 90 bilhões e 90% da receita das exportações é utilizada para o pagamento dos juros da dívida. O Brasil mergulha em nova recessão e sua principal conseqüência é o desemprego.

Indicadores sociais do Período