DISTRIBUIÇAO DA VEGETAÇAO

O ESTUDO DA DISTRIBUIÇAO DA VEGETAÇAO PODE

SER EFETUADO POR MEIO DE TRES APROXIMAÇOES, INCLUINDO DIFERENTES ESCALAS ESPACIAIS DO FENOMENO

PARA OS ESTUDOS DA VEGETAÇAO POTENCIAL ATUAL FORAM CONSIDERADAS 3 APROXIMAÇOES, RELACIONADAS A DIFERENTES NIVEIS DE DETALAHMENTO.

A PRIMEIRA APROXIMAÇAO, NIVEL DE DETALHAMENTO INFERIOR E ESCALA GLOBAL: AS GRANDES FAMÍLIAS DE BIOMAS CONTINENTAIS (O TRÍPTICO FLORESTA, FORMAÇÕES HERBÁCEAS E FORMAÇÕES ARBUSTIVAS)

SEGUNDA APROXIMAÇAO: ESCALA GLOBAL E NIVEL DE DETALHAMENTO SUPERIOR: OS BIOMAS

TERCEIRO NIVEL DE DETALHAMENTO: ESCALAS REGIONAL E LOCAL: ECORREGIOES

AS GRANDES FAMÍLIAS DE BIOMAS CONTINENTAIS

AS “UNIDADES DE VEGETAÇÃO” QUE CONSTITUEM OS QUADROS NOS QUAIS SE DESENVOLVE A VIDA DAS POPULAÇÕES DE ANIMAIS SE ESTENDEM, SEGUNDO O SENSO COMUM, DE VÁRIOS MILHÕES DE KM² A ALGUNS DC². O CONHECIMENTO DESTAS UNIDADES ELEMENTARES É INDISPENSÁVEL À COMPREENSÃO DA LÓGICA DA BIOSFERA.

BIOMAS: TERMO CRIADO PARA DESIGNAR GRANDES COMPLEXOS VEGETAIS CHAMADOS FORMAÇÕES, ÀS QUAIS ESTÃO ASSOCIADAS AS POPULAÇÕES ANIMAIS.

A NOÇÃO DE FORMAÇÃO VEGETAL

O CONCEITO DE FORMAÇÃO SURGIU DO RECONHECIMENTO INTUITIVO DA DIVERSIDADE DE COBERTURA VEGETAL DO PLANETA, DEFINIDA POR SUA FISIONOMIA.

EMBORA OS DADOS BIOLÓGICOS NÃO FOSSEM IGNORADOS, SOMENTE NO FIM DO SÉCULO XIX, AS RELAÇÕES DE CAUSA E EFEITO, ENTRE OS ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO DA PAISAGEM E AS CONDIÇÕES DO MEIO, FORAM UTILIZADOS NA PESQUISA, ESPECIALMENTE NOS TRABALHOS DE SCHIMPfER. ATUALMENTE, O ESTUDO DAS FORMAÇÕES NÃO É FEITO SOMENTE COM BASE NOS CRITÉRIOS VISUAIS ELEMENTARES.

OS CRITÉRIOS CLÁSSICOS DE

RECONHECIMENTO DAS FORMAÇÕES

AS GRANDES UNIDADES DE PAISAGEM FORAM

DEFINIDAS COM BASE NA OBSERVAÇÃO.

O PREDOMÍNIO DA MORFOLOGIA – A OBSERVAÇÃO NÃO EXIGE NENHUMA BAGAGEM CIENTIFICA, CONSTITUINDO UMA PERSPECTIVA EM BASE NO RESUMO DAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS VEGETAIS: ARVORES, ARBUSTOS, ERVAS. A PREDOMINÂNCIA DE UM DELES DETERMINA A ESPESSURA DA COBERTURA VEGETAL

A ESTRATIFICAÇAO –

A primeira estimativa do volume de vegetação, é freqüentemente identificada pelo reconhecimento da estratificação. Este é o caso das formações florestais, embora o numero de estratos constitua um problema de difícil resolução. A identificação dos diversos estratos, é feita por meio da indicação das taxas respectivas de cobertura. A estratificação do aparelho subterrâneo das plantas é geralmente ignorada.

O grau de continuidade – OUTRO CRITÉRIO USUAL RESIDE NA APRECIAÇÃO DO

GRAU DE CONTINUIDADE DA COBERTURA FORMADA PELA SILHUETA BIOLÓGICA DOMINANTE, CONDUZINDO À DISTINÇÃO CLÁSSICA ENTRE FORMAÇÕES ABERTAS E FORMAÇÕES FECHADAS, O QUE CONSTITUI UMA SIMPLIFICAÇÃO EXAGERADA

DA REALIDADE.

Os aspectos sazonais da vegetação – a NOÇÃO DE ASPECTO SAZONAL DA VEGETAÇÃO OPÕEM DOIS TIPOS DE FORMAÇÕES:

-AQUELA QUE CONSERVAM PRATICAMENTE O MESMO ASPECTO O ANO TODO, É O CASO DAS ÁREAS EM QUE PREDOMINAM AS FLORESTAS SEMPREVIVAS.

-OUTRAS APRESENTAM UM ASPECTO SAZONAL; A ALTERNÂNCIA DE UMA FENOFASE DE DENUDAÇÃO CARACTERIZA A FLORESTA CADUCIFÓLIA E AS FORMAÇÕES ARBUSTIVAS; SEGUNDO A ESTAÇÃO DE REPOUSO, OS AGRUPAMENTOS HERBÁCEOS PODEM SER REDUZIDOS A TUFOS DE GRAMÍNEAS, A ROSETAS DE FOLHAS COLADAS AO SOLO, OU AINDA À NECROMASSA PRESA AO TALO/CAULE/RAMOS. UM CASO LIMITE É REPRESENTADO PELAS FORMAÇÕES DESÉRTICAS QUE TEM UMA EXISTÊNCIA EFÊMERA, CUJO DESAPARECIMENTO DEIXA O SOLO NU.

ESTE ASPECTO SAZONAL, EXPRESSÃO DIRETA DA BIOLOGIA DAS FORMAÇÕES, MOSTRA QUE OS FATORES ECOLÓGICOS NÃO SÃO OS ÚNICOS EM PAUTA, ATUAM TAMBÉM AS CONDIÇÕES ENDÓGENAS DO CRESCIMENTO DOS VEGETAIS E AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO.

SAVANA

SAVANA

APROFUNDAMENTO DA NOÇÃO DE

FORMAÇÃO

A NOÇÃO DE FORMAÇÃO FOI ENRIQUECIDA A PARTIR DE UM MELHOR CONHECIMENTO DA MORFOLOGIA DOS VEGETAIS. A PASSAGEM DE UMA NOÇÃO INTUITIVA PARA UM CONCEITO CIENTIFICO PODE SER RELACIONADA A DUAS GRANDES ORIENTAÇÕES DE PESQUISA, QUE ESTÃO RELACIONADAS A CLASSIFICAÇÕES QUE COINCIDEM PARCIALMENTE.

1 - PRIMEIRA APROXIMAÇÃO

AS GRANDES FAMÍLIAS DE BIOMAS CONTINENTAIS

SEGUNDO BRAQUE, MAIS DO QUE PROCURAR

AFIRMAR ESTE OU AQUELE SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO, OU A COMBINAÇÃO DE VÁRIOS, É OPORTUNO DESTACAR QUE O PRESENTE ESTADO DA COBERTURA VEGETAL, MODIFICADA PELA AÇÃO ANTRÓPICA, NEM SEMPRE É FÁCIL DE DISTINGUIR, LEVANDO AO ESTABELECIMENTO DE TRÊS TIPOS DE GRANDES UNIDADES DE VEGETAÇÃO

-UMA PARTE DOS AGRUPAMENTOS RESPONDE AOS CRITÉRIOS DE HOMOGENEIDADE FISIONÔMICA, EM BASE NA EXISTÊNCIA DE ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO (Raunkiaer)E/OU FORMA BIOLÓGICA DE SOBREVIVÊNCIA NO PERÍODO CRÍTICO (FLORESTAS E FORMAÇÕES HERBÁCEAS PURAS).

-OUTROS TIPOS DE VEGETAÇÃO, COMO: A TUNDRA E NUMEROSAS SAVANAS, SÃO MOSAICOS MAIS OU MENOS EXTENSOS, EM QUE O CARÁTER REPETITIVO DAS COMBINAÇÕES DE ELEMENTOS, RESULTA EM UMA UNIDADE FISIONÔMICA GLOBAL.

-ALGUNS ELEMENTOS DA PAISAGEM SÃO ECÒTONOS, ONDE AS FORMAÇÕES ADJACENTES SE INTERPENETRAM, SE FUNDEM, OU FORMANDO MOSAICOS RESULTANTES DE GRADIENTES DE COMPOSIÇÃO FLORÍSTICAS (TUNDRA “BOSCOSA”, “ESTEPE ARBORIZADA”) .

O TRÍPTICO FLORESTA, FORMAÇÕES HERBÁCEAS E FORMAÇÕES

ARBUSTIVAS

DOS CERCA DE 149 MILHÕES DE KM² DOS CONTINENTES , 28% NÃO SÃO CONSTITUÍDOS POR VEGETAÇÃO NATURAL (GELEIRAS, LAGOS, RIOS). O RESTANTE SE REPARTE ENTRE AS FORMAÇÕES FISIONÔMICAS HOMOGÊNEAS(2/5), AS GRANDES UNIDADES MOSAICO ( + ¼), E OS ECÓTONOS (5%). A ATRIBUIÇÃO DE UMA PAISAGEM A UMA OU OUTRA CATEGORIA (UNIDADE DE VEGETAÇÃO) NÃO SEMPRE É CONSENSUAL.

A. FLORESTAS

A FLORESTA SE ESTENDE POR CERCA DE 1/3 DOS

CONTINENTES (40 – 50 MILHÕES DE KM²) DOS QUAIS : 1/3 DE FLORESTAS BOREAIS, ¼ DE FLORESTAS TEMPERADAS, 2/5 PARA AS REGIÕES TROPICAIS. OS ECÓTONOS E AS FORMAÇÕES VEGETAIS DEGRADADAS SOMAM MAIS 5 A 8 MILHÕES DE KM².

AS ÁRVORES, EM FUNÇÃO DO CRESCIMENTO ANUAL DOS RAMOS E TRONCOS, CAPITALIZAM MUITO MAIS BIOMASSA QUE AS OUTRAS FORMAÇÕES LENHOSAS E QUE AGRUPAMENTOS HERBÁCEOS PERENES. A FITOMASSA FLORESTAL ESTÁ AVALIADA ENTRE 75% E 90% DA BIOMASSA TOTAL DOS CONTINENTES.

OS MEIOS FLORESTAIS SÃO AFETADOS POR UMA SERIE DE GRADIENTES, SEGUNDO A LATITUDE E ALTITUDE. O GRADIENTE DE RIQUEZA FLORÍSTICA DIMINUI CONFORME AUMENTA A LATITUDE E DIMINUI A ALTITUDE. AS ÁREAS COM MAIOR DIVERSIDADE DE ESPÉCIES ESTÃO NAS ÁREAS ELEVADAS DAS BAIXAS LATITUDES. ENTRETANTO A POBREZA RELATIVA DE DIVERSIDADE NAS FLORESTAS TEMPERADAS REPRESENTA UMA ANOMALIA, HERANÇA DO QUATERNÁRIO E DA INTERVENÇÃO HUMANA QUE FAVORECEU CERTAS ÁRVORES.

A FITOCENOSE FLORESTAL, CORRESPONDE UMA ZOOCENOSE, CUJA POPULAÇÃO DE SUPERFÍCIE É MENOS IMPORTANTE. A ZOOCENOSE É CONSTITUÍDA DE INDIVÍDUOS VIVENDO EM GRUPO OU ISOLADOS. OS ANIMAIS DE GRANDE PORTE SÃO POUCO NUMEROSOS (ELEFANTES NAS REGIÕES TROPICAIS, CERVOS NAS REGIÕES TEMPERADAS E ÉLANS NAS REGIÕES BOREAIS). OS PEQUENOS MAMÍFEROS ESTÃO MELHOR REPRESENTADOS, ENQUANTO OS LAGARTOS E AS SERPENTES ESTÃO MAIS UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDOS NAS REGIÕES TROPICAIS, ONDE A INSOLAÇÃO NECESSÁRIA AO SEU EQUILÍBRIO TÉRMICO É ENCONTRADA NAS BORDAS DAS CLAREIRAS.

OS INSETOS E AS AVES FORMAM O ESSENCIAL DA POPULAÇÃO AÉREA E ARBÓREA. A NIDIFICAÇÃO DOS PÁSSAROS FRUGÍVEROS, INSETÍVEROS, CARNÍVOROS OCORRE DE ACORDO COM OS DIVERSOS NÍVEIS DE CONCENTRAÇÃO DE FOLHAGEM. O SOLO ABRIGA UMA FAUNA DE ROEDORES E UMA PEDOFAUNA FORMADA POR ARTRÓPODES, ANELÍDEOS E ROTÍFEROS.

ENTRETANTO A ESTRATIFICAÇÃO DO MUNDO ANIMAL DA FLORESTA NÃO É ESTÁTICA, ELA COMPORTA UMA VARIAÇÃO RÍTMICA, SAZONAL E DIURNA, CONFORME O COMPORTAMENTO DAS ESPÉCIES.

taiga

B FORMAÇÕES HERBÁCEAS E OUTROS AGRUPAMENTOS HERBÁCEOS

A EXPRESSÃO FORMAÇÃO HERBÁCEA EVOCA UMA

EXTENSÃO DOMINADA PELAS ESPÉCIES GRAMINÓIDES, GRAMÍNEAS, PROPRIAMENTE DITAS, E CIPERÁCEAS, CUJO ASPECTO OCORRE MAIS OU MENOS NITIDAMENTE EM FUNÇÃO DA PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE OUTRAS FORMAS BIOLOGICAS (ÁRVORES ,ARBUSTOS E SUBARBUSTOS), NAS PAISAGENS DA SAVANA, ESTEPES, NAS PRADARIAS, QUE SE DISTRIBUEM DESDE AS BAIXAS LATITUDES TROPICAIS ATÉ A TUNDRA.

AS FORMAÇÕES DE GRAMÍNEAS, FECHADAS OU ABERTAS, OCUPAM MAIS DO QUE 15 MILHÕES DE KM², DOS QUAIS 1/3 DE SAVANAS HERBÁCEAS. A ÁREA OCUPADA PELA SAVANA CORRESPONDE A 1/10 DA SUPERFÍCIE DOS CONTINENTES E 15% DAS COBERTURAS VEGETAIS NATURAIS, SUA FITOMASSA NÃO PASSA DE 3 A 4% DO TOTAL MUNDIAL.

A ESTES DADOS SÃO SOMADOS 3 A 4 MILHÕES DE KM² DE OUTROS TIPOS DE FORMAÇÕES HERBÁCEAS (BANHADOS, UMA PARTE DAS TURFEIRAS, AGRUPAMENTOS HALÓFITOS E AGRUPAMENTOS TERÓFITOS/SEMENTES).

ENTRETANTO, EM ALGUNS CASOS, A ATIVIDADE HUMANA PROPICIOU A EXPANSÃO DAS ÁREAS COBERTAS POR PELAS FORMAÇÕES HERBÁCEAS. NO SÉCULO VIII AS FLORESTAS DE BÉTULAS OCUPAVAM VASTAS ÁREAS NAS PARTES MAIS BAIXAS DA ISLANDIA, ATÉ QUE UM MILÊNIO DE MÁ GESTÃO RESULTOU NA DERRUBADA DA FLORESTA PARA DAR LUGAR A CRIAÇÃO DE CARNEIROS, RESULTANDO NUMA PRADARIA COMPARÁVEL ÀQUELA DA EUROPA CENTRAL. GRANDE PARTE DAS SAVANAS ENCONTRADAS NAS ÁREA DOS TRÓPICOS ÚMIDOS SÃO EM PARTE DE ORIGEM ANTRÓPICA.

A ANÁLISE ESTRUTURAL DAS FORMAÇÕES HERBÁCEAS É DE REALIZAÇÃO MAIS DIFÍCIL DO QUE PARA A FLORESTA. OS TIPOS DE VEGETAÇÃO SÃO NUMEROSOS E ALGUNS FORAM DIFERENCIADOS PELA EXPERIÊNCIA DOS CAMPONESES.

EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DO MEIO, AS FORMAÇÕES CONSTITUIDAS POR GRAMÍNEAS PERMANECEM SEMPRE VERDES E FORMAM UMA COBERTURA DE NECROMASSA. A FITOMASSA VISÍVEL COMPREENDE UMA PARTE RELATIVAMENTE LIMITADA DA FITOMASA TOTAL.

UMA PRADARIA DA NORMANDIA, PRODUZ ANUALMENTE 9 T/HA. DE ERVAS, DOS QUAIS O ESTRATO AÉREO REPRESENTA EM MÉDIA 3T/HA./ANO, ENQUANTO A FITOMASSA SUBTERRÂNEA (RAÍZES, RIZOMAS, BULBOS, ETC...), PRODUZ 5-6T/HA./ANO. NAS ESTEPES DE STIPAS E ARTEMÍSIA DA RÚSSIA, A FITOMASSA SUBTERRÂNEA REPRESENTA ENTRE 6 E 15 VEZES A FITOMASSA TOTAL SEGUNDO A QUANTIDADE DE UMIDADE DISPONÍVEL.

SEGUNDO AS REGIÕES, A COMPOSIÇÃO DA FAUNA DAS FORMAÇÕES HERBÁCEAS MUDA. AOS GRANDES MAMÍFEROS SE SOMAM OS ROEDORES E UMA COMUNIDADE DE INSETOS FITÓFAGOS E TODA A SORTE DE SEUS PREDADORES. O CONSUMO DOS HERBÍVOROS REDUZ SENSIVELMENTE A MASSA DOS ORGANISMOS AÉREOS E A QUANTIDADE DE MATÉRIA QUE RETORNA AO SOLO, ENTRETANTO OS EXCREMENTOS, CUJA DECOMPOSIÇÃO É RÁPIDA, ACELERAM, EM PARTE, A PRODUÇÃO DOS ELEMENTOS MINERAIS.

NA MAIOR PARTE DOS CASOS O ESPAÇO DESTINADO À FAUNA SILVESTRE FOI REDUZIDA EM PROVEITO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS. A INTENSIDADE DO PASTOREIO RESULTOU NA ARTIFICIALIZAÇÃO DAS FORMAÇÕES HERBÁCEAS: ELA MODIFICA A COMPOSIÇÃO DA FLORA. O EQUILÍBRIO QUANTITATIVO ENTRE AS ESPÉCIES TAMBÉM É AFETADO PELA CEIFA. O PASTOREIO REPETIDO DOS ÓRGÃOS SUPERIORES DAS PLANTAS, OBRIGA AS PLANTAS RECONSTITUIR RAMOS E FOLHAS, DEIXANDO MENOS SUBSTÂNCIAS DISPONÍVEIS PARA OS APARELHOS SUBTERRÂNEOS, DIMINUINDO A FITOMASSA SUBTERRÂNEA.

C FORMAÇÕES ARBUSTIVAS FORMAÇÕES ARBUSTIVAS, SEGUNDO RIZZINI

(1976), CONSTITUI UMA CATEGORIA DE FORMA BIOLÓGICA (ARVORES, ARBUSTOS, ERVAS, ETC...) ADQUIRIDA PELOS VEGETAIS EM FUNÇÃO DA RELAÇÃO GENÓTIPO-FENÓTIPO, OU SEJA, O RESULTADO DA AÇÃO DA HERANÇA GENÉTICA E DO AMBIENTE, GERANDO FORMAS NÃO HEREDITÁRIAS. FORMAÇÕES ARBUSTIVAS SÃO FREQÜENTEMENTE CONSIDERADAS COMO SIMPLES FÁCIES-LIMITES DA FLORESTA OU DA ESTEPE. GERALMENTE ESTAS FORMAÇÕES NÃO COBREM ÁREAS MUITO EXTENSAS, MAS INTEGRAM MOSAICOS, OU OCORREM DE FORMA LINEAR. EM FUNÇÃO DESTA CARACTERÍSTICA, É DIFÍCIL PRECISAR SUA EXTENSÃO NA ESCALA PLANETÁRIA, CALCULA-SE QUE 15% A 20% DA SUPERFÍCIE DOS CONTINENTES ESTEJAM COBERTAS POR ESTES TIPOS DE FORMAÇÃO.

A DESIGNAÇÃO DE FORMAÇÕES ARBUSTIVAS REÚNE PAISAGENS BASTANTE DIFERENTES, TORNANDO ESTES TERMOS POUCO PRECISOS. ESTAS FORMAÇÕES SÃO CONSTITUÍDAS EM GRANDE PARTE POR VEGETAIS CLASSIFICADOS COMO NANOFANERÓFITOS (ÁRVORES MAL DESENVOLVIDAS E ARBUSTOS) E CAMÉFITAS (ARBUSTOS E SUBARBUSTOS). O DESENVOLVIMENTO DOS EIXOS LENHOSOS É DESIGUAL, E A ALTURA DOS AGRUPAMENTOS VAI DE ALGUNS DECÍMETROS A VÁRIOS METROS.

O APARELHO ASSIMILADOR APRESENTA ASPECTOS RELACIONADOS A MALACOFILIA (MATERIAL MOLE), A ESCLEROFILIA (MATERIAL DURO), AFILIA(), A ÉRICOFILIA (FOLHAS PARECIDAS AS DA URZE/CHARNECA), E A ESPINESCÊNCIA.

CERTOS AGRUPAMENTOS SÃO CARACTERIZADOS PELA FREQÜÊNCIA, OU MESMO PELA DOMINÂNCIA DA MORFOLOGIA GROSSEIRA (PRESENTE NAS CACTÁCEAS, NAS EUFORBIÁCEAS, NAS DIDERÁCEAS, E NAS CHENOPODIÁCÉES).

AS GRANDES UNIDADES ARBUSTIVAS

FORMAÇÕES XEROMÓRFICAS DAS REGIÕES ÁRIDAS E SEMI-ÁRIDAS

FORMAÇÕES ESCLEROMÓRFICAS DAS ÁREAS DE CLIMA MEDITERRÂNEO

Segunda aproximação: escala global: biomas

BIOMAS SÃO AS GRANDES FORMAÇÕES VEGETAIS ENCONTRADAS NOS DIFERENTES CONTINENTES E DEVIDAS PRINCIPALMENTE AOS FATORES CLIMÁTICOS (TEMPERATURA E UMIDADE) RELACIONADOS À LATITUDE.

AS VARIAÇÕES DA VEGETAÇÃO ENCONTRADAS DENTRO DO MESMO BIOMA, DEVIDAS PRINCIPALMENTE AO SOLO, TOPOGRAFIA, DISPONIBILIDADE DE ÁGUA E AÇÃO HUMANA RECEBEM O NOME DE BIÓTOPOS.

Bioma Precipitação e

umidade

Temperatura Vegetação Solo Diversidade

Tundra umidade e chuva

moderadas

frio perpétuo

verão muito curto

herbáceas líquens

musgos

solo

congelado na

maior parte

do ano

baixíssima

Florestas

Boreais

umidade e chuva

moderadas

inverno muito frio

e verão frio

árvores

perenifólias,

arbustos

solo raso,

pedregoso

muito baixa

Florestas

Temperadas

chuva homogênea e

moderada

estações quente

e fria

árvores caducifólias fértil moderada

Campos de

Gramíneas

estação seca longa inverno frio e

verão moderado

principalmente

gramíneas

moderado a

fértil

baixa

Florestas

Tropicais

muita chuva, umidade

alta, pouca

sazonalidade

quente o ano

todo

árvores perenes,

arbustos, cipós,

epífitas

pobre a

Moderadame

nte fértil

altíssima

Savanas

Tropicais

estações seca e

úmida bem marcadas

alta a moderada gramíneas, árvores

baixas e arbustos

pobre a

Moderadame

nte fértil

alta

Desertos pouca umidade e

chuva

grande variação

diária

arbustos, cactos pobre a fértil baixa a

moderada

Bioma Precipitação

(mm)

Temperatura (oC) Produção

Primária (Líq.) 105

g C

Biomassa t/ha

Tundra 10 a 1.000 -15 a -5 0,4 a 0,6 6

Taiga (Flor. Boreais) 10 a 1.700 -5 a 3 1,1 a 2,9 200

Florestas Temperadas 300 a 3.000 3 a 18 2,2 a 3,3 300

Campos de Gramíneas 30 a 1.000 -5 a 18 1,0 a 1,2 -

Florestas Tropicais 1.000 a >5.000 18 a 30 18,0 450 t/ha

Savanas Tropicais 500 a >1.000 15 a 30 5,3 370

Desertos 0 a 300 -5 a 30 0,6 7

CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS, PRODUÇÃO PRIMÁRIA E

BIOMASSA DOS PRINCIPAIS BIOMAS

Diagrama dos

biomas

WHITTAKER

ZONOBIOMAS (WALTER)

ZONOBIOMAS DA AMERICA

DO SUL

ZONOBIOMAS DA

AMERICA DO

NORTE

BIOMA MATA

ATLANTICA:

TIPOS DE

VEGETAÇAO

TERCEIRA APROXIMAÇAO: ECORREGIOES (869)

AS ECORREGIÕES SÃO DEFINIDAS COMO: ÁREAS CONTINENTAIS OU AQUÁTICAS RELATIVAMENTE EXTENSAS, CARACTERIZADAS PELAS ESPÉCIES, COMUNIDADES, DINÂMICA E CONDIÇÕES AMBIENTAIS.

O FOCO DAS ECORREGIÕES É A BIODIVERSIDADE, ESTIMULANDO CONSERVACIONISTAS E SEUS PARCEIROS PENSAREM, PLANEJAREM E AGIREM EM FUNÇÃO DE UNIDADES ECOLÓGICAS ÚNICAS , INDEPENDENTE DAS FRONTEIRAS POLÍTICAS

O ESTABELECIMENTO DAS ECOREGIÕES TEM COMO OBJETIVO GUIAR O DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO A LONGO PRAZO (50-100 ANOS)

AS ECORREGIÕES CONSTITUEM UM DETALHAMENTO DO GLOBAL 200, QUE RESULTOU DA CLASSIFICAÇÃO DE UDVARDY (REINOS BIOGEOGRÁFICOS SUBDIVIDIDOS EM 203 PROVÍNCIAS BIOGEOGRÁFICAS ).

WWF ECORREGIOES

ECORREGIOES DO BRASIL (WWF)