dissipação de engergia hidráulica

70
ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO P AULO ,. DISSIPAÇÃO DE ENERGIA NA ENGENHARIA HIDRÁULICA RESUMO DE AULA PHD -727 Prot Dr. KlKUO TAMADA São Paulo 1991/1994

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Page 1: Dissipação de Engergia Hidráulica

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO P AULO,.

DISSIPAÇÃO DE ENERGIA NA ENGENHARIA HIDRÁULICA

RESUMO DE AULA

PHD -727

Prot Dr. KlKUO TAMADA

São Paulo

1991/1994

Page 2: Dissipação de Engergia Hidráulica
Page 3: Dissipação de Engergia Hidráulica

Sendo: P a pressão hidrostática e

M, quantidade de movimento

P2 -PI = MI -M2 =y 9- (VI -V2)

9e

para um canal retangular de largura unitária

e

ilH = ~

4 Yl Y2

e a eficiência da dissipação é dada por

ÂH

Hl

11 =

Alturas conjugadas Yl e Y 2.

Parte-se da equação da variação da quantidade de movimento, supondo-se um

ressalto formado em um trecho horizontal do canal de seção retangular

2 2Q2 b Y2 Q2 Yl

+-=+b-9 b Y2 2 9 b Yl 2

)

Page 4: Dissipação de Engergia Hidráulica

~ = ~ (~ -I)

Yl 2

2

F; =2

9 Yl

Tipos de Ressalto hidráulico em função do número de Froude.

TRANSP. DIS-l

. Relações que podem ocorrer entre a altura do ressalto ( curva do ressalto) e a

profundidade do escoamento

TRANSP. DIS-2 e DIS-3

Comprimento do ressalto.

TRAN8P. D 18-4

MEHROTRA S.C. apresentou no seu trabalho intitulado "Lenght of Hydraulic

Jump" -1976 um gráfico onde considera comprimento do "rolo" e o comprimento

desde o início até onde desaparecem os turbilhões, em função de F1.

TRANSP. DIS.5

3

Page 5: Dissipação de Engergia Hidráulica

Velocidade de entrada no dissipador (V J -cálculo de Yl (altura conjugada de.

montante)

JATO LIVRE

JATO AFOGADO

TRANSP. DIS.6 e DIS.7

DIMENSIONAMENTO

PRINCIPAL BIBLIOGRAFIA. PETERKA

BACIA TIPO I (USBR)

Bacia livre sem blocos

TRANSP. DIS.8

Apesar de não constar o "END SILL", a sua colocação é desejável, cuja função é

proteger o pé da estrutura, junto à saída.

-Calcula-se V I

-Calcula-se Yl

-Calcula-se Fl

-Calcula-se Y2

-Deve-se comparar Y2 com TW onde

TW ...é a lâmina d'água existente, para a vazão de projeto, na zona de

restituição.

-Comprimento da bacia

TRANSP. DIS-9, DIS-1O, DIS-11

4

Page 6: Dissipação de Engergia Hidráulica

Para baixo número de Froude F1, o comprimento resulta compatível, razoável.

Entretanto para F 1 elevado, o comprimento resulta proibitivo, economicamente.

O gráfico apresentado na DIS-ll pode ser utilizado satisfatoriamente para baixo

F1°

Pode-se estimar a eficiência da bacia Tipo I da USBR pelos gráficos:

TRANSP. DIS-12 e DIS-13

3.2.2. BACIA TIPO II (USBR)

Bacia com Chute Blocks e End-Sill

TRANSP. DIS-8

A função de chute blocks é a de abrir o jato e o end-sill, neste caso, tem a função,

também de dissipador .

A sequência de cálculo é a mesma do item 3.2.1.

o comprimento da bacia, o PETERKA sugere utilizar a curva do "meio" do

gráfico abaixo.

TRANSP. DIS-14 = DIS-1O

Nota-se que esta curva, somente é válida para Fl > 4.

3.2.3. BACIA TIPO III (USBR)

Bacia Com chute Blocks, Baffle-Piers e End Sill.

5

Page 7: Dissipação de Engergia Hidráulica

Os Baffle Piers são blocos maciços cuja função é receber frontalmente os jatos em

alta velocidade criando uma intensa turbulência. São blocos que provocam grande

melhoria na eficiência da bacia.

o end-sill, neste caso é contínuo, tendo como função principal, proteger o pé da

estrutura das possíveis erosões.

TRANSP. DIS-15

A inserção de blocos de dissipação de um modo geral traz uma melhoria

significativa na eficiência do dissipador, porém deve-se lembrar que poderá haver

possibilidade de ocorrer condições de cavitação. Portanto, sempre que forem

utilizados blocos para casos em que superar limites sugeridos nos manuais

técnicos, deve-se tomar cuidados especiais. O dissipador de energia da barragem

de Xavantes é Tipo III da USBR. Tem queda da ordem de 80 m e já suportou

uma vazão próxima da de projeto. A inspeção mostrou que não houve,

propriamente, cavitação. Tudo indica que, a existência de uma calha longa

permitiu uma boa aeração, evitando a ocorrência de cavitação. Entretanto, o

dissipador da Usina de Porto Colombia, com uma queda muito menor, foi

observada intensa cavitação na bacia, que será objeto de uma aula, mais adiante.

Para o dimensionamento de Baffle Piers e o End Sill poderá recorrer a um gráfico

sugerido pelo Peterka.

TRANSP. DIS-16

Uma das maneiras de se proteger da cavitação é utilizar blocos super cavitantes.

Dependendo da geometria poderá ocorrer queda da eficiência do dissipador .

TRANSP. DIS-17

6

Page 8: Dissipação de Engergia Hidráulica

Outra forma é introduzir ar no escoamento logo a montante da zona de elevada

depressão. Quando o processo de cavitação não é muito intenso, a utilização de

blindagem, proteção com concretos especiais, normalmente soluciona o problema.

Ainda dentro deste grupo, ou seja, bacia de dissipação horizontais com ressalto

hidráulico, devem ser introduzidos os tipos de bacias desenvolvidos pelo Instituto

Hidrotécnico UEDENEEV (UNIIG) como

3.2.4. GUNKO

TRANSP. DIS-18

LYAPIN

KUMIN TRANSP. DIS-19

o tipo GUNKO é uma estrutura compacta provida de um bloco contínuo, tendo

sua altura variável com o número de Froude F1. Pode ser utilizado em quedas até

40 m e vazões específicas inferiores a 80 m3/s.m.

o tipo L Y APIN é também uma estrutura compacta provida de uma fileira de

blocos de altura d, função do número de Froude, porém variando entre 1,5 Yl ~

d ~ 3,5 Yl.

É indicada em quedas até 20 m e vazões específicas inferiores a 80 m3 / s.m,

o tipo KUMIN, também é uma estrutura compacta com blocos, cuja geometria

faz com que, além de funcionar como dissipador de energia, opera também como

espalhador de jato. A sua geometria é um tanto complexa. É indicada em quedas

de 30 me vazões específicas até 100 m3/s.m.

7

Page 9: Dissipação de Engergia Hidráulica

Cada uma das bacias estudadas até aqui, apresenta a máxima eficiência para

diferentes valores de FI° Para Fl = 9,8 a classificação foi à apresentada na tabela

da transparência DIS -19

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DISSIPADORES POR RESSALTO HIDRÁULICO

Estudo feito pelo Eng. Jayme Pinto Ortiz (Mestrado)

Nesse estudo, utilizou-se o "parâmetro de turbulência"

f!!!!.u

onde

li: ..componente de flutuação de velocidade

..componente de velocidade média temporalli

desvio padrão de velocidade

TRANSP. DIS-20

TRANSP. DIS-21

TRANSP. DIS-22

Estes gráficos mostram que a eficiência de cada uma delas, é também, em

pequena parcela, função do número de Froude F1. Portanto, na escolha, além do

fator econômico, deve-se atentar para esses detalhes. Cabe observar porém que

a bacia tipo III da USBR é a que apresenta melhor eficiência porém com alguns

inconvenientes como, para velocidades superiores a 20 m/s, possibilidade de

8

Page 10: Dissipação de Engergia Hidráulica

ocorrer cavitação. A bacia tipo GUNKO, pela geometria do "Sill" (soleira) resulta

uma sobre elevação maior, que também apresenta bom resultado (eficiência).

Observação:

a) As variáveis que intervêm no dimensionamento, acompanham as respectivas

h)

figuras.

É importante lembrar que, nos casos onde o número de Froude Fl é abaixo

de 4, a eficiência de um dissipador cai muito. Portanto, neste caso também

é necessário uma escolha criteriosa do tipo de dissipador .

LEMOS (Bibliografia)c)

4. DISSIPADOR EM CONCHA -"ROLLER-BUCKET"

INTRODUÇÃO4.1.

TRANSP. DIS-23

TRANSP. DIS-24

DISSIPAÇÃO DE ENERGIA POR "ROLLER-BUCKET"4.2.

através de grandes rolos. Sabe-se pois que se trata de um dissipador de baixa

eficiência, porém com a .vantagem de ser uma estrutura sempre compacta.

É indicado para os casos em que o "TW" é maior do que Y2 em, no mínimo 10%

e de preferência 20%, isto é TW a 1,2 Y2'

Entretanto, existe um limite a partir do qual a concha deixa de trabalhar.

formando-se uma corrente sem a formação do rolo.

TRANSP. DIS-25

9

Page 11: Dissipação de Engergia Hidráulica

Parâmetros básicos intervenientes

.q vazão específica

.ht altura total, desde o NAdo reservatório até o "invert" do roller bucket

...altura total desde o NA medido sobre o roller até o "invert"Yb

.Ys . ..altura total. desde a crista das ondas formadas pelo escoamento, a

jusante, até a cota do "invert"

.Y2 lâmina d'água a jusante do dissipador, também referida a cota do

"invert"

.Yl lâmina de água na altura do NA, na entrada do dissipador

.V I ...velocidade de água na altura do NA, na entrada do dissipador

R ...raio de curvatura da concha do "roller"

.a. ...ângulo de lançamento do "roller"

Fundamentalmente são dois (2) os tipos de Roller

.roller bucket liso

.roller bucket com estrias

Existem ainda variantes de "Roller", com algumas mudanças na geometria.

Por exemplo, partindo-se de um "roller" com ângulo de lançamento igual a a e

alterando-se sucessivamente para a', a" ..., resultam dissipadores de

comportamento hidráulico distinto, em função do grau de variação de a.

4.3. ROLLER BUCKET E SUAS VARIANTES

Em função da: -topografia local

-altura da queda

-lâmina de água a jusante (TW)

-qualidade da rocha, etc.

10

Page 12: Dissipação de Engergia Hidráulica

poderá se chegar a um projeto ótimo alternando-se o ângulo de lançamento.

Assim por exemplo, quando o número de Froude for baixo (Fl < 3), boa

qualidade de rocha e TW suficientemente elevado, pode-se utilizar o ângulo de

lançamento próximo de 100 ou ligeiramente maior, deverá resultar um dissipador

bom e economicamente satisfatório. Este dissipador é conhecido como rampa

contra inclinada ou ramDa ascendente.

A medida que o número de Froude for crescendo. é necessário aumentar também

o ângulo de lançamento, passando de rampa ascendente para "roller bucket",

4.4. DIMENSIONAMENTO

Primeira forma. H.D.C., segundo McPHERSON e KARR

São apresentados 2 gráficos

qo primeiro, em função de Y2 , h, e , permite calcular o valor de Yh'

altura de água sobre a concha.

TRANSP. DIS-26

qo segundo, em função de ht , y" e , permite calcular a sobrelevação

provocada na saída do jato da concha.

TRANSP. DIS-27

11

Page 13: Dissipação de Engergia Hidráulica
Page 14: Dissipação de Engergia Hidráulica

:. Ys = 22,2 m

Cálculo estimativo de raio de curvatura R

q .103 = 25,24para

~=3~6

R

7<R<

Segunda forma -segundo LENCASTRE

Dados:

.vazão específica q

.NA jusante

.cota do leito

Calcula-se:

-Vi

-Yl

-Fl

-Do gráfico de raio mínimo

TRANSP. DIS-29

obtém-se

Rde onde se calcula o raio mínimo.

v;+-Yl 2g

13

Page 15: Dissipação de Engergia Hidráulica

RTendo-se e Fl pode-se obter dos correspondentes gráficos:

VIR

2g

Yl +

.NA jusante igualou abaixo do qual o jato é lançado

.NA mínimo para a operação do roller

NA máximo para a operação do roller

Nota-se que os gráficos acima só se aplicam para os casos em que Fl > 3.

Em função da necessidade, foi feita extrapolação dos gráficos DIS-29 para Fl <

3 e os testes preliminares mostraram satisfatórios. I :I! i

Ângulo de Lançamento

Normalmente o ângulo de lançamento é escolhido durante ensaios em modelo

hidráulico, pois até hoje não existe nenhuma bibliografia que indique o melhor

ângulo em função de uma variável.

Sabe-se que esse ângulo pode variar desde 45° até 10° ou em casos muito

especiais, até 7°, Nesta faixa de variação, o roller poderá passar de um Roller

Bucket propriamente dito a rampa ascendente ou contra inclinada. Nota-se

portanto que a escolha desse ângulo é um processo extremamente delicado e

importante.

As transparências DIS-30, DIS-31, DIS-32 e DIS-33 mostram a distribuição de

velocidades a jusante de 3 tipos de dissipadores: bacia curta, roller bucket e rampa

ascendente.

1&

Page 16: Dissipação de Engergia Hidráulica

5. DISSIPADOR TIPO SALTO EM ESQUI

Trata-se de uma estrutura compacta e portanto bastante econômica, indicada para

os casos em que haja energia suficientemente elevada para garantir um bom

lançamento. Para que resulte uma boa dissipação é necessário que, na zona do

impacto do jato tenha uma lâmina d'água suficientemente grande para amortecer

o impacto do jato. Em não havendo essa lâmina d'água e caso o leito do rio seja

constituído de material não muito resistente, é regra prever uma pré-escavação

de uma fossa com o objetivo de melhorar a dissipação e orientar ( controlar) a

erosão. Quando adequadamente projetado, as erosões ocorrem a uma distância

suficientemente grande do pé da estrutura.

Entre os inconvenientes que podem trazer esse tipo de dissipador são citados:

,.formação de intenso "spray" que podem causar problemas casq esteja próxima

de uma rodovia ou mesmo subestação transformadora da usina.

.aparecimento de correntes de recirculação -um dos problemas maiores e mais

frequentes neste tipo de dissipador são as correntes de recirculação. São

correntes que nascem na zona de impacto do jato no espelho d'água, e

caminham de jusante para montante atingindo o pé do talude da barragem ou

pé das estruturas hidráulicas. Essas correntes ao atjngirem o pé da estrutura

tornam helicoidais ( correntes helicoidais ), de capacidade erosiva extremamente

elevada. Uma das maneiras de minimizar ou reduzir essas correntes é alterar

(aumentar) o ângulo de incidência do jato no espelho d'água, mudando-se o

ângulo de lançamento ou a cota de lançamento.

como consequência do aumento do ângulo de lançamento, resulta também

aumento na vazão de lançamento. Enquanto não ocorre o lançamento, a água

cai no pé da estrutura, provocando muitas vezes etosões nessa região.

15

Page 17: Dissipação de Engergia Hidráulica
Page 18: Dissipação de Engergia Hidráulica

TRANSP. DIS-34

Esse gráfico permite calcular a distância X, conhecidos Hye Y,

Para o cálculo do raio de curvatura R da concha poderá utilizar o mesmo método.

utilizado para o roller, substituindo h. por Hy,

, " "il, , , ,II' I I Iii I III, I "III

A mesma distância X, o Elevatorsky sugere calcular atravé~ da fórmula

x h-= 1 9 ( - ) sen 20

H' H

onde

x distância horizontal

H NA de montante até a cota de impacto do jato

h NA de montante até a cota do "invert"

Ângulo de lançamento0.

TRANSP. DIS-35

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS DISSIPADORES EM CONCHA

Em função do número de Froude F 1

-Para baixo F1, até 4, a rampa ascendente apresenta bons resultados.

-Para F u intermediários, o roller bucket é indicado

-Para F 1 elevados, salto de esqui

Evidentemente, em se tratando de obras de grande porte, as variáveis

intervenientes são inúmeras. Por exemplo, em um vale fechado o salto de esqui

17

Page 19: Dissipação de Engergia Hidráulica
Page 20: Dissipação de Engergia Hidráulica

o tipo de dissipador poderá ser escolhido dentro desse quadro e evidentemente,

levando-se em conta outras variáveis intervenientes.

6. MANOBRA DE COMPORTAS

! fli I i! , III illlll III! 'I III i I 1Iii I IIi! , I i i' III I.' , 11I11 Ii Ii i' IIi I! IIi 1111ill Ii' ! I 11I1 ! III 1Em regra o escoament.o simét.rico, apresent.a melhores condições hidráulicas. Na

dissipação de energia t.ambém não foge a regra. i j.t1..tL ~JltijYj

Portanto, sempre que possível, a operação deve se fazer d~ I~pla for~~ simétrica.

o escoamento assimétrico pode criar recirculaçõ~s, .l4Ue ldepiehdendq I ~aiintensidade da corrente pode arrastar blocos de ~~ch~ I para ~! f jnterior I ~~!

dissipador de energia.

Outro cuidado que deve ser tomado é com relação àl coHdbntração de energia

através da manobra de 10 a 20% das comportas existentes, com abertura total.

Como o NA de jtisante estará abaixo do requerido, certamente o ressalto deverá

fugir da estrutura, sem que haja dissipação de energia, em correntes de alta

velocidade.

CA VITAÇÃO E AERAÇÃO7.

Sempre que a velocidade de escoamento supera a casa dos 20 m/s, convêm ter

em mente a possível ocorrência de cavitação. Entretanto, caso h~ia possibilidade

de aerar naturalmente, como por exemplo, através do escoamento em longas

calhas, a cavitação dificilmente ocorrerá.

19

Page 21: Dissipação de Engergia Hidráulica

8. DISSIPADORES ESPECIAIS (NÃO CONVENCIONAIS)

a) Rampa com blocos de dissipação

As rampas com blocos de dissipação podem ser utilizados com sucesso nos

pequenos aproveitamentos e transposição de nível em canais. As multiplas

fileiras de blocos interceptam o escoamento, dissipando energia por impacto,

tendo portanto a função de manter a velocidade ao longo da rampa, até a cota

desejada com velocidade compatível com o tipo do leito. (Bibliografia

Hidráulica Geral de A. Lencastre ).

TRANSP. DIS.36

b) Bacias de dissipação por impacto

Trata-se de um dissipador onde a dissipação se faz por meio de impacto do

jato contra uma placa plana colocada perpendicularmente à direção de

escoamento e acima do plano do fundo, de modo a permitir a passagem da

água sob a placa. A entrada da água poderá ser feita de um conduto circular

ou retangular .

São estruturas compactas, particularmente vantajosas em estruturas de

drenagem e descargas de fundo.

Há algumas restrições como:

.Velocidade máxima de entrada: 9 m/ s

.Diâmetro máximo do conduto: 1,8 m,

e em função do diâmetro do conduto e do número de Froude, faz-se o

dimensionamento. A dimensão 1. é determinada através da expressão

20

Page 22: Dissipação de Engergia Hidráulica

QD = 3,0 F°'Ss

Nestas estruturas poderão introduzir blocos de dissipação para melhorar a

eficiência ou quando necessário, fazer uma proteção logo a jusante da

estrutura.

I; I I I i' IIII lU II 11 1.\ t}. 1111I11 ,R 111~j!1 "1 tt

TRANSP. DIS.36

ittrt. ~1..lfl 1!ct."lt{ ~1c) Canal em degraus e~ W ';! ft;':I " , I, ! ,'"i

Existe alguns métodos p'iifa o dimensionamento, d~1 jem degf~us.! , I l ! il. i

Método de Francisco J. Dominguez S. iíjii,~1i .11',J""lu'~,

, , IO método está apresentado no livro "HIDRAurlICA~' i da autoria do Prof.

Francisco J avier Dominguez.

Utiliza-se no dimensionamento 3 ábacos (gráficos)

Obs: Os gráficos poderão ser encontrados no livro acima mencionado ou no

trabalho da. autoria do EngQ AcAcIO EUI ITO "Projeto de degraus

e dissipadores de energia em canais",

Dimensionamento:

sendo h c .altura crítica

a. .altura do degrau

ho .altura d'água sobre o 1° degrau

a)

b)

d ..comprimento do degrau

hl .ho do degrau seguinte

calcula-se a profundidade h c (prof. crítica)

adota-se no 1° degrau ho = h c

a

h c

c) K=calcula-se a relação

21

Page 23: Dissipação de Engergia Hidráulica

ho

h"' Xo"

d) calcula-se a relação

h \

I

ho

do gráfico K=f hle)

( d]K=f- -d

h c

f) do gráfico

e assim sucessivamente, para os demais degraus.

TRANSP. DIS.37

d) Método de RAND (Queda livre)

Consiste na dissipação de energia em quedas isoladas e a dissipação ocorre

através de choque entre o jato, a massa d'água e o fundo do canal.

TRANSP. DIS-37

As variáveis intervenientes são:

q .vazão específica

h. altura da queda

Ld

h.

distância do pé da parede até o local do choque

altura de água acumulada a montante da zona do choque

hl .altura d'água imediatamente a jusante da zona de choque

hs .altura d'água a jusante necessária para a formação do ressalto hidráulico

22

Page 24: Dissipação de Engergia Hidráulica

o dimensionamento é feito através de um número denominado número de

D=L9 h3

queda "DROP NUMBER"

Portanto, calcula-se o número de quedas e

lU II w 1111"h

1

h

= 0,54 DO,425 calcula-se h 1da equação

h2

h

= 1,66 nO.27da equação calcula-se h2

hs

h

= 1.0 D°,22da equação calcula-se hs

Ld

h

= 4.30 D°,27da equação calcula-se Ld e

h2 hl!=6

h

da equação calcula-se L

e) Dissipação de energia a jusante de um túnel

Para que haja uma boa dissipação de energia é necessário que o escoamento

a jusante do desemboque do túnel seja mais uniforme (regular) possível.

Para tanto, normalmente, junto a saída do túnel ( desemboque) é projetado um

trecho de transição. Por exemplo de seção circular para retangular. Essas

2.1

Page 25: Dissipação de Engergia Hidráulica
Page 26: Dissipação de Engergia Hidráulica
Page 27: Dissipação de Engergia Hidráulica

9. BIBLIOGRAFIA

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')h

Page 28: Dissipação de Engergia Hidráulica

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14. TAMADA, Kikuo. Dissipadores de energia com baixo número de Froude: estudoexperimental. Tese apresentada à EPUSP, para obtenção do título de Doutor emEngenharia. Orientador: Prof. Angelo Raffaele Cuomo. São Paulo, 1989. 25Op.

.Contribuições para projeto de obras hidráulicas fluviais. Análisecrítica. Texto apresentado à EPUSP, para obtenção do título de Professor LivreDocente. São Paulo, 1994. v.II. 109p.

15.

16. PEYRAS, L.; ROYET, P. & DEGOUTrE, G. Ecoulement et dissipation sur lesdéversoirs en gradins de gabions. La HOUILLE B~LANCHE, v.46 no 1, p.37-

47.

?7

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