dissertacao raimundo araujo de almeida junior

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  • UNIVERSIDADE SALVADOR - UNIFACS

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM SISTEMAS E COMPUTAO

    MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS E COMPUTAO

    RAIMUNDO ARAUJO DE ALMEIDA JUNIOR

    INTEGRAO DE SISTEMAS EM EMPRESAS

    CORPORATIVAS DO SETOR PBLICO: UM ESTUDO DE

    CASO NA SECRETARIA DE EDUCAO DO ESTADO DA BAHIA

    Salvador

    2009

  • RAIMUNDO ARAUJO DE ALMEIDA JUNIOR

    INTEGRAO DE SISTEMAS EM EMPRESAS CORPORATIVAS DO SETOR PBLICO: UM ESTUDO DE

    CASO NA SECRETARIA DE EDUCAO DO ESTADO DA BAHIA

    Dissertao apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Sistemas e Computao, Universidade Salvador - UNIFACS, como requisito parcial para obteno do grau de Mestre.

    Orientadora: Prof Dr Las do Nascimento Salvador.

    Salvador 2009

  • FICHA CATALOGRFICA (Elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Salvador - UNIFACS)

    Almeida Junior, Raimundo Araujo de

    Integrao de sistemas em empresas corporativas do setor

    pblico: um estudo de caso na Secretaria de Educao do

    Estado da Bahia/ Raimundo Araujo de Almeida Junior. - 2009.

    98 f. : il.

    Dissertao (Mestrado) - Universidade Salvador UNIFACS.Mestrado em Sistemas de Computao, 2007.

    Orientadora: Prof. Dr. Las do Nascimento Salvador. 1. Arquitetura de redes de computadores. I. Salvador, Las

    do Nascimento, orient. II. Ttulo.

    CDD: 004.65

  • INTEGRAO DE SISTEMAS EM EMPRESAS CORPORATIVAS DO SETOR PBLICO: UM ESTUDO DE

    CASO NA SECRETARIA DE EDUCAO DO ESTADO DA BAHIA

    Dissertao de Mestrado apresentada ao programa de Ps-graduao da Universidade Salvador - UNIFACS como requisito parcial para a obteno do ttulo de Mestre em Sistemas e Computao.

    Las do Nascimento Salvador Orientadora ________________________

    Doutorado em Engenharia Eltrica, pela Poli/USP

    Universidade Salvador - UNIFACS

    Jos Maria Nazar David ____________________________

    Doutorado em Engenharia de Sistemas e Computao pela UFRJ

    Universidade Salvador - UNIFACS

    Vaninha Vieira dos Santos ______________________________

    Doutorado em Cincias da Computao pela UFPE

    Universidade Federal da Bahia - UFBA

    30 de setembro de 2009.

  • Por mais que na batalha se vena a um ou mais inimigos, a vitria sobre a si mesmo a

    maior de todas as vitrias.

    Sakyamuni

  • AGRADECIMENTOS

    Em primeiro lugar, eu agradeo a Deus por fazer parte da minha vida e viabilizar a

    concluso deste trabalho. Em segundo lugar, agradeo aos meus pais que sempre

    deram uma enorme fora durante a caminhada rdua para a concepo desde

    estudo. E terceiro, a todos os meus familiares e amigos que colaboraram

    diretamente ou indiretamente.

    Aos colegas de trabalho que colaboram muito para a escolha dos servios a serem

    expostos com base da arquitetura proposta.

    Agradeo muito a minha orientadora, Prof Dr Las do Nascimento Salvador, que

    teve muita pacincia nas idas e vindas durante as correes do trabalho. Tenho que

    agradecer tambm, todos os professores que durante as aulas, tiveram sua parte de

    colaborao. Vale tambm ressaltar a importante colaborao do coordenador do

    curso, Prof. Dr. Jos Augusto Suruagy Monteiro, e os demais funcionrios da

    UNIFACS.

  • RESUMO

    Ao longo do tempo, as organizaes pblicas vm gradativamente fazendo uso da Tecnologia da Informao (TI), informatizando os servios prestados comunidade. Atualmente, a TI corresponde a um dos principais pilares das organizaes pblicas. Com o intuito de melhor prover, controlar e flexibilizar a informao, a integrao entre os diversos sistemas e/ou arquiteturas diferentes uma das grandes prioridades organizacionais. Alm disso, para as instituies pblicas, ou at mesmo privadas, a integrao entre Sistemas de Informao (SI), vem tornando-se um dos grandes desafios em virtude dos legados que se encontram em produo utilizando tecnologias e/ou arquiteturas que permitem baixssima taxa de reuso. A organizao que foi utilizada como base para esse estudo, Secretaria da Educao do Estado da Bahia (SEC) vem, com o passar dos anos, informatizando seus servios. Porm, esse processo foi gradativo e, inicialmente, descentralizado, resultando em um ambiente computacional corporativo muito heterogneo. muito comum encontrar em instituies como a utilizada neste trabalho o uso conjunto de diversos sistemas com problemas de integrao e de integridade das informaes. Na atual situao da SEC, a atualizao e incluso de novos sistemas e tecnologias uma constante, tornando vital a integrao dos novos sistemas com legado existente, seja, compartilhando dados, processos ou funcionalidades/requisitos. Por isso, esse trabalho vem propor uma soluo/padro para o desenvolvimento de novos sistemas, viabilizando a integrao com os legados, aplicando a componentizao dos requisitos, atravs da Arquitetura Orientada a Servios (SOA - Service Oriented Architecture).

    Palavras-chave: Arquitetura Legada. Integrao. Arquitetura Orientada a Servios.

    Web Service.

  • ABSTRACT

    Over time, public organizations are increasingly making use of Information Technology (IT), computerizing services to the community. Today, TI is one of the main pillars of public organizations. As the aim of providing better, more flexible and control the information, the integration between different systems and / or different architectures is a major organizational priorities. In addition, for public institutions, or even private, the integration of Information Systems (IS), has become a major challenge because of the legacy that is in production technologies and / or architectures that allow low rate for reuse. The organization was used as the basis for this study, the Education Department of the State of Bahia (SEC) has over the years its computer services. However, this process was gradual and, initially, decentralized, resulting in a very heterogeneous enterprise computing environment. It is very common to find in institutions such as used in this study the combined use of various systems with problems of integration and integrity of information. In the current situation of the SEC, the update and inclusion of new systems and technologies is a constant, making it vital to integrate the new systems with existing legacy, either, sharing data, processes or functions / requirements. Therefore, this work proposes a solution / standard for the development of new systems, allowing integration with legacy componentization of applying the requirements, through a Services Oriented Architecture (SOA - Service Oriented Architecture).

    Keywords: Legacy Architecture. Integration. Service Oriented Architecture. Web

    Service.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Exemplo de Acoplamento fraco e forte. ..................................... 20

    Figura 2 Principais elementos de um WSDL. ............................................ 22

    Figura 3 Utilizao dos protocolos SOAP, WSDL e UDDI. ........................ 25

    Figura 4 Exemplo da forma de uma mensagem SOAP. ........................... 25

    Figura 5 Princpio bsico da SOA. ............................................................ 26

    Figura 6 Sistema composto por legos. ................................................... 27

    Figura 7 Conexo dos componentes atravs do ESB. ............................. 30

    Figura 8 Conexo entre componentes. .................................................... 38

    Figura 9 Processo de Desenvolvimento de Sistemas. ............................. 48

    Figura 10 Aplicaes Legadas na SEC. ................................................... 49

    Figura 11 Reuso dos componentes pelas aplicaes. ............................. 52

    Figura 12 Viso Geral. .............................................................................. 54

    Figura 13 Localizao de servio. ............................................................ 55

    Figura 14 Arquitetura de uma nova aplicao. ......................................... 57

    Figura 15 Arquitetura das aplicaes Legadas. ....................................... 58

    Figura 16 Aplicaes Ligadas pelos servios. .......................................... 59

    Figura 17 Flexibilidade do protocolo SOAP. ............................................. 60

    Figura 18 Barramento de servio proposto. ............................................. 61

    Figura 19 Interao das aplicaes com os componentes. ...................... 66

    Figura 20 O diagrama de classes de Unidade Geogrfica. ...................... 67

    Figura 20b O diagrama de classes de Pessoa. ........................................ 69

    Figura 21 Relao do G-SEC com Unidade Geogrfica e Pessoa. ......... 70

    Figura 22 Parte dos casos de uso do projeto Contratos e Convnios. ..... 71

    Figura 23 Entidade de Contratos e Convnios destacada em relao ao

  • servio Unidade Geogrfica. ....................................................................... 72

    Figura 23b Entidade de Contratos e Convnios destacada em relao

    ao servio Pessoa. ...................................................................................... 72

    Figura 24 Parte dos casos de uso do projeto Almoxarifado do servio

    Pessoa. ....................................................................................................... 74

    Figura 24b Parte dos casos de uso do projeto Almoxarifado do servio

    Unidade Geogrfica. .................................................................................... 74

    Figura 25 Entidades de Almoxarifado em relao ao servio

    Unidade Geogrfica. .................................................................................... 75

    Figura 25b Entidades de Almoxarifado em relao ao servio

    Pessoa. ....................................................................................................... 75

    Figura 26 Caso de uso do Gesto TOPA x Servio Exposto. .................. 76

    Figura 27 Entidade do Gesto TOPA X Servio Unidade Geogrfica. ..... 77

    Figura 28 - Casos de usos do SIAT X Servio Pessoa. .............................. 78

    Figura 28b - Casos de usos do SIAT X Servio Unidade Geogrfica. ........ 79

    Figura 29 - Entidade do SIAT X Servio Unidade Geogrfica. .................... 80

    Figura 30 - Comparativo entre as aplicaes com base nas horas trabalhadas. 81

    Figura 31 - Antes e depois da implantao dos servios. ........................... 81

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................................... 14

    1.1 HISTRICO E PROBLEMA.......................................................................... 14

    1.2 MOTIVAO ................................................................................................ 16

    1.3 OBJETIVO .................................................................................................... 17

    1.4 ORGANIZAO ........................................................................................... 17

    2 ARQUITETURA ORIENTADA A SERVIOS .................................................... 18

    2.1 ACOPLAMENTO FRACO ............................................................................. 19

    2.2 WEB SERVICE ............................................................................................. 20

    2.3 WEBSERVICE DESCRIPTION LANGUAGE................................................ 21

    2.4 UNIVERSAL DISCOVERY, DESCRIPTION AND INTEGRATION ............... 23

    2.5 SIMPLE OBJECT ACCESS PROTOCOL ..................................................... 24

    2.6 DEFININDO SOA ......................................................................................... 26

    2.6.1 Servio ................................................................................................ 28

    2.6.2 Barramento de Servios Corporativos ............................................. 29

    2.6.3 Relao entre WS e SOA ................................................................... 30

    2.6.4 Integrao de Aplicaes Corporativas com SOA .......................... 31

    2.6.5 Segurana na SOA ............................................................................. 32

    2.6.6 Vantagens x Desvantagens da SOA ................................................. 35

    2.7 TENDNCIAS DE MERCADO PARA SERVIOS ....................................... 36

    2.8 TRABALHOS RELACIONADOS ................................................................... 39

    2.8.1 Migrao de sistemas legados para SOA ........................................ 39

    2.8.2 Encapsulando sistemas legados para reuso em SOA .................... 40

    2.8.3 Uma arquitetura para gerao de servios a partir de um sistemas

    legados de forma intrusiva .............................................................................. 41

    2.8.4 Sistemas legados e SOA Solues comerciais ............................ 42

    3 UMA ARQUITETURA PARA INTEGRAO DE SISTEMAS ........................... 44

  • 3.1 A SECRETARIA DA EDUCAO DO ESTADO DA BAHIA......................... 44

    3.2 ARQUITETURA LEGADA............................................................................. 48

    3.3 ENTERPRISE APPLICATION INTEGRATION (EAI) .................................... 50

    3.4 DESENVOLVIMENTO ORIENTADO A COMPONENTES ........................... 50

    3.5 FATOR MOTIVACIONAL.............................................................................. 52

    3.6 DETALHES DA ARQUITETURA PARA INTEGRAO DE SISTEMAS ...... 53

    3.6.1 Servios Expostos atravs de Web Services .................................. 54

    3.6.2 Aplicaes Novas ............................................................................... 55

    3.6.3 Aplicaes Legadas ........................................................................... 57

    3.6.4 Protocolos utilizados ......................................................................... 58

    3.6.5 Barramento de Servios Corporativos ............................................. 59

    3.6.6 Segurana na Arquitetura Proposta ................................................. 60

    3.6.7 Gerenciamento de mudanas ........................................................... 61

    3.6.8 Mapeamento dos requisitos .............................................................. 62

    4 CASES NA ORGANIZAO ............................................................................. 63

    4.1 IMPLEMENTAO DA ARQUITETURA ...................................................... 63

    4.2 CASES E SERVIOS ................................................................................... 64

    4.2.1 Unidade Geogrfica ........................................................................... 65

    4.2.2 Pessoa ................................................................................................. 67

    4.2.3 G-SEC .................................................................................................. 67

    4.2.4 Contratos e Convnios ...................................................................... 69

    4.2.5 Almoxarifado ...................................................................................... 72

    4.2.6 Gesto TOPA ...................................................................................... 75

    4.2.7 SIAT ..................................................................................................... 77

    4.3 ANLISE DOS RESULTADOS ..................................................................... 81

    5 CONCLUSO ..................................................................................................... 83

    5.1 O PROBLEMA .............................................................................................. 83

  • 5.2 A SOLUO ................................................................................................. 84

    5.3 DIFICULDADES DE IMPLANTAO DA ARQUITETURA .......................... 85

    5.4 IMPLANTAO GRADATIVA DA SOA ........................................................ 85

    5.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS DE SOA ............................................... 86

    5.6 TRABALHOS FUTUROS .............................................................................. 86

    APNDICE A Cdigos dos Servios ................................................................... 92

  • 14

    CAPTULO 1

    1 INTRODUO

    As tecnologias voltadas para software e hardware so alvos de um forte

    processo evolutivo, proporcionando ao mercado diferentes maneiras e opes de

    processar informaes e arquitetar novos modelos de negcios. De forma geral,

    esse mercado o grande beneficirio com esse processo evolutivo. Ele tambm o

    responsvel por impulsionar a indstria a desenvolver novas tecnologias. A

    organizao que foi estudada para construir este trabalho vivenciou este mesmo

    processo evolutivo, no qual ser detalhado na prxima seo.

    1.1 HISTRICO E PROBLEMA

    Com o passar do tempo, a Secretaria da Educao do Estado da Bahia (SEC)

    foi percebendo o importante papel da informatizao de seus servios. No decorrer

    deste perodo a revoluo tecnolgica mudou muito os paradigmas de gesto

    empresarial. A acelerao, inovao e automao dos processos, associada com a

    velocidade das informaes so fatores que esto impulsionando essa revoluo.

    Com isso, surgiram diversas arquiteturas e tecnologias dentro da instituio

    estudada neste trabalho.

    Na dcada de 80, surgiram os sistemas utilizando mainframe, computadores

    de grande porte, dedicado normalmente ao processamento de um volume grande de

    informaes. Eles tm a capacidade de oferecer servios de processamento a

    muitos usurios atravs de milhares de terminais atravs de uma rede ou

    conectados diretamente (FONTANETTE, 2005). Nesse perodo a organizao

    apenas fazia uso desse tipo de aplicao.

    Em seguida, veio a arquitetura Cliente-Servidor Desktop, onde nela fica bem

    clara a diviso em duas camadas, ou seja, duas aplicaes se comunicando atravs

    de uma rede. Uma camada o servidor na qual so processadas as requisies

    feitas pela outra camada, que so os clientes. Geralmente, eles possuem algumas

    regras de negcio (BECKER, 2002, p. 8). As aplicaes clientes e os servidores so

  • 15

    executveis que rodam na memria. Nessa arquitetura foram utilizadas as

    linguagens Visual Basic e Delphi para o desenvolvimento dos sistemas, sem seguir

    qualquer padro. Com isso, a diversidade de arquitetura dos legados foi surgindo e o

    problema de integrao das informaes comeou a aparecer. A produo de

    software era feita por equipes distintas e sem ocorrer a devida comunicao entre

    elas.

    Logo em seguida, surgiu o desenvolvimento voltado para WEB, onde seu

    funcionamento semelhante arquitetura Cliente-Servior Desktop, porm, a sua

    diferenciao diz respeito ao fato de que no existe uma aplicao na memria do

    cliente e sim um interpretador das requisies respondidas pelo servidor, atravs do

    protocolo hypertext transmission protocol (HTTP) (CUMMINS, 2002, p. 156). No

    desenvolvimento das aplicaes voltadas para essa arquitetura foram utilizados o

    ASP 2.0 nativo e a combinao deste com Microsoft Transacion Server (MTS). Com

    isso, podemos perceber o inicio no desenvolvimento baseado em componentes,

    porm, sem padronizao e com muito pouco reuso. Dentro dessa diversidade,

    surgiu o embrio da padronizao no desenvolvimento de sistemas que se tornar o

    futuro Processo de Desenvolvimento de Sistemas (PDS), que ser detralhado mais

    adiante.

    Recentemente, optamos por utilizar a Arquitetura Orientada por Modelos

    Model Driven Architecture (MDA). Segundo Maia (2006) e Gomes e outros autores

    (2006) MDA uma proposta que enfatiza a transformao entre os modelos

    Computacional Independent Model (CIM), ou Modelo Independente de Computao

    (MIC), Platform Independent Model (PIM), ou Modelo Independente de Plataforma

    (MIP) e Platform Specific Model (PSM), ou Modelo para Plataforma Especfica (MPE)

    representados atravs da Unified Modeling Language (UML). Essa experincia no

    foi muito bem sucedida. A equipe de desenvolvimento teve srios problemas de

    produtividade durante a experincia com MDA, por isso, optamos por abortar a

    utilizao dela sem a implantao de qualquer aplicao com o uso dessa

    arquitetura. Nesse perodo, j tinhamos as equipes de desenvolvimento

    centralizadas e com a devida comunicao entre elas.

    Hoje, a SEC adotou uma arquitetura voltada para o desenvolvimento em

    vrias camadas utilizando a tecnologia Jboss Seam (FARLEY, 2008) com a

  • 16

    definio e o planejamento adequado de cada componente baseado nas regras de

    negcio da organizao. O Jboss Seam gestor da integrao entre os

    frameworks responsveis pelas camadas de apresentao, negcio e persistncia

    (FARLEY, 2008; TAIT, 2001; PACHECO, 2000). Com isso, os arquitetos de

    software da SEC ficam mais focados nas integraes das informaes referentes s

    regras de negcio e no nos frameworks das camadas de integrao, entre as

    camadas desta arquitetura. Todos os sistemas que so produzidos atualmente

    seguem essa aquitetura e um processo de desenvolvimento denominado Processo

    de Desenvolvimento de Sistemas (PDS), que foi concebido com base no Melhoria de

    Processo do Software Brasileiro (MPS-BR), Capability Maturity Model Integration

    (CMMI) e Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos

    (PMBOK) com as equipes trabalhando de forma centralizada.

    Como podemos observar, no decorrer do tempo, a organizao estudada

    passou por diversas arquiteturas de sofwares. Como isso, os softwares legados

    passaram a ser um grande problema no mbito da integridade das informaes.

    Muitas vezes, para prover uma informao concisa necessrio um dispendioso

    trabalho.

    A convivncia dos sistemas novos que esto surgindo com o parque dos

    legados muitas vezes de custo muito alto, porque em muitos casos existem

    redundncia das informaes e uma grande dificuldade para integrar os dados

    existentes com os novos. Esse quadro acaba acarretando um maior tempo de

    desenvolvimento das novas aplicaes, maior custo durante a execuo do projeto,

    alto grau de divergncia do planejado para o executado e um nivel elevado de

    manutenibilidade.

    1.2 MOTIVAO

    A SEC vem sofrendo com um forte processo evolutivo das tecnologias. Com o

    passar do tempo, Ela passou a conviver com muitas arquiteturas de software bem

    heterogeneas, fragilizando a informao fornecida pela instituio. Com passar do

    tempo essas arquiteturas legadas esto se tornando muito complexas e robustas

    dificultado a manuteno das mesmas.

  • 17

    As aplicaes com compe os legados atuais de software da SEC foram

    construidas de forma independente e isolada, ou seja, as aplicaes eram

    idealizadas sem a preocupao do reuso da informao produzida, resultando em

    alguns casos em redundncia no controlada. Porm, ao mesmo tempo e aspecto a

    organizao necessita fornecer respostas geis e disponibilizar informaes

    consistente para a sociedade, seu cliente. Por isso, h uma forte necessidade de

    integrao entre as diversas aplicaes legadas. A motivao para elaborar este

    trabalho surgiu para atender essa necessidade de integrao entre as diversas

    arquiteturas heterogneas.

    1.3 OBJETIVO

    A evoluo dos processos e negcios das organizaes, privadas ou

    pblicas, requer uma evoluo das suas aplicaes legadas, mas nem sempre

    existe essa possibilidade. Isso em virtude da baixa qualidade desses softwares

    conforme dito por Fontanette (2005, p. 70). A instituio estudada, Secretaria da

    Educao do Estado da Bahia (SEC), sofre desse mal.

    Para oferecer melhor qualidade nas informaes educacionais para a

    comunidade do Estado da Bahia, atravs dos sistemas desenvolvidos pela

    instituio estudada, que nasceu o fator motivacional com o intuito de propor uma

    soluo que melhor atenda a esse tipo de problema. Portanto, este trabalho tem

    como objetivo propor uma arquitetura de software para melhorar o quadro atual de

    integrao das informaes entre as aplicaes novas que sero construdas e os

    legados atravs da Arquitetura Orientada a Servios, bem como, propiciar a troca de

    informaes entre as organizaes, utilizando-se da mesma arquitetura proposta por

    este trabalho.

    1.4 ORGANIZAO

    O presente trabalho possui cinco capitulos. O segundo mostra a Arquitetura

    Orientada a Servios (SOA). No terceiro apresentada a arquitetura proposta para

    melhorar a integrao entre os sistemas. No quarto so apresentados os cases com

    o uso da arquitetura proposta por este trabalho. E para fechar este estudo as

    consideres finais e os trabalhos futuros.

  • 18

    CAPTULO 2

    2 ARQUITETURA ORIENTADA A SERVIOS

    Os sistemas de informao, com o passar do tempo, vm crescendo

    exponencialmente, as organizaes vm projetando arquiteturas gradativamente

    muito mais robustas e complexas, onde as respostas a serem dadas pela instituio

    devem ser geis em relao evoluo dos negcios da mesma, procurando reduzir

    gradativamente seus custos e ao mesmo tempo integrar nos processos de negcio

    que iro surgir.

    Segundo Santos Junior (2007, p. 55) e Larentis (2007, p. 59) o surgimento da

    Arquitetura Orientada a Servio (SOA) dada pelo processo evolutivo da tecnologia

    de software e hardware. A alta capacidade e o grande poder de processamento dos

    dados, aliados velocidade com que as informaes so intercambiadas, o alto

    grau de padronizao dos protocolos, a abrangente infra-estrutura disponibilizada

    com o advento, principalmente, da internet que propiciou um momento para a

    difuso dos conceitos e prticas da arquitetura SOA.

    A SOA um novo paradigma de desenvolvimento de aplicaes cujo objetivo

    criar mdulos funcionais chamados de servios, com baixo acoplamento e

    permitindo a reutilizao de cdigo. Essa arquitetura vem se tornando muito

    difundida, em virtude das possibilidades de arquitetar e desenvolver novas

    aplicaes e processo de negcios, reaproveitando principalmente cdigos

    existentes e plataformas heterogneas, como tambm estratgias proporcionadas

    pela arquitetura.

    Segundo Santos Junior (2007, p. 62) e Larentis (2007, p. 75) a SOA tem

    como seu foco prover e consumir servios, principalmente expor servios para

    aplicaes web.

    No decorer deste captulo sero abordados os principais conceitos que a SOA

    utiliza para fazer uso de sua arquitetura. Acoplamento fraco, Web Service,

    Webservice Description Language (WSDL), Universal Discovery Description and

    Integration (UDDI), Servios, Barramento de Servios Corporativos e Simple Object

    Acess Protocol (SOA) sero detalhados mais a frente.

  • 19

    2.1 ACOPLAMENTO FRACO

    O acoplamento fraco ou Loose coupling tem como objetivo a reduo da

    interdependncia e possveis riscos de conflitos entre as entidades. Existe uma

    crescente tendncia de projetar interfaces provedoras de servios com esse tipo de

    acoplamento. A razo de projetar interfaces com o mnimo de acoplamento possvel

    (Loose coupling) viabilizar maior flexibilidade, podendo adicionar e modificar as

    interfaces com um mnimo ou nenhum impacto na interoperabilidade entre as

    interfaces j existentes, como foi dito por (COSTA; CARVALHO, 2007).

    Com o advento da Internet, que caracterizada por ser uma rede muito

    grande de computadores que so conectados uns aos outros, atravs de protocolos

    de comunicao e transmisso de dados comuns. Atravs da Internet surgiram

    condies para o surgimento de padres verdadeiramente abertos para

    interoperabilidade de computadores em ambientes distribudos. Com isso,

    fortalecendo o uso do conceito de acoplamento fraco nas aplicaes da internet

    atravs de padres abertos.

    Segundo Sampaio (2006, p. 42) o grau de acoplamento entre dois mdulos

    ou aplicaes tambm determina o grau de dificuldade de manutenibilidade dos

    mesmos. A Figura 1 ilustra a diferena entre um acoplamento forte e um franco.

    Caso o acoplamento seja alto, mudanas em um dos mdulos, onde existe um

    acoplamento entre eles, pode afetar o outro tambm. Isto indica o grau de

    manuteno do sistema no qual os mdulos so envolvidos. Estes graus de

    acoplamento so classificados da seguinte forma: Dados ocorre quando dois

    mdulos se comunicam apenas por meio dos parmetros trocados. Imagem

    quando dois ou mais mdulos compartilham uma determinada rea comum.

    Controle pssimo e ocorre quando um mdulo controla a lgica do outro.

    Comum semelhante ao de imagem, porm todos compartilham a mesma rea de

    dados. Contedo no muito adequado, porque est ligado ao uso de desvios

    incondicionais.

    Com o passar do tempo, vrias tentativas foram feitas para resolver os

    problemas da computao distribuda e orientada a objetos, mas falharam devido

    falta de suporte entre os grandes fornecedores da indstria de TI e a preponderncia

  • 20

    de padres proprietrios que permeavam esses esforos, com isso, facilitando o

    aumento de acoplamento entre as diversas aplicaes dentro e fora das

    organizaes. A rede aberta da Internet e a necessidade de propiciar a reduo dos

    acoplamentos entre os mdulos das aplicaes corporativas propiciou o surgimento

    dos Web Services, que so componentes de software capazes de se comunicar uns

    com os outros sobre diversas redes utilizando padres abertos aceitos

    universalmente e no proprietrio. A concordncia dos grandes players da indstria

    de TI em adotar os padres de web services (ser mais detalhado no item a seguir)

    emergentes criou condies para a revoluo na computao, conforme dito por

    Pulier; Taylor; Gaffney (2008, p. 23).

    Figura 1 Exemplo de Acoplamento fraco e forte

    2.2 WEB SERVICE

    A evoluo tecnolgica viabilizou para as instituies, pblicas ou privadas, a

    possibilidade de enxergar seus sistemas de forma componentizada com os quais se

    podem integrar e interagir em um processo estruturado e organizado. Por exemplo,

    possvel criar softwares que possibilitam iniciar um processo estruturado de validar

    a transao em outra organizao, planejar a entrega dos bens e ter um suporte

    ps-venda interno. Os Web Services (WS) so caracterizados por um conjunto

    estruturado de definies para a integrao de diferentes tecnologias, viabilizando a

    componentizao dos processos de negcio da organizao, desde o nvel dos

    sistemas corporativos, at aos processos organizacionais. Segundo Martins (2005,

  • 21

    p. 27) os WS compatibilizam as diversas tecnologias e suas solues no

    integrveis, utilizando formatos comuns de trocas de informao atravs de um

    padro aberto, o Extensible Markup Language (XML), e aplicando regras de

    interao. Atravs disso, possvel evitar um retrabalho de desenvolvimento

    obtendo a sua reutilizao e a respectiva integrao.

    Um Web Service um aplicativo Servidor que disponibiliza um ou mais servios

    para seus clientes, de maneira fracamente acoplada. Geralmente, o protocolo de

    troca de mensagem o SOAP. Ele expe sua interface para os usurios usando um

    documento XML, conhecido como Web Services Description Language (WSDL).

    Com o uso de um WSDL podemos descobrir quais so os tipos de dados, formatos

    de mensagens e servios que esto disponveis atravs de um Web Service. Os

    clientes das aplicaes que consomem os servios expostos atravs de Web

    Services podem procurar um determinado servio de duas maneiras distintas:

    quando eles tm acesso direto ao WSDL e nesse documento definido como ser

    criado o Web Services, ou utilizando o servio via interface Universal Discovery

    Description and Integration (UDDI), conforme descrito em (SAMPAIO, 2006, p. 47).

    2.3 WEBSERVICE DESCRIPTION LANGUAGE

    WebService Description Language (WSDL) um padro baseado em XML

    para descrever os servios expostos e a localizao dos mtodos do WebService.

    Ele funciona como um tipo de TypeLibrary do Web Service, ou seja, uma biblioteca

    das interfaces do WS. Ele tambm pode ser usado para a validao das chamadas

    dos mtodos. Na figura 2 so ilustrados os principais elementos que compem o

    WSDL.

    O WSDL um documento XML, projetado de acordo com os padres

    especificados pela W3C, que descreve exatamente como um determinado Web

    Services funciona. Um documento WSDL muito mais do que um mero manual de

    instrues de como se deve utilizar um determinado Web Services. Aplicaes de

    software que criam Web Services podem processar o documento WSDL e gerar as

    mensagens Simple Object Access Protocol (SOAP) necessrias para invocar um

    servio especfico automaticamente (PULIER; TAYLOR; GAFFNEY, 2008, p. 58).

  • 22

    Figura 2 Principais elementos de um WSDL

    Fonte: Maciel (2007, p. 25).

    O WSDL tem um conceito muito poderoso e por causa das suas capacidades,

    web services so conhecidos como elementos de softwares auto-descritivo. Web

    Services podem no somente inter-operar universalmente atravs do SOAP, como

    tambm serem descritos universalmente usando-se WSDL, conforme dito por

    (PULIER; TAYLOR; GAFFNEY, 2008, p. 68). Por exemplo, um desenvolvedor no

    Brasil pode implementar um software para acessar um determinado Web Service

    que est localizado em Tkio no Japo apenas lendo e processando o documento

    WSDL. Para o desenvolvedor realizar essa tarefa, ele no necessita entrar em

    contato com os demais desenvolvedores nas outras localidades, ler um manual

    particular ou comprar um software proprietrio; teoricamente, o desenvolvedor

    precisa apenas estar ciente dos padres a serem seguidos. Porm, neste simples

    exemplo no estamos levando em considerao as questes de segurana que

  • 23

    sero abordadas posteriormente neste trabalho. O importante a simplicidade e

    portabilidade com que feita esse tipo de troca de informao.

    2.4 UNIVERSAL DISCOVERY, DESCRIPTION AND INTEGRATION

    Universal Discovery, Dercription and Integration (UDDI) o protocolo

    desenvolvido para a organizao e registro de Web Services. Embora existam vrios

    tipos de registros de Web Services disponveis, o UDDI identificado como sendo

    um padro geral muito utilizado para esse tipo de servio em uma rede especfica. O

    registro de servios deve fornecer algum mecanismo de localizao dos servios

    expostos para a entidade consumidora baseando-se em critrios de localizao dos

    servios (ROCHA, 2006, p. 24).

    Os servios expostos com a utilizao do protocolo UDDI podem estar em

    qualquer lugar e serem chamados a qualquer momento e, de fato, a mesma funo

    pode ser executada por um servio diferente independentemente dos critrios de

    disponibilidade e preo. Nesse ambiente, operar sem um diretrio com o protocolo

    UDDI para encontrar os servios, obrigaria a fixar a localizao dos servios na

    aplicao consumidora, quebrando assim, uma das grandes vantagens da utilizao

    de Web Service que a transparncia da localizao dos servios expostos.

    Os Web Services possuem endereos Internet Uniform Resource Locator

    (URL). Para o computador requisitante, um Web Service simplesmente uma URL.

    Uma vez que os Web Services usam protocolos Internet, podem ser acessados

    enviando-se uma mensagem SOAP de requisio ao endereo do Web Service. As

    URLs deles so a base de sua universalidade e transparncia de rede, onde essa

    universalidade vem da forma padro com que so descritos e a transparncia vem

    da possibilidade de se utilizar um nome lgico na sua aplicao consumidora, que

    o UDDI pode converter para uma URL apropriada. Dessa maneira, caso a

    localizao de um determinado servio venha a ser alterado, o software consumidor

    no sofrer impacto, independente de onde esteja localizado o servio. Criar esses

    tipos de mscaras para as aplicaes consumidoras fortalece a agilidade proposta

    pela tecnologia de Web Service (SAMPAIO, 2006; PULIER; TAYLOR; GAFFNEY,

    2008).

  • 24

    2.5 SIMPLE OBJECT ACCESS PROTOCOL

    Simple Object Access Protocol (SOAP) um protocolo para troca de

    informaes estruturadas em uma plataforma descentralizada e distribuda,

    utilizando tecnologias baseadas em XML (PULIER; TAYLOR; GAFFNEY, 2008, p.

    71). O que torna o SOAP especial e diferente de XML puro que cada mensagem

    segue um modelo que foi especificado pelos padres W3C. Ele foi criado,

    inicialmente, para posssibilitar a invocao remota de mtodos atravs da Internet.

    O SOAP surgiu numa poca em que as poucas alternativas para troca de

    mensagens eram as tecnologias DCOM, CORBA ou RMI. Os criadores do SOAP

    usaram um protocolo bem simples e difundido, o HTTP, e o XML como uma forma

    de comunicao mais padronizada e flexivel. Por esta razo ele no apresenta

    problemas quando encontra um firewall, j que no apresenta risco de segurana,

    tornando o uso de componentes remotos mais viveis (SAMPAIO , 2006, p. 16).

    Uma das mais importantes caractersticas do protocolo SOAP a separao

    entre o formato do dado a ser transmitido e o mecanismo de nvel inferior que ir

    transportar o dado. H uma garantia da independncia de plataforma e linguagem,

    pois se faz o uso de XML com HTTP que so protocolos abertos e bem difundidos

    na internet. Na maioria das vezes, os dados que so transportados em uma

    mensagem SOAP formam chamadas remotas de procedimentos Remote Procedure

    Call (RPC) que invocam procedimentos especficos em um provedor de servios

    (MACIEL, 2007, p. 22).

    Juntos os trs padres, SOAP, WSDL e UDDI, so combinados para dar a um

    Web Service as possibilidades de funcionar, autodescrever-se e ser encontrado

    dentro de uma rede. Na teoria, um Web Service no necessita de todos os trs

    protocolos para funcionar, ele pode ser utilizado apenas com o SOAP, mas como

    mostrado na figura 3, para trabalhar mais eficazmente necessrio usar os trs

    protocolos (PULIER; TAYLOR; GAFFNEY, 2008, p. 81).

  • 25

    Figura 3 Utilizao dos protocolos SOAP, WSDL e UDDI

    Fonte: Pulier, Taylor e Gaffney (2008, p. 82).

    Segundo Rocha (2006, p. 35) uma mensagem SOAP constituida por um

    envelope de cdigo em XML onde definido seu incio e seu fim da mensagem. O

    cabealho (header) descreve de onde a mensagem foi enviada, para onde vai e

    como chegar no seu destino. O corpo (body) da mensagem SOAP possui os

    dados relevantes ou instrues sobre os procedimentos da requisio ou resposta

    da mensagem SOAP. A figura 4 ilustra uma mensage SOAP completa com

    envelope e corpo, viajando por uma rede de um consumidor (computador B) de

    web service para um provedor (computador A), neste exemplo um mainframe.

    Figura 4 Exemplo da forma de uma mensagem SOAP

    Fonte: Pulier, Taylor e Gaffney (2008, p. 86).

  • 26

    2.6 DEFININDO SOA

    A Arquitetura Orientada a Servio (SOA) composta por um conjunto de

    regras e conceitos que viabilizam a estrutura para arquitetar, desenvolver sistemas e

    aplicaes orientadas a servios, com o objetivo de obter o mximo de acoplamento

    fraco entre os servios que so expostos. Muitas dessas regras e conceitos

    existentes na Arquitetura SOA, foram baseados em modelos j existentes, como por

    exemplo o CORBA e DCOM, conforme descrito por Rocha (2006, p. 33).

    Larentis (2007), relataram que a arquitetura SOA pode ser composta por

    vrios servios que atuam como consumidores e/ou provedores. De forma genrica

    esses tipos de servios ficam expostos para que aplicaes e/ou outros servios os

    acessem, fortalecendo a idia de consumidores e provedores. A SOA tambm

    permite que haja a composio entre servios, ou seja, provedores podem consumir

    servios de outros provedores tornando-se consumidores, e vice-versa com os

    consumidores. Teoricamente, a composio muito utilizada neste tipo de

    arquitetura, porm, os mecanismos de segurana devem ser adequados para este

    novo modelo de negcio. A arquitetura SOA resumida como um conjunto de

    componentes que podem ser acessados e cujas interfaces podem ser divulgadas e

    pesquisadas, conforme figura 5.

    Figura 5 Princpio bsico da SOA

    Um outro aspecto muito importante que a arquitetura SOA no somente

    construda sobre um conjunto de Web Services na Internet. Ela um modelo

    conceitual, e no apenas um produto, aplicao ou mdulo de um sistema a ser

  • 27

    implementado. primordial ficar claro que a SOA fundamentada em protocolos,

    conceitos, regras, padres e acordos contratuais para a realizao de trafego de

    informaes e dados atravs de servios expostos, e que Web Service est

    caminhando para se tornar de fato a plataforma preferida para implementar uma

    arquitetura SOA por ser independente de tecnologia.

    O Web Service no o nico que pode ser usado para criar servios

    expostos em uma arquitetura de software. Os Entreprise JavaBeans (EJB) podem

    ser utilizados na exposio de servios. Porm, o EJB basicamente um

    componente gerenciado que criado, controlado e destrudo pelo continer J2EE

    em que vive baseado em uma tecnologia proprietria, diferentemente, do Web

    Service (BOND e outros, 2003) que baseado em padro aberto.

    A SOA proporciona uma transformao nos sistemas das organizaes onde

    ela implantada. Essa modificao refe-se ao fato de que os softwares passam a

    ser vistos como componentes e/ou servios de uma aplicao, como exemplificado

    na figura 6. Neste aspecto, voc pode mov-los e reconfigur-los quando achar

    necessrio. Com uma SOA, os arquitetos de softwares ficam livres da construo

    com tijolos e pedras que so geralmente solicitadas pelas arquiteturas

    corporatativas tradicionais (PULIER; TAYLOR; GAFFNEY, 2008, p. 70).

    Figura 6 Sistema composto por legos

  • 28

    A SOA pode ser considerada uma abordagem para EAI onde cada elemento

    importante exposto como um servio. Ela oferece um ambiente computacional

    distribudo com alto nvel de interoperabilidade entre os sistemas. A SOA d

    permisso ao arquiteto de software corporativo combinar elementos de software sem

    ter custos elevados de tempo e dinheiro, assumindo que os servios expostos

    tenham sido implementados de forma inteligente. Em resumo, os princpios da SOA

    so o de no ser necessrio ter o conhecimento especfico e nem entender os

    detalhes para utiliz-los, basta combinar o que deve ser feito e a interferncia do

    codificador ser mnima ou nenhuma, usada uma composio de diversos servios

    para um objetivo maior, os fornecedores de servios prestam um servio muito

    melhor do que uma aplicao isolada e a localizao dos servios so armazenadas

    em um repositrio que podem ser encontrados atravs de uma consulta.

    2.6.1 Servio

    Um servio um componente que procurar atender a uma funo de negcio

    especfica de seus clientes. Ele recebe requisies e as responde ocultando todo o

    detalhamento do seu processamento. Como isso, podemos obervar que um servio

    exposto encapsulado em relao ao seu cliente, ou seja, quaisquer outras

    aplicaes ou componentes que auxiliam o servio em questo devem ser utilizados

    somente dentro do cdigo privado do servio, no possibilitando a exposio das

    regras de negcio para seus clientes (LARENTIS, 2007, p. 37).

    Segundo Sampaio (2006, p. 14) um servio deve executar unidades

    complementares de trabalho, no dependendo do estado de outros componentes

    externos. Sendo assim, outro aspecto muito importante que esses tipos de

    servios devem ser Stateless, ou seja, eles no possuem armazenamento de

    estado de conversao, com isso elevando o grau de reutilizao. Outro aspecto diz

    respeito granularidade dos servios, que quanto maior ela for, mais adequado ser

    o servio. Logo um componente que atua como servio no deve ter operaes

    muito complexas. Resumindo, um servio executa uma funo atmica (ou

    transao) e todas a operaes intermedirias devem ser realizadas apenas pelo

    servio, e no pelo cliente consumidor.

  • 29

    2.6.2 Barramento de Servios Corporativos

    Um barramento de servios corporativos Enterprise Service Bus (ESB) no

    considerado um produto, mas sim um padro de arquitetura. Sua funo atuar

    como um intermedirio entre a implementao de um servio e a forma como ele

    exposto para seus consumidores. Por esta razo o barramento deve ser robusto e

    possuir recursos para viabilizar a exposio e composio de servios, roteamento

    de mensagens, transformao e enriquecimento de dados, segurana, dentre outros

    aspectos, sempre utilizando padres abertos para viabiliar esses aspectos (CUNHA,

    2008; GOMES e outros, 2007, p. 4).

    O ESB representa um pilar dos servios, mensagens, comunicaes,

    transformaes e de segurana sobre o qual se pode acoplar sistemas ou

    simplesmente interoperar entre eles. Eles seguem os princpios da SOA,

    possibilitando a integrao com diferentes tipos de servios, e incluem de forma

    geral as seguintes reas funcionais: Standard-based Communication Infrastructure,

    Standard-based Connectivity, Standard-based Transformation Engines, Service

    Oriented Architecture (SOA) for application deployment e Standards-based Security

    CUNHA, 2008; GOMES e outros, 2007, p. 5; MARTINS, 2005, p. 67).

    O uso do ESB permite uma melhor gesto do conjunto de componentes e/ou

    servios, de forma que ele ser responsvel por redirecionar as conexes dos

    servios solicitantes para as novas localizaes dos fornecedores. Na figura 7

    ilustrado o uso do ESB, de maneira que os diversos servios expostos

    (componentes) das referidas aplicaes so integrados atravs dele.

    Na arquitetura SOA um erro comum dizer que um ESB implementa a SOA

    ou o fato de se utilzar um ESB j caracteriza a arquitetura com sendo uma SOA. Um

    ESB responsvel por grande parte dos requisitos que a SOA estabelece, mas no

    todos. No correto afirmar que Implementar um barramento de servios h uma

    aderncia automtica SOA. Para ter isso vai depender da forma como so

    modelados e concebidos os sistemas. No h como ter SOA somente tendo um

    ESB. Porm, o ESB um componente importante em uma soluo SOA, tendo em

    vista que toda a integrao de sistemas acontece atravs dele (COSTA;

    CARVALHO, 2007, p. 3).

  • 30

    Figura 7 Conexo dos componentes atravs do ESB

    Fonte: Martins ( 2005, p. 66).

    2.6.3 Relao entre WS e SOA

    Os Web Services no so resquisitos promordiais para se obter, implementar

    ou estabelecer uma arquitetura SOA. Segundo Natis (2003) Web services so

    baseados em especificaes tecnolgicas, enquanto a arquitetura SOA baseado

    em princpios de desenvolvimento de software. De forma notvel, Web Services

    Description Language (WSDL) utilizado por Web Services o padro que define

    interfaces para arquitetura SOA, este o momento que Web Services e a arquitetura

    SOA fundamentalmente se conectam.

    Por outro lado, Rocha (2006) afirma que os Web Services so considerados

    componentes que posssibilitam s aplicaes receber e enviar informaes

    descritas no formato XML. Cada aplicao tem seu formato proprietrio para

    descrever as suas informaes, porm, ocorre uma traduo para uma liguagem

    universal, o formato XML. As instituies W3C e OASIS so as responsveis pela

    padronizao dos Web Services (OASIS, 2006; W3C, 2008).

    Em adio s discusses levantadas por Bertoni (2006), relevante ressaltar

    que os Web Services so aplicaes fracamente acopladas que interagem

    dinamicamente atravs de redes TCP/IP (Internet e/ou Intranets), atravs da

  • 31

    publicao, localizao e invocao destes pela Web. Assim, os servios disponveis

    podem ser descobertos pelos consumidores, possibilitando transaes empresariais

    e comerciais pela rede, sendo este o princpio bsico da arquitetura SOA (BERTONI,

    2006, p. 23).

    Em suma, a arquitetura SOA considerada um padro para se projetar

    sistemas, enquanto que os Web Services so servios implementados atravs da

    utilizao de padres. Os Web Services possibilitam a implementao da arquitetura

    SOA e os benefcios do uso de uma arquitetura baseada em SOA atravs de

    implementaes com Web Services propiciam o acesso a servios expostos

    independentemente de plataforma e interoperabilidade entre os diversos fabricantes

    da industria de TI.

    2.6.4 Integrao de Aplicaes Corporativas com SOA

    Com projetos de EAI sofrendo altos custos, ciclos de vida longos e uma alta

    taxa de fracasso, como j foi mencionado no captulo 2, a questo de integrao

    vem se caracterizando como uma enorme fonte de preocupao para os gestores de

    TI. Pulier, Taylor e Gaffney (2008, p. 67) assim como Cummins (2002, p. 93) relatam

    que os projetos de EAI geralmente so iniciados com boas intenes e inteligentes.

    Entretanto, polticas corporativas e mudanas no planejadas nos processos de

    negcios acabam resultando em projetos EAI presos em linhas ilhas de integrao

    incompatveis, ou seja, projetos com baixa integrao entre eles. Com isso,

    aumentando os obstculos para a integrao entre os diversos sistemas utilizados

    pela organizao.

    Como j foi dito anteriormente neste trabalho, os Web Services tm um

    grande potencial para reduzir as necessidades de custo, de tempo e a complexidade

    de EAI ao possibilitar que aplicaes interajam utilizando padres universais como

    SOA, WDSL e UDDI. O fato dos Web Services serem baseados em padres abertos

    aumenta o grau de independncia em relao ao fornecedor. Porm, as questes de

    segurana, assim como consideraes polticas e organizacionais, os caracterizam

    como uma soluo em potencial nas situaes de EAI (PULIER; TAYLOR;

    GAFFNEY, 2008, p. 73). Baseando-se nisso, Garcia (2001, p. 18) e Cummins (2002,

    p. 102) relataram que os pacotes de EAI existentes, provavelmente iro perdurar

  • 32

    durante muito tempo, devido sua capacidade de gerenciar o volume de

    transaes no nvel corporativo e fornecer garantia de desempenho dos sistemas

    legados. Porm, eles tambm descreveram que h uma grande probabilidade de

    que estes pacotes de EAI sejam gradativamente substitudos pelos padres de Web

    Services.

    Resumindo, a EAI a forma com que algumas empresas, pblicas ou

    privadas, adotam para prover e consumir seus servios entre parceiros de negcios

    ou mesmo expor servios dentro da sua prpria infra-estrutura de TI, entre sistemas

    com arquiteturas e tecnologias diferentes. A SOA tambm tem esse fundamento

    como seu princpio. Na maioria das arquiteturas EAI tratada tambm

    separadamente pelas organizaes, que, inicialmente, expem seus Web Services,

    e, em segundo lugar, tentam acoplar os mecanismos de segurana mediante as

    exigncias do negcio (ROCHA, 2006, p. 41).

    2.6.5 Segurana na SOA

    Os problemas de segurana inerentes SOA so derivados das formas com

    que os parmetros de segurana utilizam os padres abertos. Existem dois lados em

    relao ao problema de segurana na arquitetura SOA, pois alm dos padres no

    terem um proprietrio, eles foram desenvolvidos sem ter segurana em mente. Os

    Web Services foram criados por um consenso da indstria de TI, como uma forma

    de desenvolver software, dentre outras coisas, permitir a criao de cdigo

    reutilizvel, tornar o desenvolvimento mais simples e facilitar a interoperabilidade

    entre aplicaes mais heterogneas. Embora seus objetivos tenham sido

    alcanados com o surgimento de padres abertos, os mesmos no se preocupam

    com a segurana das informaes trocadas. Eles por s s no tratam as questes

    de segurana, sozinhos so completamentes inseguros. Os Web Services foram

    criados para quebrar a barreira imposta por firewalls, da, a grande importncia do

    assunto Segurana no mundo da Arquitetura Orientada a Servios (DEGAN, 2005,

    p. 45).

    A segurana outro aspecto na adeso da arquitetura SOA para fins de EAI.

    Embora arquiteturas complexas que usam SOA pareceram impressionantes, em

    relao a sua complexidade, elas podem ser totalmente inseguras. Uma vez que os

  • 33

    Web Services utilizam protocolos de Internet para mensagens e esse tipo de

    mensagem projetada para passar pelo firewall. Como isso, os Web Services so

    expostos a brechas de segurana.

    Segundo Cummins (2002, p. 110) importante compreender que a maioria

    das infra-estruturas de segurana gerada para interaes homem-mquina,

    enquanto que os Web Services trabalham com a interao mquina-mquina. At

    recentemente, a maior parte da ateno e do desenvolvimento de aplicaes estava

    voltada para o ambiente muito conhecido de acesso homem-mquina, incluindo

    solues que fornecem gerenciamento de identidade e solues de single-sign-on

    (SSO) para usurios que acessam aplicaes atravs de browsers.

    Na arquitetura convencional, a tecnologia de segurana do sistema, como por

    exemplo o firewall, evita que usurios no autorizados tenham acesso s

    informaes restritas da organizao. Entretanto, na arquitetura SOA ela prega

    flexibilidade e abertura para que seja acessada por diversos sistemas, fortalecendo

    a reutilizao e composio de novas aplicaes. Nesse ambiente as aplicaes so

    expostas como servios, mas um novo mecanismo de segurana no imposto,

    deixando-as bem frgeis. Em virtude da natureza grosseira do mecanismo de

    segurana, no temos como identificar se a mquina que est solicitando a

    utilizao do servio exposto est autorizada ou autenticada (ROCHA, 2006, p. 23).

    Apesar desses problemas h solues para melhorar a segurana em uma

    Arquitetura Orientada a Servios. Uma soluo completa pode ser composta por

    diversas subsolues, cada uma lidando com certo aspecto de segurana de SOA.

    Dependendo das suas necessidades e infra-estrutura de segurana existente,

    haver uma necessdade de optar por solues que podem diferir umas das outras.

    Pulier, Taylor e Gaffney (2008, p. 73) destacam os seguintes produtos de segurana

    de SOA:

    a) Monitoramento de mensagens SOAP - baseado em interceptao de

    mensagens SOAP, sendo uma maneira de construir o alicerce de uma

    soluo de segurana SOA. A interceptao de SOAP pr um

    componente chamado Interceptador SOAP, no caminho das mensagens

    SOAP, que trafegam entre os provedores e consumidores de servios

  • 34

    expostos. Ele analisa as identidades dos usurios contidas nos

    cabealhos das mensagens que monitora e as compara com os nomes

    armazenados na infra-estrutura de segurana existente. O resultado a

    autenticao e autorizao de remetentes e destinatrios de mensagens;

    b) Autenticao federada - autenticao federada um processo no qual

    diversos parceiros entram em acordo que um determinado grupo de

    usurios pode ser autenticado por um dado conjunto de critrios. Para

    utilizar uma autenticao federada em uma segurana SOA, o

    interceptador de SOAP encaminha uma mensagem que chega para uma

    soluo de segurana, que compara a identidade do usurio contida no

    cabealho da mensagem com os usurios listados no banco de dados de

    autenticao federada. Uma vez aprovado, a soluo de segurana de

    SOA informa que o usurio foi autenticado;

    c) Proxy de aplicao - uma forma altamente eficaz de melhorar a

    segurana de sistemas centrais no permitir que qualquer um alcance a

    plataforma que hospeda o servio. Isso pode ser feito instalando um proxy

    para Web Services dentro da arquitetura SOA. Uma vantagem adicional

    da utilizao de proxy a sua capacidade de reduzir a carga na infra-

    estrutura de segurana da organizao.

    d) Gerenciamento de contrato - um contrato um grupo de regras que

    governa o uso de um determinado Web Service. Como por exemplo, um

    contrato pode estipular que quantidade e/ou tempo de acessos um usurio

    pode ter por dia a um Web Service ou a quantidade (MBytes) de

    informao que pode ser acessada. Essas medidas podem aumentar a

    segurana, pois os contratos so teis para determinar se a SOA est

    funcionando adequadamente ou sendo mal utilizada devido s falhas de

    segurana;

    e) Certificados, chaves e criptografia - nos ultimos anos, a TI apoiou

    diversas tcnicas e tecnologias de segurana em criptografica. Na SOA

    podemos fazer uso desses mesmos algoritmos j existentes. Esses

    processos, seja, certificado, chaves e criptografia, podem desempenhar

    um papel muito importante na busca de uma maior segurana para os

    servios expostos na sua arquitetura SOA;

  • 35

    f) Criptografia de XML - neste caso para se manter o conceito de uso dos

    padres abertos na arquitetura SOA, as mensagens no formato XML so

    encriptadas, porm, o contedo s poder ser entendido por quem possuir

    a chave para quebrar o cdigo;

    g) Assinaturas digitais - baseada em chaves, a assinatura digital um

    nmero que captura unicamente sua identidade e o contedo da

    mensagem, passando os dois conjuntos de informaes (chave e

    mensagens) por um algoritmo com esse fim. A diferena entre assinatura

    digital e o processo de criptografia, dito anteriomente, que na assinatura

    digital a mensagem no totalmente criptografada;

    h) Proteo de ataque duplicado e auditoria - a soluo de segurana

    SOA idendifica a mensagem SOAP com um nmero nico, e configura a

    soluo para bloquear mensagens duplicadas, evitando que a mesma

    mensagem seja enviada duas vezes. J auditoria um uso avanado das

    funcionalidades de rastreamento das mensagens.

    2.6.6 Vantagens x Desvantagens da SOA

    A Arquitetura Orientada a Servio tambm possui suas desvantagens e

    vantagens como qualquer outra tecnologia. As organizaes adotam a SOA com o

    objetivo de alcanar aumento da competitividade, melhorar a eficincia dos sistemas

    legados, ganhar dinamismo nos processos para melhor aproveitar as novas

    oportunidades de negcios, utilizar a infra-estrutura existente dos sistemas legados,

    reutilizao dos cdigos dos legados, reduzir custos, aumentar a flexibilidade dos

    novos sistemas, potencializar a portabilidade, dentre outras.

    Por outro lado, uma das possveis desvantagens da arquitetura SOA

    relatadas por Rocha (2006, p. 31) o gerenciamento dos mecanismos de segurana

    dessa arquitetura. A complexidade na interoperabilidade dos mecanismos de

    segurana que so solicitados pelos novos processos de negcio, inevitavelmente,

    ser um fator que constribui fortemente para dificultar a evoluo da arquitetura

    SOA. A imaturidade dos mecanismos de segurana fornecidos pela indstria de TI,

    para as aplicaes baseadas no padro XML ou uso inadequado dos mecanismos

    de segurana citados anteriomentes neste trabalho na arquitetura SOA, podem levar

    as organizaes a rever a aplicabilidade da SOA. Resumidamente, os mecanismos

  • 36

    de segurana na arquitetura SOA em relao aos processos de negcios so

    considerados fatores crticos na Arquitetura Orientada a Servios.

    Um outro aspecto o gerenciamento de mudanas como uma rea

    problemtica para arquiteturas distribudas. Se no for trata corretamente em uma

    SOA, pode ser to problemtica quanto em arquiteturas antigas. Mudanas so um

    fator cosntantes em gerenciamento de TI, e a SOA no exceo. Conforme os

    requisitos e os processos de mudam, tambm mudam os sistemas que os suportam.

    Embora a SOA alivie muitos dos estresses que acompanham o gerenciamento de

    mudanas no modelo tradicional, ainda um rea que requer ateno de perto e

    gerenciamento adequado para funcionar eficazmente.

    O gerenciamento de mudanas da SOA traz desafios equivalentes queles do

    modelo tradicional. Quando um Web Service muda, tanto os aspectos da invocao

    quanto da resposta do novo Web Service devem ter um desempenho conforme

    prometido ou haver um problema. Se organizao substituir o Web Service de

    aluno, por exemplo, por um novo o administrador da SOA deve ser capaz de garantir

    aos usurios que cada sistema que invoca o novo Web Service obter os resultados

    de que precisa.

    E por fim, o fator de mapeamento dos requisitos na SOA. A transformao

    dos requisitos de negcio da organizao durante o processo de implantao de

    uma SOA no uma tarefa to simples. Por exemplo, temos uma determinado

    requisito de negcio que possui cinco regras especficas, quando houver a migrao

    das funcionalidades para servios podem haver reduo dessas regras. Essa tarefa

    de determinar quais as referidas regras sero excluidas no novo servio depende de

    um acordo com os gestores do respectivo servio. Em resumo, no pedemos

    simplesmente mudar de funcionalidade para servio uma determinada aplicao,

    deve haver um estudo e negociao junto aos gestores.

    2.7 TENDNCIAS DE MERCADO PARA SERVIOS

    Nas atuais organizaes, pblicas ou privadas, viver uma poca muito

    empolgante para o envolvimento com tecnologia da informao corporativa. A

    arquitetura Orientada a Servios, um sonho muito antigo na indstria de TI, est se

  • 37

    tornando uma realidade em um ritmo que poucos antecipavam h pouqussimos

    anos. Os organismos de padronizao continuam lutando com os conflitos sobre

    padres e o movimento bem sutil de padres proprietrios sempre parece estar se

    esgueirando pelas sombras, ameaando prejudicar a essncia verdadeira que a

    SOA est tentando alcanar (PULIER; TAYLOR; GAFFNEY, 2008, p. 68).

    Uma das caractersticas do servio a intangibilidade. Para amenizar esse

    tipo de problema, a indstria de TI, com especialidade em servio, contar com o

    apio de vrios modelos, com o intuito de serem intermediadores entre os

    provedores e consumidores dos servios expostos. Tomando como exemplo o

    padro Infrastructure Resource Management (IRM), que fornecem diversos servios

    para melhor gerir a infraestrutura de TI, como por exemplo o gerenciamento de

    mudanas, problemas e incidentes, com o objetivo de prever os desvios no ambiente

    de TI, de forma a reduzir os seus efeitos e impactos (COSTA; CARVALHO, 2007, p.

    4).

    Segundo Rocha (2006, p. 30) a utilizao da arquitetura SOA nas

    organizaes deve estar intimamente ligada a um processo de gesto do

    conhecimento em relao aos componentes reusveis da mesma. O funcionamento

    adequado desse tipo de gesto est associado ao uso de uma biblioteca central com

    os artefatos organizados de maneira que a pesquisa possa ser feita por diversas

    categorias de informao, fortalecendo o reuso dos componentes de software.

    Um dos fatores benficos do uso da SOA que ele utiliza a arquitetura

    centrada no cliente, modificando o paradigma dos modelos e prticas que tendem a

    ser centradas na aplicao. A arquitetura focada no cliente prov uma abordagem

    de configurao em relao ao usurio, ao invs de focar em um nico modelo para

    todos os usurios ou onde h workflows pr empacotados (NATIS, 2003, p. 14).

    A Arquitetura Orientada a Servios uma nova oportunidade, mas um

    conceito antigo to antigo quanto software em si: construir uma vez e reutilizar

    muitas vezes, seja dentro da prpria organizao ou entre parceiros (PULIER;

    TAYLOR; GAFFNEY, 2008, p. 73).

  • 38

    Segundo Costa e Carvalho (2007, p. 5) o UDDI embora seja projetado para se

    tornar um repositrio de componentes de servios, geralmente no utilizado com a

    aderncia com qual foi planejado. Uma vez os projetistas desvendando os servios

    que sero expostos, eles tendem a fazer uma conexo mesmo flexvel entre os

    componentes de servios fazendo ligaes diretas entre os componentes, conforme

    figura 8. E logo o uso da SOA interessante, pois resolve esse problema com o

    acoplamento franco entre os componentes e a independncia de tecnologia.

    O uso do Enterprise Service Bus (ESB), ou simplesmente Barramento de

    Servios, permite s organizaes gerir melhor os seus conjuntos de componentes,

    de maneira que eles mesmos sejam responsveis e capazes de redirecionar as

    conexes dos servios consumidores para as novas localizaes dos provedores.

    Com isso, qualquer que seja a alterao no ambiente, ou na localizao dos

    servios expostos, no haver impacto no componente consumidor, pois sua

    interao realizada apenas com o ESB (MACHADO, 2004, p. 44).

    Figura 8 Conexo entre componentes. Fonte: Costa e Carvalho (2007, p. 7).

    A tecnologia de Web Services, embora j seja amplamente difundida, ainda

    tem que percorrer muito o caminho da evoluo. Esta tecnologia, comparada a

    outras j consolidadas na indstria da TI, como manuteno do estado transacional

    e composio dos servios, ainda no est bem resolvida. A indstria da TI tem

    procurado trabalhar em novas especificaes para tentar resolver essas questes.

    Como WS-Transaction e WS-Coordination (COSTA; CARVALHO, 2007, p. 8).

  • 39

    2.8 TRABALHOS RELACIONADOS

    A exposio de servios atravs de Web Service fazendo uso da SOA no

    algo muito novo, visto que sua utilizao possui diversas referncias para

    implementao. Esta seo busca os principais trabalhos relacionados a esse tema

    e que trazem contruies para solucionar alguns problemas j encontrados, alm de

    servirem para posiocionar o presente trabalho em relao a outros na mesma rea.

    A seo apresenta uma soluo de migrao de sistemas legados para SOA

    denominada SMART, que no contempla aspectos de codificao. Em seguida,

    apresentada uma tcnica para encapsulamento de sistemas legados para reuso em

    SOA. Logo aps, apresentada uma arquitetura denomidada ARUBA que permite a

    gerao de servios a partir de sistemas legados. Por fim, apresenta duas

    ferramentas comerciais que permite gerao de servios.

    2.8.1 Migrao de sistemas legados para SOA

    Segundo Lewis, Morris e Smith (2005), torna possvel que um sistema legado

    trabalhe com Web Service as vezes algo relativamente simples. Os Web Services

    so baseados em padres abertos e so configurados para receber mensagens,

    transformar seu contedo, fazer uso de cdigo legado, e opcionalmente alterar os

    resultados das mensagens retornadas ao fornecedor (LEWIS; MORRIS;, SMITH,

    2005). Porm, segundo Larentis, existem caractersticas de sistemas legados que

    podem tornar o processo de criao de Web Service uma tarefa complicada, por

    exemplo:

    a) Tempo de existncia;

    b) Linguagem de programao;

    c) Arquitetura;

    d) Estado futuro baseado em servio;

    A tcnica SMART (Service-Oriented Migration and Reuse Technique) foi

    derivada do modelo Options Analysis for Reengineering (OAR) desenvolvido pelo

    Software Engineering Institute (SEI) utilizado para suporte na anlise de reuso de

    sistemas legados (BERGEY, 2002). A SMART est dividida em cinco atividades

    descritas a seguir:

  • 40

    a) Estabelecer o contexto com os stakehouders - identifica caractersticas

    sobre o sistema legado, seu objetivo atual, e o que dever ser migrado

    para servio;

    b) Descrever as capacidades existentes - obter dados descritivos sobre os

    componentes do sistema legado;

    c) Descrever o estado fututo baseado em servios - obter evidncia sobre

    os servios potencias que podem ser criados a partir dos legados;

    d) Analisar as difernas entre o estado baseado em servio e as

    capacidades existentes - Identificar a diferena entre o estado existente

    e o futuro e determinar o nvel de esforo e custo necessrios para

    converter os componentes legados;

    e) Desenvolver uma estratgia para migrao de servio - Identificar os

    componentes especficos para migrar, planejar e ordenar os esforos para

    a migrao.

    Resumidamente, a tcnica SMART props um modelo para expor as

    funcionalidades de sistemas legados como servios, porm, esta tecnica muito

    direcionada em gerar informaes que justifiquem a viabilidade deste objetivo.

    2.8.2 Encapsulando sistemas legados para reuso em SOA

    Em Sneed (2006) apresentado um modelo que ajuda na identificao de

    quais partes de um sistema legado poderiam ser expostos com Web Services e uma

    tcnica de como fazer essa transformao. Esta soluo est baseada num

    mtodo disponibilizado por uma ferramenta, que permite integrar o cdigo legado

    dentro de uma interface XML em funes separadas, para serem oferecidas como

    Web Services para outro usurio externo. O foco deste mtodo consiste de trs

    passos bsicos para a criao de Web Services a partir de um sistema legado:

    a) Preservando o cdigo legado - neste primeiro momento, sugerido que

    seja realizada uma anlise do cdigo legado existente para identificar qual

    parte do cdigo agrega valor para ser reutilizado;

    b) Encapsulando o cdigo legado - neste passo, fornecer uma

    componente extrado do cdigo legado atravs de uma interface WSDL;

  • 41

    c) Tornar o cdigo disponvel como um Web Service - o ltimo passo

    desta soluo diz respeito a fazer um link do Web Services com o

    processo do negcio. Isto feito por um componente proxy.

    Resumidamente, este trabalho tem como proposta um mtodo para identificar

    quais funes sero disponibilizadas como Web Services. O cdigo legado

    preservado, porm a lgica de negcios que ser disponibilizada deve ser extrada

    e salva em outro arquivo, de forma que todas as funes dependentes sejam

    juntamente agrupadas em uma nica funo sequencialmente. Aps isso, so

    identificados os parmetros de entrada e sada, gerendo uma XML capaz de fazer a

    traduo destes parmetros e por fim, utilizado um proxy para fazer a

    comunicao entre o cliente e o cdigo legado alterado.

    2.8.3 Uma arquitetura para gerao de servios a partir de um sistemas

    legados de forma intrusiva

    A construo de sistemas baseados no conceito de servios estabelece uma

    abstrao entre os processos de negcios e as aplicaes existentes nas

    organizaes, porm, constitui uma atividade que requer alguns esforos e que pode

    ser realizada de diversas maneiras. Muitos so os padres de tecnologia que podem

    ser utilizados para a gerao desses servios, cujo o principal objetivo contribuir

    para a integrao de diferentes aplicaes (LARENTIS, 2007).

    A arquitetura para gerao de servios a partir de uma sistema legado de

    forma intrusiva (ARUBA) uma arquitetura que atravs de uma interface permite o

    mapeamento das regras de negcios para a exposio como servios. Assim,

    integrando as tecnologias, WSDL, SOPA e UDDI, ao conceitos de sistemas legados

    no desenvolvidos sob a forma de Web Services, possvel reutilizar este cdigo

    sem que haja necessidade de alter-lo, mapeando as funcionalidades e gerar os

    servios como Web Services, para reuso em outra tecnologia, como SOA

    (LARENTIS, 2007).

    Uma das preocupaes da arquitetura ARUBA evitar que sistemas legados

    estveis necessitem ser alterados para que possam ser utilizados na SOA.

    Buscando otimizar este cenrio. Um mapeamento do cdigo feito incialmente,

  • 42

    aps isso, ocorre a gerao do Web Services por um mtodo da arquitetura, assim

    como a gerao de arquivos de configurao (LARENTIS, 2007).

    2.8.4 Sistemas legados e SOA Solues comerciais

    Durante a contruo deste trabalho foram encontradas ferramentas

    comerciais que fazem uso de Web Services para expor as funcionalidades dos

    sistemas legados ou novos para uso em SOA, entre eles so: IBM SOA Foundation

    e Microsoft Biztalk Server. Cada uma destas solues apresenta uma abordagem

    diferente ou proprietria para gerao de Web Services, possuem diferentes

    mecanismos para desen volvimento SOA e fornecem solues desde integrao

    com sistemas legados at a disponibilidade dos servios de novas aplicaes para

    uso por outras.

    2.8.4.1 IBM SOA Foundation

    Segundo a IBM, a SOA fornece flexibilidade e reuso dos processos de

    negcios ou recursos de uma empresa. A SOA prope uma arquitetura que combina

    conexes adaptveis com relaes bem definidas, baseadas em tecnologias padro

    para ajudar a flexibilizar infraestruturas existentes (IBM CORPORATION, 2005).

    Os servios de SOA so extensveis, baseados na implementao de novos

    servios ou recursos de TI existentes. Assim, o desenvolvimento de uma SOA

    comea com uma infraestrutura flexvel, robusta que pode ser utilizada em conjunto

    com outra infraestrutura existente e recursos de TI para proporcionar mais valor ao

    negcio.

    A plataforma IBM SOA Foundation foi densenvolvida para atender todas as

    camadas de arquitetura de referencia SOA da IBM, na qual define servios de TI

    requeridos para fornecer suporte a cada um dos estgios do cliclo de vida de SOA

    (Modelo, Construo, Implantao, Controle e Governana/Processos). A arquitetura

    de referncia SOA inclui um ambiente de desenvolvimento, gerenciamento de

    servios, integrao de aplicaes e processos de servios em tempo de execuo

    (IBM CORPORATION, 2005).

  • 43

    2.8.4.2 Microsoft

    A Microsoft disse que a orientao a servios uma abordagem para

    organizar recursos distribuidos de TI em uma soluo integrada que desmembra

    grupos de informao e maximiza a organizao na agilidade dos negcios. Os

    servios de comunicam entre si por meio de formatos de mensagens bem definidos;

    isso significa que a confiabilidade do aplicativo de sistemas conectados sofrer uma

    grande influncia da confiabilidade da infraestrutura de mensagens que ela usa para

    fazer a comunicao entre os servios. A orientao a servios une fonte de

    informaes autnomas construido um pacote em grande escala de sistemas

    operacionais, tecnologias, e protocolos de comunicaes (MICROSOFT, 2006a).

    O Microsoft Biz Talk Server o aplicativo de destaque na colaborao no

    desenvolvimento de aplicaes voltadas para SOA (MICROSOFT, 2006b). Ele

    denominado um ambiente para desenvolver SOA. um servidor da Microsoft que

    permite que os clientes integrem sistemas, funcionrios e parceiros comerciais e

    rene as funcionalidades de integrao de aplicativos e automao de processos

    das tecnologias XML e Web Services. O Biz Talk Server funciona como um

    mecanismo de execuo de processo e como um hub de sistema de mensagens,

    fornece um suporte ao consumo de servios Web como parte do processo

    comercial, expondo os processos e aplicativos de linha de negcio como servios

    Web. Ele fornece suporte SOAP, UDDI, WSDL entre outros, utilizando adaptadores

    ASMX e Web Services Enhancements (WSE). Ele tambm acrescenta a capacidade

    de chamar servios da Web por meio de servios de mensagens pblicas/subestilo e

    fornece um adaptador Windows Communication Foundation (WCF) para incorporar

    servios da Web WCF a processos comerciais.

  • 44

    CAPTULO 3

    3 UMA ARQUITETURA PARA INTEGRAO DE SISTEMAS

    Neste captulo abordaremos a instituio estudada e uma soluo proposta

    com base na Arquitetura Orientada a Servios para ambientes com sistemas

    heterogneos. Para isso, apresentaremos um breve histrico da organizao, os

    objetivos desta arquitetura, os legados encontrados na organizao estudada, uma

    proposta de componentizao dos requisitos de negcio da instituio e alguns

    cases de aplicaes que esto fazendo uso da arquitetura proposta por este

    trabalho.

    3.1 A SECRETARIA DA EDUCAO DO ESTADO DA BAHIA

    A informtica na Secretaria da Educao do Estado da Bahia (SEC) tem

    como rgo central a CMO Coordenao de Modernizao, unidade administrativa

    da Diretoria Geral. O papel da CMO de planejar, coordenar, avaliar e controlar a

    execuo de atividades de informao e informtica, bem como as atividades de

    organizao e modernizao administrativa, atravs de solues sistmicas, com

    base em recursos metodolgicos e tecnolgicos avanados. A CMO se estrutura da

    seguinte forma:

    a) Suporte Tcnico de Informtica - tem o papel de Gerenciamento e

    Manuteno de Rede, Hospedagem de Sites e Sistemas, Suporte ao

    Usurio e Manuteno de Equipamentos;

    b) rea de Sistemas - abrange as funes de Anlise de Sistemas,

    Programao, Design, Administrao de Banco de Dados e

    Manuteno de Sistemas de Informao;

    c) Modernizao Administrativa - implementa novas tcnicas de

    procedimentos, da desburocratizao e do melhoramento dos servios

    oferecidos pelas unidades da SEC, apoiando-se no uso eficiente de

    novas tecnologias.

  • 45

    Com o passar do tempo a revoluo tecnolgica mudou muito os paradigmas

    de gesto empresarial. A acelerao, inovao, automao dos processos e a

    velocidade das informaes so fatores que esto impulsionando essa revoluo. O

    novo desafio descobrir o que as organizaes devem fazer para potencializar seus

    recursos na nova sociedade da informao. Dessa forma, as organizaes

    necessitam investir em meios que garantam a diferenciao no mercado, resolvendo

    e qualificando aes que resultaro na integrao e comprometimento de todos os

    seus componentes, a fim de se obter a melhoria contnua. Dessa forma, aes

    foram planejadas e executadas pela SEC.

    A SEC vem avanando no contexto tecnolgico e procurando responder com

    presteza ao desafio de universalizar o atendimento aos seus usurios com efetiva

    melhoria na quantidade e na qualidade de servios. Tem implantado nos diversos

    setores modernos equipamentos e desenvolvido sistemas que atendam s

    exigncias da nova Administrao Pblica, que prima por uma disponibilizao mais

    efetiva de servios ao cidado, como tambm, por ferramentas de controle de aes

    e de gastos governamentais mais eficazes, conforme dito por Almeida Junior (2005,

    p. 4).

    Nos ltimos anos, foram muitas as aes voltadas para implementao de

    sistemas, com o objetivo de otimizar e modernizar os seus procedimentos

    administrativos. Exemplificando algumas aes, a Organizao estudada implantou

    o Sistema de Programao de Carga Horria, que informatiza e padroniza as

    prticas de execuo, acompanhamento, avaliao e controle de folha de

    pagamento da Programao Escolar. Tambm implantou o Sistema de Controle de

    Processos, que informatiza as atividades de tramitao de Processos, desde a sua

    entrada, no protocolo at o seu trmino e arquivamento, o qual permite que o

    servidor acompanhe o seu processo atravs de consulta atualizada atravs da

    Internet. Alm de ter desenvolvido o Sistema de Controle e Acompanhamento de

    Dirias e Adiantamento, o qual torna o gerenciamento do processo mais eficiente.

    A SEC implementou o Projeto SECONLINE que consiste no sistema

    automatizado de administrao de pessoal. Atravs do SECONLINE, o servidor

    poder consultar seu histrico funcional, assim como, a administrao de pessoal

    poder conceder, de forma automtica, sem a necessidade de volumosos

  • 46

    processos, direitos e vantagens dos servidores ativos do seu quadro efetivo, tais

    como: substituio, freqncia, gratificaes, funes, licenas, adicionais,

    afastamentos, remoo, certides, carga horria, ascenses e outros servios.

    Tambm foi implementado o sistema de publicao, ferramenta que auxilia as

    unidades administrativas na publicao dos seus Atos. De forma padronizada, os

    atos so gerados e publicados automaticamente no Dirio Oficial. As informaes

    publicadas alimentam o banco de dados da SEC promovendo maior confiabilidade e

    integridade das informaes.

    J h alguns anos que a matrcula da rede estadual tem sido um grande

    sucesso, devido ao Sistema de Matrcula (SOMAR). Ele vem dando a possibilidade

    de que a matrcula dos alunos seja feita nos postos, facilitando o processo de

    matrcula para a rede estadual.

    No ano passado foi implantando o sistema Transparncia da Escola, que veio

    para informar como esto sendo gastos os recursos disponibilizados para as escolas

    pelo diretor. Ele fornece um extrato disponibilizado no site da SEC com as receitas e

    despesas realizadas pela unidade escolar.

    Preocupando-se com o crescimento das atividades, a CMO est implantando

    uma Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas (MDS), a qual ir orientar a SEC,

    parceiros e terceiros a desenvolver sistemas dentro de determinados padres.

    Assim, buscando meios mais eficazes de gerenciar e manter sistemas

    desenvolvidos na organizao, aumentando assim, a qualidade e reduzindo os

    custos de desenvolvimento. Essa metodologia vem com o passar do tempo sofrendo

    melhorias continuas. Hoje ela conhecida como Processo de Desenvolvimento de

    Sistemas (PDS), com aplicao de alguns dos conceitos de CMMI, MPS-BR e

    PMBOK. Conforme a figura 9 a atual metodologia formada por oito etapas:

    a) Iniciao - que tem por objetivo descrever a solicitao de projeto e

    selecionar o projeto que dever ser iniciado;

    b) Planejamento do Projeto - que tem como objetivo descrever as

    atividades necessrias para a realizao de um bom planejamento de

    projeto e deve ser elaborado de forma rpida, objetiva e completa, onde

  • 47

    uma boa prtica para a execuo do planejamento do projeto e seu

    acompanhamento seguir o Project Management Institute (PMI, 2004);

    c) Anlise de Processo de Negcio - que consiste em levantar a lgica dos

    processos atuais, alm de formulrios, relatrios, documentos, volumes,

    formas de clculo, dentre outros, ou seja, tudo que esclarea o

    funcionamento dos processos de trabalho;

    d) Anlise e Projeto de Sistemas - a fase em que o sistema passa a ser

    modelado e projetado;

    e) Construo - que tem a finalidade de codificar o sistema atravs dos

    artefatos gerados na fase anterior;

    f) Homologao - que tem o objetivo de fornecer o aceite do produto

    construdo, onde so feitos testes para garantir que os processos de

    negcio e o sistema funcionem de acordo com o que foi requisitado pelo

    cliente;

    g) Implantao - que tem como objetivo preparar a infra-estrutura e os

    treinamentos necessrios para implantar o produto;

    h) Encerramento - que tem como finalidade avaliar, medir e dar por

    encerrado o projeto.

    Atualmente, a CMO se lanou na tarefa de revitalizar e fortalecer a rea de

    Modernizao Administrativa, com o objetivo de promover novas tcnicas de

    procedimentos, desburocratizao, otimizao de processos e o melhoramento dos

    servios oferecidos pelas unidades da Organizao, apoiando-se no redesenho de

    processos, trabalhos de conscientizao e treinamento de pessoal e no uso eficiente

    de novas tecnologias. A equipe de desenvolvimento de projetos vem trabalhando

    nos seguintes projetos: Sistema do IAT, que tem a finalidade de gerenciar a logstica

    dos eventos realizados pelo Instituto Ansio Teixeira. Gesto TOPA, que tem o

    objetivo de gerir os dados do Todos pela Alfabetizao (TOPA). Gesto da

    Matrcula, com a finalidade de fornecer os requisitos para possibilitar a realizao da

    matrcula informatizada. Almoxarifado, cujo foco gerenciar o almoxarifado da SEC.

    Contratos e Convnios, cujo escopo controlar e acompanhar os convnios e

    contratos firmados entre a SEC e os partcipes; bem como a implantao da nova

    arquitetura padronizada, a qual ser mais detalhada na seo 4.6.

  • 48

    Figura 9 Processo de Desenvolvimento de Sistemas

    3.2 ARQUITETURA LEGADA

    Os sistemas legados no podem ser meramente considerados como

    sistemas antigos. Eles incluem software, hardware, dados e processos corporativos

    e qualquer alterao em uma parte do sistema, provavelmente, envolve

    modificaes em outras partes ou componentes.

    No captulo 1 foram abordadas as diversas arquiteturas que compe os

    parques tecnolgicos dos sistemas da organizao estudada. A figura 10 mostra o

    atual panorama complexo e custoso para integrar as informaes solicitadas pelos

    processos de negcio. Em alguns casos existem at redundncia de funcionalidade

    no gerenciada, dificuldando as respostas geis que as organizaes necessitam

    para aumentar sua competitividade ou melhorar o atendimento sociedade como a

    instituio base para este trabalho.

    Como podemos observar tambm na figura 10, os bancos de dados no

    esto integrados e os requisitos de negcio e/ou funcionalidades esto espalhados

    com suas informaes distribuidas. Com isso, o problema de integridade, associado

    falta de gerncia e redundncia dos dados, cresce exponencialmente medida

    que surgiram novas aplicaes.

    A industria de TI, com o passar do anos, vem procurando evoluir novos

    padres de integrao entre as diversas funcionalidades das aplicaes e as

  • 49

    organizaes. Porm, essas instituies envolvidas no podem abandonar seus

    investimentos em tecnologia e nos seus atuais sistemas. A necessidade de integrar

    os softwares legados com as novas aplicaes que surgem tem levado criao de

    novos produtos e padres com o intuito de permitir que aplicaes existentes

    trabalhem juntas com as novas de uma forma fracamente acoplada. Para possibilitar

    essa flexibilidade entre a troca de dados das aplicaes necessrio a criao de

    um padro independente de plataforma (BECKER; CLARO; SOBRAL, 2002, p. 6);

    (MARTINS, 2005, p. 69). A arquitetura proposta viabiliza essa integrao atravs

    dos Web Services dentro da arquitetura SOA, que ser mais detalhada neste

    captulo.

    Figura 10 Aplicaes Legadas na SEC

    Atualmente, a equipe que desenvolve os software da SEC trabalha em alguns

    projetos com funcionalidades que podem ser caracterizadas como requisitos

    compartilhados, ou seja, houve necessidade de troca de informaes entre eles e

    com os legados existentes, como j foi relatado no captulo 1. Com isso, fica cada

    vez mais e