dissertação - leonardo alcântara portes - 2013

Upload: arqueiro-guerreiro

Post on 27-Feb-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    1/62

    Universidade Federal de GoisInstituto de Matemtica e Estatstica

    Programa de Mestrado Profissional em

    Matemtica em Rede Nacional

    Semigrupos Numricos e suas Caractersticas

    Leonardo Alcntara Portes

    Goinia

    2013

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    2/62

    Esta pgina a do Termo de Cincia e de Autorizao para publicao eletrnica

    do TCC pela Biblioteca da UFG, a qual deve ser encadernada no VERSO da pgina

    anterior . O Formulrio desse Termo de Cincia est em anexo.

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    3/62

    Leonardo Alcntara Portes

    Semigrupos Numricos e suas Caractersticas

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Instituto de Matemtica e Estatstica

    da Universidade Federal de Gois, como parte dos requisitos para obteno do grau de

    Mestre em Matemtica.

    rea de Concentrao: Matemtica do Ensino Bsico

    Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Alves Garcia

    Goinia

    2013

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    4/62

    Esta a Pgina da Ficha de Catalogao com os dados internacionais de Catalo-

    gao, fornecidos pela Biblioteca da UFG. OBS. ESTA PGINA DEVE SER ENCA-

    DERNADA NO VERSO DA PGINA ANTERIOR.

    OBS: O aluno deve pegar esta Ficha no site da Biblioteca, http://www.bc.ufg.br,

    preenche-la, e enviar para a Biblioteca (Tel. (62) 3521-1229), juntamente com Sumrio,

    Resumo, e Folha de rosto do TCC. Posteriormente a Biblioteca envia de volta a Ficha

    com todos os dados.

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    5/62

    OBS: Pgina de aprovao do Trabalho, com as assinaturas dos Membros da

    Banca

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    6/62

    Todos os direitos reservados. proibida a reproduo total ou parcial deste trabalho

    sem a autorizao da universidade, do autor e do orientador.

    Leonardo Alcntara Portesgraduou-se em Matemtica pela Universidade Estadual

    de Gois em 2005. Atualmente professor da Secretaria Municipal de Educao em

    Goinia, Colgio Unus , Colgio Metropolitano e outros.

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    7/62

    Dedico esse trabalho minha me que com honestidade ,

    empenho e muito trabalho fez com que eu fosse o homemque sou hoje, alm de sempre me apoiar nos estudos e

    cuidar para que eu pudesse chegar at aqui.

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    8/62

    Agradecimentos

    A Deus em primeiro lugar por estar sempre ao meu lado , me conduzindo pelos

    caminhos certos e mesmo quando tortuosos me fez chegar ao fim.

    minha me por ser a verdadeira representao de um anjo do Senhor ao meu

    lado, sempre me amando em todos os momentos de minha vida.

    minha esposa que foi quem me apoiou e me incentivou a comear essa batalha e

    no permitiu que eu a abandonasse nos momentos mais difceis dessa luta.

    minha querida , amada e falecida irm que, com certeza, onde quer que esteja est

    olhando por mim e sabida de ser minha eterna inspirao para continuar caminhando.

    Ao amigo Dilermano Honrio de Arruda por se fazer no s um amigo mas um

    verdadeiro pai me apoiando nos estudos e contribuindo para meu crescimento.

    minha querida amiga Eliane Cristina que foi quem me indicou a esse mestrado,

    me deu apoio e fora para termina-lo e sempre acreditou em mim. Sem ela isso no

    seria possivel.

    Aos demais colegas de PROFMAT pelas constantes ajudas e pacincia que tiveram

    comigo, especialmente minha colega e amiga Viviane Kfouri.

    Aos meus coordenadores e patres pela disposio em me ajudar sempre que neces-

    srio.

    Ao meu orientador, professor Dr. Ronaldo Alves Garcia, pelo seu conhecimento e

    pacincia comigo, demonstrando sempre boa vontade em me ensinar e ajudar.

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    9/62

    CAPES pelo incentivo financeiro e UFG por permitir que esse sonho se reali-

    zasse.

    9

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    10/62

    Resumo

    O objetivo deste trabalho mostrar a estrutura de semigrupos numricos e suas ca-

    ractersticas, mostrando a finalizao destes em uma P.A.(progresses aritmticas).Em

    seguida mostrar a curiosidades de alguns semigrupos e realizar muitos exemplos para

    facilitar o entendimento desta estrutura. Por fim mostramos a estrutura para genera-

    lizar o nmero de Frobenius em alguns semigrupos e para a quantidade de elementos

    presente nos semigrupos at a chegada deste nmero.

    Palavras-chave Semigrupos, Nmero de Frobenius, Geradores e sequncia.

    10

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    11/62

    Abstract

    The objective of this work is to show the structure of numerical semigroups and their

    characteristics, showing the completion of these in a P.A.(arithmetic progressions).

    Then we show the curiosities of some semigroups and many examples to facilitate

    understanding of this structure is presented.

    KeywordsSemigroups, Frobenius number, sequence and generators.

    11

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    12/62

    Lista de Figuras

    1 Equao Diofantina Linear 7x + 3y= k . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342 S S1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 403 S S1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 414 Representao geomtrica do conjunto dos elementos (, ) do semi-

    grupoS(21, 31, 45) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

    5 Semigrupos do tipo (a,b,c)com mdc(a,b,c) = 1 . . . . . . . . . . . . . 56

    6 Teorema de Pick . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

    7 Teorema de Pick . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

    12

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    13/62

    Sumrio

    1 Introduo 14

    2 Sees de desenvolvimento do trabalho 14

    2.1 Congruncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    2.2 Teorema de Fermat e a Funo de Euler . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    2.3 Equaes mdulo m . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    2.4 Teorema Chins dos Restos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

    3 Equaes Diofantinas 24

    3.1 Equaes Diofantinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243.2 O Pequeno Teorema de Fermat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

    4 Os semigrupos numricos 28

    4.1 Semigrupos Numricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

    4.2 Alguns Teoremas Importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

    4.3 Demonstrao do Teorema 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    4.4 Demonstrao do Teorema 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    5 Recproca do Teorema de Silvester 37

    5.1 Semigrupos do tipo 2n.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

    5.2 Estrutura de semigrupos gerados por 2 elementos . . . . . . . . . . . . 43

    5.3 Semigrupos gerados por 2 elementos com mdc = 2 . . . . . . . . . . . . 47

    6 Estrutura de semigrupos gerados por 3 elementos 49

    7 Consideraes finais 58

    8 Apndices 59

    9 Referncias Bibliogrficas 61

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    14/62

    1 Introduo

    Acostumados com os contedos de teoria de nmeros e com as estruturas algbricas

    de grupo este trabalho visa dar ao leitor uma introduo bsica sobre semigrupos

    numricos.

    Este trabalho visa mostrar a estrutura simples de um semigrupo e sua criao a

    partir de uma sequncia definida ou a partir de geradores, usando apenas a operao

    de soma.

    Os semigrupos tem grandes aplicaes na matemtica apesar de sua estrutura sim-

    ples, porm nosso enfoque nesse texto mostrar a estrutura e exemplos de semigrupos

    gerados por 2ou 3geradores. Alm disso, queremos mostrar que a estrutura de semi-

    grupos se desemboca em uma P.A., o que torna esse contedo facilmente aplicado nos

    contedos de ensino mdio.

    Na primeira parte do trabalho fazemos uma introduo lgebra, passando por

    contedos necessrios ao entendimento de semigrupos e a outras partes bastante inte-

    ressantes da lgebra como o Teorema de Fermat e as congruncias lineares.

    Na segunda parte mostraremos as estruturas de semigrupos e vrios exemplos, alm

    de mostrar algumas caractersticas importantes de semigrupos, alguns Teoremas, etc.

    2 Sees de desenvolvimento do trabalho

    Neste captulo estudaremos as congruncias lineares mdulo m e algumas de suas apli-

    caes. Estas equaes so fundamentais para defirnirmos alguns conceitos necessrios

    para a explicao dos semigrupos numricos, que veremos adiante. Este captulo foi

    baseado nas referncias [1],[2],[5], [6],[7].

    2.1 Congruncias

    Sejam a, b, nZ. Dizemos que a congruente a bmdulo n, e escrevemos

    ab(modn)se ndivide a bdeixam o mesmo resto na diviso por n.

    14

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    15/62

    Por exemplo temos que 72(mod5)ou que 317(mod6).Com relao as congruncias temos que elas possuem algumas propriedades:

    Reflexivas: x x(modw);

    Simtricas: xy(modw), ento xy (modw);

    Transitivas: xy(modw), e ya (modw), ento xa (modw);

    Compatveis com a soma e a diferena :

    xy(modw)

    ab(modw)

    =

    x + a(x + b)(modw)

    x a(y b)(modw)

    Compatveis com o produto :

    xy(modw)e

    ab(modw)

    Cancelamento : Se mdc(c, w) = 1ento

    xcyc(modw)xy(modw).

    Exemplo 1. Demonstrar que7|315 6.Soluo: Demonstrar que 7 | 315 6 o mesmo que provar que 315 6(mod7).Observemos que : 32 2(mod7).

    Ento temos (32)7 27(mod7) e portanto (32)7 2(mod7). Isto o mesmo quedizer que314 2(mod7).

    Multiplicando os dois membros por3 ( o que no altera pois o mdc(3, 7) = 1)temos:

    315 6(mod7), como queramos demonstrar.

    15

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    16/62

    Exemplo 2. Vamos determinar o resto da diviso de5300 por122.

    Soluo: Temos que5300

    3(mod122)

    Ento (53)10310(mod122) (53)10 59049(mod122).Como 59049 1(mod122), temos que (53)10 1(mod122), que o mesmo que

    530 1(mod122).Elevando os dois membros a10 temos que(530)10 110(mod122) ou seja,5300 1(mod122).Ento 122 divide(5300 1), ou seja, o resto da diviso de5300 por122 1.

    Exemplo 3. Mostre que se a equao x3 117 mltiplo de9, ento qualquer soluointeira deve satisfazer

    x3 117y3 = 5(mod9)Soluo: Observamos quexs pode deixar resto de0 a8 na diviso por9. Analisando

    estes casos temos:

    x mod 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8

    x3 mod 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8

    Ou seja, x3 5(mod9) impossvel e a equao no possui razes inteiras.

    Exemplo 4. Mostre que 13|512 1 o mesmo que provar que512 1(mod13).

    Soluo:

    Sabemos que 512 1(mod13).Portanto 512 1(mod13),como queramos demonstrar.O exemplo 4 um clssico do pequeno Teorema de Fermat que estudaremos adiante.

    Nesta parte do captulo estudaremos as equaes do tipo:

    f(x) = 0(modm)

    na varivel x, onde f(x) um polinmio com coeficientes inteiros. Para isso enuncia-

    remos antes o Teorema de Fermate a Funo de Euler.

    16

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    17/62

    2.2 Teorema de Fermat e a Funo de Euler

    Para Estudar o Teorema de Fermat e a funo de Euler precisamos antes definir o que um sistema completo de restos (que chamaremos de scr) . Dizemos que um conjunto de

    nnmeros inteirosa1, . . . , anforma um sistema de restos mdulo n (scr) se ele contm

    todos os possveis restos da diviso por n, ou seja, scr = 0, 1, 2,...,n 1.Isto , se os ai representam todas as classes de congruncia mdulo n, temos, por

    exemplo, na diviso de um nmero qualquer n por 9 , que o conjunto 0, 1, 2, . . . , 8

    formam um scr mdulo 9. Equivalentemente, podemos dizer que a1, . . . , an formam

    um scr mdulo nse, e somente se, aiaj(mod n)implicar i= j.

    Ento dizemos que a funo de Euler(n) o nmero de inteiros positivos menoresou igual a nque so primos com ne denotaremos da seguinte maneira:

    (n) ={xN/1xn, mdc(x, n) = 1}

    Exemplo 5.n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    (n) 1 1 2 2 4 2 6 4 6 4

    (1) = 1 por que o nico inteiro positivo menor ou igual a 1 o prprio 1 e

    mdc (1,1) = 1.

    Exemplo 6. Para exemplificar o Teorema acima vamos calcular(9). Veja o nmero

    de elementos do conjunto.

    {x

    N /1

    x

    9 | mdc(x,9) = 1} = {1,2,4,5,7,8}

    Como o nmero de elementos do conjunto 6, ento (9) = 6.

    Montar o conjunto para um certo e contar seu nmero de elementos utilizando

    esse mtodo fcil apenas se este for relativamente pequeno. Esta tarefa torna-se

    complicada com relativamente grande, por exemplo = 12960.

    Mas se for primo, simplesmente() = - 1, tendo em vista que todos os inteiros

    positivos menores que primo so primos com o mesmo.

    17

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    18/62

    Vejam na tabela do exemplo 5

    (2) = 1, (3) = 2, (5) = 4, (7) = 6,

    e assim por diante .

    Sendo um inteiro positivo qualquer, como calcular ()?

    Para responder essa pergunta utilizaremos a propriedade de que a funo de Euler

    uma funo aritmtica multiplicatica, ou seja, se ae bso inteiros positivos tais que

    mdc(a, b) = 1, ento

    (ab) =(a).(b)

    Para demonstrar a afirmao acima utilizaremos o Lema abaixo.

    Lema 1. Dados os inteiros positivosk, a eb, com mdc(a, b) = 1, ento os restos das

    divises dosa inteiros

    k, k+ b, k+ 2b,...,k+ (a 1)bpora , so todos diferentes.

    Demonstrao. Observe a desigualdade 0 s, t < a. Suponhamos por absurdo, que+ sb e + tb deixem o mesmo resto na diviso por a. Assim, + sb = aq+r e

    + tb= aq + r.Ento veja que adivide o produto (s t)b:

    ( + sb) ( + tb) = (aq+ r) (aq + r)(s t)b= a(q q)(q q) =(s t)ba

    .

    Por hiptese, mdc(a, b) = 1, logo a divide (st), o que impossvel porque foiimposto que 0s,t < a.

    Conclumos ento que os restos so todos diferentes.

    Corolrio 1. Seano divide um nmero pqualquer, ento o resto r (0r < a) temexatamente uma quantidade a de inteiros positivos, tal que estes dispostos em ordem

    so0, 1, 2,...a 1.

    Teorema 1. A funo de Euler uma funo aritmtica multiplicativa.

    O que faremos provar que (ab)= (a).(b), desde que mdc(a, b) = 1.

    Demonstrao. Se a= 1ou b= 1, o teorema vlido, pois

    18

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    19/62

    (1.b) =(b) = 1.(b) =(a).(b)

    (a.1) =(a) =(a).1 =(a).(b)

    Sejam, ento a > 1 e b > 1. Vamos agora dispor todos os inteiros 1, 2,...,abem a

    linhas e b colunas, para da tirar algumas concluses.

    0b+1 0b+2 ..... 0b+k .... 1b

    1b+1 1b+2 ..... 1b+k ..... 2b

    2b+1 2b+2 ..... 2b+k ..... 3b

    ..... ..... ..... ..... ..... .....(a-1)b+1 (a-1)b+2 ..... (a-1)b+k ..... ab

    Os inteiros da -sima coluna sero primos com bapenas se for primo com b.

    De fato, pois, de modo inverso, bdivide qb + , apenas se for mltiplo de b.

    Suponhamos que a -sima coluna seja uma destas (b)colunas. Pelo Lema 1, os

    restos das divises dos ainteiros desta coluna por aso 1, 2, ...a 1. Como sabemos,(a) = 1, 2,...,a 1 . Logo o nmero de inteiros da -sima coluna que so primoscom a (a).

    Portanto, em cada coluna (em um total de (b)de inteiros onde todos so primoscom b, vamos ter (a)inteiros que so primos com a.

    Logo, o nmero de inteiros da matriz a bque so primos coma e b (a)(b).claro que todo nmero que no tem fatores primos com ae b tambm no tero com

    o produto ab. Assim, (a).(b)tambm a quantidade de inteiros positivos menores

    que, e primos, comab.

    Concluso : (ab) = (a)(b).

    Corolrio 2. Se os inteiros positivosa1, a2, . . . , an =a,b, c, ..., z respectivamente , e

    a,b,...,zso dois a dois primos entre si, ento

    (a1, a2, a3, . . . , an) =(a1)(a2)(a3) . . . (an)

    ou

    (a , b , c , . . . , z ) =(a)(b)(c) . . . (z)

    19

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    20/62

    Esta generalizao do teorema uma propriedade comum todas as funes arit-

    mticas multiplicativas.

    Agora j sabemos que se n = p primo, ento (p) = p 1. Ento dado a N,com a1, vamos estabelecer a frmula para o clculo de (pa).

    Teorema 2. (p) =p p1

    Demonstrao. Os inteiros menores que pa e que so primos com p

    t.p= p t = p1

    Ento como tindica a quantidade de inteiros menores que p

    que no so primoscomp, a quantidade de inteiros que so menores quepe primos comp so exatamente

    p p1. Assim, (p) =p p1.

    Associando a propriedade multiplicativa da funo de Euler e o Teorema 2, conse-

    guimos calcular (n)para qualque inteiro positivo n.

    Exemplo 7. Calcular(5625000).

    Primeiro passo: Fatorarn= 5625000, ou seja, n= 23.32.57

    Segundo passo: Calcular(pa) =pa pa1.

    (23) = 23 22 = 8 4 = 4(32) = 32 31 = 9 3 = 6

    (57) = 57 56 = 78125 15625 = 62500Por ltimo, aplicamos a propriedade multiplicativa de(n).

    (5625000) =(23.32.57) = 4.6.62500 = 1500000

    Oltimo teorema de Fermat, afirma que no existe nenhum conjunto de inteiros

    positivosx, y ,ze ncom nmaior que 2que satisfaa

    xn + yn = zn.

    20

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    21/62

    2.3 Equaes mdulo m

    Se mdc(a, m) = 1, como a invertvel mdulo m, a equao

    axb(modm),

    tem soluo nica mdulo m, dada por

    xa(m)1b(modm).

    Utilizando o Teorema de Fermat temos que todas as solues da equao acima so da

    forma

    xa(m)1b + km(modm),onde kZ

    Temos que na congruncia linear do tipo

    axb(modm),um inteiro xser uma soluo se existir yZ tal que ax b= my.

    Logo, se d = mdc(a, m) , ento para que exista soluo devemos ter que d|b poisb= ax myPor outro lado, sabemos que existem inteiros x0 e y0 tais que

    ax0+ my0=d

    x0 e y0 podem ser encontrados atravs do algortmo de Euclides, com o qual se

    calcula d.

    Ento, se d|b, temos que

    ax0b

    d+ my0

    b

    d=b

    e vemos que a equao modular tem a soluo x = x0b

    d(ou a classe de congruncia

    deste nmero).

    Para analisar a existncia de outras solues, supomos que ze wsatisfazem igual-

    mente az mw= b ; entoaz mw= ax mya(a x) =m(w y) a

    d(z x) = m

    d(w y)

    mas, como a

    d

    e m

    d

    so primos entre si, isso implica que

    21

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    22/62

    m

    d|(z

    x)

    ou seja

    z=x + k.m

    d, kd

    Duas solues desta forma sero congruentes mdulo m se d|k. Temos, portanto, dsolues distintas, correspondentes aos valores 0k < d.

    Logo, da, temos a seguinte proposio

    Proposio 1. ParamN, a

    Z ed= mdc(a, m) a equao

    axb(modm)temd solues distintas sed|b e no tem solues se (db)( que o mesmo que

    dizer qued no divideb ).

    Sex0ey0so inteiros satisfazendoax0+ my0=d, as solues do primeiro caso so

    x0b

    d+ k

    m

    d, 1

    k < d

    Neste caso o nmero de solues distintas mdulo m da equao exatamente o

    mdc(a, m).

    Exemplo 8. Agora vamos resolver a equao 12x28(mod8)Observe que o mdc(12, 8) = 4 e como 4|28 , logo pelo Teorema acima sabe-se que

    esta equao tem4 solues.

    Testando, encontramos como solues3, 5, 7 e9. Qualquer outra soluo congru-ente a uma dessas, mdulo 8.

    Exemplo 9. Encontrando a soluo da equao 10x11(mod9)Observe que o mdc(10, 9) = 1, e como 1|9 a equao tem uma nica soluo.Podemos ver que a soluo 2; qualquer outra soluo congruente a essa, mdulo

    9.

    Para resolvermos um sistema de congruncias lineares, podemos usar o Teorema

    chins do resto, que garante a existncia de soluo para este tipo de sistemas.

    22

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    23/62

    2.4 Teorema Chins dos Restos

    Considere o sistema de equaes

    Kc1(mod n1)

    Kc2(mod n2)

    Kc3(mod n3)

    . . .

    Kck(mod nk)

    (1)

    Teorema 3. O sistema (1), onde mdc(ni, nj) = 1, para todo ni, nj comi=j , possuiuma nica soluo mdulo N, comN=n1n2 . . . nk. Tal soluo pode ainda ser obtida

    da seguinte maneira :

    X=N1Y1C1+ N2Y2C2+ ... + NrYrCr

    ondeNi =N/ni eyj soluo deNiY1(modni) , i= 1, 2, ...r.

    Demonstrao. Vamos inicialmente provar que x uma soluo simultnea do sistema(1). De fato, como ni|Ni, se i=j , e Niyj1 (modni)segue-se que

    X=N1y1c1+ N2y2c2+ + NryrcrNiyici(modnj).Por outro lado, se x outra soluo do sistema (1), ento

    Xx(modni), i, i= 1, 2, ...., r.Como mdc(ni, nj) = 1(ou podemos dizer apenas (ni,nj) = 1),i=j , segue-se que o

    mmc de n1, . . . , nr, que podemos representar por [n1, . . . , nr], igual a n1, . . . , nr =Ne , consequentemente, temos que

    Xx(modN).

    Exemplo 10. Vamos agora resolver o famoso problema de Sun-Tsu, matemtico chins

    que viveu no sculo 3 d.C. , que prope encontrar o nmero que deixa restos2 , 3 e2

    quando dividido por3, 5 e7, respectivamente.

    23

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    24/62

    Soluo : Resolver o problema de Sun-Tsu o mesmo que resolver o sistema de

    congruncias

    K2(mod3)

    K3(mod5)

    K2(mod7)

    (2)

    Temos queN3= 3.5.7 = 105; N1 = 35, N2= 21 eN3= 15.

    Temos tambm que resolvendo as equaes35Y1(mod3), 21Y1(mod5) e15Y1(mod7) encontramos as soluesy1= 2, y2= 1 ey3 = 1, respectivamente.

    Portanto, uma soluo mdulo N= 105 dada por

    X=N1y1c1+ N2y2c2+ N3y3c3 = 233.

    Como 233 23(mod 105), ento a soluo nica, mdulo 105, do problema deSun-Tsu e qualquer outra soluo da forma23 + 105, comN.

    3 Equaes Diofantinas

    Neste captulo estudaremos as equaes diofantinas e o Pequeno Teorema de Fermat.

    Esses dois tpicos so usados nos semigrupos gerados por n elementos, que estudaremos

    logo a seguir. Estes conceitos nos daro condies para provar alguns tpicos em relao

    aos semigrupos, e foi escrito baseado em [5], [6], [7], [8] e [11]

    3.1 Equaes Diofantinas

    Diofanto, nascido em221d.C., viveu em Alexandria j sobre o domnio romano e fale-

    ceu aos 84 anos. Foi um dos nicos matemticos de renome de sua poca que dedicou

    seu trabalho teoria dos nmeros.

    As equaes polinomiais com coeficientes inteiros e solues inteiras ou racionais so

    chamadas hoje de Equaes Diofantinas.

    As equaes diofantinas que iremos estudar so do tipo ax + by= n, coma,be nZ.

    24

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    25/62

    As equaes desse tipo s admitem soluo se, e se somente se, o mdc(a, b)|n.Observe que se x

    0e y

    0 uma soluo particular da equao ax+by =n ento temos

    que xe ysero solues desta mesma equao se, e somente se,

    x= x0+ t.a

    (a, b)

    e

    y= y0+ t.a

    (a, b)

    para algum tZ, em que (a, b) =mdc(a, b).

    Exemplo 11. Resolver a equao 12x -7y = 9

    Como mdc(12, 7)|9 a equao tem soluo. Vamos encontrar a soluo (x0, y0) destaequao.

    Pelo algoritmo euclidiano, temos:

    12 = 7.1 + 5

    7 = 5.1 + 2

    5 = 2.2 + 1

    Isolando as equaes temos

    1 = 5 - 2.2 (a)

    2 = 7 - 5.1 (b)

    5 = 12 - 7.1(c)

    Substituindo (c) em (b) obtemos :

    2= 7 - 12 + 7 = 7.2 - 12 (d)

    Substituindo (c) e (d) em (a) obtemos :

    25

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    26/62

    1 = 12 - 7.1 - 2 (7.2 - 12) = 12 - 7.1 - 7.3 + 12.2

    Ento temos

    1 = 12.3 - 7.5

    E, portanto,

    9 = 12.27 - 7.45

    Logo, x1= 27 ey1= 45 uma soluo particular da equao.

    Vamos agora determinar a soluo da equao :

    x= 27 + t.7 e y= 45 t.12.Encontrando o maior valor detN, de modo quex, yN.Neste caso, isso ocorre quando t= 3, logo a soluo x0= 6 ey0 = 9.

    As solues da equao so

    x= 6 + 7t e y= 9 + 12t.

    Depois dos trabalhos de Diofanto a Aritmtica ficou muitos anos sem um grande

    salto. Apesar de algumas descobertas ela s voltou a ter grandes avanos atravs de

    Pierre de Fermat, um jurista francs que viveu no sc. X V I I e contribuiu com vrios

    teoremas , dentre eles um bastante usado na lgebra, o Pequeno Teorema de Fermat.

    3.2 O Pequeno Teorema de Fermat

    Teorema 4. Sejaa um inteiro positivo ep um primo, ento

    ap a(modp).

    Demonstrao. Vamos provar por induo sobre a.

    Para a = 1 claro o resultado, pois pdivide 0 ( p|0).Suponha o resultado vlido para a. Iremos provar que ele tambm vale para a + 1.

    Pela frmula do Binmio de Newton,

    26

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    27/62

    (a + 1)p (a + 1) =ap a + p1

    ap1 + ... pp 1

    a . (3)

    Como os nmeros

    p

    1

    so todos divisveis por p, sendo p um nmero primo,

    ento por isso e pela hiptese temos que

    ap

    a +

    p

    1

    ap1 + ...

    p

    p 1

    a (4)

    divisvel por p.

    Ento podemos enunciar o pequeno Teorema de Fermat da seguinte forma:

    ap a(modp)ou

    ap 11(modp)Exemplo 12. Vamos agora encontrar o resto da diviso de2100 por11.

    soluo : Pelo teorema acima temos que210 1(mod11).Elevando ambos os lados da equao por 10 temos que 2100 1(mod 11) ou seja, oresto da diviso de2100 por11 1.

    Exemplo 13. Calculando agora o resto da diviso de7213 por17 :

    soluo : Observe que7213

    = 716.13+5

    Temos que72 2 (mod17) e75 11(mod17)Como 72 2 (mod17)Elevando os dois lados quarta potncia temos :

    (72)4 16 (mod17)Que tambm pode ser escrito

    78 1(mod17)Elevando os dois lados ao quadrado temos :

    716

    1(mod17)

    27

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    28/62

    Elevando os dois lados a treze e multiplicando por75 temos :

    (716)13 .(75)

    (113). 75 (mod17)

    Ou seja, 7213 75(mod17)E como 75 11(mod17), logo7213 11(mod17)Logo o resto dessa diviso 11.

    Observamos que as equaes diofantinas no lineares so muito complexas e dariam,

    por si s, um trabalho sobre elas.

    4 Os semigrupos numricos

    Neste captulo estudaremos os semigrupos gerados por2e3elementos , alm de mostrar

    algumas de suas caractersticas e aplicaes.

    Estudaremos regularidades de alguns semigrupos, alm de mostrar alguns teoremas

    importantes acerca do estudo destas estruturas. Esse captulo foi escrito baseado nas

    referncias [8], [10], [12] e [17].

    4.1 Semigrupos Numricos

    Subconjuntos S de N {0} so chamados de semigrupos quando 0 pertence a S equando x, ypertencem a S=x + yS.

    Um semigrupoS dito de razor se existea0Stal queS{a0, a0 +r, a0+ 2r,...} igual a {a0, a0+r, a0+2r,...} ,ou seja, o semigrupo uma progresso aritmtica(P.A.)de razo r >0 a partir de a0.

    Quando esta P.A. for de razo 1este semigrupo ser chamado de semigrupo arit-mticoou numrico.

    Dizemos que o menor elemento de Sque satisfazer essa condio chamado de

    regularizador aritmticodeste semigrupo e ser denotado por r(S).

    Os nmeros inteiros l no pertencentes ao semigrupo Sso chamados de lacunase o

    nmero de lacunas g chamado de gnero.

    28

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    29/62

    Exemplo 14. SejaS1={0, 5, 6, 7, 8, 9, . . .}.Como S

    1 um semigrupo, o regularizador deS

    15, ou seja, r(S

    1) =

    {5}

    Se temos um semigrupo numrico ento N\S um conjunto finito er(S) =F(S)+1,em que F(S) chamado de nmero de Frobenius deste semigrupo.

    Ou seja, o conjunto das lacunas de S denotado por LS=N\S.Se em algum caso LS ={l1 < l2 < ls} for finito, dizemos que ls a maior lacuna

    de S.

    Exemplo 15. S1 ={0, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, } um semigrupo. TemosLS1 ={1, 2, 3, 4}.Como o conjunto das lacunas deS1 finito e seu maior elemento o 4, ento ls= 4

    Exemplo 16. O conjunto das lacunas do semigrupo formado pelos nmeros pares

    S ={0, 2, 4, 6, . . . , 2k , . . .} LS ={1, 3, 5, 7, 9, . . . , 2k+ 1, . . .} e como este conjunto infinito ele no possui nmero de Frobenius e seu regularizador aritmtico r(S) o

    zero.

    Usualmente representamos um semigrupo Sna seguinte forma:

    S={0, s1, s2, . . . , sn, . . .}.

    Poderia restar dvidas se os sucessores de sn, no semigrupo, so todos os naturais

    maiores que sn. Para evitar essas dvidas, passaremos tambmm a expressar um se-

    migrupo por meio de seus geradores.

    Definio 1. SejamSum semigrupo com regularizadorr(S) e um elemento qualquer

    p= 0 deS. O nmero de Frobenius uma unidade a menos que o regularizador , ouseja , F(S) =r(S) 1.

    Estudaremos agora alguns resultados envolvendo o gnero g e a maior lacuna lg do

    semigrupo S.

    Sejama1, a2, . . . , anN. O semigrupo gerado pelo conjunto{a1, a2, . . . , an} dadopor: S:=< a1, a2, . . . , an>=

    {a1x1+ a2x2+

    + anxn : x1, x2, . . . , xn

    N

    0}

    .

    29

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    30/62

    S um semigrupo numrico se, e somente se, mdc(a1, a2,...,an) = 1.

    Existe um conjunto natural que gera um semigrupo.

    Tome:

    si=min{hH :hi(modn1)},ou seja, S gerado por{n1, s1, . . . , S n1 1} e no se tem necessariamente que o

    nmero de geradores de S o menor possvel.

    Vamos agora discutir a possibilidade de se obter uma frmula explcita para o g-

    nero g e para a maior lacuna lg em funo dos geradores do semigrupo S.

    Para S=< a1, a2 > pode se escrever que g=

    (a2

    1)

    2 e lg = (a1 1) 1.Como mdc(a1, a2) = 1ento existem ze tZ tais que a1z+ a2t= 1.Suponha que za2. Pelo algoritmo da diviso de Euclides tem-se que z=a2q+ r

    comq1 e 0r < a2. Deste modo a1z+ a2t= a1(a2q+ r) + a2t= a1r + a2(a1q+ t).Chamando x= r e y= a1q+ ttem-se que a1z+ a2t= a1x + a2y.

    Logo podemos considerar a seguinte igualdade a1x+a2y = 1para todo xe yZcom 0x < a2.

    Esta nova representao se torna nica. Ento para qualquer n

    N tem-se que

    n= n.1 =n(a1x + a2y) =a1nx + a2ny.

    Desta maneiranSse, e somente se,a1nx, a2ny0. Tomem = max{n: n /H}.Entom dado porx= a21ey =1. Assimlg =a1(a21)a2 = (a11)(a21)1.Como ng =lg+ 1tem-se que lg+ 1 = (a1 1)(a2 1).

    Para determinar g deve-se contar at quando a1(a2 1) (a2 1) - na2 S, ouseja,

    a1(a2 1) na2 > 0,com0ba1 1.

    Ento temos que g=(a1 1)(a2 1)

    2

    No conhecemos a resposta deste problema para n > 2 . No caso em que n = 3 ,

    e supondo que os geradores so co-primos( primos entre si) , exibiremos uma frmula

    que j foi provada por dois matemticos ( Rosales e Sanches-Garcia).

    30

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    31/62

    Considere Sum semigrupo minimamente gerado por {a1, a2, a3} tais que mdc(ai, aj) =1para todo i

    =j com 1

    i, j

    3.Sejam i, j e knmeros inteiros entre 1e 3, defi-

    nimos :

    ci:=min{nN : nai< aj, ak >}.Tem-se que :

    c1a1=r12a2+ r13a3

    c2a2=r21a1+ r23a3

    c3a3=r31a1+ r32a2

    Osrij acima definidos so inteiros positivos.

    Os geradoresa1, a2e a3 podem ser reescritos como :

    a1=r12r13+ r21r23+ r13r32

    a2=r13r21+ r21r23+ r23r31

    a3=r12r31+ r21r32+ r31r32

    4.2 Alguns Teoremas ImportantesTeorema 5. [Teorema de Sylvester] Sejama eb nmeros naturais tais que mdc(a, b) =

    1 e considere o semigrupo S(a, b) gerado por a e b. A maior lacuna de S(a, b) de

    N \ S(a, b) o nmero (mpar) de FrobeniusF(a, b),

    F(a, b) =ab (a + b) = (a 1)(b 1) 1 =r(S) 1.O semigrupo S(a, b) aritmtico.

    Demonstrao. Sejam a e b nmeros inteiros positivos tais que o mximo divisor comummdc(a, b)seja igual a1, isto ,aebso primos entre si. Equivalentemente, mdc(a, b) =

    1se, e somente se, as progresses aritmticas

    P(a) ={0, a, 2a , . . . , m a , . . .}= aN eP(b) ={0, b, 2b, 3b , . . . , n b , . . .}= bN possuemelementos que diferem de uma unidade inteira.

    Portanto existem inteiros positivos m, n N tais que|manb| = 1. Assim aequao linear ax+ by = 1 possui infinitas solues inteiras. Se (x0, y0) for uma

    soluo particular , ento todas as demais soules inteiras so parametrizadas por

    x(n) = x0+ bn e y(n) = y0

    an, n

    Z. Quando uma soluo (x0, y0) da equao

    31

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    32/62

    ax+by= 1pertence ao primeiro quadrante do planoxy, isto x0e y0, dizemosque a soluao no negativa . Se x

    0>0 e y

    0> 0 a soluao positiva.

    Para continuar a demonstrao usaremos os teoremas e lemas a seguir.

    Teorema 6. Sejama eb nmeros naturais tais que mdc(a, b) = 2.

    Ento dizemos queS(a, b) um semigrupo de razo 2e o seu regularizador aritm-

    tico o nmero par ,

    r(S(a, b)) =1

    2.(a 2)(b 2).

    Devido aos Teoremas 5 e 6 natural esperar uma generalizao para semigrupos

    S(a, b)com mdc(a, b) =k, k3.Teorema 7. Sejama eb nmeros naturais tais que mdc(a, b) =k, k3.

    Ento S(a, b), o semigrupo gerado por a e b um semigrupo de razo k e o seu

    regularizador aritmtico dado

    r(S(a, b)) =1

    k.(a k)(b k).

    Lema 2. Seja mdc(a, b) = 1. Ento, a equao diofantina ax+ by = ab+ r possuisolues inteiras positivas para todo r N e somente as solues no negativas(0, a)e(b, 0) parar= 0.

    Demonstrao. Primeiro mostramos que o Lema verdadeiro para r = 0.

    Temos que a equao ax + by= ab possui solues particulares(b, 0)e (0, a).

    As demais solues so dadas por x(n) = bn, y(n) = aan, n Z e nenhumadelas pertence ao primeiro quadrante.

    Em seguida, para demonstrar o Lema para r

    1 tomamos uma soluo inteira da

    equao diofantina ax0+ by0= 1comx00.Consideramos a reta que liga os pontos (0, 0)e (x0, y0).

    A interseo desta reta com a retaax +by= ab +r uma soluo inteira da equao

    ax + by= ab + r.

    De fato este ponto de interseo exatamente o ponto

    x1=x0(ab + r), y1 = y0(ab + r).

    32

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    33/62

    Assim as solues inteiras da equao ax + by= ab + rso dados por

    xn=x1+ b(n 1) =x0(ab + r) + bn

    yn=y1 an= y0(ab + r) a(n 1), nZ.Como a velocidade da reta acima

    a2 + b2, segue que a sequncia de pontos

    (xn, yn) dever visitar o segmento de reta definido pelos pontos extremais (0,ab + r

    b )

    e (ab + r

    a ,0) que tem comprimento maior que

    a2 + b2, portanto a equao diofantina

    ax + by= ab + rsempre possui soluo inteira positiva para todo r1, veja figura 1.

    Lema 3. Seja mdc(a, b) = 1. Ento a equao diofantinaax+ by =k possui solues

    inteiras no negativas para todo kab (a + b) + 1 = (a 1)(b 1) eab a b nopertence ao semigrupo S(a, b).

    Demonstrao. Pelo Lema 2 a equao ax + by= ab possui solues inteiras positivas

    (b, 0) e (0, a) e a equao ax+by = ab+ 1possui solues inteiras positivas (b, 0) e

    (0, a)e a equaoax + by=ab + 1possui solues inteiras(x1, y1)com x1 > 0e y1 > 0.

    Portanto a(x1

    1) + (y1

    1)= ab

    (a + b) + 1 = (a

    1)(b

    1)

    S(a, b).

    Da mesma maneira se (xr, yr), com xr > 0e yr >0, soluo inteira positiva de

    ax + by= ab + r,r >1, temos que(xr 1, yr 1) inteira soluo positiva da equaoax+ by = ab (a+ b) +r, r > 1, temos que (xr 1, yr 1) uma soluo inteira,positiva, da equaoax+by =ab (a+b) +r. A equao ax+by =ab a bnopossui solues inteiras no negativas.

    Ento, seja (x,y) uma soluo comx >0ey >0, tal queax+by= abab. Logo(x + 1, y + 1) uma soluo positiva da equao ax + by=ab poisa(x +1)+ b(y + 1) =

    ax + by+ a + b= ab a b + a + b= ab.Isto uma contradio com o fato de que as nicas solues inteiras no negativas

    de ax + by=ab serem(b, 0)e (0, a). Portanto o Lema est demonstrado.

    Lema 4. Seja mdc(a, b) = 1. Dado k N tal queab > k (a 1)(b 1) a equaodiofantinaax + by=k possui uma nica soluo inteira no negativa.

    Demonstrao. Pelo Lema 3 sempre temos solues nas condies do enunciado.Portanto,

    devemos primeiro estabelecer a unicidade. Demonstraremos ento que a equao dio-

    fantinaax+by = ab 1possui uma nica soluo inteira positiva. Lembramos que a

    33

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    34/62

    equao ax+by =ab possui somente as solues inteiras (b, 0)e (0, a)no negativas.

    Considere o segmento com vrticesA1= (

    ab

    1

    a , 0)e A2 = (0,

    ab

    1

    b ).O seu comprimento (1 1

    ab)

    a2 + b2 0.

    Demonstrao. Observamos que o nmero total de pares(n, n)no conjunto {0, 1, 2, . . . ,F(a,b,c)} igual a F(a,b,c) + 1.Portanto,

    F(a,b,c) + 1 = #{(+, )} + #{(, +)} + #{(, )}.

    49

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    50/62

    #{

    (+)}

    = #{

    (+,

    )}

    = #{

    (

    , +)}

    e

    #{()}= #{(+, )}= #{(, )}Consequentemente,

    #{(+)} + #{()}= F(a,b,c) + 1 = #{()} #{(+)}= #{(, )}Logo temos,

    {(+)}= F(a,b,c) + 1 #(, )2

    {()}= F(a,b,c) + 1 + #(, )2

    .

    Exemplo 17. S(4, 9, 19) = 0, 4, 8, 9, 12, 13, 16, 17, 18, 19,...

    Observe que depois do 16 todos os naturais pertencem ao semigrupo S.

    O conjunto dos elementos do tipo (, ) :{(, }={(1, 14), (4, 11), (5, 10)}.A cardinalidade do conjunto{(, )} 6.

    Exemplo 18.Seja o semigrupoS(21, 31, 45)relatado abaixo, temos queF(21, 31, 45) =

    227 e24 so elementos do tipo (, ).

    Mostrando o semigrupo :S(21, 31, 45) ={0, 21, 31, 42, 45, 52, 62, 63, 66, 73, 76, 83, 84, 87, 90, 94, 97, 104, 105,

    107, 108, 111, 114, 115, 118, 121, 124, 125, 126, 128, 129, 132, 135, 136, 138, 139, 142, 145,

    146, 147, 149, 150, 152, 153, 155, 156, 157, 159, 160, 163, 166, 167, 168, 169, 170, 171, 173,

    174, 176, 177, 178, 180, 181, 183, 184, 186, 187, 188, 189, 190, 191, 192, 194, 195, 197, 198,

    199, 200, 201, 202, 204, 205, 207, 208, 209, 210, 211, 212, 213, 214, 215, 216, 217, 218, 219,

    220, 221, 222, 223, 225, 226, 228, . . . , }.Observamos que depois do228 , todos os naturais pertencem ao semigrupo S. Para

    comprovar isto basta listar o semigrupo at o elemento 228 + 21 = 249.

    50

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    51/62

    O conjunto dos elementos do tipo (, ) :

    {(

    ,}

    ={

    (3, 224), (24, 203), (34, 193), (48, 179), (55, 172), (65, 162), (69, 158), (79, 148),

    (86, 141), (96, 131), (100, 127), (110, 117)}.A cardinalidade do conjunto{(, )} 24.A representao geomtrica do conjunto dos elementos(, ) :

    Figura 4: Representao geomtrica do conjunto dos elementos (, ) do semigrupoS(21, 31, 45)

    No slido acima (figura 4) cada direo das setas revela umaP.A.e a razo de cada

    uma delas um dos geradores do semigrupo (

    a P.A de razo 31;

    aP.A. de

    razo21 ; a P.A. de razo 45).

    Exemplo 19. Seja o semigrupo :

    (29, 37, 51) ={0, 29, 37, 51, 58, 66, 74, 80, 87, 88, 95, 102, 103, 109, 111, 116, 117, 124,125, 131, 132, 138, 139, 140, 145, 146, 148, 153, 154, 160, 161, 162, 167, 168, 169, 174, 175,

    176, 177, 182, 183, 185, 189, 190, 191, 196, 197, 198, 199, 203, 204, 205, 206, 211, 212, 213,

    214, 218, 219, 220, 222, 225, 226, 227, 228, 232, 233, 234, 235, 236, 240, 241, 242, 243, 248,

    249, 250, 251, 254, 255, 256, 257, 259, 261, 262, 263, 264, 265, 268, 269, 270, 271, 272, 273,276, 277, 278, 279, 280, 283, 284, 285, 286, 287, 288, 290, 291, 292, 293, 294, 296, 298, 299,

    300, 301, 302, 305, 306, 307, 308, 309, 310, 312, 313, 314, 315, 316, 317, 319, 320, 321, 322,

    323, 324, 325, 327, 328, 329, 330, 331, 333, 334, 335, 336, 337, 338, 339, 341, 342, 343, 344,

    345, 346, 347, 348, 349, 350, 353, 352, 353, 354, 355, 356, 357, 358, 359, 360, 361, 362, 364,

    365, 366, 367, 368, 370...}.

    A partir do 370 temos todos os nmeros

    51

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    52/62

    O nmero de Frobenius 369.

    Temos ento 175 nmeros que so do tipo (+) e195 numeros que so do tipo(

    )

    Temos ento os nmeros do tipo (, ) :(43, 326), (65, 304), (72, 297), (94, 275), (122, 247), (123, 246), (130, 239), (152, 217),

    (159, 210), (181, 188)

    10 pares, ou seja , 20 nmeros do tipo (, )

    Confirmando as frmulas temos:

    {(+)}=(369 + 1

    20)

    2 = 175

    e

    {()}= (369 + 1 + 20)2

    = 195

    Exemplo 20. Seja o semigrupo abaixo:

    (7, 11, 15) ={0, 7, 11, 14, 15, 18, 21, 22, 25, 26, 28, 29, 30, 32, 33, 35, 36, 37, 39,...}

    A partir do 39 temos todos os nmeros naturais.

    O nmero de Frobenius 38.

    Temos ento 18 nmeros que so do tipo (+) e21 numeros que so do tipo ()Temos ento os nmeros do tipo (, ) :(4, 34),(19, 19),2 pares, ou seja ,3 nmeros do tipo(, )que so4, 19e34, formandoumaP.A. de razo 15.

    Confirmando as frmulas temos:

    {(+)}= (38 + 1 3)2

    = 18

    {()}= (38 + 1 + 3)2

    = 21

    Exemplo 21. (5, 8, 14, 22) ={0, 5, 8, 10, 13, 14, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 22,...}

    F(5, 8, 14, 22) = 17;{(+)}= 8,{() = 10e{(, )}= (6, 11) ou seja2 nmeros.

    52

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    53/62

    Pela conjectura 1{(+)} = 17+122

    = 8 e{()} = 17+1+22

    = 10

    Exemplo 22. (8, 13, 31, 44) ={0, 8, 13, 16, 21, 24, 26, 29, 31, 32, 34, 37, 39, 40, 42, 44,45, 47, 48, 50, 52, 53, 55, 56, 57, 58, 60, 61, 63, 64, 65, 66, 68, 69, 70, 71, 72,

    73, 74, 75,...}

    F(8, 13, 31, 44) = 67 ;{(+)} = 32,{()} = 36 e{(, )} = (5, 62); (18, 49) ouseja, 4 nmeros.

    Pela conjectura 1 {(+)}= 67+142

    = 32 e{()}= 67+1+42

    = 36

    Teorema 8. Sejax {0, 1, . . . , F (a,b,c)}e suponha quep < x < r ondep er so dotipo (, ). Ser x {(+)} ex p {(+)} ento x do tipo (, ).

    Demonstrao. Sendor = x + (r x), sex for do tipo(+), como por hiptese r x{(+)}, ento r tambm seria do tipo (+), o que no verdade pois estamos supondor {()}. Por outro lado, como x+ x = F(a,b,c) e p+ p = F(a,b,c) temos quex + x= p +pe assim obtemos quep = x + (x p). Como(x p) {(+)}e p {()},temos obrigatoriamente que x do tipo ().

    Assim,x + xso ambos do tipo (), ou seja, x do tipo (, ).

    Conjectura 1. (Arnold) Considere um semigrupo S(a,b,c), mdc(a,b,c) = 1.

    SejaM=max{(, )} em= mim{(, )}. Ento M m {(+)} S(a,b,c).

    O seguinte semigrupo com 4 geradores, veja [9], mostra que a conjectura acima

    especfica para 3geradores.

    Considere o semigrupo Sgerado por (4, 6, 13, 15).

    Temos que

    S(4, 6, 13, 15) ={0, 4, 6, 8, 10, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18,...}O conjunto das lacunas {()} ={1, 2, 3, 5, 7, 9, 11}.O seu nmero de Frobenius

    11e{(, )}={2, 9}.Aqui o maior elemento de (, ) M= 9e o menor elemento de (, ) m= 2.

    No entanto M m = 9 2 = 7 no pertence a S(4, 6, 13, 15), ou seja, no do tipo{(+)}.

    53

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    54/62

    Exemplo 23. Considere o semigrupo gerado por(15, 21, 25).

    Temos que:

    (15, 21, 25) ={0, 15, 21, 25, 30, 36, 40, 42, 45, 46, 50, 51, 55, 57, 60, 61, 63, , 65, 66,67, 70, 71, 72, 75, 76, 78, 80, 81, 82, 84, 85, 86, 87, 88, 90, 91, 92, 93, 95, 96, 97, 99,

    100, 101, 102, 103, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117,

    118, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134,

    135,...}

    F(15, 21, 25) = 119;{(+)}= 60;{()}= 60 e(, ) = 0

    Pela conjectura 1 {(+)}= 119 + 1 02

    = 60 e{()}= 119 + 1 + 02

    = 60.

    Conforme mostrado nos exemplos, os semigrupos com3 geradores nem sempre tem

    a propriedade: nN , ento nSou (F(a,b,c) n)S.Os semigrupos que possuem a propriedade acima so chamados semigrupos sim-

    tricos.

    A tabela a seguir mostra alguns exemplos de semigrupos gerados por 3 nmeros.

    Estes semigrupos so mais difceis de definir porm alguns exemplos a seguir so facil-

    mente visveis e o ponto de ? nos semigrupos do tipo(a,b, ?) representa um elemento

    qualquer maior que b(pois a e bj geram o semigrupo).

    54

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    55/62

    r= F(a,b,c) + 1 (a,b,c) :mdc(a,b,c) = 1

    2

    3 (3,4,5)

    4 (2,5,?)

    5 (3,5,7)

    6 (2,7,?) ; (3,7,8)

    7

    8 (2,9,?) ; ( 3,5,?)

    9 (3,10,11)

    10 (2,11,?)

    11 (3,8,13)

    12 (2,13,?) ; (3,7,?);(3,13,14)

    13 (5,8,9)

    14 (2,15,?) ; (3,8,?)

    15 (3,6,17)

    16 (2,17,?)

    17 (3,17,19)

    18 (2,19,?);(3,19,20)

    19 (4,11,13)

    20 (2,21,?)

    21 (3,22,23)

    Quando o regularizador r(S) for mltiplo de 3 , ento um semigrupo gerado para

    este nmero ser(3, a , b)em quea e b so os primeiros dois nmeros maiores quer(S).

    55

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    56/62

    Na figura abaixo encontramos mais semigrupos que obedecem as mesmas caracte-

    rsticas dos semigrupos da tabela.

    Figura 5: Semigrupos do tipo (a,b,c)com mdc(a,b,c) = 1

    56

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    57/62

    Notas

    Podemos observar alguns estudos muito interessantes com a utilizao dos semi-

    grupos como por exemplo aplicao e utilizao de semigrupos na confeco de redes

    sociais,geometria dinmica, topologia, equaes diferenciais entre outras.

    Em vrios sites podemos ler alguns artigos referentes a estes estudos e sobre algumas

    aplicaes dos semigrupos numricos.

    Alguns destes sites esto relacionados abaixo e podem ser uma grande inspirao

    para o comeo do estudo acerca destas estruturas to importantes e interessantes.

    http://pendientedemigracion.ucm.es/info/pecar/Articulos/Boyd.pdf

    http://posugf.com.br/biblioteca/?word=Semigrupos

    http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/45/45132/tde-31082010-093717/pt-br.php

    http://mtm.ufsc.br/pos/ementaMTM510002.html

    http://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/demat/PASTA-PROF/raposo/volume-

    32.pdf

    57

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    58/62

    7 Consideraes finais

    O estudo de semigrupos com uma quantidade finita de elementos , apesar da

    simplicidade, rico em detalhes, havendo inmeras propriedades que relacionam seus

    elementos. Os semigrupos possuem caractersticas prprias podendo at gerar um

    estudo s para eles, como no caso dos semigrupos do tipo 2n.3. Algumas caractersticas,

    como o mdc entre seus geradores, o nmero de geradores, entre outras, podem ser

    estendidas para todos os semigrupos.

    Analisando a quantidade de elementos dos semigruposSe sua relao com o nmero

    de Frobenius, temos um vasto campo de estudo no ensino mdio no qual podemos

    trabalhar o raciocnio lgico matemtico alm de contedos como funes e progresses

    aritmticas.

    Num campo mais avanado ,os semigrupos tambm tem vrias aplicaes em geo-

    metria algbrica, em particular na geometria e topologia de curvas planas singulares.

    Devemos tambm ressaltar a importncia do Teorema de Sylvester nos estudos des-

    tes semigrupos, no s por fazer parte determinante nas demonstraes, mas tambm

    por exercer um importante papel na determinao de muitos destes semigrupos.

    J existem vrios trabalhos envolvendo semigrupos gerados por 3 ou mais elementos

    envolvendo sistemas dinmicos e criao de redes sociais, o que nos leva a entender mais

    ainda a importncia do estudo deste assunto nos dias de hoje.

    Porm, a inteno deste trabalho era mostrar um pouco de semigrupos, um assunto

    bastante interessante, para despertar o interesse dos estudantes e dos colegas em relao

    esse assunto.

    58

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    59/62

    8 Apndices

    Teorema 9. [ Teorema de Pick] Dado um polgono simplesP, sejamB o nmero de

    pontos da fronteira eIo nmero de pontos interiores, ento a reaA(P)desse polgono

    dada por

    A(P) =1

    2B+ I 1

    Exemplos do Teorema de Pick:

    Figura 6: Teorema de Pick

    Exemplo 24. Na figura 6, B = 20 e I = 8, portanto a rea 1

    2 x20 + 8 1 = 17

    unidades quadradas.

    59

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    60/62

    Figura 7: Teorema de Pick

    Exemplo 25. Na figura 7, B = 21 eI= 5, portanto a rea 12

    x 21 + 5 - 1 = 14,5

    unidades quadradas.

    60

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    61/62

    9 Referncias Bibliogrficas

    Referncias

    [1] Monteiro, Antonio e Matos, Isabel. lgebra, um primeiro curso. Escolar 1995.

    [2] Abramo, Hefez. Irreducible Plane Curve Singularities. In Real and Complex Sin-

    gularities. D. Mond and M. J. Saia, Editors, Lecture Notes in Pure and Applied

    Math. Vol. 232, Marcel Dekker, 1-120, 2003.

    [3] Abramo, Hefez. Elementos da Aritmtica, SBM,2011.

    [4] Lima, Elon Lages. Anlise Real Vol 1 , 2a edio , Coleo Matemtica Universi-

    tria , IMPA 2003.

    [5] Lima, Elon Lages. Anlise Real Vol 2, 5a edio , Coleo Matemtica Universi-

    tria , IMPA 2010.

    [6] Domingues, Hygino H e Iezzi, Gelson. lgebra Moderna , 4a edio , Editora Atual

    ( Grupo Saraiva) , 2006.

    [7] Durbin, John R. Modern Algebra - an introduction, John Wiley e Sons, 1995.

    [8] Garcia, Ronaldo Alves, Dinmica e Geometria, 2o Colquio de Matemtica da

    Regio Nordeste, UFPI, 2012.

    [9] Garcia, Ronaldo Alves, Semigrupos Numricos e o Teorema de Sylvester, Revista

    da Olimpada de Matemtica do Estado de Gois, vol.8: paginas 47-66, UFG,

    2013.

    [10] Wasserman, S.Y.K.F. Social Network Analysis. Methods and applications. Cam-bridge University Press, Cambridge, 1994.

    [11] Singh, Simon. O ltimo Teorema de Fermat,Record ,1998.

    [12] Arnold, V., Arithmetical turbulence of selfsimilar fluctuations statistics os large

    Frobenius numbers of additive semigroups of integers. Moscow Math. Journal

    7:173-193, (2007).

    61

  • 7/25/2019 Dissertao - Leonardo Alcntara Portes - 2013

    62/62

    [13] Arnold, V., On additive semigroups starting parts. Funct. Anal. Other Math.,

    2:81-86, (2008).

    [14] Disponvel em: Acesso em : 10 de ju-

    nho de 2013.

    [16] Disponvel em: < http://link.springer.com/article/10.1007/s11853-011-0048-9 >

    Acesso em 15 de julho de 2013.

    [17] Disponvel em: < Disponvel em: < http://www.mat.ufmg.br/ ana-

    cris/Rafael2.pdf> Acesso em : 15 de julho de 2013.