dissertacao juliana delalibera mendes marcolini -11 fev

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UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PRÁTICAS INOVADORAS E TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO- APRENDIZAGEM DE SAÚDE PÚBLICA EM GRADUAÇÕES DE MEDICINA NO BRASIL APÊNDICES E ANEXOS Juliana Delalibera Mendes Marcolini MESTRADO EM EDUCAÇÃO Área de Especialidade em Educação e Tecnologias Digitais Dissertação orientada pela Profa. Doutora Joana Andreia Domingues Viana 2021

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

PRÁTICAS INOVADORAS E TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO- APRENDIZAGEM DE SAÚDE PÚBLICA EM GRADUAÇÕES DE

MEDICINA NO BRASIL

APÊNDICES E ANEXOS

Juliana Delalibera Mendes Marcolini

MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Área de Especialidade em Educação e Tecnologias Digitais

Dissertação orientada pela Profa. Doutora Joana Andreia Domingues Viana

2021

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Índice

Anexos 3

Anexo A - Carta de Anuência Universidade A 3

Anexo B - Carta de Anuência Universidade B 4

Anexo C - Parecer da Comissão de Ética do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa 5

Anexo D - Parecer Plataforma Brasil 6

Apêndices 7

Apêndice A - Guião para Realização de Entrevistas a Professores da Atividade Curricular em Saúde Pública 7

Apêndice B - Entrevista aos Professores 10

Apêndice C - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 31

Apêndice D - Análise documental dos Projetos Pedagógicos de Curso de Medicina das Universidades A e B 35

Apêndice E - Grelha de Análise de Conteúdos das Entrevistas 117

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Anexos

Anexo A - Carta de Anuência Universidade A

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Anexo B - Carta de Anuência Universidade B

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Anexo C - Parecer da Comissão de Ética do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

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Anexo D - Parecer Plataforma Brasil

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Apêndices

Apêndice A - Guião para Realização de Entrevistas a Professores da Atividade

Curricular em Saúde Pública

Práticas inovadoras e tecnologias no ensino-aprendizagem de saúde pública em graduações de medicina no Brasil Problema: Como os cursos de medicina no Brasil integram no ensino-aprendizagem em saúde pública práticas inovadoras e tecnologias digitais? Destinatários: Professor(es) da atividade curricular em saúde pública dos estudantes de medicina da 1ª e 2ª série

de duas Universidades Particulares de Medicina no Brasil.

Finalidade:

Recolher dados sobre a percepção do(s) professor(es) acerca do uso de tecnologias digitais no ensino

em saúde pública dos estudantes de medicina em duas Universidades Particulares de Medicina no

Brasil e que práticas são consideradas inovadoras.

Objetivos:

A realização das entrevistas será orientada pelos objetivos descritos abaixo:

- Compreender a perspectiva sobre o uso de tecnologias digitais na atividade curricular em

saúde pública;

- Identificar práticas inovadoras desenvolvidas nas atividades curriculares em saúde pública;

- Caracterizar as práticas inovadora do ponto de vista curricular com uso de tecnologias

digitais nas atividades curriculares em saúde pública;

CATEGORIAS SUB-CATEGORIAS TÓPICOS ORIENTADORES DAS QUESTÕES

1. Legitimação da Entrevista 1.1 Contextualização e objetivos da entrevista

Contextualizar o entrevistado sobre o estudo e os seus respectivos objetivos

1.2 Motivação do entrevistado Valorizar a importância e pertinência da colaboração do entrevistado para a realização da pesquisa.

1.3 Confidencialidade e anonimato Comunicar a todos os entrevistados que será garantido a

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confidencialidade e o anonimato dos dados recolhidos

1.4 Autorização para a gravação áudio

Solicitar autorização da gravação de áudio para a realização das entrevistas, para facilitar a recolha e organização dos dados, para posterior análise

2. Práticas inovadoras no ensino de medicina desenvolvidas na atividade curricular em saúde pública

2.1 Percepção dos professores sobre práticas inovadoras no ensino-aprendizagem em saúde pública

Você tem a preocupação em recorrer a práticas inovadoras na sua atuação enquanto docente? Com que objetivo visa recorrer a práticas inovadoras? O que entende por inovação das práticas ou práticas inovadoras no processo de ensino-aprendizagem? Que práticas inovadoras costuma desenvolver no seu contexto de ensino? Dê exemplos.

Se estas práticas inovadoras estão presentes na sua prática, quais as mudanças que elas trouxeram para a sua atuação enquanto docente da atividade curricular em Saúde Pública?

3. Visão sobre o uso de tecnologias digitais no ensino de medicina

3.1 Percepção dos professores em relação ao uso de tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem de medicina

Como você vê o uso de tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem? E, em particular, no ensino-aprendizagem em medicina? Quais você considera serem as contribuições das tecnologias digitais no processo de aprendizagem dos seus alunos? Na sua perspectiva, as tecnologias digitais podem ser usadas para fazer o quê em concreto no ensino-aprendizagem? De que modo as tecnologias contribuem para inovar as práticas na atividade curricular em saúde pública?

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4. Práticas inovadoras e tecnologias digitais desenvolvidas na atividade curricular em saúde pública

4.1 Utilização das tecnologias digitais para para o ensino-aprendizagem na atividade curricular em saúde pública

Quais são as tecnologias digitais que você utiliza na sua prática de ensino? Para fazer o quê em concreto? Como você vê a utilização destas tecnologias pelos seus alunos durante a atividade curricular em saúde pública?

4.2 Preparação dos professores para a utilização de tecnologias digitais nas suas práticas (inovadoras)

Quanto você se sente preparado/capacitado para a utilização de tecnologias no ensino-aprendizagem? Como foi a capacitação/preparação para a utilização de tecnologias digitais nas suas práticas?

5. Conjuntura da atividade curricular em saúde pública durante a pandemia

5.1 Mudanças no ensino-aprendizagem em saúde pública causada pela pandemia COVID-19

Que alterações foram necessárias na atividade curricular em saúde pública desenvolvidas durante a pandemia de COVID-19? Pode dar exemplos destas mudanças realizadas na sua prática?

6. Questões finais e agradecimentos 6.1 Informações adicionais Quer acrescentar algum aspecto ou esclarecimento complementar sobre as questões levantadas?

6.2 Agradecimentos Formular os agradecimentos e a colaboração prestada

Antes de iniciar a entrevista será ressaltada a garantia do anonimato e confidencialidade dos dados

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Apêndice B - Entrevista aos Professores

Entrevista ao Professor E 1 Realizou a entrevista no dia 30 de novembro de 2020, por meio do Google Meet, por volta das 21 horas. Iniciou apresentando os objetivos e contextualizando o professor E1 sobre a investigação e a entrevista que seria realizada com ele. Após este primeiro momento, apresentou se os princípios e normas processuais de natureza ética quanto a realização da entrevista, assegurando toda a confidencialidade e anonimatos no processo da entrevista, assim como na elaboração dos resultados e divulgação da pesquisa, também deixou-se claro que o entrevistado poderia a qualquer momento desistir de participar desta investigação. E por fim, solicitou-se a autorização para a gravação da entrevista, após o aceite da gravação por parte do entrevistado, iniciou-se a entrevista com o E1 que teve duração de 29 minutos e 28 segundos. Investigadora: O meu trabalho intitulado como práticas inovadoras tecnologias no ensino aprendizagem da atividade curricular em saúde pública em graduações de medicina do Brasil Então eu estou investigando a unidade curricular do PMSUS, tá? Por isso, que daí eu te escolhi como professora do primeiro ano. Eu vou fazer com uma professora do primeiro e com com uma professora do segundo ano, e a ideia é ver se tem alguma coisa de tecnologia digital na atividade curricular PMSUS na Universidade A, na faculdade que que você atua, pode ter, pode responder do jeito que você pensar e você sabe que eu não vou identificar, você vai ganhar um número e uma letra tá? E 1: Sem problemas. Investigadora: E que vai ser o E 1 ou E 2 alguma coisa assim, aí também não vou identificar a universidade. É um es tudo de caso de duas universidades e cada uma também recebeu um nome. Então também não vou identificar a universidade que está sendo entrevistada. Então, pode ficar tranquila que vai ser sigiloso. Os objetivos do meu trabalho são: compreender a perspectiva sobre o uso de tecnologias digitais na atividade PMSUS; e identificar práticas inovadoras desenvolvidas nessa atividade; e se essas práticas existirem, né? É caracterizá-la do ponto de vista do currículo com uso de tecnologias digitais nessas, nas atividades do PMSUS. Então, além das entrevistas eu olhei para o PPC dessas duas universidades e identifiquei tudo que nessas duas universidades têm, fala de tecnologia e aí eu vou fazer um uma relação, se existe uma relação do que está no currículo está tendo na prática, e o que faz na prática tem no currículo, também vou tentar fazer essa relação, tá bom? Fique à vontade para se você não se sentir confortável com alguma pergunta você não precisa responder, tá bom? Se você não entender alguma pergunta minha avisa, tá bom? E 1: Ok. Investigadora: A primeira pergunta é se você tem a preocupação em recorrer com as práticas inovadoras na sua atuação enquanto docente? E 1: Sim. Investigadora: E com que objetivo você visa recorrer às práticas inovadoras na sua prática docente? E 1: Então, eu penso que a área da saúde é uma área muito dinâmica, né? Então, eu penso que é, todo docente de qualquer atividade curricular vinculada a área da saúde é fundamental né acho que ele esteja acompanhando né as atualizações que acontecem tanto no mercado da saúde como na própria educação. Então, recentemente a gente, aliás, a gente ainda tá vivendo né esse momento da

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pandemia e aí nós tivemos que mudar completamente a nossa forma de atuar em sala de aula né? Então, acho que a inovação ela vem tanto para esses momentos que te colocam nessa situação de que você tem que lançar mão de outras tecnologias. É... e acho que essa preocupação prévia mesmo né de que você tá sempre plugada, você para estudante alguma coisa que que traga né realmente inovação que saia, que desloque, de uma zona de conforto e leve para um aprimoramento né, tanto da comunicação quanto da saúde. Investigadora: E o que você entende por inovação das práticas no processo de ensino-aprendizagem? E 1: Olha se eu pensar, por exemplo né, eu acho que, ééé óbvio que as metodologias ativas né que fazem uma inovação no processo de ensino-aprendizagem, mas eu acho que elas por si só não são suficientes, tem que fazer, eu acho que a literatura mostra bastante né a gente tem bastante trabalho sobre isso, de que aprender em serviço, aprender fazendo, desenvolvendo a prática né no serviços, que isso traz a possibilidade de um profissional mais completo, de um profissional com outras capacidades né, com o celular. Então, vou ter que te pedir desculpas do meu cachorrinho aqui que de vez em quando vai latir. Investigadora: Não tem problema, eu estou te ouvindo super bem. E 1: Mas como você vai transcrever né? Investigadora: Não tem problema nenhum. E 1: Então, eu entendo que a inovação ela é necessária, entendo que esse processo de inovação é um processo que eu tenho, eu tenho estudado um pouquinho agora a questão do profissional artístico, né. Daquele profissional que está para além das competências e habilidades que você pensou em formar. Mas ele tem alguma coisa além, isso é pouco desenvolvido neste processo, né? Então, eu penso que no campo da inovação para mim é isso, é você aplicar novas técnicas e levar o aluno para outros campos né que não só a sala de aula. Investigadora: E você acha que você prática, que você desenvolve no seu dia a dia no PMSUS alguma dessas práticas inovadoras? E 1: Então, eu agora eu acho que assim esse ano é difícil, porque esse ano foi o ano da pandemia, né? Então, o que eu acho que eu tentei fazer de inovador foi, estando em apoio remoto, o que eu tentei fazer foi o exercício de trazer o cenário real para dentro do remoto né, da aula em apoio remoto. Então, de que forma que eu fiz isso, né? Trazendo, tentando linkar aquilo que a gente tinha, a teoria que a gente estimulava que eles fossem buscar com as situações reais que acontecem nos serviços de saúde. Isso foi, foi interessante porque eles acabaram verbalizando que aquilo que este jeito né, de trazer um pouco daqui do mundo real para dentro do remoto né, e agregar a pesquisa que eles fazem que isso os aproximou muito da, no caso da unidade básica de saúde. E eles falam assim que eles vão para UBS mais fortes mais potentes, porque eles já conhecem a UBS que eles nunca entraram, mas que eles conseguiram aí com essas experiências trazidas da UBS para eles. Investigadora: E como então né você acredita que essas práticas inovadoras elas estão presentes na sua atuação, no seu papel de educadora do PMSUS, quais as mudanças que você acha que elas trouxeram para você enquanto docente do PMSUS, para você praticar, você levar essas práticas inovadoras para os seus alunos, e você acha que elas trouxeram mudanças para sua prática docente e quais foram essas mudanças?

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E 1: Então, eu acho que assim elas, elas me trouxeram, a pandemia acho que trouxe essa possibilidade de testar né, testar algumas coisas em sala de aula. Então, assim eu acho que ter esse diagnóstico em tempo real, poder fazer esse diagnóstico em tempo real se aquilo tá fazendo sentido para eles, se aquilo tá, se aquilo tá dialogando com o perfil de competência do currículo, se eles, se você percebe que eles estão tendo algum deslocamento, se tá tendo algum ganho de capacidade. Então, isso me faz, isso é um feedback, né? Então, o tempo todo a partir desse feedback eu me preparo para as próximas aulas. Então, se eu testo alguma coisa seja no campo da tecnologia mesmo de informática como a gente tava, estava aí a maior parte do tempo no remoto e isso não dá certo eu recuo lanço uma outra é… assim eu tô o tempo inteiro avaliando, se aquela atividade, se aquela dinâmica foi legal ou não foi, e eu faço isso junto com eles né? Então, eles avaliam, então, eu acho que, que é esse retorno, então foi isso que trouxe para mim alguma mudança, né? A mudança é essa, é o tempo inteiro avaliar e me assim, me ajustar às novas formas de trabalhar com os alunos, estudantes. Investigadora: Agora a gente vai falar um pouquinho das tecnologias digitais no ensino da medicina e aí eu queria saber como você vê o uso das tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem? E 1: Então, eu sou super fã, né? Embora, eu não seja a mais, a que tem a melhor performance para isso, mas eu sou super fã. Eu acho que a gente vive em um mundo digital e que é inegável né eu acho que não dá para medicina ficar no analógico, eu acho que esta evolução ela é inevitável. Então, quando eu penso na telemedicina, por exemplo, né eu acho que eu defendo que os alunos tenham a possibilidade, inclusive dentro do currículo, de desenvolver essa capacidade também de trabalhar em telemedicina. É em relação aos recursos da sala de aula né, o Jamboard que eu usei com eles, a própria né, o próprio Meet né, que a gente faz com os alunos, e eu assim eu acho que isso é interessante, foi muito importante durante pandemia, mas eu acho também que para a medicina não dá para ser só assim, eu acho que a gente precisa do campo, precisa vivenciar o serviço, precisa vivenciar as equipes, então eu acho que no digital isso fica prejudicado, mas parte das atividades eu acho que que vale a pena, acho que, que até o estímulo né ao uso dessas tecnologias eu acho importante. Investigadora: Para você conciliar os dois, né? E 1: Para mim eu acho que o modelo híbrido nesses casos seria muito bom, seria bem legal. Investigadora: E quais você considera serem as contribuições dessas tecnologias digitais para os seus alunos, no processo de aprendizagem dos seus alunos? Você falou um pouquinho, mas queria sabe se tem mais alguma outra coisa? E 1: Olha eu acho que assim, as aulas remotas, essas aulas em apoio remoto eu acho que na verdade elas, elas trazem benefícios e também algumas situações que não são tão interessantes, né? Eu acho que assim, para o aluno de medicina que tem uma carga horária mais pesada e que fica fora né muitas vezes do seu ambiente, da sua família, então parte das aulas ele está no ambiente dele, da casa dele, com a família dele eu acho que isso traz um certo conforto né para eles, e em algumas aulas eu eu percebo muito isso, né. Percebia muito isso, agora a gente voltou no presencial, e aí em algumas, algumas vezes eles falam puxa vida engraçado parece que na aula em apoio remoto eu tava falando mais, estava participando mais, e agora aqui parece que eu tô participando menos né. Então, acho que tem essa questão no cansaço e às vezes está, esse conforto da tecnologia de estar

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na casa dele, e por outro lado eu acho que dificulta um pouco porque aquele aluno que não participa muito é difícil você trazê-lo para o contexto, para a discussão porque o apoio remoto ele, ele dificulta isso. Então, este cuidar do aluno que tá fora ali, que quando não participa fica bem difícil. Investigadora: E o que que você acha que você pode, como você acha que você pode utilizar tecnologias digitais no concreto. Assim, com quais ações, onde você acha que você pode utilizar as tecnologias digitais dentro do PMSUS? E 1: Dentro do PMSUS...Hummm.. eu acho que no monitoramento de crônicos, eu acho que poderia fazer, eu acho que seria bem legal fazer monitoramento de crônicos das famílias deles por meio de WhatsApp, por meio de telefone né, de Meet, enfim depende do paciente, depende de quem é usuário. Acho que na criação também de intervenções na realidade né, então algumas, alguns, algumas ações de sala de espera, por exemplo, eu acho que eles podem produzir, podem ficar para UBS, ficar, acho que tem trabalho de sala de espera que tem resultados muito interessantes, isso seria muito legal, telemedicina, telemonitoramento óbvio supervisionada, junto com um profissional da saúde da família, eu acho que isso, e acho que, acho que assim que algumas aulas poderiam ser algumas temáticas que não fossem, você não fosse precisar do campo de prática elas poderiam sim continuar sendo remotas. Investigadora: E de que modo você acha que essas tecnologias podem contribuir para inovar a saúde pública no Brasil? E 1: Olha eu acho que você consegue ampliar o acesso, é porque eu acho que quando você fala fazer monitoramento de crônicos, quando você fala em criar um grupo de WhatsApp com especialistas que podem eventualmente entrar no grupo com hora marcada, uma nutricionista para falar sobre alimentação para diabéticos, para hipertensos eu acho que você inclui, você amplia o acesso né? E hoje todo mundo tem um celular né, então essas iniciativas têm dado certo. A gente tá trabalhando numa iniciativa desta no Vale do Ribeira, e tem dado muito certo, muito resultado, tá muito interessante e isso não tem custo, são grupos de WhatsApp que são criados com a equipe de saúde da família e com a população adscrita né decrônico, e isso tem dado bastante resultado. Acho que também a telemedicina principalmente no momento de pandemia, limita a exposição desnecessária, e fora da pandemia também o deslocamento do paciente até a unidade e você pode ter aí criar um, alguma coisa de monitoramento onde você realmente vai precisar trazer para dentro do serviço aquelas pessoas que você precisa realmente fisicamente examinar, mas aqueles que você está acompanhando, que estão compensados, que estão tomando a medicação direitinho você não precisa, não precisaria desse deslocamento né? E acho que, deixa eu ver, eu falei da telemedicina, falei dos grupos de WhatsApp em tecnologia. Bom se a gente falar de inteligência artificial, é um monte de coisa que a gente poderia falar, mas esta longe do nosso, da nossa prática, assim eu ainda não consigo falar sobre isso. Investigadora: Quais são as tecnologias digitais que você utiliza no PMSUS atualmente? E 1: Olha, eu utilizo a sala do Meet digital, eu utilizo com eles algumas ferramentas do Google, Google drive para compartilhar arquivos, o jamboard para trabalhar a espiral com eles, o WhatsApp é uma tecnologia digital que eu uso muito com eles, e o correio eletrônico, email que eu também utilizo com eles. Então, eu acho que é isso, não sei se eu tô esquecendo de alguma coisa, mas é isso. Investigadora: E você se acha preparada, capacitada para usar essas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem?

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E 1: Eu, eu acho que eu preciso assim, eu preciso de bastante aprimoramento, né? Eu acho que o que eu tenho conseguido fazer é o básico, eu diria que é o básico, eu não tenho assim essa formação né para o uso dessas tecnologias de uma forma mais arrojada, de uma forma assim mais, tudo que é mais complexo eu não saberia fazer, então agora, por exemplo, o Google, o Meet ele tem várias novas ferramentas aí para serem utilizadas, mas eu não sei utilizar essas ferramentas ainda, até eu pensei que deveria ter um curso né para os docentes para que eles, recentemente a gente foi apresentado para essas ferramentas, mas não houve um curso para você dizer olha é assim que você usa, você clica aqui, clica ali, então eu acho que eu não fui preparada para o uso de tecnologia de uma forma mais, mais presente mesmo no meu dia a dia com os estudantes né. Então eu diria que eu preciso de mais preparo sem dúvida nenhuma. Investigadora: Tá! Essa seria minha próxima pergunta, iria perguntar se você tinha sido preparada, mas você já respondeu. E 1: Não, eu não fui preparado. Investigadora: Durante as suas falas você foi falando um pouco da pandemia, mas agora eu vou fazer duas perguntas que vão ser bastante focadas na pandemia. Eu queria saber que alterações foram necessárias na sua atividade no PMSUS, é para se adequar, para desenvolver as atividades do PMSUS durante a pandemia. E 1: Então, nós professores do PMSUS, nós tivemos que nos reinventar, né? Assim, e foi um gasto de energia enorme porque imagina a gente não ter a prática, e é uma prática médica no SUS, né? Então, pressupõe cenário real, então a gente teve que se reinventar, a gente teve que realmente inovar na sala de aula porque nós trabalhamos com oficinas de trabalho, e aí para você manter os alunos interessados todas as semanas numa oficina de trabalho diferente, com uma temática diferente, e assim geralmente as oficinas elas trazem é um conteúdo que está muito vinculado à UBS, e os meus alunos nunca pisaram em uma UBS nem para tomar vacina, então assim, não conhece né, toda a vivência deles de saúde foi no privado né, então, eu tive que me reinventar mesmo, e assim eu tive que conseguir fazer com que eles se interessassem por uma prática que não era prática, era teórica né. mas enfim deu certo, mas foi um gasto de energia muito grande, muito grande. Investigadora: Nossa eu posso imaginar, a próxima pergunta eu gostaria que você desse exemplos dessas mudanças, enquanto você foi falando, você deu alguns, você lembra de mais algum para complementar? E 1: Éeeee... exemplo de mudança na sala de aula, durante a pandemia nós trocamos as visitas domiciliares né, a vivência na UBS por oficinas de trabalho, eee além das oficinas de trabalho, o que nós fizemos foi em algum momento incluí-los no planejamento dessas ações para que eles também se sentisse participantes do processo, nós, eu me recordo que nós ofertamos para eles um cardápio de oficinas com as temáticas, e aí eles escolheram quais eram os temas, as temáticas que eles tinham mais interesse. E a minha surpresa é que alguns dos temas que eles escolheram a oficina ainda não existia, e aí eu tive que desenvolver toda oficina. Então, uma que ficou bem clássica que eles quiseram muito é comunicação de más notícias, e aí eles quiseram essa oficina e ficaram muito animados com isso, e aí quando eu fui buscar oficina ela não existia então eu tive que construir toda a oficina, então assim eu tive que construir conteúdos, não só desta, como de outras oficinas, não só construir conteúdo como tive que negociar com eles essas temáticas, negociar com eles é inclusive assim o próprio pacto, a gente teve que refazer esse pacto porque não era presencial, era remoto, e

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o que mais foi difícil foi que eles ficassem com a câmera aberta, que eles topassem colocar no pacto que a câmera ficaria aberta. Então, eu também tive que ter essa mudança né, que enfim de ter que respeitar esse aluno, né? E até eu me lembro de um dos alunos que eu fiquei insistindo para ele abrir a câmera, e falava para ele olha eu queria muito te ver, estou com saudade de você, você não abre a câmera, todo mundo quer te ver, e quando ele abriu a câmera ele tava com o cabelo desse tamanho (fez gestos para cima representando o cabelo do aluno) para cima, com uma barba enorme, parecia um papai noel, e aí eu percebi que ele estava deprimido, foi quando eu me dei conta que precisava trabalhar com este aluno mesmo no remoto para trazê-lo de volta. Hoje ele tá bem, mas acho que é isso, acho que a grande mudança foi você fazer uma prática dentro de uma sala de aula remota né? Então essa foi a grande mudança para gente. Investigadora: Tem mais alguma coisa em relação a tecnologias digitais ou práticas inovadoras que quando eu fui perguntando você esqueceu de falar e agora lembrou, e gostaria de falar? Essa é minha última pergunta. E1: Olha, uma coisa que a gente fez bastante com eles também foi roda de conversa. Foi uma prática inovadora porque assim do escopo que a gente, que a gente vinha trabalhando, e aí a gente começou a fazer roda de conversa e também levar aquilo que a gente discutia durante o dia numa oficina de trabalho eu propus para eles que a gente fizesse o link com a preceptora a noite, que só participa das atividades a noite. Então, então, por exemplo, se eu discutia PTS com eles né, oficina de PTS a noite a preceptora trazia um PTS de algum paciente e aí eles faziam o link com a realidade. Acho que foi isso! Eu não sei nem se isso tudo que eu tô te falando são práticas inovadoras, mas, mas assim são ferramentas que a gente teve que usar. Entrevista ao Professor E 2 Realizou a entrevista no dia 04 de dezembro de 2020, por meio do Google Meet, por volta das 11 horas. Iniciou apresentando os objetivos e contextualizando o professor E 2 sobre a investigação e a entrevista que seria realizada com ele. Após este primeiro momento, apresentou se os princípios e normas processuais de natureza ética quanto a realização da entrevista, assegurando toda a confidencialidade e anonimatos no processo da entrevista, assim como na elaboração dos resultados e divulgação da pesquisa, também deixou-se claro que o entrevistado poderia a qualquer momento desistir de participar desta investigação. E por fim, solicitou-se a autorização para a gravação da entrevista, após o aceite da gravação por parte do entrevistado, iniciou-se a entrevista com o E 2 que teve duração de 28 minutos e 11 segundos. Investigadora: Está gravando. O meu problema é: Como os cursos de medicina no Brasil integram no no ensino-aprendizagem em saúde pública práticas inovadoras e tecnologias digitais? Para você conhecer o problema. Investigadora: Você enquanto docente tem a preocupação de utilizar práticas inovadoras na sua docência? E 2: Acredito que sim que tenho, eu tenho uma preocupação, acho que ela tá bastante interligada inclusive com a proposta da minha atuação enquanto docente dentro da prática médica, acho que é o próprio currículo e a unidade curricular, eu considero é não sei se inovadora, né? Mas que que te permite ser inovadora e utilizar técnicas inovadoras. Então, acho que isso facilita a preocupação docente. Eu sempre procuro a partir do que tá proposto e dentro do possível, né? Está utilizando sim

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técnicas e estratégias inovadoras dentro do processo aprendizagem no ensino-serviço que é o caso da prática médica. Investigadora: E com que objetivos você recorre a essas práticas inovadoras? E 2: Eu acho que com o objetivo de estimular. A questão sempre é o foco para mim, é sempre a prática ou cuidado, a promoção de forma mais eficaz. Então, o objetivo é quando eu enxergo uma janela de oportunidade lá na prática de utilizar uma estratégia inovadora. Eu acho que é com vistas de otimizar a aprendizagem, de estimular e pensar que eles possam através do cuidado junto com essas práticas inovadoras otimizar a aprendizagem deles na prática. Eu acho que fazer emergir algumas coisas que as reflexões ou que as estratégias, podem essas estratégias inovadoras, elas podem facilitar. Investigadora: O que você entende por práticas inovadoras? Lógico que no seu processo de ensino-aprendizagem. E 2: Você me diz para citar concretamente, ou o conceito de práticas inovadoras? Investigadora: Pode ser os dois, o que para você são práticas inovadoras e pode ser tanto o conceito, quanto exemplos. E 2: Acho que conceitualmente, acho que é difícil a gente ter esse termo prática inovadora, mas acho que depende muito do ponto de vista, né? Às vezes, eu acho que ele até um pouco subjetivo, porque para mim pode ser uma prática inovadora e para outras pessoas não. Mas acho que eu sei que que tem estudos dizendo o que são práticas inovadoras obviamente. Então, para mim prática inovadora que sai do conceito é que é uma prática que ela consegue ampliar ou trabalhar mais competências no estudante, ao mesmo tempo despertar facetas, diferentes facetas no estudante ao mesmo tempo e de uma forma não usual eu diria. Para citar um exemplo, na minha prática e aí eu fico com dificuldade de classificá-la como classificar como uma prática inovadora ou não, mas eu posso pensar em uma prática inovadora minha. Eu acho que, por exemplo, uma das práticas inovadoras que eu tento estimular é sempre olhar para o território, por exemplo na prática médica do SUS invés de só olhar para o território ao invés de olhar só para as famílias as famílias trazem pronto eu acho que é prática inovadora que eu tenho sempre colocar. Eu acho que tem a ver um pouco com a minha formação também é na questão de estimulá-los não só para o cuidado individual, mas sim para o cuidado coletivo, que inclusive é uma das competências previstas para o currículo, no caso o docente que é o da Universidade A. Então, eu tenho muita esta vertente pela minha formação já tem um pouco vivência na gestão, mas eu com meu grupo nós desenvolvemos e não aplicamos por conta da pandemia, mas a gente já tem pronto por exemplo três projetos de intervenção que eu posso dizer que são saúde coletiva. Então, eu acho que isso é uma prática inovadora para mim eu tento despertá-los, por exemplo, não só hora de cuidar individual mas na área de cuidados de saúde coletiva, mas principalmente plantar uma semente na competência de gestão do médico que eu acho que ela é muito deixado de lado né? Porque ainda, apesar disso acho que tem que ser modificado, mas ainda acho que o médico a formação do médico ainda pensa-se ou no ideal do próprio aluno que é dentro do consultório né? No atendimento inclusive individual, então acho que eu considero isso como uma prática inovadora, realizar projeto de intervenção com alunos de segundo ano visando o território e visando a unidade básica de saúde e não só as famílias. Então, é algo que eu procuro estimular nos meus alunos e que não tá certa forma dado no currículo,

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assim eu tô dizendo dado como forma de atividade, sim eu acho que é uma coisa que procuro estimular sempre eles. Investigadora: Agora em relação às tecnologias digitais, como você vê o uso dessas tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem? E 2: Ficaram, vieram à tona por uma necessidade, mas elas já estavam né postas eu confesso que acho que elas são excelentes, na verdade são ferramentas incríveis basta sabermos usá-las da melhor maneira. Eu acho que no momento que nós estamos vivenciando, o momento de pandemia, de ensino remoto a gente tá com uma overdose delas, então eu não acho que que a gente deva utilizá-las dessa maneira. Mas entendo a forma como estamos usando, né? Então, agora eu acredito muito numa mescla, no híbrido né? Quando as coisas puderem voltar a prática eu acho que ela nos ajudam muito, as tecnologias digitais são essenciais, então acho que elas vieram para ficar e elas, eu acho que elas otimizam aprendizado lá tem recursos que nos permitem fazer discussões que talvez presencialmente estariam pouco frágeis e debilitados e acredito que tem isso que elas serão e são essenciais para a aprendizagem, mas não no volume que nós as estamos usando, né? Eu acredito no híbrido, acho que principalmente ela facilita o acesso para mim claro, isso eu tô contando no contexto onde as pessoas têm acesso à internet, tem tudo isso eu sei que não é realidade da maioria né? Mas eu tô aí dizendo num contexto onde eu estou inserido em uma faculdade com este grupo é um facilitador, porque a maioria das pessoas tem esses recursos, então marcar uma reunião conversa com aluno é um espaço reservado na conversa individual fora do que tá previsto, às vezes, até na carga horária é um facilitador porque em um minuto você conversa, grava, pode rever essa questão da gravação também é um outro recurso. Então, acho que elas são essenciais e vieram para ficar, precisamos achar o equilíbrio na utilização delas quando o presencial retornar. Investigadora: E assim você acha que elas têm alguma particularidade no ensino de medicina? E 2: Particularidade? É que são específicas para o curso de medicina? Investigadora: Isso que você pode usar especialmente para curso de medicina, que elas agregam algo diferente no curso de medicina. E 2: Para o curso de medicina na minha cabeça, especificamente no curso de medicina eu não, não consigo te responder, mas acredito que ela entrega para todos, né? Eu acho que para o curso de medicina eu vou falar agora da minha realidade, né? Para o curso de medicina e com a metodologia e os grupos no qual estão inseridos num grupo, pequenos grupos ela funciona muito bem. Mas agora eu enxergo com dificuldade de atualização delas com a eficácia que eu enxergo para grupos grandes, né? Essa questão mas como o meu curso no qual eu sou docente e eu os grupos que eu estou são inseridos nas atividades, elas são pequenos grupos eu acho que ela é muito efetiva, agora eu acredito que para a medicina você consegue discutir caso, é talvez disponibilizar um vídeo para que as pessoas vejam algum atendimento de simulação né estação clínica. Eu acredito que ela consiga dar conta, você não vai conseguir às vezes fazer o exame Clínico a distância, mas acho que ela facilita também, mas específico para o curso de medicina eu não sei. Investigadora: E você saberia nomear em concreto quais são essas tecnologias digitais que você utiliza com seus alunos no PMSUS? E 2: Humhum… É... eu utilizo a videoconferência, não sei nome que se dá para isso, mas aí o recurso de aulas de videoconferência em tempo real, não são aulas gravadas, são aulas em tempo real, eu não utilizo o recurso de aulas gravadas. Então, são aulas em tempo real como se a gente

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tivesse mesmo no presencial com o mesmo tempo, a mesma programação, atividades síncronas. Eu acho que no meu caso a maioria mesmo essa atividades, além das síncronas coletivas, eu utilizo bastante síncronas individuais, tem essa questão das síncronas individuais que mais de tecnologia, eu utilizo com os meus, apesar de todas as limitações, porque eles não têm acesso, mas acredito que seja uma tecnologia digital e se não for, mas eu utilizo bastante a consulta ao prontuário eletrônico, eu dou acesso a eles e a gente discuti casos, além disso, a gente tem que ter ultimamente com meu grupo também tem realizado atividades síncronas de videoconferência com a equipe de saúde da família, a gente conseguiu que eles reservassem um horário e a gente conseguiu nas últimas duas ou três semanas conversar com eles um diálogo. E não sei se você me permite fazer um retorno numa questão? Investigadora: Lógico, claro, pode fazer. E 2: De tecnologia, de práticas inovadoras eu desenvolvi um projeto de telemonitoramento com os meus alunos, e a gente resgatou os contatos com as famílias via telemonitoramento agora no mês de novembro. A gente escreveu um projeto simples, aplicou agora em novembro de telemonitoramento, nós produzimos uma ficha, é onde a preceptora e eu ajudamos a construir para ver quais seriam os pontos interessantes de serem retomados, investigados, a partir, de um contato não domiciliar, mas via telefone e nós realizamos. Acredito que esta tenha sido uma prática inovadora para o contexto do curso, mas eu sei que outras, isso já é uma prática, mas para estudantes eu acho que pode ser uma prática inovadora e foi super interessante o retorno às famílias adoraram, a equipe adorou, a gente, a equipe identificou nessas conversas que eles resgataram alguns pacientes que estavam totalmente distantes das unidades por conta da pandemia, por razões óbvias deixaram de ir, de cuidar da saúde, foi um processo bem interessante. Foi bom fazer um resgate aí. Investigadora: Este telemonitoramento foi via telefone, WhatsApp? E 2: Isso foi, porque eu queria ter começado antes, mas a gente ficou nessa questão de um entrave institucional, porque eu acho que a gente fez via telefone pessoal e a gente fez um processo em cada telefone dos alunos onde eles deixavam o número restrito mas a ideia inicial do projeto era e eu fiz até a solicitação para faculdade de aquisição de chips telefônicos, mas não foi possível, acho que tem, tá no processo de licitação e não deu tempo, e aí a gente resolveu fazer dessa forma e inclusive ela foi uma das limitações, né? Porque você não atende um número sem identificação, restrito, mesmo assim, para tentar reduzir essa abstenção né de atender a gente pediu para as agente comunitárias entrarem em contato no telefone, e avisar que de terça-feira de manhã vai estar ligando, e se foram números não identificados são os alunos de medicina, mas mesmo assim alguns não atenderam. E tem a questão do Salus que ficou um recurso muito interessante que a gente usou, a gente foi olhou, viu e e foi uma questão bem legal e acho que foi isso. Investigadora: Você já trouxe bastante contribuição das tecnologias digitais para inovar as práticas na atividade em saúde pública. Trouxe alguma coisa de prática inovadora, agora eu queria saber se passa mais alguma coisa na sua cabeça, alguma outra tecnologia digital que você acha que pode inovar a atividade curricular saúde pública? E 2: Eu acho que na verdade, não sei se essa é a palavra, mas institucionalizar a questão do telemonitoramento e aí deixar uma estrutura mais formal, por exemplo com possibilidades de ser uma coisa vídeo, eu enxergo isso com uma tecnologia digital e inovadora que junta as duas coisas e que eu acho que é um caminho também. Eu acho que é um caminho sem volta mesmo depois que

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a gente puder está no presidencial sem nenhuma preocupação da própria pandemia, eu acho que é um caminho, é isso, mas de forma institucional de forma mas não tão amadora como foi a nossa aquisição, o nosso projeto, eu acho que esse é um caminho. Investigadora: Você estava falando um pouquinho da sua perspectiva em relação às tecnologias, agora eu queria saber assim do seu olhar um pouco em relação aos alunos, como você acha que os alunos veem a utilização dessas tecnologias digitais no PMSUS, os seus alunos no caso? E 2: Eu vou te repassar o que eles me relatam, mas eu acho que tem um viés, um contexto muito importante que é a questão da pandemia, né? É porque é só isso, eu acho que isso contamina um pouco a avaliação, eu acho que eles desempenham, eles, eles conseguem manusear muito bem né mas tem um relato principalmente agora de que a tenho saudade de ir para a prática, né? Mas eu acho que isso não tem a ver com a tecnologia isso tem haver com o momento, né? Com um contexto que nós estamos, né? Então, eu acho que e aí é um achismo meu mesmo, mas muitos deles acharam, relataram que facilitou né para algumas coisas, a gente conseguiu desenvolver mesmo que distante da prática fisicamente muitos processos, projetos, oficinas que tem a ver com a prática, e é por conta da, da tecnologia digital que possibilitou isso né? Você vê a gente tem muitos fatores envolvidos, mas a tecnologia digital ela permitiu curso por mais que a gente reconhecesse as perdas de não estar na prática, mas ela permitiu uma continuidade do curso, assim que nós não paramos, né? Na verdade a gente continuou e toda semana com a mesma carga horária dentro da prática médica pensando em atividades que pudessem encurtar um pouco com essa distância se assim eu posso dizer, eu acho que a relação deles é ótimo eu acho que eles vislumbram também, não vislumbram um futuro o futuro dentro da prática médica sem essas tecnologias digitais, assim como eu, a gente poder equilibrar os quando puder fazer né? Investigadora: Você trouxe a pandemia né? Eu queria que você me dissesse em concreto como que foram estas alterações agora na atividade PMSUS durante a pandemia? E 2: De concreto é que nós não fomos mais para unidade, logo de cara a segunda alteração foi que ao, ao não ir para unidade a gente como a gente precisou de um tempo para se entender, nem tanto docentes quanto alunos com as tecnologias digitais a gente se afastou da unidade, a unidade mesmo nesse contato via tecnologia e consequentemente das famílias, então isso teve um distanciamento, então essa foi uma mudança que enquanto, enquanto isso não era possível fazer essa reaproximação acho que as mudanças foram pensar em atividades em formato de oficinas que nos aproximassem da prática, sempre pensando, eu sempre gostava da perspectiva de uma oficina mas que depois a gente aplicasse, tentando resgatar algo do contexto do território da unidade, da realidade das famílias para aplicar o conhecimento lá né com dados reais, com situações que eles vivenciam lá na unidade, e até a partir desta aplicação tentar deixar pronto né? Como eu disse para você algumas intervenções para quando a gente voltasse a gente fez muito em movimento, não foi essa mudança, a gente trabalhava oficinas com temáticas diversas né que estão relacionadas à prática, esse foi um trabalho, essas oficinas não foram não foi uma construção própria minha, foi uma construção do conjunto de todos os docentes dos três anos da prática médica do SUS que fizeram um rol de oficinas, e aí a partir desse rol de oficinas os professores a partir das características dos grupos foram escolhendo as mais adequadas e fazendo essa, essa proposição, e aí essa questão da aplicação ficava um pouco na conta de cada grupo, eu gostava dessa possibilidade para tentar mesmo encurtar esta distância. A principal mudança, então a gente trabalhou muito, muito com oficinas muito, mas a principal

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mudança e aí como foi acho que essa questão do distanciamento com as famílias foi cada vez mais apertando os alunos, cada vez mais avaliações falando que estavam sentindo falta, foi onde teve essa ideia de fazer esse telemonitoramento com apoio da preceptora que tinha uma certa expertise e nesse assunto aí foi onde a gente pensou, e foi quando a gente conseguiu através do telemonitoramento retomar também o contato com a equipe. Investigadora: E quanto você se sente preparado, capacitado para utilizar tanto as tecnologias digitais e ou as práticas inovadoras? E 2: Bom... o que foi apresentado para mim e para o que eu o uso atualmente eu me sinto preparado, mas eu sei que há um leque de outras tecnologias que eu não tenho conhecimento, mas eu acho que eu tenho a predisposição e o conhecimento básico para ter uma certa aproximação mais fácil, eu me sinto, eu me sinto bem fazendo aqui, então eu acho que eu me sinto preparado, óbvio mas preparado, talvez para conhecer outras, estudar, não tenho, tenho total consciência que não tem o domínio de todas, acho que eu tenho esse preparo para, para conhecer ou me adaptar, acho que eu tenho essa facilidade para me preparar. Investigadora: Em algum momento foi oferecida uma capacitação ou um suporte? E 2: Muito rápido, assim como as coisas aconteceram muito assim de supetão, não é de uma hora para outra, a gente teve uma breve capacitação de como entrar no Google Meet que é a ferramenta digital, que a gente usa mais né? Mas foi muito rápido, acho que os recursos né que o Google Meet, que é a plataforma que a gente usa, ele te oferece vários recursos, esses recursos conhecendo um processo foi me dado uma capacitação muito breve, mas agora né? O como eu estou lidando com esta ferramenta, eu que fui conhecendo no processo, é óbvio também que a própria instituição depois agora tô me lembrando disponibilizou vídeos de tutoriais que ajudaram, me ajudou bastante, mas eu também fiz algumas buscas também em tutoriais na internet, daí é para saber de outras tecnologias que o próprio, o próprio, a própria instituição oferece a partir da parceria que ela tem né dentro do dessas ferramentas digitais. Investigadora: Tem alguma coisa que você acha que ficou que você queria falar para acrescentar para gente finalizar. E 2: Eu acho que falei bastante da minha perspectiva, eu acho que é isso. Entrevista ao Professor E 3 Realizou a entrevista no dia 17 de dezembro de 2020, por meio do Google Meet, por volta das 09 horas. Iniciou apresentando os objetivos e contextualizando o professor E 3 sobre a investigação e a entrevista que seria realizada com ele. Após este primeiro momento, apresentou se os princípios e normas processuais de natureza ética quanto a realização da entrevista, assegurando toda a confidencialidade e anonimatos no processo da entrevista, assim como na elaboração dos resultados e divulgação da pesquisa, também deixou-se claro que o entrevistado poderia a qualquer momento desistir de participar desta investigação. E por fim, solicitou-se a autorização para a gravação da entrevista, após o aceite da gravação por parte do entrevistado, iniciou-se a entrevista com o E 3 que teve duração de 27 minutos e 59 segundos. Investigadora: Este é um estudo de caso, então as duas universidades eu vou nomear como Universidade A e B. Para todos os professores eu vou colocar uma letra, no caso o E, e número como um, dois, três tá bom? O meu trabalho chama: Práticas inovadoras e tecnologias no ensino

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aprendizagem de saúde pública em graduação de medicina no Brasil. Então eu quero entender um pouquinho se tem alguma prática inovadora, alguma tecnologia digital inserida no seu dia a dia, com os alunos, na sua preparação para as atividades do PMSUS. E aí eu vou te fazendo perguntas, e você fica bem à vontade para responder ou para não responder, tá bom? É bem tranquilo, eu tenho guião que vai me norteando, mas a gente vai conversando. Eu vou entrevistar professores de duas universidades. Para começar a minha primeira pergunta é se você enquanto docente tem preocupação, ou pensa em utilizar as práticas inovadoras na sua atuação enquanto docente? E 3: Então, eu penso que é muito importante a gente discutir essa questão de práticas inovadoras né, principalmente agora diante da pandemia, anterior a pandemia mesmo em sala de aula, nos pequenos grupos que a gente trabalha com metodologias ativas você precisa ir lançando mão de estratégias para aprender um pouco a atenção dos alunos, fazer com que ele se torne mais ativos, mais críticos, mais participativos, então não dá, hoje a gente não consegue mais fazer o arroz com feijão, o próprio aluno não aceita mais isso, né? Com toda essa questão da globalização do advento das tecnologias o próprio estudante, ele, a gente precisa de muito mais, né? Eles crescem, eles nascem com um celular na mão, então não dá mais para ser aquela modelo de sala de aula comum. Com a pandemia isso se mostra muito mais, muito mais importante porque como que você consegue né manter a aula a distância ainda que no modo síncrono para alunos de medicina fazendo com que eles prendam a atenção, que eles mantenham a câmera ligada, que eles participem. Então, pensando um pouco nisso é claro que com esta pandemia veio tudo muito em cima da hora, e a gente teve que se reinventar e alguns problemas que ainda perduram para nós que é uma internet ruim, um equipamento ruim, a casa que vira sala de aula né então são algumas outras variáveis que independe da tecnologia mas que também estão ligadas. Então, a gente vem lançando mão de algumas estratégias, por exemplo, debate, uso muito de vídeos, a gente usava muito em sala de aula disparador escrito já na distância a gente usa os vídeos, utilizamos agora também no final do semestre a própria plataforma da universidade para fazer aplicar, para aplicar prova e foi assim um sucesso total até então a gente estava usando o Google Forms que tinha vários problemas, se cai a energia, se cai a internet a pessoa perder tudo que ela respondeu. Então, nós aplicamos a prova pela, pela plataforma foi muito bom. Sem poder, o aluno passava tinha 2:40 para 40 questões de múltiplas escolhas e aí ele não precisaria voltar, então a gente ainda está engatinhando nessa questão de tecnologia inovadora, mas estamos caminhando. Investigadora: E o que você entende por inovação, práticas inovadoras no processo de ensino-aprendizagem? E 3: Práticas inovadoras eu entendo como o uso de mais, o uso de tecnologias, por exemplo, Gameficação, a gente trabalhar mais a fundo com metodologias ativas, então fazer mais sala de aula invertida, coisas que a gente não costuma fazer, a gente acaba trabalhando muito né, no PMSUS não porque a gente trabalha quase que 100% com oficinas, agora a gente não implantou sala de aula invertida, mas acaba sendo mais ah TBL, o TBL e as oficinas, agora não a gente tem outras metodologias que vão para além disso, então trabalhar um pouco com essa questão também de, de uso né de noticiários, uso de que eles façam aquela eu esqueci o nome que é do jornal sabe que ele depois reportam fazem como se fosse um jornal, eu vou lembrar o nome depois eu falo. Na verdade eu não lembro o nome, mas qual é a metodologia você divide os alunos em grupo e cada um vai ler um artigo, depois eles tem que transformar esse artigo como se fosse uma matéria de um jornal, não

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é uma resenha ela é diferente de uma resenha, eles têm que transformar com as palavras deles de uma maneira mais simples, que qualquer pessoa pudesse entender, e que e aí eles colocam as impressões deles também e eles fazem uma crítica aquela notícia. E aí depois eles fazem isso numa semana, e na outra semana eles fazem a apresentação para o grupo tá isso em grupo, em pequenos grupos de três pessoas, quatro pessoas, porque no PMSUS nós somos em doze. Investigadora: Outra pergunta na sua docência, aí eu queria saber um pouquinho mais no contexto do da atividade PMSUS, na atividade curricular em saúde pública que mudança você acha que essas práticas inovadoras trouxeram para sua, para sua atuação na saúde pública, no PMSUS? E 3: Acho que faz a gente ficar mais crítico e reflexivo, saiu um pouco do piloto automático, ainda pensando que eu mesma venho de uma educação tradicional, aí eu me deparo alguns anos com a metodologia ativa mas não como metodologia ativa como é na Universidade B, então você precisa inclusive se reinventar eu digo sempre que o primeiro ano foi o ano mais difícil né, que dá vontade de você levantar, ir na lousa, escrever, falar, explicar e não é nada disso. Então, assim é de você inclusive aprender isso, essa troca com os alunos, aprender que não dá para ser no piloto automático, aprender que você precisa ser mais reflexivo das suas próprias ações e é isso que a gente vê, acho que tanto para mim enquanto facilitadora quanto para os estudantes, não basta mais ir a campo de estágio, não basta mais ir só para UBS, eles se tornam muito críticos e reflexivos. E aí para nós enquanto facilitadores também não, a gente já não consegue mais fechar os olhos para isso, e aí que eu acredito que gera também às vezes um desencontro porque o professor ao invés de entender que esse aluno né está se formando um profissional mais completo se a gente pode dizer assim acaba vendo esse aluno como uma ameaça que faz críticas ao trabalho dele. Investigadora: E quando você diz que para o aluno não basta mas só ir na UBS, que a gente precisa se reinventar, como que vocês se reinventam? E 3: Então, nós estamos trabalhando agora com além dos preceptores né lá na Universidade B, os preceptores das UBS que são trabalhadores da própria UBS, então isso faz com que inclua mais esse aluno na rotina como parte desta equipe, foi realizada também uma formação para preceptores o ano passado no início do ano passado, isso é muito legal porque todo preceptor que tivesse interesse não era obrigatório mas ele poderia participar então que isso também, os estudos trazem né desse, esse déficit de formação de preceptor, e a gente tá trabalhando também com aprendizagem baseada em projetos. O aluno ele vai ele identifica a realidade daquela unidade básica de saúde junto com seu preceptor, junto com a equipe que ele tá atuando e aí ele vai propor projetos, e eles colocaram aí com a pandemia e isso ficou um pouco prejudicado também, mas ainda assim eles têm projetos maravilhosos né, projetos são muito legais, por exemplo, agora a gente submeteu para o comitê de ética em pesquisa um projeto que é avaliação sobre o conhecimento do uso do dispositivo intrauterino, das barreiras de acesso, então eles fizeram entrevista com as mulheres que estavam na unidade básica de saúde para identificar tudo o que permeia e o preconceito em relação a isso, a gente tem projetos de IST, a gente tem projetos de dengue, então assim, tá cuidando projetos para cuidar dos próprios profissionais, do agente comunitário de saúde, então isso mudou muito também essa, essa questão porque a unidade básica de saúde ela não é só um espaço de produzir consultas, ela é um espaço de cuidado, e aí é um espaço de cuidado que a gente vê aí a abarcado os grupos, grupos educativos, as ações comunitárias, entender esse território, entender esse contexto.

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Investigadora: Agora em relação as tecnologias digitais eu queria que você falasse um pouquinho como que você vê o uso das tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem? E 3: Então eu vejo com, para mim é muito importante, mas ainda é muito incipiente, muito incipiente, primeiro porque eu acho que a gente não tá preparado ainda enquanto professor para utilizar a tecnologia digital e os estudantes também não, então assim, isso ficou muito claro agora durante a pandemia, embora eu acho que agora ela chegou, e chegou para ficar né. Então, a gente vai ter que pensar em novas modalidades inclusive, mesmo que volte ao presencial, de utilizar outras tecnologias que vão além da discussão em sala de aula, mas ainda acho que é muito incipiente, acho que a gente não tem quase conhecimento, quando eu falo da gameficação eu não, não, ainda não vejo essa utilização, quando a gente propôs foi um sucesso, igual eu falei a prova na plataforma, mas os alunos ainda muito resistentes em relação ao utilizar, aí não vejo na hora de voltar no presencial para ter prova de papel. Não né, a tendência é não ter mais prova em papel, porque isso já era uma tendência do começo do ano, anterior a pandemia né. E pensar que tem uma outra coisa que isso já algum tempo eu penso que é esses alunos já utilizam o celular o tempo inteiro, muitas vezes você tá lá no pequeno grupo presencial e o cara tá pega o celular, olha, tá mexendo no celular, então porque eu não posso trazer ele como um aliado para o aprendizado? Investigadora: E na sua perspectiva as tecnologias digitais podem ser utilizadas como, em concreto no PMSUS? E 3: Acho que a gente pode utilizar com uma criação de casos né interativos, no qual o estudante possa interagir, que é o caso da Gameficação que eu falei, a gente utiliza, pode utilizar muita a partir de um disparador né, que seja um vídeo, um filme. Investigadora: Para refletir a prática, para discutir? E 3: Exatamente. Os disparadores já são a nossa prática mesmo né, utilização de filmes, de vídeos, como, como para poder fazer essa discussão da prática. Investigadora: A próxima pergunta eu acho que você já respondeu, mas só vou fazer para ver se tem mais alguma coisa que faltou e você lembra que você queira falar mais. De que modo as tecnologias digitais contribuem para inovar as práticas na atividade de curricular saúde pública? E 3: Eu acho que eu já respondi. Investigadora: Já respondeu né? Era só para ver se você tinha mais alguma coisa. Quais são as tecnologias digitais que você utiliza na sua prática de ensino? E 3: Essa também já falei. Investigadora: Como você vê a utilização dessas tecnologias pelos seus alunos durante as atividades de saúde pública? Agora é mais você vendo eles usarem um pouco menos da sua atuação. E 3: Então, é hoje né eu acho, eu vou repetir ainda é muito limitado essa atuação dos alunos, a gente tem vários entraves eu já falei da questão da internet, da câmera ligada, porque é uma tecnologia você dá aula distância síncrona. Então, não vejo a utilização de muitas tecnologias, foi o que eu te falei eles usam um filme, o disparador para poder fazer a discussão é nesse sentido só. Então, ainda a gente está muito incipiente, muitos deles não sabem nem entrar na plataforma ainda, para ver as faltas que tem do semestre, ou do ano né, então é engraçado porque, por exemplo, uma outra coisa que eles utilizam tecnologia é o portfólio, muitos têm muitas dificuldades inclusive até de te mandar o link do portfólio, portfólio do note, né então a gente brinca a nasceram com celular na mão mas ao mesmo tempo é um uso limitado dessa tecnologia, é uso limitado desta tecnologia, eu faço uso

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dessa tecnologia para algumas coisas pessoais né? Então quando chega nesta questão do estudar, de outras práticas eu tenho uma certa limitação. Então, para mim o uso da tecnologia pelos alunos ainda é muito incipiente no que tange a questão do ensino. Investigadora: Assim quanto você se sentir preparado, ou capacitado para utilizar essas tecnologias na sua prática docente? E 3: As tecnologias que eu uso hoje, o que eu uso hoje eu me sinto muito preparada, até porque eu já trabalhava com isso né? Então, não é uma novidade mas vejo que por exemplo o que eu gostaria muito de fazer que é a questão da Gameficação, dos casos reais, que o aluno possa interagir eu teria que aprender. Investigadora: E a instituição te ofereceu alguma capacitação, algum preparo para você se aprimorar nas tecnologias, como que foi isso? E 3: Nós tivemos no começo do ano uma capacitação para o uso da plataforma da Universidade B, depois com a vinda da pandemia, e a distância nós tivermos algumas capacitações para usar o Meet, o Classroom, então nós tivermos uma capacitação para essas plataformas. Investigadora: E você acha que foi, foi suficiente para você? Qual que é essa plataforma que vocês usam na Universidade B? E 3: É uma da Universidade B mesmo, na verdade a gente usa esta plataforma, até então no começo do ano ela era para ser assim, tudo a gente usaria esta plataforma, para lançar nota, para lançar falta, para lançar... é o conteúdo, tudo... para eles fazerem a prova. Com a pandemia isso acabou ficando um pouco mais de lado, e a gente retoma só para lançamento de ausências e agora a última prova do ano PMSUS inovou, acabou sendo o piloto e fazendo a prova na plataforma. E então a gente ainda continua com a velha boa planilha de Excel, agora online para lançamento das notas, dos conceitos satisfatório e insatisfatório. E nós usamos o Google Meet para fazer os encontros, a distância síncrono e usamos o Classroom para ele poder colocar o APA, o portfólio. Investigadora: Acho que já tá falou um pouco também, mas eu queria perguntar para ver se a gente consegue explorar um pouco mais, eu queria que você falasse um pouquinho das alterações que foram necessárias nas atividades PMSUS durante a pandemia, o que vocês tiveram que se readaptar no PMSUS com a pandemia? E 3: Nossa verdade nós tiramos tudo que, vou falar do PMSUS da reflexão da prática e depois do PMSUS da UBS. O PMSUS reflexão da prática nós tiramos o todos os disparadores que eram texto, que eram de texto que a gente costumava ler em sala de aula, passamos a utilizar disparadores que eram vídeos e aí vários disparadores com trechos de vídeo ou o vídeo inteiro, dependendo do tempo, então a gente acabou gastando mais tempo com o disparador né então se eu tinha lá vai 15 minutos com o disparador eu passei para 20 ou 25 com o disparador para prender a atenção desse estudante, para ele ter um olhar mais ampliado da questão e depois fomos para a discussão. Essa foi a grande mudança aí durante a pandemia, é e aí em relação à avaliação alguns combinado da gente fazer com eles, é manter a câmera aberta, a questão da participação, da discussão da participação e não que isso eram coisas que a gente conseguia ver né eu sempre brinco com eles é muito difícil à distância eu não vejo o não verbal de vocês, eu vejo só o rostinho. Então até para avaliação isso complicou um pouco em relação a PMSUS a prática na unidade básica de saúde, a gente já, a gente, isso era independente da aprendizagem baseada em projetos mas a gente teve que cessar as UBS durante o primeiro semestre, então eles deixaram de ir na unidade básica de saúde no primeiro semestre,

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retomam no segundo semestre mas não conseguem finalizar o semestre por conta da pandemia. Então essa, foi algo que não tinha uma outra saída, uma outra solução porque a gente entende que uma atividade prática não pode ser substituída por uma atividade teórica, né? E que eles vão ter que rever tudo isso, tudo que eles perderam no próximo ano. Investigadora: E aí então essa carga horária da UBS, eles ficaram em AAD? E 3: e eles ficaram porque como que, como que é agora lá na Universidade B, os grupos são divididos então uma semana eles ficavam na UBS e uma semana em ABP (Aprendizagem Baseada em Projetos) Investigadora: A ABP é a do projeto? E 3: Certo, e o que aconteceu na semana que esse grupo tá em UBS ele não tem aula, e o outro grupo está em ABP, então eles ficariam duas semanas com a ABP e duas semanas com uma área livre que seria UBS. E aí era um era um horário também que você fala assim ah mas não faziam nada, não, eles tinham essa carga horária dedicada também para o andamento do projeto. Agora para o próximo ano a gente vai fazer a fusão de aprendizagem baseada em projetos com reflexões, com reflexão da prática. Investigadora: O professor, vocês vão com eles para a UBS? E 3: Não, tem os preceptores na própria UBS. O que a gente tem na verdade, são três supervisores de campo de prática sou eu a X e a Y, sendo cada uma responsável por 4 UBS, isso, essa supervisão era presencial, e aí agora com a pandemia a gente faz a distância. Investigadora: Certo. Tem mais alguma coisa em relação à práticas inovadoras e tecnologias digitais no PMSUS que você não falou, ou que você gostaria de falar? E 3: Acho que não, que era isso mesmo que eu queria falar. Entrevista ao Professor E 4 Realizou a entrevista no dia 19 de dezembro de 2020, por meio do Google Meet, por volta das 8:30 horas. Iniciou apresentando os objetivos e contextualizando o professor E 4 sobre a investigação e a entrevista que seria realizada com ele. Após este primeiro momento, apresentou se os princípios e normas processuais de natureza ética quanto a realização da entrevista, assegurando toda a confidencialidade e anonimatos no processo da entrevista, assim como na elaboração dos resultados e divulgação da pesquisa, também deixou-se claro que o entrevistado poderia a qualquer momento desistir de participar desta investigação. E por fim, solicitou-se a autorização para a gravação da entrevista, após o aceite da gravação por parte do entrevistado, iniciou-se a entrevista com o E 4 que teve duração de 29 minutos e 07 segundos. Investigadora: Estou gravando, tá? É um mestrado da Universidade de Lisboa e eu estou estudando um pouquinho das tecnologias digitais e das práticas inovadoras na atividade curricular PMSUS. Na Universidade B também chama PMSUS? E 4: Isso. Eu estava me dedicando 40 horas semanais nesta unidade curricular. Investigadora: Então, você vai poder contribuir muito com o meu trabalho. Estou investigando em duas universidades, as duas tem um currículo muito parecido, nas duas unidades curricular chama PMSUS. E eu vou estudar se as duas utilizam as práticas inovadoras e as tecnologias digitais

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especificamente no PMSUS. Você fica bem a vontade para responder, eu não vou identificar a universidade nem as suas respostas, nem você. E 4: Tá bom. Investigadora: Eu queria que você pudesse me contar um pouquinho se você recorre, se você utiliza as práticas inovadoras na sua atuação enquanto docente. E 4: Então, eu na verdade eu tenho que confessar que eu tenho usado muito mais essa situação de pandemia, né? Porque com essa situação de aulas online a gente precisa recorrer a essas, essas ferramentas, né. Então, realmente na pandemia a gente tem usado bastante né, então seja no último ano, a gente só usou praticamente né. Então, fazendo as discussões online, fazendo utilizando a plataforma de aula do Google sala de aula, utilizando mais interação por meio de vídeos, mesmo utilizando as ferramentas passando os vídeos discutindo em cima do vídeo mas tudo, tudo, claro que quando a gente estava no presencial a gente usava, assim usava né, mas erma situações mais focadas. A própria característica do PMSUS que era uma questão de ter um problema, de ter um problema para estudar. Como é que a gente trabalha? A gente tem um problema, algum problema ou contexto com um disparador de vídeo ou uma figura, aí o pequeno grupo discute isso, levanta as suas questões, fazia questões norteadoras, a partir do que se discutia, da experiência vivida e do que você sabia sobre aquilo, isso gerava novas questões e a serem discutidas no momento seguinte, uma semana depois, isso para diversas áreas de conhecimento deles dentro da área de saúde coletiva, né? Então, esse tipo de interação acontecia bastante no online, ops no presencial. E aí utilizávamos estas tecnologias ali, na hora, e a parte prática era no campo. E a gente fazia muito mais uso em sala de aula com vídeo, com as discussões, agora no online isso tudo exacerbou bastante, porque a gente começou a entrar com as plataformas, fazer a simulação dos casos, a gente tinha o computador na nossa mão, todo mundo ali, todo mundo online, então eu digo que já usava sim, mas na pandemia isso precisou ser exacerbado, até porque é muito mais difícil envolver o aluno e prender a atenção do aluno neste método online, você não está interagindo, você não está falando, eles ficam com a câmera desligada muitas vezes, com o microfone desligado, você não sabe se ele está lá. Então, você não sabe se eles estão lá, então foi muito mais intenso, eu posso dizer que mais que dobrou a intensidade da utilização destas práticas. Investigadora: E com que, com quais objetivos você visa recorrer ou utilizar essas práticas inovadoras na docência. E 4: então eu acho que as práticas inovadoras na prática elas fazem de uma forma muito mais intensa a relação entre o que o aluno está aprendendo e a realidade em que ele vai enfrentar quando ele for para prática dele quando ele se tornar, no caso era um curso de medicina, quando ele se tornar médico né. Eu acho que as práticas inovadoras muito bem utilizadas, com objetivo, com a finalidade, tudo muito claro, não é, não é simplesmente uma ferramenta ou fazer alguma coisa por fazer, exemplo vou fazer um TBL, ah mas vou fazer as perguntas por fazer, não. Eu preciso ter tudo certo, preciso ter um grande plano de ensino, eu preciso saber quais são os meus objetivos, a estratégia, a intencionalidade, não é? Eu preciso saber onde eu quero chegar, os objetivos gerais e específicos, aí usa as estratégias, avalio isso depois de uma forma muito bem metodológica, sistematizada, e organizada, não é uma coisa solta, uma ferramenta solta. E aí eu consigo ir nisso buscando sempre interface com o que está acontecendo na realidade atual para fazer esse contexto e aproximando

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com a realidade que o aluno vai encontrar quando ele sair para não ficar aquela coisa deslocada, eu acho que esta, este é o grande ganho, certo? Investigadora: E o que você entende por práticas inovadoras? E 4: Então, eu entendo que práticas inovadoras são todo o contexto que permite, então assim são práticas, mas também é o método, mas também são ferramentas, que permitem com que o aluno interaja, com que o aluno participe mais de uma forma mais ativa, totalmente contextualizada, e então assim, para isso eu tenho diversas ferramentas, diversos instrumentos, é uma prática que possibilita a aproximação do aluno com a realidade por meio de tecnologias né? Certo? Então que ferramentas você tem? Você tem a simulação realística, você tem os programas como os softwares, você tem diversos tipos de ferramentas para isso. Investigadora: Agora a gente vai falar um pouquinho das tecnologias digitais e eu queria entender como você vê o uso dessas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem? E 4: Esta é uma pergunta que eu tenho pensado muito nisso ultimamente, por quê? Isso tem que ser uma coisa muito contextualizada, a gente não pode negar o ganho, é impossível negar o ganho que você tem com esta possibilidade, o ganho no sentido de realmente conseguir simular a realidade, de conseguir preparar este estudante para o avanço tecnológico que ele vai encontrar da li para frente, é mas, nós temos um problema na nossa realidade brasileira. Você pergunta de uma maneira geral ou específico para a medicina. Investigadora: Pode me pode dos dois, porque a que a próxima pergunta seria para você focar no medicina. Então, fala geral e depois você fala da medicina. E 4: Porque são coisas bem diferentes, a população, os alunos da medicina são alunos de uma determinada classe social, então eles tem acesso à internet de alta conexão, eles estão em faculdade que promovem, então, eu fico toda a hora falando da pandemia por isso estou falando toda a hora conexão, conexão, mas porque eu falo isso para você, porque enquanto eu estava nessa instituição eu estava em outra também que é pública, lá 60% dos alunos não participavam das aulas, não acessavam as plataformas, não acessavam das os programas entendeu? Porque não tinha internet, eles moram na moradia estudantil eles não têm acesso à internet. Então, o que acontece, é às tecnologias digitais elas são extremamente importantes, realmente a gente não pode negar, mas a gente precisa proporcionar junto com isso acesso, porque senão a gente piora a desigualdade no processo de informação, a gente exacerba. Então, se a gente fizer as duas coisas juntas a gente entra em uma armadilha. Não só os acessos as tecnologias digitais quanto à formação para cessar as tecnologia e contato prévios com elas. É isso, é isso então eu acho que é essencial, é importante, é inegável, mas se não tiver política, porque a gente precisa pensar no todo né? Não só naquele curso que ele a gente está dando, afinal você vai ter... porque eu estou pensando na área da saúde, dentro da área da saúde tem diferentes acessos, a enfermagem é diferente da área da medicina, são classe sociais diferentes. Como fazer o suo das tecnologias digitais com a inclusão digital? Investigadora: E quais você considera ser as contribuições das tecnologias digitais para os alunos, para o processo deles de aprenderem? E 4: Ah então, a contribuição é tornar o aprendizado mais fluído, mais como é que eu posso dizer? Por que o que acontece? Essa geração já nasceu dentro das tecnologias digitais, então para eles é algo natural, então a contribuição para os alunos é que eles já têm ferramentas que eles têm domínio desde que eles são novinhos, diferentes da minha geração, para aprender. Então o que acontece

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como é uma ferramenta que eles tem bastante domínio, isso torna o aprendizado mais fluído, isso faz mais sentido, ajuda a dar sentido a aprendizagem deles porque eles já conhecem, então eu acho que facilita neste sentido, ele consegue fazer conexões mais rápidas do que está aprendendo com que ele já sabe, com que ele já conhece, isso estimula eles porque eles gostam, eles são esta geração da tecnologia digital, e quando você gosta de uma coisa o processo ensino-aprendizagem acontece de uma forma mais rápida, e outra coisa eles não tem a paciência de ficar uma hora escutando o professor falar, fazendo bla...bla, eles não tem esta paciência, esta é a contribuição que eu acredito pensando agora. Investigadora: E de que modo você acha que essas tecnologias digitais contribuem para inovar as práticas no PMSUS, especificamente no PMSUS. E 4: Então, no PMSUS a gente consegue pensar que, eu acredito, agora pensando assim o online foi o que salvou a gente, agora eu preciso pensar no presencial também, o online salvou porque imagina a gente discutindo um caso de um paciente que chega na unidade básica de saúde e aí não quer tomar vacina, por exemplo, uma coisa quando você tá em um grupo presencial e aí você coloca esse caso no papel mesmo, assim coloca no papel e você está junto com eles e aí você fala o Ciclana e aí, e ai Fulana qual é a sua questão, outra coisa é quando você não está no presencial, então quando você coloca um vídeo, ou coloca para eles respondam isso aqui no Google Forms, responda isso aqui na plataforma, eu vou dar cinco minutos para vocês, você consegue garantir que eles prestem atenção que eles se envolvam, isso nesta condição. Agora se a gente estivesse só no presencial, eu acho que a gente também utilizando, por exemplo, um simulação com eles, na verdade, na verdade agora que você está me perguntando isso, eu diria que está cosia que eu falei para você agora do online eu tenho até discutido isso com os meus colegas, a gente vai mudar muita coisa no presencial para falar a verdade se no online eu conseguir usar o vídeo para discutir, ou a gente fez um quiiz rápido, porque não fazer isso quando voltar no presencial? Isso tudo são coisas que a gente não fazia antes, então eu acho que no PMSUS, a gente consegue usar as práticas inovadoras e usar estas tecnologias para vivenciar de forma mais concreta para os estudantes o que estamos discutindo na teoria de forma mais concreta até. Eu já pensei que tudo isso que a gente está fazendo online nós devemos manter no presencial. Inclusive a forma de fazer as provas, foi muito interessante a maneira que a gente fez a avaliação, o PMSUS que antes era no papel, a gente corrigindo que não sai o feedback na hora com certeza isso a gente já vai mudar, então esta é uma contribuição muito importante para o PMSUS. Então eu acho que assim no PMSUS, na avaliação, e durante as aulas incluindo as práticas e as tecnologias que a gente teve que fazer uso durante o online. Então as simulações de caso principalmente seja com os vídeos que a gente já tinha, ou seja com o uso destas plataformas de quiiz rápido. Investigadora: Então você me falou um pouquinho dessas tecnologias que vocês utilizaram em concreto no PMSUS, né? A questão do vídeo, a questão da plataforma, do quis, você lembra mais algumas outra que vocês utilizaram no PMSUS? E 4: Então, os vídeos, as plataformas, o encontro online pelo Meet, o que mais que a gente? Na verdade a gente... (pensando) Bom, tinha as nossas próprias reuniões de docentes que a gente precisava disso também, utilizando o Google Drive, o que a gente antes fazia ali no presencial, sentava junto e discutia ali na hora e mudava no Word, a gente fez tudo isso no online via nuvem, via Google Drive, o próprio planejamento das aulas a gente acabou usando tecnologia digital para

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planejar junto, a gente utilizava estas tecnologias digitais, né? Acho que é isso que eu consigo lembrar agora. Investigadora: E você se sentia preparada para fazer tudo isso, para utilizar todas estas tecnologias? E 4: De jeito nenhum, de jeito nenhum até porque não utilizava como falei para você e era muito esporádico, e era engaçado que quando eu utilizava eu pedia ajuda para os alunos, eu pedia pelo amor de Deus o que eu tenho que fazer aqui, e ai eles me ajudavam. Com esta coisa da pandemia a Universidade B fez um processo de formação, apresentou as plataformas para a gente usar o Google, a chamada, o Meet e também para a gente conseguiria nossas oficinas desta maneira, como a gente vai escolher o melhor vídeo? Bem interessante porque não é simplesmente escolher um vídeo que fala sobre aquele assunto você tem que pegar o vídeo ver se ele é interessante ai recortar um pedaço dele, editar ele, porque você não vai pegar um pedaço dele porque você não vai colocar um vídeo de vinte minutos, de meia hora para os meninos verem, você tem que olhar e saber editar, e ver você vai passar este e este pedaço, eu tive bastanteeee dificuldade, porque eu não dominava isso e não domino ainda, não domino ainda. Investigadora: E você acha que essa capacitação que vocês receberam foi suficiente, ou ela foi muito pontual? E 4: Ah ela foi pontual porque estávamos um momento de emergência, não é verdade? Ela foi pontual, pontual mesmo, foi para dizer vocês colocam o vídeo ali vocês vão fazer isso, para entrar no Google sala de aula é assim, vocês vão abrir uma sala de aula deste jeito, foi bem prático, mas pontual, foram três encontros. E a gente estava aprendendo muito com o dia a dia, você erra daí você aprende, aí você fuça, você descobre uma outra ferramenta, então a carga de auto aprendizado foi maior. Investigadora: E agora como você vê a utilização destas tecnologias digitais pelos os seus alunos durante a própria atividade do PMSUS mesmo, como você acha que eles recebem e lidam com isso, com estas tecnologias? E 4: É engraçado né, no começo, grande parte domina, mas tem uma parcela que não domina, e eu achava engraçado porque eu tinha uma outra ideia, eu achava que todo mundo saberia, a grande parte que dominava achou tranquilo, gostou e inclusive falou que quando voltasse no presencial a gente tinha que usar estas tecnologias do mesmo jeito, então foi muito bem aceito para grande parte, para aquela pequena parte que não tinha tido este domínio, tiveram medo, ficaram inseguros, ansiosos, aumento a ansiedade deles, mas no decorrer do processo, a gente fica com estes alunos o ano todo, então conseguimos identificar isso, o mesmo grupo de aluno a gente fica o ano inteiro, eles falaram que superaram, que foi ótimo, que facilitou o aprendizado, que fez sentido, e conseguiram então mais uma aprendizado na vida deles que foi o domínio das tecnologias digitais, das plataformas. A avaliação foi 100% de que foi legal e favorável, querem que mantenham estas tecnologias digitais. Investigadora: O meu último bloco de perguntas era sobre a pandemia, quais eram as mudanças que vocês tinham enfrentado, mas eu acho que foi respondendo ela. E na verdade esse é meu último bloco para todo mundo virou o primeiro porque as pessoas já começam a falando da pandemia. Tem alguma outra coisa que você queria acrescentar, que você acha que você não falou e agora veio na sua cabeça sobre as práticas inovadores, as tecnologias digitais tanto na sua docência quanto na atividade curricular PMSUS?

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E 4: Uma coisa que eu já falei, mas eu queria enfatizar é isso, as práticas inovadoras e as tecnologias digitais, pensando na educação brasileira, na realidade brasileira, elas precisam vir juntas com o acesso, com estas políticas de inclusão, se não elas viram instrumentos de discriminação de classes na verdade, você vai ter pessoas muito bem formadas, com grande domínio das tecnologias que vão conseguir inclusive nas suas prática, como a telemedicina, com todas as plataformas desenvolver isso e um outro grupo que nesta realidade brasileira vai ser a maior parte que não consegue, que não consegue ter acesso e que vai continuar com este ensino mais tradicional, mais restrito e vai produzir esta prática mais tradicional e mais restrita, porque e isso as práticas inovadoras tem este papel. Eu utilizo tecnologias de uma forma muito mais fluida, conseguindo articular teoria e prática e de uma forma muito mais interessante e depois quando formado reproduzo isso no meu cuidado com os pacientes, né? Mas eu também preciso ter paciente com acesso, não é verdade? Então com certeza essa é a questão. E uma outra coisa os docentes precisam nos docentes desta geração, porque os nossos alunos quando se tornarem docentes, talvez não precisem disso, mas os docentes atuais precisam de espaço de formação, sem esta experiência da pandemia eu não teria tido esta capacitação, não teria tido estes três encontros oferecidos pela universidade, eu não estaria mexendo com isso, não estaria utilizando isso, então eu acho que isso precisa ser disseminado fazer parte dos currículos de formação de pós-graduação, por exemplo, eu acho que a inovação precisa estar na pós-graduação dos docentes. Eu acho que além dos alunos que tem isso na sua graduação, os docentes precisam ter isso incluso na grade curricular mesmo, precisam de aperfeiçoamento para o ensino precisa estar incluído na grade, não como uma cosa optativa, se der tempo eu faço, mas acho que é importante ter isso para tornar-se uma coisa mais orgânica né pelo menos para essa geração aqui dessa, essa geração atual. Acho que é isso, é isso. Eu não sei se eu respondi bem porque eu conheço muito pouco, muito pouco por tecnologias digitais. Eu gosto destas entrevistas porque faz a gente refletir, eu fiquei refletindo sobre a minha prática sobre as tecnologias digitais.

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Apêndice C - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Práticas inovadoras e tecnologias no ensino-aprendizagem de saúde pública em graduações de medicina no Brasil

Pesquisadora responsável: Juliana Delalibera Mendes Marcolini

Você está sendo convidado a participar de uma pesquisa e este documento, chamado Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido, assegura seus direitos como participante da pesquisa e foi

elaborado em duas vias, assinadas e rubricadas pelo pesquisador e por você, sendo que uma via será

sua e outra ficará com o pesquisador.

Por favor, leia com atenção e calma e, aproveite para esclarecer suas dúvidas. Se você tiver

perguntas, poderá fazê-las ao pesquisador. Você NÃO sofrerá nenhum tipo de penalização ou

prejuízo se não aceitar em participar desta pesquisa, ou pode retirar sua autorização em qualquer

momento.

Justificativa e Objetivos

Esta investigação será desenvolvida para a certificação da pesquisadora no Programa de

Mestrado em Educação e Tecnologias Digitais da Universidade de Lisboa. A pesquisa visa o estudo

de práticas inovadoras e tecnologias digitais, mais especificamente o modo como são integradas às

práticas inovadoras e tecnologias digitais na atividade curricular em saúde pública na primeira e

segunda séries de dois cursos de medicina no Brasil. A atividade curricular em saúde pública ocorre

em um cenário real de prática, que são os serviços de saúde próprios ou conveniados com o Sistema

Único de Saúde (SUS) nos âmbitos da atenção primária.

Esta atividade curricular tem o objetivo de explorar os conhecimentos, as atitudes e as

habilidades dos estudantes na prática médica no contexto do SUS, e desenvolver as capacidades de

cada estudante para um atendimento integral, focado nas necessidades de saúde de pessoas, de

grupos sociais e da comunidade.

Procedimentos

Você está sendo convidado a participar de uma entrevista, que será agendada de acordo com

a sua disponibilidade. Esta entrevista pode ser presencial (a investigadora irá até o seu local de

trabalho/ ao local que for mais conveniente para você), neste caso iremos gravar apenas o áudio das

Page 32: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

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suas falas, ou ainda a entrevista pode ser realizada em formato online, videochamada, que será

gravada. Todo o áudio, seja da entrevista presencial ou da videochamada, serão transcritos e depois

descartados.

A entrevista pode durar entre 30 minutos/1 hora, e será sobre a sua experiência na atividade

curricular em saúde pública com os estudantes de medicina da primeira ou segunda série,

nomeadamente em relação ao uso de tecnologias digitais nas práticas desenvolvidas.

Os dados obtidos por meio da entrevista serão confidenciais e não serão divulgados, visando

assegurar o sigilo de sua participação e/ou das instituições nas quais o estudo será realizado. Será

garantido o anonimato de todos os participantes. A investigadora se compromete a tornar público

nos meios acadêmicos e científicos os resultados obtidos de forma consolidada sem qualquer

identificação de indivíduos/ou instituições participantes.

Desconfortos e Riscos

Os riscos envolvidos na sua participação nesta pesquisa referem-se a possibilidade de

constrangimentos durante a realização das entrevistas, como o desconforto em responder alguma

das questões realizadas pela investigadora, o cansaço em participar deste processo, ou ainda algum

dano à dimensão física, psíquica, moral, cultural, intelectual ou espiritual.

Na possibilidade de ocorrer algum tipo de constrangimento, durante a realização da

entrevista, você terá total liberdade de recusa, desistência ou retirada de consentimento, e isso não

acarretará prejuízos. Vale ressaltar que a recusa ou a desistência pode ocorrer em qualquer momento

do processo.

A qualquer momento você poderá solicitar novas informações e modificar a sua decisão de

participar se assim o desejar.

Rubrica do pesquisadora:___________ Rubrica do participante:__________

A Resolução CNS no. 466 de 2012 “ÁREA DA SAÚDE” OU RESOLUÇÃO CNS no. 510 de

2016 “ÁREA DE HUMANAS”, define como “Risco da pesquisa: possibilidade de danos à

dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em

qualquer pesquisa e dela decorrente”. Por isso, serão adotadas providências visando minimizar

quaisquer desconfortos e riscos aos participantes desta pesquisa, ele poderá ter o atendimento

adequado de um profissional da saúde (médico ou psicólogo), em casos específicos de necessidade,

mesmo depois do encerramento e/ ou interrupção desta pesquisa.

O participante será informado do desfecho desta pesquisa, receberá um retorno em relação a defesa

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deste mestrado e a posteriores publicações.

Benefícios

Os benefícios deste estudo possibilitarão a identificação e caracterização das estratégias

desenvolvidas e utilizadas quando as tecnologias digitais estão presentes nas práticas inovadoras no

ensino de saúde pública.

A sua participação irá contribuir para o desenvolvimento desta dissertação e para a reflexão

sobre as tecnologias digitais e as inovações na educação nos cenários práticos de ensino

aprendizagem, e consequentemente para a qualificação da educação, principalmente para o

currículo médico.

Sigilo e Privacidade

Será garantido o anonimato da sua identidade e mantido em sigilo todas as informações,

apenas para o uso desta pesquisa e não serão repassadas a outras pessoas que não façam parte da

equipe de pesquisadores. Seu nome não será revelado na divulgação dos resultados desse estudo, ou

em nenhum outro momento.

Ressarcimento e Indenização

Para participar deste estudo você não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem

financeira, ou de outra ordem. Serão fornecidos à você todos os esclarecimentos sobre o estudo, e

você estará livre para participar ou recusar-se a participar a qualquer tempo e sem quaisquer

prejuízos, valendo a desistência a partir da data de formalização desta.

Contato Em caso de dúvidas ou qualquer esclarecimento sobre a pesquisa, você pode entrar em

contato com a pesquisadora: Nome do Pesquisador Responsável: Juliana Delalibera Mendes Marcolini

Endereço: Rua: Kansas, 1700, Apto 63. Bairro: Brooklin Paulista, São Paulo.

Fone: (11) 99623-0203

E-mail: [email protected]

Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do

estudo, você poderá entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) , das

8h às 12h e das 14h às 18h, através do telefone (11) 42393282.

Rubrica do pesquisador:___________ Rubrica do participante: ___

Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)

O CEP tem como função avaliar e acompanhar os aspectos éticos de todas as pesquisas

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envolvendo seres humanos. A Comissão Nacional de Ética (CONEP) tem por objetivo desenvolver

a regulamentação sobre proteção dos seres humanos envolvidos nas pesquisas. Desempenha um

papel coordenador da rede de Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) das Instituições, além de ser

um órgão consultor na área de ética em pesquisas.

Consentimento Livre e Esclarecido:

Após ter recebido esclarecimentos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos e métodos,

benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, aceito participar:

Nome do (a) participante da pesquisa:

_____________________________________________________________Data: / /2020

(Assinatura do participante de pesquisa/nome e assinatura do seu responsável legal)

Responsabilidade do Pesquisador:

Asseguro ter cumprido as exigências da Resolução CNS No. 510/2016 e complementares na

elaboração do protocolo e obtenção deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Asseguro

ter explicado e fornecido uma via deste documento ao participante da pesquisa. Informo que o

estudo foi aprovado pelo CEP. Comprometo-me utilizar os dados obtidos nesta pesquisa

exclusivamente para as finalidades previstas neste documento.

_______________________________________________ Data:_______/_____/2020 (Assinatura do pesquisador)

Rubrica do pesquisador:___________ Rubrica do participante:__________

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Apêndice D - Análise documental dos Projetos Pedagógicos de Curso de Medicina das

Universidades A e B

Categoria Universidade Descrição (Categoria Prática Médica) Subcategoria

Prática Médica

Universidade A

A competência é aqui compreendida como sendo a capacidade de mobilizar diferentes recursos para solucionar, com pertinência e sucesso, os problemas da prática profissional, em diferentes contextos. Assim, a combinação das capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras mobilizadas para a realização das ações do exercício profissional foi traduzida em desempenhos que refletem uma prática médica considerada competente nos cenários do SUS

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Prática Médica

Universidade A

Ao longo dos ciclos educacionais e respectivas séries, o desenvolvimento das capacidades que conformam as três áreas de competência ocorre simultaneamente, com progressão do domínio e da autonomia dos estudantes na prática médica.

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Prática Médica

Universidade A

A organização de Unidades Curriculares – UC, segundo ciclos educacionais e cenários de aprendizagem, busca explorar o melhor desenvolvimento de capacidades para a construção de competência do futuro profissional médico. O currículo está estruturado em seis séries anuais, segundo três unidades curriculares obrigatórias: (i) simulação da prática profissional; (ii) prática médica no SUS; e (iii) formação médica singular.

Organização do currículo médico

Prática Médica

Universidade A

A Unidade Curricular de Prática Médica no SUS – PMS visa promover o desenvolvimento de capacidades nas três áreas de competência do perfil em cenários reais do trabalho em saúde no contexto do SUS. Os cenários reais de prática contemplam serviços de saúde próprios ou conveniados com o SUS nos âmbitos da atenção primária e atenção especializada ambulatorial e hospitalar. Como nesses cenários, o erro deve ser evitado em função de potenciais riscos ou danos às pessoas, a vivência dos estudantes é acompanhada por

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

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docentes da Universidade A e apoiada por preceptores e pela equipe de saúde do serviço no qual os estudantes são inseridos.

Prática Médica

Universidade A

Essa atividade utiliza o processamento de situações-problema prevalentes da prática médica no contexto do SUS. Explora capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras, considerando as situações prevalentes nos diferentes ciclos de vida e o perfil de competência do estudante, segundo série. Os conceitos de necessidades de saúde – olhar ampliado para as dimensões do processo saúde-doença e terapêutica – a escolha da melhor alternativa de cuidado, norteiam o trabalho de estudantes e docentes. Focaliza: (i) processos biológicos normais e alterados; (ii) processos sociais, culturais, históricos, ecológicos/ambientais, éticos e legais vinculados à saúde-doença; (iii) processos comportamentais/psicológicos normais e alterados; (iii) processos de cuidado no contexto do SUS; (iv) processos educacionais por meio da aprendizagem baseada em problema.

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Prática Médica

Universidade A

A aprendizagem baseada em equipes possibilita que os estudantes possam ter contato com as práticas inovadoras e atualizadas da prática médica. Por meio da utilização de situações contextualizadas em POLIS, docentes da Universidade A são apoiados por especialistas na exploração do estado da arte e das inovações no cuidado à saúde de crianças, adolescentes, adultos e idosos. Essa atividade curricular considera as situações prevalentes nos diferentes ciclos de vida e o perfil de competência do estudante para selecionar e explorar conteúdos cognitivos, atitudinais e psicomotores que fundamentam a medicina. Tem como foco: (i) as dimensões biológica, psicológica e social que conformam os processos de saúde-doença, de cuidado em saúde e da gestão do trabalho em saúde; (ii) o estado da arte e as inovações no cuidado à saúde das pessoas; (iii) as melhores práticas no cuidado à saúde das pessoas e na gestão da clínica; (iv) os processos educacionais -

Práticas inovadoras e práticas médicas

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aprendizagem colaborativa e ética baseada em equipes.

Prática Médica

Universidade A

No internato, essa atividade é incorporada às atividades curriculares da Prática Médica no SUS, correspondendo às reflexões teóricas que exploram o estado da arte e as inovações no cuidado da Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde da Família e Comunidade, Saúde Mental, Saúde Coletiva e Urgência e Emergência.

Atividade curricular prática médica no SUS

Prática Médica

Universidade A

Essa atividade que perpassa todo o currículo, 1a à 6a séries. Desenvolvida a partir de vivências junto às equipes de saúde da família do município, explora conhecimentos, atitudes e habilidades da prática médica no contexto do SUS, considerando a integralidade do cuidado e o perfil de competência do estudante, segundo série e ciclo educacional.

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Prática Médica

Universidade A

As AC-ECO podem focalizar atividades em cenários simulados ou reais da prática médica no contexto do SUS. Igualmente às demais AC do currículo, devem ser avaliadas e envolvem a autoavaliação do estudante, a avaliação de seu desempenho pelo profissional responsável e a avaliação da própria atividade pelo estudante.

Atividade curricular prática médica no SUS

Prática Médica

Universidade A

(xvii) acompanhar a vivência dos estudantes nos processos educacionais de reflexão da prática médica no SUS em pequenos grupos, por meio da construção de narrativas e de seu processamento pela espiral construtivista;

O estudante de medicina inserido no cenário de

prática

Prática Médica

Universidade A

(xviii) acompanhar a vivência dos estudantes nos processos educacionais de reflexão da prática médica no SUS em pequenos grupos, por meio da construção de narrativas e de seu processamento pela espiral construtivista;

O estudante de medicina inserido no cenário de

prática

Prática Médica

Universidade A

(xvii) acompanhar a vivência dos estudantes nos processos educacionais de reflexão da prática médica no SUS em pequenos grupos, por meio da construção de narrativas e de seu processamento pela espiral construtivista;

O estudante de medicina inserido no cenário de

prática

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Prática Médica

Universidade A

As AC-ECO promovem a capacidade educacional do estudante para identificar uma necessidade ou interesse de aprendizagem e construir um plano educacional, potencializam a mobilidade estudantil e possibilitam a construção de trajetórias singulares de formação. Podem focalizar atividades em cenários simulados ou reais da prática médica no contexto do SUS. Igualmente às demais AC do currículo, devem ser avaliadas e envolvem a autoavaliação do estudante, a avaliação de seu desempenho pelo profissional responsável e a avaliação da própria atividade pelo estudante.

Atividade curricular prática médica no SUS

Prática Médica

Universidade A

A partir dos esclarecimentos e respostas às dúvidas das equipes, os especialistas apresentam desafios de aplicação dos conhecimentos em novas situações simuladas, estimulando a construção de projetos de intervenção em realidades simuladas realizadas nos Laboratórios específicos da área da saúde ou em cenários reais da prática médica.

Recurso para aprendizagem do estudante

Prática Médica

Universidade A

(x) PORTFÓLIO: ação educacional baseada na aprendizagem significativa, sob a perspectiva do estudante; é desenvolvida em encontros presenciais e a distância. O portfólio é um instrumento de autoria do estudante com finalidade de aprendizagem e de avaliação. O portfólio é acompanhado por docentes das atividades curriculares e pelo orientador do estudante. O foco é o acompanhamento da trajetória de aprendizagem cada estudante no curso, destacando facilidades e dificuldades nesse processo e o desenvolvimento do perfil de competência. O diário da prática médica é um instrumento de registro das atividades de campo vivenciadas em cenários reais do SUS que faz parte do conjunto de documentos que compõem o portfólio. A perspectiva crítica, ancorada pelo perfil de competência, é a principal orientação para a produção de um portfólio reflexivo (APÊNDICE D);

Recurso para aprendizagem do estudante

Prática Médica

Universidade A

(xii) INICIAÇÃO CIENTÍFICA - IC: a iniciação científica, embora possa ser

Atividade curricular prática médica no SUS

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aprofundada em atividades complementares, no Ciclo Educacional I é desenvolvida por todos os estudantes, no contexto do SUS. No Ciclo Educacional I ocorre uma primeira aproximação com a produção de conhecimento em articulação com demandas originadas junto às famílias que os estudantes acompanham na unidade de prática médica no SUS ou em outros projetos governamentais como o PET-Saúde. Nos ciclos II e III, a IC pode dar continuidade à pesquisa realizada na atenção básica ou ser vinculada aos grupos de pesquisa básica, clínica experimental ou qualitativa. Esse tipo de ação educacional pode ser associada à participação de estudantes e docentes em eventos científicos;

Prática Médica

Universidade A

(xiv) DIÁRIO DE CAMPO: método para registro de atividades, observações e reflexões para uso individual. Os registros devem ser apontar a data de sua realização de modo que haja uma recuperação cronológica dos fatos narrados. Sua sistematização promove um panorama de uma determinada trajetória de atividades, realizações e reflexões sobre a prática nos estágios ou atividades da prática médica no contexto do SUS.

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Prática Médica

Universidade A

A colaboração, o desprendimento, a tolerância, a generosidade visa a construção de diálogos e de metapontos de vista, no sentido de ampliar a compreensão sobre a identidade profissional e a contextualização dos problemas a serem enfrentados na prática médica (CROSS, 1998; SENGE, 1990; MORIN, 1999).

Prática médica e os seus desafios

Prática Médica

Universidade A

Os preceptores atuam diretamente nos cenários reais do trabalho em saúde, acompanhando as vivências de estudantes, nos chamados de grupos de prática médica no SUS. Os profissionais de saúde, vinculados aos serviços de saúde do município, podem atuar como preceptores no Curso de Medicina

Docentes preceptores no cenário de prática médica

Prática Médica

Universidade A

Norma XI. A partir da Avaliação de Desempenho do Estudante será considerado aprovado no Curso de Medicina o estudante

Atividade curricular prática médica no SUS

Page 40: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

40

que obtiver: (i) Frequência mínima de 75% nas unidades curriculares de simulação da prática e de 95% unidades curriculares de prática médica no SUS; (ii) Desempenho satisfatório nas atividades curriculares das seis séries; (iii) Desempenho satisfatório no Trabalho de Conclusão de Curso. Norma XII. A integralização do curso deve ser alcançada em até 10 anos. A partir desse limite superior, o estudante é jubilado.

Prática Médica

Universidade A

A avaliação de desempenho do(a) estudante utiliza uma combinação de instrumentos que focalizam os domínios: cognitivo; psicomotor e atitudinal em diferentes combinações, considerando o propósito formativo (F) ou somativo (S) e as especificidades dos cenários simulado e real da prática médica, no contexto do SUS.

Recurso para avaliação do estudante de medicina

Prática Médica

Universidade A

Os recursos educacionais utilizados no Curso de Medicina visam favorecer a articulação de capacidades cognitivas, psicomotoras e atitudinais para a realização de atendimentos simulados e procedimentos em laboratórios que se vinculam ao desenvolvimento de competência para a prática médica no contexto do SUS. Os objetivos específicos são:

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Prática Médica

Universidade A

A simulação e avaliação da prática médica visam, respectivamente, desenvolver e avaliar as capacidades necessárias ao perfil de competência, nas áreas de saúde, gestão do trabalho e educação em saúde.

Recurso para avaliação do estudante de medicina

Prática Médica

Universidade A

O Programa de Orientação ao Estudante de Medicina, PROE-Med, assim como as demais ações de apoio ao desenvolvimento acadêmico, está vinculado aos Programas Acadêmicos da Universidade A. O PROE-Med é um Programa Curricular Online Obrigatório, voltado ao acompanhamento e à orientação de cada estudante na graduação. Este programa prevê o acompanhamento longitudinal dos percursos singulares dos estudantes no curso durante toda a trajetória de formação na graduação. O Objetivo principal do PROE-Med é o de apoiar o estudante de Medicina na reflexão sobre suas aprendizagens ao longo dos semestres de

Recurso para aprendizagem do estudante

Page 41: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

41

forma que elaborem processualmente sínteses crítico-reflexivas que irão compor seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, juntamente com os respectivos relatórios da prática médica - RPM. Esses relatórios sistematizam e aportam reflexões sobre todas as atividades desenvolvidas em cenários reais do trabalho médico.

Prática Médica

Universidade A

(vi) o acompanhamento das dez famílias sob responsabilidade compartilhada do estudante e respectiva equipe de saúde, assim como as recomendações para a continuidade da atenção à saúde dessas famílias devem estar explicitadas. Os documentos relativos ao acompanhamento de famílias e o consolidado dos atendimentos realizados permite uma síntese do trabalho desenvolvido na Unidade Curricular de Prática Médica, possibilitando uma avaliação de abrangência e de continuidade do cuidado.

Atividade curricular prática médica no SUS

Prática Médica

Universidade A

vii) o consolidado de atendimentos realizados ao longo da formação a partir do mapa diário dos atendimentos acompanhados/realizados nas atividades de prática médica e consolidados no Relatório de Prática Médica, destacando sexo, idade, condição de saúde-doença, intervenções;

Recurso para aprendizagem do estudante

Prática Médica

Universidade B

O núcleo de Simulação do Campus São Paulo da Universidade B, dispõe de equipamentos, materiais e manequins de última geração, que potencializam o processo ensino-aprendizagem ao aproximá-lo da realidade da prática médica.

Recurso para aprendizagem do estudante

Prática Médica

Universidade B

A UNIDADE CURRICULAR NECESSIDADES E TERAPÊUTICA EM SAÚDE UTILIZA DE DISPARADORES DE APRENDIZADO PREVALENTES DA PRÁTICA MÉDICA, NO CONTEXTO DO SUS. EXPLORA CAPACIDADES COGNITIVAS, ATITUDINAIS E PSICOMOTORAS, CONSIDERANDO AS SITUAÇÕES PREVALENTES NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA E O PERFIL DE COMPETÊNCIA DO ESTUDANTE, SEGUNDO SÉRIE.

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Page 42: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

42

Prática Médica

Universidade B

A UNIDADE CURRICULAR DE PRÁTICA MÉDICA NO SUS – PMSUS VISA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES NAS TRÊS ÁREAS DE COMPETÊNCIA DO PERFIL, COM UMA ABORDAGEM CRESCENTE E ORIENTADA À TERMINALIDADE EM RELAÇÃO AO PERFIL DE COMPETÊNCIA, EM CENÁRIOS REAIS DO TRABALHO EM SAÚDE, NO CONTEXTO DO SUS. NESSES CENÁRIOS, O ERRO DEVE SER EVITADO EM FUNÇÃO DE POTENCIAIS RISCOS OU DANOS ÀS PESSOAS. ASSIM, A VIVÊNCIA DOS ESTUDANTES É ACOMPANHADA POR DOCENTES DA UNIVERSIDADE B E APOIADA POR PRECEPTORES E PELA EQUIPE DE SAÚDE DO SERVIÇO NO QUAL OS ESTUDANTES SÃO INSERIDOS.

Atividade curricular prática médica no SUS

Prática Médica

Universidade B

A UNIDADE CURRICULAR DE SIMULAÇÃO DA PRÁTICA MÉDICA – SPM VISA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES NAS TRÊS ÁREAS DE COMPETÊNCIA DO PERFIL, COM UMA ABORDAGEM CRESCENTE EM ABRANGÊNCIA E PROFUNDIDADE. ESSA UNIDADE É DESENVOLVIDA EM CENÁRIOS PROTEGIDOS E CONTROLADOS, POSSIBILITANDO QUE O ERRO SEJA INSUMO DE APRENDIZAGEM E NÃO PRECISE SER EVITADO.

Atividade curricular prática médica no SUS

Prática Médica

Universidade B

As unidades curriculares – (i) Necessidades e cuidados em Saúde ; (ii) prática médica no SUS; e (iii) Habilidades medicas/ Estações clinicas (iv) Core Curriculum, são longitudinais e estão organizadas em três ciclos de aprendizagem, com dois anos letivos sequenciais cada um. Os ciclos de aprendizagem estão orientados pelo desenvolvimento de um determinado conjunto de capacidades, nas três áreas de competência. Cada ciclo é particularmente

Atividade curricular prática médica no SUS

Page 43: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

43

definido pelo grau de autonomia e responsabilidade dos estudantes para intervirem na realidade, com acompanhamento de equipes de saúde e docentes. Os ciclos I e II são predominantemente desenvolvidos na atenção primária, também chamada de atenção básica. O ciclo III é predominantemente desenvolvido na atenção especializada ambulatorial e hospitalar e na urgência e emergência. Embora com diferentes ênfases, todos focalizam o cuidado integral à saúde. Assim, os objetivos educacionais das unidades curriculares apresentam aspectos gerais e relacionados ao ciclo de aprendizagem. Os objetivos educacionais específicos estão expressos nas atividades curriculares que compõem as unidades curriculares. A organização das UC no Curso de Medicina da Universidade B pode ser acompanhada no Quadro 6.

Prática Médica

Universidade B

Essa atividade utiliza o processamento de situações-problema prevalentes da prática médica no contexto do SUS. Explora capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras, considerando as situações prevalentes nos diferentes ciclos de vida e o perfil de competência do estudante, segundo série. Os conceitos de necessidades de saúde – olhar ampliado para as dimensões do processo saúde-doença e terapêutica – a escolha da melhor alternativa de cuidado, norteiam o trabalho de estudantes e docentes. Focaliza:

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Prática Médica

Universidade B

Realizada ao longo do primeiro e segundo semestres do curso de , a atividade possui com o objetivo desenvolver capacidades nos discentes em aplicar de modo mais consistente evidências provenientes de pesquisas em saúde à prática médica,

Atividade curricular prática médica no SUS

Prática Médica

Universidade B

ênfase na utilização das melhores evidências disponíveis na prática médica, trabalhar os conceitos de Medicina/Saúde Baseada em Evidências e estimular a elaboração de perguntas clínicas que possam ser respondidas por revisões sistemáticas e ensaios clínicos.

Medicina baseada em evidências

Page 44: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

44

Prática Médica

Universidade B

Atividade que perpassa todo o currículo, da primeira à sexta série. Desenvolvida a partir de vivências junto às equipes de saúde da família do município, essa atividade explora conhecimentos, atitudes e habilidades da prática médica no SUS, considerando a integralidade do cuidado e o perfil de competência do estudante, segundo série. Focaliza a atenção primária à saúde, a integração ensino-serviço e as ações desenvolvidas em parceria com a comunidade para a promoção da saúde e da qualidade de vida. Inclui ações de prevenção, tratamento, reabilitação e paliativas e trabalha com a atenção domiciliar e ambulatorial. Cada estudante acompanha dez famílias ao longo do curso, contemplando a diversidade de ciclos de vida, a longitudinalidade do cuidado e o fortalecimento do vínculo com a equipe de saúde e o território.

Atividade curricular prática médica no SUS

Prática Médica

Universidade B

Os conteúdos das unidades curriculares são orientados por competência e trabalhados em ciclos de aprendizagem. Os conteúdos estão apresentados por Unidade Curricular, uma vez que as atividades curriculares – AC de cada série são co-requisito umas para as outras. Nas unidades de simulação da prática médica, as situações-problema da AC-NCS, as estações clínicas da ACEC/HM e os contextos da AC-PMSUS são baseadas em situações prevalentes, a partir do perfil epidemiológico da população brasileira, com ênfase nas particularidades da região e do município. Os demais conteúdos são provenientes da vivência de situações reais em cenários do SUS.

Aprendizagem a partir da simulação da prática

Prática Médica

Universidade B

(v) processos educacionais: estratégias de aprendizagem e metacognição; formulação de hipóteses e de questões de aprendizagem; desenvolvimento de raciocínio crítico reflexivo e do trabalho colaborativo e ético, por meio da aprendizagem baseada em problemas, da aprendizagem baseada em equipes e da simulação da prática médica;

Aprendizagem a partir da simulação da prática

Prática Médica

Universidade B

(xvii) aprendizagem; desenvolvimento de raciocínio crítico reflexivo e do trabalho

Aprendizagem a partir da simulação da prática

Page 45: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

45

colaborativo e ético, por meio da aprendizagem baseada em problema, da aprendizagem baseada em equipes e da simulação da prática médica;

Prática Médica

Universidade B

O núcleo de Simulação do Campus São Paulo da Universidade B, dispõe de equipamentos, materiais e manequins de última geração, que potencializam o processo ensino-aprendizagem ao aproximá-lo da realidade da prática médica.

Recurso para aprendizagem do estudante

Prática Médica

Universidade B

O desenvolvimento das capacidades que conformam as áreas de competência ocorre simultaneamente, ao longo dos ciclos, com progressão de domínio, acurácia e autonomia dos estudantes na prática médica. O desenvolvimento nos ciclos é acumulativo (QUADROS 11 e 12).

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Prática Médica

Universidade B

(ix) portfólio: ação educacional baseada na aprendizagem significativa, sob a perspectiva do estudante, é desenvolvida em encontros presenciais e a distância, cujo produto pode ser formatado a partir de materiais concretos ou virtuais/eletrônicos. O portfólio é um instrumento de autoria do estudante com finalidade de aprendizagem e de avaliação. O portfólio é acompanhado por docentes das atividades curriculares e pelo orientador do estudante. O foco é o acompanhamento da trajetória de aprendizagem de cada estudante no curso, destacando facilidades e dificuldades nesse processo e o desenvolvimento do perfil de competência. O diário da prática médica é um instrumento de registro das atividades de campo vivenciadas em cenários reais do SUS que faz parte do conjunto de documentos que compõem o portfólio;

Recurso para avaliação do estudante de medicina

Prática Médica

Universidade B

Os docentes preceptores atuam diretamente nos cenários reais do trabalho em saúde, acompanhando as vivências de estudantes, nos chamados grupos de prática médica no SUS. Os profissionais de saúde, vinculados aos serviços de saúde do município, poderão atuar como preceptores no Curso de Medicina.

Docentes preceptores no cenário de prática médica

Page 46: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

46

Prática Médica

Universidade B

FORMATO UTILIZADO PARA APOIAR A OBSERVAÇÃO E AVALIAÇÃO FORMATIVA DE DESEMPENHOS DA PRÁTICA MÉDICA EM AMBIENTES SIMULADOS E CONTROLADOS, ENVOLVENDO CAPACIDADES COGNITIVAS, ATITUDINAIS E PSICOMOTORAS RELACIONADAS ÀS ÁREAS DE COMPETÊNCIA DE: ATENÇÃO À SAÚDE, GESTÃO EM SAÚDE E EDUCAÇÃO NA SAÚDE. OS DESEMPENHOS SÃO OBSERVADOS A PARTIR DA INTERAÇÃO DO ESTUDANTE COM UMA SITUAÇÃO PREVALENTE E SIMULADA DA PRÁTICA PROFISSIONAL

Recurso para avaliação do estudante de medicina

Prática Médica

Universidade B

A avaliação de desempenho do(a) estudante focaliza os domínios: cognitivo; psicomotor e atitudinal em diferentes combinações e nos cenários simulado e real da prática médica, no contexto do SUS.

Recurso para avaliação do estudante de medicina

Prática Médica

Universidade B

Os recursos educacionais utilizados no Curso de Medicina visam articular capacidades cognitivas, psicomotoras e atitudinais para a realização de atendimentos simulados e procedimentos em laboratórios que se vinculam ao desenvolvimento de competência para a prática médica no contexto do SUS. Os objetivos específicos são:

Desenvolvimento de competência a partir da

prática médica

Prática Médica

Universidade B

Este recurso educacional é um dos pilares para o desenvolvimento de capacidades voltadas ao perfil do profissional a ser formado. A simulação da prática profissional é uma das atividades da Atividade Curricular Estações Clínicas e a avaliação do desempenho dos estudantes faz parte do cotidiano dessa atividade. A simulação e avaliação da prática médica visam, respectivamente, desenvolver e avaliar as capacidades necessárias ao perfil de competência, nas áreas de saúde, gestão do trabalho e educação em saúde

Recurso para avaliação do estudante de medicina

Educação Médica

Universidade A

III. Simpósio Cultural-Científico-Tecnológico da Rede Escola de Atenção à Saúde: realizado a cada ciclo educacional e em associação ao respectivo fórum de

Ações formativas oferecidas pela instituição

Page 47: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

47

avaliação, o Simpósio Cultural-Científico-Tecnológico objetiva promover a visibilidade de produtos e realizações culturais, científicas e tecnológicas voltadas à educação médica e à inserção ensino-extensão-pesquisa do Curso de Medicina na Rede Escola de Atenção à Saúde. O NDE e o Diretório Acadêmico são responsáveis pela organização e realização desses Simpósios com foco cultural-científico-tecnológico.

Educação Médica

Universidade A

O NDE deve atuar em parceria com o diretório acadêmico do Curso de Medicina, favorecendo que as sucessivas diretorias possam ampliar sua capacitação na área educacional, especialmente em educação médica, no sentido de mobilizar os estudantes para serem corresponsáveis e atuarem de maneira crítica e reflexiva em relação às atribuições do NDE. Ainda em parceria com o diretório acadêmico, o NDE é responsável pelo Simpósio Cultural-Tecnico-Científico do Curso de Medicina, realizado bianualmente

Ações formativas oferecidas pela instituição

Educação Médica

Universidade B

UM DOS MAIS SIGNIFICATIVOS REQUERIMENTOS PARA A EDUCAÇÃO MÉDICA CONTEMPORÂNEA É O DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTRUTURA PARA REFLEXÃO E PRÁTICA PROFISSIONAL QUE RESULTE NA AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ATITUDINAIS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DEMANDAS SOCIAIS DE SAÚDE. ATITUDES SÃO A INTERFACE ENTRE O PROFISSIONAL E O SEU PACIENTE, SUA FAMÍLIA, SUA COMUNIDADE, A INSTITUIÇÃO PROFISSIONAL A QUE É AFILIADO, AOS COLEGAS DE PROFISSÃO E AOS DEMAIS COLEGAS DO SEU TIME DE TRABALHO. TAL INTERFACE SE FIRMA MUITO MAIS NA EXPERIÊNCIA E NA VIVÊNCIA E NOS VALORES UNIVERSAIS DO QUE NO CONHECIMENTO E, PORTANTO, É MENOS INFLUENCIADA PELO ENSINO FACTUAL E DIDÁTICO.

Educação médica na construção do perfil de

competência do estudante de medicina

Page 48: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

48

Educação Médica

Universidade B

Tecnológico objetiva promover a visibilidade de produtos e realizações culturais, científicas e tecnológicas voltadas à educação médica e à inserção ensino-extensão-pesquisa do Curso de Medicina na Rede Escola de Atenção à Saúde.

Tecnologia e educação médica

Educação Médica

Universidade B

As datas do Simpósio CCT deve alternar com as do Simpósio Internacional Fronteiras da Educação Médica, também bianual, do qual devem participar todas as escolas do Cluster. O NDE e o Diretório Acadêmico são responsáveis pela organização e realização de Simpósios com foco cultural-científico-tecnológico: Medicina na Rede Escola

Ações formativas oferecidas pela instituição

Educação Médica

Universidade B

As atividades do NÚCLEO DOCENTE/DISCENTE são registradas em atas e relatórios e divulgadas para o Conselho de Curso, deve atuar em parceria com o diretório acadêmico do Curso de Medicina, favorecendo que as sucessivas diretorias possam ampliar sua capacitação na área educacional, especialmente em educação médica, no sentido de mobilizar os estudantes para serem corresponsáveis e atuarem de maneira crítica e reflexiva em relação às atribuições do NÚCLEO DOCENTE/DISCENTE . Ainda em parceria com o diretório acadêmico, o NÚCLEO DOCENTE/DISCENTE é responsável pelo Simpósio CulturalTecnico-Científico do Curso de Medicina, realizado bianualmente.

O docente e a educação médica

Educação Médica

Universidade B

O NÚCLEO DOCENTE/DISCENTE também deve desenvolver parceria com outros cursos e programas da Universidade B e de outras instituições para o desenvolvimento de pesquisa sobre educação médica. Por meio do cluster de escolas médicas, docentes e estudantes de iniciação científica devem participar de pesquisas vinculadas à Linha de Pesquisa de Educação do Mestrado da Universidade B.

O docente e a educação médica

SUS Universidade

A

Tanto na educação como na assistência, o Curso de Medicina soma-se aos esforços da Universidade A para produzir uma educação baseada na prática e voltada para o futuro. Nesse sentido, estamos fortemente investindo na qualificação dos cursos da área da saúde. Nosso principal objetivo é o de contribuir para a formação de profissionais preparados

Integração Ensino-Serviço

Page 49: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

49

para enfrentar os desafios da saúde no século XXI, no contexto do Sistema Único de Saúde. Esse desafio envolve todos os setores da saúde e os profissionais de saúde, requerendo uma gestão compartilhada da Universidade A com a Secreataria Muncipal de Saúde e com o Hospital Augusto de Oliveira Camargo.

SUS Universidade

A

A construção do Projeto Pedagógico do Curso de Medicina da Universidade A foi contextualizada segundo o perfil demográfico, geográfico, cultural, epidemiológico e sociocultural da região, considerando as características do Sistema Único de Saúde de Indaiatuba. Assim, os saberes e práticas selecionados para a formação médica foram orientados às condições de saúde das pessoas e da população da região de Indaiatuba, do estado de São Paulo e do país

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

O perfil de competência utilizado como referência foi resultado do trabalho desenvolvido pelos autores do PPC, a partir do diálogo entre referenciais da educação construtivista, das Diretrizes Curriculares Nacionais (2014), dos princípios do Sistema Único de Saúde (Lei 8080, 1990), das necessidades de saúde e das inovações científicas na atenção à saúde

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

Promove a integralidade da atenção à saúde individual e coletiva, apoiando a articulação das ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, no contexto dos serviços próprios e conveniados ao Sistema Único de Saúde.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

A combinação de atividades educacionais nos cenários simulados e reais potencializa o desenvolvimento de capacidades, contribuindo para a construção do perfil profissional ao longo dos ciclos educacionais de formação. Por sua vez, os cenários reais da prática em saúde, que contemplam serviços próprios e conveniados com o Sistema Único de Saúde, estudantes e docentes são inseridos em unidades e equipes de saúde desde o início do curso.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

O município de Indaiatuba investiu na melhoria do acesso das pessoas aos serviços de saúde. Cabe, agora, avançarmos no sentido da mudança de modelo de cuidado e de formação, impulsionando a transformação de saberes e práticas para promovermos uma assistência à saúde de qualidade no SUS e uma formação capaz de produzir melhores respostas às necessidades da população.

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

Assim, o movimento de mudança na formação de profissionais de saúde deve ser construído juntamente com ações voltadas à consolidação do SUS e à melhoria da qualidade da atenção à saúde. Desde 2008, a

Qualificação da saúde

Page 50: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

50

Organização Mundial da Saúde aponta como desafios na direção dessa transformação a produção de reformas: no acesso e cobertura dos serviços oferecidos; na orientação dos sistemas às necessidades de saúde; na gestão dos sistemas; e na formulação de políticas de promoção à saúde e prevenção de doenças (FIGURA 2).

SUS Universidade

A

Os perfis de competência do médico a ser formado, dos professores que orientam essa formação, dos profissionais de saúde e dos preceptores e gestores que acompanham esse processo em cenários do SUS requerem novas capacidades. Para tanto, o Curso de Medicina tem o papel de ativar a construção dessas capacidades, apoiando a integração ensino-serviço e avaliando os resultados alcançados para a melhoria permanente do Projeto Pedagógico do Curso - PPC. A parceria da Universidade A com hospitais e universidades renomadas e o apoio do Conselho Consultivo, formado por profissionais vinculados a estas instituições, estabelece parâmetros internacionais de excelência para a formação médica.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

Para a Atenção Especializada, a SMS conta com diversos serviços próprios e conveniados ao SUS, incluindo pronto atendimento, ambulatórios especializados, centros de atenção psicossocial, odontológica, farmacêutica e do trabalhador, departamentos e institutos de reabilitação física e mental, laboratórios, hospital-dia e hospital geral.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

A

A ampliação da atenção básica e a consolidação de linhas de cuidado na rede de atenção à saúde é um dos principais desafios da gestão municipal da saúde é a transformação das práticas dos profissionais para um cuidado integral, privilegiando ações de promoção e prevenção. Visando organizar os serviços de saúde de modo orientado às necessidades de saúde da população do município da Universidade A, o principal objetivo da parceria ensino-serviço no município é o de apoiar a

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

Page 51: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

51

formação dos profissionais de saúde no contexto do SUS.

SUS Universidade

A

O Hospital Augusto de Oliveira Camargo - HAOC, mantido pela Fundação Leonor de Barros Camargo, é o único hospital geral do município conveniado com o Sistema Único de Saúde - SUS, como Entidade Beneficente de Assistência Social. Em junho de 2020, o HAOC completa 87 anos prestando assistência hospitalar aos usuários do SUS de Indaiatuba e região. O HAOC preserva o prédio original, como um verdadeiro patrimônio da cidade. O HAOC conta, atualmente, com 197 leitos, 23 de UTI adulto, 3 UTI pediátrica e 9 de UTI neonatal. O atendimento aos pacientes conveniados com o SUS representa cerca de 80% de sua atividade.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

A

A Secretaria Municipal de Saúde mantém convênio com o HAOC objetivando a cobertura populacional na atenção hospitalar, em conformidade com as diretrizes do Ministério da Saúde. O HAOC integra o “Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde – SUS”. Está ampliando sua estrutura física, com destaque para a melhoraria do acesso dos usuários, construção de um novo Pronto Socorro e aumento do número de leitos.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

A

Em fevereiro de 2014, o HAOC foi classificado pela Secretaria Estadual de Saúde – SES como estruturante na Região de Saúde Metropolitana de Campinas e responsável pela prestação de ações e serviços de média e parte de alta complexidade para os munícipes de Universidade A e respectiva Região de Saúde. Concluída a expansão das alas de enfermaria, já em fase de finalização, o HAOC totalizará 417 leitos predominantemente destinados aos usuários do SUS.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

A

O Hospital Augusto de Oliveira Camargo oferece atendimento às situações de urgência e emergência e presta serviços de investigação diagnóstica, internação clínica e

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

Page 52: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

52

cirúrgica para adultos e crianças nas áreas gerais e em diversas especialidades. O HAOC, juntamente com a Universidade A e a Secretaria Municipal de Saúde, participam do Conselho de Parceira que se responsabiliza pela organização da inserção de estudantes e docentes da saúde nos serviços próprios e conveniados com o SUS. No sentido de apoiar a formação médica, o HAOC iniciou uma série de melhorias voltadas ao reconhecimento da instituição como hospital escola. Passou a integrar um grupo de hospitais vinculados ao Programa de Apoio Desenvolvimento do SUS do Ministério da Saúde e do Hospital Sírio Libanês para implantação da filosofia LEAN no setor de emergência, com vistas à eliminar desperdício e resolver problemas de modo sistemático.

SUS Universidade

A

Considerando que os serviços de saúde do SUS de Universidade A já realizaram um importante investimento na ampliação e melhoria do acesso aos usuários desse sistema, permanece o desafio da ampliação e qualificação da atenção primária e da construção de uma atenção integral à saúde. Para tanto, destacamos como necessidades: (i) o aumento da cobertura do Programa de Saúde da Família; (ii) a ampliação e qualificação do apoio matricial das especialidades; (iii) a construção de linhas de cuidado e redes regionais de atenção à saúde; (iv) o uso cotidiano da saúde baseada em evidências científicas; (v) a elaboração e pactuação de protocolos para a segurança e qualidade no cuidado; e (vi) a consolidação de programas de educação permanente para os profissionais de saúde dos serviços de Indaiatuba e região.

Qualificação da saúde

SUS Universidade

A

Em relação às mudanças de práticas dos profissionais e de reorganização de serviços de saúde, o objetivo é a superação da fragmentação das ações e do enfoque biologicista, centrado no médico, no tratamento das doenças e no atendimento hospitalar. Como historicamente os modelos de formação respondem a um determinado

Atualizações na formação médica

Page 53: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

53

modelo de atenção à saúde e vice-versa, a graduação e a pós-graduação em saúde no país têm refletido essa imbricada relação. Nesse sentido, políticas de indução de mudanças nas práticas em saúde passaram a contemplar programas orientados por competência e voltados à formação de profissionais de saúde no contexto do SUS. As próprias Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN cumprem importante papel na indução dessas mudanças.

SUS Universidade

A

Profissional em Saúde – PRO-SAÚDE (2005); Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde – PETSaúde (2010); PRO-RESIDÊNCIA (2001 Programa de Incentivo às Mudanças Curriculares – PROMED (2001); AprenderSUS (2004); Programa Nacional de Reorientação da Formação 9); PROVAB (2011).

Atividades complementares oferecidas pela instituição

SUS Universidade

A

O Sistema Único de Saúde – SUS traduz uma política de saúde ética e inclusiva. Embora tenha alcançado muitos avanços, ainda apresenta enormes desafios, tais como: (i) ampliar o acesso, com redução de desigualdades; (ii) melhorar a gestão da atenção à saúde, com a tomada de decisão baseada em evidências e a superação da fragmentação das ações e serviços; (iii) ampliar a capacidade de resolução da atenção básica; (iv) construir e pactuar as linhas de cuidado e a regulação de ações e serviços nas redes de atenção à saúde; (v) fortalecer o controle social

Conceito do SUS

SUS Universidade

A

O enfrentamento desses desafios se conecta à expectativa de melhoria da gestão pública da saúde e da qualidade da atenção à saúde no contexto do SUS e, por conseguinte, a redução de indicadores de morbidade e mortalidade de situações preveníveis ou passíveis de controle.

Qualificação da saúde

SUS Universidade

A

O movimento do Curso de Medicina da Universidade A em direção aos serviços de saúde de Indaiatuba é proativo e comprometido com ações voltadas à qualificação do SUS. Essa parceria está fundamentada por convênios interinstitucionais acompanhados pelo

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

Page 54: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

54

Conselho de Parceria formado por representantes da Universidade A, do HAOC e da SMS de Indaiatuba e pelo Conselho Consultivo da Universidade A para a área da saúde. Um ambiente aberto à aprendizagem colaborativa e à aprendizagem institucional pode ser considerado um fator crítico para a promoção de mudanças, tanto na academia como na rede de atenção à saúde.

SUS Universidade

A

Promover o cuidado integral à saúde, considerando promoção, prevenção, tratamento, reabilitação e reinserção social de pessoas e populações, tanto por meio da articulação de ações e profissionais de saúde, como pela conexão de serviços em redes de atenção à saúde do Sistema Único de saúde – SUS da região de Indaiatuba;

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

A

A competência é aqui compreendida como sendo a capacidade de mobilizar diferentes recursos para solucionar, com pertinência e sucesso, os problemas da prática profissional, em diferentes contextos. Assim, a combinação das capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras mobilizadas para a realização das ações do exercício profissional foi traduzida em desempenhos que refletem uma prática médica considerada competente nos cenários do SUS.

Prática profissional no contexto do SUS

SUS Universidade

A

O perfil de competência do médico com formação generalista, humanista, ética, crítica e reflexiva sobre os processos de saúde-doença e de cuidado está representado pelo desenvolvimento articulado de três áreas de competência que delimitam o escopo de trabalho na atuação profissional, no contexto do SUS local e regional:

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

Uma prática competente requer uma atuação que integre ações de saúde, de gestão e de educação, em permanente diálogo com as necessidades de saúde loco-regionais e comprometidas com a disponibilização de melhores práticas e inovaçõpes tecnológicas para uma atuação médica competente no contexto do SUS.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A Identifica oportunidades e desafios na organização do trabalho em saúde,

Perfil de competência do estudante de medicina

Page 55: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

55

considerando as diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS, as normas institucionais dos ambientes de trabalho e o compromisso ético-profissional.

SUS Universidade

A

Promove a criatividade e a inovação na construção de planos de intervenção, considerando as potencialidades da equipe de saúde, da comunidade, do SUS locorregional e de outros equipamentos e organizações sociais.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

Participa de espaços formais de reflexão coletiva e avaliação do processo de trabalho e dos planos de intervenção, promovendo o pensamento estratégico na análise da organização do trabalho frente às necessidades de saúde das pessoas e população atendida pelo SUS locorregional. Estimula o compromisso de todos com a transformação das práticas e da cultura organizacional, valorizando a defesa da cidadania e do direito à saúde como valores que orientam a gestão em saúde no contexto do SUS.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

A oportunidade mais relevante da construção de uma Rede Escola de Atenção à Saúde por meio da integração ensino-serviço encontra-se no potencial de superação do modelo de cuidado restrito à dimensão biomédica, médico centrado e hospitalocêntrico. Para tanto, a implantação da Rede Escola de Atenção à Saúde deve aprofundar a parceria ensino-serviço no sentido de ser construído um plano para reorganização do modelo de gestão do SUS, visando um cuidado à saúde de qualidade, seguro, eficiente, eficaz e efetivo.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

A

A consolidação da Rede Escola no SUS visa: (i) fortalecer a atenção básica em saúde por meio da saúde da família e comunidade, construindo linhas de cuidado que viabilizem a atenção integral e humanizada à saúde no SUS; (ii) promover a articulação entre equipes de referência e de apoio matricial nas linhas de cuidado; (iii) ampliar a inserção dos estudantes e docentes nas unidades de atendimento do SUS; (iv) apoiar a construção pactuada de protocolos e

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

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56

diretrizes clínicas; (iv) fortalecer a política de educação permanente – EP para os profissionais dos serviços e da academia; (iv) reconhecer os profissionais de saúde que atuam como preceptores do curso de medicina; (v) potencializar a construção de fluxos e de critérios de corresponsabilização entre serviços e academia; e (vi) estimular a realização de pesquisas aplicadas ao SUS.

SUS Universidade

A

A orientação e seleção das atividades a serem realizadas em cenários reais são circunscritas à natureza das situações para as quais os estudantes foram, primeiramente, expostos em simulações, considerando o desenvolvimento de competência segundo série do curso. Caso ocorra uma situação desconhecida em cenário real, o estudante deve observar a atuação de profissionais de saúde da Rede Escola. Assim, a formação inserida nos cenários reais do trabalho em saúde inspira e impulsiona uma formação comprometida com os problemas de saúde das pessoas e com os desafios para a construção de um SUS mais justo e eficiente.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

A

A organização de Unidades Curriculares – UC, segundo ciclos educacionais e cenários de aprendizagem, busca explorar o melhor desenvolvimento de capacidades para a construção de competência do futuro profissional médico. O currículo está estruturado em seis séries anuais, segundo três unidades curriculares obrigatórias: (i) simulação da prática profissional; (ii) prática médica no SUS; e (iii) formação médica singular.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

A Unidade Curricular de Prática Médica no SUS – PMS visa promover o desenvolvimento de capacidades nas três áreas de competência do perfil em cenários reais do trabalho em saúde no contexto do SUS. Os cenários reais de prática contemplam serviços de saúde próprios ou conveniados com o SUS nos âmbitos da atenção primária e atenção especializada ambulatorial e hospitalar. Como nesses cenários, o erro deve ser evitado em função de potenciais riscos ou danos às pessoas, a

Integração Ensino-Serviço

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57

vivência dos estudantes é acompanhada por docentes da Universidade A e apoiada por preceptores e pela equipe de saúde do serviço no qual os estudantes são inseridos.

SUS Universidade

A

A carga horária – CH do Curso de Medicina perfaz 7.576 horas. Além dessa CH, o currículo protege 1224 horas para a aprendizagem autodirigida – AAD ou área verde pró-aluno, distribuídas nas seis séries, totalizando 8.800 horas. Das 7576 horas, 2.120 horas (28,0%) foram alocadas no Ciclo Educacional - I; 2.384 horas (31,4%) no Ciclo II e 3.072 horas (40,6%) no Ciclo III. Assim, 4.504 horas (59,4%) correspondem aos dois primeiros ciclos e 40,6% ao último. Ainda da CH total, 4488 horas (59,2%) estão direcionadas às atividades práticas no SUS (TABELA 1).

Organização do currículo

SUS Universidade

A

Essa atividade utiliza o processamento de situações-problema prevalentes da prática médica no contexto do SUS. Explora capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras, considerando as situações prevalentes nos diferentes ciclos de vida e o perfil de competência do estudante, segundo série. Os conceitos de necessidades de saúde – olhar ampliado para as dimensões do processo saúde-doença e terapêutica – a escolha da melhor alternativa de cuidado, norteiam o trabalho de estudantes e docentes. Focaliza: (i) processos biológicos normais e alterados; (ii) processos sociais, culturais, históricos, ecológicos/ambientais, éticos e legais vinculados à saúde-doença; (iii) processos comportamentais/psicológicos normais e alterados; (iii) processos de cuidad

Unidade curricular Prática Médica no SUS

SUS Universidade

A

No internato, essa atividade é incorporada às atividades curriculares da Prática Médica no SUS, correspondendo às reflexões teóricas que exploram o estado da arte e as inovações no cuidado da Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde da Família e Comunidade, Saúde Mental, Saúde Coletiva e Urgência e Emergência.

Unidade curricular Prática Médica no SUS

SUS Universidade

A Essa atividade que perpassa todo o currículo, 1a à 6a séries. Desenvolvida a partir de

Unidade curricular Prática Médica no SUS

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58

vivências junto às equipes de saúde da família do município, explora conhecimentos, atitudes e habilidades da prática médica no contexto do SUS, considerando a integralidade do cuidado e o perfil de competência do estudante, segundo série e ciclo educacional.

SUS Universidade

A

As AC-ECO podem focalizar atividades em cenários simulados ou reais da prática médica no contexto do SUS. Igualmente às demais AC do currículo, devem ser avaliadas e envolvem a autoavaliação do estudante, a avaliação de seu desempenho pelo profissional responsável e a avaliação da própria atividade pelo estudante.

Atividades formativas oferecidas pela instituição

SUS Universidade

A

As AC-Eletivas, podem ser realizadas no formato de estágios em serviços de saúde no contexto do SUS em todo o território nacional ou em instituições internacionais. Podem, ainda, ser organizadas em formato de inciativa educacional relacionada às áreas de competência do perfil profissional ou à uma formação geral e ampliada.

Atividades formativas oferecidas pela instituição

SUS Universidade

A

(iv) processos de cuidado: atenção integral à saúde; atenção primária à saúde; saúde da família e comunidade; promoção da saúde e prevenção de doenças no contexto do SUS; gestão da atenção à saúde – organização das respostas da sociedade às necessidades de saúde da sociedade; Sistema Único de Saúde - princípios e prioridades; organização dos serviços; trabalho em equipe multiprofissional; relações com a equipe de trabalho em saúde; raciocínio estratégico; empreendedorismo e inovações tecnológicas;

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

(i) necessidades de saúde biológicas, subjetivas e sociais de pacientes reais atendidos nas unidades de saúde da prática (saúde da família e comunidade) e aspectos ecológicos/ambientais envolvidos no processo saúde-doença; critérios para identificação de necessidades de saúde: nutrição, respiração, proteção/segurança, autonomia, interação social, auto percepção, perfil de saúde-doença, atenção à saúde; racionalidade científica e raciocínio epidemiológico; compromisso social com a

Integração Ensino-Serviço

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59

cidadania e com a saúde coletiva no contexto das unidades básicas de saúde do SUS de Universidade A;

SUS Universidade

A

(ii) história de vida, história clínica e exame físico geral (semiologia médica) de pessoas e famílias adscritas às unidades básicas de saúde do SUS da cidade Universidade A; comunicação verbal e não verbal; relação médico paciente e construção de vínculo; emoção e racionalidade científica; raciocínio clínico; saúde baseada em evidências;

Unidade curricular Prática Médica no SUS

SUS Universidade

A

(iv) gestão e políticas em saúde – macrogestão: Sistema Único de Saúde e o modelo de atenção à saúde desenvolvido na unidade de saúde da prática; estratégia da família e comunidade - política nacional e organização dessa atenção na unidade de prática; territorialização e distritos sanitários; modelo de gestão da atenção à saúde desenvolvido na unidade de saúde da prática; atenção primária e atenção integral à saúde; rede escola de atenção à saúde; integração ensino-serviço; pensamento estratégico situacional;

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

(v) gestão em saúde – microgestão: trabalho da equipe de saúde da família: trabalho multiprofissional e integração ensino-serviço; gestão da clínica; obstáculos e oportunidades de melhoria no trabalho em saúde na ESF na unidade básica de saúde do SUS do município da Universidade A; reuniões de equipe;

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

(vi) processos de cuidado: concepção de saúde-doença; atenção integral à saúde e ênfase na promoção da saúde e prevenção de doenças; atenção primária à saúde e saúde da família e comunidade no contexto do SUS; atenção à saúde do adulto e idoso; atenção à saúde da criança; atenção à saúde da mulher; trabalho em equipe multiprofissional; relações com a equipe de trabalho em saúde;

Modelo de atenção à saúde

SUS Universidade

A

(iv) organização da atenção à saúde nas unidades básicas de saúde do SUS local - modelo de atenção à saúde desenvolvido nas unidades de saúde da prática; articulação da atenção primária, secundária e terciária à

Integração Ensino-Serviço

Page 60: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

60

saúde no município; modelo de microgestão desenvolvido nas unidades de saúde da prática – organização das respostas às necessidades de saúde da população adscrita à unidade; relações da unidade de saúde da prática com outros serviços da rede de atenção à saúde do município; parceria academia e serviços de saúde – rede escola de atenção à saúde; pensamento estratégico situacional;

SUS Universidade

A

(vi) estudos epidemiológicos: indicadores e avaliação dos serviços de saúde; qualidade, eficiência, efetividade e eficácia no contexto do SUS local e regional;

Qualificação da saúde

SUS Universidade

A

(i) promover a inserção dos estudantes em cenários reais do trabalho e em equipes de saúde da atenção básica do SUS de Indaiatuba e apoiar a seleção de 10 famílias para o acompanhamento de cada estudante ao longo dos seis anos de formação;

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

(vi) apoiar o desenvolvimento do raciocínio clínico-epidemiológico por meio da articulação de dados da anamnese e do exame clínico na formulação de problemas e de diagnósticos de saúde-doença, solicitação e interpretar exames complementares (sensibilidade, especificidade e relação custo-benefício e custo efetividade no contexto do SUS), dialogando com as necessidades referidas e percebidas em situações reais;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xi) promover a identificação de desafios ou problemas na organização da atenção primária frente às necessidades de saúde da população adscrita às unidades básicas de saúde onde os estudantes estão inseridos, visando a integralidade do cuidado na rede de atenção e a melhoria da eficiência, eficácia e efetividade do trabalho em saúde no contexto do SUS;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xii) apoiar o monitoramento e avaliação dos planos individuais e coletivos, analisando tanto a ação clínica e epidemiológica como a organização e gestão dos serviços de saúde, das redes de atenção à saúde e linhas de cuidado no contexto do SUS;

Perfil de competência do estudante de medicina

Page 61: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

61

SUS Universidade

A

(xiii) apoiar a participação dos estudantes no trabalho interprofissional nos serviços de saúde do SUS e em outros equipamentos sociais e na comunidade;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xiv) promover a corresponsabilização de estudantes, docentes, profissionais e gestores com a melhoria da qualidade da atenção à saúde no SUS, promovendo transparência e participação ativa do controle social;

Corresponsabilização dos atores envolvidos no

processo de aprendizagem com a qualificação do SUS

SUS Universidade

A

(xvii) acompanhar a vivência dos estudantes nos processos educacionais de reflexão da prática médica no SUS em pequenos grupos, por meio da construção de narrativas e de seu processamento pela espiral construtivista;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

Objetivo geral: Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras para o atendimento às necessidades de saúde de crianças e adolescentes no contexto de suas famílias/responsáveis, considerando as situações prevalentes no perfil epidemiológico de Indaiatuba, no âmbito da atenção básica no SUS.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(i) promover a inserção dos estudantes em cenários reais do trabalho e em equipes de saúde da atenção básica do SUS de Indaiatuba;

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

(vii) apoiar o desenvolvimento do raciocínio clínico-epidemiológico por meio da articulação de dados da anamnese e do exame clínico na formulação de problemas e de diagnósticos de saúde-doença, solicitação e interpretar exames complementares (sensibilidade, especificidade e relação custo-benefício e custo efetividade no contexto do SUS), dialogando com as necessidades referidas e percebidas em situações reais;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xii) promover a identificação de desafios ou problemas na organização da atenção à saúde da criança frente às necessidades de saúde da população dessa faixa etária adscrita às unidades básicas de saúde onde os estudantes estão inseridos, visando a integralidade do cuidado na rede de atenção e a melhoria da

Perfil de competência do estudante de medicina

Page 62: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

62

eficiência, eficácia e efetividade do trabalho em saúde no contexto do SUS;

SUS Universidade

A

(xiii) apoiar o monitoramento e avaliação dos planos individuais e coletivos, analisando tanto a ação clínica e epidemiológica como a organização e gestão dos serviços de saúde, das redes de atenção à saúde e linhas de cuidado no contexto do SUS;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xiv) apoiar a participação dos estudantes no trabalho interprofissional nos serviços de saúde do SUS e em outros equipamentos sociais e na comunidade;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xv) promover a corresponsabilização de estudantes, docentes, profissionais e gestores com a melhoria da qualidade da atenção à saúde no SUS, promovendo transparência e participação ativa do controle social;

Corresponsabilização dos atores envolvidos no

processo de aprendizagem com a qualificação do SUS

SUS Universidade

A

(xviii) acompanhar a vivência dos estudantes nos processos educacionais de reflexão da prática médica no SUS em pequenos grupos, por meio da construção de narrativas e de seu processamento pela espiral construtivista;

Unidade curricular Prática Médica no SUS

SUS Universidade

A

Objetivo geral: Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras para o atendimento às necessidades de saúde das mulheres, considerando as situações prevalentes de saúde doença relacionadas à reprodução, gênero e sexualidade, no âmbito da atenção básica no SUS.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(i) promover a inserção dos estudantes em cenários reais do trabalho e em equipes de saúde da atenção básica do SUS de Indaiatuba;

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

(iii) apoiar a identificação de necessidades de saúde das mulheres, utilizando técnicas para a realização de história de vida, história clínica e exame clínico, de modo ético, humanizado e acurado, em atendimentos às mulheres nos cenários domiciliar e ambulatorial da atenção básica no SUS;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(vi) apoiar o desenvolvimento do raciocínio clínico-epidemiológico por meio da articulação de dados da anamnese e do

Perfil de competência do estudante de medicina

Page 63: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

63

exame clínico na formulação de problemas e de diagnósticos de saúde-doença, solicitação e interpretar exames complementares (sensibilidade, especificidade e relação custo-benefício e custo efetividade no contexto do SUS), dialogando com as necessidades referidas e percebidas em situações reais;

SUS Universidade

A

(xi) promover a identificação de desafios ou problemas na organização da atenção à saúde da mulher frente às necessidades de saúde das mulheres adscritas às unidades básicas de saúde onde os estudantes estão inseridos, visando a integralidade do cuidado na rede de atenção e a melhoria da eficiência, eficácia e efetividade do trabalho em saúde no contexto do SUS;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xii) apoiar o monitoramento e avaliação dos planos individuais e coletivos, analisando tanto a ação clínica e epidemiológica como a organização e gestão dos serviços de saúde, das redes de atenção à saúde e linha de cuidado cegonha no contexto do SUS;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xiii) apoiar a participação dos estudantes no trabalho interprofissional nos serviços de saúde do SUS e em outros equipamentos sociais e na comunidade;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xiv) promover a corresponsabilização de estudantes, docentes, profissionais e gestores com a melhoria da qualidade da atenção à saúde no SUS, promovendo transparência e participação ativa do controle social;

Corresponsabilização dos atores envolvidos no

processo de aprendizagem com a qualificação do SUS

SUS Universidade

A

(xvii) acompanhar a vivência dos estudantes nos processos educacionais de reflexão da prática médica no SUS em pequenos grupos, por meio da construção de narrativas e de seu processamento pela espiral construtivista;

Unidade curricular Prática Médica no SUS

SUS Universidade

A

Objetivo geral: Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras para o atendimento às necessidades de saúde de adultos e idosos, considerando as situações prevalentes no perfil epidemiológico de Indaiatuba, no âmbito da atenção básica no SUS.

Perfil de competência do estudante de medicina

Page 64: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

64

SUS Universidade

A

(i) promover a inserção dos estudantes em cenários reais do trabalho e em equipes de saúde da atenção básica do SUS de Indaiatuba;

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

(iii) apoiar a identificação de necessidades de saúde de adultos e idosos, utilizando técnicas para a realização de história de vida, história clínica e exame clínico, de modo ético, humanizado e acurado, nos cenários domiciliar e ambulatorial da atenção básica no SUS;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(vi) apoiar o desenvolvimento do raciocínio clínico-epidemiológico por meio da articulação de dados da anamnese e do exame clínico na formulação de problemas e de diagnósticos de saúde-doença, solicitação e interpretar exames complementares (sensibilidade, especificidade e relação custo-benefício e custo e Efetividade no contexto do SUS), dialogando com as necessidades referidas e percebidas em situações reais;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xi) promover a identificação de desafios ou problemas na organização da atenção à saúde da mulher frente às necessidades de saúde das mulheres adscritas às unidades básicas de saúde onde os estudantes estão inseridos, visando a integralidade do cuidado na rede de atenção e a melhoria da eficiência, eficácia e efetividade do trabalho em saúde no contexto do SUS;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xii) apoiar o monitoramento e avaliação dos planos individuais e coletivos, analisando tanto a ação clínica e epidemiológica como a organização e gestão dos serviços de saúde, das redes de atenção à saúde e linha de cuidado cegonha no contexto do SUS;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xiii) apoiar a participação dos estudantes no trabalho interprofissional nos serviços de saúde do SUS e em outros equipamentos sociais e na comunidade;

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

A

(xiv) promover a corresponsabilização de estudantes, docentes, profissionais e gestores com a melhoria da qualidade da atenção à saúde no SUS, promovendo transparência e participação ativa do controle social;

Corresponsabilização dos atores envolvidos no

processo de aprendizagem com a qualificação do SUS

Page 65: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

65

SUS Universidade

A

(xvii) acompanhar a vivência dos estudantes nos processos educacionais de reflexão da prática médica no SUS em pequenos grupos, por meio da construção de narrativas e de seu processamento pela espiral construtivista;

Unidade curricular Prática Médica no SUS

SUS Universidade

A

As AC-ECO promovem a capacidade educacional do estudante para identificar uma necessidade ou interesse de aprendizagem e construir um plano educacional, potencializam a mobilidade estudantil e possibilitam a construção de trajetórias singulares de formação. Podem focalizar atividades em cenários simulados ou reais da prática médica no contexto do SUS. Igualmente às demais AC do currículo, devem ser avaliadas e envolvem a autoavaliação do estudante, a avaliação de seu desempenho pelo profissional responsável e a avaliação da própria atividade pelo estudante

Atividades complementares oferecidas pela instituição

SUS Universidade

A

As AC-Eletivas, podem ser realizadas no formato de estágios em serviços de saúde no contexto do SUS em todo o território nacional ou em instituições internacionais. Podem, ainda, ser organizadas em formato de inciativa educacional relacionada às áreas de competência do perfil profissional ou à uma formação geral e ampliada.

Atividades complementares oferecidas pela instituição

SUS Universidade

A

(x) PORTFÓLIO: ação educacional baseada na aprendizagem significativa, sob a perspectiva do estudante; é desenvolvida em encontros presenciais e a distância. O portfólio é um instrumento de autoria do estudante com finalidade de aprendizagem e de avaliação. O portfólio é acompanhado por docentes das atividades curriculares e pelo orientador do estudante. O foco é o acompanhamento da trajetória de aprendizagem cada estudante no curso, destacando facilidades e dificuldades nesse processo e o desenvolvimento do perfil de competência. O diário da prática médica é um instrumento de registro das atividades de campo vivenciadas em cenários reais do SUS que faz parte do conjunto de documentos que compõem o portfólio. A perspectiva crítica,

Recursos educacionais que apoiam o processo de ensino-aprendizagem

Page 66: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

66

ancorada pelo perfil de competência, é a principal orientação para a produção de um portfólio reflexivo (APÊNDICE D);

SUS Universidade

A

(xii) INICIAÇÃO CIENTÍFICA - IC: a iniciação científica, embora possa ser aprofundada em atividades complementares, no Ciclo Educacional I é desenvolvida por todos os estudantes, no contexto do SUS. No Ciclo Educacional I ocorre uma primeira aproximação com a produção de conhecimento em articulação com demandas originadas junto às famílias que os estudantes acompanham na unidade de prática médica no SUS ou em outros projetos governamentais como o PET-Saúde. Nos ciclos II e III, a IC pode dar continuidade à pesquisa realizada na atenção básica ou ser vinculada aos grupos de pesquisa básica, clínica experimental ou qualitativa. Esse tipo de ação educacional pode ser associada à participação de estudantes e docentes em eventos científicos;

Atividades complementares oferecidas pela instituição

SUS Universidade

A

(xiv) DIÁRIO DE CAMPO: método para registro de atividades, observações e reflexões para uso individual. Os registros devem ser apontar a data de sua realização de modo que haja uma recuperação cronológica dos fatos narrados. Sua sistematização promove um panorama de uma determinada trajetória de atividades, realizações e reflexões sobre a prática nos estágios ou atividades da prática médica no contexto do SUS.

Recursos educacionais que apoiam o processo de ensino-aprendizagem

SUS Universidade

A

(iii) grupos de prática no SUS: formado por até 10 estudantes, um docente facilitador e preceptores, podendo ser mantidos durante todo o programa, ou no ano letivo; nos grupos de prática de Saúde da Família são distribuídos três estudantes por equipe;

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

Os docentes facilitadores de educação permanente devem participar de atividades do Plano de Formação e Desenvolvimento Docente ou do apoio matricial aos serviços de saúde, respectivamente articuladas ao Programa de Apoio Docente e aos Programas de Extensão da Universidade A. O apoio matricial para profissionais e

Formação do docente

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67

serviços do SUS também pode ser realizado pelos docentes da Universidade A, em parceria com os gestores da Rede Escola de Atenção à Saúde. Essas atividades são anualmente dialogadas com as diretrizes da CPA.

SUS Universidade

A

Os preceptores atuam diretamente nos cenários reais do trabalho em saúde, acompanhando as vivências de estudantes, nos chamados de grupos de prática médica no SUS. Os profissionais de saúde, vinculados aos serviços de saúde do município, podem atuar como preceptores no Curso de Medicina.

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

As semanas totalizam 10 períodos de quatro horas de atividade. As semanas típicas da primeira e segunda séries são semelhantes e a UC PMSUS é desenvolvida na Saúde da Família e Comunidade – SFC (QUADROS 10 a 11). Todas as atividades devem ser acompanhadas por docentes da Universidade A.

Unidade curricular Prática Médica no SUS

SUS Universidade

A

As ações educacionais da Atividade Curricular NTS e as reflexões de prática da AC-SFC chamadas de RPMSUS são realizadas em salas de pequenos grupos. As ações educacionais da AC Estações Clínicas são realizadas: (i) no Laboratório de Habilidades Clínicas (simulações e oficinas de trabalho), e (ii) em salas de pequenos grupos (reflexões sobre as simulações). Cada uma dessas ações ocupa duas semanas sequenciais, sendo conduzidas por facilitadores de aprendizagem com formação médica. As ações da SDC são desenvolvidas nas salas do Projeto EDUCAR e nos laboratórios (anatomia, fisiologia, histologia, embriologia, genética, microbiologia, parasitologia, patologia, imunologia e análises clínicas, informática e saúde coletiva).

Organização do currículo

SUS Universidade

A

A orientação do processo avaliativo busca contemplar, do modo mais abrangente possível, a complexidade da avaliação num currículo: orientado por competência (articulação de conhecimentos, habilidades e atitudes), baseado nas necessidades de saúde

Avaliação de desempenho do estudante de medicina

Page 68: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

68

da comunidade no contexto do SUS e com ênfase na utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem.

SUS Universidade

A

Norma XI. A partir da Avaliação de Desempenho do Estudante será considerado aprovado no Curso de Medicina o estudante que obtiver: (i) Frequência mínima de 75% nas unidades curriculares de simulação da prática e de 95% unidades curriculares de prática médica no SUS; (ii) Desempenho satisfatório nas atividades curriculares das seis séries; (iii) Desempenho satisfatório no Trabalho de Conclusão de Curso. Norma XII. A integralização do curso deve ser alcançada em até 10 anos. A partir desse limite superior, o estudante é jubilado

Avaliação de desempenho do estudante de medicina

SUS Universidade

A

A avaliação de desempenho do(a) estudante utiliza uma combinação de instrumentos que focalizam os domínios: cognitivo; psicomotor e atitudinal em diferentes combinações, considerando o propósito formativo (F) ou somativo (S) e as especificidades dos cenários simulado e real da prática médica, no contexto do SUS.

Avaliação de desempenho do estudante de medicina

SUS Universidade

A

Os recursos educacionais utilizados no Curso de Medicina visam favorecer a articulação de capacidades cognitivas, psicomotoras e atitudinais para a realização de atendimentos simulados e procedimentos em laboratórios que se vinculam ao desenvolvimento de competência para a prática médica no contexto do SUS. Os objetivos específicos são:

Recursos educacionais que apoiam o processo de ensino-aprendizagem

SUS Universidade

A

De modo geral, as práticas neste laboratório estão voltadas à identificação de oportunidades e desafios na organização do trabalho em saúde, considerando o contexto do Sistema Único de Saúde – SUS e as características de serviços públicos e privados e as referências de efetividade, eficiência e eficácia na atenção à saúde.

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

A

A construção de planos de intervenção frente aos problemas identificados, levando-se em conta as potencialidades das equipes de saúde, da comunidade, do SUS locorregional e de outros equipamentos e organizações

Integração Ensino-Serviço

Page 69: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

69

sociais envolvidos na problemática é apoiada pelos docentes vinculados a este laboratório.

SUS Universidade

A

Um conjunto de mapas e equipamentos de informática apoiam as atividades presenciais, especialmente as de busca, acesso aos sistemas de informação e análises de informações epidemiológicas e de gestão. A análise e as diretrizes para a construção de protocolos clínicos é trabalhada nas práticas deste laboratório. A partir da assinatura de um Termo de Confiabilidade (Apêndice I) e sob acompanhamento de docentes da Universidade A é possível acessar o Sistema SALUS de informação do SUS de Indaiatuba.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

A

O Colegiado de Curso é uma instância colegiada formada pelo coletivo dos docentes e representação dos estudantes do Curso de Medicina. Nessa câmara, as diretrizes do planejamento e desenvolvimento curriculares podem ser apresentadas e discutidas, no sentido do PPC representar os desejos e interesses desse coletivo em relação à formação médica de modo alinhado à missão e valores institucionais e às diretrizes curriculares nacionais e princípios do SUS.

Decisão curricular no curso de medicina

SUS Universidade

A

O Fórum de Avaliação, realizado a cada dois anos, deve ser coordenado pelo NDE. O Fórum é destinado à comunidade acadêmica e representantes do SUS local (profissionais e gestores) sendo um espaço de reflexão e de prestação de contas.

Atividades complementares oferecidas pela instituição

SUS Universidade

A

Considerando-se as particularidades de uma graduação orientada por competência, inserida no SUS e que utiliza metodologias ativas de ensino-aprendizagem, programas específicos para os estudantes de Medicina visam promover acessibilidade metodológica e apoio psicopedagógico.

Organização do currículo

SUS Universidade

A

Para tanto, cada estudante conta com o apoio de um(a) orientador(a) online, que por meio de encontros síncronos (videochamadas) e atividades assíncronas (feedback em materiais publicados por cada estudante em espaço online) problematizará as

Organização do currículo

Page 70: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

70

aprendizagens individuais à luz do perfil de competência proposto para o médico do SUS. Por meio dessa estratégia educacional deve ser estimulada uma visão integral do currículo vivenciado e a autoavalição constante de desempenho de cada estudante, a partir da sistematização das evidências formativas destes, que implicam diversos significados construídos e os sentidos atribuidos à formação, bem como as conquistas e desafios vivenciados na aprendizagem da prática profissional. Além desses aspectos, o orientador também se responsabiliza por fazer avaliações contínuas sobre o desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva construída pelos estudantes ao longo de sua formação.

SUS Universidade

A

O NEPED é formado por docentes com experiência pedagógica, especialmente em currículos orientados por competência e que utilizam metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Além do apoio ao desenvolvimento da área educacional de competência dos docentes do Curso de Medicina da Universidade A, o NEPED também apoia a inserção do docente na Rede Escola de Atenção à Saúde. Visa favorecer a interlocução com gestores do SUS local e apoiar a identificação de necessidades de parceira academia serviço, com foco no apoio matricial.

Interlocução da parceria academia- serviço

SUS Universidade

A

O NEPED é responsável pelo programa de capacitação e de desenvolvimento permanente dos docentes que faz parte do Programa de Gestão da Qualidade. O NEPED apoia o processo de avaliação do desempenho dos docentes do Curso de Medicina e o processo de seleção e de capacitação de preceptores do SUS que deverão atuar junto com estudantes de graduação

Núcleo de educação permanente

SUS Universidade

A

O corpo docente que se responsabiliza pela implantação deste PPC traz consigo expressiva experiência profissional e de docência comprometidas com a qualidade da atenção à saúde e do ensino superior. Para além da titulação que revela o

Núcleo de educação permanente

Page 71: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

71

comprometimento dos nossos docentes com a qualidade do ensino, o envolvimento desses professores em iniciativas voltadas à melhoria da qualidade do SUS é uma marca que comunica nosso desejo de continuar a enfrentar esse desafio

SUS Universidade

A

Nesse sentido, o PPC da Medicina articula uma formação inovadora na graduação com um plano de desenvolvimento permanente para docentes, preceptores e profissionais da saúde do SUS de Indaiatuba. Ao apoiarmos a educação permanente de docentes e profissionais reforçamos a ideia a respeito da qual:

Núcleo de educação permanente

SUS Universidade

B

A partir dos dados e informações de natureza demográfica, geográfica, cultural, epidemiológica e sociocultural da região onde se insere o Curso de Medicina da Universidade B, buscamos orientar conteúdos e práticas do currículo para uma formação médica centrada na população de referência e no SUS locorregional.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

B

Considerando o atual contexto do município de São Paulo e os desafios de sustentabilidade da vida urbana, de ampliação da inclusão social, de transformação das práticas hegemônicas de gestão, de educação e de atenção à saúde e de melhoria das condições de saúde da população, a principal estratégia para a consolidação de um novo marco para a saúde é a constituição de uma rede de atores capazes de atuarem como ativadores de processos de mudanças no SUS local. O movimento de mudança na formação de profissionais de saúde deve ser paralelo à consolidação do SUS, especialmente em sua dimensão de Rede Escola para apoiar a formação profissional em saúde, traduzindo o papel da USCS como Universidade cidadã e compromissada, partícipe e solidária, que prepare cidadãos e que seja capaz de traduzir o saber gerado em favor da reversão do quadro social.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

B

Dada a reconhecida heterogeneidade da distribuição dos profissionais médicos no país, o esforço do Governo Federal para

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

Page 72: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

72

melhorar e ampliar o acesso à saúde da população brasileira, requer necessariamente sólida parceria com municípios e escolas médicas, articulando a expansão da assistência médica à indução de mudanças na formação e à constituição de redes de atenção integral à saúde. A Universidade B, ao abrir novas vagas para a formação médica, compromete-se com ampliação do acesso à assistência médica, promovendo a entrega de uma educação de qualidade, inserida no contexto do SUS e voltada à melhoria da atenção à saúde das pessoas. Em relação ao projeto pedagógico do curso, três pressustos são apresentados como justificativas para a oferta de uma proposta educacional inovadora na graduação em Medicina

SUS Universidade

B

O Sistema Único de Saúde – SUS expressa, por meio de seus princípios, uma ética democrática e cidadã na atenção à saúde da população brasileira. Embora tenha alcançado muitos avanços, o SUS ainda apresenta enormes desafios, tais como:

Conceito do SUS

SUS Universidade

B

O enfrentamento desses desafios se conecta à expectativa de melhoria da gestão pública da saúde e da qualidade da atenção à saúde no contexto do SUS e, por conseguinte, a redução de indicadores de morbidade e mortalidade de situações preveníveis ou passíveis de controle.

Qualificação da saúde

SUS Universidade

B

Considerando esse cenário, a parceria entre os serviços de saúde e a academia apresenta-se como uma poderosa estratégia voltada à produção e à disseminação de conhecimentos e tecnologias necessárias ao enfrentamento dos desafios apontados. O movimento da academia, em direção ao serviço, precisa ser proativo, de modo que esta se comprometa com ações voltadas à qualificação do SUS. Um ambiente protegido e propício à aprendizagem colaborativa e à aprendizagem institucional pode ser considerado um fator crítico para a promoção de mudanças, tanto na academia como na rede de atenção à saúde.

Integração Ensino-Serviço

Page 73: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

73

SUS Universidade

B

Promover o cuidado integral à saúde, considerando promoção, prevenção, tratamento, reabilitação e reinserção social de pessoas e populações, tanto por meio da articulação de ações e profissionais de saúde, como pela conexão de serviços em redes de atenção à saúde do SUS;

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

B

IDENTIFICA OPORTUNIDADES E DESAFIOS NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE, CONSIDERANDO AS DIRETRIZES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS. UTILIZA DIVERSAS FONTES PARA IDENTIFICAR PROBLEMAS NO PROCESSO DE TRABALHO, INCLUINDO A PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS E DOS USUÁRIOS, E A ANÁLISE DE INDICADORES E DO MODELO DE GESTÃO. PARTICIPA DA PRIORIZAÇÃO DE PROBLEMAS, IDENTIFICANDO A RELEVÂNCIA, MAGNITUDE E URGÊNCIA, AS IMPLICAÇÕES IMEDIATAS E POTENCIAIS, A ESTRUTURA E OS RECURSOS DISPONÍVEIS. MOSTRA ABERTURA PARA OUVIR OPINIÕES DIFERENTES DA SUA E RESPEITA A DIVERSIDADE DE VALORES, DE PAPÉIS E DE RESPONSABILIDADES NO CUIDADO À SAÚDE. TRABALHA DE MODO COLABORATIVO EM EQUIPES DE SAÚDE, RESPEITANDO NORMAS INSTITUCIONAIS DOS AMBIENTES DE TRABALHO E AGINDO COM COMPROMISSO ÉTICO-PROFISSIONAL.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

B

As parcerias estabelecidas entre universidades e SUS devem primar pela(o): gestão compartilhada; estabelecimento de instrumentos legais que regulamentem responsabilidades e compromissos institucionais com as políticas de formação profissional e de cuidado à saúde no município; ajustes e adequação da infraestrutura dos equipamentos de saúde; avaliação de processos e resultados.

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

B Mesmo considerando a estrutura existente em Saúde na região da Universidade B e os

Integração Ensino-Serviço

Page 74: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

74

avanços ocorridos no âmbito do SUS, particularmente os relacionados à ampliação de cobertura, ainda há muito a ser construído na perspectiva da garantia de uma atenção à saúde de qualidade a todos os cidadãos brasileiros. Torna-se fundamental amadurecer os modelos de gestão tripartite, superar a fragmentação das ações e serviços de saúde e qualificar as práticas educacionais e clínicas, o que constitui num significativo desafio a ser enfrentado pela parceria Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e Universidade B.

SUS Universidade

B

A oportunidade mais relevante da construção de uma Rede Escola de Atenção à Saúde se encontra no potencial de superação do modelo de cuidado restrito à dimensão biomédica, médico centrado e hospitalocêntrico. Para tanto, a implantação da Rede Escola de Atenção à Saúde deverá contar com os talentos da USCS e dos serviços de saúde locais para a reorganização do SUS locorregional, visando um cuidado à saúde de qualidade, seguro, eficiente, eficaz e efetivo.

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

B

(ii) linhas de cuidado que viabilizem a atenção integral e humanizada à saúde no SUS;

A rede de saúde no processo de ensino aprendizagem do

estudante de medicina

SUS Universidade

B (vii) estimular a realização de pesquisas aplicadas ao SUS; e

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

B

(x) problemas de saúde das pessoas e com os desafios para a construção de um SUS mais justo e eficiente.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

B

Assim, a formação inserida nos cenários reais do trabalho em saúde inspira e impulsiona uma formação comprometida com os problemas de saúde das pessoas e com os desafios para a construção de um SUS mais justo e eficiente.

Qualificação da saúde

SUS Universidade

B

A organização de Unidades Curriculares – UC, segundo os cenários apresentados, busca explorar o melhor desenvolvimento de capacidades para a construção de competência do futuro profissional médico. O currículo está estruturado em doze etapas semestrais, segundo unidades curriculares

Perfil de competência do estudante de medicina

Page 75: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

75

obrigatórias: (i) Necessidades e cuidados em Saúde ; (ii) prática médica no SUS ; e (iii) Habilidades medicas/ Estações clínicas (iv) Core Curriculum. As descrições de cada unidade encontram-se no Quadro 5.

SUS Universidade

B

A UNIDADE CURRICULAR NECESSIDADES E TERAPÊUTICA EM SAÚDE UTILIZA DE DISPARADORES DE APRENDIZADO PREVALENTES DA PRÁTICA MÉDICA, NO CONTEXTO DO SUS. EXPLORA CAPACIDADES COGNITIVAS, ATITUDINAIS E PSICOMOTORAS, CONSIDERANDO AS SITUAÇÕES PREVALENTES NOS DIFERENTES CICLOS DE VIDA E O PERFIL DE COMPETÊNCIA DO ESTUDANTE, SEGUNDO SÉRIE.

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

B

A UNIDADE CURRICULAR DE PRÁTICA MÉDICA NO SUS – PMSUS VISA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES NAS TRÊS ÁREAS DE COMPETÊNCIA DO PERFIL, COM UMA ABORDAGEM CRESCENTE E ORIENTADA À TERMINALIDADE EM RELAÇÃO AO PERFIL DE COMPETÊNCIA, EM CENÁRIOS REAIS DO TRABALHO EM SAÚDE, NO CONTEXTO DO SUS. NESSES CENÁRIOS, O ERRO DEVE SER EVITADO EM FUNÇÃO DE POTENCIAIS RISCOS OU DANOS ÀS PESSOAS. ASSIM, A VIVÊNCIA DOS ESTUDANTES É ACOMPANHADA POR DOCENTES DA USCS BELA VISTA E APOIADA POR PRECEPTORES E PELA EQUIPE DE SAÚDE DO SERVIÇO NO QUAL OS ESTUDANTES SÃO INSERIDOS

Perfil de competência do estudante de medicina

SUS Universidade

B

As unidades curriculares – (i) Necessidades e cuidados em Saúde ; (ii) prática médica no SUS ; e (iii) Habilidades medicas/ Estações clínicas (iv) Core Curriculum, são longitudinais e estão organizadas em três ciclos de aprendizagem, com dois anos letivos sequenciais cada um. Os ciclos de aprendizagem estão orientados pelo

Organização do currículo

Page 76: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

76

desenvolvimento de um determinado conjunto de capacidades, nas três áreas de competência. Cada ciclo é particularmente definido pelo grau de autonomia e responsabilidade dos estudantes para intervirem na realidade, com acompanhamento de equipes de saúde e docentes. Os ciclos I e II são predominantemente desenvolvidos na atenção primária, também chamada de atenção básica. O ciclo III é predominantemente desenvolvido na atenção especializada ambulatorial e hospitalar e na urgência e emergência. Embora com diferentes ênfases, todos focalizam o cuidado integral à saúde. Assim, os objetivos educacionais das unidades curriculares apresentam aspectos gerais e relacionados ao ciclo de aprendizagem. Os objetivos educacionais específicos estão expressos nas atividades curriculares que compõem as unidades curriculares. A organização das UC no Curso de Medicina da Universidade B pode ser acompanhada no Quadro 6

SUS Universidade

B

Essa atividade utiliza o processamento de situações-problema prevalentes da prática médica no contexto do SUS. Explora capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras, considerando as situações prevalentes nos diferentes ciclos de vida e o perfil de competência do estudante, segundo série. Os conceitos de necessidades de saúde – olhar ampliado para as dimensões do processo saúde-doença e terapêutica – a escolha da melhor alternativa de cuidado, norteiam o trabalho de estudantes e docentes. Focaliza:

Unidade curricular Prática Médica no SUS

SUS Universidade

B (iii) processos de cuidado no contexto do SUS;

Qualificação da saúde

SUS Universidade

B

Atividade que perpassa todo o currículo, da primeira à sexta série. Desenvolvida a partir de vivências junto às equipes de saúde da família do município, essa atividade explora conhecimentos, atitudes e habilidades da prática médica no SUS, considerando a integralidade do cuidado e o perfil de competência do estudante, segundo série.

Unidade curricular Prática Médica no SUS

Page 77: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

77

Focaliza a atenção primária à saúde, a integração ensino-serviço e as ações desenvolvidas em parceria com a comunidade para a promoção da saúde e da qualidade de vida. Inclui ações de prevenção, tratamento, reabilitação e paliativas e trabalha com a atenção domiciliar e ambulatorial. Cada estudante acompanha dez famílias ao longo do curso, contemplando a diversidade de ciclos de vida, a longitudinalidade do cuidado e o fortalecimento do vínculo com a equipe de saúde e o território.

SUS Universidade

B

O internato no contexto de saúde mental deve propiciar ao aluno vivência nesta especialidade médica, no contexto do Sistema Único de Saúde, ofertando reconhecimento e manejo das dimensões primária, secundária e terciária de prevenção em saúde mental, com reconhecimento e manejo adequado dos principais transtornos mentais, Observação clínica criteriosa com a do psiquismo, elaboração de hipóteses diagnósticas, exames subsidiários e conduta através de raciocínio fenomenológico e o reconhecimento e utilização de vias de referência/contra referência bem como o encaminhamento aos dispensários de medicamentos do SUS

Internato atividade curricular do estudante de medicina

SUS Universidade

B

O Internato em saúde coletiva deve propiciar ao aluno vivência nesta especialidade médica, no contexto do Sistema Único de Saúde, formando médicos generalistas com conhecimentos contextualizados na problematização de temáticas articuladas à produção do conhecimento nas áreas da Epidemiologia, Vigilância em Saúde, Ciências Humanas e Sociais, Clínica Ampliada, Planejamento, Gestão e Avaliação de Sistemas de Saúde, integrantes do campo da Saúde Coletiva. Formulação, implementação e execução de ações no âmbito do cuidado coletivo, gestão e qualificação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Internato atividade curricular do estudante de medicina

SUS Universidade

B Os conteúdos das unidades curriculares são orientados por competência e trabalhados em

Organização do currículo

Page 78: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

78

ciclos de aprendizagem. Os conteúdos estão apresentados por Unidade Curricular, uma vez que as atividades curriculares – AC de cada série são co-requisito umas para as outras. Nas unidades de simulação da prática médica, as situações-problema da AC-NCS, as estações clínicas da ACEC/HM e os contextos da AC-PMSUS são baseadas em situações prevalentes, a partir do perfil epidemiológico da população brasileira, com ênfase nas particularidades da região e do município. Os demais conteúdos são provenientes da vivência de situações reais em cenários do SUS.

SUS Universidade

B

(iv) processos de cuidado: atenção integral à saúde; atenção primária à saúde; saúde da família e comunidade; promoção da saúde e prevenção de doenças, considerando o contexto do SUS; gestão da atenção à saúde – organização das respostas às necessidades de saúde da sociedade; Sistema Único de Saúde - princípios e prioridades; organização dos serviços; trabalho em equipe multiprofissional; relações com a equipe de trabalho em saúde; raciocínio estratégico;

Integração Ensino-Serviço

SUS Universidade

B

(iv) atenção à saúde na unidade de saúde de prática – macrogestão: Sistema Único de Saúde e o modelo de atenção à saúde, desenvolvido na unidade de saúde da prática; estratégia saúde da família e comunidade - política nacional e organização dessa atenção na unidade de prática; territorialização e distritos sanitários; modelo de gestão da atenção à saúde, desenvolvido na unidade de saúde da prática; atenção primária e atenção integral à saúde; rede escola de atenção à saúde; pensamento estratégico situacional;

Modelo de atenção à saúde

SUS Universidade

B

(xv) processos de cuidado: concepção de saúde e ênfase na promoção da saúde e prevenção de doenças; atenção integral à saúde, atenção primária à saúde e saúde da família e comunidade no contexto do SUS; atenção à saúde do adulto e idoso; atenção à saúde da criança; atenção à saúde da mulher; trabalho em equipe multiprofissional; relações com a equipe de trabalho em saúde;

Qualificação da saúde

SUS Universidade

B

Atividades integradoras, envolvendo disciplinas primordialmente básicas e aquelas predominantemente clínicas, são desenvolvidas desde o início do 5o ano. As

Organização do currículo

Page 79: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

79

atividades práticas são um diferencial do curso, o que é facilitado porque os alunos são inseridos em diferentes cenários de prática, desenvolvidos em equipamentos próprios, públicos Municipais ou Estaduais conveniados, 100% SUS, desde a atenção primária à terciária. Deste modo, é possível que os alunos desenvolvam as competências clínicas fundamentais, como a tomada da história clínica, a realização do exame clínico, a interpretação dos achados no raciocínio clínico subsequente e, sobretudo, a interação e a comunicação apropriadas com o paciente, a inserção em equipe multidisciplinar, além da preocupação com os aspectos voltados à segurança do paciente. Desde o início do internato, incorporaram- se a metodologia ativa de ensino-aprendizagem conhecida como Team-Based Learning (TBL), que ocorre tanto de forma interativa quanto analítica (Watson; Michaelsen; Sharp, 1991; Rider; Brashers, 2006; Haidet; O’Malley; Richards, 2002). Utilizando o TBL, o professor propõe problemas desafiadores aos alunos divididos em pequenos grupos, que passam a estudar em grupo (atividade analítica). Na sequência, o docente estimula que os grupos discutam entre si as respostas, buscando a complementação da aquisição de conhecimentos (atividade interativa).

SUS Universidade

B

(ix) portfólio: ação educacional baseada na aprendizagem significativa, sob a perspectiva do estudante, é desenvolvida em encontros presenciais e a distância, cujo produto pode ser formatado a partir de materiais concretos ou virtuais/eletrônicos. O portfólio é um instrumento de autoria do estudante com finalidade de aprendizagem e de avaliação. O portfólio é acompanhado por docentes das atividades curriculares e pelo orientador do estudante. O foco é o acompanhamento da trajetória de aprendizagem de cada estudante no curso, destacando facilidades e dificuldades nesse processo e o desenvolvimento do perfil de competência. O diário da prática médica é um instrumento de registro das atividades de campo

Recursos educacionais que apoiam o processo de ensino-aprendizagem

Page 80: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

80

vivenciadas em cenários reais do SUS que faz parte do conjunto de documentos que compõem o portfólio;

SUS Universidade

B

(x) iniciação científica: a iniciação científica faz parte da atividade de prática no contexto do SUS do ciclo I, sendo desenvolvida por todos os estudantes, conforme política de desenvolvimento de jovens talentos. Visa proporcionar uma primeira aproximação com a produção de conhecimento em articulação com projetos do PET-Saúde ou outros de articulação ensino-serviço. Os focos para a iniciação científica nos ciclos II e III vinculam-se às áreas de competência, sendo de livre escolha dos estudantes;

Atividades complementares oferecidas pela instituição

SUS Universidade

B

Os docentes preceptores atuam diretamente nos cenários reais do trabalho em saúde, acompanhando as vivências de estudantes, nos chamados grupos de prática médica no SUS. Os profissionais de saúde, vinculados aos serviços de saúde do município, poderão atuar como preceptores no Curso de Medicina.

Docente na atividade curricular Prática Médica no

SUS

SUS Universidade

B

Os docentes vinculados à Universidade B são responsáveis pela seleção e capacitação dos profissionais do SUS que devem atuar com estudantes nas unidades da rede escola. Esses profissionais apoiam as atividades educacionais do curso de medicina realizadas em cenários reais do trabalho em saúde. Paralelamente, os docentes da Universidade B oferecem suporte aos profissionais da Rede Escola por meio de atividades de apoio matricial e/ou de reflexão da prática, no sentido da gestão da qualidade e da consolidação da integração ensino-trabalho para o fortalecimento do SUS.

Docente na atividade curricular Prática Médica no

SUS

SUS Universidade

B

Os docentes vinculados à Universidade B são responsáveis pela seleção e capacitação dos profissionais do SUS que devem atuar com estudantes nas unidades da rede escola. Esses profissionais apoiam as atividades educacionais do curso de medicina realizadas em cenários reais do trabalho em saúde. Paralelamente, os docentes da Universidade B oferecem suporte aos profissionais da Rede Escola por meio de atividades de apoio

Docente na atividade curricular Prática Médica no

SUS

Page 81: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

81

matricial e/ou de reflexão da prática, no sentido da gestão da qualidade e da consolidação da integração ensino-trabalho para o fortalecimento do SUS.

SUS Universidade

B

Os docentes facilitadores de educação permanente atuam junto ao Plano de Formação Docente ou no apoio matricial aos serviços de saúde, ambos integrantes do Programa de Gestão de Qualidade do Curso de Medicina. O apoio matricial para profissionais e serviços do SUS também pode ser realizado pelos docentes da Universidade B, em parceria com gestores da Rede Escola de Atenção à Saúde.

Docente na atividade curricular Prática Médica no

SUS

SUS Universidade

B

Focaliza processos, produtos e/ou resultados e promove o diálogo entre abordagens, métodos, instrumentos e perspectivas. Busca contemplar, do modo mais abrangente possível, a complexidade da avaliação num currículo: orientado por competência, baseado nas necessidades de saúde da comunidade no contexto do SUS e com ênfase na utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem.

Organização do currículo

SUS Universidade

B

IV.A instituição deverá definir indicadores de avaliação e valorização do trabalho docente, desenvolvido para o ensino de graduação e para as atividades docentes desenvolvidas na comunidade ou junto à rede de serviços do SUS. (Art 34. Parágrafo único.)

Qualificação da saúde

SUS Universidade

B

Todas Avaliações Cognitivas de PM-SUS e Necessidade e Cuidado em Saúde, possuem duas oportunidades de melhoria chamadas de RETESTE.

Organização do currículo

SUS Universidade

B

A avaliação de desempenho do(a) estudante focaliza os domínios: cognitivo; psicomotor e atitudinal em diferentes combinações e nos cenários simulado e real da prática médica, no contexto do SUS

Avaliação de desempenho do estudante de medicina

SUS Universidade

B

Os recursos educacionais utilizados no Curso de Medicina visam articular capacidades cognitivas, psicomotoras e atitudinais para a realização de atendimentos simulados e procedimentos em laboratórios que se vinculam ao desenvolvimento de

Perfil de competência do estudante de medicina

Page 82: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

82

competência para a prática médica no contexto do SUS. Os objetivos específicos são

SUS Universidade

B

O Fórum de Avaliação, realizado a cada dois anos, deve ser coordenado pelo NÚCLEO DOCENTE/DISCENTE . O Fórum é destinado à comunidade acadêmica e representantes do SUS local (profissionais e gestores). Consiste numa prestação de contas dos processos, produtos e resultados alcançados segundo os ciclos de aprendizagem do curso. Os objetivos são: (i) levantar indicadores da qualidade do processo educacional; (ii) analisar conquistas e desafios na implantação das DCN no curso; (iii) identificar pontos fortes e áreas que requerem atenção na organização das atividades curriculares, na infraestrutura, no processo ensino-aprendizagem, nos recursos educacionais, nas atividades de prática, e no sistema avaliativo; (iv) avaliar a parceria ensino-serviço; (v) avaliar a articulação ensino-pesquisaextensão

Qualificação da saúde

SUS Universidade

B

O NAPED é formado por docentes com experiência pedagógica, especialmente em currículos orientados por competência e que utilizam metodologias ativas de ensinoaprendizagem. Além do apoio ao desenvolvimento da área educacional de competência dos docentes do Curso de Medicina da Universidade B, o NAPED também apoia a inserção do docente na Rede Escola de Atenção à Saúde. Visa favorecer a interlocução com gestores do SUS local e apoiar a identificação de necessidades de parceira academia-serviço, com foco no apoio matricial.

Núcleo de educação permanente

SUS Universidade

B

O NAPED é responsável pelo programa de capacitação e de desenvolvimento permanente dos docentes que faz parte do Programa de Gestão da Qualidade. Os docentes do NAPED acumulam grande experiência na área educacional, particularmente em currículos orientados por competência, uso de metodologias ativas e avaliação critérioreferenciada. O NAPED apoia o processo de avaliação do

Núcleo de educação permanente

Page 83: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

83

desempenho dos docentes do Curso de Medicina e o processo de seleção e de capacitação de preceptores do SUS que deverão atuar junto com estudantes de graduação.

SUS Universidade

B

Atividade com o objetivo de propiciar espaços formais para reflexão coletiva sobre o processo de trabalho em saúde e os planos de intervenção. Monitora a realização de planos, identificando conquistas e dificuldades. Avalia o trabalho em saúde, utilizando indicadores e relatórios de produção, espaço onde ocorre a discussão temática e conceitual sobre o sistema único de saúde, perpassando horizontalmente o curriculum .

Qualificação da saúde

SUS Universidade

B

O Internato em saude da Família e Comunidade (SFC) deve propiciar ao aluno vivência nesta especialidade médica, no contexto do Sistema Único de Saúde, em Unidades de Atenção Primária à Saúde da Estratégia Saúde da Família, em tempo integral, numa perspectiva acadêmica onde devem estar integrados o ensino, a pesquisa e a extensão, preferencialmente em um ambiente de prática multidisciplinar. Com isso, o aluno tem a possibilidade de adquirir competências e conhecimentos, desenvolver habilidades e assimilar atitudes, sendo que essas características do processo de aprendizagem devem estar sintonizadas com a realidade epidemiológica, social e cultural da comunidade atendida pelo respectivo serviço de saúde. Estes serviços devem ter sua prática assistencial orientada aos atributos essenciais e derivados da APS, a saber: acesso de primeiro contato, longitudinalidade, integralidade, coordenação, orientação familiar e comunitária e competência cultural.

Internato atividade curricular do estudante de medicina

SUS Universidade

B

O internato no contexto de saúde da criança deve propiciar ao aluno vivência nesta especialidade médica, no contexto do Sistema Único de Saúde, promovendo a produção do conhecimento nas áreas de Pediatria e Adolescência. Treinamento intensivo para adestramento em técnicas e habilidades indispensáveis ao exercício profissional. Ampliação e aplicação de forma integrada dos conhecimentos adquiridos nas etapas anteriores do curso de graduação, aprimorando e completando conhecimentos obtidos ao longo do curso de graduação na grande área de Pediatria, com vistas à formação do médico generalista.

Internato atividade curricular do estudante de medicina

SUS Universidade

B

O internato no contexto de urgência e emergência deve propiciar ao aluno vivência nesta especialidade médica, no contexto do Sistema Único de Saúde, ofertando atendimento de vítimas de trauma, urgências clínicas e cirúrgicas, dinâmica da unidade de

Internato atividade curricular do estudante de medicina

Page 84: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

84

pronto-socorro, aspectos éticos e relações interpessoais envolvidas neste tipo de atendimento, reforçar conhecimentos teórico-práticos indispensáveis à formação de médicos generalistas, visando a capacitação ao diagnóstico e tratamento das principais situações comuns na área de urgência e emergência médica.

SUS Universidade

B

atenção à saúde na unidade de saúde de prática – macrogestão: Sistema Único de Saúde e o modelo de atenção à saúde, desenvolvido na unidade de saúde da prática; estratégia saúde da família e comunidade - política nacional e organização dessa atenção na unidade de prática; territorialização e distritos sanitários; modelo de gestão da atenção à saúde, desenvolvido na unidade de saúde da prática; atenção primária e atenção integral à saúde; rede escola de atenção à saúde; pensamento estratégico situacional;

Modelo de atenção à saúde

SUS Universidade

B

(iv) estimular o desenvolvimento de projetos de extensão voltados à melhoria da qualidade de vida e de saúde da população, quer por meio de ações de gestão, de assistência à saúde ou de educação em saúde, no contexto do Sistema Único de Saúde loco regional;

Qualificação da saúde

Currículo Universidade

A

Para alcançar esse objetivo, a formação médica e dos demais profissionais de saúde precisa ampliar o modelo biomédico que fundamenta os currículos tradicionais, incluindo outras dimensões no conceito de saúde, para além da biológica. Nessa ampliação, juntamente com os fenômenos de natureza biológica devemos agregar as dimensões subjetiva e social inerentes ao processo saúde-doença. Para tanto, a atenção à saúde requer um conjunto de capacidades voltadas a uma escuta que valoriza as três dimensões na produção de saúde e no adoecimento.

Ampliação do currículo tradicional

Currículo Universidade

A

Nesse sentido, ao considerarmos o contexto de vida das pessoas atendidas e dos serviços de saúde nos quais nos inserimos profissionalmente, uma atuação efetiva frente requer práticas que articulem áreas de competência e ações colaborativas com outros profissionais da saúde. Desse modo, aprender a trabalhar em equipe multiprofissional e a valorizar os saberes das diferentes carreiras da área da saúde faz parte

Aprendizagens integrantes do currículo

Page 85: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

85

das capacidades a serem desenvolvidas pelo estudante a ser formado no nosso currículo.

Currículo Universidade

A

Além desses elementos, ao dispararmos a aprendizagem a partir dos problemas reais de saúde das pessoas e populações, tal como esses se expressam na vida real, o estudo articulado das dimensões biológica, psicológica e social se torna natural, uma vez que emergem como inerentes ao fenômeno e requerem respostas intersetoriais, interdepartamentais e interdisciplinares. Do ponto de vista educacional, ao trabalharmos a partir das necessidades de saúde também visamos superar a fragmentação entre os ciclos básico e clínico, abordados de modo sequencial e fragmentado nos currículos convencionais.

Articulação curricular

Currículo Universidade

A

Na proposta pedagógica elaborada para o Curso de Medicina, as disciplinas básicas e clínicas são abordadas de modo transversal, durante todo o currículo, por meio do processamento de problemas de saúde doença. Os avanços e as inovações tecnológicas são exploradas de modo articulado ao desenvolvimento de capacidades para o trabalho em equipe e para o cuidado humanizado na atenção à saúde das pessoas.

Articulação curricular

Currículo Universidade

A

As principais inovações tecnológicas desenvolvidas no campo educacional nas últimas décadas estão presentes no Currículo da Medicina. Essas novas práticas estão fundamentadas por recentes descobertas de pesquisas sobre cultura, mente, cérebro, cognição e desenvolvimento que trouxeram evidências em relação ao fenômeno da construção do conhecimento defendida pela educação construtivista.

Inovação digital no currículo de medicina

Currículo Universidade

A

O currículo médico da Universidade A alia inovações tecnológicas educacionais com tecnologias de informação e comunicação, com biotecnologia e outras áreas das ciências exatas e humanas, promovendo acessibilidade, inclusão e articulação de estudantes de diferentes carreiras para potencializar processos de aprendizagem e criativos no sentido de produzirmos

Inovação digital no currículo de medicina

Page 86: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

86

alternativas para a melhoria da saúde e da vida das pessoas

Currículo Universidade

A

A perspectiva processual do currículo foi utilizada como referencial para o desenvolvimento curricular e gestão acadêmica.

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

Esse tipo de desenvolvimento curricular ocorre na retroalimentação permanente de diferentes momentos representados pelo currículo: prescrito, planejado, organizado, desenvolvido e avaliado (SACRISTÁN, 1998).

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

O currículo prescrito expressa a intenção educacional e reflete as influências da estrutura socioeconômica, das concepções filosóficas e educacionais e da própria estrutura e cultura da instituição

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

O currículo planejado traduz a intenção educacional nos planos de suas unidades funcionais, nas ementas, nas programações, nos termos de referência e nos materiais didáticos.

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

O currículo organizado compreende a prática educativa, incluindo os recursos educacionais, infraestrutura e apoio administrativo da escola. O currículo desenvolvido representa a experiência educativa real, vivenciada por estudantes e docentes.

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

O currículo organizado compreende a prática educativa, incluindo os recursos educacionais, infraestrutura e apoio administrativo da escola. O currículo desenvolvido representa a experiência educativa real, vivenciada por estudantes e docentes.

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

Finalmente, mas não por último, o currículo avaliado, que expressa o que tem mais valor. Os currículos avaliado e desenvolvido constituem a realidade da prática educativa (SACRISTÁN, 1998). A perspectiva processual do currículo permite sua permanente revisão como uma peça viva e em diálogo com a sociedade, com a comunidade acadêmica e com a sociedade (FIGURA 3)

Conceito de currículo

Page 87: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

87

Currículo Universidade

A

Paralelamente, o conceito de currículo integrado fundamenta a matriz e a estrutura curriculares, articulando disciplinas, dimensões, processos, práticas profissionais, ensino, aprendizagem, trabalho e academia

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

O currículo integrado articula teoria-prática de tal modo essas dimensões da aprendizagem se modificam mutuamente.

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

Ao invés de um conjunto de disciplinas justapostas e fragmentadas, como ocorre em currículos convencionais, a matriz de um currículo integrado é formada por eixos que organizam as disciplinas de modo relacional e articulado com o mundo do trabalho.

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

O currículo integrado é interdisciplinar e articula ciência e cultura (BERNSTEIN, 1996).

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

O currículo do curso de medicina está organizado segundo dois eixos comuns na formação dos estudantes e que correspondem aos cenários de aprendizagem: (i) simulação da realidade; (ii) contexto real do trabalho em saúde (FIGURA 6), e um eixo que possibilita a construção de uma trajetória singular no currículo.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

A trajetória singular dos estudantes no currículo pode ser organizada tanto em cenários simulados e reais da prática do campo da saúde quanto em atividades que dialoguem com o perfil a ser formado de maneira intersetorial, envolvendo ações culturais, esportivas, de extensão, pesquisa e monitoria entre outras, conforme as necessidades de aprendizagem e interesses dos estudantes

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

A organização de Unidades Curriculares – UC, segundo ciclos educacionais e cenários de aprendizagem, busca explorar o melhor desenvolvimento de capacidades para a construção de competência do futuro profissional médico. O currículo está estruturado em seis séries anuais, segundo três unidades curriculares obrigatórias: (i) simulação da prática profissional; (ii) prática médica no SUS; e (iii) formação médica singular

Organização curricular do curso de medicina

Page 88: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

88

Currículo Universidade

A

A carga horária – CH do Curso de Medicina perfaz 7.576 horas. Além dessa CH, o currículo protege 1224 horas para a aprendizagem autodirigida – AAD ou área verde pró-aluno, distribuídas nas seis séries, totaizando 8.800 horas. Das 7576 horas, 2.120 horas (28,0%) foram alocadas no Ciclo Educacional - I; 2.384 horas (31,4%) no Ciclo II e 3.072 horas (40,6%) no Ciclo III. Assim, 4.504 horas (59,4%) correspondem aos dois primeiros ciclos e 40,6% ao último. Ainda da CH total, 4488 horas (59,2%) estão direcionadas às atividades práticas no SUS (TABELA 1).

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

As unidades curriculares – UC comuns respondem por 85,7% da carga horária do currículo, sendo desenvolvidas de modo longitudinal nos três ciclos educacionais. A unidade singular, chamada de Formação Médica Singular - FMS, corresponde a 14,3% da carga horária total do currículo, diferenciando as trajetórias de cada estudante. As atividades eletivas-complementares-optativas que compõem a UC-FMS, com 1080 horas do currículo (GRÁFICO 1).

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

Para todas as séries, foram utilizados 200 dias letivos para a distribuição das atividades curriculares, havendo uma progressão do número de semanas anuais comprometidas ao longo do curso, assim como a distribuição da carga horária nessas semanas. Isso se deve em função do aumento da carga horária com as atividades de prática em cenários reais do trabalho em saúde e da realização de períodos de plantão de até 12 horas/dia na 5a e 6a séries do currículo.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

As atividades de simulação da prática perfazem 2008 horas (26,5%) do total da carga horária curricular e contemplam, predominantemente, atividades teóricas de reflexão embora envolvam práticas de simulação. A distribuição percentual da carga horária das unidades curriculares em cada série do currículo pode ser acompanhada no Gráfico 2.

Organização curricular do curso de medicina

Page 89: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

89

Currículo Universidade

A

Essa atividade que perpassa todo o currículo, 1a à 6a séries. Desenvolvida a partir de vivências junto às equipes de saúde da família do município, explora conhecimentos, atitudes e habilidades da prática médica no contexto do SUS, considerando a integralidade do cuidado e o perfil de competência do estudante, segundo série e ciclo educacional.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

As AC-ECO podem focalizar atividades em cenários simulados ou reais da prática médica no contexto do SUS. Igualmente às demais AC do currículo, devem ser avaliadas e envolvem a autoavaliação do estudante, a avaliação de seu desempenho pelo profissional responsável e a avaliação da própria atividade pelo estudante.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

Essa atividade curricular perpassa todo o currículo, da primeira à sexta série. Desenvolvida a partir de vivências dos estudantes junto às equipes de saúde da família do município, busca contribuir para a integralidade do cuidado no município de Indaiatuba. Cada estudante acompanha dez famílias ao longo do curso, contemplando a maior diversidade possível nos ciclos de vida

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

As atividades curriculares eletivas, complementares e optativas, AC-ECO, fazem parte da Unidade Curricular Formação Médica Singular que é desenvolvida da 2a à 6a séries em períodos específicos na respectiva série. Embora essa UC seja obrigatória, as atividades que a compõem representam a parte do currículo na qual o estudante tem a maior autoria, tanto na escolha das temáticas e áreas como no planejamento das ações educacionais a serem realizadas.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

As AC-ECO promovem a capacidade educacional do estudante para identificar uma necessidade ou interesse de aprendizagem e construir um plano educacional, potencializam a mobilidade estudantil e possibilitam a construção de trajetórias singulares de formação. Podem focalizar atividades em cenários simulados ou reais da prática médica no contexto do

Organização curricular do curso de medicina

Page 90: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

90

SUS. Igualmente às demais AC do currículo, devem ser avaliadas e envolvem a autoavaliação do estudante, a avaliação de seu desempenho pelo profissional responsável e a avaliação da própria atividade pelo estudante.

Currículo Universidade

A

Considerando os referenciais utilizados para explicar o processo ensino-aprendizagem, as metodologias ativas empregadas no currículo da Medicina conformam um conjunto de métodos educacionais voltados ao engajamento e à participação ativa tanto de estudantes como de docentes. A combinação de distintos métodos leva em conta as diversas formas pelas quais as pessoas aprendem, sendo organizada de modo a potencializar e ampliar esse processo, com foco na interação entre educandos, conteúdos e a mediação dos educadores.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

Considerando as ênfases das Atividades Curriculares, o Quadro 8 apresenta a relação entre as atividades curriculares e as ações, métodos e as abordagens educacionais utilizadas nos Ciclos Educacionais I e II do currículo. O Quadro 8 mostra essa relação para o Ciclo Educacional III.

Articulação curricular

Currículo Universidade

A

No Curso de Medicina, os docentes e coordenadores são autores, responsáveis pela elaboração e validação das diretrizes pedagógicas, seleção das estratégias educacionais e dos conteúdos estabelecidos no PPC. Esses docentes são responsáveis pelos currículos prescrito e planejado. A partir das diretrizes do projeto pedagógico, os docentes, com apoio do Núcleo Docente estruturante, elaboram os planos educacionais e o caderno do curso e de cada série. Os cadernos expressam o contrato didático firmado entre os estudantes e a instituição que subscreve o PPC

Decisão curricular no curso de medicina

Currículo Universidade

A

Facilitadores e especialistas devem atuar de forma articulada e complementar, muitas vezes concomitante, sendo responsáveis pelos currículos organizado, desenvolvido e avaliado. Devem, ainda, receber apoio de coordenadores de unidades, de série, de ciclo e do curso para organizarem as condições e

Decisão curricular no curso de medicina

Page 91: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

91

os recursos educacionais que viabilizam o desenvolvimento das atividades e unidades curriculares.

Currículo Universidade

A

A avaliação do Curso de Medicina da Universidade A está ancorada em um conjunto de princípios: contínua, dialógica, ética, democrática, corresponsável e socialmente comprometida. Privilegia diferentes fontes e perspectivas e focaliza diversos elementos e componentes do currículo no processo avaliativo.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

A orientação do processo avaliativo busca contemplar, do modo mais abrangente possível, a complexidade da avaliação num currículo: orientado por competência (articulação de conhecimentos, habilidades e atitudes), baseado nas necessidades de saúde da comunidade no contexto do SUS e com ênfase na utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

A avaliação do desempenho dos docentes deve ser realizada pelos estudantes a partir de um diálogo entre a perspectiva dos mesmos e o papel esperado para docentes de currículos orientados por competência e que utilizam metodologias ativas de ensino-aprendizagem

Avaliação docente

Currículo Universidade

A

II. Fóruns de Avaliação – Avaliação do Ciclo Educacional: os Fóruns de Avaliação, realizados ao final de cada Ciclo Educacional é um espaço formal e regulamentado no currículo médico que consta como atividade educacional. Nos Fóruns, coordenadores, docentes, estudantes e profissionais de saúde envolvidos devem discutir os resultados alcançados e analisar conquistas e áreas que requerem atenção.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

O Núcleo Docente Estruturante – NDE tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento e implantação curricular, favorecendo a retroalimentação dos distintos e complementares movimentos do currículo:

Decisão curricular no curso de medicina

Currículo Universidade

A (i) o currículo prescrito, que expressa a intenção educacional;

Conceito de currículo

Page 92: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

92

Currículo Universidade

A

(ii) o currículo planejado, que traduz a intenção educacional nos planos educacionais;

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A (iii) o currículo organizado, que compreende a prática educativa;

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A (iv) o currículo desenvolvido, que representa a experiência educativa real; e

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A (v) o currículo avaliado, que expressa o que tem mais valor.

Conceito de currículo

Currículo Universidade

A

Para tanto, cada estudante conta com o apoio de um(a) orientador(a) online, que por meio de encontros síncronos (videochamadas) e atividades assíncronas (feedback em materiais publicados por cada estudante em espaço online) problematizará as aprendizagens individuais à luz do perfil de competência proposto para o médico do SUS. Por meio dessa estratégia educacional deve ser estimulada uma visão integral do currículo vivenciado e a autoavalição constante de desempenho de cada estudante, a partir da sistematização das evidências formativas destes, que implicam diversos significados construídos e os sentidos atribuidos à formação, bem como as conquistas e desafios vivenciados na aprendizagem da prática profissional. Além desses aspectos, o orientador também se responsabiliza por fazer avaliações contínuas sobre o desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva construída pelos estudantes ao longo de sua formação.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

A

O NEPED é formado por docentes com experiência pedagógica, especialmente em currículos orientados por competência e que utilizam metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Além do apoio ao desenvolvimento da área educacional de competência dos docentes do Curso de Medicina da Universidade A, o NEPED também apoia a inserção do docente na Rede Escola de Atenção à Saúde. Visa favorecer a interlocução com gestores do SUS local e apoiar a identificação de necessidades de parceira academia-serviço, com foco no apoio matricial.

Conceito de currículo

Page 93: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

93

Currículo Universidade

A

O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC consiste na elaboração de uma síntese crítico-reflexiva a partir do portfólio do estudante, devendo representar sua trajetória no currículo e contemplar as dimensões de ensino, assistência e pesquisa. O TCC é uma produção individual e reflexiva a ser construída pelo estudante, com apoio do docente orientador.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

B

A partir dos dados e informações de natureza demográfica, geográfica, cultural, epidemiológica e sociocultural da região onde se insere o Curso de Medicina da Universidade B, buscamos orientar conteúdos e práticas do currículo para uma formação médica centrada na população de referência e no SUS locorregional.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

B

A incorporação do conceito de integralidade da saúde e de humanização nas práticas de cuidado, de modo transversal no currículo, requer ações que também promovam essa transformação na Rede Escola de Atenção à Saúde. A parceria da Universidade B com os serviços de saúde do município de São Paulo, com foco no apoio matricial, objetiva promover espaços de reflexão para os profissionais da Rede de Atenção à Saúde problematizarem a atenção à saúde que produzem e também buscarem melhores práticas e resultados em saúde.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

B

Além desses elementos, ao dispararmos a aprendizagem a partir dos problemas reais de saúde das pessoas e populações, tal como esses se expressam na vida real, o estudo articulado das dimensões biológica, psicológica e social se torna natural, uma vez que emergem como inerentes ao fenômeno e passam a requer respostas interdisciplinares, intersetoriais e interdepartamentais. Do ponto de vista educacional, ao trabalharmos a partir das necessidades de saúde também visamos superar a fragmentação entre os ciclos básico e clínico, abordados de modo sequencial no modelo flexneriano. Na proposta pedagógica elaborada para o Curso de Medicina, as disciplinas básicas e clínicas

Articulação curricular

Page 94: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

94

são abordadas de modo transversal, durante todo o currículo

Currículo Universidade

B

Por sua vez, a formação orientada por competência parte das necessidades de saúde prevalentes para definir as capacidades requeridas, pelo profissional, para o enfrentamento dessas necessidades. Nesse sentido, o processo educacional busca o desenvolvimento articulado de capacidades cognitivas, psicomotoras e atitudinais, tanto para o entendimento como para o enfrentamento das situações. As Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN de 2001 e as de 2014 explicitaram o perfil profissional médico em três áreas de competência: atenção à saúde; gestão em saúde e educação na saúde. O perfil definido para o Curso de Medicina da Universidade B contempla integralmente essas orientações e inova na organização de um currículo integrado, no qual são articuladas as necessidades de saúde, os planos de cuidado e as áreas de competência.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

B

O currículo integrado e a perspectiva processual do currículo são os referenciais utilizados para o desenvolvimento curricular do Curso de Medicina da Universidade B. O currículo integrado fundamenta a matriz e a estrutura curriculares, articulando disciplinas, dimensões, processos, práticas profissionais, ensino, aprendizagem, trabalho e academia. As bases dessa integração são: formação orientada por competência, abordagem construtivista da educação, articulação teoria-prática e avaliação critério referenciada, formativa e somativa. A perspectiva processual do currículo orienta a gestão acadêmica e permite sua permanente revisão, como uma peça viva e em diálogo com a sociedade, com a comunidade acadêmica e com as escolas do cluster. Segundo Sacristán (1998), o desenvolvimento curricular ocorre na retroalimentação de diferentes momentos:

Conceito de currículo

Currículo Universidade

B O currículo integrado e a perspectiva processual do currículo são os referenciais

Conceito de currículo

Page 95: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

95

utilizados para o desenvolvimento curricular do Curso de Medicina da Universidade B. O currículo integrado fundamenta a matriz e a estrutura curriculares, articulando disciplinas, dimensões, processos, práticas profissionais, ensino, aprendizagem, trabalho e academia. As bases dessa integração são: formação orientada por competência, abordagem construtivista da educação, articulação teoria-prática e avaliação critério referenciada, formativa e somativa. A perspectiva processual do currículo orienta a gestão acadêmica e permite sua permanente revisão, como uma peça viva e em diálogo com a sociedade, com a comunidade acadêmica e com as escolas do cluster. Segundo Sacristán (1998), o desenvolvimento curricular ocorre na retroalimentação de diferentes momentos:

Currículo Universidade

B

(i) O currículo prescrito, que expressa a intenção educacional e reflete as influências da estrutura socioeconômica, das concepções filosóficas e educacionais e da própria estrutura e cultura da instituição;

Conceito de currículo

Currículo Universidade

B

(ii) O currículo planejado, que traduz a intenção educacional nos planos de suas unidades funcionais, nas ementas, nas programações, nos termos de referência e nos materiais didáticos;

Conceito de currículo

Currículo Universidade

B

(iii) O currículo organizado, que compreende a prática educativa, incluindo os recursos educacionais, infraestrutura e apoio administrativo da escola;

Conceito de currículo

Currículo Universidade

B

(iv) O currículo desenvolvido, que representa a experiência educativa real, vivenciada por estudantes e docentes;

Conceito de currículo

Currículo Universidade

B

(v) O currículo avaliado, que expressa o que a escola identifica como o que tem mais valor. Os currículos avaliados e desenvolvidos constituem a realidade da prática educativa

Conceito de currículo

Currículo Universidade

B

(v) O currículo avaliado, que expressa o que a escola identifica como o que tem mais valor. Os currículos avaliados e desenvolvidos constituem a realidade da prática educativa

Conceito de currículo

Page 96: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

96

Currículo Universidade

B

O currículo do curso de medicina é desenvolvido em dois cenários de aprendizagem: (i) simulação da realidade; (ii) contexto real do trabalho em saúde (FIGURA 4).

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

B

A organização de Unidades Curriculares – UC, segundo os cenários apresentados, busca explorar o melhor desenvolvimento de capacidades para a construção de competência do futuro profissional médico. O currículo está estruturado em doze etapas semestrais, segundo unidades curriculares obrigatórias: (i) Necessidades e cuidados em Saúde ; (ii) prática médica no SUS ; e (iii) Habilidades médicas/ Estações clínicas + (iv) Core Curriculum. As descrições de cada unidade encontram-se no Quadro 5.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

B

Atividade que perpassa todo o currículo, da primeira à sexta série. Desenvolvida a partir de vivências junto às equipes de saúde da família do município, essa atividade explora conhecimentos, atitudes e habilidades da prática médica no SUS, considerando a integralidade do cuidado e o perfil de competência do estudante, segundo série. Focaliza a atenção primária à saúde, a integração ensino-serviço e as ações desenvolvidas em parceria com a comunidade para a promoção da saúde e da qualidade de vida. Inclui ações de prevenção, tratamento, reabilitação e paliativas e trabalha com a atenção domiciliar e ambulatorial. Cada estudante acompanha dez famílias ao longo do curso, contemplando a diversidade de ciclos de vida, a longitudinalidade do cuidado e o fortalecimento do vínculo com a equipe de saúde e o território.

Aprendizagens integrantes do currículo

Currículo Universidade

B

As atividades de simulação da prática, perfazem 1280 horas (14,15%) do total da carga horária curricular. As atividades de necessidades e cuidados em saúde comprometem 2560 horas (28,31%) do currículo as atividades de core curriculum utilizam 160 horas do curriculum (1,76%) e as atividades em EAD 80 horas do total ( 0,88). Os indicativos de distribuição das

Organização curricular do curso de medicina

Page 97: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

97

cargas horárias estão dispostos nos gráficos 2 e 3.

Currículo Universidade

B

No Curso de Medicina, os docentes e coordenadores são autores, responsáveis pela validação das diretrizes pedagógicas, seleção das estratégias educacionais e dos conteúdos estabelecidos no PPC. Esses docentes são responsáveis pelos currículos prescritos e planejados. A partir das diretrizes do projeto pedagógico, os docentes elaboram os planos educacionais e os cadernos, do curso e de cada série. Esses cadernos expressam o contrato didático firmado entre os estudantes e a Universidade B.

Decisão curricular no curso de medicina

Currículo Universidade

B

Os estudantes devem encontrar no seu facilitador de aprendizagem um apoiador para a construção do perfil de competência, segundo os critérios de excelência estabelecidos. Ao trabalhar com o grupo, o facilitador deve manter os encontros focados nos propósitos do trabalho, fomentando a participação, favorecendo a transparência e estimulando a compreensão sobre um problema/situação. Deve, ainda, promover a interação entre os estudante e condições para o trabalho coletivo. Assim, o facilitador precisa dominar as estratégias educacionais utilizadas para o desenvolvimento de capacidades na área de competência educacional do perfil profissional. Facilitadores e especialistas atuam de forma articulada e complementar, muitas vezes concomitante, sendo responsáveis pelos currículos organizado, desenvolvido e avaliado. Recebem apoio de coordenadores de unidades, de ciclo, do curso e do cluster de escolas médicas para organizarem as condições e os recursos educacionais que viabilizam o desenvolvimento das atividades e unidades curriculares

O papel do docente no curriculo do curso de

medicina

Currículo Universidade

B

Focaliza processos, produtos e/ou resultados e promove o diálogo entre abordagens, métodos, instrumentos e perspectivas. Busca contemplar, do modo mais abrangente possível, a complexidade da avaliação num currículo: orientado por competência, baseado nas necessidades de saúde da

Organização curricular do curso de medicina

Page 98: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

98

comunidade no contexto do SUS e com ênfase na utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem.

Currículo Universidade

B

A avaliação do desempenho dos docentes deve ser realizada pelos estudantes a partir de um diálogo entre a perspectiva dos mesmos e o papel esperado para docentes de currículos orientados por competência e que utilizam metodologias ativas de ensinoaprendizagem O objetivo dessa avaliação é a identificação de fortalezas e dificuldades no apoio à construção de capacidades do estudante, no sentido de uma prática educativa ética e reflexiva. A avaliação de desempenho dos docentes deve considerar sua atuação na mediação e apoio ao processo ensino-aprendizagem e na construção do portfólio.

Avaliação de desempenho dos docentes

Currículo Universidade

B

III. Fóruns de Avaliação – Avaliação do Ciclo Educacional: os Fóruns de Avaliação, realizados ao final de cada Ciclo de Aprendizagem, representam um espaço formal e regulamentado no currículo médico que consta como atividade educacional. Nos Fóruns, coordenadores, docentes, estudantes e profissionais de saúde envolvidos devem discutir os resultados alcançados e analisar conquistas e áreas que requerem atenção.

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

B

A gestão acadêmica do curso de medicina deve contemplar o registro e divulgação, em tempo oportuno, das informações relativas ao planejamento, programação, realização e avaliação das ações educacionais e de desempenho dos estudantes de maneira ágil e segura para gestores do curso, docentes e estudantes. Nesse sentido permitem a gestão administrativa e pedagógica do curso, contemplando o desenvolvimento curricular nos diferentes momentos: currículos prescrito, planejado, organizado, desenvolvido e avaliado.

Decisão curricular no curso de medicina

Currículo Universidade

B

O conselho , tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento e implantação curricular, favorecendo a retroalimentação dos distintos e complementares movimentos do currículo:

Decisão curricular no curso de medicina

Page 99: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

99

Currículo Universidade

B

(i) o currículo prescrito, que expressa a intenção educacional e reflete as influências da estrutura socioeconômica, das concepções filosóficas e educacionais e da própria estrutura e cultura da instituição;

Conceito de currículo

Currículo Universidade

B

(ii) o currículo planejado, que traduz a intenção educacional nos planos de suas unidades funcionais, nas ementas, nas programações, nos termos de referência e nos materiais didáticos;

Conceito de currículo

Currículo Universidade

B

(iii) o currículo organizado, que compre Colegiado a prática educativa, incluindo os recursos educacionais, infraestrutura e apoio administrativo da escola; (iv) o currículo desenvolvido, que representa a experiência educativa real, vivenciada por estudantes e docentes; e (v) o currículo avaliado que expressa o que tem mais valor

Conceito de currículo

Currículo Universidade

B

(i) apoiar a orientação do currículo por competência, consolidando a organização de experiências educacionais que proporcionem a construção de conhecimentos, habilidade e atitudes, conforme perfil profissional estabelecido pelo PPC;

Organização curricular do curso de medicina

Currículo Universidade

B

(ii) promover a articulação dos elementos constitutivos do currículo, integrando unidades e atividades curriculares nas séries e nos ciclos de aprendizagem;

Articulação curricular

Currículo Universidade

B

O NAPED é formado por docentes com experiência pedagógica, especialmente em currículos orientados por competência e que utilizam metodologias ativas de ensinoaprendizagem. Além do apoio ao desenvolvimento da área educacional de competência dos docentes do Curso de Medicina da Universidade B, o NAPED também apoia a inserção do docente na Rede Escola de Atenção à Saúde. Visa favorecer a interlocução com gestores do SUS local e apoiar a identificação de necessidades de parceira academia-serviço, com foco no apoio matricial.

Articulação curricular

Currículo Universidade

B

O NAPED é responsável pelo programa de capacitação e de desenvolvimento permanente dos docentes que faz parte do Programa de Gestão da Qualidade. Os

Decisão curricular no curso de medicina

Page 100: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

100

docentes do NAPED acumulam grande experiência na área educacional, particularmente em currículos orientados por competência, uso de metodologias ativas e avaliação critério referenciada. O NAPED apoia o processo de avaliação do desempenho dos docentes do Curso de Medicina e o processo de seleção e de capacitação de preceptores do SUS que deverão atuar junto com estudantes de graduação.

Estágio Universidade

A

As AC-Complementares são elaboradas por docentes especialistas nas temáticas focalizadas, que se responsabilizam pelo planejamento, desenvolvimento e avaliação. Essas atividades podem ser realizadas por meio de estudos e práticas independentes, presenciais ou a distância, como monitorias, estágios, programas de iniciação científica, programas de extensão, estudos complementares e cursos realizados em áreas afins. Se necessário, os estudantes podem contar com o apoio de programas acadêmicos da Universidade A para conhecerem e participarem de atividades oferecidas como extensão.

Organização do estágio

Estágio Universidade

A

As AC-Eletivas, podem ser realizadas no formato de estágios em serviços de saúde no contexto do SUS em todo o território nacional ou em instituições internacionais. Podem, ainda, ser organizadas em formato de inciativa educacional relacionada às áreas de competência do perfil profissional ou à uma formação geral e ampliada.

Organização do estágio

Estágio Universidade

A

(xiv) DIÁRIO DE CAMPO: método para registro de atividades, observações e reflexões para uso individual. Os registros devem ser apontar a data de sua realização de modo que haja uma recuperação cronológica dos fatos narrados. Sua sistematização promove um panorama de uma determinada trajetória de atividades, realizações e reflexões sobre a prática nos estágios ou atividades da prática médica no contexto do SUS.

Recursos para a aprendizagem nos

estágios

Page 101: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

101

Estágio Universidade

A

Os docentes vinculados à Universidade A devem se responsabilizar pela seleção e capacitação dos preceptores. Os preceptores acompanham as atividades educacionais do curso de medicina realizadas em cenários reais do trabalho em saúde. Paralelamente, os docentes da Universidade A oferecem suporte os profissionais da Rede Escola por meio de atividades de apoio matricial e/ou de reflexão da prática e supervisionam as ações desenvolvidas com os estudantes nos estágios.

Presença dos preceptores/docentes

nos estágios

Estágio Universidade

B

O Internato em Clínica Médica é um estágio intensivo de treinamento em serviço cujo objetivo central é a prática da conduta médica diante de pacientes de alta complexidade, internados em enfermarias de Clínica Médica e suas subespecialidades. Assim, o Internato em Clínica Médica objetiva também a integração e síntese dos conhecimentos obtidos nos períodos anteriores no que diz respeito à prática clínica, com ênfase especial às técnicas e tecnologias propedêuticas e terapêuticas.

Organização do estágio

Estágio Universidade

B

O Projeto Pedagógico de Curso (PPC) do curso de medicina da Universidade Municipal Universidade B, contempla o estágio curricular supervisionado como etapa integrante da graduação, em regime de internato, sob supervisão de docentes e preceptores.

Organização do estágio

Estágio Universidade

B

Os alunos, divididos em pequenos grupos, realizarão os estágios de internato sob supervisão direta de docentes e/ou preceptores.

Presença dos preceptores/docentes

nos estágios

Estágio Universidade

B

Nos estágios de Internato, essencialmente de cunho prático, os alunos serão avaliados de forma contínua.

Avaliação dos estudantes nos cenários

de prática

Estágio Universidade

B

São atribuições dos Internos: Assiduidade: o Interno deverá observar a frequência mínima de 90% da carga horária de cada estágio e cumprir os horários estabelecidos para as atividades acadêmicas; Vestuário: o Interno deverá se apresentar sempre, em qualquer das dependências dos serviços de saúde públicos e/ou privados, usando trajes

Organização do estágio

Page 102: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

102

brancos, completos, com asseio e adequados à prática da atividade médico/acadêmica;

Estágio Universidade

B

Aprimoramento da competência abrangente: reuniões clínicas ocorrerão em cada um dos estágios, objetivando a discussão científica de casos clínicos de interesse didático, que deverão ser preparados pelos Internos;

Recursos para a aprendizagem nos

estágios

Estágio Universidade

B

Seminários de atualização de conhecimentos médicos sobre temas sugeridos e coordenados por professores das disciplinas serão apresentados pelos Internos, durante seus estágios, nos diferentes rodízios do internato. Os seminários deverão, após sua apresentação, ter o seu conteúdo composto por digitação, com boa apresentação e conforme normas técnicas vigentes para os tópicos e referências bibliográficas, a fim de servirem como documentação na avaliação dos conhecimentos médicos do Interno;

Recursos para a aprendizagem nos

estágios

Estágio Universidade

B

O Interno deverá ter frequência maior ou igual a 90% (noventa por cento) em cada estágio do Internato para ser aprovado, considerando que: o Interno deverá justificar sua falta, no dia seguinte, por meio de comunicado escrito ao docente; e todas as faltas deverão ser repostas. As faltas em virtude de doenças (infectocontagiosas ou que impossibilitem a locomoção), licença gestante, serviço militar ou convocação judicial deverão ser documentadas. Os documentos deverão ser entregues à Secretaria Acadêmica como determina a Resolução da Universidade sobre Regime Domiciliar, de acordo com a legislação vigente.

Organização do estágio

Estágio Universidade

B

A avaliação do Internato é contínua e abrangerá diferentes aspectos que comporão a média final de cada estágio.

Avaliação dos estudantes nos cenários

de prática

Estágio Universidade

B

O aluno será avaliado continuamente por seus docentes, sendo o conceito de desempenho (habilidades, competências e atitudes) registrado no Instrumento de Avaliação Integral, além de avaliações teóricas e práticas durante cada estágio.

Avaliação dos estudantes nos cenários

de prática

Page 103: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

103

Estágio Universidade

B O aluno reprovado terá que repetir o estágio.

Avaliação dos estudantes nos cenários

de prática

Estágio Universidade

B

A avaliação do internato se baseará em três pilares: a avaliação cognitiva, avaliação de habilidades e a avaliação das atitudes. O aluno necessitará obter nota igual ou acima de sete (de zero a dez) em cada uma dessas três habilidades, obrigatoriamente, para ser aprovado no estágio

Avaliação dos estudantes nos cenários

de prática

Estágio Universidade

B

1. AVALIAÇÃO COGNITIVA – questões de múltipla escolha e/ou dissertativas, sendo a P1 (representando 30% da nota) na metade do estágio e a P2 (70% da nota) no final do estágio.

Avaliação dos estudantes nos cenários

de prática

Estágio Universidade

B

Ocorrerão 3 (três) OSCEs por semestre para cada interno, sendo 2 (dois) OSCEs formativos (OF) como OSCEs com “avaliadores sombras” referentes às 10ª ou 11ª últimas semanas dos respectivos estágios e um OSCE Geral (OSCE G) como OSCE com outra metodologia de feedback referente às 22 semanas dos estágios realizados no semestre.

Avaliação dos estudantes nos cenários

de prática

Estágio Universidade

B

Todos os OSCEs formativos serão compostos por 4(quatro) estações com duração de 10 minutos e todos os OSCEs Gerais serão compostos por 6 (seis) estações com duração de 10 minutos. Estas atividades ocorrerão em datas e locais definidos pela supervisão do internato. Todas as estações OSCEs deverão conter a avaliação de competências clínicas e/ou componentes das competências clínicas que façam parte do conteúdo previsto na unidade curricular. Deve-se priorizar a simulação de situações presenciadas pelos internos nos campos de estágios.

Avaliação dos estudantes nos cenários

de prática

Estágio Universidade

B

3. AVALIAÇÃO DE ATITUDES – será realizada em três vertentes: as atitudes demostradas nos campos de estágios pelos alunos serão avaliadas pelos preceptores e facilitadores (representando 40% da nota) utilizando o instrumento Global rating; as avaliações MINIEX (miniexercício clínico

Avaliação dos estudantes nos cenários

de prática

Page 104: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

104

avaliativo, 40% da nota) e portfólio reflexivo do Internato (20% da nota).

Inovações Universidade

A

Assim, o Curso de Medicina vem promovendo a construção de um cuidado ético, integral e humanizado à saúde, baseado em linhas de cuidado, nas melhores evidências científicas, na inovação tecnológica e no trabalho colaborativo de equipes multiprofissionais em redes de atenção à saúde.

Inovações tecnológicas para o cuidado

Inovações Universidade

A

Vivemos sob o ritmo da transformação, marcados pela velocidade das inovações tecnológicas digitais. As informações estão disponíveis e precisamos de profissionais que saibam como utilizar essas informações em benefícios de seus pacientes

Inovações tecnológicas digitais

Inovações Universidade

A

O Programa Fronteiras na Saúde é uma iniciativa voltada para a área da saúde e áreas afins, que visa o compartilhamento de experiências inovadoras no cuidado à saúde, na gestão em saúde e na educação na saúde. Profissionais renomados e com vasta experiência trocam conhecimentos com estudantes, docentes e outros profissionais de saúde, apresentando inovações na assistência e as fronteiras na produção de novos saberes. A cada ciclo de conferências, diferentes e atuais desafios são priorizados, como os exemplos trabalhados no primeiro ciclo, iniciado em 2019.

Inovações no cuidado

Inovações Universidade

A

No campo da saúde, a intenção é de tornar orgânica e cotidiana a atuação de docentes e estudantes na rede de atenção. Ao comprometermos a formação com a transformação das práticas nos serviços de saúde, favorecemos a qualificação dos profissionais da Rede de Atenção à Saúde do município. Além desse aspecto, a formação no contexto da rede de atenção fortalece os serviços de saúde como espaços de reflexão e de criação de inovações no cuidado. Um ambiente propício à aprendizagem colaborativa e à aprendizagem institucional pode ser considerado um fator crítico na promoção de mudanças, tanto na academia como nos serviços de saúde

Inovações no cuidado

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105

Inovações Universidade

A

Na proposta pedagógica elaborada para o Curso de Medicina, as disciplinas básicas e clínicas são abordadas de modo transversal, durante todo o currículo, por meio do processamento de problemas de saúdedoença. Os avanços e as inovações tecnológicas são exploradas de modo articulado ao desenvolvimento de capacidades para o trabalho em equipe e para o cuidado humanizado na atenção à saúde das pessoas.

Inovações tecnológicas para o cuidado

Inovações Universidade

A

As principais inovações tecnológicas desenvolvidas no campo educacional nas últimas décadas estão presentes no Currículo da Medicina. Essas novas práticas estão fundamentadas por recentes descobertas de pesquisas sobre cultura, mente, cérebro, cognição e desenvolvimento que trouxeram evidências em relação ao fenômeno da construção do conhecimento defendida pela educação construtivista.

Inovações tecnológicas educacionais

Inovações Universidade

A

O currículo médico da Universidade A alia inovações tecnológicas educacionais com tecnologias de informação e comunicação, com biotecnologia e outras áreas das ciências exatas e humanas, promovendo acessibilidade, inclusão e articulação de estudantes de diferentes carreiras para potencializar processos de aprendizagem e criativos no sentido de produzirmos alternativas para a melhoria da saúde e da vida das pessoas.

Inovações tecnológicas educacionais

Inovações Universidade

A

O perfil de competência utilizado como referência foi resultado do trabalho desenvolvido pelos autores do Pojeto Pedagógico do Curso - PPC, a partir do diálogo entre referenciais da educação construtivista, das Diretrizes Curriculares Nacionais (2014), dos princípios do Sistema Único de Saúde (Lei 8080, 1990), das necessidades de saúde e das inovações científicas na atenção à saúde.

Inovações científicas

Inovações Universidade

A

A aprendizagem baseada em equipes possibilita que os estudantes possam ter contato com as práticas inovadoras e atualizadas da prática médica. Por meio da utilização de situações contextualizadas em

Inovações no cuidado

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106

POLIS, docentes da Universidade A são apoiados por especialistas na exploração do estado da arte e das inovações no cuidado à saúde de crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Inovações Universidade

A

Essa atividade curricular considera as situações prevalentes nos diferentes ciclos de vida e o perfil de competência do estudante para selecionar e explorar conteúdos cognitivos, atitudinais e psicomotores que fundamentam a medicina. Tem como foco: (i) as dimensões biológica, psicológica e social que conformam os processos de saúde-doença, de cuidado em saúde e da gestão do trabalho em saúde; (ii) o estado da arte e as inovações no cuidado à saúde das pessoas; (iii) as melhores práticas no cuidado à saúde das pessoas e na gestão da clínica; (iv) os processos educacionais - aprendizagem colaborativa e ética baseada em equipes

Inovações no cuidado

Inovações Universidade

A

No internato, essa atividade é incorporada às atividades curriculares da Prática Médica no SUS, correspondendo às reflexões teóricas que exploram o estado da arte e as inovações no cuidado da Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde da Família e Comunidade, Saúde Mental, Saúde Coletiva e Urgência e Emergência.

Inovações no cuidado

Inovações Universidade

A

(iv) processos de cuidado: atenção integral à saúde; atenção primária à saúde; saúde da família e comunidade; promoção da saúde e prevenção de doenças no contexto do SUS; gestão da atenção à saúde – organização das respostas da sociedade às necessidades de saúde da sociedade; Sistema Único de Saúde - princípios e prioridades; organização dos serviços; trabalho em equipe multiprofissional; relações com a equipe de trabalho em saúde; raciocínio estratégico; empreendedorismo e inovações tecnológicas;

Inovações tecnológicas para o cuidado

Inovações Universidade

A

(vi) explorar o estado da arte e apresentar as inovações no cuidado à saúde das pessoas e de grupos sociais ou comunidades relacionadas às situações abordadas;

Inovações no cuidado

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107

Inovações Universidade

A

Ao utilizar a aprendizagem baseada em equipes – TBL e em projetos, essa atividade curricular possibilita que os estudantes tenham contato com as melhores práticas do exercício profissional em diálogo com as necessidades de saúde de pessoas e populações. Inovações no cuidado à saúde de crianças, adolescentes, adultos e idosos fazem parte do repertório de práticas exploradas na construção de projetos de intervenção

Inovações no cuidado

Inovações Universidade

A

As atividades de aplicação e produção de projetos de intervenção ocorrem fundamentalmente com o apoio de docentes, técnicos e monitores vinculados aos Laboratórios Morfofuncionais (Anatomia, Histologia, Fisiologia, Genética, Embriologia, Imunologia, Parasitologia, Microbiologia, Patologia, Bioquímica, Farmacologia e Imagem); Informática; Saúde Coletiva; Inovações Tecnológicas na Saúde; Ética, Direito e Cidadania; Subjetivodade e Educação em Saúde; e Gestão em Saúde, sendo desenvolvidas de modo articulado às atividades de compartilhamento de conhecimentos.

Inovações tecnológicas educacionais e a

aplicabilidade de projetos

Inovações Universidade

A

O Laboratório de Inovações Tecnológicas em Saúde explora como a biotecnologia irá transformar profundamente o cuidado em saúde nos próximos anos e décadas. Os progressos relacionados à genética médica, às nanotecnologias, à robótica e ao uso da inteligência artificial já estão trazendo e progressivamente trarão expressivos impactos tanto no diagnóstico como na terapêutica em saúde.

Recurso para aprendizagem do estudante

Inovações Universidade

A

O laboratório de Inovações Tecnológicas permite que os estudantes tenham contato com as transformações tecnológicas em curso, no sentido de desenvolverem capacidades para a utilização dessas tecnologias em benefício dos pacientes

Recurso para aprendizagem do estudante

Inovações Universidade

A

A Universidade A tem investido em inovações educacionais e tecnológicas, ampliado parcerias e melhorando sua infraestrutura para garantir os recursos necessários às transformações das práticas

Recurso para aprendizagem do estudante

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108

profissionais. Entretanto, somente um corpo docente qualificado, capacitado e profundamente envolvido com projetos de mudança na sociedade pode dar concretude à missão da Universidade A.

Inovações Universidade

A

Como principal retorno para a sociedade, queremos ampliar ao máximo possível a autonomia das pessoas para que elas possam tomar as melhores decisões sobre como cuidar de sua saúde, dialogando desejos com evidências científicas e tecnologias disponíveis. Paralelamente, queremos oferecer um cuidado integral à saúde, baseado na ética e humanização, com qualidade, segurança e inovação tecnológica para pacientes e profissionais.

Inovações tecnológicas para o cuidado

Inovações Universidade

A

Promover a construção de capacidades para o trabalho interprofissional em saúde e a articulação entre diferentes setores, com vistas à produção de um cuidado integral com inovação tecnológica, segurança, qualidade, efetividade, eficácia e eficiência.

Inovações tecnológicas para o cuidado

Inovações Universidade

A

Promove a criatividade e a inovação na construção de planos de intervenção, considerando as potencialidades da equipe de saúde, da comunidade, do SUS locorregional e de outros equipamentos e organizações sociais.

Desenvolvimento do perfil de competência a partir das

inovações do cuidado

Inovações Universidade

A

Para estudantes do Curso de Medicina são oferecidas AC-Optativas voltadas ao desenvolvimento de capacidades específicas, segundo orientação das Diretrizes Curriculares Nacionais, tais como: Libras, Inglês Instrumental, Língua Portuguesa, Inovação e Empreendedorismo em Saúde, Espiritualidade no cuidado à saúde e Terapias Integrativas e Complementares. Para as atividades optativas, as vagas são anualmente oferecidas pelos docentes responsáveis para todos os cursos da área da saúde.

Ações formativas oferecidas pela instituição

Inovações Universidade

A

Para estudantes do Curso de Medicina são oferecidas AC-Optativas voltadas ao desenvolvimento de capacidades específicas, segundo orientação das Diretrizes Curriculares Nacionais. Para o primeiro ciclo educacional de formação médica, o Curso de Medicina oferece um conjunto de optativas, tais como: Libras, Inglês Instrumental, Língua Portuguesa, Inovação e Empreendedorismo em Saúde, Conhecendo

Atividades optativas

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109

as bases moleculares, morfológicas, genéticas e epigenéticas para o cuidado ao paciente com câncer, Espiritualidade no cuidado à saúde e Terapias Integrativas e Complementares, Atenção Básica à Saúde em territórios sanitários e Urgência e Emergência. Para as atividades optativas, as vagas são anualmente oferecidas pelos docentes responsáveis para todos os cursos da área da saúde.

Inovações Universidade

A

A ABProj empregada no Curso de Medicina pode ser aplicada tanto em situações simuladas como reais relativas da prática profissional. Os projetos aplicativos podem ser classificados como projetos de intervenção, quando visam a produção de mudanças numa determinada situação ou realidade; projetos construtivos quando visam a geração de uma inovação para um problema ou situação; projetos investigativos quando aplicam o método científico para pesquisar uma dada situação; e projetos explicativos quando pretendem explicar a ocorrência de fenômenos ou o funcionamento de objetos, aparelhos e sistemas.

Inovações tecnológicas educacionais e a

aplicabilidade de projetos

Inovações Universidade

B

PRIORIZADOS, VISANDO MELHORAR A ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO E DA ATENÇÃO À SAÚDE. APOIA A CRIATIVIDADE E A INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE PLANOS DE INTERVENÇÃO. PARTICIPA DA IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES, FAVORECENDO A TOMADA DE DECISÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS, NA EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE DO TRABALHO EM SAÚDE. PARTICIPA DA NEGOCIAÇÃO DE METAS PARA OS PLANOS DE INTERVENÇÃO, CONSIDERANDO OS COLEGIADOS DE GESTÃO E DE CONTROLE SOCIAL.

Inovações tecnológicas e a aplicabilidade de projetos

Inovações Universidade

B

Busca da inovação científica, tecnológica e cultural para responder de forma rápida e criativa às exigências e possibilidades da sociedade;

Inovações científicas, tecnológicas e culturais

Inovações Universidade

B

As metodologias ativas potencializam a curiosidade epistemológica dos educandos e promovem a capacidade de aprender ao longo da vida. Valorizam e dialogam os saberes prévios com evidências científicas. Quando essas metodologias utilizam situações contextualizadas no trabalho profissional para disparar o processo de aprendizagem e fomentar uma postura crítica e reflexiva em relação à construção do conhecimento promovem as melhores condições para a aprendizagem. Essas inovações no campo educacional estão

Inovações educacionais

Page 110: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

110

fundamentadas por recentes descobertas de pesquisas sobre cultura, mente, cérebro, cognição e desenvolvimento. Essas investigações trouxeram novas evidências em relação ao fenômeno da construção do conhecimento que destacaram o papel dos saberes prévios, do contexto, da emoção e das estratégias de aprendizagem no processo de aprender

Tecnologia Universidade

A

Como principal retorno para a sociedade, queremos ampliar ao máximo possível a autonomia das pessoas para que elas possam tomar as melhores decisões sobre como cuidar de sua saúde, dialogando desejos com evidências científicas e tecnologias disponíveis. Paralelamente, queremos oferecer um cuidado integral à saúde, baseado na ética e humanização, com qualidade, segurança e inovação tecnológica para pacientes e profissionais.

Tecnologia para o cuidado

Tecnologia Universidade

A

Em 2013, foram autorizados os cursos de Tecnologia em Gestão Hospitalar, Fisioterapia, Arquitetura e Urbanismo e Gastronomia. Atualmente, a Universidade A oferece 22 cursos na área de Graduação, sendo nove na área da saúde, totalizando 2740 vagas anuais. O Curso de Medicina representa 80 vagas desse total. Somando graduação e pós-graduação, o Centro Universitário da Universidade A atende 4.200 estudantes.

Formações oferecidas pela instituição

Tecnologia Universidade

A

A criação do Projeto Educar é nosso exemplo mais concreto de ousadia para mudar com responsabilidade e fundamentação nas melhores evidências educacionais. Por meio desse projeto, estamos trabalhando para construir uma educação orientada por competência, que oferece um ensino personalizado com o uso de tecnologias digitais que favorecem que os estudantes sejam protagonistas na construção do seu perfil profissional. Assim, a trajetória da Universidade A se mantém iluminada pela nossa missão que é a de promover uma educação socialmente responsável, com alto grau de qualidade, propiciando o

Tecnologia para a construção do perfil de competência

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111

desenvolvimento dos projetos de vida de seus alunos.

Tecnologia Universidade

A

O currículo médico da Universidade A alia inovações tecnológicas educacionais com tecnologias de informação e comunicação, com biotecnologia e outras áreas das ciências exatas e humanas, promovendo acessibilidade, inclusão e articulação de estudantes de diferentes carreiras para potencializar processos de aprendizagem e criativos no sentido de produzirmos alternativas para a melhoria da saúde e da vida das pessoas.

Tecnologia de Informação e Comunicação

Tecnologia Universidade

A

Considerando esse cenário, a parceria entre os serviços de saúde e a academia apresenta-se como uma poderosa estratégia voltada à produção e à disseminação de conhecimentos e tecnologias necessárias ao enfrentamento dos desafios apontados

Tecnologia para os desafios da prática profissional

Tecnologia Universidade

A

Essa ação está articulada ao Projeto EDUCAR da Universidade A, em desenvolvimento nos cursos das áreas da saúde, humanas e exatas. O projeto EDUCAR combina tecnologias e abordagens educacionais de modo orientado por competência e baseado na prática profissional.

Tecnologia para a construção do perfil de competência

Tecnologia Universidade

A

(vi) EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD: nessa modalidade de educação, o processo ensino-aprendizagem ocorre virtualmente e a distância, sendo mediado por tecnologias disponíveis que possibilitam interações síncronas (comunicação em tempo real, como por exemplo o chat) ou assíncronas (sem simultaneidade de participação, como por exemplo o fórum) entre participantes. Uma plataforma de aprendizagem virtual permite que educador e participantes desenvolvam atividades educacionais, socializem experiências, dados e informações, possibilitando a sistematização, a organização e a publicação de produções acadêmicas para suporte às atividades educacionais e de gestão acadêmica;

Tecnologia para a aprendizagem

Tecnologia Universidade

A (vii) OFICINA DE TRABALHO: conjunto de ações educacionais presenciais realizadas

Tecnologia para a aprendizagem

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112

em pequenos ou grandes grupos. Essas ações são orientadas ao desenvolvimento de capacidades de caráter instrumental e de conhecimentos operacionais. As oficinas priorizam a aplicação de conhecimentos nas três áreas de competência, podendo envolver a utilização de equipamentos, ferramentas, dispositivos, procedimentos, manobras e outras tecnologias;

Tecnologia Universidade

A

De um modo mais expressivo, essas tecnologias tendem a deslocar as práticas de reparo e de recuperação para práticas que visam aumentar os desempenhos e a própria vida humana. Essa abordagem chamada de transumanista tem sido vista como uma revolução no cuidado à saúde, implicando tanto novas aprendizagens como novos dilemas éticos.

Tecnologia para a aprendizagem

Tecnologia Universidade

A

O laboratório de Inovações Tecnológicas permite que os estudantes tenham contato com as transformações tecnológicas em curso, no sentido de desenvolverem capacidades para a utilização dessas tecnologias em benefício dos pacientes

Tecnologia para a construção do perfil de competência

Tecnologia Universidade

A

As Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino e aprendizagem são recursos didáticos constituídos por diferentes mídias e tecnologias, síncronas e assíncronas, tais como ambientes virtuais e suas ferramentas, redes sociais e suas ferramentas, fóruns eletrônicos, chats, videoconferências, TV convencional, programas específicos de computadores (softwares), objetos de aprendizagem, conteúdos disponibilizados em suportes tradicionais (livros), em suportes eletrônicos (CD, DVD, Memória Flash, nuvens, etc.), entre outros

Tecnologia de Informação e Comunicação

Tecnologia Universidade

A

As Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino e aprendizagem são recursos didáticos constituídos por diferentes mídias e tecnologias, síncronas e assíncronas, tais como ambientes virtuais e suas ferramentas, redes sociais e suas ferramentas, fóruns eletrônicos, chats, videoconferências, TV convencional, programas específicos de computadores (softwares), objetos de aprendizagem, conteúdos disponibilizados

Tecnologia de Informação e Comunicação

Page 113: Dissertacao Juliana Delalibera Mendes Marcolini -11 fev

113

em suportes tradicionais (livros), em suportes eletrônicos (CD, DVD, Memória Flash, nuvens, etc.), entre outros

Tecnologia Universidade

A

O Curso de Medicina promove o acesso e a inclusão para o uso dessas tecnologias visando favorecer a mediação pedagógica e buscando abrir um caminho de diálogo permanente com as questões atuais, troca de experiências, debate de dúvidas, orientações para a elaboração de produtos, informações para acompanhamento das tarefas a serem realizadas, apoio em relação às dificuldades técnicas

Tecnologia para a aprendizagem

Tecnologia Universidade

A

A política de TIC da Universidade A disponibiliza informações Acadêmicas e da Biblioteca pela internet, de forma de facilitar o acesso às informações pertinentes à comunidade acadêmica, oferecendo praticidade e proporcionando aos estudantes o acompanhamento em tempo real da programação das unidades educacionais, lançamentos de frequência, avaliação, downloads de textos, vídeos e outros conteúdos oferecidos extraclasse, por meio do Portal Acadêmico e da Gestão Acadêmica informatizada.

Tecnologia de Informação e Comunicação

Tecnologia Universidade

A

Uma dissertação temática opcional, contendo título, justificativa, objetivos, referenciais teóricos, metodologia, discussão de resultados, considerações finais e referências pode ser incluída no TCC. Esse componente pode ter o formato de um artigo ou uma comunicação técnica de um produto, processo, protocolo ou tecnologia.

Tecnologia como produto educacional (TCC)

Tecnologia Universidade

B

A política de graduação leva em conta o contexto sócio/econômico, cultural e ambiental, no qual a universidade está inserida, e as políticas governamentais nos âmbitos federal, estadual e municipal para promover o desenvolvimento científico, tecnológico e humanista. Os projetos pedagógicos da graduação são orientados por uma concepção radical e universal de cidadania e de sustentabilidade. A Universidade B oferece 16 cursos de graduação (bacharelado e licenciatura), com

Formações oferecidas pela instituição

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114

3.370 vagas, e 19 cursos superiores de tecnologia, com 1.330 vagas.

Tecnologia Universidade

B

A imagem de futuro desejada pela Universidade pode ser assim sintetizada: “tornarse um centro de referência do conhecimento para a disseminação da ciência, da educação e das tecnologias, no âmbito municipal, estadual e nacional por meio das seguintes ações”:

Formações oferecidas pela instituição

Tecnologia Universidade

B Expandir, gradativamente, cursos superiores de tecnologia;

Formações oferecidas pela instituição

Tecnologia Universidade

B

Considerando esse cenário, a parceria entre os serviços de saúde e a academia apresenta-se como uma poderosa estratégia voltada à produção e à disseminação de conhecimentos e tecnologias necessárias ao enfrentamento dos desafios apontados. O movimento da academia, em direção ao serviço, precisa ser proativo, de modo que esta se comprometa com ações voltadas à qualificação do SUS. Um ambiente protegido e propício à aprendizagem colaborativa e à aprendizagem institucional pode ser considerado um fator crítico para a promoção de mudanças, tanto na academia como na rede de atenção à saúde.

Tecnologia para os desafios da prática profissional

Tecnologia Universidade

B

O Internato em Clínica Médica é um estágio intensivo de treinamento em serviço cujo objetivo central é a prática da conduta médica diante de pacientes de alta complexidade, internados em enfermarias de Clínica Médica e suas subespecialidades. Assim, o Internato em Clínica Médica objetiva também a integração e síntese dos conhecimentos obtidos nos períodos anteriores no que diz respeito à prática clínica, com ênfase especial às técnicas e tecnologias propedêuticas e terapêuticas.

Tecnologia para o cuidado

Tecnologia Universidade

B

A educação a distância – EAD e a aprendizagem autodirigida - AAD são consideradas nas programações das séries, embora não constem como carga horária presencial. Na EAD, o processo ensino-aprendizagem ocorre virtualmente, sendo mediado por tecnologias que possibilitam interações síncronas (comunicação em tempo

Tecnologia para a aprendizagem

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115

real) ou assíncronas (sem simultaneidade de participação) entre participantes.

Tecnologia Universidade

B

(vii) oficina de trabalho: conjunto de ações educacionais presenciais que podem ser realizadas em pequenos ou grandes grupos, presencialmente ou por videotransmissão. Essas ações são orientadas ao desenvolvimento de capacidades de caráter instrumental e de conhecimentos operacionais. As oficinas priorizam a aplicação de conhecimentos nas três áreas de competência, podendo envolver a utilização de equipamentos, ferramentas, dispositivos, procedimentos, manobras e outras tecnologias;

Tecnologia para a aprendizagem

Tecnologia Universidade

B

As Tecnologias de Informação e Comunicação ( digitalização da educação) no processo de ensino e aprendizagem geram recursos didáticos constituídos por diferentes mídias e tecnologias, síncronas e assíncronas, tais como ambientes virtuais e suas ferramentas, redes sociais e suas ferramentas, fóruns eletrônicos, blogs, chats, tecnologias de telefonia, teleconferências, videoconferências, TV convencional, TV digital e interativa, rádio, programas específicos de computadores (softwares), objetos de aprendizagem, conteúdos disponibilizados em suportes tradicionais (livros), em suportes eletrônicos (CD, DVD, Memória Flash, nuvens, etc.), “games” entre outros, utilizados de forma racional e inteligente, e obedecendo a legislação específica para a graduação em medicina, tentando atender ao novo perfil de aluno hiperconectado.

Tecnologia de Informação e Comunicação

Tecnologia Universidade

B

As Tecnologias de Informação e Comunicação (digitalização da educação) no processo de ensino e aprendizagem geram recursos didáticos constituídos por diferentes mídias e tecnologias, síncronas e assíncronas, tais como ambientes virtuais e suas ferramentas, redes sociais e suas ferramentas, fóruns eletrônicos, blogs, chats, tecnologias de telefonia, teleconferências, videoconferências, TV convencional, TV digital e interativa, rádio, programas

Tecnologia de Informação e Comunicação

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específicos de computadores (softwares), objetos de aprendizagem, conteúdos disponibilizados em suportes tradicionais (livros), em suportes eletrônicos (CD, DVD, Memória Flash, nuvens, etc.), “games” entre outros, utilizados de forma racional e inteligente, e obedecendo a legislação específica para a graduação em medicina, tentando atender ao novo perfil de aluno hiperconectado.

Tecnologia Universidade

B

As Tecnologias de Informação e Comunicação (digitalização da educação) no processo de ensino e aprendizagem geram recursos didáticos constituídos por diferentes mídias e tecnologias, síncronas e assíncronas, tais como ambientes virtuais e suas ferramentas, redes sociais e suas ferramentas, fóruns eletrônicos, blogs, chats, tecnologias de telefonia, teleconferências, videoconferências, TV convencional, TV digital e interativa, rádio, programas específicos de computadores (softwares), objetos de aprendizagem, conteúdos disponibilizados em suportes tradicionais (livros), em suportes eletrônicos (CD, DVD, Memória Flash, nuvens, etc.), “games” entre outros, utilizados de forma racional e inteligente, e obedecendo a legislação específica para a graduação em medicina, tentando atender ao novo perfil de aluno hiperconectado.

Tecnologia de Informação e Comunicação

Tecnologia Universidade

B

O Curso de Medicina usará a tecnologia como mediação pedagógica, buscando abrir um caminho de diálogo permanente com as questões atuais, troca de experiências, debate de dúvidas, orientações para a elaboração de produtos, informações para acompanhamento das tarefas a serem realizadas em caso de ausências em atividades programadas, apoio em relação às dificuldades técnicas ou de conhecimento no uso da plataforma virtual e recursos de informática. (Google Classroon®)

Tecnologia para a aprendizagem

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117

Apêndice E - Grelha de Análise de Conteúdos das Entrevistas

Categorias Sub-Categorias Indicadores F Unidade de Registro

1. Práticas inovadoras no

ensino de medicina

desenvolvidas na atividade

curricular em saúde pública

Visão sobre práticas de ensino

inovadoras

Práticas inovadoras como forma de otimizar a aprendizagem

2

" Então, o objetivo é quando eu enxergo uma janela de oportunidade lá na prática de utilizar uma estratégia inovadora. Eu acho que é com vistas de otimizar a aprendizagem, de estimular e pensar que eles possam através do cuidado junto com essas práticas inovadoras otimizar a aprendizagem deles na prática." E 2

Metodologias ativas como inovação no processo de ensino-aprendizagem

2 " as metodologias ativas né que fazem uma inovação no processo de ensino-aprendizagem. " E1

Integração ensino-serviço na formação do profissional médico

3

" as práticas inovadoras na prática elas fazem de uma forma muito mais intensa a relação entre o que o aluno está aprendendo e a realidade em que ele vai enfrentar quando ele for para prática dele quando ele se tornar, no caso era um curso de medicina, quando ele se tornar médico né." E4

Uso de tecnologias como inovação das práticas de ensino

3

"então assim são práticas, mas também é o método, mas também são ferramentas, que permitem com que o aluno interaja, com que o aluno participe mais de uma forma mais ativa, totalmente contextualizada, e então assim, para isso eu tenho diversas ferramentas, diversos instrumentos, é uma prática que possibilita a aproximação do aluno com a realidade por meio de tecnologias." E4

O papel do professor no desenvolvimento

Necessidade de planificação para

2 "eu preciso ter tudo certo, preciso ter um grande plano de

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118

de práticas inovadoras

melhor organização do professor no uso de estratégias inovadoras

ensino, eu preciso saber quais são os meus objetivos, a estratégia, a intencionalidade, não é? Eu preciso saber onde eu quero chegar, os objetivos gerais e específicos, aí usar as estratégias inovadoras. Avalio isso depois de uma forma muito bem metodológica, sistematizada e organizada, não é uma coisa solta, uma ferramenta solta."

Um currículo inovador implica práticas de ensino inovadoras

1

"eu tenho uma preocupação, acho que ela está bastante interligada inclusive com a proposta da minha atuação enquanto docente dentro da prática médica, acho que é o próprio currículo e a unidade curricular, eu considero não sei se inovadora. Mas que permite ser inovadora e utilizar técnicas inovadoras." E2

2. Uso de tecnologias digitais no ensino de medicina

Ferramentas digitais utilizadas na unidade curricular prática médica no SUS

Google Meet 2

"Olha, eu utilizo a sala do Meet digital." E1 "encontro online pelo Meet." E4

Google Drive 2

"eu utilizo com eles algumas ferramentas do Google, Google drive." E1 "utilizando o Google Drive, o que a gente antes fazia ali no presencial, sentava junto e discutia ali na hora e mudava no Word, a gente fez tudo isso no online." E4

WhatsApp 1

"seria bem legal fazer monitoramento de crônicos das famílias deles por meio de WhatsApp." E1

Email 1 "eu uso muito com eles, e o correio eletrônico, email." E1

Jamboard 1 "o jamboard para trabalhar a espiral com eles." E1

Pouco conhecimento dos

1 " Eu não sei se eu respondi bem porque eu conheço muito pouco,

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119

Percepções sobre o uso de tecnologias digitais no ensino

professores em relação as tecnologias digitais

muito pouco por tecnologias digitais. Eu gosto destas entrevistas porque faz a gente refletir, eu fiquei refletindo sobre a minha prática sobre as tecnologias digitais." E4

Falta de preparação dos professores para utilizar as tecnologias digitais

2

"Então eu vejo com, para mim é muito importante, mas ainda é muito incipiente, muito incipiente, primeiro porque eu acho que a gente não tá preparado ainda enquanto professor para utilizar a tecnologia digital." E3

Contributos das tecnologias digitais para o ensino-aprendizagem

As tecnologias digitais otimizam o processo de ensino aprendizagem

2

" as tecnologias digitais são essenciais, então acho que elas vieram para ficar e elas, eu acho que elas otimizam aprendizado lá tem recursos que nos permitem fazer discussões que talvez presencialmente estariam pouco frágeis e debilitados e acredito que tem isso que elas serão e são essenciais para a aprendizagem, mas não no volume que nós as estamos usando, né? (...)Então, acho que elas são essenciais e vieram para ficar, precisamos achar o equilíbrio na utilização delas quando o presencial retornar" E2

As tecnologias digitais tornam o ensino-aprendizagem mais envolvente

1

"Então o que acontece como é uma ferramenta (referindo as tecnologias digitais) que eles tem bastante domínio, isso torna o aprendizado mais fluído, isso faz mais sentido, ajuda a dar sentido a aprendizagem deles porque eles já conhecem, então eu acho que facilita neste sentido, ele consegue fazer conexões mais rápidas do que está aprendendo com que ele já sabe, com que ele já conhece, isso estimula eles porque eles gostam, eles são esta geração da tecnologia digital, e quando você gosta de uma coisa

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120

o processo ensino-aprendizagem acontece de uma forma mais rápida." E 4

As tecnologias digitais contribuem para a articulação da teoria com a prática

1

"Eu utilizo tecnologias digitais de uma forma muito mais fluida, conseguindo articular teoria e prática e de uma forma muito mais interessante." E4

Visão sobre a relação dos estudantes com as tecnologias digitais

Facilidades dos estudantes em utilizarem tecnologias digitais

2

"Essa geração já nasceu dentro das tecnologias digitais, então para eles é algo natural, então a contribuição para os alunos é que eles já têm ferramentas, que eles têm domínio desde que eles são novinhos, diferentes da minha geração, para aprender." E4

Dificuldades dos estudantes em utilizarem as tecnologias digitais

2

"muitos deles não sabem nem entrar na plataforma ainda, para ver as faltas que tem do semestre, ou do ano né, então é engraçado porque, por exemplo, uma outra coisa que eles utilizam tecnologia é o portfólio, muitos têm muitas dificuldades inclusive até de te mandar o link do portfólio, portfólio, né então a gente brinca a nasceram com celular na mão mas ao mesmo tempo é um uso limitado dessa tecnologia, eu faço uso dessa tecnologia para algumas coisas pessoais. Então quando chega nesta questão do estudar, de outras práticas eu tenho uma certa limitação." E3

3. Práticas inovadoras e tecnologias

digitais desenvolvidas na unidade curricular em saúde pública

Preparação dos professores para a utilização de tecnologias digitais nas suas práticas

A sua preparação para a utilização de tecnologias digitais nas suas práticas

2

"Bom... o que foi apresentado para mim e para o que eu o uso atualmente eu me sinto preparado (...) mas eu acho que eu tenho a predisposição e o conhecimento básico para ter uma certa aproximação mais fácil, eu me sinto, eu me sinto bem fazendo aqui, então eu acho que eu me sinto preparado" E2 "As tecnologias que eu uso hoje,

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121

o que eu uso hoje eu me sinto muito preparada, até porque eu já trabalhava com isso né? Então, não é uma novidade." E3

Professores não se sentem preparados para a utilização de tecnologias digitais na prática médica do SUS

3

"(...) mas eu sei que há um leque de outras tecnologias que eu não tenho conhecimento." E2 "Eu, eu acho que eu preciso assim, eu preciso de bastante aprimoramento, né? Eu acho que o que eu tenho conseguido fazer é o básico, eu diria que é o básico, eu não tenho assim essa formação né para o uso dessas tecnologias de uma forma mais arrojada, de uma forma assim mais, tudo que é mais complexo eu não saberia fazer." E1 "As tecnologias que eu uso hoje, o que eu uso hoje eu me sinto muito preparada, até porque eu já trabalhava com isso né? Então, não é uma novidade." E4

Necessidade de formação dos professores para o uso pedagógico de tecnologias digitais

1

"mas os docentes atuais precisam de espaço de formação (...) então eu acho que isso precisa ser disseminado fazer parte dos currículos de formação de pós-graduação, por exemplo, eu acho que a inovação, as tecnologias digitais precisam estar na pós-graduação dos docentes. Eu acho que além dos alunos que tem isso na sua graduação, os docentes precisam ter isso incluso na grade curricular mesmo, precisam de aperfeiçoamento para o ensino precisa estar incluído na grade, não como uma cosa optativa, se der tempo eu faço, mas acho que é importante ter isso para tornar-se uma coisa mais orgânica né pelo menos para essa geração aqui dessa, essa geração atual

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Práticas inovadoras e tecnologias digitais na prática médica no SUS

Inovação das práticas através do uso de tecnologias digitais nas atividades curriculares

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"então eu acho que no PMSUS a gente consegue usar as práticas inovadoras e usar essas tecnologias para vivenciar de forma mais concreta o que estamos discutindo na teoria, para se aproximar a prática vividas por eles no PMSUS". E4 "Acho que a gente pode utilizar com uma criação de casos né interativos, no qual o estudante possa interagir, que é o caso da gamificação que eu falei, a gente utiliza, pode utilizar a partir de um disparador, que seja um vídeo, um filme." E3

Dificuldades de uso de tecnologias digitais condicionam a inovação na prática médica no SUS

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"Então, não vejo a utilização de muitas tecnologias, foi o que eu te falei eles usam um filme como disparador para poder fazer a discussão, e é só isso, nesse sentido não podemos afirmar que utilizamos tecnologias digitais"

Práticas inovadoras e tecnologias digitais na realidade do ensino brasileiro

Acesso dos estudantes brasileiros às tecnologias digitais como condição para práticas inovadoras

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"as práticas inovadoras e as tecnologias digitais, pensando na educação brasileira, na realidade brasileira, elas precisam vir juntas com o acesso, com estas políticas de inclusão, se não elas viram instrumentos de discriminação de classes na verdade, você vai ter pessoas muito bem formadas, com grande domínio das tecnologias que vão conseguir inclusive nas suas prática, como a telemedicina, com todas as plataformas desenvolver isso e um outro grupo que nesta realidade brasileira vai ser a maior parte que não consegue, que não consegue ter acesso e que vai continuar com este ensino mais tradicional, mais restrito e vai produzir esta prática mais tradicional e mais restrita,

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porque e isso as práticas inovadoras tem este papel." E4

4.Atividade curricular em saúde pública durante a pandemia de COVID-19

Mudanças nas práticas pedagógicas causadas pela pandemia COVID-19

Utilização de oficinas de trabalho e vídeo como disparadores do processo de ensino-aprendizagme durante a pandemia COVID-19

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"exemplo de mudança na sala de aula, durante a pandemia nós trocamos as visitas domiciliares né, a vivência na UBS por oficinas de trabalho, eee além das oficinas de trabalho, o que nós fizemos foi em algum momento incluí-los no planejamento dessas ações para que eles também se sentisse participantes do processo, nós, eu me recordo que nós ofertamos para eles um cardápio de oficinas com as temáticas, e aí eles escolheram quais eram os temas, as temáticas que eles tinham mais interesse." E1 "De concreto é que nós não fomos mais para unidade, logo de cara a segunda alteração foi que ao, ao não ir para unidade a gente como a gente precisou de um tempo para se entender, nem tanto docentes quanto alunos com as tecnologias digitais a gente se afastou da unidade, a unidade mesmo nesse contato via tecnologia e consequentemente das famílias, então isso teve um distanciamento, então essa foi uma mudança que enquanto, enquanto isso não era possível fazer essa reaproximação acho que as mudanças foram pensar em atividades em formato de oficinas que nos aproximassem da prática (...) A principal mudança, então a gente trabalhou muito, muito com oficinas muito, mas a principal mudança e aí como foi acho que essa questão do distanciamento com as famílias foi cada vez mais apertando os alunos, cada vez mais avaliações falando que

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estavam sentindo falta, foi onde teve essa ideia de fazer esse telemonitoramento com apoio da preceptora que tinha uma certa expertise e nesse assunto aí foi onde a gente pensou, e foi quando a gente conseguiu através do telemonitoramento retomar também o contato com a equipe. "E2 "Nós tiramos o todos os disparadores que eram texto, que eram de texto que a gente costumava ler em sala de aula, passamos a utilizar disparadores que eram vídeos e aí vários disparadores com trechos de vídeo ou o vídeo inteiro, dependendo do tempo, então a gente acabou gastando mais tempo com o disparador né então se eu tinha lá vai 15 minutos com o disparador eu passei para 20 ou 25 com o disparador para prender a atenção desse estudante, para ele ter um olhar mais ampliado da questão e depois fomos para a discussão." E3 "(...) eles deixaram de ir na unidade básica de saúde no primeiro semestre, retomam no segundo semestre mas não conseguem finalizar o semestre por conta da pandemia. Então essa, foi algo que não tinha uma outra saída, uma outra solução porque a gente entende que uma atividade prática não pode ser substituída por uma atividade teórica, né? E que eles vão ter que rever tudo isso, tudo que eles perderam no próximo ano." E3

Perspectiva sobre a prática médica no

Adotar o uso de tecnologias para além de atividades

1 "vai ter que pensar em novas modalidades inclusive, mesmo que volte ao presencial, de

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pós pandemia de COVID-19

de discussão em aula

utilizar outras tecnologias que vão além da discussão em sala de aula (...)." E3

Envolvimento dos estudantes com as atividades em modo remoto durante a pandemia de COVID-19

Importância das tecnologias digitais nas atividades remotas durante a pandemia de COVID -19

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"Com a pandemia as tecnologias digitais se mostra muito mais, muito mais importante porque como que você consegue né manter a aula a distância ainda que no modo síncrono para alunos de medicina fazendo com que eles prendam a atenção, que eles mantenham a câmera ligada, que eles participem." E3 "A importância da tecnologia digital diante da pandemia de COVID 19 você vê a gente tem muitos fatores envolvidos, mas a tecnologia digital ela permitiu curso por mais que a gente reconhecesse as perdas de não estar na prática, mas ela permitiu uma continuidade do curso, assim que nós não paramos, né? Na verdade a gente continuou e toda semana com a mesma carga horária dentro da prática médica pensando em atividades que pudessem encurtar um pouco com essa distância. "E2 "Então, eu acho que e aí é um achismo meu mesmo, mas muitos deles acharam, relataram que facilitou né para algumas coisas, a gente conseguiu desenvolver mesmo que distante da prática fisicamente muitos processos, projetos, oficinas que tem a ver com a prática, e é por conta da, da tecnologia digital que possibilitou isso né?" E2

Os desafios da utilização das tecnologias digitais nas atividades em modo remoto

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"Até porque é muito mais difícil envolver o aluno e prender a atenção do aluno neste método online, você não está interagindo, você não está falando, eles ficam

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durante a pandemia de COVID -19

com a câmera desligada muitas vezes, com o microfone desligado, você não sabe se ele está lá. Então, você não sabe se eles estão lá, então foi muito mais intenso, eu posso dizer que mais que dobrou a intensidade da utilização destas práticas." E4