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DISSERTAÇÃO ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS E SELEÇÃO DE CLONES LINALOL EM Lippia alba ELCIO RODRIGO RUFINO Campinas, SP 2008

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DISSERTAÇÃO

ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS

GENÉTICOS E SELEÇÃO DE CLONES

LINALOL EM Lippia alba

ELCIO RODRIGO RUFINO

Campinas, SP 2008

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INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL E SUBTROPICAL

ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS E SELEÇÃO DE CLONES LINALOL EM Lippia alba

ELCIO RODRIGO RUFINO

Orientador: Walter José Siqueira

Campinas, SP Abril 2008

Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Agricultura Tropical e Subtropical Área de Concentração em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia

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Ficha elaborada pela bibliotecária do Núcleo de Informação e Documentação do Instituto Agronômico

R926e Rufino, Elcio Rodrigo Estimativas de parâmetros genéticos e seleção de clones linalol em Lippia alba / Elcio Rodrigo Rufino. Campinas, 2008. 110 fls Orientador: Walter José Siqueira Dissertação (Mestrado) – Concentração em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia 1.Melhoramento de plantas 2. Divergência genética 3. Herdabilidade I. Siqueira Walter José II. Título CDD 631.5233

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ix

Aos meus pais, Dourival e Adelina

Bonfatti Rufino, que em sua

simplicidade me ensinaram valores

imensuráveis, me mostraram que o

amor, o carinho, a fé, a dedicação e

a esperança são os maiores bens

que o homem pode possuir,

DEDICO

A minha irmã, Edilaine

Cristina Rufino, por sua

compreensão, cumplicidade e

amor, por me fazer entender

que “tudo o que não me mata

me deixa mais forte,”

OFEREÇO

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AGRADECIMENTOS - A Deus, por sua bondade, que concedeu coragem e inteligência, por ter me concedido

viver momentos autênticos e intensos durante toda a minha trajetória.

- A toda a equipe envolvida nesse trabalho, Márcia Ortiz Mayo Marques, Carlos

Augusto Colombo, Joaquim Adelino Azevedo Filho, Alisson Fernando Chiorato,

Lenita Lima Haber, Maria Aparecida Ribeiro Vieira, Rauly Maximo Rabelo Moretti,

pela competência e colaboração no desenvolvimento deste trabalho.

- Aos estagiários Rosemari de Oliveira Basílio e Evandro Pereira Coelho, que sempre

foram muito competentes e prontos a cooperar.

- Em especial, a experiência incalculável, a amizade, o carinho e a prontidão em ouvir e

em ajudar da “super mãe” Rauly.

- A toda a equipe que compõe a secretaria da Pós-Graduação do Instituto Agronômico,

Adilza, Célia e Beth, pessoas maravilhosas, sempre prontas e disponíveis para ajudar.

- Aos meus sobrinhos, que, apesar da pouca idade e ausência de compreensão, me

deram forças e ânimo novo com pequenos gestos como: “quero ser igual a você tio”.

- Aos meus pais, Dourival Rufino e Adelina Bonfati Rufino, que sempre me amaram,

respeitaram e apoiaram as minhas decições, por todos os esforços que fizeram para me

ajudar, por toda a minha formação moral, mesmo a pesar da distância geográfica e

corporal, sempre estiveram comigo em espírito.

- A minha irmã Edilaine, por sempre ter sido uma pessoa autêntica, amorosa, cúmplice e

acima de tudo, uma amiga para todas as horas, a qual sempre eu amarei e admirarei.

- A minha irmã Elizângela, pelo seu amor e espírito positivo.

- A Lídia Bonfati Barbieri, por seu bom humor, espírito jovem e amizade, por sempre

ter acreditado em mim e me incentivado a prosseguir na busca dos meus sonhos.

- A Solange Camargo, grande amiga e profissional, que sempre insistiu em me fazer ver

sempre o lado bom das coisas.

- A todos os funcionários do Instituto Agronômico, em especial os da genética, por

terem me proporcionados grandes momentos e vasto conhecimento.

- Ao meu professor de faculdade, Edison Martins Paulo, que “abriu” os meus olhos para

um horizonte bem maior do que realmente ele apresenta ser, por ter me ensinado que

mérito se deve a quem merece e que de um sonho não se deve desistir, o meu muito

obrigado.

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- A Lippia alba, que me ensinou que tudo tem seu tempo, que paciência realmente é

uma virtude adquirida, por sempre ter perfumado o meu ambiente de trabalho com

seus óleos essenciais, os quais sempre renderam muitos elogios de todos os

companheiros de trabalho.

- Ao CNPq, edital universal, pelo apoio financeiro aplicado no desenvolvimento deste

projeto.

- E por último, contudo, não menos importante ao meu insubstituível orientador, o meu

norte nesta caminhada, por ter passado a mim tanto conhecimento, por ter tido muita

paciência, por sempre ter confiado em mim e em meu trabalho, pelo carinho, pela

amizade, pelo companheirismo e principalmente, por ter me mostrado que o que

realmente vale a pena é fazer o bem sem olhar a quem. A você, todo o meu respeito,

admiração e meu sincero muito obrigado.

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SUMÁRIO

ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................... vii ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................................. x ÍNDICE DE ANEXOS ............................................................................................................. xii RESUMO .............................................................................................................................. xiiii ABSTRACT ............................................................................................................................. xv 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 4 2.1 Lippia alba ............................................................................................................................ 4 2.2 Óleos Essenciais e Importância Econômica ......................................................................... 7 2.3 Pré-Melhoramento e Melhoramento Genético em Lippia alba ............................................ 8 2.3.1 Estimativas de parâmetros genéticos e correlações ......................................................... 10 2.3.2 Estimativas de correlações genética aditiva, fenotípica e de ambiente ........................... 13 3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 14 3.1 Material Vegetal ................................................................................................................. 14 3.1.1 Breve histórico da obtenção de uma população de Lippia alba de ampla base genética ..................................................................................................................................... 14 3.2 Métodos .............................................................................................................................. 16 3.2.1 Identificação de plantas de quimiótipo linalol na população-base para experimentação de novos clones .............................................................................................. 16 3.2.2 Obtenção das progênies clonais de meios-irmãos de plantas de quimiótipo linalol da população-base .................................................................................................................... 17 3.2.3 Instalação dos experimentos de novos clones linalol obtidos na população-base ........... 22 3.2.4 Características avaliadas na seleção dos novos clones linalol derivados da população-base ......................................................................................................................... 25 3.2.5 Análises estatísticas e correlações de Pearson para os experimentos com novos clones linalol recombinantes .................................................................................................... 31 3.2.6 Instalação dos experimentos para estimativas de parâmetros genéticos baseadas em progênies clonais de meios irmãos ..................................................................................... 33 3.2.7 Análises estatísticas para estimativas de parâmetros genéticos em progênies clonais de meios irmãos e correlações de Pearson ................................................................... 36 3.3 Análises Estatísticas Multivariadas .................................................................................... 36 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 38 4.1 Seleção dos Novos Clones Linalol Derivados da População-base ..................................... 38 4.1.1 Coeficiente de determinação genotípico.......................................................................... 38 4.1.2 Correlações de Pearson .................................................................................................... 40 4.2 Análises de Variância Simples e Conjunta das Características Avaliadas nos Clones ...... 45 4.2.1 Área foliar – AF, comprimento de internódio – CI, número de folhas – NF e número de brotos ou ramos - NB ............................................................................................. 45 4.2.2 Massa fresca total (MFT) e massa seca total (MST). ...................................................... 54 4.2.3 Massa fresca folhas (MFF), massa seca de folhas (MSF) e relações MFF/MFT e MSF/MST ................................................................................................................................. 58 4.2.4 Massa fresca e seca total / broto (MFT/Br, MSF/Br), massa fresca e seca de folhas / broto (MFF/Br, MSF/Br) ........................................................................................................ 66 4.2.5 Rendimento de óleo essencial (RD) em % ...................................................................... 66 4.2.6 Produção de óleo por planta (PO) em g.Pl-1 .................................................................... 69 4.2.7 Perfil fitoquímico: componente majoritário linalol (LN%) ............................................. 71 4.3 Divergência Genética por Análises Multivariadas ............................................................. 73

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4.3.1 Análise de agrupamento .................................................................................................. 73 4.3.2 Análise de componentes principais ................................................................................. 75 4.4 Clones de Quimiótipo Linalol Selecionados ...................................................................... 79 4.5 Estimativas de Parâmetros Genéticos ................................................................................. 81 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 87 6 CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 88 7 REFÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................................... 89 ANEXOS ................................................................................................................................ 100

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ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 – Índices de correlações utilizados nos experimentos, de acordo

com SHIMAKURA & RIBEIRA JUNIOR (2006)..........................

Tabela 2 – Coeficientes de determinação genotípica das variáveis avaliadas; dados obtidos pelos quadrados médios dos tratamentos e residuais...........................................................................................

Tabela 3 – Correlações simples entre as características rendimento de óleo, produção de óleo por planta, área foliar, número de folhas, número de brotos, massa fresca total, massa seca total, massa fresca de folhas, massa seca de folhas, relação massa fresca de folhas / massa fresca total e relação massa seca de folhas / massa seca total...........................................................................................

Tabela 4 - Médias da característica AF (área foliar) em cm2 para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta..........................................

Tabela 5 - Médias da característica CI (comprimento de internódios) em cm para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta...............

Tabela 6 - Médias da característica NF (número de folhas) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta..........................................

Tabela 7 - Médias da característica NB (número de brotos) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta..........................................

Tabela 8 - Médias da característica MFT (massa fresca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta..................................

Tabela 9 - Médias da característica MST (massa seca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta..........................................

Tabela 10 - Médias da característica MFF (massa fresca de folhas) para 40

clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................

Tabela 11 - Médias da característica MSF (massa seca de folhas) para 40

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clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................

Tabela 12 - Médias da característica MFF/MFT (massa fresca de folhas/massa fresca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................................................................................

Tabela 13 - Médias da característica MSF/MST (massa seca de folhas/massa seca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................................................................................

Tabela 14 - Médias da característica RD (rendimento de óleo por planta) em % para 30 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................................................................................

Tabela 15 - Médias da variável produção de óleo por planta (PO) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott e Knott a 5%..................................................................................................

Tabela 16 – Análise da proporção do óleo majoritário (LN%) nos cinco clones recombinantes superiores para MSF mais os dois controles em três experimentos, com teste de Tukey a 5% para análises de variância simples e conjunta............................................................

Tabela 17 – Estimativas dos autovalores associados aos componentes principais, juntamente com sua importância relativa (Raiz %) e acumulada, referentes as 16 variáveis avaliadas em 30 clones de Lippia alba.......................................................................................

Tabela 18 – Clones selecionados em função das características avaliadas(análises univariadas).......................................................................

Tabela 19 - Clones selecionados por meio de análises de agrupamentos e de Componentes Principais (análises multivariadas)............................

Tabela 20 - Resultados das estimativas de parâmetros genéticos em caracteres

de estacas para três diferentes números de progênies de meios irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas...............................

Tabela 21 - Resultados das estimativas das correlações fenotípica (rF%), genética aditiva (rA%) e de ambiente (rE%), baseadas em progênies clonadas de meios irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas

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para dois caracteres avaliados em estacas........................................

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ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - População-base recombinante (296 plantas) extremamente

variável para seleção de novos clones experimentais e também para obtenção de progênies de meios irmãos; a) vista geral do campo onde a população foi instalada e b) detalhe da irrigação por gotejo e identificação individual das plantas.............................

Figura 2 – Características contrastantes entre os clones selecionados; a) vista geral da variabilidade apresentada na população base e b) detalhe do contraste para tamanho, forma e coloração de folhas.................

Figura 3 – Coleta e clonagem dos 63 novos clones linalol para avaliação nos três experimentos, a) coleta de ramos das plantas selecionadas, b) preparo das estacas, c) vista geral da brotação e enraizamento das estacas, d) detalhe do enraizamento, e) e f) vista geral dos clones estabelecidos e prontos para o plantio..............................................

Figura 4 – Obtenção das progênies de meios-irmãos, a) frutos-sementes de Lippia alba após retirada das infrutescências, b) tratamento prévio com cloro ativo, c) frutos sementes após tratamento, prontos para plantio, d) início da germinação onde nota-se diferenças na germinação entre as progênies, e) detalhe do contraste da germinação entre as progênies, f) transplante das plântulas obtidas para bandejas, visando desenvolvimento e posterior identificação olfativa dos indivíduos linalol, g) transplante de plântulas identificadas como linalol para vasos individuais, h) vista geral da bancada com todas as progênies selecionadas e i) detalhe do desenvolvimento das plantas............................................................

Figura 5 – Instalação do matrizeiro e clonagem por estaquia das plantas das progênies, a) disposição das plantas de cada progênie no matrizeiro, b) vista geral após o plantio, c) campo de estacas de progênies com plantas desenvolvidas, d) bandejas com estacas de plantas de cada progênie, oriundas do matrizeiro, com dois pares de gemas laterais, um para enraizamento e o segundo par para emissão de brotos, e) vista geral após o estabelecimento das estacas e f) detalhe do desenvolvimento dos clones das progênies; nota-se variabilidade morfológica entre as progênies......................

Figura 6 – Padronização de estacas para compor os tratamentos dos experimentos; a) retirada das mudas após desenvolvimento, b) padronização e seleção das estacas para comporem os blocos experimentais e c) vista geral das estacas para padronização..........

Figura 7 – Vista geral dos três experimentos; a) e b) primeiro experimento de

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Campinas (Entomologia), c) e d) segundo experimento de Campinas (Hortaliças), e) e f) experimento de Monte Alegre do Sul....................................................................................................

Figura 8 – Vista geral do tutoramento realizado nas plantas nos três

experimentos, evitando o enraizamento dos ramos ao tocarem o solo; a) início do desenvolvimento das plantas e tutoramento e b) plantas no estádio de colheita...........................................................

Figura 9 – Colheita dos experimentos; a) colheita das duas plantas por parcela, b) separação das folhas dos ramos, c) massa fresca de folhas d) vista geral da sala de secagem das folhas, e) secagem dos ramos para obtenção da massa seca após a retirada das folhas e f) detalhes dos ramos após a retirada das folhas...........................

Figura 10 – Processo de extração e rendimento do óleo essencial; a) preparo das amostras em balões de vidro com 1000 mL de água destilada, b) início da extração de óleo essencial, c) óleo essencial após destilação, d) vista geral dos frascos com óleo essencial para obtenção do rendimento, e) detalhe do frasco contendo óleo essencial; nota-se diferenças no rendimento entre os clones e f) vista geral do processo de extração..................................................

Figura 11 – Detalhe do clone 201 (terceiro ramo da esquerda para a direita), evidenciando internódios curtos e folhas grandes em relação ao controle IAC 8 (primeiro ramo à esquerda).....................................

Figura 12 - Análise de divergência genética para 30 clones de Lippia alba. As distâncias genéticas foram obtidas com base nas 16 variáveis e quantificadas através da distancia Euclidiana padronizada e o agrupamento foi feito pelo método UPGMA...................................

Figura 13 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP2) com trinta clones de Lippia alba baseada nas dezesseis variáveis estudadas..........................................................................................

Figura 14 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP3) com trinta clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas..............

Figura 15 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP4) com trinta clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas..............

Figura 16 - Gráfico sob a forma de histograma com os clones de primeira

seleção baseada em análises univariadas e multivariadas................

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ÍNDICE DE ANEXOS Anexo 1 – Análise de solo dos três experimentos logo após a instalação dos

experimentos....................................................................................

Anexo 2 – Dados climáticos e de localização dos experimentos......................

Anexo 3 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I do primeiro experimento de Campinas (Ep1).....................

Anexo 4 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do primeiro experimento de Campinas (Ep1).....................

Anexo 5 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do segundo experimento de Campinas (Ep2).....................

Anexo 6 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do segundo experimento de Campinas (Ep2)....................

Anexo 7 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I do terceiro experimento (Ep3).............................................

Anexo 8 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do terceiro experimento (Ep3)...........................................

Anexo 9 - Médias da variável massa fresca total / broto (MFT/BRO) para 40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta....................................

Anexo 10 - Médias da variável massa seca total / broto (MST/BRO) para 40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta....................................

Anexo 11 - Médias da variável massa fresca de folhas / broto (MFF/BR) para 40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta.............................

Anexo 12 - Médias da variável massa seca de folhas / broto (MSF/BR) para 40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta.............................

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RUFINO, Elcio Rodrigo. Estimativas de parâmetros genéticos e seleção de clones linalol em Lippia alba. 2008, 112f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC.

RESUMO

A espécie Lippia alba, aromática e medicinal, é um arbusto nativo da mata Atlântica

que apresenta muito vigor e variabilidade genética. O principal foco dos estudos com

esta espécie são os óleos essenciais, cujas funções tem sido comprovadas

cientificamente para aplicações nas indústrias de fármacos, cosmética, perfumaria,

alimentícia e de produtos agropecuários (inseticidas e fungicidas). Entretanto, pesquisas

direcionadas para o melhoramento genético, são até o momento, incipientes. O presente

trabalho teve como objetivos, avaliar o potencial de uma população recombinante de

Lippia alba na obtenção de novos clones para características agronômicas e

fitoquímicas de interesse, tendo como modelo o óleo linalol, bem como estimar

parâmetros genéticos afim de se determinar o potencial da espécie para fins de

melhoramento. Para todas as características avaliadas na seleção dos novos clones (três

experimentos) foi possível verificar a existência de variabilidade genética entre os

clones e, de acordo com os coeficientes de determinação genotípicos, essas diferenças

foram em sua maioria de magnitude genética, exceto para a variável número de brotos

(NB), que mostrou-se altamente influenciada pelo ambiente. De acordo com as

correlações simples, foi possível verificar a magnitude das correlações entre as variáveis

avaliadas, e estas, em sua maioria, foram consideradas como positivas, moderadas e

fortes, como exemplo área foliar (AF) e comprimento de internódios (CI) com produção

de óleo por planta (PO) com 59 e 60% de correlação, respectivamente, número de folhas

(NF) com massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF) ambas com negativa de 65%.

Dentre as características avaliadas pelos testes de médias (Tukey e Scott & Knott),

destacaram-se massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF respectivamente), rendimento

de óleo (RD), produção de óleo por planta (PO) e porcentagem de linalol presente no

óleo (LN%), nas quais foi possível identificar indivíduos superiores aos dois controles

empregados, evidenciando o potencial genético da espécie. Com auxilio das análises

multivariadas, foi possível verificar de maneira adicional os resultados obtidos pelas

análises univariadas. Na análise de agrupamentos (UPGMA) foram definidos cinco

grupos distintos e cada um deles também com subgrupos. O clone 280 (grupo 5) foi

superior e distinto de todos os demais grupos. Os clones semelhantes aos controles

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foram 109, 199, 241, 238 (grupo 3) e 129 e 219 (grupo 4). Pela análise de componentes

principais, foi possível determinar as variáveis que mais influenciaram na diferenciação

dos genótipos, sendo elas: MSF, MFF. Nos estudos iniciais de parâmetros genéticos

envolvendo vigor de estacas em três grupos de progênies formados obteve-se altas

herdabilidades, no sentido restrito, variando de 90,19 a 94,54 para massa de brotos(g) /

planta e 95,21 a 97,10 para comprimento dos dez maiores brotos / planta resultando em

valores de b >1 de 0,9 a 1,7 e 2,2 a 2,9 respectivamente, adequados para o

melhoramento. As correlações apresentaram altos valores, em especial, as correlações

genéticas aditivas (variando de 87,68 a 99,90%), com predomínio destas nas correlações

fenotípicas (G% - entre 94,09 a 98,8%). Apesar das correlações elevadas de ambiente a

proporção destes efeitos ambientais na correlação fenotípica foi desprezível (E% - entre

1,2 a 5,9%). Finalmente, os três grupos de progênies formadas apresentaram magnitudes

semelhantes para as estimativas de parâmetros genéticos comprovando a elevada

variabilidade genética da espécie mesmo em populações pequenas.

Palavras-chave: divergência genética, melhoramento de plantas, herdabilidade, ganho

genético.

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RUFINO, Elcio Rodrigo. Genetics parameters estimative and new clone selection linalol in Lippia alba. 2008. 110f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC.

ABSTRACT

The aromatic and medicinal species Lippia alba is a quite vigorous and rugged shrub

native to South America (Atlantic Rainforest). Because it is an allogamous and self-

incompatible species, natural populations have high morphological and chemical

variability. For this reason, the diversity of chemical compounds in the plant,

particularly in the leaves has raised the interest of manufacturers in the pharmaceutical,

cosmetics, perfume, food, and agricultural/livestock product industries (insecticides and

fungicides). This work’s objective was to conduct a preliminary screening to identify

new promising clones from a novel (recombinant) base population of Lippia alba with

regard to its agronomic and phytochemical traits, using the linalool oil or chemotype as

model. The two best linalool clones, obtained by collection, according to YAMAMOTO

(2006), were used as controls. Traits evaluated included: leaf area in cm (LA), mean

internode length in cm (IL), number of leaves (NL), dry mass total (DMT), dry mass of

leaves (DML), leaf yield (LY%), oil yield (EOY%), oil production per plant in g (OP),

and linalool percentage (LN%). Forty linalool chemotype clones were evaluated in three

experiments, in a random block design with four replicates and four cuttings (clones)

per plot. All data were obtained as means per plant. The means were compared by

Tukey’s test (5%) and, due to test redundancies because of the great number of

experimental clones, the Scott and Knott test was applied (5%). Multivariate analysis

was also used in order to aid in the preliminary selection of clones. R2 genotypic

coefficients of determination were high (>70.0%), except for NL, with smaller values in

the experiments (8.0 to 55.0%). There were positive correlations from moderate to

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strong for LA × IL, LA × OP, NL × FML, and NL × DML. Linalool clones superior or

similar to both controls were identified for the FML, DML, EOY%, OP, and LN% traits

(univariate analyses), aimed at further validating experimentation. Five distinct groups

were defined in the cluster analysis (UPGMA), each containing subgroups as well.

Clone 280 (group 5) was superior and distinct from all other groups. Clones 109, 199,

241, 238 (group 3), and 129 and 219 (group 4) were similar to the controls. Based on

the principal components analysis, variables that influenced genotype differentiation the

most were determined: DML and FML. Hight heritabilities in narrow sense were

obtained to stem-cut characteristics in the three groups of the progenies criated resultin

in b values >1, extremelly adequated to plant breeding employing half-sib progenies.

The genetic aditive correlations were hight for all characteristics of stem-cuts studied

(87,7 – 99,9%), with predominance of their effects to the phenotipic correlations (G% =

94,09 - 98,8%). Whatever the hight values of environmental correlations (>70,0%)

observed, the influence in the phenotipic correlations were insignificant (E% = 1,2 a

5,9%). Finally, the estimated of genetic parameters in the three groups analysed were

similar showing hight genetic variability of this specie in small populations.

Key-words: Verbenaceae, genetic recombination, clone selection, genetic divergence,

half sib progenies, plant breeding, heritability.

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1 INTRODUÇÃO

A partir dos anos 90 e mais acentuadamente na década atual, tem sido notada a

crescente valorização do consumo de alimentos naturais ou orgânicos em todo o mundo.

Estimulada por essa mudança de hábito alimentar dos consumidores e se apegando

fortemente ao marketing positivo que isso gera na opinião pública, as empresas do setor

de fragrâncias, aromas, cosméticos e principalmente a de fitoterápicos, estão investindo

no desenvolvimento de produtos alternativos usando matérias primas naturais.

O mercado fitoterápico hoje é uma realidade e em franca expansão, pois tem

havido avanços nas pesquisas científicas que comprovam a eficácia dos princípios

ativos existentes em algumas espécies de plantas, tais como o ginseg brasileiro, Pfaffia

glomerata (DIAS et al., 1966; ALCÂNTARA et al. 1944; MARQUES, 1998; ALVIM

et al. 1999; GALVÃO et al., 1996; NETO et al. 2003), Ocimum selloi (HEGNAUER,

1982; VANDERLINE et al., 1994), alho, Allium sativum (EVBUOMWAM, 1992,

TURNER, 1990, POOL, 1992), jaborandi, Pilocarpus microphyllus (VIEIRA, 1999).

Diante desta realidade de mercado crescente para consumo de produtos de

origem vegetal (MARTINS et al., 1995; GRÜNWALD, 1997) e pelo extrativismo que

se configurou em algumas delas, como, por exemplo, no Brasil, o caso do pau-rosa

(Aniba roseodora) em extinção na Amazônia, para extração de compostos presentes na

casca (floema) das árvores na confecção de perfume (base linalol), a legislação dos

países e, também no Brasil, sofreu alterações, adequando-se à nova realidade. O

objetivo principal das novas legislações é o de proteger a biodivesidade que existe no

planeta (MONTANARI Jr., 2005).

Dentro deste panorama, o Brasil se configura com o de maior potencial em

termos de exploração sustentada de sua riqueza de recursos genéticos vegetais, fruto de

suas dimensões continentais e posição geográfica com ampla variação de clima, solo e

altitude.

Dentre as espécies da flora da América do Sul, pertencentes ao grupo de

aromáticas e medicinais não domesticadas e com potencial para exploração agronômica

e industrial podemos destacar a Lippia alba da família Verbenaceae, pela variação

química presente nos compostos secundários (quimiótipos). É uma espécie muita

conhecida e disseminada no Brasil, pelo uso consagrado pela população, do quimiótipo

citral (princípio ativo semelhante ao do capim-limão) na forma de chá calmante e

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antiespasmódico. Dentre as diversas sinonímias que possui, a mais genérica é erva-

cidreira ou salva-limão. Pela diversidade quantitativa e qualitativa de tipos de

compostos químicos (perfil fitoquímico), presentes nas plantas de Lippia alba

(SANTOS-MENDES, 2001), torna-a especialmente promissora para indústrias

farmacêutica, de aromas, perfumes e cosméticos, além de uma possível aplicação em

indústrias de defensivos, de acordo com suas atividades fungitóxicas, inseticidas e

repelentes que estão sendo comprovadas cientificamente (SANTOS, 1996; DWIVEDI

& KISHORE, 1990; IBRAHIM et al., 2001).

O gênero Lippia foi primeiramente descrito em 1753 por Linnaeu e hoje reúne

200 espécies e três centros de diversidade, sendo o Brasil o maior deles, com 111

espécies (SALIMENA, 2000). É encontrada em solos arenosos e nas margens dos rios,

açudes, lagos e lagoas, em regiões de clima tropical, subtropical e temperado

(STEFANINI et al., 2002; CORREA et al., 1994). Devido à auto-incompatibilidade

(SCHOCKEN, 2007), sua forma predominante de reprodução é por alogamia, com

inflorescências roxas a violeta, rosas ou brancas, e segundo CORRÊA (1992), pode

florescer o ano todo. O melhoramento genético e sua exploração agronômica serão

facilitados por ser de fácil propagação vegetativa (fixando genótipos selecionados),

muito rústica, de ampla adaptação (STEFANINI et al., 2002; CORREA et al., 1994), e

de rápida colonização.

O Centro de P&D de Recursos Genéticos Vegetais do Instituto Agronômico de

Campinas, SP, tem mantido uma coleção de trabalho de L. alba originado de coletas e

introduções desde 1995. A partir deste material foram estudados nos anos de 2005 a

2007 a estabilidade e adaptabilidade de 20 clones pertencentes a cinco quimiótipos

(YAMAMOTO, 2006) e características ligadas à forma de reprodução e de botânica

(pré-melhoramento) (SCHOCKEN, 2007).

Em continuidade aos estudos desenvolvidos com esta espécie, a presente

pesquisa foi subdividida em dois tópicos, utilizando-se como modelo o quimiótipo

linalol:

A) Estudos de novos clones de quimiótipo linalol originados de uma população-

base de ampla recombinação genética;

B) Estimativas de parâmetros genéticos baseadas em progênies clonais de meios

irmãos.

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Objetivos de A:

A1) Avaliar 63 clones linalol, originados de recombinação genética, visando

compará-los com os dois melhores clones de coleta (controles) obtidos por

YAMAMOTO (2006) e identificar clones recombinantes superiores ou semelhantes a

estes;

A2) Utilizar análises univariadas (Tukey e Scott & Knott) e multivariadas

(agrupamentos e componentes principais) para auxiliar na seleção de melhores clones

sob o ponto de vista agronômico e fitoquímico.

• Hipótese de A: “É possível gerar variabilidade e encontrar clones

recombinantes superiores aos de coleta”.

Objetivos de B:

B1) Estimar parâmetros genéticos de caracteres legados ao vigor de estacas a

partir de três tamanhos efetivos diferentes de progênies clonais de meios irmãos, obtidas

de uma população base de recombinação ampla, para conhecimento prévio do seu

potencial para o melhoramento genético.

• Hipótese de B: “Por ser uma espécie alógama e não melhorada, existe, em

potencial, variabilidade genética suficiente na população-base para seleção

entre e dentro de progênies de meios irmãos, com vistas à seleção de clones

superiores”.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Lippia alba

O interesse por plantas aromáticas medicinais, com ações terapêuticas,

farmacológicas e com possíveis aplicações nas indústrias de cosmética e perfumaria,

com funções comprovadas cientificamente tem aumentado consideravelmente nos

últimos tempos (CARVALHO et al., 2005).

A espécie Lippia alba pertence à família Verbenaceae e tem o Brasil como um

dos principais países de origem, sendo nativa da Mata Atlântica (BRANDÃO, 2003)

reúne cerca de 200 espécies em três centros de diversidade, sendo o Brasil o maior

deles, com 111 espécies (SALIMENA, 2000; GUPTA et al., 2001). Apresenta

reprodução por alogamia, com inflorescências de flores hermafroditas, porém com auto-

incompatibilidade (SCHOCKEN, 2007). É de porte arbustivo e compõe a flora de

espécies aromáticas e medicinais de vários países da América do Sul.

O ciclo é perene com plantas muito ramificadas e com brotações novas eretas que

tendem a ficar arqueadas com o crescimento, chegando a tocar o solo, onde

normalmente enraízam formando moitas de colônias clonais de 1,5 a 2,0m de altura

(SILVA JÚNIOR, 1998). Hoje o seu cultivo abrange também a América Central,

Flórida e Texas (PASCUAL et al., 2001). É encontrada em solos arenosos, nas margens

dos rios, açudes, lagos e lagoas, em regiões de clima tropical, subtropical e temperado.

O elevado número de táxons descritos para o gênero, incluindo espécies e

variedades contribuem para dificuldades de classificação botânica do gênero Lippia,

cuja taxonomia tem se mostrado bastante confusa seguindo princípios distintos.

Segundo SALIMENA (2002b), os primeiros trabalhos taxonômicos para o gênero foram

propostos por SCHAUER (1847), que reconheceu cinco seções. Posteriormente,

MOLDENKE (1965) propôs duas novas subseções, baseado em diferenças na coloração

das brácteas, organização das inflorescências e distribuição geográfica. Mais

recentemente, TRONCOSO (1974) considerou 8 seções para o gênero, levando em

consideração a morfologia das inflorescências e brácteas e subdividiu o gênero Lippia

em Acantholippia Griseb., Aloysia Ort. & Palau, PhylaLour. e Xeroaloysia

(SALIMENA 2002b).

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Popularmente e de acordo com a região de ocorrência, Lippia alba também é

denominada de alecrim, alecrim do mato, alecrim do campo, camará, capitão do mato,

cidrão, cidreira, cidreira brava, capim cidreira, cidreira crespa, cidreira falsa, cidreira

melissa, erva cidreira do campo, erva cidreira brasileira, salva do Brasil, salva limão,

cidró, entre outras (MING, 1992; MARTINS et al., 1995; SILVA JÚNIOR, 1998).

Devido a essa diversidade de locais onde pode ocorrer e variabilidade fenotípica,

é comum encontrar na literatura vários sinônimos para L. alba (Mill.) N. E. Brown,

podendo receber o nome de L. germinata, L. microphylla Griseb, L. germinata H.B.K,

L. glabriflora Kuntze, L. lantanoides Coult, Lantana alba Mill e Phyla germinata

H.B.K. (PASCUAL et al., 2001a). OLIVEIRA et al., (2006) através de analises

cromatrograficas do óleo essencial de duas espécies de Lippia (L. alba e L. alba f.

intermedia) verificou que as substâncias que compõem os óleos das duas espécies são

muito semelhantes, porém ambas possuem diferenças químicas significativas o que

permitiu a separação das plantas em espécies diferentes.

Em estudos realizados por MOLDENKE (1965) sobre variedades naturais de

Lippia alba foram reconhecidas duas variedades botânicas: alba e globoifera. No Brasil,

existem estudos que mostram quimiótipos com diferentes compostos associados a

características morfológicas, anatômicas, de hábito e farmacológicas (MING, 1992;

JULIÃO et al., 2001).

A Lippia alba apresenta grande interesse comercial devido às múltiplas

propriedades encontradas em seus metabólitos secundários. É considerada uma planta

aromática e medicinal (RETANER, 1988; MING, 1992). As substâncias químicas

responsáveis pelo efeito terapêutico são o ponto de partida para a síntese de produtos

químicos e farmacêuticos. As indústrias de perfumes, cosméticos e alimentícios, visam

propriedades presentes nos óleos essenciais, sendo que estes sofrem variação qualitativa

e quantitativa de acordo com o ambiente e tratos culturais onde se desenvolve

(MADUEÑO BOX, 1973; SHUKLA & FARROQI, 1990; MING, 1992). Por outro lado

YAMAMOTO (2006) observou somente variação quantitativa dos compostos presentes

nos óleos essenciais de 20 clones.

Os principais compostos orgânicos encontrados nos óleos essenciais de Lippia

alba são os terpenóides, moléculas de hidrocarbonetos e os flavonóides, sendo os de

maior freqüência o citral, a carvona e o linalol (JULIÃO et al., 2001; SANTOS-

MENDES, 2001). O fato de o metabolismo secundário ser controlado geneticamente

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(provavelmente poligênico) e estar intimamente associado ao mecanismo de defesa das

plantas (fatores bióticos e abióticos), ocorre interação com o ambiente (plasticidade

fenotípica) onde se desenvolve, provocando alterações significativas no rendimento e

composição de seus óleos essenciais (MING, 1992; YAMAMOTO, 2006). Fato também

observado por MADUEÑO BOX (1973) e pôr MAGALHÃES (1986) com relação aos

tratos culturais utilizados.

Análises feitas por SANTOS-MENDES (2001) sugerem variações químicas entre

as diferentes formas de Lippia alba, as quais apresentam origens distintas. Plantas da

mesma espécie, cultivadas em diferentes localidades, normalmente possuem os mesmos

componentes, mas as percentagens em que estão presentes podem diferir (FONTANEL

& TABATA, 1987). Dessa forma, estudos com modelos estatísticos de estabilidade e

adaptabilidade fenotípicas devem ser aplicados nos clones experimentais sob seleção

(YAMAMOTO 2006).

A aplicação terapêutica de Lippia alba inclui, tratamentos de desordens

gastrintestinais (HEINRICH et al., 1992), doenças respiratórias (CÁCERES et al.,

1991), dores de estômago e de garganta, problemas hepáticos e gastrite, intoxicações em

geral (DI STASI et al., 1989), anticonvulsante (BARROS VIANA et al., 2000),

fungitóxico (DWIVEDI & KISHORE, 1990; KISHORE & MISHRA, 1991; SANTOS,

1996) e antiviroses (ABAD et al., 1995). Além dessas aplicações, L. alba apresenta

também grande interesse para a farmacologia como antimicrobiano, antiviral, citostático

e anticonvulsante (MING,1992; PACIORNIK, 1990).

Entre os componentes do óleo essencial de L. alba, destaca-se o linalol, um

monoterpeno amplamente utilizado na indústria de cosmética e perfumaria (EHLERT,

2003), a exemplo do perfume Chanel n° 5. Na natureza, o linalol ocorre em formas

enatiômeras, o que resulta em diferentes formas de sua utilização: D-(+)- linalol, S+(-)+

linalol ou coriandrol com aroma cítrico doce e D-(-)- linalol, S-(-)- linalol ou licareol

com aroma de lavanda ou amadeirado (LOZANO et al., 2003; TAVARES 2003).

De acordo com SIMÕES & SPITZER (2003), linalol apresenta ação anti-séptica

superior ao fenol, e TAVARES (2003) relata as seguintes aplicações: atividade

antiinflamatória, analgésica, antifúngica, inseticida e antioxidante (próximo a vitamina

E).

Contudo, poucas são as pesquisas nessa espécie com esse óleo em relação a

estabilidade de produção de biomassa, rendimento e composição do óleo e obtenção de

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novos materiais oriundos de recombinação genética ao invés de coleta de material

(estacas) diretamente na natureza.

YAMAMOTO (2006) avaliou oito clones de óleo linalol oriundos de coleta e de

bancos de germoplasma e observou diferenças estatísticas entre os materiais para as

características avaliadas tanto em termos agronômicos e fitoquímicos. Em Lippia alba,

o linalol apresenta-se geralmente em proporções de 77,9% a 81,3%, sendo encontrado

também em outras plantas como o pau rosa (Aniba roseodora) extraído da casca com

proporção de 54% e no majericão (Ocimum basilicum), variando entre 56,5 a 71,22%

(BLANK et al., 2003).

2.2 Óleos Essenciais e Importância Econômica

A procura do mercado mundial para produtos de origem natural, em substituição

ou adição aos sintéticos, tem aumentado consideravelmente atingindo a ordem de 20-40

bilhões de dólares/ano para os fitoterápicos e de 2,6 a 2,8 bilhões de dólares/ano para os

cosméticos (SIMÕES et al., 2000). O mercado nacional de exportação de óleos

essenciais (citrus, pau-rosa e eucalipto) é de R$ 3,9 milhões e de fitoterápicos (6% do

setor de medicamentos) igual a R$ 400,00 milhões (DE LA CRUZ 2006).

As substâncias químicas responsáveis pelo efeito terapêutico das plantas

medicinais são o ponto de partida para a síntese de produtos químicos e farmacêuticos

movimentando milhões de dólares por ano (SIMÕES et al, 2000).

Os óleos essenciais são substancias voláteis de cadeia carbônica curta,

caracterizados por possuírem geralmente um aroma agradável. A maioria dos princípios

ativos são encontrados nas plantas devido ao metabolismo secundário. São secretados

geralmente pelos tricomas foliares tipos capitados, tector e por células do parênquima

(CASTRO, 2001; SANTOS-MENDES 2001). Os óleos essenciais são uma mistura

complexa de classes de substâncias, como por exemplo, os fenilpropanóides, mono e

sesquiterpenos (SANTOS-MENDES, 2001). O estudo dessas substâncias,

principalmente como se comportam quando submetidos a pressões de seleção, é

importante para assegurar a produção dos mesmos em quantidade e qualidade uniformes

(MACIEL et al., 2004). Entre esses terpenos, o linalol, 1,8-cineol, carvona, limoneno,

mirceno, cariofileno, cânfora, germacreno e citral ocorrem com maior freqüência em

várias espécies aromáticas (MATOS et al., 1996; JULIÃO et al., 2001).

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A produção de metabólitos secundários é o resultado de complexas interações

entre biossíntese, transporte, estocagem e degradação, (WINK, 1990). Cada um desses

processos, por sua vez, é governado por genes e, portanto, influenciado por três fatores

principais: hereditariedade, ontogenia e ambiente, (ROBERTS, 1996).

Os óleos essenciais encontram-se em diferentes partes nas plantas e em

complexa combinação das substâncias, de modo que a mesma se complementam e

podem reforçar a ação desses sobre o vegetal (BARRACA, 1999). A medicina natural

mais popular utiliza comumente a substância ativa como uma mistura de compostos

químicos e não de forma isolada.

A espécie L. alba é amplamente utilizada na medicina popular, devido ao fato de

possuir diferentes constituintes em seu óleo essencial, os quais apresentam várias

propriedades farmacológias, sendo uma espécie promissora para as indústrias de aromas

e fragrâncias, farmacêuticas, alimentícias e de produtos agrícolas de acordo com as suas

propriedades repelentes, inseticidas e fungitóxicas (MING, 1992; SANTO MENDES,

2001).

Diante dessa riqueza de compostos e aplicações, torna-se importante realizar

pesquisas para obtenção de genótipos superiores com boa produção de biomassa,

rendimento de óleo e estabilidade na composição química dos mesmos.

2.3 Pré-Melhoramento e Melhoramento Genético em Lippia alba

Especificamente para a espécie L. alba, não existem na literatura trabalhos

envolvendo o melhoramento genético para caracteres de produção de biomassa e

rendimento e qualidade de óleos essenciais, bem como de estabilidade e adaptabilidade

fenotípica. Recentemente, YAMAMOTO (2006), estudou a estabilidade de 20 clones de

Lippia alba em seis ambientes. Por outro lado há vários trabalhos relacionados com o

cultivo e manejo de clones oriundos de coletas e caracterização citogenética de L. alba,

o que vem a contribuir para uma etapa de pré-melhoramento da espécie. Estas

informações são de utilidade para o melhorista quanto às estratégias de seleção a serem

utilizadas para a espécie.

Dentro então do contexto de pré-melhoramento, SANTOS & INNECCO (2004)

avaliaram o efeito da adubação e altura de corte em L. alba quimiótipo limoneno

carvona, avaliando a resposta das plantas para produção de biomassa seca e rendimento

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de óleo essencial. Estes autores concluíram que a adubação não influenciou

significativamente a produção de biomassa e do óleo, porém, a colheita realizada

quando as plantas atingiam 45cm de altura promoveram os maiores resultados de massa

seca foliar. Os maiores índices de rendimento foram observados nas colheitas de 30 e 45

cm de altura das plantas.

BARBOSA et al., (2006) avaliando diferentes períodos de secagem com

variação na temperatura e circulação forçada do ar verificaram que houve redução de 12

a 17% no teor do óleo essencial em relação à matéria fresca, devido à perda de óleo

durante a secagem por volatilização. O mesmo autor relata ainda que o teor de citral

aumentou em 6,89% quando obtido a partir de folhas secas (de 40 a 80°C).

Quanto a sazonalidade, SANTOS & INNECCO (2003), avaliando diferentes

períodos de secagem de folhas de L. alba quimiótipo limoneno carvona, verificaram

que, o rendimento de óleo essencial foi significativamente maior no período da seca em

relação ao período de chuvas. Observaram também que após a colheita, as folhas devem

ser secas por quatro dias em secador natural obtendo-se assim os melhores rendimentos

para esse quimiótipo.

No manejo, MING (1992) estudando os efeitos da adubação orgânica em L.

alba, verificou um aumento na produção de biomassa de acordo com níveis de

incorporação e uma relação inversa quanto aos teores de óleos essenciais.

VENTRELLA (1998) verificou que folhas mais jovens de L. alba produzem

significativamente mais óleo em relação às folhas mais velhas, sugerindo uma estreita

relação inversa com a idade da folha e produção de óleo e não somente com as

estruturas secretores e quantidade de tecidos.

BRANDÃO (2003), em estudos citogenéticos comparativos entre os gêneros

Lippia, Lantana e Aloysia, conclui que Lippia alba é espécie diplóide que apresenta

2n=30. Por outro lado, PIERRE (2004), ao estudar o cariótipo de três quimiótipos de L.

alba (citral, carvona e linalol), observou que estes apresentam diferenças em relação ao

número e morfologia dos cromossomos. Constatou que o quimiótipo citral apresenta

2n=30 cromossomos, ao passo que o quimiótipo carvona, tem número cromossômico de

2n=60, inferindo que este poderia ser um autopoliplóide do quimiótipo citral. Com

relação ao quimiótipo linalol, observou também que ocorre uma grande variação

numérica dentro dos próprios indivíduos, 2n=12 a 2n=60, tratando-se, portanto, de um

quimiótipo mixoplóide.

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No Brasil, a maior parte das plantas aromáticas e medicinais encontra-se ainda

não domesticada, a exemplo de L alba. O seu potencial agrícola reside nas facilidades

agronômicas que apresenta, tais como: rusticidade, plasticidade fenotípica, propagação

vegetativa (o que assegura uniformidade no campo) e adaptação a várias condições

edafoclimáticas. Em termos de melhoramento genético as facilidades inerentes à espécie

são: existência de variabilidade genética disponível para fins de seleção tendo em vista a

diversidade de características fenotípicas observadas nos clones de vários quimiótipos

(YAMAMOTO, 2006; SCHOCKEN, 2007), fixação de genótipos superiores pela

propagação vegetativa bem como a reprodução por alogamia com presença de

autoincompatiblidade (eliminando o processo de emasculação para hibridações).

Desta maneira, para implantação de um programa de melhoramento genético

desta espécie, é fundamental o conhecimento dos níveis e da distribuição da

variabilidade genética entre e dentro de populações para caracteres agronômicos e

fitoquímicos, herdabilidades e a presença de correlações entre os caracteres. De

fundamental importância é conhecer, portanto, a biologia da reprodução da espécie a ser

trabalhada e os centros de diversidade (SEBBENN et al., 2000).

2.3.1 Estimativas de parâmetros genéticos e correlações

A estrutura genética de uma população é função da variabilidade genética

provocada pelos efeitos gênicos (intra e intergênicos) presentes nos indivíduos e nas

condições de ambiente onde ocorrem. Os caracteres fenotípicos resultantes de uma

população natural (per se) ou oriunda de cruzamentos são objetos de estudos dentro de

um programa de melhoramento genético para seleção de materiais superiores. Torna-se,

necessário, portanto, dimensionar as magnitudes das variâncias de origem genética

versus aquelas devido ao ambiente para se estimar adequadamente o potencial da

população em resposta à seleção (FALCONER, 1987; MIRANDA FILHO, 1982). O

sucesso da seleção baseada no fenótipo de indivíduos de uma dada geração é função do

grau de associação da variância genética destes com a variância genética da geração

subseqüente, que na verdade é expressa pela herdabilidade (FALCONER, 1987). O

ganho genético depende, portanto, da herdabilidade do caráter sob seleção e da

intensidade de seleção praticada, bem como do controle do ambiente. Quanto maior o

nível de expressão da variabilidade genética em relação ao ambiente e, mais ainda, se a

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proporção desta variabilidade genética for devido na sua maior parte a efeitos aditivos,

maiores serão os ganhos estimados para a geração seguinte (MIRANDA FILHO, et al.,

1982).

Os delineamentos estatísticos com fontes de variação de tratamentos utilizando-

se, por exemplo, diferentes tipos de progênies (meios irmãos, irmãos germanos ou

autofecundação), permitem estimar as variâncias devidas a diversidade genética entre e

dentro de progênies e com isso estimar os diversos parâmetros genéticos como forma de

predição de ganhos genéticos ciclo a ciclo. Os diversos parâmetros estimados mediante

as variâncias mencionadas, geralmente são os seguintes: coeficiente de variação

genética (CVG%), coeficiente de variação ambiental (CVE), valor b= CVG/CVE,

herdabilidade no sentido amplo e sentido restrito, ganhos genéticos absolutos e

relativos, correlações fenotípica, genética aditiva e ambiental (BUSO, 1978;

MIRANDA et al., 1988; SIQUEIRA et al., 1993, 1994).

A estimação de componentes da variância genética de uma população é de

fundamental importância para a avaliação de seu potencial para o melhoramento e para

auxiliar na escolha do método de seleção a ser utilizado (HALLAUER & MIRANDA

FILHO, 1981).

Dentre os vários métodos utilizados no melhoramento genético, o método de

seleção entre e dentro de famílias ou de progênies de meios irmãos em espécie de ampla

variabilidade (baixo índice de domesticação) é o que tem mostrado melhores resultados,

não requerendo polinizações manuais sendo de execução rápida e pouco dispendiosa

(LONNQUIST, 1964). No presente estudo, a Lippia alba possui flores pequenas

dispostas ao longo de uma inflorescência (tipo glomérulo) e apresenta auto-

incompatibilidade (SCHOCKEN, 2007), facilitando sobremaneira a obtenção de

progênies de meios irmãos (polinização aberta). Para características quantitativas, os

efeitos do ambiente são mais influentes para o fenótipo final dos indivíduos, resultando

em menores valores de herdabilidade. Dentro deste contexto, ainda não se conhecem os

valores de herdabilidade para característica de rendimento de óleos essenciais bem

como dos constituintes presentes na maioria das espécies aromáticas e medicinais.

Os caracteres de maior importância para seleção por parte dos melhoristas em

espécies aromáticas são relacionados aos aspectos de produção de biomassa, rendimento

de óleos essenciais dentre outros (MONTARI JR., 2005). Os métodos de seleção

usualmente empregados no melhoramento de populações alógamas, são perfeitamente

aplicáveis em Lippia alba. Adiciona-se ainda, o fato da seleção do produto final ser

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praticada para a parte vegetativa (biomassa), ou seja, em ambos os sexos, permitindo

uma maior exploração da variabilidade genética aditiva VENCOVSKY (1978).

A variabilidade genética de populações pode ser quantificada e estudada através

do emprego de progênies ou famílias. Estas progênies variam entre si na forma de

obtenção, proporção e tipo de variabilidade genética liberada entre e dentro das mesmas,

grau de dificuldade na sua obtenção e quanto ao tamanho efetivo que representam.

Dentre as progênies utilizadas em programas de melhoramento genético de

populações, a de meios-irmãos tem despertado maior interesse dos melhoritas pela sua

facilidade de obtenção e manuseio, além de permitir maior nível de recombinação em

relação às demais progênies, para o mesmo número de indivíduos selecionados. O

estudo sobre a estrutura genética de populações alógamas através de estimativas de

parâmetros genéticos e correlações, obtidas por esperanças matemáticas da análise de

variância e de covariância, com base em progênies de meios-irmãos, são conhecidos na

literatura para várias culturas como: cebola (CANDEIA et al., 1986), couve-flor (BUSO

et al., 1980; BALDINI et al.,1985) brócolis (DIAS et al., 1971; VELLO, 1977),

cenoura, (SIQUEIRA et al 1994), Pfaffia glomerata (MONTANARI JR., 2005).

Entretanto, não há trabalhos na literatura que dizem respeito às estimativas de

parâmetros genéticos e correlações em Lippia alba. A seleção massal dentro de

populações “per se” ou oriundas de cruzamentos, tem se mostrado favorável no

melhoramento genético desta espécie (YAMAMOTO, 2006). Este tipo de seleção

também é eficiente para outras espécies alógamas, principalmente, quando os caracteres

fenotípicos possuem alta herdabilidade e adequada variabilidade genética aditiva

(ALLARD, 1971; PATERNIANI, 1968).

A determinação de parâmetros genéticos em populações é necessária para obter

informações sobre a natureza da ação dos genes envolvidos na herança dos caracteres

sob investigação e estabelecer a base para a escolha dos métodos aplicáveis à população

(COCKERHAM, 1956). HALLAUER & MIRANDA FILHO (1981) enfatizam que a

estimativa do progresso esperado por seleção constitui uma das mais importantes

contribuições da genética quantitativa para o melhoramento de plantas e animais. Por

meio da resposta à seleção, pode-se avaliar se uma dada população é adequada aos

propósitos de melhoramento, e comparar os diferentes métodos de seleção mantendo-se

constante o tamanho efetivo da amostra selecionada. Assim, as variâncias aditivas e de

dominância, a herdabilidade e as correlações genéticas estão, dentre os parâmetros

genéticos, como os mais importantes para a escolha da população base e do método de

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seleção mais adequado (LORDÊLO, 1982). A variância aditiva, por exemplo, permite

conhecer a variabilidade genética aproveitável na seleção, bem como estimar o

progresso esperado com o ciclo de seleção.

2.3.2 Estimativas de correlações genética aditiva, fenotípica e de ambiente

Segundo FALCONER (1981), o sucesso da seleção depende, basicamente, do

grau de correspondência entre o valor fenotípico e o valor genético apresentado pelo

caráter métrico nas circunstâncias do ambiente e da população onde o mesmo foi

avaliado. Este grau de correspondência reflete em termos práticos, a herdabilidade do

caráter analisado. Para o melhorista, o mais importante é a existência de variabilidade

genética aditiva que é expressa em forma de variância, e a magnitude desta, em relação

à variância fenotípica total.

Existem diversos fatores atuando contra ou a favor das forças seletivas, quando

se deseja alterar as freqüências gênicas de uma determinada população. Segundo

PATERNIANI & MIRANDA FILHO (1978), dentre estes fatores podem ser

mencionados: a variabilidade presente na população original, que por sua vez é

conseqüência da freqüência gênica original, o método de seleção adotado, o tamanho

efetivo da população, a técnica e a precisão experimental da avaliação dos genótipos, a

influência do ambiente, a interação com o ambiente (locais e anos), os efeitos

pleiotrópicos, as correlações fenotípicas, genotípicas e de ambiente, entre outras.

As estimativas de correlações fenotípicas e genotípicas entre caracteres são úteis

no planejamento e na avaliação de programas de melhoramento. O conhecimento de

correlações que existem entre importantes caracteres pode facilitar a interpretação dos

resultados e prover a base para o planejamento de programas mais eficientes no futuro

(JOHNSON et al.,1955). Caso as correlações genotípicas entre caracteres importantes e

aqueles de menor importância econômica sejam de alta magnitude, estes poderão ser

úteis em trabalhos com seleção indireta que visam à melhoria dos primeiros.

A correlação fenotípica é estimada diretamente de medidas fenotípicas, sendo

resultante, portanto, de causas genéticas e ambientais. Apenas a correlação genotípica,

que corresponde à porção genética da correlação fenotípica, é empregada para orientar

programas de melhoramento, por ser a única de natureza herdável. A correlação

fenotípica mede o grau de associação de dois caracteres provenientes dos efeitos

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genéticos e ambientais, sendo este o principal responsável pela correlação de caracteres

de baixa herdabilidade FALCONER, (1987); FERREIRA et al., (2003). Já a correlação

genética é responsável pela fração herdável dos genitores em relação à progênie e

segundo COIMBRA et al., (2000), é causada, principalmente, pela pleiotropia. Se dois

caracteres apresentam correlação genética significativa, é possível obter ganhos para um

deles por meio da seleção indireta. Em alguns casos, a seleção indireta, com base na

resposta correlacionada, pode levar a progressos mais rápidos do que a seleção direta do

caráter desejado CRUZ & REGAZZI, (1997).

3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Material Vegetal 3.1.1 Breve histórico da obtenção de uma população de Lippia alba de ampla base genética

Infrutescências de oito genótipos pertencentes ao quimiótipo linalol (IAC-1 a

IAC-8), foram colhidas separadamente em 06/10/2005, em experimento instalado por

YAMAMOTO (2006), no Pólo Regional de Desenvolvimento do Leste Paulista,

município de Monte Alegre do Sul, SP/APTA. Este experimento continha 20 clones

pertencendo a cinco quimiótipos, sendo eles, linalol (oito genótipos), mirceno/cânfora

(três), limoneno/carvona (quatro), citral (quatro) e mirceno (um).

Desta forma, como a Lippia alba é auto-incompatível, portanto, de polinização

cruzada, houve recombinação entre os vários quimiótipos. Para obtenção das progênies

de meios irmãos, os frutos foram colhidos somente nas plantas dos oito clones linalol

(IAC 1 a IAC 8). Os frutos tipo seco, denominado de esquizocarpo, foram retirados

cuidadosamente das infrutescências em laboratório. Cada fruto, medindo cerca de

3,0mm, é constituído de dois mericarpos contendo uma semente cada medindo cerca de

0,4mm (SCHOCKEN, 2007).

Como as sementes são de reduzido tamanho e ficam presas no interior dos

mericarpos, sua retirada em grande quantidade é inviável. Portanto, optou-se por colocar

os frutos diretamente em bandejas de isopor de 64 células com 12 cm de altura para

obtenção de plântulas. O substrato utilizado foi o orgânico HT, próprio para hortaliças.

Doravante, neste trabalho, quando se fizer referência às sementes de Lippia alba, estará

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implícita que se trata de frutos ou frutos-semente. Foram semeadas 8.000 sementes

colhidas nos quimiótipos linalol. A germinação foi irregular e em níveis muito baixo, ao

redor de 3,0% (~300 plântulas em quatro meses após a semeadura).

Após a germinação, as plântulas foram transplantadas em janeiro de 2006, para

vasos de 30L com novo substrato na proporção de 2:1:1, respectivamente, de terra

argilosa, areia e substrato HT. Após a manutenção das plantas em condições de

sombreamento para desenvolvimento inicial, essas foram transferidas para local

definitivo (figura 1 a) em 17/07/2006, com sistema automático de irrigação por gotejo,

constituindo-se na população-base ou de trabalho do melhorista (figura 1 b), oriunda de

recombinação, ao acaso, de cinco quimiótipos, com diferentes características morfo-

agronômicas e fitoquímicas (YAMAMOTO, 2006).

Figura 1 - População-base recombinante (296 plantas) extremamente variável para seleção de novos clones experimentais e também para obtenção de progênies de meios irmãos; a) vista geral do campo onde a população foi instalada e b) detalhe da irrigação por gotejo e identificação individual das plantas.

a b

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3.2 Métodos 3.2.1 Identificação de plantas de quimiótipo linalol na população-base para experimentação de novos clones Nas 296 plantas da população-base recombinante, foram identificadas

olfativamente, por três pessoas, 88 plantas de quimiótipo linalol (29,7%). Foi feita uma

triagem preliminar nestas 88 plantas linalol para características fenotípicas contrastantes

(figura 2 a), tais como tamanho e coloração de folha, comprimento de internódio, hábito

de crescimento, e outras que resultou na seleção final de 63 plantas que foram clonadas

por estacas (clones) para serem avaliados em experimentos em condições de campo

(figura 2 b).

Figura 2 – Características contrastantes entre os clones linalol selecionados; a) vista geral da variabilidade apresentada na população base e b) detalhe do contraste para tamanho, forma e coloração de folhas.

Estacas lenhosas e semilenhosas destes materiais com 15 a 20cm de

comprimento e quatro nós (duas gemas laterais e opostas por nó, figura 3 a e b) foram

coletadas na população-base em 03/02/2007 e acondicionadas em frascos de vidro

(200mL) contendo água para emissão de raízes e brotos (figura 3 c e d). De cada planta

foram obtidas pelo menos quarenta estacas para instalação de três experimentos em

campo. Após a constatação visual de enraizamento nos frascos, as estacas das 65 plantas

foram transferidas em 22/02/2007 para vasos plásticos de 5L contendo substrato HT e

mantidas em casa de vegetação para crescimento até a instalação dos experimentos

(figura 3 e e f).

a b

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Figura 3 – Coleta e clonagem dos 63 novos clones linalol para avaliação nos três experimentos, a) coleta de ramos das plantas selecionadas, b) preparo das estacas, c) vista geral da brotação e enraizamento das estacas, d) detalhe do enraizamento, e) e f) vista geral dos clones estabelecidos e prontos para o plantio. 3.2.2 Obtenção das progênies clonais de meios-irmãos de plantas de quimiótipo linalol da população-base

Após o estabelecimento das plantas da população-base em local definitivo,

conforme descrito no item 3.1.1, infrutescências (glomérulo) com maturação completa,

de cor palha e secas, foram colhidas ao acaso de plantas de quimiótipo linalol, durante

c

b

d

f

a

e

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todo o mês de novembro de 2006. Em função da germinação baixa e irregular desta

espécie, conforme já salientado anteriormente, foram colhidas infrutescências das

plantas em plena produção, assegurando a obtenção de progênies com suficiente número

de plântulas de quimiótipo linalol.

É importante reforçar que o presente estudo é focado somente no quimiótipo

linalol, numa espécie não domesticada, como modelo para avaliação do potencial da

constituição genotípica de uma população para o melhoramento genético visando à

seleção de indivíduos superiores do ponto de vista agronômico e fitoquímico. Inexistem

trabalhos científicos publicados desta natureza para a Lippia alba, no Brasil e demais

países.

As infrutescências foram então coletadas, identificadas e acondicionadas em

sacos de papel para posterior retirada das sementes. Estas foram extraídas manualmente

das infrutescências e com peneiras de malha fina que retinham as sementes, foram

limpas de palhas e outros materiais com auxílio de um ventilador manual. Em seguida,

foram acondicionadas em saquinhos plásticos, identificados e mantidos em ambiente até

a semeadura (figura 4 a).

Como as sementes da Lippia alba apresentam dormência, foi adotado o método

desenvolvido por SCHOCKEN (2007) com adaptações, que consistiu em submetê-las a

um período de sete dias em geladeira à temperatura de 5 a 7ºC. A adaptação desse

protocolo consistiu no tratamento prévio das sementes durante 2.5 minutos em cloro

ativo para desinfestação e escarificação antes da semeadura (figura 4 b e c). Após este

tratamento, feito em 13/03/2007, as sementes foram lavadas em água corrente e

colocadas em pratos plásticos contendo uma mistura 1:1 de areia e substrato HT,

respectivamente. A rega foi feita três vezes ao dia por sistema de irrigação por

nebulização em casa-de-vegetação, aumentando-se a freqüência sempre que necessário.

Após a germinação, e ao longo do tempo (figura 4 d e e), as plantas que atingiam

estádio de, no mínimo quatro pares de folhas (~10cm de altura), passaram pelo teste

olfativo para identificação prévia de plântulas linalol e que estivessem em estádios

semelhantes para comporem as parcelas dos tratamentos de pelo menos bloco a bloco

para evitar heterogeneidade entre tratamentos.

De 80 progênies de plantas linalol originadas da população-base para

germinação posterior, apenas 23 delas produziram número suficiente de plântulas (ao

redor de 20 que foram de quimiótipo linalol), num universo total de 80 a 90 plântulas de

outros quimiótipos.

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a b

dc

g

e f

h

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Figura 4 – Obtenção das progênies de meios-irmãos, a) frutos-sementes de Lippia alba após retirada das infrutescências, b) tratamento prévio com cloro ativo, c) frutos sementes após tratamento, prontos para semeadura, d) início da germinação onde nota-se diferenças na germinação entre as progênies, e) detalhe do contraste da germinação entre as progênies, f) transplante das plântulas obtidas para bandejas, visando desenvolvimento e posterior identificação olfativa dos indivíduos linalol, g) transplante de plântulas identificadas como linalol para vasos individuais, h) vista geral da bancada com todas as progênies selecionadas e i) detalhe do desenvolvimento das plantas.

Como foi constatado que seria impossível conseguir as progênies somente de

plantas linalol, num mesmo estádio de desenvolvimento e período para implantação dos

experimentos, optou-se por conduzir as plântulas em forma de matrizeiro em condições

de campo para retirada posterior de estacas para se constituírem em progênies clonais

de meios irmãos. As plantas linalol identificadas de cada uma das 23 progênies foram

então conduzidas, inicialmente em casa-de-vegetação em bandejas (figura 4 f) e

posteriormente em pequenos vasos fora da casa-de-vegetação para completar o

desenvolvimento até o transplante definitivo para o campo (figura 4 g-i).

Em 27/07/2007 as progênies com pelo menos 20 plantas cada uma foram

plantadas em local definitivo (matrizeiro) para desenvolvimento e produção posterior de

estacas (figura 5 a) de cada planta descendente meia-irmã para utilização nos

experimentos. No matrizeiro, o espaçamento adotado entre progênies e entre plantas foi

de 0,70 x 0,40, sendo a irrigação feita regularmente na medida da necessidade por um

sistema de gotejamento por fitas com gotejadores a cada 30cm de vazão de 2,4 L.h-1

(figura 5 b).

No matrizeiro, foram realizadas duas pulverizações preventivas mensais

(12/04/2007 e 21/05/2007) contra pragas e ferrugem das folhas (os defensivos utilizados

foram Milbectina, Deltametrina, Tebuconazole e Chlorotalonil, respectivamente) e uma

pulverização (31/05/2007) com adubo foliar 12-6-6 usando-se 5ml/L.

i

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Vale salientar que com este modo de compor cada progênie de meios irmãos

com clones de cada uma das respectivas plântulas e sendo sempre os mesmos clones

para cada repetição dentro e entre experimentos impõem-se de forma inequívoca, que a

constituição genotípica de cada tratamento é realmente uniforme e as diferenças ou

desvios encontrados são de natureza ambiental. Quando se tem progênie de sementes e,

dependendo do tamanho efetivo de parcelas, não se pode assegurar que exista

uniformidade genotípica entre parcelas do mesmo tratamento, sendo mais uma fonte de

erro experimental.

No caso de clones os desvios entre parcelas de repetições diferentes da mesma

progênie, serão causados por efeitos inerentes às estacas, tais como diâmetro, tamanho,

posição na planta-mãe, estádio fisiológico, etc. Neste estudo, portanto, procurou-se

uniformizar dentro do possível às estacas, sendo utilizadas aquelas de espessura o mais

semelhante possível e com um nó abaixo do substrato para enraizamento e um nó acima

para brotação.

Para complementar as 23 progênies obtidas da população-base foram também

coletadas progênies (28/04/2007) de oito clones linalol (IAC 1, IAC 2, IAC 4, IAC 5,

IAC 6, IAC 7, IAC 8) estudados por YAMAMOTO (2006) O clone IAC 3 apresentou

baixa e desuniformidade de germinação sendo excluído. Os descendentes linalol foram

igualmente clonados conforme descrito anteriormente, totalizando, portanto, 30

progênies de clones meios irmãos, mantidos em matrizeiro no campo, que doravante,

neste trabalho, serão referidas simplesmente como progênies de meios irmãos.

Em 11/12/2007 cerca de 20 estacas com dois nós foram coletadas de cada planta

do matrizeiro (figura 5 c) e colocadas em bandejas plásticas para enraizamento e

crescimento (figura 5 d). As bandejas foram mantidas em casa de vegetação, com regas

freqüentes, sendo as plantas adubadas três vezes até o pegamento das estacas (figura 5 e

e f).

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Figura 5 – Instalação do matrizeiro e clonagem por estaquia das plantas das progênies, a) disposição das plantas de cada progênie no matrizeiro, b) vista geral após o plantio, c) campo de estacas de progênies com plantas desenvolvidas, d) bandejas com estacas de plantas de cada progênie, oriundas do matrizeiro, com dois pares de gemas laterais, um para enraizamento e o segundo par para emissão de brotos, e) vista geral após o estabelecimento das estacas e f) detalhe do desenvolvimento dos clones das progênies; nota-se variabilidade morfológica entre as progênies. 3.2.3 Instalação dos experimentos de novos clones linalol obtidos na população-base

Partindo-se dos 63 novos clones linalol e mais duas testemunhas selecionadas

por YAMAMOTO (2006), IAC 2 e IAC 8, ambos também de quimiótipo linalol, foram

instalados três experimentos de avaliação de desempenho agronômico e fitoquímico,

sendo dois no Centro Experimental de Campinas e um em Monte Alegre do Sul.

a

c d

b

fe

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O modelo experimental adotado para todos os experimentos foi o de blocos ao

acaso, com quatro repetições. Foram utilizadas estacas enraizadas e brotadas (figura 6

a), obtidas conforme detalhado no item 3.2, com tamanho padronizado de quatro

segmentos nodais (figura 6 b e c).

No primeiro experimento instalado em 06/03/2007 no Centro Experimental de

Campinas (CEC)/IAC, em área próxima à unidade de Entomologia (figura 7 a e b),

foram utilizadas quatro plantas (estacas) por parcela no espaçamento de 1,0m entre

linhas e 0,4m entre plantas.As características foram avaliadas nas duas plantas centrais.

Figura 6 – Padronização de estacas para compor os tratamentos dos experimentos; a) retirada das mudas após desenvolvimento, b) padronização e seleção das estacas para comporem os blocos experimentais e c) vista geral das estacas para padronização.

A irrigação foi feita por gotejo e vazão de 2,4 L.h-1. Nos demais experimentos,

em área pertencente ao Centro de P&D de Horticultura (figura 7 c e d) localizado

também no CEC (17/05/2007) e no Pólo Regional do Sudeste Paulista (figura 7 e e f),

município de Monte Alegre do Sul (02/06/2007), foram utilizadas duas plantas (estacas)

por parcela, no espaçamento de 1,0 x 0,85m. Colheram-se as duas plantas de cada

parcela, para avaliação das características tendo sido utilizadas médias por planta para

análises.

b a c

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Figura 7 – Vista geral dos três experimentos; a) e b) primeiro experimento de Campinas (Ep 1), c) e d) segundo experimento de Campinas (Ep 2), e) e f) terceiro experimento (Ep 3).

A irrigação foi feita por gotejo com vazão de 2,4 L.h-1. Cada experimento

totalizou 260 parcelas dispostas ao acaso nos blocos e os replantes das parcelas com

falhas foram feitos com clones mantidos em casa de vegetação desde o plantio dos

experimentos, ou seja, em mesmo estádio de desenvolvimento. Após o estabelecimento

das plantas no campo experimental, foram coletadas amostras de solo a 0,30m para

análises da sua composição (anexo 1). A adubação foi realizada após a primeira colheita

de cada experimento e de acordo com as necessidades indicadas pela análise de solo.

Em geral, o solo do segundo experimento de Campinas (área do Centro de Horticultura

c

a b

d

f e

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do IAC) apresentou-se mais fértil, devido às culturas anteriores nele estabelecidas. Os

dados climáticos e de localidade dos experimentos são dados no anexo 2.

3.2.4 Características avaliadas na seleção dos novos clones linalol derivados da população-base Durante o crescimento das plantas dos dois experimentos de Campinas,

procurou-se tutorar as plantas mais desenvolvidas para que não atingissem o solo e

provocassem enraizamentos de nós em contato com o solo (figura 8 a), o que acarretaria

dificuldades na colheita e aumento de erro experimental pela formação de touceiras de

plantas. Procurou-se fazer a colheita de parte aérea (todos os ramos das duas plantas por

parcela), em todos os experimentos antes da observação visual de competição entre as

plantas (“fechamento”, figura 8 b).

Figura 8 – Vista geral do tutoramento realizado nas plantas dos experimentos, evitando o enraizamento dos ramos ao tocarem o solo; a) início do desenvolvimento das plantas e tutoramento e b) plantas no estádio de colheita.

Por ocasião do desenvolvimento das plantas foram avaliadas diversas

características de parte aérea e posteriormente de fitoquímica no Laboratório. As

características avaliadas foram:

a) Área Foliar Média em cm2 (AF) - foram amostradas dez folhas de quatro

ramos de 0,70m. Estas foram avaliadas em medidor “Área Meter” (Lincor Inc., Lincon,

Nebrasca, US), modelo LICOR LI-3000 (QUEIROGA et al., 2003) para obtenção da

a b

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área foliar média em cm2. As avaliações foram feitas em 03/09 e 05/09/2007 para os

blocos I e II e 18/09/2007 para os blocos III e IV respectivamente, no primeiro

experimento de Campinas (Entomologia).

No segundo experimento de Campinas (Hortaliças), as avaliações foram

realizadas nos dias 23/11/2007 para os blocos I e II e 26/11/2007 para os blocos III e

IV. As avaliações do terceiro experimento (Monte Alegre do Sul) foram realizadas em

26/11/2007 para os blocos I, II e III e 14/12/2007 para o bloco IV. Em todas as

avaliações, as folhas foram herbarizadas para posterior leitura no medidor “Área

Meter”.

b) Número Médio de Folhas (NF) - para obtenção do número médio de folhas,

foram utilizados os quatro ramos de 70cm, (dois de cada planta avaliada nos

experimentos). Foram contadas todas as folhas desprezando-se o ápice (7,0cm). As

avaliações foram feitas bloco a bloco nos três experimentos entre os meses de julho a

outubro de2007.

c) Comprimento Médio de Internódio em cm (CI) - esta característica foi obtida

dividindo-se o comprimento total de ramos avaliados pelo número de nós (total de

folhas no ramo de 70,0cm/2).

d) Massa Fresca Total (MFT) e Massa Fresca de Folhas (MFF) em g.Pl-1 - duas

plantas de cada parcela foram colhidas em todos os experimentos a uma distância de

0,10m do solo. Os ramos foram cortados com tesoura de poda e acondicionados em

sacos plásticos previamente identificados com o número da parcela e levados ao

laboratório para pesagem de toda a parte aérea (ramos, folhas, infrutescências, etc)

obtendo-se MFT (figura 9 a).

Como eram muitos tratamentos e características a serem avaliados, optou-se, por

colher bloco a bloco em cada experimento de forma que as variações de ambiente

dentro deles fossem minimizadas. As diferenças ou desvios entre mesmos tratamentos

de blocos diferentes causariam variâncias de blocos, não refletindo no resíduo das

análises de variância. Desta maneira, as colheitas de parte aérea foram realizadas em

01/08, 08/08, 19/08 e 21/08/2007 para os blocos I, II, III e IV respectivamente no

primeiro experimento, em 24/09, 15/10, 19/10 e 29/10/2007 para os blocos I, II, III e IV

respectivamente no segundo experimento e em Monte Alegre do Sul, em 05/11 para os

blocos I e II, 19/11 e 26/11/2007 para os blocos III e IV respectivamente.

Logo após a pesagem da massa fresca total, as folhas dos ramos foram retiradas

manualmente (figura 9 b) e, acondicionadas em sacos plásticos para pesagem posterior

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27

(figura 9 c). As pesagens de MFF, nos três experimentos, foram feitas durante o período

de 02 de agosto a 27 de novembro de 2007.

e) Massa Seca Total (MST) e Massa Seca de Folhas (MSF) em g.Pl-1 - após a

separação cuidadosa das folhas de todos os ramos colhidos nas duas plantas da parcela,

foram distribuídas em jornal em salas em temperatura ambiente para secagem gradativa

(figura 9 d) e mantidas em local seco e arejado até a extração do óleo essencial e

obtenção do rendimento (SANTOS & INNECCO, 2003). As folhas secas foram pesadas

e o valor obtido foi dividido por dois para obter MSF por planta. A soma de MSF com a

massa seca restante por planta forneceu o caráter MST (Figura 9 d-f).

f) Relação Massa Fresca de Folhas / Massa Fresca Total - (MFF/MFT) e Relação

Massa Seca de Folhas / Massa Seca Total (MSF/MST), em % - esta razão reflete

simplesmente a eficiência ou taxa de produção foliar em cada clone testado, antes e

após secagem, podendo ser um caráter que diferencie os clones com maior precisão

experimental.

b

c

a

d

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Figura 9 – Colheita dos experimentos; a) colheita das duas plantas por parcela, b) separação das folhas dos ramos, c) massa fresca de folhas d) vista geral da sala de secagem das folhas, e) secagem dos ramos para obtenção da massa seca após a retirada das folhas e f) detalhes dos ramos após a retirada das folhas.

g) Número Médio de Brotos (NB) por Planta - por ocasião da colheita da parte

aérea nas parcelas, foi realizada a contagem do número de ramos (>15cm) produzidos

por planta.

h) Características de Massa por Ramo: Todas as características que envolveram

a obtenção da massa em g por planta foram divididas pelo respectivo número de brotos

obtendo-se MFT/BR, MST/BR/ MFF/BR e MSF/BR. Como trabalhos anteriores com

Lippia alba (YAMAMOTO, 2006) envolvendo massas de folhas por planta ou parcela

têm mostrado variâncias residuais elevadas (>CVE%), sugeriu-se a divisão pelo número

de brotos como tentativa de melhoria da precisão experimental ou normalização dos

mesmos.

i) Rendimento de Óleo Essencial (RD) em % - após a secagem e pesagem das

folhas sob temperatura ambiente (SANTOS & INNECCO, 2003) foi realizada uma

seleção dos materiais mais produtivos, pois seria necessário exclusividade no uso dos

aparelhos no laboratório de Fitoquímica e um prazo muito longo para hidrodestilação e

determinação do rendimento de todos os 65 clones somados ainda com as repetições e

experimentos.

Baseado em um critério arbitrário de um valor mínimo de massa obtida por

parcela de 20 g.parcela-1 (lembrete: MSF é média de planta) recomendado na prática

para hidrodestilação em Clevenger de balão volumétrico de 2L, selecionaram-se 30

clones, sendo 28 da população-base e os dois controles IAC 2 e IAC 8. O primeiro

experimento de Campinas, SP, foi o referencial para encontrar este valor mínimo pois

foi o que atingiu as menores produções de biomassa em relação aos outros dois

e f

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29

experimentos. As folhas secas foram maceradas e colocadas em balões de 2000ml

contendo 1000ml de água destilada (figura 10 a) e a extração foi realizada durante 1

hora e 30 minutos a contar do inicio da fervura dos balões (figura 10 b, c e f).

Após esse período, o óleo essencial foi coletado em frascos de vidro (figura 10 d

e e), previamente pesados, com tampa do tipo batoque e acondicionados em freezer para

posterior obtenção do rendimento e injeção em cromatógrafo de gás acoplado a um

espectômetro de massas para leitura dos componentes do óleo essencial. Como esta

característica possui elevada precisão experimental (SANTOS & INCECCO, 2003) e,

com vistas à redução dos trabalhos, optou-se pela obtenção dos rendimentos somente

em dois blocos por experimento. No primeiro experimento foram sorteados os blocos I

e II, no segundo experimento os blocos II e III e no experimento de Monte Alegre do

Sul os blocos I e III.

Após o termino de todas as extrações, foi retirada a água presente nos frasco, e

em seguida estes foram pesados somente com o óleo essencial. O RD foi obtido pela

subtração do peso dos frascos com óleo do peso dos frascos sem óleo (valor em gramas)

dividido pela massa de folha (valor em gramas) utilizada para extração vezes 100.

b

dc

a

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Figura 10 – Processo de extração e rendimento do óleo essencial; a) preparo das amostras em balões de vidro com 1000 mL de água destilada, b) início da extração de óleo essencial, c) óleo essencial após destilação, d) vista geral dos frascos com óleo essencial para obtenção do rendimento, e) detalhe do frasco contendo óleo essencial; nota-se diferenças no rendimento entre os clones e f) vista geral do processo de extração.

j) Produção de Óleo por Planta (PO) em g - esta variável permitiu quantificar a

produção média de óleo essencial produzido por planta para cada clone considerando-se

somente dois blocos em cada experimento. Foi obtida pela multiplicação da MSF

respectiva de cada bloco sorteado por RD.100-1.

k) Proporção Relativa de Linalol Presente no Óleo Essencial (LN) em % - para a

análise fitoquímica, foram selecionados os cinco melhores clones para rendimento e

produção de óleo por planta mais os dois controles, sendo eles 166, 201, 251, 280, 288,

IAC 2 e IAC 8.

Foi avaliado estatisticamente somente o composto majoritário linalol, presente

no óleo essencial. A identificação do composto majoritário e demais compostos foi

efetuada através da análise comparativa dos espectros de massas das substâncias com o

banco de dados do sistema CG-EM (Nist 62.lib) e padrão autêntico de linalol (Sigma-

Aldrich; 95%) utilizando o índice de retenção de Kovats (ADAMS, 1995). Os índices

de retenção das substâncias foram obtidos através da co-injeção do óleo essencial com

uma mistura padrão de hidrocarbonetos (C9-C24), aplicando-se a equação de VAN

DEN DOOL & KRATZ (1963). A programação utilizada para análise no CG-DIC foi

de 50°C-165°C, 4°C/min, 165ºC-220°C, 10°C/min. As condições de análises no CG-

EM foram 60ºC-240°C, 3ºC/min.

fe

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3.2.5 Análises estatísticas e correlações de Pearson para os experimentos com novos clones linalol recombinantes

Após a colheita de todos os 65 clones dos experimentos e em função de haver

clones muito pouco produtivos (MSF) em todos os três experimentos, por razões

provavelmente de natureza genética/ cromossômica (PIERRE, 2004; TAVARES et al.,

2003), foram analisados estatisticamente os clones que apresentaram simultaneamente

valores de MST até 20% inferiores ao do melhor controle (total de 38 clones).

Os dados de todas as características de cada experimento foram submetidos à

análise de variância no delineamento de blocos ao acaso, modelo misto, onde a média e

os blocos são de efeitos fixos e clones aleatórios. As comparações entre as médias de

tratamentos e de blocos foram feitas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para

análise conjunta ou agrupada em blocos, utilizou-se o modelo misto com experimentos

e clones aleatórios e blocos e médias, fixos.

As fontes de variação simples, neste modelo, foram testados contra a interação

clones x experimentos, sempre que esta se mostrou significantiva a 5% pelo teste F.

Para o teste de médias, no caso de ocorrência de interação, as discussões sobre o

desempenho de clones devem ser priorizadas para cada experimento em detrimento da

análise de médias da conjunta (GOMES, 1966). Neste caso particular, como o interesse

ainda não é o de recomendação de clones ou cultivares e sim o de identificação

potencial de novos clones linalol mais competitivos, portanto, com desempenhos

próximos ou superiores aos controles de origem de coleta (YAMAMOTO 2006) a

análise conjunta será também observada mesmo nos casos de presença de interações.

Para esta primeira seleção foi levada em consideração a homogeneidade dos

desempenhos nos três experimentos. Os novos clones selecionados (dez + os dois

controles) serão utilizados, posteriormente, em maior número de experimentos e

diferentes épocas de colheita para seleção daqueles produtivos e com estabilidade e

adaptabilidade fenotípica.

Pelo número elevado de tratamentos, espera-se um contraste de médias com

muitas redundâncias, dificultando as discussões e também na definição, muitas vezes

arbitrárias, de um limiar para praticar a seleção. Por este motivo, foi aplicado outro teste

de médias para complementação, denominado de Scott & Knott (SCOTT & KNOTT,

1974), que, de acordo com o processo de análise, combina partições de combinações de

tratamentos em grupos, com teste de quiquadrado, separando também com

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probabilidades de significâncias os agrupamentos formados, eliminando redundâncias

(ZIMMERMANN, 2004 e CRUZ, 2005).

Desta forma, para identificação de alguns genótipos superiores nesta triagem

previa, envolvendo um grande número de clones oriundos de recombinação para

experimentações posteriores, procurou-se nortear a escolha com os dois testes de médias

lado a lado, considerando-se as características mais relevantes como àquelas relativas à

produção de massa, rendimento de óleo e produção média de óleo por planta, bem como

a situação deles em relação aos dois controles (IAC 2 e IAC 8).

Para se conhecer os tipos de associações lineares entre as várias características

avaliadas aplicou-se o teste de correlações de Pearson (MORRISON, 1976), para dez

delas consideradas mais importantes, menos óbvias e, portanto de maior interesse para o

melhoramento. As características que reuniram o maior interesse na correlação foram

aquelas de determinação mais precoce e rápida (AF, CI, NF) contra aquelas decorrentes

de colheita de parte aérea (massa) e determinação fitoquímica (RD, PO, LIN%), que são

muito importantes para o melhorista.

Por questões de tempo e de operacionalidade (custos), os caracteres de

fitoquímica RD e PO foram feitos em somente dois blocos (sorteados) e para os 30

melhores clones (incluindo os dois controles) em relação à MST. As significâncias das

correlações obtidas foram testadas por t (p<0,01 e 0,05).

Em função das correlações terem-se mostradas significativas pelo teste t, mesmo

sendo de baixa magnitude (ex. MSF/MST x NB = 26,0), optou-se por usar o critério

proposto por SHIMAKURA & RIBEIRO JUNIOR (2006) descritos na tabela 4.

Tabela 1 – Índices de correlações utilizados nos experimentos, de acordo com SHIMAKURA & RIBEIRO JÚNIOR (2006).

Valor da correlação (+ ou-) Interpretação da correlação0,00 a 0,19 muito fraca0,20 a 0,39 fraca0,40 a 0,69 moderada0,70 a 0,89 forte0,90 a 1,00 muito forte

Os programas utilizados para as análises estatísticas univariadas e correlações de

Pearson foram: SANEST (Programa SANEST – MACHADO & ZONTA, 1995) e

GENES (CRUZ, 2001). As características NF e NB foram transformadas para √(x), e as

relações MFF/ MFT e MSF/ MST para arc sen √(x/100).

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3.2.6 Instalação dos experimentos para estimativas de parâmetros genéticos baseadas em progênies clonais de meios irmãos No período da presente dissertação não foi possível à instalação dos

experimentos para obtenção das estimativas de parâmetros genéticos com características

agronômicas e fitoquímicas em nível de campo. Desta forma foi possível para o referido

período dar início a este estudo utilizando-se características inerentes ás estacas das

progênies dos clones meios irmãos, ou seja, comprimento de brotos (Cbr, cm) e massa

de brotos (Mbr, g) e sobrevivência (S%). A fase da pesquisa com a instalação de pelo

menos três experimentos a campo com estas progênies clonais terá prosseguimento por

meio de outra tese, em andamento, de outro aluno do curso de pós-graduação do

Instituto Agronômico.

Para análise dos parâmetros genéticos nas três características mencionadas os

dados foram tomados nas bandejas em delineamento de blocos ao acaso com quatro

repetições, usando médias de parcelas e sobrevivência o total de estacas por bloco.

Todas as brotações das duas gemas opostas do nó foram destacadas, identificadas e

ensacadas para avaliação da massa fresca em Laboratório de Biologia Molecular do

Centro de P&D de Recursos Genéticos Vegetais do IAC/APTA. Para Mbr foi utilizada

uma balança semi-analítica com precisão de 0,01mg e para comprimento de brotos Cbr

em cm, com régua. Os dados de Mbr para cada progênie e bloco foram obtidos com

médias de cerca de 20 plantas (estacas) meio-irmãs e para Cbr com médias de amostras

de dez maiores brotos por progênie.

De posse destes dados, foram determinadas as estimativas de parâmetros

genético-estatísticos baseadas em esperanças matemáticas do quadrado médio - E(QM)

das análises de variâncias (ANAVAS) e das esperanças matemáticas do produto médio

E(PM) das análises de covariâncias (ANCOVAS) utilizadas para progênies de meios

irmãos, num modelo misto com blocos fixos e progênies aleatórias. Todas estas

estimativas foram baseadas em VENCOVSKY (1978), FALCONER (1981) e

SIQUEIRA et al., (1994).

Os parâmetros genético-estatísticos estimados foram os seguintes: coeficiente de

variação ambiental (CVe%) e genético (CVg%), variância ambiental (σ2E) variância

genética ou de progênies (σ 2G ou σ 2

P), que por se tratar de meios-irmãos explora

exclusivamente variância genética aditiva (σ2A); herdabilidade no sentido restrito (hr%),

valor b, ganho genético absoluto e relativo (Gs e Gs%), correlações fenotípica (rF),

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genética aditiva (rA) e de ambiente (rE), e proporções da fração genética e ambiental na

correlação fenotípica (G%) e (E%).

As expressões utilizadas neste trabalho para ANAVAS com médias de parcelas e

utilizando-se dos componentes dos respectivos QM´s e E(QM), num modelo misto

segundo (PATERNIANI & MIRANDA FILHO, 1978 e SIQUEIRA et al., 1993), são

mostradas a seguir:

a) Coeficientes de Variação Ambiental CVE(%), e Genético CVG(%)

Estes parâmetros indicam, respectivamente, a magnitude das variações causadas

pelo ambiente e aquelas que são devidas a efeitos genéticos. As fórmulas são dadas a

seguir:

( ) 100% xM

QMCV RES

E ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛= ; com QMRES = quadrado médio residual=σ2

E e M =

média experimental;

( ) 100%2

xM

CV GG ⎟

⎜⎜

⎛=

σ; com σ 2

G (ou σ 2P) = variância genética aditiva e

M=média experimental e: ( )

rQMQM resPROG

G−

=2σ ;

b) Valor b = ( )( )%%

E

G

CVCV , onde valores ~ ou maiores que a unidade representam

populações com condições favoráveis para o melhoramento genético;

c) Herdabilidade no Sentido Restrito h2r%

Permite conhecer a variabilidade genética aproveitável na seleção e estimar o

progresso esperado a cada ciclo de seleção.

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+

=

σ

σh

eG

GP 2

2

22 .100; com σ 2

G (ou σ 2P) = variância genética aditiva, σ2

E =

variância ambiental (residual) e r = repetições ou blocos;

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d) Ganhos Genéticos de Seleção Absoluto e Relativo para Progênies de Meios

irmãos em Ambos os Sexos

dsxhGS pabs2= (diferencial de seleção), onde Fσxkds = , sendo k um valor

tabelado para seleção truncada;

( )[ ] 100/(%) 2 xMdsxhGrelS = ou ( )[ ]{ } Mxk reGG // /

22 σσσ + onde:

⎟⎠⎞⎜

⎝⎛ + 2

/2

rEG σσ = desvio-padrão fenotípico total → Fσ ;

e) Correlações Fenotípica rF%, Genética Aditiva rG% ou rA% e de Ambiente rE%

Determina a natureza e a magnitude das correlações existentes entre os

caracteres, auxiliando no ganho genético através da resposta correlacionada. As

fórmulas são dadas a seguir:

yxyx FFFF σxσCovr /),(

= ; com CovF(X,Y) = Covariância fenotípica de x em y, σF =

desvio-padrão fenotípico de x e y;

( )( )

GyGx

yxGyxG x

Covr

σσ,

, = ; com CovG(X,Y) = Covariância genética aditiva de x em y,

σG = desvio-padrão genético de x e de y;

( )

EyEx

yxEE x

Covr

σσ,= ; com Covariância ambiental de x em y, σE = desvio-padrão

ambiental de x e de y.

Também foi avaliada em 12/12/07 a taxa de sobrevivência (S%), contando-se as

estacas brotadas pelo número total de estacas feitas para cada planta ou genótipo meio-

irmão. Esta característica foi avaliada em delineamento experimental inteiramente

casualizado com cerca de quinze repetições (estacas) de cada planta ou genótipo meio-

irmão. Os dados foram obtidos com as médias de progênies de meios irmãos. O

programa estatístico SANEST de MACHADO & ZONTA, 1995 foi utilizado para

realização das ANAVAS (quadrados médios) e ANCOVAS (produtos médios), além da

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correlação de Pearson. A significância das correlações observadas foi testada utilizando-

se o teste t (p<0,001).

Para um conhecimento mais aprofundado sobre as estimativas de parâmetros

genéticos nesta população de progênies, decidiu-se estratificá-las em três grupos quanto

ao tamanho efetivo ou tipo, ou seja, com 30 progênies (23 de origem da população-base

recombinante + progênies IAC), com 23 (somente progênies da população-base) e com

apenas sete (progênies de clones IAC). Todos os parâmetros foram estimados nestes três

grupos formados como indicado anteriormente. Espera-se com isso quantificar as

variâncias e covariâncias em cada caso para esta espécie não domesticada e alógama

Lippia alba, para verificar se acarretará prejuízos à seleção com a redução do tamanho

efetivo e conseqüentemente da variabilidade genética aditiva disponível.

3.2.7 Análises estatísticas para estimativas de parâmetros genéticos em progênies clonais de meios irmãos e correlações de Pearson As análises de variâncias por experimento e conjunta foram realizadas no

programa SANEST, com teste F (1 e 5%) e as estimativas de parâmetros foram obtidas

com informações contidas em E(QM) - ANAVA simples e conjunta e em E(PM) –

ANCOVA, para uso nas fórmulas utilizadas neste trabalho.

A correlação de Pearson (MORRISON, 1976), foi utilizada somente entre o

caráter sobrevivência (S%) para os dois outros MBr e CBr, pois aquele caráter foi

avaliado em delineamento diferente (inteiramente casualizado).

3.3 Análises Estatísticas Multivariadas

Com o objetivo de auxiliar na identificação de novos clones linalol dentre 40

analisados por estatística univariada caráter a caráter, foram utilizadas duas análises

multivariadas para determinação da divergência genética: análise de componentes

principais (ACP) e de agrupamento. É importante ressaltar que, nesta análise, somente

os clones que participaram da extração do óleo essencial (30 clones), portanto, os que

possuem rendimento determinado, foram avaliados nas análises multivariadas. Para

ambas foi utilizado o programa GENES e a entrada dos dados foi feita com média geral

dos três experimentos.

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Para a análise de agrupamento, a divergência genética entre os genótipos foi

quantificada a partir da distancia Euclidiana padronizada, como medida de

dissimilaridade. Com base na distância estabelecida entre os indivíduos, os genótipos

foram agrupados utilizando o método UPGMA. Foi possível estabelecer os

agrupamentos de uma forma gráfica bidimensional com a realização da ACP, utilizando

o programa Statistica (STATSOFT Inc. 1999).

Os gráficos foram obtidos de acordo com a dispersão dos escores dos primeiros

componentes principais nos eixos, sendo que o primeiro componente é o de maior

variância, seguido pelo segundo de maior variância (segundo componente) e assim

sucessivamente. Foi possível também identificar quais foram às características que mais

contribuíram para tais agrupamentos (componentes principais) e a correlação existente

entre elas.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Seleção dos Novos Clones Linalol Derivados da População-base 4.1.1 Coeficiente de determinação genotípico

A partir das análises de variância de cada experimento foram calculados os

coeficientes de determinação genotípicos (R2), em porcentagem. Observaram-se

elevados valores de R2 para todas as características avaliadas nos três experimentos, (>

70,0%), excetuando-se NB com os mais baixos (< 45,0%). Ressalte-se que o menor

valor de NB foi registrado para o segundo experimento com 8,4% (tabela 2). Observou-

se, portanto que a característica NB recebe muita influência do ambiente não controlado

em detrimento da genotípica.

Essa afirmação pode parecer contraditória ao examinarmos as boas precisões

experimentais, CV% = entre 14,29 e 18,19%, obtidas para dados de campo,

considerando-se os três experimentos. Em outras palavras, para a capacidade de

brotação entre os diferentes clones houve predomínio de efeitos de ambiente dentro de

blocos do que a de constituição genotípica dos clones. Mesmo assim, estes efeitos não

controlados (resíduos das ANAVAS) foram de baixa magnitude, pois resultou em

baixos CVE%. Como ambiente estariam também aqueles ligados à heterogeneidade das

estacas entre os clones dentro de blocos, contribuindo para as interações, mesmo

tomando-se precauções na escolha delas para o plantio.

Como prováveis causas para baixos R2 de NB podem ser mencionados aqueles

inerentes às estacas e plantas doadoras, tais como: tamanho, espessura, estádio de

desenvolvimento, nível hormonal das estacas e posição na planta dentre outros. Como

alternativa para melhoria dos níveis de CVE% observados pode-se controlar o número

de brotações desde o início, mantendo-se um número fixo até a colheita da parte aérea.

Manter as estacas com brotação livre acarretará oscilações indesejáveis nas

características relacionadas com a massa uma vez que a produção desta é diretamente

ligada à quantidade de ramos colhidos por planta. Outra forma é aumentar o tamanho da

parcela, que no presente caso foi mínima pelo grande número de tratamentos utilizados

nesta triagem preliminar de novos clones linalol.

Para as demais características o que se observou foi um predomínio de variância

genotípica em relação a ambiental ou residual, mesmo nos casos onde se observaram

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altos CVE%, como MFT (Ep 3 36,37%), MST (Ep. 1 38,43%), MFF (Ep 3 34,67%)

MSF (Ep 1 32,24%), MFT/Br (Ep 3 41,56%), MST/Br (Ep 1 37,82%) MFF/Br (Ep3

53,47%) e MSF/Br (Ep 1 31,43%).

Pelo raciocínio inverso ao ocorrido com NB, as características foram

determinadas mais pela ação dos efeitos genotípicos entre clones (maior variância) do

que aqueles causados pela interação ambientes x clones. Esta variância da interação

bloco x clones, mesmo sendo de menor magnitude do que a variância genotípica é, de

certa forma elevada, resultando em altos CV% pois este leva em consideração os

desvios da média provocados pelo erro experimental, testados pela média geral.

Concluindo, com estes valores de R2 pode-se discutir seguramente sobre os

desempenhos dos clones nos experimentos e identificar aqueles superiores

genotipicamente ou pelo menos semelhantes aos controles principalmente para as

características MFT, MST, MFF e MSF que apresentaram valores de R2 acima de 90%.

Vale ressaltar que a opção de dividir as características MFT, MST, MFF, MSF

pelo número de brotos ou ramos por planta, visando provocar uma certa normalização

ou redução nas oscilações destas características onde os CV% são freqüentemente

elevados, também verificados por SANGALLI et al., 2004 e YAMAMOTO 2006, não

lograram êxito em função da irregularidade de NB conforme salientado anteriormente.

Resultado semelhante foi observado por LOPES et al., (2001) trabalhando com 16

indivíduos de acerola, verificaram altos valores de R2 para as características diâmetro de

fruto, altura de fruto, peso médio de frutos, vitamina C e acidez titulável, concluindo

que estas características possuem bom controle genético e superioridade dos indivíduos

avaliados. Entretanto, YOKOMIZO et al., (2000) avaliando 72 cruzamentos de soja,

verificaram que a característica produção de grãos também apresentou baixo coeficiente

de determinação, sendo altamente influenciada pelo ambiente.

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Tabela 2 – Coeficientes de determinação genotípico das variáveis avaliadas, dados obtidos pelos quadrados médios dos tratamentos e residuais.

Variáveis EXP 1 EXP 2 EXP 3AF 84,5 85,3 90,7CI 91,1 77,2 90,3NF 93,1 78,0 89,4MFT 95,5 93,0 91,9MST 89,0 94,0 96,8MFF 94,1 92,0 93,6MSF 91,4 94,1 96,4MFF/MFT 84,5 78,6 74,8MSF/MST 80,5 77,7 87,7MFT/ BR 88,0 91,8 79,8MST/ BR 79,1 84,2 94,3MFF/ BR 87,2 82,5 72,2MSF/ BR 80,4 84,9 90,6NB 45,5 8,9 55,0RD 88,9 87,5 80,8PO 87,9 84,4 96,4%LN 76,7 99,1 99,1

Experimentos

ÁF: área foliar, CI: comprimento de internódios, NF: numero de folhas, MFT: massa fresca total, MST: massa seca total, MFF: massa fresca de folhas, MSF: massa seca de folhas, MFF/MFT: relação massa fresca de folhas/ massa fresca total, MSF/MST: relação massa seca de folhas/massa seca total, MST/BR: massa fresca total/ broto, MST/BR: massa seca total/broto, MFF/BR: massa fresca de folhas/broto, MSF/BR: massa seca de folhas/broto, NB: numero de brotos, RD: rendimento de óleo essencial: PO: produção de óleo/planta, %LN: porcentagem de linalol presente no óleo essencial; EXP1: primeiro experimento (Campinas entomologia), EXP2: segundo experimento (Campinas hortaliças) e EXP3: terceiro experimento (Monte Alegre do Sul).

A característica número de brotos (NB) apresentou valores de R2 45,54, 8,92 e

55,00% respectivamente para os experimentos Ep1 e Ep2 (Campinas) e Ep3 (Monte

Alegre do Sul). Com base nos dados, pode-se inferir que a característica NB apresenta

baixo coeficiente de determinação genotípica, sendo, portanto, altamente influenciada

pelo ambiente.

4.1.2 Correlações de Pearson

Os resultados obtidos para as correlações simples entre médias dos três

experimentos para as características analisadas estão na tabela 3.

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A característica RD foi altamente significativa pelo teste t, mas dentro da classe

moderada com PO. Como estas duas características são mutuamente dependentes,

quaisquer aumentos de massa ou de rendimento trará resposta direta na correlação.

Entretanto RD não apresentou correlação com as demais características

analisadas. Neste sentido parece que a presença de correlação moderada entre RD x PO

deva ser exclusivamente devida à massa seca total por planta, uma vez que PO foi

calculada pelo produto de RD com MST. Portanto, conclui-se que variações no RD não

acompanham as variações de produção de massa da planta (r= 51,0%), nem tampouco

com AF, CI, NF e NB. Trata-se de uma característica independente das demais que

foram objetos de estudo no presente trabalho.

Por outro lado, para as características AF e CI, verifica-se correlação moderada e

positiva com PO, onde, com a seleção para aumento destas duas características de

avaliação mais precoce (AF e CI), aumenta-se também a produção de óleo por planta

(PO). É uma correlação importante do ponto de vista do melhoramento, pois se pode

praticar seleção precoce entre materiais segregantes e avançar somente com aqueles de

maiores AF e CI, para depois praticar seleção para PO, agora numa população mais

reduzida.

Quanto à característica NF, observou-se correlação negativa e moderada com PO

(r = - 52,6), ou seja, inversamente proporcional. Pode parecer um resultado

contraditório, mas na prática foi observado que à medida que o número de folhas

aumenta, em geral, o seu tamanho se reduz, produzindo menos massa. As correlações

MFF x NF (r = - 69,9) e MSF x NF (r = - 68,6), atestam o resultado comentado

anteriormente. No mesmo raciocínio as correlações de NF com as massas totais (frescas

e secas – MFT, MST) seguem o mesmo padrão com correlações igualmente negativas e,

com valores também moderados. A característica PO mostrou-se, conforme o esperado,

diretamente relacionada com massa, com correlações fortes, acima de 85,0% para MFT,

MST, MFF e MSF. Estas correlações, não têm muito interesse para o melhorista, pois

não se pode praticar seleção precoce e são características mutuamente dependentes.

As outras características de maior interesse para o melhorista seriam as de AF e

CI (avaliação fácil e precoce) com aquelas referentes às biomassas e produção de óleo.

Ambas, AF e CI se mostraram diretamente proporcionais a MFT, MST, MFF e MSF,

com correlações moderadas e fortes respectivamente. Por esta razão recomenda-se a

utilização da característica CI (r>70,0%) para seleção precoce dos materiais mais

produtivos para produção de massa, total e foliar (fresca ou seca).

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Para PO, as correlações foram positivas, moderadas e equivalentes para AF e CI,

com r = 58,6% e 59,5% respectivamente. É muito interessante observar as relações

entre as variáveis tomadas mais precocemente e com certa facilidade, especialmente

AF, CI e NF. Observou-se que AF x NF possui correlação negativa ou inversa e de

magnitude próxima de forte (r = - 68,9%) mostrando que a seleção para plantas com

folhas grandes (>AF) resultará na redução do número de folhas. Isto é explicado por

outra correlação de categoria muito forte, CI x NF (r = - 96,8%), ou seja, com a seleção

para aumentos do tamanho de folhas, obrigatoriamente resultaria no aumento do CI

(internódios mais longos) com r = 75,9% e conseqüentemente, reduziria o número de

folhas. Esta redução no número de folhas é comprovada pelo r obtido de - 68,9%

indicado anteriormente.

Conclui-se, portanto, que se deve tomar cuidado na seleção precoce para maior

número de folhas, pois estas são inversamente correlacionadas com produção de massa,

devido à redução de seu tamanho ou área foliar e do comprimento de internódio.

Em nossos clones, na prática, foi observado que as plantas com internódios

curtos apresentavam realmente folhas pequenas e tinham porte reduzido, com perda

substancial de massa. Estes materiais podem ser estudados futuramente em

espaçamentos mais densos para observar a produção por área.

Como as correlações são obtidas entre diversos materiais, pode-se procurar na

amostra de clones estudados, aqueles denominados “off type” que desviam da regra pré-

estabelecida. Um clone (201) foi identificado nesta população de 40 clones onde

portava folhas grandes em internódios relativamente curtos (figura 11) resultando em

níveis de MST e MSF equivalentes aos controles. Este clone foi selecionado para testes

posteriores. Seus dados serão discutidos posteriormente nos itens relativos aos testes de

médias dos experimentos realizados.

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Figura 11 – Detalhe do clone 201 (terceiro ramo da esquerda para a direita), evidenciando internódios curtos e folhas grandes em relação ao controle IAC 8 (primeiro ramo à esquerda).

As correlações envolvendo cada característica com as relações de eficiência

foliar (MFF/MFT e MSF/MST), tiveram resultados inconsistentes, com diferenças

acentuadas de comportamento entre as duas com as demais características.

Quando a relação envolvia massa fresca (MFF/MFT), foram observadas

correlações negativas e muito fracas (somente para RD x MFF/MFT), até fracas e

moderadas (entre -29,8 a -68,9%) para a maioria das características, exceto para NF que

se mostrou positiva. Por outro lado, com MSF/MST as correlações obtidas foram

igualmente negativas, mas de categorias muito fraca (<17,0%) ou fraca (26,0 a 38,2%).

A participação de mais uma fonte de variação, perda de água, pode ter sido a

causa da inconsistência nas relações envolvendo MSF/MST quando comparadas com as

de massa fresca. A correlação entre as duas pode ser considerada abaixo do esperado (r

= 59,3% - moderada). As demais envolvendo massa x massa por serem mutuamente

dependentes e, portanto óbvias, não possuem interesse para seleção, mas foram feitas e

mantidas apenas para mostrar a consistência dos resultados nos experimentos

realizados. Elas funcionam, de certo modo, como controles, viabilizando as discussões

das demais de maior interesse.

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Tabela 3 – Correlações simples entre as características rendimento de óleo, produção de óleo por planta, área foliar, número de folhas, número de brotos, massa fresca total, massa seca total, massa fresca de folhas, massa seca de folhas, relação massa fresca de folhas / massa fresca total e relação massa seca de folhas / massa seca total.

Variáveis RD PO AF CI NF NB MFT MST MFF MSF MFF/ MFT

PO 0,51* - - - - - - - - - -AF 0,18 0,59 - - - - - - - - -CI -0,03 0,60 0,76 - - - - - - - -NF 0,10 -0,53 -0,69 -0,97 - - - - - - -NB -0,06 0,50 0,16 0,39 -0,40 - - - - - -

MFT 0,10 0,87 0,63 0,76 -0,70 0,58 - - - - -MST 0,13 0,87 0,64 0,75 -0,69 0,54 0,99 - - - -MFF 0,13 0,87 0,63 0,71 -0,65 0,53 0,98 0,97 - - -MSF 0,10 0,87 0,61 0,70 -0,65 0,56 0,97 0,97 0,97 - -

MFF/ MFT -0,02 -0,47 -0,50 -0,69 0,67 -0,30 -0,61 -0,60 -0,48 -0,51 -MSF/ MST -0,15 -0,09 -0,38 -0,31 0,26 0,30 -0,12 -0,17 -0,06 0,00 0,59

RD: rendimento de óleo, PO: produção de óleo por planta, AF: área foliar, CI: comprimento médio de internódios, NF: número médio de folhas, NB: número de brotos, MFT: massa fresca total, MST: massa seca total. MFF: massa fresca de folhas, MSF: massa seca de folhas, MFF/ MFT: relação massa fresca de folhas/ massa fresca total e MSF/ MST: massa seca de folhas/ massa seca total. *Valores em negrito são significativos a 5% de probabilidade pelo teste t.

As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram correlação positiva e de alta

magnitude (forte) com a variável PO, sendo uma correlação lógica e já esperada. A

variável CI apresentou alta correlação positiva com AF, onde verifica-se que com

aumento da área foliar aumenta o comprimento de internódios. A característica NF

apresentou moderada correlação e negativa com AF, onde nota-se que com aumento da

área foliar diminuem o numero de folhas produzidas, ou vice e versa.

As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram moderada correlação e

positiva com AF, constituindo um grupo de correlações já esperadas. Entre as variáveis

NF e CI, verificaram-se alta correlação e negativa, onde aumentando o numero de

folhas diminui-se o comprimento de internódios, logo, com internódios mais curtos tem-

se maior produção de folhas, porém com pequena área foliar, o que resulta em pouca

massa fresca e seca de folhas ou vice versa.

Entre as variáveis MFT, MST, MFF e MSF nota-se forte correlação com CI,

formando mais um grupo esperado de correlações. A característica NB esta

inversamente correlacionada com NF, apesar de a correlação ter sido fraca. As variáveis

MFT, MST, MFF e MSF apresentaram correlação moderada e negativa com NF, onde

se aumentando o número de folhas diminui a área foliar, logo há uma queda no valor

das variáveis MFT, MST, MFF e MSF.

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As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram moderada correlação e

positiva com NB onde, com mais brotos, maior será a massa foliar produzida.

4.2 Análises de Variância Simples e Conjunta das Características Avaliadas nos Clones

Quando a análise de variância conjunta apresentou significância (1% ou 5%)

pelo teste F, para interação Clones x Experimentos, é recomendado, nestes casos,

segundo GOMES (1966), focar a discussão considerando-se cada experimento

individualmente.

Entretanto, conforme já salientado no Material e Métodos o presente trabalho

objetivou a seleção previa de novos clones linalol, oriundos de uma população

recombinante inédita, para estudos posteriores em maior número de experimentos e

épocas de colheita visando a estabilidade e adaptabilidade fenotípicas. Não se trata,

portanto, de experimentação de recomendação de cultivares. Desta forma, será dada

ênfase também à análise conjunta, procurando elencar clones com maiores médias, mas

observando-se a homogeneidade de desempenho nos três experimentos, tomando-se por

base a posição dos mesmos segundo os controles utilizados. Os dois testes de médias

serão analisados mutuamente, com preferência para Scott & Knott por excluir as

redundâncias.

4.2.1 Área foliar – AF, comprimento de internódio – CI, número de folhas – NF e número de brotos ou ramos - NB

Os resultados das análises de variância simples e conjunta para AF encontram-se

na tabela 4. Houve presença de interação altamente significativa de clones x

experimentos.

As precisões experimentais variaram de 16,7 a 37,7%, consideradas elevadas a

julgar pela padronização feita utilizando-se ramos de 70cm para retirada de amostras de

dez folhas a partir da base destes. Para melhoria dos CVs% deve-se aumentar o tamanho

da amostra. Em experimentos menores isto é mais exeqüível, pois as amostras de folhas

deste trabalho totalizando 780 parcelas foram todas secas (exicatas) para uso do

aparelho medidor de área foliar. QUEIROGA et al., (2003) e JANNUZZI, (2006)

também obtiveram médios e altos valores de CVs% para esta característica, trabalhando

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com feijão e Lippia alba, respectivamente. Mesmo assim foi possível detectar muitos

contrastes entre as médias tanto no teste de Tukey, quanto no Scott & Knott.

Dentro de uma faixa de seleção de novos clones linalol com maiores áreas

foliares e, simultaneamente, observando-se o desempenho dos controles pode-se inferir

que o Ep1 foi o que mais contribuiu para a interação. Houve uma inversão de posição

entre os dois controles neste experimento, configurando interação do tipo complexa

(PATERNIANI & MIRANDA FILHO, 1978, RAMALHO, 1977 e CRUZ, 2005).

Como AF é correlacionada com produção de massa e no mesmo sentido (positiva),

pode-se selecionar clones de maiores médias para AF, sem riscos de provocar redução

indesejável de MST. Os clones selecionados para esta característica foram 201, 238 e 43

que tiveram desempenho superior semelhante ao melhor controle (IAC 8) em dois

experimentos e homogeneidade (medias não significativas) nos três experimentos.

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Tabela 4 - Médias da característica AF (área foliar) em cm2 para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK238 25,50 A a a 213 35,85 B a a 213 45,31 A a a 213 31,79 a a201 21,60 A ab a 235 31,34 A ab a 201 34,89 A ab b 201 29,24 ab a43 19,90 A abc a 201 31,24 A ab a IAC 8 33,53 A abc b 238 26,87 abc a144 16,25 B abcd b IAC 8 29,92 A abc a 235 32,88 A bcd b 235 25,94 abcd aIAC 2 16,14 B abcd b 251 29,73 A abcd a 241 32,25 A bcde b IAC 8 25,59 abcde a213 14,19 C bcde b 136 29,15 A abcde a 47 31,09 A bcde b 43 24,17 bcdef b120 14,12 B bcde b 43 27,23 A abcdef a 238 30,42 A bcdef b 144 23,66 bcdefg b235 13,62 B bcdef b 144 26,96 A abcdef a 147 30,09 A bcdef b 251 23,43 bcdefg bIAC 8 13,33 B bcdef b 137 26,12 A abcdef b 136 29,74 A bcdef b 136 22,70 bcdefgh b44 12,19 A bcdef c 261 26,00 A abcdef b 70 29,57 A bcdefg b 120 22,34 cdefgh b47 11,74 B bcdef c 238 24,68 A abcdefg b 251 29,50 A bcdefg b 261 21,96 cdefgh b241 11,71 B bcdef c 120 24,32 A abcdefg b IAC 2 28,74 A bcdefgh b 241 21,81 cdefghi b261 11,36 B bcdef c 70 23,54 B abcdefgh b 120 28,57 A bcdefgh b IAC 2 21,66 cdefghi b49 11,09 B bcdef c 280 23,35 A abcdefgh b 261 28,53 A bcdefgh b 47 21,48 cdefghi b251 11,07 B bcdef c 9 23,27 A abcdefgh b 144 27,77 A bcdefghi b 70 20,18 defghij b196 11,02 B bcdef c 219 23,01 A abcdefgh b 137 26,11 A bcdefghij b 137 20,03 defghij b280 10,71 B cdef c 212 22,59 A bcdefgh b 216 25,66 A bcdefghij b 147 19,99 defghij b219 10,36 B cdef c 196 22,17 A bcdefgh b 43 25,37 A bcdefghij b 219 19,36 defghijk b9 9,70 B cdef c 216 21,90 A bcdefgh b 219 24,70 A bcdefghijk c 280 19,02 efghijkl c199 9,69 B cdef c 47 21,63 AB bcdefghi b 146 24,17 A bcdefghijk c 9 18,70 fghijkl c136 9,22 B cdef c 49 21,60 A bcdefghi b 9 23,14 A bcdefghijkl c 49 18,45 fghijkl c147 8,89 B def c 241 21,48 AB bcdefghi b 166 23,01 A bcdefghijkl c 216 18,12 fghijkl c135 8,60 B def c 147 20,99 AB bcdefghi b 280 22,99 A bcdefghijkl c 196 17,91 fghijklm c109 8,31 B def c IAC 2 20,11 B bcdefghi c 212 22,95 A bcdefghijkl c 44 17,44 ghijklm c288 8,23 B def c 166 19,98 A bcdefghi c 49 22,64 A cdefghijkl c 212 17,23 ghijklm c137 7,87 B def d 135 19,82 A bcdefghi c 80 22,16 A cdefghijkl c 166 16,51 hijklmn c70 7,43 C def d 44 19,74 A bcdefghi c 288 21,14 A defghijkl c 146 16,27 hijklmn c32 7,36 B def d 288 18,99 A bcdefghi c 196 20,55 A efghijkl c 135 16,19 hijklmn c80 6,90 B def d 146 18,04 B cdefghi c 44 20,38 A efghijkl c 288 16,12 hijklmn c172 6,84 B def d 172 17,05 A cdefghi c 135 20,17 A efghijkl c 80 15,22 ijklmn c216 6,80 B def d 32 16,94 A defghi c 199 18,66 A fghijkl d 199 14,87 jklmn c146 6,61 C def d 80 16,60 A efghi c 172 18,32 A fghijkl d 109 14,07 jklmno c166 6,56 B def d 109 16,35 A efghi c 109 17,56 A ghijkl d 172 14,07 jklmno c212 6,14 B def d 199 16,28 A efghi c 128 16,62 A hijkl d 32 13,02 klmno d31 5,99 B def d 31 15,82 A fghi c 31 16,23 A ijkl d 31 12,68 lmno d2 4,96 B ef d 2 14,56 A fghi d 32 14,75 A jkl d 2 11,32 mno d22 4,03 B ef d 129 12,92 A ghi d 2 14,45 A jkl d 128 10,50 no d129 3,93 B ef d 22 11,95 A ghi d 22 14,39 A jkl d 22 10,12 no d128 3,91 C ef d 128 10,98 B hi d 129 13,11 A kl d 129 9,98 no d27 2,83 B f d 27 8,70 AB i d 27 11,41 A l d 27 7,65 o dMédias 10,17 C 21,57 B 24,34 A 18,69CV(%) 37,70 21,27 16,67 22,75

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep 2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliça/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos, CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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Para a característica CI que mostrou correlação positiva para MST (considerada

diferenciada neste trabalho, pois dela se obteve o RD e PO), pode-se utilizá-la como

auxílio na seleção de clones, desde que para valores maiores de CI. Haja vista que a

seleção de menores internódios para que se obtenha maior número de folhas resultaria

em queda na MST em função de r de CI x MST ser positiva, conforme já comentado.

Realmente foi observado, neste trabalho, que os clones com menores CI

possuem, via de regra (a correlação não é total) maior número de folhas, porém de

tamanho menor o que resultou em redução de MST. A afirmação de redução de MST

em clones de folhas menores é corroborada pela presença de correlação inversa

(negativa) entre NF x MST, conforme já discutido em item anterior de correlações. Esta

ênfase em correlações foi dada aqui, novamente, para nortear a forma de abordagem das

características em questão como auxílio na escolha dos melhores clones.

Pelos resultados da tabela 5, observou-se que o Ep1 teve a menor média para CI

diferindo dos demais. Houve interação significativa para clones x experimentos e a

discussão seguirá nos mesmos moldes da característica anterior AF.

As precisões experimentais variaram de 9,3 a 15,3%, consideradas boas para

dados obtidos em campo.

De acordo com a análise Scott & Knott e mantendo-se o foco dentre os clones do

topo da tabela 5 (>CI), observou-se uma correlação complexa nos controles devida,

agora, ao Ep2. Pelo teste de Tukey isto não foi observado uma vez que os dois controles

tiveram comportamentos equivalentes, não diferindo estatisticamente entre si, mesmo

com alteração da posição.

Os clones selecionados por meio desta característica foram 238, 241, 235, 120,

70, 280. Excetuando-se o 280, que foi homogêneo (sem significância estatística) nos

três experimentos com CI = 7,4cm – Ep1, 8,4cm – Ep2 e 8,1cm Ep3; os demais tiveram

pelo menos um experimento com valor significativo. Ressalte-se que é extremamente

desejável a obtenção de clones de internódios mais curtos, mas que apresentem folhas

de tamanho médio a grandes, pois esta característica CI, correlacionou-se com a

produção de massa fresca e seca de folhas. Nos casos de clones com os menores valores

de CI, geralmente as plantas são de porte menor, comparativamente aos controles, e

podem ser estudadas futuramente em diferentes espaçamentos visando plantios mais

adensados compensando o porte menor em produção de massa.ha-1.

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Tabela 5 - Médias da característica CI (comprimento de internódios) em cm para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK235 7,66 A a a IAC 8 11,23 A a a IAC 2 10,41 A a a IAC 8 9,46 a aIAC 2 7,43 B ab a 31 10,70 A ab a IAC 8 10,01 AB ab a 238 9,14 ab a280 7,41 A ab a 235 10,52 A abc a 238 9,78 A abc a IAC 2 9,05 ab a238 7,39 B ab a 120 10,50 A abc a 120 9,73 A abcd a 241 8,80 abc aIAC 8 7,15 B abc a 241 10,32 A abc a 241 9,51 A abcde a 235 8,78 abc a70 7,11 B abc a 261 10,29 A abc a 31 8,90 A abcdef b 120 8,77 abc a241 6,57 B abcd b 238 10,25 A abc a 261 8,55 B abcdefg b 261 8,36 abcd b261 6,24 C abcde b 137 9,60 A abcd b 199 8,37 A bcdefgh b 31 8,18 abcde b44 6,21 B abcde b IAC 2 9,32 AB abcde b 219 8,22 A bcdefghi b 70 8,13 abcdef b144 6,15 B abcdef b 129 9,23 A abcde b 147 8,21 A bcdefghi b 280 7,94 bcdefg b120 6,09 B abcdef b 70 9,08 A abcde b 70 8,20 AB bcdefghi b 44 7,74 bcdefgh b219 5,85 B abcdefg b 109 8,99 A abcdef b 129 8,18 AB bcdefghi b 129 7,72 bcdefgh b129 5,76 B bcdefg c 9 8,94 A abcdef b 235 8,15 A bcdefghi b 219 7,60 cdefghi b251 5,68 B bcdefg c 216 8,93 A abcdef b 44 8,11 A bcdefghi b 147 7,45 cdefghi c212 5,64 B bcdefg c 44 8,89 A abcdef b 280 8,06 A bcdefghi b 144 7,31 defghi c288 5,55 B cdefg c 219 8,72 A abcdef b 9 8,02 B bcdefghi b 109 7,26 defghi c147 5,47 B cdefgh c 147 8,69 A abcdef b 146 7,82 A cdefghij c 251 7,21 defghi c166 5,27 B defgh c 43 8,57 A abcdef b 109 7,74 AB defghijk c 216 7,18 defghi c199 5,22 B defghi c 47 8,57 A abcdef b 251 7,68 A efghijk c 9 7,15 defghi c146 5,21 B defghi c 280 8,36 A abcdef c 49 7,63 A efghijk c 199 7,14 defghi c196 5,21 A defghi c 136 8,32 A abcdef c 216 7,61 A efghijk c 137 7,01 defghij c136 5,19 B defghi c 251 8,28 A abcdef c 144 7,49 A fghijk c 212 6,98 defghij c109 5,06 B defghi c 144 8,28 A abcdef c 166 7,48 A fghijk c 43 6,92 efghij c216 5,00 B defghi c 212 8,08 A abcdef c 43 7,38 A fghijk c 146 6,76 efghijk c213 4,96 B defghi c 22 8,03 A abcdef c 47 7,32 A fghijk c 166 6,76 efghijk c31 4,95 B defghi c 199 7,83 A abcdef c 80 7,28 A fghijk c 47 6,72 fghijk c135 4,87 B defghi c 2 7,83 A abcdef c 196 7,27 A fghijk c 196 6,68 ghijk c43 4,80 B defghi c 135 7,69 A abcdef c 22 7,25 A fghijk c 22 6,61 ghijkl c2 4,75 B efghi d 213 7,66 A abcdef c 212 7,23 A fghijk c 136 6,49 hijklm c137 4,62 A efghi d 196 7,57 A bcdef c 172 7,16 A fghijk c 135 6,39 hijklm c22 4,56 B efghi d 166 7,52 A bcdef c 137 6,82 A ghijk d 49 6,37 hijklm c172 4,52 B efghi d 172 7,40 A bcdef c 135 6,60 A ghijk d 172 6,36 hijklm c9 4,50 C efghi d 146 7,25 A bcdef c 32 6,56 A ghijk d 288 6,35 hijklm c49 4,36 B fghi d 80 7,16 A bcdef c 288 6,54 AB hijk d 213 6,33 hijklm c80 4,35 B fghi d 49 7,13 A bcdef c 213 6,36 AB hijk d 2 6,28 ijklm c47 4,26 B ghi d 201 7,06 A bcdef c 2 6,26 AB ijk d 80 6,26 ijklm c201 4,26 B ghi d 288 6,97 A cdef c 27 6,23 A ijk d 201 5,68 jklm d128 4,24 B ghi d 32 6,34 A def c 136 5,97 B jk d 32 5,45 klm d27 3,70 B hi d 128 5,68 A ef c 128 5,76 A k d 128 5,23 lm d32 3,45 B i d 27 5,39 A f c 201 5,73 A k d 27 5,11 m dMédias 5,42 C 8,43 A 7,69 B 7,18CV(%) 11,85 15,30 9,27 12,93

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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50

O número de folhas é uma característica importante, pois está diretamente ligada

á produção de massa denominada de útil, pois, no caso de Lippia alba, são as folhas

onde a concentração de óleos essenciais é máxima (CASTRO, 2001 e EHLERT, 2003).

Igualmente como nos casos anteriores houve interação significativa entre clones

x experimentos. Conforme comentado em correlações NF é inversamente

correlacionado com as características de massa. Desta maneira, ao utilizarmos esta

característica, deve-se tomar o cuidado de priorizar a escolha de melhores clones para

aqueles com menor número de folhas, pois estas serão de tamanho maior, segundo

indica a correlação. Pela tabela 6, verificou-se que os CVs foram baixos, variando de

4,8 a 8,4%, evidenciando melhor controle experimental do que as características

anteriores.

Pela tabela 6, os clones de menor número de folhas ocupam agora o final da

tabela, diferente das duas características anteriores (AF e CI). Folhas maiores foram

observadas para clones com números menores de folhas e isto é favorável, pois a

correlação é inversa com as características envolvendo massa fresca e seca.

Os dois controles foram semelhantes pelo teste de Tukey nos três experimentos e

na ANAVA conjunta, diferindo entre si somente no Ep2 pelo teste de Skott & Knott

(5%). O controle IAC 8 teve média de 13,7 folhas e o IAC 2 16,2 (no Ep2) num ramo

de tamanho padronizado de 70cm. Por esta inversão significativa de comportamento dos

dois controles nesta região é importante identificar clones de comportamento

homogêneo para menor NF. O clone 31 teve comportamento irregular no Ep 1,

produzindo mais folhas (28,4) do que os outros dois, Ep2 - 14,2 e Ep3 - 18,1, sendo

detectado tanto pelo teste de Tukey quanto Scott & Knott. Desta maneira este clone

deve ter contribuído para a presença de interação clone x experimento.

O clone 280 foi o único que teve comportamento semelhante para os três

experimentos (Ep1-18,9; Ep2-18,0 e Ep3-19,9). Os demais clones com menor NF

selecionados foram aqueles com médias semelhantes pelo menos em dois Eps. Foram os

seguintes: 238, 120, 241, 235 e 70.

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51

Tabela 6 - Médias da característica NF (número de folhas) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK32 38,33 A a a 128 30,05 A a a 128 28,13 A a a 128 30,45 a a27 37,86 A a a 27 28,16 B ab a 201 28,08 A a a 27 30,37 a a49 36,09 A ab a 32 24,02 B abc b 136 26,96 A ab a 32 28,57 ab a80 35,70 A abc a 288 21,78 A abcd c 27 25,73 B abc b 201 26,40 abc b128 33,28 A abcd b 49 21,37 B abcd c 2 25,67 AB abcd b 80 25,97 abcd b47 32,96 A abcde b 201 21,23 B abcd c 213 25,23 AB abcde b 49 25,75 abcd b9 31,39 A abcdef c 80 21,10 B abcd c 288 24,59 A abcdef b 2 24,79 bcde b22 31,16 A abcdef c 146 20,85 B abcd c 135 24,47 AB abcdefg b 172 24,57 bcde b172 31,03 A abcdefg c 172 20,46 B abcd c 32 24,44 B abcdefg b 213 24,50 bcde b137 30,46 A abcdefgh c 196 20,38 B abcd c 137 23,49 AB abcdefgh b 135 24,12 bcdef b201 30,33 A abcdefghi c 213 20,15 B abcd c 172 22,81 B abcdefgh b 22 23,88 cdefg b2 29,82 A abcdefghij c 166 19,98 B abcd c 80 22,28 B abcdefghi c 288 23,88 cdefg b43 29,33 A bcdefghij c 199 19,73 AB bcd c 212 22,16 A abcdefghi c 47 23,82 cdefgh b135 28,87 A bcdefghij c 135 19,48 B bcd c 47 22,16 B abcdefghi c 137 23,46 cdefgh b213 28,49 A bcdefghij c 2 19,43 B bcd c 22 22,11 AB abcdefghi c 136 23,40 cdefgh b31 28,36 A bcdefghij c 22 19,14 B bcd c 196 22,10 AB abcdefghi c 196 23,07 cdefgh b216 28,31 A bcdefghij c 212 18,60 B bcd c 43 21,80 B bcdefghij c 146 22,76 cdefghi b109 28,27 A bcdefghij c 251 18,21 B cd d 166 21,47 B bcdefghijk c 43 22,73 cdefghi b129 27,64 A cdefghij c 144 18,19 B cd d 144 21,37 AB bcdefghijk c 166 22,70 cdefghi b146 27,25 A defghij c 136 18,07 B cd d 216 21,29 AB bcdefghijkl c 9 22,33 cdefghij b199 27,10 A defghij c 280 17,97 A cd d 49 21,09 B bcdefghijkl c 199 21,91 defghijk c196 26,98 A defghij c 43 17,78 B cd d 251 20,96 AB bcdefghijkl c 216 21,90 defghijk c166 26,92 A defghij c 47 17,60 B cd d 109 20,73 AB cdefghijkl c 109 21,70 defghijkl c147 26,00 A defghijk d 137 17,35 B cd d 146 20,49 B cdefghijklm c 212 21,37 efghijkl c136 25,70 A defghijkl d 219 17,35 B cd d 9 19,99 B cdefghijklm c 251 21,22 efghijkl c288 25,33 A efghijklm d 147 17,35 B cd d 235 19,90 A cdefghijklm c 129 20,97 efghijkl c251 24,72 A fghijklm d 44 16,86 C cd d 280 19,87 A cdefghijklm c 147 20,80 efghijkl c219 24,08 A fghijklm d 109 16,85 B cd d 129 19,80 B defghijklm c 144 20,75 efghijkl c212 23,50 A ghijklm d 216 16,84 B cd d 44 19,75 B efghijklm c 219 20,28 fghijklm c120 23,19 A hijklm d 9 16,82 C cd d 70 19,69 A efghijklm c 31 19,80 ghijklmn c144 22,82 A ijklm d 70 16,49 B cd d 219 19,68 AB efghijklm c 44 19,68 hijklmn c241 22,81 A ijklm d 129 16,25 B cd d 147 19,53 B efghijklm c 280 18,92 ijklmn d44 22,64 A jklm d IAC 2 16,22 AB cd d 199 19,31 B fghijklm c 261 18,49 jklmn d261 22,45 A jklm d 238 14,71 B d d 261 18,74 B ghijklm d 70 18,20 klmn d235 19,81 A klm e 261 14,69 C d d 31 18,09 B hijklm d 235 17,95 klmn dIAC 8 19,71 A klm e 241 14,61 B d d 241 16,86 B ijklm d 241 17,93 klmn d238 18,99 A lm e 120 14,46 B d d 120 16,49 B jklm d 120 17,86 lmn dIAC 2 18,96 A lm e 235 14,42 B d d 238 16,37 AB klm d IAC 2 16,85 mn d280 18,94 A lm e 31 14,21 C d d IAC 8 16,00 AB lm d 238 16,64 mn d70 18,49 AB m e IAC 8 13,68 B d d IAC 2 15,47 B m d IAC 8 16,37 n dMédias 26,85 A 18,43 C 21,26 B 4,70CV(%) 5,01 8,45 4,75 6,11

CLONES e EXPERIMENTOSCJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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52

A característica NB, conforme mencionado no item 4.1, apresentou os menores

coeficientes de determinação genotípico, com as variações entre clones sendo devido

principalmente a efeitos não controlados de ambiente, próprio de estacas. É interessante

notar que os CVs foram bons ficando entre 14,0 a 18,0%, indicando precisão

experimental satisfatória. Parecem resultados contraditórios mas o que pode ser

concluído é que existe baixa variabilidade genotípica para esta característica, sendo

necessário ter experimentos com maior precisão do que as encontradas neste trabalho.

Em outras palavras, as variâncias residuais dos experimentos são pequenas para

experimentos de campo, produzindo um desvio-padrão baixo em relação à média geral.

Entretanto as variâncias devidas a genótipos são ainda menores, causando redução de R2

dificultando a seleção. Isto pode ser observado pelo menor número de contrastes obtidos

pelo teste de Tukey, comparativamente às características anteriores. No Ep1 não houve

sequer um contraste (tablea 7).

O clone 9 apresentou oscilações significativas entre os três experimentos,

contribuindo para causar interação clones x experimentos. O comportamento do clone

241 como o terceiro pior (últimas colocações) quanto ao número de brotos no Ep1 e

primeiro nos dois outros indica presença de elevada interação deste clone com o

ambiente. Os clones com maior número de brotos, próximos aos controles (topo da

tabela 7) e com homogeneidade de respostas aos experimentos foram os seguintes: 219,

280, 129, 238, 288, 109 e 144. Destes os clones 238 e 109 foram homogêneos para os

três experimentos. Os demais tiveram pelo menos dois experimentos com

comportamento semelhante estatisticamente.

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Tabela 7 - Médias da característica NB (número de brotos) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK199 6,04 B a a 241 15,45 A a a 241 5,61 B a a 241 8,29 a aIAC 8 5,70 AB a a 219 12,70 A ab b 280 5,08 B ab a 219 6,73 ab b129 5,17 AB a a 280 10,43 A abc c IAC 8 4,31 B abc b 280 6,38 abc b219 4,85 B a a 129 10,42 A abc c 109 4,24 A abc b 129 6,23 abcd b288 4,71 B a a 9 9,73 A abcd c 219 4,07 B abc b IAC 8 6,07 abcde b144 4,58 B a a 288 9,10 A abcde c IAC 2 3,98 B abc b 199 5,96 abcdef b261 4,47 A a a IAC 2 8,75 A abcde c 129 3,94 B abc b 238 5,76 abcdefg b216 4,38 AB a a 135 8,63 A abcdef c 199 3,84 C abc b IAC 2 5,46 bcdefgh b280 4,37 B a a IAC 8 8,58 A abcdef c 213 3,71 A abc b 288 5,33 bcdefghi b109 4,31 A a a 199 8,43 A abcdef c 128 3,69 AB abc b 109 5,10 bcdefghi cIAC 2 4,23 B a a 238 8,26 A bcdef c 22 3,48 A abc c 144 4,98 bcdefghi c146 4,21 B a a 146 8,16 A bcdefg c 49 3,47 B abc c 146 4,94 bcdefghij c44 4,19 AB a a 144 8,04 A bcdefg c 235 3,32 AB abc c 135 4,86 bcdefghijk c251 4,12 A a a 216 7,99 A bcdefg c 201 3,29 B abc c 216 4,79 bcdefghijk c27 4,09 AB a a 166 7,85 A bcdefg c 238 3,27 A abc c 22 4,72 bcdefghijk c22 3,86 A a a 22 7,21 A bcdefg d 135 3,23 B abc c 9 4,44 bcdefghijkl c238 3,77 A a a 31 7,17 A bcdefg d 137 3,19 A abc c 147 4,42 bcdefghijkl c147 3,69 A a b 128 7,14 A bcdefg d 146 3,10 B abc c 201 4,30 cdefghijkl c31 3,67 AB a b 147 7,03 A bcdefg d 32 3,09 A abc c 166 4,24 cdefghijkl c135 3,54 B a b 109 6,97 A bcdefg d 288 3,03 B abc c 31 4,23 cdefghijkl c120 3,50 AB a b 80 6,84 A bcdefg d 147 3,00 A abc c 80 4,21 cdefghijkl c49 3,47 B a b 201 6,63 A bcdefg d 144 2,97 B abc c 251 4,21 cdefghijkl c201 3,36 B a b 251 6,52 A bcdefg d 27 2,93 B abc c 27 4,14 cdefghijkl c80 3,36 B a b 137 6,01 A cdefg d 80 2,92 B abc c 128 4,13 cdefghijkl c43 3,24 A a b 172 6,01 A cdefg d 212 2,84 A abc c 44 4,06 cdefghijkl c137 3,19 A a b 44 5,93 A cdefg d 2 2,80 A abc c 49 4,06 cdefghijkl c196 3,09 AB a b 235 5,82 A cdefg d 166 2,72 B abc c 137 4,03 defghijkl c9 2,98 B a b 27 5,61 A cdefg d 216 2,72 B abc c 261 3,89 efghijkl c166 2,97 B a b 49 5,36 A cdefg d 261 2,61 B abc c 235 3,79 fghijkl c212 2,91 A a b 196 5,18 A cdefg d 196 2,59 B abc c 32 3,62 ghijkl c32 2,86 A a b 32 5,10 A cdefg d 31 2,49 B abc c 213 3,56 ghijkl c47 2,85 A a b 120 5,04 A cdefg d 251 2,47 A abc c 120 3,56 ghijkl c136 2,72 A a b 70 4,97 A cdefg d 44 2,45 B abc c 196 3,54 hijkl c70 2,72 B a b 261 4,79 A cdefg d 47 2,44 A abc c 212 3,42 hijkl c172 2,70 AB a b 212 4,66 A defg d 120 2,39 B abc c 172 3,38 hijkl c213 2,67 A a b 213 4,43 A defg d 70 2,37 B abc c 70 3,26 ijkl c235 2,59 B a b 136 4,00 A efg d 9 2,17 B bc c 47 2,93 jkl c241 2,40 B a b 2 3,58 A fg d 136 2,12 A bc c 136 2,90 kl c2 2,34 A a b 47 3,55 A fg d 172 2,02 B bc c 2 2,88 kl c128 2,25 B a b 43 3,26 A g d 43 1,60 A c c 43 2,63 l cMédias 3,73 B 2,61 A 3,10 C 2,10CV(%) 18,19 14,29 16,97 15,74

CLONES e EXPERIMENTOSCJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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4.2.2 Massa fresca total (MFT) e massa seca total (MST). Estas características são muito importantes sob o ponto de vista do

melhoramento, pois devem ser obtidos clones com maior produção de biomassa por

planta ou área. Na prática é muito comum colher no campo toda a parte aérea das

plantas e submete-las a temperaturas elevadas, geralmente com vapor d´água (caldeiras)

para extração dos óleos essenciais, num sistema de hidrodestilação ou arraste a vapor

(STASHENKO, 2004).

Desta forma foram obtidos dados sobre a massa fresca para se ter uma idéia,

neste trabalho, sobre o desempenho dos clones em caso do processamento ser sem a

secagem dos materiais. As tabelas 8 e 9 apresentam os resultados obtidos com os 40

clones estudados. Os coeficientes de variação ambiental foram altos, variando entre 27,0

a 36,4% para MFT e entre 22,0 a 38,5% para MST, sendo, portanto equivalentes.

YAMAMOTO (2006) também obteve elevados coeficientes para características de

massa, alegando serem muito influenciadas pelo ambiente por serem de natureza

poligênica, resultado semelhante foi verificado por SANGALLI et al., (2004).

Mesmo assim houve variação genotípica suficiente para formação de muitos

contrastes entre as médias. As duas características foram obviamente muito

correlacionadas e, os clones de valores maiores são coincidentes nas duas tabelas.

O Ep1 foi o que apresentou a inversão do posicionamento dos controles e de

forma significativa (Tukey e Scott & Knott a 5%), bem como os menores valores

médios na ANAVA conjunta de experimentos, sendo considerado um ambiente

desfavorável ao desenvolvimento dos clones. Esta área foi plantada por muito tempo

com progênies segregantes de tomateiro, para seleção contra doenças viróticas, sem

nunca o solo ter sido submetido a um processo de estruturação (subsolagem)

apresentando-se muito compactado. A fertilidade foi considerada mediana e inferior ao

apresentado pelos outros solos do Ep2 e Ep3. Esta pode ser uma indicação da causa da

interação entre clones x experimento em todas as características relacionadas com a

biomassa.

O Ep2 teve a maior média experimental com, aproximadamente, seis vezes o

valor de Ep1 e o dobro de Ep3, tanto para MFT quanto MST. A característica MST em

Lippia alba não tem muito interesse sob o ponto de vista prático, pois nas pesquisas

comparativas de rendimento de óleo com número elevado de clones ou parcelas,

padronizam-se os materiais secando somente as folhas (até peso constante), evitando-se

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as variações indesejáveis por extrações em tempos diferentes da massa fresca. Esta

característica foi obtida, neste trabalho, para estimar a taxa de produção foliar ou

eficiência foliar na matéria seca total (MSF/MST).

Como nas duas tabelas os clones principais foram de desempenhos equivalentes

(tabelas 8 e 9), procurou-se basear a seleção no caráter MFT. O clone 280 foi o melhor

clone daqueles oriundos de recombinação, pois foi superior estatisticamente aos demais

para MFT, inclusive quanto ao melhor controle (IAC 2) no Ep2 e Ep3 com produções

de 1,85 Kg.Pl-1 e 1,323 Kg respectivamente. Estes níveis de produtividade foram muito

superiores aos encontrados por YAMAMOTO (2006) em seis experimentos com dez

clones experimentais de coleta. Os dois controles aqui utilizados (IAC 2 e IAC 8) são

provenientes dos estudos daquela autora e, no presente trabalho, o melhor deles para

MFT (IAC2) produziu no Ep2, 1,43 Kg.Pl-1 e no Ep3, 0,8 Kg.Pl-1.

O clone 238 (inferior estatisticamente ao 280), também se mostrou com

produções equivalentes aos controles, sendo superior em valores absolutos ao IAC 8 no

Ep1, contudo estes não diferem estatisticamente. Nos demais experimentos, este

apresentou semelhanças estatísticas com os dois controles. Os demais clones

selecionados foram: 219, 129, 238, 199, 241, 109, 137, 251 e 144. Houve uma grande

amplitude de valores de MFT dentro de cada experimento, sendo o maior deles

referentes ao EP2 com 1,66 Kg.Pl-1, refletindo grande variabilidade genotípica expressa

no experimento.

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Tabela 8 - Médias da característica MFT (massa fresca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK238 333,75 B a a 280 1850,75 A a a 280 1320,00 B a a 280 1130,17 a aIAC 8 313,50 C a a IAC 2 1431,50 A ab b 219 802,75 A b b IAC 2 809,75 b b219 223,13 B b b 129 1341,25 A abc b IAC 2 801,88 B b b IAC 8 762,92 b b280 219,75 C b b 219 1245,63 A bcd b IAC 8 738,50 B bc b 219 757,17 b bIAC 2 195,88 C bc b IAC 8 1236,75 A bcde b 238 608,38 A bcd c 129 614,04 bc b144 193,13 B bc b 137 966,50 A bcdef c 199 603,63 AB bcd c 238 603,54 bc b261 190,13 B bc b 251 957,25 A bcdef c 241 560,50 A bcde c 199 526,79 cd c199 154,75 B bcd c 238 868,50 A cdefg d 109 514,88 B bcdef d 251 503,58 cde c70 144,00 B bcde c 109 856,00 A cdefg d 70 436,63 A bcdefg d 241 493,25 cdef c201 139,13 B bcdef c 199 822,00 A cdefgh d 129 435,63 B bcdefg d 109 485,71 cdefg c147 139,00 B bcdef c 241 800,75 A defgh d 251 429,13 B bcdefg d 137 444,33 cdefgh c251 124,38 C cdefg c 144 759,00 A defgh d 288 372,63 B cdefg d 144 418,29 cdefghi c241 118,50 B cdefgh c 9 704,00 A efghi d 44 368,38 AB cdefg d 70 408,04 cdefghij c120 117,67 B cdefgh c 135 701,13 A fghi d 166 351,25 B defg d 288 367,50 defghijk c43 113,13 B cdefghi c 201 686,88 A fghi d 213 342,38 A defg d 166 365,04 defghijkl c9 104,13 B defghi c 166 658,50 A fghi d 212 334,25 A defg d 201 364,13 defghijkl c135 104,00 B defghi c 128 657,88 A fghi d 261 326,50 AB defg d 44 362,83 defghijkl c109 86,25 C defghi d 288 645,75 A fghi d 27 325,13 AB defg d 9 358,83 defghijkl c166 85,38 C defghi d 70 643,50 A fghi d 144 302,75 AB defg d 135 350,46 defghijkl c212 85,25 B defghi d 44 642,50 A fghi d 147 295,00 B defg d 147 346,38 defghijkl c288 84,13 C defghi d 147 605,13 A fghi d 235 292,13 AB defg d 128 329,88 defghijklm c49 81,75 B defghi d 146 571,50 A fghi d 128 289,00 B defg d 261 305,29 efghijklm c137 80,63 B defghi d 31 569,75 A fghi d 137 285,88 B defg d 146 300,00 efghijklm c27 80,00 B defghi d 120 517,38 A fghi e 32 269,88 AB defg e 120 292,56 fghijklm c44 77,63 B defghi d 196 510,38 A fghi e 9 268,38 B defg e 212 279,38 ghijklm c196 76,50 B defghi d 216 509,75 A fghi e 2 267,00 A defg e 32 267,63 hijklm c47 68,13 B efghi d 32 501,25 A fghi e 201 266,38 B defg e 213 261,79 hijklm c129 65,25 B efghi d 80 492,00 A fghi e 146 263,88 B defg e 235 260,04 hijklm c146 64,63 C efghi d 172 485,63 A fghi e 135 246,25 B defg e 216 258,71 hijklm c136 64,00 B efghi d 235 438,50 A fghi e 43 244,13 A defg e 31 256,29 hijklm c213 59,00 B efghi d 212 418,63 A ghi e 120 242,63 B defg e 27 253,08 hijklm c80 58,88 B fghi d 261 399,25 A ghi e 49 223,38 AB efg e 196 248,25 hijklm c31 55,63 B fghi d 2 385,63 A ghi e 216 220,25 B efg e 2 230,46 ijklm c22 51,63 B ghi d 213 384,00 A ghi e 22 209,38 A efg e 80 227,79 ijklm c172 50,25 B ghi d 27 354,13 A ghi e 196 157,88 B fg e 172 214,79 ijklm c235 49,50 B ghi d 47 341,25 A ghi e 31 143,50 B fg e 49 203,21 jklm c216 46,13 B ghi d 49 304,50 A hi e 80 132,50 B g e 43 184,00 klm c128 42,75 C ghi d 22 210,50 A i e 47 125,25 B g e 47 178,21 klm c2 38,75 B hi d 43 194,75 A i e 136 111,75 AB g e 22 157,17 lm c32 31,75 B i d 136 186,75 A i e 172 108,50 B g e 136 120,83 m cMédias 110,29 C 671,42 A 365,95 B 382,55CV(%) 27,28 28,19 36,37 35,21

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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Tabela 9- Médias da característica MST (massa seca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SKIAC 8 94,25 B a a 280 501,00 A a a 280 410,00 B a a 280 325,54 a a238 88,63 B a a IAC 2 417,75 A ab b IAC 2 253,50 B b b IAC 2 244,63 b b219 67,00 C ab b IAC 8 366,13 A abc c 219 225,33 B bc b IAC 8 226,04 b b280 65,63 C ab b 129 343,75 A bcd c IAC 8 217,75 AB bc b 219 210,03 bc b261 64,75 A abc b 219 337,75 A bcd c 199 214,00 AB bcd b 238 171,29 cd bIAC 2 62,63 C abcd b 137 262,50 A cde d 238 194,25 A bcde c 129 165,46 cde b144 50,63 B bcde c 144 243,13 A cdef e 241 188,50 A bcde c 199 158,79 cdef b147 48,50 B bcde c 251 236,13 A cdef e 251 158,50 A cdef d 251 143,75 defg c201 48,50 B bcde c 238 231,00 A cdefg e 109 143,17 A defg d 241 136,08 defgh c109 45,00 B bcde c 199 222,63 A defgh e 70 141,75 A defgh d 109 132,85 defgh c43 44,13 B bcdef c 135 218,50 A defghi e 129 133,13 B efghi d 137 124,92 defghi c199 39,75 B bcdef d 109 210,38 A defghi e 147 112,17 AB fghij e 144 124,53 defghi c9 38,75 B bcdef d 288 209,75 A defghi e 44 111,50 AB fghij e 288 116,83 efghij c251 36,63 B bcdef d 241 184,38 A efghij f 288 111,00 B fghij e 70 114,13 efghijk c120 36,00 B bcdef d 128 183,38 A efghij f 166 107,17 A fghij e 135 111,79 fghijkl c241 35,38 B bcdef d 9 182,00 A efghij f 128 106,67 B fghij e 147 107,72 fghijklm c70 33,88 B bcdef d 70 166,75 A efghijk f 213 103,75 A fghij e 128 103,06 ghijklmn c135 33,75 B bcdef d 147 162,50 A efghijk f 27 101,75 A fghij e 44 97,75 ghijklmno c288 29,75 C bcdef d 31 160,25 A efghijk f 261 99,25 A fghij e 9 96,25 ghijklmnop c27 29,25 B bcdef d 44 157,25 A efghijk f 137 91,00 A fghij f 166 92,60 ghijklmnopq c47 27,75 B cdef d 120 155,63 A efghijk f 212 86,50 A fghij f 201 89,13 hijklmnopq c212 27,00 B cdef d 146 155,38 A efghijk f 146 85,63 AB fghij f 146 86,67 hijklmnopq c166 26,88 B def d 201 154,38 A efghijk f 135 83,13 B ghij f 120 86,49 hijklmnopq c22 25,00 B def e 166 143,75 A efghijk f 43 83,00 A ghij f 261 84,79 hijklmnopq c44 24,50 B ef e 80 135,67 A efghijk g 216 79,83 AB ghij f 31 75,54 ijklmnopq c136 23,75 B ef e 196 128,00 A efghijk g 144 79,83 B ghij f 212 74,21 ijklmnopq c49 22,63 B ef e 32 117,38 A fghijk g 235 78,83 AB ghij f 27 73,58 ijklmnopq c213 22,25 B ef e 216 113,00 A fghijk g 49 78,00 A ghij f 213 71,25 jklmnopq c137 21,25 B ef e 235 112,25 A fghijk g 32 77,50 AB ghij f 216 69,32 jklmnopq c129 19,50 B ef e 212 109,13 A fghijk g 2 76,33 A ghij f 235 68,78 jklmnopq c128 19,13 C ef e 2 90,50 A ghijk g 9 68,00 B hij f 80 68,61 jklmnopq c196 19,00 B ef e 261 90,38 A ghijk g 120 67,83 B ij f 32 67,21 jklmnopq c146 19,00 B ef e 27 89,75 A ghijk g 201 64,50 B ij f 196 61,94 klmnopq c2 17,25 B ef e 213 87,75 A hijk g 22 62,67 A ij g 2 61,36 lmnopq c172 17,25 B ef e 172 76,50 A ijk g 80 56,17 B j g 49 55,38 mnopq c31 16,50 C ef e 47 65,75 A jk g 47 52,50 AB j g 43 55,29 nopq c235 15,25 B ef e 49 65,51 A jk g 31 49,88 B j g 47 48,67 opq c216 15,13 B ef e 136 54,50 A jk g 136 43,25 AB j g 22 46,93 opq c80 14,00 B ef e 22 53,13 AB jk g 196 38,83 B j g 172 44,04 pq c32 6,75 B f e 43 38,75 B k g 172 38,38 AB j g 136 40,50 q cMédias 34,81 C 175,85 A 114,37 B 108,34CV(%) 38,43 28,68 22,83 31,09

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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4.2.3 Massa fresca folhas (MFF), massa seca de folhas (MSF) e relações MFF/MFT e MSF/MST Estas características podem ser consideradas mais relevantes para aumento de

rendimento de óleo e de majoritário, no caso linalol, durante o melhoramento visando

seleção de novos clones. Pelas tabelas 10, 11, 12 e 13, pode se observar ampla

variabilidade genotípica para as características MFF e MSF, como pode ser comprovado

pelos respectivos coeficientes de determinação genotípicos dos três experimentos

conforme já discutidos anteriormente, obtendo-se valores elevados de R2 (91,4 a

96,4%). Considerando as médias dos três experimentos, os respectivos valores

máximos, mínimos e amplitudes foram: 300,63 a 39,13g.Pl-1, amplitude 201,5 para

MFF e 102,72 a 11,92 g.Pl-1 , amplitude 90,8 para MSF.

As relações que estimam a eficiência de produção de folhas, tanto fresca como

seca, tiveram, em média, amplitudes menores e, conseqüentemente, menores

variabilidades genotípicas com valores de amplitudes muito próximas, 12,02% para

MFF/MFT e somente 4,8% para MSF/MST, resultando em menor variação genotípica

para seleção, R2, entre 74,8 a 87,7%. Por outro lado, conforme o esperado, as relações

apresentaram precisões experimentais muito melhores do que as características simples,

com CVs abaixo de 9,0%.

As características simples MFF e MSF, como estão mais sujeitas às variações de

ambiente e interações, os CVs% ficaram entre 24,0 e 35,0%. De forma semelhante,

SANGALLI et al., (2004), também encontrou baixas precisões experimentais para MSF

nos seus estudos de adubação com resíduos orgânicos e nitrogênio em capuchinha

(Trapoelum majes) e MARCO et al., (2006) também obtiveram alto coeficiente de

variação (CV%), trabalhando com diferentes espaçamentos e época de corte em capim

citronela (Cymbopogon winterianus Jowitt).

Para minimizar os efeitos não controlados do ambiente, principalmente aqueles

inerentes às estacas, recomenda-se aumento do tamanho de parcelas em experimentos

com menor número de clones a serem testados. Os melhores clones que estão nos topos

das tabelas 10, 11, 12 e 13, próximos ou superiores aos controles podem ser

selecionados, desde que tenham respostas homogêneas entre os três experimentos (baixa

oscilação entre os melhores ou quanto aos controles.

Para MFF (tabela 10), o clone 280 foi superior no Ep2 e Ep3 aos dois controles

bem como aos demais clones pelos dois testes de médias realizados. No Ep1, foi

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superior ao IAC 8 e semelhante ao IAC 2. Este clone é o mais promissor dentre todos os

demais testados, pois tem muita massa foliar o que permitirá ganhos substanciais na

produção de linalol.

Os demais clones selecionados para MFF e que possuem desempenho

equivalente aos dois controles e certa homogeneidade de resposta (pelo menos para dois

Eps) foram os seguintes: 280, 238, 219, 199, 241, 201, 109, 251 e 137.

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Tabela 10 - Médias da característica MFF (massa fresca de folhas) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK238 92,33 B a a 280 455,00 A a a 280 386,75 A a a 280 300,63 a aIAC 8 71,00 B ab b 201 296,75 A b b 219 216,50 A b b 219 182,79 b b280 60,13 B bc c IAC 2 285,38 A bc b 199 194,75 A bc b IAC 2 168,25 bc b219 59,13 B bc c 219 272,75 A bcd b IAC 8 181,25 AB bcd b 199 167,58 bc b144 57,00 B bcd c 199 261,25 A bcde b 238 179,63 A bcde b IAC 8 165,25 bc bIAC 2 51,25 B bcde c 137 257,00 A bcdef b IAC 2 168,13 AB bcdef b 238 149,07 bcd b109 48,13 B bcdef d IAC 8 243,50 A bcdefg b 241 153,38 A bcdefg b 201 144,17 bcde b261 47,50 B bcdef d 251 216,75 A bcdefgh b 109 138,00 A bcdefgh c 251 128,75 cdef b199 46,75 B bcdef d 135 212,63 A bcdefghi b 251 126,38 AB bcdefghi c 109 127,42 cdef b241 44,38 B cdefg d 109 196,13 A bcdefghij c 70 122,13 A bcdefghi c 241 122,96 cdefg b251 43,13 B cdefgh d 129 189,25 A bcdefghij c 129 115,75 AB cdefghij c 137 118,63 cdefgh b147 42,00 A cdefghi d 238 175,25 A bcdefghijk c 288 111,63 A cdefghij c 129 107,50 defghi c201 41,88 B cdefghi d 166 173,38 A bcdefghijk c 235 102,63 AB cdefghij c 70 107,00 defghij c70 39,63 B cdefghij d 241 171,13 A bcdefghijk c 166 101,75 B cdefghij c 135 105,67 defghij c135 36,75 B cdefghijk e 128 163,63 A cdefghijk c 44 100,25 A cdefghij c 166 103,92 defghijk c166 36,63 C cdefghijk e 70 159,25 A cdefghijk c 213 96,00 A defghij c 288 94,08 efghijkl c9 34,75 C defghijkl e 31 155,13 A cdefghijk c 201 93,88 B defghij c 44 92,00 fghijklm c288 30,50 B efghijkl e 44 153,75 A defghijk c 2 86,25 A defghij c 144 88,71 fghijklmn c43 29,50 A efghijkl e 144 152,50 A defghijk c 212 83,63 A efghij c 235 84,29 fghijklmn c47 27,25 A efghijkl e 288 140,13 A efghijk c 146 77,00 AB fghij d 128 83,92 fghijklmn c212 26,75 A fghijkl e 235 133,25 A efghijk c 137 74,13 B fghij d 213 82,63 fghijklmn c80 25,75 B fghijkl e 9 133,25 A efghijk c 27 72,88 A fghij d 147 82,04 fghijklmn c120 25,63 B fghijkl e 147 132,38 A efghijk c 9 72,00 B fghij d 9 80,00 fghijklmn c49 25,13 B fghijkl e 216 130,88 A efghijk c 147 71,75 A ghij d 146 73,75 ghijklmn c137 24,75 B fghijkl e 213 127,25 A fghijk c 261 69,88 AB ghij d 31 71,00 ghijklmn c213 24,63 B fghijkl e 146 123,25 A ghijk c 128 69,50 B ghij d 120 67,38 hijklmn c136 22,00 B ghijkl f 196 119,63 A ghijk c 135 67,63 B ghij d 261 66,92 hijklmn c44 22,00 B ghijkl f 120 117,00 A ghijk c 49 62,75 AB ghij d 216 66,54 hijklmn c146 21,00 B ghijkl f 80 116,75 A ghijk c 120 59,50 B ghij d 212 63,13 ijklmn c2 19,63 B hijkl f 136 109,75 A hijk d 144 56,63 B hij d 196 62,25 ijklmn c22 19,25 B hijkl f 49 95,38 A hijk d 32 54,38 A hij d 49 61,08 ijklmn c128 18,63 C ijkl f 172 93,88 A hijk d 196 52,63 B hij d 80 59,71 ijklmn c27 17,50 B jkl f 261 83,38 A ijk d 216 51,75 B hij d 2 57,92 ijklmn c129 17,50 B jkl f 47 81,63 A jk d 22 45,88 AB hij d 136 55,21 jklmn c235 17,00 B jkl f 32 79,00 A jk d 31 40,88 B ij d 27 52,96 klmn c216 17,00 B jkl f 212 79,00 A jk d 43 38,13 A ij d 32 48,38 lmn c31 17,00 B jkl f 27 68,50 AB jk d 80 36,63 B ij d 47 47,71 lmn c196 14,50 B kl f 2 67,88 AB jk d 47 34,25 A ij d 172 43,63 lmn c172 12,75 B kl f 22 57,00 A k d 136 33,88 B ij d 22 40,71 mn c32 11,75 B l f 43 49,75 A k d 172 24,25 B j d 43 39,13 n cMédias 33,49 C 158,23 A 98,12 B 96,62CV(%) 25,74 29,27 34,67 34,73

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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Os resultados obtidos para MSF (tabela 11) são praticamente semelhantes,

conforme o esperado, para massa fresca de folhas (tabela 10) em virtude da elevada

correlação entre eles (r = 97,3%), conforme já verificado e, as magnitudes diferentes

dos valores obtidos, foram em função da perda de água.

No Ep1, o clone 238 diferiu estatisticamente do controle IAC 2, pelo teste de

Tukey, porém foi semelhante ao IAC 8, enquanto que pelo Scott & Knott, ele diferiu de

ambos. No Ep2 e Ep3 surgiu, novamente como o melhor clone o 280, diferindo

significativamente a 5% dos dois controles por Scott & Knott e Tukey (Ep3) e somente

para o IAC 8 pelo teste de Tukey (tabela 11). Os clones selecionados para MSF foram

os seguintes, 280, 238, 219, 199, 251, 201, 241, 144 e 288.

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62

Tabela 11 - Médias da característica MSF (massa seca de folhas) em g, para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK238 31,50 B a a 280 163,00 A a a 280 126,67 A a a 280 102,72 a aIAC 8 24,13 C ab b IAC 2 125,63 A ab b IAC 8 73,50 B b b IAC 8 70,42 b b219 19,00 B bc c IAC 8 113,63 A bc b 199 68,63 A b b IAC 2 69,51 b b280 18,50 B bcd c 219 89,75 A bcd c IAC 2 65,17 B bc b 238 58,13 bc bIAC 2 17,75 C bcde c 238 78,63 A cde d 238 64,25 A bc b 219 57,21 bc b261 16,50 B bcdef c 129 74,75 A cdef d 219 62,88 AB bc b 199 46,13 cd c144 16,50 B bcdef c 201 72,00 A defg d 251 42,38 AB cd c 251 41,83 de c199 16,13 B bcdefg c 251 70,13 A defg d 70 42,25 A cd c 109 40,38 def c201 15,25 B bcdefgh c 137 68,50 A defgh d 109 41,50 B cde c 129 39,00 defg c147 14,63 B bcdefghi c 109 65,50 A defghi d 241 37,25 AB def c 201 38,25 defgh c109 14,13 C cdefghij c 135 64,88 A defghi d 129 36,75 B def c 241 37,88 defghi c241 13,75 B cdefghijk c 241 62,63 A defghij d 288 36,13 AB defg c 288 35,46 defghij c251 13,00 B cdefghijk c 166 62,25 A defghij d 146 34,00 A defgh c 70 34,83 defghij c135 12,25 B cdefghijk d 128 61,75 A defghij d 147 33,83 AB defgh c 166 34,63 defghij c9 11,25 B cdefghijk d 288 60,63 A defghij d 166 33,25 B defghi c 135 34,60 defghij c70 11,00 B cdefghijk d 144 60,00 A defghij d 44 31,63 A defghij d 137 34,21 defghij c120 9,75 C cdefghijk d 9 59,63 A defghij d 212 28,88 AB defghij d 147 32,32 defghijk c288 9,63 B cdefghijk d 199 53,63 A defghijk d 235 27,50 AB defghij d 128 30,33 efghijkl c47 9,50 A cdefghijk d 31 52,75 A defghijk d 201 27,50 B defghij d 144 30,11 efghijkl c43 8,88 B defghijk d 80 51,63 A defghijk d 213 27,38 A defghij d 44 29,33 efghijkl c166 8,38 C efghijk d 70 51,25 A defghijk d 137 27,13 B defghij d 9 29,24 efghijkl c235 8,13 B efghijk d 44 50,13 A efghijk d 135 26,67 B defghij d 146 27,67 efghijkl c136 7,75 B fghijk d 147 48,50 A efghijk d 2 26,17 B defghij d 120 26,19 fghijklm c212 7,63 B fghijk d 120 45,00 A efghijk e 27 25,25 A defghij d 235 25,63 fghijklm c213 7,63 B fghijk d 146 42,88 A efghijk e 128 24,13 B defghij d 213 25,54 fghijklm c80 7,50 B fghijk d 32 42,75 A efghijk e 120 23,83 B defghij d 32 24,29 ghijklm c32 7,50 B fghijk d 213 41,63 A efghijk e 32 22,63 AB defghij e 80 24,04 ghijklm c49 7,25 B fghijk d 235 41,25 A efghijk e 261 21,75 AB defghij e 212 23,75 hijklm c137 7,00 B fghijk d 196 41,25 A efghijk e 22 19,83 A defghij e 31 23,72 hijklm c22 6,50 B ghijk d 216 39,25 A fghijk e 49 18,75 AB defghij e 261 22,92 ijklm c44 6,25 B hijk d 172 36,38 A fghijk e 216 17,67 B efghij e 2 21,76 jklm c146 6,13 B hijk d 212 34,75 A ghijk e 9 16,83 B fghij e 216 20,56 jklm c2 5,63 C hijk d 136 33,63 A ghijk e 144 13,83 B fghij e 196 18,54 klm c196 5,63 B hijk d 2 33,50 A ghijk e 31 13,17 B fghij e 49 18,33 klm c129 5,50 C hijk d 261 30,50 A hijk e 80 13,00 B fghij e 27 17,92 klm c31 5,25 B ijk d 47 29,00 A ijk e 43 12,00 AB ghij e 136 17,38 klm c128 5,13 C ijk d 49 29,00 A ijk e 47 10,75 A hij e 172 16,61 lm c216 4,75 B jk d 27 24,50 A jk e 136 10,75 B hij e 22 16,57 lm c172 4,13 B k d 22 23,38 A jk e 172 9,33 B ij e 47 16,42 lm c27 4,00 B k d 43 14,88 A k e 196 8,75 B j e 43 11,92 m cMédia 10,77 C 56,12 A 32,59 B 33,16CV(%) 32,24 24,78 26,53 29,15

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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63

Os clones com maior eficiência de produção de folhas em princípio devem ser os

preferidos, desde que tenham um volume de produção alto. Foi observado que os clones

superiores para produção de MSF não são os de maiores taxas de produção de folhas.

Como no denominador da relação entra a massa (g) de todo o material relacionado com

a parte aérea, como ramos, flores, frutos, infrutescências e a própria massa de folhas,

notou-se que os clones até então superiores em massa de folhas (fresca e seca) possuem

ramos grossos e internódios longos, diminuindo a relação. São os casos dos dois

controles, principalmente o clone IAC 8 (muito vigoroso) e o clone recombinante 280

para MFF/MFT (tabela 12). Embora, este teve uma melhor resposta de eficiência foliar

quando as folhas foram secas, mudando significativamente sua posição em relação aos

controles nos três Eps segundo os contrastes pelo Scott & Knott (tabela 13). Outros

clones recombinantes, até então semelhantes aos controles em produção de biomassa

também apresentaram taxa de produção de folhas superiores, com valores significativos

aos controles em dois Eps, segundo o teste de Scott & Knott. Foram eles: 288, 199, 201,

238, 251 e 241 que haviam se destacado para MFF e MSF.

Os clones de ramos mais finos foram, via de regra, os de maior eficiência foliar,

mas com rendimento de folhas (MFF e MSF) abaixo estatisticamente dos controles e

dos clones recombinante superiores. Conforme salientado, anteriormente, os clones com

ramos mais finos e menos lenhoso de alta taxa de produção foliar podem ser

selecionados em outra instância para estudos com diferentes espaçamentos, uma vez que

eles podem ser considerados menos vigorosos e próprios para cultura adensada. Foram

listados neste grupo os seguintes: 213, 235, 166, 135 e 80. No trabalho de

YAMAMOTO (2006), também foram encontrados clones de porte reduzido, internódios

muito curtos e alta eficiência de produção de folhas e foram identificados como

pertencentes aos quimiótipos limoneno/carvona. Ainda segundo a mesma autora, foi

constatada a presença de virose (provavelmente CMV-Cucumber mosaic vírus) nos

clones limoneno / carvona, explicando possivelmente o ananísmo das plantas. Em nosso

caso, o quimiótipo é linalol e não se observou visualmente sintoma de virose nas folhas

das plantas de ramos finos, folhas menores e internódios curto, mantendo a resistência

dos quimiótipos linalol a este vírus, conforme estudado, pioneiramente, por

YAMAMOTO (2006).

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Tabela 12 - Médias da característica MFF/MFT (massa fresca de folhas/massa fresca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK213 42,21 A a a 136 38,24 A a a 201 35,44 A a a 213 34,82 a a166 40,24 A ab a 120 35,23 A ab a 235 34,36 A a a 136 34,32 ab a80 40,22 A ab a 213 34,62 AB abc a 2 32,21 A ab a 80 33,69 abc a241 36,83 A abc b 2 34,12 A abc a 199 31,87 A abc a 235 33,19 abc a135 36,44 A abcd b 47 33,96 AB abc a 288 30,79 A abc a 201 32,33 abcd a9 36,34 A abcd b 80 33,57 AB abc a 238 30,68 A abcd a 199 32,31 abcd a47 35,95 A abcde b 199 33,06 A abcd a 136 30,65 A abcd a 47 32,16 abcd a196 35,84 A abcde b 238 32,45 A abcd a 251 30,53 A abcd a 166 31,88 abcde a235 34,62 A abcdef b 212 32,44 A abcd a 166 29,13 A abcd a 135 31,82 abcde a216 34,28 A abcdef b 49 31,07 AB abcde b 135 29,07 A abcd a 2 31,50 abcdef a136 34,16 A abcdef b 201 31,06 A abcde b 219 28,86 A abcd a 238 31,28 abcdefg a32 33,49 A abcdefg b 235 30,64 A abcde b 44 28,70 A abcd a 251 31,18 abcdefg a288 33,15 A abcdefg b 251 30,64 A abcde b 146 28,54 A abcd a 288 31,07 abcdefg a49 33,05 A abcdefg b 147 30,13 A abcde b 70 28,08 A abcd a 241 30,91 abcdefg a146 32,52 A abcdefg b 135 30,09 A abcde b 49 28,00 B abcd a 49 30,69 abcdefg a251 32,39 A abcdefg b 216 29,86 A abcde b 280 27,99 A abcd a 146 30,05 abcdefgh a199 31,99 A abcdefg c 31 29,57 A abcde b 213 27,97 B abcd a 9 29,97 abcdefgh a137 31,57 A bcdefg c 22 29,55 A abcde b 9 27,85 AB abcd a 216 29,81 abcdefgh a212 31,37 A bcdefg c 288 29,31 A abcde b 80 27,56 B abcd a 196 29,67 abcdefgh a31 31,30 A bcdefgh c 280 29,18 A abcde b 241 27,52 A abcd a 212 29,57 abcdefgh a109 31,14 A bcdefgh c 146 29,13 A abcde b 31 27,04 A abcd a 120 29,32 abcdefgh a238 30,73 A bcdefgh c 261 29,12 A abcde b 109 26,89 A abcd a 31 29,29 abcdefgh a201 30,55 A bcdefgh c 43 29,08 A abcde b 47 26,78 B abcd a 219 28,88 abcdefghi a144 30,49 A bcdefgh c 137 29,00 A abcde b 129 26,48 A abcd a 137 28,85 abcdefghi a147 30,39 A bcdefgh c 172 28,80 A abcde b 196 26,41 A abcd a 70 28,45 bcdefghij b219 29,82 A cdefgh c 241 28,59 A abcde b 137 26,04 A abcde a 280 28,36 bcdefghijk b70 29,56 A cdefgh c 144 28,50 A abcdef b 216 25,46 A abcde b 147 28,06 cdefghijk b22 29,22 A cdefgh c 219 27,96 A abcdef c 212 25,06 A abcde b 109 27,83 cdefghijk bIAC 2 28,60 A cdefgh c 70 27,72 A bcdef c 120 24,60 A abcde b 44 27,20 defghijk b120 28,40 A cdefgh c IAC 2 27,58 A bcdef c 128 24,31 A abcde b 22 26,71 defghijk b44 28,31 A cdefgh c 196 27,02 A bcdef c IAC 8 24,29 A abcde b 32 26,25 efghijk b2 28,24 A cdefgh c 166 26,67 A bcdef c 27 24,28 A abcde b IAC 2 25,90 fghijk b280 27,91 A cdefgh c 9 26,00 B bcdef c 147 23,83 A abcde b 144 25,90 fghijk b128 26,88 A defgh d 109 25,54 A bcdef c 261 21,79 A bcde b 261 25,65 ghijk b43 26,75 A defgh d 44 24,67 A cdef d IAC 2 21,72 A bcde b 128 24,84 hijk b261 26,21 A efgh d 32 24,51 B cdef d 22 21,61 B bcde b 172 24,74 hijk bIAC 8 25,98 A fgh d 128 23,36 A def d 32 21,23 B bcde b IAC 8 24,47 hijk b172 25,43 A fgh d IAC 8 23,16 A def d 172 20,25 A cde b 43 23,52 ijk b129 24,10 A gh d 27 22,19 A ef d 144 19,22 B de b 129 23,17 jk b27 21,95 A h d 129 19,14 A f d 43 15,60 B e b 27 22,80 k bMédias 31,38 A 29,09 B 26,61 C 32,59CV(%) 6,33 6,90 8,69 7,31

CLONES e EXPERIMENTOSCJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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Tabela 13 - Médias da característica MSF/MST (massa seca de folhas/massa seca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK80 39,48 A a a 213 49,33 A a a 199 37,07 A a a 199 37,51 a a9 38,21 A ab a 136 49,32 A a a 238 33,54 A ab b 238 35,50 ab a251 35,41 A abc a 199 46,63 A ab a 219 32,05 A abc b 213 35,28 ab a47 35,37 A abc a 49 45,12 A abc a 280 32,00 A abc b 251 34,68 ab a241 34,88 A abc a 80 42,51 A abcd b 251 30,75 A abcd c 80 34,06 abc a32 34,52 A abcd a 43 41,24 A abcde b 70 30,09 A abcde c 201 33,72 abcd a201 33,71 A abcde a 212 40,49 A abcde b 109 30,04 A abcdef c 136 33,64 abcd a288 32,94 A abcde a 235 40,36 A abcde b 147 29,92 A abcdef c 147 33,46 abcde a238 32,74 A abcde a 238 40,33 A abcde b 235 29,69 A abcdef c 288 33,21 abcde a166 32,73 AB abcde a 201 39,87 A abcde b IAC 8 29,58 AB abcdef c 219 33,20 abcde a2 32,70 AB abcde a 166 38,69 A abcdef c 288 29,33 A abcdef c 49 32,97 abcde a219 32,38 A abcde a 147 38,36 A abcdef c 241 29,17 A abcdef c 241 32,96 abcde a147 32,24 A abcde a 251 37,96 A abcdef c 44 29,05 A abcdef c 166 32,90 abcde a135 31,98 A abcde a 135 37,95 A abcdef c 146 28,44 A abcdefg c 9 32,50 abcdef a137 31,70 A abcde a 196 37,76 A abcdef c 201 27,84 A abcdefg c 280 32,32 abcdef a213 31,14 B abcde a 144 37,59 A abcdef c 129 27,59 A bcdefg c 235 32,21 abcdef a49 30,56 AB abcde a 288 37,47 A abcdef c 166 27,53 B bcdefg c 135 32,20 abcdef a146 30,52 A abcde a 31 37,16 A abcdef c 212 27,17 B bcdefg c 2 32,19 abcdef a280 29,48 A abcde a 2 37,13 A abcdef c 137 27,12 A bcdefg c 70 31,51 abcdefg a70 29,40 A abcde a 172 37,04 A abcdef c 2 26,94 B bcdefg c 146 31,51 abcdefg a199 29,23 A abcde a 22 36,61 A bcdef c 135 26,92 A bcdefg c 137 31,44 abcdefg a109 28,52 A abcde b 261 36,51 A bcdef c 213 26,19 B bcdefgh c 212 31,39 abcdefg a136 27,90 B abcde b 216 35,83 A bcdef c 9 26,02 B bcdefgh c 32 30,45 bcdefgh a129 27,56 A abcde b 129 35,82 A bcdef c 120 25,31 A bcdefghi d 129 30,26 bcdefgh b120 27,24 A abcde b 146 35,67 A bcdef c 31 25,15 A bcdefghi d 109 30,10 bcdefgh bIAC 2 27,02 AB abcdef b 137 35,66 A bcdef c 27 24,97 A bcdefghi d 47 29,80 bcdefgh b212 26,96 B abcdef b 280 35,54 A bcdef c 136 24,79 B bcdefghi d 31 29,57 bcdefgh b235 26,96 A abcdef b 219 35,18 A bcdef c 128 24,43 B cdefghi d IAC 8 29,49 bcdefgh b31 26,77 A abcdef b 70 35,13 A bcdef c 49 24,07 B cdefghij d 44 29,26 bcdefgh b128 26,18 AB bcdef b 241 34,93 A bcdef c 32 23,72 A cdefghij d 128 28,34 cdefghi bIAC 8 25,63 B bcdef b 47 34,88 A bcdef c IAC 2 23,55 B cdefghij d 216 27,92 cdefghi b261 25,44 AB cdef b 128 34,73 A bcdef c 196 23,53 A cdefghij d 261 27,86 defghi b216 25,28 B cdef b 44 34,51 A bcdef c 216 23,12 B cdefghij d 196 27,69 defghi b44 24,46 A cdef b 9 33,57 A cdef c 261 22,21 B defghij d IAC 2 27,58 defghi b144 24,14 B cdef b 32 33,46 A cdef c 172 21,54 A efghij d 120 27,46 efghi b43 22,55 B def b IAC 8 33,41 A cdef c 80 21,31 B fghij d 172 26,69 fghi b196 22,51 A def b IAC 2 32,37 A def c 47 20,01 A ghij e 43 26,09 ghi b172 22,31 A ef b 109 31,75 A def c 22 18,34 B hij e 144 25,87 ghi b22 22,20 B ef b 120 29,89 A ef c 144 17,16 B ij e 22 25,35 hi b27 15,95 A f b 27 27,65 A f c 43 16,35 B j e 27 22,64 i bMédias 29,08 B 37,33 A 26,22 C 33,69CV(%) 8,46 6,76 6,62 7,32

CLONES e EXPERIMENTOSCJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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66

4.2.4 Massa fresca e seca total / broto (MFT/Br, MSF/Br), massa fresca e seca de folhas / broto (MFF/Br, MSF/Br)

Estas características foram feitas como alternativa de redução do erro

experimental, pois se julgou que dividindo MFT, MST, MFF e MSF pelo número de

brotos ou ramos das plantas nas parcelas poderiam, de certa forma, equacionar melhor

estas variáveis. Conforme foi constatado pelos níveis elevados dos CVs encontrados e,

principalmente, por NB ter sido a que teve os menores valores para o componente

genotípico (R2), tendo predomínio de variâncias residuais, a alternativa proposta não se

mostrou válida no presente estudo. Este fato leva a não confiabilidade da classificação

dos clones em virtude das posições dos mesmos terem significativa influência ambiental

do que propriamente de efeitos genéticos após a divisão por NB. Desta forma

permanecem como mais adequadas às variâncias obtidas nas características per se e as

discussões já realizadas anteriormente. Desta forma optou-se por não discutir as tabelas

com as quatro características que possuem divisão por NB, mas mantê-las como anexo

(anexos 9 a 12).

4.2.5 Rendimento de óleo essencial (RD) em %

No Ep1, segundo a tabela 14, destacaram-se os clones 166, 280, 201 e 251 que

apresentaram rendimento de 1,24; 1,11; 1,11 e 1,10% de óleo essencial respectivamente,

contudo, não diferiram dos dois controles (IAC 8: 1,07 e IAC 2: 0,89%). O clone 288,

com 0,96% ficou entre os dois controles, mas sem diferir estatisticamente. Os clones

que apresentaram as menores médias para rendimento de óleo foram 241, 44, 219 e 238

com 0,43; 0,36; 0,35 e 0,33% respectivamente. No Ep2 destacaram-se os clones 166,

201, 49, 80, 280, 288, 251 e 147 com médias de 1,60; 1,38; 1,37; 1,34; 1,29; 1,24; 1,23

e 1,20%, não diferindo estatisticamente entre si, porém, diferem dos controles IAC 8:

0,98% e IAC 2: 0,94%. Os genótipos que apresentaram as menores médias foram 212,

241, 219 e 44 com 0,58; 0,44; 0,35 e 0,35% respectivamente. No Ep3 os clones que

mais se destacaram foram 288, 166, 251, 5, 80, 49 e 280 com médias de 1,65; 1,47;

1,45; 1,43; 1,39; 1,29 e 1,23% respectivamente, porém, sem diferirem entre si e dos

controles (IAC 2: 1,21% e IAC 8: 1,18%). Os clones que apresentaram as menores

médias foram 44, 212, 235 e 219 com 0,63; 0,62; 0,57 e 0,54% respectivamente. Estes

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níveis de RD dos clones superiores estão dentro da faixa obtida por YAMAMOTO

(2006), cujo valor mais baixo de RD observado em dez experimentos foi 0,93%, porém,

os dados obtidos são superiores aos encontrados por JANNUZZI (2006). Este autor,

avaliando 16 acessos de Lippia alba,verificou teores de rendimento de plantas linalol

variando de 0,65 a 0,84%. Os Cvs% foram baixos com valores entre 8,5 e 9,5%

revelando bom controle experimental.

Os clones selecionados para esta característica com valores próximos aos dos

controles foram: 288, 166, 251, 80, 280, 70, 49, 201, 144 e 137.

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Tabela 14 - Médias da característica RD (rendimento de óleo por planta) em % para 30 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK166 1,24 A a a 166 1,60 A a a 288 1,65 A a a 288 1,44 a a280 1,11 A ab a 201 1,38 A ab a 166 1,47 A ab a 166 1,39 a a201 1,11 A ab a 49 1,37 A ab a 251 1,45 A ab a 5 1,31 ab a251 1,10 A ab a 80 1,34 A abc a 5 1,43 A ab a 251 1,27 ab a80 1,09 A ab a 280 1,29 A abcd a 80 1,39 A abc a 80 1,22 abc b70 1,08 A ab a 288 1,24 A abcde a 49 1,29 A abcd a 280 1,21 abcd b5 1,08 A ab a 251 1,23 A abcde a 280 1,23 A abcde a 70 1,14 abcde bIAC 8 1,07 A abc a 147 1,20 A abcde a IAC 2 1,21 A abcde a IAC 8 1,14 abcde b49 0,98 A abcd a 70 1,12 A abcde a 201 1,20 A abcde a 49 1,09 abcde b288 0,96 A abcd a 5 1,09 A abcde a IAC 8 1,18 A abcde a 201 1,08 abcdef b147 0,94 A abcd a IAC 8 0,98 A abcdef b 137 1,17 A abcde a IAC 2 1,07 abcdef bIAC 2 0,89 A abcde a 146 0,97 A abcdef b 70 1,16 A abcde a 144 1,05 abcdefg b144 0,87 A abcde a 144 0,97 A abcdef b 144 1,07 A abcde a 137 1,03 abcdefg b146 0,79 A abcdef b IAC 2 0,94 A abcdef b 2 1,00 A abcde b 2 0,93 bcdefgh c135 0,78 A abcdef b 137 0,92 A abcdef b 22 0,96 A abcde b 9 0,91 bcdefgh c22 0,76 A abcdefg b 128 0,91 A abcdef b 128 0,96 A abcde b 128 0,90 bcdefgh c2 0,75 A abcdefg b 135 0,88 A abcdefg b 9 0,95 A abcde b 22 0,89 bcdefgh c120 0,74 A abcdefg b 9 0,86 A abcdefg b 146 0,93 A abcde b 146 0,83 cdefghi c128 0,74 A abcdefg b 22 0,82 A bcdefg b 199 0,86 A abcde b 135 0,81 defghi c137 0,72 A abcdefg b 2 0,78 A bcdefg b 129 0,82 A abcde b 147 0,79 efghi c129 0,68 A abcdefg b 120 0,77 A bcdefg b 147 0,81 A abcde b 199 0,77 efghi c9 0,67 A abcdefg b 129 0,73 A bcdefg b 241 0,77 A bcde b 129 0,76 efghi c212 0,56 A bcdefg c 235 0,69 A bcdefg c 135 0,74 A bcde b 120 0,70 fghi d235 0,53 A cdefg c 238 0,66 A cdefg c 120 0,73 A bcde b 241 0,68 ghi d109 0,50 A defg c 109 0,65 A cdefg c 109 0,70 A bcde b 109 0,63 hi d199 0,47 A defg c 199 0,64 A defg c 238 0,68 A bcde b 212 0,62 hi d241 0,43 A efg c 212 0,58 A efg c 44 0,63 A cde b 44 0,60 hi d44 0,36 A fg c 241 0,44 A fg c 212 0,62 A cde b 235 0,53 i d219 0,35 A fg c 219 0,35 A g c 235 0,57 A de b 219 0,53 i d238 0,33 B g c 44 0,35 A g c 219 0,54 A e b 238 0,52 i dMédias 0,76 C 0,89 B 0,98 A 5,47CV(%) 8,48 8,92 9,47 9,50

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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4.2.6 Produção de óleo por planta (PO) em g.Pl-1

Houve ampla variação nos teores de PO, entre os três experimentos, com

diferenças entre si a 5% pelo teste Tukey, os dados são apresentados na tabela 15.

O Ep1 foi considerado como ambiente desfavorável (compactação de solo) e por

essa razão teve a menor média de PO (média de 0,096g.Pl-1) em função da

dependendência desta característica para MST. Em seguida o Ep3 com 0,396g.Pl-1 e o

melhor deles Ep2 com 0,647g.Pl-1.

No Ep1 todos os clones ficaram abaixo da média geral, onde o clone 280 com

média 0,2325 não diferiu estatisticamente do controle IAC 8 com média 0,2495,

contudo, esses diferem dos demais clones avaliados. Os clones que apresentaram as

menores médias para a característica foram 212, 129, 146 e 44 com médias de 0,0420;

0,0413; 0,400 e 0,0257 respectivamente. Os demais clones apresentaram médias de

produção de óleo por planta próxima aos dois controles, formando um grupo de

indivíduos favoráveis para seleção e posterior reavaliação. Contudo, no Ep2, destacou-

se o clone 280 que diferiu estatisticamente dos demais clones avaliados, com média de

produção de 2,3632gPl-1, os clones 166, 251, 288, 201, 80, 144 e 70 não diferiram

estatisticamente entre si e dos dois controles, porém, apresentaram médias superiores a

média geral dos experimentos 0,3796. Os clones que apresentaram as menores médias

foram 135, 144, 235 e 9 com médias 0,1721; 0,1632; 0,1620 e 0,1558 respectivamente.

Os demais clones apresentaram médias próximas aos dois controles, constituindo um

amplo grupo de indivíduos favoráveis para seleção e posterior reavaliação.

No Ep3, as médias foram intermediárias entre Ep1 e Ep2, porém, destaca-se

novamente o clone 280, que diferiu estatisticamente dos demais genótipos avaliados,

com média de 1,6344. Os clones que apresentaram as menores médias para a

característica foram 135, 144, 235 e 9, com médias 0,1721; 0,1632; 0,1620 e 0,1558

respectivamente. Os demais clones formaram grupos com médias próximas aos

controles, sendo, portanto, selecionáveis para posteriores reavaliações. Desta forma os

clones selecionados com PO maior e semelhantes aos controles foram: 280, 251, 166,

288, 201 e 70.

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70

Tabela 15 - Médias da característica PO (produção de óleo por planta) em g para 30 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott e Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SKIAC 8 0,2495 A a a 280 2,3632 A a a 280 1,6344 AB a a 280 1,4100 a a280 0,2325 B ab a IAC 2 1,2646 A b b IAC 8 0,8820 A b b IAC 2 0,7586 b b166 0,1863 A abc b IAC 8 1,0345 A bc b IAC 2 0,8288 AB bc b IAC 8 0,7220 b bIAC 2 0,1826 B abc b 166 0,9649 A bc b 288 0,6395 A bcd c 251 0,5625 bc c201 0,1479 A abcd b 251 0,9243 A bc b 251 0,6332 A bcd c 166 0,5429 bcd c144 0,1367 A abcde b 288 0,8629 A bc b 70 0,5109 B cde d 288 0,5266 bcde c147 0,1322 C bcde b 201 0,8581 A bc b 238 0,4833 A def d 201 0,4543 bcdef c251 0,1300 B bcde b 80 0,7990 A bc b 166 0,4776 A def d 70 0,4415 bcdef c70 0,1086 C cde c 144 0,7706 A bc b 5 0,4078 A def d 238 0,3805 cdef c5 0,1016 A cde c 70 0,7051 A bc b 199 0,3649 A def e 80 0,3615 cdef c238 0,0995 A cde c 137 0,6371 A bc c 201 0,3569 A def e 144 0,3568 cdef c9 0,0926 B cde c 128 0,6220 A bc c 137 0,3381 A def e 147 0,3507 cdef c120 0,0921 B cde c 135 0,6161 A bc c 146 0,3344 AB def e 137 0,3430 cdef c135 0,0901 B cde c 147 0,6006 A bc c 147 0,3194 B def e 129 0,3173 cdef c109 0,0805 C cde c 129 0,5914 A bc c 129 0,3192 A def e 128 0,3077 cdef c80 0,0805 A cde c 9 0,5898 A bc c 219 0,3106 A def e 49 0,2988 cdef c288 0,0773 B cde c 49 0,5709 A bc c 241 0,2846 A ef e 135 0,2927 cdef c199 0,0720 A cde c 238 0,5587 A bc c 109 0,2844 B ef e 199 0,2862 cdef c49 0,0591 A de c 109 0,4638 A bc c 2 0,2768 A ef e 5 0,2805 cdef c219 0,0569 B de c 146 0,4434 A bc c 49 0,2664 A ef e 9 0,2794 cdef c22 0,0561 A de c 199 0,4217 A bc c 128 0,2561 B ef e 109 0,2762 cdef c241 0,0551 A de c 219 0,4048 A bc c 44 0,2532 A ef e 146 0,2726 cdef c137 0,0538 A de c 120 0,3662 A bc c 80 0,2051 A ef e 219 0,2574 cdef c235 0,0503 A de c 241 0,3411 A bc c 22 0,2011 A ef e 241 0,2269 def c2 0,0471 B de c 235 0,3333 A bc c 120 0,1854 AB ef e 120 0,2146 ef c128 0,0452 B de c 5 0,3321 A bc c 212 0,1851 A ef e 2 0,2010 f c212 0,0420 A de c 2 0,2790 A c c 135 0,1721 B f e 235 0,1818 f c129 0,0413 A de c 212 0,2570 A c c 144 0,1632 A f e 22 0,1656 f c146 0,0400 B de c 22 0,2397 A c c 235 0,1620 A f e 212 0,1614 f c44 0,0257 B e c 44 0,2007 A c c 9 0,1558 B f e 44 0,1598 f cMédias 0,0955 C 0,6472 A 0,3964 B 0,3796CV(%) 29,29 36,11 20,30 37,82

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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4.2.7 Perfil fitoquímico: componente majoritário linalol (LN%)

Através da análise fotoquímica (anexos 3 a 8), confirmou-se que o composto

majoritário dos clones selecionados (método olfativo) para o presente estudo era linalol,

contudo, foi possível verificar variações médias significativas na proporção do

componente majoritário. Como não houve interação genótipo x ambiente, as discussões

foram realizadas somente com base nas médias apresentadas pela ANAVA conjunta dos

experimentos, uma vez que, na ausência de interação não há mudanças na posição dos

clones. Os dados são apresentados na tabela 16.

Tabela 16 – Análise da proporção do óleo majoritário (LN%) nos cinco clones recombinantes superiores para MSF mais os dois controles em três experimentos, com teste de Tukey a 5% para análises de variância simples e conjunta.

Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre clones pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre experimentos pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CL: clones, CJ: análise conjunta dos experimentos, CV(%): coeficiente de variação ambiental, Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC), Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças), Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA.

O coeficiente de variação para essa análise foi muito baixo, o que permitiu boa

separação dos clones através do teste de Tukey. É possível verificar que os clones 201 e

288 não diferem estatisticamente entre si, contudo, foram superiores estatisticamente

(Tukey 5%) aos dois controles empregados, evidenciando o potencial genético da

espécie para ser explorado por meio da recombinação livre ou dirigida entre os

genótipos. Estes dois clones altamente produtivos de linalol foram selecionados

CL CL CL CL201 87,02 a A 288 84,48 a A 201 82,64 a A 201 84,68 A251 85,81 a A 201 84,38 a A 251 81,45 a A 288 84,08 A288 85,51 a A 251 81,94 b B 288 81,26 b B 251 83,07 ABIAC 8 83,12 a A 280 79,84 bc A IAC 8 75,99 bc A IAC 8 79,55 BCIAC 2 79,00 a A IAC 8 79,55 c A 280 74,16 c A 280 77,49 C 280 78,46 a A IAC 2 77,03 d A IAC 2 73,40 d A IAC 2 76,48 CD166 75,51 a A 166 73,47 e A 166 69,45 e A 166 72,81 DMédias 82,24 A 80,22 B 80,22 B 79,74CV(%) 3,45 0,60 0,59 2,08

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

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juntamente com os demais para experimentação posterior. Os teores de linalol aqui

obtidos foram superiores aos encontrados por YAMAMOTO (2006). No seu estudo o

valor médio máximo encontrado, testando quatro clones linalol em seis experimentos

foi de 76,6% (IAC 2) e para oito clones linalol na média de dois experimentos, 81,3%

(IAC 8). Os valores encontrados nesse trabalho, também foram superiores aos

encontrados por TAVARES et al., (2005), que, analisando a composição química do

óleo essencial de três quimiótipos de Lippia alba, identificaram teores de linalol de

73,99% na fase vegetativa e 60,05% na floração. BLANK et al., (2003) verificaram

teores de linalol de 56,50 a 71,22% em manjericão (Ocimum basilicum L.) e

FIGUEIREDO et al., (2005) identificaram concentrações de 76,51 a 78,95% de linalol

em frutos maduros e secos de coentro (Coriandrum sativum L.) durante o outono e que

os frutos verdes apresentaram teores de linalol variando de 31,36 a 41,77%, valores

esses bem menores aos encontrados neste trabalho.

Os dois clones derivados de recombinação genética produziram na média de três

Eps, 85,3% e 84,8%, respectivamente para os clones 201 e 288.

Da mesma forma, foi possível observar clones que apresentaram médias

inferiores aos dois controles. O clone 280 apresentou média inferior ao IAC 8 e superior

ao IAC 2, contudo, eles não diferiram estatisticamente entre si. O clone 166 foi o que

apresentou a menor média para proporção de linalol no óleo essencial (média de

74,15%), não diferindo do controle IAC 2, contudo, em relação ao controle IAC 8, esse

clone diferiu significativamente.

Concluí-se, portanto, que os ganhos em produção de majoritário e de óleo total

por planta e conseqüentemente por área devem ser mais dependentes da produção de

biomassa, uma vez que foram detectadas ampla variabilidade genotípica para essa

característica. Prevê-se que após a seleção de materiais mais produtivos numa base de

germoplasma o mais ampla possível (recombinação de vários clones) deve-se a partir

daí concentrar esforços, agora nos caracteres mais específicos com RD e PO. Além

disso, a Lippia alba é uma espécie ainda não domesticada possuindo muitos ecótipos

nas Matas Tropicais e Subtropicais que são reservas gênicas ainda inexploradas sob o

ponto de vista do melhoramento genético para seleção de características relacionadas

com a produção de biomassa.

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4.3 Divergência Genética por Análises Multivariadas 4.3.1 Análise de agrupamento

A análise dos trinta clones gerou a formação de cinco grupos distintos, de acordo

com a distancia Euclidiana padronizada calculada e existente entre eles. Os resultados

são mostrados na figura12.

O primeiro grupo foi formado pelos clones 2, 22, 49, 80 e 5, onde os indivíduos

mais similares foram os clones 49 e 80, seguidos pelos clones 22 e 2. O clone 5

apresentou a maior dissimilaridade entre os indivíduos desse grupo. Esses clones foram

os que apresentaram as menores médias para as principais características agronômicas

de importância, tais como massa fresca e seca total (MFT e MST), massa fresca e seca

de folhas (MFF e MSF).

O segundo grupo foi constituído pela maior parte dos clones avaliados (11

clones), sendo possível verificar uma subdivisão dentro desse grupo. Os indivíduos que

compõem o primeiro subgrupo são os clones 9, 128, 135, 166, 288, 44, os clones que

formaram o segundo subgrupo foram 120, 146, 147, 212 e 235. De maneira semelhante

ao primeiro grupo, esses genótipos apresentaram médias intermediarias para as

principais características agronômicas de interesse, tais como massa fresca e seca total

(MFT e MST), massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF), área foliar (AF). Foram

plotados como mais semelhantes nesse grupo, 146 e 147 (segundo subgrupo), seguidos

por 166 e 288 (primeiro subgrupo), 212 e 235 (segundo subgrupo). O indivíduo que

apresentou a maior dissimilaridade entre os integrantes desse grupo foi o clone 44

(primeiro subgrupo) e o 120 (segundo subgrupo).

No terceiro grupo (nove clones) foi observada a mesma subdivisão descrita

anteriormente. O primeiro subgrupo foi estabelecido com os clones 70, 137, 201, 144,

251, sendo que neste, os indivíduos mais próximos foram os clones 137 e 201, o

individuo que apresentou a maior dissimilaridade neste subgrupo foi o 251.

O segundo subgrupo foi formado com os clones 109, 199, 241 e 238, sendo os

mais similares entre si o 109 e 199. O clone que apresentou a maior dissimilaridade

dentro desse subgrupo foi o 238. Estes clones apresentaram médias próximas aos dois

controles para as características descritas nos grupos anteriores.

O quarto grupo foi formado com os clones de recombinação junto com os de

coleta (controles), com 129, 219, IAC 2 e IAC 8. Os genótipos mais similares desse

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grupo foram o 219 e T2 (IAC 2). O clone que apresentou a maior dissimilaridade dentro

do grupo foi o clone 129. Esses genótipos apresentaram médias muito próximas aos

controles e, em algumas das variáveis avaliadas, estes foram superiores em valores

médios porem não diferiram estatisticamente.

Destaque especial ficou para o clone 280, cuja superioridade já havia sido

detectada estatisticamente em algumas características individuais. Na análise

multivariada de agrupamento, ele formou unicamente o quinto e último grupo,

apresentando 100% de dissimilaridade entre todos os clones avaliados. Esse genótipo,

portanto, apresentou as melhores médias para a maioria das características de

importância agronômica como massa fresca e seca total, massa fresca e seca de folhas,

área foliar e comprimento de internódios.

A similaridade e dissimilaridade genética entre os materiais avaliados podem ser

explicadas pela origem dos mesmos, uma vez que estes são meios irmãos entre si e

descendem de oito mães de quimiótipo linalol, sendo sete delas similares geneticamente

(IAC 1 a IAC 7) e uma mais dissimilar (IAC 8) (YAMAMOTO, 2006) e os pais

podendo ser qualquer uma das 20 plantas representando cinco quimótipos diferentes,

inclusive linalol, presentes no experimento de onde foram coletadas as sementes.

De acordo com a literatura, a principal aplicação dos métodos de agrupamento

das analises multivariadas é a identificação de genitores para hibridações futuras,

visando explorar os efeitos heteróticos dos genes. Estes genitores são selecionados entre

os grupos, ou seja, quanto mais distantes forem melhores poderão ser as combinações

obtidas nas progênies.

No presente trabalho, a finalidade foi justamente oposta, ou seja, a utilização

deste tipo de análise pelo melhorista, como estratégia para identificação previa de

agrupamentos de indivíduos semelhantes (menos divergentes), em relação aos dois

controles utilizados neste trabalho, para experimentações posteriores de validação e

lançamento de cultivares.

Ressalte-se, também que, indivíduos superiores aos controles que formem

agrupamentos distintos (neste caso divergência específica) são os mais relevantes para a

seleção. Nesta linha foi identificado o clone 280. Podem ser listados os seguintes clones

de acordo com a análise de agrupamentos para serem estudados em novos

experimentos: 280, 219, 129, 238, 241, 199 e 109.

SANTOS (2001), através da análise de agrupamento, obteve agrupamentos de

acordo com a composição química dos óleos essenciais de Lippia alba. Resultado

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semelhante foi encontrado por YAMAMOTO (2006). A autora, avaliando 10 e 20

genótipos de Lippia alba verificou a formação de 4 e 5 grupos respectivamente, de

acordo com a composição química dos óleos. BARBIERI et al., (2005), trabalhando

com 16 acessos de cebola, verificaram a formação de três grupos diferentes, sendo o

primeiro com o maior número de acessos (13) constituído pelas variedades crioulas, o

segundo pela variedade local crioula roxa e o terceiro grupo pelas variedades

comerciais.

Figura 12 - Análise de divergência genética para 30 clones de Lippia alba. As distâncias genéticas foram obtidas com base nas 16 variáveis e quantificadas através da distancia Euclidiana padronizada e o agrupamento foi feito pelo método UPGMA. 4.3.2 Análise de componentes principais

Com o auxílio das análises de componentes principais, visualizou-se em um

plano bidimensional, a distribuição e formação de grupos de indivíduos muito próximos

aos apresentados pela análise de agrupamento.

280 T1 T2 219 129 238 241 199 109 251 144 201 137 70 235 212 147 146 120 44 288 166 135 128 9 5 80 49 22 2

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

IAC 8IAC 2

280 T1 T2 219 129 238 241 199 109 251 144 201 137 70 235 212 147 146 120 44 288 166 135 128 9 5 80 49 22 2

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

IAC 8IAC 2

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O valor absorvido por cada componente foi de 53,7; 15,3; 9,5 e 7,2%

respectivamente para a ACP 1, ACP 2, ACP 3 e ACP 4. Os dois primeiros componentes

absorveram juntos 69% da variação observada, valor próximo ao obtido por SANTOS

(2001) para a ACP de substâncias químicas do óleo de Lippia alba (para os três

primeiros componentes), sendo que com o terceiro e quarto componentes, foram

absorvidos 85,7% de toda a variação (tabela 17), estando, portanto, de acordo com o

valor estimado como bom, segundo CRUZ & REGAZZI (1997) que é 80%. Deste

modo, os quatro componentes explicam quase toda a variação observada na análise dos

caracteres fenotípicos.

Tabela 17 – Estimativas dos autovalores associados aos componentes principais, juntamente com sua importância relativa (Raiz %) e acumulada, referentes as 16 variáveis avaliadas em 30 clones de Lippia alba.

Componentes Raiz Raiz (%) Acumulada (%)1 8,59513 53,71956 53,719562 2,45276 15,32977 69,049333 1,51239 9,45245 78,501794 1,15705 7,23157 85,73336

Em conformidade com os índices dos autovetores associados, foi possível

verificar quais foram das 16 variáveis avaliadas, as que apresentaram maior

contribuição para cada um dos quatro componentes. Para o primeiro componente, dentre

as variáveis que mais influenciaram na distribuição dos clones avaliados destacam-se

massa seca de folhas (MSF), massa seca total (MST), massa fresca de folhas (MFF) e

massa fresca total (MFT) com autovetores de 0,952; 0,945; 0,944 e 0,927

respectivamente. Já no segundo componente as variáveis que mais influenciaram foram

área foliar (AF), comprimento de internódios (CI) e número de folhas (NF) com

autovetores de 0,831; 0,729 e -0,756 respectivamente. No terceiro componente, as

variáveis mais importantes foram relação massa seca de folhas/ massa seca total

(MSF/MST) e relação massa fresca de folhas/ massa fresca total (MFF/MFT) com

autovetores de -0,952 e -0,885 respectivamente. No quarto e último componente, a

variável mais importante foi rendimento de óleo essencial (RD) com autovetor de 0,896.

Os resultados obtidos para a ACP 1 e 2 são dados a seguir na figura 13. No

gráfico, é possível verificar que, com relação a ACP 1, há dois grupos distintamente

plotados, apresentando grande distância entre si, o primeiro formado pelos clones 2, 5,

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22, 49 e 80, são os que apresentaram as menores médias para as características mais

importantes identificadas para este componente principal, sendo elas massa seca de

folhas (MSF), massa seca total (MST), massa fresca de folhas (MFF), massa fresca total

(MFT) e produção de óleo por planta (PO), o segundo grupo, foi constituído pelos

clones 280, IAC 8 e IAC 2, esses clones foram os que apresentaram as maiores e

melhores médias para as características anteriormente descritas. Os demais grupos

apresentaram médias intermediárias entre os dois extremos apresentados no gráfico.

Figura 13 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP2) com trinta clones de Lippia alba baseada nas dezesseis variáveis estudadas.

Analisando os dados do segundo componente, ACP2 (figura 13), cujas variáveis

mais importantes para distribuição dos clones foram área foliar (AF), comprimento de

internódios (CI) e número de folhas (NF), visualiza-se também a formação de dois

grupos distintos, o primeiro formado pelos clones 5 e 280, que apresentaram médias

baixas para as características citadas, contudo, como essas características estão

correlacionadas, e os melhores materiais para produção de folhas são aqueles que

apresentam médias baixas ou intermediárias entre essas características, esses clones,

principalmente o 280, apresentam boas características agronômicas para seleção. O

segundo grupo mais distinto foi formado pelos clones que apresentaram as melhores

médias para pelo menos duas das variáveis mais importantes para esse componente (AF,

CI e NF), 22, 120, 241 e 144. Portanto, os clones selecionados, (com redundâncias de

Componente Principal 1 (53,7%)

Com

pone

nte

Prin

cipa

l 2 (1

5,37

%)

2

5

9

2244

70

80

109

120

128

129

135

137

144

146147

166199

201

212

219

235

238

241

251

280

288

T1

T2

6.5

8.0

9.5

11.0

12.5

14.0

0 2 4 6 8 10 12 14 16

49

IAC 8 IAC 2

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acordo com as distâncias e componentes principais envolvidos), analisando-se ACP1 e

ACP2, foram os seguintes: 280 - como destaque para o lado de médias superiores; 238,

219, 70, 251 e 199, 129 e 109 (ACP1) e 238, 219, 70, 109, 129 e 137 (ACP2).

Na análise do terceiro componente (ACP3, figura 14), cujas variáveis mais fortes

para separação dos materiais foram relação massa seca de folhas/ massa seca total

(MSF/MST) e relação massa fresca de folhas/ massa fresca total (MFF/MFT) observa-

se a formação de três grupos, dois muito distantes entre si e um intermediário entre os

dois o qual é representado pela maior parte de todos os clones avaliados. O primeiro

grupo foi formado pelos clones 235, 199, 238, 251 e 219. Esses materiais apresentaram

as melhores médias para as variáveis em questão, e o segundo grupo, formado pelos

clones 22, 128, 144 e 129 foi o que apresentou as menores médias para as variáveis

discutidas nesse componente.

Figura 14 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP3) com trinta clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas.

No quarto componente (ACP4, figura 15), a variável mais incisiva para

separação dos materiais foi o rendimento de óleo (RD). Houve novamente a formação

de dois grupos distintos e um intermediário entre esses. No primeiro, composto pelos

clones 70, 251, 201 e 166 foi o que apresentou as melhores médias para rendimento e o

terceiro grupo, formado pelos clones 241, 129, 238, 109, 219, 128, 199 e 5 foi o que

apresentou as menores médias em geral para a característica. Os demais clones

Componente Principal 1 (53,7%)

Com

pone

nte

Prin

cipa

l 3 (9

,5%

)

25

9

22

44

4970

80

109

120

128

129

135

137

144

146

147

166

199

201212

219

235

238

241251

280

288

T1

T2

6

7

8

9

10

11

12

0 2 4 6 8 10 12 14 16

IAC 8

IAC 2

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formaram o segundo grupo, representado pela maioria dos clones avaliados, os quais

apresentaram médias intermediarias e próximas aos dois controles.

Figura 15 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP4) com trinta clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas. 4.4 Clones de Quimiótipo Linalol Selecionados As tabelas 18 e 19 apresentam um resumo da lista de clones previamente

selecionados por meio das análises univariadas e multivariadas. Baseados nesta lista

serão escolhidos um menor número de clones para serem estudados posteriormente,

juntamente com os dois controles (IAC 2 e IAC 8) em experimentos em vários locais

(ambientes) e épocas de colheitas para obtenção de nova (s) cultivar (es) com

estabilidade e adaptabilidade fenotípicas para rendimento superior de óleos essenciais,

no caso linalol.

Componente Principal 1 (53,7%)

Com

pone

nte

Prin

cipa

l 4 (7

,2%

)

2

5

9

22

44

49

70

80

109

120

128129

135

137

144

146

147

166

199

201

212

219

235

238241

251

280

288

T1 T2

-3.5

-2.5

-1.5

-0.5

0.5

1.5

0 2 4 6 8 10 12 14 16

IAC 8 IAC 2

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80

Tabela 18 – Clones selecionados em função das características avaliadas (análises univariadas).

Formas deAvaliação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

AF 201 238 43CI 238 241 235 120 70 280NF 238 120 241 235 70NB 219 280 129 238 288 109 144

MFT, MST 280 219 129 238 199 241 109 137 251 144MFF 238 219 199 241 201 109 251 137MSF 280 238 219 199 251 201 241 144 288

MFF/MFT 280 288 199 201 238 251 241RD 288 166 251 80 280 70 49 201 144 137PO 280 251 166 288 201 70

LN% 288 201 251 280 166

Quantidade de Clones Selecionados por Categoria

AF: área foliar; CI: comprimento de internódios; NF: número de folhas; NB: número de brotos; MFT: massa fresca total; MST: massa seca total; MFF: massa fresca de folhas; MSF: massa seca de folhas; MFF/MFT: relação massa fresca de folhas/ massa fresca total; RD: rendimento de óleo essencial; PO: produção de óleo por planta; LN%: teor de linalol presente no óleo essencial. Tabela 19 - Clones selecionados por meio de análises de agrupamentos e de Componentes Principais (análises multivariadas).

Tipo de análiseAgrupamento 280 219 129 238 241 199 109

CPACP1 280 238 219 70 251 199ACP2 280 238 219 70 109 129 137ACP3 280 70 109 129 137

Clones Selecionados

CP: componentes principais; ACP1: componente principal 1; ACP2: componente principal 2; ACP3: componente principal 3.

Para melhor visualização, foi construído histograma com os clones ordenados de

forma crescente de freqüências. Os clones que foram mais comuns nas diferentes

formas de avaliação devem ser os preferidos para seleção. O gráfico encontra-se na

figura 16.

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Figura 16 - Gráfico sob a forma de histograma com os clones de primeira seleção baseada em análises univariadas e multivariadas.

Optou-se por considerar os clones com até seis coincidências totalizando,

portanto, 10 clones experimentais selecionados para a próxima fase de experimentação,

adicionados dos dois controles. Os novos clones de quimiótipo linalol selecionados

foram: 280, 238, 251, 241, 219, 201, 70, 288, 199 e 109 e os dois controles IAC 2 e IAC

8.

4.5 Estimativas de Parâmetros Genéticos

As estimativas das variâncias genéticas entre médias de progênies clonais de

meios irmãos foram superiores às variâncias de ambiente para as três características

avaliadas. É importante ressaltar que, segundo SIQUEIRA et al. (1994) as variâncias de

ambiente fornecidas pelo resíduo das análises estatísticas, no presente modelo utilizado,

contêm além de erros provocados por diferenças de ambiente intrablocos, também parte

da variância genética aditiva que é expressa dentro de progênies de meios irmãos que

não é explorada na expressão do ganho genético por serem tomados dados com médias

de parcelas. Isto significa que no “ambiente” aqui referido incluem-se também desvios

devido a causas genéticas, resultando, de certa forma, numa superestimativa do

1 1 12 2

34

5 56 6 6

7 7 7 78

1112

0123456789

101112

Núm

ero

de v

ezes

43 49 80 120

235

166

144

129

137

109

199

288 70 201

219

241

251

238

280

Clones

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quadrado médio do resíduo (QMR) da ANAVA. Mesmo assim, as variâncias genéticas

entre progênies de meios irmãos (1/4 σA2 ) foram de tal ordem que permitiu estimativas

elevadas de herdabilidades no sentido restrito (hr2>90,0%), para os tamanhos efetivos de

progênies testados em (três) características ligadas à estacas, tabela 20.

Tabela 20 - Resultados das estimativas de parâmetros genéticos em caracteres de estacas para três diferentes números de progênies de meios irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas.

M:média; σP

2: variância entre progênies; hr2: herdabilidade no sentido restrito; CVG%: Coeficiente de

variação genética; CVE%: Coeficiente de variação ambiental; b: Relação CVG% / CVE%; GS: Ganho de seleção absoluto; GS%: Ganho de seleção relativo.

Da mesma forma, a proporção relativa (%) dos desvios das médias, devido aos

efeitos genéticos aditivos (CVG%), foram superiores ou equivalentes quando

comparados com os de ambiente (CVE%), para todas características e grupos de

progênies formadas. O menor CVG% foi observado para Mb no estudo das sete

progênies IAC, obtendo-se o menor valor (17,9%). A relação CVG% / CVE% dada por

VENKOVSKY (1978) definida como valor b reflete a predominância, (exceto Mb para

sete progênies), de efeitos genéticos (no caso aditivos) expressos para as características

Características Progênies M σ 2P h r

2(%) CV G(%) CV E(%) b G S G S(%)

30(População

+ IACs)0,55g 0,034 91,8 33,5 20,0 1,7 0,123 22,4

23(População) 0,59g 0,030 90,2 29,6 19,5 1,5 0,115 19,7

Mb

7(IACs) 0,43g 0,032 94,5 17,9 20,1 0,9 0,122 28,3

30(População

+ IACs)6,95g 6,410 95,8 36,4 15,3 2,4 1,734 25,0

7,36g 6,196 95,2 33,8 15,2 2,2 1,700 23 ,123(População)

Cb

6,61g 5,580 97,1 42,1 14,6 2,9 1,629 29,07(IACs)

30(População

+ IACs)96,81% 180,86 51,4 17,8 17,3 1,0 17,33 17,9

96,95% 204,19 55,9 18,8 16,8 1,1 19,09 19,723(População)

S%

7(IACs)

96, 73% 162,11 54,6 16,9 15,4 1,1 16,92 17,5

Características Progênies M σ 2P h r

2(%) CV G(%) CV E(%) b G S G S(%)

30(População

+ IACs)0,55g 0,034 91,8 33,5 20,0 1,7 0,123 22,4

23(População) 0,59g 0,030 90,2 29,6 19,5 1,5 0,115 19,7

Mb

7(IACs) 0,43g 0,032 94,5 17,9 20,1 0,9 0,122 28,3

30(População

+ IACs)6,95g 6,410 95,8 36,4 15,3 2,4 1,734 25,0

7,36g 6,196 95,2 33,8 15,2 2,2 1,700 23 ,123(População)

Cb

6,61g 5,580 97,1 42,1 14,6 2,9 1,629 29,07(IACs)

30(População

+ IACs)96,81% 180,86 51,4 17,8 17,3 1,0 17,33 17,9

96,95% 204,19 55,9 18,8 16,8 1,1 19,09 19,723(População)

S%

7(IACs)

96, 73% 162,11 54,6 16,9 15,4 1,1 16,92 17,5

Características Progênies M σ 2P h r

2(%) CV G(%) CV E(%) b G S G S(%)

30(População

+ IACs)0,55g 0,034 91,8 33,5 20,0 1,7 0,123 22,4

23(População) 0,59g 0,030 90,2 29,6 19,5 1,5 0,115 19,7

Mb

7(IACs) 0,43g 0,032 94,5 17,9 20,1 0,9 0,122 28,3

30(População

+ IACs)6,95g 6,410 95,8 36,4 15,3 2,4 1,734 25,0

7,36g 6,196 95,2 33,8 15,2 2,2 1,700 23 ,123(População)

Características Progênies M σ 2P h r

2(%) CV G(%) CV E(%) b G S G S(%)

30(População

+ IACs)0,55g 0,034 91,8 33,5 20,0 1,7 0,123 22,4

23(População) 0,59g 0,030 90,2 29,6 19,5 1,5 0,115 19,7

Mb

7(IACs) 0,43g 0,032 94,5 17,9 20,1 0,9 0,122 28,3

30(População

+ IACs)6,95g 6,410 95,8 36,4 15,3 2,4 1,734 25,0

7,36g 6,196 95,2 33,8 15,2 2,2 1,700 23 ,123(População)

Cb

6,61g 5,580 97,1 42,1 14,6 2,9 1,629 29,07(IACs)

30(População

+ IACs)96,81% 180,86 51,4 17,8 17,3 1,0 17,33 17,9

96,95% 204,19 55,9 18,8 16,8 1,1 19,09 19,723(População)

S%

7(IACs)

96, 73% 162,11 54,6 16,9 15,4 1,1 16,92 17,5

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avaliadas. Segundo VENCOVSKY (1978) valores de b iguais ou acima da unidade

significam populações favoráveis para o melhoramento genético. Assim, a característica

mais favorável à seleção foi Cb, onde os valores de b foram maiores que 2,0 nos três

grupos de progênies estudados. Para Mb obtiveram-se valores de b entre 0,9 (7

progênies IAC), 1,5 (23 progênies da população) e 1,7 (IAC + população). Para Cb

foram obtidos os seguintes valores: 2,9 (IAC); 2,2 (população) e 2,4 (IAC + população).

Para S%, os valores b foram de 1,0 a 1,1. Com as estimativas de b e de hr2 obtidas neste

trabalho, pôde-se prever ganhos genéticos significativos, aplicando-se seleção truncada

entre as melhores progênies (VENCOVSKY, 1978 e CRUZ, 2005). Com uma

intensidade de seleção de 20%, observou-se pelo Quadro 1, estimativas de ganhos

genéticos absolutos (Gs) praticamente semelhantes entre os três tamanhos efetivos de

progênies, ou seja, entre 0,115 a 0,123 g para Mb, de 1,629 a 1,734 cm e de 16,92 a

19,09% para S%. Em termos de ganhos relativos (Gs%), os valores diferiram um pouco

mais devido às diferenças entre as médias dos três grupos de progênies formadas. Os

maiores Gs% foram estimados para as progênies de sete clones IAC (28,32% - Mb e

29,05% - Cb). Curiosamente, isto ocorreu para tamanho efetivo menor (sete progênies

IAC e um ciclo de recombinação) onde poderia ser esperado menor variância genética

com perdas de alelos (deriva genética) por questões de amostragem. Ressalte-se,

entretanto que, conforme comentários anteriores, os ganhos absolutos assumem valores

muito próximos entre si para todos os tamanhos de população de progênies, porém as

médias é que apresentaram maiores diferenças. As médias para as sete progênies IACs

foram menores comparativamente às demais de maior tamanho efetivo (0,43g – Mb,

5,61cm – Cb e para S% não houve diferenças entre si), contribuindo para o incremento

de Gs%. Resultados opostos foram obtidos por MONTANARI JR., (2005), onde se

obteve baixa estimativa de herdabilidade, inclusive com valores negativos,

evidenciando problemas de tamanho de amostra, com redução da variabilidade genética

em sete progênies de meios irmãos de Pfaffia glomerata. Também foram apontadas

como causas possíveis o menor controle ambiental e pela colheita precoce das plantas,

onde não havia ainda a completa expressão fenotípica para biomassa.

Estas estimativas de parâmetros genéticos obtidas em Lippia alba são inéditas e

foram baseadas somente em progênies clonais de plantas de quimiótipo linalol,

identificadas a priori. É importante mencionar que mesmo dentro de um único

quimiótipo majoritário, houve plena recombinação gênica entre os indivíduos de outros

quimiótipos da população base propiciando uma considerável variabilidade genética

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entre as progênies de meios irmãos nas características avaliadas em estacas, Mbr, Cbr e

S%. Mesmo no caso de progênies derivadas de somente sete clones IAC de quimiótipo

linalol (selecionados por YAMAMOTO, 2006), onde se esperaria uma recombinação

mais restrita comparativamente àquela ocorrida entre as plantas da população base (296

plantas com cinco quimiótipos diferentes), resultando nas 23 progênies também linalol

aqui estudadas, todos os parâmetros genéticos obtidos foram praticamente equivalentes.

Este fato demonstra que não houve perdas da variabilidade genética provocada por

deriva genética ou por restrição de recombinação, provavelmente pela espécie Lippia

alba ser auto-incompatível e, portanto, alógama (SCHOCKEN, 2007), resultando em

heterozigosidade nos locos. Trata-se, portanto de uma espécie muito favorável para o

melhoramento genético, pois mantém elevada variabilidade genética mesmo em

populações pequenas. A seleção de indivíduos superiores pode ser feita por meio de

seleção massal diretamente em população segregante ou em progênies, fixando-se o

genótipo superior a cada ciclo de recombinação e seleção (YAMAMOTO, 2006 e

SCHOCKEN 2007). Mesmo com todas as facilidades que esta espécie oferece, o

melhoramento no Brasil ainda é incipiente (SILVA JÚNIOR, 1998; SALIMENA, 2000;

BIASI & COSTA, 2003; EHLERT, 2003). Outras características importantes do ponto

de vista agronômico e fitoquímico como, produção de massa fresca e seca de folhas,

resistência a doenças e pragas, área foliar, porte de planta, rendimento de óleo total e

perfil cromatográfico, deverão ser avaliadas, posteriormente, em vários locais em

continuidade ao estudo iniciado no presente trabalho.

São apresentados na tabela 21 os resultados das estimativas dos coeficientes de

correlações fenotípica (rF%), genética aditiva (rA%) e de ambiente (rE%), bem como a

contribuição destas duas últimas na correlação fenotípica, aplicando-se a fórmula

proposta por SIQUEIRA et al. (1993). Foram determinadas rA% e rE% somente para os

casos onde houve presença de correlação fenotípica. O caráter S% não apresentou

correlação fenotípica com Mb (- 3,98%) e nem com Cb (- 1,17%), mostrando estar sob

controle genético independente.

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Tabela 21 - Resultados das estimativas das correlações fenotípica (rF%), genética aditiva (rA%) e de ambiente (rE%), baseadas em progênies clonadas de meios irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas para dois caracteres avaliados em estacas.

Correlações

Massa de Brotos(g)/

Planta

Progênies: clones IAC

Comprimento (cm) dos Dez Maiores Brotos/Planta30 progênies 23 progênies 7 progênies

Progênies: População base + IAC

Progênies: População base

G% = 94,09E% = 5,91

rE% = 74,77G% = 95,0E% = 5,0

rE% = 74,39

rF% = 89,82rA% = 91,11

rF% = 86,35rA% = 87,68

E% = 1,2

rF% = 96,03rA% = 99,90rE% = 69,48G% = 98,80

rF% : correlação fenotípica; rA%: correlação aditiva; rE%: correlação de ambiente; G%: proporção dos efeitos genéticos na correlação ambiental; E% : proporção dos efeitos ambientais na correlação de ambiente. A determinação de correlações entre caracteres é importante sob o ponto

de vista do melhoramento, pois se pode praticar seleção indireta, utilizando-se de uma

característica de maior herdabilidade (menos influenciada pelo ambiente) de mais fácil

avaliação para obter ganhos genéticos em outra característica de baixa herdabilidade

(VENCOVSKY, 1978 e CRUZ, 2005).

Os resultados do Quadro 2 mostram que todas as estimativas de correlações se

classificaram entre moderada, forte e muito forte, indicando relação linear entre as

características estudadas (CRUZ, 2005), com valores positivos e acima de 69,0%.

Valores entre forte e muito fortes foram observados para as correlações genéticas

aditivas (87,68 a 99,9%), dentre os três grupos de progênies avaliadas, indicando que os

alelos aditivos exercem efeitos simultâneos e no mesmo sentido para ambas

características, Mb e Cb. Segundo FALCONER (1981) a presença de correlações

genéticas reflete o mecanismo de ação pleiotrópica dos genes, ou seja, a magnitude da

correlação expressa a quantidade pelas quais duas características são influenciadas pelos

mesmos genes. O ambiente também pode atuar causando correlação tanto positiva

quanto negativa, dependendo da característica (FALCONER, 1981; RAMALHO et al.,

2000). Por outro lado, CRUZ (2005), também considera como causas de correlação

entre caracteres, além do pleiotropismo, as ligações gênicas em situações de

desequilíbrios. Se não houver forte ligação entre os genes, a correlação pode ser alterada

em gerações avançadas por quebra nos conjuntos gênicos pelas permutas (CRUZ,

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2005). Novamente, as correlações considerando-se somente sete progênies IAC, foram

maiores para rF% e rA% em comparação com as 23 e 30 progênies; estas duas

praticamente semelhantes entre si. Para o caso de estimativas de correlações onde são

utilizados produtos médios e covariâncias (ANCOVA) os valores podem ser

superestimados em populações pequenas, como no caso das sete progênies IAC.

MONTANARI JR, (2005), encontrou correlações genéticas acima de 100,0% em

função, provavelmente do reduzido número de progênies avaliadas para P. glomerata.

Nestes casos onde houve inconsistência nos resultados, o autor aplicou a correlação

linear de Pearson por meio das médias fenotípicas obtidas, desprezando-se os resultados

de rA%.

Foram obtidas correlações positivas de moderada (69,5%) a forte (~74,5%) para

correlações de ambiente, rE%. Da mesma forma que foi comentado anteriormente, sobre

o resíduo de ANAVA de progênies de meios irmãos conter tanto efeitos médios de

causas não genéticas quanto genéticas (variâncias dentro de progênies) (SIQUEIRA et

al., 1993, 1994), estas últimas, contribuíram para elevação dos valores estimados de E%.

FALCONER (1981), apresenta estimativas de correlações genuinamente ambientais,

estimadas diretamente pelas correlações fenotípicas em linhas endogâmicas e

cruzamentos e aquelas com efeitos de causas genéticas não aditivas em rE%.

Os resultados de rE% do Quadro 2 para os três tipos de progênies avaliadas

apresentaram valores muito próximos. De qualquer forma, os caracteres avaliados em

nível de estacas possuem predomínio de efeitos genéticos ao invés do ambiente em

todos os tipos de progênies testados. Esta afirmação pode parecer incorreta ao

observarmos que as magnitudes das correlações de ambiente foram de certa forma,

elevadas (69,0 a 75,0%). Entretanto, segundo SIQUEIRA et al. (1993), usando-se a

fórmula geral de rF% apresentada por FALCONER (1981), pode-se fazer a partição nos

efeitos de “ambiente” (E%) e genético (G%), e verificar quanto representa

proporcionalmente cada um deles para rF%. Pelo Quadro 2, observaram-se valores

praticamente desprezíveis de E% (1,0 e 6,0%) nos três grupos de progênies enquanto

que para G%, foram maiores que 94,0% para o valor de rF%. Isto significa que a

correlação fenotípica estimada para as características avaliadas em estacas de progênies

é explicada principalmente pelos efeitos genéticos (>94,0%).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Ep 1 foi o que apresentou as menores médias para as características avaliadas e

também foi aquele com alteração de posicionamento dos clones avaliados, o que

contribuiu para a interação de clones x ambientes. Este fato pode ser explicado pela alta

compactação do solo neste experimento. Baseado nos coeficientes de determinação

genotípico, verificou-se que as diferenças observadas entre as características avaliadas

são em sua maior parte devida a efeitos de genótipos, exceto para a variável número de

brotos, que se mostrou altamente influenciada pelo ambiente. As correlações fenotípicas

simples para a maioria dos caracteres foram de médio a forte, formando uma base de

dados importantes para auxiliar o melhorista no processo de seleção precoce de novos

clones. Na análise das variáveis, verificou-se CVs% variando entre médios e altos,

contudo, foi possível identificar indivíduos superiores aos dois controles empregados.

Estes altos valores dos coeficientes de variação já eram esperados e podem ser

explicados pelo elevado número de tratamentos avaliados (65 clones) em apenas quatro

repetições. Por se tratar de espécie selvagem, portanto, ainda não domesticada, sugere-

se para trabalhos futuros, o aumento do tamanho da parcela experimental, contudo com

menor número de clones ou tratamentos, visando assim, a diminuição dos desvios

causados pelo acaso. Com relação às estimativas de parâmetros genéticos, nota-se que a

espécie apresenta adequada variabilidade genética para prática de seleção. Embora as

características avaliadas não sejam as de maior interesse agronômico, ou seja, foram

obtidas em nível de estacas de progênies (progênie clonal), foi possível estabelecer que,

neste caso, os parâmetros genéticos independem do tamanho efetivo populacional.

Sendo assim, pode-se obter ganhos importantes em caracteres relativos ao vigor de

estacas utilizando-se reduzido número efetivo de progênies.

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6 CONCLUSÕES

De acordo com os resultados obtidos é permitido concluir que:

a) O clone 280, oriundo de recombinação é superior aos dois controles para a

maioria das variáveis analisadas.

b) Selecionou-se um individuo “off type” ou transgressivo (clone 201) nas

tendências de correlações observadas entre os caracteres de área foliar,

comprimento de internódios e massa fresca e seca de folhas.

c) Dois clones (201 e 251) possuem excelente produção média de linalol como

óleo majoritário.

d) O clone 288 produziu maior teor de linalol (83,3%) do que o IAC 2 (79,4%).

e) Foram selecionados para experimentação posterior de validação, utilizando-se

das três estratégias de análises, dez novos clones linalol, sendo eles 70, 109, 199,

201, 219, 238, 241, 251, 280 e 288.

f) As herdabilidades estimadas para os caracteres avaliados em nível de estacas,

foram elevadas, bem como os ganhos genéticos previsto.

g) O valor b calculado foi alto para os três tipos de progênies avaliadas, indicando

que o presente material possui potencial para fins de melhoramento genético.

h) Os três grupos de progênies formados apresentaram parâmetros genético-

estatísticos equivalentes para caracteres de vigor de estacas independente do

tamanho efetivo analisado.

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ANEXOS

Anexo 1 – Análise de solo dos três experimentos logo após a instalação dos experimentos.

DETERMINAÇÕES EXP 1 EXP 2 EXP 3M.O. (g/dm3) 30,00 48,00 22,00pH 5,30 6,40 5,40P (mg/dm3) 36,00 318,00 6,00K (mmolc/dm3) 2,80 2,70 0,90Ca (mmolc/dm3) 33,00 72,00 22,00Mg (mmolc/dm3) 16,00 28,00 10,00A.P. (mmolc/dm3) 28,00 13,00 20,00S.B. (mmolc/dm3) 51,80 102,70 32,90C.T.C. (mmolc/dm3) 79,60 116,00 53,10Sat. B. (%) 65,00 89,00 62,00

EXPERIMENTOS

Exp 1: primeiro experimento de Campinas (entomologia), Exp 2: segundo experimento de Campinas (hortaliças), Exp 3: experimento de Monte Alegre do Sul, M.O.: matéria orgânica, P: fósforo, K: potássio, Ca: cálcio, Mg: magnésio, A.P.: acidez potencial, S.B.: soma de bases, C.T.C.: capacidade de torça de cátions e Sat. B.: saturação de bases.

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Anexo 2 – Dados climáticos e de localização dos experimentos.

Longitude Latitude Altitude46° 22°

37 min W 43 min S 820 m47° 22°

05 min W 54 min S 674 m quenteargiloso

ClimaMesotérmico

umidoTrópico

IAC/ APTA

LocaisLatossolo

vermelho-amarelo

SoloAPTA Regional Leste Paulista

Monte Alegre do Sul Centro Experimental de Campinas

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Anexo 3 – Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I do primeiro experimento de Campinas (Ep 1).

SUBSTÂNCIA 166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8sabineno 2,03 0,90 0,83 0,16 tr 1,28 1,016-metil-5-hepten-2-ona nc nc nc 0,23 nc nc ncmirceno 0,37 0,16 tr 0,30 0,27 0,25 0,181,8 cineol 10,69 5,31 4,91 nc nc 7,27 5,55trans-β-ocimeno 0,38 0,25 0,39 0,37 tr 0,53 0,41γ-terpineno 0,28 0,15 nc tr nc nc nccis-óxido de linalol 0,24 0,31 0,52 0,30 0,27 0,26 0,34linalol 77,20 88,04 86,47 78,08 81,43 78,81 82,53α-terpineol 0,52 0,20 tr tr nc tr 0,20neral nc nc 0,28 3,65 1,20 0,47 0,66geranial nc nc 0,33 4,59 1,49 0,58 0,80linalol isobutirato nc nc nc 0,40 nc nc ncβ-elemeno tr tr 0,21 0,65 nc 0,44 0,27trans-cariofileno 1,16 0,24 0,35 1,18 3,31 1,46 0,95α-humuleno 0,17 nc tr nc 0,19 tr trtrans-β-farneseno nc nc tr nc 0,41 tr trγ-muroleno 0,73 0,41 0,63 0,88 0,79 1,47 0,85γ-cadineno 0,28 0,13 0,18 0,31 0,60 0,34 0,31germacreno B 0,19 0,63 0,93 1,06 1,74 1,16 0,71Total (%) 94,24 96,73 96,03 92,16 91,70 94,32 94,77

CLONES

Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14).

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Anexo 4 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do primeiro experimento de Campinas (Ep 1).

SUBSTÂNCIA 166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8sabineno 2,27 1,03 0,64 tr 0,53 1,08 16-metil-5-hepten-2-ona nc nc nc nc nc nc ncmirceno 0,42 0,25 tr 0,35 tr tr 0,181,8 cineol 11,42 5,86 4,61 0,24 3,1 6,7 5,77trans-β-ocimeno 0,62 0,35 0,52 0,42 0,46 0,49 0,59γ-terpineno 0,29 0,17 nc tr tr tr trcis-óxido de linalol tç 0,27 0,75 0,39 0,49 0,55 0,44linalol 73,77 85,96 85,14 78,83 89,16 79,19 80,89α-terpineol 0,62 0,18 tr tr tr 0,23 0,19neral nc 0,2 tr 3,57 nc tr 0,61geranial nc 0,24 0,22 4,53 nc 0,27 0,78linalol isobutirato nc nc nc 0,39 nc nc ncβ-elemeno 0,28 0,2 0,28 0,69 0,49 0,51 0,31trans-cariofileno 1,5 0,31 0,41 1,3 nc 1,47 0,99α-humuleno 0,22 nc nc nc nc nc nctrans-β-farneseno nc nc nc nc nc nc ncγ-muroleno 1,15 0,47 1,01 1,04 0,57 1,48 1,1γ-cadineno 0,24 0,17 0,2 0,24 0,45 0,44 0,33germacreno B 0,21 0,71 1,24 0,95 1,29 1,11 0,77Total (%) 93,01 96,37 95,02 92,94 96,54 93,52 93,95

CLONES

Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14).

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Anexo 5 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do segundo experimento de Campinas (Ep 2).

SUBSTÂNCIA 166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8sabineno 2,53 1,21 0,86 0,36 0,76 1,59 1,056-metil-5-hepten-2-ona nc nc nc tr nc nc ncmirceno 0,51 0,26 0,18 0,32 0,19 0,34 0,241,8 cineol 11,41 5,55 4,75 1,24 3,47 7,6 5,24trans-β-ocimeno 0,89 0,64 1,08 0,68 1,06 1,05 1,1γ-terpineno 0,26 0,13 tr tr tr 0,17 nccis-óxido de linalol tr 0,19 0,3 tr 0,29 tr nclinalol 73,82 84,36 81,95 79,95 84,71 77,95 79,24α-terpineol 0,66 0,27 0,26 nc 0,12 0,37 0,27neral nc nc 0,3 1,2 tr 3,39 0,24geranial nc nc 0,4 1,57 0,11 0,27 0,28linalol isobutirato nc nc nc nc nc nc ncβ-elemeno 0,23 0,11 0,32 1,42 0,55 0,37 0,69trans-cariofileno 1,47 0,3 0,45 1,71 0,16 1,04 1,49α-humuleno nc nc nc nc 0,21 nc 0,18trans-β-farneseno 0,16 nc nc nc 0,17 nc 0,17γ-muroleno 1,22 0,68 1,25 1,71 0,95 1,22 1,98γ-cadineno nc nc tr nc 0,3 0,2 0,18germacreno B nc 0,79 1,47 1,57 1,7 0,9 1,29Total (%) 93,16 94,49 93,57 91,73 94,75 96,46 93,64

CLONES

Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14).

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Anexo 6 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do segundo experimento de Campinas (Ep2).

SUBSTÂNCIA 166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8sabineno 2,53 1,24 0,96 0,14 0,73 1,61 16-metil-5-hepten-2-ona nc nc nc 0,23 nc nc ncmirceno 0,53 0,28 0,24 0,36 0,2 0,35 0,191,8 cineol 11,42 5,88 4,5 0,23 3,24 7,17 5,19trans-β-ocimeno 0,92 0,57 1,11 0,61 0,96 1,05 0,72γ-terpineno 0,27 0,14 tr nc tr 0,17 trcis-óxido de linalol tr 0,17 0,26 nc 0,27 tr 0,21linalol 73,11 84,4 81,92 79,72 84,24 76,09 79,85α-terpineol 0,83 0,28 0,24 nc tr 0,39 0,25neral nc nc nc 2,16 nc 0,24 1,34geranial nc nc nc 2,75 nc 0,32 1,73linalol isobutirato nc nc nc 0,27 nc nc ncβ-elemeno 0,25 0,08 0,4 0,59 0,57 0,47 0,31trans-cariofileno 1,46 0,2 0,54 0,91 0,19 1,36 0,92α-humuleno nc nc nc nc 0,24 tr nctrans-β-farneseno nc nc 0,19 nc 0,18 tr ncγ-muroleno 1,23 0,47 1,4 1,02 1,04 1,64 1,07γ-cadineno tr tr nc 0,17 0,31 0,26 0,22germacreno B 0,18 0,62 1,66 0,99 2 1,2 0,83Total (%) 92,73 94,33 93,42 90,15 94,17 92,32 93,83

CLONES

Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14).

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Anexo 7 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I do terceiro experimento (Ep 3).

SUBSTÂNCIA 166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8sabineno 3,03 1,51 1,04 0,24 0,85 1,86 1,286-metil-5-hepten-2-ona nc nc nc 0,28 nc nc ncmirceno 0,64 0,33 0,24 0,54 0,26 0,43 0,331,8 cineol 1,37 6,54 5,05 0,42 3,63 8,38 5,85trans-β-ocimeno 0,9 0,63 1,18 0,34 1,14 1,15 0,98γ-terpineno 0,33 0,16 nc tr nc nc nccis-óxido de linalol tr tr nc 0,94 0,21 0,19 nclinalol 67,5 81,41 80,25 74,46 80,41 74,47 75,42α-terpineol 1,01 0,41 0,28 nc 0,2 0,42 0,39neral nc 0,31 0,35 3,17 nc 0,29 0,68geranial nc 0,4 0,43 4 nc 0,34 0,88linalol isobutirato nc nc nc 0,29 nc nc ncβ-elemeno 0,27 0,14 0,38 1,09 0,86 0,44 0,58trans-cariofileno 2,02 0,41 0,61 1,75 0,28 1,54 1,72α-humuleno nc 0,11 0,18 0,22 0,29 tr nctrans-β-farneseno nc nc nc nc 0,28 nc 0,22γ-muroleno 1,69 0,87 1,57 1,92 1,67 1,78 2,05γ-cadineno nc nc nc tr 0,37 0,21 0,26germacreno B 0,2 1,06 1,75 1,68 0,14 1,11 1,4Total (%) 78,96 94,29 93,31 91,34 90,59 92,61 92,04

CLONES

Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14).

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Anexo 8 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do terceiro experimento (Ep 3).

SUBSTÂNCIA 166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8sabineno 2,55 1,41 1,09 0,21 0,8 1,69 1,136-metil-5-hepten-2-ona 0,17 nc nc nc nc nc ncmirceno 0,54 0,31 0,25 0,51 0,24 0,41 0,311,8 cineol 12,65 6,77 5,37 0,33 3,59 8,04 5,28trans-β-ocimeno 0,85 0,54 1,35 0,88 1,17 1,1 1,03γ-terpineno 0,29 0,16 nc nc nc nc nccis-óxido de linalol nc nc 0,21 nc 0,21 0,17 nclinalol 71,4 83,87 82,65 73,85 82,11 72,32 76,55α-terpineol 0,97 0,41 0,35 nc 0,26 0,56 0,42neral nc nc 0,26 3,38 0,25 0,31 0,6geranial nc nc 0,3 4,36 0,3 0,38 0,72linalol isobutirato nc nc nc 0,25 nc nc ncβ-elemeno 0,17 nc 0,25 1,18 0,67 0,68 0,61trans-cariofileno 1,38 0,24 0,43 1,87 0,21 2,03 1,64α-humuleno 0,16 nc nc nc 0,29 nc nctrans-β-farneseno nc nc nc 0,24 0,23 0,22 0,18γ-muroleno 1,16 0,49 1,06 1,95 1,41 2,43 2,19γ-cadineno nc nc tr nc 0,24 0,2 0,17germacreno B 0,14 0,6 0,1 1,8 2,34 1,48 1,34Total (%) 92,43 94,8 93,67 90,81 94,32 92,02 92,17

CLONES

Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14).

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Anexo 9 - Médias da variável massa fresca total / broto (MFT/BRO) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK280 48,85 B a a 251 166,74 A a a 280 252,51 A a a 280 155,37 a a219 47,70 B a a 280 164,74 AB a a IAC 2 229,88 A ab a IAC 2 140,36 ab a238 46,28 B ab a 70 149,50 A ab a 238 201,33 A abc a 70 126,68 abc aIAC 2 46,26 B ab a IAC 2 144,95 AB abc a 70 186,10 A abcd a IAC 8 119,21 abcd a70 44,45 B abc a IAC 8 138,16 A abcd b IAC 8 177,51 A abcde a 251 109,81 bcde aIAC 8 41,98 B abcd a 137 130,12 A abcde b 219 166,52 A abcdef b 238 108,62 bcdef a261 39,55 B abcde b 109 129,21 A abcde b 199 161,37 A abcdef b 219 102,59 bcdefg a201 36,93 B abcdef b 144 113,55 A abcdef b 44 146,08 A abcdef b 199 90,73 cdefgh b144 36,12 B abcdefg b 129 111,40 A bcdef b 43 136,08 A abcdef b 109 90,61 cdefgh b251 34,90 B abcdefgh b 196 99,89 A bcdefg c 166 133,88 A abcdef b 137 88,69 cdefghi b137 34,73 B abcdefghi b 128 95,87 A cdefgh c 261 130,67 A abcdef b 43 86,35 cdefghi b147 34,65 B abcdefghi b 201 94,12 A cdefghi c 251 127,80 A abcdef b 44 84,61 cdefghi b43 34,41 A abcdefghij b 219 93,55 B cdefghi c 288 126,79 A abcdef b 144 82,39 cdefghij b120 33,62 B abcdefghij b 32 91,45 A defghi c 109 123,80 A bcdef b 166 81,21 defghijk b166 26,23 B bcdefghij c 120 88,97 A defghij c 129 113,57 A bcdef c 261 80,95 defghijk b9 25,96 B bcdefghij c 43 88,56 A defghij c 27 112,47 A bcdef c 129 79,85 defghijkl b196 24,30 B cdefghij c 199 87,94 AB defghij c 212 111,99 A bcdef c 120 74,16 efghijkl b172 24,16 A cdefghij c 213 84,96 A defghij c 137 101,23 AB cdef c 147 69,01 efghijkl b288 23,72 B cdefghij c 44 84,44 AB efghij c 120 99,88 A cdef c 212 68,14 efghijkl b128 23,68 B cdefghij c 166 83,54 AB efghij c 2 98,98 A cdef c 288 67,21 efghijkl b44 23,31 B defghij c 2 82,47 A efghij c 144 97,49 A cdef c 128 66,72 efghijkl b199 22,87 B defghij c 238 78,25 B efghij c 147 97,33 A cdef c 213 66,42 efghijkl b49 21,50 B defghij c 146 78,24 A efghij c 213 94,40 A cdef c 2 65,98 efghijkl b241 21,09 B defghij c 135 77,91 A efghij c 32 85,37 A cdef c 201 65,21 fghijkl b235 21,00 B defghij c 47 75,63 A fghij c 146 84,12 A cdef c 27 65,15 fghijkl b27 20,01 B efghij c 147 75,05 A fghij c 235 82,96 A cdef c 32 63,55 ghijkl b213 19,89 B efghij c 235 74,61 A fghij c 128 80,62 A cdef c 196 59,68 ghijkl b80 19,64 A efghij c 212 73,21 A fghij c 135 79,85 A cdef c 235 59,52 ghijkl b136 19,46 A efghij c 261 72,64 AB fghij c 241 76,94 A cdef c 146 58,98 ghijkl b212 19,22 B efghij c 9 72,08 A fghij c 216 69,63 A def c 135 58,57 ghijkl b47 19,18 C efghij c 241 65,84 A fghij d 9 67,06 A def c 9 55,03 hijkl b109 18,82 B efghij c 172 64,06 A fghij d 49 65,67 A def c 241 54,62 hijkl b135 17,95 A fghij c 27 62,97 AB fghij d 201 64,57 B def c 47 51,08 hijkl b2 16,49 B fghij c 49 54,05 AB ghij d 47 58,45 B def c 49 47,07 hijkl b22 15,35 B ghij c 288 51,12 B ghij d 22 57,52 A ef c 172 46,59 hijkl b216 15,26 B ghij c 216 49,04 AB ghij d 196 54,85 B ef c 216 44,64 ijkl b129 14,59 B hij c 31 47,35 A ghij d 136 53,44 A ef c 136 39,04 jkl b146 14,57 B hij c 136 44,22 A hij d 172 51,54 A ef c 31 37,35 kl b32 13,83 B ij c 80 42,24 A ij d 31 51,13 A ef c 22 36,44 l b31 13,58 B j c 22 36,46 AB j d 80 44,49 A f c 80 35,46 l bMédias 26,9 C 87,98 B 108,9 A 74,59CV(%) 27,61 21,40 41,56 38,38

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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Anexo 10 - Médias da variável massa seca total / broto (MST/BRO) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SKIAC 2 14,84 C a a 280 45,22 A a a IAC 2 98,59 A a a IAC 2 52,19 a a280 14,59 B ab a IAC 2 43,14 B ab a 70 59,86 A b b 280 38,27 b bIAC 8 14,45 B ab a IAC 8 41,42 AB abc a 219 57,61 A bc b IAC 8 35,91 bc b219 14,25 C abc a 251 40,45 A abcd a 199 57,52 A bc b 70 35,65 bc b261 13,52 B abcd a 70 35,32 B abcde b 280 55,01 A bcd b 219 32,36 bcd b238 13,52 B abcd a 109 33,63 AB abcdef b 43 55,00 A bcd b 238 30,35 bcde b43 13,25 B abcde a 137 33,20 A abcdef b 238 53,13 A bcde b 251 30,31 bcde b147 12,21 B abcdef a 144 31,89 A abcdefg b IAC 8 51,85 A bcde b 43 29,89 bcdef b70 11,77 C abcdefg a 128 28,40 A abcdefgh c 44 45,30 A bcdef c 199 29,11 bcdefg b144 11,36 B abcdefgh a 129 27,78 A abcdefgh c 288 42,96 A bcdefg c 109 27,26 cdefgh b47 10,53 A abcdefgh a 120 26,91 A abcdefgh c 251 40,14 A bcdefgh d 144 24,98 defghi c251 10,33 B abcdefgh a 219 25,21 B bcdefgh c 109 39,80 A bcdefgh d 44 24,27 defghij c120 10,29 B abcdefgh a 32 25,12 A bcdefgh c 212 36,42 A cdefghi d 288 23,56 defghijk c9 10,21 B abcdefgh a 238 24,41 B bcdefgh c 166 35,93 A cdefghi d 129 22,35 efghijkl c201 10,16 B abcdefgh a 199 23,76 B cdefgh c 2 35,89 A cdefghi d 137 22,13 efghijkl c172 8,83 A abcdefgh b 47 23,71 A cdefgh c 129 34,91 A defghi d 120 21,86 efghijkl c109 8,36 B abcdefgh b 196 23,01 A cdefgh c 147 33,48 A defghi d 166 21,69 efghijkl c166 8,27 B abcdefgh b 135 22,67 A cdefgh c 213 32,50 A efghi d 147 21,30 efghijklm c288 8,02 B abcdefgh b 43 21,41 B defgh c 261 31,83 A efghi d 261 21,28 efghijklm c235 7,80 C abcdefgh b 166 20,86 B efgh c 144 31,69 A efghi d 128 20,92 efghijklm c137 7,65 B abcdefgh b 80 20,83 A efgh c 32 31,45 A efghi d 212 20,36 fghijklm c27 7,24 B abcdefgh b 146 20,80 A efgh c 120 28,39 A fghi e 32 19,73 ghijklm c44 7,21 B abcdefgh b 9 20,70 A efgh c 128 27,34 A fghi e 213 19,34 ghijklm c49 7,10 B abcdefgh b 31 20,34 A efgh c 216 27,32 A fghi e 2 19,24 hijklm c128 7,01 B abcdefgh b 44 20,30 B efgh c 27 27,12 A fghi e 47 18,79 hijklm c135 6,96 B abcdefgh b 201 19,97 A efgh c 241 25,75 A fghi e 9 18,60 hijklm c241 6,28 C abcdefgh b 288 19,69 B efgh c 137 25,54 A fghi e 201 16,87 ijklm c196 6,24 B abcdefgh b 213 19,34 B efgh c 9 24,90 A fghi e 135 16,71 ijklm c213 6,17 C abcdefgh b 212 18,72 B efgh c 235 24,56 A fghi e 27 16,23 ijklm c199 6,05 B abcdefgh b 261 18,47 B efgh c 49 22,90 A ghi e 241 16,12 ijklm c212 5,95 C abcdefgh b 147 18,22 B efgh c 146 22,73 A ghi e 235 15,98 ijklm c136 5,65 B bcdefgh b 2 17,14 B efgh c 47 22,14 A ghi e 146 15,54 ijklm c22 5,38 B cdefgh b 172 17,00 A efgh c 22 20,72 A hi e 196 15,26 ijklm c2 4,69 C defgh b 241 16,34 B efgh c 136 20,66 A hi e 216 14,92 jklm c129 4,37 B efgh b 235 15,58 B fgh c 135 20,49 A hi e 31 14,83 jklm c216 4,24 C efgh b 136 15,31 AB fgh c 201 20,47 A hi e 49 13,99 klm c80 4,16 B fgh b 27 14,34 B fgh c 31 20,23 A hi e 172 13,89 klm c31 3,91 A fgh b 216 13,21 B gh c 196 16,53 AB i e 136 13,87 klm c146 3,09 B gh b 49 11,96 B h c 172 15,83 A i e 80 13,31 lm c32 2,61 B h b 22 9,19 B h c 80 14,94 AB i e 22 11,76 m cMédias 8,46 C 23,62 B 34,74 A 22,27CV(%) 37,82 28,99 22,59 28,24

CLONES e EXPERIMENTOSCJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

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Anexo 11 - Médias da variável massa fresca de folhas / broto (MFF/BR) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SKIAC 2 15,01 a B a 137 37,13 a A a 280 71,32 a A a 280 40,01 a a238 14,30 ab B a 280 36,88 a AB a 251 66,06 ab A a 251 36,18 ab a201 12,55 abc B a 251 33,67 ab A a 238 59,84 abc A a 70 31,61 abc a219 12,48 abcd B a 213 33,37 ab A a 70 52,05 abcd A b 238 31,54 abc aIAC 8 12,41 abcd B a 136 31,27 abc A a 199 51,48 abcd A b IAC 2 30,55 abcd a280 11,84 abcde B a 70 30,98 abcd B a IAC 2 46,04 abcd A b 199 28,51 abcde a70 11,78 abcde C a IAC2 30,59 abcd AB a 219 44,43 abcd A b IAC 8 27,77 abcde a137 10,87 abcdef B a 201 29,58 abcde A a 9 44,41 abcd A b 219 25,16 abcdef a144 10,66 abcdef B a 109 28,88 abcdef A a IAC 8 43,36 abcd A b 137 24,68 abcdef a9 9,77 abcdef A a 196 28,30 abcdef A a 44 40,48 abcd A b 9 23,42 bcdefg a166 9,41 abcdef B b 199 27,97 abcdef AB a 288 39,20 abcd A b 44 23,38 bcdefg a43 9,07 abcdef A b IAC 8 27,55 abcdef AB a 166 38,21 abcd A b 166 23,31 bcdefg a47 9,04 abcdef B b 2 26,53 abcdef A a 109 33,15 abcd A c 213 22,94 bcdefg a261 8,83 abcdef B b 144 26,43 abcdef A a 2 31,23 abcd A c 109 22,74 bcdefg a251 8,81 abcdef A b 43 26,37 abcdef A a 129 29,43 abcd A c 288 21,68 bcdefg b147 8,63 abcdef B b 47 26,27 abcdef A a 235 28,81 abcd A c 201 21,66 bcdefg b120 8,61 abcdef B b 235 25,07 abcdefg AB a 212 27,77 abcd A c 2 20,91 bcdefg b213 8,36 abcdef B b 44 22,90 abcdefg B b 261 27,66 abcd A c 235 20,71 bcdefg b235 8,24 abcdef B b 135 22,34 abcdefg A b 213 27,09 abcd A c 43 18,77 cdefg b288 8,12 abcdef B b 166 22,32 abcdefg AB b 137 26,05 abcd AB c 144 18,55 cdefg b241 7,84 abcdef B b 80 21,20 abcdefg A b 27 24,95 bcd A c 212 18,49 cdefg b135 7,83 abcdef B b 147 20,96 abcdefg A b 120 24,58 bcd A c 261 18,12 cdefg b212 7,71 abcdef B b 238 20,48 abcdefg B b 146 24,45 bcd A c 136 17,90 cdefg b49 7,42 bcdef B b 32 20,12 abcdefg A b 147 23,20 bcd A c 147 17,60 cdefg b32 6,91 bcdef B c 212 20,01 abcdefg A b 201 22,87 bcd A c 135 17,29 cdefg b44 6,77 bcdef C c 219 18,56 bcdefg B b 135 21,69 bcd A c 47 16,98 cdefg b80 6,47 cdef B c 261 17,86 bcdefg AB b 43 20,88 bcd A c 129 16,32 cdefg b128 6,36 cdef B c 288 17,71 bcdefg B b 241 20,31 cd A c 196 16,30 cdefg b136 6,29 cdef B c 128 17,60 bcdefg A b 128 19,29 cd A c 120 15,75 defg b109 6,20 cdef B c 49 16,91 bcdefg AB b 144 18,54 cd AB c 32 14,87 efg b172 6,16 cdef A c 9 16,07 cdefg A b 49 18,46 cd A c 146 14,80 efg b199 6,08 cdef B c 146 15,67 cdefg AB b 32 17,59 cd A c 128 14,42 efg b216 5,25 cdef B c 172 15,47 cdefg A b 216 16,57 cd A c 49 14,26 efg b2 4,98 def B c 129 14,82 cdefg B b 196 16,25 cd AB c 241 13,84 efg b129 4,71 ef C c 31 14,54 cdefg A b 136 16,15 cd AB c 27 13,81 efg b22 4,49 ef B c 216 14,28 cdefg A b 47 15,62 cd B c 80 13,22 efg b27 4,44 ef B c 120 14,06 defg B b 31 14,24 d A c 216 12,03 fg b196 4,36 ef B c 241 13,37 efg AB b 22 12,48 d A c 31 10,98 fg b146 4,28 ef B c 27 12,05 fg AB b 80 11,98 d B c 172 10,67 fg b31 4,16 f B c 22 8,43 g AB b 172 10,38 d A c 22 8,47 g bMédias 8,19 C 22,61 B 29,96 A 20,25CV(%) 32,72 26,79 53,47 49,42

CLONES e EXPERIMENTOSCJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.

Page 130: DISSERTAÇÃO ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS … · 1.Melhoramento de plantas 2. ... CDD 631.5233 . viii. ix Aos meus pais, Dourival e Adelina Bonfatti Rufino, que em sua simplicidade

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Anexo 12 - Médias da variável massa seca de folhas / broto (MSF/BR) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta.

CL SK CL SK CL SK CL SK238 4,44 B a a 280 14,46 A a a 199 21,80 A a a IAC 2 12,04 a aIAC 2 4,18 C ab a 251 14,05 A ab a 238 21,36 A a a 199 11,85 a a219 4,00 B abc a IAC 2 12,85 B abc a IAC 2 19,10 A ab a 280 11,76 a aIAC 8 3,69 B abcd a IAC 8 12,85 A abc a 70 17,85 A abc a 238 11,01 ab a280 3,68 B abcd a 199 11,37 A abcd b 280 17,15 A abcd a 70 10,61 abc a147 3,63 B abcde a 137 11,11 A abcd b 219 15,72 A abcde b IAC 8 10,57 abc a70 3,63 C abcde a 70 10,36 B abcde b IAC 8 15,17 A abcdef b 251 9,65 abcd a47 3,56 B abcdef a 109 10,06 A abcdef b 44 12,93 A bcdefg b 219 8,89 abcde a201 3,43 C abcdefg a 136 9,75 A abcdef b 288 12,68 A bcdefgh b 109 7,86 bcdef a261 3,42 B abcdefg a 213 9,35 A abcdef b 251 11,87 A bcdefghi b 288 7,39 cdefg b120 3,19 B abcdefgh a 128 9,26 A abcdef b 109 11,83 A bcdefghi b 44 7,13 defgh b137 3,18 C abcdefgh a 201 8,95 A abcdefg b 166 10,34 A cdefghi c 137 7,11 defgh b251 3,01 B abcdefghi a 2 8,40 A bcdefg c 212 9,92 A cdefghi c 166 6,93 defghi b144 2,99 A abcdefghi a 196 8,14 A cdefg c 129 9,59 A cdefghi c 213 6,58 defghij b135 2,95 A abcdefghi a 32 8,00 A cdefg c 235 8,89 A defghi c 212 6,43 defghij b235 2,83 B abcdefghi a 166 7,91 A cdefg c 147 8,80 A efghi c 147 6,38 defghij b43 2,72 A abcdefghi a 47 7,78 A cdefg c 120 8,58 A efghi c 2 6,33 efghij b288 2,63 B abcdefghi b 43 7,74 A cdefg c 261 8,50 A efghi c 235 6,30 efghijk b213 2,57 B abcdefghi b 144 7,55 A cdefg c 2 8,42 A efghi c 120 6,16 efghijk b166 2,55 B abcdefghi b 135 7,29 A cdefg c 43 8,00 A efghi c 43 6,15 efghijk b9 2,45 B abcdefghi b 212 7,23 A cdefg c 213 7,84 A efghi c 261 6,09 efghijk b241 2,44 B abcdefghi b 238 7,23 B cdefg c 135 7,37 A fghi c 201 6,01 efghijk b199 2,39 C abcdefghi b 235 7,19 AB cdefg c 146 7,34 A fghi c 128 5,94 efghijk b136 2,21 B abcdefghi b 219 6,97 B defg c 32 7,27 A fghi c 135 5,87 efghijk b80 2,18 B abcdefghi b 288 6,87 B defg c 137 7,03 B fghi c 32 5,76 efghijk b2 2,17 B abcdefghi b 147 6,71 A defg c 128 6,77 A ghi c 136 5,70 efghijk b49 2,16 A abcdefghi b 120 6,70 AB defg c 241 6,54 A ghi c 144 5,62 efghijk b212 2,14 B bcdefghi b 44 6,54 B defg c 27 6,48 A ghi c 129 5,59 fghijk b172 2,08 B bcdefghi b 146 6,48 AB defg c 9 6,41 A ghi c 47 5,25 fghijk b32 2,02 B bcdefghi b 261 6,34 AB defg c 144 6,34 A ghi c 146 5,07 fghijk b44 1,91 B bcdefghi b 216 6,13 A defg c 216 6,01 A ghi c 9 4,99 fghijk b216 1,81 B cdefghi b 9 6,10 A defg c 201 5,67 B ghi c 196 4,88 fghijk b128 1,79 B cdefghi b 172 5,99 A defg c 49 5,55 A ghi c 216 4,65 fghijk b109 1,69 B defghi c 129 5,95 A defg c 196 5,53 A ghi c 241 4,47 ghijk b146 1,37 B efghi c 49 5,15 A efg d 136 5,15 AB ghi c 49 4,28 ghijk b31 1,35 B fghi c 31 4,66 A efg d 31 4,99 A ghi c 172 4,28 ghijk b22 1,29 B fghi c 80 4,53 A fg d 172 4,78 AB ghi c 27 3,88 hijk b129 1,22 B ghi c 241 4,44 AB fg d 22 4,49 A hi c 31 3,67 ijk b196 0,96 B hi c 27 4,31 A fg d 47 4,41 B hi c 80 3,50 jk b27 0,85 B i c 22 3,24 AB g d 80 3,81 AB i c 22 3,01 k bMédias 2,57 C 7,90 B 9,46 A 6,64CV(%) 31,43 26,05 31,10 31,98

CJ TukeyCLONES e EXPERIMENTOS

Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey

Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.