disfunção eréctil palestra na feira
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Disfunção eréctil
Fortunato BarrosEspecialista em andrologia e urologia
Hospital S. José
Sociedade Portuguesa de Andrologia
Definição
Incapacidade para obter e/ou manter uma erecção suficiente de modo a permitir actividade sexual satisfatória com penetração vaginal
É um sintoma
Manifestação de um patologia que provoca disfunção no aparelho genital masculino
Disfunção eréctil
ANATOMIA FUNCIONAL DO PÉNISANATOMIA FUNCIONAL DO PÉNISEstruturas de suporte e arquitectura do corpo cavernosoEstruturas de suporte e arquitectura do corpo cavernoso
ANATOMIA FUNCIONAL DO PÉNISANATOMIA FUNCIONAL DO PÉNISAnatomia vascularAnatomia vascular
ArtériasArtérias Eixo hipogastro-pudendo-Eixo hipogastro-pudendo-
cavernosocavernoso Importância da art. pudenda Importância da art. pudenda
acessóriaacessória
VeiasVeias Sistema superficial, Sistema superficial,
intermédio e profundointermédio e profundo
ANATOMIA FUNCIONAL DO PÉNISANATOMIA FUNCIONAL DO PÉNIS
NeuroanatomiaNeuroanatomia Sistemas autónomo e somáticoSistemas autónomo e somático Centros do SNC e neurotransmissoresCentros do SNC e neurotransmissores
FISIOLOGIA DA ERECÇÃOFISIOLOGIA DA ERECÇÃO
Mecanismo Mecanismo HemodinâmicoHemodinâmico
(corporo-veno-oclusivo)(corporo-veno-oclusivo)
Dilatação arterial, Dilatação arterial, relaxamento dos relaxamento dos sinusóides e veno-sinusóides e veno-compressãocompressão
Função eréctil normalFunção eréctil normal
Factores circulatóriosFactores circulatórios• Suficiente aporte arterialSuficiente aporte arterial• Correcta veno-oclusãoCorrecta veno-oclusão
FISIOLOGIA DA ERECÇÃOFISIOLOGIA DA ERECÇÃO
Função eréctil normalFunção eréctil normal
Factores neurológicosFactores neurológicos• Integridade dos núcleos Integridade dos núcleos
nervosos cerebraisnervosos cerebrais• Integridade do centro Integridade do centro
mecânico medular S2-S4mecânico medular S2-S4• Integridade da condução Integridade da condução
nervosa periféricanervosa periféricaNervos esplancnicos
Plexo hipogástrico
S2-S4
D10-L3
Nervo pudendo
HipotálamoHipotálamoN. préopticosN. préopticosHipocampoHipocampo
NeocortexNeocortex
PénisPénis
FISIOLOGIA DA ERECÇÃOFISIOLOGIA DA ERECÇÃO
FISIOLOGIA DA ERECÇÃOFISIOLOGIA DA ERECÇÃO
GnRHGnRH
LHLH
TestosteronaTestosterona
Célula LeydigCélula Leydig
FSHFSH
Tubo seminalTubo seminal
Espermato-Espermato-génesegénese
++ ++ --
++ ++
++++
Função eréctil normal
Factores hormonaisFactores hormonais• Integridade do eixo hipo-
tálamo-hipófise-testículo• Bons níveis de testosterona
circulante• Adequada concentração
tecidular de androgéneos
Função eréctilFunção eréctil
Psiquismonormal
Ambienteendócrinoadequado
Apropriadafunção do SN
Adequada circulaçãodo pénis
Função eréctil normal
Etiologia da D.E
Vasculogénica – 70% Farmacológica – 10% Cirúrgica – 10% Neurológica – 5% Endocrinológica – 4% Traumatológica – 1% Psicogénica
Orgânica Psicogénica Mista
D.E. induzida por drogasD.E. induzida por drogas
Antipsicóticos, anti-depressivos Antipsicóticos, anti-depressivos ((tricíclicos, tricíclicos, inibidores da MAO, inibidores serotonínicosinibidores da MAO, inibidores serotonínicos))
Ansiolíticos Ansiolíticos Antihipertensores Antihipertensores ((bloqueadores beta, diuréticos, bloqueadores beta, diuréticos,
simpaticolíticos centrais, bloqueadores ganglionares, simpaticolíticos centrais, bloqueadores ganglionares, bloqueadores dos canais de cálcio)bloqueadores dos canais de cálcio)
Diuréticos (tiazidas e espironolactona)Diuréticos (tiazidas e espironolactona) Drogas cardiovascularesDrogas cardiovasculares Bloqueadores H2Bloqueadores H2 Antineoplásicos , antiandrogénios e outrosAntineoplásicos , antiandrogénios e outros
D.E. induzida por drogasD.E. induzida por drogas
ÁlcoolÁlcool Tabaco (nicotina)Tabaco (nicotina) Drogas de abusoDrogas de abuso
• Cocaína, heroína, metadonaCocaína, heroína, metadona• MarijuanaMarijuana• AnfetaminasAnfetaminas• BarbitúricosBarbitúricos
D.E por trauma psicológico
Medo Ansiedade Depressão Perda de auto-estima Alteração da auto-imagem Conflitos familiares e sociais Etc.
Avaliação Sumária
História Clínica Sumária Anamnese e E. Objectivo dirigidos ás principais etiologias
e factores de risco para a DE
Exames Complementares obrigatórios: Dirigidos às principais causas de DE Independentemente dos dados da história clínica
Hemograma Glicemia Testoesterona total Perfil Lipídico (Colesterol LDL e HDL, Triglicérideos)
Disfunção Eréctil
Avaliação SumáriaAnamnese
Questionários para a função sexual (IIFE) Quantificar e Objectivar o grau de disfunção eréctil
Avaliar o resultado das terapêuticas instituídas
História sexual (caracterização do Sintoma): Inicio, duração e evolução Existência de erecções nocturnas e matinais
Sintomas associados: diminuição da libido ou alterações da ejaculação A DE ocorre com uma ou mais parceiras sexuais?
Sintomatologia de outros órgãos ou sistemas
Cardiovascular Endócrino
Sistema Nervoso Central Periférico
Disfunção Eréctil
Avaliação SumáriaAnamnese
História Psico-social Aspectos educacionais e socio-culturais
Alteracões psicopatológicas: Perturbações da ansiedade, Conflitos pessoais…
Factores de risco para a DE: Diabetes, HTA, Tabaco e Dislipidémia
História medicamentosa Farmacos que desencadeiam ou agravam a DE (ex: B-Bloqueantes, Antidepressivos, Finastride…) Farmacos que constituem CI para tratamentos especificos (nitratos
Antecedentes cirúrgicos (prostatectomia radical, …)
Disfunção Eréctil
Avaliação Sumária Exame Objectivo
Exame dos órgãos genitais Atrofia testicular (sugere hipogonadismo)
Placas penianas (doença de peyronie)
Exame dos caracteres sexuais secundários Alteração da distribuição pilosa Ginecomastia
Exame do sistema cardiovascular A medição da TA Palpação dos pulsos periféricos (femorais e distais nos dois membros inferiores)
Disfunção Eréctil
Avaliação Sumária Exame Objectivo
Exame neurológico Sumário Sensibilidade testicular, peniana e perineal
Reflexos rotuliano, aquiliano e bulbocavernoso
Toque rectal Sobretudo em doentes com + de 50anos Patologia prostática contra-indica tratamento androgénico
Disfunção Eréctil
Avaliação SumariaDE Orgânica/Psicogénica: Diagnóstico diferencial
OrgânicaOrgânica PsicogénicaPsicogénica
InicioInicio GradualGradual SúbitoSúbito
EjaculaçãoEjaculação NormalNormal Alterada (Precoce)Alterada (Precoce)
LibidoLibido Mantida (excepto no caso de Mantida (excepto no caso de hipogonadismo)hipogonadismo)
DiminuídaDiminuída
Erecções nocturnas e matinaisErecções nocturnas e matinais AusentesAusentes PresentesPresentes
Depressão, perturbações da Depressão, perturbações da ansiedade,ansiedade,
Conflitos pessoaisConflitos pessoais
AusentesAusentes PresentesPresentes
Exame ObjectivoExame Objectivo Alterado de acordo com a causaAlterado de acordo com a causa NormalNormal
Disfunção Eréctil
Tratamento da Disfunção eréctil
Estratégia
Descontinuação das drogas implicadas Substituição por drogas menos tóxicos Tratamento das comorbilidades Alteração do estilo de vida Instituição de tratamentos dirigidos para a DE.
Tratamento da DE iatrogénica
Modalidades terapêuticas
Terapêutica farmacológica Injecção intracavernosa MUSE Dispositivo de vácuo Cirurgia de revascularização Prótese peniana
Inibidores da 5 - PDE
Actualmente:
Inibidores da 5-fosfodiesterase disponíveis: Sildenafil (Viagra®) Tadalafil (Cialis®) Vardenafil (Levitra®)
Terapêutica de primeira linha
Inibidores da 5-PDE
Aspectos relevantes
Farmacocinética Estímulo sexual adequado Efeito vasodilatador dose-dependente Interferência do álcool e dos alimentos Contra-indicação: nitratos e dadores de NO
Efeitos adversos dos inibidores da 5- PDE
Ef. acessórios Mto. Freq.
(>=10%)
Frequente
(1-10%)
Raro
(<1%)
Taxa de abandono
Vardenafil Cefaleias (16%)
Rubor (12%)
Dispepsia (4%)
Náuseas
Tonturas
Rinite (10%)
HTA; Síncope
Fotossensib. alts visuais
Hipertonia
3.7%
Tadalafil Cefaleias(14%)
Dispepsia
Tontura;Rubor
Cong. nasal
Lombalgia
Mialgias
Hiperémia conj.
Edema; palp.
Dor ocular
2.5%
Sildenafil Cefaleias (16%)
Rubor (10%)
Tonturas (2%)
Dispepsia (7%)
Cong.nasal(4%)Alts visuais (3%)
Dores Musculares
2.8%
Inibidores da 5-PDE
Segurança cardiovascular
Doentes com antecedentes cardiovasculares O factor mais importante é se há contraindicação para a
actividade sexualEstratificação dos doentes em grupos de risco.
Ex. critérios de Princeton Não aumentam o risco de síndrome coronário agudo ou de morte
súbita.
Podem inclusive melhorar o tempo até à isquemia em provas de esforço, em doentes com angina estável
Jackson et al, Int J Clin Pract 2002Jackson et al, J Sex Med 2006
Terapêutica intracavernosa
Considerada terapêutica de segunda linha Falência dos inibidores da 5-PDE Intolerância aos mesmos
Resultados: Erecção satisfatória- 70-94%; insatisfação da parceira- 11%; abandono do tratamento: 19-36% aos 3 meses e 50% aos 2 anos
PRÓTESES DO PÉNISCaracterísticas comuns
Dois cilindros, intracavernoso e produção de rigidez
PRÓTESES SEMI-RÍGIDAS
AMS 650
DURA IIACCUFORM
PRÓTESES HIDRÁULICAS
TIPO - 2 COMPONENTES TIPO - 3 COMPONENTES
OBRIGADOOBRIGADO