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DISCUTINDO O LIXO TECNOLÓGICO NO ENSINO FUNDAMENTAL: PRÁTICAS METODOLÓGICAS DE ENSINO E CONSCIENTIZAÇÃO

BONFIM, Telma Cavalheiro de.

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HOELLER, Silvana Cássia (Orientadora)2

RESUMO

O presente artigo consiste em uma pesquisa ação na área de Geografia, onde a primeira parte foi desenvolvida através de estudo dos subsídios teóricos com elaboração de projeto de intervenção e criação de caderno pedagógico a ser aplicado na Escola Estadual Léa Germana Monteiro, no município de Guaratuba, Paraná. A segunda parte, correspondeu à implementação do projeto e aplicação do caderno pedagógico. Toda a pesquisa e elaboração foram minuciosamente pensadas a partir do tema: a dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O trabalho objetivou estimular a reflexão dos educandos por meio das práticas de ensino, levando o debate com a comunidade escolar sobre o destino dos equipamentos eletrônicos. Logo, as práticas enquadraram-se em atividades que levaram os educandos a se identificarem no espaço e tempo pós-moderno, conscientizando-os quanto ao uso exacerbado dos produtos tecnológicos atuais, e o descarte dos mesmos, o que pode muitas vezes interferir na saúde e qualidade de vida do ser humano. Destaca-se que a implementação, aconteceu com educandos do 9° (nono) ano do Ensino Fundamental, da referida escola, com atividades que ultrapassaram s limites da sala de aula e despertaram um olhar para toda a comunidade. Palavras-Chave: lixo tecnológico – meio ambiente – ensino fundamental.

APRESENTAÇÃO

As vantagens da revolução digital e disseminação das tecnologias da

informação e comunicação como o acesso a produtos e serviços inovadores, são

observadas na atualidade por diferentes pontos de vista, muitas vezes divergentes

quanto aos pontos positivos e negativos. Mas o destino final desses equipamentos

precisa ser revisto e as pessoas necessitam de consciência quanto aos problemas

de saúde que eles podem acarretar.

Nesse sentido, este artigo é resultado de um estudo teórico e prático que se

propôs a pensar e refletir sobre as práticas de ensino, as quais há muito tempo,

deixaram de ter a simples função de sistematizar o conhecimento científico,

1 Professora na rede estadual de ensino do Estado do Paraná, Graduada em Geografia pela

(FAFIJAN) Faculdade de Filosofia e Letras de Jandaia do Sul, Especialista em Geografia. 2 Docente - Agroecologia -UFPR Litoral – Universidade Federal do Paraná.

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assumindo diferentes funções, como por exemplo conscientização.

Assim, surgiram várias indagações considerando-se o período histórico

atual: Como incorporar às práticas de ensino de geografia à questão do lixo

eletrônico como um fator que influencia na poluição do meio ambiente? Como

conscientizar alunos, pais e a comunidade sobre os perigos dos resíduos sólidos

eletrônicos? Que elementos químicos compõe os resíduos sólidos altamente

poluentes? Esses componentes tóxicos podem afetar o solo e os lençóis freáticos?

Quais os impactos dessa poluição na saúde do ser humano? O que fazer com os

equipamentos eletrônicos obsoletos?

Dessa forma, a pesquisa-ação foi pensada desde o projeto de intervenção

até a implementação, com o objetivo de estimular a reflexão dos educandos, por

meio das práticas de ensino que levassem o debate para a comunidade escolar

sobre o destino dos equipamentos eletrônicos. Dentro desse contexto, os objetivos

específicos centraram-se em: esclarecer questões sobre o lixo tecnológico através

de leituras de textos variados; identificar pontos de coleta e destino do lixo

tecnológico no município de Guaratuba, Paraná; possibilitar atividades de estudo e

pesquisa, para a compreensão da importância da coleta do lixo tecnológico; montar

banners com o material imagético, para conscientização de toda a comunidade

escolar.

Assim, inicialmente nesse artigo são discutidas as razões que estimularam o

desenvolvimento dessa pesquisa-ação, na sequência tem-se a justificativa e

explicações pertinentes a modalidade de pesquisa através de subsídios teóricos,

que no caso trata-se da própria pesquisa-ação e por fim, discussões e resultados da

implementação da unidade didática.

A seguir são discutidos alguns depoimentos de professores que avaliaram e

discutiram sobre o projeto de intervenção, caderno pedagógico e outras atividades

integrantes referentes à temática lixo eletrônico no Grupo de Trabalho em Rede –

GTR/2011, onde todo o material desenvolvido e aplicado ficou disponível online no

Portal do Dia-a-dia Educação do Paraná.

RAZÕES PARA A PESQUISA

Lixo e tecnologia são palavras que não tem muito a ver uma com a outra, no

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entanto, a relação que pode ser enfatizada entre elas, pode ter um sentido muito

significativo para os educandos, ou seja, um sentido que trate e repense num

destino adequado para o lixo tecnológico.

Tal questão já vem sendo trabalhada e refletida, mas ações voltadas para a

conscientização não são muito efetuadas. Ficando assim, um conhecimento restrito

às salas de aula, sem ao menos sair delas ou do papel. Uma das causas centra-se

no capitalismo exacerbado, onde a engrenagem primordial é o consumismo, em que

a urgência central é comprar o que é de último lançamento, sem se importar com o

destino final desses produtos que são na sua origem altamente poluentes e que a

população não tem acesso a informações sobre o destino.

Enfim, são muitas as problemáticas que surgem em torno da questão do lixo

tecnológico, mas a resposta para estas, necessitam de ações que devem ser

construídas em conjunto, com a comunidade escolar que desencadeiem políticas de

administração de resíduos e legislações específicas sobre o tema, todas em função

de um desenvolvimento tecnológico-consciente.

JUSTIFICATIVA

Refletir sobre o Lixo Tecnológico como um tema que se enquadra nos

desafios do mundo contemporâneo que é de suma importância, diante do

desenvolvimento tecnológico cada vez mais acelerado.

Observa-se que a questão do lixo tecnológico, agrava-se e exige tomada de

decisão e conscientização, devido à relação que exerce com o meio ambiente, pois

o lixo tecnológico possui uma grande quantidade de substâncias prejudiciais ao

ambiente e ao homem.

Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU, 2010), 40

milhões de toneladas de lixo eletrônico é produzida por ano no mundo, e revelou que

o Brasil é o mercado emergente que produz o maior volume deste tipo de resíduo

por pessoa a cada ano. Principalmente porque os aparelhos eletrônicos como

celulares, ipods, câmaras digitais, notebooks e computadores tem um tempo de

vida útil muito curto, ou porque estragam e viram sucatas, ou por que são

substituídos por outros com desempenho superior, em quesitos de tecnologia e

comunicação.

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Segundo a coordenadora do Curso de Licenciatura em Computação da

Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Marcia Kniphoff da Cruz, tanto os

setores educativos como as empresas devem estar preocupados com o lixo

eletrônico (GAZETA DO SUL, JUNHO DE 2009).

Neste contexto, a escola deve apresentar-se como estimuladora de

reflexões, para que o educando reconheça-se no espaço social, político e ambiental.

Conforme se encontra nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Ensino

de Geografia (BRASIL, 2008, p. 20):

[...] propõe-se que o currículo da Educação Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo. Esta ambição remete à (...) uma educação na qual o espaço de conhecimento, na escola, deveria equivaler à idéia de atelier-biblioteca-oficina, em favor de uma formação, a um só tempo, humanista e tecnológica.

Considerando-se a citação acima, busca-se enfatizar com esse trabalho as

possibilidades em se trabalhar e desenvolver no educando uma formação

necessária, para enfrentar as mudanças da sociedade e do seu cotidiano, como a

complexidade do lixo tecnológico, onde muitos nem se dão conta da sua existência

nem dos problemas que podem surgir em torno deste.

Com base em Bortolozzi e Filho (2000, p. 2) a questão ambiental apresenta-

se hoje revigorada no pensamento contemporâneo. Caracterizando-se por novas e

diferentes abordagens, tem uma preocupação fundamental que se refere ao papel

da ciência e das técnicas na construção de novos conceitos e mentalidades, que

possam contribuir para uma mudança paradigmática do saber. Assim, trata-se de

direcionar seu uso, procurando negar a dicotomia entre as ciências tecnológicas e

humanistas e de resgatar a cultura, que deve propiciar novos insights conceituais,

capazes de mostrar a importância do ambiente natural como elemento de realização

social e de impulsionar ações mais justas dos homens entre si e com a natureza.

Percebe-se assim, que ao se tratar sobre o lixo tecnológico com os

educandos, isto contempla as Diretrizes Curriculares da Educação básica para o

ensino de geografia, além de ser uma preocupação de estudiosos, teóricos entre

outros que enfatizam a sociedade, o ambiente, entre outros aspectos ligados a

Geografia.

A Educação Ambiental muitas vezes, ainda se restringe a uma simples

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mudança de hábitos cotidianos como reciclar o lixo ou até mesmo não jogá-lo em

rios, porém essas atitudes não são suficientes para solucionar ou até mesmo

entender a questão ambiental que se encontra interligada a outras crises do mundo

capitalista.

Portanto, tem-se a necessidade de formar cidadãos conscientes, capazes

de correlacionar fatos e terem uma visão holística e crítica do mundo em que vivem,

mas para isso, tem de se trabalhar e, mostrar por meio de pesquisas, as

conseqüências dos resíduos, como define a engenheira ambiental Fátima Souza,

gerente técnica e comercial da empresa de reciclagem de resíduos químicos

Suzaquim, numa entrevista com a repórter Daniela Moreira, da IDG, Now! 26-04-

2007, “Vilões silenciosos”: os componentes tóxicos presentes nos equipamentos

eletrônicos e baterias, que podem pôr em risco a saúde dos seres humanos casos

estes materiais não sejam descartados de forma apropriada.

MODALIDADE DE PESQUISA

Dentro desse estudo, buscou-se utilizar a pesquisa ação, iniciando-se com o

levantamento bibliográfico, seguido do planejamento do projeto de intervenção e da

unidade didática com a sequência de atividades e práticas de ensino dentro da

temática em estudo, por fim ocorreu a implementação da unidade didática, onde de

fato houve a intervenção na realidade dos educandos.

A pesquisa-ação é uma modalidade dentro da abordagem da pesquisa

qualitativa, onde especificamente o pesquisador atém-se em uma ação concretizada

através da implementação/intervenção empenhando-se na transformação do grupo

envolvido, ou buscando soluções de um problema coletivo na educação, conforme

os objetivos específicos e durante um determinado estudo.

Segundo Morin (2004, p. 24): “a pesquisa-ação é “integral” e visa à

mudança pela transformação da ação” e para a compreensão desta modalidade de

pesquisa recorre-se ao paradigma da complexidade, considerando-se os sujeitos da

pesquisa em sua totalidade, suas experiências e realidades cotidianas,

objetivamente e subjetivamente.

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De maneira a complementar a definição de pesquisa-ação, cabe observar a

citação a seguir:

A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 2005, p.16).

Enfim, essa modalidade de pesquisa, é muito utilizada na área de

educação, por envolver-se em questões que consideram a prática e a teoria, e

através dessa associação, busca-se uma intervenção na realidade dos sujeitos,

visando não só aprendizagem, como também conscientização, visão crítica e

mudança de comportamento.

A IMPLEMENTAÇÃO NA ESCOLA

A implementação foi resultado do projeto de intervenção e do caderno

pedagógico, o qual foi elaborado considerando-se o público alvo, 9° (nono) ano do

Ensino Fundamental da Escola Estadual Lea Germana Monteiro, Guaratuba,

Paraná. Assim, a partir do tema: a dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e produção.

Portanto, o caderno pedagógico, foi aplicado conforme os objetivos

delimitados anteriormente e, sobretudo, com a finalidade de socializar os resultados

dos estudos realizados oferecendo subsídios para reflexões a partir de discussões

sobre o lixo tecnológico, vivenciadas no cotidiano escolar.

Nessa perspectiva, a implementação na escola aconteceu através de 6

(seis), ações/práticas de ensino, aplicadas no tempo de aproximadamente 2 (duas)

horas aulas. Onde, a cada início de aula, retomavam-se os conhecimentos

explorados anteriormente visando um estudo reflexivo e contínuo, e não um

conhecimento fragmentado para o educando. Assim, a intervenção na realidade

destes alunos, como na comunidade em que estão inseridos aconteceu

gradativamente.

Primeiramente houve uma explanação a respeito do lixo tecnológico, com

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explicações sutis, para que compreendessem a problemática que se enquadra o

tema na sociedade. Dessa forma, foi distribuído um texto breve aos alunos com

explicações a cerca do Lixo Tecnológico e na sequência assistiram alguns vídeos

explicativos sobre o assunto, não atendo-se apenas na compreensão acerca do lixo

tecnológico, mas questões que o impulsionam, como por exemplo: a globalização, o

desenvolvimento tecnológico acelerado e o consumismo exagerado, entre outras

questões. Fechando esta primeira atividade com uma discussão mediada com o

contexto da comunidade dos educandos alvos da intervenção.

Leff (2001) aponta que a crise ambiental se tornou evidente nos anos de

1960, legitimando o crescimento econômico, a negação da natureza juntamente com

os padrões dominantes de produção e consumo. Neste contexto, a questão

ambiental problematiza a gama de conhecimentos teóricos e técnicos para

incorporar um saber complexo, reorganizando os saberes atuais, rumo a uma

ecologização do conhecimento via a interdisciplinaridade (p. 149).

A questão socioambiental é apontada pelas Diretrizes Curriculares para o

Ensino de Geografia na Educação Básica do Paraná (BRASIL, 2008, p. 71), como

um sub-campo da Geografia e, não mais uma linha teórica dessa disciplina, porque

“não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas à interdependência das

relações entre sociedade, elementos naturais, aspectos econômicos, sociais e

culturais.

Compreender, assim, a crise ambiental remete mais especificamente aos

problemas em geral enfrentados pela sociedade do mundo atual, isso porque:

A concepção de meio ambiente não exclui a sociedade, antes, implica compreender que em seu contexto econômico, político e cultural estão processos relativos às questões ambientais contemporâneas, de modo que a sociedade é componente e sujeito dessa problemática (BRASIL, 2008, p. 71).

Despertar e estimular a conscientização dos educandos sobre a existência

da crise ambiental, em especial uma maneira de demonstrar que muito pode ser

feito para amenizar os problemas mais críticos enfrentados no mundo

contemporâneo, como por exemplo: a separação e coleta seletiva de lixo. Logo, a

compreensão sobre a gênese da dinâmica da natureza e das alterações nela

causadas pelo homem, proporcionaram uma mudança de comportamento nos

educandos e um olhar mais consciente para o lixo.

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Layrargues (2005, p. 180), sobre esta questão do lixo, faz uma crítica ao

modo de trabalho fragmentado que acaba diminuindo a importância do tratamento

desta questão, onde muitos programas de educação ambiental na escola são

implementados de modo reducionista, já que, em função da reciclagem,

desenvolvem apenas a Coleta Seletiva de Lixo:

[...] em detrimento de uma reflexão crítica e abrangente a respeito dos valores culturais da sociedade de consumo, do consumismo, do industrialismo, do modo de produção capitalista e dos aspectos políticos e econômicos da questão do lixo.

Dando continuidade, na próxima atividade intitulada “Lixo tecnológico é

prejudicial à saúde”, passou-se para os alunos slides referentes aos componentes

(materiais e metais) de celulares e computadores, abordando-se o quanto estes

podem ser prejudiciais à saúde, alertando que boa parte desses materiais podem ser

reciclados, e a parte que não se pode aproveitar não deverá ser simplesmente

descartada como um lixo comum.

A engenheira ambiental Fátima Souza, gerente técnica e comercial da

empresa de reciclagem de resíduos químicos Suzaquim, numa entrevista com a

repórter Daniela Moreira, da IDG, Now! 26-04-2007, usou a expressão “Vilões

silenciosos”, para se referir aos componentes tóxicos presentes nos equipamentos

eletrônicos e baterias, que podem pôr em risco a saúde dos seres humanos caso

não sejam descartados de forma apropriada.

Conforme Fátima Souza afirmou na entrevista (MOREIRA, 2007, p. 2):

Os indivíduos envenenados por esses elementos químicos, como chumbo, mercúrio e cádmio, serão tratados pelos sintomas. Dificilmente o médico vai identificar o que causou a doença, a não ser que o índice de recorrência em uma certa região seja muito alto.

Nesse sentido, existem inúmeros exemplos do risco de contaminação por

estes elementos, podendo ser por contato direto ou indireto, como no caso de

pessoas que manipulam diretamente as placas eletrônicas e outros componentes

eletrônicos, que podem ser encontrados em vários lixões a céu aberto, isso é

comum no Brasil.

Mas também pode acontecer de forma acidental. Quando um eletrônico é

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jogado em lixo comum e vai parar em um aterro sanitário, há grandes possibilidades

de que os componentes tóxicos contaminem o solo e cheguem até os lençóis

freáticos, afetando também o consumo de água,

Ivanissevich e Fernandes (2004) esclarecem que existe diferença entre lixo

e resíduos, explicando que lixo é tudo o que não tem valor agregado, que não pode

ser transformado, reusado ou reinserido no processo produtivo, enquanto o resíduo

é tudo aquilo que, depois de usado ou passado seu prazo de validade, ainda carrega

um valor agregado. Entre os resíduos produzidos temos os resíduos domiciliares

(matéria orgânica, plásticos, lata, vidro), os comerciais (matéria orgânica, papéis,

plásticos de vários grupos), os públicos (provenientes da limpeza pública – areia,

papel, folhagem, poda de árvores), os especiais (pilhas, baterias, embalagens de

agrotóxicos, embalagens de combustíveis e de medicamentos ou venenos), os

industriais (depende do ramo da indústria), os de serviço de saúde (resultante de

serviços hospitalares, ambulatoriais e farmácias), agrícolas (esterco, fertilizantes) e

os tecnológicos (televisores, rádios, computadores, celulares, mp3 player, aparelhos

eletrônicos em geral).

Diante do fato preocupante, explica a Fapesp (2009), sobre o Plano

Nacional de Resíduos Sólidos, que procura mobilizar para dar uma destinação

correta a este tipo de lixo, estabelece que todos os fabricantes e consumidores

devem ter responsabilidade em relação ao descarte do lixo.

Assim, já está se pensando em alternativas para se garantir um destino

correto a esse lixo especial, o que foi explorado criticamente com os educandos,

partindo-se dos seus saberes previos, realidade, enfim de maneira contextualizada.

Abordando questões como a inclusão digital, o reaproveitamento de computadores

para cursos de manutenção, estimulando alunos a investirem nestes, não só para

medidas de reciclagem, mas também como opções alternativas de formação sobre o

assunto.

Diante da explicação dos slides e visualização dos componentes e as

substâncias prejudiciais à saúde, e a contextualização problemática. A turma foi

dividida em grupos, para a sistematização do que foi refletido, receberam palavras-

chave relacionadas aos slides e as explorações anteriores, ficando livre para a

criação de composições relacionadas usando-se de desenhos, charges, cartazes,

textos, entre outros.

Considerando-se que a educação ambiental no mundo contemporâneo

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assume a responsabilidade de construir novos conceitos e mentalidades, visando à

mudança de saberes e conscientização, tem-se a próxima atividade implementada

com os alunos, na qual se buscou estimular os educandos a pesquisarem a respeito

do descarte de lixo tecnológico na comunidade em que estão inseridos, como

também no município de Guaratuba, PR.

Nesse contexto, os alunos foram divididos em quatro grupos, os quais

receberam um roteiro de lugares que trabalham com consertos e vendas de

eletroeletrônicos e principalmente, computadores. Juntamente ao roteiro, receberam

possíveis perguntas para fazerem um levantamento de dados nestes locais. Além da

pesquisa de campo, explicou-se que deveriam também pesquisar sobre como deve

ser feito o descarte de lixo tecnológico. Levando-se em consideração que o

resultado de todos esses dados, deveria ser mostrado e apresentado aos outros

grupos.

Logo a socialização dos dados obtidos pelos grupos, gerou várias

discussões quanto a situação problemática do descarte de lixo tecnológico, o que

nem sempre ocorre de maneira adequada, colocando, portanto, todos da sociedade

em risco.

Enfim, tem-se a necessidade de formar cidadãos conscientes, capazes de

correlacionar fatos e terem uma visão holística e crítica do mundo em que vivem,

mas para isso, as práticas de ensino devem mostrar por meio de pesquisas, as

consequências dos resíduos. Foi nessa linha de raciocínio que ocorreu a

implementação do caderno pedagógico, e os educandos não só compreenderam a

problemática como se visualizaram dentro da sociedade, que necessita de uma

mudança de comportamentos e atitudes em prol do meio ambiente.

Pois, não se trata de questões a serem resolvidas apenas a partir da

Educação Ambiental, ou um trabalho interdisciplinar com a temática lixo tecnológico,

mas investimentos e posturas associadas ás políticas públicas.

Na penúltima atividade aplicada intitulada “Oficina de reciclagem do lixo

tecnológico”, foi solicitado com antecedência que os educandos trouxessem

diferentes materiais e sucatas advindas de lixo tecnológico. Incluindo-se também,

tintas, colas, papeis coloridos, EVA's, entre outros materiais. Assim, mostraram-se

algumas composições criativas, para motivá-los a desenvolver a partir da

reciclagem, aproveitando o material do lixo tecnológico.

O resultado foi significativo, uma vez que, os alunos demonstraram-se

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interessados e criativos, explorando o material e reaproveitando o mesmo. Assim,

nas atividades incorporadas às práticas de ensino da disciplina de geografia,

possibilitaram “um despertar para o lixo tecnológico”, conscientizando não apenas

para situações futuras, mas alertando de maneira a chamar a atenção dos

educandos para a saúde, mostrando o outro lado da era da tecnologia.

Segundo a Agência Fapesp (2009), a curta vida útil e os altos custos de

reciclagem de produtos tecnológico/eletrônicos implicam que eles sejam comumente

descartados sem muita preocupação com os impactos adversos disso para o

ambiente e para a saúde pública. Os pesquisadores pedem que os governos

coloquem em prática medidas urgentes para lidar com os equipamentos eletrônicos

descartados. Também destacam a necessidade de se buscar alternativas para os

componentes que causem menos impactos à saúde humana e ao ambiente.

Para finalizar a implementação, trabalhou-se com “Wall-e”, um filme de

animação americana de 2008, produzido pela Pixar Animation Studios e dirigido por

Andrew Stanton. O filme traz muitas reflexões importantes sobre os problemas

voltados ao lixo e o acelerado desenvolvimento tecnológico. Após entulhar a Terra

de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e

passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse alguns

poucos anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. Wall-E é o último

destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto conserto de suas

peças. Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres

maiores que arranha-céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar

seu trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e

moderno robô: Eva, por quem Wall-E logo se apaixona, então ambos vivem uma

aventura, no mundo de novas tecnologias (ADORO CINEMA, 2011).

Após toda a abordagem e discussão sobre o filme, explorou-se num debate

minucioso com os alunos, opções de melhoria quanto à problemática do lixo

eletrônico, também se demonstrou a importância de cursos voltados para a

manutençao de computadores, relacionando com a reciclagem deste lixo especial,

buscando juntamente estimular os educandos advindos de classes sociais

desprevilegiadas a participarem, utilizando assim a tecnologia para a inclusao digital

e social.

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DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Enfim, a implementação foi muito significativa, porque incorporaram-se as

práticas de ensino, com textos, imagens, vídeos, documentários, relacionados não

só ao lixo tecnológico, como as consequências ambientais e para a saúde. Uma vez

que, os cartazes e panfletos informativos criados durante a intervenção, foram

distribuídos na escola e na comunidade, com a finalidade de conscientizar a respeito

do lixo eletrônico.

Considera-se que os problemas da crise ambiental geraram a emergência

de um discurso de sustentabilidade/desenvolvimento sustentável, o qual apareceu

com maior fervor através da Educação Ambiental, que vem exigindo não só ensino e

aprendizagem, mas também práticas que orientem para uma mudança de

comportamento, combinando elementos científicos e teóricos, com experimentação,

práticas e conhecimentos externos à escola.

GRUPO DE TRABALHOS EM REDE – GTR 2011: CONTRIBUIÇÕES E

RESULTADOS

As informações obtidas permitiram situar a atuação destes professores de

geografia que atuam na rede estadual de ensino do Paraná, assim todos se

apresentaram comprometidos e interessados no assunto, inclusive houve troca de

práticas e experiências, pois os mesmos já trabalham com as questões

problemáticas do lixo eletrônico, como também de resíduos sólidos, entre outros.

Hoje se depara com hábitos culturais muito arraigados, onde se vive numa

civilização de desperdícios e também voltada para os interesses econômicos, visto

que grande parte da indústria tem se voltado para a produção de coisas

descartáveis, porém as pessoas necessitam saber sobre essa possibilidade de

reaproveitamento e contribuir na separação desses lixos especiais.

Os professores exploraram que é fundamental associar os temas:

globalização, consumismo e desenvolvimento tecnológico, que por sua vez

relacionam-se com a vida útil dos produtos tecnológicos, que torna-se cada vez mais

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curta. Como no depoimento a seguir:

Com o processo de globalização cada vez buscamos estar mais “atualizados” em relação as novas tecnologias, comprando aparelhos eletrônicos que muitas vezes não precisamos somente para ficarmos na moda. Com essa atitude presente no nosso cotidiano e também no cotidiano dos alunos [...] a produção de lixo tecnológico só aumenta [...] Se faz necessário e é de grande importância a instalação de programas nas escolas públicas para que os alunos saibam o que fazer com o lixo eletrônico quando o mesmo deixa de ter vida útil. Mais de 90% do lixo eletrônico pode ser reaproveitado/reciclado caso seja dado um destino correto para eles, sendo necessário mais do que nunca a escola trabalhar em conjunto com a sociedade para que se faça realmente o aproveitamento desse material. A partir do trabalho realizado pelo GTR nós professores também começamos a refletir sobre essa questão, pois todos sabem que baterias de celulares, e que outros eletrônicos causam poluição ao meio ambiente, no entanto nunca paramos para discutir o grau desse impacto ao nosso cotidiano. A discussão do GTR e a implementação do projeto nas escolas poderá ajudar os alunos a ter um consumo consciente em relação as novas tecnologias e os impactos que os mesmos causam ao meio (DEPOIMENTO DE PROFESSOR DO GTR/TEMÁTICA 1 (2011).

A importância de se estimular a conscientização com os educandos em

relação ao meio ambiente, reflete em novas atitudes que podem amenizar a

problemática da poluição nomeio ambiente. Neste contexto, ao discutir sobre a

poluição, capitalismo, consumo e meio ambiente é a melhor forma de torná-los mais

conscientes dos seus atos e de sua comunidade. O lixo tecnológico hoje é um dos

grandes problemas ambientais, pois ainda não há conscientização da população,

logo o espaço escolar tem papel fundamental para torná-los conscientes como

participantes do meio ambiente, e que suas atitudes ao interagir com ele fazem toda

a diferença.

O professor Nelson Pascarelli Filho, autor do livro Educando Para

Preservação da Vida (Editora WAK), fruto de 20 anos de experiência em educação

ambiental, explica que a ação das escolas deve ir além do trabalho em sala: “Educa-

se pelo exemplo e a escola deve ter ações sustentáveis. Sem isso é falácia e o

aluno rapidamente apontará esse erro e poderá ficar desmotivado” (DECACHE, p.1,

2012).

Nelson Pascarelli Filho foi entrevistado por Decache (2012), neste sentido,

complementa o que os professores do GTR/2011 apontaram:

As escolas, tanto da rede privada como pública, estão trabalhando

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seriamente o tema sustentabilidade, com o envolvimento de toda a comunidade escolar e em várias disciplinas. E essa ação torna-se mais eficaz quando ocorrem parcerias entre escolas, universidades e as empresas [...] Educa-se pelo exemplo e a escola deve ter ações sustentáveis [...] Não podemos generalizar que os jovens andam desestimulados. Alguns jovens são individualistas e suas vidas só encontram sentido no consumismo. Eles são o que podem comprar, isto é muito triste e vazio! Porém, muitos jovens estão engajados em ONGs que realizam eficaz ação educativa e transformadora. Não deve o educador ter uma postura pessimista diante do desafio ambiental e assim roubar a esperança dos jovens em ter um futuro com mais sustentabilidade e baixo impacto ambiental.

Portanto, muitas escolas já vêm trabalhando a questão do lixo, da

sustentabilidade, do excesso de consumo, entre outras questões desafiadoras do

mundo contemporâneo, sendo fundamental o professore comprometer-se com essa

causa, não só como exemplo para os seus educandos, mas também como

formadores de conceitos, opiniões, expectativas, entre outras.

Entre as várias contribuições dos professores da rede estadual de ensino do

Paraná no GTR/2011, encontrou-se também:

Acredito que a escola seja a porta de entrada para a conscientização não somente para as questões que envolvam o lixo eletrônico, mas também para outros temas referentes à cidadania. Levantar questionamentos e buscar respostas junto aos órgãos públicos do município são ações que podem ser feitas por nós professores e pelos nossos alunos. Pequenas atitudes como separar pilhas e baterias do lixo comum, podem fazer a diferença e aí cabe ao município ou às indústrias instalarem locais de coleta específicos para esses materiais (DEPOIMENTO DE PROFESSOR DO GTR/TEMÁTICA 1, 2011).

Concorda-se com a citação anterior, que a escola serve como ponto de

partida para estimular a conscientização de várias questões referentes à cidadania.

Mas não a única, como descreve a professora, deve-se buscar soluções juntamente

à órgãos públicos.

Outro professor complementa que a melhor maneira para despertar o aluno

para a conscientização é a partir do alerta sobre as consequências da problemática

ambiental:

O aluno deve ser instigado a buscar informações diversificadas, com o intuito de ter conhecimentos necessários para ser agente transformador do espaço em que vive, porém cabe a nós educadores, partindo de nossa prática pedagógica despertar no aluno o interesse e alertá-los sobre as reais consequências desta problemática. Conscientizá-los que praticar a separação do lixo reciclável do orgânico em nossas casas é o processo

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inicial para este projeto [...] abordar este tema na rede Pública de Ensino, fará com que nossos alunos tenham acesso ao conhecimento sistematizado, podendo interagir de forma consciente, participando de uma sociedade mais uniforme e democrática, pois acreditamos que a escola deva ser um fator que faça a diferença pessoal e social. Lutar por uma sociedade mais justa e um ambiente mais saudável e contribuir para um mundo mais sustentável, implica numa obrigação de qualquer ser humano (DEPOIMENTO DE PROFESSOR DO GTR/TEMÁTICA 1 (2011).

Enfim, o ponto inicial para a conscientização, tem sido a escola, porém há

necessidade de maiores investimentos em políticas públicas, que envolvem

municípios, estados, empresas, em prol dessa causa de descarte correto ou

reaproveitamento do lixo tecnológico. Não adianta o professor estimular, trabalhar

interdisciplinarmente, envolver a comunidade escolar, e logo, o educando perceber

que pouco se pode fazer em pequenos grupos, somente envolvendo a coletividade

será possível o alcance de resultados positivos em defesa do meio ambiente e da

qualidade de vida.

Para salientar, cabe utilizar uma citação:

Há necessidade premente dessa consciência ecológica nas escolas brasileiras, para transformar a mentalidade dos jovens, conduzindo-os a um comportamento mais adequado quanto ao uso dos recursos naturais, tornando possível uma ação racional, capaz de atender às necessidades impostas pela sociedade. Os resultados de um movimento ecológico, dependem de uma consciência coletiva, que interfira diretamente na ação de cada sujeito, responsável pelos seus atos e pela preservação do seu ambiente. Também é preciso, como mostra o autor supracitado, entender a Educação Ambiental como participação política, que contribui para o exercício da cidadania no sentido de transformação social, além de aprofundar conhecimentos sobre as questões socioambientais. Esta prática, cria espaços participativos e desenvolve valores éticos, que recuperam a “humanidade” dos homens (SILVEIRA, p.7, 2007).

Há diferentes formas de se trabalhar com a temática aqui apresentada na

sala de aula, e além dos limites do contexto escolar, aqui se demonstrou uma

maneira positiva, onde além de direcionar-se para a aprendizagem do novo,

estimulou a busca de informações, para chegar a alternativas e principalmente a

conscientização do mundo atual, sobre os problemas e as causas que levam o lixo

eletrônico a ser um fator preocupante nas sociedades atuais.

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CONCLUSÕES

Ao final do Programa de Desenvolvimento Educacional, conclui-se que além

dos objetivos do projeto de intervenção terem sido alcançados, muito se aprofundou

enquanto conhecimento e experiência. Acredita-se que esta seja uma das principais

finalidades do programa, proporcionar aos professores uma autorreflexão quanto às

suas práticas de ensino e quanto à própria realidade escolar.

Vive-se numa era em que a tecnologia está transformando a sociedade,

principalmente os jovens. É fato que o consumo eletrônico está cada vez mais

tangendo uma crescente, uma vez que, a mídia contribui intensamente para que isso

ocorra. Diante desta situação, não tem como enfrentar a situação apenas

acompanhando o seu crescimento, é preciso de forma emergente trabalhos com

atividades em prol do meio ambiente, fazendo com que cada vez mais o discurso de

sustentabilidade esteja presente no contexto escolar e social.

É notável que no Brasil esteja cada vez mais aumentado a quantidade de

lixo tecnológico, no entanto, pouco se fala sobre o que fazer com ele, parece e pra

muitos de fato é, que o mais importante é comprar algo novo, moderno de ultima

geração. Esquecendo-se que esse lixo é altamente poluente e não nem sempre se

sabe o que fazer com ele.

O projeto de intervenção e a implementação trouxeram a tona este tema tão

imprescindível a ser debatido nas escolas. O tema possibilitou a abordagem de

vários conteúdos, entrelaçados nas mais diversas disciplinas. Destaca-se também,

que foi implementado no Ensino Fundamental, mas nada impede de ser também

aplicado no Ensino Médio, necessitando de algumas adaptações, como no filme que

encerra o projeto e também na linguagem.

Enfim, a temática aqui discutida está intimamente ligada aos princípios da

Educação Ambiental, que no contexto escolar tem se apresentado como um desafio,

em propor um novo olhar, que valorize e dignifique o meio ambiente em todas as

suas esferas. Levando os alunos a entenderem que são parte integrante deste

sistema, exigindo-se posturas diferenciadas, pré-condição para a reversibilidade dos

problemas socioambientais, tão explícitos na atualidade.

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REFERÊNCIAS

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