discriminação e desigualdade no mercado de trabalho · 2015-09-13 · o coeficiente de...
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Aula 5 - Desenvolvimento socioeconômico: teoria e aplicações
Valéria Pero
Discriminação e desigualdade no
mercado de trabalho
Becker (1957), Ashenfelter e Oaxaca (1987), Cotton (1988),
Darity e Mason (1998)
Ideia básica do modelo de Becker
Desafio de explicar existência de discriminação
com arcabouço teórico da microeconomia
Dificuldade era que se os agentes têm mesmas
características econômicas (tais quais as que
afetam produtividade), e um grupo é
discriminado ganhando salários menores, então,
as firmas poderiam obter lucro contratando os
agentes de menor salário até o ponto em que os
salários se igualariam.
Ideia básica do modelo de Becker
O primeiro a encontrar uma explicação racional para
a existência da discriminação foi Becker (1957),
através da idéia de preferências por discriminação
seja por parte do empregador, do empregado e até
mesmo do consumidor.
Idéia básica do modelo de Becker
O coeficiente de discriminação representa o
quanto uma pessoa está disposta a arcar com
custos não monetários devido a insatisfações
geradas em certas transações com grupos que
possuem preferências por discriminação.
Ou seja, representa a desutilidade associada ao
contato, por exemplo, entre raças diferentes no
mercado.
Ideia básica do modelo de Becker
Empregador se depara com o custo que inclui salários e o coeficiente de discriminação, DC. Logo, o custo dele é Π (1 + di ), onde Π é o salário que ele paga ao fator e di o DC em relação àquele fator.
Empregado se oferece a trabalhar com este fator por Πj (1 - dj).
Consumidor paga o preço monetário do produto e arca com a rede de preço p (1 + dk) do mesmo produto feito pelo fator discriminado.
Se DC é negativo, diz-se que há nepotismo.
Ideia básica do modelo de Becker
Aspectos que influenciam a discriminação contra um grupo N: “depende da distância social e física entre eles e o
indivíduo que o discrimina e do seu relativo status sócio-econômico”.
Se o indivíduo trabalha com N na produção, então, a discriminação pode depender da substitutibilidade de N e da fração de N na população.
Ideia básica do modelo de Becker
A idéia é que um aumento da fração de N na população poderia aumentar a discriminação a este grupo por causa do medo do poder adquirido por ele.
Ao mesmo tempo, argumenta-se que quanto maior a fração de N, maior o conhecimento a respeito de N e, logo, menor o preconceito.
Surge, então, a diferenciação entre discriminação por preferências e por falta de conhecimento, sendo o último bastante explorado nos modelos posteriores de discriminação estatística e de cultura e interações sociais.
Ideia básica do modelo de Becker
A partir da discriminação dos indivíduos pode-se delinear o coeficiente de discriminação de mercado. Considere dois grupos, W e N. Se os grupos são substitutos perfeitos na produção, o coeficiente de discriminação de mercado é dado por
onde é o salário de equilíbrio do grupo W e
o do grupo N.
N
NWMDC
W N
Ideia básica do modelo de Becker
Se os grupos não são substitutos perfeitos, o
salário de equilíbrio pode ser diferente mesmo
sem discriminação e o coeficiente de
discriminação do mercado é dado por
0
0
N
W
N
WMDC
onde é o salário de equilíbrio sem discriminação 0
Método empírico
O primeiro termo do lado direito da equação acima representa a parte do diferencial de renda entre brancos e negros explicado pela diferença de características, enquanto o segundo termo representa a parte do diferencial explicado pela discriminação no mercado de trabalho.
A idéia do segundo termo é que as características semelhantes são remuneradas a preços diferentes no mercado de trabalho e, portanto, se Bb > Bn, há discriminação contra os negros.
Problemas de mensuração
Mesmo se todos acordassem sobre as
variáveis que determinam salário, ainda existe
o termo que indicada fatores não-observáveis
u na equação.
Em outras palavras, há sempre uma chance
que a estimativa de d seja decorrente de erros
de amostra.
Como saber? Estudos probabilísticos sobre a
presença ou não de discriminação.
Evidences on Discrimination in Employment:
Codes of Color, Codes of Gender
Por que equalização racial estagnou a partir de
meados dos anos 70?
Quais fatores são mais importantes para
manutenção da desigualdade de gênero?
Qual o papel do processo competitivo na
eliminação ou reprodução da discriminação no
emprego?
Regressão sobre discriminação
Parte do diferencial de salário está relacionado às diferenças nas características ligadas à produtividade da média do grupo (diferenças de capital humano) e parte às diferenças no tratamento da média do grupo (diferencial salarial por discriminação).
Quanto maior a contribuição das diferenças de capital humano para explicar o diferencial de salário, mais fácil dizer que o mercado funciona de uma maneira não-discriminatória.
Discriminação por sexo
Diminuição do diferencial por três razões entre 1973 e 1995: Homens com salário abaixo do 78o percentil da
distribuição de salários tiveram queda, enquanto para mulheres cresce em todos percentis;
Diminui gap de capital humano;
Pressões legais ampliaram oportunidades para mulheres.
Discriminação por sexo
No entanto, continua family-gap: mulheres com filhos ganham menos e continuam segregadas em ocupações de baixa renda;
Gap entre salário entre mulheres com e sem filhos (family penalty of 10-15%). Mas homens casados e, possivelmente com filhos, ganham mais. Explicações: heterogeneidade não-observada (mães estão
menos motivadas e se esforçam menos no mercado do que as que não tem filhos); discriminação (empregadores preferem mulheres sem filhos) e barreiras institucionais à participação da mulher no mercado de trabalho (locais de trabalho com horário inflexível, child care policies etc).
Discriminação por sexo
Segregação ocupacional ainda alta: indice de
dissimilaridade de 50% (quantos deveriam mudar
para ter distribuição igual entre ocupações).
Mulheres continuam concentradas em empregos de
baixo salário, mesmo com nível de escolaridade
semelhante.
Discriminação por sexo
Comparação internacional: EUA tem mais alta
discriminação e parece estar associado mais com
desigualdade do que com outros fatores (como
capital humano, ocupacão e leis)
Discriminação racial
Encontrar medidas para diversas dimensões de capital humano que pode ser usado para testar discriminação racial no mercado de trabalho
Nos EUA tem se usado o teste de qualificação das forças armadas (AFQT) como proxy de habilidades. Não obstante, este teste é feito quando a pessoa já tem 18 anos e pode estar representando mais o aprendizado acumulado na escola do que habilidade. Portanto, Maxwell (1994) e O' Neill (1990) utilizam-no como proxy para qualidade escolar na regressão de salários.
Discriminação racial
O’ Neil percebeu diferenças nos retornos de anos de estudo, mesmo controlando para efeitos do AFQT.
Entretanto, os efeitos do AFQT também foram grandes.
A taxa observada de negros em ralação à brancos era de 0,829. Controlando apenas para anos de estudo, região e experiência de trabalho a taxa ajustada foi de 0,877. Quando controlado pelo AFQT a taxa ajustada foi de 0,955.
Ou seja, mesmo controlando por qualidade, os retornos escolares ainda são diferentes entre raças. Ainda assim, percebe-se que grande parte das diferenças salariais são explicadas pela diferença nas características (menor quantidade e qualidade de educação por parte dos negros).
Discriminação racial
Inclusão desta variável tem gerado, no entanto, problemas de especificação e dificuldades de interpretação Ajuste de idade/escolaridade (negros tem mais atraso que
brancos e associação do teste pode gerar problemas);
Problemas de interpretar scores
Não há relação clara entre mudanças no retorno à escolaridade e diferencial racial
Evolução da Teoria
Modelo de “preferência por discriminação” do Becker: se dois grupos tem produtividades semelhantes, em um ambiente competitivo onde pelo menos alguns empregadores preferem lucros a discriminar, o resultado é que os trabalhadores devem receber salários idênticos.
Esse resultado envolve segregação – por ex, empregadores contratando somente homens brancos e outros mulheres negras – mas, se produtividade média é a mesma, a tendência é que eles recebam salários iguais.
Nessa visão, a discriminação nas diferenças salarias por raça ou gênero pode ser produzida apenas temporariamente.
Evolução da Teoria
No entanto, não é possível argumentar que
discriminação por raça ou sexo é
inconsistente com o funcionamento de
mercados competitivos, especialmente
quando leis antidiscriminação foram
implementadas para reduzir o impacto da
discriminação no mercado.
É importante revelar os mecanismos de
mercado que permitam ou estimulam práticas
discriminatórias.
Evolução da Teoria
Várias estórias para explicar como a
discriminação resiste às pressões do mercado
competitivo.
No fundo, a tentativa é buscar caminhos onde
a discriminação pode aumentar os lucros ou
identificar condições onde escolher não
discriminar pode reduzir lucros.
Evolução da Teoria
1. Estória da discriminação do consumidor:
• Empregadores discriminam porque consumidores
têm preferências por discriminar;
• Funciona quando tem contato direto com cliente;
• Distribuição ocupacional diferente tem que gerar
diferenciais de salários também? Não
necessariamente.
Evolução da Teoria
2. Estória da discriminação estatística:
• Empregadores não observam tudo que precisam
saber sobre os candidatos ao emprego e, nesse
ambiente, usam raça como um sinal que permite
melhorar as predições sobre o futuro desempenho
sobre a habilidade do candidato
Evolução da Teoria
2. Estória da discriminação estatística: Suponha que, por alguma razão não observável, tal qual
qualidade da educação ou fatores culturais, os negros com mesma educação formal que os brancos sejam, em média, menos produtivos que os últimos.
Empregadores usam a variável raça como proxy destas características não observáveis. Isto pode fazer com que os empregadores coloquem os negros em postos de trabalho que requerem menos qualificação e têm menores salários também.
Pode-se ter trabalhadores negros com mesmo nível de escolaridade que os brancos e mesma qualificação (qualidade escolar e histórico familiar equivalentes), que são julgados pela raça e, portanto, são colocados em postos inferiores de trabalho.
Evolução da Teoria
2. Estória da discriminação estatística Problema: Não explica persistência da discriminação no
longo prazo, pois se a diferença entre as médias
dos grupos não forem verificadas de fato, os
empregadores devem “aprender” que suas
crenças estão erradas.
Se forem reais, terão outras maneiras de predizer
diferenças na qualificação dos trabalhadores
Evolução da Teoria
2. Estória da discriminação estatística Além disso:
sustenta a posição de que diferenças nos resultados
econômicos entre grupos são decorrentes de diferenças
induzidas ou herdadas neste grupo que tem resultados
inferiores
deficiências em capital humano, muitas vezes associadas a
poucas oportunidades escolares e cultura.
“But the trust of the argument is to absolve market processes, at
least in a putative lung run, of a role in producing the
differential outcome; the induced or inherent deficiency
occurs in pre-market or extra-market processes”
Evolução da Teoria
Alternativas não-tradicionais à teoria
microeconômica ortodoxa quebram a linha
que divide discriminação no mercado e pré-
mercado.
Diferenciais permanentes
Evolução da Teoria
3. Self-fulfilling prophecy mechanism
Empregador acredita que A é mais produtivo que B;
B fica menos motivado e como consequência não consegue o emprego;
Decisão de contratar não se dá em termos de produtividade: decisão no mercado altera características de capital humano de B de tal maneira que se tornam candidatos inferiores;
As profecias dos empregadores se tornam realizadas ao longo do tempo como consequência da decisão discriminatória inicial do empregador.
Novas evidências empíricas
A NEW LOOK AT RACIAL PROFILING: EVIDENCE FROM THE
BOSTON POLICE DEPARTMENT
Author(s): Kate Antonovics and Brian G. Knight
Source: The Review of Economics and Statistics, Vol. 91, No. 1
(February 2009), pp. 163-177
Discriminação estatística surge porque os agentes policiais estão
incertos sobre se o suspeito cometeu um crime particular.
Diferenças raciais na propensão a cometer esse crime, então a polícia
pode tratar indivíduos de diferentes grupos raciais de modo diferente.
Discriminação com base em preferências surge porque a polícia tem
preferências discriminatórias contra membros de um grupo particular
e agir como se houvesse algum benefício não monetário associado a
prender ou deter membros desse grupo.
Novas evidências empíricas
Discriminação estatística: agentes policiais estão incertos
sobre se o suspeito cometeu um crime particular. Se existem
diferenças raciais na propensão a cometer esse crime, então a
polícia pode tratar indivíduos de diferentes grupos raciais de
modo diferente.
Discriminação com base em preferências: polícia tem
preferências discriminatórias contra membros de um grupo
particular e age como se houvesse algum benefício não
monetário associado a prender ou deter membros desse
grupo.
Novas evidências empíricas
Este debate entre os economistas sobre as fontes de
disparidades raciais nos padrões de policiamento corre
em paralelo ao debate sobre a discriminação racial no
sistema judicial.
Discriminação estatística corresponde ao tipo de
comportamento que os tribunais tendem a defender,
enquanto a discriminação baseada preferência
corresponde ao tipo de comportamento que os
tribunais tendem a condenar.
Novas evidências empíricas
Razões para as diferenças raciais observadas na taxa
em que os veículos de motoristas afro-americanos,
hispânicos, brancos são procurados durante batidas de
trânsito.
Discriminação estatística: explica as diferenças na taxa na
qual os motoristas afro-americanos e brancos são procurados,
então, as decisões de busca devem ser iguais, independente
da raça do policial.
Discriminação por preferências: se as buscas são mais
prováveis de ocorrer quando a raça do oficial difere da raça do
condutor.
Novas evidências empíricas
Resultado: padrões diferem dependendo da raça do policial.
Se a raça do oficial difere da raça do motorista, é mais
provável realizar busca.
Resultados não podem ser explicados por modelos padrão de
discriminação estatística e, em vez disso, são consistentes
com a discriminação baseada na preferência.
Novas evidências empíricas
Are Emily and Greg More Employable than Lakisha
and Jamal? A Field Experiment on Labor Market
Discrimination
Author(s): Marianne Bertrand and Sendhil
Mullainathan
Source: The American Economic Review, Vol. 94,
No. 4 (Sep., 2004), pp. 991-1013
Novas evidências empíricas
Nomes que soam de branco (Emily Walsh ou Greg
Baker) e de afro-americanos (como Lakisha Washington
ou Jamal Jones)
Envio de currículos em anuncios de jornal (metade cada)
Interesse também em como as credenciais afetam
diferença racial no callback, experimentalmente varia a
qualidade dos currículos utilizados em resposta a um
determinado anúncio.
candidatos de maior qualidade - mais de experiência no
mercado de trabalho, tem e-mail, ter concluído algum
grau de certificação, possuir habilidades em línguas
estrangeiras (4 currículos em resposta a cada anúncio:
dois de maior qualidade e duas de menor qualidade).
Novas evidências empíricas
Respostas a mais de 1.300 anúncios de emprego
nas vendas, suporte administrativo, e serviços,
enviando cerca de 5.000 currículos.
Os anúncios cobrem um grande espectro da
qualidade do emprego, do trabalho caixa em
estabelecimentos de varejo e trabalho de escritório
em uma sala de correio, para o escritório e posições
de gestão de vendas
Novas evidências empíricas
Grandes diferenças raciais nas taxas de retorno de
chamada.
Candidatos com nomes de branco precisam enviar
cerca de 10 currículos para obter um retorno
Candidatos com nomes de negro precisam enviar
cerca de 15 currículos.
Esta diferença de 50 por cento no callback é
estatisticamente significativa.
Um nome de branco produz callbacks tanto quanto
um adicional de oito anos de experiência em um
currículo. Diferença atribuída à manipulação nome.
Novas evidências empíricas
Afeta a recompensa de ter um currículo melhor.
Brancos com currículos de alta qualidade recebem
quase 30 por cento mais do que os brancos com
currículos de menor qualidade.
Resumo de alta qualidade tem um efeito menor em
afro-americanos.
Em outras palavras, a diferença entre brancos e
afro-americanos se alarga com a qualidade
currículo.
Identidade e gênero
Modelo tradicional de mercado de trabalho
Adiciona 3 ingredientes da teoria de indentidade:
a) Categorias sociais: homens (H) e mulheres (M)
b) Normas e ideais: alguma ocupações são
características de homens e outras de mulheres
c) Ganhos e perdas de utilidade (U):
M perde U se trabalhar em ocupação de H e vice-versa
H também perde U se mulher trabalhar em ocupação de H (pode até sabotar trabalho de mulher, que ↓ U e produtividade de todos)
Solução do modelo: w em que SL=DL, encontrando número
de H e de M trabalhando em diferentes ocupações
Identidade e gênero
Conclusão: Empregadores contratam H para
empregos de homens e M para emprego de
mulheres
Na média, M tem maior qualificação que H em
ocupação de homens
Além de subutilizar qualificação da M, esse padrão
de emprego max lucro da firma pois paga w menor
Outra opção: segregar e evitar ↓ produtividade com retaliação
Uma firma competitiva não tem como mudar as normas da sociedade, porque as vantagens seriam detonadas com a competição
Identidade e gênero
Teoria e evidencia
Modelo ajusta bem padrão MT
Mulheres:
Secretarias 96,3%
Professoras de pré-escola 97%
Professoras do fundamental 80,9%
Enfermeiras 93%
Identidade e gênero
Teoria da economia da discriminação do Becker
Empresários tem desutilidade em empregar mulheres
Avançando teoria, trabalhadores homens tem
desutilidade
Firma então paga w maior para H por trabalhar com M
M contratada aumenta custo da firma
Firma vai contratar menos mulheres
Mercado competitivo,tanto trabalhadores vão pagar
por seu prejuízo com w menores quanto firmas que
satisfazem preferências dos trabalhadores vão ser
substituídas por firmas com menor custo que não
contratam trabalhadores que discriminam
Identidade e gênero
Outra teoria
Homens e mulheres tem preferencias diferentes por
trabalhar fora.
Mulher está menos ligada ao MT
Por conta de suas entradas e saídas, M investem
menos em K humano
Por isso acabam em ocupações que requerem
menor I, concretizando a segregação ocupacional
Identidade e gênero
Teoria da discriminação estatística
Empregadores não conhecem a qualificação do
trabalhador e contratam com base na qualificação
média do grupo
Como mulheres tem menor qualificação que a
média, empregadores contratam menos mulheres e
com menores w
Então, o que muda com identidade?
O H não tem desutilidade em trabalhar com M, pois isso
é específico à ocupação.
H e M trabalham juntos, mas tipicamente mulheres sao
secretárias e homens sao executivos
Identidade e gênero
NOVAS CONCLUSÕES
1. Perspectiva da segregação ocupacional para além
de adquirir menos qualificação
M investe em qualificação para ocupação de mulher.
Faz faculdade de Educação e não de Business
Menor ligação com MT por conta de normas sociais.
M fica mais em casa para cuidar e educar as crianças
e os homens trabalham fora
Identidade e gênero
NOVAS CONCLUSÕES
2. Explica por que a discriminação e segregação
ocupacional persistem apesar das forças de
mercado
Problema são as normas sociais que atribuem
ocupações específicas para H e M, não
correspondendo às suas preferências e habilidades
individuais
Firmas individualmente não tem incentivos para mudar
normas sociais
Identidade e raça: discriminação e
exclusão social
3 ingredientes:
a) Categorias sociais
Insiders – trabalhadores brancos
Outsiders – negreos, que podem escolher se integrar
ao grupo dominante ou ficam ousiders, com identidade
em oposição aos brancos
b) Normas e ideais
Insiders – normas ditam q deve trabalhar para firmas
nessa economia
Outsiders – não devem ser tão submissos assim...
Identidade e raça: discriminação e
exclusão social
Negros escolhem 3 possibilidades:
1. Insider;
2. Outsider que trabalha
3. Outsider que não trabalha
Cada um tem vantagem e desvantagem com níveis de
retorno e de auto respeito diferentes
Motivation for Model
Nesses ambientes, indivíduos de grupos particulares nunca podem se encaixar totalmente o tipo ideal, o ideal '' verde '', da cultura dominante. Alguns em grupos excluídos podem tentar '' passar '' ou integrar-se com o grupo dominante, mas fazem com ambiguidades e sucesso limitado. Uma série de autobiografias fala da dor e raiva de descobrir que não é realmente '' verde ''.
Esta exclusão social pode criar um conflito: como trabalhar dentro da cultura dominante, sem trair a si mesmo.
Relato marcante após uma entrevista de emprego:
“...De um lado encontra-se o emprego e auto-ódio; por outro, a honra igualmente duvidosa de desemprego com integridade.”
Motivation for Model
A falta de oportunidades econômicas também
podem contribuir para a escolha de uma identidade
oposicionista.
Caso Richard:
Incapaz de encontrar trabalho com remuneração
decente, ele abandonou sua família e entrou no grupo de
desocupados na esquina da rua Tally
Ao adotar uma identidade diferente, Richard já não sofria
a culpa da falha como provedor
Atividades vermelhos têm externalidades pecuniárias
negativas. Esposa e filhos de Richard tiveram que
encontrar meios alternativos de sustento
Identidade e raça: discriminação e
exclusão social
c) Ganhos e perdas de utilidade
N q quer ser insider sofre por nao ser aceito entre B. É
negado self-respect porque nao se encaixa no ideal
dominante
Outsider que não trabalha mantém auto-respeito. Mas se
é outsider e escolhe trabalhar com brancos perde
utilidade de identidade (nao tenta ser insider). E fere ideal
do outsider trabalhando ou cooperando com brancos
Externalidades: N insider perde utilidade quando outros
negros escolhem ser outsiders (vice-versa). Pessoas
preferem que suas escolhas sejam confirmadas por seus
pares. Pode sofrer desaprovação e ostracismo
Identidade e raça: discriminação e
exclusão social
Teoria e evidência
Diminui diferencial salarial entre N e B, porém evasão
escolar, crime e uso de drogas ainda é maior entre
negros
Pto de vista insider: comportamento auto-destrutivo. E
com teoria tradicional com base em escolhas que max
resultados nao explicam, porque “crime não compensa”
Modelo de Identidade: evasão escolar cedo faz
sentido, racional quando alternativa (trabalhar para
branco) implica em grande perda
Identidade e raça: discriminação e
exclusão social
Remédios
Eliminar distinção entre B e N no ideal de insider
Mudar o que significa ser negro. Identidade de oposição
nao implica necessariamente em um comportamento
auto-destrutivos
Limitar os efeitos de retorno/retroalimentaçao, das
externalidades no processo
Further Lessons from the Model Primeiro, o modelo indica que programas Job Corps residenciais
podem ter sucesso, enquanto outros programas de formação falham.
Formação fora das suas vizinhanças eliminaria, pelo menos durante algum tempo, os efeitos negativos da interação com aqueles com identidade vermelha.
Além disso, estar em um local diferente pode reduzir um estagiário perda r direto de ser verde e perseguir Atividade One.
Ou seja, perda pode ser tanto específica ao indivíduo quanto situacional, e deixando um bairro pobre é susceptível de gerar um r mais baixo do que o contrário.
Em uma experiência um pouco controlada, o governo dos EUA tentou economizar dinheiro com JOBSTART, que preservou muitas das características de Job Corps, exceto o preço elevado da habitação de estagiários. Estudos de acompanhamento de JOBSTART mostram pouca ou nenhuma melhora no emprego ou salário
Further Lessons from the Model Finalmente, o modelo ilumina um conjunto de questões no debate
sobre ações afirmativas. Grande parte desse debate diz respeito ao sucesso ou fracasso de programas específico.s
No entanto, há mais em jogo. A retórica e simbolismo da ação afirmativa pode afetar o nível de exclusão social r.
Por um lado, retratando afro-americanos como vítimas, um retrato necessário para manter programas de ação afirmativa, é custoso para blacks.No modelo, tal retórica vai aumentar r e a adoção de identidades vermelhos.
Por outro lado, ação afirmativa diminui r, na medida em que é vista como um pedido de desculpas para a discriminação anterior e um convite para a admissão do negro na cultura dominante. Reversão de ação afirmativa seria negar o efeito.
Para citar um exemplo recente, a remoção de ações afirmativas nos critérios de admissão na Universidade da Califórnia e na Universidade do Texas Law Schools poderiam ter implicações comportamentais que excedem o impacto sobre os candidatos.