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QUARTA•FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2020 • ANO XII | N º 2276

Diário Oficial do

MUNICÍPIOPODER EXECUTIVO • BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE GUANAMBI

GUANAMBI • BAHIA ACESSE: WWW.GUANAMBI.BA.GOV.BR Diário Oficial do

MUNICÍPIO

I M P R E N S A E L E T R Ô N I C A

Lei nº 12.527A Lei nº 12.527, sancionada pela Presidente da República em 18 de novembro de 2011, tem opropósito de regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informaçõespúblicas e seus dispositivos são aplicáveis aos três Poderes da União, Estados, Distrito Federale Municípios.

A publ icação da Lei de Acesso aInformações significa um importantepasso para a consolidação democrática doBrasi l e torna possível uma maiorparticipação popular e o controle social dasações governamentais, o acesso dasociedade às informações públicas permiteque ocorra uma melhoria na gestão pública.

Ve ja ao lado onde so l i c i tar ma isinformações e tirar todas as dúvidas sobreesta publicação.

Atendimento ao CidadãoPresencial Telefone Horário

Praça Henrique PereiraDonato, 90 Centro (77) 3451-4300 Segunda a Sexta-feira,

das 07:00 às 13:00h

Diário Oficial Eletrônico: Agilidade e Transparência

Efetivando o compromisso de cumprir a Lei de Acesso à Informação e incentivando aparticipação popular no controle social, o Diário Oficial Eletrônico, proporciona rapidez noprocesso de administração da documentação dos atos públicos de maneira eletrônica, com asegurança da certificação digital.

Assim, Graças ao Diário Oficial Eletrônico, todos os atos administrativos se tornam públicos e acessíveis paraqualquer cidadão, de forma rápida e transparente, evitando o desconhecimento sobre as condutas do PoderPúblico.

Um dos aspectos interessantes é a sua divisão por temas para que a consulta seja facilitada. Assim, o Diário Oficialé segmentado em partes: emendas constitucionais, leis, decretos, resoluções, instruções normativas, portarias eoutros atos normativos de interesse geral;


2GUANAMBI • BAHIA

DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIOQUARTA•FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2020ANO XII | N º 2276

RESUMO

PORTARIAS

PORTARIA Nº 33 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2020 - DISPÕE SOBRE A COMISSÃO PARA TRANSMISSÃO DEGOVERNO, E ESTABELECE OUTRAS PROVIDÊNCIAS

PORTARIA Nº 93 DE 25 DE NOVEMBRO DE 2020

RESOLUÇÕES

RESOLUÇÃO CME Nº 3, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2020. ALTERA O ARTIGO 2º DA RESOLUÇÃO Nº 01, DE 29DE ABRIL DE 2020, DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GUANAMBI, QUE DISPÕE SOBREATIVIDADES EDUCACIONAIS NÃO PRESENCIAIS NESTE MOMENTO DE PANDEMIA CAUSADA PELACOVID-19.

OUTROS DOCUMENTOS

PARECER CME Nº 4, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2020


3GUANAMBI • BAHIA DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO

QUARTA•FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2020 • ANO XII | N º 2276 PORTARIAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUANAMBI PRAÇA HENRIQUE PEREIRA DONATO, 90 - CENTRO

CEP 46.430-000 - GUANAMBI – BAHIA FONE (0**77) 3452-4301

PORTARIA Nº 33 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2020.

“Dispõe sobre a Comissão para Transmissão de Governo, e estabelece outras providências.”

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GUANAMBI, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no Resolução TCM nº 1311/2012, que disciplina as providências a serem adotadas pelos Municípios para a transmissão de cargos de Prefeitos Municipais e Presidentes de Câmaras, e dá outras providências, R E S O L V E: Art. 1º. Constituir Comissão de Transmissão de Governo incumbida de repassar informações e documentos aos representantes da nova administração, de modo a não inibir, prejudicar ou retardar as ações e serviços públicos de interesse da comunidade, evitando a descontinuidade administrativa no Município. Art. 2º. A Comissão de que trata o art. 1º, terá a seguinte composição: I – Representantes da Prefeitura:

a) Osvaldo Manoel Pires de Souza Júnior; b) Diego Emerson Silva Costa; c) Marco Antônio Costa de Souza; d) Jarbas Ladeia Freire; e) Gabriel de Oliveira Carvalho; f) Wesley Barbosa dos Santos.

II – Representantes do Prefeito eleito:

a) Eunadson Donato de Barros; b) Robério Silvio Moraes Cardoso Filho; c) Carlos Marcelo Batista Neves; d) Inácio Paz de Lira Júnior; e) Michel Macedo Fernandes; f) Gilvano Messias Teixeira.

Art. 3º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GUANAMBI, ESTADO DA BAHIA, em 24 de novembro de 2020. Jairo Silveira Magalhães Prefeito do Município de Guanambi

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUANAMBI PRAÇA HENRIQUE PEREIRA DONATO, 90 - CENTRO

CEP 46.430-000 - GUANAMBI – BAHIA FONE (0**77) 3452-4301

PORTARIA Nº 33 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2020.

“Dispõe sobre a Comissão para Transmissão de Governo, e estabelece outras providências.”

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GUANAMBI, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no Resolução TCM nº 1311/2012, que disciplina as providências a serem adotadas pelos Municípios para a transmissão de cargos de Prefeitos Municipais e Presidentes de Câmaras, e dá outras providências, R E S O L V E: Art. 1º. Constituir Comissão de Transmissão de Governo incumbida de repassar informações e documentos aos representantes da nova administração, de modo a não inibir, prejudicar ou retardar as ações e serviços públicos de interesse da comunidade, evitando a descontinuidade administrativa no Município. Art. 2º. A Comissão de que trata o art. 1º, terá a seguinte composição: I – Representantes da Prefeitura:

a) Osvaldo Manoel Pires de Souza Júnior; b) Diego Emerson Silva Costa; c) Marco Antônio Costa de Souza; d) Jarbas Ladeia Freire; e) Gabriel de Oliveira Carvalho; f) Wesley Barbosa dos Santos.

II – Representantes do Prefeito eleito:

a) Eunadson Donato de Barros; b) Robério Silvio Moraes Cardoso Filho; c) Carlos Marcelo Batista Neves; d) Inácio Paz de Lira Júnior; e) Michel Macedo Fernandes; f) Gilvano Messias Teixeira.

Art. 3º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GUANAMBI, ESTADO DA BAHIA, em 24 de novembro de 2020. Jairo Silveira Magalhães Prefeito do Município de Guanambi



QUARTA•FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2020 • ANO XII | N º 2276 PORTARIAS

1

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUANAMBI SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Praça Henrique Pereira Donato, 90 - Centro CNPJ 13.982.640/0001-96 CEP 46.430-000 – GUANAMBI/BAHIA Telefone (77) 3452-4661


A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GUANAMBI, ESTADO DA

BAHIA, no uso de suas atribuições legais,

R E S O L V E:

Art. 1º Retificar a Portaria Nº 78 de 07 de outubro de 2020: Onde se lê: CRECHE MUNICIPAL ENI ALVES SANTANA

Raiucy Bastos de Amorim – representante da direção Lilyane Magalhães Neves – representante dos profissionais da educação Hidelina Faustino Santos Guedes – representante de pais

Leia-se: CRECHE MUNICIPAL ENI ALVES SANTANA

Veranilda Gomes Cardoso – representante da direção Luciano Araújo Braga – representante dos profissionais da educação Elísia Rodrigues Ramos Teixeira – representante de pais

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

Gabinete da Secretaria Municipal de Educação, Guanambi-Bahia, 25 de novembro

de 2020.

Maristela de Souza Teixeira Cavalcante Secretária Municipal de Educação

Decreto nº. 3 de 2 de janeiro de 2017

1

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUANAMBI SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Praça Henrique Pereira Donato, 90 - Centro CNPJ 13.982.640/0001-96 CEP 46.430-000 – GUANAMBI/BAHIA Telefone (77) 3452-4661


A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE GUANAMBI, ESTADO DA

BAHIA, no uso de suas atribuições legais,

R E S O L V E:

Art. 1º Retificar a Portaria Nº 78 de 07 de outubro de 2020: Onde se lê: CRECHE MUNICIPAL ENI ALVES SANTANA

Raiucy Bastos de Amorim – representante da direção Lilyane Magalhães Neves – representante dos profissionais da educação Hidelina Faustino Santos Guedes – representante de pais

Leia-se: CRECHE MUNICIPAL ENI ALVES SANTANA

Veranilda Gomes Cardoso – representante da direção Luciano Araújo Braga – representante dos profissionais da educação Elísia Rodrigues Ramos Teixeira – representante de pais

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

Gabinete da Secretaria Municipal de Educação, Guanambi-Bahia, 25 de novembro

de 2020.

Maristela de Souza Teixeira Cavalcante Secretária Municipal de Educação

Decreto nº. 3 de 2 de janeiro de 2017



QUARTA•FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2020 • ANO XII | N º 2276 RESOLUÇÕES

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUANAMBI

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Praça Henrique Pereira Donato, 90 – Centro – Guanambi – Bahia – CEP: 46.430-000 CNPJ: 13.982.640/0001-96 | Fone: (77) 3452-4666 | E-Mail: [email protected]

RESOLUÇÃO CME Nº 3, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2020.

Altera o Artigo 2º da Resolução Nº 01, de 29 de abril de 2020,

do Conselho Municipal de Educação de Guanambi, que dispõe

sobre atividades educacionais não presenciais neste momento

de pandemia causada pela COVID-19.

A PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GUANAMBI, no

uso de suas atribuições,

RESOLVE:

Art. 1º O Artigo 2º da Resolução 01, de 29 de abril de 2020, passa a vigorar com a seguinte

redação:

“Art. 2º - As atividades realizadas no período de vigência dos efeitos das legislações

que deram sustentação legal à suspensão das aulas no ano de 2020 poderão ser

contabilizadas para o cômputo da carga horária mínima de 800 horas, conforme

determinação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional / 1996 e a Lei Nº

14.040, de 18 de agosto de 2020, salvaguardando:

I – o direito de todos os estudantes a continuarem a aprendizagem através do acesso ao

percurso digno de educação previsto na legislação;

II – o dever da família e do Estado de provimento dos meios necessários à

concretização desse direito com igualdade e equidade.”

Art. 2º Ficam mantidos os Artigos 1º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º da Resolução 01, de 29 de abril de

2020, e os Artigos 3º e 4º da Resolução 02, de 29 de setembro de 2020.

Art. 3º Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação.

Guanambi, 24 de novembro de 2020.



QUARTA•FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2020 • ANO XII | N º 2276 RESOLUÇÕES





Conselheiras relatoras:

Anne Alves de Carvalho Correia

Irene Carvalho de Brito Cotrim

Maria Anita de Carvalho Magalhães Ribeiro

Marinalva Nunes Fernandes

Marly Eva Pereira Bernardo Lima

Raidalva Nunes Lima

Wilma Moura Conceição

IRENE CARVALHO DE BRITO COTRIM

PRESIDENTE


DECISÃO DO CONSELHO PLENO:

Resolução aprovada por meio de reunião extraordinária do Conselho Municipal de Educação,

realizada em 24 de novembro de 2020 e homologada pela Secretaria Municipal de Educação de

Guanambi.





Conselheiras relatoras:

Anne Alves de Carvalho Correia

Irene Carvalho de Brito Cotrim

Maria Anita de Carvalho Magalhães Ribeiro

Marinalva Nunes Fernandes

Marly Eva Pereira Bernardo Lima

Raidalva Nunes Lima

Wilma Moura Conceição

IRENE CARVALHO DE BRITO COTRIM

PRESIDENTE


DECISÃO DO CONSELHO PLENO:

Resolução aprovada por meio de reunião extraordinária do Conselho Municipal de Educação,

realizada em 24 de novembro de 2020 e homologada pela Secretaria Municipal de Educação de

Guanambi.



QUARTA•FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2020 • ANO XII | N º 2276 OUTROS DOCUMENTOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUANAMBI SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


PARECER CME Nº 4, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2020

INTERESSADO: Comissão de Coordenação da Construção da Base Municipal Curricular de

Guanambi (BMCG).

ASSUNTO: Criação de Componente Curricular Interculturalidade, Tradições Religiosas e

Direitos Humanos.

RELATORA: Conselheira Wilma Moura Conceição.

APROVADO PELO CONSELHO PLENO: 24 de novembro de 2020.

RELATÓRIO

Em data de 17 de março de 2020, o Conselho Municipal de Educação aprovou Parecer de nº 1

de 17 de março de 2020 apresentado pelas Câmaras de Legislação e Normas, Câmara de

Educação Infantil e Ensino Fundamental, com relatoria da Conselheira Wilma Moura

Conceição, à luz do Parecer Técnico do professor Adelson Ferreira da Silva, o qual, em

decorrência da Reformulação da Proposta Curricular do Sistema Municipal de Guanambi para

adequação à Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2017), regulamentou a oferta do

componente de Ensino Religioso no Ensino Fundamental do Sistema Municipal de Ensino de

Guanambi, quando ao mesmo tempo em que obrigava a oferta da disciplina de Ensino

Religioso, facultava a matrícula. Assim, em consonância com a BNCC, o Parecer mencionado,

apresentou como Proposta Pedagógica para resolução do problema, a diluição dos objetos de

conhecimento da Área de Ensino Religioso nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, também,

fundamentando-se na BNCC/2017.

Para dar seguimento ao Parecer de nº 1, as Câmaras de Legislação e Normas, de Educação

Infantil e Ensino Fundamental, fundamentadas no Parecer Técnico-Pedagógico de nº 2 de 20

de outubro de 2020, de autoria do parecerista, Professor Adelson Ferreira da Silva,




apresentam o presente parecer para criação do Componente Curricular “Interculturalidade,

Tradições Religiosas e Direitos Humanos”.

INTRODUÇÃO

Submete-se à apreciação do Conselho Municipal de Educação de Guanambi-BA, ao ofício da

câmara responsável, a criação do componente curricular “INTERCULTURALIDADE, TRADIÇÕES

RELIGIOSAS E DIREITOS HUMANOS”, em consonância com os marcos normativos do

MEC/SEB/BNCC/2017, preservando todos os objetos de conhecimento da Área de Ensino

Religioso.

Considera-se, portanto, como característica do referido componente, o ensino de objetos

originários do universo religioso, filosófico e científico, bem como valores seculares como a

cultura de paz, “o respeito à vida e à dignidade humana, o tratamento igualitário das pessoas,

a liberdade de consciência, crença e convicções, e os direitos individuais e coletivos” (BNCC,

2017, p. 437).

Buscando consolidar a sua função de direcionar condutas individuais, sociais e cultuais, através

do ensino e da problematização do fenômeno religioso, no âmbito do Ensino Fundamental, o

componente assume a abordagem intercultural e os direitos humanos como categorias de

mediação epistemológica e pedagógica pretendendo que os educandos “reconheçam,

valorizem e acolha o caráter singular e diverso do ser humano” (BNCC, 2017, p. 434), como

fundamento da integração, da convivência e das relações sociais.

JUSTIFICATIVA

O Ensino Religioso, na BNCC/2017, foi elevado ao status de Área de conhecimento,

equivalendo-se, em termos epistemológicos e pedagógicos, às outras áreas que compõem a

matriz curricular instituída para o Ensino Fundamental, a saber: Linguagens, Matemática,

Ciências da Natureza e Ciências Humanas. A equivalência da obrigatoriedade da oferta do

Ensino Religioso, enquanto uma das Áreas do conhecimento, implica na responsabilidade de

cumprir, nos termos da BNCC/2017, “o seu papel na formação integral dos alunos,

favorecendo a comunicação entre os conhecimentos e saberes dos diferentes componentes

curriculares, bem como a intersecção dos processos formativos e das demandas pedagógicas

em cada fase de escolarização do Ensino Fundamental” (BNCC/2017. p. 27). Para cumpri o seu

papel formativo, a Área de Ensino Religioso carece de um componente que assuma a

abordagem do conhecimento religioso no âmbito do currículo escolar, mas também, que possa

favorecer o desenvolvimento e construção da área com “proposta curricular, cursos de




formação inicial e continuada e materiais didático-pedagógicos” (BNCC, 2017, p. 431). A

instituição de um novo componente, preservando os objetos de conhecimento e, ao mesmo

tempo, respeitado os marcos normativos da Área de Ensino Religioso, se faz necessária para

resolver tendências de precarização do trabalho docente, dos processos de ensino-

aprendizagem, de insuficiência de carga horária e desprestigio do conhecimento religioso no

Ensino Fundamental que vem se afirmando historicamente.

DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

O Ensino Religioso, na matriz curricular da Educação Básica, em Guanambi, funciona ainda na

base do histórico problema de obrigatoriedade da oferta e facultatividade da matrícula. Esse

fato resulta em consequências negativas para o desenvolvimento da formação integral dos

educandos, para a carreira docente e para a garantia dos direitos de aprendizagem previstos

pela Base Nacional Comum Curricular – BNCC/2017. Entre as consequências destacam-se:

1) Precarização do trabalho docente;

2) Professores atuando fora de sua área de formação;

3) Inobservância da obrigatoriedade da frequência;

4) Nulidade da função formativa do Ensino Religioso;

5) Ausência de formação continuada de professores;

6) Ociosidade daqueles alunos que optarem pela facultatividade da matrícula;

7) Obrigatoriedade de informar as famílias sobre a facultatividade da matrícula;

8) Desprestígio da docência daqueles professores que atuam no componente;

9) Indefinição do perfil profissional do docente para atuar no ensino religioso;

10) Abertura para comportamento descompromissado em relação ao conhecimento religioso;

11) Nulidade da função formativo-pedagógica pela ausência de escores, instrumentos

avaliativos e computo de créditos para a transição de um ano para o outro dentro das etapas

do Ensino Fundamental;

12) Abertura para o proselitismo e a reprodução do modelo confessional;

13) Relativização da responsabilidade das Secretarias de Educação em incluir o Ensino

Religioso nas políticas de formação continuada;




14) Uso do componente para manejo, ajustamento e complemento de carga horária docente;

15) Fragilidade no desenvolvimento epistemológico e pedagógico dos objetos do

conhecimento religioso;

16) Enfraquecimento do campo pela ausência de projetos de pesquisa sobre a tradição, as

experiências e as manifestações do fenômeno religioso local.

RESOLUÇÃO DO PROBLEMA

Proposta de Matriz Curricular do Ensino Fundamental

Área Componente CH – Anos Iniciais CH – Anos Finais

Área de Linguagens Língua Portuguesa 6 6

(Área 1) Arte 2 2

Educação Física 2 2

Língua Inglesa - 2

Área de Matemática

(Área 2)

Matemática 6 4

Área de Ciências da

Natureza (Área 3)

Ciências 3 3

Área de Ciências

Humanas (Área 4)

Geografia 2 2

História 2 2

Área de Ensino

Religioso (Área 5)

Interculturalidade,

Tradições Religiosas

e Direitos Humanos

2 2

Projetos de Iniciação Científica Instrumentos Complementares

Projetos de Extensão Pedagógica

Carga Horária Total 25 25




ÁREA DE ENSINO RELIGIOSO, RECONFIGURAÇÃO DO ENSINO COM O NOVO

COMPONENTE

JUSTIFICATIVA A partir da década de 1980, as

transformações socioculturais que

provocaram mudanças paradigmáticas no

campo educacional também impactaram no

Ensino Religioso. Em função dos

promulgados ideais de democracia, inclusão

social e educação integral, vários setores da

sociedade civil passaram a reivindicar a

abordagem do conhecimento religioso e o

reconhecimento da diversidade religiosa no

âmbito dos currículos escolares (BNCC, 2017,

p. 435).

BASE LEGAL DA ÁREA • A Constituição Federal de 1988 (artigo

210) e a LDB nº 9.394/1996 (artigo 33,

alterado pela Lei nº 9.475/1997)

estabeleceram os princípios e os

fundamentos que devem alicerçar

epistemologias e pedagogias do Ensino

Religioso.

• Resolução CNE/CEB nº 04/2010 e a

Resolução CNE/CEB nº 07/2010

reconheceram o Ensino Religioso como uma

das cinco áreas de conhecimento do Ensino

Fundamental de 09 (nove) anos.

FUNÇÃO EDUCACIONAL Assegurar, enquanto parte integrante da

formação básica do cidadão, o respeito à

diversidade cultural religiosa, sem

proselitismos (BNCC, 2017).

CONSTRUÇÃO DA ÁREA Estabelecido como componente curricular




de oferta obrigatória nas escolas públicas de

Ensino Fundamental, com matrícula

facultativa, em diferentes regiões do país,

foram elaborados propostas curriculares,

cursos de formação inicial e continuada e

materiais didáticopedagógicos que

contribuíram para a construção da área do

Ensino Religioso, cujas natureza e finalidades

pedagógicas são distintas do modelo

confessional (BNCC, 2017, p. 435).

OBJETIVOS DA ÁREA a) Proporcionar a aprendizagem dos

conhecimentos religiosos, culturais e

estéticos, a partir das manifestações

religiosas percebidas na realidade

dos educandos;

b) Propiciar conhecimentos sobre o

direito à liberdade de consciência e

de crença, no constante propósito

de promoção dos direitos humanos;

c) Contribuir para o diálogo entre

perspectivas religiosas e seculares

de vida, exercitando o respeito à

liberdade de concepções e o

pluralismo de ideias, de acordo com

a Constituição Federal;

d) Contribuir para que os educandos

construam seus sentidos pessoais de

vida a partir de valores, princípios

éticos e da cidadania. (BNCC, 2017,

p. 436).

CONTEXTO DE PRODUÇÃO DO

CONHECIMENTO RELIGIOSO

O conhecimento religioso, objeto da área de

Ensino Religioso, é produzido no âmbito das

diferentes áreas do conhecimento científico

das Ciências Humanas e Sociais,




notadamente da Ciências da Religião. Essas

Ciências investigam a manifestação dos

fenômenos religiosos em diferentes culturas

e sociedades enquanto um dos bens

simbólicos resultantes da busca humana por

respostas aos enigmas do mundo, da vida e

da morte. De modo singular, complexo e

diverso, esses fenômenos alicerçaram

distintos sentidos e significados de vida e

diversas ideias de divindade, em torno dos

quais se organizaram cosmovisões,

linguagens, saberes, crenças, mitologias,

narrativas, textos, símbolos, ritos, doutrinas,

tradições, movimentos, práticas e princípios

éticos e morais. Os fenômenos religiosos em

suas múltiplas manifestações são parte

integrante do substrato cultural da

humanidade (BNCC, 2017, p. 432).

PRESSUPOSTO Cabe ao Ensino Religioso tratar os

conhecimentos religiosos a partir de

pressupostos éticos e científicos, sem

privilégio de nenhuma crença ou convicção.

Isso implica abordar esses conhecimentos

com base nas diversas culturas e tradições

religiosas, sem desconsiderar a existência de

filosofias seculares de vida. (BNCC, 2017, p.

436).

CIÊNCIAS-BASE Ciências da religião, Filosofia da religião,

Sociologia da religião, Antropologia da

religião. História da religião.

PINCÍPIOS E PROCEDIMENTO

METODOLÓGICO

Adota a pesquisa e o diálogo como princípios

mediadores e articuladores dos processos de

observação, identificação, análise,

apropriação e ressignificação de saberes,




buscando problematizar representações

sociais preconceituosas sobre o outro, com o

intuito de combater a intolerância, a

discriminação e a exclusão. (BNCC, 2018, p.

436)

FUNDAMENTOS TEÓRICO E PEDAGÓGICO A interculturalidade e a ética da alteridade

constituem fundamentos teóricos e

pedagógicos do Ensino Religioso, porque

favorecem o reconhecimento e respeito às

histórias, memórias, crenças, convicções e

valores de diferentes culturas, tradições

religiosas e filosofias de vida. (BNCC, 2017, p.

437).

COMPONENTE DA ÁREA Interculturalidade, Tradições Religiosas e

Direitos Humanos. Componente de

matrícula obrigatória constante da matriz

curricular do Ensino Fundamental. Trata-se

de um espaço de aprendizagens,

experiências pedagógicas, intercâmbios e

diálogos permanentes, que visam o

acolhimento das identidades culturais,

religiosas ou não, na perspectiva da

interculturalidade, direitos humanos e

cultura da paz. Tais finalidades se articulam

aos elementos da formação integral dos

educandos, na medida em que fomentam a

aprendizagem da convivência democrática e

cidadã, princípio básico à vida em sociedade

(BNCC, 2017, p. 437). Promove o

conhecimento dos direitos humanos

fundamentais a partir de dispositivos da

Constituição Federal de 1988, da Declaração

Universal dos Direitos Humanos e dos

demais organismos e instrumento de




proteção, como o Plano Nacional de Direitos

Humanos. Considera como referência para a

definição de seus objetos de conhecimento,

marcos regulatórios de defesa da dignidade

da pessoa humana como o Estatuto da

criança e do adolescente e o Estatuto do

idoso. Aborda a educação, a diversidade

religiosa e os valores democráticos como

elementos de coesão social, considerando a

cidadania em processo em todas as fases da

vida da humana.

CONCLUSÃO

Esta etapa de elaboração do componente curricular - Interculturalidade, Tradições Religiosas e

Direitos Humanos – seguir-se-á, após sua implementação na matriz curricular do Ensino

Fundamental, com a devida alocação da Área de Ensino Religioso (ÁREA 5), da terceira etapa,

agora conclusiva, que consiste na definição de um elenco de objetos de conhecimento, dos

instrumentos de avaliação da aprendizagem, do perfil do docente e do plano de formação

continuada. Este último, visando especializar o ensino do componente curricular e o

aprimoramento da concepção da Área de Ensino religioso.

Este é o Parecer Conclusivo.

Guanambi-Ba, 24 de novembro de 2020.

Irene Carvalho de Brito Cotrim Presidente Conselho Municipal de Educação

Marly Eva Pereira Bernardo Lima Wilma Moura Conceição

Conselheira Conselheira relatora

Câmara de Legislação e Normas Câmara de Legislação e Normas

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