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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ANO LXVI - 114 - SEXT A-FEIRA, 1º DE JULHO DE 2011 - BRASÍLIA-DF

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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ANO LXVI - Nº 114 - SEXTA-FEIRA, 1º DE JULHO DE 2011 - BRASÍLIA-DF

MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2011/2012)

PRESIDENTE MARCO MAIA – PT-RS

1ª VICE-PRESIDENTE ROSE DE FREITAS – PMDB-ES

2º VICE-PRESIDENTE EDUARDO DA FONTE – PP-PE

1º SECRETÁRIO EDUARDO GOMES – PSDB-TO

2º SECRETÁRIO JORGE TADEU MUDALEN – DEM-SP

3º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR-PE

4º SECRETÁRIO JÚLIO DELGADO – PSB-MG

1º SUPLENTE GERALDO RESENDE – PMDB-MS

2º SUPLENTE MANATO – PDT-ES

3º SUPLENTE CARLOS EDUARDO CADOCA – PSC-PE

4º SUPLENTE SÉRGIO MORAES – PTB-RS

CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

SEÇÃO I

1 – ATA DA 170ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, MATU-TINA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 54ª LEGISLATURA, 30 DE JUNHO DE 2011

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expediente

OFÍCIOS

Nº 175/11 – Do Senhor Ministro Cezar Pelu-so, Presidente do Supremo Tribunal Federal, que comunica decisão proferida nos autos do Mandado de Segurança nº 30.260. ....................................... 34296

Nº 176/11 – Do Senhor Ministro Cezar Pelu-so, Presidente do Supremo Tribunal Federal, que comunica decisão proferida nos autos do Mandado de Segurança nº 30.272. ....................................... 34298

Nºs 4.504, 4.521, 4.533, 4.538, de 2011 – Do Supremo Tribunal Federal, que comunica decisões nos Mandados de Injunção nºs 3596, 3843, 3744 e 3484. ...................................................................... 34300

S/Nº/11 – Do Senhor Walter de Almeida Gui-lherme, Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, que encaminha o Relatório de votação dos candidatos – Proporcionais – Anexo III – Elei-ções 2010. ............................................................. 34304

N° 690/11 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do PMDB, que indica os De-putados do referido Partido para integrarem a Co-missão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 443-A/09. ........................................................... 35305

N° 691/11 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do PMDB, que indica o Depu-tado Gastão Vieira para integrar a Representação Brasileira do Parlamento do Mercosul. .................. 34306

N° 692/11 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do PMDB, que indica os De-putados do referido Partido para integrarem a Co-missão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 8046/10. ..................................... 34307

N° 697/11 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do PMDB, comunica que o Deputado Júnior Coimbra deixa de integrar o Co-légio de Vice-Líderes do referido Partido. .............. 34308

N° 87/11 – Da Senhora Deputada Ana Arra-es, Líder do Bloco PSB/PTB/PCdoB, que indica os

Deputados Valtenir Pereira e Sandra Rosado para integrarem ao Grupo de Trabalho Consolidação da Legislação Brasileira. ............................................. 34309

N° 88/11 – Da Senhora Deputada Ana Arra-es, Líder do Bloco PSB/PTB/PCdoB, que indica o Deputado Valtenir Pereira para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 445-A/09. ...................................................................... 34310

N° 88-A/11 – Da Senhora Deputada Ana Ar-raes, Líder do Bloco PSB/PTB/PCdoB, que indica os Deputados do referido Bloco para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 443-A/09. .................................................. 34311

N° 579/11 – Do Senhor Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB, que indica os Deputa-dos do referido Partido para integrarem a Comis-são Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 8046/10. ................................................................. 34312

Nº 304/11 – Do Senhor Deputado Lincoln Portela, Líder do Bloco PR/PRB/PTdoB/PRTB/PRP/PHS/PTC/PSL, que indica os Deputados do referido Bloco para integrarem a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul. ................................. 34313

Nº 309/11 – Do Senhor Deputado Lincoln Portela, Líder do Bloco PR/PRB/PTdoB/PRTB/PRP/PHS/PTC/PSL, que indica a Deputada Gorete Pe-reira para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 443-A/09. ................... 34314

Nº 248/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, que indica o Deputado Efraim Filho para integrar a Comissão Especial para efetuar estudo sobre as causas e consequências do consumo abusivo de álcool entre cidadãos brasileiros e, especialmente, as razões que determinam o aumento exponencial do consumo dessa substância nos últimos cinco anos. ...................................................................... 34315

Nº 251/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, co-munica que o Deputado Mendonça Prado deixa de integrar a Comissão Especial destinada a analisar as PECs que versem sobre Segurança Pública. ... 34316

Nº 253/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, que indica o Deputado Mendonça Filho para integrar o Grupo de Trabalho de Consolidação das Leis. ...... 34317

34282 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Nº 255/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, que indica o seu nome para integrar a Comissão de De-fesa do Consumidor. .............................................. 34318

Nº 303/11 – Do Senhor Deputado Lincoln Portela, Líder do PR, em exercício, que indica o De-putado Ronaldo Fonseca para integrar a Comissão Representativa do Congresso Nacional. ............... 34319

Nº 285/11 – Do Senhor Deputado Jovair Aran-tes, Líder do PTB, que indica os Deputados Sérgio Moraes e Paes Landim para integrarem a Repre-sentação Brasileira no Parlamento do Mercosul. . 34320

Nº 287/11 – Do Senhor Deputado Jovair Aran-tes, Líder do PTB, que indica o Deputado Antonio Brito para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 443-A/09. ................... 34322

Nº 205/11 – Do Senhor Deputado Sarney Fi-lho, Líder do Bloco PV/PPS, que indica o Deputado Dr. Aluizio para integrar a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ...................................... 34323

Nº 98/11 – Do Senhor Deputado Vitor Paulo, Líder do PRB, que indica o Deputado Ricardo Qui-rino para integrar a Comissão Representativa do Congresso Nacional. ............................................. 34324

Nº 13/11 – Do Senhor Deputado Fábio Faria, Líder do PMN, que indica o Deputado Dr. Carlos Alberto para integrar a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul. ...................................... 34325

Nº 58/11 – Do Senhor Deputado Candido Vac-carezza, Líder do Governo, que indica o Deputado José Guimarães para exercer a referida Liderança nos dias 04 a 08 de julho do ano em curso. .......... 34325

N° 145/11 – Do Senhor Deputado João Paulo Cunha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que encaminha o PLP nº 458/09 e apensados. ............................................. 34326

N° 146/11 – Do Senhor Deputado João Paulo Cunha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que comunica a apreciação do PL nº 6868-B/02. ............................................. 34326

N° 147/11 – Do Senhor Deputado João Paulo Cunha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que comunica a apreciação dos PLs nºs 2954-B/97 e 3803/97, apensado. ...... 34326

N° 151/11 – Do Senhor Deputado João Paulo Cunha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que comunica a apreciação do PL nº 6882/10 e apensados.............................. 34326

Nº 390/11– Do Senhor Deputado Sérgio Brito, Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, que requer a reconstituição da Proposta de Fiscalização e Controle nº 112/05. (despacho). 34326

Nº 391/11– Do Senhor Deputado Sérgio Brito, Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, que requer a reconstituição da Proposta de Fiscalização e Controle nº 59/05. (despacho). . 34326

N° 7/11 – Do Senhor Deputado Giovani Che-rini, Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que comunica a apreciação do PL nº 549/11. ................................. 34327

PROJETO DE LEI

Nº 1.746/2011 – da Comissão de Legislação Participativa – Altera dispositivos do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Pe-nal. ......................................................................... 34327

INDICAÇÃO

Nº 813/2011 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Sugere ao Ministro das Comunicações a prorrogação da Consulta Pública nº 23, de 2011, da Agência Na-cional de Telecomunicações (ANATEL). ................ 34333

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO

Nº 727/2011 – da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – Solicita ao Ministro de Es-tado dos Esportes, informações detalhadas das licitações, projetos e execução de obras, com as devidas ações realizadas, ocorrências e irregulari-dades constatadas e eventuais providências sane-adoras pertinentes à realização da Copa do Mundo de 2014. ................................................................. 34333

IV – BREVES COMUNICAÇÕES

ROMERO RODRIGUES (PSDB – PB) – Re-alização da Festa de São João no Município de Campina Grande, Estado da Paraíba. Sucesso do Forró Fest realizado no Estado. ............................. 34334

VALMIR ASSUNÇÃO (PT – BA) – Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Tradicionais de Terreiros. Escolha, pela Organiza-ção das Nações Unidas – ONU, de 2011 como o Ano da População Afrodescendente. Concessão de tratamento isonômico entre as casas religiosas de matrizes africanas e religiões tradicionais. Compro-misso do Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, de realização de estudos acerca da construção da Barragem do Rio Pardo, na re-gião do Município de Vitória da Conquista, Estado da Bahia. ................................................................ 34335

FERNANDO TORRES (DEM – BA) – Inad-missibilidade de financiamento, pelo BNDES, do processo de fusão entre o supermercado Carrefour e o Grupo Pão de Açúcar. Apresentação, à Comis-são de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de requerimento de convocação dos presidentes das instituições para esclarecimento do assunto. ............................................................ 34336

MAURO BENEVIDES (PMDB – CE) – Trans-curso do 54º aniversário de emancipação político--administrativa do Município de Itapiúna, Estado do Ceará. .................................................................... 34337

CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE) – Reu-nião de Parlamentares com o Ministro da Educação,

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34283

Fernando Haddad, para debate da greve dos pro-fessores da rede municipal de ensino de Fortaleza, Estado do Ceará. Defesa da criação de universidade federal na região centro-sul cearense, com sede no Município de Limoeiro do Norte. ........................... 34337

HOMERO PEREIRA (Bloco/PR – MT) – Reins-talação da Frente Parlamentar de Logística de Trans-portes e Armazenagem. Defesa pela Frente da re-alização de obras do setor por meio de parcerias público-privadas. ................................................... 34337

FRANCISCO ARAÚJO (Bloco/PSL – RR) – Apoio à decisão do Coronel José Wilson da Silva de afastamento do cargo de Diretor do Centro Sócio Educativo Homero Neto, em Boa Vista, Estado de Roraima. ................................................................ 34337

LUIZ CARLOS SETIM (DEM – PR) – Neces-sidade de combate à invasão de sites do Governo Federal por hackers. .............................................. 34338

RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE) – Concessão, pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará, da Medalha da Ordem do Mérito Industrial aos empresários Jorge Alberto Studart Gomes, João Batista Fujita, José Andrade da Silva e ao ex-Ministro Ciro Gomes. ................................ 34338

CHICO ALENCAR (PSOL – RJ) – Proposta do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, de elaboração de código de conduta ética para si próprio. Defesa da concessão de anistia administrativa a bombeiros militares. .................... 34339

LUIZA ERUNDINA (Bloco/PSB – SP) – Rea-lização, pela Comissão de Direitos Humanos e Mi-norias, de audiência pública destinada à discussão do cumprimento, pelo Estado brasileiro, da senten-ça proferida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos a respeito de crimes ocorridos na região do Araguaia durante a ditadura militar. ................. 34340

JOSIAS GOMES (PT – BA) – Regularização fundiária de assentamentos rurais no Estado da Bahia. Compromisso do Governo Estadual com a agricultura familiar. Concessão do título de Cidadão Baiano ao Governador Jaques Wagner. Promes-sa do Governo da Bahia de resolução do passivo ambiental de assentamentos rurais. Resultados positivos da aliança estabelecida entre o Governo Estadual e o Governo Federal. Relevância do Pro-grama Estadual de Adequação e Regularização dos Imóveis Rurais. Importância dos investimentos governamentais na produção agrícola. Posse do Sr. Elionaldo de Faro Teles na presidência da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola. ................... 34340

MÁRCIO MACÊDO (PT – SE) – Eleição do engenheiro agrônomo José Graziano da Silva para o cargo de Diretor-Geral da Organização das Na-ções Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO. Lançamento do Plano Brasil sem Miséria pela Pre-sidenta Dilma Rousseff. ........................................ 34341

CARLINHOS ALMEIDA (PT – SP) – Necro-lógio do radialista Antonio Leite, do Estado de São Paulo. ..................................................................... 34342

DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS) – Defesa de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. ..................................................... 34343

AMAURI TEIXEIRA (PT – BA) – Lançamen-to do livro Análise da Seguridade Social em 2010, pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil – ANFIP. Outorga do título de Cidadão Baiano ao Governador Jaques Wagner. ................................................................. 34343

ASSIS DO COUTO (PT – PR) – Eleição do engenheiro agrônomo José Graziano da Silva para Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO. .................. 34344

EDINHO BEZ (PMDB – SC) – Apresentação pelo orador de parecer favorável ao Projeto de Lei nº 7.287, de 2010, sobre a criação da Universida-de Federal do Vale do Itajaí, no Estado de Santa Catarina. ................................................................ 34346

MANATO (PDT – ES) – Anúncio da conces-são, por Ministros de Estado, de audiências ao Governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande, em companhia de membros da res-pectiva bancada federal para discussão de assuntos de interesse do Estado. ......................................... 34347

ALCEU MOREIRA (PMDB – RS) – Necessi-dade de apoio do Governo Federal aos agricultores brasileiros, especialmente aos produtores de arroz e aos suinocultores. .............................................. 34347

CESAR COLNAGO (PSDB – ES) – Imedia-ta regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. Repúdio à prioridade dada pelo BNDES ao Grupo Pão de Açúcar em detrimento da área social. ....................................................... 34347

BENEDITA DA SILVA (PT – RJ) – Realiza-ção de seminário sobre a situação de moradores de rua pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. ............................................................. 34348

TONINHO PINHEIRO (PP – MG) – Apelo ao Governo Federal de ampliação dos investimentos na saúde pública. ................................................... 34348

ANTONIO BRITO (Bloco/PTB – BA) – Alte-ração pelo Senado Federal de dispositivo da Lei nº 12.101, de 2009, a chamada Lei da Filantropia, acerca da continuidade da prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde – SUS pelas santas casas de misericórdia. Empenho na regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. ...... 34348

VALDIR COLATTO (PMDB – SC) – Maior atenção do Governo Dilma Rousseff para com a agropecuária brasileira, especialmente com os seto-res produtivos de arroz, maçã e suínos. Expectativa

34284 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

de cumprimento do Decreto nº 7.497, de 2011, a respeito da averbação de Reserva Legal pelos pro-dutores rurais. Defesa da apresentação pelo País, por ocasião da realização da Conferência Rio+20, da proposta de criação do Código Florestal Inter-nacional. ............................................................... 34349

CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE. – Pela ordem.) – Transcurso do Dia Nacional do Fiscal Federal Agropecuário. Saudação ao Presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agro-pecuários, Wilson Roberto de Sá. Protesto contra a aprovação, por Comissão do Senado Federal, de proposta de extinção de coligações partidárias nas eleições proporcionais. ......................................... 34350

CELSO MALDANER (PMDB – SC) – Vin-culação entre a realização de investimentos go-vernamentais no setor de saneamento básico e a redução de gastos com a saúde. Instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros. ..................................... 34350

CESAR COLNAGO (PSDB – ES. – Pela or-dem.) – Classificação do Município de Vitória, Estado do Espírito Santo, em 3º lugar quanto ao índice de pessoas incluídas na faixa de maior poder aquisitivo. Criação, pelo Governador Renato Casagrande, da Secretaria Extraordinária de Projetos Especiais e Assuntos Metropolitanos. Elevados gastos da Pre-feitura Municipal de Vitória com a construção do Parque Tancredo Neves. Posicionamento contrário ao sigilo de licitações públicas. ............................. 34351

MÁRCIO MACÊDO (PT – SE. – Pela ordem.) – Transcurso do Dia de São Pedro, padroeiro dos pescadores. Sucesso da festa junina Forró Caju, realizada no Estado de Sergipe. ........................... 34351

AMAURI TEIXEIRA (PT – BA. – Pela ordem.) – Apoio às demandas dos servidores do Poder Ju-diciário, dos funcionários técnico-administrativos de universidades públicas, dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias, em Salvador, Estado da Bahia. Continuidade das festas juninas no Estado. ....................................... 35352

MARÇAL FILHO (PMDB – MS) – Participa-ção do Ministro da Educação, Fernando Haddad, em debate com Relatores do projeto de lei sobre a criação do Programa Nacional de Acesso ao En-sino Técnico e Emprego – PRONATEC, realizado por órgão da Casa. ................................................ 34353

JANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP) – Reali-zação de seminário sobre as empregadas domés-ticas, nas dependências do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Expectativa de ratifi-cação, pelo Congresso Nacional, de resolução da Organização Internacional do Trabalho – OIT, acerca dos direitos da empregada doméstica. Participação da oradora no Seminário Internacional de Cidades Aeroportuárias, no Município de Guarulhos, Estado de São Paulo. ........................................................ 34353

DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS. – Pela ordem.) – Protesto contra o financiamento, pelo BNDES, da compra do supermercado Carrefour pelo Grupo Pão de Açúcar em detrimento da área social. ..................................................................... 34354

ZOINHO (Bloco/PR – RJ) – Transcurso do 60º aniversário de fundação do jornal O Dia, com sede no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. ....... 34355

FÁTIMA BEZERRA (PT – RN) – Reiteração do apelo à Governadora do Estado do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, de abertura de negocia-ções com servidores públicos grevistas. .............. 34355

VALADARES FILHO (Bloco/PSB – SE) – Apelo ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de manutenção do Programa de Aquisição de Alimentos – Modalidade Formação de Estoque e de inclusão da laranja entre os seus itens obrigatórios. .................................................. 34355

ROGÉRIO MARINHO (PSDB – RN. – Pela ordem.) – Necrológio do ex-Ministro da Educação Paulo Renato Souza. Relevância do legado deixado pelo ex-Ministro para a educação brasileira. ......... 34357

ASSIS DO COUTO (PT – PR. – Pela ordem.) – Papel da agricultura familiar no processo de de-senvolvimento socioeconômico do Estado do Para-ná. Anúncio de lançamento, pela Presidenta Dilma Rousseff, do Plano Safra 2011/2012 por ocasião de sua visita ao Município de Francisco Beltrão. ... 34358

CARLOS SOUZA (PP – AM) – Apelo ao Go-verno Federal de descontingenciamento de recur-sos de emendas orçamentárias e de prorrogação do prazo de validade de Restos a Pagar. .............. 34358

EDINHO BEZ (PMDB – SC. – Pela ordem.) – Excelência dos trabalhos desenvolvidos pela União dos Escoteiros do Brasil, especialmente no Esta-do de Santa Catarina. Participação do orador na Frente Parlamentar Escoteira. Diretrizes da União Parlamentar Escoteira do Brasil. Necessidade de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. Realização, na Casa, de reunião destinada ao debate da distribuição de royalties de petróleo da camada pré-sal. ............................. 34359

FERNANDO FERRO (PT – PE) – Apoio à cria-ção da Comissão Nacional da Verdade, destinada à investigação de crimes de tortura e desapareci-mentos ocorridos durante a ditadura militar. ......... 34359

ALCEU MOREIRA (PMDB – RS. – Pela or-dem.) – Lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democratização na Distribuição de Royalties e Participações Especiais Provenientes do Petróleo. Defesa de distribuição equânime de royalties de petróleo entre Estados e Municípios. Apelo ao Presidente do Congresso Nacional, Sena-dor José Sarney, de apreciação do veto presidencial à proposta de distribuição de royalties. ................ 34359

IVAN VALENTE (PSOL – SP) – Inadmissibili-dade de financiamento, pelo BNDES, do processo

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34285

de fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e o super-mercado Carrefour. Votação, pela Câmara Municipal de São Paulo, de proposta sobre a concessão de isenções fiscais para a construção de estádio de futebol. Documento intitulado Grécia e Brasil: Povos x Dívida, de autoria do orador................................ 34360

LUCIANA SANTOS (Bloco/PCdoB – PE) – Apresentação de projeto de lei acerca do fortale-cimento da segurança em estabelecimentos finan-ceiros. .................................................................... 34361

MARCELO MATOS (PDT – RJ) – Prorrogação, por 90 dias, do decreto presidencial a respeito do prazo de validade de Restos a Pagar. Convite aos Parlamentares para participação nas festas juninas no Município de São João do Meriti, Estado do Rio de Janeiro. ............................................................. 34362

MANUELA D’ÁVILA (Bloco/PCdoB – RS) – Defesa de rejeição do substitutivo oferecido pelo então Senador Eduardo Azeredo ao Projeto de Lei nº 84, de 1999, a respeito de crimes praticados na área de informática. ............................................... 34362

BRUNA FURLAN (PSDB – SP) – Homenagem ao ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, ao en-sejo do transcurso do seu 80º aniversário natalício. . 34363

INOCÊNCIO OLIVEIRA (Bloco/PR – PE) – Al-cance social do Plano Brasil sem Miséria, lançado pela Presidenta Dilma Rousseff. ........................... 34364

LEONARDO QUINTÃO (PMDB – MG) – Re-lação direta entre o consumo de álcool por con-dutores de veículos automotores e acidentes de trânsito. Aprimoramento da Lei nº 11.705, de 2008, a chamada Lei Seca, coibitiva do uso de álcool na condução de veículos. ........................................... 34365

ASSIS MELO (Bloco/PCdoB – RS) – Realiza-ção, pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, em parceria com a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, de audiência pública destinada à discussão da nova política industrial brasileira. ................................... 34365

WILLIAM DIB (PSDB – SP) – Equívoco da decisão do Supremo Tribunal Federal, contrária à extradição do ex-ativista político Cesare Battisti. .. 34366

PADRE TON (PT – RO) – Artigo “O avanço obscurantista na política brasileira”, a respeito da campanha contra a homofobia promovida por De-putados, de autoria do articulista Fernando Abrucio, publicado pela revista Época. ............................... 34367

V – Ordem do DiaLINCOLN PORTELA (Bloco/PR – MG – Como

Líder.) – Empenho da Casa na aprovação da pro-posta de concessão de anistia a bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro. ................................. 34371

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Votação do Requerimento nº 1.739, de 2011, sobre a instau-ração, pelo Tribunal de Contas da União – TCU, de auditoria para apuração do adimplemento do con-trato de concessão rodoviária, no trecho Curitiba-

-Florianópolis, durante o período de 15 de fevereiro de 2008 a 15 de fevereiro de 2011. ....................... 34371

FRANCISCO PRACIANO (PT – AM. – Pela ordem.) – Solicitação à Presidência de retirada do requerimento da pauta........................................... 34374

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Retirada do requerimento. .................................................... 34374

Usaram da palavra pela ordem os Srs. Depu-tados PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM), MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ). .......................................... 34374

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Discus-são, em turno único, do Projeto de Decreto Legis-lativo nº 1.653-B, de 2009, que aprova o texto da Resolução nº 1.105, de 30 de novembro de 2004, que aprovou o ingresso da República Federativa do Brasil na Organização Internacional para as Mi-grações (OIM), bem como o texto da Constituição dessa organização internacional. .......................... 34374

Encerramento da discussão. ........................ 34374Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ...................................................................... 34374Encaminhamento da matéria ao Senado Fe-

deral. ...................................................................... 34374PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Discus-

são, em turno único, do Projeto de Decreto Legis-lativo nº 1.655-A, de 2009, que aprova o texto do Protocolo Adicional ao Acordo-Quadro de Coope-ração entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Francesa sobre a Cooperação Descentralizada, celebrado em São Jorge do Oiapoque, em 12 de fevereiro de 2008... 34375

Encerramento da discussão. ........................ 34375Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ...................................................................... 34375Encaminhamento da matéria ao Senado Fe-

deral. ...................................................................... 34376PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM. – Pela

ordem.) – Solicitação à Presidência de retirada do item 3 da pauta. ..................................................... 34376

JAIR BOLSONARO (PP – RJ. – Pela ordem.) – Solicitação à Presidência de retirada de requeri-mentos da Ordem do Dia. ...................................... 34376

HÉLIO SANTOS (PSDB – MA. – Pela ordem.) – Solicitação à Presidência de retirada do item nº 3 da pauta. ................................................................ 34376

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Indeferi-mento da solicitação do Deputado Jair Bolsonaro. 34376

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM). ................... 34376

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Retirada das matérias constantes na pauta. ........................ 34376

Encerramento da Ordem do Dia. ................. 34376SÁGUAS MORAES (PT – MT. – Pela ordem.)

– Participação do Ministro da Educação, Fernando Haddad, em audiência pública da Comissão de Edu-cação e Cultura destinada ao debate do Programa

34286 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC. ....................................................... 34376

DÉCIO LIMA (PT – SC. – Pela ordem.) – Lan-çamento do Plano Brasil Sem Miséria pela Presi-denta Dilma Rousseff. Assunção do mandato parla-mentar pela Vereadora Arlete da Silva, do Município de Blumenau, Estado de Santa Catarina. ............. 34377

JAIR BOLSONARO (PP – RJ. – Pela ordem.) – Absolvição do orador pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa. ............................... 34378

PADRE TON (PT – RO. – Pela ordem.) – Trans-curso do jubileu sacerdotal do Arcebispo Metropo-litano de Porto Velho, Dom Moacyr Grechi. ........... 34379

JÚLIO CAMPOS (DEM – MT. – Pela ordem.) – Conclamação aos Parlamentares para rejeição do veto presidencial aposto ao projeto de distribui-ção de royalties de petróleo da camada pré-sal a Estados e Municípios. ............................................ 34380

FRANCISCO PRACIANO (PT – AM. – Pela ordem.) – Necessidade de realização pelo País de investimentos na área de ciência e inovação. Inad-missibilidade de desestruturação da Zona Franca de Manaus. Defesa da elaboração de novo modelo de desenvolvimento do Estado do Amazonas. ...... 34380

LUCI CHOINACKI (PT – SC. – Pela ordem.) – Reconhecimento da legalidade da greve de profes-sores pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Inércia do Governo catarinense. ........... 34381

REGUFFE (PDT – DF. – Pela ordem.) – Con-trariedade ao financiamento, pelo BNDES, do pro-cesso de fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e o supermercado Carrefour. Encaminhamento de con-vite ao presidente do BNDES e de requerimento de convocação do Ministro da Fazenda, Guido Mante-ga, para esclarecimento do assunto na Comissão de Defesa do Consumidor. Apresentação de projeto de lei sobre a extinção da carga tributária existente sobre medicamentos. ............................................ 34381

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Asso-ciação da Presidência ao discurso do Deputado Reguffe. ................................................................. 34382

FRANCISCO ARAÚJO (Bloco/PSL – RR. – Pela ordem.) – Necessidade de manifestação do Ministério Público sobre denúncias de desvio de recursos públicos no Estado de Roraima, especial-mente no tocante às obras de recuperação das BRs 401, 174 e 210. Anúncio da apresentação de projeto de lei acerca da execução, pelo Exército brasileiro, de obras emergenciais em Estados em situação de calamidade pública ou de emergência. Imediata vo-tação pela Casa do projeto de lei sobre a concessão de anistia a bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro. Apelo ao Presidente Marco Maia de imedia-ta votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a instituição do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. ............. 34382

ÁTILA LINS (PMDB – AM. – Pela ordem.) – Acerto da decisão da Presidenta Dilma Rousseff de

prorrogação do decreto sobre o prazo de validade de Restos a Pagar. Instalação da Comissão Espe-cial destinada ao exame das propostas de emendas à Constituição relativas a área de segurança pública. Aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, do projeto de lei sobre a concessão de anistia a bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro. ........................................................................ 34383

FABIO TRAD (PMDB – MS. – Pela ordem.) – Apelo à FUNAI de implementação de políticas de humanização das comunidades indígenas, no Estado de Mato Grosso do Sul. Realização do Se-minário Estadual de Políticas Públicas de Combate às Drogas no Município de Corumbá. Designação do orador para Relator de projetos sobre a altera-ção da Lei nº 8.666, de 1993, a Lei de Licitações e Contratos. ............................................................. 34383

ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSB – SP. – Pela ordem.) – Apoio da população do Estado de São Paulo ao movimento de bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro a favor da revisão de seus soldos. ........................................................... 34384

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Votação, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em caráter terminativo, de projeto sobre a concessão de anistia a bombeiros militares. ...... 34384

ELEUSES PAIVA (DEM – SP. – Pela ordem.) – Imediata regulamentação da Emenda Constitu-cional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recur-sos para a saúde pública. Realização de maiores investimentos no setor. .......................................... 34384

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Presença nas galerias do plenário de visitantes do Município de Caetité, Estado da Bahia. ................................. 34385

GASTÃO VIEIRA (PMDB – MA. – Pela ordem.) – Realização, no Auditório Petrônio Portela da Casa, de homenagem ao ex-Presidente Fernando Henri-que Cardoso pelo transcurso do seu 80º aniversá-rio natalício. Homenagem póstuma prestada pelo orador ao ex-Ministro da Educação Paulo Renato Souza, na Comissão de Educação e Desporto. Re-levância do legado deixado pelo ex-Ministro para a educação brasileira. ............................................... 34385

WELITON PRADO (PT – MG. – Pela ordem.) – Lançamento do Plano Nacional de Banda Larga. Apelo ao Governador do Estado de Minas Gerais, An-tonio Augusto Anastasia, e aos demais Governadores de extinção da cobrança do ICMS incidentes sobre os serviços da Internet. Aprovação, pela Comissão de Defesa do Consumidor, de projeto de lei sobre a obrigatoriedade de aviso prévio para corte do forne-cimento de serviços essenciais. Encontro do orador com o Vice-Presidente da República, Michel Temer, para discussão sobre o Plano Nacional de Combate às Drogas. Necessidade de fortalecimento dos serviços de vigilância nas regiões de fronteira. Precariedade dos serviços de fornecimento de energia elétrica no País, especialmente em Minas Gerais....................... 34386

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34287

SILVIO COSTA (Bloco/PTB – PE. – Pela or-dem.) – Apelo ao Supremo Tribunal Federal de não interferência na legislação sobre o aviso prévio. Im-portância da desoneração da folha de pagamento empresarial. Repúdio à decisão do Tribunal Supe-rior do Trabalho de realização de audiência pública acerca da terceirização. Apresentação de projeto de lei sobre a criação do Código de Trabalho do Brasil. Conveniência de extinção da Justiça do Trabalho. 34386

FELIPE BORNIER (Bloco/PHS – RJ. – Pela ordem.) – Aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, de projeto de lei sobre a concessão de anistia a bombeiros militares. ......... 34387

LAERCIO OLIVEIRA (Bloco/PR – SE. – Pela ordem.) – Realização das festas juninas no Estado de Sergipe. ............................................................ 34388

AUGUSTO CARVALHO (Bloco/PPS – DF. – Pela ordem.) – Tramitação, na Comissão de Fi-nanças e Tributação, do Projeto de Lei nº 1.731, de 2007, de autoria do orador, sobre a obrigatoriedade de registro, no Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI, de dados de empresas estatais e de economia mista. ............................................. 34388

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Presença nas galerias do plenário de alunos da Faculdade de Direito da Universidade Presidente Antônio Car-los – UNIPAC, do Município de Araguari, Estado de Minas Gerais. ......................................................... 34388

SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP. – Pela ordem.) – Regozijo com a decisão da Presidenta Dilma Rousseff de prorrogação, por 90 dias, do prazo de validade de Restos a Pagar. ................... 34388

ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PMDB – BA. – Pela ordem.) – Aprovação, pela Comissão de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania, do parecer ofe-recido pelo Deputado Mendonça Prado à proposta de concessão de anistia a bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro. Reconhecimento, pelo Governador Sérgio Cabral, de excessos cometidos no tocante ao movimento da corporação............... 34389

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Associa-ção da Presidência ao discurso do Deputado Arthur Oliveira Maia. ......................................................... 34389

RUI PALMEIRA (PSDB – AL. – Pela ordem.) – Dados do Sistema Integrado de Administração Fi-nanceira – SIAFI, a respeito da execução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC no Estado de Alagoas. ...........................................

VI – Encerramento2 – ATA DA 171ª SESSÃO DA CÂMARA

DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 54ª LEGISLATU-RA, 30 DE JUNHO DE 2011.

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expedienteIV – Pequeno Expediente

BENEDITA DA SILVA (PT – RJ) – Encontro da bancada feminina com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, destinado ao debate de avan-ços de políticas públicas de gênero. Destinação de recursos para o Fundo de Manutenção e Desen-volvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB. Apro-vação, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, de projeto de lei sobre concessão de anistia a bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro. .................................................................. 34398

RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE) – Conveniência de retirada da urgência cons-titucional do projeto de lei sobre a instituição do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC, a favor da votação da pro-posta de regulamentação da Emenda Constitucio-nal nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. Outorga, pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, da Ordem do Mérito Industrial ao empresário Jorge Alberto Studart Go-mes. Concessão, pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC, da Medalha do Mérito In-dustrial ao ex-Deputado Ciro Gomes e aos empre-sários Francisco José Andrade da Silveira e João Batista Fujita. Pujança da indústria cearense. ....... 34399

EDINHO BEZ (PMDB – SC) – Apoio às aspi-rações e demandas da Confederação Nacional da Família Militar – CONFAMIL. ................................. 34400

LUIZ COUTO (PT – PB) – Manifestação de solidariedade ao servidor da Casa, José Marcos Resende, pelo falecimento da sua genitora, Tere-sinha Correia de Resende. Reajuste salarial para os funcionários dos gabinetes parlamentares, na Casa. ..................................................................... 34401

LINCOLN PORTELA (Bloco/PR – MG) – Apoio à Proposta de Emenda à Constituição 270, de 2008, sobre a garantia ao servidor aposentado por invali-dez permanente do direito ao recebimento de pro-ventos integrais com paridade. .............................. 34401

LEONARDO MONTEIRO (PT – MG) – Suces-so da cavalgada realizada no Município de Mendes Pimentel, Estado de Minas Gerais. Apoio à greve dos professores do Município de Ipatinga, pela im-plementação do piso salarial nacional dos profissio-nais do magistério público na educação básica. ... 34402

WELITON PRADO (PT – MG) – Solidariedade à greve de servidores públicos, especialmente de professores, no Estado de Minas Gerais. Apresen-tação de projeto de lei sobre a proibição da venda de sacolas biodegradáveis para embalagem e trans-porte de produtos adquiridos em estabelecimentos comerciais. ............................................................. 34402

NAZARENO FONTELES (PT – PI) – Pronun-ciamento do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da União Africana. Reconhe-cimento dos direitos dos cidadãos afro-brasileiros. Participação da Ministra-Chefe da Secretaria de

34288 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, em audiência pública promovida por órgão da Casa. ................................................................ 34403

DR. ALUIZIO (Bloco/PV – RJ) – Natureza áspera de discursos proferidos por Parlamentares favoráveis à distribuição de royalties de petróleo aos Estados e Municípios brasileiros. ................... 34403

CHICO ALENCAR (PSOL – RJ) – Aprova-ção, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da proposta de concessão de anistia a bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro. Alteração pelo órgão do projeto a respeito do sigilo de contratações públicas para obras da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Rejeição, pelo Conselho de Ética e Deco-ro Parlamentar, do parecer do Relator Sérgio Brito contra o Deputado Jair Bolsonaro. ........................ 34403

ANTONIO CARLOS MENDES THAME (PSDB – SP) – Protesto contra financiamento, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, da fusão entre os grupos Pão de Açú-car e Carrefour. Conveniência de impedimento da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE. .............................................. 34404

JÔ MORAES (Bloco/PCdoB – MG) – Conces-são pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad, de audiência à bancada feminina para debate de ações em prol da mulher. ...................................... 34404

GILMAR MACHADO (PT – MG) – Rejeição do Projeto de Lei nº 122, de 2006, sobre a crimina-lização da homofobia. Participação do Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo Silva, nas come-morações do 57º aniversário de fundação do Grupo Algar Telecom – CTBC, no Município de Uberlân-dia, Estado de Minas Gerais. Lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar pelo Governo Dilma Rousseff. ................................................................ 34404

ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR – RJ) – Anúncio de elaboração do relatório sobre a Pro-posta de Fiscalização e Controle de nº 13, de 2011, acerca de irregularidades praticadas pelo Sr. Ricar-do Teixeira no Comitê Organizador Local da Copa de 2014 e na Confederação Brasileira de Futebol – CBF. Aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, do projeto de lei sobre a concessão de anistia a bombeiros militares do Es-tado do Rio de Janeiro. Encaminhamento à Secre-taria Nacional de Aviação Civil do Requerimento de Informações nº 693, de 2011, sobre os voos reali-zados do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a partir de 1º de janeiro de 2007. .. 34405

IZALCI (Bloco/PR – DF) – Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Ciência, Tecno-logia e Inovação e da Frente Parlamentar da Pes-quisa e Inovação. Conveniência de consolidação do Sistema Nacional de Ciências e Tecnologia. Greve dos trabalhadores da área de saúde, no Distrito Fe-deral. Falta de operacionalidade do Projeto Ponto

de Inclusão, lançado pelo Governo do Distrito Fede-ral. Desapontamento com a Administração Agnelo Queiroz. ................................................................. 34408

ÁTILA LINS (PMDB – AM) – Concessão de audiência ao orador pelo Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, destinada ao debate da instalação de novas agências do INSS no Estado do Amazonas e de outras reivindicações. Solicitação ao Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, de recuperação da BR-230, trecho Lábrea-Humaitá--Apuí, no Amazonas. ............................................. 34409

EDINHO BEZ (PMDB – SC. – Pela ordem.) – Publicação, pela Agência Nacional de Saúde Suple-mentar, da Resolução Normativa nº 259, de 2011, a respeito do prazo de atendimento aos usuários por planos de saúde. ............................................. 34409

ÂNGELO AGNOLIN (PDT – TO) – Importân-cia da Frente Parlamentar de Educação Profissional e Ensino a Distância. Aprovação, pela Comissão de Minas e Energia, de requerimento de seminá-rio destinado à discussão da existência de tarifas de energia elétrica diferenciadas entre os Estados brasileiros. ............................................................. 34411

LUIZ COUTO (PT – PB. – Pela ordem.) – In-dignação do orador com a rejeição, pelo Conse-lho de Ética e Decoro Parlamentar, do parecer do Deputado Sérgio Brito sobre processo instaurado contra o Deputado Jair Bolsonaro. Apresentação de projeto de resolução sobre a consideração da chantagem político-partidária como quebra de de-coro parlamentar. ................................................... 34412

WELITON PRADO (PT – MG. – Pela ordem.) – Participação do orador na comitiva do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em visita a Municípios do Estado de Minas Gerais. Convite aos Prefeitos mineiros para encontro com o Ministro da Saúde em Belo Horizonte. Apresentação de projeto de lei sobre a proibição da cobrança de sacolas biode-gradáveis, de papel ou de qualquer outro material não poluente, para embalagem e transporte de pro-dutos adquiridos em estabelecimentos comerciais. Aprovação, pela Comissão de Minas e Energia, de projeto de lei sobre a proibição de corte no forne-cimento de serviços essenciais. Aprovação, pela Comissão de Defesa do Consumidor, de proposta de fiscalização e controle sobre a cobrança abusiva de juros por empresas operadoras de cartões de crédito. Apoio ao movimento grevista de servidores públicos no Estado de Minas Gerais, especialmente de professores. ...................................................... 34412

EDINHO ARAÚJO (PMDB – SP) – Apelo ao Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, de duplicação da BR-153 no perímetro urbano do Mu-nicípio de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. ..................................................................... 34413

MARCUS PESTANA (PSDB – MG) – Reali-zação, pelo Congresso Nacional, de homenagem ao ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, ao

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34289

ensejo do transcurso do seu 80º aniversário natalí-cio. Elogio ao Presidente Marco Maia pelo discurso proferido durante o evento. .................................... 34414

ZÉ GERALDO (PT – PA) – Diplomação e posse do Prefeito Alexandre Lunelli, do Município de Brasil Novo, Estado do Pará. ............................ 34415

MAURO BENEVIDES (PMDB – CE) – Apro-vação, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, de proposta de ex-tinção de coligações partidárias. ........................... 34415

INOCÊNCIO OLIVEIRA (Bloco/PR – PE) – Acerto da decisão governamental de cobrança a custo local de ligações telefônicas em áreas co-nurbadas. ............................................................... 34415

PASTOR MARCO FELICIANO (PSC – SP) – Relevância dos programas sociais promovidos pelo Governo Federal. ................................................... 34416

NILDA GONDIM (PMDB – PB) – Visita do Vice-Presidente da República, Michel Temer, ao Município de Campina Grande, Estado da Paraíba, ao ensejo da Festa de São João. Congratulações ao Prefeito Municipal Veneziano Vital do Rêgo pela organização do evento. .......................................... 34416

CARLAILE PEDROSA (PSDB – MG) – Valo-rização dos docentes brasileiros. Revitalização do ensino público e gratuito. Homenagem póstuma ao ex-Ministro da Educação, Paulo Renato Sou-za. Apoio ao Projeto de Lei nº 8.035, de 2010, a respeito da instituição do novo Plano Nacional de Educação – PNE para o decênio 2011/2020. ........ 34416

TERESA SURITA (PMDB – RR) – Priorida-de do Estado brasileiro na educação. Anúncio da apresentação de projeto de lei sobre a inserção de dispositivo no art. 9º da Lei nº 9.394, de 1996, destinado ao estabelecimento de critérios e proce-dimentos para a avaliação do rendimento escolar no ensino básico. ................................................... 34417

ALINE CORRÊA (PP – SP) – Resultado de ações desenvolvidas pela Comissão Especial desti-nada à elaboração de políticas públicas de comba-te às drogas. Importância do combate ao consumo de drogas no País. Defesa da implementação de ações de prevenção, tratamento e reinserção social de dependentes químicos. ..................................... 34418

V – Grande ExpedienteJOSÉ STÉDILE (Bloco/PSB – RS. – Como

Líder.) – Fidelidade do PSB ao Governo Dilma Rous-seff. Contrariedade ao financiamento, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, da fusão entre os grupos Pão de Açúcar e Carrefour. Apresentação, à Comissão de Finan-ças e Tributação, de requerimento de convocação do Presidente do BNDES para esclarecimento do assunto. Autorização pelo Ministro da Saúde, Ale-xandre Padilha, da construção de hospital-referên-cia na região do Vale do Gravataí, Estado do Rio Grande do Sul. Apresentação de projeto de lei sobre obrigatoriedade de matrícula de atletas de clubes

de futebol menores de 18 anos em instituições de ensino para permanência na instituição esportiva. 34419

LUCI CHOINACKI (PT – SC) – Avanços do Brasil durante os Governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Relato da atuação parlamentar da oradora. ............................................................ 34420

Aparteante: ZÉ GERALDO (PT – PA).HELENO SILVA (Bloco/PRB – SE. – Como

Líder.) – Apreensão ante a execução judicial e a pos-sibilidade de leilão de propriedades de produtores rurais na Região Nordeste inadimplentes perante o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil. ............ 34423

MARLLOS SAMPAIO (PMDB – PI. – Como Líder.) – Encaminhamento ao Conselho Nacional dos Direitos do Idoso de dossiê sobre fraudes na concessão de empréstimos consignados, elaborado pela Delegacia do Idoso no Estado do Piauí. Su-gestão ao órgão de discussão do tema durante a Conferência Nacional do Idoso. Defesa de criação da Secretaria Nacional do Idoso. Apresentação de projeto de lei sobre a tipificação do golpe do em-préstimo consignado contra idosos. Expectativa de apoio da Federação Brasileira de Bancos – FE-BRABAN à realização de campanha publicitária de orientação do idoso contra o golpe do empréstimo consignado. Anúncio da apresentação do Projeto de Lei nº 1.743, de 2011, sobre o aumento das penas dos crimes de denúncia caluniosa e comunicação falsa de crime ou de contravenção. Realização das festas juninas no Município de Valença do Piauí, Estado do Piauí. Indefinição quanto à realização de eleições para Prefeito Municipal de Esperantina. Denúncias de irregularidades e corrupção pratica-das por gestores da municipalidade. ..................... 34424

PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Presença de delegação catarinense no gabinete parlamentar do Presidente em exercício dos trabalhos. Realização de homenagem ao ex-Presidente Fernando Henri-que Cardoso por ocasião do transcurso do seu 80º aniversário natalício, no Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal. ............................................... 34426

LUIZ CARLOS (PSDB – AP) – Retrospecto do processo de criação do Estado do Amapá. Es-cassez de terras destinadas à agricultura no Estado. Existência de reservas minerais no Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque. Necessidade de com-pensação ao Amapá pela não utilização de terras da União. Não participação de órgãos governamen-tais na promoção da arte e da cultura amapaense. Defesa da criação de vagas no curso de Medicina da Universidade Federal do Amapá. Conveniência do aproveitamento de correntes marinhas da re-gião da Ilha de Maracá para a geração de energia elétrica. .................................................................. 34426

Aparteantes: ÁTILA LINS (PMDB – AM), SE-BASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP). ................... 34428

SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP. – Como Líder.) – Prorrogação, pela Presidenta Dilma Rousse-

34290 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

ff, do decreto sobre o prazo de validade de Restos a Pagar. Defesa de adoção do Orçamento impositivo. 34429

PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Presença nas galerias do plenário de alunos do Colégio Pi-râmides, do Município de Francisco Sá, Estado de Minas Gerias. ......................................................... 34431

OSMAR SERRAGLIO (PMDB – PR. – Como Líder.) – Aprovação pela Casa do regime diferen-ciado de contratação para a realização de obras de infraestrutura da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Prorrogação, pela Presidenta Dilma Rousseff, do decreto sobre o prazo de validade de Restos a Pagar. Elogio ao Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do PMDB, pelo empenho no encaminhamento da matéria. ............................................................. 34432

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 48/2011 – Do Sr. Alexandre Santos – Mo-difica a redação do art. 56, § 3º, da Constituição, para vedar a opção pela remuneração do mandato parlamentar quando da licença para investidura em outro cargo ............................................................ 34433

PROJETOS DE LEI

Nº 1.730/2011 – Do Sr. Chico Alencar – Altera o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho, para dispor sobre o aviso prévio proporcional. .............. 34436

Nº 1.731/2011 – Do Sr. Walter Tosta – Dispõe sobre a proteção e segurança dos consumidores nas agências e postos bancários. ......................... 34437

Nº 1.732/2011 – Do Sr. Walter Tosta – Dis-põe sobre os cargos de direção e coordenação de cursos nas instituições de ensino. ......................... 34437

Nº 1.733/2011 – Da Srª. Luciana Santos – Altera a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, que “Dispõe sobre Segurança para Estabelecimentos Financeiros, Estabelece Normas para Constituição e Funcionamento das Empresas Particulares que Exploram Serviços de Vigilância e de Transporte de Valores, e dá outras Providências”, para disciplinar medidas de segurança relativas ao transporte de valores e malotes. .................................................. 34438

Nº 1.734/2011 – Do Sr. Márcio Macêdo – Ins-titui o Dia Nacional Sem Carro .............................. 34439

Nº 1.735/2011 – Da Srª. Sandra Rosado – Al-tera a redação dos arts. 134 e 260 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e o art. 6º da Lei nº 8.242, de 12 de outubro de 1991, para determinar a alo-cação de recursos nos orçamentos da União, dos Estados e dos Municípios para o financiamento e a manutenção dos Conselhos Tutelares. ............... 34439

Nº 1.736/2011 – Da Srª. Mara Gabrilli – Altera a Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009, que “Insti-tui o Estatuto dos Museus e dá outras providências”, para dispor sobre a obrigatoriedade do princípio da

acessibilidade às pessoas com deficiência no plano museológico. .......................................................... 34441

Nº 1.737/2011 – Do Sr. Geraldo Resende – Acrescenta art. à Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, determinando que o direito à gratuidade da justiça não preclui e pode ser pleiteado a qualquer tempo. .................................................................... 34442

Nº 1.738/2011 – Do Sr. Geraldo Resende – Dispõe sobre a Política Nacional de Vacinação contra a Leishmaniose animal. .............................. 34443

Nº 1.739/2011 – Do Sr. Efraim Filho – Esta Lei altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, tornando obrigatória a adaptação dos portais institucionais mantidos pelo Poder Público para uso pelas pessoas portadoras de deficiência visual. ... 34446

Nº 1.740/2011 – Do Sr. Carlinhos Almeida – Denomina “Marginal Petrobras Norte” a pista mar-ginal da Rodovia Presidente Dutra, entre os quilô-metros 146 e 143, sentido norte (Rio de Janeiro), no Estado de São Paulo. ....................................... 34447

Nº 1.741/2011 – Do Sr. Carlinhos Almeida – Denomina “Marginal Petrobras Sul” a pista marginal da Rodovia Presidente Dutra, entre os quilômetros 143 e 146, sentido sul (São Paulo), no Estado de São Paulo. ............................................................. 34447

Nº 1.742/2011 – Do Sr. Washington Reis – Dispõe sobre a divulgação de publicidade ou pro-paganda do Governo Federal, governos estaduais, prefeituras e de suas entidades da administração indireta em sítios de jornais e emissoras de radio-difusão na Internet. ............................................... 34447

Nº 1.743/2011 – Do Sr. Marllos Sampaio – Altera a redação dos arts. 339 e 340 do Decreto--lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal. ..................................................................... 34448

Nº 1.744/2011 – Do Sr. Francisco Araújo – Institui o direito de resposta em caso de acusação ou ofensa divulgada na rede mundial de computa-dores. ..................................................................... 34449

Nº 1.745/2011 – Do Sr. Roberto Santiago – Dispõe sobre a vedação na comercialização de alimentos e produtos em geral destinados ao con-sumo e uso por crianças, a oferta de brinquedos, brinde ou prêmio a título de bonificação. ............... 34450

Nº 1.747/2011 – Da Srª. Teresa Surita – Acres-centa parágrafo ao art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre critérios e procedimentos para o processo nacional de avaliação do rendimento escolar na educação básica. .................................................................. 34451

INDICAÇÕES

Nº 808/2011 – Do Sr. Sandro Mabel – Sugere que o Ministério da Educação inclua, nas diretrizes curriculares do ensino médio, conteúdos relativos aos direitos e garantias fundamentais presentes no art. 5º de nossa Carta Magna. ............................... 34452

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34291

Nº 809/2011 – Do Sr. Weliton Prado – Sugere ao Ministro das Cidades, MÁRIO SÍLVIO MENDES NEGROMONTE, que sejam realizados os esforços necessários para a inclusão da proposta “Rede de Metrô de BH”, com a criação de novas linhas e a expansão de ramais para os municípios de Betim e Contagem, no PAC Mobilidade Grandes Cida-des. ..................................................................... 34453

Nº 810/2011 – Do Sr. Weliton Prado – Sugere à Presidenta da República, DILMA ROUSSEFF, que sejam realizados os esforços necessários para a inclusão da proposta “Rede de Metrô de BH”, com a criação de novas linhas e a expansão de ramais para os municípios de Betim e Contagem, no PAC Mobilidade Grandes Cidades. ............................... 34454

Nº 811/2011 – Do Sr. Domingos Sávio – Su-gere ao Ministro da Agricultura a prorrogação do prazo limite de 30 de junho de 2011, para 31 de dezembro de 2011 para que os produtores rurais se habilitem as novas exigências da instrução nor-mativa nº 51 do Ministério da Agricultura. ............. 34455

Nº 812/2011 – Do Sr. Jesus Rodrigues – Su-gere ao Ministro da Integração Nacional a elabo-ração do Projeto de Integração das Bacias do Rio São Francisco abastecendo os Rios Piauí e Canindé possibilitando a construção do Eixo Oeste, contem-plando as Regiões do Estado do Piauí. ................. 34455

Nº 814/2011 – Do Sr. Izalci – Sugere ao Mi-nistro da Educação a inclusão, nas diretrizes cur-riculares de História para a educação básica de conteúdos relativos à História do Poder Legislativo no Brasil. ................................................................ 34456

PROPOSTAS DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

Nº 32/2011 – Do Sr. Rubens Bueno – Propõe que a Comissão de Fiscalização Financeira e Con-trole – CFFC realize atos de fiscalização das ativida-des administrativas desenvolvidas pela Ordem dos Músicos do Brasil, Autarquia Federal criada pela Lei nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960, e, em sen-do constatadas irregularidades ou ilicitudes, realize auditoria em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU) e demais órgãos responsáveis, para que se possam aplicar todas as medidas punitivas cabíveis..................................................................... 34457

Nº 33/2011 – Do Sr. Rubens Bueno – Propõe que o Tribunal de Contas da União – TCU fiscalize as operações do Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES) em relação ao Grupo JBS. ....................................................... 34458

Nº 34/2011 – Do Sr. Jorge Boeira – Propõe que a Comissão de Fiscalização Financeira e Con-trole, com auxílio do Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União, realize ato de fisca-lização e controle sobre a aplicação dos recursos do FUNDEB repassados pelo Governo Federal ao Estado de Santa Catarina. .................................... 34459

RECURSOS

Nº 58/2011 – Do Sr. Eduardo Cunha – Contra apreciação em caráter conclusivo pelas Comissões, na apreciação do Projeto de lei nº 4.584/2004. ..... 34460

Nº 59/2011 – Do Sr. Salvador Zimbaldi – Con-tra a apreciação conclusiva das Comissões ao PL nº 1.170, de 2007 .................................................. 34461

REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO

Nº 721/2011 – Do Sr. Chico Alencar – Solicita ao Ministro de Estado do Ministério do Turismo in-formações e cópias de todos os processos de con-tratação e prestação de contas dos convênios com as entidades de direito privado que identifica. ....... 34462

Nº 722/2011 – Da Srª. Manuela D’ávila – So-licita informações ao Senhor Ministro da Defesa Nelson Jobim sobre declaração a respeito dos do-cumentos relativos ao período militar. ................... 34463

Nº 723/2011 – Do Sr. Décio Lima – Solicita ao Senhor Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informações acerca das providências administrati-vas tomadas visando os delegados da Polícia Fe-deral, que produziram escutas ilegais no episódio da Operação Influenza em 2008. .......................... 34464

Nº 724/2011 – Do Sr. Décio Lima – Solicita ao Senhor Ministro da Justiça, José Eduardo Car-dozo, informações acerca do processo de número 2008.72.05.001950-2-TRE-SC. ............................. 34464

Nº 725/2011 – Do Sr. Vanderlei Macris – Soli-cita à Senhora Ministra de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, informações sobre o finan-ciamento a ser realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES à fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour. ................................ 34465

Nº 726/2011 – Do Sr. Vanderlei Macris – So-licita ao Senhor Ministro de Estado da Fazenda in-formações sobre o financiamento a ser realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES à fusão entre o Pão de Açucar e o Car-refour. ..................................................................... 34466

Nº 728/2011 – Do Sr. Antonio Carlos Maga-lhães Neto – Solicita informações ao Excelentíssimo Ministro de Estado do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior, Sr. Fernando Damata Pimen-tel, sobre o processo de fusão do Carrefour com o Grupo Pão de Açucar e a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. .............................................................. 34467

Nº 729/2011 – Do Sr. Arnaldo Jardim – Soli-cira informações ao Senhor Ministro de Estado das Minas e Energia, no âmbito da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, relativas ao cumprimen-to das recomendações e determinações contidas no relatório de fiscalização da gestão da Reserva Global de Reversão – RGR, datado em abril de 2008. ...................................................................... 34475

34292 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Nº 730/2011 – Do Sr. Sarney Filho – Solicita In-formações ao Senhor Ministro da Saúde, sobre o bani-mento de agrotóxicos no Brasil e sobre o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos, conduzido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. .... 34476

REQUERIMENTOS

Nº 2.308/2011 – Do Sr. César Halum – Re-quer a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 153 de 2003. ............... 34477

Nº 2.309/2011 – Do Sr. César Halum – Requer que o Projeto de Lei nº 228, de 2011, seja despa-chado à Comissão de Defesa do Consumidor, além da Comissão constante no despacho inicial. ......... 34477

Nº 2.310/2011 – Do Sr. Wandenkolk Gon-çalves – Requer aprovação de voto de louvor pela realização do IV Fórum TCE-PA e Jurisdicionados, em Belém do Pará. ................................................ 34478

Nº 2.311/2011 – Do Sr. Wandenkolk Gonçal-ves – Requer aprovação de voto de louvor pelo Cen-tenário da Igreja Assembleia de Deus do Pará. .... 34478

Nº 2.312/2011 – Do Sr. Maurício Quintella Lessa – Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC 153/2003 que “regulamenta a carreira de Pro-curador Municipal” ................................................. 34480

Nº 2.313/2011 – Da Srª. Mara Gabrilli – Requer a inclusão na ordem do dia do Plenário, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 153/2003 ..... 34480

Nº 2.314/2011 – Da Srª. Mara Gabrilli – Re-quer a inclusão na ordem do dia do Plenário, do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 275/2001. 34480

Nº 2.315/2011 – Da Srª. Mara Gabrilli – Requer a inclusão na ordem do dia do Plenário, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 544/2002 ..... 34480

Nº 2.316/2011 – Do Sr. Lincoln Portela – Re-quer, nos termos do art. 114, inciso XIV do RICD, a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câma-ra dos Deputados da PEC nº 270, de 2008, que “Acrescenta o parágrafo 9º ao art. 40 da Constitui-ção Federal de 1988”. ........................................... 34481

Nº 2.317/2011 – Do Sr. Efraim Filho – Re-quer a inclusão na Ordem do Dia do PL 2861 de 2008, que Altera a Lei nº 4950-A, de 22 de abril de 1966, para estender aos técnicos de nível médio, regularmente inscritos nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e nos de Química, o piso salarial mínimo. ............................ 34481

Nº 2.318/2011 – Do Sr. Raimundo Gomes de Matos – Requer a inclusão na Ordem do Dia da Pro-posta de Emenda à Constituição – PEC 446/2009. 34481

Nº 2.319/2011 – Do Sr. Raimundo Gomes de Matos – Requer a inclusão na Ordem do Dia do projeto de Lei noº 3937 de 2004 ........................... 34481

Nº 2.320/2011 – Do Sr. Ricardo Quirino – Re-gistrar nos Anais desta Casa voto de louvor pelo feito heroíco do Capitão Carneiro da Polícia Militar do Distrito Federal. ................................................ 34481

Nº 2.21/2011 – Do Sr. João Campos – Requer a criação de Comissão Especial destinada a profe-rir Parecer ao Projeto de Lei nº 4.436 de 2008, que “Modifica o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para garantir ao vigilante o recebimento de adicional de periculosidade”. ............................ 34481

Nº 2.322/2011 – Do Sr. Ricardo Izar – Requer registro da Frente Parlamentar do Congresso Na-cional em Defesa dos Animais. .............................. 34482

Nº 2.323/2011 – Do Sr. Milton Monti – Solicita a retirada do Projeto de Lei n° 2.771/2003 que obri-ga empregadores a manterem berçário ou creche e dá outras providências. ...................................... 34483

Nº 2.324/2011 – Do Sr. Hugo Napoleão – Requer inclusão na Ordem do Dia da PEC 300/2008. ............................................................... 34483

VI – Ordem do Dia(Debates e trabalho de Comissões)VII – Comunicações ParlamentaresZÉ GERALDO (PT – PA) – Encaminhamento

à Procuradoria-Geral da República, pela direção na-cional do PT, de Representação contra o Senador Mário Couto com vistas à apuração ilicitudes prati-cadas à frente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará e posterior abertura, perante o Supremo Tribunal Federal, de processo criminal. ................. 34483

PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Presença nas galerias de grupo de pessoas da terceira idade do Município de Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro. .................................................................. 34484

NAZARENO FONTELES (PT – PI. – Pela ordem.) – Regozijo com a eleição do engenheiro agrônomo José Graziano da Silva para o cargo de Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO. Sucesso das políticas públicas de combate à fome e à miséria implantadas no País. . 34484

JESUS RODRIGUES (PT – PI. – Pela ordem.) – Reassunção do mandato pelo Prefeito Francisco Antonio de Sousa Filho, do Município de Esperan-tina, Estado do Piauí. Importância da implantação do chamado Eixo Oeste, do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, para o abastecimento d’água do semiárido piauiense. ......................................... 34485

ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV – SP. – Pela ordem.) – Repúdio à decisão do Supremo Tri-bunal Federal favorável à realização da Marcha da Maconha. Importância do combate às drogas no País. ....................................................................... 34486

PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Presença nas galerias do plenário de visitantes do Município de Chapecó, Estado de Santa Catarina. ............... 34487

RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE. – Pela ordem.) – Realização de homenagem ao ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso por ocasião do transcurso do seu 80º aniversário na-talício, no Auditório Petrônio Portela da Casa. ...... 34487

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34293

ZÉ GERALDO (PT – PA. – Como Líder.) – Soli-citação à Procuradoria-Geral da República, pelo PT, de apuração de supostas irregularidades praticadas pelo Senador Mário Couto na condição de Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará. Expansão da Universidade Federal do Pará. Instalação de novas Escolas Técnicas Federais no Estado. Recuperação de rodovias federais paraenses. ................................ 34488

RONALDO FONSECA (Bloco/PR – DF) – In-segurança jurídica gerada pela decisão do Supremo Tribunal Federal, a favor da união estável entre pes-soas do mesmo sexo. Protesto contra a decisão da Suprema Corte a favor da realização da Marcha da Maconha no País. Apresentação de requerimento de transformação de sessão plenária da Casa em Comissão Geral para debate da proteção de prer-rogativas do Congresso Nacional. ......................... 34493

FÁTIMA BEZERRA (PT – RN. – Pela ordem.) – Solidariedade à greve dos servidores técnico-admi-nistrativos de instituições federais de ensino. Expec-tativa quanto à autorização, pelo Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão, da contratação de professores substitutos para os colégios de aplicação. Apresentação, pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, de estudo sobre o Projeto de Lei nº 8.035, de 2010, acerca da criação do novo Plano Nacional de Educação – PNE para o decênio 2011-2020. Apresentação pela oradora de emendas à proposição. Participação do Ministro da Educação, Fernando Haddad, em audiência pública na Comissão de Educação e Cultura destinada ao debate do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC. Encaminhamento ao Poder Executivo de proposta de ampliação dos Centros Federais de Educação Tecnológica – CE-FETs, no Estado do Rio Grande do Norte. .............. 34494

RONALDO FONSECA (Bloco/PR, DF. – Pela ordem.) – Reafirmação de norma da legislação so-bre a possibilidade, no Brasil, de casamento apenas entre pessoas de sexos diferentes. ....................... 34495

JORGINHO MELLO (PSDB, SC) – Atuação da Deputada Fátima Bezerra em defesa da educa-ção brasileira. Empenho do Governo do Estado de Santa Catarina no encerramento de greve de pro-fessores. Homenagem prestada ao ex-Presidente Fernando Henrique ao ensejo do transcurso do seu 80º aniversário natalício, no Auditório Petrônio Portela. Defesa da aprovação do projeto de lei so-bre a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC. ............ 34496

PRESIDENTA (Fátima Bezerra) – Manuten-ção, pela Comissão de Educação e Cultura, do ca-lendário de debates do projeto de lei sobre a insti-tuição do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC. Solidariedade aos professores do Estado de Santa Catarina em greve. Apoio ao movimento grevista de docentes, policiais civis e de outras categorias no Estado do

Rio Grande do Norte. Transformação da Escola Su-perior de Agricultura de Mossoró na Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Instalação de campus da instituição no Município de Caraúbas. .............. 34496

VIII – Encerramento3 – DESPACHOS DO PRESIDENTE EM

PROPOSIÇÕES

PL 6.882/2010, REQ 2.142/2011, REQ 2.211/2011, REQ 2.233/2011, REQ 2.241/2011, REQ 2.255/2011. ................................................... 34519

4 – DECISÃO DA PRESIDÊNCIA

- Arquivem-se, nos termos do artigo 133 do RICD, os Projetos de Lei nºs 5.777/09 e 6.767/10. 34520

5 – PARECERES – Projeto de Lei Comple-mentar nº 458-A/09; Projetos de Lei nºs 2.954-C/97, 6.868-C/02, 6.882-A/10 e 549-A/11. ...................... 34520

COMISSÕES

6 – ATAS

Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, 35ª Reunião (Ordinária), em 29-6-11. ..... 34534

Comissão de Finanças e Tributação, 14ª Reu-nião (Ordinária), em 15-6-11 e 15ª Reunião (Extra-ordinária), em 15-6-11. .......................................... 34536

SEÇÃO II

7 – ATOS DO PRESIDENTE

a) Dispensar: Alvaro Junior Paiva Oliveira, Débora Andrade Cavalcanti, Gerson Miranda, San-dra Barbosa Barretos Moraes, Virginia Queiroz Alves. 34543

b) Designar: Alvaro Junior Paiva Oliveira, Gerson Miranda, Sandra Barbosa Barretos Moraes, Virginia Queiroz Alves............................................ 34544

c) Exonerar: Fabio Henrique de Medeiros Sousa, Flavia Aparecida Ribeiro, Maria Silvana de Siqueira Almeida Reis, Olbia Cristina Ribeiro, Pau-lo Roberto Lima Pinheiro, Tiago Cesar Resende de Oliveira. .................................................................. 34544

d) Nomear: Armandio Bandeira de Souza Junior, Celia Moreira Pimenta, Flavia Aparecida Ribeiro, Lis de Oliveira, Mauro Roberto da Mata. .. 34545

8 – MESA9 – LÍDERES E VICE-LÍDERES10 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO11 – COMISSÕES

SUPLEMENTO

Decisão da Presidência sobre Recurso nº 53/2011, sairá publicada em suplemento a este Diário. ....................................................................

34294 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

SEÇÃO I

Ata da 170ª Sessão, Extraordinária, Matutina, em 30 de junho de 2011

Presidência dos Srs.: Inocêncio Oliveira, 3º Secretário; Valdir Colatto, Darcísio Perondi, Ságuas Moraes, § 2º do art. 18 do Regimento Interno

ÀS 9 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Jorge Tadeu MudalenSérgio Moraes

Partido Bloco

RORAIMA

Raul Lima PP Total de Roraima 1

PARÁ

Beto Faro PT Cláudio Puty PT Josué Bengtson PTB PsbPtbPcdobLúcio Vale PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMiriquinho Batista PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Zequinha Marinho PSC Total de Pará 7

AMAZONAS

Francisco Praciano PT Rebecca Garcia PP Total de Amazonas 2

RONDÔNIA

Nilton Capixaba PTB PsbPtbPcdobTotal de Rondônia 1

ACRE

Henrique Afonso PV PvPpsSibá Machado PT Total de Acre 2

TOCANTINS

Ângelo Agnolin PDT Lázaro Botelho PP Total de Tocantins 2

MARANHÃO

Lourival Mendes PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Maranhão 1

CEARÁ

André Figueiredo PDT Ariosto Holanda PSB PsbPtbPcdobDanilo Forte PMDB Mauro Benevides PMDB Vicente Arruda PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Ceará 5

PIAUÍ

Assis Carvalho PT Jesus Rodrigues PT Total de Piauí 2

RIO GRANDE DO NORTE

Fátima Bezerra PT Total de Rio Grande do Norte 1

PARAÍBA

Romero Rodrigues PSDB Total de Paraíba 1

BAHIA

Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPtbPcdobEdson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdobFábio Souto DEM Fernando Torres DEM José Nunes DEM Valmir Assunção PT Total de Bahia 7

MINAS GERAIS

Antônio Andrade PMDB Eduardo Barbosa PSDB Eros Biondini PTB PsbPtbPcdobGabriel Guimarães PT Jairo Ataide DEM Lael Varella DEM Marcos Montes DEM Vitor Penido DEM Total de Minas Gerais 8

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34295

RIO DE JANEIRO

Alfredo Sirkis PV PvPpsArolde de Oliveira DEM Dr. Adilson Soares PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDr. Aluizio PV PvPpsGlauber Braga PSB PsbPtbPcdobJair Bolsonaro PP Jandira Feghali PCdoB PsbPtbPcdobNelson Bornier PMDB Washington Reis PMDB Total de Rio De Janeiro 9

SÃO PAULO

Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdobArnaldo Jardim PPS PvPpsBruna Furlan PSDB Carlinhos Almeida PT Dimas Ramalho PPS PvPpsJoão Dado PDT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdobLuiza Erundina PSB PsbPtbPcdobMarcelo Aguiar PSC Otoniel Lima PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPaulo Freire PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslWalter Ihoshi DEM Total de São Paulo 12

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB Total de Mato Grosso 1

GOIÁS

Flávia Morais PDT Pedro Chaves PMDB Sandro Mabel PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Goiás 3

PARANÁ

Alex Canziani PTB PsbPtbPcdobAlfredo Kaefer PSDB Fernando Francischini PSDB Moacir Micheletto PMDB Osmar Serraglio PMDB Zeca Dirceu PT Total de Paraná 6

SANTA CATARINA

Carmen Zanotto PPS PvPpsJorge Boeira PT Jorginho Mello PSDB Luci Choinacki PT Valdir Colatto PMDB Total de Santa Catarina 5

RIO GRANDE DO SUL

Danrlei De Deus Hinterholz PTB PsbPtbPcdobEnio Bacci PDT Giovani Cherini PDT Luis Carlos Heinze PP Luiz Noé PSB PsbPtbPcdobManuela D`ávila PCdoB PsbPtbPcdobPaulo Pimenta PT Pepe Vargas PT Renato Molling PP Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdobRonaldo Zulke PT Total de Rio Grande Do Sul 11

I – ABERTURA DA SESSÃO

O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 89 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

II – LEITURA DA ATA

O SR. ROMERO RODRIGUES, servindo como 2° Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Passa-se à leitura do expediente.O SR. ROMERO RODRIGUES, servindo como 1° Secretário, procede à leitura do seguinte

III – EXPEDIENTE

34296 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34297

34298 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34299

34300 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34301

34302 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34303

34304 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34305

34306 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34307

34308 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34309

34310 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34311

34312 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34313

34314 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34315

34316 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34317

34318 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34319

34320 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34321

34322 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34323

34324 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34325

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

OF. nº 145 – PP/2011 – CCJC

Brasília, 21 de junho de 2011

A Sua Excelência o SenhorDeputado Marco MaiaPresidente da Câmara dos Deputados

Assunto: encaminhamento de proposição

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para as providên-

cias regimentais cabíveis, os Projetos de Lei Comple-mentar nºs 458/2009 e 565/2010, 582/2010, apensa-dos, apreciados por este Órgão Técnico, nesta data.

Atenciosamente, – Deputado João Paulo Cunha, Presidente

Publique-se.Em 30-6-11. – Marco Maia, Presidente.

34326 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

OF. nº 146 – PP/2011 – CCJC

Brasília, 21 de junho de 2011

A Sua Excelência o SenhorDeputado Marco MaiaPresidente da Câmara dos Deputados

Assunto: encaminhamento de proposição

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-

to ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 6.868-B/2002.

Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido.

Atenciosamente, – Deputado João Paulo Cunha, Presidente

Publique-se.Em 30-6-11. – Marco Maia, Presidente.

OF. nº 147 – PP/2011 – CCJC

Brasília, em 21 de junho de 2011

A Sua Excelência o SenhorDeputado Marco MaiaPresidente da Câmara dos Deputados

Assunto: encaminhamento de proposição

Senhor Presidente,

Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-to ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, dos Projetos de Lei nºs 2.954-B/1997 e 3.803/1997, apensado.

Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-ção dos referidos projetos e parecer a eles oferecido.

Atenciosamente, – Deputado João Paulo Cunha, Presidente

Publique-se.Em 30-6-11. – Marco Maia, Presidente.

OF. nº 151 – PP/2011 – CCJC

Brasília, em 30 de junho de 2011

A Sua Excelência o SenhorDeputado Marco MaiaPresidente da Câmara dos Deputados

Assunto: encaminhamento de proposição

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-

to ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, dos Projetos de Lei nºs 6.882-A/2010 e 7.712/2010, 1.524/2010, 1.531/2011, 1.555/2011, 1.602/2011, apensados.

Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-ção dos referidos projetos e parecer a eles oferecido.

Atenciosamente, – Deputado João Paulo Cunha, Presidente

Publique-se.Em 30-6-11. – Marco Maia, Presidente

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34327

Of. 007_11 CMADS

Brasília, 29 de junho de 2011

Ao Excelentíssimo SenhorDeputado Marco MaiaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Em cumprimento ao disposto no art. 58 do Regi-

mento Interno, comunico a Vossa Excelência a apre-ciação, nesta data, do Projeto de Lei nº 549, de 2011, por este Órgão Técnico.

Solicito a Vossa Excelência autorizar a publica-ção do referido projeto e do parecer a ele oferecido.

Respeitosamente, – Deputado Giovani Cherini, Presidente.

Publique-se.Em 30-6-11. – Marco Maia, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 1.746, DE 2011 (Da Comissão de Legislação Participativa)

SUGESTÃO Nº 168/2009

Altera dispositivos do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Códi-go Penal.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei altera dispositivos do Decreto-Lei

no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, e revoga o §2o do art. 60 do mesmo diploma legal.

Art. 2º O art. 22 do Decreto-lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 22. Se o fato é cometido sob coação moral irresistível ou em estrita obediência a or-dem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico em âmbito público ou privado, só é punível o autor da coação ou da ordem.” (NR)

Art. 3º O caput do art. 46 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar com a se-guinte redação:

“Art. 46. A prestação de serviços à co-munidade ou a entidades públicas é aplicável a toda e qualquer condenação à privação da liberdade.

.........................................................” (NR)

Art. 4º O art. 155 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguin-te redação:

“Art. 155. ................................................................................................................

§ 2º Se o criminoso é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, a pena é de detenção de seis meses a dois anos e multa e não se aplica o disposto no parágrafo anterior.

§ 2º-A Na hipótese prevista no parágra-fo anterior, somente se procede mediante re-presentação e o juiz poderá aplicar somente a pena de multa.

......................................................... (NR)”

Art. 5º Fica revogado o § 2º do art. 60 do Decreto--Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

No intuito de contribuir para o aperfeiçoamento do ordenamento jurídico pátrio, o Conselho de Defesa Social de Estrela do Sul ofereceu a esta Câmara dos Deputados sugestão de projeto de lei (aqui identifi-cada pelo número 168, de 2009) cujo teor contempla o esboço de propostas de modificação legislativa no âmbito do nosso direito penal e das normas vigentes sobre a execução penal.

Por se mostrar viável e meritória uma parcela do conteúdo da mencionada proposição, esta é trans-formada no presente projeto de lei de iniciativa desta Comissão de Legislação Participativa, o qual, sem dúvida, deve prosperar.

Solicita-se, pois, o apoio dos nobres Pares para aprovação deste projeto de lei.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Vitor Paulo, Presidente.

SUGESTÃO No 168, DE 2009 (Do Conselho de Defesa Social de Estrela do Sul)

Sugere Projeto de Lei para alterar a redação dos arts. 16, 22, 43, 44, 51,100 e 155 e revogar o art. 46 e o § 2o do art. 60 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, que institui o Código Penal.

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

I – Relatório

Encontra-se nesta Comissão a Sugestão no 168, de 2009, de iniciativa do Conselho de Defesa Social de Estrela do Sul, em sede da qual se propõe a edição de lei ordinária destinada a acrescentar, modificar e revogar dispositivos do Código Penal (Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940).

De acordo com o teor da mencionada proposição, são sugeridas medidas legislativas que tratariam de:

34328 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

I) definir, por intermédio de dispositivo a ser acres-cido ao texto do aludido diploma legal, infração penal, qualificando-a como fato antijurídico e culpável;

II) explicitar, por meio de alteração do art. 22 do Código Penal, que a superioridade hierárquica na hipó-tese de exclusão de punibilidade prevista no dispositivo em questão – fato cometido sob coação irresistível ou em obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico – poderá ser de natureza pública ou privada e ainda que a coação de que se trata no texto do mesmo artigo é a de ordem moral;

III) instituir, como novas penas restritivas de direi-to no âmbito do art. 43 do Código Penal, as seguintes:

a) advertência na hipótese de contra-venções penais;

b) prisão domiciliar, desde que estabele-cida a vigilância por meio eletrônico;

c) reparação do dano;d) semidetenção, que seria o recolhimen-

to do condenado em estabelecimento penal no período de sexta-feira à noite até a segunda--feira subsequente pela manhã;

e) publicação da sentença, teor da tran-sação penal ou denúncia em jornal de gran-de circulação ou outro meio de comunicação equivalente;

f) perda de cargo, função, emprego ou mandato públicos se é praticado crime doloso em razão do exercício respectivo;

g) deserdação na hipótese de crime do-loso praticado contra ascendente;

h) perda do poder familiar;i) impedimento por dez anos de partici-

par de licitação, contratar, exercer cargo, fun-ção ou emprego públicos, ainda que tenha se submetido a concurso público destinado ao provimento deles, bem como de obter subsí-dios, empréstimos, subvenções e doações do Poder Público;

IV) estabelecer, mediante alteração do inciso I do art. 43 do Código Penal que, na hipótese de aplicação da pena restritiva de direito de prestação pecuniária, os valores dela objeto reverterão preferencialmente para a vítima ou seus familiares;

V) autorizar, mediante parágrafo a ser acrescido ao art. 43 do Código Penal, a conversão da pena pri-vativa de liberdade a ser cumprida em regime aber-to, inclusive o tempo restante a ser cumprido em tal regime, em penas ditas alternativas, que seriam as restritivas de direito e de multa, desde que o réu não seja reincidente, não tenha cometido crime hediondo

ou com grave violência física ou ainda grave ameaça à vítima e ainda tenha reparado o dano;

VI) estabelecer, mediante três parágrafos a serem acrescidos ao art. 44 do Código Penal, que:

a) na hipótese de prisão em flagrante, o autor do suposto fato deverá ser posto em liberdade em caráter imediato logo após as providências exigidas por lei se se tratar em tese de crime cuja prática admite punição por intermédio apenas de penas ditas alternativas, que seriam as restritivas de direito e de multa;

b) a União e os Estados deverão implan-tar, com apoio dos Municípios e entidades da sociedade civil, centros de acompanhamento do cumprimento das penas ditas alternativas;

c) as penas restritivas de direito e de multa deverão ser aplicadas proporcionalmente às privativas de liberdade previstas em cada tipo penal;

VII) revogar o caput do art. 46 do Código Penal, cujo teor atualmente assevera ser a prestação de ser-viços à comunidade ou a entidades públicas aplicável apenas às condenações superiores a 6 (seis) meses de privação da liberdade;

VIII) revogar o § 2o do art. 60 do Código Penal, cuja redação estatui atualmente que a pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, poderá ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 do mesmo diplo-ma legal;

IX) estabelecer, mediante parágrafo a ser acres-cido ao art. 100 do Código Penal, que o membro do Ministério Público, verificando que o fato não tem re-levância jurídica na esfera penal ou que incidem na hipótese evidentemente excludente de ilicitude ou cul-pabilidade ou ainda que se trata de caso sujeito a per-dão judicial, poderá promover de modo fundamentado o arquivamento e comunicar ao respectivo Conselho Superior, o qual, discordando do ato, determinará que outro membro do Parquet atue no caso concreto;

X) estabelecer que, na hipótese de furto de que trata o caput do art. 155 do Código Penal, a pena privativa de liberdade aplicável será de detenção ao invés de reclusão e ainda que, se a coisa furtada for de valor inferior a um salário mínimo, proceder-se-á mediante representação;

XI) estatuir, por meio de acréscimo de parágrafo ao art. 51 do Código Penal, que será competente para a execução da pena de multa o juiz criminal, caben-do ao Ministério Público a legitimidade para propô-la;

XII) modificar a designação oferecida ao art. 16 do Código Penal, cuja redação atualmente é “Arrepen-

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34329

dimento posterior” e passaria ser “Arrependimento pos-terior e reparação do dano” com vistas a se dar ênfase à reparação do dano relacionada ao arrependimento posterior como redutor de pena.

Em suma, argumenta-se, para justificar a ma-téria, que as modificações legislativas sugeridas te-riam o condão de aperfeiçoar o nosso ordenamento jurídico-penal.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme prevê o disposto no art. 254 do Re-gimento Interno com a redação que lhe foi dada pela Resolução no 21, de 2001, cumpre a esta Comissão de Legislação Participativa apreciar e se pronunciar sobre a sugestão em tela.

Na ocasião de sua apresentação, foram cumpri-dos os requisitos previstos no art. 2o do Regulamento Interno da Comissão de Legislação Participativa, se-gundo o que foi oportunamente atestado pela respec-tiva Secretária.

A matéria objeto da sugestão mencionada (modi-ficações de disposições legais vigentes), por sua vez, encontra-se compreendida na competência da União para legislar, sendo legítima a iniciativa e adequada a elaboração de lei ordinária para daquela tratar (Art. 22, caput e inciso I; Art. 24, caput e inciso I; Art. 48, caput; e Art. 61, caput, todos dispositivos da Consti-tuição Federal).

Observa-se no âmbito da sugestão legislativa sob exame, todavia, alguns óbices pertinentes aos aspec-tos de constitucionalidade material e de juridicidade.

Com efeito, não se pode perder de vista que de-terminar mediante lei federal que o Poder Executivo ou Judiciário da União e outros entes da Federação criem – em parceria ou não com entidades da socie-dade civil – órgãos ou unidades administrativas des-tinadas especificamente a acompanhar e controlar o cumprimento das penas restritivas de direito é medida que, sem dúvida, afrontaria o texto constitucional por desrespeitar o princípio da separação dos Poderes assim como a organização federativa brasileira.

De outra parte, não se coadunariam com a or-dem infraconstitucional em vigor parcela das novas penas restritivas de direito que foram sugeridas para integrar o rol de caráter geral de que trata o art. 43 do Código Penal.

Veja-se que a reparação do dano pelo condena-do não deve ser havida como pena restritiva de direito. Para cumprir tal finalidade, já há a prestação pecuniá-ria, que serviria de mecanismo hábil para se proceder à reparação mencionada à vítima ou seus familiares. De outra parte, lembre-se que ela já constitui efeito

genérico da condenação, a qual torna certa a obriga-ção de o agente indenizar o dano causado pelo crime cometido. Por seu turno, registre-se que a lei penal também cuida de ostentar benefícios destinados ao réu que promover a reparação de dano. Assim, na suspensão condicional da pena e no livramento condi-cional, o criminoso deve reparar o dano para obter tais benefícios, salvo absoluta impossibilidade de fazê-lo, tudo à vista do que estabelecem os artigos 81, inciso II, e 83, inciso IV, todos do Código Penal.

A medida de semidetenção sugerida – na qual o condenado se sujeitaria ao recolhimento em esta-belecimento penal no período compreendido entre as noites de sexta-feira e as manhãs de segunda-feira –, por sua vez, afigura-se descabida, posto que, em verda-de, reproduziria em grande medida os efeitos da pena de limitação de fim de semana, a qual sabidamente já tem, entre seus objetivos, o de restringir a liberdade do condenado em dias de sábado e domingo.

Outrossim, a medida de prisão domiciliar proposta também não deve integrar o rol das penas restritivas de direito admitidas pelo Código Penal. Ora, ela jamais poderá se revestir de tal natureza jurídica, visto se tratar, como a própria designação já indicaria, evidentemente de hipótese de pena privativa de liberdade.

Com relação à advertência vista como possível pena restritiva de direito aplicável no caso de contra-venções penais, assinale-se que ela não se compa-tibiliza a orientação de um direito penal, que requer consequências graves para as condutas tipificadas como infrações penais e não uma simples admoes-tação, que normalmente será havida como bastante branda, mesmo no que concerne à repressão de con-travenções penais. Apenas para ilustrar, vale imaginar o quão brando seria tal tratamento quando aplicado a contraventores do “jogo do bicho”.

Idêntica afirmação pode ser feita pela mesma razão à publicação da sentença, teor da transação penal ou denúncia em jornal de grande circulação ou outro meio de comunicação equivalente, devendo ser ressaltado que tal medida, além de ser considerada, por vezes, muito branda, parece afrontar, como forma de execração pública, o disposto no inciso X do art. 5.º da Constituição Federal, que estatui que “são inviolá-veis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

No que diz respeito à alteração pretendida para o inciso I do art. 43 do Código Penal de modo a explicitar que a prestação pecuniária de que trata tal dispositivo será destinada preferencialmente à vítima do crime ou seus familiares, mencione-se que também se mostra descabida em razão de seu conteúdo já decorrer ne-

34330 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

cessariamente do disposto nos §§ 1o e 2o do art. 45 do mesmo diploma legal referido, que asseveram que: a) a prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importân-cia fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mí-nimos; b) o valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários; e c) que em tal hipótese, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecu-niária pode consistir em prestação de outra natureza.

Quanto à regra legal sugerida para determinar que, na aplicação das penas restritivas de direito e de multa, seja observada uma proporcionalidade em relação às penas privativas de liberdade previstas no tipo penal, impende mencionar que tal medida se afi-gura injurídica em razão de, além de criar parâmetros de difícil observância na prática pelos órgãos judiciais, desconsiderar a natureza jurídica diferente das diver-sas penas aludidas, bem como os judiciosos critérios já estabelecidos para a fixação do quantum delas em cada caso concreto, que obviamente se fazem neces-sários para a concretização do princípio constitucional da individualização da pena.

Também não se coadunaria com a ordem jurídi-ca a medida sugerida segundo a qual o membro do Ministério Público, verificando que o fato não tem rele-vância jurídica na esfera penal ou que incidem na hipó-tese excludente de ilicitude ou culpabilidade ou ainda que se trata de caso sujeito a perdão judicial, poderá promover de modo fundamentado o arquivamento e comunicar ao Conselho Superior, o qual, discordando deste ato, determinará que outro membro do Parquet para atuar no caso concreto.

Com efeito, tal sistemática não se compatibilizaria o nosso sistema penal, em que se observa a separa-ção entre as funções distintas de quem apura a infra-ção penal (delegado de polícia), promove a acusação (membro do Ministério Público) e de quem julga (juiz ou tribunal).

Não há dúvida de que, se o membro do Ministério Público puder formular o juízo em todas as hipóteses referidas conforme se sugere, abstendo-se, com ful-cro nele, de oferecer a denúncia num ou noutro caso concreto, estaria substituindo o órgão julgador em sua função precípua e antecipando hipoteticamente o resultado da prestação jurisdicional na esfera penal.

Quanto às demais medidas legislativas elencadas no seio da sugestão sob análise, impende assinalar que não padecem de vícios de inconstitucionalidade e injuridicidade, mas apenas parte delas, como adiante se verá pelas razões então oferecidas, revelam-se me-

ritórias e, assim, merecem prosperar sob a forma de iniciativa legislativa de autoria desta Comissão.

Com efeito, mostra-se conveniente que seja pro-movida a alteração sugerida do art. 22 do Código Penal a fim de se explicitar de modo adequado e útil para a exegese desse dispositivo que a superioridade hierár-quica na hipótese de exclusão de punibilidade prevista no dispositivo em questão – fato cometido sob coação irresistível ou em obediência a ordem não manifesta-mente ilegal de superior hierárquico – poderá ser de natureza pública ou privada e ainda que a coação de que nele se trata é de ordem moral e não, por exem-plo, de natureza física.

De outra parte, afigura-se relevante acolher a proposta de se permitir que a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, hipótese de pena restritiva de direito prevista em nosso ordena-mento jurídico-penal, seja aplicável, pelo seu caráter educativo, a toda e qualquer condenação à privação da liberdade e não apenas àquelas que contemplem restrição à liberdade superior a seis meses. Contudo, tal medida deve ser concebida sob a forma de revo-gação do §2o do art. 60 do Código Penal, tal como foi sugerida, cumulada com alteração do caput do art. 46 do mesmo diploma legal, e não com a simples revo-gação deste dispositivo, como se mencionou no bojo da proposição sob análise.

À vista de sugestão realizada no sentido de se abrandar o tratamento penal conferido aquele que pra-tica o crime de furto, julga-se que se revela apropriado apenas fazê-lo no que refere especificamente ao delito da aludida natureza que possa ser caracterizado como modalidade privilegiada, segundo o disposto no §2o do art. 155 do Código Penal. Nesse sentido, vale ultimar proposta que estabeleça que, em tal hipótese, incidirá abstratamente a pena de detenção de seis meses a dois anos e se procederá mediante representação, ou seja, a ação penal cabível será pública condicionada.

Já a sugestão de se definir infração penal por intermédio de dispositivo a ser acrescido ao texto do Código Penal não merece acolhida no âmbito desta Comissão. Ora, tendo em vista que o Código Penal trata apenas de crimes e que suas disposições são aplicáveis a outras espécies de infrações de natureza penal tão somente por força do disposto em outras leis, obviamente não é apropriado que, por dispositivo do mencionado diploma legal, proceda-se à aludida definição jurídica.

E, ainda que se tratasse apenas de se definir o que é crime, também isto não seria louvável, eis que os doutrinadores do direito penal já se ocupam de tal tarefa e a sua positivação não traria contribuição sen-

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34331

sível para a exegese das leis penais, mas, pelo contrá-rio, poderia introduzir mais dificuldades neste campo.

No que concerne à sistemática legal sugerida segundo a qual se admitiria a conversão da pena pri-vativa de liberdade a ser cumprida em regime aberto, inclusive o tempo restante a ser cumprido em tal regi-me, em penas ditas alternativas (desde que o réu não seja reincidente, não tenha cometido crime hediondo ou com grave violência física ou ainda grave ameaça à vítima e tenha reparado o dano), aqui entendidas como as restritivas de direito previstas em lei, assinale--se que, apesar do intuito evidentemente louvável, tal providência não merece prosperar, eis que a Lei de Execução Penal já assegura a faculdade de o juiz es-tabelecer, em cada caso concreto, as condições para o cumprimento de pena privativa de liberdade em regime aberto, oportunidade em que tal autoridade pode fixá--las de modo que contemple o que pode ser exigido no cumprimento das penas restritivas de direito.

Quanto à sugestão de previsão legal como nova pena restritiva de direito da perda de cargo, função, emprego ou mandato públicos em razão da prática de crime doloso no respectivo exercício, vê-se ser desnecessária ou mesmo descabida tal medida, uma vez que o próprio Código Penal já estatui em seu art. 92, inciso I, que constituirá efeito da condenação a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tem-po igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.

Idêntica afirmação se aplica à previsão legal su-gerida da perda do poder familiar no âmbito do rol das penas restritivas de direito de que trata o art. 43 do Código Penal, visto que este diploma legal já estabe-lece em seu art. 92, inciso II, que também constituirá efeito da condenação a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado, havendo ainda a possibilidade de a medida ser aplicada na esfera cível em virtude de infrações decorrentes de inobservância de deveres e obrigações dos pais previstos no âmbito do Código Civil e do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990).

Afigura-se também descabido acolher, como pro-posta de pena restritiva de direito, a deserdação na hipó-tese de crime cometido contra ascendente ou autor da herança, uma vez que o Código Civil já ostenta solução em âmbito apropriado para o tratamento de matérias dessa natureza, ou seja, no seio de nosso direito civil,

determinando, pois, que serão excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários que a) houverem sido au-tores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; b) houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companhei-ro; c) por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

Nessa mesma linha de raciocínio, não merece ser aproveitada, como proposta de nova pena restri-tiva de direito para integrar o rol do art. 43 do Código Penal, o impedimento por dez anos de participar de licitação, contratar, exercer cargo, função ou emprego públicos, ainda que se tenha se submetido a concurso público destinado ao provimento deles, bem como de obter subsídios, empréstimos, subvenções e doações do Poder Público.

Ora, a aplicação, por hipótese, de tal penalida-de somente se mostra conveniente e adequada sob a ótica penal apenas nos crimes contra a administração pública e fatos assemelhados. Logo, tal impedimento não deve integrar um rol de penas restritivas de direito de aplicação geral em todos e quaisquer crimes. Além disso, é de se verificar a virtual desnecessidade da medida, visto que a lei que dispõe sobre improbidade administrativa (Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992) já prevê como sanção aplicável a agentes públicos em relação a fatos como tal nela definidos a proibição de se contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indireta-mente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário pelos prazos que variam de três a dez anos, conforme a espécie de improbidade administrativa.

No que diz respeito à sugerida medida de se tor-nar o juiz criminal competente para a execução da pena de multa e de, ao lado disso, conferir-se ao Ministério Público a legitimidade para propô-la, vislumbra-se que igualmente não merece acolhida, haja vista que a na-tureza jurídica da pena de multa, no caso de inadim-plemento, transmuda-se para dívida de valor – já que restou afastada materialmente por força constitucional e formalmente em virtude de alteração do art. 51 do Código Penal (levada a cabo por intermédio da Lei no 9.268, de 1o de abril de 1996), na aludida hipótese, a possibilidade de conversão da pena de multa em de-tenção – e, assim, afigura-se apropriado que lhe sejam aplicadas as normas da legislação relativa à dívida ativa e ainda que recaia sobre os ombros da fazenda

34332 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

pública correspondente a obrigação em relação à re-cuperação do crédito.

Registre-se, finalmente, quanto à sugestão de se modificar a designação oferecida ao art. 16 do Código Penal (a fim a redação atual “Arrependimento posterior” seja substituída por “Arrependimento posterior e repa-ração do dano”), que também não merece vingar, visto que não traria qualquer contribuição para a exegese de tal dispositivo que, ao tratar do arrependimento posterior como possível redutor de penas, apenas estatui como requisito necessário para a obtenção de tal vantagem que, além de o crime ter sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa, o agente tenha, por ato voluntário, reparado o dano ou restituído a coisa até o recebimento da denúncia ou queixa.

Diante de todo o exposto, vota-se, com funda-mento no disposto no art. 254 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, pelo acolhimento da Su-gestão no 168, de 2009, de autoria do Conselho de Defesa Social de Estrela do Sul, mediante a respectiva transformação em projeto de lei de iniciativa desta Co-missão, nos termos do texto cujo teor segue em anexo.

Sala da Comissão, 2011. – Deputado Dr. Grilo, Relator.

PROJETO DE LEI No , DE 2011 (Da Comissão de Legislação Participativa)

Altera dispositivos do Decreto-lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Códi-go Penal.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1o Esta Lei altera dispositivos do Decreto-Lei

no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, e revoga o § 2o do art. 60 do mesmo diploma legal.

Art. 2o O art. 22 do Decreto-lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 22. Se o fato é cometido sob coação moral irresistível ou em estrita obediência a or-dem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico em âmbito público ou privado, só é punível o autor da coação ou da ordem.” (NR)

Art. 3o O caput do art. 46 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar com a se-guinte redação:

“Art. 46. A prestação de serviços à co-munidade ou a entidades públicas é aplicável a toda e qualquer condenação à privação da liberdade.

.........................................................” (NR)

Art. 4o O art. 155 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguin-te redação:

“Art. 155. ............................................................................................................§ 2o Se o criminoso é primário e é de

pequeno valor a coisa furtada, a pena é de detenção de seis meses a dois anos e multa e não se aplica o disposto no parágrafo anterior.

§ 2o-A Na hipótese prevista no parágra-fo anterior, somente se procede mediante re-presentação e o juiz poderá aplicar somente a pena de multa.

......................................................... (NR)”

Art. 5o Fica revogado o § 2o do art. 60 do Decreto--Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940.

Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

No intuito de contribuir para o aperfeiçoamento do ordenamento jurídico pátrio, o Conselho de Defesa Social de Estrela do Sul ofereceu a esta Câmara dos Deputados sugestão de projeto de lei (aqui identifi-cada pelo número 168, de 2009) cujo teor contempla o esboço de propostas de modificação legislativa no âmbito do nosso direito penal e das normas vigentes sobre a execução penal.

Por se mostrar viável e meritória uma parcela do conteúdo da mencionada proposição, esta é trans-formada no presente projeto de lei de iniciativa desta Comissão de Legislação Participativa, o qual, sem dúvida, deve prosperar.

Solicita-se, pois, o apoio dos nobres Pares para aprovação deste projeto de lei.

Sala das Sessões, de de 2011. – Deputado Vitor Paulo, Presidente.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Legislação Participativa, em reu-nião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente a Sugestão nº 168, de 2009, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Dr. Grilo.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Vitor Paulo – Presidente, Edivaldo Holanda Ju-

nior e Dr. Grilo – Vice-Presidentes, Glauber Braga, Luiz Fernando Machado, Luiza Erundina, Paulo Magalhães, Paulo Pimenta, Roberto Britto, Ságuas Moraes, Marina Santanna, Miriquinho Batista e Paulo Rubem Santiago.

Sala da Comissão, 29 de junho de 2011. – Deputado Vitor Paulo, Presidente.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34333

INDICAÇÃO Nº 813, DE 2011 (Da Comissão de Ciência e Tecnologia,

Comunicação e Informática)

Sugere ao Ministro das Comunicações a prorrogação da Consulta Pública nº 23, de 2011, da Agência Nacional de Telecomu-nicações (ANATEL).

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunicações:Conforme requerimento do deputado Sandro Alex

aprovado por este colegiado, sugerimos a prorrogação da Consulta Pública nº 23, de 2011, da Agência Nacio-nal de Telecomunicações (ANATEL), com Proposta de Edital de Licitação para a Expedição de Autorização de Uso de Segmentos de Radiofrequências na Subfaixa de 3.400 MHz a 3.600 MHz para Exploração do Ser-viço de Comunicação Multimídia – SCM, do Serviço Telefônico Fixo Comutado Destinado ao Uso do Público em Geral – STFC e do Serviço Móvel Pessoal – SMP.

Justificação

A Agência Nacional de Telecomunicações (ANA-TEL) aprovou proposta de consulta pública para o Edi-tal de Licitação para a Expedição de Autorização de Uso de Segmentos de Radiofrequências na Subfaixa de 3.400 MHz a 3.600 MHz.

Sabemos da importância da atualização destas regras e compartilhamos da idéia de democratização das prestadoras deste tipo de serviços. Entretanto, no caso específico da Consulta Pública 23/2011, que especificamente trata da licitação de frequências para exploração de serviços de banda larga, o chamado Wi-Max, entendemos que o assunto merece a atenção e preocupação desta Comissão.

A nossa preocupação se justifica pelo fato de que as “parabólicas” utilizam a frequência de 3,5 GHz, que corresponde a freqüência adjacente utilizada pelo ser-viço de telecomunicações “WiMax” (acesso a internet sem fio).

Temos conhecimento, embora os estudos não te-nham sido publicados, que a Anatel já fez testes com o “WiMax” em 3,5 GHz, mas utilizando a potência de 2W. Acontece que a nova norma da ANATEL permite que o “WiMax” opere com potência de até 30 W. Nesta oportunidade, a ANATEL está fazendo uma licitação para vender 565 (quinhentos e sessenta e cinco) no-vos lotes de “WiMax”, em todo o Brasil.

Como decorrência, as emissoras de TV têm sofri-do sérios problemas de interferência nas suas transmis-sões de banda C, a mesma frequência das parabólicas.

Assim, a preocupação é que efetivamente as transmissões do “WiMax”, interfiram também nas 22 milhões de parabólicas domésticas existentes no país.

Por medida de cautela, entende-se que a ANA-TEL realize novos testes com o serviço em potências elevadas de até 30 W, como pretende liberar para operacionalização no Brasil e, não apenas liberar a operação desta potência, com testes efetivados a 2 W.

Portanto, solicitamos à ANATEL sejam realizados novos testes como supra-referido antes da liberação da licitação, adiando, via de consequência, o prazo inicial da Consulta Pública 23/2011 e prorrogando, portanto, o seu prazo final para data posterior ao término dos testes sugeridos para segurança da população.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Bruno Araújo, Presidente.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 727 , DE 2011

(Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle)

Solicita ao Ministro de Estado dos Es-portes, informações detalhadas das licita-ções, projetos e execução de obras, com as devidas ações realizadas, ocorrências e irregularidades constatadas e eventuais providências saneadoras pertinentes à re-alização da Copa do Mundo de 2014.

Senhor Presidente:Com fundamento nos artigos 50, § 2º, da Constitui-

ção da República, 115, I, e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro, ouvida a Mesa, seja encaminhado ao Ministro de Estado dos Esportes, pe-dido de informações, constando detalhadamente as lici-tações, projetos e execução de obras, ações realizadas, ocorrências e irregularidades constatadas, sugestões, determinações e providencias saneadoras, andamento dos trabalhos e projeções de conclusão, relativamente a cada uma das obras constantes da matriz pertinente à realização do evento Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Acrescento que as informações solicitadas de-correm da aprovação, no plenário desta Comissão, do Requerimento nº 83/2011, de autoria do Deputado João Dado e outros (cópia anexa), aprovado na reu-nião ordinária do dia 15-6-2011.

Sala das Comissões, 30 de Junho de 2011. – Deputado Sérgio Brito, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Agrade-cemos ao Deputado Romero Rodrigues, do PSDB da Paraíba, a leitura da ata.

O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Finda a leitura do expediente, passa-se às

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IV – BREVES COMUNICAÇÕESConcedo a palavra ao Sr. Deputado Romero Ro-

drigues. S.Exa. dispõe de 1 minuto.O SR. ROMERO RODRIGUES (PSDB-PB. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, de forma rápida e objetiva, gostaria de registrar, com alegria, os feste-jos juninos que acontecem no Nordeste brasileiro. No Estado da Paraíba, esses festejos tomam um contor-no todo especial, sobretudo na cidade de Campina Grande, com o maior São João do Mundo, realizado no Parque do Povo.

Esse evento foi fruto da idealização, da criativida-de do poeta e ex-Prefeito da cidade, Ronaldo Cunha Lima, que fez com que hoje essa marca fosse desta-que em âmbito nacional.

Ainda gostaria de enaltecer um festival que tam-bém foi iniciado no Estado, no ano de 1988, criado pe-las instituições que compreendem a Rede Paraíba de Comunicação —TV Cabo Branco, TV Paraíba, Rádio Cabo Branco FM e, ainda, Jornal da Paraíba – e, no ano de 1991, foi denominado Forró Fest.

É um festival que tomou dimensões nacional-mente e tem como objetivo incentivar a constituição de novos talentos da cultura de nossa terra, sobretudo do Nordeste brasileiro, especificamente do forró. Esse festival também visa homenagear, com o Troféu Asa Branca, cantores que se destacaram no País.

Era só isso, Sr. Presidente. Um abraço a todos e fiquem com Deus.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Obriga-

do a V.Exa.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Nordes-te, e em especial a Paraíba, viveram, durante todo este mês de junho, as comemorações dos festejos juninos, que celebram os Santos Antônio, João e Pedro, tão queridos na religiosidade popular.

Essas festas, além de louvar os santos citados, são uma forma de agradecimento do homem do cam-po pela fartura das colheitas, principalmente do milho, consumido em forma das tradicionais pamonha e can-jica. Em Campina Grande, um evento que é realizado desde 1983, tornou-se o mais representativo dessas festas: O Maior São João do Mundo, criado pela sensi-bilidade de poeta do ex-Prefeito Ronaldo Cunha Lima.

O Maior São João do Mundo transformou-se numa das maiores manifestações culturais do Brasil e, não é exagero dizer, irradiou sua alegria e reacen-deu o espírito de se celebrar as tradições juninas em todos os recantos de nosso Nordeste.

São inúmeras as representações de nossas tradi-ções culturais nesse período e muitos os que, ao longo de todos esses anos, se preocuparam em divulgá-las e, principalmente, preservá-las, em suas raízes e valo-res mais legítimos. Como manifestação maior, genuína dos festejos de São João, destaca-se o forró, gênero musical típico que canta as coisas e a gente de nos-sa terra, difundido, divulgado e exaltado por grandes nomes da música brasileira, entre os quais o principal deles é Luiz Gonzaga, além de Jackson do Pandeiro, Sivuca, Marinês e nomes da atualidade como Elba Ramalho, Fagner, Gilberto Gil, Genival Lacerda, João Gonçalves, Nando Cordel, Capilé, Dominguinhos, Al-ceu Valença, Zé Ramalho, Antonio Barros e Cecéu, Flávio José, entre tantos outros. E foi com o objeti-vo de divulgar, valorizar e preservar a nossa cultura, descobrir novos talentos e homenagear os grandes valores da cultura forrozeira que a Rede Paraíba de Comunicação, formada pela TV Paraíba Canal 3, TV Cabo Branco Canal 7, Rádio Cabo Branco FM e Jornal da Paraíba, criou, em 1988, inicialmente chamado de Forraço, aquele que passou a ser o maior festival de música nordestina do Brasil: o Forró Fest, nome pelo qual passou a ser chamado a partir de 1991.

Evento consagrado e já integrado ao calendário d’o Maior São João do Mundo, o Forró Fest realiza quatro eliminatórias em diversos Municípios da Pa-raíba e a grande finalíssima no Parque do Povo, área que concentra os festejos em Campina Grande, quan-do ocorre a maior afluência de público para prestigiar e torcer pela vitória de seu artista preferido e assistir aos shows de encerramento, sempre com os maiores artistas de nossa música. Além de revelar novos ta-lentos da música regional, o Forró Fest recebe, a cada ano, um número sempre maior de inscritos, atraindo artistas e bandas de todos os lugares do País que se interessam e apreciam o nosso ritmo.

O Forró Fest busca também incentivar e divul-gar os artistas e bandas da nossa região. Tanto que já passaram pelo festival nomes como Ton Oliveira, Amazan, Biliu de Campina, Banda Cabrueira, Oliveira de Panelas e Pinto do Acordeon.

O impulso à carreira dos participantes é dado com o lançamento de CDs, com as doze músicas se-lecionadas em cada edição do festival e a exibição, pelas TVs Cabo Branco e Paraíba, de um compacto após cada etapa e com o show da etapa final, onde são apresentados os vencedores, também agraciados com prêmios.

Para complementar o compromisso do festival com os nossos valores culturais, a organização do Forró Fest instituiu, em 1991, o Troféu Asa Branca, que visa homenagear todos aqueles que contribuíram com a

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cultura nordestina, os grandes mestres, responsáveis por nossa riqueza musical, com a divulgação do nosso forró. Já foram agraciados com o Troféu Asa Branca os seguintes nomes: Marinês (in memoriam); Jackson do Pandeiro (in memoriam); Geraldo Correia; Antonio Barros e Cecéu; Rosil Cavalcanti (in memoriam); Zé Calixto; Cátia de França; Fuba de Taperoá; Biliu de Campina; João Gonçalves; Sivuca (in memoriam) e Glorinha Gadelha; Diomedes, o Dedo de Ouro (in me-moriam); Manoel Serafim e Chico César; Benedito do Rojão; Zabé da Loca; Pinto do Acordeon; Manuelzinho Silva; Dejinha de Monteiro; Amazan; Pinto de Monteiro e, em sua edição de 2011, o artista campinense Capilé.

Assim, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, inegável a importância da realização do Forró Fest para divulgar as manifestações culturais de nossa cidade, de nosso Estado e de nossa região em suas manifes-tações mais legítimas.

São iniciativas como essa, da Rede Paraíba de Comunicação, em promover um festival de música re-gional que é referência em todo o Brasil que ajudou a consolidar a nossa festa maior, que lançou vários ar-tistas e consagrou a carreira de outros, que divulga e preserva o que temos de melhor em nossas tradições culturais, que reafirma a musicalidade, a capacidade criativa e a pujança do povo campinense e paraibano, que são dignas do apoio e do agradecimento de todos.

Quero externar os votos de congratulações, pelo sucesso continuado, em nome dos colegas da bancada paraibana no Congresso Nacional, a todos os organi-zadores do Forró Fest, em especial aos dirigentes da Rede Paraíba de Comunicação, o que faço nas pes-soas dos seus dirigentes: Eduardo Carlos, Presidente; Guilherme Lima, Superintendente; e Lauriston Pinheiro, Gerente de Marketing.

Muito obrigado.O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT-BA. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, faço aqui dois registros. O primeiro registro é que, ontem, estive em au-

diência com o Ministro Fernando Bezerra, da Integra-ção Nacional, juntamente com o Prefeito de Vitória da Conquista. Foi levada ao Ministro a reivindicação para serem feitos os estudos e o projeto básico para a cons-trução de Barragem no Rio Pardo, no Estado da Bahia.

O Ministro se comprometeu a agilizar os estudos e fazer o projeto básico para construção dessa barra-gem, para atender, com água potável, toda a região sudoeste do Estado da Bahia, que tem em torno de 1,5 milhão de habitantes e mais de 39 Municípios.

O outro registro que quero fazer é que, ontem, houve o lançamento da Frente Parlamentar em De-fesa das Comunidades Tradicionais de Terreiro. Esse lançamento foi importante porque marca a resistência

contra uma prática discriminatória que, muitas vezes, acontece contra religiões de matriz africana no Brasil.

É fundamental reafirmar e respeitar as iniciativas, o credo de qualquer pessoa, por isso o lançamento da Frente é um marco importante para esta Casa, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHA-DOS PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem, lançamos nesta Casa a Frente Parlamentar em defesa das Comunidades Tradicionais de Terreiros. A ativida-de foi um importante marco na resistência contra as práticas discriminatórias contra a religiosidade negra, justamente no ano em que a Organização das Nações Unidas estabelece – 2011 – como o Ano da População Afrodescendente.

Neste momento, estamos no esforço de concluir a tomada de assinaturas necessárias para as oficia-lidades da Câmara dos Deputados. Queremos com esta frente promover ações de fiscalização do poder executivo para a aplicação de políticas públicas pro-postas por comunidades de terreiro.

Além disso, queremos propor leis que deem às casas religiosas de matrizes africanas os mesmos tra-tamentos que outras tradições religiosas gozam em nosso País. Queremos também fortalecer o diálogo interinstitucional entre os três Poderes da República, para fazer valer as leis que defendem a liberdade re-ligiosa em nosso País, promover ações que efetivem a liberdade religiosa, tais como audiências públicas, seminários e eventos que ensejem em si a defesa do direito de culto.

O que queremos é respeito! Respeito que tan-tas vezes falta àqueles e àquelas que praticam o can-domblé, a umbanda, o omolocô, o tambor de mina, o batuque, o Xangô, entre outras manifestações. As religiões de matriz africanas são um espaço de edu-cação, cultura e religião.

Permanecemos resistindo ao longo de todos esses anos e não podemos mais seguir na invisibi-lidade. Temos que avançar e apoiar um espaço que, inclusive, presta um serviço social à comunidade em que está inserido.

Por isso é que não podemos nos furtar à res-ponsabilidade de ter uma posição proativa frente às constantes violações que o direito de culto vem sofren-do no Brasil, seja por praticantes de outras tradições religiosas, seja até mesmo por conta do aparelho do Estado, que, em nome do progresso, derruba casas antigas, como tem acontecido aqui em Brasília e na Bahia, destrói sonhos construídos ao longo de décadas, reprime com a força da arma e do cassetete, agride

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homens e mulheres pelo simples fato de praticarem uma religião diferente.

Entendemos que devemos apoiar, participar, articular e desenvolver uma ação conjunta com as or-ganizações da sociedade civil que ao longo dos anos veem pautando suas ações em defesa das religiões de matrizes africanas, como o fazem agora para via-bilizar a criação desta Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Tradicionais de Terreiros.

Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente. Vitória da Conquista é hoje o terceiro maior Município em população no Estado, com quase 320 mil habitan-tes, atrás apenas de Salvador, a Capital do Estado, e de Feira de Santana. É polo de desenvolvimento na região sudoeste da Bahia, onde vivem mais de 1 milhão e 150 mil habitantes, espalhados em 39 Municípios, o que equivale a 14% da população da Bahia.

O grande desafio da região, e particularmente de Vitória da Conquista, é atender às necessidades no abastecimento de água, não apenas para consu-mo humano e animal, mas também para a agricultura, a indústria. Encravada na região do semiárido, tem o solo pobre em nutrientes que permitam a formação de aquíferos (reservas de água no subsolo), capazes de atender às necessidades de consumo da região e do seu desenvolvimento.

Ontem, contudo, em audiência com o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, eu e o Prefei-to de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes, obti-vemos uma boa notícia, que foi o compromisso, feito pelo Ministro, de encaminhar estudos de viabilidade e projeto executivo para a construção da Barragem do Rio Pardo. Essa é uma antiga reivindicação da re-gião, que todos os anos sofre com a inclemência da seca e vê o seu desenvolvimento econômico e social prejudicado. Isso acontece porque a maior parte da região sudoeste do Estado está situada no semiárido e sofre os efeitos da baixa pluviosidade e das secas periódicas. Essa situação torna-se ainda mais grave pela carência de recursos hídricos.

O que eu e o Prefeito Guilherme Menezes colo-camos para o Ministro Fernando Bezerra é que, sen-do Vitória da Conquista um polo de desenvolvimento regional, para onde se dirige boa parte da população dos 39 Municípios da região sudoeste, em busca de serviços médicos-hospitalares, educação e emprego, necessita de meios para atender a essas demandas. E a água passa a ser condição prioritária para tal fim.

Para se ter uma ideia, Sras. e Srs. Deputados, Vitória da Conquista é o Município polo de uma região, com área de influência de um raio de mais de 200 qui-lômetros, espraiando-se não apenas pela região sudo-este, mas para o oeste, parte do sul e até mesmo do

norte de Minas Gerais. Tem um PIB superior a R$2,4 bilhões, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE referentes a 2008.

Pleito antigo, a construção da Barragem do Rio Pardo vem de décadas, quando a região ainda não apresentava os indicadores socioeconômicos que exibe atualmente. Desde 1936 que já se cogitava o aproveitamento do potencial hidrelétrico das regiões do Médio e do Baixo Rio Pardo, por meio da implan-tação de uma barragem, essa mesma obra que ago-ra solicitamos ao Ministério da Integração Nacional, à qual o Ministro Fernando Bezerra se comprometeu a dar encaminhamento.

Avaliações técnicas mais recentes, realizadas com base em estudos feitos pela Companhia de Ele-trificação Rural do Estado da Bahia – CERB revelaram que as características básicas do equipamento serão de uma barragem homogênea de terra, com 90 me-tros de altura, capaz de regularizar uma vazão da or-dem de 11 metros cúbicos por segundos, quantidade suficiente para suprir as carências no abastecimento de água de boa parte da região e, principalmente, de Vitória da Conquista.

No entanto, Vitória da Conquista depende, para o seu abastecimento de água, apenas das barragens de Água Fria I e II, localizadas no vizinho Município de Barra do Choça, e que se têm mostrado insuficiente para atender ao crescente consumo na região, o que, em determinados períodos, força a população a ado-tar o regime de racionamento. Daí ser urgente a rea-lização dessa obra, aproveitando o enorme potencial hídrico do Rio Pardo, hoje subaproveitado, como fator decisivo para o desenvolvimento não só do Município em si, mas de boa parte do sudoeste da Bahia.

E é essa realidade que o povo da região, com o apoio do Governo Federal, desta Casa e com o em-penho do Prefeito Guilherme Menezes, quer mudar. Com a construção da Barragem do Rio Pardo, Vitória da Conquista e Municípios circunvizinhos, que já vêm apresentando enorme crescimento socioeconômico, tende a crescer ainda mais, e com isso melhorar, de forma significativa, a qualidade de vida dos seus ha-bitantes.

Sr. Presidente, gostaria que este meu pronuncia-mento fosse divulgado nos meigos de comunicação desta Casa.

Muito obrigado.O SR. FERNANDO TORRES (DEM-BA. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, esta semana, na mídia nacional, foi amplamente di-vulgada a fusão entre o Carrefour e o Pão de Açúcar. Isso vai muito bem até quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social não aportar 4

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bilhões de reais para a fusão. No País falta dinheiro para infraestrutura.

Então, na condição de membro da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, protocolei requerimento de comparecimento dos Srs. Luciano Coutinho, Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES; Fer-nando Furlan, Diretor do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE; Abílio Diniz, Presidente do Grupo Pão de Açúcar, e Luiz Fazzio, Presidente do Grupo Carrefour, na Comissão para prestarem es-clarecimentos.

Espero que os senhores responsáveis por essa fusão e por liberar 4 bilhões de reais compareçam à Comissão para prestar esclarecimentos sobre esse dinheiro – enquanto falta dinheiro, investimentos e in-fraestrutura no País. Ressalte-se o atraso dos prepa-rativos da Copa do Mundo devido à falta de recursos. Nosso debate na Comissão com certeza vai contribuir para que não ocorra esse absurdo, ou seja, o BNDES aportar 4 bilhões de reais para grupos tão ricos como o Carrefour e o Pão de Açúcar.

Muito obrigado. O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Sem re-

visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos, ocupo a tribuna, na sessão matutina de hoje, para registrar o transcurso, no último dia 23, do 54º aniver-sário de emancipação política do Município cearense de Itapiuna, localizada a 100 quilômetros da Capital da República, em região próxima do Maciço de Baturité.

Os seus atuais dirigentes, Dr. Felisberto Cle-mentino Ferreira, médico humanitário, com excelente imagem junto aos seus conterrâneos, e o Vice-Prefeito Átila Medeiros, cuja popularidade lhe tem assegurado projeção entre dirigentes competentes da atual ge-ração de homens públicos, assim reconhecido pelas lideranças da unidade federada a que pertencemos.

A obra administrativa, levada a cabo com o apoio da Câmara de Vereadores, merece ser destacado, por envolver cometimentos que alcançam justificado enal-tecimento de todos os munícipes.

Tendo recebido, aliás, expressiva votação no últi-mo pleito, entendi de meu dever mencionar a efeméride como etapa decisiva na trilha do progresso econômico--social da populosa urbe.

Itapiuna prosseguirá contribuindo para a grandeza do Ceará, do Nordeste e do próprio País.

Muito obrigado.O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, ontem, o Senador Inácio Arruda, o Deputado Federal João Ananias e eu estivemos com o Ministro da Educação para tratar da greve dos professores de

Fortaleza. Solicitamos a S.Exa. que mande verificar se a Prefeitura Municipal de Fortaleza tem condições de arcar com o piso salarial, dado o número de profes-sores naquela cidade. Observamos a preocupação do Ministro, que vai dialogar com a Prefeita.

Sr. Presidente, também houve a solicitação para que seja criada uma universidade federal na região centro-sul do Estado do Ceará, com sede em Limoeiro.

É necessária a expansão do ensino universitá-rio no Estado do Ceará, que há 50 anos tem apenas a universidade federal, sendo que Minas Gerais, Rio Janeiro e São Pauto têm diversas. Com a eleição do Lula, conseguimos expandir tanto para o norte quan-to para o sul.

No entanto, queremos outra universidade federal, e que seja localizada em Limoeiro do Norte.

Obrigado, Sr. Presidente.O SR. HOMERO PEREIRA (Bloco/PR-MT. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, quero registrar que reinstalamos ontem a Frente Parlamentar de Logística de Transporte, uma Frente importante da qual tenho a honra de ser Presidente e que conta com 204 Deputados Federais e 20 Senado-res. Temos inúmeros desafios pela frente na área de infraestrutura no País.

Pretendemos, a partir de agora, elaborar um diag-nóstico do andamento das obras no País e estimular a parceria público-privada em inúmeras delas, tendo em vista que acabamos de aprovar na Casa o regime diferenciado de contratação.

É importante estimularmos as Parcerias Público Privadas – PPPs, seja para as ferrovias, seja para as hidrovias, seja para as rodovias. Precisamos melhorar a competitividade da nossa produção. O Brasil é um grande produtor, no entanto, perde a competitividade no momento em que transporta a sua produção.

Era este o registro que queria fazer, Sr. Presidente.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Deputado

Homero Pereira, parabéns pela reinstalação da Frente Parlamentar de Logística, que, com certeza, realizará relevantes trabalhos.

O SR. FRANCISCO ARAÚJO (Bloco/PSL-RR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, desta tribuna quero parabenizar um ser-vidor do Estado de Roraima, o Coronel Wilson, que não sucumbiu à pressão do Governo do Estado e à humilhação que vinha sofrendo e teve o caráter, a hombridade de entregar o cargo de Diretor do Centro Socioeducativo.

É uma perda muito grande para o Estado, porque o Coronel Wilson vinha fazendo um excelente trabalho. Durante sua gestão não houve nenhuma rebelião dos

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jovens internados naquele Centro Socioeducativo. E, por culpa única do Estado, o Coronel Wilson teve de pedir exoneração, porque não aguentou a humilhação ao ver que a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar So-cial impediu que uma servidora do Centro Socioedu-cativo viajasse até Brasília para participar de um cur-so oferecido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP.

Portanto, de público, dou os meus parabéns ao Coronel Wilson, por sua atitude corajosa e honrosa. O Estado perde muito com isso, e a população é que vai arcar as consequências, porque, repito, durante o tem-po em que ele esteve lá não houve nenhuma rebelião.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Obrigado,

Deputado Francisco Araújo.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Concedo

a palavra ao Sr. Deputado Luiz Carlos Setim.O SR. LUIZ CARLOS SETIM (DEM-PR. Sem re-

visão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, na última semana fomos surpreendidos por notícias de ataque de hackers aos sites do Governo Federal. É o uso da tecnologia para o bem ou para o mal. Imaginem, senhores, se nos laboratórios dos Ministérios que pro-movem novos remédios, novos sites para a cura das doenças houvesse uma interferência de hacker? Ima-ginem se houvesse nos aeroportos, nos comandos de voo, nos procedimentos de voo um ataque de hacker?

Então, devemos fazer uma reflexão sobre a tecno-logia e o seu uso, que deveria ser para o bem, mas, in-felizmente, pessoas a estão utilizando para fazer o mal.

Obrigado, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, nas últimas semanas, fomos sur-preendidos por notícias de ataques de hackers aos sites do Governo Federal.

Hacker: Esse é o nome em inglês dado aos piratas virtuais, capazes de invadir sítios e prejudicá-los. São pessoas que invadem computadores para protestar ou furtar informações. O prejuízo pode ser apenas a retirada do site do ar até ações mais graves, como o roubo de dados ou inserção de erros.

O roubo de dados via Internet não é novidade, pois muitas pessoas já sofreram prejuízos ao desco-brir que sua senha bancária foi copiada ou seu cartão de crédito clonado.

A novidade, não menos preocupante, são as invasões via Internet aos órgãos do Governo, como PETROBRAS, IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Presidência da República, que, supos-tamente, deveriam ser seguros.

O estrago? Pequeno, perto do que pode aconte-cer. Imagine se um desses piratas resolve alterar re-gistros sobre vacinas, no Ministério da Saúde, misturar informações em projetos, brincar com voos e pousos nos aeroportos controlados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO? Para o hacker, pode ser uma grande brincadeira, mas, in-dependentemente da diversão, uma grande irrespon-sabilidade.

Mais uma vez, verificamos que, na história de todo invento, há sempre o uso para o bem ou para o mal. Foi assim quando o homem desenvolveu a tecno-logia para realização da fissão nuclear, vista por mui-tas pessoas como perigosa, em razão do seu uso em guerras ou de possíveis acidentes, como os ocorridos em usinas nucleares na Ucrânia e, recentemente, no Japão, e que assustam muito e com razão.

Porém, o uso da mesma fissão nuclear na me-dicina, na detecção, prevenção e cura de doenças como o câncer mostra o lado positivo e a importância dessa descoberta.

A ciência, por si só, não é boa nem má e pode ser usada para diferentes fins: éticos ou não, pacíficos ou bélicos – a escolha fica nas mãos de quem possui o conhecimento, e todo conhecimento está sujeito ao possível mau uso.

Resta agora correr atrás de inteligências virtu-ais, capazes de criar soluções que tragam segurança e tranquilidade a todos nós, no que se refere a esse grande e surpreendente mundo cibernético.

E, fazendo referência ao titulo deste texto, cito Isaac Asimov: “se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los”.

O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB--CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, telespectadores e telespectadoras da TV Câmara, nesta quinta-feira, nas comemorações do Dia da Indústria, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará, sob a Presidência do empresário Roberto Proença de Macêdo, foi concedida a medalha Ordem do Mérito Industrial aos industriais Beto Studart, João Batista Fujita e José Andrade da Silva, como também ao ex-Deputado, ex-Ministro e Governador do Ceará Ciro Gomes.

A Ordem do Mérito Industrial é conferida pela Con-federação Nacional da Indústria a personalidades que têm contribuído com o processo industrial, não apenas no Estado, mas também em todo o Brasil, fazendo com que pessoas assumam um compromisso, por meio de um trabalho, com o desenvolvimento do País.

A Confederação Nacional da Indústria tem uma pauta nesta Casa, lado a lado com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará, que visa à diminuição da carga tributária.

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Portanto, no evento de hoje no Estado do Ceará, durante as comemorações do Dia da Indústria, a ou-torga a essas personalidades sem dúvida irá fortalecer a articulação em torno do desenvolvimento do País.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, surpreendentemente, o Governador do Rio de Janeiro, meu Estado, pede um código de postura para si próprio, depois de cometer vários deslizes que vieram à tona a partir de uma tra-gédia inominável de promiscuidade absoluta entre a autoridade pública e os megaempreiteiros com contra-tos com o Estado e beneficiários de um montante de 50 bilhões de reais em isenções fiscais nos últimos 4 anos. Refiro-me ao Governo Sérgio Cabral.

Vamos elaborar esse “Código de Postura”, mais não deixaremos de cobrar uma série de questões de S.Exa., desde deslizes éticos até posturas absoluta-mente inaceitáveis num regime democrático e trans-parente. E vamos começar hoje, com a anistia aos bombeiros na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania – CCJ.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e todos os que assistem aos trabalhos desta sessão ou nela trabalham, o Brasil descobre Cabral, isto é, as relações privadas do Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Ca-bral, com empresários que têm interesses e contratos com o Estado.

Esses empresários têm contratos com o Gover-no, alguns até sem licitações, e são beneficiados com isenções fiscais. Segundo levantamento da Secretaria da Fazenda, feito por solicitação do Deputado Estadu-al Marcelo Freixo (PSOL-RJ), o programa de conces-sões de benefícios fiscais concedeu 20 mil isenções fiscais – R$50 bilhões – para mais de 5 mil empresas. O jornal O Globo, edição do dia 28 de junho de 2011, revela que mesmo empresas que respondem a ações na Justiça foram beneficiadas: como a INVESTIPLAN, condenada a ressarcir a Universidade Federal Flumi-nense em mais de R$348 mil, por não prestar o ser-viço de manutenção de computadores, como previsto.

Entre as empresas que receberam isenção fis-cal do Governo fluminense em 2010, cinco doaram para a campanha do Governador Sérgio Cabral e oito colaboraram com o PMDB do Rio de Janeiro, segun-do levantamento da Terra Magazine (28 de junho de 2011). Doações no valor de R$1,2 milhão para Cabral e R$6,013 milhões para a sigla no Estado! É o típico e absurdo caso de “dar com uma mão e tomar com a outra”.

O volume de recursos envolvidos e a proximida-de do Governador com esses empresários levaram o colunista Ricardo Noblat a publicar algumas perguntas a Sérgio Cabral no jornal O Globo, edição de 27 de junho de 2011, que reproduzo acrescentando novas indagações:

1 – Por que o senhor viajou a Porto Se-guro, acompanhado de parentes, em jatinho cedido por Eike Batista, dono de muitos ne-gócios que dependem do interesse ou da boa vontade do Governo do Rio de Janeiro?

2 – Foi o senhor que pediu o jatinho em-prestado? Foi Eike que ofereceu? Se ele ofe-receu, como soube que o senhor precisava de um?

3 – Não considera indecoroso viajar à custa de um empresário que, em 2010, doou R$750 mil para sua campanha? Um empre-sário beneficiado por isenções concedidas por seu Governo?

4 – Foi por isso que sua assessoria, no primeiro momento, negou que o senhor tivesse voado para Porto Seguro?

5 – Foi por isso que o senhor voltou em jatinho alugado? Este jato foi alugado com re-cursos do Governo do Estado?

6 – Quem solicitou à Força Aérea Brasi-leira – FAB que transportasse os corpos das vítimas do trágico acidente, já que não eram autoridades públicas?

7 – Quem atendeu a essas solicitações, nunca oferecidas aos cidadãos comuns?

8 – Se a autoridade máxima de um Esta-do pede ou aceita favores de empresários, não será compreensível que seus secretários tam-bém aceitem, igualmente os subsecretários, chefes de gabinetes, chefes de repartições, e assim por diante?

9 – Que diferença existe entre um agrado feito com dinheiro e outro com diesel, gasolina e conforto?

10 – Em momento algum o senhor ima-ginou que não pegaria bem comparecer a um evento promovido por Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta Construções, cujos contratos com seu Governo valem em torno de R$1 bilhão?

11 – Um homem público não deveria sa-ber distinguir entre prestadores de serviços ao Estado e amigos pessoais?

12 – A mistura do público com o privado não acabaria por causar sérios danos à ima-gem de qualquer autoridade pública?

34340 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

13 – Quem acreditará que Cabral, ami-go de Cavendish, nada tem a ver com Cabral, Governador do Rio e cliente de Cavendish?

14 – Não é no mínimo temerário partici-par de uma festa de aniversário do empresário no Jacumã Ocean Resort, de propriedade do piloto Marcelo Mattoso de Almeida, um ex-do-leiro acusado de fraude cambial há 15 anos?

Noblat termina com um apelo que é de toda a sociedade: “Cabral, reflita com calma e não deixe uma só pergunta sem resposta”.

Agradeço a atenção.A SRA. LUIZA ERUNDINA (Bloco/PSB-SP. Sem

revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, daqui a pouco, a Comissão de Direitos Hu-manos desta Casa realizará uma audiência pública para discutir as responsabilidades do Estado brasilei-ro no cumprimento da sentença proferida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre o caso do Araguaia, ou seja, os crimes cometidos pela ditadura militar contra milhares de brasileiras e brasileiros nes-te País ainda não apurados. Os responsáveis ainda não foram identificados e se mantêm na impunidade e inclusive falando sobre aquele tempo de forma ab-solutamente impune.

Então, a Corte está obrigando o Governo brasi-leiro, o Estado brasileiro, a corrigir e a punir com rigor os crimes contra os direitos humanos, contra aqueles que se opuseram ao regime na época. Foram come-tidos crimes que feriram profundamente a dignidade humana e que precisam ser devidamente apurados.

Contamos com a presença dos nobres pares no debate que se dará daqui a pouco na Comissão de Direitos Humanos.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. JOSIAS GOMES (PT-BA. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, quero registrar nesta manhã que o Governador Jaques Wagner acaba de anunciar a regularização fundiária de 451 assentamentos rurais na Bahia, que vai beneficiar cerca de 40 mil famílias. Isso mostra o compromisso do nosso Governo, do Go-verno do PT, com a agricultura familiar.

E não por outra razão o Governador Jaques Wag-ner, que é carioca, receberá hoje na Assembleia Le-gislativa o título de cidadão baiano, o que prova o seu compromisso com o nosso glorioso Estado da Bahia.

O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Obriga-do a V.Exa.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no mo-mento em que o Governador Jaques Wagner anuncia

a regularização fundiária de 451 assentamentos rurais no Estado, beneficiando 39,5 mil famílias, expõe, mais uma vez, o compromisso do Governo petista com a agricultura familiar, principal fonte que abastece de alimentos o País. Aliás, desde os seus primeiros dias, ainda em 2003, que o PT da Bahia vem se compor-tando dessa forma, cumprindo em todas as linhas o programa partidário, os compromissos de princípio e as promessas de campanha.

Por isso, não será à toa que o Governador Jaques Wagner receberá, nesta quinta-feira, 30, o título de Ci-dadão Baiano, ele, que há décadas trabalha em favor do estado, apesar de ter nascido no Rio de Janeiro. A concessão da honraria, pela Assembleia Legislativa da Bahia, não somente dignifica quem a recebe, no caso, Jaques Wagner, mas, da mesma forma, o PT baiano e a própria Assembleia, que, em tão boa hora, reconhece oficialmente uma cidadania já devidamente proclamada pela população do Estado.

Feito o registro, volto ao tema que me traz à tri-buna nesta quinta-feira, 30, qual seja o referente ao anúncio feito pelo Governador Wagner para favorecer a agricultura familiar baiana. Pois bem. Além da regu-larização fundiária, o Governo da Bahia promete re-solver o passivo ambiental de todos os assentamentos rurais do Estado que ainda possuem pendências nes-sa área. Neste ponto, o do respeito ao meio ambiente, verifica-se o atendimento a mais um dos compromissos programáticos do PT.

É por esta e outras atitudes que o Governo da Bahia, sob a responsabilidade do PT e seus aliados, somente vem somando popularidade perante à po-pulação estadual. Seja no atendimento à agricultura familiar, seja com relação às populações indígenas, nos programas de combate à fome, mas, também, no favorecimento à agricultura e à pecuária, à mineração e à indústria de transformação, enfim, a todos os setores da economia e da sociedade baiana, num processo de tal envergadura que é impossível não ser observado pelo povo da Bahia.

Do evento desta terça-feira, 28, entre outras auto-ridades presentes, como a do Secretário do Meio Am-biente, Eugênio Spengler, e do Presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, Celso Lacerda, tivemos a presença do Ministro do De-senvolvimento Agrário, Afonso Florence. Essa aliança entre Governo Estadual e Governo Federal, Sr. Presi-dente, Sras. e Srs. Deputados, é o que tem garantido, durante todos esses anos, a implementação de pro-gramas que vêm transformando a geografia urbana, humana, agrícola e pecuária do Estado da Bahia.

Segundo prevê o Governo da Bahia, a meta das iniciativas no campo da agricultura familiar anunciadas

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nesta terça-feira é de que até o final deste ano cerca de 26 áreas estejam devidamente legalizadas. A partir daí, 45 áreas a cada ano deverão passar pelo mesmo processo. Segundo o Governador, o programa vai dar aos assentamentos a possibilidade de melhorar a pro-dução e a produtividade, o que nos permite vislumbrar um incremento na produção agrícola da Bahia, favo-recendo o Estado como um todo.

Em seu discurso de lançamento do programa, o Governador Jaques Wagner incentivou seus auxiliares e os próprios agricultores familiares a andarem rápido com o processo, melhorando a produção de alimentos. Este é um objetivo que transcende, inclusive, as divisas da Bahia e as próprias fronteiras do País. Sintonizado com a contemporaneidade e seus problemas, o Go-verno petista da Bahia busca dar sua contribuição para incrementar a produção de alimentos, o maior drama da humanidade para os próximos anos.

Com o termo assinado nesta terça-feira, o IN-CRA passa a fazer parte do Programa Estadual de Adequação e Regularização dos Imóveis Rurais, que promove a recuperação da reserva legal, o apoio a áreas de proteção permanente e a regularização das autorizações, dos registros e das licenças ambientais. Convém registrar, enfim, que a presença no evento de líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST garante a concordância desse importante movi-mento de base social incontestável.

Dada a importância do programa lançado pelo Governo baiano, é que faço este registro em plenário, aproveitando para conclamar as autoridades de outras Unidades da Federação, com governos petistas ou não, a investirem da mesma forma no incremento da pro-dução de alimentos. Fazendo dessa forma, estaremos todos, o Governo Federal e os Estaduais, preparan-do ainda mais o País para o enfrentamento positivo e proativo da crise alimentar mundial que se avizinha.

Importante, finalmente, registrar a posse do téc-nico agrícola Elionaldo de Faro Teles como novo presi-dente da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agríco-la. Com certeza, pelo compromisso do novo dirigente da EBDA com o progresso agrícola e econômico da Bahia, por seu vínculo declarado com o respeito ao direito dos agricultores, com os movimentos sociais, e com os projetos ligados à agricultura familiar, muito vai colaborar para com o projeto político e administra-tivo da Bahia.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Com a

palavra o Deputado Márcio Macêdo, do PT de Sergi-pe, que dispõe de 1 minuto.

O SR. MÁRCIO MACÊDO (PT-SE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,

venho à tribuna para registrar o fato importante que foi a eleição de José Graziano para a FAO, pois simboliza a vitória do modelo de desenvolvimento que o Brasil está adotando nos últimos anos e a política bem-sucedida do Presidente Lula, e agora da Presidente Dilma, de conciliar combate à fome com distribuição de renda e com democracia.

José Graziano foi o idealizador, com Lula, do Programa Fome Zero, do Bolsa Família e da política de distribuição de renda no País.

Este é um momento que o País deve comemorar porque é a sinalização de que o Brasil está no caminho adequado para a justiça social.

Portanto, Sr. Presidente, a vitória do Graziano na FAO, que teve como principais apoiadores o Presi-dente Lula e a Presidente Dilma, é a vitória do Brasil, é a vitória de todos os brasileiros, é colocar a discus-são da erradicação da fome no cenário planetário, na liderança do mundo.

Então o Brasil está de parabéns pela eleição de José Graziano!

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Muito

obrigado a V.Exa.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no último dia 27, em Roma, foi eleito para o cargo de Diretor--Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação (FAO) o brasileiro José Graziano da Silva.

Para mim e para todos os brasileiros, receber esta notícia é uma honra: ao assumir o cargo, em janeiro de 2012, Graziano será o primeiro latino-americano em tal função. O Brasil segue, dessa forma, consolidando sua posição de referência internacional.

Não foi por menos a eleição de José Graziano, para tão importante incumbência. Ele foi o primeiro Mi-nistro do Combate à Fome do Governo Lula, que foi um grande apoiador de sua candidatura na FAO, ao lado da Presidenta Dilma. Graziano representa o sucesso de políticas que combatem a fome, fome que já deso-lou este País no passado. A transformação pela qual o Brasil vem passando chamou a atenção do mundo inteiro para o fato de que a possibilidade de erradicar a fome é real. Os programas sociais e as políticas pú-blicas foram responsáveis pela saída de 28 milhões de brasileiros da linha de miséria e pela ascensão de outros 36 milhões à classe média. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se deu na mesma pro-porção em que um número maior de pessoas passou a se beneficiar desse crescimento, a inclusão social

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e econômica credenciou o País a enfrentar a recente crise econômica mundial.

Não à toa, entre os países que compõem o BRIC, apenas o Brasil consegue conjugar crescimento eco-nômico e redução das desigualdades sociais, a ponto de modificar os fundamentos da “geometria sociológi-ca” de uso corrente. Segundo os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), desde 2003 o número de con-sumidores no Brasil atingiu quase 50 milhões. De 2009 até este ano, foram mais de 13 milhões incorporados às classes A, B e C. Concomitantemente, apenas no ultimo ano, entre as classes D e E, houve uma redu-ção de quase 12%.

Aqui Dilma está fazendo o dever de casa, e tra-balhando, através do Plano Brasil sem Miséria, para que 16 milhões de pessoas elevem suas condições de renda e de bem-estar. Graziano, na ONU, trabalhará para que nove bilhões de pessoas sejam alimentadas até 2050. Para isso, é necessário aumentar a produção de alimentos, sem que se degrade o meio ambiente.

Com satisfação, parabenizo José Graziano, dese-jando muito sucesso em seu trabalho que reafirma os êxitos das atuais políticas socioeconômicas e também o compromisso do país com a agenda internacional de combate à pobreza e fome.

Obrigado.O SR. CARLINHOS ALMEIDA (PT-SP. Sem re-

visão do orador.) – Sr. Presidente, eu gostaria que fosse dado como lido pronunciamento em que regis-tro com pesar e tristeza o falecimento do radialista Antonio Leite, um ícone do rádio, da comunicação na minha região. Ele atuava na Planeta Diário FM, rádio que liderou durante muitos anos, e também na rede de TV Band Vale.

Quero me solidarizar com todos os seus ouvin-tes, colaboradores, com a sua família, na pessoa da Sônia Fiori Leite, a nossa querida Soninha, e dizer que, realmente, fica uma lacuna no radiojornalismo da nossa região; mas, sem dúvida alguma, também fica um exemplo de dedicação, de trabalho desse grande comunicador, desse grande radialista.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com tristeza que registro o falecimento de um grande nome do rádio e da televisão na região do Vale do Paraíba paulista. No último dia 23 de junho, perdemos o radia-lista Antonio Leite, vítima de parada cardíaca. Dos 76 anos de sua vida, dedicou mais de 60 à comunicação.

Nascido em Pindamonhangaba, iniciou sua car-reira em 1950, atuando no serviço de alto-falante do Município. Logo começou dividir seu tempo com o oficio

da alfaiataria e pequenas participações na Difusora de Pindamonhangaba.

Em 1954, ganha a oportunidade de trabalhar como locutor na Rádio Difusora de Taubaté, onde per-maneceu até 1959. Durante alguns anos conciliou o trabalho em Taubaté com a atuação na Rádio Clube de São José dos Campos, onde foi locutor até o início dos anos 70.

Em 1971, vai para a Rádio Piratininga, emissora onde atuou durante muitos anos. Ali criou o Jornal das Sete, grande referência para todos os que têm interes-se por informação e debate sobre os temas de inte-resse da sociedade. Endereço obrigatório para quem queria discutir e acompanhar os destinos da política da cidade e da região.

Por seu programa de rádio passavam todas as lideranças políticas e de movimentos sociais relevan-tes da região. Importantes nomes da política nacio-nal, como o ex-Presidente Lula, a Presidenta Dilma e o Governador Alckmin foram por ele entrevistados.

O seu estilo próprio granjeou grande audiência na região. Leite praticou durante toda a sua vida um jornalismo forte, opinativo, crítico e com grande dose de humor. Possuía uma capacidade impar de traduzir os temas mais complexos em imagens claras e sim-ples que eram compreendidas com enorme facilidade por todas as pessoas, independentemente do nível de escolaridade.

Ícone da comunicação vale paraibana, imprimiu a marca de um comunicador altamente democrático. O seu microfone jamais deixou de abrir espaço a to-das as correntes de opinião da sociedade. Nunca foi negado o sagrado direito do contraditório a quem se sentisse atingido por suas críticas.

O seu programa era a voz dos que não tinham voz: pessoas simples do povo, políticos, líderes co-munitários, representantes de associações de classe sabiam que o Jornal das Sete era a tribuna da cidade. O programa do Antonio Leite era um lugar de reivin-dicação, críticas, e também simplesmente, como ele gostava de dizer, um lugar de “lavar o coração”.

Antonio Leite também se destacou como empre-sário de sucesso. Além de comandar o Jornal das Sete diariamente, ele comandou por muitos anos a Rádio Piratininga, em São José dos Campos, da qual passou a ser gerente em 1973.

Soube superar momentos de dificuldade. Em 2002, por exemplo, criou a Rádio Planeta Diário FM, já que a emissora que administrou 34 anos foi arren-dada. Ancorado no seu programa diário e no intenso trabalho, construiu sólidos índices de audiência na emissora que liderou até o fim de sua vida.

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Claudio Giordani, Diretor da TV Band Vale, pro-pôs a Antonio Leite um desafio novo: o de transferir para a televisão a fórmula consagrada no rádio. O re-sultado foi mais um sucesso. Há 10 anos iniciou pela emissora o programa Antonio Leite Livre, consagrado com os maiores índices de audiência.

Por fim, quero ressaltar o lado menos conheci-do do grande radialista. Antonio Leite era um homem tranquilo e carinhoso. Gostava de reunir os amigos e familiares nos finais de semana no seu reduto preferi-do: o maravilhoso litoral norte paulista.

O radialista Antonio Leite deve ser lembrado sempre como alguém que deixou um legado relevante: ajudou pessoas, debateu ideias, formou profissionais e marcou uma época na área das comunicações. Um apaixonado pelo rádio que, ao ser perguntado sobre as novas tecnologias na área da comunicação, assim definiu o futuro desse veículo:

“Quando surgiu a televisão, todo mundo falava que a TV iria acabar com o rádio. O rádio vai durar a vida inteira. O pedreiro está traba-lhando no edifício de 15 andares, colocando tijolo, e está ouvindo o rádio. O cidadão está no carro de boi, indo pra roça, e está com o radinho ligado. A dona de casa está fazendo almoço, e está ouvindo... o rádio nunca vai deixar de existir!”

Reverencio sua memória e manifesto minha so-lidariedade a todos os seus amigos e familiares, na pessoa de sua esposa, Soninha (Sonia Fiori Leite). Aos profissionais que com ele trabalharam, vai minha palavra de estímulo: que continuem o seu trabalho e que sigam o caminho que ele deixou trilhado. Que não nos abatamos com a tristeza de sua perda. Que não nos conformemos com a lacuna que fica. Que saibamos fazer a Antonio Leite a maior homenagem que existe: lutar para que sua obra continue nas novas gerações de comunicadores.

Muito obrigado.O SR. DARCÍSIO PERONDI (PMDB-RS. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, há necessidade de mais recursos para a saúde pública. Para tanto, será votado nos próximos 15 dias, semana que vem, na quarta-feira, a regulamentação da Emenda Cons-titucional nº 29, de 2000.

Devo dizer que não há um tostão a mais do Go-verno Federal. Vou repetir aqui: nem um tostão a mais do Governo Federal! E digo isso para votarmos o des-taque do DEM, ou seja, para encerrarmos a votação da regulamentação da Emenda nº 29 nesta Casa. Vou repetir: nem um tostão a mais!

Poderá haver outras votações, sim: PEC nº 300, Super-SIMPLES, Poder Judiciário. Mas nem um tostão a mais. Eu acho que o Governo Federal precisa colocar mais dinheiro, mas neste caso não haverá desembol-so. O Governo ditará as regras, e os governos esta-duais terão que cumpri-las. E são poucos os que não cumprem, porque os governos do Norte e Nordeste, portanto, os mais pobres, estão cumprindo o mínimo de 12%. Três ou quatro dos mais ricos, a exemplo de Minas Gerais, do PSDB, e do Rio Grande do Sul, do PT – esses dois e mais três ou quatro –, vão ter 4 anos para cumprir a emenda. Serão 4 anos para cumprir a emenda! Quer dizer, não haverá desembolso de recurso federal ao votarmos aquela regulamentação aqui. E o Senado vai confirmar o que nós votarmos na Câmara.

Então, esta Casa, sim, terá autonomia e indepen-dência, como está demonstrando o Presidente Marco Maia. E esses recursos irão salvar as pessoas que estão morrendo por falta de atendimento.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, ontem, nesta Casa, foi lançado pela Associação Nacional dos Auditores Fis-cais da Receita Federal do Brasil – ANFIP o livro inti-tulado Análise da Seguridade Social em 2010. Eu fiz um extrato do referido livro, do que é mais importante. Solicito a V.Exa. que dê como lido meu pronunciamen-to a esse respeito.

A ANFIP tem sido uma defensora da Previdên-cia. O livro mostra que a Previdência, no último ano do Governo Lula, em 2010, teve um superávit de 52 bilhões de reais, Sr. Presidente.

Há uma mística de que a Previdência é deficitária, e a ANFIP demonstra que ela teve, no ano passado, um superávit de 52 bilhões de reais, que ultrapassou o de 2009, de 32 bilhões de reais – quase 100%. Ou seja, a Previdência urbana vem obtendo superávit, a Previdência tem sido superavitária.

Há o discurso de que é preciso fazer uma refor-ma. Ao contrário, o que nós precisamos fazer é uma contrarreforma e extinguir o fator previdenciário, que tanto penaliza os trabalhadores.

Então, Sr. Presidente, solicito que seja dado como lido meu pronunciamento com o referido extrato.

Hoje, Sr. Presidente, estamos indo à Bahia. O Governador Jaques Wagner está recebendo o título de Cidadão Baiano, um título até desnecessário, ape-nas simbólico, porque o povo da Bahia já consagrou o Governador Jaques Wagner como legítimo cidadão baiano quando o elegeu Deputado Federal e também, por duas vezes, em primeiro turno, Governador da Bahia. E cada vez mais os índices de aprovação do Governador crescem.

34344 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Então, na verdade, o Governador Jaques Wag-ner já tinha recebido o mais legítimo título de cidadão baiano quando se consagrou nas urnas por duas ve-zes como Governador.

Mas hoje, simbolicamente, a Assembleia Legislati-va da Bahia entrega o título de cidadão ao Governador.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de registrar que na manhã de hoje tive a honra de par-ticipar, no âmbito da Comissão de Seguridade Social e Família, do lançamento do livro Análise da Seguridade Social em 2010, da ANFIP. Essa publicação da entida-de traz todos os dados da arrecadação da Seguridade Social, destacando o equilíbrio financeiro do sistema.

Aliás, com esta publicação, a ANFIP vem a pú-blico desmistificar a tese de que a Previdência Social seja deficitária. Muito ao contrário, Sr. Presidente, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil – ANFIP informa no livro que, no ano passado, último ano do Governo Lula, o Orçamento da Seguridade Social voltou a apresentar superávit superior a 58 bilhões de reais. Isto representa um au-mento de quase 100% em relação a 2009, quando o superávit chegou aos 32 bilhões de reais.

Para a ANFIP, o recorde obtido em 2010 é o re-flexo da recuperação econômica, com a criação de empregos e a arrecadação de contribuições de pa-trões e empregados.

No livro da ANFIP os leitores constatam que o Orçamento da Seguridade Social em 2010 obteve, em receitas exclusivas, um total de 458,6 bilhões de reais. Deste total, as contribuições sociais somaram 441,3 bilhões de reais; outros 15,2 bilhões de reais vieram de receitas dos diversos órgãos e entidades que inte-gram esse orçamento, mais 2,1 bilhões de reais como contrapartida do Orçamento Fiscal pelos pagamentos dos Encargos Previdenciários da União (EPU).

A ANFIP lembra que as despesas realizadas em 2010 somaram 400,5 bilhões de reais (recordamos novamente que 458 bilhões de reais foram arrecada-dos). Das despesas discriminadas, 254,9 bilhões de reais foram gastos com o pagamento dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social e 61 bilhões de reais com a saúde, enquanto os benefícios do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT consumiram 29,2 bilhões de reais e os programas sociais, como LOAS, tiveram um custo de 22,2 bilhões de reais. E ainda deu para pagar 13,5 bilhões de reais para os demais benefícios de assistência de transferência de renda.

Há quase duas décadas, a ANFIP edita, anu-almente, uma série de análises sobre a Seguridade Social, o seu Orçamento e os seus programas volta-dos à atenção à saúde, à Previdência e à assistência social, os benefícios e a prestação dos serviços pú-blicos dessas áreas.

Na análise da ANFIP fica claro que, em termos reais, depois de cair ligeiramente em 2009 (-0,19%), a economia avançou 7,5% em 2010. Esse robusto cresci-mento veio acompan hado da evolução de importantes indicadores. Nas regiões metropolitanas, a população em idade ativa cresceu 1,1% e os postos de trabalho, 2,9%. O número de trabalhadores com carteira assi-nada aumentou 8,1% e o rendi mento médio real habi-tual, 5,9%. A massa salarial, que reflete tanto o nível de ocupações quanto os rendimentos, cresceu 9,4%. O desemprego nessas áreas caiu 21,4%.

Hoje, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o livro Análise da Seguridade Social já é uma referên-cia importante. Contribui com informações e análises voltadas para o acompanhamento des sas políticas públicas e da sua evolução e se transformou num instrumento fundamental para a organização dos di-versos segmentos sociais em sua luta cotidiana pela garantia de seus direitos e em oposição às mudanças destinadas à implantação do chamado estado mínimo em nosso País.

Parabéns, ANFIP, por nos mostrar um Brasil di-ferente do que muitas vezes a grande mídia divulga.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Está com

a palavra o Deputado Assis do Couto, do PMDB do Paraná. Aliás, do PT do Paraná. Gostaria que estivesse no meu partido, o PMDB, mas respeito a sua posição como petista.

O SR. ASSIS DO COUTO (PT-PR. Sem revisão do orador.) – Já tenho problemas, Deputado Colatto. Não me crie mais.

Sr. Presidente Colatto, quero dar como lido dis-curso que faço enaltecendo a eleição de José Graziano para Diretor-Geral da FAO, no último domingo.

Graziano é um brasileiro filiado ao nosso partido, o Partido dos Trabalhadores. Foi Ministro colaborador do Governo do Presidente Lula. Ele foi eleito para esse importante cargo como um reconhecimento por parte da comunidade internacional dos avanços do Brasil nestes últimos anos no que se refere à agricultura e à alimentação.

Quero dar como lido esse pronunciamento e pe-dir que ele seja divulgado nos meios de comunicação desta Casa, para que toda a sociedade tome cons-ciência, cada vez mais, da importância desse cargo para um brasileiro.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34345

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não po-deria deixar de registrar nos Anais desta Casa a his-tórica eleição do nosso companheiro, o brasileiro José Graziano, para a Direção-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO.

Engenheiro agrônomo de formação, mestre, dou-tor e professor de economia agrícola, José Graziano foi Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome no primeiro mandato do Governo do Presidente Lula, destacando-se como criador do Programa Fome Zero.

Desde 2006, era representante regional da FAO/ONU para a América Latina e o Caribe, elegendo-se Diretor-Geral da FAO na 37ª Conferência, realizada no último dia 26 de junho, em Roma, Itália. Trata-se do primeiro Diretor-Geral da FAO/ONU oriundo da Amé-rica Latina e Caribe.

Foi uma vitória da política social dos nossos go-vernos e da nossa diplomacia!

Faço este registro com grande orgulho, Srs. De-putados e Sras. Deputadas, relembrando a igualmente histórica eleição de outro destacado brasileiro, ex-De-putado Federal, cujos discursos e atuação política estão nos Anais desta Casa Legislativa. Falo aqui do escri-tor, cientista e professor universitário Josué de Castro, que, em 1951, assumiu o alto cargo de Presidente do Conselho da FAO/ONU.

Ambos têm uma trajetória comum de combate à fome e à pobreza. A primeira pesquisa social de que se tem notícia para apurar as condições de vida do nosso povo foi realizada por Josué de Castro em 1932. De lá para cá, passando por duas guerras mundiais na Eu-ropa, que tiveram consequências trágicas em todo o planeta, e por inúmeros conflitos em várias partes do mundo, como na Ásia, na África e na América Latina, o flagelo da fome só se fez agravar.

O Deputado Josué de Castro também criou e presidiu uma Comissão Parlamentar na Câmara dos Deputados com o objetivo de discutir e definir ações públicas de combate à fome e à pobreza em nosso País. Os relatórios dessa Comissão fazem parte dos Anais desta Casa Legislativa.

Na verdade, a fome coletiva é um fenômeno social que atinge todo o planeta, sobretudo as regiões onde o colonialismo atuou sugando as riquezas ambientais e culturais de inúmeras comunidades, como na Ásia e na África, sobretudo.

O modelo econômico implantado no pós-guerra, a partir de 1945, deu início a um intenso processo de expulsão de vastas populações do meio rural para o urbano, resultantes simultaneamente do processo de

industrialização e de mecanização do campo, ambas socialmente concentradoras e excludentes.

Esse modelo, agravado pela chamada “revolução verde”, que teve seu auge nos anos 1970, fez com que a situação da fome e da pobreza em nosso País se aprofundasse e registrasse níveis insuportáveis de convivência social e política.

A partir da redemocratização do País, em 1985, a questão do combate à fome e à pobreza tomou um papel de destaque nos sucessivos governos e na pró-pria sociedade. Esse tema teve papel destacado em todo o processo constituinte, sendo incluído de forma determinada logo nos princípios fundamentais da nossa Constituição, sendo estabelecido como objetivos fun-damentais da República Federativa do Brasil:

“I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento nacional;III – erradicar a pobreza e a marginali-

zação e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV – promover o bem de todos, sem pre-conceitos de origem, raça, sexo, credo, cor, ida-de e quaisquer outras formas de discriminação.”

Perpassando todo o texto constitucional, é exata-mente no Capítulo Dos Direitos Sociais que encontra-remos as bases para o que deu origem à atual política social do nosso Governo e à criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que coor-dena essa política de forma integrada com as demais políticas setoriais de agricultura familiar, educação, meio ambiente, saúde, previdência social, trabalho.

A inclusão do direito à alimentação como um direito social, no art. 6º da Constituição Federal, em 2010, representa a consolidação desse compromisso de acabar com a fome. Nada de revolucionário, estamos tão somente cumprindo a lei e a nossa responsabili-dade pública e de brasileiros comprometidos com os objetivos de construir uma sociedade justa e solidária.

A atual política nacional de erradicação da fome e da pobreza, uma determinação constitucional, foi, portanto, um compromisso do Presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores e das forças democráticas que compuseram o nosso Governo, que criou o Pro-grama Fome Zero, que teve em sua coordenação o nosso companheiro José Graziano, hoje eleito Diretor--Geral da FAO.

É exatamente dos preceitos constitucionais que surge, como um programa de renda mínima, o Progra-ma Bolsa Família, que serve hoje de referência a diver-sos países, constituindo-se num programa social que se afasta das políticas assistencialistas do passado,

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que tinham na caridade e na solidariedade individual suas bases de ação sem, contudo, solucionar estrutu-ralmente a questão da exclusão social e da pobreza.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, enquanto di-versas regiões do mundo atravessaram, e ainda atra-vessam, profundas crises, resultantes de um sistema econômico perdulário e insustentável, o Brasil vem conseguindo, com sua política social, dar respostas efetivas e sólidas, com impactos altamente positivos para a economia nacional.

Estamos agora avançando para mudanças de profundo alcance estrutural ao instituir programas de inclusão econômica, produtiva e de capacitação profis-sional aos beneficiados pelo Programa Bolsa Família.

O recente lançamento, pela Presidenta Dilma Rousseff, dos Programas de Erradicação da Pobreza Extrema, responde aos preceitos da construção de uma sociedade justa, onde o trabalho digno e a renda justa compõem as bases fundamentais do desenvol-vimento nacional.

Nosso compromisso humano, entretanto, não prescinde da solidariedade internacional, da compre-ensão dos fatores que levaram outros países cultural-mente próximos a nós à situação de absoluta pobreza, resultantes da exploração colonialista predatória, de guerras civis infindáveis, que levaram suas populações à extrema miséria e à fome.

Não estou aqui discutindo se se trata de expor-tar nosso modelo de atenção social, pois ele é único, atende às nossas necessidades culturais específicas, mas de buscar outras formas de combate às desigual-dades e à injustiça social, formas cujas bases têm na democracia e na participação social seus princípios fundamentais.

Hoje eleito para dirigir o mais alto organismo in-ternacional com a responsabilidade de buscar soluções para esse histórico e difícil problema, o Sr. José Grazia-no terá que enfrentar poderosos interesses contrários, principalmente aqueles que se opõem à distribuição justa dos alimentos produzidos no mundo, pois a ques-tão da distribuição, juntamente com a democratização do acesso à terra e à produção sustentável, são os maiores desafios a serem enfrentados.

Todos sabemos, Sr. Presidente, que a questão da fome não é por falta de alimentos mas, sim, por um problema de acesso e de distribuição.

Não é à toa que a Vice-Secretária de Agricultura dos Estados Unidos, Kathleen Merrigan, disse que seu governo vai lutar por um congelamento do orçamento--geral da FAO pelo período 2012-2013, quando o que deveria fazer para responder à crise que assola a Eu-ropa e seu próprio país seria exatamente o contrário. Foi isso, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que

ajudou o Brasil a atravessar as consequências mun-diais da recente crise econômica americana.

Nossa experiência no campo da agricultura, do desenvolvimento rural, do meio ambiente, do combate à fome e de políticas sociais é uma importante referên-cia para vários países da América Latina e da África. Nesse sentido, é preciso destacar o importante papel desempenhado pela FAO/ONU ao apoiar a política de desenvolvimento rural sustentável do Governo do Pre-sidente Lula, por meio de seu representante no Brasil à época, o Sr. José Tubino.

Desse modo, Sr. Presidente, Srs. Deputadas e Sras. Deputadas, aqui finalizo meu pronunciamento destacando que é com imenso orgulho que saudamos a eleição do nosso companheiro José Graziano para a Direção-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, desejando-lhe uma profícua gestão à frente daquela importante organi-zação internacional.

Era isso, Sr. Presidente.O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente e catarinense Valdir Colatto, que neste momento preside a Câmara dos Deputa-dos, falo nesta oportunidade sobre o Projeto de Lei nº 7.287, de 2010, que cria a Universidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

Na qualidade de Relator deste projeto, que nasceu no Senado Federal, tendo como autor o nosso sem-pre Senador Leonel Pavan, e que versa sobre a cria-ção da Universidade do Vale do Itajaí, tomo a palavra para dizer que o mesmo estava pautado na reunião de hoje, mas não foi votado. Está pautado para a próxima reunião de quarta-feira, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

A área educacional no Brasil merece ser revis-ta, haja vista uma enorme insatisfação por parte dos profissionais da área. Precisamos rediscutir o sistema educacional no Brasil.

O meu relatório é no sentido da aprovação do referido projeto, conforme anexo.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na quali-dade de Relator do Projeto de Lei nº 7.287, de 2010, na Comissão de Trabalho, de Administração e Servi-ço Público da Câmara dos Deputados, tomo a palavra para informar que este projeto versa sobre a criação da Universidade do Vale do Itajaí, e estava pautado na reunião de hoje, mas não foi votado. Está pautado, portanto, para a próxima reunião de quarta-feira, dia 6 de julho.

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A área educacional no Brasil merece ser revis-ta, haja vista uma enorme insatisfação por parte dos profissionais da área.

Precisamos rediscutir o sistema educacional no Brasil.

O meu relatório é no sentido da aprovação do referido projeto, conforme anexo.

Era o que tinha a dizer.O SR. MANATO (PDT-ES. Sem revisão do ora-

dor.) – Sr. Presidente, gostaria de rapidamente regis-trar que hoje, às 11 horas, o Governador do Estado, Renato Casagrande, estará em Brasília. Junto com a bancada, iremos fazer um giro pelos Ministérios. Ire-mos ao Ministério da Saúde discutir a saúde do nos-so Estado, os hospitais na região noroeste, na região centro-serrana e na região litoral sul. Vamos discutir a educação, as escolas técnicas, ou seja, os IFES. E iremos ao Ministério dos Transportes discutir as BRs.

É uma peregrinação que a bancada do Estado do Espírito Santo fará com o nosso Governador, atrás de recursos para o nosso Estado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Obriga-

do a V.Exa.O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Com a

palavra o Deputado Alceu Moreira.O SR. ALCEU MOREIRA (PMDB-RS. Sem re-

visão do orador.) – Sras. e Srs. Deputados, é uma alegria poder usar desta tribuna quando preside esta Casa um grande amigo, uma pessoa que tem profunda responsabilidade e dedicação quase exclusiva à área da produção primária, como o meu querido compa-nheiro Collato.

Eu quero, Deputado Colatto, aproveitar a presença de V.Exa. na Presidência para fazer um desafio. Quanto será que produz de riqueza, na espiral de produção, um saco de milho? Quanto será que produz de riqueza, na espiral de produção, um quilo de suíno, um quilo de frango, um saco de soja? Quando será que esta Pátria, que deveria ser mãe daqueles que alimentam a população, vai tratar os produtores primários como filhos, e não como se fosse madrasta?

Ontem nós estávamos vendo quebrar os produ-tores de arroz. E eles continuam com grandes dificul-dades. Agora estamos vendo ser dizimada completa-mente a cadeia produtiva do suíno.

Imagina, então, o cidadão que é urbano: “Olha, o cidadão deve ter administrado mal sua propriedade. Ele produz pouco arroz, ele não trabalhou.” Não. Ele administrou muito bem. Ele sabe tudo sobre controle de praga, controle de erva, manejo de solo, armazena-mento, produtividade. Ele sabe tudo. Ele quebrou com

os maiores índices de produção e com o silo cheio. Está quebrado porque não tem preço.

Imagina-se, então, que o criador de suíno foi re-lapso: “A conversão alimentar não é boa. A qualidade genética das matrizes não é boa. Ele não tem o peso e tempo rigoroso. Ele produz porco que não é porco/carne.” Não. Ele tem o melhor produto possível no mer-cado. E ele quebra com o melhor produto do mercado.

Olha, eu nunca vi castigo tão grande. Eu nunca vi alguém ser castigado com tamanha força, alguém que merece ser tratado como excelência por este País, com reverência, pois é quem alimenta a Pátria.

É hora de prestar atenção. O dia em que não houver comida na mesa, todos os carros e geladei-ras, ou seja, a prosperidade das grandes cidades será absolutamente falsa. Aí o agricultor, certamente, terá valor. Não se deixará que ele quebre, no abandono, quando ele, na verdade, deveria ter a proteção de uma economia que é essencialmente agrícola.

Temos uma população urbana num país rural. Que pena!

O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – V.Exa., De-putado Alceu Moreira, como sempre um grande tribuno nesta Casa, engrandece este Parlamento.

O SR. PRESIDENTE (Valdir Colatto) – Com a palavra o Deputado Cesar Colnago.

O SR. CESAR COLNAGO (PSDB-ES. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, nesta manhã, quero fazer coro com o nosso Presidente da Frente Parla-mentar da Saúde. Ontem, discutimos a necessidade urgente e emergente de se aprovar aqui a regulamen-tação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000.

É preciso dizer que alguns Estados, realmente, não cumprem aquilo que está na lei. Cito o exemplo capixaba. Apesar de todas as mazelas que vemos nes-se setor tão importante para a saúde dos brasileiros e que é tratado de forma tão degradante, o Estado do Espírito Santo tem colocado, a partir do último Governo, dois terços dos recursos para que possamos ter um atendimento hospitalar melhor ao nosso povo capixa-ba. São recursos do Estado, que cumpre a legislação. É preciso que os Estados cumpram a legislação.

Mas é preciso que esta Casa, através do nosso Presidente Marco Maia, com a sua independência, coloque em pauta a apreciação da Emenda nº 29, tão importante para que Estados, Municípios e União cumpram sua parte.

Os entes federados têm que observar a priorida-de. Não é possível que o BNDES priorize o Grupo Pão de Açúcar e coloque recursos públicos da União, do povo brasileiro, nessa operação que, segundo disse o Ministro Pimentel, ainda não foi efetivada. Entretan-to, não existem recursos para que a população tenha

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acesso a hospitais, a exames e cirurgias importantes, pois muitas vezes pessoas morrem nas portas dos hospitais por falta de assistência.

Esta Casa tem de aproveitar os últimos dias an-tes do recesso e apreciar esse assunto tão importante. Agradeço à Frente Parlamentar da Saúde e destaco que, com certeza, o Presidente Marco Maia vai trazer essa matéria à votação.

Muito obrigado.A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Sem revi-

são da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, eu gostaria de fazer um registro a respeito da Defensoria Pública do meu Estado, que tem feito um trabalho excelente.

Hoje, no Rio de Janeiro, haverá um seminário or-ganizado pela Defensoria Pública Estadual para tratar da situação da população que está nas ruas. É um tra-balho que os defensores públicos vêm desenvolvendo nas comunidades, prestando uma grande assistência.

Para nós, profissionais da assistência, gestores públicos e Parlamentares, o fato de pessoas morarem nas ruas é um fato social desencadeado por vários fatores: ausência de vínculo familiar, desemprego, al-coolismo, doença mental.

Estamos a tratar, nesse seminário, de sinalizar uma relação mais estreita entre o Poder Público e o Legislativo, a fim de implementarmos políticas que possam resolver essa situação.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Obrigada.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como assistente social, muito me sensibiliza a luta dos que se dedicam a entender e a resolver o problema das pessoas que utilizam as ruas como moradia. Para nós, profissionais de assistência, gestores públicos e Par-lamentares, este é um fato social desencadeado por vários fatores: ausência de vínculos familiares, desem-prego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas, doença mental, entre outros.

Não poderia deixar de registrar também que, além das políticas públicas – muitas delas bastante exitosas –, temos também na sociedade aliados importantíssi-mos, como o trabalho de organizações não governa-mentais (ONGs) e instituições religiosas.

Obrigada.O SR. TONINHO PINHEIRO (PP-MG. Sem revisão

do orador.) – Bom dia, Sr. Presidente, demais colegas Deputados. Gostaria de fazer uma observação muito importante sobre a questão da saúde, a que o nobre Deputado se referiu há pouco.

A falta de recursos financeiros para a saúde no Brasil não é apenas uma questão de o Deputado votar.

Vejam bem: hoje a lei manda que o Prefeito invista 15% na saúde. Todo Prefeito investe de 15% a 35%. Não há nenhuma lei que mande o Prefeito investir isso, mas ele investe porque ama a vida, respeita a vida e sabe que é necessário.

Portanto, o Governo Federal que estamos apoian-do não precisa de uma nova lei para votar, mas precisa ter amor à vida, respeito à vida. Se ele quiser encher a saúde de dinheiro, pode fazer isso independente de nós. Não adianta colocar a culpa no Congresso Nacional. Não é preciso o Congresso Nacional votar. Basta que o Governo Federal tenha amor à vida, por-que dinheiro ele tem. O Governo Federal tem 58% do nosso imposto e investe 7% em saúde. As Prefeituras, que têm 16% do nosso imposto, investem entre 15% e 35% em saúde. E o Governo Federal está batendo recorde de arrecadação.

Portanto, eu peço de maneira humilde e frater-na, mas com muita ansiedade, que o Governo Federal faça a sua parte e invista na saúde. Vamos passar a riqueza do Brasil para a saúde das pessoas. Isso não depende do Congresso Nacional, mas que o Governo Federal tenha amor e dê importância à vida.

O SR. ANTONIO BRITO (Bloco/PTB-BA. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos, ontem, o Senado Federal aprovou a alteração da Lei nº 12.101, de 2009, a Lei da Filantropia, no artigo que trata das santas casas e hospitais filantrópicos. Por meio da Medida Provisória nº 526, art. 9º, foi feita alteração que dá possibilidade às santas casas que prestam ao SUS serviços ambulatoriais e de interna-ção de continuarem a prestar serviço à comunidade, usufruindo de isenção previdenciária.

Foi um ato importante do Senado. A matéria irá para a sanção da Presidenta Dilma Rousseff e, com certeza, essa alteração será consignada, para o bem das santas casas, dos hospitais filantrópicos, do Mi-nistério da Saúde, das secretarias estaduais de saúde e das secretarias municipais de saúde.

Foi uma grande vitória do Congresso Nacional, que permitirá às santas casas, que vêm há mais de 500 anos prestando serviço no mundo e há 460 anos prestam serviços no Brasil, continuarem o seus servi-ços em prol da comunidade brasileira.

Era esse o meu registro, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Pa-

rabéns, Deputado Antonio Brito, nosso grande líder das santas casas, defensor do SUS. É uma vitória do voluntariado a aprovação dessa medida provisória.

O voluntariado é movido pelo amor ao próximo e pela solidariedade. Uns dão um minuto, uma hora

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34349

por dia, um dia por semana ou uma semana por mês; outros dedicam-se o ano inteiro voluntariamente, gra-ciosamente, sem receber nenhum recurso. Esse é o voluntariado brasileiro nas universidades comunitárias, nas APAEs, nos asilos, nos institutos de infância, nas nossas santas casas e hospitais de caridade.

Parabéns pelo trabalho, Deputado Antonio Brito. O SR. ANTONIO BRITO – Sr. Presidente, é uma

honra ver na Presidência V.Exa., que é o grande líder da saúde brasileira, da Frente Parlamentar da Saúde.

O nosso próximo desafio, Sr. Presidente, é a re-gulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pela qual iremos trabalhar juntos, a Frente Parlamentar da Saúde e a Frente Parlamentar das Santas Casas.

Durante o discurso do Sr. Antonio Brito, o Sr. Valdir Colatto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Darcísio Perondi, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Con-cedo a palavra ao ilustre Deputado Valdir Colatto, um dos maiores líderes do Brasil, defensor, com sabedo-ria, da agricultura familiar, da agricultura brasileira. Foi um dos grandes líderes da votação do Código Flores-tal nesta Casa.

O SR. VALDIR COLATTO (PMDB-SC. Sem revi-são do orador.) – Obrigado, Sr. Presidente, Deputado Darcísio Perondi. É com alegria que vejo V.Exa. presi-dindo esta sessão. Com certeza, a área da saúde está bem representada por V.Exa.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje quero falar desta tribuna a respeito de um verdadeiro périplo que fizemos nesta semana pelos Ministérios, pela CO-NAB, pelo Ministério da Agricultura. A Ministra Gleisi Hoffmann nos atendeu para tratar de assuntos impor-tantes para a agricultura brasileira, como a questão da crise do arroz e da suinocultura, que realmente está inviabilizando essas duas atividades no País.

É preciso que comecemos a olhar a questão da produção de alimentos como área de segurança ali-mentar, de segurança nacional.

Enquanto outros países lutam para manter os seus produtores no campo, e produzindo, nós, às vezes, deixamos setores importantes sem um acom-panhamento do Governo para buscar soluções para o setor dos produtores de arroz, que enfrentam uma crise em Santa Catarina e no Paraná, para a questão da suinocultura, espalhada por todo o Brasil, e para a questão da maçã.

Enfim, o Governo tem de manter essas atividades em pé para que, amanhã, não tenhamos de importar

comida, produto essencial à segurança alimentar do Brasil.

Então, dentro desse aspecto, queremos pedir ao Governo, à Presidente Dilma Rousseff, que olhe com carinho esses setores, para que, amanhã, não tenhamos dificuldades em manter essas atividades e tenhamos de importar alimentos.

Foi anunciada a fusão entre o Grupo Pão de Açú-car e o Carrefour, o que vai gerar empregos, talvez, lá fora, buscando um caminho de exportar produtos bra-sileiros através de empresas multinacionais criadas no Brasil. Acho que não é por aí que devemos caminhar, mas, sim, termos bons produtos, gerarmos emprego aqui, produzirmos com qualidade para podermos expor-tar para o mundo, que quer e precisa comprar comida.

Também chamo atenção para o fato de que todas essas dificuldades que temos no setor agropecuário, na produção, têm de ser acompanhadas de perto pelo Congresso Nacional. Essa é uma das nossas funções, como foi o Código Florestal, que agora se encontra no Senado Federal, onde está sendo discutido em audi-ência pública.

Esperamos que o Decreto nº 7.497, de 9 de junho de 2011, que prorrogou a não exigência da averbação da Reserva Legal para 11 de dezembro de 2011, seja respeitado. Não é simplesmente uma postergação da atuação desses produtores, mas, sim, esperar que o Congresso Nacional resolva essa questão do Código Florestal, que aprove, e, aí sim, nós tenhamos uma nova legislação.

Não é com pressão, polícia e multa que vamos resolver o problema ambiental do Brasil. Vamos sim, na conferência do ano que vem, apresentar uma pro-posta para o mundo. Já que o mundo lá fora exige do Brasil tanto cuidado com as nossas florestas – temos 60% das florestas preservadas; na Europa, 0,1%; nos Estados Unidos, 5%; em outros países, nada –, vamos propor, na conferência que será realizada no Rio de Janeiro, que todos os países adotem o que estabelece o Código Florestal Brasileiro quanto a APP e Reserva Legal. Se é bom para nós, deve ser bom para o mundo. Então, vamos exigir que cada francês, italiano, ameri-cano e asiático tenha lá os 20%, 35%, 80% de Reserva e faça APP de 30 a 500 metros, conforme a legislação brasileira está exigindo dos nossos produtores.

Nós estamos tentando ajustar essa questão em um planejamento de ocupação territorial em que seja possível produzir e ter os cuidados com o meio am-biente. O mundo está preocupado conosco, no Brasil; queremos que o planeta se preocupe também com a questão ambiental.

Essa é a proposta que quero que a Casa discuta, para que levemos à Conferência Rio+20, que acontece-

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rá no começo do ano que vem. Isso tem que ser resol-vido nesta Casa. Vamos fazer o nosso Código Florestal e levá-lo como proposta para o planeta, criando o Códi-go Florestal Internacional, para que o mundo respeite o meio ambiente como o Brasil o respeita. Se isso for feito, com certeza o planeta será outro, será melhor, e não serão os europeus e americanos que irão exigir de nós determinadas ações. Nós estamos fazendo a nossa parte, eles não fazem e cobram de nós. Quem sabe o Código Florestal Internacional seja a solução para a questão do aquecimento global?

Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Para-

béns, Deputado Valdir Colatto.O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Com

a palavra o professor e Deputado Chico Lopes, do PCdoB do Ceará.

O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Bom dia, Sr. Presi-dente, Sras. e Srs. Deputados.

Parabenizo o nosso companheiro Deputado Valdir Colatto pelo discurso.

Começo dizendo que hoje é o Dia Nacional do Fiscal Federal Agropecuário. Quero parabenizar a cate-goria, através do Dr. Wilson Roberto de Sá, Presidente do sindicato que tem feito um grande trabalho, e, no Ceará, através do meu companheiro de futebol e de trabalho, o fiscal Dr. Simplício Alves de Lima, diretor institucional do sindicato aqui em Brasília.

Nós sabemos que, desde que foi criada a catego-ria de funcionários auditores fiscais na atividade eco-nômica, tem melhorado muito a qualidade dos nossos produtos, porque há fiscalização para que não haja produtos que não interessam ao consumidor.

Parabenizo a categoria na pessoa dos dois re-presentantes citados.

Sr. Presidente, fiquei surpreso com o resultado da votação, ontem, em uma Comissão do Senado. Algum tempo atrás, surgiu um movimento no Brasil para aca-bar com o Senado. Eu me coloquei contra. No mesmo mote, quiseram acabar com o suplente de Senador, e os três mais bem votados seriam os eleitos. Também me coloquei contra. Mas, a se manter esse conserva-dorismo da maioria dos Senadores, o Senado vai per-der a sua função, uma vez que ele ataca diretamente a democracia que ainda vem procurando se desenvolver no Brasil. Uma democracia que ainda abriga trabalho escravo, uma democracia que ainda enfrenta dificul-dades nas suas fronteiras, uma democracia que não consegue aprovar uma Comissão da Verdade, para sabermos quem é quem; mas é a democracia que nós temos, e que com a luta de todos está avançando.

O Congresso é um Parlamento democrático, é verdade, mas a Câmara Federal representa o povo; e o Senado, os Estados. Acontece que ele se acha no direito de legislar sobre uma reforma que vai atingir todos os brasileiros na hora das eleições. Nós não aceitamos isso, porque ninguém é obrigado a fazer coligação. Se não há obrigação, por que ela tem que ser proibida? Por que não se deixa à vontade? Os hoje grandes partidos já foram pequenos. Em alguns interiores, eles não fazem nem um Vereador se não estiverem coligados.

(O microfone é desligado.)O SR. CHICO LOPES – Sr. Presidente, eu agra-

deço a gentileza.Isso é desconhecer a realidade do nosso País.

E eu duvido... Se não pode para proporcional, por que pode para majoritário? Essas contradições nós temos certeza de que a Câmara Federal vai discutir com mais profundidade, porque representa a maioria do povo brasileiro e não fica restrita a uma discussão dessa natureza, que vai começar agora.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Para-

béns, Deputado e Professor Chico Lopes.O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Con-

cedo a palavra ao Deputado Celso Maldaner. O SR. CELSO MALDANER (PMDB-SC. Sem

revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero dar como lido, para que fique registrado nos Anais da Casa, um pronunciamento muito importante sobre saneamento básico. A cada 1 real investido em saneamento, são economizados cerca de 3 reais na saúde. Então, é im-portante o pronunciamento que estou encaminhando. Com 270 bilhões de reais, o País economizaria na área da saúde pública em torno de 810 bilhões de reais.

Sr. Presidente, participamos hoje da instalação da Frente Parlamentar Mista de Hortifrutiflorigranjei-ros, muito importante. Nós temos em torno de 800 mil hectares de hortaliça plantada no Brasil, o que gera mais de 6 milhões de empregos na cadeia produtiva e 25 milhões de toneladas de produção. Temos que aumentar cada vez mais o consumo, que no Brasil está muito baixo, em torno de 20 quilos per capita. Se compararmos com outros países, ainda temos que aumentar o nosso consumo.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, das 101 obras de ampliação das redes de esgoto em curso nas cidades com mais de 500 mil habitantes atendidas por empresas públicas incluídas no PAC 1, apenas 4% fo-ram finalizadas. A falta de saneamento não é apenas

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34351

um risco ambiental, mas cria graves problemas de saúde pública. Mais de 700 mil pessoas são interna-das anualmente no País com diagnóstico de doenças associadas a falta de saneamento e sete crianças morrem por dia vítimas de disenteria.

Enquanto a área pública patina, a pequena par-cela privada acelera. Nos últimos 5 anos, nos poucos mais de 200 Municípios com empresas privadas, a população atendida passou de 8,4 milhões para 17 milhões. Os investimentos somaram 2 bilhões de reais, com enormes e significativos benefícios para a saúde.

Cada real investido em saneamento significa uma economia de 3 reais no tratamento de doenças asso-ciadas à falta desse serviço. Se enfrentarmos o desa-fio de universalizar o saneamento, com investimentos estimados pelo Governo na ordem de 270 bilhões de reais, o País economizaria na área de saúde pública cerca de 810 bilhões de reais.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Com

a palavra o Deputado Cesar Colnago, do PSDB do Espírito Santo.

O SR. CESAR COLNAGO (PSDB-ES. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo hoje a tribuna para registrar três fatos que a mídia do meu Estado veiculou durante a semana, dois de suma importância para a economia capixaba e o último extremamente lamentável.

O primeiro é que a Capital capixaba, Vitória, é o terceiro Município do Brasil em índice de pessoas in-cluídas na faixa de maior poder aquisitivo, com 26,9% de sua população apresentando renda familiar total superior a 6.745 reais por mês, superado apenas por Niterói, na primeira posição, e Florianópolis, na se-gunda, conforme divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas.

O segundo fato é que o Governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande, está criando uma nova Secretaria, a Secretaria Extraordinária de Projetos Especiais e Assuntos Metropolitanos, com o objetivo específico de captar recursos junto à iniciativa privada e a fontes alternativas ao Governo Federal, a fim de garantir o financiamento dos grandes projetos de infraestrutura de que o Estado necessita para sus-tentar seu potencial de desenvolvimento e tentar re-duzir a angústia do Estado do Espírito Santo, do povo capixaba, com a escassez de recursos do Governo Federal para o Estado.

Nosso aeroporto já foi classificado pelo IPEA como o pior aeroporto do Brasil. Ele transporta hoje 2 milhões e 500 mil pessoas, e sua capacidade não passa de 550 mil. A BR-262 e a BR-101 estão esbura-cadas, causando muitos e muitos acidentes e mortes.

Isso além do nosso sistema portuário, dos nossos sete portos, que cada vez mais perdem competitividade.

O Governador Casagrande, que é do PSB, está buscando alternativas na iniciativa privada porque, de Brasília, por enquanto, só promessas.

E a última notícia, que é ruim, é a gastança da Prefeitura de Vitória na construção do Parque Tancredo Neves, na Capital do Estado. A obra, Sr. Presidente, iniciada há 5 anos, no Governo do Prefeito João Coser, do PT, foi estimada em 15 milhões. Pois em 5 anos, com a economia estabilizada, com o processo infla-cionário sob controle, ela já foi reajustada três vezes: custa hoje – ainda não terminou, estamos no meio da obra – 41 milhões 750 mil reais, o triplo do valor inicial.

Isso é comum no governo do Prefeito João Co-ser. Quase todas as grandes obras recebem aditivos contratuais, e os valores finais acabam sendo duas a três vezes maiores do que o inicialmente previsto. Isso também, com certeza, já está ocorrendo na cons-trução e reforma dos vários estádios para a Copa do Mundo, que serão palco de um evento maravilhoso e importante para o Brasil. Daí a nossa oposição, res-ponsável, àqueles que defendem sigilos, ausência de projeto básico... Aprova-se aqui uma situação que eu acho que não vai ter controle. Não que com a Lei nº 8.666 não fosse haver desvios, mas há a possibilida-de de se escancarar a corrupção com aquilo que nós aprovamos nesta Casa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Com

a palavra pela ordem o Sr. Deputado Márcio Macêdo, do PT de Sergipe.

O SR. MÁRCIO MACÊDO (PT-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os festejos juninos no meu Estado de Sergipe terminaram ontem, Dia de São Pedro, santo protetor das viúvas e dos pescadores. Vai aqui o meu abraço a todos os pescadores do Brasil e de Sergipe.

Durante um mês, o Estado se transformou num grande “arraiá”. Durante 13 dias, o Forró Caju, em sua 18ª edição, que cresce cada vez mais a cada ano, con-solidou-se definitivamente no calendário das grandes festas nacionais.

Foram 130 atrações, das quais 117 locais, envol-vendo mais de mil profissionais sergipanos envolvidos com a música. A rede hoteleira atingiu o seu limite de leitos disponíveis para os turistas, com preços de bens e serviços acessíveis. A festa foi marcada, mais uma vez, pela organização e tranquilidade. Segundo a Or-ganização Não Governamental Direitos Humanos e a Secretaria de Segurança Pública, não ocorreu nenhu-ma ocorrência policial grave nem registro de nenhum caso de violação aos direitos humanos.

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Dados da Secretaria de Finanças do Município indicam que de cada R$1,00 investido na festa a bela Capital dos sergipanos, Aracaju, tem um retorno de R$3,00.

A ampla cobertura nacional, com destaque nos principais telejornais e até em reportagens especiais, aponta para algo que todos já sabem, de forma que não seria exagero repetir, como o cancioneiro popu-lar: Sergipe é o país do forró, e Aracaju, a Capital dos sergipanos, é o seu maior “arraiá”, recebendo a cada noite algo em torno de 150 mil pessoas.

Se as festas juninas, Sr. Presidente, representam a marca da generosidade e alegria do povo nordesti-no, nos últimos anos espelham também as marcas do desenvolvimento e do talento do povo de Sergipe. Foi assim que o menor Estado da Federação se transfor-mou no segundo maior produtor de milho do Nordeste e no quinto maior produtor de leite.

Aracaju, já há alguns anos, é a Capital brasileira da qualidade de vida, e Sergipe conta com o melhor IDH e o melhor Índice de Desenvolvimento Socioeco-nômico de todo o Nordeste brasileiro. Mas, para além dos números e dos dados, o que o Forró Caju e os festejos juninos traduzem é a realização das profun-das mudanças ocorridas no trato com a nossa cultura.

O Estado se tornou um importante vetor e agente de fomento cultural e socioeconômico, a partir do re-conhecimento de que a cultura, as tradições, o nosso jeito de ser, de produzir, de viver, além de serem o mais importante patrimônio intangível do nosso povo, são também agentes do nosso desenvolvimento.

Para concluir, quero, Sr. Presidente, parabenizar o Prefeito da Capital dos sergipanos, Edvaldo Noguei-ra, o seu Vice, Silvio Santos, do meu partido, o PT, e o Governador Marcelo Déda, também do Partido dos Trabalhadores.

Quero abraçar o povo do meu Estado e parabe-nizá-lo por ter feito um festejo de 30 dias em todo o Estado e 13 dias na Capital, com paz, com amor. E não se registrou uma morte, nenhum caso de violência.

Está de parabéns o Estado de Sergipe. Viva aos festejos juninos.

O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Para-béns, Deputado Márcio Macêdo.

Eu estive, com quatro Deputados da Subcomis-são de Saúde, visitando o Sistema Único de Saúde de Sergipe. E lá constatamos que um governante que toma atitude firme muda indicadores de saúde. Isso acon-teceu com o Governo do nosso ex-colega Deputado Marcelo Déda, hoje Governador pelo PT – o Vice é o Jackson. Há 4 anos o pequeno Sergipe está investindo mais de 12% do seu orçamento, cumprindo a Emenda 29, e a saúde no Estado está mudando.

É um exemplo claro, que nós constatamos, de que atitude de governo muda, sim, os indicadores de saúde e inclusive de educação.

Parabéns. Leve um abraço ao Governador Mar-celo Déda.

O SR. MÁRCIO MACÊDO – Obrigado, Presidente. Se o senhor me permite, eu quero só complementar dizendo que Sergipe tem 75 Municípios. O Governador Déda fez 105 clínicas de saúde da família, com padrão de primeiro mundo, e oito hospitais regionais, dos quais dois já estão prontos e quatro, em conclusão.

É um trabalho de recuperação do sistema de saúde do Estado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Chamo

agora o Sr. Deputado Amauri Teixeira, do PT da Bahia, uma extraordinária revelação de primeiro mandato fe-deral nesta Casa.

O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Perondi, ini-cialmente, quero lhe agradecer por ter invertido a or-dem. Eu tenho agora uma reunião na Subcomissão de Agrotóxico.

Sr. Presidente, inicialmente, quero declarar meu apoio à luta dos trabalhadores do Judiciário, à luta dos servidores das universidades brasileiras, dos servidores técnico-administrativos, à luta dos agentes comunitá-rios de saúde e agentes de combate às endemias, de Salvador. Parabenizo toda a liderança da categoria.

Sr. Presidente, ao contrário de Sergipe, onde as festas juninas já acabaram, na Bahia, elas prosseguem.

Nós temos o maior São João do Brasil. A maior festa regional do Brasil é o São João da Bahia, mais de 100 Municípios participam do São João e mais um sem-número, de São Pedro.

Na Bahia continuamos com festejos juninos e ju-linos. A Festa de São Pedro ocorre em América Dou-rada, em Bom Jesus da Lapa, com grandes atrações, e em Itiruçu.

Há duas grandes Festas de São Pedro na minha região. Depois de participar de duas Festas de São João excelentes, fui a Uibaí, Irecê e Cruz das Almas. Tivemos grandes festas em Amargosa. Tivemos grande São João em Miguel Calmon, mas temos São Pedro excelente em Mundo Novo e Tapiramutá.

Fechando o ciclo, Sr. Presidente, haverá a Festa de São Marçal, em Jacobina, no dia 2, e de São Pe-dro, no dia 3.

São Marçal pouca gente sabe que existe, mas Dona Clenice organiza a tradicional Festa de São Marçal, em Jacobina, onde estarei presente no dia 2 de julho.

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Nós fechamos as festas. Como disse o Márcio Macêdo, o São João, apesar de ser uma festa abran-gente, é uma tradição que mistura culinária típica, sons, músicas típicas, danças típicas. É um momento de cli-ma diferente no Nordeste, pois estamos no inverno. O São João é uma das festas menos violentas que nós temos. E já conversei sobre isso com diversos agentes de segurança. Há uma confraternização muito grande.

Sr. Presidente, parabenizo a Bahiatursa e o Go-vernador Jaques Wagner por terem estimulado a fes-ta, como também os Prefeitos de Uibaí, de Irecê e de Amargosa e todos os que realizaram grandes festas. Nós vamos continuar essa tradição na Bahia até do-mingo, quando se encerra em Jacobina com a Festa de São Marçal.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Com

a palavra o Deputado Marçal Filho.O SR. MARÇAL FILHO (PMDB-MS. Sem revisão

do orador.) – Parabenizo o Deputado Amauri Teixeira pela Festa de São Marçal, muito bem lembrada. É uma festa importante.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, gosta-ria de registrar a presença na Câmara dos Deputados, ontem, do Ministro da Educação, Fernando Haddad. Reuniram-se os Relatores das Comissões de Educação, de Justiça e de Finanças para debaterem o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC, programa extremamente importante.

Eu, que sou Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Ensino Técnico aqui na Câmara, sinto-me muito feliz de ver a Presidente Dilma se empenhando para que o PRONATEC seja logo aprovado na Casa.

Há uma disposição dos Relatores de fazerem um relatório em conjunto. Eles estão em contato perma-nente para que haja apenas um relatório e possamos, assim, votar esse projeto tão importante para o ensi-no e para a educação no Brasil, especialmente para o ensino médio.

O ensino médio tem sido esquecido ao longo do tempo. Não tem havido o investimento necessário. Falou-se muito do ensino fundamental, do ensino su-perior, houve muito investimento nessas áreas, mas o ensino médio ficou para trás. Ficou apenas como pedágio para a universidade, como preparação para a entrada no curso superior.

O importante no ensino médio é que ele tam-bém dê a opção para o jovem do ensino técnico pro-fissionalizante, para que ele possa ter uma formação profissional e sair dali diretamente para o mercado de trabalho. Às vezes, o jovem sai do ensino médio sem nenhuma perspectiva. A evasão escolar é muito grande,

exatamente porque não há estímulo para a conclusão do ensino médio.

Os números mostram que a evasão é muito alta nessa fase. E acredito que, com o PRONATEC, que incentiva o jovem com a garantia do mercado de traba-lho, com esse ensino técnico profissionalizante, vamos ter uma educação muito melhor. É um plano bastante amplo, que não está restrito apenas à expansão de escolas técnicas federais, de institutos técnicos fede-rais no Brasil. Mantém também convênio com o Sis-tema S, e subsidiando-o, para que, com o know-how que já implantou no País, possa utilizar isso de forma mais ampla.

Dessa forma, com certeza, vai melhorar a edu-cação não só do jovem, mas daquele trabalhador que ficou fora do mercado de trabalho, porque sua profissão se tornou obsoleta ou foi substituída por outra com o advento da tecnologia, e ele tem de se reciclar e se aperfeiçoar cada vez mais.

O PRONATEC contou com investimento inicial de 2 bilhões de reais, anunciado ontem pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad. Que nós possamos ter esse incremento cada vez maior, principalmente no ensino médio. Insisto nisso porque é exatamente no ensino médio que a pessoa define se vai para a faculdade, se vai fazer um curso superior, ou se vai, com sua formação profissional, entrar no mercado de trabalho, utilizando o que aprendeu nos bancos es-colares. O ensino técnico não é apenas teórico; ele é prático também.

O que eu acho importantíssimo é que ele respeita a vocação regional, a vocação de cada região do País, diferentemente de muitos cursos que, às vezes, não têm nada a ver com aquela região, e a pessoa acaba não o utilizando na prática.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Darcísio Perondi) – Vou

passar a Presidência ao Deputado Ságuas Moraes, do PT de Mato Grosso.

Antes, concedo a palavra à Deputada Janete Pietá, Líder da Frente Parlamentar Feminina, uma guerreira pelos direitos das mulheres – sempre mais, nunca menos.

A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ (PT-SP.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, querida Deputada Fátima Bezerra, eu gostaria de saudar os organizado-res do seminário sobre as empregadas domésticas, realizado ontem, no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA.

Como coordenadora da bancada feminina da Câmara Federal, que tem entre suas prioridades a emancipação econômica da mulher, que inclui também os direitos trabalhistas às empregadas domésticas,

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repudio a declaração do ex-Ministro Delfim Netto, que disse: “Não há mais empregada doméstica. Quem teve esse animal teve, quem não teve não o terá mais”. A declaração representa o que há de mais perverso e ainda mostra uma visão escravocrata, além do não re-conhecimento da dignidade e humanidade da mulher negra, que historicamente teve seus direitos negados pelos órgãos estatais.

Há 39 anos a Lei nº 5.859, de 1972, regulamen-tou a profissão de empregado doméstico, que é o pro-fissional que presta serviço de forma não eventual e mediante pagamento de salário, no âmbito residencial. Em 1988, a Constituição Federal garantiu direitos à ca-tegoria. A luta por mais direitos da categoria teve início na década de 30, com a pioneira Laudelina Campos de Melo, e continua até hoje. Mas a empregada domésti-ca ainda não tem todos os seus direitos assegurados.

Segundo relatório do Grupo de Trabalho Tripartite (Governo Federal, Sindicatos e Organização Internacio-nal do Trabalho) sobre o trabalho doméstico, a categoria geralmente tem carga horária de trabalho maior, arca com a responsabilidade do cuidado não só da casa, mas da família que vive no lar, suporta grande pressão dada à repetição e diversidade de tarefas das quais têm que dar conta ao mesmo tempo, além de recair sobre ela a complexidade das relações e problemas familiares que é obrigada a absorver.

Para mudar esse quadro, no Congresso Nacional há projetos de lei que regulamentam os direitos traba-lhistas das empregadas domésticas, que passariam a contar com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço obrigatório; igualdade de direitos trabalhistas entre as empregadas domésticas e os demais trabalhadores urbanos e rurais; inserção no Sistema Especial de In-clusão Previdenciária; multa por infração ao trabalho doméstico, entre outros.

Existem 54 proposições que tramitam na Câmara Federal sobre o trabalho doméstico, que representa 7,2 milhões de trabalhadores, emprega 93% de mulheres, e as mulheres negras representam 61,6% da categoria. Essa profissão herdou do sistema escravocrata toda a carga de desvalorização de mão de obra barata. Mui-tas vezes os empregadores, nesse caso chamados de patrões e patroas, não reconhecem essa função como atividade produtiva importante para seu desenvolvi-mento pessoal e da sua família. Não é de hoje que as trabalhadoras domésticas lutam por melhores condi-ções de trabalho e reconhecimento de sua profissão.

O trabalho doméstico é a única profissão que tem direito diferenciado na Constituição Federal, pois em lei é facultado o depósito do FGTS. Além disso, é exigido o atestado de bons antecedentes, emitido pela polícia, para garantir a contratação. Vamos somar forças

no Congresso Nacional para mudar a legislação em favor dos trabalhadores domésticos, mas para tanto é fundamental mudar o tratamento e a atitude cultural que ainda tem traços escravocratas que impedem a concessão desses direitos. Contem com minha voz, voto e articulação política para mudar esse quadro.

A categoria das empregadas domésticas esteve nesta Casa em busca de que o Congresso assuma, rapidamente, o que foi aprovado na OIT, um capítulo especial de direitos da empregada doméstica.

Quero saudar também minha cidade de Guaru-lhos, que, na próxima semana, fará o Seminário Inter-nacional de Cidades Aeroportuárias. Eu irei represen-tando a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional desta Casa.

Sr. Presidente, a bancada feminina se reunirá agora com o Ministério da Educação para tratar de programas e ações voltados à questão das mulhe-res. Na reunião pretendemos discutir, em especial, a educação infantil, pois a instalação de creches é uma política pública que traz maior autonomia às mulheres.

(O microfone é desligado.)

O Sr. Darcísio Perondi, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-, deixa a cadeira da presi-deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Ságuas Moraes, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Ságuas Moraes) – Conce-do a palavra ao próximo orador inscrito, Sr. Deputado Darcísio Perondi. S.Exa. dispõe de 3 minutos.

O SR. DARCÍSIO PERONDI (PMDB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a saúde brasileira precisa melhorar. Isso é indiscutível. Esta Casa vai votar a regulamen-tação que não vai custar nada ao Tesouro Nacional. A educação precisa de um choque, mas, surpreenden-temente, ontem à noite foi anunciado um aporte de 4 bilhões e meio do BNDES ao Grupo Pão de Açúcar para comprar a parte francesa do Carrefour, no Brasil – 4 bilhões e meio!

Esse dinheiro! De onde vem esse dinheiro? Esse dinheiro vem do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, o grande financiador do BNDES. Esse dinheiro vem do Tesouro Nacional, que vende letras do Tesouro a 12% ao ano e empresta a 6% ao ano. E pior, estimulando a concentração de supermercados no País.

O grande berro da agricultura – do pequeno pro-dutor que vende alface para o supermercado, do ar-rozeiro ao vendedor de batata e de cebola – é que os supermercados compram deles, apertando o preço, o mínimo do mínimo, pagando pouco ao pequeno pro-dutor. E a dona de casa, o pai de família, no final de semana, quando faz o rancho mensal, sente o preço

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das compras nos supermercados. Uma das razões é a concentração de supermercados.

O que está acontecendo com o Tesouro Nacional e com o BNDES? Presidenta Dilma Rousseff, pense numa análise melhor! Isso aconteceu com recursos para a Oi comprar a Telefônica, 3 a 4 bilhões de reais; isso aconteceu para aglomeração de frigoríficos, 2 a 3 bilhões de reais. Isso está aumentando nossa dívida interna, meu caro Deputado Assis do Couto, por emis-são de letras do Tesouro.

Vamos investir em escolas, em hospitais, em postos de saúde, na pequena e média indústria ou na grande indústria, mas que tenhamos resposta!

Hoje, há um artigo no jornal Correio Brazilien-se – leiam, leiam – que diz o seguinte: “Bonde sem freio”. Trata-se de uma expressão do Norte e Nordes-te. Parece que o BNDES perdeu o freio, apoiado pelo Tesouro Nacional.

Nos últimos 3 anos, mais de 300 bilhões de reais para um pequeno grupo de empresas, não vou discutir o mérito, mas parece que perdeu o freio mesmo. Por-que agora é dinheiro público – dinheiro público. E falta para a educação, falta para a saúde.

Esta semana, no Rio de Janeiro, morrerão oito cariocas por falta de vagas nas UTIs. Coitado do Mi-nistro da Saúde, que sofre com o Orçamento. E o Te-souro, o BNDES, fazendo isso. Há tempo de revisar.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Ságuas Moraes) – Conce-

do a palavra ao Sr. Deputado Zoinho.O SR. ZOINHO (Bloco/PR-RJ. Pronuncia o seguin-

te discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho hoje saudar o jornal O Dia, que está comple-tando 60 anos neste mês de junho.

Fundado em 1951, pelo jornalista e então Depu-tado Chagas Freitas, que viria a ser o Governador dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, o jornal mais carioca de todos nasceu com forte apelo popu-lar. Foi adquirido em 1983 pelo jornalista e empresário Ary Carvalho, tornando-se líder em vendas no Rio de Janeiro, em 1996. A partir de maio de 2010, o jornal passou à gestão da EJESA – Empresa Jornalística Econômico S/A, que tem O Dia como uma das suas publicações mais tradicionais e influentes.

As 6 décadas de fundação do jornal foram come-moradas em cerimônia no Museu Histórico Nacional, no centro do Rio, à qual tive a honra de comparecer. A solenidade contou com a presença da Presidenta Dilma Rousseff, do Governador do Rio Sérgio Cabral, do Prefeito Eduardo Paes, da Ministra da Comunicação Social Helena Chagas, entre outros políticos, empre-sários e jornalistas.

Considerado o porta-voz do Rio de Janeiro, O Dia é também um dos jornais mais populares do Brasil, em função de sua linguagem acessível e da veicula-ção de matérias que se voltam para o real interesse da população.

Mas o jornal O Dia merece os parabéns não só pelo seu aniversário, mas também porque, além de prestar informação de alto nível, apoia atividades cul-turais, educacionais e de saúde em comunidades do Rio de Janeiro.

Como parte das comemorações, o jornal veicu-lou uma edição especial que contou a história da pu-blicação e reuniu as 60 ideias que estão mudando o Rio de Janeiro. Empreendedorismo, cultura, esporte, sustentabilidade, inclusão, educação, saúde, paz, liber-dade, informação, superação, talento, interatividade, inovação e cuidados com a cidade foram alguns dos temas abordados.

No evento de aniversário, foram homenageadas instituições e pessoas que fizeram a diferença na ci-dade: o cantor Martinho da Vila; José Júnior, Coorde-nador-Executivo do Grupo Cultural AfroReggae; Lu-cinha Araújo, Presidente da Sociedade Viva Cazuza; o sargento Márcio Alves, policial herói da tragédia de Realengo; e a Profa. Sueli Gaspar, diretora do CIEP 1º de Maio, a melhor escola municipal do Rio de Janeiro.

Por fim, parabenizo a equipe de jornalistas e pro-fissionais que participam da elaboração do periódico pela qualidade do trabalho desenvolvido. Minhas con-gratulações ao jornal O Dia, que se renova a cada dia e, ao mesmo tempo, mantém sua tradição de um infor-mativo de qualidade e comprometido com a população.

Muito obrigado.A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Sem revisão

da oradora.) – Sr. Presidente, ocupo a tribuna desta Casa para, mais uma vez, falar sobre as greves e as lutas dos servidores públicos do meu Estado, o Rio Grande do Norte.

Há várias categorias em luta, em greve: os pro-fessores do Estado; os trabalhadores em educação da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte; os policiais civis e várias categorias da administração in-direta, como os servidores da Fundação José Augusto, os do DETRAN, os da FUNDAC, entre outros.

O que mais nos espanta, Sr. Presidente, é que, passado esse tempo todo, o Governo Rosalba Ciarlini mantém-se numa postura de imobilismo, de paralisia.

Só na educação lá se vão mais de 50 dias de gre-ve. Os professores estão angustiados, assim como os estudantes e suas famílias. O que mais os professores desejam neste exato momento é voltar ao trabalho. O que mais os policiais civis do nosso Estado desejam é voltar ao trabalho. E é isso que a população também

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deseja e precisa. No entanto, Sr. Presidente, volto a dizer, a postura do Governo do DEM é de impávido colosso, de imobilismo.

O Deputado Fernando Mineiro e o Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Ricardo Motta, têm--se colocado à disposição para ajudar na negociação. Foi criada uma comissão, que se tem reunido com os servidores, os quais têm apresentado propostas. No entanto, o Governo permanece insensível.

Sr. Presidente, para a educação, o Governo che-gou a apresentar uma proposta, é fato. No entanto, a proposta é tímida. Não foi possível avançar. No que diz respeito às demais categorias, nem uma proposta, nem uma, só promessa.

Os servidores públicos do meu Estado estão lu-tando, neste exato momento, por direitos. Na verdade, eles não estão pedindo nada de mais. Estão pedindo que o Estado cumpra a lei. O que está em jogo são os planos de cargos, carreiras e salários aprovados pela Assembleia Legislativa, inclusive com aplausos da atual Governadora, que na época era candidata.

É de uma ingenuidade sem tamanho pensar que os servidores públicos iriam abrir mão de direitos con-quistados a duras penas, como os planos de cargos, as carreiras e os salários.

Eu quero aqui, Deputado Inocêncio, mais uma vez, fazer um apelo ao Governo Rosalba: em vez de vir com ameaças – cortar ponto, declarar ilegalidade de greve –, em vez de vir com esse tipo de postura, sente-se novamente à mesa com a Assembleia Legis-lativa, respeitando, inclusive, a Assembleia Legislativa do nosso Estado, respeitando os servidores e respeit-ando a população. A população, principalmente a mais pobre, precisa que esses serviços voltem a funcionar na ponta, pois são serviços de que ela necessita.

Então, deixo, mais uma vez, o meu apelo para que o Governo se sente à mesa e de fato coloque uma proposta concreta para que possamos superar esses conflitos.

Durante o discurso da Sra. Fátima Be-zerra, o Sr. Ságuas Moraes, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-, deixa a cadeira da presi-deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oli- Inocêncio Oli-veira, 3º Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, para uma breve intervenção, ao ilustre Deputado Valadares Filho, do PSB do Sergipe.

O SR. VALADARES FILHO (Bloco/PSB-SE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, quero fazer um registro. Na semana passada, fui procurado pelo Prefeito da cidade de Boquim, no meu querido Estado de Sergipe, pelo Secretário de Agri-

cultura, por agricultores e agricultoras da região sul e centro-sul do nosso Estado, os quais me relataram sua situação preocupante, já que têm como maior fonte de renda o cultivo da laranja. O Programa de Aquisição de Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Social infe-lizmente retirou esse item – até então, obrigatório – do programa, o que vem dando um prejuízo muito grande às famílias desses agricultores e dessas agricultoras.

Queria fazer, neste momento, ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e ao Ministério do Desenvol-vimento Social, um apelo para que tenham a sensibi-lidade de reincluir a laranja como item obrigatório do programa, não só por conta da necessidade das famí-lias de agricultores e agricultoras, mas também pela importância que tem essa fruta como fonte de energia e bom alimento para nossa comunidade.

Era esse o registro que eu queria fazer, Sr. Pre-sidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na sema-na passada, fui procurado pelo Prefeito de Boquim, um dos Municípios do meu Estado de Sergipe, que me relatou a preocupante situação dos agricultores e das agricultoras familiares dos territórios sul e centro sul do Estado de Sergipe.

Esses agricultores têm como principal fonte de renda para o sustento de suas famílias o cultivo da laranja, que, nos últimos anos, vem sendo comprada pelo Programa de Aquisição de Alimentos – Modalidade Formação de Estoque do Ministério do Desenvolvimen-to Social. Esse programa, que tem a laranja como um dos itens obrigatórios, proporcionou uma renda justa aos agricultores da região sul e centro sul do Estado de Sergipe, nos anos de 2009 e 2010.

O problema que vem tirando a tranquilidade des-ses trabalhadores é que a continuidade desse progra-ma está ameaçada. Esses pequenos agricultores não têm a garantia de que o Ministério do Desenvolvimento Social irá comprar a próxima safra. A laranja deixou de fazer parte dos itens obrigatórios do Programa de Aquisição de Alimentos.

Pois bem, nobres colegas Parlamentares, venho hoje a esta tribuna para fazer um apelo ao Ministério do Desenvolvimento Social para que dê continuidade ao programa, pois esses agricultores são na maioria pessoas humildes que não conseguem negociar sua produção no mercado, pois terão de concorrer com os grandes produtores que utilizam de tecnologias avan-çadas em suas plantações.

A interrupção do Programa de Aquisição de Ali-mentos, além de provocar a desestruturação do meio

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de sustento dessas famílias, vai retirar da merenda das crianças um alimento com valiosas propriedades nutritivas. Para se ter ideia, a laranja é um fruto rico em sais minerais, como fósforo, cálcio e ferro, além da vitamina C e do complexo B, componentes indispen-sáveis ao desenvolvimento das crianças.

Assim, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, peço às autoridades que se sensibilizem com a situação desses agricultores e garanta os recursos necessários à continuidade do Programa de Aquisição de Alimen-tos – Modalidade Formação de Estoque, garantindo a compra da próxima safra que já está em andamento.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para

uma breve intervenção, com a palavra o ilustre Deputa-do Rogério Marinho, do PSDB do Rio Grande do Norte.

O SR. ROGÉRIO MARINHO (PSDB-RN. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, agrade-ço a V.Exa. e utilizo este espaço para fazer um registro que considero extremamente importante para o País, para a educação: o passamento recente do ex-Ministro Paulo Renato Souza.

Paulo Renato, como Ministro da Educação e como Secretário de Educação de São Paulo, deixou um importante legado para a educação brasileira. Pri-meiro, criou um sistema de avaliação que implantou no País uma cultura de avaliação, de diagnóstico de resultados, que certamente apontará, no futuro, possi-bilidades e perspectivas de correção de um grave pro-blema da educação brasileira, a qualidade do ensino, que até agora não conseguimos alcançar; realizou a elaboração da LDB, num trabalho consistente de va-lorização do professor que se iniciou com o FUNDEF e, posteriormente, teve continuidade com o FUNDEB; e contribuiu com o fato de o Governo Federal passar a investir nos Estados e Municípios.

Portanto, deixo aqui o registro para homenagear Paulo Renato pelo legado que deixou para a educa-ção brasileira.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como Deputado Federal dedicado à causa da Educação de qualidade, não posso deixar de prestar homenagens ao importante trabalho e legado deixados pelo ex-Ministro Paulo Renato Souza. Foram muitas as inovações e as reformas feitas por ele e sua equipe durante os anos de 1995 a 2002, no comando do Ministério da Educação do Governo de Fernando Henrique Cardoso.

Foi o Ministro que elaborou o mais completo e vi-goroso sistema de avaliação da educação da América

Latina. Com a reformulação do SAEB (Sistema Nacio-nal de Avaliação da Educação Básica), a implantação do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e do Provão (Sistema de Avaliação do Ensino Superior), o País pôde saber, com clareza e transparência, sobre os problemas de desempenho de seus estudantes, em todos os níveis educacionais.

Desta forma, Paulo Renato enfrentou a tentação da política de avestruz, tão em voga hoje em dia, ou seja, a política que finge não haver problemas, que es-conde, escamoteia e distorce dados. Pelo contrário, o ex-Ministro, um dos fundadores do PSDB, expôs, com coragem de poucos, o tamanho do problema que de-veria ser enfrentado.

O Prof. Paulo Renato, também, comandou a re-forma do sistema de financiamento da educação bra-sileira, com a proposição vencedora do FUNDEF. Com este instrumento aumentou salários de professores e ampliou as vagas para todas as crianças de 7 a 14 anos. Então, foi o principal responsável pelo feito da universalização do ensino fundamental. E, para isso, encarou a mais dura oposição no Congresso Nacional, vencendo e provando estar correto em suas posições.

Não é demais lembrar que, mais tarde, a mesma Oposição, agora Situação, propôs política inspirada no trabalho de Paulo Renato, o FUNDEB. O FUNDEF, diga-se de passagem, ajudou a enfrentar as elevadas taxas de evasão escolar, repetência e distorção idade--série no ensino fundamental.

Com experiência de Reitor da Universidade de Campinas (UNICAMP), expandiu a educação superior com responsabilidade e cobrou das instituições qua-lidade, trabalho e dedicação. Teve que liderar o mais duro embate contra um corporativismo canhestro e uma oposição raivosa. Foi corajoso em comandar um amplo programa de modernização do ensino superior, com incentivo à docência de mestres e doutores e pre-miação pelo mérito.

Inspirado na experiência do PSDB em Campinas, Paulo Renato implantou o Programa Bolsa Escola com o objetivo de garantir a frequência das crianças mais pobres do País nas salas de aula e elevar a renda das famílias carentes. Com um ano de funcionamento efetivo, em julho de 2002, a ação já era o maior pro-grama de distribuição de renda do País. Naquele mês, foram beneficiados 8,7 milhões de crianças em 5.545 Municípios brasileiros, pertencentes a 5,1 milhões de famílias. Novamente, o programa implantado por Paulo Renato e o Presidente FHC inspirou o carro-chefe do Governo Lula, o Programa Bolsa Família.

Com o afinco que lhe foi peculiar, Paulo Renato ajudou na elaboração e efetivação da nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), dos Parâmetros

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Curriculares Nacionais, e incentivou, em todo o País, o Programa Dinheiro Direto na Escola, que respeita a autonomia das escolas públicas do Brasil, ajudando a afastar a corrupção que sempre acompanha a cen-tralização de programas.

Aliás, Paulo Renato é exemplo a ser seguido quando se trata de pôr em prática um verdadeiro fe-deralismo, que incentiva a autonomia e a iniciativa criadora dos entes federados, contra qualquer tipo de autoritarismo e centralismo. Foi o Ministro da Educação que mais tempo permaneceu no cargo desde Gustavo Capanema, na Era Vargas.

O Presidente Fernando Henrique Cardoso, prefa-ciando o livro A Revolução Gerenciada, do ex-Ministro, afirma que havia um norte claro nos trabalhos do MEC, na época: “educação igual para todos e visando à pre-servação dos valores democráticos (...). Noção muito clara de que no Estado republicano ir além dos valores democráticos para inculcar ideologias particularistas, quaisquer que sejam, é incorreto”.

Sim, este é o maior legado deixado pelo Ministro: uma educação republicana, longe da qualquer doutrina-ção em sala de aula, cultivando os valores mais caros da República e não particularizando nenhum interesse específico e nenhuma forma de instrumentalização política de nossos estudantes.

Estas são as lições de Paulo Renato, que muito tem relação com o nosso futuro educacional e com os problemas que enfrentamos, atualmente, para construir uma educação decente, republicana e de qualidade para todos os brasileiros.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-tinuando o período de breves comunicações, concedo a palavra, pela ordem, por 3 minutos, ao ilustre Depu-tado Assis do Couto, do PT do Paraná.

O SR. ASSIS DO COUTO (PT-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Inocêncio, ocu-po esta tribuna para me somar à grande expectativa dos milhões de brasileiros da agricultura familiar de todo o Brasil e, em especial, do meu Estado do Paraná, onde há mais de 350 mil famílias na agricultura familiar; da minha região sudoeste do Estado; dos 42 Municípios em cuja economia e cujo desenvolvimento a agricultura familiar tem um papel fundamental; e da querida cidade de Francisco Beltrão, que é também a minha cidade, por conta do anúncio do Plano Safra 2011/2012, que a Presidenta Dilma Rousseff, amanhã, sexta-feira, na parte da tarde, fará o anúncio. Esse Plano de Safra revela a grande expectativa e também a confiança da agricultura familiar no Governo da Presidenta Dilma.

Essa região e seus 42 Municípios vão, pela pri-meira vez, receber uma Presidenta. Nunca um Presi-dente da República esteve lá no exercício do mandato.

Pela primeira vez, essa região receberá a Presidenta Dilma Rousseff, que vai à cidade de Francisco Beltrão para fazer esse grande evento.

É importante ressaltar, além da importância da agricultura familiar, da agricultura de pequena escala, da economia dos pequenos Municípios, que a Presiden-ta Dilma ganhou as eleições, já no primeiro turno, em todos os Municípios dessa minha região do sudoeste do Paraná e ampliou essa vitória no segundo turno. Essa também será uma oportunidade de a Presiden-ta da República reconhecer e agradecer o apoio que essa região lhe tem prestado.

Por último, destaco que o Plano Safra 2011/2012, o primeiro a ser lançado pela Presidenta Dilma, já aponta para várias ações da agricultura familiar, na-quilo que é o principal programa da Presidenta Dilma: o combate à pobreza na área urbana e na área rural, na qual estão quase 50% dos pobres do Brasil. Esse Plano Safra contém um conjunto de medidas que já são o início dessa grande obra da nossa Presidenta Dilma e do nosso Governo, no que se refere ao com-bate à pobreza extrema.

Esse é o meu pronunciamento, Sr. Presidente.Até a nossa grande festa com a Presidenta Dilma,

na cidade de Francisco Beltrão, na tarde de amanhã.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para

uma breve intervenção, concedo a palavra ao ilustre Deputado Carlos Souza, por 1 minuto.

O SR. CARLOS SOUZA (PP-AM. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer um apelo ao Governo Federal em relação as nossas emendas e aos Restos a Pagar.

Fica muito difícil para nós, Parlamentares, que fomos eleitos representantes dos nossos Estados, que temos o direito líquido e certo de, por meio des-sas emendas, levar recursos para os nossos Estados, para a infraestrutura, para a ampliação de escolas ou construção de escolas novas, para postos médicos e para melhorar a qualidade de vida do nosso povo, depararmos com cerceamento por parte do Governo Federal, não liberando as nossas emendas, cortando as nossas emendas e proibindo a liberação dos Res-tos a Pagar, dizendo que isso vai inflacionar o País.

Ora, Sr. Presidente, é difícil para nós, Parlamenta-res, que representamos os nossos Estados, que viemos aqui para legislar, que viemos para levar recursos para os nossos Estados, ficarmos impedidos de exercer as nossas atividades.

Obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra pela ordem ao ilustre Deputado Edinho

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Bez, do PMDB de Santa Catarina. S.Exa. dispõe de 3 minutos da tribuna.

O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meus cole-gas Parlamentares, na qualidade de Deputado Federal, representando Santa Catarina no Congresso Nacional, peço a palavra, nesta oportunidade, para falar sobre o trabalho desenvolvido pela União dos Escoteiros do Brasil, especialmente da Direção Regional da UEB/Santa Catarina.

A União dos Escoteiros do Brasil é uma instituição sem fins lucrativos, de educação não formal, de cará-ter filantrópico, constituída por voluntários e que tem como objetivo o desenvolvimento integral de crianças e jovens na faixa etária de 7 a 21 anos.

A Direção Regional de Santa Catarina tem sob sua responsabilidade a promoção, o desenvolvimento e o gerenciamento do movimento escoteiro em todo o território catarinense, onde atualmente existem em ati-vidade 90 (noventa) grupos de escoteiros, perfazendo o total de 5.363 membros registrados.

Além de conhecer o trabalho dos escoteiros ca-tarinenses, recebi em meu gabinete um material dos Escoteiros do Brasil e de Santa Catarina e gostei mui-to do que vi. São várias atividades desenvolvidas por eles, incluindo eventos e cursos de formação realizados pela União dos Escoteiros do Brasil/Região de Santa Catarina, prestando relevantes serviços ao País.

Aproveito a oportunidade para dizer que irei par-ticipar da Frente Parlamentar Escoteira, instalada on-tem, dia 29 de junho, na Câmara dos Deputados, e coordenada pelo meu amigo, Deputado Federal Otávio Leite, como uma forma de contribuir para que o maior número possível de crianças e jovens possam usufruir da prática do escotismo.

Divulgo também que em 1999 foi criada a União Parlamentar Escoteira do Brasil, com a participação de Parlamentares de diversos níveis da Federação com o objetivo de compartilhar os princípios e ideais do escoteiro.

O papel da União Parlamentar Escoteira do Brasil é, entre outros, o de propor uma ação permanente e articulada entre o Parlamento e o Movimento Escoteiro do Brasil; proporcionar aos Parlamentares informações sobre as ações realizadas pelo escotismo brasileiro como um movimento efetivo na educação não formal; diagnosticar problemas e propor emendas; garantir recursos no Orçamento para programas e ações que promovem mudanças sociais com a contribuição do es-cotismo brasileiro. Para isso aguardaremos, obviamen-te, que a organização nos procure no momento certo.

Parabenizo o Diretor Presidente dos Escoteiros do Brasil/Região Santa Catarina, Sr. Sido Gessner Jú-

nior, pelo trabalho que vem sendo desenvolvido e pelo material entregue em meu gabinete.

Parabéns a todos os escoteiros do Brasil e de Santa Catarina, lembrando que farei parte da Fren-te Parlamentar Escoteira na Câmara dos Deputados.

É importante divulgar as coisas significativas e sérias.

Encerro falando sobre a importância de votarmos a Emenda nº 29 e cumprimentando o Deputado Alceu Moreira, que presidiu a importante reunião sobre a distribuição dos royalties do pré-sal, ocorrida ontem à tarde, na Câmara dos Deputados.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, para uma breve intervenção, ao ilustre Deputado Fernando Ferro, que disporá de 1 minuto.

O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer o registro da criação da Comissão Nacional da Verdade, uma ação do Governo da Presidenta Dilma para atender ao recla-mo de familiares de desaparecidos políticos, vítimas da tortura e da violência do Estado, que não conseguem, muitos deles, enterrar seus entes queridos.

Estamos cumprindo uma etapa política como ou-tras nações que buscam a democracia. E essa Comis-são, que será indicada pela Presidenta da República, irá ter o papel de estabelecer um debate para trazer à luz da história aqueles fatos. São necessidades his-tóricas para aprimorar a nossa democracia, para res-ponder aos reclamos dos familiares de desaparecidos, para, efetivamente, implementar a política de direitos humanos e para nunca mais acontecerem regimes de sessão de tortura, como aconteceu no País.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra pela ordem ao ilustre Deputado Alceu Moreira, do PMDB do Rio Grande do Sul.

O SR. ALCEU MOREIRA (PMDB-RS. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Inocên-cio Oliveira, Sras. e Srs. Deputados, ontem fizemos o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democratização na Distribuição dos Royalties e Participações Especiais Provenientes do Petróleo.

Durante o tempo que eu vou permanecer nesta Casa, talvez não tenha uma causa que represente maior injustiça do que a não distribuição desses recursos. Quando se vai fazer o debate com os queridos compa-nheiros do Rio de Janeiro, eles dizem o seguinte: “Nós somos o Estado produtor”. Ontem, eu conversava com o meu ilustre companheiro Deputado Fabio Trad, que me dizia o seguinte: “Quando acontecer um crime no mar, o julgamento tem de ser em Brasília, porque área territorial marítima ou aérea é da União”. Se é área da

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União para um crime, como que para plataforma de petróleo é território do Estado produtor?

É bom deixar claro que não queremos em hipó-tese nenhuma prejudicar o Rio de Janeiro, nenhum Município produtor, nenhum Município afetado. Todos devem permanecer exatamente com a receita que têm hoje. O que nós queremos é a divisão equâni-me para o País inteiro e acabar com o privilégio e a injustiça. Inclusive é bom que os cariocas percebam que, enquanto o seu Governador passeia na casa dos grandes empresários, enquanto o seu Governador dá incentivo fiscal, tomando estruturas empresariais de todos os outros Estados da Federação, num gesto ab-solutamente descompassado e injusto, nós juntamos nossos parentes nos corredores dos hospitais, nas emergências, mortos por falta de atendimento, nós te-mos alunos em escolas precárias, nós temos periferias com moradias em condições indignas. Esse recurso do pré-sal, que é de todos nós e que era para consagrar a dignidade geral do povo brasileiro, do Oiapoque ao Chuí, está concentrado como privilégio para alguns. Enquanto uns juntam seus mortos nas emergências, outros alegremente tomam chope no Leblon, à custa do povo brasileiro. Existe alguma coisa errada nesse processo. E nós lançamos a Frente Parlamentar para abrir esse debate.

E dizemos ao Presidente Sarney: com toda a sua história política, olhe para o seu Amapá, olhe para o seu Maranhão, veja quantos milhões estão sonegan-do aos dois Estados que S.Exa. representa, enquanto outros têm privilégio. Por favor, tenha piedade, ponha o veto em apreciação!

Não queremos negociação, nem ajeitação; nós queremos a aprovação, nós queremos a apreciação do veto. Nós queremos derrubar o veto ao art. 64 e queremos a distribuição equânime desses recursos. Isso é dignidade, é justiça de distribuição para o povo brasileiro. Como vamos falar em reforma tributária, se o Estado recebe algo que não fez nada para merecer, se não é o Estado produtor e tem privilégios? Como é que nós vamos trabalhar com pacto federativo? Como vamos fazer a reforma tributária? Que autoridade temos nós para falar em redistribuir com justiça os tributos nacionais, se algo que não é do Rio nem do Espírito Santo é apropriado de maneira indigna e não há, nesta Casa, disposição para apreciação?

Não quero criminalizar o Rio nem os Municípios. Eles, até agora, por lei, têm direito. Nós queremos dis-cutir é a redistribuição do passado e do futuro, para dar esse direito à nossa gente, do Oiapoque ao Chuí, do Nordeste, do meu Mato Grosso do Sul, do Piauí, de Pernambuco. Quem sabe, um dia, as crianças, em vez de ver alguém feliz, tomando chope com o dinheiro

dos outros, possam ter direito a molhar os seus lábios com uma gota de leite, a ter um pouco de comida para matar a sua fome, ou a ter saneamento básico, um pedaço de chão e um teto para morar. Quem sabe, a dignidade do povo brasileiro e a justiça sejam mais importantes que o privilégio. É isso o que desejamos no lançamento dessa Frente. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao ilustre Deputado Ivan Valente.

O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero tratar de dois assuntos que mostram como se utiliza o dinheiro público no nosso País e a relação promíscua entre o público e o privado.

O primeiro refere-se à entrada do BNDES com quatro quintos da verba necessária para um processo de fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour – a preço subsidiado, porque o BNDES emite títulos públicos pagando 13% de juros e empresta a 6%. Quem paga é o Tesouro, quem paga é o contribuinte. É uma vergonha!

Nós convocamos ontem Ministros e o Presiden-te do BNDES para deporem na Comissão de Defesa do Consumidor.

A segunda questão é a votação na Câmara Muni-cipal de São Paulo propondo isenções de 420 milhões de reais para a construção de um estádio de futebol, privado, de um time paulista – 420 milhões, em nome da realização e da abertura da Copa, quando nós sa-bemos que a maioria das questões não são atendidas em São Paulo. Lá, faltam creche, escola, hospitais, infraestrutura, tudo, no geral. Aí, deram 420 milhões para um time de futebol construir o seu estádio. É um escárnio! E não há rebelião.

Remeto-me ao que está acontecendo na Gré-cia neste momento, Sr. Presidente, Srs. Deputados, e comparo com o Brasil. A diferença é que a política eco-nômica lá, ditada pelo Fundo Monetário Internacional, pela União Europeia e pelo Banco Central Europeu, de arrocho salarial, corte de gastos, fim de aposenta-dorias e privatizações é a mesma que é levada aqui.

Ontem mesmo estava anunciada nova reforma da Previdência, com um corte de 50 bilhões do Orça-mento federal. A diferença é que o povo está na rua, a diferença é que se está pesquisando aonde vai o di-nheiro público, e há uma rebelião popular. Não se está aceitando, mais uma vez, impor sacrifícios, quando se sabe que a culpa da crise grega é dos bancos, da compra de derivativos, do socorro a bancos falidos e assim por diante.

Por isso, Sr. Presidente, inclusive quero deixar registrado nesta Casa um documento, de minha au-toria, intitulado Grécia e Brasil: Povos x Dívida, que

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analisa essa situação e mostra que há outra proposta: de fazer uma auditoria da dívida pública. Assim como na Grécia, que consome brutalmente os recursos, não vai adiantar novo pacote econômico. A crise grega não vai se resolver com mais aporte de arrocho salarial, de privatizações. É a falência, ou seja, a Grécia não tem condições de pagar a dívida – todo mundo sabe. São mais sacrifícios para o povo grego.

Aqui também isso ocorre, só que é disfarçado. Te-mos a paz dos cemitérios. Parece que está tudo bem, embora 48% da arrecadação de impostos sejam para pagar juros, amortizações e rolagem da dívida. Ninguém toca nesse assunto, a nossa mídia não o coloca, e aqui há um silêncio absoluto na discussão do Orçamento. Mas a briga é pelas emendas; a briga é para 10% do PIB; a briga é para votar a Emenda Constitucional nº 29 e a sua regulamentação.

É claro que está faltando dinheiro para o social, para o desenvolvimento brasileiro, mas os banqueiros continuam vencendo a parada no nosso País.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR

Grécia e Brasil: Povos x Dívida A grande imprensa internacional tem repetido

uma grande mentira: de que a Grécia tem de, obri-gatoriamente, aceitar as imposições dos rentistas – representados pelo FMI e pela União Europeia – tais como cortes de gastos sociais, aumento de tributos e outras medidas neoliberais, como as privatizações. Tais medidas já têm causado grave crise social: desempre-go, recessão e pobreza.

Esse pacote nefasto, aprovado hoje na Grécia, é sempre justificado pela necessidade de acesso a novos empréstimos, para pagar a dívida anterior. A grande imprensa diz que a dívida grega é inquestionável e deve ser paga sem qualquer pergunta. Diz-se que a Grécia tem de pedir ajuda ao FMI e à União Europeia, porque o país gastaria muito com funcionários públicos e com a garantia dos direitos da população.

Nada se fala sobre a culpa dos bancos na crise da dívida, omitindo-se que eles incentivaram a Grécia a tomar empréstimos por meio de derivativos ilegais. Nada se fala também sobre o salvamento de bancos falidos, que também geraram dívida ilegítima. A grande imprensa também silencia sobre a grande redução, nas últimas décadas, do imposto de renda para as pesso-as mais ricas, o que também teve papel importante na geração desse endividamento.

Também não se fala da manipulação do chama-do “risco-país” pelos investidores e suas “agências de risco”, que levou os juros às alturas, tornando impos-sível para a Grécia refinanciar a dívida nos merca-

dos, empurrando o país para este acordo com o FMI. O que ocorre na Grécia não é uma negociação, mas uma pressão feita por um oligopólio de banqueiros, representados pelo FMI e pela União Europeia, o que representa claramente um desequilíbrio entre as partes ilegal, segundo princípios gerais do Direito.

Enquanto isso, no Brasil, o Governo argumenta que a situação estaria completamente diferente, com a dívida controlada e sem as imposições do FMI. Po-rém, o Governo brasileiro pratica as mesmas medidas propostas pelo Fundo e aprovadas hoje na Grécia: se-veros cortes de gastos sociais (que chegaram a R$50 bilhões), privatizações (como a dos aeroportos) e refor-mas neoliberais que tiram direitos dos trabalhadores, tais como a Previdência e Tributária, com a redução da contribuição previdenciária patronal sobre a folha e o aumento do tempo necessário para a aposentadoria, principalmente das mulheres.

Na realidade, a única diferença entre o Brasil e a Grécia é que lá o povo foi à guerra nas ruas contra essas medidas nefastas.

Tanto no Brasil como na Grécia, faz-se necessária uma ampla e profunda auditoria sobre essa questioná-vel dívida, para se verificar de onde ela veio e a quem beneficia. No Brasil, propus a CPI da Dívida Pública, recentemente concluída na Câmara dos Deputados, e que mostrou diversos e graves indícios de ilegalidades da dívida, tais como juros sobre juros, falta de docu-mentos e informações. A CPI constatou até mesmo a realização de reuniões do Banco Central com supostos “analistas independentes” – que, na realidade, eram principalmente rentistas – para a estimativa de variáveis como inflação e juros, que depois são utilizadas pelo COPOM na definição da taxa SELIC, beneficiando os próprios rentistas.

Recentemente, o Equador deu uma grande lição aos governos dos países endividados, tendo feito uma ampla auditoria da dívida, com participação da socie-dade, e provou várias ilegalidades no endividamento. Como resultado, o Governo equatoriano anulou 70% da dívida com os bancos privados internacionais, per-mitindo grande aumento nos gastos sociais.

A experiência equatoriana foi um importante pre-cedente, e prova que é possível enfrentar os “merca-dos”, mostrando que, diante de tanta exploração da classe trabalhadora pela burguesia financeira, existe uma alternativa soberana que garanta os direitos dos povos e não dos banqueiros.

A SRA. LUCIANA SANTOS (Bloco/PCdoB-PE. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. Srs. Deputados, venho à tribuna, na manhã de hoje, para apresentar um projeto de lei que altera a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983. Na verdade, o objetivo é dar

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sequência a um outro projeto de lei que apresentei sobre segurança nos bancos do País.

Nós estamos diante de muitos acontecimentos, no Brasil todo, que alarmam o cidadão, as pessoas que se dirigem aos bancos públicos ou privados. Nós precisamos, exatamente, de dispositivos de segurança que garantam ao cidadão a possibilidade de circular, ir e vir, com liberdade, sem correr o risco de sofrer qual-quer tipo de agressão ou violência.

O projeto de lei dispõe sobre a segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento de empresas...

(O microfone é desligado.)A SRA. LUCIANA SANTOS – ...que exploram

serviço de vigilância de transporte de valores e dá outras providências.

Um bom dia. Um grande abraço.Muito obrigada, Sr. Presidente.O SR. PAUDERNEY AVELINO – Sr. Presidente

Inocêncio, eu queria...O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para

uma breve intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Marcelo Matos. (Pausa.) V.Exa. dispõe de 1 minuto.

O SR. PAUDERNEY AVELINO – Não, Sr. Presi-dente, não é breve intervenção. Já são 10h45min, nós temos quorum...

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem a palavra o Sr. Deputado Marcelo Matos, por 1 minuto. Depois eu darei a palavra a V.Exa., Deputado Pauder-ney Avelino.

O SR. MARCELO MATOS (PDT-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero agradecer a vários Prefeitos que entraram em contato conosco no nos-so gabinete, que enviaram e-mail: o Prefeito Evandro Capixaba, de Mangaratiba; o Prefeito Sandro Matos; o Prefeito Ivany Samel; o Prefeito Emanuel Ferreira; o Prefeito Antonio Jogaib; o Prefeito Renan; o Prefeito de Santa Maria Madalena e o de Bom Jesus do Itabapo-ana. Eles se sensibilizaram, achando-se prejudicados com a não prorrogação do decreto, e enviaram e-mail.

Eu os encaminhei ontem para a Ministra Ideli Salvatti, e recebemos a notícia de que o decreto das emendas foi prorrogado por mais 3 meses. Então, quero agradecer à Ministra e à Presidenta Dilma.

Aproveito para dizer que hoje começa a festa junina da cidade de São João de Meriti. Quero con-vidar todos os Parlamentares e o Estado do Rio de Janeiro para...

(O microfone é desligado.)A SRA. MANUELA D’ÁVILA (Bloco/PCdoB-RS.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tramita nesta Casa uma proposta importantíssima: o substitutivo do PL 84, de 1999. Em

tramitação há 3 anos no Congresso Nacional, o substi-tutivo de projeto de lei de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que visa ao combate de crimes cometidos na Internet, foi retomado esta semana. O substitutivo relatado pelo mineiro quando Senador foi reencaminhado à Câmara e tem como Relator o próprio Azeredo, que atualmente cumpre mandato como Deputado.

O texto, Sr. Presidente, estava na pauta de vo-tação da Comissão de Ciência e Tecnologia da Casa nesta quarta-feira (29) e teve, graças à atuação dos Parlamentares ligados à luta pela democratização da comunicação e também por pressão da sociedade, sua votação adiada para o segundo semestre deste ano e o agendamento de uma audiência pública para o próximo dia 13.

O projeto foi batizado pelos críticos como AI-5 Digital, porque cria Estado de Exceção permanente na Internet, submetendo todos a intenso controle. Se aprovada, a Lei Azeredo irá criminalizar em massa prá-ticas comuns na Internet; comprometerá seriamente nossos projetos de inclusão digital; proibirá redes aber-tas, uma luta dos defensores da Internet para todos; agravará a legislação referente à propriedade intelec-tual, em franco debate no Brasil; legalizará a delação e a vigilância, práticas que não deveriam jamais ser incitadas; inviabilizará sites de conteúdo colaborativo, que defendemos tanto; atacará a privacidade individual e oferecerá mecanismos digitais para que ressurjam perseguições políticas (daí também a alusão ao AI-5, período tido como o mais obscuro da nossa história).

Sras. e Srs. Deputados, em caso de aprovação, teremos nada menos do que uma Internet controla-da, vigiada.

Os equívocos do projeto são sustentados em falsas percepções da realidade da Internet. Mais, es-tes equívocos desrespeitam os princípios e garantias assegurados constitucionalmente. Há um caráter cida-dão na mobilização, um viés de debate que direciona a afirmação de uma significação jurídica da realidade, de uma dada posição interpretativa sobre como os di-reitos devem ser tratados pelo Estado na investigação e punição de crimes cometidos pela Internet.

Não se trata de ponderação entre direitos funda-mentais ou combate ao crime. Trata-se da harmoniza-ção de ambos (em uma visão integral do Direito), de tal forma que o combate aos crimes não admita a violação de direitos fundamentais. A mobilização contrária ao cadastramento obrigatório e ao armazenamento dos registros de conexão e navegação, centros da polêmi-ca, está claramente ligada à lógica da presunção da inocência, da não criminalização indistinta dos inter-nautas. O projeto coloca em risco a privacidade dos internautas e, se aprovado, elevará o já elevado custo

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de comunicação no Brasil. O projeto vai de encontro, portanto, àquilo por que temos lutado: pelo menor cus-to dos planos de banda larga em todo o País e pela universalização do acesso.

De maneira geral, o PL 84, de 1999, cria um Es-tado de Exceção permanente na Internet, submeten-do todos a constante controle. Nossa luta é contrária, oposta a isso. Queremos a democratização da infor-mação, queremos Internet para todos, em todo o ter-ritório brasileiro. Queremos liberdade, e não controle.

Por fim, Sr. Presidente, registro aqui que a parti-cipação popular no debate que acontecerá no dia 13 é fundamental. O debate só tem a enriquecer e escla-recer o tema.

Muito obrigada. A SRA. BRUNA FURLAN (PSDB-SP. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 18 de junho último, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso completou a sua oitava década de vida, e, por certo, a homenagem que lhe venho prestar, neste momento, apenas reitera o que tem sido dito sobre sua figura ilustre, vindo se juntar ao coro de admiração e carinho de muitos brasileiros, assim como ao respeito do mundo. Integrantes da so-ciedade civil e a mídia, de forma geral, têm-lhe exaltado não só as virtudes de homem público e cidadão, a con-duta honrada, a produção intelectual, mas sobretudo os anos à frente dos destinos do País, a chamada Era FHC, de profundas transformações socioeconômicas, marco de modernidade e de nossa definitiva inserção na globalização.

Repetir, portanto, tudo isso pode parecer aborre-cido aos ouvidos do próprio homenageado. Entretanto, nunca será demais contrastar o Brasil corroído pela inflação e descrença nos planos econômicos, o Brasil paquidérmico no seu modelo obsoleto de gestão, o Brasil profundamente desigual, o Brasil doente, por-que a saúde agonizava, o Brasil mal instruído, porque a educação jamais foi uma prioridade dos governos, o Brasil, em resumo, entregue a Fernando Henrique, em 1995, e o Brasil que Fernando Henrique entregou, em 1º de janeiro de 2003. Entre um e outro, há não apenas a diferença de 8 anos, mas um salto sequer mensurável em intervalo de tempo, pois os avanços se deram sobretudo no plano das mentalidades, corajosa e definitivamente transformadas.

Conforme a boa assertiva de Einstein, “a men-te que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original”. Com o advento do real e o fim da inflação, em 1994, ainda como Ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco; com as privatizações; com a universalização da educação básica; com os medica-mentos genéricos; com os programas de transferên-

cia de renda; com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Brasil não seria jamais o mesmo de antes.

V.Exa., Sr. Presidente Fernando Henrique Car-doso – permitam-me que eu me dirija diretamente a ele e o trate por Presidente em alguns trechos deste pronunciamento –, promoveu a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a elevação do padrão de consumo; inaugurou a possibilidade de ascensão social maciça, que beneficiaria as camadas mais pobres da população; recuperou a autoestima nacional; deu visibilidade externa ao País. V.Exa. mudou o Brasil. E nós, do seu partido, o PSDB, que participamos daque-les momentos, muito nos orgulhamos da contribuição que demos, em meio a duros embates no Congresso Nacional com a Oposição de então.

Para enfrentar os inúmeros desafios políticos, que, afinal, são próprios da democracia, não lhe faltaram firmeza e serenidade, coerência e bom senso, além do mais, distinção no trato, abertura ao diálogo, obs-tinação, convicção. As lutas aqui travadas não foram senão reflexo de sua luta de vida. V.Exa., um social--democrata e, acima de tudo, um democrata, soube respeitar e fortalecer a pluralidade da representação política, como pressuposto do Estado de Direito.

Mais uma vez o demonstrou, quando das eleições presidenciais. Durante o pleito de 2002, o Presidente Fernando Henrique Cardoso permaneceu serenamen-te equidistante e contido pela proverbial elegância; na transição, não lhe faltou espírito público, ética e desa-pego ao poder. Confirmava-se ali o talhe de estadista, sobejamente demonstrado ao longo daqueles 8 anos, prestes a se encerrar.

Ao deixar o Governo, os pilares que lançou eram de tal solidez e tão bem sucedidas as políticas erigi-das sobre eles que qualquer inflexão mais precipitada do sucessor teria sido um lamentável retrocesso. Era mister continuar a política econômica, prosseguir, se possível, aprimorar e ampliar as políticas sociais. Para o bem do País, assim foi feito, não obstante o patético “cuidado” de se darem novos nomes para programas de mesmos objetivos e alcance, com a exclusiva fina-lidade de reinventar a roda.

De seu lado, a saída da Presidência da Repú-blica levava Fernando Henrique Cardoso a um novo momento da história pessoal. A partir de maio de 2004, grande parte de seu tempo tem sido dedicado ao Instituto Fernando Henrique Cardoso (FHC), com os propósitos, primeiro, de preservar e divulgar os ar-quivos dos tempos do Planalto, dele e de Dona Ruth Cardoso, desaparecida em 2008; segundo, de produ-zir e disseminar conhecimentos sobre os desafios do desenvolvimento e da democracia.

34364 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

A propósito de sua condição de ex-Presidente, a revista Veja desta semana traz um belo artigo do jor-nalista Roberto Pompeu de Toledo, louvando a atitude discreta, prudente, tranquila, adotada por Fernando Henrique, uma voz, finalmente, que lhe faz justiça sem mais rodeios. Tomo de empréstimo um pequeni-no trecho: “FHC não se faria merecedor do respeito e das honrarias que o cercam na efeméride dos 80 anos não fosse um fator fundamental – enfim surge alguém, na história do Brasil, que honra a instituição da ex-Presidência”.

Longe, atualmente, da arena eleitoral, embora a política ainda o conclame, até mesmo pela experiên-cia que acumulou, e ele não se furte a defender seus pontos de vista, fazendo-o com a habitual lucidez, são as causas de interesse geral que agora o ocupam, primordialmente. Tornou-se um cruzado na política antidrogas, por entender que este constitui assunto de âmbito global, e, no Brasil, nada do que foi tenta-do até hoje, inclusive no seu Governo (ele é sincera-mente enfático, no mea-culpa que tem feito), surtiu os efeitos desejados.

Enfim, se o papel do ex-Presidente, na atualida-de, é importantíssimo, o papel do sociólogo, Senador e Presidente da República, na história recente, é gran-dioso. Boa parte da Nação brasileira já percebe hoje a essencialidade do legado de Fernando Henrique Cardoso. Outra parte, lamentavelmente induzida que foi por meias verdades, inverdades e mentiras, ainda está por percebê-lo, mas logo o perceberá.

Quanto ao reconhecimento da história, este virá, a seu tempo, um tempo necessariamente mais de-longado, porque se quer exato, liberto de paixões – e V.Exa., como acadêmico, sabe disso.

É, portanto, com gratidão e deferência que o cum-primento, Sr. Presidente Fernando Henrique Cardoso, nesta passagem de aniversário, um belo pretexto, uma oportunidade excelente, aliás, de lhe penhorarmos to-dos a nossa estima.

Parabéns! Muito obrigada!

O Sr. Inocêncio Oliveira, 3º Secretário, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupa-da pelo Sr. Ságuas Moraes, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Ságuas Moraes) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Inocêncio Oliveira.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (Bloco/PR-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de, inicialmente, convidar todos os que me ouvem a uma breve reflexão. Como seria viver com apenas 70 reais por mês? Setenta reais para comer e dar de comer, vestir, morar...? Não é pre-ciso que pensemos muito para chegarmos à conclusão

de que isso é algo impossível, não é? Com os preços de hoje, sem dúvida isso é impossível... Mas não, Sr. Presidente, não é impossível. Para pouco mais de 16 milhões de brasileiros, essa é – por mais inacreditá-vel que possa soar – a renda mensal. Essas pessoas, com direito garantido a uma vida digna, com direitos de cidadania assegurados pela Constituição, vivem com até – eu aqui enfatizo o “até” – 70 reais por mês.

Os 8,6% da população brasileira que vivem na chamada miséria absoluta, no entanto, agora podem ver uma luz no fim desse túnel de angústia e incer-teza pelo qual eles transitam dia sim, outro também. Essas pessoas desafortunadas são o público prioritá-rio do Plano Brasil Sem Miséria, que objetiva garantir transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva. Esse resgate de brasileiros da mi-séria – uma vergonha nacional, Sr. Presidente, visto que este pujante País tem muito a oferecer a cada um de seus cidadãos, bem como ao mundo inteiro – levou em conta o índice usado pelas Nações Unidas para o cumprimento das chamadas Metas do Milênio e se baseia nos dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assim como nos estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Subo a esta tribuna para compartilhar do sentimento da Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Ela disse que “esse público será o prioritário, dado o seu nível de vulnerabilidade, de grande fragilidade, que justifica esse olhar espe-cial”, ao mesmo tempo em que reafirmou o compro-misso do Governo da Presidenta Dilma Rousseff com a erradicação da pobreza extrema até o ano de 2014.

A Ministra reconhece a ousadia do plano, Sr. Pre-sidente, bem como o fato de que ele não envolve uma única ação, mas iniciativas de diversos setores. Eu bem sei o que ela diz e a apoio, porque venho do Nordeste, a região brasileira com a maior incidência de pessoas na pobreza extrema – são 18,1%, ou seja, quase um quinto da população da minha região. A Região Norte vem em segundo lugar, com 16,8%. O Centro-Oeste está em num distante terceiro lugar, com 4%, seguido do Sudeste, com 3,4%, e da Região Sul, com 2,6%.

Isso significa, Sr. Presidente, que de cada cem brasileiros que se encontram na extrema pobreza, 75 deles moram ou na Região Norte, ou na Região Nor-deste. E observe mais um detalhe, Sr. Presidente: de acordo com os dados do IBGE, quase 50% dos extre-mamente pobres moram na zona rural. Dos brasileiros residentes no campo, um em cada quatro se encontra em situação de extrema pobreza. Não é de se estra-nhar, portanto, que a minha Região Nordeste, com grande quantidade de pessoas vivendo na zona rural, esteja atravessando tantas dificuldades – entre elas, por exemplo, a ausência de um simples banheiro no domicílio de quase metade delas.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34365

Essa iniciativa do Governo Federal, Sr. Presiden-te, já não é sem tempo e vem bem a calhar. Acredito que o Município é a base do nosso sistema, já que o cidadão não vive no Estado nem na União, mas sim no Município. Entendo que esse programa vem atender diretamente às necessidades daqueles que vivem nos Municípios e demonstram carências que muitas vezes as municipalidades não têm condições de equacionar. E sendo assim, e por acreditar que seja uma obriga-ção do Governo Federal estender a mão a quem real-mente necessita de ajuda, é que me congratulo com o Governo da Presidenta Dilma Rousseff por mais essa iniciativa de inclusão social.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.O SR. LEONARDO QUINTÃO (PMDB-MG. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, sabemos – e as estatísticas assim demonstram – que o consumo de álcool tem estreita relação com os acidentes de trânsito no País. Esse quadro realmente preocupa, pois o trânsito, espaço em potencial para uma convivência harmônica entre todos os seus usuários, acaba por se tornar o caminho mais próximo para práticas de violência e de intolerância.

Numa perspectiva sociológica, muitos aspectos dessa aproximação entre álcool e direção podem ser realçados. Estudos apontam inclusive a rua numa di-mensão altamente hierarquizada, com diferenciação valorativa entre carros mais potentes e menos poten-tes e entre usuários motorizados e não motorizados. Como consequência imediata dessa construção cultu-ral, o automóvel passa a conferir a seus proprietários um lugar especial na comparação com outros partíci-pes do trânsito.

O cientista social Roberto Da Matta, em sua cui-dadosa análise sobre o comportamento do brasileiro no trânsito, preleciona: “num sentido marcadamente aristocrático, fruto de uma matriz que foi muito pouco discutida entre nós, a obediência à lei exprime inferio-ridade e subordinação social. Deste modo, a atitude geral é a suposição de que os sinais e faixas podem, e devem ser, num dado limite e com certo risco, contor-nados e evitados, o que tem consequências geralmente fatais”. E para garantir uma situação de igualdade de todos os usuários desse espaço público, ensina-nos: “Em qualquer campanha, seria preciso indicar com for-ça e precisão o papel da lei como elemento nivelador e não hierarquizante (...)”.

Nobres Parlamentares, no que se refere à esfera normativa, uma das mais importantes iniciativas é a Lei nº 11.705, conhecida como a Lei Seca e em vigor desde 2008. A norma citada tem-se revelado positiva, mas isso não impede o seu aprimoramento, em espe-cial com o fortalecimento de ações de fiscalização e com a promoção de campanhas educativas cada vez

mais intensas e que mostrem o quanto a combinação álcool e direção é perigosa.

E o problema torna-se ainda mais agudo nos paí-ses em desenvolvimento. De fato, as estatísticas eviden-ciam que, do total de óbitos no trânsito, apenas 12,1% acontecem nos países desenvolvidos. Nas nações em desenvolvimento, essa mesma mensuração revela o índice de 87,9%. No Brasil, para nossa preocupação e perplexidade, a média anual era, até 2008, de mais de 1,5 milhão de acidentes de trânsito e envolvendo, aproximadamente, 7,5 milhões de pessoas.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstram que em 2007 – na distribuição de países pelo percentual de acidentes de trânsito relacionados ao consumo de álcool –, o Brasil ocupava a posição de liderança. Diante desse cenário, a partir de 2008 pudemos constatar consideráveis mudanças legais. Entre elas podemos mencionar a Lei Seca, que admite um índice de tolerância de etanol por litro de sangue do condutor do veículo.

Temos razões para celebrar. Recente levanta-mento do Ministério da Saúde aponta que as mortes provocadas por acidentes de trânsito caíram 6,2% no período de 12 meses, após a Lei Seca, e isso quando comparamos aos 12 meses anteriores à Lei. Em que pese à relevância dessa medida, conforme demonstrado pela significativa redução aqui indicada, precisamos, com a máxima urgência, de uma maior fiscalização, sob pena de voltarmos a figurar em tristes estatísticas.

Sras. e Srs. Deputados, na certeza de que a Lei Seca continuará a produzir grandes transformações no quotidiano de nossas rodovias, renovo meu apelo para que os órgãos de fiscalização cumpram sua elevada função. Sim! Outro padrão de educação no trânsito é o que está, em última instância, em jogo.

Muito obrigado.

O Sr. Ságuas Moraes, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-, deixa a cadeira da presi-deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oli- Inocêncio Oli-veira, 3º Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Assis Melo.

O SR. ASSIS MELO (Bloco/PCdoB-RS. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tomei a iniciativa de propor a realização da audiência pública para debater a “Nova Política Indus-trial”, nas Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e de Trabalho, de Administração e Serviço Público. O debate ocorreu ontem, com a presença do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

O debate ocorre em momento oportuno, pois a indústria nacional vem perdendo competitividade para o mercado externo, impulsionado pela concor-rência desleal dos produtos asiáticos, especialmente

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dos chineses. Por isso, precisamos adotar medidas de proteção ao nosso parque fabril, para alavancar-mos o desenvolvimento econômico, com geração de emprego e renda.

A desindustrialização do País precisa ser com-batida, com ações efetivas do Governo. A política de juros altos e a desvalorização do real devem estar no centro dessa nova política industrial.

A crise econômica de 2009 comprova a necessi-dade de o Estado Nacional regular o mercado. Naque-le período, ficou claro que autorregulamentação dos mercados prejudica os setores produtivos e caíram por terra as teorias da economia ortodoxa.

Mesmo sendo uma temática de responsabilidade do Ministério da Fazenda, o Ministro Fernando Pimen-tel defendeu “maior rigor na entrada de capitais de in-vestimento não produtivo”, citando como alternativas o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a definição de um prazo de permanência do capital especulativo no País.

Essas medidas precisam ser realizadas e aprofun-dadas para enfrentarmos o processo de desindustria-lização, tendo em vista o declínio da participação dos produtos manufaturados, na composição do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo estimativa da Associa-ção dos Exportadores do Brasil, esses produtos devem representar, em 2011, apenas 36% das vendas. No ano de 2000, os manufaturados representavam 59%.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) projeta que o déficit de produtos ma-nufaturados deve atingir 100 bilhões de dólares este ano e valor crescente nos últimos anos, pois no ano passado esse valor correspondeu a 70 bilhões de dólares. Por isso se faz necessário agregarmos mais valor às nossas mercadorias, da mesma forma como defendeu o Ministro Fernando Pimentel.

Outro aspecto inovador trazido por Pimentel, que considero de grande importância, é a adoção de me-didas para proteger o setor industrial da concorrência desleal, dentro dos limites estabelecidos pela Organi-zação Mundial do Comércio (OMC). Porém, o Minis-tro considera que essas ações precisam ser aliadas aos investimentos de inovação, com laboratórios de tecnologia e pesquisa, para manter o setor industrial competitivo no cenário internacional.

Por fim, acredito que devemos adotar medidas para solucionar problemas de infraestrutura e logística, que encarecem a produção nacional. A precariedade de nossas estradas, portos e aeroportos dificulta o de-senvolvimento do País, pois dificulta o escoamento da produção e eleva os custos dos produtos.

Obrigado.O SR. WILLIAM DIB (PSDB-SP. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados que nos assistem e nos acompanham pelas

redes sociais, subo a esta tribuna para demonstrar a minha preocupação, como cidadão e como homem público, pelo desfecho do Caso Battisti, tendo em vista os interesses maiores que envolvem o Brasil e a Itália.

Esta preocupação prende-se ao fato dos laços históricos e culturais entre os dois povos, principal-mente em decorrência da imigração italiana no Brasil. Segundo estimativa da Embaixada italiana no Brasil, vivem no País cerca de 25 milhões de descendentes de imigrantes italianos. Os ítalo-brasileiros estão es-palhados principalmente pelos Estados do Sul e do Sudeste do Brasil, quase metade no Estado de São Paulo. Assim, os ítalo-brasileiros são considerados a maior população de oriundi (descendentes de italia-nos fora da Itália).

Consolidando esses laços, foi assinado o Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e a República Italiana, promulgado pelo Decreto nº 863, de 9 de julho de 1993.

Com fundamento nesses laços históricos e no Tratado, o Governo italiano lamentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil de negar a extradição do ex-ativista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, e anunciou que levará o caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ), de Haia, na Holanda.

Convém lembrar que não estamos falando de um ativista político, pois Battisti, de 55 anos, integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), braço das Brigadas Vermelhas, grupo armado mais ativo durante a onda de violência que atingiu a Itália 4 décadas atrás.

O Primeiro-Ministro Silvio Berlusconi disse em comunicado que a decisão “não leva em conta as le-gítimas expectativas de justiça do povo italiano e, em particular, dos familiares das vítimas”.

“A Itália, respeitando a vontade do STF, continua-rá sua ação e ativará as oportunas instâncias jurídicas para garantir o respeito dos acordos internacionais que unem os dois países, unidos por relações históricas de amizade e solidariedade”, ressaltou o Premiê.

O Ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, também manifestou em comunicado sua “profunda tristeza” com a sentença, e afirmou que “essa decisão ofende o direito de justiça das vítimas dos crimes de Battisti e é contrária às obrigações aprovadas nos acordos internacionais que unem os dois países”.

O chefe da diplomacia italiana destacou que a Itália “ativará imediatamente” todos os mecanismos de tutela jurisdicional perante as instituições multilaterais, “especialmente perante a Corte Internacional de Haia, para conseguir a revisão de uma decisão que não se considera coerente com os princípios gerais do Direito e com as obrigações previstas no Direito Internacional”.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34367

Após conhecer a notícia, a Ministra para a Juven-tude da Itália, Giorgia Meloni, disse que a sentença do STF representa um “golpe” nas instituições italianas e a “enésima humilhação” às famílias das vítimas.

A Deputada Alessandra Mussolini, do partido go-vernista Povo da Liberdade (PDL), legenda de Berlus-coni, afirmou que a “ofensa sofrida pela Itália é gran-de, e deve-se fazer pagar, se necessário, também em termos diplomáticos esta infâmia”.

Convém ressaltar o voto de cerca de 2 horas, do Relator do caso, Ministro Gilmar Mendes, que de-fendeu a anulação do ato do ex-Presidente e negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Battisti. Mas, por seis votos a três, a maioria determinou que o ex--ativista seja solto.

Acompanharam o voto do Relator o Presiden-te do STF, Ministro Cezar Peluso, e a Ministra Ellen Gracie. Ela falou sobre o sentimento de impunidade que a decisão do ex-Presidente poderia gerar na so-ciedade italiana.

A posição dos Ministros vencidos está em con-formidade com o Direito Internacional, que traz prin-cípios próprios sobre extradição, que limitam a discri-cionariedade, que devem coexistir com os princípios do Direito interno e, se for o caso, sobrepô-los, já que o Estado não pode alegar escusa fundada em Direito interno para descumprir suas obrigações internacio-nais (de acordo com o art. 27 da Convenção de Haia sobre Direito dos Tratados).

Entre tais princípios destaca-se o “aut dedere aut judicare”, que pode ser traduzido de maneira li-vre como “ou extradita ou leva à Justiça”, no sentido de se fazer justiça, englobando ou o julgamento ou a efetivação da pena já imposta, dependendo do caso particular, o que claramente não foi respeitado pelo Brasil no caso de Battisti.

Isto porque, em sendo a extradição um instrumen-to de cooperação penal internacional, com o objetivo de evitar impunidade e com isso fortalecer o “rule of law” no plano internacional, estabeleceu-se a regra de se respeitar os princípios internos ligados à extradição, mas tentando evitar que isso resulte em violações de direitos. Neste sentido, quando há indícios do come-timento do crime pelo extraditando, verificados pela autorização do Poder Judiciário da extradição, caso não seja possível efetivar a mesma por questões na-cionais (por questões humanitárias ou por questões da nacionalidade do extraditando, como no caso do Brasil), a alternativa não é a liberdade, mas sim levar o extraditando à Justiça: seja para ser julgado pelo crime, seja para cumprir a pena a que foi condenado.

Assim, tendo o STF entendido em um primeiro momento que a extradição era admissível e tendo o Executivo decidido não proceder à mesma, o Direito Internacional, interpretado de maneira holística, exi-

gia que se levasse o extraditando a Justiça, por meio do cumprimento da pena, a fim de evitar impunidade.

Ao não respeitar tal princípio, e entender que a alternativa à extradição era a liberdade, ainda que o STF tenha votado pela admissibilidade daquela, o Brasil viola o Direito Internacional, e pode ser respon-sabilizado internacionalmente.

Encerro me solidarizando com a posição dos Mi-nistros Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal, bem como com a posi-ção de todos os brasileiros e italianos que defendem a vida e o Estado Democrático de Direito, como valor máximo de um mundo ético e de responsabilidades.

Solicito a divulgação deste pronunciamento no programa A Voz do Brasil e nos meios de comunica-ção desta Casa.

Obrigado.O SR. PADRE TON (PT-RO. Pronuncia o seguin-

te discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveito a oportunidade para repercutir nesta Casa um importante artigo do colunista Fernando Abrucio, intitulado O avanço obscurantista na política brasi-leira, publicado na edição de 6 de junho de 2011, na revista Época.

O articulista chama a atenção de todos nós para o fato de que, na política, nem sempre uma maioria numérica consegue fazer valer seu o seu ponto de vista, prevalecer suas convicções e pôr em prática os seus projetos.

O autor, a quem parabenizo pelo brilhante racio-cínio, refere-se à campanha contra a homofobia feita por um pequeno grupo de Deputados e Deputadas nesta Casa, porém barulhenta, sendo muitos deles com passado profundamente marcado por desvios éticos e má gestão de recursos públicos.

O mais grave, conforme observado pelo jornalista, é que, em nome da família e dos bons costumes, grupos religiosos estão produzindo e difundindo, inclusive por meio deste Parlamento, argumentos que fecham os olhos para violências cometidas diariamente contra pessoas que têm o direito à felicidade tanto quanto qualquer outra.

Apesar disso, diz o articulista, é impressionante a passividade com que os Parlamentares progressis-tas desta Casa – e eu me considero entre eles – têm aceito essa verdadeira “guerra santa” contra mulhe-res, indígenas, quilombolas, negros, homossexuais e outros grupos minoritários, que fazem parte da nossa sociedade, independente de cor partidária.

Martin Luther King, em sua luta contra a discrimina-ção sofrida pelos negros americanos, a respeito da omis-são dos bons frente a uma situação de injustiça social, disse: “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.

34368 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Segundo Abrucio, estamos assistindo passiva-mente a um avanço do obscurantismo na política, que a enciclopédia Wikipédia define como sendo “um estado de espírito oposto à razão e ao progresso intelectual e material; um desejo de não instrução; um estado de completa ignorância; doutrina contrária ao progresso” e ao respeito às diferenças de todos os tipos.

Portanto, para finalizar, rendo homenagens ao cientista político Fernando Abrucio e à revista Época, pela grande contribuição que dão ao debate político do nosso País com a publicação desse artigo, do qual recomendo a leitura.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares.

V – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:

Partido Bloco

RORAIMA

Berinho Bantim PSDB Francisco Araújo PSL Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJhonatan de Jesus PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuciano Castro PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPaulo Cesar Quartiero DEM Raul Lima PP Teresa Surita PMDB Total de Roraima 7

PARÁ

Beto Faro PT Cláudio Puty PT Josué Bengtson PTB PsbPtbPcdobLúcio Vale PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuiz Otávio PMDB Miriquinho Batista PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Zequinha Marinho PSC Total de Pará 8

AMAZONAS

Carlos Souza PP Francisco Praciano PT Pauderney Avelino DEM Rebecca Garcia PP Silas Câmara PSC Total de Amazonas 5

RONDÔNIA

Mauro Nazif PSB PsbPtbPcdobNatan Donadon PMDB Nilton Capixaba PTB PsbPtbPcdobTotal de Rondônia 3

ACRE

Antônia Lúcia PSC Flaviano Melo PMDB Henrique Afonso PV PvPpsMarcio Bittar PSDB Perpétua Almeida PCdoB PsbPtbPcdobSibá Machado PT Total de Acre 6

TOCANTINS

Ângelo Agnolin PDT César Halum PPS PvPpsIrajá Abreu DEM Lázaro Botelho PP Total de Tocantins 4

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDB Costa Ferreira PSC Davi Alves Silva Júnior PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDomingos Dutra PT Edivaldo Holanda Junior PTC Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslGastão Vieira PMDB Lourival Mendes PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslSarney Filho PV PvPpsZé Vieira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Maranhão 9

CEARÁ

André Figueiredo PDT Antonio Balhmann PSB PsbPtbPcdobChico Lopes PCdoB PsbPtbPcdobDanilo Forte PMDB Edson Silva PSB PsbPtbPcdobEudes Xavier PT Gorete Pereira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJosé Linhares PP Mauro Benevides PMDB Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Ceará 11

PIAUÍ

Assis Carvalho PT Iracema Portella PP Jesus Rodrigues PT Nazareno Fonteles PT Total de Piauí 4

RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PMN Fátima Bezerra PT João Maia PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPaulo Wagner PV PvPpsRogério Marinho PSDB Total de Rio Grande do Norte 5

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34369

PARAÍBA

Benjamin Maranhão PMDB Luiz Couto PT Nilda Gondim PMDB Romero Rodrigues PSDB Total de Paraíba 4

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPtbPcdobAnderson Ferreira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslCarlos Eduardo Cadoca PSC Fernando Ferro PT Gonzaga Patriota PSB PsbPtbPcdobInocêncio Oliveira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJoão Paulo Lima PT Jorge Corte Real PTB PsbPtbPcdobJosé Chaves PTB PsbPtbPcdobLuciana Santos PCdoB PsbPtbPcdobMendonça Filho DEM Vilalba PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Pernambuco 12

ALAGOAS

Joaquim Beltrão PMDB Maurício Quintella Lessa PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRosinha da Adefal PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRui Palmeira PSDB Total de Alagoas 4

SERGIPE

Andre Moura PSC Laercio Oliveira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMárcio Macêdo PT Mendonça Prado DEM Valadares Filho PSB PsbPtbPcdobTotal de Sergipe 5

BAHIA

Amauri Teixeira PT Antonio Brito PTB PsbPtbPcdobAntonio Carlos Magalhães Neto DEM Antonio Imbassahy PSDB Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPtbPcdobEdson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdobEmiliano José PT Fábio Souto DEM Felix Mendonça Júnior PDT Fernando Torres DEM José Carlos Araújo PDT José Nunes DEM José Rocha PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJoseph Bandeira PT

Josias Gomes PT Jutahy Junior PSDB Luiz Alberto PT Márcio Marinho PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPaulo Magalhães DEM Rui Costa PT Sérgio Barradas Carneiro PT Sérgio Brito PSC Valmir Assunção PT Waldenor Pereira PT Total de Bahia 25

MINAS GERAIS

Aelton Freitas PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslAntônio Andrade PMDB Antônio Roberto PV PvPpsAracely de Paula PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslBonifácio de Andrada PSDB Carlaile Pedrosa PSDB Domingos Sávio PSDB Eduardo Barbosa PSDB Eros Biondini PTB PsbPtbPcdobFábio Ramalho PV PvPpsGabriel Guimarães PT Geraldo Thadeu PPS PvPpsJairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPtbPcdobJúlio Delgado PSB PsbPtbPcdobLael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Marcos Montes DEM Marcus Pestana PSDB Mário de Oliveira PSC Mauro Lopes PMDB Miguel Corrêa PT Newton Cardoso PMDB Saraiva Felipe PMDB Toninho Pinheiro PP Vitor Penido DEM Walter Tosta PMN Total de Minas Gerais 27

ESPÍRITO SANTO

Audifax PSB PsbPtbPcdobCesar Colnago PSDB Dr. Jorge Silva PDT Manato PDT Sueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo 5

RIO DE JANEIRO

Alessandro Molon PT Alexandre Santos PMDB Alfredo Sirkis PV PvPpsArolde de Oliveira DEM Benedita da Silva PT

34370 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Brizola Neto PDT Chico Alencar PSOL Deley PSC Dr. Adilson Soares PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslEduardo Cunha PMDB Felipe Bornier PHS Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslFernando Jordão PMDB Glauber Braga PSB PsbPtbPcdobJandira Feghali PCdoB PsbPtbPcdobLiliam Sá PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMarcelo Matos PDT Miro Teixeira PDT Nelson Bornier PMDB Otavio Leite PSDB Simão Sessim PP Washington Reis PMDB Zoinho PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Rio de Janeiro 22

SÃO PAULO

Alexandre Leite DEM Aline Corrêa PP Antonio Bulhões PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslArnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdobArnaldo Jardim PPS PvPpsBruna Furlan PSDB Carlinhos Almeida PT Carlos Zarattini PT Dimas Ramalho PPS PvPpsDr. Ubiali PSB PsbPtbPcdobEleuses Paiva DEM Gabriel Chalita PMDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PSB PsbPtbPcdobJilmar Tatto PT João Dado PDT João Paulo Cunha PT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdobJorge Tadeu Mudalen DEM José De Filippi PT José Mentor PT Keiko Ota PSB PsbPtbPcdobLuiz Fernando Machado PSDB Luiza Erundina PSB PsbPtbPcdobMarcelo Aguiar PSC Missionário José Olimpio PP Nelson Marquezelli PTB PsbPtbPcdobOtoniel Lima PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPaulo Freire PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPenna PV PvPpsRicardo Izar PV PvPpsRicardo Tripoli PSDB Roberto de Lucena PV PvPpsRoberto Santiago PV PvPpsSalvador Zimbaldi PDT

Valdemar Costa Neto PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslVicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Dib PSDB Total de São Paulo 41

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB Homero Pereira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJúlio Campos DEM Ságuas Moraes PT Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdobTotal de Mato GrossO 5

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS PvPpsIzalci PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJaqueline Roriz PMN Ricardo Quirino PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRonaldo Fonseca PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Distrito Federal 5

GOIÁS

Flávia Morais PDT Heuler Cruvinel DEM Leandro Vilela PMDB Pedro Chaves PMDB Roberto Balestra PP Ronaldo Caiado DEM Sandro Mabel PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslValdivino de Oliveira PSDB Total de Goiás 8

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Fabio Trad PMDB Geraldo Resende PMDB Giroto PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMarçal Filho PMDB Reinaldo Azambuja PSDB Vander Loubet PT Total de Mato Grosso do Sul 7

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Alex Canziani PTB PsbPtbPcdobAlfredo Kaefer PSDB André Zacharow PMDB Assis do Couto PT Cida Borghetti PP Dilceu Sperafico PP Edmar Arruda PSC Eduardo Sciarra DEM Fernando Francischini PSDB Leopoldo Meyer PSB PsbPtbPcdobLuiz Carlos Setim DEM

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34371

Luiz Nishimori PSDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Nelson Padovani PSC Ratinho Junior PSC Rosane Ferreira PV PvPpsRubens Bueno PPS PvPpsSandro Alex PPS PvPpsTakayama PSC Zeca Dirceu PT Total de Paraná 22

SANTA CATARINA

Carmen Zanotto PPS PvPpsCelso Maldaner PMDB Edinho Bez PMDB Esperidião Amin PP Jorge Boeira PT Jorginho Mello PSDB Luci Choinacki PT Mauro Mariani PMDB Valdir Colatto PMDB Total de Santa Catarina 9

RIO GRANDE DO SUL

Alceu Moreira PMDB Assis Melo PCdoB PsbPtbPcdobDanrlei De Deus Hinterholz PTB PsbPtbPcdobDarcísio Perondi PMDB Enio Bacci PDT Giovani Cherini PDT Henrique Fontana PT Luis Carlos Heinze PP Luiz Noé PSB PsbPtbPcdobManuela D`ávila PCdoB PsbPtbPcdobOnyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Pepe Vargas PT Renato Molling PP Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdobRonaldo Zulke PT Sérgio Moraes PTB PsbPtbPcdobVilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul 18

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A lista de presença registra o comparecimento de 281 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Lincoln Portela, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco Par-lamentar PR/PRB/PTdoB/PRTB/PRP/PHS/PTC/PSL. S.Exa. dispõe de 7 minutos na tribuna.

O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presi-

dente. Espero não usar de todo esse tempo, sempre agradecendo aos companheiros que abrem espaço.

Sr. Presidente, quero parabenizar esta Casa pelo esforço que teve em relação à anistia dos bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Foi de fundamental impor-tância a participação de todos os Parlamentares desta Casa, independentemente de partido, de Situação, de Oposição. A Casa sensibilizou-se com essa questão, o Senado aprovou, mas houve alguns problemas de redação – dois problemas de redação –, os quais es-tão sendo sanados com a redação que a Casa está dando para a anistia dos bombeiros.

Ontem, o Presidente Marco Maia reuniu-se com muitos Líderes e com muitos Parlamentares desta Casa na Presidência, após reuniões com a Liderança do Go-verno, após reuniões no Freitas Nobre, e chegamos a uma conclusão. Conseguimos fazer a anistia para os bombeiros aqui nesta Câmara, em caráter conclusivo na CCJ, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aqui da Câmara dos Deputados.

Então, agora, neste momento, nós estamos resol-vendo essa questão na CCJ, para que a anistia desses bombeiros do Estado do Rio de Janeiro e também de dois policiais militares possa acontecer.

Parabéns a esta Casa, parabéns ao Presidente Marco Maia, parabéns aos Líderes, parabéns aos Par-lamentares de todos os partidos, que não olvidaram esforços para que isso acontecesse. Esperamos que essa solução, claro, seja trazida à Nação brasileira, neste momento, para que as famílias, principalmente as do Estado do Rio de Janeiro, desses heróis brasi-leiros, desses heróis do Estado do Rio de Janeiro e desses heróis nacionais, os bombeiros militares, que essa solução seja encontrada, como foi encontrada.

Quero apenas parabenizar esta Casa. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – O

Presidente informa a todos os inscritos que, logo após a Ordem do Dia, concederá a palavra a todos aqueles que desejem fazer uso da mesma.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Ma-téria sobre a Mesa.

“I – Requerimento nº 1.739, de 2011, do Sr. Deputado Esperidião Amin, que requer, na forma do art. 71, IV e VII, da Constituição da República, combinado com o caput do art. 117 do Regimento Interno desta Casa, seja instaurada auditoria do Tribunal de Contas da União para apurar o adimplemento do contrato de concessão rodoviária, no trecho Curitiba--Florianópolis, durante o período que vai de 15 de fevereiro de 2008 a 15 de fevereiro de 2011.”

REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE :

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Al-guma objeção?

O SR. FRANCISCO PRACIANO (PT-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em nome da Liderança do PT, estamos solicitando que seja retirado esse requerimento.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – O PT pede a retirada.

Fica retirado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Item

1 da pauta.O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ainda no item anterior, eu lamento que um pedido de audi-toria – e eu já tenho feito vários; eu, particularmente, para o TCU –, quando vem um pedido de auditoria para o Plenário da Câmara, o PT peça a retirada. E essa solicitação de auditoria é para ver o adimplemento do contrato de concessão rodoviária no trecho Curitiba--Florianópolis.

Então, lamento muito que o TCU, que é um órgão auxiliar desta Casa, esteja sendo impedido de fazer uma auditoria, por conta de um pedido do PT para re-tirar essa solicitação de pauta.

O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu não percebo esse requerimento na pauta.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Qual-quer Líder...

O SR. MIRO TEIXEIRA – Esse requerimento que foi retirado não estava sequer em pauta, me parece.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – ...ou Vice-Líder que estiver no exercício da Liderança po-derá pedir a retirada.

O SR. MIRO TEIXEIRA – Eu sei, Presidente. Es-tou dizendo que eu não percebo que estava sequer em pauta. Eu estou entendendo até a posição do PT, por-que... Pelo menos no avulso que eu tenho da Ordem do Dia, não consta esse requerimento.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Não, consta aqui, nobre Líder; na pauta não consta.

O SR. MIRO TEIXEIRA – Desculpem, retiro. Te-nho aqui na minha mão o... Está aqui, sim. Está aqui: matéria sobre a mesa.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Ma-téria sobre a mesa só temos esta.

O SR. MIRO TEIXEIRA – É isso. Eu, então, não tenho o que dizer sobre a retirada. E está precluso aí qualquer recurso.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Item 1.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.653-B, DE 2009

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Proje-to de Decreto Legislativo nº 1.653, de 2009, que aprova o texto da Resolução nº 1.105, de 30 de novembro de 2004, que aprovou o ingresso da República Federativa do Brasil na Organização Internacional para as Mi-grações (OIM), bem como o texto da Cons-tituição dessa organização internacional; tendo pareceres: da Comissão de Finanças e Tributação, pela compatibilidade e ade-quação financeira e orçamentária (Relator: Deputado Pepe Vargas); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação (Re-lator: Deputado Vital do Rêgo Filho).

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a dis-cussão.

Passa-se à votação.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em

votação o Projeto de Decreto Legislativo nº 1.653, de 2009.

“Congresso Nacional decreta:Art. 1º Ficam aprovados o texto da Reso-

lução nº 1.105, de 30 de novembro de 2004, que aprovou o ingresso da República Fede-rativa do Brasil na Organização Internacional para as Migrações (OIM), bem como o texto da Constituição dessa organização internacional.

Parágrafo único: Ficarão sujeitos à apro-vação do Congresso Nacional quaisquer atos que alterem o referido Acordo, bem como quais-quer outros ajustes complementares que, nos termos do inciso I do Art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.”

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em

votação a

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REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.653-C, DE 2009

Aprova o texto da Resolução nº 1.105, de 30 de novembro de 2004, que aprovou o ingresso da República Federativa do Brasil na Organização Internacional para as Mi-grações – OIM, bem como o texto da Cons-tituição dessa organização internacional.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:Art. 1º Ficam aprovados o texto da Resolução

nº 1.105, de 30 de novembro de 2004, que aprovou o ingresso da República Federativa do Brasil na Orga-nização Internacional para as Migrações – OIM, bem como o texto da Constituição dessa organização in-ternacional.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam re-sultar em revisão da referida Resolução, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acar-retem encargos ou compromissos gravosos ao patri-mônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Fabio Trad, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Item 2.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.655-A, DE 2009

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional).

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.655-A, de 2009, que aprova o texto do Protocolo Adicional ao Acordo-Quadro de Cooperação entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Francesa sobre a Cooperação Descentralizada, celebrado em São Jorge do Oiapoque, em 12 de feve-reiro de 2008; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa (Relator: Dep. Fabio Trad).

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a dis-cussão.

Passa-se à votação.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em

votação o Projeto de Decreto Legislativo nº 1.655, de 2009.

“O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Protocolo

Adicional ao Acordo-Quadro de Cooperação entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Francesa so-bre Cooperação Descentralizada, celebrado em São Jorge do Oiapoque, em 12 de feve-reiro de 2008.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à con-sideração do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do refe-rido Protocolo Adicional, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do artigo 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravo-sos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.”

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, soli-citamos a retirada do item 3 da pauta.

O SR. JAIR BOLSONARO – Sr. Presidente, o PP pede a retirada...

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Em votação a:

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.655-B, DE 2009

Aprova o texto do Protocolo Adicional ao Acordo-Quadro de Cooperação entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Francesa sobre a Cooperação Descentralizada, celebrado em São Jorge do Oiapoque, em 12 de fe-vereiro de 2008.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Protocolo Adi-

cional ao Acordo-Quadro de Cooperação entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo da República Francesa sobre a Cooperação Descen-

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tralizada, celebrado em São Jorge do Oiapoque, em 12 de fevereiro de 2008.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam re-sultar em revisão do referido Protocolo Adicional, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Fabio Trad, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. HÉLIO SANTOS – Sr. Presidente... Sr.

Presidente...O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Quais

são os que querem retirar de pauta?O SR. PAUDERNEY AVELINO – Item 3...O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Item

3, retirado.O SR. PAUDERNEY AVELINO – ...e item 5.O SR. JAIR BOLSONARO (PP-RJ. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP pede a retirada dos demais...

O SR. HÉLIO SANTOS (PSDB-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSDB tam-bém pede a retirada do item 3 da pauta.

O SR. JAIR BOLSONARO – Sr. Presidente, o PP pede a retirada dos demais requerimentos da Ordem do Dia, em solidariedade à retirada do requerimento do Senador Esperidião Amin.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Ilus-tre Deputado Jair Bolsonaro, infelizmente, V.Exa. não é Vice-Líder do partido, e, portanto, não pode pedir a retirada de todos os itens da pauta. Fica nula. Fica nula.

O SR. JAIR BOLSONARO – O do PT também não era, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Quem é Vice-Líder do PP?

O SR. JAIR BOLSONARO – Do PT.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Quem

é?O SR. JAIR BOLSONARO – Quem pediu para

retirar pelo PT, Sr. Presidente?O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Quem solicitou foi o Deputado Praciano. Ele é Líder do PT? Vice-Líder?

O SR. JAIR BOLSONARO – Vice-Líder.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Só pode ser um Vice-Líder.

O SR. PAUDERNEY AVELINO – Então, foi o Deputado Praciano que solicitou o item 1 da matéria sobre a mesa da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – O Praciano, para mim, é Vice-Líder.

O SR. PAUDERNEY AVELINO – Se o Deputado Praciano não é Vice-Líder...

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – O Sérgio está dizendo que qualquer Deputado do partido que esteja aqui pode fazê-lo.

Então, ficam retirados todos os itens da pauta. Retrocedo minha decisão.

(Foram retirados de pauta os Projetos de Decreto Legislativo nº 2.489-A, 2.644-A, 2.841-A, 2.865-A e 2.866-A de 2010; e o Pro-jeto de Decreto Legislativo nº 59-A de 2011.)

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Não havendo mais nenhuma matéria a ser votada, declaro encerrada a Ordem do Dia.

Passo ao período de breves comunicações.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao ilustre Deputado Ságuas Moraes. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Depu-tados, público presente, Sras. Deputadas, faço uso da tribuna neste momento para dizer que ontem, na Co-missão de Educação, tivemos uma audiência pública, com a presença do Ministro Fernando Haddad, para discutir o PRONATEC, que é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.

O Programa, lançado pela Presidente Dilma há poucos dias, é um projeto de lei que está nesta Casa para ser votado. Trata da expansão da rede federal de educação técnica, dos IFETs, trata da reestruturação das redes estaduais, trata de convênios com esco-las credenciadas – vão credenciar escolas de ensino técnico privadas no sistema S – e também concede bolsa a estudantes, nos moldes do FIES, para o en-sino superior.

Sr. Presidente, o PRONATEC pretende atender 8 milhões de jovens, nos próximos 4 anos. Sem dúvida nenhuma, o Programa vai garantir duas coisas funda-mentais. Uma delas é a evasão do ensino médio, que, no Brasil, na América Latina e em alguns países de-senvolvidos, é muito elevada – no Brasil, na América do Sul e na América Latina, em torno de 50%; e em alguns países desenvolvidos chega a 30%.

Eu tive a oportunidade de ser Secretário de Edu-cação do Estado de Mato Grosso e de participar de

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34377

evento do UNICEF, em Buenos Aires, para discutir ensino médio, e, em Madri, a convite da Embaixada da Espanha, também para discutir ensino médio. Tive a oportunidade de observar que existe um consenso mundial: somente se pode resolver a evasão do ensino médio com educação profissional.

Esse programa vem complementar a expansão da rede de escolas técnicas federais, iniciada pelo Presidente Lula, que aumentou 214 escolas técnicas federais. Ele vem reestruturar o programa de ensino médio integrado à educação profissional nas escolas do ensino médio e também garantir que possamos, através dessas parcerias, de convênio de escolas pri-vadas e com o sistema S, garantir que 8 milhões de jovens possam ter acesso ao ensino médio profissio-nal. Dessa maneira, vamos reduzir significativamente a evasão escolar.

E, mais do que isso – o Brasil é um país que vem se desenvolvendo e já é a sétima economia do mundo –, nós não temos condições de continuar nesse cres-cimento, nós não temos condições de chegar à sexta, à quinta economia do mundo se não tivermos mão de obra qualificada. Então, esse programa vem atender à juventude e vem garantir ao nosso jovem qualificação para o mercado de trabalho.

O PRONATEC vem consolidar os programas iniciados pelo Presidente Lula de expansão da rede federal, de reestruturação das redes estaduais de es-colas técnicas, de consolidação do ensino médio in-tegral da educação profissional e também ampliar as vagas no Sistema S e nas escolas técnicas privadas. Desse modo, nós vamos garantir à nossa juventude que ela continue estudando e se qualificando para o mercado de trabalho, mas, principalmente, para que o Brasil possa continuar se desenvolvendo.

Então, eu quero aqui mais um vez parabenizar a Presidenta Dilma e o Ministro Fernando Haddad por essa iniciativa. Eu não tenho dúvida nenhuma de que, em pouco tempo, nós aprovaremos essa matéria nesta Casa, garantindo à nossa juventude, aos 8 milhões de jovens, nesses 4 anos, formação técnico-profissional.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para

uma breve intervenção, concedo a palavra pela ordem ao ilustre Deputado Décio Lima.

O SR. DÉCIO LIMA (PT-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a política só tem um sentido à medida que ela tenha causa, à medida que ela tenha paixão, como têm muitos brasileiros, in-clusive V.Exa., que aqui, nesta Casa, manifesta o seu amor pelo exercício do mandato, pelo País e pelas coisas que defendemos.

Eu quero fazer um registro hoje para homena-gear uma amiga da minha cidade de Blumenau, uma apaixonada como muitos de nós aqui, a companheira Arlete da Silva, que assumiu a Egrégia Câmara Muni-cipal de Blumenau, conhecida como Canarinha.

Gostaria que esse registro fosse encaminhado como lido e divulgado nos meios de comunicação e nos Anais desta Casa, bem como outro registro sobre o Pla-no Brasil sem Miséria, lançado pela Presidenta Dilma.

Era isso, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Presi-denta Dilma Rousseff lançou oficialmente este mês o Plano Brasil sem Miséria, cuja meta é atender a quase 17 milhões de pessoas que vivem na extrema pobre-za, assim consideradas em razão da renda mensal de R$70,00, apurada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Mais do que um Plano, o Brasil sem Miséria é um compromisso da nossa Presidenta, que, através do crescimento econômico e social, incluirá milhões de brasileiros e brasileiras na condição de cidadãos plenos. Isto, sim, é dignidade! Isto, sim, é cidadania! Isto, sim, é justiça social!

O Brasil sem Miséria pretende erradicar a pobre-za extrema, com base em três eixos:

1) fortalecimento dos programas de transferência de renda, como é o caso do Bolsa Família, um pro-grama que tem alcançado milhares de pessoas em todo o Brasil;

2) ampliação da oferta de serviços públicos, a exemplo do Programa do Ministério da Saúde, que distribui gratuitamente remédios para hipertensão e diabetes; e o próprio Rede Cegonha, que atende as mães e seus bebês com toda a estrutura necessária para o seu desenvolvimento saudável;

3) formação e qualificação profissional, que ca-pacitam os nossos trabalhadores para o mercado de trabalho, munindo-os de instrumentos que vão servir de alavanca para suas carreiras, além de melhorar sua renda.

Dados do IBGE apontam que o Plano, que aten-derá 16 milhões, 267 mil, 197 pessoas, representa 8,6% da população brasileira.

Na Região Sul, o número de pessoas na condi-ção de extrema pobreza equivale a 715.961 pessoas. Em Santa Catarina, são 102.672 pessoas que vivem nesta condição.

Mas, Sr. Presidente, o êxito do Brasil sem Miséria também depende de cada um e de cada uma de nós! O Governo Federal está fazendo a sua parte. Cabe tam-

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bém aos Estados e Municípios aderirem a esta grande cruzada contra a miséria! Afinal, o fortalecimento das políticas sociais e o crescimento sustentado que a Na-ção brasileira apresenta nos permitem, sem dúvida, a superação da extrema pobreza.

Num passado bem recente, o ex-Presidente Lula, num esforço conjunto, foi responsável pelo crescimento da classe média. E, a partir de hoje, nós seguiremos nesta linha, porém avançando no combate à extrema pobreza.

Não posso deixar de lembrar ainda, nobres cole-gas, que de 2003 a 2008 aproximadamente 24 milhões e 100 mil brasileiros, deixaram a linha de pobreza. E agora mais de 16 milhões de pessoas deixarão a linha da extrema pobreza!

Assim é o Brasil sem Miséria, um plano que combinará programas já existentes com novas ações, garantindo um futuro com melhores condições a mi-lhões de brasileiros e brasileiras; um plano que, antes mesmo de ser lançado oficialmente, já serviu de exem-plo para o Banco Mundial, pois pretende elaborar um plano internacional para a próxima década baseado no modelo brasileiro.

Fica, portanto, este registro, como forma de mos-trar que o País que adotou o slogan “País rico é país sem pobreza” mostra a que veio, e nos enche de or-gulho e esperança de um futuro cada vez mais justo econômica e socialmente.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, passo a abordar outro assunto. É com muita alegria, mas prin-cipalmente com muito orgulho, que faço este registro sobre a posse da nossa companheira Arlete da Silva, mais conhecida como “Canarinha”, como Vereadora na Câmara Municipal de Blumenau.

A minha querida Arlete é suplente pelo Partido dos Trabalhadores e assume o Legislativo blumenauen-se no lugar do Vereador Vanderlei de Oliveira, que se ausenta por 30 dias para tratamento de saúde.

Mas, antes de tudo, Arlete “Canarinha” da Silva é uma daquelas pessoas que a gente guarda dentro do coração. Mulher guerreira, sensível e trabalhadora, é exemplo para muitas mulheres que já estão ou que pensam em conquistar um espaço na política brasileira.

Infelizmente, a representação feminina nos Parla-mentos brasileiros está muito aquém do que deveria. A nossa Presidenta Dilma Rousseff tem dado destaque às mulheres em seu Governo, acreditando no potencial das mulheres para exercerem cargos de relevância no cenário nacional.

Em relação a nossa querida companheira Cana-rinha, agora Vereadora Arlete, com a qual tenho o pri-vilégio de conviver há mais de 20 anos, posso garantir que as mulheres estarão muito bem representadas em

Blumenau. Há 16 anos ela acalenta o sonho de assu-mir uma cadeira no Legislativo blumenauense, o que ontem, finalmente, se realizou; sonho esse comparti-lhado com sua família e amigos e que agora, mesmo num curto período de 30 dias, se concretiza.

Mulher de muita garra e muita fé, a querida Cana-rinha certamente fará a diferença, aliás, como sempre fez nesses anos em que nos acompanha na nossa tra-jetória política, sempre impulsionando o nosso trabalho com ideias positivas e alicerçadas no ideal político do Partido dos Trabalhadores, contribuindo enormemente com as lutas encampadas pelo partido.

Parabéns, Arlete! Que Deus a abençoe e que nesses 30 dias você possa mostrar à cidade de Blu-menau o valor das suas ações e o merecimento pelas centenas de pessoas que agradecem a sua existência e que confiaram seus votos a você. Boa sorte!

Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao nobre Deputado Waldenor Pereira. (Pausa.) Ausente.

Concedo a palavra ao nobre Deputado Padre Ton. (Pausa.) Ausente.

Concedo a palavra ao nobre Deputado Ângelo Agnolin. (Pausa.) Ausente.

Concedo a palavra ao nobre Deputado Benjamin Maranhão. (Pausa.) Ausente.

Concedo a palavra pela ordem ao nobre Deputado Jair Bolsonaro. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O Deputado Praciano já está inscrito aqui.O SR. JAIR BOLSONARO (PP-RJ. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, prezado De-putado Inocêncio Oliveira, não há dúvida de que es-tou feliz no dia de hoje. V.Exa. também disse que ficou bastante satisfeito com o resultado do Conselho de Ética no dia de ontem, no qual fui absolvido por 10 a 7.

Apenas lamento uma coisa: eu só pude discutir ali basicamente as questões técnicas da representa-ção do PSOL, que é um partido que tem uma ligação íntima com grupos homossexuais, inclusive tem um Deputado que se orgulha de ser adjetivado por uma palavra que não quero citar aqui, porque, para mim, seria vergonhoso.

Eu gostaria, Sr. Presidente, mas o momento não era aquele, porque eu tenho uma coletânea de víde-os, aproximadamente 25 vídeos, 40 minutos, onde se retira do armário um expoente do PSOL.

Eles ficaram, com toda certeza, satisfeitos por aquela representação ter sido arquivada, porque as pessoas têm que assumir as suas posições.

Eu queria mostrar mais ali, Sr. Presidente, porque nós continuamos gravando o episódio com a Senadora Marinor Brito, onde ela me chama de pedófilo e corrupto.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34379

Eu queria, esperava, que ela, na sua represen-tação, apresentasse alguma coisa de concreto que confirmasse, desse algum indício, pela acusação de me chamar de pedófilo, ou por ter-me chamado de corrupto. Não tiveram moral para isso. Mentiram na representação, omitiram, nas fitas apresentadas à Co-missão, fatos importantes daquele debate.

Tudo o que aconteceu comigo nesta Casa – e por-ventura a gente de vez em quando até extrapola – foi no fragor de um debate salutar em defesa da família, dos bons costumes e do cristianismo. Apesar de eu não ser evangélico, agradeço, no momento, o apoio da Bancada Evangélica nessa minha questão também.

Creio, Sr. Presidente, pelo menos momentanea-mente, que as crianças do primeiro grau – como eu ia provar na Comissão por vídeos – estão, então, isentas desse ataque desses fundamentalistas homossexuais, que queriam, e querem ainda com outras propostas, pregar nas escolas, estimular o homossexualismo e dizer para as famílias que ter um filho gay, lésbica, ho-mossexual, transexual ou travesti é motivo de orgulho. Repito: isso é motivo de vergonha! Esse comporta-mento, como estou dizendo agora, é comportamento! – desculpem o pleonasmo aqui – e não uma questão de nascença.

Cumprimento aqui os dez que votaram em mim naquela Comissão e lamento, porque os votos contrá-rios que eu tive ou eram de fundamentalistas homos-sexuais, como gente ligada ao PSOL, ou voltados para a questão ideológica.

Obrigado, Sr. Presidente, pela oportunidade. Meus cumprimentos a esta Casa. Foi uma vitória desta Casa como um todo, em defesa da família, da ética, dos bons costumes e da vergonha na cara! Isso é para os integrantes do PSOL.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Padre Ton. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. PADRE TON (PT-RO. Pela ordem. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, venho a esta tribuna no dia de hoje para registrar nos Anais da Câmara dos Deputados o jubileu sacerdotal do Arcebispo Metropolitano de Porto Velho, Dom Mo-acyr Grechi, celebrado ontem, dia 29 de junho, às 19 horas, em missa solene na Catedral do Sagrado Co-ração de Jesus, na cidade de Porto Velho, Estado de Rondônia, onde estive presente.

Nascido em Turvo, Santa Catarina, em 19 de janeiro de 1936, ainda jovem, Moacyr Grechi foi orde-nado Sacerdote da Ordem dos Servos de Maria em 29 de junho de 1961, sendo eleito Bispo já na década seguinte e nomeado Arcebispo de Porto Velho em 29

de julho de 1998. Ele foi eleito Bispo muito novo, com 36 anos.

Dom Moacyr ocupou diversos cargos na hierarquia da Igreja Católica. Foi membro da Comissão Episco-pal de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, de 1975 a 1978. Foi Presidente da Comissão Pastoral da Terra – CPT, por 8 anos, e Presi-dente do Regional Norte I, da CNBB, por dois períodos.

No período de 1995 a 2003, foi membro da Co-missão Episcopal para a Doutrina da Fé e Delegado da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em 2007. Atualmente, é membro do Conselho Permanente da CNBB.

No Estado do Acre, adepto à Teologia da Liber-tação – ele é um Arcebispo progressista da Igreja que teve coragem de denunciar crimes e desmandos no Acre –, desenvolveu uma intensa atividade pastoral e religiosa que redundou na criação de inúmeras Comu-nidades Eclesiais de Base, de onde saiu um grande número de militantes políticos, que, no início da década de 80, fundariam o Partido dos Trabalhadores.

Esse trabalho, iniciado por Dom Moacyr, foi a base fundamental do Projeto Florestania, colocado em prática nas sucessivas administrações do Partido dos Trabalhadores, no Estado do Acre, e que vem mudan-do a realidade daquela população, especialmente dos mais pobres e excluídos.

Dom Moacyr Grechi foi vítima de dois acidentes automobilísticos, cuja sobrevivência não teria sido pos-sível se não pela Providência Divina. O primeiro foi em 2001; e o segundo, em 2004, quando trafegava pela BR-364, a mesma BR onde morreu o companheiro e ex-Deputado Eduardo Valverde. Em ambos os eventos, sofreu traumas físicos profundos, restringindo a sua mobilidade, mas não o entusiasmo com que se dedica às obras religiosas e sociais.

A respeito desses desastres, ele resumiu o pró-prio sentimento pós-traumático, entre aspas:

“Fui vítima de um grave acidente auto-mobilístico. O que aconteceu então eu não lembro nada ou pouquíssima coisa. O que eu sinto agora, o que vou tentar transmitir, é fruto da tomada de consciência mais ou menos 15 dias depois, já na UTI. Eu senti uma necessi-dade muito grande, profunda, de agradecer a Deus. O choro vinha-me fácil. Percebi, acima de tudo, a presença de Jesus Cristo como a de um irmão bom, amável, acima de tudo ad-mirável, desejável.”

Vascaíno de coração, como eu, Dom Moacyr nunca mudou suas convicções. É um farol aceso a nos ensinar o caminho da justiça e da santidade.

34380 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Portanto, em meu nome pessoal, em nome do povo de Rondônia e, com a devida autorização dos meus colegas Parlamentares do Estado do Acre, em nome do povo acreano, desejo que o seu aniversário de sacerdócio se repita por muitos anos e que Deus dê a Dom Moacyr muita saúde e paz para continuar a sua missão aqui na Terra, já que ele renunciou ao mandato e nós estamos esperando a nomeação, pelo Papa Bento XVI, do novo Arcebispo de Porto Velho.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Júlio Campos, por 3 minutos.

O SR. JÚLIO CAMPOS (DEM-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há poucos momentos, ocupou esta tribuna o eminente Deputado gaúcho Alceu Moreira, do PMDB, que é o autor do requerimento sobre a derrubada do veto ao projeto do pré-sal. Ontem, foi instalada a Frente Parlamentar de Defesa, para que possamos imediata-mente votar esse veto e derrubá-lo aqui no plenário.

Para se ter ideia da injustiça que é cometida hoje no Brasil, dos recursos arrecadados e devolvidos aos Estados e Municípios, 25 Estados brasileiros recebem 2 bilhões e 322 milhões de reais, enquanto, dos dois Estados que se dizem produtores – porque a produção é em alto-mar, nas bacias de Campos e do Espírito Santo –, o Espírito Santo recebe, aproximadamente, 1 bilhão de reais, e o Rio de Janeiro, 9 bilhões e 800 mil reais. Quer dizer, de toda a arrecadação, 90% fica para dois Estados, e praticamente 10% a 15% para os demais.

Para terem ideia, se ocorresse a derrubada do veto a partir deste ano, o Estado do Acre, que recebe 8 milhões e 851 mil, passaria a receber 234 milhões e 786 mil reais. O Estado de Mato Grosso, que eu repre-sento nesta Casa, hoje recebe 15 milhões e 584 mil e passaria a receber 247 milhões e 392 mil, que significa uma receita praticamente suficiente para melhorar a saúde dos mato-grossenses, do povo brasileiro.

Nós queremos, neste momento, fazer um apelo para que todos os Parlamentares brasileiros que não são dos dois Estados – que querem se assenhorear como donos do pré-sal e do petróleo deste País – so-memos esforços para derrubar, com urgência, o veto que o Presidente Lula colocou ao projeto da nova divi-são lançada em tão boa hora pelo ex-Deputado Ibsen Pinheiro, que presidiu esta Casa.

Portanto, a Frente Parlamentar de Apoio aos Municípios, Prefeitos e Vereadores do Brasil, da qual sou Presidente, vem apoiar incondicionalmente a luta dos nossos Parlamentares, em especial do Deputado

Alceu Moreira, com relação à derrubada urgente do veto aposto ao projeto da nova redivisão dos recursos do pré-sal.

Queremos, sim, que todos os Estados brasilei-ros façam jus a essa divisão, para que possamos levar justiça social e desenvolvimento econômico a todos os Municípios e Estados brasileiros.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao ilustre Deputado Francisco Praciano, do PT do Amazonas.

O SR. FRANCISCO PRACIANO (PT-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, cidadãos brasileiros, ontem tivemos a presença, na Comissão de Desenvolvimento Eco-nômico, Indústria e Comércio, do nosso companheiro Ministro Fernando Pimentel.

Ficou bem claro que um dos focos, uma das pre-ocupações – talvez a mais importante para o Governo da companheira Dilma – é aumentar o investimento em tecnologia e inovação.

A coisa é bem clara. Para os senhores terem ideia do que estamos falando, o custo de importar, misturando alhos e bugalhos, 1 tonelada de produtos da China é de 3.050 dólares; o custo de uma tonelada que o Bra-sil exporta para a China está em torno de 163 reais.

Portanto, a pauta chinesa tem mais agregação, tem mais tecnologia, tem mais inovação. Como a nossa pauta de exportação é basicamente de produtos pri-mários, de commodities, nós temos um prejuízo nes-sa corrente de negócios. Então, está muito claro que há necessidade de investir – e investir em tecnologia.

Agora passo a tratar da minha aldeia, Manaus, que, há 44 anos, é um centro de excelência na área de montagem, na área de produção de massa, que o americano chama de mass production. Nós produzi-mos e montamos.

Obviamente, nós não desenvolvemos design e produtos, nós desenvolvemos técnicas de processo. Por conta disso, produzimos em torno de 35 bilhões de dólares/ano, o que representa mais de 90% da economia do Estado. É uma cidade de 2 milhões de habitantes, que vive da Zona Franca.

A tecnologia, o investimento em tecnologia pode ser feito nos clusters, nos vales de silício do resto do Brasil: Santa Catarina é um vale de software hoje; em Pernambuco e na Paraíba, são vales de silício, pe-quenos vales que estão se montando na área de ma-temática, na área de informática como, por exemplo, em Campina Grande; e o grande cluster de produção de tecnologia no Brasil ainda é o privilegiado Estado de São Paulo.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34381

Portanto, o Estado do Amazonas não aceita que seja desmontada, em nome da Lei de Informática, a Zona Franca de Manaus. Seria um caos, porque a Zona Franca é sucesso. Do imposto federal do Norte, 63% é só por conta da Zona Franca, é só por conta de Manaus.

Nós temos hoje um Estado onde é proibida a soja, onde é proibida a cana, onde é proibido desma-tar, onde é proibido ter economia. Portanto, o Governo brasileiro tem que se sentar conosco...

(O microfone é desligado.) O SR. FRANCISCO PRACIANO – Embora eu seja

do PT, estou solicitando à bancada do Norte que, junta-mente com o Governo Federal, desenvolva um método, um modelo de desenvolvimento para Manaus, para o Estado do Amazonas, porque não aceitamos transfor-mar, abruptamente, um projeto de sucesso num caos.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra à ilustre Deputada Luci Choinacki e, em seguida, ao Deputado Reguffe.

A SRA. LUCI CHOINACKI (PT-SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de registrar, com muita satisfação, a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em nome do Presidente José Trindade dos Santos, que tomou uma decisão muito importante no Estado, no dia de ontem, dando legalidade à greve dos edu-cadores de Santa Catarina, que estão há mais de 30 dias paralisados.

A greve foi reconhecida como legal por um motivo especial: o Governo do Estado de Santa Catarina não paga o piso salarial dos professores. O Estado, que não é um Estado pobre, como os governos gostam de dizer, mas que tem um governo que trata o povo de Santa Catarina, principalmente a educação, com descaso. Há escolas em que, inclusive, as professo-ras precisam levar o papel higiênico para os alunos. Assim está abandonada a educação pública estadual em Santa Catarina.

Queria dar parabéns também à decisão que dá, imediatamente, o prazo de 3 dias ao Governo do Es-tado – que ainda não começou a governar –, para que refaça a folha, tirando o desconto que fez aos educa-dores e grevistas em Santa Catarina.

Se a greve é legal, se houve o reconhecimento de que se deve pagar o piso e o Governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal e perdeu, o Governo está descumprindo uma lei votada no Congresso Nacional. Perdeu na Justiça já com o Governo passado. Do Go-verno Luiz Henrique para o atual, o Governo Raimun-do Colombo, continuam fazendo a desvalorização da educação, da saúde, da segurança pública.

Aliás, quase não há pauta, porque o Governo ainda não começou a governar. Todas as obras do Governo Estadual estão paradas. Não há uma obra que esteja tendo sequência. O Governo só faz ques-tão de aparecer nas fotos, gosta de vir a Brasília tirar foto com a Presidente, com os Ministros. Parece que ele está achando bonito. Quando se pede audiência, ele recebe e até atende bem, com cafezinho e água, mas falta política para o Governo do Estado.

Lamentamos que o Governo esteja imobilizado. Pela primeira vez no Estado, o Poder Judiciário reco-nhece a situação e pede-lhe para tomar providências no sentido de cumprir o que não está conseguindo.

A educação é a formação mais importante para o ser humano. Tanto que os dados de pesquisa do nos-so Governo mostram que, a partir do investimento na educação que o Presidente Lula fez e que a Presidente Dilma está fazendo, elevamos a autoestima do povo brasileiro, distribuímos renda, criamos uma expectativa. No País, as pessoas estão vivendo mais felizes, e é isso o que nós queremos para o nosso serviço público, para o povo catarinense, para a aldeia de Santa Cata-rina, que está totalmente abandonada pelo Governo.

Parabéns ao Judiciário por tomar essa decisão, ao SINTE – Sindicato dos Trabalhadores em Educa-ção e aos educadores por fazerem uma greve por uma causa justa e exigirem responsabilidade do Estado de Santa Catarina.

Muito obrigada, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao ilustre Sr. Deputado Reguffe, do PDT do Distrito Federal. Em seguida, falará o Sr. Deputado Francisco Praciano.

O SR. REGUFFE (PDT-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-lamentares, há algumas coisas neste País que não consigo entender. No início do ano, o Governo mandou uma medida provisória para esta Casa, concedendo 20 bilhões de dinheiro público, do BNDES, ao projeto do trem-bala para unir Rio e São Paulo, o que chamei desta tribuna de corrupção das prioridades. Num país que precisa investir, na minha opinião, em educação e em saúde pública, não é prioridade a construção de um trem. O País deveria investir em educação e na qualidade da saúde pública.

Sr. Presidente, agora, o Governo anuncia que vai colocar 4 bilhões de reais do BNDES, também dinhei-ro público, na fusão de duas grandes empresas priva-das. O pior: gerando maior concentração de mercado. Qualquer entendedor básico de economia sabe que, se se concentra o mercado, aumenta-se o preço num ponto futuro, porque diminui a concorrência. Isso é livre mercado. São leis básicas da economia.

34382 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Portanto, o Governo anuncia que vai colocar 4 bilhões na fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour, o que vai gerar o aumento dos preços dos alimentos no futuro para o consumidor final, para o brasileiro – e o Governo vai colocar dinheiro público nisso.

Apresentei, junto com o Deputado Ivan Valente, do PSOL de São Paulo, um requerimento de convite ao Presidente do BNDES para comparecer à Comis-são de Defesa do Consumidor e um requerimento de convocação ao Ministro da Fazenda, responsável por essa área do Governo e que tem de dar uma expli-cação, sim, ao Parlamento. Na minha concepção, Sr. Presidente, é inaceitável colocar 4 bilhões de reais de dinheiro público num projeto desses.

Nesta Casa apresentei projeto que visa isentar de tributos os medicamentos, porque 35,7% do preço de um remédio são impostos. O custo, o impacto disso no Orçamento, se retirassem todos os impostos incidentes nos remédios de uso humano, seria de 3 bilhões. E o Governo vai colocar 4 bilhões numa fusão que ainda vai provocar o aumento do preço dos alimentos para o consumidor final deste País.

Sinceramente, algumas coisas não consigo en-tender. Queria que me explicassem, porque, se a pes-soa me convencer, dou a mão à palmatória. Quero ser ganho pelo argumento. Mas é preciso ter argumento. Mas ninguém explica por que se deve colocar 4 bilhões de dinheiro público numa fusão dessas. Isso não dá para aceitar, Sr. Presidente.

Essa corrupção das prioridades é algo tão cri-minoso quanto a própria corrupção. Este País tem de ter prioridade. E a prioridade deveria ser educação e saúde pública.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Quero

me congratular com o ilustre Deputado Reguffe pelo belíssimo pronunciamento. Concordo em grau, gênero e número. E hoje ouvi a declaração da Ministra-Chefe da Casa Civil, a Senadora Gleisi Hoffmann, de que o poder público não vai colocar mais nenhum recurso nessa operação.

Acho que isso, se se concretizar, deve-se a pes-soas como V.Exa., que levantaram a questão – outros e eu, que nos manifestamos – de que o dinheiro do BNDES deve ser destinado para a infraestrutura, para fomentar o desenvolvimento e, sobretudo, a geração de emprego e renda. Essa fusão iria no sentido contrário, pois afunilaria cada vez mais o setor, fazendo com que muitos ficassem desempregados e muitas lojas fossem fechadas. Como iriam manter as duas lojas, uma ao lado da outra? Iriam fechar uma delas e desempregar milhares de pessoas.

Portanto, nobre Deputado, V.Exa. está de para-béns, assim como o Brasil inteiro está de parabéns se o BNDES recuar de sua decisão e não financiar fusões dessa natureza.

Muito obrigado a V.Exa.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao ilustre Deputado Francisco Araújo. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. FRANCISCO ARAÚJO (Bloco/PSL-RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho denunciando nesta Casa os desmandos que vêm ocorrendo no meu Estado de Roraima. E me causou estupefação o fato de o 6º Ba-talhão de Engenharia de Construção – BEC ter-se reti-rado do Estado porque não há recursos para trabalhar.

Chama-me atenção hoje uma nota do jornal Fo-lha de Boa Vista dando conta de que vão ser gastos 5 milhões de reais para se recuperar pouco mais de 3,5 quilômetros de estrada danificada pelos recentes alagamentos.

Ocorre que esse trecho que estão recuperando é de uma BR que não tem asfalto e não se justifica o valor absurdo que estão gastando. Estão dilapidando o nosso Estado.

Chamo a atenção do Ministério Público Federal e do Estadual. Pelo amor de Deus, há necessidade de intervir e acompanhar toda essa roubalheira que vem acontecendo no nosso Estado, com esse desvio de dinheiro tanto da BR-401 quanto da BR-174 e BR-210. Não aguentamos mais isso. O Estado não pode supor-tar tamanho desmando.

Portanto, Sr. Presidente, estou marcando uma reunião com o Diretor do DNIT para levar ao conhe-cimento dele o que vem ocorrendo no nosso Estado, que é tão pequeno e onde o dinheiro é desviado de forma vergonhosa.

Assim como a nobre colega disse que em Santa Catarina falta papel higiênico nas escolas, em Roraima falta gaze no Hospital Geral, ou seja, o básico do básico.

Então, vou apresentar um projeto de lei para que o Exército execute todas as obras de emergên-cia em Unidades da Federação que decretem estado de calamidade pública ou emergência, pois se trata de uma instituição séria. Porque se colocar nas mãos de Governador corrupto, como o nosso de Roraima, o dinheiro com certeza será desviado e não atingirá sua finalidade.

Quero também, Sr. Presidente, congratular-me e manifestar o meu apoio aos bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, que estiveram reunidos ontem nesta Casa, uma caravana com mais de 500 bombeiros. E quero dizer que precisamos urgentemente votar essa anistia aos bombeiros.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34383

Sou Delegado de Polícia, portanto também sou policial, e o que o Governo do Rio de Janeiro vem fa-zendo com aqueles heróis é vergonhoso! É vergonho-so! São seres humanos, pessoas que dedicam a vida para salvar vidas. E o mísero salário que o bombeiro hoje vem recebendo, não somente lá, mas também nos demais Estados da Federação, é uma vergonha.

Aproveito para pedir a esta Casa que, por genti-leza, vote imediatamente a PEC 300. Deputado Átila Lins, essa PEC tem que ser votada. Já houve acordo de que seria a primeira proposta de emenda a ser colocada em votação. Não vejo por que segurar essa PEC. É um anseio de todo o policial hoje, seja bom-beiro, seja militar, seja civil.

No meu Estado é uma reclamação só, todos querem a votação dessa PEC, por ser uma medida de justiça, por estabelecer um piso nacional aos poli-ciais, nos moldes do que existe hoje para a educação.

Faço um apelo ao Presidente Marco Maia para que coloque imediatamente essa PEC em votação, para podermos levar aos profissionais da segurança mais conforto e mais dignidade, para que possam tra-balhar no seu dia a dia e desenvolver com mais ânimo o seu mister.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao ilustre Deputado Átila Lins. S.Exa. dispõe de 3 minutos.

O SR. ÁTILA LINS (PMDB-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, venho fazer três registros na tribuna esta manhã. Primeiro, para agradecer a decisão acertada que a Presidente Dilma adotou de prorrogar por mais 90 dias o prazo dos Restos a Pagar de 2009. Muitos Municípios, muitas Prefeituras, muitos órgãos estavam realmente precisando dessa prorrogação para poder concluir toda a documentação necessária e auferir os valores das emendas empenhadas em 2010, que são do Orçamento de 2009, mas que até hoje não foram liberadas por um problema ou por outro, até mesmo por falta de liberação de recursos do Governo Federal.

De forma que eu quero aqui parabenizar as Lide-ranças partidárias da Câmara dos Deputados que se envolveram e participaram ativamente. Nós, por meio da coordenação da bancada do Norte, da qual somos o coordenador, encaminhamos também um expediente à Ministra Ideli Salvatti e à Ministra Gleisi Hoffmann, apelando para que houvesse essa prorrogação. E fi-nalmente ontem a Presidente Dilma Rousseff resolveu prorrogar por mais 90 dias os Restos a Pagar de 2009.

O outro assunto que quero registrar, Sr. Presi-dente, é que ontem à tarde foi instalada a Comissão Especial que vai examinar todas as PECs que tratam

de segurança pública, a começar pela PEC 300. Aliás, no sentido mais jurídico, nem há necessidade de mais uma Comissão Especial para examiná-la, uma vez que a referida proposta de emenda constitucional já foi vo-tada em primeiro turno nesta Casa, faltando apenas o segundo turno para ser encaminhada ao Senado.

Mas, na busca do entendimento e de encontrar fórmulas com os Governadores e com a sociedade como um todo, foi preciso o Presidente Marco Maia nomear uma nova Comissão Especial para tratar dessa PEC e da PEC 308, que trata da Polícia Penal, e ain-da da PEC que trata da regulamentação das Guardas Municipais do País inteiro.

Portanto, a Comissão foi instalada ontem, e o Presidente é o nobre Deputado Arnaldo Faria de Sá.

Todos vamos começar a trabalhar no sentido de encontrar, no prazo de 90 dias, o melhor caminho para que se resolva de forma definitiva o piso salarial da Polícia Militar, da Polícia Civil, dos Bombeiros Militares que estão na expectativa há muito tempo.

Aproveito também para registrar a decisão des-ta Casa, que está sendo adotada agora na Comissão de Constituição e Justiça, de aprovar a anistia para os bombeiros militares do Rio de Janeiro. De forma terminativa, a Comissão de Constituição e Justiça vai aprovar o respectivo projeto de lei. Com isso, vamos virar a página desse acontecimento no Rio de Janei-ro, todo ele produzido pelo fato de a PEC 300 não ter sido votada. Caso o assunto tivesse sido resolvido, com a fixação do piso salarial, é evidente que não te-riam acontecido aqueles fatos com os bombeiros do Rio de Janeiro.

Portanto, vamos esperar que agora, com a insta-lação dessa nova Comissão Especial, sob o comando do Deputado Arnaldo Faria de Sá, sejam rapidamente escolhidos o Relator e os demais membros da Mesa, para que possamos produzir um estudo com o apoio dos Governadores e de todos os interessados e, ao final, seja aprovado o piso salarial tão necessário para a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e outras categorias assemelhadas.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Fabio Trad, do PMDB de Mato Grosso do Sul.

O SR. FABIO TRAD (PMDB-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, farei três registros. Vou começar pelo desalentador; depois, falarei sobre os dois promissores.

Mato Grosso do Sul aparece, pelo terceiro ano consecutivo, como o Estado que registra o maior nú-mero de atos de violência entre os índios e contra os índios.

34384 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Sr. Presidente, desta tribuna da Câmara dos De-putados este orador faz um apelo à FUNAI para que estabeleça, de forma efetiva, prática, com eficácia e com vontade política, uma política pública de humanização das comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul.

O Governo Estadual está-se esforçando, mas premido pelas limitações estruturais de natureza finan-ceira que reduzem a capacidade de investimento do Estado em políticas sociais. Portanto, aquele Estado não pode, sozinho, resolver o problema, de maneira que este apelo é dirigido à FUNAI. Reitero esse apelo para que aquele órgão olhe com atenção e incorpore, preservando a cultura indígena, os índios à cultura ci-tadina, para que eles tenham condições estruturais e materiais de viverem com dignidade. Esse é o preceito constitucional que precisa ser efetivado pela FUNAI nas comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul.

Os outros dois registros, Sr. Presidente, faço ago-ra com alento e renovado entusiasmo.

O primeiro: nos dias 1º e 2 de julho, sexta-feira e sábado próximos, Corumbá, cidade que faz fronteira, em Mato Grosso do Sul, com o país irmão, vizinho, a Bolívia, sediará o Seminário Estadual de Combate ao Crack e outras Drogas Ilícitas.

A Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, instituída pela Câmara dos Depu-tados e presidida, de forma nobre, pelo Deputado Re-ginaldo Lopes, tendo como Relator o Deputado Givaldo Carimbão, descentralizou e fez com que os seminários ocorressem nos Estados. Chegou a vez de Mato Gros-so do Sul, e o olhar de Corumbá, cidade que faz divisa com a Bolívia, vai-se espraiar para todo o Brasil, a fim de subsidiar com informações consistentes uma nova política pública de combate às drogas ilícitas.

Por fim, Sr. Presidente, fui incumbido pelo Presi-dente da Comissão de Constituição e Justiça e Cida-dania, João Paulo Cunha, da tarefa de relatar todos os projetos que visam alterar a Lei de Licitações, a Lei nº 8.666, de 1993.

São mais de 50 projetos, alguns deles datados de 1993, que visam alterar a Lei de Licitações.

Nós apresentamos um requerimento na Comis-são de Constituição e Justiça, aprovado por unanimi-dade, para fazer um seminário, convidando Ministros do TCU, autoridades do Poder Executivo e do Poder Judiciário, entidades ligadas direta ou indiretamente ao tema, para que produzam subsídios a fim de orientar a CCJ, através da relatoria deste orador, no sentido de relatar os projetos de acordo com o que precisa ser mudado na lei de 1993.

Portanto, Sr. Presidente, eram esses os três re-gistros.

Muito obrigado pela oportunidade.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Abe-lardo Camarinha.

O SR. ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria agradecer a V.Exa. e deixar bem claro ao povo brasileiro que nos assiste, a V.Exa., aos Deputa-dos e às Deputadas que o movimento dos bombeiros no Rio de Janeiro foi um divisor de águas.

A movimentação daqueles bravos soldados da Polícia Militar no Rio de Janeiro vem mostrar à socie-dade, Deputado Paiva, a chaga que é a segurança pública do País.

O Governo vai bem, os índices econômicos vão bem, e a população vai mal quanto à questão da saúde, da educação e da segurança pública. Se não houvesse aquela manifestação pacífica, para qual os bombeiros levaram as famílias, os filhos, as mulheres, a Nação brasileira, o povo brasileiro não saberia que um policial no Rio de Janeiro ganhava apenas 950 reais.

Enquanto isso, Sr. Presidente, com todo o respei-to ao Governador Sérgio Cabral, ele está na luxúria, em avião a jato, em helicóptero, em resort, passeando pelo Brasil afora, e a Polícia Militar do Rio de Janeiro está na penúria!

Ontem, esta Casa deveria ter votado aqui a anis-tia, para que não se punissem verdadeiros brasileiros que lutam em uma região de periculosidade ganhando 900 reais. Estendo o meu pronunciamento à Polícia Ci-vil e à Polícia Militar do Estado de São Paulo, que têm um orçamento, Deputado Inocêncio, de 150 bilhões de reais! E um PM ganha 1 mil e 500 reais.

Então, fica registrado o apoio da população pau-lista ao movimento pacífico dos bombeiros do Rio de Janeiro e de todo o Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Gos-taria de informar a V.Exa. que a Comissão de Consti-tuição e Justiça da Câmara está votando, em caráter terminativo, hoje pela manhã, a anistia dos bombeiros, projeto que deverá seguir ainda hoje diretamente ao Senado Federal.

O SR. ABELARDO CAMARINHA – Parabéns, Deputado Inocêncio Oliveira. Não esperava outra coi-sa da Mesa, de V.Exa. e do Presidente Marco Maia.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Mui-to obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Conce-do a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Eleuses Paiva. S.Exa. dispõe de 3 minutos.

O SR. ELEUSES PAIVA (DEM-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho ocupar esta tribuna por dois moti-

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34385

vos e mais uma vez para discutir a situação da saúde no nosso País.

Infelizmente, Sr. Presidente, não temos ainda conseguido a sensibilidade do Governo Federal no que tange à gestão e ao financiamento da saúde pública no Brasil. Nós tínhamos um acordo com o Presidente Marco Maia, com o Colégio de Líderes, todos os Líde-res, todos os partidos políticos da Casa de votarmos a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, emenda essa que define recursos mínimos que vão ser empregados pelos três níveis de Governo.

Fomos surpreendidos, na terça-feira, com a vi-sita da Ministra Ideli Salvatti às Deputadas da Casa, quando ela disse que o Governo Federal não tinha mais dinheiro nem recursos para colocar na saúde. E logo depois temos, por parte do Executivo, a urgência cons-titucional da votação do PRONATEC, que praticamen-te deve impedir a votação da Emenda nº 29 na Casa.

O que me dá indignação, Presidente Inocêncio, é que para a saúde não temos dinheiro, mas abrimos os jornais no dia de hoje e vemos o Governo captar recursos – 55 bilhões de reais – na iniciativa privada, pagando juros de 13%, para emprestar para empresá-rio neste País, para a iniciativa privada, para o Grupo Pão de Açúcar, do Sr. Abílio Diniz, juntamente com o Carrefour, captando dinheiro subsidiado neste País. Mas para a saúde nós não temos recursos! Como tam-bém faltam recursos para a educação, e não é muito diferente para a segurança pública.

Diante dessa imoralidade a que assistimos, eu venho cobrar da Presidente Dilma, que fala em inclu-são social. Eu quero saber que inclusão social é essa, em que captamos dinheiro para emprestar, de forma subsidiada, para um dos maiores empresários deste País, e para a nossa saúde, nós não temos recursos.

Nosso Presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas de Misericórdia tem ido com um pires na mão pedir empréstimo ao BNDES para as santas casas de misericórdia, para os hospitais deste País, e não há recursos do BNDES para atender os hospitais que necessitam de recursos para atender a população mais carente. Mas para emprestar a um dos maiores empresários do Brasil – aí, sim – há recursos. O que não é diferente, Sr. Presidente, do que nós vimos: bi-lhões e bilhões de reais foram emprestados a juros subsidiados para o frigorífico JBS se tornar a maior potência deste País no setor de agropecuária.

É isso que tem que levar à capacidade de in-dignação deste Parlamento para cobrar, sim, cobrar a ética, cobrar a moralidade com o dinheiro público e que se preste atenção nos mais humildes deste País.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Presidência tem a satisfação de anunciar em plenário que, em nossas galerias, estão os visitantes de Cae-tité, do Estado da Bahia, a quem saúdo neste instante e desejo boa estada aqui na nossa querida Brasília, Capital do nosso Brasil.

Um abraço fraterno, e que Deus nos ajude!O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Gas-tão Vieira, do PMDB do Maranhão. S.Exa. dispõe de 3 minutos.

O SR. GASTÃO VIEIRA (PMDB-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Sr. Presidente. Neste momento está acontecendo, no Auditório Petrônio Portela, uma homenagem ao ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, pelos seus 80 anos.

Sou um Deputado do PMDB, mas fui lá assistir, por achar justa essa homenagem por uma razão que me parece fundamental que se consolide neste País: reconhecer que todo antecessor foi capaz de legar ao seu sucessor uma série de instrumentos e de políti-cas que permitem ao sucessor ter o êxito que tem no exercício de governar.

Eu apoiei o Governo Lula, mas sei que os funda-mentos da política econômica, tão bem ampliados pelo Presidente Lula, tiveram a sua origem no Plano Real, na política fiscal do Presidente Fernando Henrique.

Portanto, é preciso que cada vez mais lutemos aqui nesta Casa para que a continuidade administra-tiva, para que aquilo que é bom permaneça, seja am-pliado e melhorado.

Ontem, na Comissão de Educação e Cultura, eu tive a oportunidade de prestar uma homenagem ao ex-Ministro da Educação, do Governo Fernando Hen-rique, Paulo Renato de Souza. E dizia, dirigindo-me a muitos que ali estavam: “Por que vocês nunca falam no FUNDEF? Vocês só falam no FUNDEB. O FUNDEF foi que deu origem ao FUNDEB, e o FUNDEF foi a maior obra do ex-Ministro Paulo Renato de Souza para a Educação neste País. Por que quando vocês falam do ENEM não se lembram do Provão, que foi o primeiro instrumento a permitir uma avaliação do aprendizado dos alunos no ensino superior?”

Os fundamentos da bela política educacional, firme, concisa e objetiva, do Ministro Fernando Ha-ddad têm origem também em muitas ações do Minis-tro Paulo Renato.

Nós precisamos, Sr. Presidente, aprender neste País que a continuidade administrativa daquilo que é bom é um dos fundamentos do crescimento do Brasil.

Obrigado, Sr. Presidente.

34386 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado We-liton Prado, do PT de Minas Gerais.

O SR. WELITON PRADO (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, enfim, agora sai o Plano Nacional de Banda Larga, a banda larga com alta velocidade a um preço baixo para a população. É um verdadeiro absurdo os valores que muitas empresas cobram do consumidor. O Governo deve assinar hoje à tarde um acordo para oferecer Internet a 35 reais. Poderia ser menos, inclu-sive se houver uma contribuição por parte dos Esta-dos. Já fizemos um apelo ao Governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Augusto Anastasia, para que ele abra mão do ICMS, assim, a Internet ficaria em torno de 29 reais.

Então, fazemos mais uma vez esse apelo ao Governador de Minas e aos outros Governadores do Brasil. Alguns Governadores já estão abrindo mão dos impostos estaduais, da maneira como feita com o Go-verno Federal. Isso vai possibilitar que a Internet che-gue a um preço ainda mais baixo, abaixo de 30 reais.

Esperamos que o plano chegue realmente de maneira rápida e que as pessoas já tenham direito a fazer assinatura e de ter acesso à Internet.

Por falar em consumidor, ontem, aprovamos um projeto muito importante na Comissão de Defesa do Consumidor. Hoje, há uma grande maldade das com-panhias de telefone, de água e de luz, que já cobram tarifas abusivas por serviços essenciais e não têm dó do consumidor. Quando existe algum atraso, vão lá e cortam. Às vezes, muitos cortes são indevidos; a pessoa pagou, tem a conta em casa e eles não querem saber. Chegam lá e já cortam sem nenhum aviso e pronto, a pessoa fica sem energia. Às vezes, existe criança e idoso precisando de medicamento, mas cortam a água e o telefone.

Nós aprovamos um projeto fundamental, que estabelece que só pode ocorrer corte de água, luz ou telefone se o consumidor receber, por carta regis-trada, um AR (aviso de recebimento) com 30 dias de antecedência.

Outra preocupação é que não se fira o Código de Defesa do Consumidor e o consumidor não seja penalizado duas vezes: primeiro, por ter a conta de água, luz ou telefone cortada; depois, por seu nome ser incluído no SPC e na SERASA.

Em Minas Gerais, conseguimos impedir; espe-ramos conseguir que isso passe a valer também para todo o Brasil. Mas já é uma grande vitória o fato de não poder ocorrer cortes de água, luz ou telefone se o consumidor não receber um aviso, com 30 dias de antecedência, através de carta registrada.

Outro ponto importante: estivemos reunidos on-tem com o Vice-Presidente da República, Sr. Michel Temer, que estava no exercício da Presidência, para discutir o Plano Nacional de Combate às Drogas. Es-tivemos junto com a Comissão Especial de Combate às Drogas. Estivemos também na ANVISA, discutindo uma nova resolução para as comunidades terapêuti-cas, que são um grande avanço.

O Brasil tem que dar uma resposta muito rápida de enfrentamento às drogas, que estão levando mui-tas famílias a uma tristeza enorme. Elas destroem a família e a nossa juventude. É realmente muito séria a questão das drogas.

O Governo da Presidenta Dilma está muito sen-sível, em um envolvimento muito grande, desde o aco-lhimento dos viciados até a prevenção e a repressão. É fundamental que haja repressão, principalmente em relação ao narcotráfico nas fronteiras.

Sou membro do Parlamento do MERCOSUL, onde quero tratar dessa temática, para que não deixe-mos a droga entrar no nosso País e para que haja uma vigília em relação às fronteiras e aumente o efetivo da polícia, principalmente da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal nos entroncamentos.

Cito o exemplo da minha cidade, Uberlândia, que faz ligação com vários Estados, e as fronteiras que ligam...

(O microfone é desligado.)O SR. WELITON PRADO – Queria agradecer

ao Presidente Inocêncio Oliveira e apenas finalizar sugerindo um grande cinturão para proteger as nos-sas fronteiras.

Outra questão: está em prosseguimento a nos-sa representação em relação à péssima qualidade da energia no nosso País, de forma muito especial no Estado de Minas Gerais. Lá, o cachorro não pode mi-jar no poste que a energia cai e os produtores perdem leite. Isso causa um grande prejuízo para toda a popu-lação, que já paga muito caro pela tarifa de energia. Só o ICMS chega a 42%, um verdadeiro roubo.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Silvio Costa, do PTB de Pernambuco.

O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PTB-PE. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na verdade, vim fazer um apelo ao Supremo Tribunal Federal. Nós entendemos que a Casa Legislativa, não só a nossa, mas as Casas Legislativas de forma geral têm um rito processual próprio, eviden-te. Quando um Parlamentar dá entrada num projeto, esse projeto passa, no mínimo, em três Comissões; depois pode vir ao plenário, depois vai ao Senado. Se o Senado modificar, o projeto volta para esta Casa.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34387

Nas Comissões, cabe pedido de vista de todo projeto, depois cabe retirada de pauta.

Em suma, o nosso processo legislativo, eviden-temente, é lento. Mas isso não é motivo para que o Supremo Tribunal Federal queira atropelar as nossas prerrogativas. Não é função do Supremo Tribunal Fe-deral elaborar leis. A função é julgar as leis. Eu estou muito preocupado com essa sinalização do Supremo no sentido de interferir na questão do aviso prévio.

O art. 7, inciso XXI, da nossa Constituição esta-belece que o aviso prévio será de, no mínimo, 30 dias e depois será determinado em lei. Nós temos várias leis nesta Casa versando sobre aviso prévio já há algum tempo. Mas ainda não encontramos o modus operandi de resolver essa questão.

Então, faço um apelo ao Supremo Tribunal Federal no sentido de que espere que esta Casa elabore uma legislação de aviso prévio, para que efetivamente ele possa se pronunciar.

O problema é que o mundo todo, neste momen-to, discute desoneração de folha, e por dois motivos. O primeiro motivo é para ajudar na formalização do emprego; o segundo motivo é para diminuir, sobre-tudo aqui no Brasil, o Custo País. No Brasil, quando um funcionário ganha mil reais de uma empresa, na verdade, ele custa 2.050 reais para a empresa. Esse nosso custo é muito elevado. Então, na verdade, essa sinalização do Supremo vai no sentido inverso da sé-tima economia do mundo.

Nós precisamos inserir o Brasil no grande debate do mundo, que é a desoneração da folha, valorização do trabalhador e uma relação de trabalho moderna.

Outra coisa, Sr. Presidente. Fiquei muito feliz ontem com os 25 companheiros titulares e os 25 su-plentes da Comissão de Trabalho. O Tribunal Superior do Trabalho – TST, de uma forma esdrúxula, tomou a decisão de tentar realizar uma audiência pública, Deputado Laercio Oliveira, sobre terceirização. Não é prerrogativa do Tribunal Superior do Trabalho realizar audiência pública.

Esta, sim, é a Casa do pulsar das ruas, esta é a grande caixa de ressonância da sociedade brasileira. É aqui que deve haver o debate sobre audiência pú-blica. Cabe ao Poder Judiciário, ao Tribunal Superior do Trabalho julgar a lei.

Ontem, aprovamos um voto de repúdio, não ao TST, mas a sua decisão de realizar uma audiência pública sobre a terceirização, o que não é sua prerro-gativa, mas, sim, nossa.

Acho que a Justiça do Trabalho, inclusive, é a por-ção do Judiciário que pratica o maior ativismo jurídico; é a porção do Judiciário que mais invade a Constitui-ção da República.

Das 20 maiores economias do mundo, Sr. Pre-sidente Inocêncio Oliveira, apenas dois países ainda têm Justiça do Trabalho: o Brasil e a Alemanha. Nos países modernos, a Justiça do Trabalho não mais existe.

Teríamos de fazer um debate aqui no sentido de repensar a função social da Justiça do Trabalho, que tem sido paternalista, ainda é getulista e, acima de tudo, é uma Justiça que efetivamente precisa encon-efetivamente precisa encon-precisa encon-trar um norte.

Ela não tem um norte. Só no ano passado, agora em janeiro, a ANAMATRA editou 53 súmulas. O que são 53 súmulas? São 53 leis. A Justiça do Trabalho tem que parar de fazer lei.

Sr. Presidente, no Brasil nós temos Código Penal, nós temos Código de Processo Penal, mas nós não te-mos um Código de Trabalho. O juiz julga como ele quer.

Eu dei entrada, há uns 20 dias, num projeto so-bre a criação do Código de Trabalho do Brasil, e dare-mos entrada, na próxima semana, em projeto sobre a criação do Código de Processo de Trabalho do Brasil.

É um absurdo que a sétima economia do mundo ainda tenha Justiça do Trabalho. Como se sabe, esse debate de acabar com a Justiça não prospera. Por mim, eu acabaria com a Justiça do Trabalho. Como não dá para fazer isso, estamos tentando criar um Código de Trabalho, para que os juízes julguem baseados num código. Não pode prevalecer aquela tese do “cada ca-beça, uma sentença”.

Eu quero muito agradecer a V.Exa. o espaço. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra pela ordem ao ilustre Sr. Deputado Felipe Bornier.

O SR. FELIPE BORNIER (Bloco/PHS-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu gostaria de registrar o momento muito importante que nós vivemos na Casa. Na Comis-são de Constituição e Justiça, acabamos de aprovar, pela unanimidade dos partidos que lá se encontravam, de todas as Lideranças, anistia total aos bombeiros, não somente aos do Estado do Rio de Janeiro, mas também aos de todo o Brasil.

É um momento muito importante o que esta Casa está vivendo, um momento histórico para esse gran-des heróis, salvadores da Pátria, salvadores de vidas, pessoas de trabalho e que muito têm a nos orgulhar. Eu não poderia deixar de registrar a grande satisfação de ter presenciado esse momento, com muita emoção, juntamente com os mais de 300 bombeiros que lá se encontravam, ou melhor, que ainda se encontram nes-te momento na Comissão de Constituição e Justiça.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Que viva sempre o nosso País com muita paz,

muita saberia e satisfação.

34388 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra pela ordem ao ilustre Sr. Deputado La-ercio Oliveira.

O SR. LAERCIO OLIVEIRA (Bloco/PR-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres colegas, eu ocupo a tribuna do plenário da Câmara hoje para fazer um registro muito importante, um registro de parabéns ao meu Estado de Sergipe.

Nós, Sr. Presidente, e V.Exa. também, porque fazemos parte do Nordeste brasileiro, assim como os Deputados Silvio Costa e Augusto Coutinho, também nordestinos, estamos muito felizes, porque a nossa região mais uma vez externou para o Brasil e para o restante do mundo toda a sua principal cultura, que são os festejos juninos, a cultura popular, que as pessoas comemoram com muita alegria, com muita determina-ção, mas, acima de tudo, com muita fé, especificamente o meu Estado de Sergipe.

Quero usar a tribuna para deixar registrado nos Anais desta Casa um voto de parabéns aos Municí-pios que realizaram os festejos juninos com grande maestria, com muita alegria e descontração. Cito o Município de Nossa Senhora do Socorro, segundo maior Município do Estado de Sergipe; nossa Capital, Aracaju, com o Forró Caju, uma grande festa, cheia de alegria e descontração, que mantém a tradição do nosso povo, da nossa gente; o Município de Capela, que fez um excelente São João; e a cidade de Estân-cia, importante cidade histórica do nosso Estado, que tem uma cultura de fogos de artifício e barco de fogo.

Parabenizo também os Municípios que não foram citados aqui mas que certamente contribuíram para a preservação e a conservação da tradição da Região Nordeste, especificamente do Estado de Sergipe.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra pela ordem ao ilustre Sr. Deputado Au-gusto Carvalho.

O SR. AUGUSTO CARVALHO (Bloco/PPS-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. por nos permitir esta intervenção.

Está tramitando na Comissão de Finanças e Tri-butação projeto de nossa autoria, o Projeto nº 1.971, de 2007, que prevê a obrigação de se inscreverem no SIAFI, o Sistema Integrado de Administração Finan-ceira, os dados relativos às empresas estatais e em-presas de economia mista. A medida é da mais alta importância, uma vez que as estatais brasileiras, se V.Exa. observar suas dotações orçamentárias, soma-das todas as estatais, têm 107 bilhões de reais de in-vestimento, ou seja, 69% a mais do que os 63 bilhões de reais do Orçamento da União.

É importante que haja transparência sobre essas informações. Desde as Legislaturas anteriores vimos insistindo na importância de que essas empresas deem acesso a esses dados, de maneira a que pos-samos melhor fiscalizá-las. E essa é missão do Poder Legislativo. É bom relembrar que foram exatamente as empresas estatais – Correios e Telégrafos, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, PETROBRAS... Volta e meia temos notícias negativas no que tange à obscuridade, à opacidade dessas informações, e mui-tas vezes desmandos ocorrem nessas empresas por falta de mecanismos de controle.

Portanto, Sr. Presidente, eu espero que na próxi-ma sessão, já que a matéria não pôde ser apreciada ontem, tenhamos definitivamente inscritas no SIAFI as informações relativas às empresas estatais e às de eco-nomia mista do nosso País, em favor da transparência.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A

Presidência tem o prazer de anunciar a presença nas galerias da Casa de alunos da Faculdade de Direito da UNIPAC, de Araguari, a quem saúda neste instan-te, desejando boa estada na Capital do nosso queri-do Brasil, no Distrito Federal, e muitas felicidades na conclusão do curso. Que se aprimorem cada vez mais e possam almejar um dia alcançar neste País, que dá oportunidade a todos, um cargo privilegiado na hierar-quia dos três Poderes da República.

Um abraço fraterno. Que Deus nos ajude.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, para uma breve interven-ção, ao ilustre Deputado Sebastião Bala Rocha. Em seguida falará o Deputado Arthur Oliveira Maia.

O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT-AP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente.

Neste começo de tarde, quero comemorar a de-cisão da Presidenta Dilma de prorrogar o prazo do de-creto de Restos a Pagar por 90 dias. Fizemos o bom combate nesta Casa.

Fiz inúmeros discursos, requerimento de con-vocação de Ministro, obstrução, e, com o apoio dos Líderes, conseguimos.

Saúdo a Ministra Ideli Salvatti. Acho que ela entra com o pé direito depois dessa negociação feita com o Congresso, sensível, portanto, às demandas das Prefeituras e dos Governos dos Estados. Meu Estado poderia perder mais de 100 milhões de reais se esse prazo não fosse prorrogado. Por isso estou satisfeito. Fizemos o bom combate e conseguimos um resulta-do satisfatório.

Valeu a luta, Sr. Presidente!Muito obrigado.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34389

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra pela ordem ao ilustre Sr. Deputado Ar-thur Oliveira Maia.

O SR. ARTHUR OLIVEIRA MAIA (PMDB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero registrar que acaba de ser apro-vado na Comissão de Constituição e Justiça o parecer do nobre Deputado Mendonça Prado que concede anistia aos bombeiros do Rio de Janeiro pelas ações cometidas durante os atos reivindicatórios de melho-rias salariais naquele Estado.

É importante destacar, Sr. Presidente, que esse fato que ocorreu no Rio de Janeiro obviamente não tem nada de diretamente vinculado ao Congresso Nacional. Mas a Câmara, o Congresso Nacional, agiu muito bem ao avocar para si a responsabilidade de so-lucionar o impasse, afinal tratava-se de uma questão de natureza reivindicatória que resultou na prisão de mais de 400 bombeiros.

Posteriormente, o Governador Sérgio Cabral, em um ato de grandeza, reconheceu que houve um certo exagero e, consequentemente, assumiu a culpa e ad-mitiu que o Governo do Rio de Janeiro poderia ter tido uma conduta de mais negociação com aquela classe importante da nossa vida militar.

Obviamente, o fato de termos votado e aprova-do hoje na CCJ essa anistia aos bombeiros do Rio de Janeiro revela com clareza que esta Casa, tantas vezes vilipendiada, atacada pela mídia e por setores da sociedade pela sua capacidade de ser aberta e, consequentemente, estar sempre exposta às críticas, esta Casa é a Casa que tem a permeabilidade capaz de trazer os problemas de todo o Brasil para dar uma solução equânime, justa e condizente com o direito.

O que nós vimos hoje na CCJ, a presença de centenas de policiais agradecendo ao Congresso Na-cional pela sua capacidade de negociação, pela sua capacidade de interação, revela, com clareza, esse caráter democrático da Câmara dos Deputados.

Quero parabenizar o Deputado Marco Maia, Pre-sidente da Casa, que teve a capacidade de, dentro das normas regimentais, encontrar uma solução para que fizéssemos esta votação hoje. Parabenizo o Deputado João Paulo Cunha, Presidente da CCJ, que também deu sua contribuição para que o projeto fosse votado hoje.

O Parlamento brasileiro, a Câmara dos Deputa-dos, está de parabéns. Os bombeiros do Rio de Janeiro estão, com esta ação da Câmara, respaldados para continuar reivindicando suas justas melhorias salariais.

Muito obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Quero

tornar minhas as palavras de V.Exa., parabenizando o Presidente Marco Maia e o Presidente da Comissão

de Constituição e Justiça, João Paulo Cunha, pela de-cisão de fazer com que aquele órgão técnico, o mais importante da Casa, possa concluir, de forma termi-nativa, a anistia dos 400 bombeiros e dois soldados do Rio de Janeiro.

Minhas homenagens a V.Exa. por trazer assunto tão importante a este plenário.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem a palavra pela ordem o nobre Deputado Rui Palmeira.

O SR. RUI PALMEIRA (PSDB-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Inocêncio, peço a palavra apenas para repercutir alguns dados do SIAFI referentes ao PAC no meu Estado, Alagoas.

Sr. Presidente, são dez as obras do PAC previs-tas no Orçamento Geral da União para 2011. Dessas dez obras, de apenas duas houve realização efetiva – apenas duas –, o que não chega a 12% do que está previsto no Orçamento Geral da União para o ano de 2011, o que é extremamente lamentável.

Todos sabem das carências do Estado de Alagoas e da necessidade de investimentos federais. Quando nos deparamos com dados como esse, fica claro que o Governo que aí está é muito bom de marketing e muito ruim na realização das obras necessárias para o País e para o meu Estado de Alagoas.

Muito obrigado.

VI – ENCERRAMENTO

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – COM-PARECEM MAIS OS SRS.:

Partido Bloco

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Professora Marcivania PT Sebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá 3

PARÁ

Dudimar Paxiúba PSDB Elcione Barbalho PMDB Total de Pará 2

AMAZONAS

Átila Lins PMDB Total de Amazonas 1

RONDÔNIA

Padre Ton PT Total de Rondônia 1

34390 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

ACRE

Taumaturgo Lima PT Total de Acre 1

TOCANTINS

Laurez Moreira PSB PsbPtbPcdobTotal de Tocantins 1

MARANHÃO

Hélio Santos PSDB Pinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB Total de Maranhão 3

CEARÁ

Ariosto Holanda PSB PsbPtbPcdobDomingos Neto PSB PsbPtbPcdobTotal de Ceará 2

PIAUÍ

Hugo Napoleão DEM Marcelo Castro PMDB Total de Piauí 2

RIO GRANDE DO NORTE

Felipe Maia DEM Sandra Rosado PSB PsbPtbPcdobTotal de Rio Grande do Norte 2

PARAÍBA

Aguinaldo Ribeiro PP Efraim Filho DEM Total de Paraíba 2

PERNAMBUCO

Augusto Coutinho DEM Bruno Araújo PSDB Eduardo da Fonte PP Paulo Rubem Santiago PDT Raul Henry PMDB Silvio Costa PTB PsbPtbPcdobWolney Queiroz PDT Total de Pernambuco 7

ALAGOAS

Arthur Lira PP Celia Rocha PTB PsbPtbPcdobTotal de Alagoas 2

SERGIPE

Heleno Silva PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRogério Carvalho PT Total de Sergipe 2

BAHIA

Arthur Oliveira Maia PMDB João Carlos Bacelar PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslOziel Oliveira PDT Roberto Britto PP Total de Bahia 4

MINAS GERAIS

Dr. Grilo PSL Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslGeorge Hilton PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslGilmar Machado PT Jaime Martins PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJoão Bittar DEM Leonardo Quintão PMDB Lincoln Portela PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuis Tibé PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMárcio Reinaldo Moreira PP Padre João PT Renzo Braz PP Rodrigo de Castro PSDB Weliton Prado PT Total de Minas Gerais 13

ESPÍRITO SANTO

Lauriete PSC Rose de Freitas PMDB Total de Espírito Santo 2

RIO DE JANEIRO

Adrian PMDB Andreia Zito PSDB Anthony Garotinho PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslChico D`Angelo PT Dr. Aluizio PV PvPpsDr. Carlos Alberto PMN Francisco Floriano PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJair Bolsonaro PP Jean Wyllys PSOL Neilton Mulim PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRomário PSB PsbPtbPcdobStepan Nercessian PPS PvPpsVitor Paulo PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Rio de Janeiro 13

SÃO PAULO

Abelardo Camarinha PSB PsbPtbPcdobAntonio Carlos Mendes Thame PSDB Arlindo Chinaglia PT Devanir Ribeiro PT Junji Abe DEM Mara Gabrilli PSDB Milton Monti PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPastor Marco Feliciano PSC Ricardo Berzoini PT

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34391

Tiririca PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslVanderlei Macris PSDB Total de São Paulo 11

DISTRITO FEDERAL

Erika Kokay PT Policarpo PT Reguffe PDT Total de Distrito Federal 3

GOIÁS

João Campos PSDB Jorge Pinheiro PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslSandes Júnior PP Total de Goiás 3

PARANÁ

Osmar Serraglio PMDB Reinhold Stephanes PMDB Total de Paraná 2

SANTA CATARINA

Décio Lima PT Total de Santa Catarina 1

RIO GRANDE DO SUL

José Stédile PSB PsbPtbPcdobMarco Maia PT Total de Rio Grande do Sul 2

DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:

Partido Bloco

RORAIMA

Edio Lopes PMDB Total de Roraima 1

AMAPÁ

Davi Alcolumbre DEM Evandro Milhomen PCdoB PsbPtbPcdobFátima Pelaes PMDB Luiz Carlos PSDB Vinicius Gurgel PRTB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Amapá 5

PARÁ

André Dias PSDB Arnaldo Jordy PPS PvPpsGiovanni Queiroz PDT José Priante PMDB Lira Maia DEM Wladimir Costa PMDB Zé Geraldo PT Total de Pará 7

AMAZONAS

Henrique Oliveira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslSabino Castelo Branco PTB PsbPtbPcdobTotal de Amazonas 2

RONDÔNIA

Carlos Magno PP Lindomar Garçon PV PvPpsMarinha Raupp PMDB Moreira Mendes PPS PvPpsTotal de Rondônia 4

ACRE

Gladson Cameli PP Total de Acre 1

TOCANTINS

Eduardo Gomes PSDB Júnior Coimbra PMDB Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Total de Tocantins 3

MARANHÃO

Alberto Filho PMDB Cleber Verde PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslFrancisco Escórcio PMDB Nice Lobão DEM Ribamar Alves PSB PsbPtbPcdobWaldir Maranhão PP Total de Maranhão 6

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB Arnon Bezerra PTB PsbPtbPcdobArtur Bruno PT Genecias Noronha PMDB João Ananias PCdoB PsbPtbPcdobJosé Airton PT José Guimarães PT Manoel Salviano PSDB Raimundão PMDB Total de Ceará 9

PIAUÍ

Júlio Cesar DEM Marllos Sampaio PMDB Osmar Júnior PCdoB PsbPtbPcdobPaes Landim PTB PsbPtbPcdobTotal de Piauí 4

RIO GRANDE DO NORTE

Henrique Eduardo Alves PMDB Total de Rio Grande do Norte 1

34392 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

PARAÍBA

Damião Feliciano PDT Hugo Motta PMDB Manoel Junior PMDB Ruy Carneiro PSDB Wellington Roberto PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslWilson Filho PMDB Total de Paraíba 6

PERNAMBUCO

Fernando Coelho Filho PSB PsbPtbPcdobJosé Augusto Maia PTB PsbPtbPcdobPastor Eurico PSB PsbPtbPcdobPedro Eugênio PT Roberto Teixeira PP Sergio Guerra PSDB Total de Pernambuco 6

ALAGOAS

Givaldo Carimbão PSB PsbPtbPcdobJoão Lyra PTB PsbPtbPcdobRenan Filho PMDB Total de Alagoas 3

SERGIPE

Almeida Lima PMDB Total de Sergipe 1

BAHIA

Acelino Popó PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslAlice Portugal PCdoB PsbPtbPcdobErivelton Santana PSC Geraldo Simões PT Jânio Natal PRP Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLucio Vieira Lima PMDB Luiz Argôlo PP Marcos Medrado PDT Maurício Trindade PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslNelson Pellegrino PT Total de Bahia 10

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT Bernardo Santana de Vasconcellos PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDiego Andrade PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDimas Fabiano PP Eduardo Azeredo PSDB João Magalhães PMDB José Humberto PHS Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuiz Fernando Faria PP Odair Cunha PT Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Piau PMDB

Reginaldo Lopes PT Zé Silva PDT Total de Minas Gerais 13

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB Lelo Coimbra PMDB Paulo Foletto PSB PsbPtbPcdobTotal de Espírito Santo 3

RIO DE JANEIRO

Aureo PRTB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslCristiano PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDr. Paulo César PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslEdson Ezequiel PMDB Edson Santos PT Eliane Rolim PT Filipe Pereira PSC Hugo Leal PSC Rodrigo Maia DEM Solange Almeida PMDB Walney Rocha PTB PsbPtbPcdobTotal de Rio de Janeiro 11

SÃO PAULO

Alberto Mourão PSDB Aldo Rebelo PCdoB PsbPtbPcdobBeto Mansur PP Cândido Vaccarezza PT Carlos Roberto PSDB Carlos Sampaio PSDB Delegado Protógenes PCdoB PsbPtbPcdobDuarte Nogueira PSDB Edinho Araújo PMDB Eli Correa Filho DEM Guilherme Mussi PV PvPpsNewton Lima PT Paulo Maluf PP Paulo Pereira da Silva PDT Paulo Teixeira PT Roberto Freire PPS PvPpsVaz de Lima PSDB Vicente Candido PT Total de São Paulo 18

MATO GROSSO

Neri Geller PP Roberto Dorner PP Wellington Fagundes PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Mato Grosso 3

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB Delegado Waldir PSDB

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34393

ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Marco MaiaRose de FreitasEduardo da FonteJorge Tadeu MudalenInocêncio OliveiraJúlio DelgadoGeraldo ResendeManatoCarlos Eduardo CadocaSérgio Moraes

Partido Bloco

RORAIMA

Berinho Bantim PSDB Francisco Araújo PSL Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJhonatan de Jesus PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuciano Castro PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc Psl

Paulo Cesar Quartiero DEM Raul Lima PP Teresa Surita PMDB Total de Roraima 7

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Professora Marcivania PT Sebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá 3

PARÁ

Beto Faro PT Cláudio Puty PT Dudimar Paxiúba PSDB Elcione Barbalho PMDB Josué Bengtson PTB PsbPtbPcdobLúcio Vale PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuiz Otávio PMDB Miriquinho Batista PT Wandenkolk Gonçalves PSDB

Ata da 171ª Sessão, em 30 de junho de 2011Presidência dos Srs.: Inocêncio Oliveira, 3º Secretário; Átila Lins, Jorginho Mello,

Fátima Bezerra, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

Íris de Araújo PMDB Jovair Arantes PTB PsbPtbPcdobMarina Santanna PT Rubens Otoni PT Total de Goiás 6

MATO GROSSO DO SUL

Mandetta DEM Total de Mato Grosso Do Sul 1

PARANÁ

André Vargas PT Angelo Vanhoni PT Dr. Rosinha PT Giacobo PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslHermes Parcianello PMDB João Arruda PMDB Total de Paraná 6

SANTA CATARINA

Gean Loureiro PMDB Onofre Santo Agostini DEM Pedro Uczai PT Rogério Peninha Mendonça PMDB Ronaldo Benedet PMDB

Zonta PP Total de Santa Catarina 6

RIO GRANDE DO SUL

Afonso Hamm PP Alexandre Roso PSB PsbPtbPcdobBohn Gass PT Fernando Marroni PT Jeronimo Goergen PP José Otávio Germano PP Marcon PT Mendes Ribeiro Filho PMDB Nelson Marchezan Junior PSDB Osmar Terra PMDB Vieira da Cunha PDT Total de Rio Grande Do Sul 11

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Boa tarde ao povo brasileiro.

Encerro a sessão, antes convocando para hoje, quinta-feira, dia 30 de junho, às 14 horas, a seguinte

ORDEM DO DIA (Debates e trabalho de Comissões.)

(Encerra-se a sessão às 12 horas e 13 minutos.)

34394 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Zequinha Marinho PSC Total de Pará 10

AMAZONAS

Átila Lins PMDB Carlos Souza PP Francisco Praciano PT Pauderney Avelino DEM Rebecca Garcia PP Silas Câmara PSC Total de Amazonas 6

RONDÔNIA

Mauro Nazif PSB PsbPtbPcdobNatan Donadon PMDB Nilton Capixaba PTB PsbPtbPcdobPadre Ton PT Total de Rondônia 4

ACRE

Antônia Lúcia PSC Flaviano Melo PMDB Henrique Afonso PV PvPpsMarcio Bittar PSDB Perpétua Almeida PCdoB PsbPtbPcdobSibá Machado PT Taumaturgo Lima PT Total de Acre 7

TOCANTINS

Ângelo Agnolin PDT César Halum PPS PvPpsIrajá Abreu DEM Laurez Moreira PSB PsbPtbPcdobLázaro Botelho PP Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Total de Tocantins 6

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDB Costa Ferreira PSC Davi Alves Silva Júnior PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDomingos Dutra PT Edivaldo Holanda Junior PTC Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslGastão Vieira PMDB Hélio Santos PSDB Lourival Mendes PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB Ribamar Alves PSB PsbPtbPcdobSarney Filho PV PvPpsZé Vieira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Maranhão 13

CEARÁ

André Figueiredo PDT Antonio Balhmann PSB PsbPtbPcdobAriosto Holanda PSB PsbPtbPcdobChico Lopes PCdoB PsbPtbPcdobDanilo Forte PMDB Domingos Neto PSB PsbPtbPcdobEdson Silva PSB PsbPtbPcdobEudes Xavier PT Gorete Pereira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJosé Guimarães PT José Linhares PP Mauro Benevides PMDB Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Ceará 14

PIAUÍ

Assis Carvalho PT Hugo Napoleão DEM Iracema Portella PP Jesus Rodrigues PT Marcelo Castro PMDB Marllos Sampaio PMDB Nazareno Fonteles PT Total de Piauí 7

RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PMN Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Henrique Eduardo Alves PMDB João Maia PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPaulo Wagner PV PvPpsRogério Marinho PSDB Sandra Rosado PSB PsbPtbPcdobTotal de Rio Grande Do Norte 8

PARAÍBA

Aguinaldo Ribeiro PP Benjamin Maranhão PMDB Efraim Filho DEM Luiz Couto PT Nilda Gondim PMDB Romero Rodrigues PSDB Wellington Roberto PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Paraíba 7

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPtbPcdobAnderson Ferreira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslAugusto Coutinho DEM Bruno Araújo PSDB

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34395

Fernando Ferro PT Gonzaga Patriota PSB PsbPtbPcdobJoão Paulo Lima PT Jorge Corte Real PTB PsbPtbPcdobJosé Chaves PTB PsbPtbPcdobLuciana Santos PCdoB PsbPtbPcdobMendonça Filho DEM Pastor Eurico PSB PsbPtbPcdobPaulo Rubem Santiago PDT Raul Henry PMDB Silvio Costa PTB PsbPtbPcdobVilalba PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslWolney Queiroz PDT Total de Pernambuco 17

ALAGOAS

Arthur Lira PP Celia Rocha PTB PsbPtbPcdobJoaquim Beltrão PMDB Maurício Quintella Lessa PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRosinha da Adefal PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRui Palmeira PSDB Total de Alagoas 6

SERGIPE

Andre Moura PSC Heleno Silva PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLaercio Oliveira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMárcio Macêdo PT Mendonça Prado DEM Rogério Carvalho PT Valadares Filho PSB PsbPtbPcdobTotal de Sergipe 7

BAHIA

Amauri Teixeira PT Antonio Brito PTB PsbPtbPcdobAntonio Carlos Magalhães Neto DEM Antonio Imbassahy PSDB Arthur Oliveira Maia PMDB Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPtbPcdobEdson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdobEmiliano José PT Fábio Souto DEM Felix Mendonça Júnior PDT Fernando Torres DEM João Carlos Bacelar PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJosé Carlos Araújo PDT José Nunes DEM José Rocha PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJoseph Bandeira PT

Josias Gomes PT Jutahy Junior PSDB Lucio Vieira Lima PMDB Luiz Alberto PT Márcio Marinho PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslOziel Oliveira PDT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Rui Costa PT Sérgio Barradas Carneiro PT Sérgio Brito PSC Valmir Assunção PT Waldenor Pereira PT Total de Bahia 30

MINAS GERAIS

Aelton Freitas PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslAntônio Andrade PMDB Antônio Roberto PV PvPpsAracely de Paula PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslBonifácio de Andrada PSDB Carlaile Pedrosa PSDB Domingos Sávio PSDB Dr. Grilo PSL Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslEduardo Barbosa PSDB Eros Biondini PTB PsbPtbPcdobFábio Ramalho PV PvPpsGabriel Guimarães PT George Hilton PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslGeraldo Thadeu PPS PvPpsGilmar Machado PT Jaime Martins PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPtbPcdobJoão Bittar DEM José Humberto PHS Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB Lincoln Portela PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuis Tibé PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMárcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Marcus Pestana PSDB Mário de Oliveira PSC Mauro Lopes PMDB Miguel Corrêa PT Newton Cardoso PMDB Padre João PT Paulo Abi-Ackel PSDB Reginaldo Lopes PT Renzo Braz PP Rodrigo de Castro PSDB

34396 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Saraiva Felipe PMDB Toninho Pinheiro PP Vitor Penido DEM Walter Tosta PMN Weliton Prado PT Total de Minas Gerais 42

ESPÍRITO SANTO

Audifax PSB PsbPtbPcdobCesar Colnago PSDB Dr. Jorge Silva PDT Lauriete PSC Lelo Coimbra PMDB Sueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo 6

RIO DE JANEIRO

Adrian PMDB Alessandro Molon PT Alexandre Santos PMDB Alfredo Sirkis PV PvPpsAndreia Zito PSDB Anthony Garotinho PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslArolde de Oliveira DEM Benedita da Silva PT Brizola Neto PDT Chico Alencar PSOL Chico D`Angelo PT Deley PSC Dr. Adilson Soares PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDr. Aluizio PV PvPpsDr. Carlos Alberto PMN Eduardo Cunha PMDB Felipe Bornier PHS Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslFernando Jordão PMDB Francisco Floriano PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslGlauber Braga PSB PsbPtbPcdobJair Bolsonaro PP Jandira Feghali PCdoB PsbPtbPcdobJean Wyllys PSOL Liliam Sá PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMarcelo Matos PDT Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslNelson Bornier PMDB Otavio Leite PSDB Romário PSB PsbPtbPcdobSimão Sessim PP Stepan Nercessian PPS PvPpsVitor Paulo PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslWashington Reis PMDB Zoinho PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Rio de Janeiro 35

SÃO PAULO

Abelardo Camarinha PSB PsbPtbPcdobAlexandre Leite DEM Aline Corrêa PP Antonio Bulhões PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslAntonio Carlos Mendes Thame PSDB Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdobArnaldo Jardim PPS PvPpsBruna Furlan PSDB Cândido Vaccarezza PT Carlinhos Almeida PT Carlos Zarattini PT Devanir Ribeiro PT Dimas Ramalho PPS PvPpsDr. Ubiali PSB PsbPtbPcdobDuarte Nogueira PSDB Eleuses Paiva DEM Gabriel Chalita PMDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PSB PsbPtbPcdobJilmar Tatto PT João Dado PDT João Paulo Cunha PT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdobJosé De Filippi PT José Mentor PT Junji Abe DEM Keiko Ota PSB PsbPtbPcdobLuiz Fernando Machado PSDB Luiza Erundina PSB PsbPtbPcdobMara Gabrilli PSDB Marcelo Aguiar PSC Milton Monti PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMissionário José Olimpio PP Nelson Marquezelli PTB PsbPtbPcdobOtoniel Lima PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPastor Marco Feliciano PSC Paulo Freire PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPaulo Teixeira PT Penna PV PvPpsRicardo Berzoini PT Ricardo Izar PV PvPpsRicardo Tripoli PSDB Roberto de Lucena PV PvPpsRoberto Santiago PV PvPpsSalvador Zimbaldi PDT Tiririca PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslValdemar Costa Neto PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslVanderlei Macris PSDB Vicente Candido PT

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34397

Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Dib PSDB Total de São Paulo 55

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB Homero Pereira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJúlio Campos DEM Ságuas Moraes PT Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdobTotal de Mato Grosso 5

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS PvPpsErika Kokay PT Izalci PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJaqueline Roriz PMN Policarpo PT Reguffe PDT Ricardo Quirino PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRonaldo Fonseca PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Distrito Federal 8

GOIÁS

Flávia Morais PDT Heuler Cruvinel DEM João Campos PSDB Jorge Pinheiro PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLeandro Vilela PMDB Marina Santanna PT Pedro Chaves PMDB Roberto Balestra PP Ronaldo Caiado DEM Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslValdivino de Oliveira PSDB Total de Goiás 12

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Fabio Trad PMDB Giroto PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMarçal Filho PMDB Reinaldo Azambuja PSDB Vander Loubet PT Total de Mato Grosso Do Sul 6

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Alex Canziani PTB PsbPtbPcdobAlfredo Kaefer PSDB André Zacharow PMDB Assis do Couto PT Cida Borghetti PP

Dilceu Sperafico PP Edmar Arruda PSC Eduardo Sciarra DEM Fernando Francischini PSDB Leopoldo Meyer PSB PsbPtbPcdobLuiz Carlos Setim DEM Luiz Nishimori PSDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Nelson Padovani PSC Osmar Serraglio PMDB Ratinho Junior PSC Reinhold Stephanes PMDB Rosane Ferreira PV PvPpsRubens Bueno PPS PvPpsSandro Alex PPS PvPpsTakayama PSC Zeca Dirceu PT Total de Paraná 24

SANTA CATARINA

Carmen Zanotto PPS PvPpsCelso Maldaner PMDB Décio Lima PT Edinho Bez PMDB Esperidião Amin PP Jorge Boeira PT Jorginho Mello PSDB Luci Choinacki PT Mauro Mariani PMDB Pedro Uczai PT Valdir Colatto PMDB Total de Santa Catarina 11

RIO GRANDE DO SUL

Alceu Moreira PMDB Assis Melo PCdoB PsbPtbPcdobDanrlei De Deus Hinterholz PTB PsbPtbPcdobDarcísio Perondi PMDB Enio Bacci PDT Giovani Cherini PDT Henrique Fontana PT José Stédile PSB PsbPtbPcdobLuis Carlos Heinze PP Luiz Noé PSB PsbPtbPcdobManuela D`ávila PCdoB PsbPtbPcdobOnyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Pepe Vargas PT Renato Molling PP Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdobRonaldo Zulke PT Vilson Covatti PP Total de Rio Grande Do Sul 18

34398 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

I – ABERTURA DA SESSÃO

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Ha-vendo número regimental, declaro aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.

II – LEITURA DA ATA

O SR. LUIZ COUTO, servindo como 2º Secretá-rio, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.

III – EXPEDIENTE

(Não há expediente a ser lido)O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Ten-

do presidido a sessão da manhã, além de ter feito a Ordem do Dia, utilizaram-se da palavra 66 Sras. e Srs. Deputados. Todos tiveram a oportunidade de usar da palavra porque é, sobretudo, o que a Casa pode ofe-recer aos Parlamentares para se comunicarem com suas bases eleitorais e defenderem os interesses dos Municípios, dos Estados e do País.

Portanto, fico muito feliz, e hoje espero nesta sessão conceder a palavra a todos aqueles que de-sejam utilizá-la.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Pas-sa-se ao

IV – PEQUENO EXPEDIENTE

Concedo a palavra à ilustre Deputada Benedita da Silva, do PT do Rio de Janeiro.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Sem revi-são da oradora.) – Sr. Presidente, a bancada feminina da Câmara e do Senado esteve hoje com o nosso Min-Câmara e do Senado esteve hoje com o nosso Min-istro Fernando Haddad. Lá fomos reforçar os avanços significativos da política de gênero, considerando-se que essa profissão é majoritariamente de mulheres. E tivemos a oportunidade de ouvir do Sr. Ministro que 10 bilhões da União já estão colocados no FUNDEB. Com isso, ele pôde absorver educação infantil e o ensino médio. Isso foi importante para nós, sabendo que essa rede hoje está ampliada. No Governo Lula, tivemos 354 escolas técnicas e mais 200 agora com a nossa Presidenta Dilma.

Quero também fazer o registro da vitória mara-vilhosa dos bombeiros, que conseguiram sua anistia hoje na CCJ.

O Estado do Rio de Janeiro, meu Estado, está de parabéns! Nós esperamos que tudo fique normal.

Muito obrigada.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Bancada Feminina da Câmara dos Deputados está sempre aber-ta para novos temas e discussões. Hoje nos reunimos com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, a fim de reforçar os avanços na promoção dos direitos das mulheres e tratar da ampliação da oferta de creches, compromisso assumido pela presidenta Dilma Rous-seff em sua campanha. Vivemos um momento em que se faz da maior urgência a concretização de políticas públicas para a proteção de crianças e adolescentes.

Nas comunidades de baixa renda enfrentamos grandes desafios. As mães, que geralmente acabam sustentando a família, saem para trabalhar e não têm com quem deixar os filhos. Em muitos casos, as crian-ças estão sendo cuidadas por vizinhos ou irmãos mais velhos.

Se os bairros de origem das crianças que pos-suem menos acesso a creches são justamente os que tem IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixo e índices de analfabetismo, desemprego e vio-lência mais elevados, é mais fácil entender como as políticas sociais precisam ser mais presentes e onde podem ser mais eficazes.

Além da inclinação favorável da Presidenta, há também metas do nosso II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, para oferta desses equipamentos. Os recursos orçamentários para a ampliação da oferta de creches estão no FUNDEB (Fundo de Desenvol-vimento da Educação Básica), e essa conquista será histórica. Não podemos esquecer que acesso à cre-che é um direito fundamental, assegurado pelo Esta-tuto da Criança e do Adolescente (ECA) às crianças de 0 a 6 anos.

Precisamos conscientizar os gestores locais para que os Municípios possam colocar todas as suas for-ças na implementação desse direito, ou se estão es-quecendo-o em função de outras prioridades que não são aquelas elencadas constitucionalmente.

O Orçamento Federal de 2011 do FUNDEB é 21% maior do que o de 2010; temos 6,2 bilhões de reais a mais para a educação básica. Esperamos que uma parte considerável desse aumento seja investida na ampliação da oferta de vagas em creches e pré--escolas. Para que essa oferta cresça, é necessário compromisso governamental nos três níveis da Fede-ração: municipal, estadual e nacional.

A Presidenta Dilma Rousseff autorizou a cons-trução de mais 138 creches, e, desse modo, já são 856 unidades infantis sendo construídas. É o nosso Governo Federal cumprindo as metas planejadas no intuito de oferecer educação de qualidade para todos,

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34399

desde a primeira infância. A oferta de creches ampliará o número de vagas para as crianças e, dessa forma, ajudará no combate às desigualdades no Brasil. Não podemos deixar de comentar que esta é uma opor-tunidade para a mulher trabalhar, enquanto os seus filhos estão sendo orientados e bem cuidados pelos profissionais das creches, como professores, psicólo-gos e nutricionistas.

É essencial que todas as crianças da rede pública tenham a oportunidade de crescer nas mesmas condi-ções das crianças que estão em escolas particulares, já que isso vai refletir em todo seu desenvolvimento, como jovem e como adulto.

Vários estudos apontam que as crianças de 0 a 3 anos que frequentam a Educação Infantil tendem a estudar por mais tempo, apresentam menor chance de reprovação e têm menor propensão ao crime. É um investimento que nosso País precisa fazer, e este também será parte do nosso grande esforço nacional para redução da pobreza e da miséria extrema.

Muito obrigada.O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB-

-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres Parlamentares, senhoras e senhores telespectadores, há vários meses, todos nós estamos ansiosos para concluir a votação da Emenda Constitucional 29. É um pleito de todos do Nordeste, do Estado de Pernambu-co, do nosso grande Presidente Deputado Inocêncio, do nosso Ceará e dos demais Estados da Federação.

Entretanto, algo está nos preocupando: chegou a esta Casa uma matéria com urgência constitucional relativa ao PRODATEC. É claro que o PRODATEC é importante, a educação é importante. Mas, há anos, em relação à saúde, estamos lutando pela regulamentação de um destaque que precisa ser apreciado.

Então, nosso pedido é para que os Líderes da base do Governo articulem com a Casa Civil para re-tirar essa urgência e assumir o compromisso de, tão logo votarmos a Emenda Constitucional 29, garantir a normatização dos recursos dos Municípios e dos Estados da Federação para a saúde.

Que nós possamos votar essa matéria de suma importância, retirando a urgência da matéria do PRO-, retirando a urgência da matéria do PRO-DATEC.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nas co-memorações pelo Dia da Indústria, agendada para a próxima quinta-feira, 19 de junho, às 19 horas, na Ca-pital cearense, serão agraciados este ano o industrial Beto Studart, com a Ordem do Mérito Industrial, o po-lítico Ciro Gomes e os também industriais Francisco

José Andrade da Silveira e João Batista Fujita, sendo, estes últimos, com a Medalha do Mérito Industrial. A concorrida solenidade será conduzida pelo Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, e pelo Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Roberto Proença de Macêdo, e diretoria.

A Ordem do Mérito Industrial, conferida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), destina--se a premiar personalidades e instituições, nacionais ou estrangeiras, civis, militares ou eclesiásticas, que tenham se tornadas dignas do reconhecimento ou da admiração da indústria brasileira. No Ceará, sua entre-ga foi realizada nos anos de 1990, 2004, 2005, 2007, 2008, 2009 e 2010, tendo como agraciados, pela or-dem anual, José Dias de Macêdo, Francisco Ivens de Sá Dias Branco, Amarílio Proença de Macêdo, Yolanda Vida Queiroz, Demócrito Rocha Dummar, Tasso Ribeiro Jereissati e Alexandre Grendene Bartelle.

Já a Medalha do Mérito Industrial, conferida pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), é voltada ao reconhecimento do cidadão cearense, ou não, por relevantes serviços prestados ou por excepcio-nal dedicação ao setor industrial do Estado do Ceará. A entrega dessa importante medalha aconteceu nos anos de 1974, 1975, 1976, 1979, 1982, 1983, 1984, 1985, 1990, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1999, 2000 até 2010. Estão entre os agraciados, que são muitos (três por ano) e merecidos: César Cals de Oliveira Neto, Thomás Pompeu de Souza Brasil Netto, Virgílio de Moraes Fernandes Távora, Edson Queiroz, Albano de Prado Franco, Valfrido Salmito Filho, Firmo Fernandes de Castro, José Adauto Bezerra, Raimundo José Marques Viana, Ednilton Gomes de Soárez, Lúcio Gonçalo de Alcântara, Armando de Queiroz Montei-ro Neto, Airton José Vida Queiroz e Roberto Cláudio Frota Bezerra.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, chamo atenção desta tribuna para o potencial industrial do Ceará, que tende a crescer ainda mais com a conso-lidação dos investimentos no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), nos vizinhos Municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, a partir da instalação de uma usina siderúrgica e uma refinaria. Lembro que recentes dados divulgados neste mês de junho, através do Mapa do Emprego Industrial, apontam o Ceará como o primeiro no Nordeste e o sétimo do País em emprego industrial, no período compreendido entre 1999-2009. Atualmente, esse setor contabiliza mais de 251 mil postos de trabalho no Estado.

E um dos agraciados pelo Dia da Indústria, que vem contribuindo para crescimento desses índices, é o industrial Beto Studart, que receberá da CNI a Ordem

34400 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

do Mérito Industrial. Nessa sua trajetória de sucesso consta a posição de Presidente da Agripec, uma em-presa que se tornou a maior indústria formuladora de defensivos agrícolas do Brasil, aos 22 anos de idade; a fundação de um conglomerado de empresas em di-versos segmentos mercadológicos; a criação da Fun-dação Beto Studart de Incentivo ao talento, uma ONG que contribui para o desenvolvimento social nas áre-as da educação, desporto, cultura e desenvolvimento profissional, além de apoio a outros projetos sociais. Em sua atuação classista, participou das diretorias do Centro Industrial do Ceará (CIC), da FIEC e do Sindi-cato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (SINDAG).

A Medalha do Mérito Industrial, concedida pela FIEC, irá este ano para o político cearense Ciro Fer-reira Gomes. A sua carreira é marcada pela eleição como Deputado Estadual (1982), Prefeito de Fortaleza (1988), Governador do Estado do Ceará aos 32 anos de idade, pelo comando do Ministério da Fazenda, como Ministro da Integração Nacional e, por último, Deputado Federal mais votado do País. É autor de livros, como No País dos Conflitos, O Próximo Passo – Uma Alternati-va Prática ao Neoliberalismo, em parceria com o Prof. Mangabeira Unger, e Um Desafio Chamado Brasil. Ao longo de sua vida recebeu inúmeras condecorações, a exemplo do Prêmio Mundial do UNICEF.

O terceiro agraciado das comemorações pelo Dia da Indústria e o segundo a receber este ano a homenagem pela FIEC, é o industrial Francisco José Andrade Silveira – por sinal, foi quem instituiu a referida Medalha do Mérito Industrial. Ele geriu um dos mais antigos estabelecimentos industriais do Ceará, a Fiação e Tecelagem Ernesto Deocleciano, implantando ações inovadoras e investindo em modernização tecnológi-ca. Dedicou-se à liderança sindical e foi eleito presi-dente da FIEC e do CIC por duas gestões, de 1971 a 1977. Silveira assegurou importante legado à história da FIEC, notadamente a de credibilidade e respeito, fortalecendo-a em sua missão de apoiar, defender e lutar em favor do segmento industrial cearense.

Também estará nessa seleta lista de agraciados com a Medalha do Mérito Industrial, edição 2011, o industrial João Batista Fujita. Nascido em Fortaleza e filho do primeiro imigrante japonês a fixar-se no Ceará, ingressou no Exército, adquirindo valores como lide-rança e planejamento, que, somado à cultura oriental, herdou a disciplina e determinação. Com essas carac-terísticas, tornou-se uma das personalidades de maior destaque na indústria da construção civil cearense. Ao longo dos 42 anos de atuação empresarial, o mais o orgulha são as 65 mil pessoas que passaram pelas suas obras. Pela sua contribuição ao Estado, recebeu

diversas condecorações, como: Homem de Marketing 1991 e as Medalhas do Pacificador e da Ordem do Mérito Militar.

Pela contribuição de cada um dos homenage-ados no Dia da Indústria, Beto Studart, Ciro Gomes, Francisco José e João Fujita, é que gostaríamos de saudá-los por acreditar no potencial do nosso Estado e, assim, continuar gerando mais empregos aos cea-renses e diminuindo as desigualdades sociais.

Era o que tínhamos a dizer.O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meus cole-gas Parlamentares, uso a tribuna nesta oportunida-Parlamentares, uso a tribuna nesta oportunida-, uso a tribuna nesta oportunida-de, atendendo à solicitação de inúmeros militares e, ao receber a visita em meu gabinete do Presidente da Confederação Nacional da Família Militar – CON-FAMIL, Sr. Waldemar da Mouta Campello Filho, achei importante fazer este registro, que tem como objetivo estimular a esperança de que é possível ainda aten-der pelo menos parte dos anseios desses abnegados militares da reserva que prestaram, em um passado não tão distante, relevantes serviços à Nação brasileira.

A nossa intenção é apoiar as aspirações da ca-tegoria e anseios da família militar por condições mais aceitáveis de dignidade salarial e que desde há muito vem afligindo toda a comunidade militar, hoje consti-tuída por cerca de 5,2 milhões de famílias dispersas em todo o território nacional.

Encerro, Sr. Presidente, dizendo que o objetivo é chamar a atenção das autoridades para, juntos, che-garmos a uma solução.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, uso a tribuna nesta oportunidade, atendendo à solicitação de inúmeros militares e, ao receber a visita em meu gabinete do Presidente da Confederação Nacional da Família Militar – CONFAMIL, Sr. Waldemar da Mouta Campello Filho, achei importante fazer este registro, que tem como objetivo estimular a esperança de que é possível ainda atender, pelo menos, parte dos anseios desses abnegados militares da reserva que prestaram, em um passado não tão distante, relevantes serviços à Nação brasileira.

Nossa intenção é apoiar as aspirações da cate-goria e anseios da família militar por condições mais aceitáveis de dignidade salarial e que desde há muito vem afligindo toda a comunidade militar, hoje consti-tuída por cerca de 5,2 milhões de famílias dispersas por todo o território nacional.

As questões mais preocupantes são sobre as po-líticas salariais do Governo: a falta de recursos finan-

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34401

ceiros tem sido uma constante em todos os governos, pelo menos a partir de 1959.

Não há recursos que permitam uma remuneração condigna às carreiras de Estado, bem como ao próprio funcionalismo público federal. Tal fato seguramente desfavorece os ganhos salariais, fazendo com que as distorções existentes mantenham-se constantes.

O resultado da dinâmica dessas questões, par-ticularmente para os militares, significou perdas irre-paráveis ao longo dos anos, principalmente a partir da implementação da Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, época em que se procurou ins-tituir o chamado “soldão”, que provocou o aleijamento de gratificações que, num primeiro momento, causou a sensação de obter uma melhora salarial, mas que, posteriormente, serviu para deteriorar, progressivamen-te, as condições salariais que, associadas a políticas restritivas, resultou num desnivelamento acentuado em relação ao nível mais baixo de todo o serviço público.

Faz-se necessário proceder à correção, em 3 anos, do mencionado desnivelamento. A persistência dessa diferença é que tem tornado inócua qualquer atitude de proceder a um aumento salarial que repre-sente efetivamente uma elevação de salário.

Por outro lado, outra situação gerada pela Medi-da Provisória nº 2.215-10, de 2001, diz respeito aos efeitos decorrentes da Tabela III – Adicional de Ha-bilitação, do Anexo II do Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002, que regulamenta a Medida Provisória nº 2.215-10, de 2001. Por essa tabela, a categoria dos militares federais foi tornada como a única, den-tre as demais, que não agrega a cumulatividade dos percentuais atribuídos às gratificações de cursos de formação, especialização, aperfeiçoamento e mestra-do. Pelo critério adotado, tudo se comporta como se as gratificações fossem consideradas isoladamente e não sucessivamente, como ocorre na carreira militar.

Encerro consciente de que este pronunciamento tem o intuito de chamar a atenção e levar o assunto ao conhecimento das autoridades brasileiras.

Era o que tinha a dizer.O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do ora-

dor.) – Sr. Presidente, em primeiro lugar, quero mani-festar a minha solidariedade e as minhas condolências ao funcionário desta Casa, José Marcos Resende, pela morte de sua mãe, Teresinha Correia de Resende, no dia 28 de junho. Que Deus possa dar para D. Teresinha o reino dos Céus, e, para José Marcos, a segurança para que ele possa continuar na sua luta pela digni-dade da pessoa humana.

Também, Sr. Presidente, quero dizer que nós temos visto que os funcionários dos gabinetes dos Parlamentares não têm qualquer tipo de reajuste de salário desde 2007. Nós já temos um projeto que vai tratar da questão de aumento para os das Lideranças e Vice-Lideranças, e é importante que a Mesa Diretora também possa tratar dessa questão do reajuste de sa-lário dos servidores dos gabinetes dos Parlamentares.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao ilustre Deputado Lincoln Portela, meu Líder e Líder do meu partido e do Bloco encabeçado pelo PR. S.Exa. dispõe da palavra.

O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Pro-nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, venho a esta tribuna em defesa da Proposta de Emenda à Constituição nº 270/2008, que pretende corrigir lamentável injustiça cometida contra os servidores públicos aposentados por invalidez.

Atualmente, esses servidores, além dos salários reduzidos pela falta de paridade com os funcionários ativos, ainda têm seus proventos reduzidos com o desconto de 11% relativo à contribuição previdenci-ária. Dessa forma, o servidor acometido por situação de invalidez, que já enfrenta grandes problemas para tratar a saúde e sustentar a família, vê sua condição agravada pela limitação de seus recursos.

A PEC 270/08 pretende resgatar o direito desse grupo de servidores, que clama por justiça. Seu propó-sito é garantir-lhes a prerrogativa de receber proventos integrais com paridade em relação aos servidores da ativa. A aprovação da PEC irá corrigir a situação de desamparo provocada pela redução dos proventos que ocorre justamente em um momento de grande dificuldade.

A situação extremamente injusta e irrazoável que se configurou é decorrente da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, que não foi sanada com o advento da Emenda Constitucional nº 47, de 2005, a qual restituiu os direitos constitucionais aos servidores aposentados por tempo de contribuição, porém excluiu os servidores aposentados compulsoriamente por motivo de invalidez.

Além disso, há uma diferença de regra entre os dois regimes de previdência, diferença essa que não se justifica, pois as razões que embasam a aposen-tadoria por invalidez são as mesmas, independente do regime. Hoje, a aposentadoria por invalidez, pelos regimes próprios de previdência do servidor (RPPs), é proporcional ao tempo de contribuição. Já pelo Re-gime Geral da Previdência Social (do INSS), é integral. É uma injustiça que tem que ser corrigida.

A argumentação de que o impacto financeiro causado pela aprovação da PEC viria a inviabilizar a medida é absolutamente falaciosa. De um lado, as estatísticas demonstram a baixa expressividade do quantitativo de servidores enquadrados na categoria de invalidez permanente no universo global de ser-vidores. De outro lado, há que se considerar que a previdência equivale a um contrato de seguro: existe para proteger o trabalhador e não pode desampará-lo quando lhe falta a saúde.

Sr. Presidente, é necessário devolver aos servi-dores os direitos que lhe foram retirados. Precisamos corrigir esta dívida com o servidor. A PEC 270/2008 foi aprovada pela Comissão Especial em novembro de 2009, mas até hoje não foi incluída na pauta do Ple-

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nário. Já foram apresentados inúmeros requerimentos de deputados pedindo sua inclusão na Ordem do Dia. A sua aprovação é uma reivindicação das muitas ca-tegorias do funcionalismo público de todas as esferas de poder e também de entidades sindicais.

Vamos envidar nossos esforços para incluir a PEC 270/08 na pauta da Ordem do Dia!

Muito obrigado.O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT-MG. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, quero fazer uma comunicação e cumprimentar o Município de Mendes Pimentel, no Vale do São Ma-teus, em Minas Gerais, pela realização de uma gran-de cavalgada neste final de semana, que contou com mais de 600 animais. Houve participação ativa dos agricultores familiares daquele Município, mostrando a força do trabalho de Mendes Pimentel.

Além disso, quero aproveitar a oportunidade, Sr. Presidente, para parabenizar o Prefeito José do Carmo, o Vice-Prefeito Antônio Moreira e sobretudo o apresentador da cavalgada, Silveira, um produtor rural, um agricultor da região.

Em nome deles, quero saudar todos os agricul-tores familiares do Município de Mendes Pimentel e a comunidade HO, que promoveu uma grande cavalgada neste final de semana.

Parabéns, Mendes Pimentel! Parabéns à co-munidade de HO e a toda a população do Município de Mendes Pimentel pela realização daquela grande cavalgada.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados; Servido-res e Servidoras da Casa e dos Gabinetes Parlamen-tares; Ouvintes da Rádio Câmara; Telespectadores da TV Câmara, os professores e trabalhadores da educação do Estado de Minas Gerais enfrentam um momento crítico na relação com o Governo do Estado, que mais uma vez tem se mostrado insensível e dado demonstrações de falta de comprometimento com os servidores da educação. O Governo de Minas mantém uma postura de silêncio e omissão diante da aplica-ção imediata da Lei Nº 11.738/08, que instituiu o Piso Salarial Profissional Nacional, no valor de R$1.187,97 para 40 horas semanais. No dia 27 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal terminou o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.167 e no dia 5 de maio a decisão foi publicada.

Por reconhecer a importância da valorização do Profissional de Educação, estive na semana passada em Ipatinga, no Vale do Aço, levando o meu apoio aos profissionais de educação que estão em greve, reivin-dicando o pagamento do Piso Nacional aos professo-res daquela cidade.

Em Minas Gerais, o vencimento inicial de carreira é de R$369,89, bem abaixo do salário mínimo. A Cons-tituição Federal já assegura que não se pode receber

como remuneração menos que um salário mínimo. Assim sendo, a lei federal não está sendo aplicada. União, Estados e Municípios têm a imediata obrigação de pagar o piso instituído por lei, visto que todos os prazos previstos também se esgotaram.

Não é de se espantar que o Governo do Estado de Minas, sob a égide de uma gestão neoliberal, no qual a afirmação do Estado mínimo é muitas vezes a negação dos direitos sociais, criminalize os movimentos sociais, faça o cerceamento do diálogo com os traba-lhadores. Vale lembrar que a lei do Piso Nacional prevê complementação da União dos valores para o paga-mento do piso para Estados e Municípios; por isso, não se pode aceitar desculpa para que não seja cumprida.

Senhoras e senhores, não podemos admitir que os professores continuem sendo marginalizados no processo de conquistas sociais. A valorização dos profissionais da educação é condição indispensável na construção de uma educação de qualidade e de um futuro prospero para o nosso país. Portanto, nesta mi-nha fala gostaria de sensibilizar esta Casa, os nossos governantes estaduais e municipais, para o fato de que finalmente a sociedade brasileira comece a assumir a responsabilidade de uma dívida com o magistério da Educação Básica.

Lembrando que o salário é um passo fundamental para a dignidade do profissional em educação, seja ele o professor ou o funcionário administrativo. E é igual-mente necessário investir na formação, nas condições de trabalho, numa carreira promissora, na efetiva par-ticipação para a construção do conhecimento e acima de tudo, no reconhecimento da sociedade quanto ao papel primordial desses profissionais.

Muito obrigado.O SR. WELITON PRADO (PT-MG. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, saúdo a todos e a todas.

Quero deixar mais uma vez registrada minha solidariedade aos servidores públicos do Estado de Minas Gerais, de forma muito especial aos profes-sores, que vêm travando uma grande batalha com o Governo Estadual para que simplesmente cumpra o que está na lei: o piso nacional para os servidores da educação. Infelizmente, o Governo do Estado de Mi-nas Gerais se nega a cumpri-lo. O atual salário-base de um professor é menor que um salário mínimo em Minas Gerais: 363 reais.

Os professores e os policiais civis estão em greve. Os servidores da área da saúde também entraram em greve. É o caos total no Estado de Minas Gerais, que tem um orçamento de mais de 50 bilhões de reais, e paga um dos piores pisos salariais para o conjunto dos servidores. Os policiais e os servidores da segurança pública recebem menos do que os de outros Estados.

Em Minas Gerais há uma grande contradição: os servidores recebem menos, e a carga tributária é maior do que a de outros Estados. Dou exemplos: no caso da energia elétrica, o ICMS é de 42%; o ICMS

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do álcool é o dobro do valor cobrado em São Paulo; o IPVA em Minas Gerais é um dos mais caros do País. É uma grande injustiça. Faz uma grande arrecadação, e paga péssimo salário aos servidores públicos. Os po-liciais civis e os professores estão em greve. Também houve paralisação da Polícia Militar.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveito a oportunidade para informar que estou apresentando um projeto cujo objetivo é proibir a venda de sacolas biodegradáveis, de papel ou de qualquer outro mate-rial. Muitos Estados proibiram o uso de sacolas plás-ticas, mas os comércios vendem por até 19 centavos as sacolas biodegradáveis. Isso é um verdadeiro ab-surdo, pois é um direito do consumidor, que já paga caro pelos produtos.

O SR. NAZARENO FONTELES (PT-PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, quero registrar que, hoje pela manhã, o Pre-sidente Lula fez um discurso na Assembleia Geral da União Africana, ressaltando a solidariedade entre o Brasil e a África.

Acabamos de ter uma audiência pública muito importante, com a presença da Ministra Luiza Bair-ros, exatamente para tratar da temática da igualdade racial no País, inclusive da própria dificuldade de im-plementação da lei.

Mas que bom que o nosso ex-Presidente, repre-sentando a nossa Nação, continua fazendo com que a amizade e a solidariedade entre esses países con-tribuam para o desenvolvimento e o pagamento de dívidas que temos com o povo africano! Do mesmo jeito devemos fazer com que, cada vez mais nas nos-sas escolas e universidades, a lei aprovada em 2003 contribua para que esse povo que ajudou a construir esta Nação, e que ainda é muito discriminado no País, possa atingir a sua plena cidadania, reconhecendo-se sua história e sua cultura.

Nós nos sentimos muito honrados de ter parti-cipado dessa audiência pública e, ao mesmo tempo, honrados com o gesto de solidariedade do ex-Presi-dente Lula para com o povo africano.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. DR. ALUIZIO (Bloco/PV-RJ. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as últimas guerras no mundo tiveram como pano de fundo a hegemonia do petróleo. Parece-me que essa guerra hoje começa a se aproximar do Parlamento brasileiro. A questão dos royalties vem acirrando os ânimos de alguns Parlamentares que, em busca dos tributos – sendo que precisaríamos estar em busca da sua boa utilização –, estão inclusive desqualificando a população do Estado do Rio de Janeiro com frases desnecessárias.

Quero lembrar que, antes de representarmos nossos Estados, somos filhos de um país, de uma nação chamada Brasil. É fundamental que o respeito, o bom senso e a concórdia façam parte desta Casa no seu cotidiano.

Muito obrigado, Excelência.O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, as melhores decisões desta Casa advêm da pressão externa social autêntica.

Hoje de manhã a Comissão de Constituição e Jus-tiça, a partir de um esforço, não só da bancada do Rio de Janeiro, mas de muitos Parlamentares, conseguiu fazer justiça: mais do que aprovar a anistia aos bom-beiros, cumprir aquilo que era seu dever. Esperamos que agora a luta dos bombeiros por dignidade, como a dos professores do Rio de Janeiro, avance.

Esta semana tivemos aqui um exemplo de que a opinião pública e a pressão legítima acabam por mo-dificar posições. Por isso, esse regime diferenciado de contratações públicas para a Copa e as Olimpíadas, que tem muitos defeitos, pelo menos evitou aquela possibi-lidade de sigilo em todas as etapas das contratações e os superpoderes, em alguns casos, à poderosíssi-ma, ainda, FIFA, e ao Comitê Olímpico Internacional.

São esses os pronunciamentos que eu registro.Por fim, Sr. Presidente, quero dizer que a deci-

são do Conselho de Ética em relação ao Deputado Jair Bolsonaro não deve servir para se transformar o direito de opinião – que é sagrado e um atributo do mandato parlamentar numa República democrática, e de qualquer cidadão – em direito de agressão, em direito de estímulo até à violência.

Ficam aqui os registros.

PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHA-DOS PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e todo(a)s o(a)s que assistem a esta sessão ou nela trabalham, sobre a representação do PSOL contra o Deputado Bolsonaro (PP/RJ), por suas seguidas manifestações homofóbicas, racistas e discriminatórias, assim se pronunciou o Relator do caso no Conselho de Ética, Deputado Sérgio Brito (PSC/BA):

“Na hipótese dos autos, há programas de televisão e reportagens que relacionam a ele os fatos narrados e, ao menos em tese, o abuso da prerrogativa da imunidade parla-mentar constitui ato incompatível com o decoro parlamentar. Ademais, os fatos são recentes e não evidentemente atípicos. Dessa forma, entendemos ser apta e não carente de justa causa a Representação.”

Este parecer foi rejeitado pelo Conselho, por 10 a 7, lamentavelmente. Uma pequena maioria autorizou a transformação do sagrado direito de opinião em di-reito de agressão, de ofensa, de estímulo à violência.

Agradeço a atenção.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e todo(a)s

o(a)s que assistem a esta sessão ou nela trabalham, no apagar das luzes... alguma luz! Pequena vitória da insistência de muitos que forçam a percepção, ainda que tardia, da bancada governista. Agora, no

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Regime Diferenciado de Contratação Pública (Licita-ção para a Copa e Olimpíadas), o sigilo do montante dos recursos oficiais para contratação de grande obra ou serviço com vistas à Copa ou Olimpíada terá que ser tornado público IMEDIATAMENTE após o resultado da concorrência. Órgãos públicos de controle também terão acesso PERMANENTE a esses valores, desde que forem estipulados. Já é um avanço... Outra vitória importante foi a revogação do absurdo parágrafo úni-co do art. 39, aquele que dava à “deputada” FIFA e ao “deputado” COI superpoderes de intervenção, para modificar e majorar ILIMITADAMENTE contratos de obras e serviços para os torneios. Valeu a grita e a pressão! Como se vê, tudo que vem de fora para den-tro tem mais chance de êxito no Legislativo.

Mantenhamos a atenção, porém: o RDC, questio-nado pelo MP, pelo TCU e por nós, tem muitas insufi-ciências. E o jogo dos negócios, superfaturamentos e gastos supérfluos continua a ser, infelizmente, a meta dos “promotores” dos megaeventos esportivos. Anali-so isso no artigo Espetáculo de Negócios, Estado de Emergência Olímpico, publicado no site Congresso em foco: http://congressoemfoco.uol.com.br/coluna.asp?cod_canal=14&cod_publicacao=37567.

O SR. ANTONIO CARLOS MENDES THAME (PS-DB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer uma rápida observação a respeito da fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour.

Em primeiro lugar, se essa fusão fosse feita sem empréstimos do BNDES, sem dinheiro público, ela já teria que ser evitada pelo Governo. Se tivéssemos um CADE, uma secretaria de defesa da economia eficiente, jamais seria permitida uma fusão dessas no varejo, justa-mente uma fusão que vai diminuir a concorrência e per-mitir que essas instituições imponham preços cada vez mais altos – cada vez mais altos – ao consumidor final.

Em segundo lugar, se houvesse empréstimo, já seria uma agravante – um empréstimo com recursos próprios do banco. Seria uma agravante terrível porque utilizaria dinheiro público para fazer um ato em demé-rito, em prejuízo à concorrência, ao consumidor final. E é pior do que isso.

No entanto, é isso que estamos vendo. E é ainda pior. É uso de dinheiro subsidiado: praticamente 4 bilhões de reais. É o total que o BNDES aportará para essa ope-ração. Esses bilhões significarão subsídio de juros de 5% ao ano. Cinco por cento significam 200 milhões que a população terá de pagar de subsídio para se obter um empréstimo público e se realizar uma fusão que é contrá-ria aos interesses da totalidade da população brasileira.

Muito obrigado, Sr. Presidente.A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB-MG. Sem

revisão da oradora.) – Sr. Presidente, quero registrar a importante audiência que a bancada feminina reali-zou com o Ministro da Educação, Fernando Haddad. O objetivo era de que o Ministro nos informasse as ini-ciativas adotadas pelo MEC a fim de incluir a mulher no desenvolvimento.

É evidente que essa inclusão passa necessariamente pela qualificação das mulheres para o mercado de trabalho – ele anunciou a ampliação do PRONATEC – e também por certo apoio às iniciativas que acolham nossas crianças.

A extensão de jornada com o Programa Mais Educação, a ampliação dos recursos do FUNDEB, que hoje chegam a 10 bilhões, incorporando a educação infantil ao Fundo, foram algumas das iniciativas que, acreditamos, fortalecem a educação em nosso País.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – En-cerrado o período destinado aos discursos proferidos em 1 minuto, para breves comunicações, passaremos aos discursos proferidos em 5 minutos, no Pequeno Expediente.

Concedo a palavra ao Deputado Gilmar Macha-do, do PT de Minas Gerais.

O SR. GILMAR MACHADO (PT-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero comunicar que nesta tarde estamos trabalhando. Hoje tivemos um almoço de trabalho com os Senado-res Magno Malta, Walter Pinheiro, a Senadora Marta Suplicy, as Deputadas Lauriete e Benedita da Silva para tratarmos do antigo PLC 122, que já está sepul-tado, não tem mais volta. Mas temos que ter... Esse é o entendimento. Ressalto o empenho da Senadora Marta Suplicy e dos Senadores para buscarmos um entendimento. Todos queremos a garantia da liberdade religiosa, que não haja violência e nenhum tipo de dis-criminação contra os homossexuais. Portanto, temos de ter uma legislação que de fato não permita que haja um derrotado ou um vencedor. Todos somos brasilei-ros e queremos tratar todos com dignidade e respeito.

Esse entendimento está sendo construído. O novo projeto que será apresentado no Senado vai abordar es-sas questões. Portanto, o PLC 122 deixa de existir defini-tivamente. É uma vitória daqueles que realmente querem construir a unidade, querem, de fato, que o Brasil continue sendo um País tolerante, em que a liberdade seja exerci-da na sua plenitude e que ninguém sofrerá discriminação.

Fiquei muito feliz de participar desse processo de construção desse entendimento para que, de fato, o Brasil tenha uma legislação que possa avançar. Ressalto que a Senadora Marta Suplicy, Relatora no Senado, realmente entendeu que o PLC 122 não tem mais condições, que não havia a menor possibilidade. Devemos encerrar de vez esse processo e iniciá-lo de outra forma, preservando os nossos direitos.

Sr. Presidente, aproveito esta oportunidade para dizer que continuamos no trabalho. Na próxima sema-na, o Ministro Paulo Bernardo vai visitar a cidade de Uberlândia, vai participar da celebração dos 57 anos do Grupo Algar, da CTBC, companhia de telefone ins-talada em nosso Município, e manterá contato com outros setores da nossa cidade.

Agradeço ao Ministro Paulo Bernardo por ter aceito o convite para visitar nossa cidade de Uberlândia e estar conosco – está aqui o Deputado Weliton, que também vai se encontrar com o Ministro –, para que o Governo

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Federal continue tendo atenção especial com a nossa re-gião. Agradecemos muito essa preocupação e essa visão.

O Ministro Paulo Bernardo tem sido muito sensível; inclusive, as três redes de televisão do nosso Município já são digitais: TV Integração, TV Paranaíba e TV Vitoriosa.

Quero agradecer ao Ministério das Comunica-ções, que tem dado atenção especial à nossa região, ao nosso Município. Isso é extremamente importante para continuarmos a desenvolver e a crescer na nos-sa região, desenvolvendo e fazendo nosso trabalho.

Cumprimento o Ministro Afonso, que amanhã lan-çará o Plano Safra da Agricultura Familiar, junto com a Ministra Gleisi Hoffmann e com a Presidente Dilma Rousseff. São mais de 16 bilhões de reais colocados à disposição da comunidade, dos pequenos produtores deste País. A taxa de juros será reduzida para quem tem empréstimo de até 10 mil reais, apenas 1% de juro ao ano para quem tem entre 10, chegando... Todos os empréstimos serão elevados até 130 mil reais, caindo de 4%, 4,5% para 2% de juros ao ano para estimular a agricultura familiar neste País.

Meus cumprimentos ao Ministro do Desenvolvi-mento Agrário, Afonso, e a toda sua equipe, que vão lançar amanhã, como fez o Ministro Wagner Rossi, em Ribeirão, também um grande projeto do Plano Safra da Agricultura, do agronegócio, 107 bilhões de reais.

É a visão do Governo. É fundamental continuar-mos produzindo alimento para o povo brasileiro, como também para exportação a preço acessível para que sigamos dando grandes oportunidades a todos.

Meus cumprimentos ao Ministério do Desenvolvi-mento Agrário e também ao Ministério da Agricultura!

Muito obrigado.O SR. ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR-RJ.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meus co-legas Deputados, aqueles que nos assistem pela TV Câmara, quero tratar nesta tarde de três assuntos.

O primeiro é que finalmente vamos poder abrir as contas da CBF. A Proposta de Fiscalização e Controle de nº 13, apresentada por mim na Comissão, que veio para a Mesa, que teria de ter sido devolvida em duas sessões, levou 16 sessões, mas foi devolvida. Agora, vamos preparar o relatório e mostrar ao povo brasileiro a imoralidade, a perversidade, a crueldade que Ricardo Teixeira vem fazendo com o dinheiro do futebol brasileiro.

Em segundo lugar, Sr. Presidente, agradeço ao Pre-sidente Marco Maia, ao Presidente da Comissão de Cons-tituição e Justiça, Deputado João Paulo Cunha, e a todos os Deputados que nos ajudaram a fazer justiça, na ma-nhã de hoje, aos bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.

Justiça, porque nem na ditadura militar aconteceu o que ocorreu no Rio de Janeiro. Eu não me lembro de um episódio da ditadura militar que, de uma só vez, resultou na prisão de 439 pessoas. No Rio de Janeiro, o Governador soberbo, Sérgio Cabral, levou à prisão 439 trabalhadores, que reivindicavam salários dignos.

Hoje pela manhã a Casa aprovou, de forma ter-minativa, na Comissão de Constituição e Justiça, com

o apoio de todos os partidos, a anistia penal, uma vez que a anistia administrativa já havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Hoje pela manhã os jornais publicam que o Go-vernador Sérgio Cabral pediu desculpas pelas palavras que disse. As desculpas não o eximem da consequên-cia, por exemplo, de uma esposa de um bombeiro ter abortado durante a invasão do quartel, determinada por ele. Outras tantas consequências drásticas ocorre-ram na vida desses trabalhadores, que são verdadeiros heróis, que salvam vidas no mar, que salvam vidas no fogo, que salvam vidas nas estradas.

Hoje, a Câmara dos Deputados mais uma vez reafirmou ser a Casa do povo, ao apoiar os bombei-ros militares do Estado do Rio de Janeiro e de outros Estados, que foram beneficiados pela anistia conjunta dada a vários Estados do Brasil.

Por último, Sr. Presidente, quero dar como lido meu Requerimento de Informação nº 693, a que dei entrada nesta Casa. E, como vou dar como lido, não vou ler tudo, mas quero dar ciência do seu conteúdo àqueles que nos assistem:

“Requeiro seja encaminhada a esta Casa relatório com informações constantes nos ban-cos de dado da Aviação Nacional, geridos por órgãos subordinados à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, relacionados aos voos realizados pelo Sr. Sérgio Cabral dos Santos Filho, Governador do Rio de Janeiro, de 1º de janeiro de 2007 até esta data, contendo, pelo menos, as seguintes informações: relação de todos os voos comerciais dos quais parti-cipou o Governador com as respectivas datas e horários; relação de todos os voos particula-res dos quais participou o Governador, com as respectivas datas e horários, incluindo o prefixo das aeronaves, a identificação dos respectivos proprietários, a rota percorrida e a relação de todas as pessoas que integravam esses voos.”

Isso, Sr. Presidente, por um motivo muito simples: o Governador viaja em aviões de Eike Batista como se isso fosse a coisa mais natural do mundo, quando V.Exa., que é um conhecedor da lei, sabe que isso caracteriza improbidade administrativa. E não viaja só nos aviões de Eike Batista, mas também nos aviões do Sr. Arthur César Soares, que tem 1,5 bilhão de contratos com o Governo Estadual, e em outros aviões particulares.

Então, eu espero que a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, recém-criada por esta Casa, possa nos dar a oportunidade de conhecer as rotas, os destinos e os donos das aeronaves pelas quais passeia pelo mundo, e claro que, com preferên-cia, sempre a Paris, o Sr. Sérgio Cabral.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao ilustre Deputado Izalci, do Bloco/PR do Distrito Federal, Presidente do nosso partido, PR, no Distrito Federal.

O SR. IZALCI (Bloco/PR-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, quero inicialmente agradecer aos Parlamentares a pre-sença, ontem, no lançamento da Frente em Defesa da Ciência, Tecnologia e Inovação. E não só a presença dos Deputados, mas também das instituições do Poder Executivo, como o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Ministério da Indústria e Comércio, CNPq, FINEP, EMBRAPA, entre outras.

Agradeço de forma especial também ao Deputa-do Paulo Piau. Na semana passada lançamos juntos a Frente da Pesquisa e Inovação. Antes, tanto ele quanto eu não sabíamos do outro, e desde o primeiro momen-to coletamos assinaturas de Parlamentares e fizemos duas frentes. Ontem, então, anunciamos que, após o lançamento da Frente de ontem, nós faríamos a fusão das duas Frentes, uma Frente Mista, inclusive com participação dos Senadores e das Senadoras, nessa importante Frente que visa a resgatar a prioridade da ciência e tecnologia à pesquisa no País.

Escolhemos um Parlamentar para representar cada Estado, exatamente para haver essa parceria com os Estados e Municípios, uma vez que queremos con-solidar o Sistema Nacional de Ciências e Tecnologia.

Essa Frente contou também com a participação das empresas. E esse é o grande desafio da Frente: aproximar a academia, a universidade das empresas e também do Governo. Vamos trabalhar no marco re-gulatório dessa matéria, nos incentivos à produção do conhecimento das universidades e também no incen-tivo à competitividade das empresas, que hoje sofrem desleal concorrência com países como China e Índia, que têm custo muito baixo de mão de obra e de impos-tos. E o Brasil, como todos nós sabemos, talvez seja um dos países com a maior carga tributária do mundo.

Sr. Presidente, aproveito ainda a oportunidade para alertar a comunidade do Distrito Federal sobre o que está acontecendo. Primeiro, a greve dos servi-dores da saúde, setor que vive um caos. O Governo infelizmente fechou as portas, não quer saber mais de negociação, recorreu à Justiça e decretou a ilegalidade da greve. Isso é muito ruim neste início de Governo, que priorizou a saúde.

Os funcionários estão há alguns dias de greve, sem perspectiva de retorno, haja vista que o Governo encerrou as negociações, uma prática que não é nor-mal no Distrito Federal.

Sr. Presidente, estive ontem no Gama e tomei conhecimento de todos os detalhes. Lá foi inaugura-

do o Ponto de Inclusão, que é um telecentro de inclu-são digital, coincidentemente, no mesmo local onde funcionava o DF Digital do Gama, na ex-residência do administrador do Gama, que funcionava há muito tempo. E, nos últimos 7 meses, ele estava pratica-mente abandonado pelo Governo, porque não pagou as empresas e proibiu a Administração do Gama de fazer a manutenção do telecentro.

O que fizeram ontem? Pintaram de vermelho e amarelo, o que é normal, mudaram as cores, e fize-ram aquela grande inauguração. Estavam presentes o Governador, Deputados Distritais, Secretários, toda a cúpula. E, uma hora antes, tentaram ver se funcio-navam os equipamentos, e, evidentemente, nada fun-cionou. Mas fizeram uma grande festa.

Hoje de manhã pedi a algumas pessoas que fos-sem lá fazer matrícula. Não existe mais nada, ninguém sabe de nada; não tem funcionário, não está funcio-nando. Estava prevista para hoje a inauguração em Samambaia, que foi cancelada.

Preocupa-me muito o fato de esse programa que está sendo lançado, com o desafio de incluir 1 milhão de pessoas, ser exatamente uma mentira, como vem acontecendo com outras ações deste Governo, que também faz a propaganda da construção da UPA, o que não é verdade, porque já estava pronta. É um go-verno de mentiras.

Eu convidaria a comunidade do Gama para que fosse lá, hoje à tarde, ao Setor Sul do Gama, fazer a matrícula do novo modelo de inclusão digital. Todos vão perceber que nada disso existe e que, na realida-de, é uma forma de acabar com o grande Programa DF Digital, que já beneficiou mais de 500 mil pessoas e tem hoje 100 mil pessoas matriculadas nos cursos do Distrito Federal.

Comunidade do Gama, hoje à tarde compareça à ex-residência do administrador, onde era o DF Digital, para fazer sua matrícula. Convido a comunidade para que compareça e verifique que de fato esse grande projeto anunciado pelo Governo não existe.

No discurso, ele fala muito dos programas de go-verno do Governo Federal. Garantiu os equipamentos dos alunos da escola pública e um computador por aluno, porque, óbvio, é um projeto do Governo Federal que funciona em Brasília há algum tempo. Anunciou uma bicicleta para cada aluno, o que também é um programa do Governo Federal. E quero agradecer aos Ministérios e à Presidenta Dilma o apoio às ações do Distrito Federal. Não fosse isso, estariam – como estão – completamente paradas as ações do Distrito Federal.

É um Governo sem rumo, sem norte, e que in-felizmente está decepcionando muitas pessoas que

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dele esperavam um novo caminho, que, na realidade, não existe.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. ÁTILA LINS (PMDB-AM. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tive-mos ontem uma audiência com o Sr. Ministro da Pre-vidência Social, Senador Garibaldi Alves, e levamos a S.Exa. uma série de reivindicações do Estado do Ama-zonas e, por que não dizer, da Região Norte do País.

Todos nós aqui na Câmara temos lutado muito para que o Governo Federal cada vez mais tenha pre-sença maior no interior da Amazônia. E lá no nosso Estado, Sr. Presidente, no Amazonas, não é diferente, reivindicamos maior presença do INSS, maior presen-ça dos bancos oficiais, quer seja o Banco Brasil, quer seja o BASA, quer seja a Caixa Econômica Federal; maior presença do IBAMA.

No Governo Lula, o Presidente adotou providên-cia extremamente saudável. Por intermédio do então Ministro José Pimentel, o Presidente resolveu interio-rizar um pouco mais as ações do INSS e a presença do INSS nos diversos Municípios da região.

Lá no meu Estado, o então Ministro José Pi-mentel anunciou, por ordem do Presidente Lula, a implantação de 18 agências da Previdência Social. Dezoito Municípios, portanto, receberiam a agência da Previdência Social, com isso fazendo descentra-lização muito importante, porque no Amazonas, que é um Estado continental, havia uma agência do INSS em determinado Município para atender às camadas de outros Municípios mais distantes.

Com a decisão do Presidente Lula de colocar agências em 18 Municípios, somando-se com mais 8 já existentes, evidentemente haveria o desafogamen-to dessa tensão e da atuação que o INSS deve ter no interior do Estado do Amazonas.

Também estivemos ontem com o Ministro Ga-ribaldi Alves Filho para reiterar a S.Exa. que as me-didas adotadas no Governo passado pudessem ter prosseguimento de forma mais célere, uma vez que duas agências da Previdência já tiveram suas obras concluídas nos Municípios de Autazes e de Presidente Figueiredo. Há outras três obras em andamento: a do Município de São Gabriel da Cachoeira, a de Boca do Acre e a de Barcelos. Mas temos, portanto, mais ou menos dez ou doze na espera de recursos financeiros.

Disse-me o Ministro, que estava com o Presidente do INSS a seu lado, que nove Municípios estão com os projetos prontos, com licitações prontas, dependendo ainda de recursos financeiros para terem suas obras iniciadas e, com isso, poder a Previdência Social, o INSS, ocupar seu espaço no interior do Amazonas.

Sr. Presidente, foi muito importante a audiência com o Ministro da Previdência, quanto tratamos da ne-cessária presença do INSS para que os trabalhadores, os beneficiários, as pessoas que vivem naqueles rin-cões tão longínquos do nosso Estado possam receber esse benefício de forma mais rápida, sem os grandes deslocamentos que causam muitos transtornos para aqueles que ali vivem.

Outro registro que quero fazer, Sr. Presidente, é que, assistindo uma reportagem do Jornal da Globo, uma noite dessas, verifiquei o estado em que se en-contra a BR-230. Sei que a BR-230, a antiga Rodovia Transamazônica, que foi construída durante o regime militar de 1964, já está praticamente pavimentada no Estado do Pará.

Até me lembro de que, um dia desses, ouvi aqui o pronunciamento do Deputado Zé Geraldo, nosso colega do Estado do Pará, que fazia a retrospectiva das estradas federais do seu Estado e abordava parte da Rodovia Transamazônica. Realmente, no Estado do Amazonas, a nossa Rodovia Transamazônica está em estado lastimável.

Portanto, faço um apelo para o Ministro Alfredo Nascimento a fim de que mande dar uma examinada, com carinho, na BR-230, no trecho que liga Lábrea a Humaitá, Humaitá a Apuí, e de Apuí até a divisa com o Estado do Pará, porque daqui a pouco ficarão pra-ticamente intransitáveis.

Há um trecho que até a reportagem do Jornal da Globo mostrou para todo o Brasil, na região do estreito, próximo de Humaitá, na estrada de Lábrea a Humaitá, que está completamente intrafegável, causando preju-ízos incalculáveis, deixando, portanto, aquela popula-ção completamente isolada. Ali próximo de Humaitá, na BR-230, que liga Humaitá a Lábrea, e que de lá prossegue para Apuí, para o resto do trecho, até a divisa com o Estado do Pará.

Dessa forma, reitero o apelo para o Ministro Al-fredo do Nascimento, que é Senador por nosso Es-tado, um Ministro que tem se projetado pelo trabalho sério feito em todo o País, para que mande dar uma examinada, com todo o carinho, na área coberta pela Rodovia Transamazônica, a fim de que muito breve-mente nós possamos ter essas estradas que cortam a Transamazônica pavimentadas, ou melhor atendidas, e sejam superados todos os entraves sofridos pela população ao longo dos anos.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Edinho Bez, do PMDB de Santa Catarina.

O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Inocêncio Olivei-

34410 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

ra, meus colegas Parlamentares, a Agência Nacional de Saúde Suplementar publicou, no último dia 20 de junho, a Resolução Normativa nº 259, que garante ao beneficiário de plano de saúde o atendimento, com previsão de prazos máximos, aos serviços e procedi-mentos por ele contratados.

Vale lembrar que muitas pessoas por este Brasil afora, nos hospitais, enfrentam filas. Essa resolução já vem amenizar o atendimento nesse primeiro momento.

Em 90 dias, quando a norma entrará em vigor, as operadoras deverão garantir que os beneficiários tenham acesso aos serviços e procedimentos definidos no plano, no Município onde os demandar ou nas loca-lidades vizinhas, desde que estes sejam integrantes da área geográfica de abrangência e atuação do plano.

Obviamente, haverá uma área de atuação do plano e as operadoras serão responsáveis. Por isso temos que cumprimentar a iniciativa do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Saúde nesse sentido, na busca de mais velocidade, mais rapidez ao atendi-mento dos que dele necessitam.

O principal objetivo é que o beneficiário tenha acesso a tudo o que contratou e também estimular as operadoras de planos de saúde a promover o creden-ciamento de prestadores de serviços nos Municípios que fazem parte de sua área de cobertura.

No caso de ausência de rede assistencial, a ope-radora deverá garantir o atendimento em prestador não credenciado no mesmo Município ou o transporte do beneficiário até um prestador credenciado, assim como seu retorno à localidade de origem.

É uma mudança, uma inovação. A saúde precisa de inúmeras iniciativas. Temos que louvar essa inicia-tiva da Agência Nacional de Saúde, muito importante, com o objetivo de atender a população que necessi-ta, muitas vezes com urgência, não sendo atendida de acordo com o plano contratado. Nesses casos, os custos correrão por conta da operadora. Assim, em Municípios onde não existam prestadores para serem credenciados, a operadora poderá oferecer rede as-sistencial nos Municípios vizinhos. Caso a operadora não ofereça as alternativas para o atendimento, deve-rá reembolsar os custos assumidos pelo beneficiário em até 30 dias. Nos casos de planos de saúde que não possuam alternativas de reembolso com valores definidos contratualmente, o reembolso de despesas deverá ser integral.

Alguns exemplos de como a resolução benefi-ciará os usuários: consulta básica – pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, 7 dias; serviços de diagnóstico por laboratório de análises clínicas em regime ambulatorial, 3 dias; consulta e

procedimentos realizados em consultório/clínica com cirurgião dentista, 7 dias.

Essa resolução será muito benéfica para todos os usuários/beneficiários dos planos de saúde que hoje estão entre as maiores empresas com reclamações nos PROCONs.

Obviamente, se funcionar – e não me resta alter-nativa a não ser acreditar –, com certeza, o cidadão, o paciente, o brasileiro de um modo geral não precisará recorrer aos PROCONs, já estará ganhando tempo. Até porque também é constrangedor: vai ao PROCON, entra na fila e muitas vezes não é atendido. Grande iniciativa essa da Agência Nacional de Saúde.

Embora esta resolução da ANS ajude, o sistema de saúde pública no Brasil vem deixando a desejar. Um exemplo são as enormes filas nos hospitais, em grande parte do Brasil, em que os pacientes demoram a ser atendidos, principalmente os de menor renda.

Por isso a medida é importante. Temos que enal-tecer e registrar as coisas boas que existem hoje no País.

Retomaremos esta discussão com o objetivo de melhorar a saúde pública no Brasil. Nesse sentido, temos um pedido, aproveitando o encerramento: que possamos conscientizar o Governo, esta Casa, todos que têm autonomia, autoridade para defendê-la – e nós, de votar. Falo da Emenda nº 29, que seria um grande complemento, principalmente na área do SUS.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Agên-cia Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou no último dia 20 de junho, a Resolução Normativa nº 259, que garante ao beneficiário de plano de saúde o atendimento, com previsão de prazos máximos, aos serviços e procedimentos por ele contratados.

Em 90 dias, quando a norma entrará em vigor, as operadoras deverão garantir que os beneficiários tenham acesso aos serviços e procedimentos defini-dos no plano, no Município que os demandar ou nas localidades vizinhas, desde que sejam integrantes da área geográfica de abrangência e atuação do plano.

O principal objetivo é que o beneficiário tenha acesso a tudo o que contratou, e também estimular as operadoras de planos de saúde a promover o creden-ciamento de prestadores de serviços nos Municípios que fazem parte de sua área de cobertura.

As garantias são de que, no caso de ausência de rede assistencial, a operadora deverá garantir o atendimento em prestador não credenciado no mes-mo Município ou o transporte do beneficiário até um

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34411

prestador credenciado, assim como seu retorno à lo-calidade de origem.

Nestes casos, os custos correrão por conta da operadora. Assim, em Municípios onde não existam prestadores para serem credenciados, a operadora po-derá oferecer rede assistencial nos Municípios vizinhos.

Caso a operadora não ofereça as alternativas para o atendimento deverá reembolsar os custos as-sumidos pelo beneficiário em até 30 dias. Nos casos de planos de saúde que não possuam alternativas de reembolso com valores definidos contratualmente, o reembolso de despesas deverá ser integral.

Alguns exemplos de como a resolução benefi-ciará os usuários:

- Consulta básica – pediatria, clínica médica, ci-rurgia geral, ginecologia e obstetrícia: 7 dias.

- Serviços de diagnóstico por laboratório de aná-lises clínicas em regime ambulatorial: 3 dias.

- Consulta e procedimentos realizados em con-sultório/clínica com cirurgião dentista: 7 dias.

Esta resolução será muito benéfica para todos os usuários/beneficiários dos planos de saúde que hoje estão entre as maiores empresas com reclamações nos PROCONs.

Embora essa resolução da ANS ajude, o sistema de saúde pública no Brasil vem deixando a desejar. Um exemplo são as enormes filas nos hospitais onde os pacientes, em grande parte do Brasil, demoram a ser atendidos, principalmente os de menor renda.

Retomaremos esta discussão com o objetivo de melhorar a saúde pública no Brasil.

Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao ilustre Deputado Ângelo Agnolin, do PDT do Tocantins. S.Exa. dispõe de 5 minutos na tribuna.

O SR. ÂNGELO AGNOLIN (PDT-TO. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos, primeiramente, quero agradecer ao Presidente a gentileza e anunciar que hoje estou na tribuna para fazer dois registros e dois comentários sobre dois momentos muito importantes que vivemos ontem na Câmara Federal.

O primeiro deles diz respeito à educação profis-sional e ao ensino a distância. Tive ontem a felicidade de, ao empossar a Diretoria Executiva e o Conselho Consultivo da Frente Parlamentar de Educação Pro-fissional e Ensino a Distância, num rápido debate com breves comentários, identificar a importância dessa Frente para otimizar e dar celeridade a essa iniciativa poderosa: levar o ensino, a educação, a qualificação a distância.

Tive ontem o privilégio de contar com a presen-ça de representantes das principais instituições que atuam na educação a distância. Estiveram conosco os Diretores da ANEAD, da ANATED, da ABED e da ABEAD com as suas mais expressivas autoridades, conhecedores do assunto.

Por fim, ficou bem caracterizado que uma dos fatores que têm atrapalhado de forma significativa o crescimento dessa modalidade de ensino é, de verda-de, o preconceito, é a mania de desacreditar na mo-dernidade, na eficiência dessa ferramenta que torna presente o distante. Precisamos, sim, avançar nessa direção, algo que o mundo já faz com muita eficiência e competência há bastante tempo.

Estou convencido de que precisamos, além de promover o esclarecimento maior sobre essa metodo-logia, trabalhar para uma regulamentação mais efeti-va, de maior sustentabilidade e que promova, através de um arcabouço simples, mecanismos consistentes que deem às instituições, às empresas e aos alunos segurança jurídica, estabilidade e resultados.

Quero também, Sr. Presidente, registrar outro fato importante. Ontem, na Comissão de Minas e Energia, mediante requerimento, propus a realização de audi-ência pública para discutir a grande disparidade exis-tente nas tarifas de energia elétrica entre os Estados brasileiros ou entre as companhias distribuidoras e geradoras e também os abusivos e inexplicáveis au-mentos que oneram os consumidores.

Nós, do Tocantins – que já pagamos a segunda tarifa mais cara do Brasil –, fomos ontem impactados com mais 7,67% de aumento.

É indispensável que essa matéria seja debatida em profundidade e que possamos encontrar mecanis-mos que reduzam essas diferenças e, assim, contri-buir para a diminuição das desigualdades regionais. Não é possível sermos competitivos pagando preços bem maiores que os praticados nos Estados mais desenvolvidos por um insumo imprescindível para o desenvolvimento de atividades produtivas, comerciais e industriais.

Fiquei muito feliz porque a proposta não só foi acolhida por todos os membros da Comissão presen-tes, mas também porque houve do Presidente daquele órgão a iniciativa de ampliar o objeto da propositura, transformando a audiência pública em um grande se-minário, no qual poderemos debater exaustiva e con-cretamente esse grande problema que assola boa par-te dos Estados brasileiros – a enorme diferença nas tarifa de energia elétrica, o que tem, de fato, dificulta-do a prosperidade das unidades de menor densidade demográfica, justamente aquelas que pagam a maior tarifa em suas contas de energia.

34412 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Assim, Sr. Presidente, no mês de agosto, a Mesa Diretora da Comissão de Minas e Energia conduzirá esse seminário em que haveremos de realizar um debate aberto, franco e transparente, de modo a pro-duzir resultados concretos, com a diminuição dessas diferenças. Espero ainda que possamos promover um menor custo para os consumidores de energia elétrica e, assim, favorecer a cidadania e o desenvolvimento socioeconômico do nosso País.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Durante o discurso do Sr. Ângelo Agnolin, o Sr. Inocêncio Oliveira, 3º Secretário, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Átila Lins, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Luiz Couto.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, a Constituição Federal e o nosso Regimento Interno asseguram a todos aqueles que exercem o mandato parlamentar imunidade nas suas opiniões, palavras e votos.

Ontem, no Conselho de Ética, foi invocada a questão da imunidade com relação ao desrespeito ao ser humano, à intolerância, ao deboche, à men-tira, à acusação leviana, à esculhambação contra as pessoas e aos termos pejorativos. Isso não é motivo de imunidade.

Foi em nome da imunidade que não se abriu o processo de quebra de decoro parlamentar contra o Deputado Bolsonaro, por 10 a 7 – alguns Parlamen-tares não compareceram à reunião. A invocação para não votarem favoravelmente ao parecer do Relator, Deputado Sérgio Brito, que era favorável à abertura do processo, era de que nós estaríamos impedindo a liberdade de expressão e também estaríamos atacan-do a imunidade parlamentar.

O Parlamentar tem o direito, sim, de expressar aquilo que pensa, aquilo em que acredita, mas nunca de esculhambar o outro ou de assumir uma postura de desrespeito, de intolerância. Isso não é imunidade, não. Tanto, Sr. Presidente, que nós verificamos que, quando um Parlamentar aqui usa um termo inadequado, logo o Presidente determina que seja retirado dos Anais da Casa, significando que aquele termo não é devido.

Há Parlamentares que usam termos que não são adequados e depois, quando o discurso é feito e há uma reação, pedem que sejam retirados aque-les termos do pronunciamento que fizeram. Isso tem acontecido, mas consideramos que não pode ocorrer. Portanto, que o Parlamentar assuma as palavras que diz, que assuma os gestos que faz e não fique ago-

ra invocando imunidade para dizer que não cometeu quebra de decoro parlamentar.

Chamamos a atenção para outro aspecto. Inclu-sive estamos apresentando um projeto de resolução para que o Conselho de Ética considere a chantagem política um elemento para a quebra do decoro par-lamentar. Temos que lutar pelos direitos que temos relacionados às emendas, mas não podemos fazer chantagem política, tentando de toda a maneira con-seguir algo por esse meio.

É por meio da luta e do debate que deveremos buscar aquilo que é direito nosso, mas nunca usar da chantagem política, dizendo: “Vamos fazer obstrução por causa disso. Não vamos votar mais nada”. Isso não dá, é contra o Parlamento, a democracia. Vamos lutar com armas corretas, com a palavra, com nosso discurso, com nossa opinião, com nosso voto, mas não realizar aquilo que muitas vezes acontece, que é a chamada chantagem político-partidária ou chanta-gem política.

O editorial da ISTOÉ desta semana aborda essa situação, mostrando que, cada vez que isso acontece, é mais um descrédito, mais uma desconfiança contra o Parlamento brasileiro. Temos que fazer crescer a nossa confiança por meio de ações corretas e não por meio de ações inadequadas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – Concedo a pa-

lavra, pela ordem, ao Deputado Weliton Prado. S.Exa. dispõe de até 5 minutos.

O SR. WELITON PRADO (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, neste final de semana, acompanharemos o Ministro da Saúde, Sr. Alexandre Padilha, que vem fazendo um brilhante trabalho.

Nós, com um conjunto dos Prefeitos de Minas Ge-rais, faremos parte da comitiva oficial que estará, às 10 horas, na cidade de Belo Horizonte. Foram convidados todos os Prefeitos de Minas Gerais – e eu aqui reforço o convite para que todos estejam presentes amanhã, às 10 horas, no auditório da Prefeitura de Belo Hori-zonte. Ali, nós trataremos de temas de interesse das Prefeituras, de convênios.

Depois, vamos percorrer poucos quilômetros até a cidade de Contagem, onde eu tive a grata satisfação de ter sido o Deputado do Partido dos Trabalhadores mais votado, para inaugurar uma maternidade infantil com mais de 200 leitos, um grande sonho da cidade que agora se transforma em realidade. Esse even-to acontecerá às 14 horas, para em seguida irmos a Montes Claros.

Em Montes Claros, onde inclusive está haven-do a exposição agropecuária, nós cumpriremos um

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34413

agenda também com vários Prefeitos da região do norte de Minas. Depois de Montes Claros, iremos à cidade de Ituiutaba.

Temos boas notícias para a população de Ituiu-taba. Um Vereador acabou de me ligar. Nós cumprire-mos ali uma agenda realmente muito positiva na área da saúde, que, sabemos, é uma grande preocupação da população.

Sr. Presidente, estou apresentando um projeto de lei que proíbe a cobrança de sacolas biodegradáveis, feitas de papel ou outro material que não polua o meio ambiente, para embalagem e transporte de produtos adquiridos em estabelecimentos comerciais.

Por que estou apresentando esse projeto? Fo-ram aprovadas várias leis, estaduais e municipais, que proíbem a circulação de sacolas plásticas, aquelas fei-tas à base de petróleo, a favor das sacolas feitas por materiais biodegradáveis ou retornáveis, o que ajuda muito o meio ambiente.

Mas o que acontece? Os comerciantes estão cobrando um valor muito alto por essas sacolas bio-degradáveis (19 centavos), o que tem causado grande indignação aos consumidores de diversos Municípios do País, de forma muito especial aos de Minas Gerais. Há uma grande revolta, porque o consumidor já paga pelo produto, e o valor da embalagem já está embuti-do no preço desse produto. Portanto, não é justo que tenha que pagar mais 19 centavos por embalagem. Sabemos que a iniciativa é muito importante – é fun-damental trocar as sacolas feitas de petróleo por ma-teriais biodegradáveis –, mas o consumidor não pode pagar o pato.

Nosso projeto, então, busca realmente proibir a cobrança de sacolas biodegradáveis, feitas com materiais de qualquer outra natureza, por parte dos comerciantes. É importante inclusive que as sacolas ambientais tenham uma isenção por parte do nosso Governo.

Nós estamos estudando essa medida para apre-sentar proposição que também ofereça um incentivo. O consumidor sempre paga o pato? Sempre é preju-dicado? Não podemos admitir isso. Nesse sentido, vamos apresentar um projeto de lei.

Quero dizer que, nesta semana, aprovamos na Comissão de Minas e Energia um projeto muito impor-tante que resguarda os consumidores, que não terão a luz, a água e o telefone cortados se não houver uma breve comunicação com antecedência de pelo menos 30 dias, com carta registrada e AR. Se não houver carta registrada e AR comunicando com antecedência de pelo menos 30 dias, o consumidor não poderá ser pego de surpresa e ter sua conta de água, de luz ou

de telefone cortados. Foi uma vitória realmente muito importante dos consumidores.

Aprovamos também, em torno de 15 dias atrás, na Comissão de Defesa do Consumidor, uma proposta de fiscalização e controle sobre a abertura de contas. É um verdadeiro absurdo, uma caixa-preta, as empresas operadoras de cartão de crédito chegarem a cobrar – pasmem – até 560% de juros por ano. São 560% de juros por ano, e não há fiscalização nem controle.

Foi uma medida muito importante aprovar essa proposta, que já estava parada na Comissão há 8 anos. Em 8 anos essa proposta de fiscalização e controle não foi aprovada. Depois de 8 anos, nós conseguimos aprovar o que é uma grande vitória dos consumidores para que realmente haja uma fiscalização muito dura e severa por parte das empresas operadoras de car-tão de crédito, que cobram juros que não digo que são abusivos, mas extorsivos. É uma extorsão a cobrança de juros pelas empresas de cartão de crédito no nosso País, um verdadeiro roubo! Juros de 560% ao ano é um verdadeiro crime contra os consumidores, o que não podemos admitir.

Foi uma grande vitória termos aprovado na Co-missão essa proposta de fiscalização e controle. Es-peramos que seja criado um grupo de trabalho para acompanharmos isso de perto.

Para finalizar, gostaria de me solidarizar com os servidores do Estado de Minas Gerais, de forma muito especial com os professores, que já estão em greve há quase 1 mês e cobram do Governo do Estado o cumprimento do que determinou o Supremo Tribunal Federal em relação ao piso nacional dos servidores da educação – em Minas Gerais, há servidores que rece-bem como salário base 360 reais. Servidores da segu-rança pública, da Polícia Civil, estão em greve. Agora, os servidores da saúde entraram em greve também.

Deixo aqui nossa solidariedade ao conjunto dos servidores, que, com certeza, podem continuar con-tando com o nosso apoio.

Solicitamos que o Governo de Minas Gerais re-almente tenha sensibilidade, negocie para que os ser-vidores voltem ao trabalho e cumpra o piso nacional.

O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – Vou conceder a palavra, por 1 minuto, ao Deputado Edinho Araújo. Em seguida, darei 3 minutos ao Deputado Zequinha Marinho e 3 minutos ao Deputado Francisco Praciano. Depois, pela Liderança, terá a palavra o Deputado José Stédile. Em seguida, terá início o Grande Expediente.

Tem a palavra o Deputado Edinho Araújo.O SR. EDINHO ARAÚJO (PMDB-SP. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tive oportunidade de me encontrar com o Ministro dos

34414 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Transportes ontem para, mais uma vez, levar a S.Exa. a grande reivindicação do noroeste de São Paulo.

Trata-se da duplicação da BR-153, uma das ro-dovias mais importantes do Brasil, a Transbrasiliana, que corta o Brasil de Norte a Sul e atravessa o Esta-do de São Paulo na altura de São José do Rio Preto, cidade da qual tive a honra de ser Prefeito por 8 anos.

Naquele momento, a BR-153, a Transbrasiliana, não estava concedida. Em tratativa com o Ministério dos Transportes, com o DNIT, Sr. Presidente, nós re-alizamos um projeto em 1987, fizemos um convênio com o Governo Federal, licitamos a obra e a rodovia foi concedida. Agora, voltamos novamente à tratativa para que essa obra possa sair. São 17 quilômetros no perímetro urbano de São José do Rio Preto. Essa rodovia tem matado muita gente. É uma rodovia inse-gura. Nós temos levado essa reivindicação ao Ministro dos Transportes.

Eu gostaria, portanto, Sr. Presidente, que V.Exa. desse como lido meu pronunciamento sobre o tema, que está mais completo.

Mas, antes, quero fazer um apelo ao Ministé-rio dos Transportes e ao DNIT para que olhem para a BR-153 no Estado de São Paulo, na altura de São José do Rio Preto, a fim de que haja segurança para aqueles que transitam naquela importante rodovia do nosso País.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, desde o primeiro dia de trabalho nesta Casa, venho expondo a precária situação da rodovia BR-153, no trecho paulis-ta, especialmente na área urbana de São José do Rio Preto, na Região Noroeste de São Paulo.

Os acidentes com feridos graves e mortos são frequentes. O perigo é constante.

Em 2010 ocorreram nesse trecho próximo a Rio Preto 487 acidentes, com 248 pessoas feridas e 15 mortes. Diariamente, feridos graves são levados à emergência do Hospital de Base, que não suporta tanta demanda.

Em 2007, ainda como Prefeito de Rio Preto, fize-mos o projeto da duplicação, licitamos a obra, escolhe-mos a empresa vencedora, mas a concessão da rodovia à iniciativa privada paralisou totalmente o processo.

Agora, a Justiça Federal em Rio Preto mandou duplicar 117 quilômetros da rodovia entre as cidades de Ubarana e Icém, passando por Rio Preto. As obras devem ser realizadas pela União e pela Transbrasiliana, concessionária que explora a parte paulista da rodovia. Mas é uma decisão passível de recurso.

Estive ontem, quarta-feira, dia 29 de junho, com o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Apelei a S.Exa. para que seja aberta imediatamente a licitação para duplicar o trecho mais crítico, de 17 quilômetros, que passa pela área urbana de Rio Preto.

Há, Sr. Presidente, 20 milhões de reais previstos para a BR-153 no Orçamento deste ano. É dinheiro suficiente pelo menos para a abertura da licitação.

Não há como esperar mais. A BR-153 é uma das rodovias mais importantes do País. Corta o Brasil de Norte a Sul, transportando gente e produtos. É intenso o tráfego de veículos pesados, e apenas em alguns pequenos trechos da malha paulista há terceiras faixas e acostamento seguro.

Vamos continuar cobrando, sem tréguas, a rea-lização de obras de segurança na BR-153.

É inadmissível que haja demora e postergação, enquanto vidas se perdem diariamente.

O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – Peço a com-preensão dos Deputados, porque o Grande Expediente terá que ser iniciado, já que a Deputada Luci Choinacki terá de fazer sua viagem a Florianópolis.

Concederei 1 minuto aos Deputados Marcus Pestana e Zé Geraldo. Em seguida, vou combinar a concessão da palavra com os Deputados Zequinha Marinho e Francisco Praciano.

O SR. MARCUS PESTANA (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, poderia vir aqui rebater a cantilena do Deputado Weliton Prado, que tergiversa sempre, mas o povo mineiro já resolveu essas questões todas na vitória do Governador Anas-tasia por dois a um.

Estou aqui por outro motivo, para registrar um grande evento, um dos mais belos e significativos eventos ocorridos no Congresso Nacional. Hoje pela manhã, em comemoração aos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, tivemos uma bela solenidade, um belo evento, apresentado pela dama do teatro bra-sileiro, Fernanda Montenegro, com vários amigos, o pensamento, a vida do nosso grande Presidente Fer-nando Henrique, um evento carregado de sentimento, de emoção.

E eu queria registrar aqui um elogio ao Presidente Marco Maia, que, sendo do PT, a força que durante toda a democracia brasileira polarizou com o PSDB, foi lá e fez um belo discurso, mostrando claramente que, na política, adversário não é inimigo e que a democracia brasileira é sólida e amadureceu muito.

Então, quero registrar isso aqui e dizer ao Pre-sidente Marco Maia que sua atitude calou fundo nas Oposições, mostrando que ele não é o Presidente do PT, mas o Presidente de toda a Câmara dos Deputados.

Muito obrigado.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34415

O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. De-putadas, com muita alegria quero registrar aqui que, neste final de semana, sexta-feira e domingo, ocorrerá a diplomação e a posse de Alexandre Lunelli e Mau-rino, que foram eleitos em uma eleição temporã no Município de Brasil Novo, Estado do Pará.

O Município de Brasil Novo faz parte do polo do Xingu, onde será construída a usina de Belo Monte. E Alexandre terá a dura tarefa de colocar Brasil Novo nos trilhos. Uma Prefeitura pequena, com 22 mil habitantes, mas só sua dívida com o INSS ultrapassa 6 milhões de reais, colocando aquela Prefeitura na inadimplência. Um Município que tem 2.500 quilômetros de estradas vicinais, e a maioria está intrafegável.

Então, parabéns ao Alexandre Lunelli, o novo Prefeito de Brasil Novo.

O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pro-nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, dando sequência à apreciação de itens importantes da reforma política, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal decidiu pelo fim das coligações partidárias, sendo admitidas ape-nas para as disputas majoritárias de Presidente da República, Senador, Governador e Prefeito Municipal.

Com isso, muitos dos pequenos partidos estarão, inexoravelmente, prejudicados, muitos deles sem con-dições de sobrevivência, o que diminuirá, sem dúvida, o número de legendas existentes, presentemente já alcançando a casa dos 27, o que espelha um quadro de multipartidarismo na estrutura atual.

Ressalte-se que, nos debates, representantes do PSB e do PCdoB insurgiram-se contra a inovação, pre-valecendo, porém, a aludida diretriz, considerada por muitos como o ressurgimento da autêntica cláusula de barreira, anteriormente recusada quando se debateu, no passado, matéria de idêntico objetivo.

Ainda recentemente, nesta Casa, os Deputados Daniel Almeida e Chico Lopes reagiram à ideia, que atingiria, implacavelmente, a facção a que se acham filiados, predispondo-se a combatê-la quando o assunto for examinado por esta Casa do Congresso Nacional.

Por outro lado, o referente será utilizado para chancelar as modificações do processo eleitoral, en-quanto a troca de partido tornou-se impeditiva, quan-do tiver que se operacionalizar, sem o princípio da justa causa.

O Plenário do Senado vai deliberar, na semana entrante, sobre tais inserções, após o que a Câmara será chamada a, igualmente, decidir, nos termos do bicameralismo imperante entre nós.

Enquanto isso, aguarda-se que, na próxima se-mana, o Relator da nossa Comissão Especial, Depu-

tado Henrique Fontana, ofereça parte de seu alentado parecer, ensejando a que o Plenário possa debruçar--se, conclusivamente, sobre as mudanças aguardadas com ansiedade pelos segmentos conscientizados da sociedade civil organizada.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (Bloco/PR-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vivemos numa era em que as comu-nicações desempenham um papel importantíssimo na vida de todas as pessoas. É a era do telefone celular, da Internet, do Skype, das mídias sociais, da comu-nicação instantânea. Hoje em dia, tomamos conheci-mento de um evento ocorrido do outro lado do mundo na hora em que ele está ocorrendo, e não mais dias depois do acontecido.

O mundo parece estar cada vez menor, Sr. Presi-dente. Distâncias que antigamente eram consideradas enormes hoje são meros passeios. Morar a 30, 40, 50 ou até mesmo 100 quilômetros do local de trabalho era algo considerado impensável até há poucas décadas. Hoje, esse é um fato da vida, algo rotineiro, para mui-tas e muitas famílias, aqui no Brasil e no restante do mundo. Muitas cidades cresceram a ponto de se jun-tarem com outras e serem divididas apenas por uma rua ou avenida. Às vezes, é difícil saber onde se está, dado esse fato.

De maneira acertada, a meu ver, o Governo da Presidenta Dilma Rousseff levou tudo isso em con-sideração ao entender que o Brasil mudou, e agora vários Municípios fazem parte de uma mesma área metropolitana ou de uma mesma Região Integrada de Desenvolvimento. Dentro dessa perspectiva, Sr. Presidente, o Governo tomou uma medida que pode beneficiar até 68 milhões de pessoas em 42 regiões. A partir do último dia 28 de maio, as chamadas de tele-fones fixos entre 560 Municípios passaram a ter custo de ligação local. Esse benefício atinge os Municípios com continuidade geográfica – o que antes não existia – e que possuem o mesmo código DDD.

De acordo com a ANATEL, o novo regulamento sobre áreas locais para o serviço telefônico comutado amplia os critérios de áreas locais e estabelece que as novas situações que se enquadrem na definição de Áreas com Continuidade Urbana ou decorram de solicitação fundamentada por parte da concessionária de telefonia fixa na modalidade do serviço local serão revistas anualmente.

Como eu disse, Sr. Presidente, parece que o mundo ficou menor. Se as distâncias “encolheram”, por que as chamadas telefônicas entre esses locais que antes ficavam longe um do outro e agora estão lado a lado seriam consideradas chamadas interur-banas? Meus parabéns, mais uma vez, ao Governo

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Federal pela acertada decisão, que beneficia as Re-giões Metropolitanas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; Curitiba, Londrina e Maringá, no Paraná; da Baixada Santista e de Campinas, em São Paulo; Belo Horizonte e Vale do Aço, em Minas Gerais; Rio de Ja-neiro; Grande Vitória, no Espírito Santo; Goiânia, em Goiás; Vale do Rio Cuiabá, em Mato Grosso; Salvador, Bahia; Aracaju, Sergipe; de Maceió e do Agreste, em Alagoas; de Campina Grande e João Pessoa, na Pa-raíba; Recife, em Pernambuco; Natal, no Rio Grande do Norte; Cariri e Fortaleza, no Ceará; do Sudoeste Maranhense, no Maranhão; Belém, no Pará; Macapá, no Amapá; Manaus, no Amazonas; Capital, Central e Sul do Estado de Roraima; Florianópolis, Chapecó, Vale do Itajaí, Norte e Nordeste Catarinense, Lages, Carbonífera e Tubarão, em Santa Catarina.

Quanto às regiões de Foz do Rio Itajaí, em Santa Catarina, Grande São Luís, no Maranhão, e São Pau-lo, Capital, todos os seus Municípios já são conside-rados uma mesma área local. As Regiões Integradas de Desenvolvimento, as RIDEs, são o Distrito Federal e o seu Entorno – engloba porções dos Estados de Goiás e Minas Gerais –, o Polo Petrolina e Juazeiro, nos Estados de Pernambuco e Bahia, e a Grande Te-resina, nos Estados do Piauí e Maranhão.

Muito obrigado.O SR. PASTOR MARCO FELICIANO (PSC-SP.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje faço uso desta tribuna para ressaltar os programas sociais do Governo Federal.

Pertenço à bancada do PSC, partido que integra a base de apoio ao Governo. Por isso, quando cons-tatamos o que se tem feito na área social, devemos registrar os pontos que achamos de grande impacto no que se refere às melhorias de vida da grande parce-la da população brasileira. O mais recente programa, lançado neste mês, pela Presidente Dilma Rousseff, Brasil Sem Misérias, oferece perspectivas de que saiam de condição de miserabilidade milhões de pessoas.

Nós, Parlamentares cristãos, ficamos duplamente felizes, pois ao mesmo tempo em que tais programas se preocupam com a melhoria de vida para o povo, não faz uso de políticas públicas alienígenas que não coadunam com nossa tradição democrática e cristã – princípio esse em que, para resolver problemas de uns, não necessariamente precisemos sacrificar outros.

Parabenizo o Governo de nossa Presidente pe-los diversos programas sociais. Por exemplo: o Bolsa Família proporcionou condição básica de sustento, tão necessário a um convívio harmônico; o Rede Cegonha se preocupa com as condições Pré e Pós-Natal, onde pessoas estão sendo assistidas com medidas sérias e bem aplicadas, no qual incluo a Saúde da Família. Na

área educacional, cito o Mais Educação. Para finalizar, não posso esquecer o Brasil Sorridente.

Tantos programas sociais nos fazem afirmar que, mesmo sendo ainda pouco para a imensidão dos pro-blemas e a grandeza de nossa população, esse já é um grande passo em direção de equacionar o problema de exclusão social para milhões de irmãos brasileiros.

Muito obrigado.A SRA. NILDA GONDIM (PMDB-PB. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna para dizer que hoje desembarcará em Campina Grande o Exmo. Sr. Vice--Presidente da República, Michel Temer, o qual será recepcionado pelo Prefeito Municipal Veneziano Vital do Rêgo e seguirá para o centro administrativo local para entrevista coletiva.

A visita do Vice-Presidente a Campina Grande coincidirá também com os festejos juninos daquela cidade, que é conhecida mundialmente por sua gran-diosa e popular festa junina, que atrai anualmente milhares de turistas de todas as partes do País, bem como turistas estrangeiros, para aquele que é conhe-cido como o Maior São João do Mundo.

O convite para conhecer o Maior São João do Mundo foi feito pelo Senador Vital do Rêgo, do PMDB da Paraíba, e prontamente foi aceito por Michel Temer.

O São João de Campina Grande, conhecido in-ternacionalmente como o Maior São João do Mundo, passou a ser considerado Patrimônio Cultural e Ima-terial do Estado da Paraíba.

Finalmente, gostaria de parabenizar o Prefeito Veneziano Vital do Rêgo pela excelente organização do evento. A festa, com duração de 30 dias, gera em-pregos direitos e indiretos e reúne, com muita música, vários cantores e famosas bandas.

Muito obrigada.O SR. CARLAILE PEDROSA (PSDB-MG. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que o tema educação é fundamen-tal em qualquer projeto que vise à construção de um país mais desenvolvido e também mais justo ninguém questiona.

Paulo Freire, célebre educador brasileiro, afirmou: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

De igual modo, não há como falar do setor edu-cação, planejá-lo e implementá-lo, sem ter em mente a relevância de uma figura que vem sendo paulati-namente desprezada em sua essência e dignidade. Como muitos já devem imaginar, estou me referindo à figura do professor.

A educação brasileira precisa de mais recursos financeiros sim, não há dúvida. Todavia, vamos aliar

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a esse fator a necessidade de valorização dos recur-sos humanos envolvidos, em especial do professor.

O papel desempenhado pelos professores está seriamente comprometido em face dos baixíssimos sa-lários que lhes são oferecidos: profissional mal pago, produtividade em baixa. Trabalho sem nível de exce-lência e declínio na qualidade do serviço prestado.

A vocação do professor deve ser fortalecida e respeitada profissional estimulando um educador com-prometido e bem preparado, que, por isso mesmo, me-rece um tratamento digno por parte de todos aqueles que se beneficiarão dos conhecimentos e informações transmitidos pelos mestres. Afinal, a promoção da dig-nidade e da cidadania passa necessariamente pela promoção e valorização da educação pública.

Sras. e Srs. Deputados, o saber é instrumento suficiente para abrir caminhos, favorecendo o desen-volvimento econômico e cultural dos povos. Portanto, sua transmissão, pelo meio escolar, não pode ser pa-ralisada por políticas públicas ineficazes, que parecem não colocar a educação como objetivo prioritário. É necessário, sem demora, que as autoridades públicas se tornem sensíveis a estratégias de revitalização do ensino público e gratuito, pois não é sensato restringir o direito ao conhecimento.

Nesta oportunidade, presto minha homenagem póstuma e registro voto de pesar à família do nosso amigo que se foi de repente, o ex-Ministro da Educação no Governo Fernando Henrique Cardoso, ex-Deputado e um dos fundadores do PSDB, Paulo Renato Souza, falecido no sábado passado no interior de São Paulo.

À frente do Ministério da Educação, Paulo Renato revolucionou a educação brasileira e ganhou reconhe-cimento pela criação do Exame Nacional de Ensino Mé-dio/ENEM e do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF e ainda pela reformulação do sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, as dimensões continentais do Brasil exigem de nossas autoridades uma firme postura de defesa da construção da identi-dade nacional calcada na justiça social e nos princípios democráticos. Como assegurar a implementação desse ideal sem o resgate do inestimável valor da educação e de seus profissionais?

Neste sentido, chamo a atenção de todos para o Projeto de Lei nº 8.035, de 2010, do Poder Executi-vo, “que aprova o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020”, em debate nesta Casa, em Co-missão Especial constituída para proferir seu parecer.

O Plano tem importantes propostas relacionadas à valorização do magistério, como a garantia de que os professores da educação básica passem a deter formação específica de nível superior por meio de cur-

so de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, além da diplomação de 50% do professores da educação básica em nível de pós-graduação sem prejuízo, é claro, da formação continuada.

Quanto à remuneração, o Plano Nacional de Edu-cação buscará a valorização do professor da educação básica, a par da garantia da edição de planos de car-reira para todos os profissionais no prazo de 2 anos.

Sras. e Srs. Deputados, a Constituição Federal, no art. 205, prevê a educação como um direito social, dever do Estado e também da família, que visa “ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exer-cício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Sabemos que soluções miraculosas e instantâ-neas não existem. É tempo, portanto, de reunirmos todos os esforços, em todas as frentes, em defesa do ensino público de qualidade para todo o Brasil, princi-palmente em defesa do professor, um de seus maio-res protagonistas.

Muito obrigado.A SRA. TERESA SURITA (PMDB-RR. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a realidade brasileira, sob os mais diver-sos aspectos, mudou profundamente ao longo dos úl-timos 20 anos, não só no setor econômico. Também na área educacional o País passou por uma vigorosa transformação.

Tanto é verdade que cumprimos a meta MPC (Mundo para Crianças), ao registrar, em 2009, 91,1% de frequência de crianças no ensino fundamental.

Apesar desse avanço, cerca de 2 milhões de crianças do ensino fundamental, de acordo com o IBGE, não sabem ler ou escrever.

Sou Vice-Presidente da Comissão Especial en-carregada de apreciar o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020. Essa é uma tarefa que me honra, mas que, ao mesmo tempo, me preocupa. Afinal, a educação, no Brasil, necessita tornar-se prio-ridade absoluta.

É uma prioridade não só do Governo, mas tam-bém do Estado brasileiro, porque somente por inter-médio de uma oferta educacional de mais qualidade o País alcançará o pleno desenvolvimento, assegurando a todos justiça social e acesso aos bens maiores da cidadania.

Consciente dessa tarefa, tomei a iniciativa de apresentar à Câmara dos Deputados projeto de lei que acrescenta parágrafo ao art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre mais aperfeiçoados critérios e procedimentos de avaliação do rendimento escolar na educação básica.

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A melhoria da qualidade da educação depende de fatores inúmeros, mas, também, da existência de mecanismos que assegurem uma avaliação precisa do ensino, apta a melhor nortear escolas, professo-res, alunos e pais.

Entendo que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB necessita ser aperfeiçoa-do, para, com maior precisão, sanar as deficiências de aprendizagem que, no processo de avaliação, são detectadas.

Não tenho a menor dúvida de que esse projeto de lei que submeto a esta Casa contribuirá para a me-lhoria da qualidade do ensino brasileiro.

Por isso, tenho consciência de que contará com a boa vontade de meus pares para tornar-se uma realidade.

Muito obrigada.A SRA. ALINE CORRÊA (PP-SP. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, ao ocupar esta tribuna neste instante, peço a atenção de todos para o assunto que vou abordar. Como integrante da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, que desenvolve um trabalho digno de elogios em todo o território nacio-nal, quero compartilhar com esta Casa os primeiros resultados efetivos da ação desenvolvida no que diz respeito a projetos e ações práticas de combate ao crack e a outras drogas, lícitas ou ilícitas.

A Comissão Especial tem como meta realizar seminários nos 26 Estados e no Distrito Federal. Esta será a primeira fase dos trabalhos, inclusive com a re-alização de um seminário internacional sobre o tema. A previsão é de que os trabalhos devam estar con-cluídos até o mês de novembro, com a apresentação final. Porém, em razão da urgência dos problemas verificados, sinto-me na obrigação de apresentar este pronunciamento.

Cálculos de entidades que atuam nessa área apontam que 1% da população – cerca de 2 milhões de pessoas – tem dependência do crack ou de outras drogas. Para se ter uma ideia da dimensão desse pro-blema, basta compará-lo com o edital que abre pífias 2.500 vagas no sistema hospitalar para o tratamento de dependentes.

O problema, no entanto, Sr. Presidente, meus nobres Deputados, não está relacionado somente ao crack. Nos últimos anos, segundo relatório divulgado na semana passada pela UNODC, a agência da ONU para álcool e drogas, cresceu o número de cargas de cocaína apreendidas na Europa após passarem pelo Brasil. O nosso País, hoje, é o terceiro na rota para o continente europeu, posição que em anos anteriores já foi do México, do Panamá e da República Dominicana.

Mas, de todas as drogas, o crack é uma das mais devastadoras. Sobre o assunto, a revista Veja publicou reportagem com depoimentos de pessoas que tentam deixar o vício para se reintegrarem à sociedade. A droga, que antes era associada a marginais e meno-res de rua, agora chega à classe média. Tenho aqui, Sr. Presidente, meus nobres pares, em minhas mãos dados estarrecedores do Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas, órgão ligado à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), da Pre-sidência da República.

Após minucioso levantamento em todas as regi-ões brasileiras, e com recortes por grupos específicos, esse elogiável trabalho da SENAD nos revela que o adolescente brasileiro experimenta a primeira droga ilí-cita entre os 12 e os 13 anos de idade. Sr. Presidente, meus nobres colegas, para enfatizar, vou repetir este dado extremamente alarmante: a idade média de um jovem que tem o seu primeiro contato com uma droga ilícita no Brasil é de 12 a 13 anos.

Os dados do Observatório nos trazem outra re-alidade inquietante: 55% dos jovens brasileiros, com idade entre 12 e 17 anos, fazem uso constante do álcool em suas vidas. Segundo informações dadas à revista Veja, o crack é responsável por 80% das internações em clínicas de dependentes de drogas. O custo para isso chega varia entre 8 mil e 9 mil reais por 6 meses de tratamento.

Em relação ao álcool, a chamada “droga lícita”, que patrocina os jogos de futebol da Seleção Brasileira e está nos canais de televisão a qualquer hora do dia ou da noite, as estatísticas também são alarmantes. De acordo com informações obtidas, os jovens brasi-leiros estão entrando no vício do álcool cada vez mais cedo. Nas décadas de 80 e 90, era comum começa-rem a provar qualquer tipo de bebida alcoólica entre 14 a 15 anos. Hoje, a juventude começa a beber aos 12, quando seus organismos ainda estão em fase de formação, tornando-os vulneráveis à utilização de ou-tros tipos de drogas.

São números desalentadores quando pensamos no futuro de uma nação, onde os índices relacionados ao uso e ao tráfico de drogas aumentam e desafiam as políticas de desenvolvimento.

Pensar no problema do uso de drogas de forma isolada, no qual o indivíduo é responsável pelos seus atos e suas opções de vida, é estender e multiplicar outros índices que hoje são focos de combate: violên-cia doméstica, homicídios, acidentes de trânsito, alta taxa de mortalidade no caso de doenças cardiorres-piratórias, entre outros.

Combater o uso de drogas (lícitas ou ilícitas) é combater não a pobreza em si, mas as “relações de

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pobreza” de nossa sociedade. Portanto, Sr. Presidente, meus nobres colegas Deputados, entender o proble-ma do consumo de drogas a partir da manifestação de políticas públicas é a verdadeira responsabilidade social que tanto se propaga.

Devemos cada vez mais, como agentes políticos, buscar, dentro de um contexto sociocultural, o diag-nóstico de uma realidade que deve ser combatida com estratégias regionais, implantando-se políticas que mi-nimizem o consumo e a abordagem que se faz do uso de álcool e das drogas em nosso País.

Enfim, que a responsabilidade social – compre-endida em um conjunto de ações de prevenção, capa-citação, tratamento e reinserção social para usuários e dependentes de drogas – seja o nosso desafio em comunhão para construção de um País sem miséria, mais igualitário e livre de drogas.

Obrigada a todos.O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – Passa-se ao

V – GRANDE EXPEDIENTE

O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – Concedo a palavra, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco Parlamentar PSB/PTB/PCdoB, ao Deputado José Stédile.

Em seguida, terá a palavra a Deputada Luci Choinacki.

O SR. JOSÉ STÉDILE (Bloco/PSB-RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, prome-to ser breve, até para respeitar o tempo da Deputada Luci. Feliz o Estado que tem uma Parlamentar com seu perfil, Deputada Luci. O Estado de Santa Catarina deve se orgulhar do seu trabalho.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Par-tido Socialista Brasileiro tem seis Governadores, 34 Deputados, quatro Governadores e faz parte da base governista. Talvez não tenha partido mais fiel ao Go-verno do que o Partido Socialista Brasileiro, como as votações têm demonstrado nesta Casa.

Mas, quando nós apoiamos o Governo Dilma, a Presidenta Dilma, nós apoiamos com o projeto de que o BNDES seria um banco para incentivar a economia, um banco propulsor do investimento da pequena, da média e da grande empresa nacional, para gerar em-prego e incentivar a produção. Para nós, é uma grande surpresa o que estamos ouvindo hoje e ouvimos ontem a respeito do investimento que o Banco estará dando para essa fusão do Carrefour com o Brasil. Para nós, é uma surpresa muito negativa.

Eu quero apenas citar alguns pronunciamentos, em primeiro lugar, do ex-Presidente do BNDES, que foi um belo Presidente, que diz o seguinte: “De banco

nacional de fomento, o BNDES está se transformando no ‘banco das multinacionais’”.

Ele diz também, Sr. Presidente, o seguinte:

“O apoio financeiro do banco a projetos no exterior deveria ser avaliado com muita par-cimônia e em casos excepcionais, não como estratégia, como vem ocorrendo ultimamente – (...) ao defender a tese de que a prioridade do banco deveria ser criar empregos (...), o que ele duvida que ocorra nesta operação de apoio financeiro do BNDES à fusão Pão de Açúcar-Carrefour. (...)

O Brasil sempre foi um grande exporta-dor, não precisa ser sócio minoritário de um supermercado na França para garantir mer-cado lá fora.”

Sr. Presidente, também o Prof. Antônio Corrêa de Lacerda, da PUC de São Paulo, comenta que só se justificaria essa operação se houvesse ampliação da atividade econômica e dos empregos no País ou facilitação de acesso de produtos brasileiros a mer-cados de países exportadores, que não é o caso. Ele acredita que “a internacionalização, em si, não é jus-tificativa para o apoio do BNDES” e lembra que em-presas inovadoras, como a Metal Leve e a COFAP, que não foram apoiadas, acabaram compradas, e o Brasil perdeu esse ativo, numa proposta exatamente inversa à que está sendo feita hoje.

Por isso, Sr. Presidente, Srs. Deputados, queri-da Deputada Luci, nós do Partido Socialista Brasilei-ro, por intermédio da Comissão de Finanças, estamos convocando o Presidente do BNDES para explicar a estratégia do Banco. O requerimento é assinado por mim e pelos Deputados Audifax e Jean Wyllys.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, abordo agora outro tema. A Região Metropolitana de Porto Ale-gre, em especial a do Vale do Gravataí, da qual faço parte – fui Prefeito da cidade de Cachoeirinha –, tem mais de 1 milhão de habitantes e é a região mais de-fasada em número de leitos hospitalares. Essa é uma das cidades que depende muito da Capital do Estado.

Mas ontem tivemos uma grata surpresa numa reunião com o Ministro Padilha, que autorizou a cons-trução de um hospital-referência para a região. Foi para nós uma surpresa muito positiva.

Aproveito a oportunidade para parabenizar o Mi-nistério, em especial o Ministro Padilha, pela atenção, pela dedicação, pelo acompanhamento necessário a esse projeto que vai diminuir o sofrimento da nossa população.

Essa audiência foi muito concorrida. Contou com a presença do Vice-Prefeito de Cachoeirinha, Gilson Nunes; da Prefeita de Gravataí, Rita Sanco; do Pre-

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feito de Alvorada, João Carlos Brum; do Prefeito de Taquara, Délcio Hugentobler; representantes de Glo-rinha, Viamão, vários Secretários da Saúde, Verea-dores João Tardeti, Rosane Lipert, Reni Tolentino, de Cachoeirinha; Carlito Nicolait, de Gravataí; Neto Girelli, Professor Serginho, Professor Borba, Professora Nadir e Vereador Gerson, de Alvorada.

Repito, foi uma grande alegria ter essa boa no-tícia para a nossa cidade.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, para concluir, informo que protocolei ontem nesta Casa um projeto que proíbe que os clubes de futebol brasileiros de todos os Estados – aliás, há mais de 100 mil jovens participando de escolinhas de futebol no País – acei-tem crianças e jovens com menos de 18 anos se não estiverem matriculadas no ensino regular. Esse pro-jeto, que já existe no Rio Grande do Sul e está dando certo, é fruto do trabalho do companheiro Catarina, que também é do PSB.

Penso que deve ser ampliado para todo o Brasil, pois muitos jovens sonham em se tornar um grande atleta. Existem hoje 100 mil jovens nessas escolinhas. Sabemos que apenas alguns se tornam profissionais e poucos passam a viver apenas do esporte.

Por isso, nossa orientação, por meio desse pro-jeto, é que seja proibida a participação de jovens nas escolinhas de futebol de todo o Brasil se não estiverem matriculados em escola regular de educação.

Sr. Presidente, cumpri a promessa de não utili-zar todo o meu tempo disponível, em homenagem à nossa Deputada Luci.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – Concedo a

palavra à primeira oradora de hoje do Grande Expe-diente, a ilustre Deputada Luci Choinacki, do PT de Santa Catarina. S.Exa. disporá de 25 minutos.

A SRA. LUCI CHOINACKI (PT-SC. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu lhe agradeço.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quero dizer que muito me honra estar nesta tribuna, principalmente por ter muita coisa boa para falar, como poder olhar e ver o Brasil com esperança, olhar o País e ver o povo brasileiro mais feliz, porque recuperou sua autoestima.

Isso não é por acaso. Nós do Governo Lula, quan-do começamos a governar, assumimos um Brasil sem esperança, onde o povo brasileiro estava de cabeça baixa e não sabia o que ia ser o dia seguinte.

Graças a uma política grandiosa de um projeto nacional, o Presidente Lula fez uma aliança para mu-dar o rumo deste País. Diziam que o Brasil não tinha jeito, que ia continuar subdesenvolvido – era o nosso destino –, que o destino dos pobres era continuar po-

bre, porque assim as teorias de direita foram escritas e assim era para continuar.

Com o nosso Governo, todas as teorias estão caindo, uma por uma, estão sendo derrubadas. Está se construindo um outro projeto, com teorias progres-sistas, democráticas, de esquerda, mostrando que é possível este progresso.

O povo estava sem esperança porque estava de-sempregado. Em 2003, o índice de desemprego era de 10,9%. Trabalhadoras e trabalhadores desempre-gados estavam sem esperança de ter emprego. Com o nosso Governo, essa taxa de desemprego ficou, em 2010, em 5,9%, 5%. É praticamente a taxa de um país onde há quase pleno emprego.

Talvez mais gente não esteja empregada porque o Governo passado excluiu milhões de pessoas do direito de estudar. Nós não tivemos escolas técnicas, não houve preparação para muitas e muitas pessoas, que poderiam estar empregadas, mas, por falta de co-nhecimento, de preparo técnico, não foram chamadas e capacitadas para várias formas de trabalho.

Somos um país praticamente de plena geração de emprego. Em 2010, no fim do Governo Lula, quase início do Governo Dilma, criamos 15.048.311 vagas de emprego com carteira assinada. O Presidente Lula disse que ia criar 10 milhões. Foi além. Continuamos criando emprego, indo além, preparando os traba-lhadores para um país com esperança e mais renda.

Assumimos quando o salário mínimo era uma vergonha no Brasil, em torno de 200 reais. No Governo Lula, e com continuidade no Governo Dilma, aumenta-mos o salário mínimo em 155%. Foi o maior aumento da história. Além da reposição da inflação, foram re-postas as perdas que foram causadas por Governos passados, superando a tese de que não podia haver desenvolvimento no País com distribuição de renda, inclusão social.

Essas questões ligadas a salário mínimo, geração de emprego, educação, inclusão social mostraram que pode sim – fizemos e vamos continuar fazendo isso com a Presidenta Dilma – haver desenvolvimento no País, com investimentos em infraestrutura, geração de emprego, inclusão social e distribuição de renda. Essa é a nova tese que estamos construindo, não com discurso, porque agora somos Governo para construir um Brasil diferente.

A educação era uma vergonha. Nossos jovens, para passarem em uma faculdade, tinham dificuldades. Se o curso fosse em universidade particular, não tinham como fazer o pagamento. O Governo deixou parado o Brasil ao não criar universidades, escolas técnicas, deixou o País no abandono. O nosso Governo fez o contrário. Além de criar escolas técnicas, universida-

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des, criou o PROUNI, que possibilitou o acesso de 700 mil jovens pobres ao estudo. Imaginem o que significa para esses jovens começar a ter esperança e poder estudar. E continuam esses programas sociais, para que os nossos estudantes possam estudar e para que cada vez mais sejam ampliadas as nossas escolas técnicas, melhorando a educação. Isso foi algo extra-ordinário que o nosso Governo fez.

E o tanto que reduzimos a pobreza no Brasil?O SR. ZÉ GERALDO – V.Exa. me concede um

aparte, Sra. Deputada?A SRA. LUCI CHOINACKI – Logo lhe darei o

aparte.Nós reduzimos a pobreza no Brasil. Nós começa-

mos o Governo com taxa de 40% em relação a pobres e excluídos – quase metade da população na pobreza. Nós, em 2006, diminuímos essa taxa para 9,1%. Hoje, nós estamos numa situação de cada vez mais inclusão. Para os 16% da população que não está incluída, a nossa Presidente criou um programa especial, de for-ma proativa. Aquelas pessoas que não foram incluídas, se nós não formos buscá-las, jamais vão vir. Algumas não têm nome, não têm endereço, não sabem que têm direitos. O Governo criou uma política, cujas medidas vamos aprovar nesta Casa, para, em convênio com as Prefeituras, construir um Brasil onde nenhum ser humano fique sem nome, sem endereço. Assim, nós acabamos com as estatísticas da miséria no Brasil.

Esse é um grande avanço, que começou com o Bolsa Família. Diziam que era muito dar dinheiro para os pobres; diziam que dar aos pobres o direito de se alimentar e botar os filhos nas escolas era gasto, e nós dizíamos que era investimento social, era a preparação do Brasil para um futuro de esperança, de paz. E isso o nosso Governo fez e vai continuar fazendo.

Aliás, nós já tivemos alguns exemplos. No dia em que a Presidente Dilma lançou o programa, havia uma mulher que veio lá de São Paulo, foi trazida para falar sobre os programas sociais. A coisa mais bonita que aconteceu naquela Casa foi quando ela disse isto:

“Eu não sabia ler e escrever, tinha medo de fa-lar. Através do Bolsa Família eu pude, depois, estu-dar, preparar, ter uma cooperativa, costurar, ganhar o meu dinheiro e ter coragem de vir falar de presidenta para Presidenta.”

A mudança que está acontecendo no Brasil é algo extraordinário. O que estamos fazendo no País, Deputado, não é qualquer coisa.

Ouço o aparte de V.Exa.O SR. ZÉ GERALDO – Deputada, procurarei ser

breve. Parabenizo V.Exa. por fazer esse pronunciamento enaltecendo os ganhos do Brasil com o nosso Governo. Quero dizer a V.Exa. que lá no Pará, Estado onde atuo

e moro, são visíveis as mudanças em algumas áreas, como, por exemplo, a de infraestrutura. As nossas rodovias federais estavam totalmente abandonadas, tanto as de chão, que não eram asfaltadas, quanto as asfaltadas. Hoje todas as rodovias estão com contra-tos de conservação, restauração ou construção. Na área de educação, foram seis escolas técnicas, uma escola agrotécnica, uma universidade federal. E tenho notícia de que no próximo ano, das novas universi-dades criadas no Brasil, mais uma será no Pará, no sul e sudeste, sediada em Marabá. V.Exa., portanto, está de parabéns. Este País nunca viveu uma fase de desenvolvimento e distribuição de renda como a que está vivendo agora. Parabéns a V.Exa.

A SRA. LUCI CHOINACKI – Muito obrigada, Deputado.

E digo mais, avançamos nas relações interna-cionais. O Brasil era pedinte do Fundo Monetário In-ternacional – FMI, o que envergonhava a todos nós. Quem não se lembra? Quando vinha alguém do FMI, com aquela mala preta, dizíamos: “Onde vai haver corte? Na educação? Na saúde? Que direito do povo brasileiro vão retirar? A que pedido o Governo, de jo-elhos, vai obedecer?” Hoje, não! O País é soberano, priorizou as relações internacionais, tem uma relação de independência com o FMI, ajudou a financiar outros países pobres, priorizou as relações com o MERCO-SUL, o Mercado Comum do Sul, da América do Sul, criando estruturas de apoio, como a União de Nações Sul-Americanas – UNASUL. Com a África e com a Ásia, criou espaços importantes, extraordinários de relacionamento.

Tanto é assim que, pela primeira vez na história do Brasil, para a Organização das Nações Unidas – ONU, na área de segurança alimentar, foi indicada uma pes-soa merecedora disso pelo que o nosso Governo fez. José Graziano está lá representando o nosso Governo.

Eu, como filiada do mesmo partido que ele, estou muito feliz. Estou solidária ao saber da importância des-sa indicação. Não foi uma indicação qualquer. Quando o Presidente Lula viajava pelo mundo, e alguns diziam que estava viajando por viajar, levava uma mensagem de paz, abria comércios internacionais, relações cultu-rais, elevava o Brasil a um outro patamar.

Tanto é assim que, além de ter uma participação na ONU, o Brasil vai sediar a Copa do Mundo. Nunca se esperava que isso ocorresse. Vamos sediar tam-bém as Olimpíadas, coisa que nunca esperávamos. O Brasil, que não existia, que era visto como país subdesenvolvido, é hoje um exemplo para o mundo. E é sempre esperada, em todas as negociações, em todos os lugares, sua posição sobre os temas que vão ser tratados.

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Graças a um projeto solidário com os irmãos latino-americanos, com os irmãos africanos e com os irmãos haitianos, o Governo está enviando uma dele-gação de 1.200 soldados para o Haiti, que vive sob as maiores dificuldades. Temos sido solidários e levado esperança àquele povo.

Para nós é muito importante o que estamos vi-vendo. Graças a Deus, estamos dando continuidade a isso. Elegemos agora para Presidente da República uma grande mulher, que dará continuidade aos pro-gramas do ex-Presidente Lula. Terminamos a meta do Minha Casa, Minha Vida de fazer 1 milhão de ca-sas. Agora vamos para outra, a de fazer 2 milhões de casas. Isso significa que o Governo continua com as políticas públicas, sociais e humanas de que o Brasil precisava. Elas estão sendo implementadas, e isso nos deixa muito felizes.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, voltei a esta Casa depois de 4 anos. Voltei como Deputada Fe-deral, e digo isso com muita alegria. Sou muito grata a meu partido por ter sido a primeira Deputada Federal mulher da roça, que todo mundo dizia que não ia dar conta. Superei todos os preconceitos.

Olhando a Presidenta da República, Dilma Rous-seff, a Vice-Presidenta desta Casa, Deputada Rose de Freitas, que muitas vezes enfrenta tantas dificuldades, a Vice-Presidenta do Senado, Senadora Marta Suplicy, vejo o quanto é importante nossa presença, com novas formas de olhar o mundo, na construção da democra-cia, não só na teoria, mas também na prática.

Que o poder possa ser democratizado, dividido entre homens e mulheres, entre brancos e negros. Que se acabem os preconceitos de raça, de religião, de opção sexual, seja qual for. Quem abre a mente e o coração e olha todas as pessoas como seres hu-manos muda seus conceitos formados, se abre para o novo momento que estamos vivendo.

É com esse ponto de vista que volto para a Câma-ra dos Deputados. Volto para a Câmara com a vitória, porque foi mais rápido do que eu esperava. Na época, a Senadora Gleisi Hoffmann, hoje Ministra da Casa Civil, eu e outras lideranças assinamos uma emenda garantindo que o micro e o pequeno empreendedor – o pipoqueiro, a manicure, a pedicure, todos aqueles que exerciam trabalhos e não tinham CNPJ, e não tinham aposentadoria, salário-maternidade, segurança, enfim, não tinham a formalização do seu trabalho – tivessem direitos. Esses direitos foram criados no Governo Lula.

Era de 11% a contribuição sobre o salário mínimo, o que dava em torno de 60 reais por mês. Nós fizemos uma emenda passando para 5% essa contribuição, e hoje as pessoas que fazem esses trabalhos – 45% são mulheres – estão se formalizando cada vez mais

e pagando menos de 28 reais por mês para ter segu-ridade social e produzir riqueza para o País. Acredito que é algo extraordinário. Tem valido a pena estar aqui.

Não sei se há inspiração divina para algumas coisas. Eu já vinha trabalhando, desde 2003, para que as donas de casa de baixa renda tivessem direito a aposentadoria. O único direito novo que discutimos durante os debates da reforma da Previdência foi a inclusão da valorização do trabalho doméstico das donas de casa de baixa renda.

Trabalhamos para regulamentar isso no mandato passado, mas não conseguimos. Combinamos que eu iria trabalhar isso na Câmara e a Senadora Gleisi, no Senado. Como lá as disputas não eram tão grandes, a matéria foi votada rapidamente. Ela está voltando novamente para a Câmara. A Senadora nem espe-rava que viria a ser Ministra, nem que a matéria seria votada tão rapidamente.

Eu já conversei com o Presidente da Comissão para assumir a relatoria da matéria, que criei com tan-tas mulheres do Brasil, com muita esperança de que todas as pessoas um dia possam ter todos os direitos, de que o trabalho doméstico seja valorizado como tra-balho, principalmente porque quem faz esse trabalho são mulheres que não puderam estudar, que tiveram de criar um monte de filhos, que cresceram na pobreza, que não tiveram condições de conseguir um empre-go com carteira assinada e que, por isso, trabalham sem reconhecimento. Nós queremos que todas as brasileiras e todos os brasileiros tenham seu trabalho reconhecido, e também as donas de casa. Eu espero que possamos fazer essa obra maravilhosa, concluir a votação dessa matéria na Câmara, para que esse direito seja regulamentado e reconhecido.

Também, Sr. Presidente, pedi ao Líder do Go-verno, o Deputado Cândido Vaccarezza, para assu-mir a negociação do Código Florestal. Ingressei na Comissão levando uma mensagem importante, a de que tínhamos que discutir o Código olhando para o Brasil: a questão da produção, do agronegócio, dos pequenos agricultores, dos assentamentos, dos qui-lombolas, dos indígenas e da preservação ambiental. Tínhamos que olhar para o desenvolvimento do País, não fazer de conta que não estávamos vendo o que estava acontecendo.

Levei essa importante discussão para a Comis-são, ajudei a fazer o debate e combinei com o Líder João Paulo e com o Líder do Governo que separarí-amos aqueles que, como se diz, acham que o crime compensa, isto é, os destruidores do meio ambiente, para que tivessem um tratamento diferenciado, inclu-sive contra a Emenda nº 164, que dava outro tanto

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para desmatamento aos que acreditam que o crime compensa, como dissemos.

Trabalhei para que, no Senado, se continue dan-do aos pequenos agricultores tratamento diferente do dado aos grandes: que possam recompor, com o tempo, onde precisarem recompor, que sejam pagos pelos serviços ambientais, que sejam reconhecidos por preservar as nascentes, que não preservam para si, mas para o País, porque todos nós somos depen-dentes delas.

Voltei também, Sr. Presidente, para defender a reforma agrária e os assentamentos e para defender que o Governo trate como seres humanos, respeitan-do as diferenças, as pessoas que têm deficiências físicas ou mentais.

Deixou-me muito feliz que, quando Presidente, Lula tenha feito a I Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Ele esteve presente e mostrou que o Brasil está construindo outros valores políticos, sociais, humanos, econômicos e culturais e recuperando a dignidade de nossa gente, das famílias que têm filhos com deficiência, física ou mental, e que, muitas vezes, por vergonha, não cobram do Estado políticas sociais.

Nesse sentido, quero dialogar com o Ministro da Saúde, pedir tratamento dentário pelo SUS, gratuito, para as pessoas com deficiência que precisam de anestesia geral, porque muitas delas estão em con-dições difíceis e não podem fazer esse tipo de trata-mento. Digo isso porque tenho um filho e sei o quanto pode custar um tratamento – e também quanto pode custar não tratar –, porque o serviço público de saú-de ainda não nos garante isso, e nós precisamos dar conta do recado.

Vim para esta Casa também para defender os direitos da juventude. O Brasil deu muitas oportunida-des para sua juventude, mas é preciso que ela cada vez mais crie seu espaço, que tenha a coragem e a ousadia de defender e de participar. Faço parte da Frente Parlamentar que enfrentará esse desafio, de-safio que assumi com a juventude do meu Estado de Santa Catarina, mas que considero assumido com a juventude de todo o País.

Assumi igualmente o desafio de discutir a ques-tão das catástrofes naturais. Faço parte da Comissão Especial que debate o que falta ao Brasil depois de tantos anos sem cuidado nem planejamento nas cida-des, onde muitas pessoas moram em encostas, em lugares perigosos, porque não foram acolhidas. Como vimos acontecer em várias regiões, quando acontece uma tragédia, ela acontece com os pobres. Então, discutimos como vamos diminuir os riscos e conter essas tragédias. Temos falado com a maior parte da

população pobre que precisa ser removida e cuidada e estudado como preparar o Brasil para um momento em que não se possam conter os ventos, as chuvas, os terremotos, o que for. Nós precisamos nos prevenir e preparar o Brasil, para que menos vidas se percam.

Ainda, Sr. Presidente, vim para esta Câmara tra-balhar pela união de nossa bancada e pela defesa de nosso Governo. Estou aqui com disposição e coragem para estabelecer novas perspectivas e novos projetos.

Temos que avançar nesse sentido, a partir da Comissão Permanente de Turismo e Desporto, de que faço parte, olhar não só o turismo de negócio, mas também o turismo que pode distribuir renda, pode in-cluir, pode valorizar as pessoas que moram ali, sem destruir ou deixar de incluir lá no interior o conheci-mento, a diferença alimentar, a cultura regional, que precisam ser valorizados.

Agradeço e quero dizer que estou aqui com muita alegria e com muita esperança de dar a minha humilde mas generosa contribuição. Faço um agradecimento a todos os que trabalham comigo. Estou de braços abertos para ajudar o meu partido, para ajudar o País, para ajudar a discutir na base aliada, para ajudar a construir consensos em relação a temas importantes.

É isso o que o Brasil espera. Foi para isso que o povo nos elegeu.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – A Mesa cumpri-

menta a Deputada Luci Choinacki pelo pronunciamento.O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – Concedo a

palavra ao nobre Deputado Heleno Silva, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco Parlamentar PR/PRB/PTdoB/PRTB/PRP/PHS/PTC/PSL. S.Exa. dispõe de 7 minutos.

O SR. HELENO SILVA (Bloco/PRB-SE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente.

Retorno a esta tribuna para falar sobre assunto de que tratei ontem durante as Breves Comunicações.

Preocupa-me muito a execução judicial, pelo Banco do Nordeste e pelo Banco do Brasil, de agricul-tores, agricultores familiares, pecuaristas, citricultores e rizicultores não só do meu Estado de Sergipe, mas de todo o Nordeste.

Incentivado pelo Governo, o homem do campo foi até a uma agência e contraiu um empréstimo para viabilizar sua unidade de produção – isso há mais ou menos 10 anos. Todos sabemos que a política de ju-ros no Brasil, há 8 ou 10 anos, era cruel. O Nordeste é uma região diferenciada, por fatores que o povo brasi-leiro conhece, como os climáticos e as dificuldades na comercialização. E não houve a capacidade de paga-mento por parte desses produtores rurais. O produtor

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rural que pediu emprestados 30 mil reais hoje deve 120 mil ou 150 mil. Há dívidas que passam de 200 mil, e não há a capacidade para o pagamento delas.

Aprovam-se leis e medidas provisórias nesta Casa. Desde o Governo FHC, tem-se procurado resol-ver esse problema por meio de leis, mas, infelizmente, ainda não conseguimos solucioná-lo. Agora, os agentes financeiros – os bancos – estão executando as pro-priedades dos produtores rurais e levando-as a leilão.

Imaginem os senhores a aflição de um trabalha-dor da terra ao saber que a sua propriedade, dada em garantia do empréstimo que contraiu para melhorar sua unidade de produção, vai a leilão. Isso está pro-vocando um grande desespero, um verdadeiros caos em todo o Nordeste brasileiro.

Quero chamar a atenção dos Deputados nordes-tinos. Eu disse ontem ao Deputado Gonzaga Patriota, Coordenador da Bancada do Nordeste, que precisa-mos, na próxima reunião de bancada, nos posicionar a respeito dessa cruel e triste realidade.

No Nordeste brasileiro, principalmente no semi-árido, no meu Estado de Sergipe, até os plantadores de laranja estão recebendo intimação da Justiça, na qual se estipula prazo e se diz que, se a conta não for paga, a propriedade irá a leilão.

Sr. Presidente, povo brasileiro, povo nordestino, não podemos aceitar essa triste realidade. Temos que nos movimentar. O grande desafio da bancada do Nor-deste é provocar o Governo por meio da Casa Civil e do Ministério da Integração Nacional, já que esses recursos advêm do FNE e, principalmente, do Minis-tério da Fazenda.

Precisamos solucionar esse problema. Não é justo que homens trabalhadores, produtores de leite, produtores de laranja, produtores de arroz – no Baixo São Francisco existem muitos rizicultores vivendo essa situação – tenham suas propriedades leiloadas, sejam expulsos delas e isso venha a criar um problema social sem proporção no Nordeste brasileiro.

Aqui, na Câmara dos Deputados, fui o Relator do projeto de lei que criou o microcrédito no Brasil. O crédito tem que ser um instrumento de incentivo à produção. O grande desafio do nosso País e o grande desafio do mundo, nos próximos 20 ou 30 anos, é du-plicar a produção de alimentos. Estudos mostram isso. Agora, temos um ilustre brasileiro na FAO, o agrôno-mo José Graziano, profissional que merece o respeito e o aplauso dos Deputados e do povo brasileiro pelo seu trabalho e pela sua história. O grande desafio do mundo, portanto, é produzir alimentos.

No entanto, no Nordeste, estamos vivendo este contraste: propriedades serão leiloadas e produtores rurais serão expulsos delas, porque as deram como

garantia e hoje não têm capacidade para fazer o pa-gamento dos empréstimos contraídos.

Tenho a esperança de que esta Casa, tenho esperança de que o Governo, tenho a esperança de que a Presidenta Dilma, para quem trabalhei a fim que estivesse onde está, gerindo o Brasil, conseguirão re-solver esse problema.

Quero, em nome do Bloco PR/PRB/PTdoB/PRTB/PRP/PHS/PTC/PSL, desafiar o nosso Líder, o Deputa-do Lincoln Portela, no sentido de que, unidos, lutemos em favor do Nordeste brasileiro.

Não é justo o que está acontecendo. Só em rela-ção ao Município de Nossa Senhora da Glória, tenho em mão uma lista de 90 produtores rurais que recebe-ram as intimações em que a Justiça dá o prazo de 15 ou 30 dias para o pagamento da dívida. Do contrário, as propriedades serão leiloadas. Estou falando ape-nas de Sergipe. Imaginem a situação em Alagoas, na Paraíba, em Pernambuco, no Ceará, no Piauí, no Rio Grande do Norte, entre outros.

Trata-se de um grande desafio. Esta Casa tem de estar centrada para resolver esse problema e dar uma nova oportunidade aos produtores rurais do Nor-deste brasileiro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Átila Lins) – Concedo a

palavra ao nobre Deputado Marllos Sampaio, para uma Comunicação de Liderança, pelo PMDB. S.Exa. dispõe de 9 minutos.

O SR. MARLLOS SAMPAIO (PMDB-PI. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Átila Lins, companheiro de partido, Sras. e Srs. Deputados, ocupo o tempo destinado à Liderança do PMDB, meu partido, para tratar de alguns temas importantes. Vou tentar resumir alguns que considero de relevância.

Hoje pela manhã, atendemos ao convite do Con-selho Nacional dos Direitos do Idoso, por intermédio da sua Presidenta, Dra. Karla, ocasião em que explanamos para os conselheiros de 20 Estados representativos o dossiê que elaboramos para a Delegacia do Idoso sobre os golpes referentes aos empréstimos consig-nados, as nossas expectativas, sugestões e orienta-ções, para que o Conselho do Idoso possa adotá-las e defender essa bandeira.

Contamos com a nossa iniciativa da audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Com-bate ao Crime Organizado e mostramos as nossas observações, o que achamos, as nossas impressões acerca da audiência pública em que tratamos também deste tema.

Sugerimos, o que foi acatado, que, na Conferên-cia Nacional do Idoso a ser realizada em novembro, haja o eixo temático sobre o golpe dos empréstimos

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consignados, com mais abrangência, com mais divul-gação e com mais publicidade, para que possamos criar a Secretaria Nacional do Idoso, tipificar o golpe do empréstimo consignado – já apresentei projeto de lei a esse respeito – e para que possa haver uma cam-panha publicitária, em âmbito nacional, para divulgar esses casos grotescos que acontecem nos mais dis-tantes rincões do Brasil.

Até hoje estamos esperando uma resposta da FEBRABRAN quanto ao apoio – ficou de avaliar a ques-tão e levá-la para a diretoria – à campanha publicitá-ria. Nós não somos contra o empréstimo consignado. Nós queremos melhorá-lo, torná-lo mais ágil, eficaz e seguro, para que os idosos mais humildes não sejam prejudicados, como infelizmente está acontecendo hoje na maioria dos Municípios do Nordeste, principalmente.

Não vamos aceitar que os bancos fiquem cada vez mais ricos, alcançando lucros exorbitantes em cima dos mais indefesos, dos mais humildes, dos mais simples, que são prejudicados, que são os idosos do Brasil.

Portanto, fica registrada essa impressão. Para-béns à Dra. Karla, Presidenta do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, que vai abraçar essa bandeira.

Estava presente a Dra. Sara, Defensora Pública do meu Estado, o Piauí, que também tem cadeira no Conselho Nacional. Todos ficaram assustados e se comprometeram em defender essa causa.

Aqui acabo de apresentar o Projeto de Lei nº 1.743, de 2011, no qual estamos propondo alteração nos crimes de denunciação caluniosa e de comunica-ção falsa de crime, para que possam ser majoradas suas penas: a da denunciação caluniosa passará a ser de 3 a 8 anos e a de comunicação falsa de crime, de 3 a 5 anos.

O que estamos querendo com isso? Tornar ina-fiançáveis esses dois tipos penais. Por quê? Eles de-vem ser mais severamente punidos para que o Estado possa atender àquele que realmente estava necessi-tando. Quando ocorre uma comunicação infundada, prejudica-se e deixa-se de atender a quem realmente está necessitando.

Foi apresentada matéria no Fantástico este ano em que se mostrou como milhares de brasileiros são prejudicados com os trotes. E nada acontece. Chega lá, paga uma fiança, e já morreu. Brasileiros morrem, são prejudicados, assaltos, crimes graves deixam de ser evitados porque a Polícia tem que ocupar o seu tempo para atender uma chamada falsa, fictícia. Ela chega lá, prende a pessoa, que paga uma fiança, e acabou. A impunidade é tremenda.

Acho importante esse projeto de lei, porque tor-nará esse crime inafiançável. A pessoa pensará duas

vezes antes de fazer um trote, porque sabe que a pena será bem mais grave.

Fica o registro referente a esse projeto de lei. Peço que se lhe dê publicidade na Rádio Câmara, na TV Câmara, que são de extrema importância, bem como no programa A Voz do Brasil.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, comunico também que hoje, na cidade de Valença, começam os festivais juninos desse Município, com a grande atração Sirano e Sirino. A festividade se estende até domingo. Amanhã estarei presente lá para prestigiar o evento, em relação ao qual pude contribuir, por meio de emen-da, com 150 mil reais, que já está empenhada. Uma grande festa junina será realizada nesse Município.

No final da semana passada, estive em Barras e no Morro do Chapéu. Na minha cidade, Esperantina – cidade de meu pai, o ex-Deputado Themístocles Sam-paio, que gostava de presidir esta Casa –, as quadri-lhas juninas acabaram. O Prefeito de Esperantina não ofereceu a logística necessária para as duas maiores quadrilhas juninas (Retiro dos Ciganos e Asa Branca), acabando com uma tradição de décadas na cidade e prejudicando em demasia a cultura desse Município.

Faço outras considerações, a meu ver, sui ge-neris no Brasil. Recentemente, o Prefeito de Esperan-tina foi cassado. Há mais de 2 meses a cidade tem Prefeito interino, o Presidente da Câmara. Até hoje não se marcaram novas eleições ou se decidiu se o Prefeito cassado volta ao cargo. Enfim, não se resol-veu a pendência jurídica em Esperantina. É um fato sui generis. Esperantina está acéfala, sem comando, porque não sabe se o Prefeito cassado volta, se o que está agora continua, se vai haver eleição na Câmara ou eleição direta.

Eu nunca vi situação como essa em uma cida-de importante, com mais de 40 mil habitantes. Tive a maior votação da história daquele Município, quase 7 mil votos.

Essa situação está prejudicando o Município e suas ações, porque nada é feito, e se dá esta desculpa: “Como é transição, a gente não pode fazer nada”. É claro que é uma desculpa esfarrapada, porque quem está no comando tem o poder de realizar.

Há mais de 2 meses, está governando a cidade um Prefeito interino.

O SR. JESUS RODRIGUES – Voltou hoje o Chico.O SR. MARLLOS SAMPAIO – Voltou hoje, não é?O Deputado Jesus está dando a informação de

que o Prefeito voltou hoje, não sei se por liminar.Fica o registro de que casos como esse não po-

dem perdurar no nosso sistema eleitoral. Depois vou me certificar da informação do Deputado Jesus, que

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eu não tinha. Por mais de 2 meses, um Prefeito interi-no esteve governando uma cidade. Isso é inaceitável.

Segundo técnicos da Controladoria-Geral da União, várias irregularidades foram constatadas em Esperantina. “Banheiros de palha e merenda escolar preparada em condições inadequadas”. “Secretaria de Educação de Esperantina em estado caótico.” “Prefei-tura de Esperantina efetuou pagamentos indevidos da ordem de 643 mil reais.” É o que diz a Controladoria--Geral da União. Quem está dizendo isso não é o De-putado Marllos, são os técnicos da CGU.

“Controladoria-Geral da União detecta irregulari-dades na Prefeitura de Esperantina”. “CGU constatou irregularidades no Censo Escolar 2009 da Prefeitura de Esperantina” – os números não correspondem aos que se referem a quem realmente está estudando. “Fisca-lização da CGU descobre fraudes contra o FUNDEB em Esperantina.” “CGU constatou que Prefeitura de Esperantina adquiriu gêneros alimentícios com preços acima da média de mercado.” “Cunhado do Prefeito de Esperantina, que foi cassado pelo Tribunal Regio-nal Eleitoral, recebeu recursos públicos em sua conta pessoal em nome da cunhada do Prefeito.” “Buracos tomam conta das ruas de toda a cidade de Esperantina.”

Então, meus amigos, o caos tomou conta de Es-perantina. Por lá já passaram não sei quantos Prefeitos ao longo desses 2 anos.

Eu, como representante mais votado daquela cidade, gostaria que a nossa querida Esperantina ti-vesse um futuro melhor, tivesse dias melhores para os seus mais de 40 mil habitantes.

Então, fica esse registro para mostrar como uma cidade mal administrada prejudica a população como um todo. Prefeito cassado, Prefeito interino, liminar B, C ou D. Ninguém sabe quem vai ser o Prefeito. Hoje pode ser um Prefeito, e amanhã pode ser outro.

Sr. Presidente, peço que este pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação da Casa.

Um abraço do Deputado Marllos Sampaio para toda a Esperantina, todo o Piauí e para Teresina também.

Durante o discurso do Sr. Marllos Sam-paio, o Sr. Átila Lins, § 2° do art. 18 do Regi-mento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Jorginho Mello, § 2° do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Antes de passar a palavra ao nosso querido amigo Deputa-do Luiz Carlos, do PSDB, que dará continuidade ao Grande Expediente, faço um registro. Está no meu gabinete uma comitiva de Santa Catarina capitanea-da por valorosas companheiras do PSDB que vieram

à homenagem ao nosso Presidente Fernando Henri-que Cardoso.

Registro a presença da ex-Prefeita Célia Fer-nandes; da Vereadora Salete Cardoso, de Biguaçu; da Buga, minha querida companheira de trabalho em Santa Catarina; da Laudila Salvador; da Vanessa Mi-guel; da Naline Nicolau; da Maria da Glória; da Neiva Miguel e do nosso ex-Prefeito de Cunha Porã, Euri, o nosso querido Prefeito Banana.

Faço o registro pela beleza do acontecimento que presenciamos a partir das 10 horas, hoje, no Auditório Petrônio Portela. Foi uma grande festa de 80 anos do grande estadista Fernando Henrique Cardoso, a qual teve a participação do Presidente Marco Maia, do Presidente Sarney, enfim, de diversas lideranças do Brasil, que foram cumprimentar o grande Presidente, o grande estadista Fernando Henrique Cardoso.

O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – V.Exa. tem a palavra, Deputado Luiz Carlos.

O SR. LUIZ CARLOS (PSDB-AP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, caros cidadãos que nos acompanham pela TV Câmara, é com imensa alegria e satisfação que ocupo esta tribuna para falar de minha terra, o Amapá, terra que, por disposição diplomática, pertenceu à Espanha, em razão do Tratado de Tordesilhas, e recebeu nome de Adelantado de Nueva Andaluzia, mas, por questão de posse, tornou-se portuguesa, formando a capitania do Cabo do Norte, sendo parte do Grão Pará, o Ama-zonas e o Maranhão, e teve como o seu capitão-mor Bento Maciel Parente, o primeiro mandatário da região.

Com a independência do Brasil, criaram-se as Províncias, e a minha terra era um pequeno rincão na periferia da então Província do Pará. Macapá apenas era lembrada porque lá os portugueses, ainda no sé-culo XVI, construíram um forte, exatamente no braço norte do Amazonas, para barrar a entrada de piratas e flibusteiros.

Todavia, com o advento da revolução industrial na Inglaterra, o mundo se estabilizou. Foram-se os piratas e surgiram os comerciantes. O forte perdeu o sentido, e minha terra tornou-se esquecida pelo Impé-rio. Tão esquecida que tanto Macapá, hoje a Capital, como Amapá, a outra cidade mais importante da região na época, não possuem uma obra sequer construída na época do Império. É uma realidade, meus caros colegas: Macapá talvez seja a única Capital brasileira em que não se diz ao turista: aquela obra é do tempo do Império.

Dizem os antigos que o Imperador Pedro II te-ria mandado erigir, pelos idos de 1845, no Araguary, nosso rio mais importante, às proximidades do igarapé Tracajatuba, uma fortificação para marcar a presença

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brasileira, em face da região contestada com a Fran-ça. Seria a Colônia Pedro II, que foi construída em madeira e depois abandonada, de sorte que no local hoje sequer vestígios há.

Somente em 1943, em meados do século passa-do, é que o meu Amapá passou a fazer parte da Histó-ria realmente. O então Presidente Getúlio Vargas criou os Territórios Federais do Acre, Guaporé, Rio Branco, Amapá, Iguaçu e Ponta Porã. Os dois últimos extin-tos. Guaporé é hoje Rondônia. Rio Branco é o Estado de Roraima. O Acre foi o primeiro a tornar-se Estado em 1962 e, por fim, em 1988, o Território do Amapá, o meu querido Estado.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, fiz esta breve síntese para mostrar a esta Casa e ao Brasil o quan-to minha terra foi esquecida. Assim digo por que, em 1889, um bravo paraense, Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho, repeliu uma investida france-sa na região, destacadamente na cidade de Amapá, quando uma belonave francesa denominada Bengali, comandada por um capitão chamado Lunier, viera para prender o brasileiro e quem sabe tomar posse daquela região em nome da França, haja vista que havia um disputa internacional entre ela e o Brasil.

Cabralzinho, com um punhado de caboclos, matou Lunier e, com uma tacada de logística cabocla, própria de quem conhece a região e que nela habita, atentou para a maré, obrigando a belonave a voltar, sob pena de encalhar e ficar a mercê de Cabral e de seus com-panheiros. Levou de volta o seu comandante morto.

E nem esse gesto heróico de um brasileiro, Srs. Deputados, foi suficiente para dizer ao Brasil que os amapaenses eram brasileiros por opção. A história quase nada registra sobre o fato, salvo discreto des-taque em um jornal paraense.

Por outro lado, estive na Guiana Francesa e, vi-sitando um museu na cidade de Caiena, lá encontrei registrado o feito como Campagne do l’Amapá, em que os franceses que participaram da contenda são reverenciados como heróis.

Insisto em falar em esquecimento, nobres Srs. Parlamentares, para mostrar o quanto o Brasil é de-vedor ao Amapá. A História nos mostra que, no rei-nado de Pedro II, muita coisa foi feita em todas as cidades brasileiras. Embora o Brasil ainda fosse um país pequeno e rural, o Imperador fez obras marcan-tes, como, por exemplo, os açudes para minimizar a seca no Nordeste.

Com o advento da República, as Províncias tor-naram-se Estados, e o Brasil entra numa fase de pro-gresso como nação.

Na Região Norte, o Pará, Estado do qual o Amapá fazia parte, recebeu polpudos investimentos, especial-

mente com a construção do Porto de Belém, com o tra-balho do engenheiro norte-americano Parcifal Faquar, com a instalação de uma companhia de navegação e ainda a criação da Pará Electric a fornecer luz para a cidade de Belém.

O Rio de Janeiro teve no político Pereira Passos, que foi Prefeito, o urbanizador da cidade, dando a ela ares de Capital de um grande país. Aliás, a história daquela cidade é marcada pela época ante e pós Pe-reira Passos.

Novamente o norte volta a desenvolver-se. Be-lém do Pará teve como Prefeito Antônio Lemos, que daria à cidade esgotos, ruas, calçadas, saneamento dos igarapés e uma usina crematória de lixo, além de outras obras mais.

E no Amapá? V.Exas. já desconfiam do lá rea-lizado!

A região do hoje Amapá, mais uma vez esquecida, somente há pouco tempo tornara-se verdadeiramente terra brasileira.

E segue a História. O Amazonas, ilustre Deputado Átila Lins, teve um mulato maranhense, Eduardo Ribei-ro, que para lá fora em busca da borracha, tornou-se político e, com total apoio do Governo Central, deu a Manaus a condição de Paris da Selva.

A cidade São Paulo, já no século XX, em plena 2ª Guerra Mundial, entre 1938 e 1945, teve Prestes Maia, que lhe deu a força de locomotiva do Brasil.

Nessa época, Sr. Presidente, no que hoje é o Estado do Amapá, existiam apenas vilas com pouco mais de 10 mil habitantes. Era um enclave nos confins do Pará de Magalhães Barata, famoso porque andou em todo o interior do Pará, porém não foi a Macapá ou a Amapá.

Contudo, Srs. Deputados, por esses idos, o Ama-pá foi lembrado pelo Governo Federal. Lembrança essa, aliás, de tristíssima memória para nós, amapaenses.

O Brasil vivia a ditadura Vargas e os inimigos do regime deviam ser desterrados. E foram. Criou-se no norte do Amapá, no Rio Oiapoque, às proximidades de um leprosário francês e da Vila de Oiapoque, uma prisão que denominaram Clevelândia do Norte, para onde eram enviados os inimigos do Estado. Naquele rio, próximo de Clevelândia, existem inúmeras pedras que as águas não cobrem. A malária era doença en-dêmica. Os prisioneiros, tomados pela febre, iam para a água se refrescar. Vinha o frio, e eles iam para as pedras aquecer-se. Esse desequilíbrio tornava fraco o organismo, que era presa fácil da pneumonia. Quantas vidas de brasileiros lá foram perdidas, infelizmente, porque não concordavam com o regime?

Esse fora o único “benefício” que o Amapá re-cebera.

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Realmente, o Amapá começa com a criação do Território Federal, que teve Janary Nunes como primei-ro Governador nomeado, a quem coube os primeiros traços de povoação e de desenvolvimento.

Iniciou a urbanização de Macapá. Instalou os primeiros Municípios. Mas fez pouco, ou melhor, tal-vez tenha feito muito com o pouco que lhe destinava o Governo Central.

O Território Federal era uma entidade anômala. O Presidente da República escolhia e nomeava a seu bel-prazer seu Governador. Este, por sua vez, nome-ava os Prefeitos, tanto da Capital quanto dos demais Municípios.

Não existia Câmara de Vereadores, e a represen-tação política era de um Deputado Federal, sempre liga-do ao Governador. E, diga-se, ninguém era da região.

Pelos idos de 1969, criou-se uma Lei Orgânica dos Territórios, aumentando a representatividade para dois Deputados, bem como se criou a Câmara de Ve-readores, cujos representantes sequer eram remune-rados. Mas os Prefeitos continuavam sendo nomeados pelos Governadores.

No início dos anos 80, em face das grandes ma-nifestações sociais por anistia, democracia e repre-sentatividade, criaram para os Territórios um conselho que nenhuma função prática tinha, pois seus membros eram nomeados sempre pelo Governador. Já no final da ditadura, aumenta-se a representatividade para quatro Deputados Federais.

Somente com o advento do Estado e seus con-sectários é que houve um despertar para o quanto o meu Estado precisava de apoio e de recursos para re-almente dar a seu povo melhores condições de vida, enfim, alguma dignidade.

Porém, Sr. Presidente, Srs. Deputados, pelo que falei até agora, alguém poderia questionar-me e dizer: “Sr. Deputado, o senhor até agora só citou fatos, não falou em trabalho dos amapaenses. E, como sabe V.Exa., o progresso depende de cada um de nós. E por que os senhores amapaenses não se unem, tra-balham e fazem o Estado crescer?”

Ah!, nobres colegas, não é bem assim. O Ama-pá hoje não depende somente de si para crescer, desenvolver-se e encontrar seu verdadeiro caminho. Assim digo e provo.

Ora, sabemos que os povos começaram seus caminhos em busca da riqueza sempre pela agricul-tura. Ela é a mãe de tudo, porque é através dela que retiramos os alimentos para sobreviver. Após tal fase, normalmente vem a industrialização e, com ela, o co-mércio e os serviços.

É formula clássica de todos os povos, ilustre De-putado Bala Rocha, salvo raríssimas exceções.

Garanto a V.Exas. que temos imensas dificul-dades de dar o primeiro processo. Não temos terra disponível para a agricultura. E justifico.

Quando falei de D. Pedro II e citei o ano de 1845, quero completar que, naquele ano, o Imperador edi-tou a primeira lei de terras. Foi a oportunidade em que regularizou as terras brasileiras, haja vista que, em determinadas regiões, ainda vigoravam no Brasil as normas do tempo das capitanias hereditárias.

A nova lei estabeleceu a doação das denomi-nadas sesmarias, que consistiam em um lote de ter-ras formado por uma légua quadrada, 6.600 metros quadrados. Milhares de sesmarias foram doadas pelo interior do Brasil. Milhares de brasileiros tornaram-se proprietários.

O SR. ÁTILA LINS – Permite-me V.Exa. um apar-te, Sr. Deputado?

O SR. LUIZ CARLOS – Pois não, nobre Deputado.O SR. ÁTILA LINS – Deputado Luiz Carlos, que-

ro cumprimentar V.Exa. por essa retrospectiva história que faz não só do seu Estado, Amapá, mas também de todo o País, em especial da Região Norte e do meu Estado, o Amazonas. Nós, do Estado do Amazonas, sentimos grande alegria em ter forte parceria com o Amapá, em virtude da Zona Franca. V.Exa. sabe que a Zona Franca tem no Amapá a Área de Livre Comér-cio de Macapá e Santana. Em razão disso, há uma perfeita integração entre Zona Franca de Manaus e essa área de livre comércio, porque a Zona Franca envolveu muito a Amazônia Ocidental, no caso Ro-raima, Acre, Rondônia e Amapá. De forma que hoje lamentamos muito que a Zona Franca tenha perdi-do um pouco o seu poder de ajudar financeiramente esses Estados. Também sabe V.Exa. que temos na Zona Franca um recurso chamado Taxa Administra-tiva. Todas as empresas que recebem insumos para seus produtos pagam uma taxa para ingressar na Zona Franca de Manaus. E esse recurso, que não é pequeno, passou a ser contingenciado pelo Governo Federal, para efeito do superávit primário. Ora, tem sido uma luta tremenda, Deputado Luiz Carlos, por parte dos Deputados da Amazônia Ocidental e do Amapá, para que esse recurso seja descontingenciado, porque eles são divididos de forma equânime entre todos os cinco Estados. Segundo resolução do Conselho de Administração da SUFRAMA, esses recursos seriam distribuídos, no mesmo valor, para Macapá, Porto Velho, Rio Branco, Boa Vista e Manaus. E idêntico valor seria dividido entre todos os Municípios dos cin-co Estados. Mas, com esse recurso contingenciado, confesso a V.Exa. que temos ficado muito frustrados por não poder desenvolver uma ação mais efetiva por parte da Zona Franca não só para o interior do nosso

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Estado mesmo, o Amazonas, que se ressente da falta daqueles recursos que a SUFRAMA distribuía através de convênio, mas também para as outras unidades. De forma que quero cumprimentar V.Exa. pelo discurso e dizer que estamos juntos nessa luta no sentido de fazer com que a Região Norte e a Amazônia possam desenvolver cada vez mais. E que, cada vez mais, o Governo olhe para a região como uma região que não deve ser olhada apenas para preservá-la ambiental-mente, mas também para desenvolvê-la. E o discurso de V.Exa. vai nessa linha de fazer com que o Amapá cresça, desenvolva-se. V.Exa. está cumprindo seu dever como representante daquele povo nesta Casa. Parabéns a V.Exa. pelo pronunciamento.

O SR. LUIZ CARLOS – Muito obrigado, Deputa-do Átila Lins. São fatos como os relatados por V.Exa., entre outros, que nos fazem lutar para que o desen-volvimento, que é hoje crescente no Brasil, alcance Estados como o Amapá, Acre, Roraima e se amplie em seu Estado, o belíssimo Estado do Amazonas.

O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA – Concede--me V.Exa. um aparte, Deputado Luiz Carlos?

O SR. LUIZ CARLOS – Pois não, Deputado Bala Rocha.

O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA – Caro colega e amigo Deputado Luiz Carlos, permita-me incluir al-gumas palavras no extraordinário pronunciamento que V.Exa. faz da tribuna desta Casa, brindando o Brasil com a nossa fabulosa história, com a nossa geografia, com a nossa cultura. São informações importantes que a cada momento precisam ser reavivadas no plenário desta Casa, para que todo o Brasil tenha conhecimento de como o Amapá nasceu, de como evoluiu, de como é o nosso povo, quais são as nossas características e qual é o futuro que nos espera, um futuro que – tra-balhamos todos unidos – garanta melhor qualidade de vida para nossa gente, a fim de que o Amapá possa despontar não só como a região belíssima que é, ha-bitada por um povo maravilhoso e hospitaleiro, mas também como uma das potências econômicas da Nação brasileira. Fico feliz em ver V.Exa., com toda a sua juventude, na tribuna da Casa na tarde de hoje, ressaltar esses aspectos do nosso Estado do Amapá. Jovem Deputado, V.Exa. tem um futuro promissor. E é bom que esteja hoje na tribuna no Grande Expediente e, daqui para a frente, com mais frequência, tanto na tribuna da Casa, como Comissões e nos Ministérios, trabalhando pelo Amapá. A bancada do Amapá tem a história de trabalhar unida, de ser mais forte quando se une. Nós, do norte, precisamos nos unir mais. O Deputado Átila Lins é o Coordenador da Bancada do Norte. Não temos ainda a cultura de unidade, como tem o Nordeste, e precisamos alcançá-la. De qualquer

maneira, o Amapá dá hoje uma demonstração de uni-dade. E V.Exa. vem fortalecer essa unidade e a espe-rança e a fé do povo amapaense num futuro melhor. Conte sempre comigo ao seu lado, para apoiá-lo em todas as iniciativas, em todos os projetos e em todas as ações em defesa do nosso Amapá e do Brasil. Pa-rabéns! Muito obrigado.

O SR. LUIZ CARLOS – Muito obrigado, Depu-tado Bala Rocha. V.Exa. é uma referência na bancada nesta Casa. Tenho certeza de que, ao seu lado e dos demais representantes do nosso Estado, travaremos batalhas e lutas importantes para o desenvolvimento do Amapá e do Brasil.

Retomo o meu discurso, Sr. Presidente. Pergunta-se: E na região do contestado franco-

-brasileiro? Lá, nenhuma sesmaria foi dada. Não de-via o Imperador doar terras na região contestada por não haver certeza de a quem pertencia. Mas devia o Imperador tê-lo feito, pois, se o contestado viesse a ser terra brasileira, como realmente ocorreu, seus ha-bitantes já estariam com o documento.

Mas, infelizmente, nada disso aconteceu, Sr. Presidente. No hoje Estado do Amapá se tem conheci-mento de que apenas uma sesmaria foi dada no então Município de Mazagão.

É fácil ver, meus nobres pares, que, no tocante às terras, recebemos tratamento diferente do restante do Brasil desde os primórdios. Éramos brasileiros de segunda categoria.

Somente em 1901, após a vitória diplomática bra-sileira, o Estado do Pará mandou um representante, Egídio Sales, o qual passou uma temporada a bordo de um navio, denominado Oiapoque, percorrendo a costa atlântica e os rios do antigo contestado, e às pessoas residentes deu apenas uma declaração de posse, a qual pouco valor teve, pois não foi devida-mente registrada.

Assim, nossas terras não possuem cadeia do-minial, o pressuposto para lhes retirar a condição de devolutas. Sem registro, não há propriedade; sem propriedade, não há garantia.

Na época da ditadura, vieram as denominadas “ações discriminatórias administrativas”, mas não fo-ram e não podiam ser aceitas, pois somente reconhe-ciam a propriedade no montante de 100 hectares. Por conseguinte, a maioria das terras amapaenses foram classificadas dentro do critério de devolutas e, assim, arrecadadas pela União. Esse foi o coice que o meu so-frido Amapá recebeu no passado e que reflete até hoje.

Nas últimas décadas do século passado, de-marcaram as terras destinadas aos nossos irmãos indígenas, e, diga-se, as primeiras foram no norte do

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Brasil. Não representam muito, mas alcançam 5% de nosso território.

Separaram as reservas do Cabo Orange, do Lago Piratuba e as extrativistas da Região do Maracá e do Jari, que representam mais 15% de nossas terras. Se assim era necessário, aceitamos.

Todavia, o golpe total ocorreu com a criação do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque, que representa 40% de nosso território. Do que restou, 10% correspondem às planícies alagadas que não servem para a agricultura.

E é exatamente na criação desse parque, insta-lado à revelia de nosso povo, que está a maior injus-tiça. Não temos terras para usar e nada recebemos em compensação pelo que doamos.

Agora, respondo ao questionamento antes fei-to. Não dá para crescer, Sras. e Srs. Deputados. Não temos terras para fazer a primeira parcela desenvol-vimentista, a agricultura.

Por isso, Srs. Deputados, nossa luta, tanto mi-nha quanto da representação do Amapá nesta Casa, é para que a União nos compense pelas terras que não podemos usar.

Se a natureza precisa ser preservada, o mundo precisa da Amazônia e o Brasil precisa do Amapá, nada mais justo que algo lhe seja dado em troca. E queremos pouco. Queremos recursos para sanear Macapá, Santana, Laranjal do Jari, dar ao povo água e esgoto, pois, assim. precisaremos de menos recur-sos para a saúde.

Queremos manter a Companhia de Eletricidade, a CEA, patrimônio do povo, que a União pode ajudar a manter. Precisamos de recursos para pavimentação das ruas de Macapá.

É necessário que a BR-156, a nossa principal rodovia, seja definitivamente asfaltada. É inacreditá-vel, Srs. Deputados, que uma estrada federal de 600 quilômetros apenas, cujo asfaltamento se iniciou em 1980, ainda não tenha sido concluído.

É isso mesmo! Foi o Governador Annibal Bar-cellos, do então Território Federal do Amapá, também Deputado Constituinte nesta Casa, que asfaltou os primeiros 10 quilômetros naquele ano. E ainda restam asfaltar 150 quilômetros do trecho norte. Destaque-se que o asfaltamento de trecho sul sequer tem expec-tativa de início.

São 31 anos de esquecimento!Quando falo em compensação, não estou pedindo

favores, pois a criação do Parque de Tumucumaque estrangulou o aproveitamento da maior riqueza que o Amapá possui: suas jazidas minerais.

Quando falo em riqueza, não estou divagando, uma vez que é publico: todos os jornais da época pu-

blicaram que, quando da denominada ditadura militar, período que felizmente não vivi, o então Conselho de Segurança Nacional, como mentor da política estra-tégica da época, ordenou o levantamento mineral no Amapá, e exatamente no hoje denominado Parque Montanhas de Tumucumaque existe a dita província mineral do Amapá, onde há ferro, ouro, tório, diamante, manganês, cassiterita, entre outros minerais.

Vale lembrar também que no Congresso Nacional tramita projeto sobre o tempo de sigilo de documen-tos oficiais, que, após aprovado, facilitaria o exame dos documentos comprobatórios do que agora relato.

Há quem diga que tal reserva mineral faz parte de um plano estratégico futuro, para garantir o acesso do País a minerais que estão se esvaindo no mundo. Mas, se assim o for, soma-se um motivo para que contem-plemos agora aqueles que não podem dispor do que legitimamente lhes pertence e, mais, são detentores de tão cobiçadas riquezas.

Resta ainda, senhores, um queixume no tangente às compensações. Na minha terra não conheço uma placa sequer em que conste: “Esta obra tem o finan-ciamento do BNDES”. Nunca vi em qualquer jornal ou revista da minha terra a promoção de atividade cultural ou artística das quais constasse: “O BNDES ou a PETROBRAS participa dessa iniciativa”. Nada, Srs. Deputados. Essas entidades não existem para a vida artística e cultural amapaense. E sabe-se que os recursos, tanto da PETROBRAS quanto do BNDES para esse tipo de atividade são muito grandes: algumas centenas de milhões de reais. É bom que a população seja muito bem esclarecida sobre essa circunstância.

Corre uma lenda urbana que na PETROBRAS o cargo mais importante não é o de Presidente, ilustre Deputado Jorginho Mello, mas o de Diretor de Even-tos. Isso em razão do volume de dinheiro disponível para utilização em tais fins.

Outro detalhe importante é que constantemente se tem conhecimento, pela imprensa, de que o BNDES financiou tantos milhões para a Venezuela construir uma ponte ou uma estrada. E a Venezuela, como par-ticipa? O único benefício venezuelano de que tenho conhecimento é a energia elétrica fornecida a Rorai-ma, através da Hidrelétrica de Guri – energia que é regiamente paga.

Sempre há um político africano postulando e conseguindo financiamento naquele banco. E quantas democracias verdadeiras existem na África? Sabem V.Exas., como sei eu, mas não sabe a maioria dos trabalhadores brasileiros: uma grande fatia do capital do BNDES é formado pelo FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador.

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Resta destacar ainda a educação. Embora no âmbito dos ensinos fundamental e médio o Amapá es-teja razoavelmente atendido, no campo da educação superior, Deputado Bala Rocha – minha testemunha, haja vista a sua intimidade com o tema –, somente em 2010 foi criado o curso de Medicina na Universidade Federal do Amapá. E com apenas 20 vagas. Poste-riormente, foram criadas mais 10. Mas isso é pouco. Há necessidade de se chegar pelo menos a 50 vagas, mormente pela dificuldade de se encontrarem profis-sionais médicos para atender no interior do Estado.

Por outro lado, no meu Estado, no Cabo Norte, região da Ilha de Maracá, especialmente no Canal de Carapaporis, que separa a ilha do continente, fortís-simas são as correntes marinhas. É a influência da chamada Corrente das Guianas. É uma região que merece pesquisa especificamente para o aproveita-mento das correntes marinhas na produção de energia elétrica. Aliás, na Ilha de Maracá existe um riacho – o que denominamos de igarapé – que, pela pujança da correnteza marinha e pela violência de suas águas, é conhecido como Igarapé do Inferno.

Necessário se impõe que consigamos recursos compensatórios para que a Universidade Federal do Amapá tenha verbas para a instalação de laboratório de pesquisa nesse campo.

Também na região do Cabo Norte, fortíssimos são os ventos que ali sopram. Não existem estudos sobre a velocidade de tais ventos e avaliação de suas potencialidades.

Cabe à nossa universidade fazer tais estudos. E isso será feito, desde que haja recursos. A União nos é devedora. Cobrar não é uma opção, mas uma obrigação.

Outro aspecto compensatório pode vir no cam-po do turismo. O Amapá é o Estado mais preservado do Brasil. A principal estrada amapaense, a BR-156, quando totalmente asfaltada, será uma porta de entra-da para o turismo receptivo, especialmente da Guiana Francesa, tendo em vista a ponte binacional que liga o meu Estado àquele departamento francês e que já está pronta, restando apenas ao Governo brasileiro construir áreas de acesso, incluindo as instalações de aduana e controle de imigração. A parte francesa já está totalmente finalizada.

A União tem esse débito conosco, e precisa pa-gar, sobretudo pela possibilidade de fazer do Amapá a entrada da Europa para o Brasil, até porque um voo entre Caiena e Paris dura apenas 7 horas, enquanto que de Paris ao Rio de Janeiro ou a São Paulo a du-ração é de pelo menos 10 horas. A matemática é sim-ples: menos horas voadas, menor tarifa de passagem.

Assim, Sr. Presidente, meus ilustres colegas, neste momento, com os representantes do Amapá nesta Casa, daremos início a um trabalho intenso para sensibilizar V.Exas. no sentido de que somente por meio deste Parlamento, com a aprovação de projetos de lei específicos, obrigando o Governo Federal a re-compensar o meu Estado pelo que gentilmente demos ao Brasil e à humanidade, alcançaremos o progresso sonhado. O meio ambiente interessa a todos os habi-tantes da Terra e, como já disse, não estou pedindo muito. Quero apenas que haja mecanismos que permi-tam e condicionem determinados órgãos que compõem a União a dispensar meios concretos, materializados por recursos, que possam realmente alavancar o de-senvolvimento social e econômico de meu Estado.

Tenho fé nesta Casa, para onde vim guindado por uma plêiade de jovens que creem no Brasil e têm consciência que um país justo somente ocorrerá quan-do os pequenos, como o meu Estado do Amapá, rece-bam o que lhes é devido por justiça e não por favores.

Que Deus ilumine a todos.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Concedo

a palavra ao nobre Deputado Sebastião Bala Rocha, para uma Comunicação de Liderança, pelo PDT. S.Exa. dispõe de 3 minutos.

O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT-AP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Jorginho Mello, é um grande prazer estar na tribuna numa sessão presidida por V.Exa.

Sras. e Srs. Deputados, pessoas que estão nas galerias nos assistindo, ocupo hoje a tribuna para reco-nhecer o trabalho feito pelas lideranças políticas desta Casa, numa luta que vínhamos desenvolvendo desde o começo de maio para conseguir, com a Presidenta Dilma Rousseff, a prorrogação do decreto referente a Restos a Pagar.

Esclareço que nada fiz que não visasse o interes-se dos Municípios e Estados, do meu próprio Estado, haja vista que o Amapá poderia perder mais de 100 milhões de reais, Deputado Osmar Serraglio, se esse decreto não fosse prorrogado.

Sei que muitas vezes, de fato, os problemas estão nas equipes que elaboram os projetos, na negligência, até na omissão dos gestores municipais e estaduais. Mas há de se compreender que o Governo Federal tem participação nessa demora da aprovação dos projetos e liberação dos recursos. É comum que os projetos e os convênios sejam totalmente aprovados, e o Gover-no Federal não repassa os recursos para que as obras sejam iniciadas e os equipamentos sejam adquiridos.

A despeito disso, Sr. Presidente, quero agrade-cer à Presidenta Dilma Rousseff, à Ministra Ideli Sal-

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vatti, que, como disse, estreou com o pé direito junto ao Congresso Nacional, porque teve a sensibilidade de compreender que esta é uma Casa política e que aqui estão Deputados que representam Municípios e Estados que perderiam algo em torno de 4 milhões de reais, ou mais.

Faço também referência ao belíssimo trabalho do Deputado Márcio Reinaldo Moreira na relatoria da LDO. Pela primeira vez vi nesta Casa alguém, de fato, sustentar uma tese que é defendida por muitos e à qual, na prática, poucos dão o apoio necessário para que prospere. Refiro-me ao Orçamento impositivo.

O termo impositivo nem é muito adequado, não é muito próprio. Na verdade, esse orçamento deveria sair do Congresso Nacional perfeitamente sintonizado com o Executivo sobre o que seria e o que não seria executado. O Orçamento, para nós, no Brasil, é uma peça de ficção. Isso tem de mudar.

Na legislatura passada criamos na Casa uma fren-te parlamentar em defesa do Orçamento transparente, democrático, participativo e impositivo. Poucos aderi-ram. Vi muito colegas nossos na tribuna defendendo a causa, mas, quando os convidamos para participar de reunião ou para assinar qualquer requerimento para priorizar, por exemplo, emendas que estão tramitando para tornar o Orçamento pelo menos parcialmente obri-gatório, não foram dadas as assinaturas necessárias.

Por isso, parabenizo o Deputado Márcio Reinal-do Moreira pela coragem e pela determinação. Louvo a sua visão. Não se sabe se o projeto depois vai ou não ser vetado pela Presidente, se vamos mudá-lo em plenário, se vai haver algum acordo para modificar, mas este é um começo importante de mudança, seja de pensamento, seja de realidade, no sentido de que poderemos chegar a uma situação em que parte do Orçamento, relativa às emendas parlamentares, seja também de execução obrigatória.

Era o que eu tinha a oferecer como contribuição neste debate. Espero que possamos cada vez mais enaltecer os trabalhos da Câmara dos Deputados.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Esta

Presidência registra a presença nas galerias de alunos do Colégio Pirâmides, de Francisco Sá, Minas Gerais.

O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Esclare-ço que esta sessão é de debates. Os Deputados que aqui estão se inscreveram para fazer pronunciamen-tos. A sessão deliberativa ocorreu na parte da manhã.

O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Osmar Serraglio, para uma Comunicação de Liderança, pelo PMDB, por até 8 minutos.

O SR. OSMAR SERRAGLIO (PMDB-PR. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputa-do Jorginho Melo, Sras. e Srs. Deputados, na verdade, não falo pela Liderança do PMDB, mas pela Liderança do Governo. Para mim, é um privilégio e uma alegria muito grande falar pelo Governo quando estamos con-cluindo uma semana que considero muito produtiva.

Há mais de 1 ano estivemos tentando aprovar uma metodologia diferente que pudesse ser empregada na seleção dos que prestam serviços e executam obras públicas, e não só para o Governo Federal, porque a União tem a competência legislativa para disciplinar as normas gerais de licitação e de contrato.

E isso, de alguma forma, nós procedemos, alte-rando o que hoje se conhece como o Estatuto das Li-citações ou a Lei de Licitações, a Lei 8.666, uma das mais hostilizadas do País, porque se diz que permite a fraude, a corrupção.

É interessante: quando nos debruçamos sobre a matéria e tentamos proceder a alterações na lei, construindo algo que realmente se traduza em freios aos desmandos e desencontros que ocorrem em pro-cessos licitatórios, encontramos tanta celeuma, tantas dificuldades para que a boa semente seja implantada e vingue.

Para começar, foi apresentada como opção, o que importa dizer que ninguém é obrigado a adotá-lo, o Regime de Contratação Diferenciado – RDC. Ainda assim, o segundo ponto que mais chamou a atenção, o da contratação integrada, também só é possível ser aplicado quando se trata de aquisição ou de contra-tação de serviço que importe em critério de técnica e preço. Portanto, não é só quando se está selecionan-do alguém em virtude do preço que está oferecendo. Compulsoriamente, segundo está na regra posta no projeto de lei de conversão que aprovamos, só em si-tuações em que se exige como critério de julgamento técnica e preço é que se pode aplicar a contratação integrada. E esse é um modelo sugerido pela União Europeia e aplicado nos mais diversos países da Eu-ropa, assim como nos Estados Unidos e na Argentina.

De repente, quando se aventa introduzir no País essa metodologia, que visa exatamente fazer com que tenhamos condições de contratar por preços mais con-dizentes com a realidade e, acima de tudo, fazendo com que não haja aquele leque enorme de possibilidades decorrentes da contratação atual – o adicionamento do custo mediante tanto termos aditivos firmados –, uma vez que a contração integrada veda qualquer aditivo, de novo, o Governo é criticado.

E aqui quero dar o testemunho público de alguém que está junto ao Líder Cândido Vaccarezza, a quem cumprimento. Só quem no dia a dia acompanha o

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seu trabalho percebe o seu esforço, acima de tudo, a sua conduta republicana e a sua maneira imparcial de encaminhar os interesses deste País, o que orgulha, com certeza, todos aqueles que o acompanham, como Vice-Líderes, na Liderança do Governo.

Nesse aspecto, primeiro, lemos em jornais de grande expressão no País que havia a tentativa de ocultar o custo das obras. Isso é algo tão teratológi-co, tão engenhoso que chega a clamar àqueles que lutam, como nós, pela liberdade de imprensa. Que-remos que a imprensa seja um pouco mais séria ao traduzir as propostas à população, levando, de fato, informações corretas.

O Governo, em momento algum, minimamente, pretendeu ocultar o preço ou o custo final das obras da Copa do Mundo. Muito pelo contrário. Basta ler a proposta que foi formulada e se perceberá que em nenhum item e em nenhuma das regras se afasta o acesso à informação.

Agora, quando se adota um critério em que o or-çamento – isso é uma inovação que se está também levando ao corpo legislativo – só pode ser apresentado no momento da seleção da vencedora, isso também corresponde a sistemas adotados em países do Pri-meiro Mundo, na medida em que se faz com que todos os que irão participar da licitação apresentem aquilo que entendam deva ser a sua proposta, não parango-nada ao que está estabelecido no edital como sendo preço. Aí, tudo se aproxima, e isso viabiliza, de novo, uma construção que, com certeza, termina por tradu-zir um preço mais elevado do que deveria se esperar numa licitação pública que expresse uma concorrên-cia leal e efetiva.

Essa importante conquista agora está sob apre-ciação do Senado, e esperamos que lá também se concretize segundo tudo o que aqui discutirmos e construímos em relação ao fato de ser uma opção no regime diferenciado, tanto quanto a contratação inte-grada estar limitada ao sistema que exige critérios de técnica e preço, quanto ao aspecto sigiloso do orça-mento, que nada tem a ver com o sigilo de documen-tos (matéria que está em discussão naquela Casa), sigilo que vai servir de orientação quando da seleção da proposta vencedora – há uma inversão das fases –, a fim de que não haja tantos recursos no percorrer do procedimento licitatório e só se exija documenta-ção do vencedor. Todos sabem, Sr. Presidente, que, no decorrer de uma licitação, a primeira fase é a de habilitação. E ali os participantes ficam discutindo, en-trando com sucessivos recursos, os meses passam e as obras terminam por não serem contratadas. Hoje, não. Tal qual se procede no leilão, primeiro se vê quem venceu, para, então, dele se exigir a documentação.

Outro detalhe sobre o qual hoje muito se fala – e está nos jornais – é quanto à participação do TCU na formatação dessa proposta. Evidente que o TCU apenas opinou, mas todos são testemunhas de que ali estavam representantes do TCU, da AGU e da Contro-ladoria; enfim, foi uma feita construção a várias mãos. Daí por que nos orgulhamos desse regime diferencia-do que a Câmara aprovou e, com certeza, vai traduzir uma inovação para o futuro.

O Deputado Miro Teixeira, a quem admiramos, sugeriu que ampliássemos a sistemática para todas as obras. Mas é preciso, primeiro, que se dê o passo inicial, que se experimente a efetividade da proposta em nosso contexto, que se verifique esse caminhar diferente que estamos introduzindo, essa nova forma-tação que está sendo apresentada. E daí, sim, ao ser consolidada, nós a ampliaremos.

Com certeza, nós nos orgulhamos do que fize-mos nesta semana.

A par disso, também quero cumprimentar, como fez há pouco o Deputado Sebastião Bala Rocha, S.Exa. a Sra. Presidenta da República por ter prorrogado o prazo de validade dos Restos a Pagar, cujo vencimen-to trazia muita apreensão para os Deputados, mas acima de tudo para muitos Prefeitos Municipais, uma vez que muitas obras prometidas, com custo elevado, precisam se traduzir em realidade, o que se tornará possível agora com a ampliação desse prazo.

Para concluir, desejo ainda cumprimentar o De-putado Henrique Eduardo Alves, Líder do PMDB, que foi, com certeza, o timoneiro nessa luta para que a conquista desta Casa se traduzisse na comemoração hoje pela ampliação do prazo dos Restos a Pagar por mais 90 dias.

O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Apre-sentação de proposições.

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 48, DE 2011

(Do Sr. Alexandre Santos e outros)

Modifica a redação do art. 56, § 3º, da Constituição, para vedar a opção pela remu-neração do mandato parlamentar quando da licença para investidura em outro cargo.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-nado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Cons-tituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1º Esta Emenda à Constituição revoga o art. 56, § 3º, da Constituição Federal, para retirar o direi-to de opção pela remuneração do mandato quando o parlamentar licenciar-se para investidura em cargo de

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Ministro de Estado, Governador de Território, Secre-tário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária.

Art. 2º O art. 56, § 3º, da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 56 .................................................. .......................................................................

§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador somente poderá receber a remunera-ção atribuída ao cargo no qual foi investido. (NR)”

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vi-gor na data de sua publicação.

Justificação

A proposta de emenda à Constituição que ora apresentamos tem como objetivo retirar a possibilida-de do parlamentar licenciado para assumir cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secre-tário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária optar pela remuneração inerente ao man-dato parlamentar, como previsto na redação do art. 56, §3º, da Carta Magna.

Tal direito representa, na verdade, um ônus para o parlamento, na medida em que a Câmara ou o Senado se vêem obrigados a remunerar tanto o parlamentar licenciado quanto o suplente que é convocado para lhe substituir, sendo que o primeiro presta serviços a outro Poder ou mesmo a outro ente (Estado ou Muni-cípio). Essa despesa contribui para onerar a folha de pagamento do Poder Legislativo, já tão questionada pela mídia e pela população.

A título de exemplo, basta observarmos que 115 Deputados se licenciaram na legislatura anterior (53ª) e assumiram outros cargos fora da Câmara, optando, todavia, pela remuneração paga nesta Casa, conforme informação prestada pela Coordenação de Registro e Seguridade Parlamentar do Departamento de Pessoal da Câmara dos Deputados. Tais licenças representa-ram uma despesa de R$13.981.418,18 para o orça-mento da Casa.

Tal opção existe em decorrência das diferenças de remuneração entre os Poderes e entre os diversos entes da Federação, e representa um indevido estímulo para que parlamentares eleitos deixem o Congresso Nacional para exercer cargos no Poder Executivo, em claro prejuízo àqueles que os elegeram.

Nesse sentido propomos a supressão deste di-reito de opção, de modo que o parlamentar licenciado deverá ser remunerado pelo cargo que passará a ocu-par a partir de seu afastamento, sendo a Câmara ou o

Senado responsável pelo pagamento da remuneração apenas ao suplente empossado no mandato, o que, por certo, desestimulará grande parte das licenças hoje solicitadas.

Com a aprovação da proposta, além de gerar uma economia dos recursos previstos no orçamento desta Casa, haverá uma maior representatividade dos parlamentares aqui presentes, já que serão os titula-res e não os suplentes que exercerão os mandatos.

Permanecerá, contudo, o direito ao parlamentar de se licenciar e ocupar outros cargos, como existe atualmente, bem como o direito ao recebimento da remuneração integral pelo parlamentar que se licen-cia, por exemplo, em razão de licença para tratamento de saúde.

Isso posto, contamos com o apoio de nossos ilustres Pares para a aprovação desta proposta, a qual trará grande economia de recursos orçamentários para o Poder Legislativo federal.

Sala das Sessões, 6 de março de 2011. – Deputado Alexandre Santos.

CONFERÊNCIA DE ASSINATURAS (54ª Legislatura 2011-2015)

Proposição: PEC 0048/11Autor da Proposição: ALEXANDRE SANTOS E OUTROSData de Apresentação: 30-6-2011Ementa: Modifica a redação do art. 56, § 3º, da Cons-tituição, para vedar a opção pela remuneração do man-dato parlamentar quando da licença para investidura em outro cargo.Possui Assinaturas Suficientes: SIM

Totais de Assinaturas:Confirmadas 178Não Conferem 006Fora do Exercício 001Repetidas 015Ilegíveis 000Retiradas 000Total 200

Assinaturas Confirmadas1 ABELARDO CAMARINHA PSB SP2 ADEMIR CAMILO PDT MG3 AELTON FREITAS PR MG4 AGUINALDO RIBEIRO PP PB5 ALBERTO FILHO PMDB MA6 ALDO REBELO PCdoB SP7 ALEX CANZIANI PTB PR8 ALEXANDRE ROSO PSB RS9 ALEXANDRE SANTOS PMDB RJ10 ALFREDO KAEFER PSDB PR11 AMAURI TEIXEIRA PT BA

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34435

12 ANDERSON FERREIRA PR PE13 ANDRÉ FIGUEIREDO PDT CE14 ANÍBAL GOMES PMDB CE15 ANTONIO BULHÕES PRB SP16 ANTONIO CARLOS MENDES THAME PSDB SP17 ANTÔNIO ROBERTO PV MG18 ARACELY DE PAULA PR MG19 ARIOSTO HOLANDA PSB CE20 ARNON BEZERRA PTB CE21 ASSIS DO COUTO PT PR22 ÁTILA LINS PMDB AM23 AUREO PRTB RJ24 BENJAMIN MARANHÃO PMDB PB25 BERINHO BANTIM PSDB RR26 BIFFI PT MS27 BRIZOLA NETO PDT RJ28 CARLAILE PEDROSA PSDB MG29 CARLOS ALBERTO LERÉIA PSDB GO30 CARLOS ZARATTINI PT SP31 CELSO MALDANER PMDB SC32 CESAR COLNAGO PSDB ES33 CÉSAR HALUM PPS TO34 CHICO ALENCAR PSOL RJ35 CHICO D’ANGELO PT RJ36 CLEBER VERDE PRB MA37 DAMIÃO FELICIANO PDT PB38 DANIEL ALMEIDA PCdoB BA39 DARCÍSIO PERONDI PMDB RS40 DEVANIR RIBEIRO PT SP41 DILCEU SPERAFICO PP PR42 DOMINGOS DUTRA PT MA43 DR. PAULO CÉSAR PR RJ44 DR. ROSINHA PT PR45 DUDIMAR PAXIUBA PSDB PA46 EDINHO BEZ PMDB SC47 EDIO LOPES PMDB RR48 EDSON SILVA PSB CE49 EDUARDO AZEREDO PSDB MG50 EDUARDO CUNHA PMDB RJ51 EDUARDO SCIARRA DEM PR52 EFRAIM FILHO DEM PB53 ENIO BACCI PDT RS54 ERIVELTON SANTANA PSC BA55 ESPERIDIÃO AMIN PP SC56 EUDES XAVIER PT CE57 FÁBIO FARIA PMN RN58 FABIO TRAD PMDB MS59 FELIPE BORNIER PHS RJ60 FERNANDO FERRO PT PE61 FILIPE PEREIRA PSC RJ62 FRANCISCO FLORIANO PR RJ63 GABRIEL GUIMARÃES PT MG64 GASTÃO VIEIRA PMDB MA

65 GERALDO RESENDE PMDB MS66 GERALDO SIMÕES PT BA67 GERALDO THADEU PPS MG68 GIOVANNI QUEIROZ PDT PA69 GIVALDO CARIMBÃO PSB AL70 GLADSON CAMELI PP AC71 GONZAGA PATRIOTA PSB PE72 HENRIQUE OLIVEIRA PR AM73 HEULER CRUVINEL DEM GO74 HUGO NAPOLEÃO DEM PI75 JAIME MARTINS PR MG76 JAIR BOLSONARO PP RJ77 JÔ MORAES PCdoB MG78 JOÃO DADO PDT SP79 JOÃO MAGALHÃES PMDB MG80 JOÃO PAULO CUNHA PT SP81 JOÃO PAULO LIMA PT PE82 JOAQUIM BELTRÃO PMDB AL83 JORGE BOEIRA PT SC84 JOSÉ CHAVES PTB PE85 JOSÉ OTÁVIO GERMANO PP RS86 JOSE STÉDILE PSB RS87 JOSEPH BANDEIRA PT BA88 JOSIAS GOMES PT BA89 JOSUÉ BENGTSON PTB PA90 JOVAIR ARANTES PTB GO91 JÚLIO CESAR DEM PI92 JÚLIO DELGADO PSB MG93 JUNJI ABE DEM SP94 JUTAHY JUNIOR PSDB BA95 KEIKO OTA PSB SP96 LEANDRO VILELA PMDB GO97 LELO COIMBRA PMDB ES98 LEONARDO MONTEIRO PT MG99 LEONARDO QUINTÃO PMDB MG100 LEOPOLDO MEYER PSB PR101 LILIAM SÁ PR RJ102 LINCOLN PORTELA PR MG103 LUCIANO CASTRO PR RR104 LÚCIO VALE PR PA105 LUIZ ALBERTO PT BA106 LUIZ COUTO PT PB107 MANATO PDT ES108 MARCELO CASTRO PMDB PI109 MAURÍCIO QUINTELLA LESSA PR AL110 MAURÍCIO TRINDADE PR BA111 MAURO LOPES PMDB MG112 MAURO NAZIF PSB RO113 MENDONÇA PRADO DEM SE114 MIGUEL CORRÊA PT MG115 MILTON MONTI PR SP116 MOACIR MICHELETTO PMDB PR117 NEILTON MULIM PR RJ

34436 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

118 NELSON BORNIER PMDB RJ119 NELSON MARQUEZELLI PTB SP120 NEWTON CARDOSO PMDB MG121 NILTON CAPIXABA PTB RO122 ODAIR CUNHA PT MG123 ONOFRE SANTO AGOSTINI DEM SC124 OSMAR JÚNIOR PCdoB PI125 OSMAR SERRAGLIO PMDB PR126 OTAVIO LEITE PSDB RJ127 OTONIEL LIMA PRB SP128 PADRE TON PT RO129 PAES LANDIM PTB PI130 PASTOR EURICO PSB PE131 PAULO ABI-ACKEL PSDB MG132 PAULO CESAR QUARTIERO DEM RR133 PAULO PEREIRA DA SILVA PDT SP134 PAULO PIAU PMDB MG135 PAULO RUBEM SANTIAGO PDT PE136 PAULO WAGNER PV RN137 PEDRO CHAVES PMDB GO138 PENNA PV SP139 PINTO ITAMARATY PSDB MA140 POLICARPO PT DF141 PROFESSORA MARCIVANIA PT AP142 RATINHO JUNIOR PSC PR143 RAUL HENRY PMDB PE144 REBECCA GARCIA PP AM145 REGINALDO LOPES PT MG146 RIBAMAR ALVES PSB MA147 RICARDO BERZOINI PT SP148 ROBERTO BALESTRA PP GO149 ROBERTO BRITTO PP BA150 ROBERTO DORNER PP MT151 RONALDO FONSECA PR DF152 ROSANE FERREIRA PV PR153 ROSE DE FREITAS PMDB ES154 RUBENS BUENO PPS PR155 RUBENS OTONI PT GO156 SABINO CASTELO BRANCO PTB AM157 SALVADOR ZIMBALDI PDT SP158 SANDES JÚNIOR PP GO159 SANDRA ROSADO PSB RN160 SANDRO MABEL PR GO161 SEBASTIÃO BALA ROCHA PDT AP162 SERGIO GUERRA PSDB PE163 SÉRGIO MORAES PTB RS164 SIBÁ MACHADO PT AC165 STEPAN NERCESSIAN PPS RJ166 VALADARES FILHO PSB SE167 VALTENIR PEREIRA PSB MT168 VANDER LOUBET PT MS169 VICENTE ARRUDA PR CE170 VICENTE CANDIDO PT SP

171 VICENTINHO PT SP172 VIEIRA DA CUNHA PDT RS173 WANDENKOLK GONÇALVES PSDB PA174 WASHINGTON REIS PMDB RJ175 WLADIMIR COSTA PMDB PA176 ZÉ GERALDO PT PA177 ZEQUINHA MARINHO PSC PA178 ZOINHO PR RJ

PROJETO DE LEI Nº 1.730, DE 2011 (Do Sr. Chico Alencar e outros)

Altera o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho, para dispor sobre o aviso prévio proporcional.

O Congresso Nacional decreta,Art. 1º. O art. 487 e incisos do Decreto-Lei 5.452,

de 1º de maio de 1943 passam a vigorar com a se-guinte redação:

“Art. 487 – Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua reso-lução com a antecedência mínima de:

I – trinta dias aos que tenham até 12 (doze) meses de serviço na empresa;

II – dez dias somados ao prazo estipula-do no inciso I deste artigo, para cada ano de serviço a partir do 13º mês de serviço.”

Art. 2º. – Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

O Projeto de Lei em Justificação visa alterar Al-tera o Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho, para in-serir, no ordenamento jurídico nacional o aviso prévio proporcional.

A Constituição Federal dispõe em seu art. 7º, inciso XXI, que “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.”

O Congresso Nacional está em mora há vinte e um anos. É inadmissível tamanho atraso na regula-mentação de um direito do trabalhador brasileiro.

Ademais, a Resolução nº 158 da Organização Internacional do Trabalho dispunha que “o trabalhador cuja relação de trabalho estiver para ser dada por ter-minada terá direito a um prazo de aviso prévio razoável ou, em lugar disso, a uma indenização, a não ser que o mesmo seja culpado de uma falta grave de tal natureza

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34437

que seria irrazoável pedir ao empregador que continu-asse a empregá-lo durante o prazo do aviso prévio.”

Verifica-se, portanto, que o direito do trabalhador vem sendo usurpado pelo Congresso Nacional.

O Supremo Tribunal Federal já declarou a mora no julgamento do Mandado de Injunção nº 695-4, desde março de 2007 e está às vésperas de nova decisão, na qual, dada a inércia do Poder Legislativo, serão fi-xados parâmetros para implementação do direito do empregado ao aviso prévio proporcional.

É passada a hora desta Casa do Povo cumprir o dispositivo constitucional que impõe seja aprovado o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, por ser uma questão de direito e mais, de lídima Justiça.

É diante de tais fatos que apresentamos o presen-te Projeto de Lei e pedimos o apoio dos ilustres Pares.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Chico Alencar, Líder do PSOL; Deputado Ivan Valente, PSOL/SP; Deputado Jean Wyllys, PSOL/RJ.

PROJETO DE LEI Nº 1.731, DE 2011 (Do Sr. Walter Tosta)

Dispõe sobre a proteção e segurança dos consumidores nas agências e postos bancários.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a proteção e seguran-

ça dos consumidores nas agências e postos bancários.Art. 2º – Ficam as agências e os postos de servi-

ços bancários obrigados a instalar divisórias individuais entre os caixas e o espaço reservado para clientes que aguardam atendimento, proporcionando privacidade às operações financeiras.

§ 1º As divisórias a que se refere o “caput” deste artigo deverão ter a altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) e ser confeccionadas em mate-rial opaco que impeça a visibilidade.

§ 2º A disposição do caput aplica-se também às mesas, estações e guichês de atendimentos bancários, inclusive às destinadas à gerência e que sirvam para atendimento direto ao cliente.

Art. 3º. O não cumprimento das disposições desta lei sujeitará o infrator em multa diária de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais).

Art. 4º. A fiscalização do cumprimento desta lei e a aplicação das penalidades competirão aos órgãos oficiais de defesa do consumidor ou às entidades as-semelhadas formalmente conveniadas.

Art. 5º As agências e os postos de serviços ban-cários referidos no artigo 1º terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da publicação desta lei, para proceder as devidas adaptações às suas disposições.

Artigo 6º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Esta proposição se espelha na já vigente Lei Estadual 14.364, de 2011, do Estado de São Paulo, originada pela iniciativa do nobre Deputado Estadual Vanderlei Siraque – PT/SP.

É certo que tão louvável iniciativa merece ser im-plementada em âmbito nacional, pois, proporcionará maior segurança aos estabelecimentos bancários e aos cidadãos que de tal serviço se utilizam.

Talvez haja quem alegue que a proposta trará uma condição de vulnerabilidade aos funcionários do banco, que ficarão à sós com as pessoas cujos aten-dimentos serão efetuados.

Contudo, tal possibilidade se analisada com aten-ção é simplesmente inexistente, pelo fato de haver câ-mera de filmagem nos locais de atendimento individu-al, além das agências bancárias estarem munidas de seguranças armados e sistema de revista eletrônica com portas giratórias.

É inquestionável que tal medida auxiliará na pronta diminuição dos malfadados assalto-relâmpago, sempre realizados aos clientes que levantam maior quantia em dinheiro ou realizam operaç~eos bancárias mais vultosas.

Com a medida, os bandidos passarão a ser sub-metidos à própria sorte, pois não saberão se a pessoa que deixa a instituição bancária tem ou não movimen-tação financeira capaz de lhe oferecer vantagem que o motive incidir na prática criminosa, situação que desestimulará a ação de bandidos em todo o Brasil.

Acreditamos, por fim, que a presente proposta se consubstancia em mais um degrau a ser galgado rumo à convivência harmônica e respeitosa em sociedade.

Ante o exposto, espero dos nobres pares apoio para aprovação do presente Projeto de Lei.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Walter Tosta, Deputado Federal.

PROJETO DE LEI Nº 1.732, DE 2011 (Do Sr. Walter Tosta)

Dispõe sobre os cargos de direção e coordenação de cursos nas instituições de ensino.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre os cargos de direção

e coordenação de cursos nas instituições de ensino.Art. 2º. Fica determinado que os diretores das

instituições de ensino, deverão ser eleitos anualmente, pelos professores, em escrutínio secreto, em manda-to máximo de 1 (um) ano, podendo ser reeleito uma única vez.

34438 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

§ 1º. O candidato ao cargo de diretor da institui-ção de ensino deverá estar lotado no quadro ativo de educadores da instituição.

§ 2º. Compete ao Distrito Federal, Estados e Mu-nicípios, por meio das suas Secretarias competentes editar regulamento próprio para a realização anual dos pleitos eletivos.

§ 3º As eleições para diretor da instituição de en-sino ocorrerão regularmente ao fim de cada mandato e serão realizadas no início do período letivo.

Art. 3º Submetem-se a esta Lei as instituições de ensino públicas e privadas, de ensino fundamental, médio, superior ou técnico.

Parágrafo único. As instituições que não possuam o cargo de diretor deverão realizar as eleições para o coordenador do curso.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Esta proposição insere nas instituições de ensino o puro processo democrático. Sendo aquele em que os dirigentes são eleitos pelos seus pares.

É certo que o exercício continuado da atividade diretiva, seja nos quadros estatais, seja nos quadros corporativos é prejudicial à dinâmica construção das medidas que imputam em melhorias na administração de um modo geral.

É evidente que os problemas sanados por uma gestão e esquecidos por outras são resolvidos nas alternâncias de poder. E assim é em qualquer institui-ção, pública ou privada.

Natural, portanto, que desde as bases de ensino do país, se possa semear o espírito democrático na-queles que promovem a educação.

Não nos parece, contudo, que entregar essa res-ponsabilidade aos alunos seja a medida mais adequada, primeiro pelo fato de que não estariam elegendo um dos seus, ferindo diretamente o processo democrático, segun-do pelo fato de haver a possibilidade do pleito transfor-mar em moeda de troca as notas e menções dos alunos.

Assim, é mais adequado que havendo um pleito pela função de diretor da instituição de ensino ou do curso, este seja legitimado pelo voto dos educadores que componham os quadros da instituição.

A medida proposta contribuirá diretamente para melhorias diretas nas gestões das instituições de en-sino de todo país, afinal, aquele que realizar um bom trabalho poderá ser reeleito.

Ante o exposto, espero dos nobres pares o apoio para aprovação do referido Projeto de Lei proposto.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Walter Tosta, Deputado Federal.

PROJETO DE LEI Nº 1.733, DE 2011 (Da Sra. Luciana Santos)

Altera a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, que “Dispõe sobre Segurança para Estabelecimentos Financeiros, Estabelece Normas para Constituição e Funcionamento das Empresas Particulares que Exploram Serviços de Vigilância e de Transporte de Valores, e dá outras Providências”, para disciplinar medidas de segurança relativas ao transporte de valores e malotes.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º A Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983,

passa a vigorar com as seguintes alterações:I – Acrescente-se os § 1º a 3º ao art. 4º, com as

redações que se seguem:

Art. 4º ................................................... § 1º As instituições bancárias deverão instalar

no interior dos malotes de transporte de numerário equipamentos eletrônicos de segurança, destinados a inutilizar as cédulas de moeda corrente nele guar-dadas, em caso de:

– arrombamento; e– qualquer outro tipo de tentativa de abertura não

autorizada dos malotes.§ 2º As instituições bancárias poderão utilizar-se

de qualquer tipo de tecnologia existente para inutilizar as cédulas de moeda corrente guardadas no interior dos malotes, tais como:

– uso de tinta especial colorida;– uso de pó químico;– uso de solventes ou qualquer outra substân-

cia que danifique a cédula de moeda, desde que não ponham em perigo os usuários dos caixas eletrônicos

– uso de pirotecnia e calor.§ 3º Será obrigatória a instalação de placa de

alerta que deverá ser afixada nas laterais e nas partes anterior e posterior dos veículos especiais de transporte de valores, bem como na entrada de instituições ban-cárias que recebam numerários em moeda corrente, informando a existência do referido dispositivo e seu funcionamento.

II – Acrescente-se um inciso III ao caput do art. 7º, com a redação que se segue, renumerando-se o atual inciso III para inciso IV:

Art. 7º ................................................... .......................................................................

III – multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) por mês, por cada veículo especial de transporte de valores que estiver conduzindo malotes sem o equipamento a que faz referência o § 1º do artigo 4º desta lei.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34439

IV – interdição do estabelecimento.Art. 2º Os estabelecimentos financeiros cons-

tantes do art. 1º deverão proceder à adaptação dos malotes de transportes de valores por eles utilizados no prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, a contar da data de publicação desta Lei, sob pena de terem suspenso o transporte de numerários em malotes até que comprove essa adaptação.

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

O presente projeto de lei inspirou-se em lei munici-pal, aprovada pela Câmara Municipal de Olinda, Estado de Pernambuco, e, tal qual aquele diploma legal, tem por motivação apresentar uma solução para um proble-ma que assola todas as regiões do Brasil – o assalto a instituições bancárias e a seus veículos de transporte de valores – com o objetivo principal de proporcionar maior segurança aos funcionários das empresas de transporte de valores e aos cidadãos que, por infortúnio, estejam nos locais onde ocorra essa modalidade de ação criminosa .

A idéia básica da proposição é simples: ao inu-tilizarem-se as cédulas guardadas em um malote, em caso de tentativa de acesso ilegal ao seu interior, se estará retirando a motivação para a prática de tal delito.

É importante ressaltar que a tecnologia para a inutilização de cédulas de moeda guardadas no in-terior de um malote já está disponível no mercado e, inclusive no Brasil, já foram realizados estudos para a comprovação da eficácia do sistema.

Por fim, cumpre destacar que, para assegurar a eficácia das disposições legais propostas, foi prevista a cominação de multa, no caso de descumprimento pela instituição bancária da obrigação de dotar os seus malotes de numerário com os dispositivos eletrônicos de proteção, discriminados na proposição.

Convicto de que as medidas propostas contribui-rão de forma decisiva para eliminação desse tipo de ato criminoso, no Brasil, espero contar com o apoio dos ilustres Pares para a aprovação desta proposição.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputada Luciana Santos.

PROJETO DE LEI Nº 1.734, DE 2011 (Do Sr. Márcio Macêdo)

Institui o Dia Nacional Sem Carro

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É instituído o Dia Nacional Sem Carro,

como uma data educativa, a ser celebrada anualmente no dia 22 de setembro.

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação oficial.

Justificação

22 de setembro tem sido celebrado mundialmen-te como o Dia Sem Carro, em que os cidadãos são conclamados a deixar seus automóveis em casa. A ação constitui uma forma de chamar a atenção da so-ciedade em geral e das autoridades públicas sobre os problemas decorrentes do uso abusivo do transporte particular, como o tráfego intenso, a poluição urbana e aquecimento global. Trata-se de um protesto con-tra a insuficiência do transporte coletivo e a falta de uma política que respeite o pedestre e o portador de deficiência física e que estimule o uso de transportes alternativos como a bicicleta.

No Brasil, o protesto vem adquirindo cada vez mais adeptos. Nos últimos anos, temos assistido ao aumento espetacular da produção de automóveis. A disponibilida-de de financiamento a juros baixos e de longo prazo tem estimulado a aquisição do veículo particular, ao mesmo tempo em que os investimentos em transporte coletivo não têm tido a mesma prioridade. Como resultado, as cidades brasileiras enfrentam problemas de trânsito cres-centes, com consequências desastrosas para a saúde da população e a qualidade do meio ambiente.

Instituir o Dia Nacional Sem Carro é uma forma de dar formalidade a um movimento crescente na sociedade brasileira e estimular a conscientização da sociedade contra a falta de políticas eficientes de transporte público.

Ressalta-se que a data em questão é educativa e não se configura como um feriado. Ela é parte de um propósito de divulgação de informações e dados cien-tíficos sobre o tema da mobilidade não motorizada e danos da crescente emissão de carbono dos veículos motorizados ao meio ambiente e à saúde. Ainda, sua alta significação se comprova pela realização de con-sulta e audiência públicas, e pelas freqüentes ações de mobilização dos setores organizados em torno das questões de meio ambiente e transporte, principalmen-te nos grandes e médios centros urbanos.

Contamos, assim, com o apoio dos nobres pares, na aprovação deste projeto de lei.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Márcio Macêdo, PT/SE.

PROJETO DE LEI Nº 1.735, DE 2011 (Da Sra. Sandra Rosado)

Altera a redação dos arts. 134 e 260 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e o art. 6º da Lei nº 8.242, de 12 de outubro de 1991, para determinar a alocação de recur-sos nos orçamentos da União, dos Estados e dos Municípios para o financiamento e a manutenção dos Conselhos Tutelares.

34440 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990,

passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 134 ................................................Parágrafo único. Constará da lei orça-

mentária federal, estadual e municipal previ-são dos recursos necessários à manutenção e funcionamento dos Conselhos Tutelares.”(NR)

“Art. 260 ................................................§ 1o-A. Na definição das prioridades a

serem atendidas com os recursos captados pelos Fundos Nacional, Estaduais e Munici-pais dos Direitos da Criança e do Adolescente serão consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes à Convi-vência Familiar, bem como a manutenção e o financiamento dos Conselhos Tutelares.

..................................................... ”(NR)

Art. 2º O art. 6º da Lei nº 8.242, de 12 de outu-bro de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 6º ..................................................§ 1º ........................................................§ 2º Os recursos do Fundo Nacional dos

Direitos da Criança e do Adolescente deve-rão ser repassados aos fundos municipais da criança e do adolescente para atender, priori-tariamente, manutenção e financiamento dos Conselhos Tutelares.” (NR)

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, consti-tuindo-se em importante carta de direitos sociais desse segmento populacional.

Para fazer cumprir os direitos das crianças e dos adolescentes, a Lei nº 8.069, de 1990, criou o Conselho Tutelar, estabelecendo, em seus arts. 131 a 140, suas regras gerais de funcionamento. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar é um “órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encar-regado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente”. Ainda de acordo com o Estatuto, deverá haver pelo menos um Conselho Tutelar em cada Município, composto por cinco membros escolhidos pela comunidade para um mandato de três anos. A Lei prevê, também, que os candidatos devem possuir reconhecida idoneidade moral, residir no Muni-cípio e ter idade superior a vinte e um anos.

Conforme já mencionado, a função primordial do Conselho Tutelar é fazer valer as normas contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente. A ele são en-caminhados os problemas de discriminação, explora-ção, violência e opressão de que tenham sido vítimas crianças e adolescentes. Cabe a seus membros en-caminhar as soluções possíveis para tais problemas, por meio do acompanhamento direto de cada caso a eles denunciado.

O art. 134 imputa aos municípios a normatiza-ção e o financiamento das ações do Conselho Tutelar, conforme a seguir transcrito:

“Art. 134. Lei municipal disporá sobre local, dia e horário de funcionamento do Con-selho Tutelar, inclusive quanto a eventual re-muneração de seus membros.

Parágrafo único. Constará da lei orçamen-tária municipal previsão dos recursos neces-sários ao funcionamento do Conselho Tutelar.”

Não há, no entanto, na Lei nº 8.069, de 1990, qualquer menção ao repasse de recursos federal e mesmo estadual para o financiamento das ações dos Conselhos Tutelares. Ao contrário, a Lei nº 12.010, de 3 de agosto de, 2009, ao dar nova redação ao art. 260 do Estatuto da Criança e do Adolescente, determina que “na definição das prioridades a serem atendidas com os recursos captados pelos Fundos Nacional, Es-taduais e Municipais dos Direitos da Criança e do Ado-lescente, serão consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar, bem como as regras e princípios relativos à garantia do direito à convivência familiar previstos nesta Lei.” Não há qualquer menção à necessidade urgente se aparelhar os sucateados Conselhos Tutelares.

No mesmo sentido, a Lei nº 8.242, de 12 de outu-bro de 1991, que cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e, entre outras disposi-ções, institui o Fundo Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente é silente a respeito de transferências de recursos deste Fundo para o financiamento das ações dos Conselhos Tutelares.

E finalmente, a Resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONAN-DA nº 137, de 21 de janeiro de 2010, veda, em seu art. 16, a utilização de recursos do Fundo dos Direi-tos da Criança e do Adolescente para manutenção e funcionamento dos Conselhos Tutelares, conforme a seguir transcrito:

“Art. 16. Deve ser vedada a utilização dos recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente para despesas que não se

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34441

identifiquem diretamente com a realização de seus objetivos ou serviços determinados pela lei que o instituiu, exceto em situações emer-genciais ou de calamidade pública previstas em lei. Esses casos excepcionais devem ser aprovados pelo plenário do Conselho dos Di-reitos da Criança e do Adolescente.

Parágrafo Único. Além das condições es-tabelecidas no caput, deve ser vedada ainda a utilização dos recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente para:

I – a transferência sem a deliberação do respectivo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente;

II – pagamento, manutenção e funciona-mento do Conselho Tutelar;

III – manutenção e funcionamento dos Conselhos dos Direitos da Criança e do Ado-lescente;

IV – o financiamento das políticas públi-cas sociais básicas, em caráter continuado, e que disponham de fundo específico, nos termos definidos pela legislação pertinente; e

V – investimentos em aquisição, cons-trução, reforma, manutenção e/ou aluguel de imóveis públicos e/ou privados, ainda que de uso exclusivo da política da infância e da ado-lescência.” (Grifo nosso)

Como resultado desse descaso no repasse de recursos aos Conselhos Tutelares, a política de aten-dimento a crianças e adolescentes não tem sido efi-cientemente cumprida, uma vez que em alguns Con-selhos Tutelares não há nem mesmo telefone para recebimento de denúncia.

Buscando reverter esse injusto quadro, a presente Proposição de nossa autoria dá nova redação a dispo-sitivos da Lei nº 8.069, de 1990, e da Lei nº 8,242, de 1991, para determinar que sejam repassados recursos federais, estaduais e municipais para o financiamento das ações dos Conselhos Tutelares.

Por todo o exposto, e tendo em vista a relevân-cia e urgência da matéria, contamos com o apoio de todos os nossos Pares para a aprovação deste nosso Projeto de Lei.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputada Sandra Rosado.

PROJETO DE LEI Nº 1.736, DE 2011 (Da Sra. Mara Gabrilli)

Altera a Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009, que “Institui o Estatuto dos Mu-seus e dá outras providências”, para dis-

por sobre a obrigatoriedade do princípio da acessibilidade às pessoas com deficiência no plano museológico.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Acrescente-se a alínea “k” no inciso IV

do art. 46 da Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009:

Art. 46 ...................................................(...)IV – .......................................................k) de acessibilidade física e de lingua-

gem expográfica condizente às pessoas com deficiência.

Art. 2º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Não há quem possa negar que, no mundo contem-porâneo, os museus são instituições culturais relevantes e instrumentos indutores da valorização do patrimônio histórico e incentivadores do desenvolvimento do turis-mo. Assiste-se, nos dias de hoje, em várias partes do mundo, a um crescimento dos museus comunitários, museus populares, museus étnicos, eco museus, em detrimento da instalação de novos museus nacionais. Os cidadãos e movimentos sociais os mais diversos veem na criação de museus importante mecanismo de “resgate” de sua memória e o consequente forta-lecimento de sua identidade.

Sabemos do esforço que o governo tem feito no sentido de dotar o País de um marco regulatório para o setor museológico. O Ministério da Cultura (MinC), sensível à necessidade de uma nova política muse-ológica, criou o Instituto Brasileiro de Museus. O IBRAM é o órgão encarregado de estabelecer a po-lítica nacional de museus, conforme dispõe a Lei nº 11.906, de 20 de janeiro de 2009. Além da criação de uma instituição específica para a área museológica, foi promulgada, também, a Lei nº 11.904, de 14 de ja-neiro de 2009, que “Institui o Estatuto dos Museus e dá outras providências”.

Esse Estatuto dos Museus prevê, entre outros dispositivos, a obrigatoriedade de formulação de um Plano Museológico para as instituições museológicas (arts. 44, 45 e 46). O Plano Museológico do museu constitui peça fundamental e estratégica, onde serão delineados os objetivos e as ações a serem imple-mentadas pela instituição com vistas a cumprir sua função social de valorização, preservação e difusão do patrimônio cultural.

34442 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

No Brasil, existem, hoje, 3.025 museus, segundo dados oficiais do IBRAM 1. Infelizmente, muitos desses museus não dispõem ainda de condições minimamente ideais para receber as pessoas com deficiência. Em-bora nossa Constituição estabeleça que seja direito de todos o acesso aos bens culturais (art. 215, caput), muito ainda precisa ser feito para que os deficientes possam, de fato, usufruir das exposições e mostras presentes nas instituições museológicas.

Neste sentido, a presente proposição obriga os museus, quando da elaboração de seu plano muse-ológico, a incluir o princípio da acessibilidade física e de linguagem expográfica condizente às pessoas com deficiência. Como sabemos, hoje já dispomos de modernas tecnologias e suportes de informação que podem ser usados pelos museus com vistas a atender as pessoas com deficiência. Exemplo disso é o uso da LIBRAS por ocasião das visitas guiadas, confec-ção de folhetos e guias explicativos em braille, uso de maquetes e peças de acervo originais ou cópias para uso tátil dos deficientes visuais, entre outros.

Consideramos que não basta assegurar o aces-so físico às pessoas com deficiência, já previsto na Lei nº 10.098, de 2000 (“Lei da Acessibilidade”). É preciso também promover o acesso aos conteúdos por ocasião das exposições e mostras dos museus. Conforme acentua a pesquisadora Viviane Sarraf, na sua dissertação de mestrado, defendida em 2008 na Universidade de São Paulo (USP), “As pessoas com deficiência, a população de terceira idade e as co-munidades culturalmente excluídas representam um público potencial para os museus. Importantes insti-tuições internacionais realizam pesquisas e propostas de mediação participativa, estratégias de acolhimento e permanência dos visitantes nos imponentes edifícios que abrigam os museus, roteiros de visita destinados a diferentes interesses e, em grande parte destes equi-pamentos, sólidos programas de acessibilidade para este público”. 2

Vale ressaltar que, na última legislatura, o Con-gresso Nacional deu um passo decisivo em relação aos direitos das pessoas com deficiência, ao encampar, no texto constitucional, a Convenção da ONU pelos Direi-tos das Pessoas com Deficiência. A referida Convenção foi aprovada e ratificada com voto qualificado por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 2008. Destacamos alguns dispositivos que tratam da temática do acesso à cultura a esse segmento:1. POLÍTICA NACIONAL DE MUSEUS. Relatório de gestão 2003-2010. Brasília-DF: MinC/IBRAM, 2010, p. 36.2. SARRAF, Viviana Panelli. Reabilitação do Museu: políticas de inclusão cultural por meio da acessibilidade. Dissertação de Mestrado. Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), 2008, p. 14.

“ARTIGO 30 – PARTICIPAÇÃO NA VIDA CULTURAL E EM RECREAÇÃO, LAZER E ESPORTE.

1. Os Estados Partes reconhecem o di-reito das pessoas com deficiência a participar na vida cultural, em base de igualdade com as demais pessoas e deverão tomar todas as medidas apropriadas para que as pessoas com deficiência possam:

a) Usufruir o acesso a materiais culturais em formatos acessíveis;

b) Usufruir o acesso a programas de televisão, filmes), teatros e outras atividades culturais, em formatos acessíveis; e

c) Usufruir o acesso a locais de eventos ou serviços culturais, tais como teatros, mu-seus, cinemas, bibliotecas e serviços turísticos, bem como, tanto quanto possível, a monumen-tos e locais de importância cultural nacional”.

Nosso ordenamento jurídico prevê, garante e de-termina que todos sejam tratados de forma igualitária, respeitando-se as suas diferenças. Todos os brasileiros devem usufruir dos bens, produtos e serviços culturais, sendo que os museus constituem importantes supor-tes da memória indispensáveis à inserção do sujeito em sua história.

A finalidade última desta proposição legislativa é demonstrar a necessidade de uma nova forma de atu-ação institucional por parte dos museus brasileiros que leve em consideração o direito e o desejo das pessoas com deficiência em usufruírem dos bens culturais de nosso patrimônio, o que implica consequentemente a adoção de novas estratégias de mediação e acesso à informação na gestão desses equipamentos culturais. Contamos, pois, com a sensibilidade de nossos Pares para a aprovação deste Projeto de Lei.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputada Mara Gabrilli.

PROJETO DE LEI Nº 1.737, DE 2011 (Do Sr. Geraldo Resende)

Acrescenta art. à Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, determinando que o di-reito à gratuidade da justiça não preclui e pode ser pleiteado a qualquer tempo.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta lei acrescenta art. à Lei nº 1.060, de

5 de fevereiro de 1950, para determinar que o direito à gratuidade da justiça não preclui e pode ser pleiteado a qualquer tempo.

Art. 2º Acrescente-se à Lei nº 1.060, de 5 de fe-vereiro de 1950, o seguinte art. 6º-A:

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34443

“Art. 6º-A. O pedido de concessão da assistência judiciária gratuita pode ser formu-lado em qualquer momento processual, até decisão final da ação, abrangendo todas as instâncias.” (NR)

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

O Superior Tribunal de Justiça julgou procedente recurso contra decisão da Justiça do MS que se negou a apreciar pedido de gratuidade de justiça, apresenta-do após a sentença ter sido prolatada.

Tratava-se de ação movida por imobiliária a de-vedora inadimplente. O Juízo de Campo Grande/MS determinou a reintegração da posse do imóvel, com ressarcimento das parcelas pagas pela devedora, que deveria descontar as custas e honorários advocatícios.

A compradora solicitou assistência judiciária gra-tuita, que foi negada sob o argumento de que com a sentença a ação de conhecimento estava encerrada e não poderia mais ser modificada. O Tribunal de Jus-tiça do Estado entendeu que a prestação jurisdicional no 1º grau estaria encerrada com a sentença e que a gratuidade só poderia ser requerida em eventual in-terposição de recurso.

O STJ decidiu que o pedido de gratuidade de justiça pode ser formulado em qualquer etapa do pro-cesso, esclarecendo que os benefícios da assistência judiciária compreendem todos os atos a partir do mo-mento de sua obtenção, até decisão final, em todas as instâncias, sendo inadmissível a retroação, razão pela qual a sucumbência só seria revista em caso de aco-lhimento do mérito de eventual recurso de apelação.

Segundo o STJ, o eventual deferimento de assis-tência judiciária não implica modificação de sentença, não afetando o princípio da invariabilidade da sentença pelo juiz que a proferiu, previsto no art. 463 do CPC, uma vez que seus efeitos são ex-nunc e que a sucum-bência somente seria revista em caso de acolhimento do mérito de eventual recurso de apelação. O juiz não deve ser afastado da condução do feito, devendo exer-cer as demais atividades posteriores, só não podendo alterar o decidido na sentença.

O processo foi devolvido à primeira instância para ser apreciado o cabimento do pedido de gratuidade.

Há diversos outros precedentes no STJ reconhe-cendo que o pedido de gratuidade de justiça pode ser formulado em qualquer etapa do processo. Em outro caso, uma apelação no TJ/RJ não foi sequer conhecida, pois os desembargadores entenderam que tinha havi-do deserção, uma vez que não foi feito o pagamento

do preparo, não tendo sido apreciada a solicitação de justiça gratuita.

O STJ, neste caso, entendeu que, antes da apela-ção ser julgada extinta por falta de preparo do recurso, deveria ter sido decidida a questão da gratuidade de justiça e que o direito a esta não preclui, podendo ser pleiteada a qualquer tempo. Assim, seria perfeitamente legítimo o seu requerimento em apelação até mesmo porque a situação geradora de sua proteção pode ser decorrente de fatos supervenientes.

Assim que o texto legal existente tem muitas ve-zes trazido dúvidas e deixado lacunas na hora de sua aplicação pelos juízes. Não pode, por uma falta de precisão da lei, o necessitado não ser atendido pelo Estado em seu direito constitucional de acesso à justiça.

Por essas razões, estamos propondo o acréscimo do art. 6º-A na Lei nº 1.060, de 1950, determinando que a justiça gratuita pode ser requerida em qualquer tempo, em todas as instâncias, com o objetivo de aten-der ao cidadão carente, que não pode se ver alijado da prestação judiciária a que faz jus.

Certos da importância da modificação que ora propomos, é que solicitamos o apoio dos ilustres pares.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Geraldo Resende, PMDB/MS.

PROJETO DE LEI Nº 1.738, DE 2011 (Do Sr. Geraldo Resende)

Dispõe sobre a Política Nacional de Vacinação contra a Leishmaniose animal.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Vaci-

nação contra a Leishmaniose animal com a finalidade de prevenir e controlar a doença.

Parágrafo único. A política a que se refere o ca-put deste artigo será desenvolvida de forma integra-da e conjunta entre os órgãos competentes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Art. 2º A Política de que trata o art. 1º desta Lei compreende as seguintes ações, entre outras.

I – Campanha de divulgação, tendo as princi-pais metas:

elucidação sobre as características da doença e seus sintomas;

precauções a serem tomadas pelos proprietários dos animais;

orientação sobre a vacinação.II – Campanha de vacinação gratuita dos animais.Art. 3º A vacinação contra a leishmaniose é obri-

gatória e gratuita em todo o território nacional.Parágrafo único. A vacinação de que trata o caput

deste artigo poderá ser feita gratuitamente nas cam-

34444 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

panhas anuais promovidas pelos órgãos responsáveis pela prevenção e controle da zoonose.

Art. 4º Os cães e gatos infectados pela leishmanio-se poderão receber tratamento em clínicas particulares.

Parágrafo único. No caso de inexistência de me-dicamentos específicos para os animais, os médicos veterinários poderão utilizar remédios destinados ao combate da doença em seres humanos.

Art. 5º Caberá aos órgãos competentes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios:

I – fiscalizar as condições de conservação e dis-tribuição das vacinas oferecidas ao comércio, poden-do apreender, condenar e inutilizar as que forem con-sideradas duvidosas ou impróprias para o consumo.

II – suspender temporariamente ou cessar o cre-denciamento dos revendedores de vacinas contra a leishmaniose que não cumprirem a legislação.

Art. 6º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta das dotações orçamentárias pró-prias, suplementadas se necessário, bem como os re-cursos provenientes de convênios, acordos ou contratos celebrados com entidades, organismos ou empresas.

Art. 7º Esta lei entra em vigor decorridos 90 (no-venta) dias de sua publicação.

Justificação

A leishmaniose é uma doença parasitária trans-mitida pela picada do mosquito infectado, conhecido, dependendo da localidade, como mosquito-palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha.

É uma doença que afeta principalmente cães, mas também animais silvestres, gambá ou saruê e urbanos como gatos, ratos e seres humanos. Estima--se, entretanto, que, para cada caso em humanos, há uma média de 200 cães infectados.

Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose te-gumentar ou cutânea e leishmaniose visceral ou cala-zar. A primeira caracteriza-se por feridas na pele que se localizam principalmente nas áreas expostas do corpo. A leishmaniose visceral, por seu turno, é uma doença sistêmica, pois ataca vários órgãos internos.

A leishmaniose é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores epide-mias de origem parasitária do mundo. Entretanto, focos de leishmaniose visceral canina seguem expandindo-se.

Na América Latina, por exemplo, a zoonose existe em 12 países, sendo que 90% dos casos acontecem no Brasil.

Importante salientar que a leishmaniose visceral canina é considerada mais importante que a doença humana, vez que, além de ser mais prevalente, há um enorme contingente de cães infectados com o parasita

cutâneo, servindo como fonte de contaminação para os mosquitos vetores. Por isso o cão doméstico é o principal reservatório do parasita.

No Brasil, os cães comprovadamente acometidos pela zoonose são encaminhados à eutanásia.

Sobre o assunto, vale transcrever trecho do artigo da médica veterinária, Sonia Faria, da Universidade Federal do Ceará, quando assim se expressou:

“A expansão da doença canina e seu po-tencial zoonótico levaram, por parte das autori-dades sanitárias, o direcionamento do controle para a população canina, baseado no inquérito sorológico e sacrifício dos cães positivos. Com a argumentação de que a carência econômica exis-tente no país aumenta o contingente de humanos susceptíveis, em decorrência principalmente da desnutrição e condições inadequadas de vida, o sacrifício dos cães tem sido nas últimas 4 déca-das a base de controle adotada no Brasil. Esta prática é hoje inaceitável na Europa e cada vez mais contestada pelos proprietários de cães e pela comunidade de veterinários de pequenos animais, sobretudo pelo crescente número de publicações científicas sobre o tratamento canino.

Os esforços para o controle dos vetores são direcionados, principalmente para as for-mas adultas dos flebótomos, pois os criadouros da maioria das espécies são ainda desconhe-cidos. O uso de inseticidas residuais no interior das casas e abrigos de animais é considera-do eficiente para reduzir a população perido-méstica dos flebótomos e consequentemente a transmissão parasitária. Entretanto o efeito é temporário e exige um programa contínuo. No Brasil as ações de controle do vetor foram sempre descontínuas por diversas razões. A liberação de verbas, a alocação e contratação de mão-de-obra dependem de decisões polí-ticas orçamentárias. Os programas que são implementados não surtem o efeito esperado e como consequência ocorre a reinfestação dos ambientes e reaparecimento de casos hu-manos e caninos de calazar. Ainda não foram relatados, no Brasil, casos de resistência aos inseticidas comumente utilizados.

A eutanásia de cães soropositivos é uma medida de controle recomendada pela Orga-nização Mundial de Saúde (OMS), contudo a própria entidade reconhece que existem cães de grande valor afetivo, econômico e prático e por isso não podem ser indiscriminadamente destruídos. Profissionais ligados aos órgãos públicos de controle a leishmaniose visceral

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34445

observam que o momento da busca do cão para eliminação é carregado de forte compo-nente emocional, significando a determinação da “sentença de morte” para um “membro da família” dada a significância que o cão tem no ambiente familiar. Este sentimento faz com que muitos proprietários de cães não aceitem esta estratégia de controle, proporcionando alto índi-ce de recusas, contribuindo para a manutenção da cadeia de transmissão. São necessárias, adoção de medidas alternativas que possam suprimir esta lacuna no controle, além de dimi-nuir o ônus emocional que a mesma representa.

Entretanto, a resistência por parte dos proprietários em entregar os cães para a euta-násia, baseia-se não somente no papel que o cão assume no contexto familiar. Principalmen-te nos meios urbanos, estes animais executam diversas funções como: guarda, salvamento, guia de paraplégicos, prática de esportes, re-pressão à criminalidade e ao tráfico de drogas, além do valor cinófilo de alguns exemplares.

O conhecimento de que a doença canina não é uniformemente fatal e que alguns cães podem apresentar cura espontânea, levou a comunidade científica médico-veterinária à ex-perimentação de tratamento dos animais. Os resultados obtidos conduziram a protocolos bem sucedidos já aplicados em alguns países. A OMS reconhece que a eutanásia dos cães infectados, na maioria dos países, se reserva cada vez mais para casos especiais, como resistência aos fármacos, recaídas repetidas ou situações epidemiológicas perigosas, pois a maioria dos veterinários preferem adminis-trar um tratamento antileishmaniótico, acom-panhando atentamente as recaídas.

Os mesmos estudos indicam que a opção pela eliminação de cães, deveria ser em esca-la de importância, a terceira medida adotada. Outra crítica a esta opção, é a pouca agilidade observada entre a coleta de material, realiza-ção no diagnóstico e a ação de busca de cães infectados e sua eliminação, caso fosse realiza-da de forma ideal, isto é, baseada em melhores técnicas diagnósticas de forma ágil, poderia re-sultar em algum impacto sobre a transmissão, porém apenas de forma linear. Neste contexto, os autores verificaram que o tratamento canino reflete significado semelhante ao do sacrifício no controle de leishmaniose visceral canina.”

A proposição que ora submetemos à apre-ciação do Congresso Nacional intenta, portanto,

instituir a Política Nacional de Vacinação contra a Leishmaniose, prevendo a vacinação anual de animais, a exemplo do que já ocorre no caso da vacina antirrábica, com a finalidade de evi-tar a contaminação e o sacrifício dos animais contaminados, além de tornar facultativo o tra-tamento dos animais infectados.

Como bem salienta o médico veterinário, PAULO TABANEZ, mestre em imunologia pela Universidade de Brasília – UnB, “os gastos empregados na realização da captura, exa-mes e eutanásia poderiam ser direcionados para a formação de uma equipe capacitada para o combate ao mosquito, com campanhas direcionadas à população como é feito com o mosquito da dengue. E lembrando mais uma vez: não é apenas o cão que pode ser infec-tado pela leishmania, o homem e os ratos no meio urbano também são. É mais racional e inteligente combater o mosquito ou exterminar todos os cães, os ratos e os humanos infec-tados pela doença como forma de controle?

Outro fato de extrema importância foi uma Ação Civil Pública impetrada por uma organiza-ção protetora de animais em Mato Grosso do Sul, em que a mesma conseguiu autorização para o tratamento de cães com leishmaniose, portanto, já existe jurisprudência no Brasil permitindo o tra-tamento. O Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul também recomendou aos Minis-térios que revoguem a portaria que não permite o tratamento, com medicação humana, de cães infectados; portanto, TRATAR CACHORRO COM LEISHMANIOSE NÃO É CRIME!”

E acrescenta: “O certo é que as autori-dades sanitárias dos municípios, dos estados e do governo federal precisam agir e investir maciçamente no esclarecimento, educação e conscientização da população, dos tutores de animais e, inclusive, dos médicos humanos e veterinários, visando à prevenção da dissemi-nação da doença. Há a necessidade de am-pliar os estudos para realmente comprovar que animais tratados e mantidos sob controle não representam risco para a população humana; também é necessário extinguir, definitivamente, métodos primitivos e desumanos de combate à doença, como o extermínio em massa de cães.”

Por isso é que, pela importância e conveniência, apresentamos o presente projeto de lei, esperando seja acolhido e aperfeiçoado pelos nossos nobres Pares.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Geraldo Resende, PMDB/MS.

34446 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

PROJETO DE LEI Nº 1.739, DE 2011 (Do Sr. Efraim Filho)

Esta Lei altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, tornando obrigató-ria a adaptação dos portais institucionais mantidos pelo Poder Público para uso pelas pessoas portadoras de deficiência visual.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 10.098, de 19 de

dezembro de 2000, tornando obrigatória a adaptação dos portais institucionais mantidos pelo Poder Público para uso pelas pessoas portadoras de deficiência visual.

Art. 2º Acrescente-se o art. 17-A à Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, com a seguinte redação:

“Art. 17-A. Os portais e sítios eletrônicos na internet mantidos pela administração públi-ca federal, estadual, distrital e municipal deve-rão dispor de recursos que permitam o pleno acesso das pessoas portadoras de deficiência visual aos serviços e informações disponíveis.

§ 1º Os portais e sítios eletrônicos aces-síveis às pessoas portadoras de deficiência visual conterão símbolo que represente a aces-sibilidade na internet, o qual deverá estar pre-sente nas respectivas páginas de entrada.

§ 2º O disposto neste artigo também aplica-se aos portais e sítios eletrônicos na internet mantidos pelas Assembléias Legis-lativas, Câmaras de Vereadores e Câmara Legislativa do Distrito Federal.”

Art. 3º Esta Lei entrará em vigor um ano após a sua publicação.

Justificação

Nos últimos anos, a legislação brasileira logrou expressivos avanços no que diz respeito à ampliação dos direitos dos portadores de necessidades espe-ciais. As medidas implementadas, ao mesmo tempo que reconhecem o imenso potencial produtivo dessas pessoas, também contribuem para fortalecer o seu senso de pertencimento à sociedade.

Não obstante os inegáveis progressos conquis-tados, ainda há muito a evoluir. A análise criteriosa do quadro institucional vigente aponta que os direi-tos efetivamente assegurados aos portadores de necessidades especiais encontram-se muito aquém dos compromissos assumidos pelo Estado brasileiro, sobretudo após a assinatura da Convenção Interna-cional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em 2007, que foi ratificado pelo Congresso Nacional

por meio do Decreto Legislativo nº 6.949, de 25 de agosto de 2009.

De acordo com o referido instrumento, as na-ções signatárias deverão adotar medidas adequadas para promover assistência e apoio ao pleno acesso de pessoas com deficiência a sistemas e tecnologias da informação e comunicação, inclusive à internet. Determina ainda que os Estados deverão fornecer a esses cidadãos, prontamente e sem custo adicional, todas as informações destinadas ao público em geral, em formatos acessíveis e tecnologias apropriadas aos diferentes tipos de deficiência.

No entanto, o exame de parcela significativa dos portais institucionais públicos, principalmente aqueles mantidos por Estados e Municípios, indica a inexis-tência de mecanismos que permitam o pleno acesso dos portadores de deficiência visual a informações e serviços de governo eletrônico. Essa limitação repre-senta uma barreira praticamente intransponível para essas pessoas, dificultando sobremaneira o exercício do direito à liberdade de buscar, receber e compartilhar informações e ideias em igualdade de oportunidades com os demais indivíduos, em contrariedade à orien-tação preconizada pela Convenção.

Diante desse cenário, elaboramos este Projeto de Lei com o objetivo de tornar obrigatória a adap-tação dos portais institucionais públicos para uso pelos portadores de deficiência visual. Em nossa proposta, estabelecemos que a medida seja exten-siva aos portais dos Poderes Executivo e Legislativo dos Estados e Municípios, de maneira a proporcionar amplo acesso aos serviços de governo eletrônico disponibilizados pelos governos e o acompanha-mento dos trabalhos desenvolvidos por todas as Casas Legislativas.

Por fim, para que as administrações disponham de tempo hábil para concluir os trabalhos de adequa-ção de seus sistemas de informática aos recursos de acessibilidade, em nossa proposta, determinamos que o projeto entrará em vigor somente a partir de um ano da sua promulgação.

A aprovação do Projeto, além de viabilizar o aces-so dos portadores de deficiência visual a serviços de re-levante interesse público, atuará como elemento indutor para a implementação de medidas congêneres pelos portais mantidos pela iniciativa privada, contribuindo, assim, para ampliar as oportunidades de participação dessas pessoas em nossa sociedade.

Em virtude da importância do assunto tratado, contamos com o apoio dos nobres Pares para a apro-vação do presente Projeto.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Efraim Filho.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34447

PROJETO DE LEI Nº 1.740, DE 2011 (Do Sr. Carlinhos Almeida)

Denomina “Marginal Petrobras Nor-te” a pista marginal da Rodovia Presiden-te Dutra, entre os quilômetros 146 e 143, sentido norte (Rio de Janeiro), no Estado de São Paulo.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º – A pista marginal à Rodovia Presidente

Dutra, entre os quilômetros 146 e 143, sentido norte (Rio de Janeiro), no Estado de São Paulo, passa a ser denominada “Marginal Petrobras Norte”.

Art. 2º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A reapresentação do PL nº 5.173/2009, do depu-tado Cândido Vaccarezza, arquivado ao final da Legis-latura passada, visa reconhecer não só a contribuição da Petrobras para a construção das pistas marginais à Rodovia Presidente Dutra, entre os quilômetros 146 e 143, no município de São José dos Campos, mas também ressaltar a importância da empresa para a região e a preservação de sua memória junto aos usuários dessas vias.

As obras das marginais realizadas com recursos da Petrobras são um marco para a mobilidade e trafe-gabilidade das pessoas que se utilizam da via para as mais variadas atividades e buscam resolver um antigo problema da região, envolvendo congestionamentos e condições de insegurança aos usuários.

A construção das marginais deu-se em duas eta-pas, iniciada com a implantação da pista marginal no sentido norte (Rio de Janeiro), já entregue ao tráfego. A segunda etapa, com a construção da pista no senti-do sul, também com projeto de nominação apresenta-do por mim como “Marginal Petrobras Sul”, completa o objetivo de originar um Complexo Viário Petrobras nos acessos da Refinaria Henrique Lage à Rodovia Presidente Dutra.

Portanto, a denominação da pista marginal norte, sentido Rio de Janeiro, de “Marginal Petrobras Norte”, significa uma justa homenagem ao que a empresa re-presenta para a região e o País.

Pelo significado de que se reveste o presente projeto de lei, conto com o apoio dos eminentes Pares para a sua aprovação.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Carlinhos de Almeida, Deputado Federal (PT-SP).

PROJETO DE LEI Nº 1.741, DE 2011 (Do Sr. Carlinhos Almeida)

Denomina “Marginal Petrobras Sul” a pista marginal da Rodovia Presidente Du-tra, entre os quilômetros 143 e 146, sentido sul (São Paulo), no Estado de São Paulo.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º – A pista marginal à Rodovia Presidente

Dutra, entre os quilômetros 146 e 143, sentido sul (São Paulo), no Estado de São Paulo, passa a ser denomi-nada “Marginal Petrobras Sul”.

Art. 2º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

O Projeto visa reconhecer não só a contribuição da Petrobras para a construção das pistas marginais à Rodovia Presidente Dutra, no município de São José dos Campos, entre os quilômetros 143 e 146, mas também ressaltar a importância da empresa para a região e a pre-servação de sua memória junto aos usuários dessas vias.

As obras das marginais realizadas com recursos da Petrobras são um marco para a mobilidade e trafe-gabilidade das pessoas que se utilizam da via para as mais variadas atividades e buscam resolver um antigo problema da região, envolvendo congestionamentos e condições de insegurança aos usuários.

A construção das marginais deu-se em duas etapas, iniciada com a implantação da pista marginal no sentido norte (Rio de Janeiro), já entregue ao tráfego, e que também conta com projeto de denominação tramitando nesta Casa.

A segunda etapa, com a construção da pista no sentido sul, completa o objetivo de originar um Com-plexo Viário Petrobras nos acessos da Refinaria Hen-rique Lage à Rodovia Presidente Dutra.

Portanto, a denominação da pista marginal sul, sentido São Paulo, de “Marginal Petrobras Sul”, significa uma justa homenagem ao que a empresa representa para a região e o País.

Pelo significado de que se reveste o presente projeto de lei, conto com o apoio dos eminentes Pares para a sua aprovação.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Carlinhos de Almeida, Deputado Federal (PT-SP).

PROJETO DE LEI Nº 1.742, DE 2011} (Do Sr. Washington Reis)

Dispõe sobre a divulgação de publicida-de ou propaganda do Governo Federal, gover-nos estaduais, prefeituras e de suas entidades da administração indireta em sítios de jornais e emissoras de radiodifusão na Internet.

34448 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a divulgação de

publicidade ou propaganda do Governo Federal, go-vernos estaduais, prefeituras e de suas entidades da administração indireta em sítios de jornais e emissoras de radiodifusão na Internet.

Art. 2º Toda publicidade ou propaganda governa-mental, elaborada ou contratada pelos órgãos e entida-des da administração direta e indireta do Governo Fede-ral, governos estaduais, prefeituras e de suas entidades da administração indireta, destinada à divulgação por meio da Internet, deverá ser veiculada nos respectivos sítios institucionais das instituições responsáveis.

§ 1º Entende-se por publicidade ou propaganda governamental aquela destinada a divulgar atos, pro-gramas, campanhas, ideias ou serviços de órgãos e entidades da administração direta ou indireta.

§ 2º A publicidade a que se refere o caput deste artigo deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, sendo vedada a apresentação de símbolos ou slogans promocionais da administração.

Art. 3º Os meios de comunicação social impres-sos e as emissoras de radiodifusão de sons e de sons e imagens serão obrigados a divulgar, em seus sítios na Internet, informações relativas à publicidade a que se refere o art. 2º desta Lei.

§ 1º Será de responsabilidade do poder consti-tuído todo material de publicidade governamental que será oferecido nos sítios dos meios de comunicação de massa, na forma do caput deste artigo.

§ 2º A publicidade governamental deverá ser exi-bida na forma de banner ou outro recurso publicitário de exibição espontânea, bem como apontador indicando o endereço onde o conteúdo da publicidade está ar-mazenado no sítio oficial, na forma do art. 2º desta Lei.

§ 3º A regulamentação definirá que tipo de recur-so de informática será utilizado na veiculação a que se refere o § 2º do art. 3º desta Lei, bem como o prazo de exibição e outras providências.

Art. 4º O descumprimento desta lei sujeita os in-fratores ao pagamento de multa de R$ 5.000,00, sem prejuízo de outras sanções aplicáveis.

Art. 5º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

O banner, expressão de difícil tradução para a língua portuguesa, é um dos grandes recursos que a Internet trouxe para o mundo da publicidade, sendo hoje ampla-mente utilizado no mundo dos negócios. O âmago desta proposta é incorporar no setor público os benefícios da comunicação digital e o seu poder de penetração junto à população brasileira. A ideia deste projeto é minimizar,

por meio do uso das novas tecnologias da informação, os imensos gastos com publicidade oficial do governo nos meios de comunicação de massa, que são necessárias, porém custam muito caro aos cofres públicos.

O presente Projeto de Lei assegura a custo irrisório para o governo e também para as empresas de comu-nicação, a ampla difusão das campanhas de interesse público do governo, como campanhas de vacinação, de educação e de alistamento eleitoral, entre outras. Trata--se de uma forma eficiente e não onerosa de prestação de serviço público, sem gerar qualquer custo adicional para as empresas de comunicação, como jornais, rá-dios e televisão, uma vez que a obrigação de veicular a campanha estatal está restrita à Internet. Ademais, as peças publicitárias serão produzidas pelos próprios órgãos governamentais, sendo dos governos a respon-sabilidade editorial e financeira pela publicidade.

Com o rápido crescimento da Internet, a mídia eletrônica tem ganhado mais leitores, e está tendo uma penetração cada vez maior também sobre as classes C e D, com as políticas públicas de popularização da banda larga. Dessa forma, torna-se ainda mais impor-tante estender as campanhas institucionais de utilida-de pública e caráter educativo para as novas mídias.

Pelo exposto, pedimos o apoio dos Parlamenta-res para a APROVAÇÃO dessa proposição.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Washington Reis.

PROJETO DE LEI Nº 1.743, DE 2011 (Do Sr. Marllos Sampaio)

Altera a redação dos arts. 339 e 340 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.º. Esta Lei altera a redação dos arts. 339

e 340 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, a fim de majorar as penas dos crimes de denunciação caluniosa e comunicação falsa de crime ou de contravenção.

Art. 2.º. Os arts. 339 e 340 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art.339. ................................................ Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito)

anos, e multa. .................................................... ” (NR)“Art. 340. ..............................................Pena – reclusão, de 3 (três) a 5 (cinco)

anos, e multa.” (NR)

Art. 3.º. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34449

Justificação

A proposição que ora apresento tem por objetivo tornar inafiançáveis os crimes de denunciação calunio-sa e de comunicação falsa de crime ou contravenção.

O sistema adotado hoje pelo Código de Proces-so Penal é o de que, a princípio, todos os crimes são afiançáveis, salvo aqueles dos casos previstos no seu art. 323.

O inciso I deste artigo diz, precisamente, que não será concedida fiança aos crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada for supe-rior a dois anos. O caminho, dessa forma, é aumentar a pena dos referidos crimes.

A pena hoje fixada para o crime de denunciação caluniosa é de reclusão de dois a oito anos, e para o de comunicação falsa de crime ou de contravenção é de detenção de um a seis meses ou multa. Uma pena desse tamanho, além de não possuir nenhum caráter intimidatório, ainda permite a liberdade sob fiança.

Além disso, tais crimes são graves e merecem ser severamente coibidos, posto que ocupam o Estado, que deixa de atender a quem estava realmente neces-sitando para se ocupar de uma comunicação infundada.

Por essas razões, conto com o apoio dos ilustres Pares para a aprovação deste projeto.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Marllos Sampaio.

PROJETO DE LEI Nº 1.744, DE 2011 (Do Sr. Francisco Araújo)

Institui o direito de resposta em caso de acusação ou ofensa divulgada na rede mundial de computadores.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei institui o direito de resposta em

caso de acusação ou ofensa divulgada na rede mun-dial de computadores.

Art. 2º Toda pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade pública que for acusado ou ofendido, em publicação feita em sítio na rede mundial de compu-tadores, por meio da divulgação de fato inverídico ou errôneo, tem direito a resposta ou retificação.

§ 1º O direito a que se refere o caput independe da intenção pretendida, mas deve ser orientado pe-los resultados obtidos, sendo a resposta proporcional ao agravo.

§ 2º O pedido de direito de resposta deve ser en-dereçado ao responsável, pessoa natural ou jurídica, que propiciou a divulgação da ofensa ou acusação.

§ 3º Quando justificado, o direito de resposta deve ser divulgado nas mesmas circunstâncias, espaço e destaque do enunciado, fato ou ato que o motivou.

§ 4º Se o ofendido buscar amparo judicial em outra ação, cível ou criminal, com base no mesmo fato ofensivo, fica prejudicado o direito de resposta previsto nesta Lei.

§ 5º A resposta da parte que se sentir ofendida deverá limitar-se ao enunciado, fato ou ato que o moti-vou, não devendo conter expressões que possibilitem um novo direito de resposta.

§ 6º Não caberá o direito de resposta quando o enunciado, fato ou ato que o motivou decorre do simples exercício da crítica, desprovido de aspecto ofensivo.

§ 7º O descumprimento desta Lei acarretará ao veículo responsável pela divulgação da ofensa paga-mento de multa no valor de R$ 5.000,00, sem prejuízo de outras ações judiciais cabíveis.

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

Apesar de a Constituição Federal estabelecer, em seu art. 220, que “a manifestação do pensamento, a cria-ção, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”, o princípio da liberdade de expressão também deve obedecer a regras no caso de ofensa a pessoa. Desde 1967, a chamada Lei de Imprensa (Lei 5250/67), recentemente revogada pelo Supremo, previa o direito de resposta, nos arts. 29 a 33, que estabeleciam prazos para requerimento, re-quisitos da inicial, sanções e procedimentos em geral.

A própria Carta Magna, no art. 5º, é a base jurídica dessa faculdade, ao prever que: “é assegurado o direi-to de resposta, proporcional ao agravo”. Não, constitui, portanto, ofensa à liberdade de expressão o direito de resposta, mas sim o seu reverso, a sua complementa-ção, a garantia do exercício pleno da cidadania.

O volume exagerado de informações disponí-veis no mundo hoje, fenômeno este chamado de hi-perinformação, faz da Internet um ambiente fora de qualquer controle social ou estatal, mas isso também torna difícil evitar os abusos, na medida em que a fa-cilidade de postagem e de manuseio do conteúdo faz com que todo cidadão seja um provedor de conteúdo em potencial. No entanto, nem sempre o internauta usa dessa importante ferramenta de democratização da informação pra fins lícitos, atacando a imagem e a honra de pessoas por razões diversas.

A proposta em questão estabelece um rito direto para a reclamação judicial em razão de ofensa na inter-net, mas não impede o uso de outras instâncias de re-paração. É importante destacar que a Internet não deve ser “terra de ninguém”, e que questões como liberdade de expressão, direito à privacidade, direitos autorais e direito de imagem devem ser preservados na rede.

34450 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Assim, o presente Projeto de Lei prevê o direito de resposta à ofensa divulgada na Internet como um instru-mento a mais de defesa do cidadão. Com mais de 50 mi-lhões de usuários no Brasil, a Internet deve ser um ambiente de exercício democrático dos direitos de cidadania, e não fonte de instabilidade política e produção de injustiças.

Na velocidade da Internet em banda larga, en-tendemos que aplicar um rito processual direto como o direito de resposta é uma medida destinada a re-parar erros, democratizar a informação e pluralizar o debate, além de coibir o uso da rede para fins ilícitos Evita também uma avalanche de ações que poderiam sobrecarregar ainda mais a Justiça brasileira.

Pela atualidade e caráter de justiça da proposta, pedimos o apoio dos nobres colegas para a APROVA-ÇÃO do presente Projeto de Lei.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Francisco Araújo.

PROJETO DE LEI Nº 1.745, DE 2011 (Do Sr. Roberto Santiago)

Dispõe sobre a vedação na comercia-lização de alimentos e produtos em geral destinados ao consumo e uso por crianças, a oferta de brinquedos, brinde ou prêmio a título de bonificação.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a vedação, na promo-

ção e na comercialização de alimentos e de produtos em geral destinados ao consumo e uso por crianças, a oferta de brinquedos, brinde ou prêmio a título de bonificação, operação também conhecida como venda casada.

Art. 2º Fica vedada, na promoção e na comerciali-zação de alimentos e de produtos em geral destinados ao consumo e uso por crianças, a oferta conjunta de brinque-dos, brinde, prêmio ou congêneres a título de bonificação.

Parágrafo único. A vedação de que trata o caput deste artigo aplica-se também a todos os alimentos e produtos em geral que, embora não destinados especifi-camente ao consumo e uso por crianças, de qualquer for-ma alcancem prioritariamente esse grupo populacional.

Art. 3º A propaganda de alimentos para crianças, por qualquer meio de comunicação, deve se sujeitar ao parecer de nutricionista devidamente registrado no órgão regulamentador da profissão.

Parágrafo único. O nome e número de registro profissional do nutricionista devem ser incluídos, em corpo menor, em toda propaganda impressa.

Art. 4º Para os efeitos desta Lei considera-se como criança, a pessoa até doze anos de idade incom-pletos, de acordo com o que dispõe a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

Art. 5º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará os infratores às penalidades previstas na Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.

Justificação

De acordo com a Constituição Federal, compe-te ao Estado assegurar que a atividade econômica – fundada no preceito básico da liberdade de iniciativa – seja exercida em consonância com outros princípios igualmente constitucionais, tais como a garantia da dignidade humana em todas as suas dimensões e a defesa do consumidor, cada vez mais vulnerável nos atuais ambientes econômicos de massa.

A liberdade econômica, portanto, não é um valor absoluto, admitindo condicionamentos que assegurem a concretização dos demais padrões constitucionais. Constitui expressão desse condicionamento, as nor-mas que disciplinam a oferta e apresentação de pro-dutos. Referidas normas devem balizar as práticas de divulgação e de venda – instrumentos fundamentais de persuasão do consumidor – de modo a evitar abu-sos e promover o exercício consciente e esclarecido do ato de consumo. Defende-se, assim, a dignidade e os interesses econômicos do consumidor.

A questão ganha ainda mais relevância quando se relaciona com o consumo infantil. Se, na economia de mas-sas, o consumidor maduro psicológica e intelectualmente já é relegado a uma inexorável posição de vulnerabilidade e hipossuficiência, nossas crianças colocam-se em situação ainda maior de fragilidade. O caso mais comum, porém, não único, diz respeito as lanchonetes de alimentos fast-food que associam o comércio desses alimentos a brinquedos que, por sua vez, se ligam aos filmes (e super-heróis) da moda. As lanchonetes fast-foods estabelecem contratos com a indústria cinematográfica garantindo a difusão dos filmes infantis nesses espaços e, ao mesmo tempo, o co-mércio desses alimentos. A prática tem algo de perverso porque é feita para criar consumidores de um tipo de ali-mento contestado pelos médicos e nutricionistas por es-tarem associados a doenças como obesidade e câncer. Não por acaso, em 2010, a Sociedade de Medicina dos Estados Unidos veiculou nas propagandas nominando esses alimentos ofertados para as crianças como cau-sadoras das referidas doenças. Isto é, rica em gorduras, açucares e sódios, esta comida é prejudicial às crianças.

Com o discernimento ainda incompleto, a captura desses pequenos consumidores é tarefa fácil para as sofisticadas técnicas de marketing. Sem preparo para entenderem que o saudável ato de brincar é aqui sub-vertido para conduzi-las ao consumo de produtos peri-gosos para saúde, as crianças voltam-se para os pais,

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34451

detentores da capacidade financeira que lhes falta, para atenderem seus caprichos. Considere-se ainda que a propaganda prevê o constrangimento dos pais, muitas vezes ostensivo, público, quando usando de bom sen-so se dispõem a contrariar os filhos. Esse tipo de com-portamento comercial é reconhecido como pernicioso por vários países, tanto que adotam leis que proíbem a associação de brindes na oferta de produtos infantis.

O parecer do nutricionista sobre a publicidade a ser veiculada objetiva fazer com que profissional habilitado se responsabilize sobre a qualidade nutricional do alimento que está sendo comercializado. Com isto, pretendemos evitar que alimentos que provocam danos à saúde se-jam consumidos pelas crianças e queremos estimular a produção de alimentos saudáveis. Não podemos aceitar que as crianças continuem sendo bombardeadas com doces, balas, chicletes, biscoitos, que apenas “divertem” o paladar, não alimentam, e ainda provocam principal-mente a obesidade – doença que, em alguns estados, atinge cerca de metade da população e caminha para se tornar uma epidemia no País. Deve-se levar em conta que, norteado por um movimento mundial contra os fal-sos alimentos, ainda recentemente o Executivo deflagrou debate sobre a inclusão de informes sobre quantidade de sódio e açúcares nesse tipo de alimentos.

Essa técnica de marketing tornou-se tão vitoriosa, que o comércio já partiu para outros produtos consu-midos e/ou utilizados por crianças, a exemplo de ma-teriais escolares, vestuário e de higiene, cuja prática também deve ser reprimida.

Importa registrar que consideramos para os efei-tos de definição de criança, como a pessoa de até doze anos incompletos, segundo o estabelecido no Estatuto da Criança e Adolescente.

Por fim, para fazer cessar essa prática no País, apresentamos o presente projeto de lei. Em caso de descumprimento, a proposição aproveita o eficiente instrumental sancionador já existente que é o Código de Defesa do Consumidor.

Submetendo a matéria à apreciação desta Casa, solicitamos a colaboração dos ilustres Pares para seu aperfeiçoamento e aprovação.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Roberto Santiago, PV/SP.

PROJETO DE LEI Nº 1.747, DE 2011 (Da Sra. Teresa Surita)

Acrescenta parágrafo ao art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educa-ção nacional, para dispor sobre critérios e procedimentos para o processo nacio-

nal de avaliação do rendimento escolar na educação básica.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro

de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º:“Art. 9º ...................................................

.......................................................................§ 4º O processo nacional de avaliação do

rendimento escolar mencionado no inciso VI do “caput” deste artigo, obedecerá, no que se re-fere à educação básica, aos seguintes critérios e procedimentos, sem prejuízo de outros que vierem a ser estabelecidos em regulamento:

I – avaliação periódica, anual ou, no má-ximo, bianual, por meio de instrumentos pa-dronizados, do grau de letramento e de “nu-meramento” de todos os estudantes do 2º ano do ensino fundamental;

II – avaliação periódica, anual ou, no máximo, bianual, por meio de instrumentos padronizados, das competências, habilidades e conhecimentos em Língua Portuguesa, Ma-temática, Ciências Naturais e Ciências Huma-nas e Sociais, de todos os estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental, e do 3º ano do ensino médio;

III – validação dos resultados apenas para turmas de alunos e escolas em que pelo menos 80% (oitenta) por cento dos alunos te-nham comparecido às atividades de avaliação referidas nos incisos I e II deste parágrafo;

IV – cruzamento dos resultados das ava-liações previstas nos incisos I e II, com infor-mações sobre:

a) o perfil do corpo discente de cada es-cola, especialmente no que se refere às suas condições socioeconômicas;

b) as condições de trabalho em cada es-cola, especialmente a disponibilidade de pes-soal, recursos materiais e financeiros;

V – a construção de índice que sinteti-ze os resultados das avaliações, caso haja, limitar-se-á a reunir os resultados daquelas previstas nos incisos I e II e outros indicado-res de rendimento escolar, especialmente a taxa de aprovação, vedada a diferenciação de peso, sob qualquer forma, entre esses di-versos elementos.

VI – a existência de índice, tal como o referido no inciso V, não substituirá a publica-ção dos resultados das avaliações previstas nos incisos I e II, por escola, rede escolar e ente federado;

34452 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

VII – desenvolvimento de boletins e do-cumentos informativos que possibilitem aos professores de cada turma e/ou componente curricular conhecer, em detalhe, os êxitos e as deficiências do desempenho de seus alunos nas avaliações aplicadas;

VIII – as avaliações previstas nos incisos I e II poderão ser diretamente aplicadas pela União ou, mediante acordo de cooperação, pelos Estados e pelo Distrito Federal, em seus respectivos sistemas de ensino e de seus Mu-nicípios, caso mantenham sistemas próprios de avaliação do rendimento escolar;

IX – os sistemas próprios de avaliação do rendimento escolar dos entes federados serão compatíveis com o sistema mantido pela União, em termos metodológicos, especialmente no que se refere a matrizes e escalas de profici-ência, e em termos de calendário de aplicação.

X – os resultados das avaliações referidas neste parágrafo ensejarão providências dos sistemas de ensino para o desenvolvimento de atividades de formação continuada para os professores, com o intuito de promover o saneamento das deficiências de aprendizado verificadas.” (NR)

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A presente proposição pretende assegurar que o processo nacional de avaliação do rendimento es-colar na educação básica, conduzido pela União, em colaboração com os entes federados subnacionais, obedeça a critérios e procedimentos que assegurem sua fidedignidade e se traduza em estratégias que de fato promovam a melhoria da qualidade da educação brasileira.

O Brasil hoje dispõe do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB e da Prova Brasil, além de um indicador-síntese, o Índice Nacional de Desenvol-vimento da Educação Básica – IDEB. A Prova Brasil abrange o conjunto das escolas públicas, sem alcan-çar as particulares. Ora, de acordo com o art. 209 da Constituição Federal, estas últimas estão sujeitas a autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público. As provas também não incluem a área das Ciências Naturais e das Ciências Humanas e Sociais, o que determinaria a cobertura mais exten-siva do currículo escolar.

O sistema federal de avaliação não inclui uma avaliação sistemática do letramento e do “numera-mento” das crianças em início de processo de escola-

rização. Existe, é verdade, a Provinha Brasil. Mas ela tem outros objetivos.

O IDEB, além de não ser criado por lei, precisa receber aperfeiçoamentos com relação aos pesos im-plícitos dos seus componentes e quanto às exigências de proporção mínima aceitável de alunos participantes das provas. Seus resultados também precisam ser cru-zados com dimensões do perfil do alunado das esco-las, especialmente suas condições socioeconômicas.

É absolutamente fundamental que os resultados das avaliações, adequadamente descritos, cheguem aos professores para que estes, recebendo a formação continuada necessária, possam sanar as deficiências de aprendizagem detectadas. Esta é a essência pe-dagógica de um sistema de avaliação dessa natureza.

A operação dessas avaliações pode ser feita de modo descentralizado, mediante cooperação entre os entes federados. No entanto, é imprescindível que os sistemas de avaliação locais sejam compatíveis entre si e com o sistema federal, para assegurar compara-bilidade e resultados que permitam a formulação de políticas públicas nos diversos níveis, da escola ao contexto nacional.

Estas são as razões que inspiram a presente proposição, para a qual estou convencida de contar com o apoio dos ilustres Pares para sua aprovação.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputada Teresa Surita.

INDICAÇÃO Nº 808, DE 2011 (Do Sr. Sandro Mabel)

Sugere que o Ministério da Educação inclua, nas diretrizes curriculares do ensino médio, conteúdos relativos aos direitos e garantias fundamentais presentes no art. 5º de nossa Carta Magna.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação,

Vimos, através deste expediente, expor e solici-tar o seguinte:

Os cientistas políticos e historiadores são unâ-nimes em afirmar que um dos fatos históricos mais importantes das últimas décadas se deu com o de-senvolvimento de um consciência cívico-cidadã em grande parte da população brasileira, sobretudo em decorrência dos movimentos populares que passaram a reivindicar direitos civis, políticos e sociais, na sua busca por uma melhor qualidade de vida.

Aliado a esse fato histórico, em meio ao pro-cesso de redemocratização dos anos 1980, o País passou a contar com uma nova Constituição Federal que inaugurou um novo ordenamento jurídico. Uma das principais inovações trazidas pelo texto constitu-

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34453

cional foi o elenco de direitos e garantias fundamen-tais do cidadão, presentes no art. 5º, que coroam o princípio da cidadania, esteio do estado democrático de direito. Tanto assim é que a nova Constituição foi sugestivamente chamada pelo então Deputado Ulys-ses Guimarães, relator do processo constituinte, de “Constituição Cidadã”.

Como bem afirmou o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio, na sua obra clássica “A Era dos Direitos”, não há democracia possível sem o reconhecimento por parte dos Estado dos direitos da pessoa humana. Fa-lar em democracia implica em reconhecer que somos cidadãos e temos direitos que devem ser protegidos e garantidos pelo Poder Público.

Consideramos que a escola, além de lidar com o conhecimento historicamente produzido pela socie-dade, deve ser também o espaço onde nossos ado-lescentes e jovens, ao final do ensino médio, possam aprender os direitos, deveres e garantias do cidadão, essenciais a sua futura inserção no mundo do trabalho. Não defendemos a criação de mais uma disciplina ao já saturado currículo escolar. Os conteúdos relaciona-dos aos direitos de cidadania podem ser perfeitamente trabalhados nas disciplinas curriculares já existentes, a exemplo da Língua Portuguesa e da História e, mais recentemente, com o retorno da Filosofia e da Socio-logia a essa etapa da educação básica.

Sabemos que o Ministério da Educação, em articulação com o Conselho Nacional de Educação (CNE), está ultimando a elaboração de novas diretrizes curriculares para o ensino médio, de forma a torná-lo mais flexível e adaptado às especificidades regionais e locais, em um país marcado por forte diversidade cultural. Mesmo com o delineamento do novo currículo para o ensino médio, não se pode perder de vista a necessidade de que nossos jovens tenham uma for-mação humanística, mesmo em cursos voltados para uma habilitação profissional.

Temos conhecimento, também, que a temática da Cidadania já se encontra adequadamente contemplada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do en-sino fundamental, como tema transversal, permeando, de forma interdisciplinar, todas as matérias curriculares. Entendemos, pois, que, no ensino médio, o estudo da Cidadania deva ser aprofundado, com conteúdos re-lacionados aos direitos e garantias fundamentais do cidadão e dos direitos humanos.

Neste sentido, vimos solicitar desse Ministério o empenho necessário para que as novas diretri-zes curriculares para o ensino médio contemplem, de forma transversal e/ou interdisciplinar, o estudo dos direitos e garantias fundamentais, especialmen-

te aqueles consagrados no art. 5º da Constituição Federal de 1988.

Com isso, temos plena consciência que estare-mos reforçando o princípio basilar de que a educação para a cidadania deve ser meta a fundamentar toda e qualquer política, ação ou projeto educacional do atual governo, na perspectiva de se construir uma sociedade mais democrática e cidadã.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Sandro Mabel, PR/GO.

INDICAÇÃO Nº 809, DE 2011 (Do Sr. Weliton Prado)

Sugere ao Ministro das Cidades, MÁ-RIO SÍLVIO MENDES NEGROMONTE, que sejam realizados os esforços necessários para a inclusão da proposta “Rede de Me-trô de BH”, com a criação de novas linhas e a expansão de ramais para os municípios de Betim e Contagem, no PAC Mobilidade Grandes Cidades.

Excelentíssimo Senhor,O PAC Mobilidade Grandes Cidades é um projeto

integrante da segunda etapa do Programa de Acelera-ção do Crescimento. É mais uma importante ação em defesa do desenvolvimento dos municípios.

As maiores cidades brasileiras receberão cerca de R$ 18 bilhões para melhorias do sistema de trans-porte público, ampliando, assim, a capacidade de lo-comoção e melhorando a infraestrutura do transporte público coletivo.

Em todo país, as obras beneficiarão 39% da po-pulação que vive em regiões metropolitanas. Com o Programa, o governo incentiva e contribui para sair do papel soluções para os gargalos de mobilidade dos grandes centros urbanos, num esforço para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Ora, dessa forma, um dos projetos que precisa ser incluído no PAC Mobilidade Grandes Cidades é o do metrô de Belo Horizonte, que, atualmente, tem capacidade para transportar apenas mil pessoas e atender 170 mil usuários por dia.

A integração com Betim e Contagem é uma luta antiga de toda a população e exige ações integradas dos municípios, governo estadual e do governo fede-ral. Será necessário aumentar o número de vagões e aumentar a capacidade de transporte para 1500 pas-sageiros, beneficiando um milhão de pessoas.

O Metrô de BH conta com apenas 28,2 quilô-metros de trilhos que ligam a estação Vilarinho, na região Norte de Belo Horizonte, à Estação Eldorado, em Contagem. São 19 estações que atendem apenas

34454 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

5% da população, razão pela qual urge a ampliação e criação de novas linhas.

A proposta da “Rede de Metrô de BH”, com previ-são de recursos para o projeto executivo que estende a linha do Eldorado até Betim e as obras de vedação e transposição, já foi encaminhada ao governo federal e conta com as cartas de anuências das três prefeituras: Belo Horizonte, Contagem e Betim.

Os documentos estão sendo analisados pelo Ministério das Cidades, dentro do PAC Mobilidade. O projeto prevê a criação de três novas linhas: da região do Barreiro ao Calafate; do Lagoinha à região da Sa-vassi; e uma extensão de Contagem até Betim. Com a aprovação do governo federal, a expectativa é que a ampliação do metrô seja concluída em cinco anos. Contudo, há um esforço para que pelo menos duas destas obras sejam concluídas até a Copa de 2014.

Ora, a população não aguenta mais esperar pela expansão do metrô. São pelo menos 24 anos de atraso para início da operação dos novos ramais. Apenas um está em funcionamento desde a década de 80, o que é inadmissível para uma região como a Metropolitana de Belo Horizonte.

Ante o exposto, faz-se necessário que o Minis-tério das Cidades anuncie as obras de expansão do Metrô de BH como projeto aprovado e incluído no PAC Mobilidade Grandes Cidades, contemplando, pelo me-nos, um milhão de pessoas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Sala das Sessões, junho de 2011. – Weliton Prado, Deputado Federal – PT/MG.

INDICAÇÃO Nº 810, DE 2011 (Do Sr. Weliton Prado)

Sugere à Presidenta da República, DILMA ROUSSEFF, que sejam realizados os esforços necessários para a inclusão da proposta “Rede de Metrô de BH”, com a criação de novas linhas e a expansão de ramais para os municípios de Betim e Con-tagem, no PAC Mobilidade Grandes Cidades.

Excelentíssima Senhora Presidenta,O PAC Mobilidade Grandes Cidades é um projeto

integrante da segunda etapa do Programa de Acelera-ção do Crescimento. É mais uma importante ação em defesa do desenvolvimento dos municípios.

As maiores cidades brasileiras receberão cerca de R$ 18 bilhões para melhorias do sistema de trans-porte público, ampliando, assim, a capacidade de lo-comoção e melhorando a infraestrutura do transporte público coletivo.

Em todo país, as obras beneficiarão 39% da po-pulação que vive em regiões metropolitanas. Com o

Programa, o governo incentiva e contribui para sair do papel soluções para os gargalos de mobilidade dos grandes centros urbanos, num esforço para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Ora, dessa forma, um dos projetos que precisa ser incluído no PAC Mobilidade Grandes Cidades é o do metrô de Belo Horizonte, que, atualmente, tem capacidade para transportar apenas mil pessoas e atender 170 mil usuários por dia.

A integração com Betim e Contagem é uma luta antiga de toda a população e exige ações integradas dos municípios, governo estadual e do governo fede-ral. Será

necessário aumentar o número de vagões e au-mentar a capacidade de transporte para 1500 passa-geiros, beneficiando um milhão de pessoas.

O Metrô de BH conta com apenas 28,2 quilô-metros de trilhos que ligam a estação Vilarinho, na região Norte de Belo Horizonte, à Estação Eldorado, em Contagem. São 19 estações que atendem apenas 5% da população, razão pela qual urge a ampliação e criação de novas linhas.

A proposta da “Rede de Metrô de BH”, com previ-são de recursos para o projeto executivo que estende a linha do Eldorado até Betim e as obras de vedação e transposição, já foi encaminhada ao governo federal e conta com as cartas de anuências das três prefeituras: Belo Horizonte, Contagem e Betim.

Os documentos estão sendo analisados pelo Ministério das Cidades, dentro do PAC Mobilidade. O projeto prevê a criação de três novas linhas: da região do Barreiro ao Calafate; do Lagoinha à região da Savassi; e uma extensão de Contagem até Betim. Com a aprovação do governo federal, a expectati-va é que a ampliação do metrô seja concluída em cinco anos. Contudo, há um esforço para que pelo menos duas destas obras sejam concluídas até a Copa de 2014.

Ora, a população não aguenta mais esperar pela expansão do metrô. São pelo menos 24 anos de atraso para início da operação dos novos ramais. Apenas um está em funcionamento desde a década de 80, o que é inadmissível para uma região como a Metropolitana de Belo Horizonte.

Ante o exposto, faz-se necessário que o Minis-tério das Cidades anuncie as obras de expansão do Metrô de BH como projeto aprovado e incluído no PAC Mobilidade Grandes Cidades, contemplando, pelo me-nos, um milhão de pessoas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Weliton Prado, Deputado Federal – PT/MG.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34455

INDICAÇÃO Nº 811, DE 2011 (Do Sr. Domingos Sávio)

Sugere ao Ministro da Agricultura a prorrogação do prazo limite de 30 de junho de 2011, para 31 de dezembro de 2011 para que os produtores rurais se habilitem as novas exigências da instrução normativa nº 51 do Ministério da Agricultura.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Agricultura:Os produtores da cadeia do leite precisam de

mais tempo para se adequar as novas exigências estabelecidas pela Instrução normativa nº 51. Com a normativa, a maior parte desses pequenos produtores ficará excluída do mercado, já que os novos parâmetros requerem investimentos na criação e manejo do gado, bem como a manipulação do leite extraído. De acordo com o último censo agropecuário do IBGE, 58% do lei-te fornecido no país provem de produções familiares.

Salientamos que este prazo é muito curto para que os interessados do setor agropecuário se adéqüem as novas exigências pelo fato deste setor ser carente de investimentos.

A agricultura familiar vem trazendo progresso e crescimento para a nossa economia, o que nos faz acreditar que a prorrogação do referido prazo benefi-ciará muitos produtores de leite artesanal.

Neste sentido, sugerimos a alteração do prazo esti-pulado na referida instrução para 31 de dezembro de 2011.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Domingos Sávio, ViceLíder do PSDB na Câmara dos Deputados.

INDICAÇÃO Nº 812, DE 2011 (Do Sr. Jesus Rodrigues)

Sugere ao Ministro da Integração Na-cional a elaboração do Projeto de Integração das Bacias do Rio São Francisco abastecen-do os Rios Piauí e Canindé possibilitando a construção do Eixo Oeste, contemplando as Regiões do Estado do Piauí.

Exmo Senhor Ministro da Integração Nacional,Desde que sua implantação começou a ser co-

locada nos planos de investimentos do governo fede-ral, em meados da década de 1990, a Transposição

de Água do Rio São Francisco para outras bacias do semi-árido nordestino, vem ocorrendo paulatinamente. Ocorre que mesmo diante do Projeto de Integração do Rio São Francisco, o Piauí não foi contemplando com qualquer uma das benfeitorias que envolvem diversas áreas do semi-árido nordestino.

Segue relatório das áreas que estão sendo con-templadas com a execução da obras de Integração da Bacia do Rio São Francisco.

Em sua atual concepção, o projeto de transposi-ção de água para o semi-árido prevê a captação em dois pontos diferentes do rio São Francisco. A primeira captação, que atenderá o “Eixo Norte”, será implantada a montante da localidade de Cabrobó-PE e terá capa-cidade instalada para bombear até 99 m3/s. A segunda captação, que atenderá o “Eixo Leste”, localizar-se-á a jusante da barragem de Itaparica e terá capacidade instalada de recalque de até 28m3/s.

O “Eixo Norte” prevê levar água para o açude Entremontes, no rio Brígida (Pernambuco), para o rio Salgado, afluente do Jaguaribe (Ceará) para o açude Engenheiro Ávidos, no rio do Peixe, afluente dos rios Piranhas-Açu, (Paraíba e Rio Grande do Norte) e para o açude Pau de Ferros, no rio Apodi (Rio Grande do Norte). Desse eixo, a água irá para grandes açudes, como Castanhão, no rio Jaguaribe, Santa Cruz no Rio Apodi, e Armando Ribeiro, no rio Piranhas-Açu.

No “Eixo Norte” estão previstos cerca de 345 (tre-zentos e quarenta e cinco) km de canais, aquedutos, túneis e condutos forçados, três estações de bombe-amento e uma usina hidrelétrica do Jati – CE.

O “Eixo Leste” destina-se a levar água para o açu-de Poço da Cruz, no rio Moxotó (Pernambuco), afluen-te do próprio Rio São Francisco, e para o rio Paraíba (Paraíba), contribuindo para os açudes Boqueirão e Acauã. No “Eixo Leste” estão previstos cerca de 333 km de canais, aquedutos, túneis e condutos forçados e seis estações de bombeamento.

Observando as ações acima relacionadas, que estão sendo executadas atualmente e com previsão de inauguração nos próximos 04(quatro) anos, vê-se que não existe qualquer intenção de se incluir o semi--árido piauiense.

O Estado do Piauí tem uma região semi-árida, com mais de 20(vinte) municípios na margem do Lago de Sobradinho, que estão sofrendo com a seca e sub-desenvolvimento por falta de investimentos públicos na distribuição dos recursos hídricos existentes na região.

A Vice – Presidência da Republica no primeiro governo desenvolveu o pré-projeto denominado Eixo Oeste, porem, tal projeto hoje parece esquecido.

O Plano que de inicio beneficiaria os Estados do Nordeste Setentrional – Ceará, Paraíba, Rio Grande

34456 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

do Norte e Piauí – com a implementação dos Eixos Norte, Leste e Oeste, além dos investimentos nos sub--programas como PROÁGUA, Desenvolvimento da Agricultura Irrigada e CONVIVER, não foram postos em pratica no que tange ao Eixo Oeste, deixando de buscar água Do Lago de Sobradinho, na Bahia, pas-sando por Remanso, até chegar ao Piauí.

Assim sendo, solicita-se de Vossa Excelência to-das as providências no sentido de garantir a realização do Projeto de Construção do Eixo Oeste, conforme constava no projeto inicial, pugnando pela imediata inclusão da construção do Eixo Oeste no Programa de Aceleração ao Crescimento – PAC.

Jesus Rodrigues, Deputado Federal – PT/ PI.

INDICAÇÃO Nº 814, DE 2011 (Do Sr. Izalci)

Sugere ao Ministro da Educação a in-clusão, nas diretrizes curriculares de His-tória para a educação básica de conteúdos relativos à História do Poder Legislativo no Brasil.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação,

Vimos, através deste expediente, expor e solici-tar o seguinte:

Não há quem possa duvidar acerca da importân-cia da História como disciplina obrigatória no currículo escolar da educação básica, indispensável à formação da cidadania de nossas crianças, adolescentes e jo-vens. Não mais restrita a uma mera enumeração de datas-fatos-nomes de personagens, hoje, na escola, o conhecimento histórico se torna elemento fundante para o desenvolvimento da consciência crítica dos alunos e professores, que se colocam como sujeitos de sua própria história e agentes da transformação do social.

Uma análise mais minudente na maioria dos livros didáticos de História do Brasil, destinados à educação básica, mostra-nos uma predominância na abordagem do papel do Executivo em detrimento de outros poderes e instâncias da sociedade na condução do processo histórico nacional.

A História do Brasil, sobretudo a do período re-publicano, narrada pelos manuais didáticos e ensinada em nossas escolas, prioriza uma periodização a par-tir dos mandatos presidenciais, enfatizando os feitos, acontecimentos e realizações dos governantes. Se to-marmos os índices com os conteúdos programáticos desses livros encontraremos, com certeza, os seguin-tes capítulos: A Era Vargas, O Governo JK, O Governo dos Militares, entre outros. Há uma ausência do papel do Parlamento na história nacional. Se a História é um processo de construção coletiva, no qual interagem

diversos atores sociais, o currículo escolar e o ensino de História nas escolas tem que se debruçar, também, sobre o papel do Poder Legislativo no País.

O cientista político Octaciano Nogueira disse, de forma muito apropriada, que: “...o Parlamento está presente em todos os momentos da História do Bra-sil. Seja discutindo e votando os maiores documentos da legislação do país, seja buscando entendimento, conciliação e soluções nos momentos de crise. Seja debatendo as grandes questões nacionais, seja sus-tentando o governo, criticando-o e fiscalizando, seja destituindo-o, pois tudo isso faz parte de seus deveres”3.

Ele enumera diversos fatos históricos em que foi decisiva a ação das duas casas legislativas que com-põem o Congresso Nacional: “Quem percorre a his-tória da Câmara dos Deputados em nosso país pode constatar que a instituição esteve presente em todos os momentos cruciais da evolução nacional. No dia 7 de abril, com a renúncia de D. Pedro I, na eleição da Regência e na reforma política com o Ato Adicional. Na maioridade de D. Pedro II, na proibição do tráfico de escravos, na Lei do Ventre Livre, na dos Sexage-nários e na aprovação da Lei Áurea. Viveu o fastígio do Império, ajudou na política externa, sustentou os conflitos no Prata e a guerra da Tríplice Aliança. Aju-dou na superação das crises econômicas e comerciais. De lá saíram leis como o primeiro Código Criminal, de 1830, e o de Processo Criminal, dois anos depois. Lá se aprovou o Código Comercial de 1850, a primeira Lei de Terras do país, em 1851 e a Lei Saraiva em 1881, que tornou diretas as eleições para o Parlamento. O Parlamento criou o Supremo Tribunal de Justiça, a pri-meira lei orgânica dos municípios, e a de criação dos primeiros cursos jurídicos de São Paulo e Olinda. Vo-tou leis para a educação nacional e concedeu anistia a rebeldes, sublevados e inconformados. Enfim, serviu ao país e ao regime que integrava”4.

Como se vê, a História do Brasil não pode ser omissa em relação ao papel exercido pelo Poder Legis-lativo na construção de nossa identidade nacional, na difícil trajetória de democratizar esse país que já viveu longos períodos de exceção e autoritarismo.

Por isso, Senhor Ministro temos conhecimento de que essa pasta ministerial, em articulação com o Conselho Nacional de Educação (CNE), está ulti-mando a elaboração de novas diretrizes curriculares para o ensino médio, de forma a torná-lo mais flexível e adaptado às especificidades regionais e locais, em um país marcado por forte diversidade cultural. Mesmo com o delineamento do novo currículo para o ensino 3. NOGUEIRA, Octaciano et al. História da Câmara dos Deputa-dos. Brasília: Centro de Documentação e Informação, Coordenação de Publicações, 2003, p. 115.4. NOGUEIRA, Octaciano et al. Op. Cit, p. 115.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34457

médio, não se pode perder de vista a necessidade de que nossos jovens tenham uma formação humanísti-ca, na qual o ensino de História do Brasil tenha um papel preponderante e contemple a recente produção historiográfica brasileira.

É preciso também que o estudo da História do Brasil dê conta da multiplicidade de sujeitos históricos e das diferentes instâncias do Poder Público que, atra-vés de suas ações políticas e programas de governo, constróem a nação brasileira com o objetivo de se consolidar a democracia no País.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Izalci PR/DF.

PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº 32, DE 2011

(Do Sr. Rubens Bueno)

Propõe que a Comissão de Fiscaliza-ção Financeira e Controle – CFFC realize atos de fiscalização das atividades admi-nistrativas desenvolvidas pela Ordem dos Músicos do Brasil, Autarquia Federal cria-da pela Lei nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960, e, em sendo constatadas irregularida-des ou ilicitudes, realize auditoria em con-junto com o Tribunal de Contas da União (TCU) e demais órgãos responsáveis, para que se possam aplicar todas as medidas punitivas cabíveis.

Senhor Presidente,Com base no art. 70 da Constituição Federal,

combinado com os artigos 60, I e II e 61 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, proponho a Vos-sa Excelência que, ouvido o Plenário desta Comis-são se digne a adotar as providências necessárias, para que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – (CFFC) realize atos de fiscalização sobre as atividades administrativas desenvolvidas pela Or-dem dos Músicos do Brasil (OMB) – Conselho Fede-ral, autarquia corporativa federal, criada e instituída pela Lei 3.857/60, com sede em Brasília – DF, à SCS, Quadra 4, nº 230, Edifício Israel Pinheiro, 3º andar, e, em sendo constatadas irregularidades ou ilicitu-des, realize auditoria em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU) e demais órgãos responsá-veis, para que se possam aplicar todas as medidas punitivas cabíveis.

Justificação

Existem no Brasil 66 profissões reconhecidas e destas, 26 têm legislação regulatória específica, a exemplo de profissões tais como as dos advogados, engenheiros, médicos, economistas, administradores,

e dentre outras, a profissão dos músicos, a qual teve o seu diploma legal, Lei nº 3.857 de 22 de dezembro de 1960, promulgado pelo Presidente Juscelino Ku-bitschek.

A Ordem dos Músicos do Brasil está organizada através de um Conselho Federal e de descentraliza-ções administrativas estaduais, os Conselhos Regionais (art. 2º da Lei 3.857/60). Não obstante os Conselhos Regionais gozem de relativa autonomia administrativa, a Lei nº 3.857/60 não deixa dúvidas de que, a nível nacional, a OMB é uma única entidade.

É o que se verifica do teor do artigo 3º da re-ferida Lei: “A Ordem dos Músicos do Brasil exercerá sua jurisdição em todo o país, através do Conselho Federal, com sede na capital da República.” Perce-be-se, ademais, pelo disposto no artigo 5º, alíneas b, e, g, h, i e j, e artigo 8º, que os Conselhos Regio-nais estão em situação de plena subordinação ao Conselho Federal, o que os caracterizam como me-ros órgãos da OMB, ainda que dotados de pequena esfera de autonomia.

Assim, em virtude da mencionada norma legal, a existência da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) justifica-se na medida em que destinada a prestar ser-viços públicos, concernentes em realizar o controle e a fiscalização de sua categoria profissional, cujo exer-cício produza reflexos no interesse público. Integrada exclusivamente por membros da mesma profissão, essa autarquia possui, em tese, melhor condição para a fiscalização e o controle da atuação profissional por seus pares.

A solicitação ora formulada atende aos recla-mos enviados pelo Sr. Anatólio Novaes da Silva – Natinho, artista respeitado no Estado do Paraná, que encaminhou email onde trata de irregularidades que pesam sobre o atual comando da OMB, inclusive ações ingressadas no âmbito do Ministério Público Federal (MPF).

Segundo informações veiculadas na imprensa, no dia 30 de maio de 2011, a Polícia Federal lacrou o prédio da Ordem dos Músicos do Piauí, a pedido da Ordem dos Músicos do Brasil – Conselho Federal, após denúncias de irregularidades. A diretoria também foi destituída. A entidade piauiense deveria ter feito no-vas eleições no final de 2010 e a determinação não foi cumprida. Segundo ainda a denúncia, a sede da Ordem no Piauí, estava com quatro anos de aluguel, energia, água e IPTU atrasados, por isso a Polícia Federal foi acionada para lacrar o prédio. Há pouco tempo, a sede própria da OMB Paraná foi leiloada para pagar dívidas. Patrimônio este construído pelos músicos do Paraná por meio de suas anuidades.

34458 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Outrossim, destacamos ainda, as denúncias so-bre a falta de transparência dos recursos financeiros advindos da aplicação do art. 53 da Lei nº 3.857/60 que obriga aos contratantes de músicos estrangeiros que vierem se apresentar no Brasil, o pagamento de 10% sobre o valor do contrato depositado no Banco do Brasil à Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) e sindicato local em partes iguais. Segundo denúncias que nos foram encaminhadas por membros dessa categoria profissional, nos últimos 28 anos nunca se apresentou conta à classe do que foi arrecadado e o que foi revertido em benefício dos músicos brasileiros.

Conforme o disposto na Lei n° 3.857/60, que trata sobre a regulamentação do exercício da profissão de músico, em seu Art. 53 in verbis:

“Os contratos celebrados com os músicos estran-geiros somente serão registrados no órgão competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social, depois de provada a realização do pagamento pelo contra-tante de taxa de 10% (dez por cento), sobre o valor do contrato e o recolhimento da mesma ao Banco do Brasil em nome da Ordem dos Músicos do Brasil e do Sindicato local, em partes iguais.

§ único – No caso de contratos celebrados com base, total ou parcialmente, em percentagens de bilhe-teria, o recebimento previsto será feito imediatamente após o término de cada espetáculo”.

Nesse contexto, considerando que a Ordem dos Músicos do Brasil, é fundamental para amparar a ca-tegoria, mas, que em virtude disso, faz-se necessária a criação de mecanismos de transparência na sua atuação administrativa, para que a OMB se aproxime mais das necessidades dos músicos”, é que encaminho essa solicitação à Comissão de Fiscalização Financei-ra e Controle (CFFC) que tem por competência a fis-calização dos atos de gestão administrativa do Poder Executivo, no qual se insere a Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), autarquia corporativa federal, criada e instituída pela Lei 3.857/60, com sede em Brasília – DF, por entender oportuna e lógica, a extensão dessa fiscalização por essa Comissão, que é de competên-cia principal do Tribunal de Contas da União (TCU).

Diante do exposto, requeiro que seja adotada providência necessária por esta douta comissão, a fim de ser realizada a referida auditoria especial em conjunto com os órgãos responsáveis, para que possa subsidiar a presente fiscalização. Dessa forma, peço, portanto o apoio dos nobres Pares para aprovação desta proposta.

Sala das Comissões, 30 de junho de 2011. – Deputado Rubens Bueno, PPS-PR.

PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº 33, DE 2011

(Dos Srs. Rubens Bueno e Moreira Mendes)

Propõe que o Tribunal de Contas da União – TCU fiscalize as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em relação ao Grupo JBS.

Senhor Presidente,Com base no art. 100, § 1°, combinado com os

arts. 60, inciso II, e 61 do Regimento Interno, propo-nho a V. Ex. que, ouvido o Plenário desta Comissão, se digne adotar as medidas necessárias para reali-zar ato de fiscalização e controle nas operações de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES) em relação à empresas do Grupo JBS/Friboi propiciando o esclarecimento sobre os aspectos financeiros da operação, critérios utilizados na escolha das empresas do setor e van-tagens sociais dessa.

Justificação

A presente proposição justifica-se pelos motivos elencados a seguir:

Em julho de 2007 as operações do BNDES em apoio ao Grupo JBS/FRIBOI, bem como a outras em-presas do setor frigorífico, foram contestadas por não levar em conta o componente ambiental deixando de lado garantias de responsabilidade das empresas na preservação do meio ambiente.

As alegadas intenções de se apoiar setores onde o Brasil já é competitivo no sentido da internacionali-zação das empresas não tem tido resultados apreciá-veis, notadamente no caso da FRIBOI que não obteve sucesso em lançar-se efetivamente no mercado norte americano, motivo alegado para o referido aporte de recursos.

Em 2007 foi apresentado requerimento de infor-mações (RIC 470/2007) sobre as linhas de financia-mento do BNDES para o setor frigorífico, tal requeri-mento não foi adequadamente respondido à época sob alegação de sigilo das informações.

Em 2008 a “Operação Santa Tereza” da Polícia Federal descobriu uma quadrilha que operava na inter-mediação de empréstimos junto ao BNDES, à ocasião foi amplamente noticiado o envolvimento da quadrilha no empréstimo ao Frigorífico Friboi.

Em 2008 a Associação Brasileira da Indústria Frigorífica – ABRAFIGO, protestou contra a política do BNDES para o setor levando a uma ampliação da concentração econômica, fato esse também re-pudiado pelos produtores rurais que acusam essa

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34459

concentração de trazer sérios prejuízos á produção nacional.

Em 2010 a Revista Veja publica reportagem de-nunciando a operação e trazendo novas informações a história, entre elas o compromisso contratual da em-presa internacionalizar-se. Como tal promessa não se materializou a referida empresa deveria pagar multa contratual de meio bilhão de reais.

Em fevereiro de 2011 o jornal Estado de São Paulo informa que o Ministério Público Federal, no Rio de Janeiro, abriu inquérito pra averiguar possíveis irregularidade na aquisição de debêntures do grupo Friboi pelo BNDES.

Em maio diversos sites destacam a opera-ção de troca de debêntures por parcelas de posi-ções acionárias do grupo JBS/FRIBOI e levantam suspeitas sobre a perda de recursos sofrida pelo BNDES, por conseguinte do erário, em operação onde a compra das ações realizou-se em situação desvantajosa além do não pagamento da multa contratual já mencionada.

Face ao exposto, solicito a esta Comissão de Fiscalização e Controle que aprove a presente PFC, cujo objetivo é apurar os fatos sobre a operação Ban-co Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em relação ao Grupo JBS e suas consequ-ências para o erário público.

Sala das Comissões, 30 de junho de 2011. – Deputado Rubens Bueno, PPS/PR; Deputado Mo-reira Mendes, PPS/RO.

PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº 34, DE 2011

(Do Sr. Jorge Boeira)

Propõe que a Comissão de Fiscaliza-ção Financeira e Controle, com auxílio do Tribunal de Contas da União e a Controlado-ria Geral da União, realize ato de fiscalização e controle sobre a aplicação dos recursos do FUNDEB repassados pelo Governo Fe-deral ao Estado de Santa Catarina.

Senhor Presidente,Com base no art.100, § 1º, combinado com os

arts. 60, inciso II, e 61 do Regimento Interno, propo-nho a Vossa Excelência que, ouvido o Plenário desta Comissão, se digne adotar as medidas necessárias para que, com auxílio do Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União, realize ato de fis-calização e controle sobre a aplicação e distribuição dos recursos do FUNDEB repassados pelo Governo Federal ao Estado de Santa Catarina.

Justificação

De acordo com os Pareceres Técnicos do TRIBU-NAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA o Governo do Estado deixou de aplicar o PERCENTU-AL MÍNIMO DE 25% da receita resultante de impos-tos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino, nos anos de 2003, 2004, 2005, 2007, 2008 e 2009, conforme determina o ART. 212 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

O relatório do TCE-SC também aponta que o Governo do Estado utiliza OS RECURSOS QUE DE-VERIAM SER DESTINADOS A MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO EM DESPESAS NÃO RELACIONADAS COM A EDUCAÇÃO, nota-damente, com o pagamento de servidores inativos do magistério e subvenções sociais às instituições públi-cas ou privadas, contrariando o disposto nos arts. 70 e 71, da Lei nº 9.394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB; Importante destacar que o Go-verno do Estado DEIXOU DE APLICAR INTEGRAL-MENTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA e na época própria os recursos provenientes do FUNDEF/FUNDEB desde 2003 ATÉ O ANO CORRENTE, contrariando o que diz o art. 60 do Ato de Disposições Constitucionais Tran-sitórias – ADCT e a Lei 11.494/2007; Somente para dar alguns exemplos, o TCE-SC informa que o Esta-do não utilizou a totalidade dos recursos do FUNDEB nos seguintes percentuais: 7,40% NO ANO DE 2006; 7,40% NO ANO DE 2007; 1,05% NO ANO DE 2008 e 1,90% NO ANO DE 2009;

Além disso, o Governo de Santa Catarina, por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias, inclui os recur-sos do FUNDEB na base de cálculo da Receita Líquida Disponível do Estado. Lembre-se que, de acordo com o art. 212 da Constituição Federal e art. 60 do ADCT toda a receita do FUNDEB só poderá ser gasta com A MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO.

No entanto, contrariando esta NÍTIDA ORDEM estabelecida na Constituição Federal, a LDO de San-ta Catarina permite que o dinheiro do FUNDEB tam-bém seja distribuído para a Assembléia Legislativa, o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas, o Ministério Público e a UDESC.

Finalmente, o Governo do Estado também DEIXA DE EMPREGAR INTEGRALMENTE OS RECURSOS oriundos da contribuição social “salário-educação” na manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme a previsão constitucional do artigo 212, § 5º e art. 9º do Decreto Federal nº 6.003/2006. Impor-tante reiterar que todas estas irregularidades estão detalhadas em Pareceres prévios do Tribunal de Con-tas do Estado (TCE) sobre as contas prestadas pelo Governador do Estado nos EXERCÍCIOS FISCAIS

34460 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

DE 2003 ATÉ 2009. A extensão das denúncias, bem como o enorme volume de recursos públicos que dei-xaram de ser empregados com o ensino público es-tadual demonstra a má gestão fiscal, fato que resulta em prejuízos para a sociedade catarinense, usuária deste essencial serviço estatal.

Após 42 dias de greve dos professores do esta-do, o Sindicato dos Professores ingressou com uma AÇÃO POPULAR, em curso no Fórum da Capital, sob o Nº 023.08.025486-4, que pleiteia uma ordem judicial obrigando o Estado a aplicar o percentual mínimo de 25% da receita resultante de impostos e das transfe-rências na manutenção e desenvolvimento do ensi-no, referente aos anos de 2003, 2004 e 2005; requer também a valorização da carreira do magistério com a aplicação do mínimo de 60% da receita do FUNDEF com a remuneração dos professores; Posteriormente, apresentou outra AÇÃO POPULAR, protocolada no Fórum da Capital, com o Nº 023.10.026438-0, que também requer seja o Estado compelido a aplicar o percentual mínimo de 25% da receita com as ações voltadas para a Educação, referente aos anos de 2006, 2007 e 2008; igualmente, reivindica a aplicação com a educação básica da totalidade dos recursos do FUN-DEB e do Salário Educação.

Não se pode esquecer que a Constituição Fe-deral deixa claro que os recursos discriminados no art. 212 e art. 60 do ADCT são COMPLETAMENTE VINCULADOS, ou seja, É EXPRESSAMENTE PROI-BIDO REALIZAR OUTRAS DESPESAS QUE NÃO SEJAM COM A MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMEN-TO DO ENSINO, sob pena de ficar caracterizado o desvio de finalidade. Por isso, entendemos que se o Estado deixou de empregar corretamente os percen-tuais da receita com a educação por anos seguidos, deve suplementar os recursos a serem empregados nos anos posteriores.

Finalmente, reafirmamos que o direito ao Piso Nacional do Magistério decorre de uma decisão do Supremo Tribunal Federal e tanto a Constituição Fe-deral (art. 212 e art. 60 do ADCT) como o FUNDEB (Emenda Constitucional nº 53/2006 e Lei 11.464/2007) dispõe claramente a origem dos recursos destinados a educação e a forma correta de utilizá-los.

A matéria insere-se na competência desta Comis-são, por isso que proponho sua fiscalização e controle, nos termos regimentais.

Desta forma, tal Proposta de Fiscalização e Con-trole se faz extremamente necessária em face dos fatos expostos.

Sala das Comissões, 30 de junho de 2011. – Jorge Boeira, Deputado Federal (PT/SC).

RECURSO Nº 58, DE 2011 (Do Sr. Eduardo Cunha e outros)

Contra apreciação em caráter conclu-sivo pelas Comissões, na apreciação do Projeto de lei nº 4584/2004.

Senhor Presidente,Com fundamento no disposto no art. 58, § 2º, I da

Constituição Federal e nos artigos 58, § 1º e 132, §2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, os sig-natários apresentam o presente recurso contra poder conclusivo das Comissões, na apreciação do Projeto de lei nº 4584/2004, de autoria do Deputado EDUARDO CUNHA, que “Dispõe sobre a concessão de bolsa de es-tudos a estudantes em instituições particulares de ensino superior que comprovadamente prestem serviço voluntário.”

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Eduardo Cunha, (PMDB/RJ).

Proposição: REC 0058/11Autor da Proposição: EDUARDO CUNHA E OUTROSData de Apresentação: 30-6-2011Ementa: Recorre contra apreciação em caráter con-clusivo pelas Comissões, na apreciação do Projeto de Lei nº 4584/2004.

Possui Assinaturas Suficientes: SIM

Totais de Assinaturas:Confirmadas 071Não Conferem 002Fora do Exercício 001Repetidas 002Ilegíveis 000Retiradas 000Total 076

Assinaturas Confirmadas1 ADEMIR CAMILO PDT MG2 ALEXANDRE ROSO PSB RS3 ANDRÉ ZACHAROW PMDB PR4 ANTÔNIO ANDRADE PMDB MG5 ANTONIO BULHÕES PRB SP6 ARNALDO JARDIM PPS SP7 ARNON BEZERRA PTB CE8 BERNARDO SANTANA DE VASCONCELL PR MG9 CARLAILE PEDROSA PSDB MG10 CELSO MALDANER PMDB SC11 DAMIÃO FELICIANO PDT PB12 DANILO FORTE PMDB CE13 DAVI ALVES SILVA JÚNIOR PR MA14 DUDIMAR PAXIUBA PSDB PA15 EDSON SILVA PSB CE16 EDUARDO CUNHA PMDB RJ17 ENIO BACCI PDT RS18 FABIO TRAD PMDB MS

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34461

19 FERNANDO JORDÃO PMDB RJ20 GIVALDO CARIMBÃO PSB AL21 GLADSON CAMELI PP AC22 GONZAGA PATRIOTA PSB PE23 GUILHERME CAMPOS DEM SP24 GUILHERME MUSSI PV SP25 JAIME MARTINS PR MG26 JAQUELINE RORIZ PMN DF27 JEFFERSON CAMPOS PSB SP28 JOÃO DADO PDT SP29 JOÃO MAGALHÃES PMDB MG30 JOAQUIM BELTRÃO PMDB AL31 JORGE PINHEIRO PRB GO32 JOSÉ OTÁVIO GERMANO PP RS33 JOSUÉ BENGTSON PTB PA34 JÚLIO CESAR DEM PI35 JÚLIO DELGADO PSB MG36 LEANDRO VILELA PMDB GO37 LINDOMAR GARÇON PV RO38 LUIZ FERNANDO FARIA PP MG39 MANATO PDT ES40 MARCOS MEDRADO PDT BA41 MAURO NAZIF PSB RO42 MENDES RIBEIRO FILHO PMDB RS43 MOACIR MICHELETTO PMDB PR44 NEILTON MULIM PR RJ45 NELSON BORNIER PMDB RJ46 NELSON MEURER PP PR47 NEWTON CARDOSO PMDB MG48 OSMAR JÚNIOR PCdoB PI49 OTONIEL LIMA PRB SP50 OZIEL OLIVEIRA PDT BA51 PAULO ABI-ACKEL PSDB MG52 PAULO CESAR QUARTIERO DEM RR53 PAULO FREIRE PR SP54 PAULO PEREIRA DA SILVA PDT SP55 PAULO PIAU PMDB MG56 REBECCA GARCIA PP AM57 RIBAMAR ALVES PSB MA58 RICARDO IZAR PV SP59 ROBERTO BALESTRA PP GO60 ROBERTO BRITTO PP BA61 ROBERTO DE LUCENA PV SP62 SARAIVA FELIPE PMDB MG63 SEBASTIÃO BALA ROCHA PDT AP64 SÉRGIO MORAES PTB RS65 STEPAN NERCESSIAN PPS RJ66 VALADARES FILHO PSB SE67 VALDIVINO DE OLIVEIRA PSDB GO68 VALTENIR PEREIRA PSB MT69 WALDIR MARANHÃO PP MA70 WASHINGTON REIS PMDB RJ71 ZOINHO PR RJ

RECURSO Nº 59, DE 2011 (Do Sr. Salvador Zimbaldi e outros)

Contra a apreciação conclusiva das Comissões ao PL nº 1.170, de 2007

Senhor Presidente,Os Deputados que a este subscrevem, com fun-

damento no artigo 132, § 2º, do Regimento Interno desta Casa, recorrem ao Plenário contra a aprecia-ção conclusiva do Projeto de Lei nº 1.170, de 2007, que “altera o art. 143 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, para ampliar as hipóteses de vedação da divulgação de nomes de crianças e adolescentes”.

Justificação

A referida proposição foi discutida e votada nos termos do artigo 58, § 2º, inciso I, da Constituição Fe-deral (c/c artigo 24, inciso II, do RICD), sucessivamente pela Comissão de Seguridade Social e Família - CSSF e, por último, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC.

O recurso é tempestivo e a presente iniciativa fundamenta-se, entre outras, no fato da matéria, por demais relevante, demandar apreciação pela com-posição plenária da Casa, para que seja analisada sob diferentes pontos de vista, como a adequação conceitual e viabilidade de ampliar as hipóteses de vedação da divulgação de nomes de crianças e adolescentes.

Diante de todo o exposto, espera-se, que após as providências cabíveis, seja o presente encaminhado ao Plenário, para discussão e votação.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Sal-vador Zimbaldi, GAB. 804.Proposição: REC 0059/11Autor da Proposição: SALVADOR ZIMBALDI E OUTROSEmenta: Recorre contra a apreciação conclusiva das Comissões ao PL nº 1.170, de 2007.Data de Apresentação: 30-6-2011Possui Assinaturas Suficientes: SIM

Totais de Assinaturas:Confirmadas 070Não Conferem 001Fora do Exercício 000Repetidas 000Ilegíveis 001Retiradas 000Total 072

Assinaturas Confirmadas1 ADEMIR CAMILO PDT MG2 AELTON FREITAS PR MG3 ANDRE MOURA PSC SE

34462 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

4 ANTÔNIO ANDRADE PMDB MG5 ANTONIO BULHÕES PRB SP6 AUREO PRTB RJ7 CARLAILE PEDROSA PSDB MG8 DAMIÃO FELICIANO PDT PB9 DAVI ALVES SILVA JÚNIOR PR MA10 DR. CARLOS ALBERTO PMN RJ11 DR. PAULO CÉSAR PR RJ12 DUDIMAR PAXIUBA PSDB PA13 EDIO LOPES PMDB RR14 EDSON SILVA PSB CE15 EDUARDO DA FONTE PP PE16 FILIPE PEREIRA PSC RJ17 GEORGE HILTON PRB MG18 GONZAGA PATRIOTA PSB PE19 HENRIQUE OLIVEIRA PR AM20 HOMERO PEREIRA PR MT21 JAIME MARTINS PR MG22 JEFFERSON CAMPOS PSB SP23 JOÃO DADO PDT SP24 JOAQUIM BELTRÃO PMDB AL25 JORGE PINHEIRO PRB GO26 JOSÉ OTÁVIO GERMANO PP RS27 JOSE STÉDILE PSB RS28 JOSUÉ BENGTSON PTB PA29 JÚLIO CAMPOS DEM MT30 JÚLIO CESAR DEM PI31 LÁZARO BOTELHO PP TO32 LEANDRO VILELA PMDB GO33 LELO COIMBRA PMDB ES34 LEONARDO MONTEIRO PT MG35 LEONARDO QUINTÃO PMDB MG36 MANATO PDT ES37 MARCOS MEDRADO PDT BA38 MÁRIO DE OLIVEIRA PSC MG39 NEILTON MULIM PR RJ40 NELSON BORNIER PMDB RJ41 NELSON MARQUEZELLI PTB SP42 NELSON MEURER PP PR43 NEWTON CARDOSO PMDB MG44 NILTON CAPIXABA PTB RO45 ONOFRE SANTO AGOSTINI DEM SC46 OSMAR JÚNIOR PCdoB PI47 OZIEL OLIVEIRA PDT BA48 PAULO ABI-ACKEL PSDB MG49 PAULO CESAR QUARTIERO DEM RR50 PAULO FOLETTO PSB ES51 PAULO PEREIRA DA SILVA PDT SP52 PAULO PIAU PMDB MG53 PEDRO CHAVES PMDB GO54 RAIMUNDO GOMES DE MATOS PSDB CE55 RAUL HENRY PMDB PE56 RENATO MOLLING PP RS

57 RIBAMAR ALVES PSB MA58 RICARDO IZAR PV SP59 ROMERO RODRIGUES PSDB PB60 RUBENS OTONI PT GO61 SABINO CASTELO BRANCO PTB AM62 SALVADOR ZIMBALDI PDT SP63 SANDRO MABEL PR GO64 SÉRGIO BRITO PSC BA65 VALADARES FILHO PSB SE66 VALDIVINO DE OLIVEIRA PSDB GO67 VITOR PENIDO DEM MG68 WALDIR MARANHÃO PP MA69 ZÉ GERALDO PT PA70 ZEQUINHA MARINHO PSC PA

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 721/2011 (Do Sr. Chico Alencar)

Solicita ao Ministro de Estado do Mi-nistério do Turismo informações e cópias de todos os processos de contratação e prestação de contas dos convênios com as entidades de direito privado que identifica.

Solicito a Vossa Excelência, com base no art. 50, § 2º da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, que, após consulta a Mesa, sejam solicitadas ao Ministro de Estado do Ministério do Turismo as seguintes informações:

Cópia de todo o processo, incluindo planilhas, or-çamentos detalhados, situação atual de cada convênio em execução ou executado: convênios: 749944/2010; 731981/2010; 730607/2009; 730728/2009; 723813/2009; 702717/2008; 702736/2008; 702734/2008; 755175/2010; 754621/2010; 753804/2010; 753775/2010; 753683/2010; 748350/2010; 753804/2010; 755175/2010; 754621/2010; 753775/2010; Propostas Siconv: 49805/2010; 45722/2010; 127542/2009; 119964/2009;

Com relação aos convênios supra referidos, seja enviado o rol de consultores, coordenadores e técnicos contratados, bem como a cópia do material produzido, relação de pessoas qualificadas em cada curso, com número de identificação, metas alcançadas e objeti-vos atingidos;

Em relação aos convênios ou Termos de Parceria firmados com o Instituto Marca Brasil, seja informado em que fase se encontra, a vigência de cada um e prazo para prestação de contas, além do valor do repasse. Em relação aos já concluídos, cópia da prestação de contas, relatórios produzidos, inclusive por técnicos do Ministério do Turismo que fizeram vistoria in loco, metas alcançadas e objetivos atingidos;

Cópia de todos os processos de convênios ou Termo de Parceria firmado com a Fundação Getúlio

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34463

Vargas, incluindo prestação de contas, produtos resul-tantes, metas alcançadas e objetivos atingidos;

Cópia dos Relatórios de vistoria in loco das entida-des dos convênios/termo de parceria listados no item 1;

Cópia dos relatórios de vistoria feita por funcio-nários do Ministério do Turismo in loco nos cursos de qualificação;

Além dessas informações, é necessário seja informado pelo excelentíssimo Ministro do Turismo o seguinte:

Se a Portaria 90 de 2010 estabelece que, ao ca-dastrar e enviar para análise uma proposta, a inclusão do toda a documentação no sistema é obrigatória, é verdade que os convênios 753775/2010, 754621/2010, 755175/2010, e 758304/2010 foram assinados sem que a documentação estivesse no sistema?

Qual critério técnico para aprovar Plano de Tra-balho no qual não são identificados a localidade es-pecífica a ser beneficiada e o quantitativo do público alvo definido?

O Departamento competente realiza vistoria in loco nos cursos de qualificação? Se não realiza, qual a razão para tal conduta?

O Departamento competente já detectou alguma irregularidade em algum convênio de qualificação com recurso orçamentário empenhado nos últimos quatro anos? Em caso afirmativo, qual instituição esteve en-volvida e quais providências foram tomadas?

Quanto tempo, em média, leva do “envio para análise” até o “plano de trabalho aprovado” para pro-postas de Qualificação?

O Departamento de Qualificação adota alguma precaução com relação às propostas com valores aci-ma de R$ 500.000,00?

O Ministério do Turismo adota alguma precaução com convênios de outras áreas acima de R$ 500.00,00? Quais?

Justificação

Foram enviados ao Mandato documentos que trouxeram indícios de irregularidades em convênios firmados no âmbito do Ministério do Turismo.

A intenção do presente Requerimento de Infor-mações é a de esclarecer os fatos, através da análise dos documentos requeridos, bem como das respostas às questões suscitadas.

É, portanto, no âmbito da competência fiscaliza-tória atribuída constitucionalmente ao Poder Legislativo que se apresenta este requerimento.

Nestes termos, requer o encaminhamento. Brasília, 30-6-2011. – Deputado Chico Alencar,

Líder do PSOL.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 722/2011 (Da Senhora Manuela D’ávila)

Solicita informações ao Senhor Ministro da De-fesa Nelson Jobim sobre declaração a respeito dos documentos relativos ao período militar.

Senhor Presidente:Com fundamento no artigo 50, § 2º, da Consti-

tuição Federal, e nos artigos 115 e 116, do Regimento Interno, solicito a Vossa Excelência seja encaminhado ao Senhor Ministro da Defesa o seguinte pedido de informações.

No dia 27 de junho de 2011, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, declarou à imprensa que a proposta de acabar com o sigilo eterno de documentos – incluin-do os do período da ditadura militar – não encontrará resistência na Forças Armadas, uma vez que esses papéis já teriam desaparecido. Disse o Ministro que todos os documentos foram levantados e os relativos ao período militar foram consumidos à época.

Em relação a esta declaração, solicitamos que o Ministério da defesa preste as seguintes informações:

A informação trazida pelo Ministro Nelson Jobim, de fato, procede? Não há documentos relativos ao re-gime militar no Brasil?

Na iminência da instauração da Comissão da Verda-de, quais as expectativas em relação ao acervo probatório relativo à Ditadura Militar brasileira no Ministério da Defesa?

Justificação

As Nações Unidas têm promovido uma aborda-gem global da justiça de transição, em conformidade com as obrigações e normas legais internacionais. Vários instrumentos internacionais, dos quais o Brasil faz parte em sua maioria, consagram a obrigação do Estado de iniciar investigações e processos em torno das graves violações de direitos humanos e violações do direito internacional humanitário.

Os instrumentos internacionais também reconhe-cem o direito à reparação para as vítimas e o direito das vítimas e da sociedade de saber a verdade sobre as violações, além de buscar garantias de que tais violações não se repitam.

Esses padrões internacionais estabelecem limites normativos para as Nações Unidas. Por exemplo, as Nações Unidas não apóiam anistias para os culpados de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra ou violações massivas dos direitos humanos -incluindo tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, execuções extrajudiciais, sumárias ou ar-bitrárias, desaparecimentos forçados, violação ou outras formas de violência sexual de gravidade comparável.

Levando em consideração essas normas e basean-do-se na experiência adquirida através dos anos, a ONU

34464 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

evita fórmulas únicas. Ao contrário, procura que todos os programas de justiça estejam baseados numa análise por-menorizada das necessidades e capacidades nacionais.

Consultas extensivas com vítimas e outras comu-nidades afetadas têm sido passos importantes para ga-rantir que o programa resultante leve em conta experiên-cias e necessidades particulares do contexto nacional.

Por meio de um planejamento cuidadoso e de amplas consultas com atores nacionais relevantes, o governo do Brasil vai avançar no estabelecimento de um mecanismo eficiente para a verdade e a reconci-liação como parte de uma abordagem mais ampla da justiça transicional, que integre uma gama completa de processos e medidas judiciais e não judiciais, in-cluindo processos, reparações e a reforma institucional.

É encorajador ver a vontade do Brasil em defender os direitos humanos no mundo inteiro. Ao mesmo tempo, o Brasil tem reconhecido que a única forma que esses esforços vão dar frutos é na medida em que o país pos-sa demonstrar um verdadeiro compromisso de defender esses direitos em nível nacional. Para tanto, fundamental contar com a participação efetiva do Ministério da Defesa.

Por esses motivos, pedem-se as informações acima listadas.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Deputada Ma-nuela D’avila, PCdoB/RS.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 723/2011 (Do Senhor Décio Lima)

Solicita ao Senhor Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informações acerca das providências administrativas tomadas visando os delegados da Polícia Federal, que produziram escutas ilegais no episódio da Operação Influenza em 2008.

Senhor Presidente,Com base nos termos do art. 50 da Constituição

Federal e dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro à Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado da Justiça, Senhor José Eduardo Cardozo, o seguinte pedido de informação:

Na ocasião da “Operação Influenza”, realizada pela Polícia Federal em 2008, dirigida pelos Delega-dos Airton Rogério Takada e Roberto Mário da Cunha Cordeiro, foram realizadas escutas telefônicas ilegais como consta no nos autos do processo de número 2008.72.00.006744-6, processo esse, que se tornou uma mácula lamentável na gloriosa história da Polícia Fede-ral e que reduziram a Constituição Federal um farrapo de papel, pois suas ações nefastas serviram somente para assaltar a verdade e sequestrar reputações. Tudo isso feito com requintes de malícia que fariam vergo-nha ao mais ignóbil dos seres humanos e resultando

tão somente na perda de mais de dois mil empregos e praticamente no fechamento de uma empresa que re-presentava, na época, mais de 15% das exportações de grãos do País. Sem mencionar a violência moral absurda contra homens honestos e o desperdício de recursos públicos em uma investigação e instauração de um processo que a Justiça fulminou na raiz de tão absurdo, pois a decisão, tanto de primeiro quanto de segundo grau, foi de que todas as escutas eram ilegais.

Logo, solicito informações acerca dos procedimen-tos administrativos tomados depois da constatação das ilicitudes, já constatadas pela Justiça Federal de primei-ro e segundo grau, praticadas pelos Delegados Airton Rogério Takada e Roberto Mário da Cunha Cordeiro.

Sendo o que se apresenta para o momento, agra-decemos vossa costumeira atenção.

Ficaremos no aguardo de informações.Sala das Sessões, 30-6-2011. – Deputado Décio

Lima, PT/SC.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 724/2011 (Do Senhor Décio Lima)

Solicita ao Senhor Ministro da Jus-tiça, José Eduardo Cardozo, informa-ções acerca do processo de número 2008.72.05.001950-2-TRE-SC.

Senhor Presidente,Com base nos termos do art. 50 da Constituição

Federal e dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro à Vossa Excelência, que seja encaminhado ao Ministro de Estado da Justiça, Senhor José Eduardo Cardozo, o seguinte pedido de informação:

Foi instaurado Inquérito Policial Federal, nº 0011/2008-4-DPF/IJI/SC, para apurar a suposta ocor-rência de que o atual deputado estadual, JEAN JACKSON KUHLMANN, eleito ao cargo de vereador pelo município de Blumenau em 2004, teria realizado ilegalmente uma rifa de veículos para angariar fundos sem dela prestar contas.

Logo, solicito informações acerca do processo, pois nada se fez desde a comprovação de ato ilícito do Senhor Jean Jackson Kuhlmann que concorreu tranqui-lamente a Deputado Estadual em 2006 e 2010, quan-do foi eleito em ambas as oportunidades e inclusive alçado à condição de Secretário de Estado em Santa Catarina, mesmo que, como se sabe, sendo o último despacho reconhecendo, em tese, os ilícitos, foi dado pela Polícia Federal em 18-8-2010.

Sendo o que se apresenta para o momento, agra-decemos vossa costumeira atenção.

Ficaremos no aguardo de informações.Sala das Sessões, 30-6-2011. – Deputado Décio

Lima, PT/SC.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34465

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N° 725/2011 (Do Sr . Vanderlei Macris)

Requer da Senhora Ministra de Esta-do do Planejamento, Orçamento e Gestão, informações sobre o financiamento a ser realizado pelo Banco Nacional de Desen-volvimento Social – BNDES à fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour.

Senhor Presidente:Com fundamento no art. 50, § 2°, da Constituição

Federal, e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno requeiro que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas da Sra. Miriam Belchior, Ministra de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, as seguintes informações refe-rentes ao financiamento a ser realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES à fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour:

A – Qual a base legal que sustenta o financia-mento a ser concedido para a fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour?

B – Quais são os interesses públicos que se pre-tende atingir com esse financiamento?

C – Foram realizados estudos para se verificar o impacto dessa fusão em relação a concentração da atividade no mercado e sobre a livre concorrência?

D – Foram realizados estudos para se verificar o impacto da fusão sobre o consumidor e emprego?

E – Quais são as ações do BNDES em favor das microempresas e empresas de pequeno porte? Qual o volume de dinheiro disponibilizado para as micro-empresas e empresas de pequeno porte? Qual é o volume de dinheiro disponibilizado pelo BNDES para empresas de médio e grande porte?

F – Qual o origem do dinheiro a ser utilizado pelo BNDES para essa fusão? Ou seja, os recursos a se-rem utilizados vêm do FAT, FGTS, Tesouro e outros? Qual o volume de dinheiro será utilizado de cada uma das fontes?

G – Há, por parte do Governo Federal, expecta-tiva de aumento de exportação a partir dessa fusão? Se sim, como se dará esse processo? Não há risco de ocorrer, justamente o contrário, ou seja, entrada de produtos importados por conta da atividade exclusiva de varejo das empresas em processo de fusão, inclu-sive em função da valorização atual da moeda brasi-leira? Quais seriam os produtos exportados por essa cadeia varejista?

H – Quais são as condições para a realização do financiamento? Haverá empréstimo financeiro ou aporte de capital com participação acionária? Caso haja fi-nanciamento, quais serão as taxas de juros aplicáveis?

Justificação

Conforme recente comunicado do Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES e declarações do Senhor Ministro da Fazenda, Guido Mantega, referido instituição fi-

nanceira de fomento participará da fusão do Pão de Açucar e Carrefour com aporte financeiro de até R$ 4,5 bilhões.5

Há, entre especialistas, inúmeras dúvidas sobre os efeitos dessa fusão no mercado varejista de supermercados, inclusive com possível concentração indevida de mercado.

Aliás, análises reconhecendo a possibilidade de fe-chamento de lojas, afetando o emprego, já são recorrentes.6

Assim, há sérias dúvidas sobre o interesse público nesse processo de fusão, razão pela qual, solicita-se os esclarecimentos acima, especialmente considerando que a Constituição Federal, em seu art. 170, incisos III, IV, V e VIII, estabelecem, respectivamente, a obser-vância, na ordem econômica, dos princípios da função 5. BNDES financiará fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour. Dos R$ 5,6 bilhões necessários para a operação, R$ 4,5 bilhões virão do BNDES. Para Mantega, governo não precisa chancelar a operação. O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) vai disponibilizar até R$ 4,5 bilhões para viabilizar a fusão entre o Pão de Açúcar e as operações brasileiras do francês Carrefour. O valor total da operação é de 2,5 bilhões de eu-ros, ou R$ 5,6 bilhões. Segundo informou o BNDES, em nota, a união “abre caminho para maior inserção de produtos brasileiros no mercado internacional”. A nova companhia resultante dessa união se tornará a maior acionista individual do Carrefour na França, com 11,7% de par-ticipação. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo brasileiro não tem envolvimento no assunto, por se tratar de uma questão comercial. Mantega ressaltou que, embora o grupo tenha um financiamento do BNDES, a operação “não precisa ser chancelada pelo governo”. “O BNDES fornece recursos para todos os grupos privados que necessitam no Brasil e a Fazenda não fica fiscalizando a liberação de recursos”, disse. A operação O grupo francês Carrefour anunciou nesta terça-feira (28/06) ter recebido uma proposta de fusão de ativos no Brasil com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), do grupo Pão de Açúcar. Os acionistas do Pão de Açúcar e dos franceses Carrefour e do Casino, que detém 66% das ações com direito a voto do Pão de Açúcar, terão até dois meses para analisar a operação de fusão, que daria origem à empresa NPA (sigla para Novo Pão de Açúcar). Se aprovada a fusão, a nova empresa vai repartir o Pão de Açúcar com o grupo francês Carrefour, na base de 50%-50%. O NPA, por sua vez, terá 100% da filial brasileira do grupo Carrefour. O que daria a nova empresa 27% do mercado de varejo brasileiro. A proposta depende ainda de uma injeção maciça de capital na nova companhia que seria feita através do fundo de investimento Gama (do BTG Pactual) e, principalmente, com os recursos do BNDES. (Isto É Dinheiro on line, 29 de junho de 2011)6. Pão de Açúcar e Carrefour podem fechar lojas em SP, Rio e BH. A junção das operações do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour poderá resultar no fechamento de algumas lojas, segundo o banco BTG Pactual. Em algumas áreas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, haverá uma sobreposição de 5% a 8% de algumas lojas, que poderão ser vendidas ou ainda fechadas. A empresa resultante da junção vai responder por 27% do mercado varejista formal no país ou 16% do to-tal, incluindo na conta também os informais, segundo Claudio Galeazzi, sócio do BTG Pactual e quem deve capitanear a operação por meio do fundo de investimento Gama. Os acionistas do grupo Pão de Açúcar e dos franceses Carrefour e Casino terão até dois meses para analisar a operação de fusão. A nova empresa vai repartir o Pão de Açúcar com o grupo francês Carrefour, na base de 50%-50%. O NPA, por sua vez, terá 100% da filial brasileira do grupo Carrefour. Também por meio des-sa reestruturação societária, o NPA terá 11,7% do grupo Carrefour no mundo, o segundo maior varejista global, tornando-se assim seu maior acionista, segundo Souza. A proposta ainda contempla uma injeção ma-ciça de capital na nova companhia. A Gama deve aportar 2,5 bilhões de euros (R$ 5,7 bilhões), sendo 1,7 bilhão de euros (R$ 3,86 bilhões) do BNDESPar (braço do BNDES) e mais 800 milhões de euros (R$ 1,82 bilhão) de sua controladora. (Folha on line, 28 de junho de 2011)

34466 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

social da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor e busca do pleno emprego.

Brasília em, 30-6-2011. – Vanderlei Macris, Deputado Federal.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N° 726/2011 (Do Sr . Vanderlei Macris)

Requer do Senhor Ministro de Estado da Fazenda, informações sobre o financia-mento a ser realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES à fu-são entre o Pão de Açucar e o Carrefour.

Senhor Presidente:Com fundamento no art. 50, § 2°, da Constituição

Federal, e nos arts. 115 e 116 do Regimento Interno re-queiro que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas do Sr. Guido Mantega, Ministro de Estado da Fazenda, as seguintes informações referentes ao financiamento a ser realiza-do pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES à fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour:

A – Qual a base legal que sustenta o financia-mento a ser concedido para a fusão entre o Pão de Açucar e o Carrefour?

B – Quais são os interesses públicos que se pre-tende atingir com esse financiamento?

C – Foram realizados estudos para se verificar o impacto dessa fusão em relação a concentração da atividade no mercado e sobre a livre concorrência?

D – Foram realizados estudos para se verificar o impacto da fusão sobre o consumidor e emprego?

E – Quais são as ações do BNDES em favor das microempresas e empresas de pequeno porte? Qual o volume de dinheiro disponibilizado para as micro-empresas e empresas de pequeno porte? Qual é o volume de dinheiro disponibilizado pelo BNDES para empresas de médio e grande porte?

F – Qual o origem do dinheiro a ser utilizado pelo BNDES para essa fusão? Ou seja, os recursos a serem utilizados vêm do FAT, FGTS, Tesouro e outros? Qual o volume de dinheiro será utilizado de cada uma das fontes?

G – Há, por parte do Governo Federal, expectativa de aumento de exportação a partir dessa fusão? Se sim, como se dará esse processo? Não há risco de ocorrer, justamente o contrário, ou seja, entrada de produtos im-portados por conta da atividade exclusiva de varejo das empresas em processo de fusão, inclusive em função da valorização atual da moeda brasileira? Quais seriam os produtos exportados por essa cadeia varejista?

H – Quais são as condições para a realização do financiamento? Haverá empréstimo financeiro ou aporte de capital com participação acionária? Caso haja fi-nanciamento, quais serão as taxas de juros aplicáveis?

Justificação

Conforme recente comunicado do Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES e declarações do Senhor Ministro da Fazenda, Guido Mantega, referido instituição fi-

nanceira de fomento participará da fusão do Pão de Açucar e Carrefour com aporte financeiro de até R$ 4,5 bilhões.7

Há, entre especialistas, inúmeras dúvidas sobre os efeitos dessa fusão no mercado varejista de supermercados, inclusive com possível concentração indevida de mercado.

Aliás, análises reconhecendo a possibilidade de fe-chamento de lojas, afetando o emprego, já são recorrentes.8

Assim, há sérias dúvidas sobre o interesse público nes-se processo de fusão, razão pela qual, solicita-se os esclareci-mentos acima, especialmente considerando que a Constituição Federal, em seu art. 170, incisos III, IV, V e VIII, estabelecem, respectivamente, a observância, na ordem econômica, dos princípios da função social da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor e busca do pleno emprego.

Brasília em, 30-6-2011. – Vanderlei Macris, Deputado Federal.7. BNDES financiará fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour Dos R$ 5,6 bilhões necessários para a operação, R$ 4,5 bilhões virão do BNDES. Para Mantega, governo não precisa chancelar a operação. O Banco Nacional de Desenvol-vimento Social (BNDES) vai disponibilizar até R$ 4,5 bilhões para viabilizar a fusão entre o Pão de Açúcar e as operações brasileiras do francês Carrefour. O valor total da operação é de 2,5 bilhões de euros, ou R$ 5,6 bilhões. Segundo informou o BNDES, em nota, a união “abre caminho para maior inserção de produtos brasileiros no mercado internacional”. A nova companhia resultante dessa união se tornará a maior acionista individual do Carrefour na França, com 11,7% de participação. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo brasileiro não tem envolvimento no assunto, por se tra-tar de uma questão comercial. Mantega ressaltou que, embora o grupo tenha um financiamento do BNDES, a operação “não precisa ser chancelada pelo governo”. “O BNDES fornece recursos para todos os grupos privados que ne-cessitam no Brasil e a Fazenda não fica fiscalizando a liberação de recursos”, disse. A operação O grupo francês Carrefour anunciou nesta terça-feira (28/06) ter recebido uma proposta de fusão de ativos no Brasil com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), do grupo Pão de Açúcar. Os acionistas do Pão de Açúcar e dos franceses Carrefour e do Casino, que detém 66% das ações com direito a voto do Pão de Açúcar, terão até dois meses para analisar a operação de fusão, que daria origem à empresa NPA (sigla para Novo Pão de Açúcar). Se aprovada a fusão, a nova empresa vai repartir o Pão de Açúcar com o grupo francês Carrefour, na base de 50%-50%. O NPA, por sua vez, terá 100% da filial brasileira do grupo Carrefour. O que daria a nova empresa 27% do mercado de varejo brasileiro. A proposta depende ainda de uma in-jeção maciça de capital na nova companhia que seria feita através do fundo de investimento Gama (do BTG Pactual) e, principalmente, com os recursos do BNDES. (Isto É Dinheiro on line, 29 de junho de 2011)8. Pão de Açúcar e Carrefour podem fechar lojas em SP, Rio e BH. A junção das operações do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour poderá resultar no fechamento de algumas lojas, segundo o banco BTG Pactual. Em algumas áreas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, haverá uma sobre-posição de 5% a 8% de algumas lojas, que poderão ser vendidas ou ainda fechadas. A empresa resultante da junção vai responder por 27% do mercado varejista formal no país ou 16% do total, incluindo na conta também os infor-mais, segundo Claudio Galeazzi, sócio do BTG Pactual e quem deve capi-tanear a operação por meio do fundo de investimento Gama. Os acionistas do grupo Pão de Açúcar e dos franceses Carrefour e Casino terão até dois meses para analisar a operação de fusão. A nova empresa vai repartir o Pão de Açúcar com o grupo francês Carrefour, na base de 50%-50%. O NPA, por sua vez, terá 100% da filial brasileira do grupo Carrefour. Também por meio dessa reestruturação societária, o NPA terá 11,7% do grupo Carrefour no mun-do, o segundo maior varejista global, tornando-se assim seu maior acionista, segundo Souza. A proposta ainda contempla uma injeção maciça de capital na nova companhia. A Gama deve aportar 2,5 bilhões de euros (R$ 5,7 bi-lhões), sendo 1,7 bilhão de euros (R$ 3,86 bilhões) do BNDESPar (braço do BNDES) e mais 800 milhões de euros (R$ 1,82 bilhão) de sua controladora. (Folha on line, 28 de junho de 2011)

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REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 729/2011 (Do Sr. Arnaldo Jardim)

Requer informações ao Senhor Minis-tro de Estado das Minas e Energia, no âm-bito da Agência Nacional de Energia Elétri-ca – ANEEL, relativas ao cumprimento das recomendações e determinações contidas no relatório de fiscalização da gestão da Reserva Global de Reversão – RGR, datado em abril de 2008.

Sr. Presidente,Nos termos do artigo 115, inciso I, do Regimento

Interno da Câmara dos Deputados, submeto à V.Exª a presente proposição para serem requisitadas infor-mações ao Sr. Ministro das Minas e Energia, relativas ao cumprimento das recomendações e determinações contidas no relatório de fiscalização do recolhimento e aplicação dos recursos provenientes do encargo ta-rifário RGR, mais especificamente sobre o:

1) cumprimento da recomendação R1, sobre as boas práticas de documentar e dar publicidade, por meio da página da Eletrobrás, aos critérios utilizados para priorização e seleção dos projetos, bem como dos prazos de execução;

2) cumprimento da determinação D1, sobre a obrigatoriedade da análise de risco de crédito para todos os financiamentos com recursos da RGR, bem como da documentação da análise realizada e con-sideração do resultado ao decidir pela concessão ou não do financiamento;

3) cumprimento da recomendação R2, sobre a anuência prévia da ANEEL nos casos de dação de re-cebíveis em garantia nos contratos de financiamento com recursos da RGR;

4) cumprimento da recomendação R3, sobre os procedimentos operacionais necessários para reduzir os casos de mutuário que não cumpre os pré-requisi-tos necessários para receber a primeira liberação de recursos.

5) cumprimento da determinação D2, sobre a apresentação dos fatos que ensejaram períodos lon-gos de liberação de recursos nos contratos elencados na constatação C5;

6) cumprimento da determinação D3, sobre a obri-gatoriedade de exigir de todos os mutuários a abertura de contas-correntes específicas (contas vinculadas), por programa, para receber os depósitos provenientes dos financiamentos com recursos da RGR;

7) cumprimento da determinação D4, sobre a obrigatoriedade de encaminhar a Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira da ANEEL

detalhamento que permita a conciliação entre os va-lores recebidos dos mutuários no respectivo mês de referência e os valores restituídos ao Fundo da RGR por meio dos pedidos de pagamento especificados na determinação;

8) cumprimento da determinação D5, sobre a necessidade de apresentar à SFF esclarecimentos quanto a diferenciação de taxas;

9) cumprimento da determinação D6, sobre a obri-gatoriedade de encaminhar mensalmente à SFF qua-dro demonstrativo da utilização dos recursos da RGR;

10) cumprimento da determinação D7, sobre a obrigatoriedade de encaminhar as prestações de contas anuais da RGR referentes aos anos 2006 e 2007 no mesmo formato da prestação de contas do ano de 2005;

11) cumprimento da determinação D8, sobre a obrigatoriedade de incluir notas explicativas referentes às demonstrações contábeis nas prestações anuais de contas a serem encaminhadas à ANEEL, iniciando com a referente a 2006;

12) cumprimento da determinação D9, sobre a obrigatoriedade de apresentar a razão das variações apontadas nas rubricas elencadas na constatação C11;

13) cumprimento da determinação D10, sobre a obrigatoriedade de informar os respectivos montantes de recursos destinados para o Projeto Ribeirinhas nos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007, bem como a forma de liberação destes recursos;

14) cumprimento da determinação D11, sobre a obrigatoriedade de apresentar à SFF os motivos pe-los quais não foi cumprido, nos anos de 2004, 2005 e 2006, a destinação mínima para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste prevista na Lei n. 9427, de 1996 e porque os limites foram definidos nos patama-res informados;

15) cumprimento da determinação D12, sobre a obrigatoriedade de informar como se formou o saldo de R$ 432,2 milhões referente a débitos vencidos da Eletronorte, e as ações que foram empreendidas para cobrar este débito;

16) cumprimento da determinação D13, sobre a obrigatoriedade de informar os respectivos mon-tantes de recursos da RGR efetivamente utilizados como subvenção econômica a fundo perdido ao longo de 2007, e a previsão de utilização para os anos de 2008, 2009 e 2010;

17) restabelecimento do fluxo regular de informa-ções para a ANEEL sobre a utilização dos recursos da RGR por parte da Eletrobrás, bem como sobre a disponibilização na página da Agência ou da Central Elétrica sobre o saldo do Fundo, detalhado ano a ano, a fim de tornar tais informações realmente transparentes.

34476 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Justificação

A Lei n. 5.655, de 1971, determina no art. 4º, parágrafos 3º e 4º, que os recursos da Reserva Glo-bal de Reversão sejam depositados na conta corrente da ELETROBRÁS, em agência do Banco do Brasil, e que após autorização do conselho de administração da empresa, os recursos sejam destinados aos fins estipulados no caput inclusive à concessão de finan-ciamento. Para este último fim é necessário projeto especifico de investimento.

Ao ser criada, em 1957, a Reserva tinha como finalidade a constituição de um Fundo para cobertura de gastos da União com indenizações de reversões de concessões do serviço de energia elétrica. Não havia previsão de término de recolhimento do encargo que passou a existir a partir da Lei n. 9.648, de 1998. Após várias renovações do prazo de cobrança do encargo, os recursos do Fundo nunca foram utilizados para a finalidade inicial. Várias modificações legais permitiram a aplicação dos recursos em outros objetivos, tais como, o cômputo de cotas no custo das empresas conces-sionárias; a expansão dos serviços de distribuição de energia elétrica e programa de combate ao desperdício de eletricidade; o custeio de instalações de produção de fontes alternativas de energia; estudos de inventário e viabilidade de aproveitamentos hidráulicos; geração de energia em comunidades isoladas; e custeio de es-tudos da Empresa de Pesquisa Energética.

Ao final de 2009, o Fundo RGR dispunha de cerca de R$ 7,5 bilhões, conforme informação da Controla-doria Geral da União. A ELETROBRÁS havia aplica-do cerca de R$ 7,7 bilhões em diversos investimentos com rendimento de 5% ao ano. Somando-se estas duas quantias, conclui-se que o saldo consolidado do Fundo RGR deve ser da ordem de R$ 15,2 bilhões.

No período de 10 a 14 de dezembro de 2007, a Agência Nacional de Energia Elétrica cumprindo o seu papel de fiscalizadora dos recolhimentos e das utilizações da Reserva, encontrou irregularidades e não-conformidades que se encontram descritas no relatório produzido pela Superintendência de Fisca-lização Econômica e Financeira da Agência. O rela-tório encontra-se disponível para consulta na página da ANEEL, link Informações Técnicas > Fiscalização. Tendo tomado conhecimento do fato por meio de no-tícia veiculada na imprensa, formulo o presente Re-querimento de Informações com vistas a tornar mais transparente a gestão dos recursos provenientes deste encargo tarifário.

Sala das sessões, 30-6-2011. – Deputado Arnal-do Jardim, PPS/SP.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 730/2011 (Do Sr. Sarney Filho)

Requerimento de Informação ao Se-nhor Ministro da Saúde, sobre o banimento de agrotóxicos no Brasil e sobre o Progra-ma de Análise de Resíduos de Agrotóxicos, conduzido pela Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária – Anvisa.

Senhor Presidente,Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição

Federal, combinado com os artigos 115, inciso I, e 116, ambos do Regimento Interno da Câmara dos Deputa-dos, solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Senhor Ministro da Saúde Pedido de Informação, tendo em vista (i) a matéria intitulada: “AGROTÓXICOS – Brasil quer deixar de ser o número 1”, veiculada no Correio Braziliense, no caderno Ciência, em 06 junho do corrente ; (ii) a afirmação do periódico de que: “Líder de consumo de inseticidas, país quer banir cinco deles – já proibidos na Europa e nos EUA – e avaliar outros 14.” e de que: “No próximo mês, a Anvisa divulgará ainda os resultados anuais do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos, que em 2010 apontou irregularidades em 30% das amostras de produtos agrícolas”.

1- Quais as cinco (5) substâncias/ingredientes ativos/produtos que serão banidos? Apresentar o cro-nograma de banimento, considerando as quantidades em estoque de matéria-prima, eventuais importações de ingredientes ativos e previsão de produção.

2- Quais as principais substâncias/ingredientes ativos/produtos que continuam a ser utilizados no Brasil, e que já foram banidos em outros países? Apresentar relação com a data de banimento por país.

3- Quais são as quatorze (14) substâncias/ingredien-tes ativos/produtos que estão sendo reavaliados no momen-to pela Anvisa? Os resultados preliminares aponbtam para o banimento? Esses mesmos resultados, revelam riscos ao consumidor? Em caso positivo, discriminar os riscos.

4- No âmbito do Programa de Análise de Resídu-os de Agrotóxicos, que apontam irregularidades “em 30% das amostras de produtos agrícolas”, quais as providências que a Anvisa deve adotar?

5- Como a Anvisa se posiciona quanto as decla-rações do médico Ângelo Trapé, da Unicamp, nesta mesma matéria, que considera irrelevante as quan-tidades de resíduos de agrotóxicos nos alimentos?

6- Como a Anvisa se posiciona com relação as declarações do Professor René Luís Rigitano, da Uni-versidade Federal de Lavras (MG), veiculadas na mes-ma matéria, onde ele afirma que “o consumidor está exposto ao risco, sim, e que os órgãos de fiscalização precisam cada vez mais estar atentos à questão”?

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34477

Justificação

O Brasil é um dos maiores consumidores de agro-tóxicos de todo o mundo, com ênfase para os inseticidas.

Conforme relatório divulgado em 24 de janeiro do corrente, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, “a maioria dos agrotóxicos comercializados no brasil são classifi-cados como perigosos ou muito perigosos para o meio ambiente”, ou seja, são classificados como de classe 1 (altamente perigosos) ou de classe 2 (muito perigosos).

No mesmo relatório estão sublinhados os riscos dos agrotóxicos para a natureza, que vão desde “as interferên-cias nos processos de respiração do solo e distribuição de nutrientes, até a mortandade de espécies de aves e peixes”.

Obviamente, os efeitos à saúde humana, tam-bém não são desprezíveis, pelo contrário. A seguir, ilustramos algumas situações.

Os organoclorados são os que mais persistem no meio ambiente, chegando a permanecer por até 30 anos. São absorvidos por via oral, respiratória e dérmica, e atingem o sistema nervoso central e peri-férico. São considerados cancerígenos e por isso foram banidos de vários países.

Os organofosforados e carbamatos são os inseticidas mais utilizados atualmente e também são absorvidos pelas vias oral, respiratória e dérmica. Seus efeitos são alteração do funcionamento dos músculos, do cérebro e glândulas.

As piretrinas são inseticidas naturais ou artificiais. São instáveis à luz e por isso não se prestam à agricul-tura. São usados em ambientes domésticos na forma de spray, espirais ou em tabletes que se dissolvem ao aquecimento. São substâncias alergizantes e de-sencadeiam crises de asma e bronquites em crianças.

Por esses motivos, Senhor Presidente, faz-se necessário a obtenção das informações ora requeri-das, que possibilitem subsidiar os encaminhamentos apropriados no âmbito do Parlamento Brasileiro.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Deputado Sarney Filho, Líder do PV.

REQUERIMENTO Nº 2.308/2011 (Do Sr. César Halum )

Requer a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 153 de 2003.

Excelentíssimo Senhor Presidente,Nos termos do inciso XIV do art. 114 do Regi-

mento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja incluída na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição n.º 153, de 2003, que “altera o art. 132 da Constituição Federal”, com a finalidade de regula-mentar a carreira de Procurador Municipal.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – César Halum, Deputado Federal – PPS/TO.

REQUERIMENTO Nº 2.309/2011 (Do Sr. César Halum )

Requer que o Projeto de Lei nº 228, de 2011, seja despachado à Comissão de Defesa do Consumidor, além da Comissão constante no despacho inicial.

Excelentíssimo Senhor Presidente,Solicitamos, com base no art. 32, inciso V, alí-

neas a, b e c do Regimento Interno, que o Projeto de Lei nº 228/11, de autoria do nobre Deputado Sandes Júnior, que “altera o § 2º do art. 160 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, disciplinando a obriga-toriedade da territorialidade nas notificações extra-judiciais” seja apreciado também pela Comissão de Defesa do Consumidor, além da Comissão constante em seu despacho inicial.

O Projeto de Lei em questão tem por propósito disciplinar a obrigatoriedade da observância do prin-cípio da territorialidade nas notificações e demais co-municações realizadas pelos serviços de registro de títulos e documentos para obrigar que os atos sejam praticados pelos Oficiais das comarcas do domicílio do destinatário, como forma de impedir que somen-te os cartórios localizados em comarcas com custas/emolumentos mais em conta sejam beneficiados.

A medida tem repercussão direta para os consu-midores dos serviços notariais. Uma vez estabelecida essa territorialidade, um cartório não poderá oferecer custos menores por seus serviços, uma vez que não poderá mais competir com outro de outra comarca em função da limitação territorial de atuação que lhe será imposta pelo projeto de lei. A medida poderia por fim à competição sadia existente entre os cartórios e impossibilitará a escolha daquele que cobra custas mais baratas.

Assim, um cartório que tenha exclusividade para atuar em determinada comarca poderá praticar o pre-ço que bem entender, uma vez que a ele será dada o privilégio da territorialidade.

Ao impor restrição ao poder de escolha por parte dos interessados, o projeto invade a competência da Comissão de Defesa do Consumidor.

Diante do exposto, requeremos com base nos termos regimentais apontados, que o Projeto de Lei nº 228, de 2011, seja despachado à Comissão de De-fesa do Consumidor, além da Comissão constante em seu despacho inicial.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – César Halum, Deputado Federal – PPS/TO.

34478 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

REQUERIMENTO Nº 2.310/2011 (Do Sr. Deputado Wandenkolk Gonçalves)

Requer aprovação de voto de louvor pela realização do IV Fórum TCE-PA e Ju-risdicionados, em Belém do Pará.

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exa., nos termos do art. 117 do

Regimento Interno, se digne a registrar nos meios de comunicação da Casa VOTO DE LOUVOR, pela rea-lização do IV Fórum TCE-PA e Jurisdicionados.

Justificação

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Pará promoveu, no período de 20 a 22 de junho de 2011, em Belém do Pará, o IV Fórum TCE-PA e Jurisdi-cionados. O objetivo do evento foi ampliar o papel do TCE-PA e sua presença junto à comunidade paraen-se, aumentando assim o volume de denúncias de má utilização do dinheiro público. O evento é pioneiro no âmbito dos Tribunais de Contas dos Estados brasileiros.

O TCE-PA tem investido em fomento a eventos que conscientizem o jurisdicionado. O IV Fórum TCE-PA e Jurisdicionados contou com a presença de mais de 1,3 mil pessoas, entre jurisdicionados, autoridades municipais e estaduais. O primeiro dia teve a presença do ministro Benjamin Zymler, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Zymler fez a palestra de abertura sobre “Democracia e Controle Social”. Ele recebeu ainda o tí-tulo honorífico de cidadão do Pará, comenda concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

O conselheiro Cipriano Sabino, presidente do TCE-PA, informa que o IV Fórum tornou-se um dos mais importantes acontecimentos da agenda da Corte de Contas, inclusive porque o evento possui um com-ponente pedagógico, “cumprindo uma das missões constitucionais de um Tribunal de Contas, que é tornar o cidadão fiscalizador da correta aplicação do recurso público, ou seja, torná-lo um parceiro do TCE”.

O idealizador do evento, conselheiro Nélson Chaves, informa que o Tribunal já melhorou signifi-cativamente o processo de prestação de contas dos jurisdicionados, desde a primeira edição do encontro. Ele destacou que a missão do TCE não é somente fiscalizar e punir, mas também capacitar, dotar os ju-risdicionados sobre a importância da correta aplicação dos recursos públicos.

Por todo o esforço em conscientizar o jurisdicio-nado a fim de bem fiscalizar o bem público é que pro-ponho este Voto de Louvor ao TCE-Pará em virtude da realização do o IV Fórum TCE-PA e Jurisdicionados.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Wandenkolk Gonçalves, Deputado Federal – PSDB/PA.

REQUERIMENTO Nº 2.311/2011 (Do Sr. Deputado Wandenkolk Gonçalves)

Requer aprovação de voto de louvor pelo Centenário da Igreja Assembleia de Deus do Pará.

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exa., nos termos do art. 117 do

Regimento Interno, se digne a registrar nos meios de comunicação da Casa VOTO DE LOUVOR, pelo Cen-tenário da Igreja Assembleia de Deus do Pará.

Justificação

Há cem anos a Assembleia de Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gun-nar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém, capital do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos EUA. Desde então, desenvolveu-se uma história de heroísmo, beleza e fé em terras brasileiras.

A princípio, Vingren e Berg frequentaram a Igre-ja Batista, denominação a que ambos pertenciam nos Estados Unidos. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a evidência inicial para os adeptos do movimento sendo a glossolalia - o falar em línguas estranhas – fenômeno que já vinha ocorrendo em vá-rias reuniões de oração nos EUA e também de forma isolada em outros países.

A nova doutrina trouxe muita divergência. En-quanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembléias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desli-gados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão Apostólica da Fé, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reu-nir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembléia de Deus, em virtude da fundação das Assembléias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Sprin-gs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.

A Assembleia de Deus no Brasil se expandiu pelo Estado do Pará, alcançou o Amazonas, propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegou ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cris-tóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34479

Vingren, de Belém, PA, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele pe-ríodo foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante.

A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escan-dinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sus-tento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja.

Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, RN, a Assembleia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo admi-nistrada exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembléias de Deus dos EUA através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a es-truturação teológica da denominação.

As Assembleias de Deus estão organizadas em forma de árvore, onde cada Ministério é constituído pela Igreja-Sede com suas respectivas filiadas, con-gregações e pontos de pregação. O sistema de ad-ministração é um misto entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, onde os assuntos são pre-viamente tratados pelo ministério, com forte influência da liderança pastoral, e depois são levados à assem-bleia para serem votados.

Os pastores das Assembléias de Deus podem estar ligados a convenções estaduais que, por sua vez, se vinculam à Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), com sede no Rio de Janeiro, considerada o tronco da denominação por ser a enti-dade que desde o princípio deu corpo organizacional à Igreja, e a quem pertence a patente do nome no país.

A CGADB hoje conta com cerca de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do ISER) e centenas de missionários espalhados pelo mundo. Seu presidente é o pastor José Wellington Bezerra da Costa, que preside também o Ministério do Belém, com sede em São Paulo, uma das grandes expressões da denominação no país.

A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembléias de Deus - CPAD, com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunida-de evangélica brasileira. À CGADB também pertence a Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia - FAECAD, sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes curso em nível superior:

Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito. Na área política, 21 deputados federais são membros das Assembléias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos as-suntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembléias de Deus no Brasil, com sede em Brasília, DF, que coor-dena todo o processo político da CGADB. Além disso, são cerca de 27 deputados estaduais, mais de cem prefeitos e cerca de 1000 vereadores, todos sob a chancela de igrejas ligadas à CGADB.

A Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil – Ministério de Madureira nasceu sob a lide-rança do pastor (hoje bispo) Manoel Ferreira para corrigir o distanciamento das normas eclesiásticas da CGADB. Por isso, realizou uma Assembléia Geral Extraordinária, em setembro de 1987, onde os pastores que assim se portavam foram suspensos até que aceitassem as deci-sões aprovadas. Por não concordarem com as exigên-cias que lhes eram feitas, organizaram-se em uma nova entidade, hoje com cerca de 2 milhões de membros, no Brasil e exterior. Dessa forma surgiu a Convenção Na-cional das Assembléias de Deus no Brasil – Ministério de Madureira - CONAMAD, fundada em1988.

De acordo com o credo das Assembleias de Deus, entre as verdades fundamentais da denomina-ção, estão a crença:

– Num só Deus eterno subsistente em três pes-soas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo;

– Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, consi-derada a única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão;

– Na concepção virginal de Jesus Cristo, na sua morte vicária e expiatória, ressurreição e ascensão para o céu;

– No pecado que distancia o homem de Deus, condição que só pode ser restaurada através do arre-pendimento e da fé em Jesus Cristo.

– Na necessidade de um novo nascimento pela fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para que o homem se torne digno do Reino dos Céus;

A denominação pratica o batismo em águas por imersão do corpo inteiro, uma só vez, em adultos, em nome da Trindade; a celebração, sistemática e continuada, da Santa Ceia; e o recebimento do batis-mo no Espírito Santo com a evidência inicial do falar em outras línguas, seguido dos dons do Espírito Santo.

A exemplo da maioria dos cristãos, os assem-bleianos aguardam a segunda vinda premilenial de Cristo em duas fases distintas: a primeira, invisível ao mundo, para arrebatar a Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; e a segunda, visível e corporal

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com a Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo por mil anos, sendo portanto dispensacionalista.

Os cultos das Assembleias de Deus se caracteri-zam por orações, cânticos, testemunhos e pregações, onde muitas vezes ocorrem manifestações dos dons espirituais, como profecias e o culto em línguas.

O rápido crescimento da igreja tem estimulado di-versas produções intelectuais de pesquisadores dos fe-nômenos sociológicos e antropológicos contemporâneos.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Wandenkolk Gonçalves, Deputado Federal – PSDB/PA.

REQUERIMENTO Nº 2.312/2011 (Do Sr. Deputado Maurício Quintella Lessa)

Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC 153/2003 que “regulamenta a carreira de Procurador Municipal”.

Senhor Presidente:Requeiro a V.Exª., nos termos do Art. 114, XIV

do Regimento Interno, a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 153, de 2003, que “regulamenta a carreira de Procurador Municipal”.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Deputado Mau-rício Quintella Lessa.

REQUERIMENTO Nº 2.313/2011 (Da Sra. Mara Gabrilli)

Requer a inclusão na ordem do dia do Plenário, da Proposta de Emenda à Cons-tituição (PEC) nº 153/2003.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do

art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inclusão na Ordem do Dia do Ple-nário, da Proposta de Emenda à Constituição nº 153 de 2003, que “altera o art. 132 da Constituição Fede-ral”, com vistas à regulamentar, mediante inclusão no texto constitucional, o exercício da Advocacia Pública no âmbito dos Municípios.

O Requerimento se explica pela notável relevân-cia do tema, na medida em que a votação em Plenário da referida medida regulamentará o exercício de ati-vidade tão essencial à prestação pública em âmbito municipal, como é a advocacia pública.

Lembramos que diversos outros parlamentares já se manifestaram a esta douta presidência, através de se-melhante Requerimento, com o intuito de permitir que a referida propositura entrasse na Ordem do Dia. Tendo em vista a evidente pertinência da matéria, reitero o pedido para que possamos apreciar definitivamente a mesma.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Mara Gabrilli, Deputado Federal.

REQUERIMENTO Nº 2.314/2011 (Da Sra. Mara Gabrilli)

Requer a inclusão na ordem do dia do Plenário, do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 275/2001.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art.

114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inclusão na Ordem do Dia do Plenário, do Projeto de Lei Complementar nº 275/2001, que “Atu-aliza a ementa e altera o art. 1º da Lei Complementar nº 51, de 20 de dezembro de 1985, que dispõe sobre a aposentadoria do funcionário policial, nos termos do art. 103, da Constituição Federal, para regulamentar a aposentadoria da mulher servidora policial”.

A medida é de extrema pertinência e merece ser votada em Plenário para assegurar a aposentadoria da servidora pública do sexo feminino que integra a força policial, nas formas da legislação própria, sem a partir de simples adequação gramatical.

Lembramos que diversos outros parlamentares já se manifestaram a esta douta presidência, através de se-melhante Requerimento, com o intuito de permitir que a referida propositura entrasse na Ordem do Dia. Tendo em vista a evidente pertinência da matéria, reitero o pedido para que possamos apreciar definitivamente a mesma.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Mara Gabrilli, Deputado Federal.

REQUERIMENTO Nº 2.315/2011 (Da Sra. Mara Gabrilli)

Requer a inclusão na ordem do dia do Plenário, da Proposta de Emenda à Cons-tituição (PEC) nº 544/2002.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 114,

inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputa-dos, a inclusão na Ordem do Dia do Plenário, da Proposta de Emenda à Constituição nº 544 de 2002, que “Cria os Tribunais Regionais Federais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões”.

A criação de novas regiões de jurisdição espe-cífica de Tribunais Regionais Federais é mecanismo imprescindível para a otimização e racionalização da prestação jurisdicional, dever do Estado.

Lembramos que diversos outros parlamentares já se manifestaram a esta douta presidência, através de se-melhante Requerimento, com o intuito de permitir que a referida propositura entrasse na Ordem do Dia. Tendo em vista a evidente pertinência da matéria, reitero o pedido para que possamos apreciar definitivamente a mesma.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Mara Gabrilli, Deputado Federal.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34481

REQUERIMENTO Nº 2.316/2011 (Do Sr. Lincoln Portela)

Senhor Presidente,Requeremos a Vossa Excelência, nos termos

do art. 114, inciso XIV do RICD, a inclusão na Or-dem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputa-dos da PEC nº 270, de 2008, que “Acrescenta o parágrafo 9º ao art. 40 da Constituição Federal de 1988”. (Garante ao servidor que aposentar-se por invalidez permanente o direito dos proventos inte-grais com paridade).

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Deputado Lincoln Portela, Líder do Bloco; PR/PRB/PTdoB/PHS/PRTB/PRP/PTC/PSL.

REQUERIMENTO, Nº 2.317/2011 (Do Sr. Efraim Filho)

Requer a inclusão na Ordem do Dia do PL 2861 de 2008, que Altera a Lei nº 4950-A, de 22 de abril de 1966, para estender aos técnicos de nível médio, regularmente ins-critos nos Conselhos Regionais de Enge-nharia, Arquitetura e Agronomia, e nos de Química, o piso salarial mínimo.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art.

114, inciso XIV do Regimento Interno desta Casa, a inclusão na Ordem do Dia do PL 2861 de 2008, que Altera a Lei nº 4950-A, de 22 de abril de 1966, para estender aos técnicos de nível médio, regularmente inscritos nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e nos de Química, o piso salarial mínimo.

Sala das Sessões, 30 de junho de 2011. – Efraim Filho, Deputado Federal, Democratas – PB.

REQUERIMENTO Nº 2.318/2011 (Do Sr. Raimundo Gomes de Matos)

Requer a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição PEC Nº 446/300.

Senhor Presidente,Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regi-

mento Interno da Câmara dos Deputados, Requeiro a Vossa Excelência que seja incluída na Ordem do Dia, a votação em Segundo Turno, a Proposta de Emenda à Constituição – PEC nº 446/300 que “Altera a redação do § 9º do artigo 144 da Constituição Federal”.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Raimundo Gomes de Matos, Deputado Federal- PSDB/CE.

REQUERIMENTO Nº 2.319/2011 (Do Sr. Raimundo Gomes de Matos)

Requer a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei Nº 3937 de 2004.

Senhor Presidente,Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimento

Interno da Câmara dos Deputados, Requeiro a Vossa Excelência que seja incluída na Ordem do Dia, do Pro-jeto de Lei nº 3937/2004, que Altera a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, que “transforma o Conselho Ad-ministrativo de Defesa Econômica (Cade) em Autarquia, dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica e dá outras providências”.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Raimundo Gomes de Matos, Deputado Federal- PSDB/CE.

REQUERIMENTO Nº 2.320/2011 (Do Sr. Ricardo Quirino)

Senhor Presidente,Nos termos do art. 117, inciso XIX, § 3º, do Regi-

mento Interno, vimos, respeitosamente, solicitar a Vossa Excelência se digne registrar nos Anais desta Casa voto de louvor pelo feito heróico do Capitão Carneiro da Policia Militar do Distrito Federal, por ocasião do sequestro havido na Av. W3 Sul, quadra 711 no dia 14/06/2011, nesta capital.

N.Termos, P.Deferimento.Brasília, 30-6-2011. – Ricardo Quirino, Deputado

Federal, PRB/DF.

REQUERIMENTO Nº 2.321/2011 (Do Sr. João Campos)

Requer a criação de Comissão Espe-cial destinada a proferir Parecer ao Projeto de Lei nº 4.436 de 2008, que “Modifica o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para garantir ao vigilante o recebimento de adicional de periculosidade”.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do inciso

II do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja criada a Comissão Especial destinada a proferir Parecer ao Projeto de Lei nº 4.436 de 2008, que “Modifica o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para garantir ao vigilante o recebimento de adicional de periculosidade”.

Justificação

O Projeto de Lei nº 4.436 de 2008 visa garantir ao vigilante o recebimento de adicional de periculosi-dade pelo desempenho de suas funções em atividades perigosas, estimulando a mudança de comportamen-to daqueles empregadores que, ao invés de buscar a prevenção ou a diminuição dos riscos inerentes a cer-

34482 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

tas atividades, com a adoção constante de medidas

inovadoras de segurança do trabalho, pouco ou nada

fazem para preservar a integridade do trabalhador.

Pelas razões expostas, propugnamos pela apro-vação do presente requerimento.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – João Campos, Deputado Federal.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34483

REQUERIMENTO N° 2.323/2011 (Do Sr. Milton Monti)

Solicita a retirada do Projeto de Lei n° 2771/2003 que obriga empregadores a manterem berçário ou creche e dá outras providências.

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exª, nos termos do art. 104, ca-

put, do Regimento Interno, a retirada do Projeto de Lei n° 2771/2003, de minha autoria, que “obriga empre-gadores a manterem berçário ou creche e dá outras providências.

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Deputado Mil-ton Monti.

REQUERIMENTO Nº 2.324/2011 (Do Sr. Deputado Hugo Napoleão)

Requer inclusão na Ordem do Dia da PEC 300/2008.

Senhor Presidente,Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimen-

to Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição nº 300/2008, que ““Altera a re-dação do § 9º, do artigo 144 da Constituição Federal”,

Sala das Sessões, 30-6-2011. – Hugo Napoleão, Deputado Federal – PI.

VI – ORDEM DO DIA (Debates e trabalho de Comissões)

O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Vai-se passar ao horário de

VII – COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Zé Geraldo, pelo PT. S.Exa. dispõe de até 10 minutos.

O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos aqueles que me ouvem neste momento, na terça-feira à tarde fui convidado pelo Presidente do PT do Estado do Pará, João Batista, e pelo Presidente Nacional do PT, Rui Falcão, para darmos entrada em uma Repre-sentação na Procuradoria-Geral da República solici-tando a instauração de inquérito e posterior ação pena, no Supremo Tribunal Federal, contra o Senador Má-rio Couto, PSDB do Pará, que, entre 2003 e 2006, foi Presidente da Assembleia Legislativa daquele Estado.

O documento foca a apuração de aspectos crimi-nais dos atos que teriam sido praticados pelo Senador tucano durante sua gestão na Presidência do Legis-lativo Estadual. Junto comigo estavam também dois

Deputados da bancada federal do Pará, Beto Faro e Cláudio Puty.

Quero parabenizar o PT nacional por essa ini-ciativa. Acho até que o PT age em bom tempo, mas já deveria há muito ter entrado com ação contra o Se-nador Mário Couto, que tem tido, na minha avaliação, improdutiva ação no Senado para o Estado do Pará, além de seu tempo de trabalho e de tribuna terem sido dedicados a caluniar o PT, a mentir sobre a ex--Governadora Ana Júlia, do Partido dos Trabalhadores.

É lamentável termos Senadores que gastem seu precioso tempo com esse tipo de atuação.

Senador Mário Couto, quem moveu uma ação contra S.Exa. foi o PT Nacional, não foi nenhum De-putado individual do PT e nenhuma bancada, nem a estadual, nem a federal. Nós nos fizemos presentes no ato, concordamos com a ação, parabenizamos o PT, e não adianta ficar bravo na tribuna, como S.Exa. ficou esta noite, esbravejando, como é o seu costume, a sua forma teatral, mentirosa, difamatória, e citando nossos nomes. Citou inclusive meu nome, como se eu, em algum momento, estivesse envolvido em caixa dois e com madeireiro.

Em determinado momento, para derrubar o Go-verno Lula e o PT, para acabar com o nosso Gover-no, tentaram atacar todo mundo, e, em outra época, tentaram me envolver no episódio do Anapu, chama-do Safra Legal, uma retirada de madeira em que, na verdade, havia ilegalidades. Trouxeram 25 pessoas do interior para depor numa CPI, trouxeram fitas gravadas, e sequer encontraram um segundo de voz minha em gravações ou algum momento em que eu pudesse ter me envolvido em situações como as por ele externa-das esta noite na tribuna do Senado.

O Senador Mário Couto já começa a ser chamado no Estado do Pará de Senador Tapioca. Ele criou uma empresa fantasma que vendia tapioquinha – produto muito valioso no Estado do Pará e que todos apreciam – na Assembleia. Mas, na verdade, essa empresa fan-tasma era construtora de obras na Assembleia Legis-lativa, com um rombo de mais de 2 milhões de reais. E, na apuração que está sendo feita pelo Ministério Público estadual e na Representação protocolada pelo Rui Falcão, Presidente Nacional do PT, está registrada como uma das principais falcatruas.

Faz praticamente 6 meses de mobilizações no Estado do Pará, com o envolvimento da Ordem dos Advogados do Brasil, de movimentos sociais, de igre-jas, de Vereadores, de Deputados, contra a roubalheira da Assembleia Legislativa implantada e coordenada pelo Senador Mário Couto e pelo ex-Deputado e ex--Presidente da Assembleia Domingos Juvenil, candida-

34484 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

to pelo PMDB contra a Governadora Ana Júlia, numa estratégia de retomar o Governo do Estado do Pará.

Chegaram ao ponto de impedir a aprovação de um empréstimo de 366 milhões de reais pelo Estado do Pará, uma vez que ele perdeu muito com a crise. O Pará é um Estado que exporta madeira e minério. Como os preços de exportação caíram com a crise, o Pará perdeu uma “dinheirama” em pouco mais de 1 ano. A Assembleia Legislativa, que fazia todo o tipo de corrupção, arrecadando dinheiro para as campa-nhas milionárias no Estado, impediu a aprovação do empréstimo para que o Governo do Partido dos Tra-balhadores pudesse fazer as obras tão necessárias e tão esperadas pelo povo do Pará. E o povo vai conti-nuar esperando, porque o Governo Jatene até agora não mostrou a que veio.

Então, o Pará vive essa situação. O Ministério Público Estadual do Pará está com a batata quente na mão, uma batata que está queimando. O Ministério Público não tem como se desviar do caminho. Preci-sa enfrentar as montanhas e as pedreiras que estão à sua frente. Ele não pode julgar, não pode condenar apenas alguns funcionários que faziam parte do es-quema. Precisa apurar e condenar os mandantes, os coordenadores, os elaboradores de todo esse rombo que chega a milhões e milhões na Assembleia.

Infelizmente, é algo muito vergonhoso para o Estado do Pará, para toda a sociedade paraense. Até agora ninguém foi preso. Nas casas de alguns cida-dãos foram encontrados 500 mil reais. Quinhentos mil reais não é pouco dinheiro na casa de um cidadão, e até agora ninguém foi preso.

Espero que o Ministério Público do Estado do Pará mostre ser realmente atuante, corajoso, uma vez que há muitos comentários de que ele, às vezes, fica morno, não cumpre o seu papel, não age como deveria agir.

Torço para que o Ministério Público que está in-vestigando essa ação, que se apoderou da documen-tação daquela Assembleia Legislativa, faça a devida apuração.

Então, quero dizer ao Senador Mário Couto que não adianta ele ir para a tribuna do Senado fazer aque-le teatro todo e ficar bravo, porque ele não aguenta uma investigação. Se há alguém que não aguenta uma investigação séria na Assembleia Legislativa é o Se-nador Mário Couto. Se ela tivesse sido feita há 2 ou 3 anos, ele já tinha caído, já tinha sido cassado; ele não conseguiria se manter como Senador.

Essas coisas estão rolando há bastante tempo. A batata estava assando. Agora é que as coisas vêm à tona, devido à conjuntura política interna na própria Assembleia Legislativa do Estado do Pará. Ou seja,

as questões entre o PMDB e o PSDB e as questões internas, o que foi acontecendo lá dentro.

Quero dizer ao povo brasileiro, aos eleitores, às eleitoras e ao povo do Estado do Pará que esta não foi uma ação individualizada minha ou da bancada fe-deral. Foi uma decisão do PT nacional. Quem assina a Representação é o Presidente Nacional do PT – que inclusive estará em Belém neste sábado, no encontro estadual do Partido dos Trabalhadores —, que pede a apuração e a punição do Senador Mário Couto, porque está mais do que provado que ele, como Pre-sidente daquela Assembleia, coordenou a corrupção, que está alastrada.

Os dois Presidentes que mais cometeram corrup-ção foram exatamente o Presidente Mário Couto, hoje Senador, e Domingos Juvenil, que perdeu a eleição, era Deputado Estadual, que também contribuiu muito para que o Poder Legislativo do Estado do Pará che-gasse àquela situação.

Sr. Presidente, eu não teria como deixar de fa-zer um comentário depois do pronunciamento que o Senador fez esta noite na tribuna do Senado, dizendo que ele é santo e que os Deputados que foram junto é que têm contas a pagar. Na verdade, ele não tem como escapar: ele é um dos principais coordenadores das falcatruas, da corrupção na Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Srs.

Deputados, esta Presidência registra a presença na Casa de um grupo de 33 pessoas da terceira idade de Angra dos Reis.

Quero explicar a eles a natureza desta sessão, porque podem estranhar o pequeno número de Depu-tados presentes. A sessão deliberativa foi realizada na parte da manhã. Agora, à tarde, a sessão se destina a pronunciamentos e a debates. Assim é o processo legislativo.

O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Concedo a palavra, pela ordem, ao eminente Deputado Naza-reno Fonteles. S.Exa. tem até 3 minutos.

O SR. NAZARENO FONTELES (PT-PI. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares e os que assistem a esta sessão pela TV Câmara, já tive a oportunidade, pelas redes sociais, de fazer o registro, desde domingo, da minha alegria pela eleição para a Diretor-Geral da FAO do querido José Graziano da Silva.

Ministro no primeiro Governo Lula, José Grazia-no implantou o Fome Zero no País e, depois, à frente da FAO da América Latina, contribuiu na luta contra a fome e a desnutrição neste continente.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34485

Tive a felicidade de conviver com ele nesse pe-ríodo, quando à frente da coordenação da Frente Par-lamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, criada nesta Casa desde 2007. Foi dele a iniciativa de nos levar ao Chile. Lá, conseguimos iniciar o planejamento que terminou em 2009 com a criação da Frente Par-lamentar de Combate à Fome da América Latina e Caribe no Panamá. No ano passado, em São Paulo, realizamos o primeiro fórum dessa Frente. E, agora, neste mês, promovemos o segundo fórum, na Colôm-bia, evento que durou 2 dias e teve a participação de diversos países.

O nosso exemplo, na luta pelo direito à alimen-tação e pela segurança alimentar, está sendo copiado por outros países. Hoje, o Uruguai tem a sua Frente Parlamentar – inclusive participei do evento da sua criação neste ano; o Equador e a Argentina também já criaram, assim como a Colômbia, durante o fórum a que me referi.

Por isso, a nossa alegria, com a esperança de que, a partir do próximo ano, quando José Graziano estiver efetivamente na direção geral da FAO, ele con-tribua para que muito mais países e seus respectivos Parlamentos se envolvam na causa de combate à fome e ajudem a FAO a fazer aquilo que já deveríamos ter feito: comprometer-nos erradicar a fome até 2025, pro-posta que o ex-Presidente Lula ajudou a lançar. Essa é uma iniciativa que a FAO está tendo na América Latina, cuja liderança era exercida por José Graziano.

Hoje mesmo, o ex-Presidente Lula, na Assem-bleia da União Africana, em pronunciamento em que chamou a atenção para as relações Brasil e países da África, destacou a vitória de José Graziano não como apenas do Brasil, mas dos países em desenvolvimento, que deram crédito a essa figura pelas políticas públicas de combate à fome e à miséria que implementamos.

Esta Casa já aprovou a Lei da Alimentação Esco-lar – matéria que tive a oportunidade de relatar –, que criou uma ponte com a agricultura familiar e consagrou a alimentação como direito social, decisão que hoje repercute no mundo inteiro. São exemplos de política bem-sucedida.

Hoje, o Brasil reduziu a desigualdade, a fome e a miséria, ao contrário do que ocorreu em várias par-tes do mundo. Entre os BRIC, só o Brasil reduziu a desigualdade. Nem China, com ditadura e tudo, nem Rússia, nem Índia conseguiram igualar o feito do Brasil.

Por isso, nossos parabéns a José Graziano.O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Convido

o Deputado Jesus Rodrigues a usar da palavra. S.Exa. tem até 3 minutos na tribuna.

O SR. JESUS RODRIGUES (PT-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Depu-

tados, Sras. Deputadas, senhores telespectadores da TV Câmara, quero iniciar o meu pronunciamento pa-rabenizando o povo de Esperantina pelo retorno de seu Prefeito, Francisco Antônio.

Quero também parabenizar o povo e as cidades do Nordeste que têm sido, ao longo dos últimos anos, beneficiados com o Projeto de Integração de Bacias do Nordeste Setentrional. O projeto, que recebia o nome de Transposição do Rio São Francisco, hoje contempla – e parabenizo o Governo por isso – o Ceará, o Rio Grande do Norte, a Paraíba e Pernambuco. Também já estão previstas obras de transposição de canais de água para Bahia, Sergipe e Alagoas.

Aproveito este momento para solicitar ao Minis-tério da Integração – hoje, nesse sentido, protocolei nesta Casa a Indicação nº 812 – que, dentro desse pro-grama de integração de bacias, seja construído o Eixo Oeste. O Eixo Oeste, Sr. Presidente, capta água do Lago de Sobradinho, na Bahia, e a leva para a cidade de Remanso, ainda na Bahia, segue ao rumo à cidade de São Raimundo Nonato, no Piauí, e, em determina-do momento, se bifurca para a cidade de Paulistana.

O semiárido piauiense seria contemplado por essa obra, mas, infelizmente, até o momento, não te-mos ainda nada mais do que um pré-projeto. Apresen-tamos esse requerimento à Casa para encaminhar as fundamentações técnicas que justificam a construção do Eixo Oeste e para que ele seja iniciado ainda neste ano de 2011. Seriam liberados os recursos para a ela-boração do estudo que vai permitir a construção de 700 quilômetros de canais a fim de levar água para a região do semiárido piauiense, que, no momento oportuno, poderia ser também levada para a cidade de Guaribas e, na outra ponta, para a cidade de Acauã, ambas no Piauí. Essas foram as duas cidades do programa-piloto Fome Zero – e, hoje, aqui já foi citada a brilhante ex-periência de José Graziano à frente desse programa.

Nesse ponto, de Acauã a Paulistana, demandando para a região de Lagoa de São Francisco, São Fran-cisco de Assis, Queimada Nova, Coronel José Dias, Dirceu Arcoverde, São Lourenço e São Raimundo No-nato, podemos descer no rumo de Caracol, chegando até a cidade de Guaribas. Essa ampla região do semi-árido piauiense não pode continuar sem atendimento de água. A água é fundamental para que possamos não só resolver o problema do abastecimento de água para o consumo humano, hoje feito através das cis-ternas, mas também para a irrigação e, claro, para o consumo dos animais.

Sabemos todos que, em certos momentos, no semiárido nordestino, as pessoas têm de destinar a água para o seu consumo, deixando os animais – ca-valos, jumentos, bodes, bois – morrer de sede, porque,

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senão, elas é que morrem. Daí a necessidade da im-plantação desse Eixo Oeste do Projeto de Transposi-ção do São Francisco, que vai beneficiar cerca de 20 Municípios e uma população de aproximadamente 80 mil habitantes, que hoje, muitas vezes, não tem água suficiente para o consumo humano, tendo de recorrer aos famosos carros-pipas.

Estive na cidade de Queimada Nova, onde estava ocorrendo uma audiência pública. Ali existia uma nas-cente e, quando outra região necessitava de água, um carro-pipa ia bombear água naquela cidade. E, para não morrer de sede, pessoas da região tinham que se armar para evitar que o carro-pipa sugasse a últi-ma gota de água da nascente. Esse tipo de problema será resolvido, com certeza, com a conclusão dessa parte do Eixo Oeste.

Sr. Presidente, quero agradecer a V.Exa. a ge-nerosidade de me conceder esse tempo e dizer ao povo do Piauí que estou atento para a construção do Eixo Oeste.

O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Tem a palavra, pela ordem, o Deputado Roberto de Lucena, por 3 minutos.

O SR. ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres Parlamentares, o Brasil está enfrentando uma guerra ingrata, impiedosa, insana, desigual: a guerra contra as drogas.

Dessa guerra, Sr. Presidente, temos, como socie-dade, perdido sequenciais batalhas. Uma das batalhas perdidas – e perdidas por todos nós – foi a liberação da Marcha da Maconha pelo nosso glorioso STF, quando seus insignes Ministros entenderam que esse evento tratava-se não de apologia ao crime, mas uma mani-festação popular que deve ser tolerada em nome da liberdade de expressão.

Já manifestei, desta tribuna, minha indignação com respeito à decisão do STF, que para mim repre-senta um grande equívoco, e estou absolutamente convencido de que, além de falar em nome Frente da Família, composta de 240 Parlamentares, e da qual sou Vice-Presidente, falo em nome de enorme, de imensa parcela da sociedade brasileira.

Mas, Sr. Presidente, não vou falar mais a res-peito desse assunto, desse tropeço do nosso Judici-ário. Temos efetivamente que cessar os lamentos e começar a reagir.

O tabagismo e, sobretudo, o álcool representam também um grave problema, um grande desafio a ser enfrentado. Aliás, Sr. Presidente, o álcool é um pro-blema social da maior gravidade e que alcança todas as classes sociais.

Mas, por falar no combate às drogas, quero cum-primentar, quero saudar, aplaudir a nossa Presidenta Dilma Rousseff, que, dias atrás, recebeu representantes de diversas entidades que, na sua maioria, em nome da fé, realizam excepcional trabalho na recuperação de dependentes químicos em todo o Brasil.

Essas instituições têm feito um trabalho digno de reconhecimento e de aplausos, na maioria das vezes, sem estrutura, sem respaldo, sem apoio, mas à custa do esforço, do sacrifício das pessoas envolvidas nessa grande corrente que se move pelo ideal, dessa família que se dá as mãos e, em nome da paz, em nome de uma sociedade mais saudável, uma sociedade equi-librada, tem feito esse enfrentamento, tem feito esse combate às drogas.

Sr. Presidente, peço sua compreensão e sua tolerância para permitir que eu me estenda por mais 1 minuto.

Quando manifestamos aqui nossa preocupação a respeito da Marcha da Maconha, queríamos chamar a atenção, Sr. Presidente, para duas situações: primei-ro, os interesses financeiros que podem estar por trás de movimentos dessa natureza, movimentos que têm uma agenda a ser cumprida; segundo, o custo dessa agenda, que consiste na destruição de uma geração de jovens e de adolescentes – um custo altíssimo para o Brasil de hoje e de amanhã.

Quero também, Sr. Presidente, falar a respeito do jovem que tem aspirações, que é o idealizador, que é o sonhador, que é, por essência, o transformador so-cial e que é vítima desse boicote, que é vítima dessa sabotagem que está sendo praticada contra ele.

Sr. Presidente, quem dará ouvidos, quem dará crédito a uma legião de drogados, a uma legião de dependentes químicos?

A mim me parece que, além dos interesses finan-ceiros que movem essas estruturas, existem interesses aparentemente políticos, escusos, terríveis que que-rem tirar dessa geração de jovens o direito de serem ouvidos, de serem levados a sério.

É preciso, Sr. Presidente, que vozes se levan-tem neste País para dizer aos jovens e adolescentes que eles estão sendo sabotados. É preciso que nós, agentes públicos, homens públicos, que esta Casa, que tem iniciativas tão sérias e tão contundentes adotadas por Parlamentares de várias bandeiras partidárias, de várias cores partidárias, continue...

(O microfone é desligado.)O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Conclua,

Sr. Deputado.O SR. ROBERTO DE LUCENA – Obrigado, Sr.

Presidente.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34487

Apelo para que esta Casa continue, com muita seriedade, encarando o trabalho feito nas sessões em que, sob a presidência do Deputado Marco Maia, os Parlamentares têm reconhecido a seriedade e a gra-vidade desse problema e para que continue avocan-do para si o peso dessa responsabilidade, que não é apenas nossa, mas que a História, que o futuro haverá de cobrar dos meios de comunicação em geral e da-queles que tiveram poder para fazer diferença, para influenciar de maneira positiva, para neutralizar esse avanço do mal e não o fizeram.

Sr. Presidente, agradeço a generosidade a V.Exa. e peço que seja dada publicidade a este pronuncia-mento nos meios de comunicação da Casa.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Srs.

Deputados, esta Presidência quer fazer o registro da presença do meu amigo Zaire, de Chapecó, Santa Ca-tarina, e das pessoas que o acompanham.

Meu querido amigo Zaire, o plenário está assim porque, para deliberar, tivemos sessão de manhã. Agora os Deputados viajaram para os seus Estados. Estão aqui os Deputados que ainda têm pronuncia-mentos a fazer.

O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Raimundo Gomes de Matos.

O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PS-DB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres Parlamentares, telespectado-Parlamentares, telespectado-, telespectado-res e telespectadoras da TV Câmara, na manhã de hoje, tivemos a grande satisfação de conviver com um dos maiores estadistas vivos do nosso País. Foi uma convivência suprapartidária, em uma solenida-de no Auditório Petrônio Portela, que contou com a presença do Presidente do Senado, Senador José Sarney; com a presença bastante significativa do Presidente desta Casa, Deputado Marco Maia; com a presença de vários Governadores – o de Pernam-buco, o de Goiás, o de Tocantins, o do Amapá —; e do Prefeito de São Paulo. Integrantes e Ministros do Supremo Tribunal Federal estiveram presentes, bem como inúmeros Senadores e o Presidente do Instituto Teotônio Vilela, Tasso Jereissati. Foi, acima de tudo, a comemoração dos 80 anos do nosso estimado Fer-nando Henrique Cardoso.

Relevantes não foram somente as palavras dess-es oradores que lá expuseram seus depoimentos, mas também a presença de uma grande figura do nosso mundo cultural, a nossa Fernanda Montenegro, que, como Fernando Henrique, está completando 80 anos, com vitalidade, com compromisso com o Brasil, com

compromisso com a ética, com compromisso, acima de tudo, com um Brasil justo e decente.

Todos aqueles que lá estiveram, homens e mul-heres, centenas de jovens que estão ingressando no PSDB Jovem, ingressando na política, tiveram a oportunidade de ouvir e presenciar a retrospeciva daquele que lutou pelas eleições diretas, daquele que teve que fugir do Brasil de madrugada para, em outro país, criar um centro de análises, pesquisas e projetos para o Brasil e depois voltar ao Brasil e co-ordenar o nosso País em uma nova versão, um novo Brasil que, queiramos ou não, começou com o Plano Real, começou com a decisão do ex-Ministro Serra, do ex-Presidente Itamar e do ex-Ministro e Presidente da República Fernando Henrique de fazer com que hoje o Brasil seja uma das poucas nações que têm estabilidade econômica.

Temos, acima de tudo, a Lei de Responsabi-lidade Fiscal, que tem implantado um programa de redes sociais e um sistema de saúde. Hoje, os Es-tados Unidos ainda lutam para montar um sistema único de saúde. Isso tudo nós devemos a eles, no-bre Deputado Jorginho, que tão bem representa Santa Catarina e o nosso PSDB. Isso tudo foi fruto desses que estão, através de uma posição ética e democrática, lutando para que o Brasil não seja um país de populismo, não seja um Brasil somente de transferência de renda para o Nordeste; seja um Brasil que dê oportunidade a todos de acessar um sistema de saúde mais eficaz.

Que nós possamos ter uma saúde com eficiência. Como disse o Presidente Fernando Henrique Cardo-so, não é somente o acesso; é a qualidade da nossa educação, a qualidade da nossa saúde, os serviços públicos de qualidade.

Quantos não conseguem ter voz e vez neste País. Mas, acima de tudo, com fortalecimento do processo democrático. Observamos vários países na Europa com sua democracia desestabilizada pela questão econômica. E hoje vemos um Brasil forte. Podia ser muito mais forte, ter acelerado muito o seu crescimen-to se não tivesse, em determinadas horas, trabalhado somente em questões de popularidade.

O Presidente Fernando Henrique Cardoso, com seus 80 anos, se colocou à disposição para continu-ar um trabalho com novas ideias, para avançarmos em ciência e tecnologia, para avançarmos, acima de tudo, na ocasião em que nós precisamos oportunizar o acesso às redes digitais. Que nós possamos ter, acima de tudo, um orçamento que não seja contingenciado.

A presença do Deputado Marco Maia, o próprio pronunciamento endereçado pela Presidente Dilma,

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reconhecendo o grande estadista que é Fernando Henrique Cardoso...

O que nós precisamos é ter um Congresso de-mocrático, um Congresso forte e que esta Casa seja a casa dos debates, dos contraditórios. Mas jamais poderemos deixar de ter nossas prerrogativas, para continuar como País democrático.

Tudo isso se deveu e se deve a Fernando Hen-rique, que com certeza Deus irá iluminar muito mais para continuar a contribuir lado a lado com aquela que foi uma grande Primeira-Dama, a nossa saudosa Ruth Cardoso.

Parabéns ao Brasil e a todos da Social Demo-cracia Brasileira!

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Conce-

do a palavra ao próximo orador, Deputado Zé Geraldo, para uma Comunicação de Liderança, pelo Partido dos Trabalhadores.

O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, aproveitando o horário de Liderança do meu partido, vou enaltecer políticas positivas do Governo Federal em nosso Estado do Pará.

Eu estava falando da representação que o PT nacional deu entrada nessa terça-feira, à tarde, na Procuradoria-Geral da República, solicitando a apu-ração das irregularidades cometidas pelo Senador Mário Couto Filho quando Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará. Portanto, quero pedir que as notas taquigráficas registrem exatamente essa ação. Que os órgãos de comunicação possam dar ampla divulgação a essa ação e que fique registrado nesta Casa.

Quero dizer ao Senador Mário Couto, do PSDB, que o PSDB pode mover as ações que ele quiser con-tra Parlamentares do PT e contra o PT. Nós não temos nada a esconder. Nós não acobertamos corrupção e malversação de recurso público. Estamos sujeitos às denúncias e às ações que o PSDB e o Senador Mário Couto quiserem fazer contra o PT, posteriormente a essa ação. Mas, se ele pensou que ficaria tranquilo, em berço esplêndido, em todo o seu mandato, que não haveria uma ação contra seus malfeitos, a ação está protocolada.

Quero sair de uma pauta negativa para ressaltar uma pauta positiva do Governo Federal no Estado do Pará. Quero falar sobre a educação.

Nunca, no Estado do Pará, um Governo fez tanto pela educação, pelo ensino médio, técnico e superior. Já são seis escolas técnicas implantadas, em funcionamento, na região. Nós temos escola técnica em Itaituba, em Altamira, em Santarém, em

Castanhal, em Conceição do Araguaia, em Bra-gança. A Universidade do Oeste do Pará – UFOPA, com sede em Santarém, já está em funcionamento. A Escola Agrotécnica Federal agora também está fazendo parte do UFPA. A Universidade do Ensino Tecnológico já está também em funcionamento, com sede em Marabá. Tenho notícias seguras de que, das próximas quatro ou cinco universidades que serão criadas pelo nosso Governo, já no próximo ano, está garantida mais uma universidade federal pública para o Estado do Pará, desta vez, no sul e no sudeste do Pará, em Marabá.

Esta é uma bandeira que eu venho ajudando a conduzir há muito tempo. Tenho trabalhado bastante para ajudar na implantação do ensino médio, técnico e superior no Pará.

Eu coloquei, individualmente, mais de 1 milhão de reais na Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, para ajudar na sua ampliação e estruturação.

Nesta quarta-feira, tive a felicidade de saber, porque não pude estar presente, da inauguração do campus da Universidade Federal do Pará, em Altami-ra, uma importante obra para a cidade.

Lá foram inaugurados esta semana um prédio para a Faculdade de Ciências Biológicas, com 1.200 metros quadrados, que tem quatro salas de aula, oito laboratórios específicos e multidisciplinares, Secre-taria e Direção da Faculdade – campus II; um prédio para a Faculdade de Engenharia Florestal, com 1.200 m2, com quatro salas de aula, mais oito laboratórios, mais a Secretaria e a Direção da Faculdade que se localizará, também, no campus II; um Centro de In-formática com 60 computadores; reforma do prédio administrativo, que ocorrerá no campus I, e o Espa-ço Cultural Portal do Xingu, localizado às margens do Rio Xingu, no campus I. E ainda há recursos para a construção de um auditório para aquele campus universitário.

Isso tudo faz parte da expansão das universi-dades no Brasil, e o Estado do Pará não ficou para trás. Nosso Estado tem ganhado muito com as polí-ticas do Governo Federal, com o Presidente Lula e a Presidente Dilma, e não dá para separar, pois, quan-do Lula era Presidente, Dilma estava na elaboração dessas políticas. No próximo ano, a Presidenta Dilma mandará para esta Casa um projeto de lei que vai criar a universidade do sul e sudeste do Pará, com sede, talvez, em Marabá.

Então, não poderia deixar de enaltecer e para-benizar a gestão da Universidade Federal do Pará, parabenizar o Diretor do campus de Altamira, o Prof. Ranieri, que tem dado grande contribuição e está fa-zendo uma belíssima coordenação naquela universida-

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de. É exatamente aquele campus que está na cidade que sediará a hidrelétrica do Xingu. Nós temos hoje a organização de um polo naquela região com dez Mu-nicípios, e Altamira é a cidade polo.

Também quero ressaltar o trabalho que o Go-verno Federal vem fazendo nas rodovias federais do Estado do Pará.

Sr. Presidente, quando vim a Brasília tomar posse, em 2003 – fui eleito Deputado Federal junto com o Presidente Lula, quando foi eleito Presiden-te da República –, viajei de Belém a Brasília, pela Belém-Brasília, dirigindo um carro, e era uma bu-raqueira só. Eu não conseguia rodar a mais de 40 quilômetros por hora, em média. Essa rodovia hoje está totalmente restaurada, desde Belém até Anápo-lis. E as demais rodovias, que eram abandonadas, as rodovias de chão, como a Cuiabá-Santarém, a Transamazônica, pelas quais se demorava até 10 dias de carro para trafegar 500 quilômetros, no pe-ríodo de chuva, todas estão com contratos de con-servação, com recursos garantidos, com recursos do PAC. As rodovias asfaltadas estão com contrato para restauração.

Agora, será lançado um CREMA, um progra-ma de restauração e manutenção de rodovias no Pará, que deve entrar em operação neste segundo semestre para restaurar as rodovias já construídas e asfaltar as duas maiores rodovias de chão deste Brasil – um trecho de mil quilômetros entre Mara-bá e Itaituba, na Transamazônica, e um trecho de mais de mil quilômetros entre Itaituba, Santarém, até Mato Grosso.

Provavelmente, com todo o atraso que tivemos e ainda estamos tendo, com os licenciamentos, lici-tações, mesmo assim, até o final de 2014, nós tere-mos essas duas rodovias concluídas. Há possibilida-de concreta de a BR-163 estar concluída até o final de 2012. E a Transamazônica, com os atrasos que teve, mesmo assim, com obras importantes, como a ponte no Rio Araguaia em Araguatins, a duplica-ção da ponte em Marabá, no Rio Itacaiúnas, e as obras que já estão sendo feitas desde o Município de Repartimento até Medicilândia, terá a licitação dos demais trechos.

Portanto, aproveito este horário de Liderança para enaltecer as coisas positivas que o Governo Federal está fazendo naquela região e dizer que estou acom-panhando passo a passo, dia a dia, as implementações dessas políticas no Estado do Pará. A contribuição que faço, além do trabalho legislativo, é o acompanhamen-to dessas políticas.

Era isso, Sr. Presidente.Muito obrigado a todos.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e todos os que nos acompanham pelos veículos de comuni-cação da Casa, hoje, 29, na Universidade Federal do Pará, no Município de Altamira, ocorreu uma impor-tante inauguração que em muito fortalecerá e ampliará a formação e extensão universitária federal em toda a região do Xingu.

Uma das bandeiras de nosso mandato, em meu trabalho em Brasília, é a defesa da educa-ção. Tenho me mobilizado, junto ao Ministério da Educação, no sentido de contribuir com a alocação de recursos para a ampliação do campus Altami-ra. Inclusive, direcionei emenda parlamentar para ajudar nessa ampliação; para a criação da Casa do Estudante; e da Biblioteca da UFPA no campus Altamira. Isso vem contribuído para que muitos jo-vens possam cursar o nível superior sem ter que se mudar de sua região.

E é nesse sentido que me regozijo com a inaugu-ração de hoje que inclui um prédio para a Faculdade de Ciências Biológicas, com 1.200 metros quadrados, com quatro salas de aula, oito laboratórios específicos e multidisciplinares, a Secretaria e a Direção da Fa-culdade (campus II); um prédio para a Faculdade de Engenharia Florestal, com 1.200 metros quadrados, com quatro salas de aula, mais oito laboratório, mais a Secretaria e a Direção da Faculdade, que se locali-zará, também, no campus II; um Centro de Informática com 60 computadores; reforma do prédio administra-tivo, que ocorrerá no campus I, e o Espaço Cultural Portal do Xingu, localizado às margens do Rio Xingu, no campus I.

Sr. Presidente, ações como essas fazem a dife-rença na formação de milhares de estudantes, pes-quisadores e comunidade. O investimento do Governo Federal em construção, reformas, móveis e equipa-mentos foi em torno de 8 milhões de reais.

Sras. e Srs. Deputados, parabenizo mais uma vez o Governo Federal pelo trato, sempre atento às demandas educacionais e, em específico, por esta fun-damental inauguração que atenderá a um público de mais de 1.500 estudantes e fará a diferença no robus-tecimento da formação acadêmica e no desenvolvimen-to educacional, beneficiando mais e mais cidadãos da região de Altamira e adjacências, com aprimoramento educacional e tecnológico, infraestrutura de qualidade e, o que é melhor, de ordem pública.

Era o que tinha a dizer.

REPRESENTAÇÃO A QUE SE REFERE O ORADOR

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O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Con-cedo a palavra ao Deputado Ronaldo Fonseca, pelo Bloco Parlamentar PR/PRB/PTdoB/PRTB/PRP/PHS/PTC/PSL, por até 10 minutos, e, depois, à Deputada Fátima Bezerra.

O SR. RONALDO FONSECA (Bloco/PR-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, aqueles que me assistem pela TV Câmara, venho a esta tribuna manifestar uma preocupação, porque estamos vivendo no Brasil um momento de insegurança jurídica sem precedentes. Vejam ao que estamos assistindo.

Um juiz de Goiânia, Dr. Jeronymo Villas Boas, tomou a decisão de anular uma união estável que foi reconhecida num cartório de Goiânia e também decidiu ordenar aos cartórios de Goiânia que não admitissem uniões estáveis quando fossem procurados – unica-mente ao cartório. Ele adotou essa decisão por quê?

Na sua manifestação, ele disse que a Constituição Federal e o Código Civil não admitiam a união estável de pessoas do mesmo sexo. A decisão dele foi anula-da pela Corregedora do Estado de Goiás.

Recentemente, na semana próxima passada, na cidade de Jacareí, São Paulo, um juiz converteu a união estável em casamento civil.

Em Brasília, na terça-feira desta semana, uma juíza também converteu a união estável de pessoas do mesmo sexo em casamento. Em Jacareí também a união estável de pessoas do mesmo sexo foi con-vertida no casamento civil.

A análise feita pelos juízes, tanto de Jacareí quan-to de Brasília, se baseia em que o art. 226, § 3º, da Constituição frisa que a lei deve facilitar a conversão da união estável em casamento.

Então, vejam bem a insegurança jurídica que nós estamos vivendo porque o Supremo Tribunal Federal decidiu legislar no lugar do Congresso Nacional. Quem faz as leis é o Congresso Nacional. E na Constituição e no Código Civil não existe o instituto do casamento civil de pessoas do mesmo sexo. O Congresso Nacio-nal é que tem que se manifestar sobre isso.

No momento em que o Supremo Tribunal Fede-ral, em um ativismo judicial sem precedentes, decide legislar, aí está a balbúrdia, aí está a confusão.

Essas pessoas que conseguiram, em São Paulo e Brasília, registar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, será que estão seguras juridicamente?

Obviamente, essa decisão vai poder ser contesta-da lá na frente. É claro que um casamento civil habilita a pessoa a concorrer na sucessão, por exemplo, ao direito sucessório. Quando essas pessoas forem ha-bilitadas ao direito sucessório, será que essa decisão não vai ser contestada?

Vejam, estamos realmente vivendo um momento difícil: o Supremo Tribunal Federal decide também au-torizar a Marcha da Maconha. Minha gente, a Marcha da Maconha! Todo mundo sabe, está claro, que o uso da maconha, até para o usuário, é crime. Até para o usuário é crime, embora a legislação já separe bem o usuário do traficante. Mas tanto o traficante quanto o usuário recebem pena. E o Supremo Tribunal Federal autoriza a Marcha da Maconha.

Que tipo de marcha vamos ter no Brasil? Será que vamos ter a marcha do crack também? Que tipo de marcha? Por causa da liberdade de expressão? Liberdade de expressão? Na Constituição, existem limites também.

Estamos vivendo um momento difícil no Brasil, em que a instituição do casamento está sendo enxo-valhada, diminuída. E o Supremo Tribunal Federal, o guardião da Constituição Federal, comete, a meu ver, um absurdo em, pelo reconhecimento da união estável entre pessoas de sexo diferente, dar a mesma igualda-de para pessoas do mesmo sexo. Isso já foi, ao meu ver, um erro absurdo.

Ora, a legislação está aí. Agora nós estamos com um problema de insegurança absoluta. Os juízes vão receber, claro, a partir de agora, demandas de união estável entre pessoas do mesmo sexo, que está sendo reconhecida por causa da interpretação do Supremo Tribunal Federal. Vão receber a demanda e, com base, agora, nessas duas decisões... Uma delas já transitou em julgado. A outra, de Brasília, tudo diz que vai tran-sitar em julgado, porque o promotor não reagiu. Ele é o fiscal da lei, mas entendeu também que a interpre-tação é válida, dentro da interpretação da liberdade, da igualdade de direitos, que o Supremo Tribunal Fe-deral cunhou na interpretação da união estável entre pessoas do mesmo sexo. O promotor concordou e vai continuar concordando. Essa decisão vai transitar em julgado. Que insegurança jurídica é essa que vamos viver nesta Nação? Entendo que o Congresso Nacio-nal tem que se manifestar.

Eu apresentei, Sr. Presidente, um requerimento ao Presidente Marco Maia de instalação de Comissão Geral para que se discuta exatamente o art. 49, inciso XI, da Constituição, que determina que o Congresso deve proteger suas prerrogativas em detrimento de decisões tomadas por outros Poderes.

Quero, neste momento, fazer um apelo ao Presi-dente Marco Maia para que instale a Comissão Geral, porque vamos ter oportunidade de fazer um debate franco, justo. Se for o caso, o Congresso Nacional pre-cisa legislar se vai haver casamento civil entre pessoas do mesmo sexo no Brasil ou não.

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O Congresso Nacional precisa dar uma respos-ta à sociedade brasileira, que está vivendo momento de insegurança jurídica sem precedentes. A família brasileira merece respeito; a família brasileira precisa ser respeitada nesta Nação. Ainda na Constituição e no Código Civil o casamento civil é entre pessoas de sexo diferente.

Ocupo esta tribuna, Sr. Presidente, para fazer este alerta e conclamar a sociedade, que precisa também se manifestar sobre isso. O que nós queremos? O que a sociedade brasileira quer? O que a sociedade brasi-leira espera do Congresso Nacional?

Nós não podemos nos furtar a legislar para a nossa Nação. Não são 10 ou 11 homens togados que vão legislar. Quem precisa legislar são aqueles que re-ceberam a incumbência através do voto popular. Nós fomos eleitos para isso. Deputados e Senadores fomos eleitos para legislar nesta Nação, e nós não podemos nos furtar desta responsabilidade.

A insegurança jurídica está instalada. Existe ca-samento civil entre pessoas do mesmo sexo no Brasil ou não existe? Duas decisões do Judiciário já conce-deram a conversão da união estável entre pessoas do mesmo sexo para o casamento civil. E a Constituição Federal? E o Código Civil? Ainda existe na letra da Constituição Federal e no Código Civil. Ainda está claro, não foi mudada a letra. É apenas uma interpretação. Foi feita uma interpretação conforme...

Entendo que o Congresso Nacional precisa le-gislar sobre este assunto. Vejo que a Comissão Geral é a saída que nós temos para que possamos debater este assunto, trazer as pessoas interessadas para o plenário, aqueles que já estão se manifestando com decisões acerca desse tema, para que venham deba-ter conosco aqui, nesta Casa de leis. É aqui que nós precisamos debater este assunto e fazer uma lei que venha atender aos anseios da nossa sociedade, a so-ciedade brasileira.

Por isso, Sr. Presidente, eu venho até aqui para dizer que a família brasileira merece respeito. E o Con-gresso Nacional é que faz as leis. Portanto, casamento civil, no Brasil, ainda, na legislação, é entre pessoas do mesmo sexo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Deputada

Fátima Bezerra, Presidente da Comissão de Educação e Cultura, V.Exa. tem a palavra.

A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, falarei so-bre educação.

Começarei mais uma vez expressando aqui toda a nossa solidariedade à luta dos servidores técnico--administrativos das instituições federais de ensino

superior, que estão em greve há mais de 15 dias. A FASUBRA – Federação dos Sindicatos dos Trabalha-dores das Universidades Públicas Brasileiras, é uma entidade combativa, de luta.

Quero dizer que tanto eu quanto a Deputada Alice Portugal, na Câmara dos Deputados, temos nos empenhado muito para contribuir no processo de negociação dos servidores junto ao Governo. Ainda ontem conversamos com o Ministro Fernando Ha-ddad, reiterando nosso apelo para que o Ministério da Educação e o Ministério do Planejamento possam apresentar uma proposta melhor, concreta, capaz de superar esse impasse.

Eu fui a Relatora, no primeiro mandato do Gover-no do Presidente Lula, do projeto de lei aprovado por esta Casa que instituiu o plano de cargos, carreiras e salários dos servidores técnico-administrativos dos IFEs – Institutos de Formação e Educação. Portanto, neste momento, a luta dos servidores técnico-administrativos das nossas instituições federais de ensino superior é pela defesa desse plano, de avançar e consolidar.

Também quero mandar um abraço para os profes-sores do núcleo infantil do meu Estado, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para os professores dos colégios de aplicação de todo o País, que estão na maior ansiedade, em decorrência da expectativa que nós temos de que o Ministério do Planejamento possa editar uma portaria, o mais rápido possível, para regularizar a situação da contratação dos professores substitutos.

Isso também foi motivo de apelo nosso, ontem, ao Ministro Fernando Haddad. O Ministro Fernando Haddad está muito empenhado, o MEC está muito empenhado, e a nossa expectativa é de que agora, em julho, finalmente saia essa portaria, para que, en-fim, a normalidade das aulas possa ser retomada nos colégios de aplicação.

Quero também, Sr. Presidente, destacar a soleni-dade que a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME promoveu nessa terça-feira, quando, em coletiva com a imprensa, apresentou o es-tudo que fez acerca das 2.905 emendas que o Projeto de Lei nº 8.035, que institui o novo Plano Nacional de Educação e que está tramitando nesta Casa, recebeu. Repito: 2.905 emendas. Isso, por si só, já expressa a grandiosidade do Projeto 8.035, que, mais uma vez, vai instituir o novo Plano Nacional de Educação para o País.

Quero dizer que esta Deputada que vos fala apresentou 514 dessas 2.905 emendas. As emendas que apresentei, além de defender 10% do PIB para a educação, além de defender 50% do Fundo Social do Pré-Sal para o financiamento da educação, além de apresentar a proposta de que 5% do lucro das esta-

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tais sejam destinados para a educação, destaco que também apresentei emenda sugerindo mudanças na Meta 17, a meta do PNE que trata da melhoria sala-rial dos professores, dos profissionais da educação.

Pois bem, Sr. Presidente, apresentei uma emenda em que deixo claro que nós queremos que a remune-ração dos profissionais da educação básica do País seja equiparada a dos demais profissionais com nível superior, e não aproximada, como defende a proposta original do Governo. Por que o salário do professor, que é formado, tem que ser inferior ao dos demais profis-sionais com nível superior? Tenho muita confiança em que essa proposta de emenda vá ser acatada.

Quero ainda adiantar que as 514 propostas de emenda que apresentei ao Plano Nacional de Educação vieram do debate com a sociedade civil. Meu mandato está sendo apenas porta-voz das ideias apresentadas por entidades como a União Nacional dos Estudantes, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas, a UN-DIME, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a CNTE, a FASUBRA, a Secretaria de Política para as Mulheres, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o PROIFES, a ANPED, a ANFOPE e tantas outras.

O Deputado Vanhoni, nosso Relator, já está se debruçando sobre as propostas de emendas apre-sentadas e trabalhando com muita dedicação. O de-bate acerca do PNE vai continuar, Sr. Presidente. É responsabilidade não só da Comissão Especial, não só da Comissão de Educação e Cultura, que presido, mas deste Congresso, deste Parlamento, aprovar um Plano Nacional da Educação à altura dos desafios da educação brasileira, que vão desde a questão da expansão, da universalização e ampliação do atendi-mento escolar, à questão da formação, da gestão de-mocrática, da valorização do professor, da valorização dos profissionais de educação, passando pela questão do financiamento.

Por fim, Sr. Presidente, quero aqui muito rapi-damente dizer da bela audiência que realizamos, on-tem, na Comissão de Educação e Cultura, que contou com sua participação. Lá esteve o Ministro Fernando Haddad tratando de outro projeto igualmente impor-tante para o País, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC. E que-ro dizer da minha alegria, na condição de Presidente da Comissão de Educação e Cultura, por ter reunido, ontem, V.Exa., como Relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça, o Deputado Júnior Coimbra, Relator na Comissão de Finanças, o Deputado Alex Canziani, Relator na Comissão de Trabalho, e o De-putado Antonio Carlos Biffi, Relator na Comissão de Educação e Cultura.

É importante dizer para o Brasil que o PRONA-TEC é um conjunto de iniciativas voltadas para ampliar a oferta de vagas no campo da educação profissional. A Presidenta Dilma está dando continuidade a um dos projetos do Governo do Presidente Lula, na área da educação, mais vitoriosos: a expansão dos Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tec-nológica. Sintonizada com o PRONATEC, apresentei proposta à Casa Civil e ao Ministro Fernando Haddad para levarmos novos CEFETs, ou institutos, para o Rio Grande do Norte.

Mas não se trata só de expansão, das novas es-colas técnicas e institutos federais de educação profis-sional que vão chegar em todo o País. Trata-se também de parceria com o Sistema S, das bolsas, do Brasil profissionalizado para apoiar o ensino médio no País, para que os Estados tenham condições de oferecer um ensino médio vinculado ao ensino profissionalizante.

Sr. Presidente, sei que V.Exa., na condição de Relator, está muito empenhado. Nós quatro vamos fazer um relatório conjunto. Esteja certo de minha dis-posição. Estive, inclusive, falando com a Ministra Ideli Salvatti sobre a importância desse projeto e sobre o desejo da Presidenta Dilma de que ele seja aprovado o quanto antes. De minha parte, da sua e dos demais Relatores, há toda disposição de, o mais breve pos-sível, trazer ao plenário da Casa o projeto, que sem dúvida há de ser aprovado, porque o PRONATEC vai trazer mais educação e, portanto, mais cidadania para nossos jovens, para o povo brasileiro.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Jorginho Mello) – Concedo

a palavra, pela ordem, ao Deputado Ronaldo Fonseca. S.Exa. tem até 3 minutos.

O SR. RONALDO FONSECA (Bloco/PR-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, que-ro agradecer a V.Exa. a compreensão, permitindo-me voltar a esta tribuna.

Fui alertado pela Taquigrafia de que, no final da minha fala anterior, eu havia afirmado que, de acordo com a legislação brasileira, o casamento civil ainda era entre pessoas do mesmo sexo. Um profissional da Taquigrafia me fez o alerta e me perguntou se era realmente isso o que eu queria dizer.

Quero parabenizar os competentes funcionários da Taquigrafia que nos acompanham. Muitas vezes, no calor do improviso e na contrariedade ao ativismo judicial da Nação, acabamos nos equivocando. E, ao concluir, acabei por dizer algo que não correspondia ao teor de meu discurso.

Quero, portanto, afirmar que, segundo a legis-lação brasileira, casamento civil se dá entre pessoas de sexos diferentes. Repito, para ficar bem claro: ca-

34496 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

samento civil, na legislação brasileira, ainda é coisa entre um homem e uma mulher.

Esse era o teor da minha fala.Encerro, Sr. Presidente, agradecendo-lhe a genti-

leza de me permitir voltar a esta tribuna e alertar meus eleitores e aqueles que estão assistindo a esta sessão para o fato de que continuo coerente com o que penso e com minha consciência: na legislação brasileira, casa-mento civil é ainda entre pessoas de sexos diferentes.

O Congresso Nacional precisa se manifestar sobre isso.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Jorginho Mello, § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pela Sra. Fátima Be-zerra, § 2° do art. 18 do Regimento Interno.

A SRA. PRESIDENTA (Fátima Bezerra) – Com a palavra o Deputado Jorginho Mello, Relator do PRO-NATEC na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pelo tempo de 10 minutos.

O SR. JORGINHO MELLO (PSDB-SC. Sem re-visão do orador.) – Sra. Presidente, Deputada Fátima Bezerra, cumprimento V.Exa. pela Presidência na Co-missão e pelo trabalho que faz em defesa da educa-ção no Brasil.

Sras. e Srs. Deputados, quero manifestar meu desejo de que o meu Estado, o Estado de Santa Ca-tarina, de que o Governador Raimundo Colombo e o Secretário Tebaldi, Deputado Federal licenciado, con-sigam pôr fim à greve dos professores, que já passa de 40 dias, porque quem perde com isso é o aluno, é o professor.

Começou em razão do piso, mas isso já está resolvido. Agora, todos os professores desejam não prejudicar seu plano de cargos e salários. Todos eles têm uma repercussão sobre aquilo que foi o 1.187. É um direito, é um desejo. E tenho certeza absoluta de que o Estado de Santa Catarina está fazendo um es-forço para repassar esse aumento aos professores.

Não adianta os professores fazerem especializa-ção, terem mestrado, se não forem valorizados. É isso o que penso, e desejo, sinceramente, que o Governo de Santa Catarina consiga fazer com que os professores voltem ao trabalho com o mesmo entusiasmo de antes.

Sra. Presidente, aproveito a oportunidade para falar um pouco sobre Fernando Henrique Cardoso, homena-geado hoje por seus 80 anos em evento realizado no Auditório Petrônio Portela, com a presença do Presidente Marco Maia, do Deputado Paulo Teixeira e de muitas lide-ranças do País. São 80 anos de vida, 80 anos de luta de um estadista, um homem do qual todos temos orgulho.

Aproveito também para dizer, Sra. Presidente, que tenho a esperança de que, em relação ao nosso PRONATEC, eu, o Biffi, o Alex, o Júnior possamos construir, com a sua colaboração, um relatório conjunto e aprovar no plenário esse grande projeto. V.Exa. co-mandou uma audiência, com a presença do Ministro Fernando Haddad, sobre o PRONATEC, que vai dar condições de formar, de capacitar jovens trabalhado-res neste Brasil, para que melhorem um pouco suas condições. Muitas empresas reclamam que há dispo-nibilidade de emprego, mas não há pessoal formado para suprir essas vagas.

Desejo sinceramente que o PRONATEC consi-ga fazer o que já tive o privilégio de fazer em Santa Catarina. Quando fui Governador interino, Deputada Fátima Bezerra, fiz uma lei que foi apelidada de Bolsa Jorginho, que muito me agrada. Hoje, mais de 4 mil estudantes carentes estudam com bolsa de estudos paga pelo Governo de Santa Catarina.

Tudo o que nós fizermos para a educação e para facilitar a vida de quem quer estudar significa que esta-mos investindo no futuro. O Brasil precisa se preparar. O Brasil, que está vivendo momentos de qualificação, exige de todos nós, políticos, um olhar voltado para o aluno, para aquele que não tem condições de pagar uma universidade.

Eu sei quão difícil é pagar uma universidade. Tive o privilégio de cursar duas. Mas sei da dificuldade que é trabalhar durante o dia, ganhar muitas vezes não o suficiente para manter-se e pagar a universidade.

Portanto, Presidente Fátima Bezerra, quero sau-dar V.Exa., os professores de Santa Catarina e ma-nifestar meu desejo e minha vontade em ajudar a construir, o mais rápido possível, este relatório, para o Plenário deliberar soberanamente, dando mais um passo em favor de quem precisa estudar, em favor da inclusão, em favor da capacitação dos jovens e dos trabalhadores brasileiros, que fazem este Brasil ser tão grande, tão gigante.

Um grande abraço.Que Deus nos dê bastante saúde!A SRA. PRESIDENTA (Fátima Bezerra) – Quero

parabenizar o Deputado Jorginho Mello.Quero adiantar que todo o calendário de deba-

tes que a Comissão de Educação e Cultura organizou, com relação ao PRONATEC, está mantido. Volto a di-zer que este é um projeto de caráter estratégico para a educação e para o nosso País.

Quero, Deputado Jorginho, mais uma vez, mandar o meu abraço para os meus colegas professores do Rio Grande do Norte, assim como para os professores de Santa Catarina, que estão em greve. Essa greve se arrasta há mais de 50 dias. Infelizmente, a proposta

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34497

que o Governo apresentou até o presente momento é tímida, e não foi capaz de superar o impasse.

Some-se a isso a greve dos policiais civis, a greve dos servidores da administração indireta, da FUNDAC, do DETRAN, bem como da Fundação José Augusto.

A Assembleia Legislativa do meu Estado tem-se esforçado para fazer a mediação das reivindicações dos servidores em relação ao Governo do Estado. No entanto, não houve por parte do Governo do Estado sensibilidade nem iniciativas concretas.

Fica aqui, mais uma vez, o nosso apelo.Quero, por fim, mandar um abraço para Caraúbas.

Hoje, Caraúbas teve a ordem de serviço dada pelo Prof. Josivan, Reitor da Universidade Federal Rural do Semi--Árido. Juntamente com a bancada federal do meu Estado do Rio Grande do Norte, participei intensamente dessa luta, desde a realização do sonho de transformar a Escola Superior de Agricultura de Mossoró em Universidade Fe-deral Rural do Semi-Árido, no Governo do Presidente Lula.

Uma vez criada a universidade, Deputado Jorgi-nho Mello, ela já chegou a Angicos e agora chega a outra região, Caraúbas. Pedi ao Vereador Ivanildo, de Caraúbas, que me representasse.

Quero parabenizar a cidade e toda a região, es-pecialmente os jovens que vão ser contemplados com mais essa importante conquista no campo da educa-ção que o meu Estado, a cidade de Caraúbas e toda a região recebem: o campus da UFERSA.

VII – ENCERRAMENTO

A SRA. PRESIDENTE (Fátima Bezerra) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lembran-do que amanhã, dia 1º de julho, às 15 horas, haverá sessão solene em homenagem aos 150 anos de cria-ção do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

A SRA. PRESIDENTE (Fátima Bezerra) – COM-PARECEM MAIS OS SRS.:

Partido Bloco

RORAIMA

Berinho Bantim PSDB Francisco Araújo PSL Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJhonatan de Jesus PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuciano Castro PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPaulo Cesar Quartiero DEM Raul Lima PP Teresa Surita PMDB Total de Roraima 7

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Luiz Carlos PSDB Professora Marcivania PT

Sebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá 4

PARÁ

Beto Faro PT Cláudio Puty PT Dudimar Paxiúba PSDB Elcione Barbalho PMDB Josué Bengtson PTB PsbPtbPcdobLúcio Vale PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuiz Otávio PMDB Miriquinho Batista PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Zé Geraldo PT Zequinha Marinho PSC Total de Pará 11

AMAZONAS

Átila Lins PMDB Carlos Souza PP Francisco Praciano PT Henrique Oliveira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPauderney Avelino DEM Rebecca Garcia PP Silas Câmara PSC Total de Amazonas 7

RONDÔNIA

Mauro Nazif PSB PsbPtbPcdobNatan Donadon PMDB Nilton Capixaba PTB PsbPtbPcdobPadre Ton PT Total de Rondônia 4

ACRE

Antônia Lúcia PSC Flaviano Melo PMDB Henrique Afonso PV PvPpsMarcio Bittar PSDB Perpétua Almeida PCdoB PsbPtbPcdobSibá Machado PT Taumaturgo Lima PT Total de Acre 7

TOCANTINS

Ângelo Agnolin PDT César Halum PPS PvPpsIrajá Abreu DEM Laurez Moreira PSB PsbPtbPcdobLázaro Botelho PP Total de Tocantins 5

34498 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDB Costa Ferreira PSC Davi Alves Silva Júnior PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDomingos Dutra PT Edivaldo Holanda Junior PTC Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslGastão Vieira PMDB Hélio Santos PSDB Lourival Mendes PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB Ribamar Alves PSB PsbPtbPcdobSarney Filho PV PvPpsZé Vieira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Maranhão 13

CEARÁ

André Figueiredo PDT Antonio Balhmann PSB PsbPtbPcdobAriosto Holanda PSB PsbPtbPcdobArnon Bezerra PTB PsbPtbPcdobChico Lopes PCdoB PsbPtbPcdobDanilo Forte PMDB Domingos Neto PSB PsbPtbPcdobEdson Silva PSB PsbPtbPcdobEudes Xavier PT Gorete Pereira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJosé Linhares PP Mauro Benevides PMDB Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Ceará 14

PIAUÍ

Assis Carvalho PT Hugo Napoleão DEM Iracema Portella PP Jesus Rodrigues PT Marcelo Castro PMDB Marllos Sampaio PMDB Nazareno Fonteles PT Total de Piauí 7

RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PMN Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM João Maia PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPaulo Wagner PV PvPpsRogério Marinho PSDB Sandra Rosado PSB PsbPtbPcdobTotal de Rio Grande Do Norte 7

PARAÍBA

Aguinaldo Ribeiro PP Benjamin Maranhão PMDB Efraim Filho DEM Luiz Couto PT Nilda Gondim PMDB Romero Rodrigues PSDB Total de Paraíba 6

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPtbPcdobAnderson Ferreira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslAugusto Coutinho DEM Bruno Araújo PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC Eduardo da Fonte PP Fernando Ferro PT Gonzaga Patriota PSB PsbPtbPcdobInocêncio Oliveira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJoão Paulo Lima PT Jorge Corte Real PTB PsbPtbPcdobJosé Chaves PTB PsbPtbPcdobLuciana Santos PCdoB PsbPtbPcdobMendonça Filho DEM Paulo Rubem Santiago PDT Raul Henry PMDB Silvio Costa PTB PsbPtbPcdobVilalba PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslWolney Queiroz PDT Total de Pernambuco 19

ALAGOAS

Arthur Lira PP Celia Rocha PTB PsbPtbPcdobJoaquim Beltrão PMDB Maurício Quintella Lessa PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRenan Filho PMDB Rosinha da Adefal PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRui Palmeira PSDB Total de Alagoas 7

SERGIPE

Almeida Lima PMDB Andre Moura PSC Heleno Silva PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLaercio Oliveira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMárcio Macêdo PT Mendonça Prado DEM Rogério Carvalho PT Valadares Filho PSB PsbPtbPcdobTotal de Sergipe 8

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34499

BAHIA

Amauri Teixeira PT Antonio Brito PTB PsbPtbPcdobAntonio Carlos Magalhães Neto DEM Antonio Imbassahy PSDB Arthur Oliveira Maia PMDB Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPtbPcdobEdson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdobEmiliano José PT Fábio Souto DEM Felix Mendonça Júnior PDT Fernando Torres DEM João Carlos Bacelar PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJosé Carlos Araújo PDT José Nunes DEM José Rocha PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJoseph Bandeira PT Josias Gomes PT Jutahy Junior PSDB Luiz Alberto PT Márcio Marinho PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslOziel Oliveira PDT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Rui Costa PT Sérgio Barradas Carneiro PT Sérgio Brito PSC Valmir Assunção PT Waldenor Pereira PT Total de Bahia 29

MINAS GERAIS

Aelton Freitas PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslAntônio Andrade PMDB Antônio Roberto PV PvPpsAracely de Paula PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslBonifácio de Andrada PSDB Carlaile Pedrosa PSDB Dimas Fabiano PP Domingos Sávio PSDB Dr. Grilo PSL Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslEduardo Barbosa PSDB Eros Biondini PTB PsbPtbPcdobFábio Ramalho PV PvPpsGabriel Guimarães PT George Hilton PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslGeraldo Thadeu PPS PvPpsGilmar Machado PT Jaime Martins PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPtbPcdob

João Bittar DEM Júlio Delgado PSB PsbPtbPcdobLael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB Lincoln Portela PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuis Tibé PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMárcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Marcus Pestana PSDB Mário de Oliveira PSC Mauro Lopes PMDB Miguel Corrêa PT Newton Cardoso PMDB Padre João PT Reginaldo Lopes PT Renzo Braz PP Rodrigo de Castro PSDB Saraiva Felipe PMDB Toninho Pinheiro PP Vitor Penido DEM Walter Tosta PMN Weliton Prado PT Total de Minas Gerais 42

ESPÍRITO SANTO

Audifax PSB PsbPtbPcdobCesar Colnago PSDB Dr. Jorge Silva PDT Lauriete PSC Manato PDT Rose de Freitas PMDB Sueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo 7

RIO DE JANEIRO

Adrian PMDB Alessandro Molon PT Alexandre Santos PMDB Alfredo Sirkis PV PvPpsAndreia Zito PSDB Anthony Garotinho PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslArolde de Oliveira DEM Benedita da Silva PT Brizola Neto PDT Chico Alencar PSOL Chico D`Angelo PT Deley PSC Dr. Adilson Soares PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDr. Aluizio PV PvPpsDr. Carlos Alberto PMN Eduardo Cunha PMDB

34500 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Felipe Bornier PHS Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslFernando Jordão PMDB Francisco Floriano PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslGlauber Braga PSB PsbPtbPcdobJair Bolsonaro PP Jandira Feghali PCdoB PsbPtbPcdobJean Wyllys PSOL Liliam Sá PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMarcelo Matos PDT Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslNelson Bornier PMDB Otavio Leite PSDB Romário PSB PsbPtbPcdobSimão Sessim PP Stepan Nercessian PPS PvPpsVitor Paulo PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslWashington Reis PMDB Zoinho PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Rio de Janeiro 35

SÃO PAULO

Abelardo Camarinha PSB PsbPtbPcdobAlexandre Leite DEM Aline Corrêa PP Antonio Bulhões PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslAntonio Carlos Mendes Thame PSDB Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdobArnaldo Jardim PPS PvPpsBruna Furlan PSDB Carlinhos Almeida PT Carlos Sampaio PSDB Carlos Zarattini PT Devanir Ribeiro PT Dimas Ramalho PPS PvPpsDr. Ubiali PSB PsbPtbPcdobDuarte Nogueira PSDB Edinho Araújo PMDB Eleuses Paiva DEM Gabriel Chalita PMDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PSB PsbPtbPcdobJilmar Tatto PT João Dado PDT João Paulo Cunha PT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdobJorge Tadeu Mudalen DEM José De Filippi PT José Mentor PT Junji Abe DEM

Keiko Ota PSB PsbPtbPcdobLuiz Fernando Machado PSDB Luiza Erundina PSB PsbPtbPcdobMara Gabrilli PSDB Marcelo Aguiar PSC Milton Monti PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMissionário José Olimpio PP Nelson Marquezelli PTB PsbPtbPcdobOtoniel Lima PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPastor Marco Feliciano PSC Paulo Freire PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslPenna PV PvPpsRicardo Berzoini PT Ricardo Izar PV PvPpsRicardo Tripoli PSDB Roberto de Lucena PV PvPpsRoberto Santiago PV PvPpsSalvador Zimbaldi PDT Tiririca PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslValdemar Costa Neto PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslVanderlei Macris PSDB Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Dib PSDB Total de São Paulo 55

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB Homero Pereira PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJúlio Campos DEM Ságuas Moraes PT Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdobTotal de Mato Grosso 5

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS PvPpsErika Kokay PT Izalci PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslJaqueline Roriz PMN Policarpo PT Reguffe PDT Ricardo Quirino PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslRonaldo Fonseca PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Distrito Federal 8

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB Flávia Morais PDT Heuler Cruvinel DEM João Campos PSDB Jorge Pinheiro PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLeandro Vilela PMDB Pedro Chaves PMDB

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34501

Roberto Balestra PP Ronaldo Caiado DEM Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslValdivino de Oliveira PSDB Total de Goiás 12

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Fabio Trad PMDB Geraldo Resende PMDB Giroto PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslMarçal Filho PMDB Reinaldo Azambuja PSDB Vander Loubet PT Total de Mato Grosso do Sul 7

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Alex Canziani PTB PsbPtbPcdobAlfredo Kaefer PSDB André Zacharow PMDB Assis do Couto PT Cida Borghetti PP Dilceu Sperafico PP Edmar Arruda PSC Eduardo Sciarra DEM Fernando Francischini PSDB Giacobo PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslHermes Parcianello PMDB Leopoldo Meyer PSB PsbPtbPcdobLuiz Carlos Setim DEM Luiz Nishimori PSDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Nelson Padovani PSC Osmar Serraglio PMDB Ratinho Junior PSC Reinhold Stephanes PMDB Rosane Ferreira PV PvPpsRubens Bueno PPS PvPpsSandro Alex PPS PvPpsTakayama PSC Zeca Dirceu PT Total de Paraná 26

SANTA CATARINA

Carmen Zanotto PPS PvPpsCelso Maldaner PMDB Décio Lima PT Edinho Bez PMDB Esperidião Amin PP Jorge Boeira PT Jorginho Mello PSDB Luci Choinacki PT

Mauro Mariani PMDB Valdir Colatto PMDB Total de Santa Catarina 10

RIO GRANDE DO SUL

Alceu Moreira PMDB Assis Melo PCdoB PsbPtbPcdobDanrlei De Deus Hinterholz PTB PsbPtbPcdobDarcísio Perondi PMDB Enio Bacci PDT Giovani Cherini PDT Henrique Fontana PT José Stédile PSB PsbPtbPcdobLuis Carlos Heinze PP Luiz Noé PSB PsbPtbPcdobManuela D`ávila PCdoB PsbPtbPcdobMarco Maia PT Nelson Marchezan Junior PSDB Onyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Pepe Vargas PT Renato Molling PP Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdobRonaldo Zulke PT Sérgio Moraes PTB PsbPtbPcdobVilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul 21

DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:

Partido Bloco

RORAIMA

Edio Lopes PMDB Total de Roraima 1

AMAPÁ

Davi Alcolumbre DEM Evandro Milhomen PCdoB PsbPtbPcdobFátima Pelaes PMDB Vinicius Gurgel PRTB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Amapá 4

PARÁ

André Dias PSDB Arnaldo Jordy PPS PvPpsGiovanni Queiroz PDT José Priante PMDB Lira Maia DEM Wladimir Costa PMDB Total de Pará 6

AMAZONAS

Sabino Castelo Branco PTB PsbPtbPcdobTotal de Amazonas 1

34502 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

RONDÔNIA

Carlos Magno PP Lindomar Garçon PV PvPpsMarinha Raupp PMDB Moreira Mendes PPS PvPpsTotal de Rondônia 4

ACRE

Gladson Cameli PP Total de Acre 1

TOCANTINS

Eduardo Gomes PSDB Júnior Coimbra PMDB Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Total de Tocantins 3

MARANHÃO

Alberto Filho PMDB Cleber Verde PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslFrancisco Escórcio PMDB Nice Lobão DEM Waldir Maranhão PP Total de Maranhão 5

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB Artur Bruno PT Genecias Noronha PMDB João Ananias PCdoB PsbPtbPcdobJosé Airton PT José Guimarães PT Manoel Salviano PSDB Raimundão PMDB Total de Ceará 8

PIAUÍ

Júlio Cesar DEM Osmar Júnior PCdoB PsbPtbPcdobPaes Landim PTB PsbPtbPcdobTotal de Piauí 3

RIO GRANDE DO NORTE

Henrique Eduardo Alves PMDB Total de Rio Grande do Norte 1

PARAÍBA

Damião Feliciano PDT Hugo Motta PMDB Manoel Junior PMDB Ruy Carneiro PSDB

Wellington Roberto PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslWilson Filho PMDB Total de Paraíba 6

PERNAMBUCO

Fernando Coelho Filho PSB PsbPtbPcdobJosé Augusto Maia PTB PsbPtbPcdobPastor Eurico PSB PsbPtbPcdobPedro Eugênio PT Roberto Teixeira PP Sergio Guerra PSDB Total de Pernambuco 6

ALAGOAS

Givaldo Carimbão PSB PsbPtbPcdobJoão Lyra PTB PsbPtbPcdobTotal de Alagoas 2

BAHIA

Acelino Popó PRB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslAlice Portugal PCdoB PsbPtbPcdobErivelton Santana PSC Geraldo Simões PT Jânio Natal PRP Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLucio Vieira Lima PMDB Luiz Argôlo PP Marcos Medrado PDT Maurício Trindade PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslNelson Pellegrino PT Total de Bahia 10

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT Bernardo Santana de Vasconcellos PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDiego Andrade PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslEduardo Azeredo PSDB João Magalhães PMDB José Humberto PHS Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslLuiz Fernando Faria PP Odair Cunha PT Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Piau PMDB Zé Silva PDT Total de Minas Gerais 11

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB Lelo Coimbra PMDB Paulo Foletto PSB PsbPtbPcdobTotal de Espírito Santo 3

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34503

RIO DE JANEIRO

Aureo PRTB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslCristiano PTdoB Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslDr. Paulo César PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslEdson Ezequiel PMDB Edson Santos PT Eliane Rolim PT Filipe Pereira PSC Hugo Leal PSC Rodrigo Maia DEM Solange Almeida PMDB Walney Rocha PTB PsbPtbPcdobTotal de Rio de Janeiro 11

SÃO PAULO

Alberto Mourão PSDB Aldo Rebelo PCdoB PsbPtbPcdobBeto Mansur PP Cândido Vaccarezza PT Carlos Roberto PSDB Delegado Protógenes PCdoB PsbPtbPcdobEli Correa Filho DEM Guilherme Mussi PV PvPpsNewton Lima PT Paulo Maluf PP Paulo Pereira da Silva PDT Paulo Teixeira PT Roberto Freire PPS PvPpsVaz de Lima PSDB Vicente Candido PT Total de São Paulo 15

MATO GROSSO

Neri Geller PP Roberto Dorner PP Wellington Fagundes PR Pr Prb Ptdob Prtb Prp Phs Ptc PslTotal de Mato Grosso 3

GOIÁS

Delegado Waldir PSDB Íris de Araújo PMDB Jovair Arantes PTB PsbPtbPcdobMarina Santanna PT Rubens Otoni PT Total de Goiás 5

MATO GROSSO DO SUL

Mandetta DEM Total de Mato Grosso do Sul 1

PARANÁ

André Vargas PT Angelo Vanhoni PT

Dr. Rosinha PT João Arruda PMDB Total de Paraná 4

SANTA CATARINA

Gean Loureiro PMDB Onofre Santo Agostini DEM Pedro Uczai PT Rogério Peninha Mendonça PMDB Ronaldo Benedet PMDB Zonta PP Total de Santa Catarina 6

RIO GRANDE DO SUL

Afonso Hamm PP Alexandre Roso PSB PsbPtbPcdobBohn Gass PT Fernando Marroni PT Jeronimo Goergen PP José Otávio Germano PP Marcon PT Mendes Ribeiro Filho PMDB Osmar Terra PMDB Vieira da Cunha PDT Total de Rio Grande do Sul 10

A SRA. PRESIDENTE (Fátima Bezerra) – Encerro a sessão, antes convocando para amanhã, sexta-feira, dia 1º de julho, às 9 horas, sessão ordinária de debates.

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS

2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICDPrazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD).

Nº 57/11 (Mesa Diretora da Câmara dos Deputados) – Modifica o “caput” do art. 77 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-2011

II – RECURSOS

1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMIS-SÃO – ART. 24, II, DO RICDINTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), todos do RICD.Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

34504 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

PROJETO DE LEI

Nº 197/1999 (Senado Federal – Pedro Simon) – Dá nova redação ao art. 52 da Lei nº 8.171, de 17 de ja-neiro de 1991, que dispõe sobre a política agrícola.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 1.009/1999 (Enio Bacci) – Autoriza a entrada de pessoas ostomizadas pela porta dianteira dos veículos de transporte coletivo e dá outras providências.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 2.121/1999 (Raimundo Gomes de Matos) – Acres-centa parágrafo único ao art. 5º da Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 3.391/2000 (Poder Executivo) – Autoriza o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, a alienar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, o imóvel que menciona, e dá outras providências.ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-2011

Nº 1.200/2003 (Ivan Valente) – Altera os artigos 9º e 45 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-2011

Nº 6.706/2006 (Senado Federal – Ideli Salvati) – Al-tera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Na-cional”, para incluir no currículo oficial da Rede de En-sino a obrigatoriedade da oferta da Língua Brasileira de Sinais – Libras, em todas as etapas e modalidades da educação básica.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 176/2007 (Fábio Souto) – Veda a cobrança de taxa de inscrição em vestibular para alunos egressos da rede pública de ensino.ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-2011

Nº 901/2007 (Valdir Colatto) – Acrescenta dispositivo à Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor, ne seção referente ao Banco de Dados e Cadastros de Consumidores.ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-2011

Nº 2.491/2007 (Ivan Valente) – Dispõe sobre a obriga-toriedade de prestação de informações aos estudantes pelas Instituições de Educação Superior, a cada início de período letivo.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 4.314/2008 (Gonzaga Patriota) – Dispõe sobre a denominação do prédio da Administração da sede da Universidade Federal do Vale do São Francisco, loca-lizado na cidade de Petrolina / PE.DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 6-7-2011

Nº 5.323/2009 (Carlos Bezerra) – Altera o art. 819 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para disciplinar a atividade do intérprete de testemunha pe-rante a Justiça do Trabalho.ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-2011

Nº 6.882/2010 (Eduardo Valverde) – Altera os arts. 1º e 2º da Lei nº 12.191 de 13 de janeiro de 2010 que trata da anistia aos policiais e bombeiros militares pu-nidos por participar de movimentos reivindicatórios.Apensados: PL nº 1.524/2011 (Alessandro Molon) PL nº 7.712/2010 (Mendonça Prado) PL nº 1.531/2011 (Anthony Garotinho) PL nº 1.555/2011 (Chico Alencar) PL nº 1.602/2011 (Lindomar Garçon) DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-7-2011

Nº 7.577/2010 (Tribunal Superior do Trabalho) – Dis-põe sobre a criação de cargos de provimento efetivo no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região e dá outras providências.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-20111.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS

PROJETO DE LEI

Nº 6.063/2009 (Beto Faro) – Veda a cobrança de taxas pelas operadoras de cartão de crédito para transferên-cia de pontos dos clientes para outros programas de fidelidade ou para recebimento de prêmios, no âmbito dos programas correspondentes.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 7.052/2010 (Cleber Verde) – Acrescenta o art. 37-A e 37 B na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre propaganda enganosa via internet, telemarketing enganoso, spams (mensagens não so-licitadas), na publicidade de oferta de crédito ao con-sumidor em parcelas sem juros.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMIS-SÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD(MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁ-RIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD)

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34505

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – Art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD.Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).2.1 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU OR-ÇAMENTÁRIA

PROJETO DE LEI

Nº 3.587/1997 (Arnaldo Faria de Sá) – Assegura a trabalhadores, aposentados e pensionistas da Pre-vidência Social tratamento dentário às expensas do Sistema Único de Saúde – SUS.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 5.717/2005 (Nelson Pellegrino) – Autoriza o Poder Executivo a instituir a Universidade Federal da Serra Geral da Bahia, no Estado da Bahia, e dá outras pro-vidências.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 6.074/2005 (Senado Federal – Paulo Paim) – Au-toriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal da Campanha (UFCAMP).DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 6.174/2005 (Geraldo Resende) – Autoriza o Poder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal do Pantanal, por desmembramento da Fundação Uni-versidade Federal de Mato Grosso do Sul.DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 6-7-2011

Nº 2.723/2007 (Senado Federal – Marconi Perillo) – Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Fe-deral da Cidade de Goiás – GO, por desmembramento da Universidade Federal de Goiás.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 3.538/2008 (Senado Federal – Fátima Cleide) – Autoriza a criação da Universidade Federal Rural do Vale do Guaporé – UFRVG, com sede no Município de São Miguel do Guaporé, no Estado de Rondônia.Apensados: PL nº 2188/2007 (Eduardo Valverde ) DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 4.105/2008 (Senado Federal – Arthur Virgílio) – Autoriza a criação do Centro Federal de Educação Tecnológica de Manacapuru, com sede no Município de Manacapuru, no Estado do Amazonas.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 4.705/2009 (Senado Federal – Arthur Virgílio) – Dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Tabatinga no Estado do AmazonasDECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 4.714/2009 (Senado Federal – Mário Couto) – Dis-põe sobre a criação de Zona de Exportação (ZPE) no Município de Paragominas, no Estado Pará.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 4.726/2009 (Senado Federal – Wellington Salga-do de Oliveira) – Dispõe sobre a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 4.783/2009 (Gorete Pereira) – Autoriza o Poder Executivo a criar campus avançado da Universidade Federal do Ceará (UFC) no município de Canindé – CE.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 5.157/2009 (Senado Federal – Jayme Campos) – Autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Norte do Mato Grosso (UFENORTE), com sede no Município de Sinop, no Estado do Mato Grosso.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 5.653/2009 (Senado Federal – Flávio Arns) – Auto-riza o Poder Executivo a criar campus, no Município de Ibaiti, no Estado do Paraná, do Instituto Federal de Edu-cação, Ciência e Tecnologia (Instituto Federal) do Paraná.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 5.741/2009 (Senado Federal – Flávio Arns) – Autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal do Paraná, no Município de Nova Tebas, no Estado do Paraná.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

Nº 5.742/2009 (Senado Federal – Flávio Arns) – Au-toriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Para-ná, no Município de Rio Negro, no Estado do Paraná.DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 6-7-2011

Nº 6.130/2009 (Felipe Maia) – Autoriza a criação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Zona Oeste da cidade de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

34506 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Nº 6.534/2009 (Senado Federal – Cícero Lucena) – Autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Instituto Federal) da Paraíba, no Município de Piancó.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-20112.2 PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJURI-DICIDADE OU INADMISSIBILIDADE

PROJETO DE LEI

Nº 3.795/2004 (Laura Carneiro) – Institui bolsa de estudos, denominada “bolsa-estágio’’, com o objetivo de apoiar estudantes do ensino superior, tendo como contrapartida a prestação de serviços destes, como estagiários.Apensados: PL 4584/2004 (Eduardo Cunha) DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 4-7-2011

4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES)INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD.INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD.PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões.

PROJETO DE LEI

Nº 1.507/2011 (Dr. Aluizio) – Institui o Dia Nacional de Combate à Violência do Campo e o Dia do Cam-pones Brasileiro.ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-2011

Nº 1.519/2011 (Janete Rocha Pietá) – Institui a Sema-na Nacional de Conscientização e Prevenção à Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa, e dá outras providências.ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-2011ARQUIVEM-SE, nos termos do artigo 133 do RICD, as seguintes proposições:

PROJETOS DE LEI

Nº 5.777/2009 (Gorete Pereira) – Denomina Metrô Governador Virgílio Távora, o Metrô de Fortaleza – Metrofor, no Estado do Ceará.

Nº 6.767/2010 (Senado Federal – Paulo Paim) – Altera o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o art. 1º da Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985, para contemplar operações em redes de energia elétrica e telefonia móvel ou fixa como atividades ou operações perigosas no trabalho.

Nº 2.868/2008 (Ratinho Junior) – Acrescenta inciso ao art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para incluir dispositivo registrador de dados de deslocamento e de acionamento dos comandos como equipamento obri-gatório dos veículos automotores.

ARQUIVEM-SE, nos termos do § 4º do artigo 164 do RICD, as seguintes proposições:

PROJETOS DE LEI

Nº 3.463/2004 (Giovanni Queiroz) – Dispõe sobre a possibilidade de imputação de rendimentos do trabalho aos períodos em que forem devidos, nos casos em que o respectivo ônus fiscal for mais favorável.

Nº 4.045/2004 (Mariângela Duarte) – Dá nova redação ao § 2º e acrescenta o § 3º ao art. 46 da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992, que altera a legislação do Imposto de Renda e dá outras providências.

Nº 7.253/2006 (Darcísio Perondi) – Dá nova redação ao art. 46 e ao seu § 2º, acrescentando o § 3º ao mesmo art. da Lei nº 8.541, de 23 de dezembro de 1992. Acrescenta o § 1º e dá nova redação ao artigo 12 da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, que modificam a legislação do Imposto de Renda e dão outras providências.

Nº 7.413/2006 (Senado Federal – Paulo Paim) – Dá nova redação ao art. 12 da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, que dispõe sobre incidência do imposto de renda sobre os rendimentos recebidos acumuladamente.

Nº 1.206/2007 (Luiza Erundina) – Cria isenção de Im-posto de Renda para pessoas físicas beneficiárias de ações de cunho previdenciário e assistencial.

Nº 2.512/2007 (Raul Henry) – Modifica a redação do caput do art. 27 da Lei nº 10.833, de 23 de dezembro de 2003, para estender a alíquota de 3% de incidência do imposto de renda às decisões da Justiça do Tra-balho, originárias de dissídios individuais submetidos ao procedimento sumaríssimo, cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação.

Nº 5.292/2009 (Antônio Roberto) – Dispõe sobre a possibilidade de imputação de rendimentos do trabalho aos períodos em que forem devidos, nos casos em que o respectivo ônus fiscal for mais favorável.

ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE

EXPEDIENTE DO MÊS DE JULHO DE 2011

DIA 1, 6ª-feira

10:00 GIROTO (PR – MS) 10:25 MARCIO BITTAR (PSDB – AC) 10:50 MAURO NAZIF (PSB – RO) 11:40 ANTONIO BRITO (PTB – BA)

DIA 4, 2ª-feira

15:00 ZÉ SILVA (PDT – MG)

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34507

15:25 FERNANDO MARRONI (PT – RS)15:50 GIROTO (PR – MS)16:15 BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB – MG)16:40 ARNON BEZERRA (PTB – CE)

Dia 5, 3ª-feira

15:00 DR. ADILSON SOARES (PR – RJ)15:25 EDSON SILVA (PSB – CE)

Dia 6, 4ª-feira

15:00 HUGO NAPOLEÃO (DEM – PI)15:25 SANDRO MABEL (PR – GO)

Dia 7, 5ª-feira

15:00 ALBERTO FILHO (PMDB – MA)15:25 LEOPOLDO MEYER (PSB – PR)

Dia 8, 6ª-feira

10:00 JORGE CORTE REAL (PTB – PE)10:25 GEAN LOUREIRO (PMDB – SC)10:50 SILVIO COSTA (PTB – PE)11:15 PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM)11:40 SUELI VIDIGAL (PDT – ES)

Dia 11, 2ª-feira

15:00 FÁTIMA BEZERRA (PT – RN)15:25 PAULO PIAU (PMDB – MG)15:50 CARLOS BEZERRA (PMDB – MT)16:15 PAULO PIMENTA (PT – RS)16:40 MANOEL JUNIOR (PMDB – PB)

Dia 12, 3ª-feira

15:00 STEPAN NERCESSIAN (PPS – RJ)15:25 GONZAGA PATRIOTA (PSB – PE)

Dia 13, 4ª-feira

15:00 RUY CARNEIRO (PSDB – PB)15:25 ANGELO VANHONI (PT – PR)

Dia 14, 5ª-feira

15:00 SARAIVA FELIPE (PMDB – MG)15:25 JOÃO PAULO LIMA (PT – PE)

Dia 15, 6ª-feira

10:00 ASSIS DO COUTO (PT – PR)10:25 MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR – AL)10:50 WOLNEY QUEIROZ (PDT – PE)11:15 JOÃO BITTAR (DEM – MG)11:40 MIGUEL CORRÊA (PT – MG)

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 4-7-2011)

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.088/11 – Do Sr. Cleber Verde – que “concede aos armadores de pesca o beneficio de ajuda de custo para a manutenção da embarcação de pesca durante o período do defeso”. RELATOR: Deputado JOSUÉ BENGTSON.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 6-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.142/03 – Do Sr. Darcísio Perondi – que “altera a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, alterada pela Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, que “Dispõe sobre inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal”, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MOACIR MICHELETTO.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 4-7-2011)

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.669/11 – Do Senado Federal – Pedro Taques – (PLS 91/2011) – que “altera o art. 2º do Decreto nº 2.784, de 18 de junho de 1913, para restabelecer os fusos horários do Estado do Acre, do Estado do Pará e do Estado do Amazonas”. RELATORA: Deputada ANTÔNIA LÚCIA.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-7-11

34508 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 960/03 – Do Sr. Rogério Teófilo – que “revoga o parágrafo único do art. 13 do Decreto--Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967”. (Apensado: PL 991/2003) RELATOR: Deputado GILMAR MACHADO.

PROJETO DE LEI Nº 1.821/03 – Do Sr. Vicentinho – que “dispõe sobre a veiculação obrigatória, nas emis-soras de televisão, de desenhos animados produzidos nacionalmente e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MIRO TEIXEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 3.684/04 – Do Sr. Carlos Eduar-do Cadoca – que “dispõe sobre medidas creditícias de incentivo às empresas de desenvolvimento de progra-mas de computador livres” (Apensado: PL 2.469/2007) RELATOR: Deputado RATINHO JUNIOR.

PROJETO DE LEI Nº 5.489/09 – Do Sr. João Dado – que “obriga as prestadoras que ofertarem plano pré-pago de serviço de comunicação móvel pessoal a concederem minutos adicionais de conversação ao usuário quando o saldo remanescente de créditos for de um minuto”. RELATOR: Deputado BRUNO ARAÚJO.

PROJETO DE LEI Nº 6.382/09 – Do Senado Federal – Romero Jucá – (PLS 317/2005) – que “dispõe sobre a tarifa telefônica nas ligações interurbanas a provedores de Internet”. (Apensado: PL 198/2003 (Apensados: PL 211/2003, PL 3.076/2004 e PL 4.422/2008)) RELATOR: Deputado RODRIGO DE CASTRO.

PROJETO DE LEI Nº 7.354/10 – Do Sr. Júlio Delga-do – que “dispõe sobre a compensação a clientes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, no caso de atraso ou extravio de objeto postal”. RELATOR: Deputado DOMINGOS NETO.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 7-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 2.279/07 – Da Sra. Vanessa Gra-zziotin e outros – que “dispõe sobre a não aplicação de leis estrangeiras de caráter discriminatório e que possuam efeitos extraterritoriais a todos os jurisdicio-nados brasileiros e dá outras providências”. RELATOR: Deputado CHICO LOPES.

PROJETO DE LEI Nº 6.710/09 – Do Senado Federal – Jefferson Praia – (PLS 28/2009) – que “altera o art.

475 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), para dispensar o reexame neces-sário nos casos que especifica”. RELATOR: Deputado ARTHUR OLIVEIRA MAIA.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 2.690/03 – Do Sr. Welinton Fagundes – que “altera, na Lei nº 9.503, de 23 setembro de 1997, que “ institui o Código de Trânsito Brasileiro”, a redação do art. 284, dos parágrafos 1º e 2º do art. 286 e suprime o parágrafo 2º do art. 288”. (Apensado: PL 3.296/2004) RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROJETO DE LEI Nº 6.528/06 – Do Sr. Wellington Fa-gundes – que “dispõe sobre a criação do termo Agri-cultura Indígena”. RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA.

PROJETO DE LEI Nº 3.013/08 – Do Sr. Wellington Fa-gundes – que “altera a Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973 (mudança de traçado do trecho da BR-163 entre Rondonópolis e Cuiabá)”. RELATOR: Deputado CARLOS BEZERRA.

PROJETO DE LEI Nº 3.137/08 – Do Sr. Jorginho Ma-luly – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o monitoramento eletrônico do trânsito”. (Apensado: PL 3.402/2008) RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 5.233/09 – Do Sr. Cleber Verde – que “acrescenta parágrafo ao art. 277 e inciso ao art. 267 do Código de Processo Civil, Lei n.º 5.869 de 11 de janeiro de 1973”. RELATOR: Deputado DR. GRILO. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 6-7-11

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I): PROJETO DE LEI Nº 7.483/10 – Do Sr. Osmar Terra – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o exame de aptidão física e mental”.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34509

RELATOR: Deputado FABIO TRAD. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito: PROJETO DE LEI Nº 6.564/09 – Do Sr. Marco Maia – que “amplia a legitimidade ativa do art. 14 da Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, que define os crimes de responsabilidades e regula o respectivo processo de julgamento”. RELATOR: Deputado DELEGADO PROTÓGENES.

PROJETO DE LEI Nº 7.636/10 – Do Sr. Carlos Bezerra – que “dispõe sobre a prescrição dos débitos estatais de natureza alimentar”. RELATOR: Deputado PASTOR MARCO FELICIANO.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 7.260/02 – Do Sr. Lincoln Portela – que “dispõe sobre a manutenção de instalações e equi-pamentos de sistema de climatização de ambientes”. RELATOR: Deputado JOÃO CAMPOS.

PROJETO DE LEI Nº 1.385/07 – Do Sr. Felipe Bornier – que “dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Babá”. RELATOR: Deputado EDUARDO CUNHA.

PROJETO DE LEI Nº 3.740/08 – Do Sr. Jefferson Campos – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro”. RELATOR: Deputado PASTOR MARCO FELICIANO.

PROJETO DE LEI Nº 4.338/08 – Do Sr. José Airton Ci-rilo – que “altera a Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que aprova o Plano Nacional de Viação, de modo a incluir no item 4.2 da Relação Descritiva dos Portos Marítimos, Fluviais e Lacustres, o porto que especifica”. RELATOR: Deputado SILAS CÂMARA.

PROJETO DE LEI Nº 4.344/08 – Do Sr. Lira Maia – que “altera a denominação da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA para “Universidade Federal da Integração Amazônica – UNIAMA””. RELATOR: Deputado MENDONÇA FILHO.

PROJETO DE LEI Nº 4.961/09 – Do Sr. Otavio Leite – que “dispõe sobre a publicidade oficial em jornais intitulados alternativos, de bairros ou regionais, de todo o País”. RELATOR: Deputado BRIZOLA NETO.

PROJETO DE LEI Nº 5.482/09 – Do Sr. Marcos Mon-tes – que “altera o art. 37 da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política agrícola”.

RELATOR: Deputado VILSON COVATTI.

PROJETO DE LEI Nº 7.173/10 – Do Senado Federal – Garibaldi Alves Filho – (PLS 448/2009) – que “altera a Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que “dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração e revoga a Lei nº 6.813, de 10 de julho de 1980”, para determinar, no caso do transporte de produtos perigosos, a obser-vância de legislação federal específica”. RELATOR: Deputado DÉCIO LIMA.

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 799/11 – Do Sr. Paulo Abi-Ackel – que “acrescenta à Lei nº 5.478 de 25 de Julho de 1968, que regulamenta a ação de alimentos, o art. 24-A para dispor sobre a inclusão, em Serviços de Prote-ção ao Crédito, daquele que deixar, sem justo motivo, de pagar a pensão alimentícia judicialmente fixada”. (Apensado: PL 906/2011) RELATOR: Deputado ANTONIO BULHÕES.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 5.162/09 – Do Senado Federal – Ideli Salvatti – (PLS 277/2008) – que “institui o Dia Nacional da Aquicultura”. RELATOR: Deputado LUIZ COUTO. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 7.649/10 – Do Sr. Vanderlei Ma-cris – que “acrescenta parágrafo único ao art. 932, da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Ci-vil, dispondo sobre a responsabilidade dos locatários de veículos”. RELATOR: Deputado SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO. B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 6.789/06 – Do Sr. Celso Russo-manno – que “obriga a contratação de seguro para os serviços de entrega que se utilizam de motocicletas ou veículos afins”. (Apensados: PL 7.169/2006 e PL 724/2007) RELATOR: Deputado MARÇAL FILHO.

34510 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

PROJETO DE LEI Nº 1.508/07 – Do Sr. Felipe Bornier – que “obriga a criação de unidade do Procon nos ae-roportos brasileiros, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JOÃO MAGALHÃES.

PROJETO DE LEI Nº 1.964/07 – Do Sr. Edson Eze-quiel – que “dispõe sobre o fornecimento do documento “nada-consta” pelas instituições financeiras”. RELATOR: Deputado PAES LANDIM.

PROJETO DE LEI Nº 3.035/08 – Do Sr. Sandes Júnior – que “acrescenta dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho para inibir a demissão de trabalhador após suspensão ou interrupção do contrato de trabalho nos casos que especifica”. RELATOR: Deputado MOREIRA MENDES.

PROJETO DE LEI Nº 3.044/08 – Do Sr. Sandes Júnior – que “dispõe sobre a universalização das bibliotecas escolares e determina outras providências”. (Apensa-do: PL 4536/2008) RELATOR: Deputado SANDRO MABEL.

PROJETO DE LEI Nº 6.022/09 – Do Sr. Edinho Bez – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setem-bro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica” RELATOR: Deputado MAURO LOPES. Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 7.232/06 – Do Sr. Eduardo Cunha – que “dá nova redação ao art. 475-J da Lei nº 11.232, de 22 de dezembro de 2005, acresce o § 6º ao referido artigo”. (Apensados: PL 887/2007, PL 2.484/2007, PL 3.302/2008 e PL 5.811/2009) RELATOR: Deputado JOÃO MAGALHÃES.

PROJETO DE LEI Nº 7.357/10 – Do Sr. Marco Maia – que “dispõe sobre o regime de provas, a alienação antecipada de bens apreendidos, a litigância de má-fé no processo penal e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PAES LANDIM.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 7-7-11

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 234/11 – Do Sr. Sandes Júnior – que “inclui os parágrafos primeiro e segundo ao art. 781 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, de modo estabelecer normas sobre indenização para os contratos de seguro de veículos automotores”. RELATOR: Deputado RICARDO IZAR. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 6-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.799/08 – Do Sr. Silas Câma-ra – que “torna obrigatória a afixação do texto da Lei nº 8.899, de 29 de junho de 1994, nos guichês para atendimento ao público das empresas de transporte interestadual”. RELATOR: Deputado ELI CORREA FILHO.

PROJETO DE LEI Nº 7.983/10 – Do Sr. Bonifácio de Andrada – que “determina a comunicação ao usuário de transporte sobre impedimentos em seu deslocamento”. RELATOR: Deputado OTONIEL LIMA.

PROJETO DE LEI Nº 1.393/11 – Do Sr. Stefano Aguiar – que “proíbe as instituições bancárias a informarem saldos de contas juntamente com o limite do cheque especial e de outras linhas de crédito ou financiamen-to que possam ser automaticamente utilizados pelo cliente”. RELATOR: Deputado FRANCISCO ARAÚJO.

PROJETO DE LEI Nº 1.511/11 – Da Sra. Erika Kokay – que “dispõe sobre a obrigatoriedade, para o fornecedor, de informar aos adquirentes, nas condições que espe-cífica, os preços total e unitário dos produtos, quando ofertados em embalagens econômicas”. RELATOR: Deputado FRANCISCO ARAÚJO.

PROJETO DE LEI Nº 1.512/11 – Da Sra. Eliane Ro-lim – que “dispõe sobre o lançamento de modelos de veículos automotores produzidos por montadoras e fabricantes instalados no País”. RELATOR: Deputado GEAN LOUREIRO.

PROJETO DE LEI Nº 1.566/11 – Do Senado Federal – Gim Agello – (PLS 189/2009) – que “altera o art. 42 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), para fixar o prazo de 15 (quinze) dias para devolução ao consumidor dos va-lores pagos indevidamente, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado DIMAS RAMALHO.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34511

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 7-7-11

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 7.605/10 – Do Sr. Dr. Ubiali – que “altera a redação do art. 1º da Lei nº 11.508, de 20 de julho de 2007, para redefinir os objetivos das Zonas de Processamento de Exportação (ZPE)”. (Apensado: PL 1.048/2011) RELATOR: Deputado RENATO MOLLING. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 6-7-11

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 64/11 – Do Sr. Otavio Leite – que “disciplina o procedimento que deverá ser executado pelo fabricante do veículo que necessite proceder a chamada para consertos e/ou troca de peça (recall), estabelece exigência para vistoria anual e transferên-cia de propriedade de veículo automotor e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ROMERO RODRIGUES. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-11

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 7.422/10 – Do Poder Executivo – que “dispõe sobre medidas tributárias referentes à realização no Brasil da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VALDIVINO DE OLIVEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 7.553/10 – Do Sr. Carlos Bezerra – que “acrescenta § ao art. 3º da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, para exigir que as sociedades

de grande porte publiquem suas demonstrações finan-ceiras, facultada sua disponibilização na rede mundial de computadores”. RELATOR: Deputado ÂNGELO AGNOLIN.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 4-7-2011)

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.749/09 – Do Sr. Celso Rus-somanno – que “eleva a dez anos a responsabilidade do empreiteiro pela solidez e segurança de edifícios e outras construções consideráveis”. (Apensados: PL 6.429/2009 (Apensados: PL 6.439/2009 e PL 7.023/2010) e PL 243/2011) RELATORA: Deputada BRUNA FURLAN.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 6-7-11

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 138/11 – Do Sr. Weliton Prado – que “dispõe sobre normas de segurança e de manutenção em brinquedos dos parques infantis localizados em estabele-cimentos de educação infantil e de ensino fundamental”. RELATOR: Deputado IZALCI. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 5.319/09 – Do Senado Fede-ral – Aloizio Mercadante – que “altera a Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, que dispõe sobre a for-ma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências”. (Apensados: PL 2.887/2008, PL 1.177/2011 e PL 1.481/2011)

34512 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

RELATOR: Deputado ROGÉRIO MARINHO.

PROJETO DE LEI Nº 7.277/10 – Do Senado Federal – Marconi Perillo – (PLS 534/2009) – que “autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal de Goiás na região noroeste de Goiânia – GO”. RELATOR: Deputado PAULO PIMENTA.

PROJETO DE LEI Nº 7.796/10 – Do Senado Federal – Rosalba Ciarlini – (PLS 319/2009) – que “autoriza o Poder Executivo a implantar campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte no Município de Ju-curutu – RN”. RELATOR: Deputado ALEX CANZIANI.

PROJETO DE LEI Nº 7.837/10 – Do Sr. Maurício Quin-tella Lessa – que “denomina “ Viaduto Antonio Lins de Souza” o viaduto construído no km 82,1 da BR-104, no município de Rio Largo, Estado de Alagoas” RELATOR: Deputado TIRIRICA.

PROJETO DE LEI Nº 7.960/10 – Do Sr. Gilmar Macha-do – que “denomina “Passarela Antônio Luís Carrijo” a passarela para pedestres sobre a rodovia BR-050, na cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais”. RELATOR: Deputado SÁGUAS MORAES.

PROJETO DE LEI Nº 7.961/10 – Do Sr. Gilmar Macha-do – que “denomina “Viaduto Joana Moreira” o viaduto a ser instalado no quilômetro 41 da BR-050, no perí-metro urbano do município de Araguari, Minas Gerais, situado no cruzamento entre a referida rodovia federal e avenida Joaquim Barbosa”. RELATORA: Deputada ELIANE ROLIM.

PROJETO DE LEI Nº 74/11 – Do Sr. Luiz Pitiman – que “dispõe sobre as condições aplicáveis ao contrato de trabalho do trabalhador admitido como trabalhante”. RELATOR: Deputado ALEX CANZIANI.

PROJETO DE LEI Nº 284/11 – Do Sr. Wellington Fa-gundes – que “denomina “Rodovia Onéscimo Prati” o trecho urbano da rodovia BR-070, na cidade de Campo Verde, Estado de Mato Grosso”. RELATOR: Deputado SÁGUAS MORAES.

PROJETO DE LEI Nº 664/11 – Do Sr. Nelson Marquezelli – que “denomina “Aeroporto Internacional Governador Orestes Quércia” o Aeroporto Internacional de Viracopos localizado na cidade de Campinas, Estado de São Paulo”. RELATOR: Deputado NEWTON LIMA.

PROJETO DE LEI Nº 757/11 – Da Sra. Jandira Feghali – que “institui o Cultura Viva – Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, estabelece normas para seu funcionamento, e dá outras providências”. (Apensado: PL 1378/2011) RELATOR: Deputado NAZARENO FONTELES.

PROJETO DE LEI Nº 1.224/11 – Do Sr. Weliton Prado – que “institui o Programa Pequenos Escritores e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ARTUR BRUNO.

PROJETO DE LEI Nº 1.267/11 – Do Sr. Gabriel Gui-marães – que “denomina “Barragem Vice-Presidente José Alencar” a Barragem de Congonhas, situada entre os Municípios de Grão Mogol e Itacambira, no Estado de Minas Gerais”. RELATOR: Deputado BIFFI.

PROJETO DE LEI Nº 1.273/11 – Do Sr. Cleber Verde – que “estabelece o período das férias escolares no ano de 2014, em que o Brasil sediará a Copa do Mun-do FIFA de Futebol”. RELATOR: Deputado JOSÉ DE FILIPPI.

PROJETO DE LEI Nº 1.311/11 – Do Sr. Rogério Peninha Mendonça – que “altera a redação do parágrafo único do art. 13 do Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967, para autorizar a veiculação de publicidade co-mercial na programação das emissoras de televisão educativa, limitada a 15% do tempo total destinado à programação dessas emissoras”. RELATOR: Deputado RUI COSTA.

PROJETO DE LEI Nº 1.332/11 – Do Sr. Pastor Marco Feliciano – que “confere ao Município de Camboriú o título de “Capital Nacional das Missões Cristãs””. RELATOR: Deputado PEDRO UCZAI.

PROJETO DE LEI Nº 1.363/11 – Do Sr. Rogério Carva-lho – que “altera a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, que “dispõe sobre as atividades do médico residente e dá outras providências”, para dispor sobre o processo de seleção pública dos candidatos aos Programas de Residência Médica”. RELATOR: Deputado LELO COIMBRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.402/11 – Do Sr. Wellington Fa-gundes – que “altera o art. 100 da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, para introduzir na estrutura admi-nistrativa do Escritório Central de Arrecadação e Distri-buição – ECAD órgão colegiado voltado à promoção do controle operacional, financeiro, contábil e administrativo de suas atividades, com a composição que discrimina”. RELATOR: Deputado ALESSANDRO MOLON.

PROJETO DE LEI Nº 1.436/11 – Do Sr. Ronaldo Zulke – que “regulamenta o exercício da profissão de Qui-ropraxista”. RELATOR: Deputado PAULO PIMENTA.

PROJETO DE LEI Nº 1.439/11 – Do Sr. Dimas Rama-lho – que “denomina “Campus Youssef Ismail Mansour “ o campus do Instituto Federal de Educação, Ciência

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34513

e Tecnologia de São Paulo, localizado no Município de Birigui, no Estado de São Paulo”. RELATOR: Deputado ANGELO VANHONI.

PROJETO DE LEI Nº 1.446/11 – Do Sr. Chico Alencar – que “altera a Lei nº 6.888, de 10 de dezembro de 1980”. RELATORA: Deputada ROSANE FERREIRA.

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamen-tária e do Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 6.979/02 – Do Sr. Paulo Maga-lhães – que “regulamenta a cobrança pelo uso dos recursos hídricos no Brasil, instituida pela Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 e fixada para o uso da geração hidroelétrica pela Lei Federal nº 9.984, de 17 de julho de 2000”. RELATOR: Deputado CLÁUDIO PUTY.

PROJETO DE LEI Nº 238/03 – Do Sr. Paes Landim – que “dispõe sobre financiamento educacional para pa-gamento de estudos mediante empréstimos bancários”. RELATOR: Deputado ODAIR CUNHA.

PROJETO DE LEI Nº 757/07 – Do Sr. Professor Ruy Pauletti – que “dispõe sobre o Fundo de Incentivo ao Esporte Olímpico”. (Apensado: PL 3.616/2008) RELATOR: Deputado RUI COSTA.

PROJETO DE LEI Nº 1.097/07 – Do Senado Federal – Paulo Octávio – (PLS 364/2003) – que “altera o art. 4º da Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, que regu-lamenta o art. 159, inciso I, alínea “c”, da Constituição Federal, institui o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO, o Fundo Constitucional do Nordeste – FNE e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO e dá outras providências”. RELATOR: Deputado POLICARPO.

PROJETO DE LEI Nº 2.410/07 – Do Sr. Vieira da Cunha – que “dispõe sobre a criação de Área de Livre Comércio e Desenvolvimento Regional em municípios da Faixa de Fronteira do Estado do Rio Grande do Sul, pertencentes às Microrregiões Campanha Ocidental, Campanha Cen-tral, Campanha Meridional, Jaguarão e Litoral Lagunar”. RELATOR: Deputado JOÃO DADO.

PROJETO DE LEI Nº 3.854/08 – Do Sr. José Fernan-do Aparecido de Oliveira – que “altera a Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, para destinar parcela da compensação financeira pela exploração de recursos minerais a um fundo nacional de exaustão de jazidas e dá outras providências”. (Apensado: PL 3.878/2008) RELATOR: Deputado ODAIR CUNHA.

PROJETO DE LEI Nº 4.003/08 – Do Sr. Dr. Ubiali – que “dispõe sobre a criação da Área de Livre Comércio (ALC) no município de Franca, Estado de São Paulo”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS.

PROJETO DE LEI Nº 4.720/09 – Da Sra. Jô Moraes – que “dispõe sobre a complementação da aposenta-doria do pessoal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE”. RELATOR: Deputado AUDIFAX.

PROJETO DE LEI Nº 5.835/09 – Do Sr. Ratinho Ju-nior – que “altera o § 2º do art. 15 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para assegurar a comprovação da situação de desemprego por outros meios de prova admitidos em direito”. RELATORA: Deputada CARMEN ZANOTTO.

PROJETO DE LEI Nº 6.902/10 – Do Sr. Nelson Marquezelli – que “dispõe sobre a autorização para desconto de pres-tações em folha de pagamento, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JOSÉ GUIMARÃES.

PROJETO DE LEI Nº 7.155/10 – Do Senado Federal – Paulo Paim – (PLS 117/2009) – que “permite que o trabalhador desempregado saque seus recursos acu-mulados no Fundo PIS-Pasep”. RELATOR: Deputado ASSIS CARVALHO.

PROJETO DE LEI Nº 7.343/10 – Do Senado Federal – Marcelo Crivella – (PLS 158/2007) – que “altera o inciso XVI do art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, para definir os eventos que são considerados desastre natural, para fins de liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”. RELATOR: Deputado RICARDO QUIRINO.

PROJETO DE LEI Nº 195/11 – Da Sra. Rebecca Garcia – que “institui o sistema nacional de redução de emis-sões por desmatamento e degradação, conservação, manejo florestal sustentável, manutenção e aumento dos estoques de carbono florestal (REDD+), e dá ou-tras providências”. RELATOR: Deputado JORGE CORTE REAL.

PROJETO DE LEI Nº 1.465/11 – Do Senado Federal – Cristovam Buarque – (PLS 6/2009) – que “acrescenta parágrafo único ao art. 16 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para estabelecer que, após os ido-

34514 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

sos, os professores tenham prioridade para recebimento da restituição do imposto de renda da pessoa física”. RELATOR: Deputado GENECIAS NORONHA.

B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamen-tária (art. 54): PROJETO DE LEI Nº 2.677/07 – Do Sr. Otavio Leite – que “dispõe sobre o Programa de Educação Física Terapêutica aos hemofílicos e aos portadores de do-enças neurodegenerativas e dá outras providências”. RELATORA: Deputada CARMEN ZANOTTO.

PROJETO DE LEI Nº 7.191/10 – Do Sr. Dr. Ubiali – que “regula o exercício da atividade de condução de veículos de emergência”. (Apensados: PL 7895/2010 e PL 611/2011) RELATOR: Deputado ALEXANDRE LEITE. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamen-tária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 7.881/10 – Do Sr. Beto Faro – que “altera o art. 1º, da Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JOSÉ PRIANTE.

PROJETO DE LEI Nº 422/11 – Do Sr. Lincoln Portela – que “dispõe sobre a dotação de recursos financeiros para os centros municipais de controle de zoonoses, centros de triagens e organismos de combate ao trá-fico e proteção aos animais”. RELATOR: Deputado MAURÍCIO TRINDADE.

PROJETO DE LEI Nº 889/11 – Do Sr. Valadares Filho – que “altera a Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, para incluir a construção de equipamentos es-portivos comunitários entre os projetos aptos a receber incentivos fiscais”. RELATOR: Deputado JOSÉ HUMBERTO.

PROJETO DE LEI Nº 1.454/11 – Do Sr. João Dado – que “altera o Decreto-lei no 1.593, de 21 de dezembro de 1977, a legislação do Imposto sobre Produtos In-dustrializados – IPI sobre os produtos classificados no código 2402.20.00 da TIPI e dá outras providências”. RELATOR: Deputado AELTON FREITAS.

B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamen-tária (art. 54): PROJETO DE LEI Nº 7.784/10 – Do Poder Executivo – que “cria cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DaS, Gratificações de Representação, Gratificações de Exercício em Cargo de Confiança devidas a militares e Gratificações de

Representação pelo Exercício de Função, destinados ao Ministério da Defesa”. RELATOR: Deputado MAURO NAZIF.

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 7-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.407/06 – Do Sr. Carlos Souza – que “altera o art. 1º da Lei nº 5.709, de 7 de outubro de 1971”. RELATOR: Deputado ANTONIO CARLOS MENDES THAME.

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.912/09 – Do Sr. Nelson Bornier – que “proíbe a comercialização de bebida ou outro produto em recipiente de vidro, nas boates e casas noturnas e dá outras providencias”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.

PROJETO DE LEI Nº 7.193/10 – Do Sr. Arnaldo Fa-ria de Sá – que “dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia”. RELATOR: Deputado MENDONÇA PRADO.

PROJETO DE LEI Nº 7.410/10 – Do Sr. Daniel Almeida – que “altera o § 9º do art. 8º-E, da Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007, para incluir os agentes de trânsito entre os beneficiários do programa Bolsa-Formação”. RELATOR: Deputado ENIO BACCI.

PROJETO DE LEI Nº 964/11 – Do Sr. Edinho Araújo – que “destina ao Fundo Nacional Anti-Drogas (FUNAD) percentual da arrecadação das loterias e concursos de prognósticos administrados pela Caixa Econômi-ca Federal”. RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34515

PROJETO DE LEI Nº 977/11 – Do Sr. Fernando Jor-dão – que “torna obrigatório o treinamento dos funcio-nários que trabalhem no controle de entrada e saída das unidades de ensino”. RELATOR: Deputado PASTOR EURICO.

PROJETO DE LEI Nº 997/11 – Do Sr. Duarte Noguei-ra – que “altera a Lei nº 10.826 de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Ar-mas – Sinarm, para obrigar, na marcação de fábrica, o uso de “Chip” contendo os dados de identificação e segurança das armas de fogo”. RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROJETO DE LEI Nº 1.028/11 – Do Sr. João Campos – que “altera a redação dos artigos 60, 69, 73 e 74, da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispões sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, possi-bilitando a composição preliminar dos danos oriundos de conflitos decorrentes dos crimes de menor potencial ofensivo pelos delegados de polícia”. RELATOR: Deputado FERNANDO FRANCISCHINI.

PROJETO DE LEI Nº 1.070/11 – Do Sr. Paulo Pimenta – que “altera a redação do parágrafo único do art. 2º do Estatuto do Desarmamento, colocando sob o con-trole do SINARM as armas de todos os policiais e dos bombeiros militares”. RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROJETO DE LEI Nº 1.072/11 – Do Sr. Paulo Pimenta – que “acrescenta inciso XII e parágrafo segundo ao art. 2.º, da Lei n.º 10.826/2003, atribuindo ao SINARM competência exclusiva para autorizar e fiscalizar a re-carga de munição de armas de porte leves”. RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROJETO DE LEI Nº 1.198/11 – Da Sra. Nilda Gondim – que “altera a Lei nº 5.553, de 6 dezembro de 1968, para dispor sobre o procedimento para segurança de cópia de documento de identificação”. RELATOR: Deputado MARLLOS SAMPAIO.

PROJETO DE LEI Nº 1.249/11 – Da Sra. Erika Kokay – que “dispõe sobre alimentação especial do preso”. RELATORA: Deputada DALVA FIGUEIREDO.

PROJETO DE LEI Nº 1.359/11 – Da Sra. Iracema Por-tella – que “altera a Lei nº 7.560, de 19 de dezembro de 1986, definindo critérios para a diretrizes para doação ao Fundo Nacional Antidrogas (FUNAD) e utilização dos recursos”. RELATOR: Deputado ARTHUR LIRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.360/11 – Do Sr. Rodrigo de Cas-tro – que “altera as Leis nº 9.613, de 03 de março de 1998; nº 11.343, de 23 de agosto de 2006; e nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, para ampliar as fontes de

recursos e itens de cobertura do Fundo Nacional de Segurança Pública; e destacar, aos municípios, parte dos recursos para aplicação direta em projetos locais de segurança pública”. (Apensado: PL 1557/2011) RELATOR: Deputado STEPAN NERCESSIAN.

PROJETO DE LEI Nº 1.478/11 – Do Sr. José Au-gusto Maia – que “modifica a redação da Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, que institui o Fundo Nacional de Segurança Pública – FNSP, estabelecendo condições para o recebimento do FNSP pelos Municípios”. RELATOR: Deputado LOURIVAL MENDES.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 4-7-2011)

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 7.628/10 – Do Sr. Felipe Bor-nier – que “altera a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, obrigando as concessionárias de telefonia fixa a prestarem gratuitamente o serviço a aposentados de baixa renda”. RELATORA: Deputada SUELI VIDIGAL.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 6-7-11

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 626/11 – Do Sr. Jorge Tadeu Mudalen – que “acrescenta parágrafo ao art. 8º Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente para garantir atendimento ambula-torial e psicológico à menor gestante”. (Apensado: PL 959/2011) RELATORA: Deputada CIDA BORGHETTI. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-7-11

34516 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.565/07 – Da Sra. Andreia Zito – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de banheiros públicos em agências bancárias e dá outras provi-dências”. (Apensados: PL 1.941/2007 (Apensados: PL 2.881/2008 (Apensados: PL 3.286/2008 (Apensa-do: PL 613/2011) e PL 1.045/2011) e PL 2.778/2008 (Apensado: PL 4.269/2008)), PL 680/2011 (Apensado: PL 1.419/2011) e PL 1.188/2011) RELATOR: Deputado LAEL VARELLA.

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 7-7-11 Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 3.744/00 – Do Poder Executivo – que “institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe sobre sua composição e forma de funcionamento, nos termos do art. 67 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000”. (Apensados: PL 4.097/2008 e PL 3.262/2008)

PROJETO DE LEI Nº 876/07 – Do Senado Federal – Aloizio Mercadante – (PLS 295/2004) – que “altera a Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, para dispor sobre reserva de vagas para pessoas com deficiência nos programas de qualificação profissional financiados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)”. RELATOR: Deputado EUDES XAVIER. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-7-11

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.689/03 – Do Sr. Bonifácio de Andrada – que “regulamenta a cessão de bens imóveis da antiga Rede Ferroviária Federal para as Adminis-trações Municipais”.

RELATORA: Deputada GORETE PEREIRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.992/07 – Do Poder Executivo – (MSC 664/2007) – que “institui o regime de previ-dência complementar para os servidores públicos fe-derais titulares de cargo efetivo, inclusive os membros dos órgãos que menciona, fixa o limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões pelo regime de previdência de que trata o art. 40 da Constituição, autoriza a criação de entidade fechada de previdência complementar denominada Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal – FUN-PRESP, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado SILVIO COSTA.

PROJETO DE LEI Nº 7.252/10 – Do Sr. Sandro Mabel – que “altera a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que “regula o processo administrativo no âmbito da Admi-nistração Pública Federal””. (Apensado: PL 1.038/2011) RELATORA: Deputada GORETE PEREIRA.

PROJETO DE LEI Nº 8.053/11 – Do Senado Federal – Gilberto Goellner – (PLS 80/2008) – que “altera o art. 636 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 10 de maio de 1943, para dispor sobre a notificação por infração à legislação do trabalho, e dá outras providências”. RELATORA: Deputada GORETE PEREIRA.

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 4-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.272/11 – Do Senado Federal – Maria do Carmo Alves – (PLS 270/2007) – que “torna obrigatório o fornecimento gratuito de preservativos e de folhetos educativos sobre doenças sexualmente transmissíveis por hotéis, motéis, pousadas, pensões e similares”. RELATOR: Deputado JONAS DONIZETTE. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.295/11 – Do Sr. Edmar Arruda – que “dispõe sobre a isenção do Imposto de Importa-ção incidente sobre a importação de artigos olímpicos”. RELATOR: Deputado ACELINO POPÓ.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34517

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 7-7-11

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 561/07 – Do Sr. Otavio Leite – que “altera inciso I e exclui parágrafo único do art. 40, e acrescenta inciso no art. 105 da Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro”. (Apensa-dos: PL 4.496/2008, PL 4.631/2009, PL 5.953/2009, PL 6.695/2009, PL 7.268/2010, PL 1.192/2011 e PL 1.234/2011) RELATOR: Deputado VANDERLEI MACRIS.

PROJETO DE LEI Nº 6.624/09 – Do Sr. Carlos Bezerra – que “altera a Lei nº 8.078, de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, e a Lei nº 9.503, de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, para estabelecer procedimentos no caso de convocação do veículo para sanar defei-tos de fabricação”. (Apensados: PL 7.355/2010, PL 7.643/2010, PL 7.879/2010, PL 500/2011, PL 676/2011 e PL 1.142/2011) RELATOR: Deputado VANDERLEI MACRIS. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e § 1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.648/09 – Do Sr. Neilton Mulim – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para fixar infração relativa à condução de transporte coletivo de passageiros”. (Apensado: PL 6.852/2010) RELATOR: Deputado MAURO LOPES.

PROJETO DE LEI Nº 1.386/11 – Do Sr. Gonzaga Patriota – que “acrescenta parágrafo ao art. 115 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para tor-nar obrigatória a gravação dos números da placa de identificação do veículo no para-brisa e no vidro tra-seiro do carro”. RELATOR: Deputado ABELARDO CAMARINHA.

PROJETO DE LEI Nº 1.433/11 – Do Sr. Edinho Araújo – que “altera a diretriz da rodovia BR-436, prevista no anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que institui o Plano Nacional de Viação, para incluir em seu traçado a Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná”. RELATOR: Deputado ZECA DIRCEU.

PROJETO DE LEI Nº 1.443/11 – Da Sra. Bruna Fur-lan – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre isenção de cobrança de taxa relativa à inspeção de veículos de condução de escolares”. RELATOR: Deputado ALBERTO MOURÃO.

PROJETO DE LEI Nº 1.483/11 – Do Sr. Paulo Maga-lhães – que “denomina o Aeroporto Internacional de Porto Seguro – BA, em “Aeroporto Internacional de Porto Seguro Terra do Descobrimento””. RELATOR: Deputado GERALDO SIMÕES.

Substitutivo (Art. 119, II e § 1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 97/11 – Do Sr. Walter Tosta – que “institui o programa de Acessibilidade e Mobilidade Ur-bana, através da adoção de uma linguagem universal no transporte público”. RELATOR: Deputado WILLIAM DIB.

PROJETO DE LEI Nº 677/11 – Do Sr. Weliton Prado – que “determina que os Departamentos de trânsito dos Estados divulguem trimestralmente os valores ar-recadados com multas de trânsito e sua destinação”. RELATOR: Deputado JOSE STÉDILE.

II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTI-

TUIÇÃO Nº 10-A, DE 1995, DO SR. ADHEMAR DE BARROS FILHO, QUE “MODIFICA O ART. 45 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E ACRESCENTA PARÁGRAFOS AO MESMO ARTIGO”, CRIANDO

O SISTEMA DISTRITAL MISTO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (10 SESSÕES)

DECURSO: 10ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 1-7-11

34518 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Proposta de Emenda à Constituição (Art. 202, § 3º)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 10/95 – ADHEMAR DE BARROS FILHO – que “mo-difica o art. 45 da Constituição Federal e acrescen-ta parágrafos ao mesmo artigo”. (Apensados: PEC 28/1995, PEC 108/1995, PEC 168/1995, PEC 179/1995, PEC 181/1995, PEC 289/1995, PEC 133/2003, PEC 585/2006 e PEC 523/2006 (Apensado: PEC 365/2009)) RELATOR: Deputado HENRIQUE FONTANA.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROMOVER ESTUDOS E PROPOSIÇÕES DE

POLÍTICAS PÚBLICAS E DE PROJETOS DE LEI DESTINADOS A COMBATER E PREVENIR

OS EFEITOS DO CRACK E DE OUTRAS DROGAS ILÍCITAS.

SEMINÁRIO LOCAL: Mossoró/RN HORÁRIO: 14h A – Seminário:

SEMINÁRIO MUNICÍPAL POLÍTICAS PÚBLICAS DE COMBATE ÀS DROGAS.

Coordenadora: Dep. Sandra RosadoRelator: Dep. Fábio FariaLocal: Câmara Municipal de Mossoró

SEMINÁRIO LOCAL: Centro de Convenções Pantanal Miguel Go-mes da Cidade de Corumbá – MS HORÁRIO: após de 8 h às 19 horas

A – Seminário: Coordenador: Deputado Fábio TradRelator: Deputado Mandetta SEMINÁRIO EM 1 de julho de 2011.LOCAL: Corumbá/MS HORÁRIO: 8h

A – Seminário:

SEMINÁRIO ESTADUAL POLÍTICAS PÚBLICAS DE COMBATE ÀS DROGAS

Data: 1-7-11Coordenador: Dep. MandettaRelator: Dep. Fábio TradPALESTRANTE

8:00Recepção,Credenciamento e Entrega de Material.

9:00Palestra InauguralDep. Fed. Givaldo Carimbão

9:30Palestra Eixo PrevençãoPsicóloga Denise Souza e Silva – Núcleo de Psicologia Colégio Mace e Psicóloga Silvia Lopes Otácio – SETAS

10:20

PropostasEntidades que compõem

10:45DebateDebate entre os palestrantes, as entidades que com-põem a mesa, Deputados Fábio Trad, Mandeta, prefeito de Corumbá e Governador, todos na mesa

11:45Perguntas10 pessoas que assistem o seminário farão perguntas

12:30Almoço

14:00Palestra Acolhimento e TratamentoPsicóloga Silvia Freire – CAPS AD Corumbá e Psiquia-tra Cleber Meneguel Vargas – CRM/MS, Associação Sul Matogrossense de Psiquiatria

14:50PropostasEntidades que compõem

15:15DebateDebate entre os palestrantes, as entidades que com-põem a mesa, Deputados Fábio Trad, Mandetta, prefeito de Corumbá e Governador, todos na mesa

16:00Perguntas10 pessoas que assistem ao seminário farão perguntas

16:15Palestra Reinserção SocialPsicóloga Maria da Costa – Superintendência UNEI/ MS e Dr. Alexandre Ohara – Secretaria de Municipal de Assistência Social, Cidadania e Trabalho – Ladário

17:05PropostasEntidades que compõem a mesa

17:30DebatesDebate entre os palestrantes, as entidades que com-põem a mesa, Deputados Fábio Trad, Mandetta, prefeito de Corumbá e Governador, todos na mesa

18:30Perguntas10 pessoas que assistem ao seminário farão perguntas

19:00Encerramento do Dia

III – COMISSÕES MISTAS

COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO

AVISOS

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34519

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (8 DIAS)

DECURSO: 6º diaÚLTIMO DIA: 3-7-2011

PROJETO DE LEI Nº 08/2011-CN, que “abre ao Orça-mento Fiscal da União, em favor do Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão, crédito suplementar no valor de R$ 90.980.000,00 (noventa milhões, nove-centos e oitenta mil reais), para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.”

PROJETO DE LEI Nº 09/2011-CN, que “abre ao Or-çamento Fiscal da União, em favor das Justiças Elei-toral e do Trabalho, da Presidência da República, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público, crédito especial no valor global de R$ 48.993.402,00 (quarenta e oito milhões, nove-centos e noventa e três mil, quatrocentos e dois reais), para os fins que especifica, e dá outras providências.”

PROJETO DE LEI Nº 10/2011-CN, que “abre ao Or-çamento Fiscal da União, em favor das Justiças Fe-deral, Eleitoral e do Trabalho e do Ministério Público da União, crédito suplementar no valor global de R$ 38.062.926,00 (trinta e oito milhões, sessenta e dois mil, novecentos e vinte e seis reais), para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.”

IV – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES EM 30-6-2011:

Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural: PROJETO DE LEI Nº 1.587/2011

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania: PROJETO DE LEI Nº 6.882/2010 PROJETO DE LEI Nº 1.574/2011 PROJETO DE LEI Nº 1.611/2011 PROJETO DE LEI Nº 1.626/2011

Comissão de Defesa do Consumidor: PROJETO DE LEI Nº 1.593/2011

Comissão de Finanças e Tributação: PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 65/2011

Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional: MENSAGEM Nº 197/2011

Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado: PROJETO DE LEI Nº 1.557/2011 PROJETO DE LEI Nº 1.607/2011

Comissão de Seguridade Social e Família: PROJETO DE LEI Nº 1.608/2011 PROJETO DE LEI Nº 1.612/2011 PROJETO DE LEI Nº 1.616/2011 PROJETO DE LEI Nº 1.617/2011

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público: PROJETO DE LEI Nº 1.584/2011

Comissão de Viação e Transportes: PROJETO DE LEI Nº 1.560/2011 PROJETO DE LEI Nº 1.561/2011

(Encerra-se a sessão às 18 horas e 5 minutos.)

DESPACHOS DO PRESIDENTE EM PROPOSIÇÕES

34520 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

REQUERIMENTO Nº 2.142, DE 2011 (Do Sr. José Rocha)

Solicita redistribuição do PL 652 de 2011

(INDEFIRO, NOS TERMOS DO ARTIGO 141 DO RICD, O PEDIDO CONTIDO NO REQUERIMENTO N. 2.142/11, TENDO EM VISTA A DISTRIBUIÇÃO DO PL Nº 652/11 HAVER SIDO FEITA NOS TERMOS REGI-MENTAIS. PUBLIQUE-SE. OFICIE-SE.)

REQUERIMENTO Nº 2.211, DE 2011 (Do Sr. Cleber Verde)

Requerimento de Retirada de Propo-sição. PL – 1094/2011.

(DEFIRO A RETIRADA DO PROJETO DE LEI Nº 1.094/2011, NOS TERMOS DO ART. 104 C/C O ART. 114, VII, DO RICD. PUBLIQUE-SE.)

REQUERIMENTO Nº 2.233, DE 2011 (Do Sr. Vicentinho)

Requer o arquivamento do Projeto de Lei n.º 351, de 2011

(COM FUNDAMENTO NO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE, RECEBO O REQUERIMENTO Nº 2.233/2011 COMO PEDIDO DE RETIRADA DE PRO-POSIÇÃO. DEFIRO A RETIRADA DO PROJETO DE LEI Nº 351/2011, NOS TERMOS DO ART. 104 C/C O ART. 114, VII, DO RICD. PUBLIQUE-SE.)

REQUERIMENTO Nº 2.241, DE 2011 (Da Comissão de Relações Exteriores

e de Defesa Nacional)

Requer a reconstituição do PL 6.882/2010 que “altera os artigos 1º e 2º da Lei nº 12.191 de 13 de janeiro de 2010 que trata da anistia aos policiais e bombeiros militares punidos por participar de movi-mentos reivindicatórios”

(DEFIRO, NOS TERMOS DO ART. 106 DO RICD. PUBLIQUE-SE.)

REQUERIMENTO Nº 2.255, DE 2011 (Do Sr. Paes Landim)

Requer a redistribuição do Projeto de Lei nº 6.113, de 2009, de autoria do Senador Paulo Paim.

(INDEFIRO O PEDIDO DE REVISÃO DO DES-PACHO INICIAL, CONTIDO NO REQUERIMENTO Nº 2.255/2011, NOS TERMOS DO ART. 141 DO RICD, TENDO EM VISTA A DISTRIBUIÇÃO HAVER SIDO

FEITA NOS TERMOS REGIMENTAIS. PUBLIQUE--SE. OFICIE-SE.)

DECISÃO DA PRESIDÊNCIA

ARQUIVEM-SE, nos termos do artigo 133 do RICD, as seguintes proposições:

PROJETOS DE LEI

Nº 5.777/2009 (Gorete Pereira) – Denomina Metrô Governador Virgílio Távora, o Metrô de Fortaleza – Metrofor, no Estado do Ceará.

Nº 6.767/2010 (Senado Federal – Paulo Paim) – Altera o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o art. 1º da Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985, para contemplar operações em redes de energia elétrica e telefonia móvel ou fixa como atividades ou operações perigosas no trabalho.

Brasília, 30 de junho de 2011. – Marco Maia, Presidente.

PARECERES

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 458-A, DE 2009

(Do Sr. José Fernando Aparecido de Oliveira)

Altera os critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Municípios, para incluir no cálculo dos coeficientes de participação fatores representativos da área e da renda per capita dos Municípios; tendo pareceres: da Comissão de Finan-ças e Tributação, pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não ca-bendo pronunciamento quanto à adequa-ção financeira e orçamentária e, no mérito, pela rejeição deste (relator: DEP. JÚLIO CESAR); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitu-cionalidade, juridicidade e técnica legis-lativa deste e dos de nºs 565/10 e 582/10, apensados, com emendas (relator: DEP. EFRAIM FILHO).

Despacho: Às Comissões de Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, Ricd) e Consti-tuição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação do Plenário

Publicação dos Pareceres das Comissões de Fi-nanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34521

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

I – Relatório

O Projeto de Lei Complementar n.º 458, de 2009, promove radical mudança nos critérios de repartição dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios – FPM destinados aos Municípios do Interior de cada Estado, man-tendo inalterados os critérios atuais de repartição dos re-cursos do FPM para as Capitais e para a Reserva do FPM.

A proposição introduz as seguintes mudanças:introduz a superfície territorial dos Municípios

como mais uma variável a ser considerada na repar-tição dos recursos do FPM, reservando 10% (dez por cento) dos recursos destinados aos Municípios do In-terior (86,4% do montante do FPM) que serão reparti-dos proporcionalmente à área de cada Município em relação à área do respectivo Estado;

a repartição dos recursos do FPM aos Municípios do interior, mantida a atual distribuição por Estado, passa a levar em conta a população de cada Municí-pio e o inverso da renda per capita local.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Preliminarmente, entendemos que a propositura em pauta trata de matéria normativa, que diz respeito especifi-camente a novos critérios para a definição dos coeficientes individuais do Fundo de Participação dos Municípios – FPM para os Municípios do interior de cada Estado.

Diante disto, a matéria não traz qualquer implicação para as finanças públicas na esfera federal. Estamos tra-tando de uma alteração de critérios na definição de parâ-metros que determinam a participação local no FPM, cujo resultado financeiro esgota-se única e exclusivamente na esfera dos Municípios. Estamos, pois, examinando uma transferência no plano horizontal, ou seja, perdas e ganhos de receita serão compensados entre si entre os Municípios de um mesmo Estado, não havendo, inclusive, migração de recursos do FPM entre Municípios de Estados diferentes.

Por esta razão, não há o que opinar a propósito da adequação da proposição às normas federais vi-gentes que regem as finanças públicas no Governo Federal, em especial o Plano Plurianual, a Lei de Di-retrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária anual.

O que pretende o projeto de lei sob comento?A proposição mantém inalterados os critérios

de repartição dos recursos para as Capitais (10% do FPM) e para a Reserva do FPM (3,6%), que beneficia os Municípios com população a partir de 142.633 ha-bitantes, baseados no produto dos seguintes fatores: proporcionalmente à população local, em relação ao conjunto da população das Capitais, ou dos Municí-pios que integram a Reserva do FPM, e ao inverso da renda per capita do respectivo Estado, tendo como referência a renda per capita do País.

O Projeto de Lei nº 458, de 2009, não altera tam-bém a distribuição dos recursos do FPM (86,4%) para o conjunto de Municípios do Interior de cada Estado, mantendo, então, a seguinte repartição regional:

34522 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

O percentual do FPM que cabe ao conjunto dos Municípios do Interior em cada Estado, na forma es-tabelecida acima, está cristalizado pelo art. 5º da Lei Complementar nº 62, de 28 de dezembro de 1989. É sempre oportuno recordar que a aprovação da LC nº 62/89 foi o caminho político encontrado para desesti-mular a criação indiscriminada de novos Municípios, prática largamente utilizada para aumentar a partici-pação regional nos recursos do FPM. A partir daí, a criação de novos Municípios passa a afetar exclusiva-mente os Municípios localizados no próprio Estado. Isto significa que a criação de novos Municípios é neutra para as demais municipalidades fora do Estado onde surgiram as novas unidades.

A partir daí, o Projeto de Lei nº 458, de 2009, inova ao dispor que 10% dos recursos destinados aos Municípios em cada Estado serão repartidos propor-cionalmente á área territorial, tendo como referência a área territorial do Estado, certamente excluída a área territorial do Município-Capital.

Em verdade, a utilização da variável território já foi utilizada no passado para a repartição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), mais tarde abandonada nos termos da Lei Complementar nº 62, de 28-12-89, que acabou fixando percentuais que até hoje vigoram, cuja premissa foi a de privilegiar as regiões menos desenvolvidas (85% dos recursos do FPE são destinados às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste).

A variável território para fins de distribuição do FPE seria até justificável pois os Estados são mesmo pressionados no que diz respeito a ações importantes que se estendem ao longo do território sob sua jurisdi-ção, como por exemplo a construção, manutenção e conservação de estradas. Já no caso dos Municípios, entendemos que esta não é uma variável pertinente para ser utilizada na repartição de recursos do FPM, especialmente porque a população brasileira está con-centrada nas regiões urbanas e esta população de-manda serviços públicos extremamente complexos e de custo elevado nas áreas de educação, de atenção à saúde, de lazer, de saneamento básico, de transporte e de tantas outras de igual relevância.

Já em relação à distribuição de recursos do FPM para os Municípios, no âmbito de cada Estado, como indica a proposição em tela, levando-se em conta a população (diretamente proporcional) e o inverso da renda per capita local, a mudança pretendida pode prejudicar os Municípios mais populosos e um pou-co mais ricos, o que numa conjuntura adversa como a que estamos vivendo, parece não ser uma medida conveniente. Nenhum Município, por mais recursos que tenha, aceitaria uma redução de sua participação

no FPM diante de uma conjuntura ainda recheada de incertezas.

O emprego destas duas variáveis população e inverso da renda per capita para as capitais faz sentido porque temos um confronto direto entre estados bem mais ricos e estados mais pobres. Assim, Fortaleza e Salvador, por exemplo, têm uma participação no FPM bem mais expressiva que São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais das regiões Sudeste e Sul. O mesmo não ocorre no âmbito de cada Estado, onde a distância entre os Municípios mais ricos e os mais pobres não é tão grande, salvo algumas exceções.

O Fundo de Participação dos Municípios, segun-do esclarecem os especialistas que têm analisado o assunto, é mais adequado para reduzir o que deno-minam de “hiato fiscal”, segundo o que o sistema de transferências, como no caso do FPM, deve considerar tanto a capacidade fiscal de cada Município como a demanda potencial por serviços públicos, que é, em tese, proporcional à sua população. Em outras pala-vras, quanto maior é a população maior naturalmente é a demanda por investimentos e serviços públicos, sendo esta a variável que deve ser levada em conta quando se fala em repartir recursos entre os Municípios.

Assim sendo, repartir recursos entre Municípios de um mesmo Estado, levando-se em conta a variável renda per capita, pressupõe suficientemente atendi-das as demandas da população por serviços públicos, aventando-se assim a possibilidade de os Municípios mais ricos e mais populosos cederem parte de sua participação no FPM para outros. Não nos parece uma premissa politicamente factível com já assinalamos.

Diante das questões aqui colocadas, em face da não-implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita e da despesa da União, somos de opinião de que não cabe pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária da proposição em tela. No mérito, votamos pela rejeição do Projeto de Lei Com-plementar n.º 458, de 2009.

Sala da Comissão, 5 de outubro de 2009. – Deputado Júlio César, Relator.

III – Parecer Da Comissão

A Comissão de Finanças e Tributação, em reunião extraordinária realizada hoje, opinou, unanimemente, pela não implicação da matéria com aumento ou dimi-nuição da receita ou da despesa públicas, não caben-do pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela rejeição do Projeto de Lei Complementar nº 458/09, nos termos do parecer do relator, Deputado Júlio Cesar.

O Deputado Silvio Costa apresentou voto em separado.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34523

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Vig-natti, Presidente; Antonio Palocci, Luiz Carlos Hauly e Félix Mendonça, Vice-Presidentes; Aelton Freitas, Andre Vargas, Arnaldo Madeira, Carlos Melles, Ciro Pedrosa, Eduardo Amorim, Geraldinho, Gladson Cameli, Guilher-me Campos, Ilderlei Cordeiro, João Dado, João Pizzolatti, Júlio Cesar, Luiz Carreira, Manoel Junior, Marcelo Cas-tro, Pedro Eugênio, Pedro Novais, Pepe Vargas, Ricardo Barros, Ricardo Berzoini, Silvio Costa, Vicentinho Alves, Wilson Santiago, Leonardo Quintão e Reginaldo Lopes.

Sala da Comissão, 18 de novembro de 2009. – Deputado Vignatti, Presidente.

I – Voto em Separado

Do ponto de vista de adequação financeira e orçamentária, estamos perfeitamente de acordo com o nobre Relator. Trata-se de um projeto que não tem qualquer repercussão nas finanças públicas federais, seja do lado da receita, seja do lado da despesa, des-de que pretende alterar o mecanismo de cálculo das quotas do Fundo de Participação dos Municípios. Nem mesmo no âmbito dos orçamentos dos governos es-taduais poderá ser observada qualquer modificação.

No mérito, devemos registrar com satisfação que o parecer do Relator identificou corretamente uma sé-rie de cuidados que a proposição ora em exame teve, para provocar transtornos desnecessários. É o caso, por exemplo, na manutenção inalterada dos recursos que, hoje, são destinados às capitais dos Estados, bem como o percentual de 3,6%, reservado aos grandes municípios, atualmente distribuídos de acordo com critérios relacio-nados com a população e o inverso da renda per capita.

Nada foi alterado também no que diz respeito ao mecanismo instituído pela Lei Complementar Nº 62, de 1989, que sabiamente resolveu o problema da criação indiscriminada de novos Municípios, estabelecendo parcelas fixas do FPM para cada Estado. Depois da aprovação do referido diploma legal, qualquer novo Município tem que repartir os recursos que recebe dentro do Estado onde está localizado, sem prejudicar as demais regiões do País.

Na verdade, é justamente o sucesso da aplicação dos critérios populacionais e de renda per capita para os grandes municípios que inspirou a medida que ago-ra examinamos. O que se pretende com a proposição é simplesmente estender esses fatores para todos os Municípios, grandes ou pequenos. A justiça da mudança parece óbvia. Quanto maior é o território de uma cidade, mais encargos recaem sobre sua administração local. E não se trata apenas de um crescimento algébrico dos encargos. A partir de certo ponto, de nada adianta am-pliar as instalações de um posto de saúde para atender as demandas. É preciso construir novas instalações,

localizadas em outras regiões da cidade, do contrário o atendimento não poderá ser prestado. Em outras pa-lavras, as diferenças territoriais trazem na maioria das vezes acréscimos de escala nos gastos municipais que, se não forem compensados pelo aumento correspon-dente dos recursos do Fundo de Participação, deixarão as populações expostas ao desserviço e o descaso.

Quanto ao critério do inverso da renda per capi-ta, a explicação é ainda mais simples. Municípios mais pobres devem ser melhor socorridos pela repartição de renda que os impostos promovem. A Federação bra-sileira não pode ignorar a pobreza que, infelizmente, ainda acomete tantos rincões do País. A esse respeito, precisamos chamar a atenção para o trecho do parecer do Relator em que se afirma que a mudança proposta não seria conveniente, porque “pode prejudicar os Mu-nicípios mais populosos e um pouco mais ricos”. Não resta dúvida de que a elevação dos coeficientes dos mais pobres somente se tornará possível com a redução de outros, mais ricos, mas devemos considerar aqui o im-pacto relativo. Se um Município é mais rico, a redução de, digamos, um por cento dos seus recursos no FPM será suficiente para elevar no mesmo percentual deze-nas de outros Municípios pobres ou, alternativamente, elevar a receita de um único Município em muito mais que um por cento. Não pode haver dúvida de que uma medida desta natureza é mais do que justa.

Não podemos concordar com o nobre Deputado Júlio César quando ele afirma que o emprego do critério da renda per capita para as capitais “faz sentido porque temos um confronto direto entre estados bem mais ricos e estados mais pobres”, enquanto “mesmo não ocorre no âmbito de cada Estado, onde a distância entre os Muni-cípios mais ricos e os mais pobres não é tão grande”. No Estado de Minas Gerais, por exemplo, podemos encontrar Municípios em praticamente todas as situações tanto no que se refere ao critério populacional, como em relação à renda per capita ou ao território ocupado. Temos cer-teza de que tal situação de repete, em maior ou menor grau em todos os Estados. Se a demanda potencial de serviços municipais fosse de fato proporcional apenas à população, como afirma “em tese” o Relator, esse seria o único critério adotado para capitais e grandes Municí-pios, o sabemos que não é o caso.

Precisamos compreender que é chegado o mo-mento para se fazer uma reavaliação do mecanismo de distribuição dos recursos do FPM, dando mais jus-tiça social e mais coerência econômica.

Diante do exposto, votamos pela não implicação orçamentária e financeira e, no mérito, pela aprova-ção do Projeto de Lei Complementar Nº 458, de 2009.

Sala da Comissão, 21 de outubro de 2009. – Deputado Silvio Costa, PTB / PE.

34524 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório

O Projeto de Lei Complementar em exame, de au-toria do Deputado JOSÉ FERNANDO APARECIDO DE OLIVEIRA, tem por objetivo alterar os critérios de distribui-ção do Fundo de Participação dos Municípios, contidos na Lei nº 5.172/66 (Código Tributário Nacional), para incluir no cálculo dos coeficientes de participação fatores repre-sentativos da área e da renda per capita dos Municípios.

De acordo com o nobre autor, é necessário cor-rigir distorções criadas pelo sistema atual de distribui-ção de cotas do Fundo de participação dos Municípios para as municipalidades do interior, baseado apenas na população. Entende o autor que a área territorial deva ser levada em conta, pois quanto maior o Muni-cípio maior será o custo médio dos serviços públicos prestados à população, que se encontra dispersa na área municipal. Da mesma forma, os Municípios mais carentes devem ser beneficiados com maior volume de recursos, como forma de distribuição de renda.

O projeto foi encaminhado inicialmente à Comis-são de Finanças e Tributação, a qual concluiu pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronun-ciamento quanto à adequação financeira e orçamen-tária, e, quanto ao mérito, pela rejeição da matéria.

Em apenso, encontram-se as seguintes proposições:PLP nº 565, de 2010, de autoria do Deputado Júlio

César, que altera o art. 2º da Lei Complementar nº 62, de 28 de dezembro de 1989, que estabelece normas sobre o cálculo, a entrega e o controle das liberações dos recursos dos Fundos de Participação e dá outras providências, para determinar que a participação de cada Estado e do Distrito Federal no FPE será um per-centual da soma dos coeficientes representativos do inverso da renda per capita das unidades federativas;

PLP nº 582, de 2010, de autoria da Deputada Vanessa Grazziotin, que estabelece normas sobre o cálculo, a entrega e o controle das liberações dos recursos do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal – FPE.

Referidos projetos apensados não receberam parecer quanto ao mérito na comissão anterior.

Trata-se de proposição sujeita à apreciação do Plenário.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Cabe a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronunciar sobre a constitucionali-dade, juridicidade e técnica legislativa dos Projetos de

Lei Complementar nºs 458, de 2009, 565, de 2010, e 582, de 2010, a teor do art. 32, inc. IV, alínea “a”, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

A matéria em apreço é da competência legislativa concorrente da União, Estados e Distrito Federal (arts. 24, I – CF), cabendo ao Congresso Nacional dispor sobre normas gerais, sendo a iniciativa parlamentar legítima, em face da inexistência de iniciativa privativa de outro Poder.

No tocante à constitucionalidade formal, todos os projetos obedecem aos requisitos constitucio-nais para a espécie normativa, eis que veiculados sob a forma de projeto de lei complementar. O PLP nº 458, de 2009, altera lei ordinária recepcionada pela Constituição Federal como lei complementar (Código Tributário Nacional) por força do seu art. 146. Já o PLP nº 565, de 2010, altera lei comple-mentar, e o PLP nº 582, de 2010, regulamenta a matéria conforme exigido pelo art. 158, II e III, da Constituição Federal.

Há, todavia, inconstitucionalidade no art. 8º do PLP nº 582, de 2010, ao determinar ao Ministério da Fazenda e ao Tribunal de Contas da União a expedição de normas complementares, regulamentando a norma legal. Tal determinação fere o Princípio da Separação entre os Poderes, devendo ser retirada da proposição mediante emenda.

As proposições não afrontam dispositivos de natureza material da Carta Magna, sendo, portanto, constitucionais.

No que tange à juridicidade, todos os projetos harmonizam-se com o ordenamento jurídico vigente.

Quanto à técnica legislativa, faz-se necessário acrescentar a expressão (NR) ao final do dispositivo modificado pelo PLP nº 458, de 2009, a qual é obri-gatória, de acordo com a Lei Complementar nº 95, de 26/2/98, com a redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26/4/01. Além disso, a obrigação contida no art. 2º da proposição pode ser acrescentada à exi-gência também dirigida ao IBGE pelo §3º do art. 91 da referida Lei nº 5.172/66.

Da mesma forma, faz-se necessário acrescentar a expressão (NR) ao dispositivo alterado pelo PLP nº 565, de 2010.

Não há qualquer outra restrição à redação em-pregada nos projetos.

Em face do exposto, o nosso voto é pela cons-titucionalidade, juridicidade e boa técnica legislati-va dos Projetos de Lei Complementar nºs 458, de 2009, 565, de 2010, e 582, de 2010, com as emen-das em anexo.

Sala da Comissão, de 2010. – Deputado Efraim Filho, Relator.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34525

EMENDA No

Acrescente-se ao final do art. 91 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, alterado pelo art. 1º do projeto em epígrafe, a expressão “(NR)”.

Sala da Comissão, de 2010. – Deputado Efraim Filho, Relator.

EMENDA No

Dê-se ao art. 2º do projeto a seguinte redação:

“Art. 2º O § 3º do art. 91 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, passa a vigorar com a seguinte redação:

‘Art. 91 ...................................................§ 3º Para os efeitos deste artigo, conside-

ram-se os municípios regularmente instalados, fazendo-se a revisão das quotas anualmente, a partir de 1989, com base em dados oficiais de população, área territorial e renda per capita produzidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.’ “

Sala da Comissão, de 2010. – Deputado Efraim Filho, Relator.

EMENDA No

Acrescente-se ao final do art. 2º da Lei Complementar nº 62, de 28 de dezembro de 1989, alterado pelo art. 1º do projeto em epígrafe, a expressão “(NR)”.

Sala da Comissão, de 2010. – Deputado Efraim Filho, Relator.

EMENDA No

Suprima-se o art. 8º do projeto em epí-grafe, renumerando-se o dispositivo sub-sequente.

Sala da Comissão, de 2010. – Deputado Efraim Filho, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legis-lativa do Projeto de Lei Complementar nº 458/2009 e dos de nºs 565/2010 e 582/2010, apensados, com 4 emendas, nos termos do Parecer do Relator, Deputa-do Efraim Filho.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: João Paulo Cunha – Presidente, Arthur Oliveira Maia

e Cesar Colnago – Vice-Presidentes, Anthony Garoti-nho, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, Delegado Protógenes, Dr. Grilo, Edson Silva, Esperidião Amin, Fabio Trad, Jilmar Tatto, João Campos, José Mentor, Luiz Carlos, Luiz Couto, Marçal Filho, Maurício Quin-tella Lessa, Mauro Benevides, Mendes Ribeiro Filho, Mendonça Prado, Odair Cunha, Onyx Lorenzoni, Os-mar Serraglio, Paes Landim, Roberto Teixeira, Ronal-do Fonseca, Rubens Otoni, Valtenir Pereira, Vieira da Cunha, Alexandre Leite, Alfredo Sirkis, Gabriel Chalita, Gean Loureiro, Gonzaga Patriota, José Nunes, Naza-reno Fonteles, Nelson Marchezan Junior, Sandro Alex e Sérgio Barradas Carneiro.

Sala da Comissão, 21 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

EMENDA Nº 01 ADOTADA PELA CCJC AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

No 458, DE 2009 (Apensos: PLP nº 565, de 2010; PLP nº 582, de 2010)

Acrescente-se ao final do art. 91 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, alterado pelo art. 1º do projeto em epígrafe, a expressão “(NR)”.

Sala da Comissão, 21 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

EMENDA Nº 02 ADOTADA PELA CCJC AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

No 458, DE 2009 (Apensos: PLP nº 565, de 2010; PLP nº 582, de 2010)

Dê-se ao art. 2º do projeto a seguinte redação:

“Art. 2º O § 3º do art. 91 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, passa a vigorar com a seguinte redação:

‘Art. 91 ...................................................§ 3º Para os efeitos deste artigo, conside-

ram-se os municípios regularmente instalados, fazendo-se a revisão das quotas anualmente, a partir de 1989, com base em dados oficiais de população, área territorial e renda per capita produzidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.’ “

Sala da Comissão, 21 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

EMENDA Nº 03 ADOTADA PELA CCJC AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

No 458, DE 2009 (Apensos: PLP nº 565, de 2010; PLP nº 582, de 2010)

34526 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Acrescente-se ao final do art. 2º da Lei Complementar nº 62, de 28 de dezembro de 1989, alterado pelo art. 1º do projeto em epígrafe, a expressão “(NR)”.

Sala da Comissão, 21 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

EMENDA Nº 04 ADOTADA PELA CCJC AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

No 458, DE 2009 (Apensos: PLP nº 565, de 2010; PLP nº 582, de 2010)

Suprima-se o art. 8º do projeto em epí-grafe, renumerando-se o dispositivo sub-sequente.

Sala da Comissão, 21 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 2.954-C, DE 1997 (Do Sr. Enio Bacci)

Regulamenta o pagamento pelas em-presas das mensalidades escolares de seus funcionários; tendo pareceres: da Comis-são de Educação, Cultura e Desporto, pela aprovação deste e do de nº 3.803/97, apen-sado, com substitutivo (relator: DEP WOL-NEY QUEIROZ); da Comissão de Finanças e Tributação, pela incompatibilidade e ina-dequação financeira e orçamentária des-te e do de nº 3.803/97, apensado; e pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária, e, no mérito, pela aprovação do substitutivo da Comissão de Educação, Cultura e Desporto (relator: DEP. ANTONIO CAMBRAIA); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do de nº 3.803/97, apensado, nos termos do Substitutivo da Comissão de Educação e Cultura e Desporto, com su-bemenda (relator: DEP. EDUARDO CUNHA).

Despacho: Às Comissões de Educa-ção, Cultura e Desporto Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 2.954, de 1997, de autoria do Deputado Enio Bacci, propõe-se a regulamentar o

pagamento, por empresas, das mensalidades esco-lares de seus empregados estudantes de segundo e terceiro graus.

De acordo com o ali proposto, o pagamento, que deve ser feito diretamente aos estabelecimentos de ensino em que estejam matriculados os empregados, não substitui nem complementa os respectivos salários e não constitui base de incidência de nenhum encargo trabalhista ou previdenciário, a ele não se aplicando o princípio da habitualidade. Para efeito de apuração de seu lucro real, as empresas poderão deduzir o custo com as mensalidades como despesa operacional, e ainda deduzir mais dois por cento do imposto de renda devido, a título de incentivo fiscal.

Em apenso, o Projeto de Lei nº 3.803, de 1997, de autoria do Deputado José Augusto, determina que as empresas com mais de quarenta funcionários em seus quadros realizem cursos de atualização e reci-clagem profissional dos que estejam, ou tenham es-tado, a seu serviço por mais de três anos. Tais cursos deverão ser feitos nas unidades do Sesc, Sesi, Senai, Senar ou similares, sem ônus para os empregados, podendo as empresas que propiciarem o acesso de seus funcionários aos referidos cursos descontar até três por cento do valor a pagar de qualquer dos tribu-tos incidentes sobre seu patrimônio.

Distribuídos inicialmente à então Comissão de Educação, Cultura e Desporto para exame de méri-to, os projetos receberam parecer pela aprovação na forma de um substitutivo integral, que aproveitou as melhores contribuições de ambos e retirou-lhes alguns excessos, adaptando ainda seu conteúdo ao conceito de educação profissional definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Na Comissão de Finanças e Tributação, o parecer aprovado foi no sentido da incompatibilidade e inade-quação orçamentária e financeira dos dois projetos e da compatibilidade e adequação orçamentária e finan-ceira do substitutivo da Comissão de Educação, que recebeu também parecer favorável quanto ao mérito.

A matéria vem ao exame desta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para exame dos aspectos de constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e redação.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Os dois projetos de lei em foco, assim como o substitutivo proposto pela Comissão de Educação, Cultura e Desporto, cuidam de matéria inserida na competência legislativa da União e pertinente às atri-buições do Congresso Nacional, estando abrigados formalmente pelos artigos 22, I, 24, IX, e 48, caput,

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34527

todos da Constituição Federal. Não havendo reserva de iniciativa sobre o tema, revela-se legítima a apre-sentação dos projetos por parte de parlamentares.

Quanto ao conteúdo, observa-se que a previsão constante do § 2º do art. 1º do Projeto de nº 3.803/97 contém vício de constitucionalidade insuperável, como bem já se notara no parecer aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação, cujo teor ratificamos, in verbis:

“A proposta de descontar os gastos de educação no pagamento de tributos incidentes sobre o patrimô-nio da pessoa jurídica incorre em inconstitucionali-dade, no que tange aos tributos atribuídos, no texto constitucional, à competência tributária plena dos Es-tados e do Distrito Federal – imposto de transmissão causa mortis e doação, imposto sobre a propriedade de veículos automotores – e do Distrito Federal e dos Municípios – imposto sobre a propriedade territorial urbana, imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis e direitos reais sobre bens imóveis – restando à competência federal somente o imposto territorial rural. Tecnicamente, o imposto de renda incide sobre o fluxo de capital (renda) e não sobre o estoque do mesmo (propriedade). Nesse caso, estaria excluído do desconto proposto.” (cf. parecer do Relator ANTÔNIO CAMBRAIA, às fls. 19/20).

Quanto aos demais aspectos de conteúdo, nada temos a objetar, parecendo-nos que os dois projetos e também o substitutivo da Comissão de Educação e Cultura são amparados pelo texto constitucional em vigor, em especial pelo princípio da valorização do trabalho humano, que tal como o da livre iniciativa, constitui um dos pilares da ordem econômica.

No que diz respeito aos aspectos de juridicida-de, há alguns problemas no Projeto de nº 2.954/97 que não se pode deixar de observar. Seu art. 2º peca pela falta de razoabilidade ao pretender permitir aqui-lo que não carece de autorização legal – o pagamen-to facultativo, pelas empresas, dos estudos de seus funcionários. O art. 3º, do mesmo modo, não faz sen-tido: obriga as empresas a pagarem os estudos de todos os funcionários, indiscriminadamente, depois de ter definido tal pagamento, no art. 2º, como uma faculdade e não uma obrigação. Quanto ao Projeto de nº 3.803/97, que diferentemente do primeiro, cria obrigação para as empresas, seu art. 2º, ao pretender estender a responsabilidade das empresas também a seus ex-empregados, mostra-se incongruente com o art. 1º, que restringe tal responsabilidade aos que estejam a serviço da empresa – portanto, apenas os empregados – há mais de três anos.

Do ponto de vista da juridicidade, assim, parece--nos que tais projetos só têm condições de aprovação na forma do substitutivo que lhes foi proposto pela Co-

missão de Educação e Cultura, que não padece dos mesmos problemas e apresenta-se, ademais, vaza-do em boa técnica legislativa e redação apurada – ao contrário dos textos originais dos projetos – carecendo apenas de uma ligeira correção para adequar-se aos ditames da Lei Complementar nº 95/98: a supressão do art. 3º, que encerra cláusula revogatória genérica, repelida pela Lei Complementar referida.

Ante todo o exposto, votamos pela constitucio-nalidade, juridicidade e boa técnica legislativa dos Projetos de Lei de nº 2.954, de 1997 e de nº 3.803, de 1997, nos termos do Substitutivo da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, com a emenda que propomos em anexo.

Sala da Comissão, 15 de julho de 2009. – Depu-tado Eduardo Cunha, Relator.

SUBSTITUTIVO DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA AOS PROJETOS DE

LEI DE Nº 2.954 , DE 1997 E 3.808. DE 1997

EMENDA Nº

Suprima-se o art. 3º do substitutivo.

Sala da Comissão, 15 de julho de 2009. – Deputado Eduardo Cunha, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-dania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei nº 2.954/1997 e do de nº 3.803/1997, apensado, nos termos do Substitutivo da Comissão de Educação e Cultura, com subemenda, de acordo com o Parecer do Relator, Deputado Eduardo Cunha.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: João Paulo Cunha – Presidente, Arthur Oliveira Maia e Cesar Colnago – Vice-Presidentes, Anthony Garoti-nho, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, Delegado Protógenes, Dr. Grilo, Edson Silva, Esperidião Amin, Fabio Trad, Jilmar Tatto, João Campos, José Mentor, Luiz Carlos, Luiz Couto, Marçal Filho, Maurício Quin-tella Lessa, Mauro Benevides, Mendes Ribeiro Filho, Mendonça Prado, Odair Cunha, Onyx Lorenzoni, Os-mar Serraglio, Paes Landim, Roberto Teixeira, Ronal-do Fonseca, Rubens Otoni, Valtenir Pereira, Vieira da Cunha, Alexandre Leite, Alfredo Sirkis, Gabriel Chalita, Gean Loureiro, Gonzaga Patriota, José Nunes, Naza-reno Fonteles, Nelson Marchezan Junior, Sandro Alex e Sérgio Barradas Carneiro.

Sala da Comissão, 21 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

34528 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

SUBEMENDA ADOTADA PELA CCJC AO SUBSTITUTIVO DA COMISSÃO DE

EDUCAÇÃO E CULTURA AO PROJETO DE LEI DE Nº 2.954 , DE 1997

(Apenso o Projeto de Lei nº 3.803, DE 1997)

Suprima-se o art. 3º do substitutivo.

Sala da Comissão, 21 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

PROJETO DE LEI N.º 6.868-C, DE 2002 (Do Poder Executivo)

MENSAGEM Nº 404/2002

AVISO Nº 450/02 – C. CIVIL

Altera o art. 5º do Decreto-Lei nº 79, de 19 de dezembro de 1966, que institui normas para a fixação de preços mínimos e execução das operações de financiamen-to e aquisição de produtos agropecuários e adota outras providências; tendo parece-res: da Comissão de Agricultura e Política Rural, pela aprovação (relator: DEP. CAR-LOS MELLES); da Comissão de Finanças e Tributação, pela adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação (relator: DEP. GONZAGA MOTA); e da Comis-são de Constituição e Justiça e de Cidada-nia, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com emenda (relator: DEP. FELIPE MAIA).

Despacho: Às Comissões De Agricultu-ra E Política Rural; Finanças E Tributação; E Constituição E Justiça E De Cidadania (Art. 54).

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação Do Parecer Da Comissão De Constitui-ção E Justiça E De Cidadania

I – Relatório

Trata-se de projeto de lei, oriundo do Poder Exe-cutivo, que pretende atualizar e simplificar os proce-dimentos previstos no art. 5º do Decreto-lei nº 79, de 1966.

Em suma, visa que os preços mínimos sejam fixados pelo Conselho Monetário Nacional, median-te proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, retirando da competência do Poder Executivo que exigia a fixação por Decreto do Poder Executivo.

A Exposição de Motivos Interministerial nº 06/MPA/MF, de 21 de fevereiro de 2002, que acompanha

a proposição em exame, esclarece que “a presente proposta justifica-se pelo fato de que, ao longo dos 35 anos de vigência do citado diploma legal, terem ocorrido inúmeras reorganizações administrativas no Poder Executivo, envolvendo Ministérios, empresas e autarquias, o que também implicou modificações nas competências institucionais e na forma de comuni-cação de atos e medidas de interesse dos cidadãos, mostrando-se agora inadequado e burocrático o ritual de aprovação e divulgação dos preços mínimos dos produtos agropecuários mediante decreto”.

Nesta Câmara dos Deputados, a proposição em apreço foi distribuída às Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Finanças e Tributação e Constituição e Justiça e de Cidadania.

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abasteci-mento e Desenvolvimento concluiu, unanimemente, por sua aprovação, nos termos do parecer do relator, Deputado Carlos Melles.

Por sua vez, a Comissão de Finanças e Tributa-ção, de igual modo, concluiu, unanimemente, por sua adequação financeira e orçamentária, e, no mérito, por sua aprovação, nos termos do parecer do relator, Deputado Gonzaga Mota.

Cabe, agora, a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania analisá-la quanto aos as-pectos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, a teor do que estabelece o art. 54, I, do Regimento interno.

A matéria está submetida ao regime prioritário de tramitação e sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões, nos termos do que dispõe o art. 24, II, também do Regimento Interno.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Sobre os aspectos pertinentes a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, constata-mos que o Projeto de Lei nº 6.868, de 2002, atende as normas constitucionais relativas à competência da União para legislar sobre a matéria e para dispor so-bre os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta (CF, art. 22, I, c/c o art. 18), à atribuição do Congresso Nacional, com posterior pro-nunciamento do Presidente da República (CF, art. 48, caput) e à legitimidade da iniciativa do Presidente da República (CF, art. 61, caput, e § 1º, II, “e” ).

Quanto à juridicidade, a proposição em comento está em conformidade com o direito, porquanto não vislumbramos qualquer conflito de ordem material en-tre o contido no seu texto e os princípios e regras do ordenamento jurídico vigente.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34529

Finalmente, no tocante à técnica legislativa, a pro-posição em exame não se apresenta de acordo com os preceitos da Lei Complementar nº 95, de 1998, al-terada pela Lei Complementar nº 107, de 2001, o que justifica a anexa emenda.

Pelas precedentes razões, manifestamos nosso voto pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 6.868, de 2002, com a emenda ora ofertada.

Sala da Comissão, 5 de março de 2008. – Deputado Felipe Maia, Relator.

EMENDA DE REDAÇÃO

Acrescentem-se, ao final da nova re-dação dada ao art. 5º do Decreto-lei nº 79, de 1966, pelo art. 1º do projeto, as iniciais “NR”, entre parênteses.

Sala da Comissão, 5 de março de 2008. – Deputado Felipe Maia, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-dania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda (apresentada pelo Relator), do Projeto de Lei nº 6.868-B/2002, nos termos do Parecer do Re-lator, Deputado Felipe Maia.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: João Paulo Cunha – Presidente, Arthur Oliveira

Maia e Cesar Colnago – Vice-Presidentes, Anthony Garotinho, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, De-legado Protógenes, Dr. Grilo, Edson Silva, Esperidião Amin, Fabio Trad, Jilmar Tatto, João Campos, José Mentor, Luiz Carlos, Luiz Couto, Marçal Filho, Maurí-cio Quintella Lessa, Mauro Benevides, Mendes Ribeiro Filho, Mendonça Prado, Odair Cunha, Onyx Lorenzoni, Osmar Serraglio, Paes Landim, Roberto Teixeira, Ro-naldo Fonseca, Rubens Otoni, Valtenir Pereira, Viei-ra da Cunha, Alexandre Leite, Alfredo Sirkis, Gabriel Chalita, Gean Loureiro, Gonzaga Patriota, José Nunes, Nazareno Fonteles, Nelson Marchezan Junior, Sandro Alex e Sérgio Barradas Carneiro.

Sala da Comissão, 21 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

PROJETO DE LEI N.º 6.882-A, DE 2010 (Do Sr. Eduardo Valverde)

Altera os artigos 1º e 2º da Lei nº 12.191 de 13 de janeiro de 2010 que trata da anistia aos policiais e bombeiros militares punidos por participar de movimentos reivindica-tórios; tendo pareceres: da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime

Organizado, pela aprovação deste, com substitutivo (relator: DEP. LAERTE BESSA); da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, ju-ridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, dos de nºs 7712/10, 1524/11, 1531/11, 1555/11 e 1602/11, apen-sados, e do Substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, com substitutivo (relator: DEP. MENDONÇA FILHO).

Novo Despacho: Às Comissões De Se-gurança Pública E Combate Ao Crime Organi-zado; Constituição E Justiça E De Cidadania (Mérito E Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24, II

Publicação Dos Pareceres Das Comissões De Se-gurança Pública E Combate Ao Crime Organizado; E De Constituição E Justiça E De Cidadania

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 6.882, de 2010, de iniciati-va do nobre Deputado Eduardo Valverde, propõe a alteração dos artigos 1º e 2º da Lei nº 12.191 de 13 de janeiro de 2010, que trata da anistia aos policiais e bombeiros militares punidos por participar de movi-mentos reivindicatórios.

Em sua justificação, o nobre Autor argumenta que “com a redemocratização, diversos segmentos de servidores públicos se organizaram, reivindicando melhores condições de trabalho e de salário, inclusi-ve os policiais e bombeiros militares”. Nesse contexto, afirma que “os baixos soldos percebidos, o aumento da criminalidade e o dissonante sistema policial bra-sileiro acarretam esgotamento, conflitos corporativos e o aumento dos acidentes de trabalho”.

Levanta, no entanto, que a anistia concedida aos militares estaduais “não seria mais meritória, se não esquecesse de ter incluído os policiais e bombeiros militares de Rondônia, que no período da lei, também participaram de movimentos reivindicatórios de re-percussão nacional, tendo seus lideres perseguidos politicamente”.

A proposição foi distribuída à Comissão de Segu-rança Pública e Combate ao Crime Organizado, Rela-ções Exteriores e de Defesa Nacional e Constituição e Justiça e de Cidadania nos termos em que dispõem

34530 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

os arts. 24, inciso I, e 54, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD).

A proposição é sujeita à apreciação do Plenário, motivo pelo qual não se abriu prazo para a apresenta-ção de emendas nesta Comissão.

É o relatório.

II – Voto do Relator

O Projeto de Lei no 6.882/2010 foi distribuído a esta Comissão por tratar de assunto atinente aos ór-gãos de segurança pública, nos termos em que dispõe a alínea “d”, do inciso XVI, do art. 32, do RICD.

Ao analisarmos a proposição, segundo o ponto de vista da segurança pública, não há como negar o seu mérito, pelo que cumprimentamos o nobre Autor pela ini-ciativa. Nossa análise é em tudo semelhante àquela que foi realizada por ocasião da apreciação do PL nº 3.337/08, que originou a Lei nº 12.191 de 13 de janeiro de 2010.

Na ocasião do debate da matéria nesta Comis-são, foi levantado que a proposta corrigia uma situ-ação constrangedora que ocorria no Estado do Rio Grande do Norte, onde 1.300 policiais estavam sendo processados por ordem do Governo Estadual. Consta que os movimentos reivindicatórios naquele Estado se deram em razão de um descumprimento, pelo Go-verno Estadual, do acordo de instituir Plano de Rees-truturação do Código de Vencimentos e Vantagens dos Militares Estaduais. Nesse cenário, os militares realizaram assembléias para discutirem como resol-ver a situação, durante as quais faltaram ao serviço. Fatos semelhantes ocorreram em outras unidades da federação, o que ensejou a ampliação da anistia para outros militares estaduais.

Apesar do caráter pacífico de todos os movimen-tos, diversos Governos Estaduais decidiram punir os militares por deserção, por outros crimes e também por transgressões disciplinares. Semelhantemente, os militares do Estado de Rondônia vêm sofrendo as mesmas injustas perseguições, sendo que, por oca-sião da aprovação da anistia eles não foram incluídos entre os que seriam anistiados. Portanto, concluo que a proposta pelo presente projeto é justa, uma vez que os policiais de Rondônia devem figurar entre os bene-ficiários desta anistia.

Além disso, percebemos que os policiais civis tam-bém foram deixados de fora, motivo pelo qual propomos substitutivo que engloba todos os casos que devem receber a anistia anteriormente apreciada e aprovada.

Diante do exposto, somos favoráveis à apro-vação do Projeto de Lei no 6.882/2010, na forma do substitutivo anexo.

Sala da Comissão, 2 de junho de 2010. – Deputado Laerte Bessa, Relator.

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI No 6.882, DE 2010

Altera os arts. 1º e 2º da Lei nº 12.191, de 13 de janeiro de 2010 que trata da anistia aos policiais e bombeiros militares puni-dos por participar de movimentos reivin-dicatórios.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Os arts. 1º e 2º, da Lei nº 12.191, de 13

de janeiro de 2010, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º Esta Lei concede anistia aos po-liciais civis, policiais e bombeiros militares da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pernambuco Rio Grande do Norte, Rondô-nia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins que foram punidos por participar de movimentos reivindicatórios.

Art. 2º É concedida anistia aos policiais civis, policiais e bombeiros militares da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pernam-buco Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins que foram punidos por participar de movimentos reivindicatórios por melhorias de vencimentos e de condições de trabalho ocorridos entre os dias 1º de ja-neiro de 1997 e o dia 14 de janeiro de 2010.

.....................................................” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 2 de junho de 2010. – Deputado Laerte Bessa, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em reunião ordinária realiza-da hoje, opinou pela aprovação, com substitutivo, do Projeto de Lei nº 6.882/2010, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Laerte Bessa, contra o voto do Deputado Paes de Lira.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Laerte Bessa – Presidente;Enio Bacci e Rubens

Otoni – Vice-Presidentes; Arnaldo Faria de Sá, Capitão Assumção, Domingos Dutra, Marina Maggessi, Paes de Lira, Pinto Itamaraty, Raul Jungmann, William Woo – titulares; Alexandre Silveira, Fernando Marroni, Gui-lherme Campos, João Campos,Major Fábio,Marcelo Melo e Neilton Mulim – suplentes.

Sala da Comissão, 9 de junho de 2010. – Deputado Laerte Bessa, Presidente.

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34531

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório

O Projeto de Lei, de autoria do Deputado Edu-ardo Valverde, visa a alterar os arts. 1º e 2º da Lei nº 12.191, de 13 de janeiro de 2010, que trata da anistia aos policiais e bombeiros militares punidos por parti-cipar de movimentos reivindicatórios, para inserir os policiais e bombeiros militares do Estado do Rondônia.

Em sua justificação, o nobre Autor argumenta que “com a redemocratização, diversos segmentos de servidores públicos se organizaram, reivindicando melhores condições de trabalho e de salário, inclusive os policiais e bombeiros militares”.

Ao projeto foram apensados os PLs 7.712/2010, 1.524/2011, 1.531/2011, 1.601/2011 e 1.555/2011, que por sua vez intentavam a inclusão dos Estados de Sergipe e Rio de Janeiro.

A proposição foi distribuída a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para analise de sua constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e também para apreciação de seu mérito, nos termos do art. 54 do Regimento Interno.

É o Relatório.

II – Voto do Relator

Quanto à constitucionalidade formal da maté-ria, verifica-se o atendimento às normas relativas à competência legislativa da União (art. 24, I), à atri-buição do Congresso Nacional, com posterior pro-nunciamento do Presidente da República (art. 48, I) e à legitimidade da iniciativa parlamentar concor-rente (art. 61, caput). Não se vislumbra, por outro lado, nenhuma afronta à legislação positiva ou ao sistema normativo vigente, sendo, pois, jurídica a proposição em exame.

No que concerne à técnica legislativa e à redação utilizadas, das proposições em exame constata-se que todas estão em conformidade com a Lei Complementar n.º 95, de 1998, e alterações posteriores.

Quanto ao mérito, as proposições são relevan-tes e merecem acolhida. Para tanto, sistematizo todas as proposições. Contemplando os Estados indicados, conforme o texto do substitutivo em apenso.

Ante o exposto, manifesto meu voto pela consti-tucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 6882, de 2010 e dos PLs 7712/2010, 1524/2011, 1531/2011, 1601/2011 e 1555/2011, nos termos do substitutivo em anexo.

Sala da Comissão, 30 de junho de 2011. – Deputado Mendonça Filho, Relator Substituto.

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 6.882, DE 2010

Altera os artigos 1º e 2º da Lei nº 12.191 de 13 de janeiro de 2010, que trata da anis-tia aos policiais e bombeiros militares pu-nidos por participar de movimentos reivin-dicatórios.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Os arts. 1º e 2º, da Lei nº 12.191, de 13

de janeiro de 2010, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º É concedida anistia aos policiais e bombeiros militares da Bahia, Ceará, Distri-to Federal, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Ron-dônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins que foram punidos por participar de movimentos reivindicatórios.

Art. 2º É concedida anistia aos policiais e bombeiros militares da Bahia, Ceará, Distri-to Federal, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Ron-dônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins que foram punidos por participar de movimentos reivindicatórios por melhorias de vencimentos e de condições de trabalho ocorridos entre o primeiro semestre de 1997 e a publicação desta lei.

.................................................... ” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 30 de junho de 2011. – Deputado Mendonça Filho, Relator Substituto.

III – Parecer Da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-dania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação do Projeto de Lei nº 6.882-A/2010, do Substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, e dos de nºs 7.712/2010, 1.524/2011, 1.531/2011, 1.555/2011 e 1.602/2011, apensados, com substitutivo, nos termos do Parecer do Relator substituto, Deputado Mendon-ça Filho.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: João Paulo Cunha – Presidente, Arthur Oliveira Maia e Vicente Candido – Vice-Presidentes, Alessandro Molon, Anthony Garotinho, Antonio Bulhões, Brizola

34532 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

Neto, Dr. Grilo, Edson Silva, Eduardo Cunha, Efraim Filho, Fábio Ramalho, Fabio Trad, Felipe Maia, Félix Mendonça Júnior, Jilmar Tatto, Jorginho Mello, Luiz Couto, Marçal Filho, Maurício Quintella Lessa, Mauro Benevides, Mendonça Filho, Mendonça Prado, Osmar Serraglio, Pastor Marco Feliciano , Ronaldo Fonse-ca, Sandra Rosado, Valtenir Pereira, Vilson Covatti, Alexandre Leite, Chico Lopes, Cida Borghetti, Daniel Almeida, Gabriel Chalita, Gonzaga Patriota, Leandro Vilela, Márcio Macêdo, Nazareno Fonteles, Pedro Uczai, Rebecca Garcia, Ricardo Tripoli, Sandro Alex e Sérgio Barradas Carneiro.

Sala da Comissão, 30 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA CCJC AO PROJETO DE LEI Nº 6.882-A, DE 2010

(Apensos os PLs 7.712/10, 1.524/10, 1.531/11, 1.555/11 e 1.602/11)

Altera os artigos 1º e 2º da Lei nº 12.191 de 13 de janeiro de 2010, que trata da anis-tia aos policiais e bombeiros militares pu-nidos por participar de movimentos reivin-dicatórios.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Os arts. 1º e 2º, da Lei nº 12.191, de 13

de janeiro de 2010, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º É concedida anistia aos policiais e bombeiros militares da Bahia, Ceará, Distri-to Federal, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Ron-dônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins que foram punidos por participar de movimentos reivindicatórios.

Art. 2º É concedida anistia aos policiais e bombeiros militares da Bahia, Ceará, Distri-to Federal, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Ron-dônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins que foram punidos por participar de movimentos reivindicatórios por melhorias de vencimentos e de condições de trabalho ocorridos entre o primeiro semestre de 1997 e a publicação desta lei.

.....................................................” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 30 de junho de 2011. – Deputado João Paulo Cunha, Presidente.

PROJETO DE LEI N.º 549-A, DE 2011 (Do Sr. Weliton Prado)

Dispõe sobre a criação do Selo Ver-de de controle e redução do esgotamento sanitário; tendo parecer da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Susten-tável, pela rejeição (relator: DEP. TONINHO PINHEIRO).

Despacho: Às Comissões De Meio Am-biente E Desenvolvimento Sustentável; De-senvolvimento Urbano; Finanças E Tributação (Art. 54 RICD) E Constituição E Justiça E De Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação Do Parecer Da Comissão De Meio Am-biente E Desenvolvimento Sustentável

I – Relatório

O Projeto de Lei nº 549, de 2011, de autoria do Deputado Weliton Prado, determina que todos os Esta-dos da Federação, cujo tratamento de esgoto sanitário seja feito por concessionárias de serviços de sanea-mento básico por Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), deverão integrar seus sistemas de controle e tratamento do esgoto sanitário das residências ao do sistema nacional, de forma a serem controlados pelo Governo Federal. Tal controle, conforme o art. 2º do projeto, deverá ser feito mediante a criação de banco de dados que armazenará as informações para mape-ar o controle e o tratamento do esgotamento sanitário dos municípios.

O art. 3º da proposição dispõe que os municípios que aumentarem o tratamento e o controle do siste-ma de rede de esgotamento sanitário receberão como benefício o Selo Verde de qualidade e eficiência pelo controle e tratamento do esgotamento sanitário, além de ampla divulgação do resultado pelos meios de co-municação de abrangência estadual e reconhecimento como Município amigo da natureza e da preservação do meio ambiente.

De acordo com o art. 4º, campanha de divulga-ção e redução será realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério das Cidades.

As despesas decorrentes das ações impostas no projeto deverão correr à conta de dotações orçamen-tárias, devendo o Poder Executivo regulamentá-las em noventa dias após a publicação da lei.

No prazo regimental, não foram apresentadas emendas à proposição.

De acordo com o inciso XIII do art. 32 do Regi-mento Interno da Câmara dos Deputados, deve ser

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34533

apresentado, no momento, parecer sobre o mérito desta Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimen-to Sustentável. Posteriormente, as Comissões de De-senvolvimento Urbano, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania deverão igual-mente analisá-la.

É o relatório.

II – Voto do Relator

O Projeto de Lei nº 549, de 2011, pretende me-lhorar os sistemas de controle e tratamento de esgo-tamento sanitário realizados pelos municípios. Para tanto, determina que, nas Unidades da Federação onde o tratamento de esgoto sanitário seja feito pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), os sistemas de controle e tratamento do esgoto sanitário das residên-cias deverão estar integrados ao do sistema nacional. A proposição institui também um selo verde que será concedido aos municípios que melhorarem a qualida-de e a eficiência do sistema de esgotamento sanitário.

É justa e pertinente a preocupação do ilustre Autor do projeto, Deputado Weliton Prado. Conforme dados de 2008, aproximadamente 65% da população urbana brasileira é servida por redes coletoras de esgotos sa-nitários, sendo que os maiores índices de atendimento estão concentrados na Região Sudeste. Dos esgotos coletados, cerca de 40% são tratados, ou seja, apenas 26% do total dos esgotos urbanos brasileiros recebem algum tipo de tratamento.

O lançamento dos esgotos sanitários sem qual-quer tratamento nos cursos de água e nas praias consti-tui-se no principal foco de poluição dos nossos recursos hídricos e é responsável pela prevalência de uma série de doenças em várias regiões brasileiras, como diar-réias infecciosas, hepatite e cólera, apropriadamente chamadas de “doenças da pobreza”. A contaminação da água traz igualmente prejuízos para a agricultura, a pecuária e para as atividades pesqueira e turística.

Entendemos que todas as formas de incentivos devem ser concedidas aos municípios, para que eles melhorem a eficiência de seus sistemas de esgota-mento sanitário. No entanto, lamentavelmente, não há como implementar a ideia contida na proposição em pauta. Ela parte do princípio que há um meio de inte-grar as redes de esgotamento sanitário dos municípios ao “do sistema nacional para o controle do governo”, o que é impossível.

No Brasil, não há um “sistema nacional” sob o controle da União. Conforme o estabelecido no inciso XX do art. 21 da Constituição, cabe à União apenas “instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos”. Atendendo a esse dispositivo constitucional,

a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, re-gulamentando, no limite das competências legislativas da União, o citado setor.

Mais adiante, no art. 30, incisos I e V, a Constitui-ção Federal afirma que compete aos Municípios prestar, diretamente ou mediante concessão ou permissão, os serviços de saneamento básico (serviços de interesse local). Essa competência inclui o estabelecimento, seja em legislações próprias, seja em cláusulas contidas nos contratos de delegação aos Estados, das condi-ções de prestação desses serviços.

É dessa forma que há, no País, seis modelos de organização dos serviços públicos urbanos de água e esgotos. Dependendo da forma jurídica e da abran-gência territorial do prestador, esses serviços são re-alizados por empresas estatais estaduais de sanea-mento, autarquia estadual de saneamento, consórcios municipais ou serviços integrados municipais de água e esgotos, serviços municipais de água e esgotos (na forma de departamentos ou autarquias), empresas estatais municipais de saneamento e empresas con-cessionárias privadas de serviços de água e esgotos.

De qualquer forma, os serviços públicos de água e esgoto não são realizados nem controlados pela União, em decorrência das limitações constitucionais (invasão de competência legislativa municipal). A pre-ocupação com a qualidade dos esgotos lançados no ambiente e as formas de melhorar o funcionamento do sistema de tratamento desses esgotos devem ser de iniciativa municipal, não cabendo a União interferên-cia na organização desses serviços. Não há portanto como implementar o contido na proposição sob análise.

Pelo exposto, votamos pela rejeição do Projeto de Lei nº 549, de 2011, quanto ao mérito desta Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Sala da Comissão, 15 de junho de 2011. – Deputado Toninho Pinheiro, Relator.

III – Parecer Da Comissão

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em reunião ordinária realizada hoje, rejeitou unanimemente o Projeto de Lei nº 549/2011, nos ter-mos do Parecer do Relator, Deputado Toninho Pinheiro.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Giovani Cherini – Presidente, Oziel Oliveira, Claudio Cajado e Penna – Vice-Presidentes, Augusto Carvalho, Irajá Abreu, Jorge Pinheiro, Leonardo Monteiro, Márcio Macêdo, Marina Santanna, Nelson Marchezan Junior, Rebecca Garcia, Ricardo Tripoli, Toninho Pinheiro e Valdir Colatto, Titulares.

Sala da Comissão, 29 de junho de 2011. – Deputado Giovani Cherini, Presidente.

34534 Sexta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2011

COMISSÕES

ATAS

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

54ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

ATA DA TRIGÉSIMA QUINTA REUNIÃO OR-DINÁRIA REALIZADA EM 29 DE JUNHO DE 2011

Às dez horas e trinta e nove minutos do dia vinte e nove de junho de dois mil e onze, reuniu-se a Co-missão de Constituição e Justiça e de Cidadania, no Anexo II, Plenário 01 da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados João Paulo Cunha – Presidente; Arthur Oliveira Maia, Vicente Candido e Cesar Colnago – Vice-Presidentes; Alessandro Molon, Anthony Garotinho, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, Bonifácio de Andrada, Brizola Neto, Carlos Bezer-ra, Danilo Forte, Dr. Grilo, Edson Silva, Eduardo Cunha, Esperidião Amin, Evandro Milhomen, Fábio Ramalho, Fabio Trad, Felipe Maia, Félix Mendonça Júnior, Hen-rique Oliveira, Jilmar Tatto, João Campos, João Paulo Lima, Jorginho Mello, Jutahy Junior, Luiz Carlos, Luiz Couto, Marçal Filho, Marcos Medrado, Mauro Benevi-des, Mendonça Prado, Nelson Pellegrino, Odair Cunha, Onyx Lorenzoni, Osmar Serraglio, Pastor Marco Feli-ciano , Paulo Maluf, Ricardo Berzoini, Roberto Freire, Roberto Teixeira, Ronaldo Fonseca, Sandra Rosado, Solange Almeida, Valtenir Pereira, Vicente Arruda e Wilson Filho – Titulares; Alexandre Leite, Alfredo Sirkis, Arolde de Oliveira, Assis Carvalho, Bruna Furlan, Dé-cio Lima, Dilceu Sperafico, Francisco Escórcio, Gabriel Chalita, Gean Loureiro, Gonzaga Patriota, Gorete Pe-reira, Hugo Leal, José Carlos Araújo, Leandro Vilela, Márcio Macêdo, Nelson Marchezan Junior, Nilton Ca-pixaba, Pedro Uczai, Rebecca Garcia, Ricardo Tripoli, Sandro Alex e Sérgio Barradas Carneiro – Suplentes.Deixaram de comparecer os Deputados Almeida Lima, André Dias, Delegado Protógenes, Dimas Fabiano, Efraim Filho, José Mentor, Maurício Quintella Lessa, Mendes Ribeiro Filho, Mendonça Filho, Paes Landim, Rubens Otoni, Vieira da Cunha e Vilson Covatti. O Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação as Atas da trigésima terceira reunião or-dinária, realizada em vinte e um de junho, e da trigé-sima quarta reunião de Audiência Pública, realizada em vinte e oito de junho. O Deputado Marçal Filho requereu dispensa da leitura das Atas. Em votação, as Atas foram aprovadas. EXPEDIENTE: 1 – Ofício do Senhor Deputado Hugo Leal justificando ausência nas reuniões realizadas entre os dais vinte e um e vin-te e quatro de junho, em razão de missão oficial no

exterior; 2 – Ofício da Senhora Deputada Cida Bor-ghetti justificando ausência nas reuniões dos dias vin-te e um e vinte e dois de junho, em razão de partici-pação em missão oficial no Estado do Paraná; 3 – Ofí-cio do Senhor Deputado Roberto Freire justificando ausência na reunião do dia vinte e um de junho, em razão de compromissos políticos partidários; 4 – Ofício do Senhor Deputado Paulo Maluf justificando ausência na reunião do dia dezesseis de junho, em razão de compromisso político no Estado de São Paulo; 5 – Ofí-cio do Senhor Deputado Moreira Mendes justificando ausência nas reuniões realizadas entre os dias vinte e vinte e dois de junho, em razão de licença para tra-tamento da saúde; 6 – Ofício do Senhor Deputado Paes Landim justificando ausência nas reuniões rea-lizadas entre os dias vinte e sete de junho e primeiro de julho em razão de missão oficial na Itália. ORDEM DO DIA: Os Deputados Luiz Carlos, Bonifácio de An-drada e Luiz Couto requereram inversão de pauta para apreciação dos itens cinco, oito e quatro, respectiva-mente. Foram os requerimentos aprovados pelo ple-nário da Comissão. 1 – PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 498/10 – do Sr. Francisco Pracia-no – que “acrescenta § 6º ao art. 129 da Constituição Federal”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS. PA-RECER: pela admissibilidade. Lido o Parecer, foi con-cedida vista ao Deputado Marçal Filho. 2 – PROJETO DE LEI Nº 6.707/06 – do Senado Federal – Marcelo Crivella – (PLS 420/2003) – que “altera o art. 15 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, que “Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos Agentes Públicos nos Ca-sos de Enriquecimento Ilícito no Exercício de Manda-to, Cargo, Emprego ou Função na Administração Pú-blica Direta, Indireta ou Fundacional e dá outras pro-vidências”, estabelecendo prazo e sanção em virtude da comunicação de instauração de processo adminis-trativo, e dá outras providências”. RELATOR: Deputa-do BONIFÁCIO DE ANDRADA. PARECER: pela cons-titucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, nos termos do Substi-tutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, com subemenda. O Presidente infor-mou que havia sobre a Mesa requerimento de retirada de pauta da matéria, de autoria do Deputado Luiz Couto, que encaminhou favoravelmente. Em votação, foi aprovado o requerimento. 3 – PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 192/07 – do Sr. Pra-ciano – que “acrescenta o inciso XVI ao art. 93 da Constituição Federal”. RELATOR: Deputado MENDES RIBEIRO FILHO. PARECER: pela admissibilidade. Lido o Parecer pelo Deputado Alessandro Molon, não houve oradores inscritos para a discussão. Em vota-ção, foi aprovado o Parecer. 4 – PROJETO DE LEI Nº

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6.422/05 – do Senado Federal – Jefferson Peres – (PLS 28/2005) – que “altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para incluir os agentes políticos no § 2º do art. 327, para que tenham a pena aumentada de um terço, quando praticarem crimes contra a Administração Pública e dá outras providências”. (Apensado: PL 6386/2005) RELATOR: Deputado BRIZOLA NETO. PARECER: pela constitu-cionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mé-rito, pela aprovação deste e do PL 6386/2005, apen-sado, nos termos do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Lido o Parecer, foi concedida vista conjunta aos Deputados Bonifácio de Andrada, Francisco Escórcio e Luiz Cou-to. 5 – PROJETO DE LEI Nº 947/07 – da Comissão de Legislação Participativa – (SUG 115/2005) – que “altera o Decreto-Lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967, adequando-o à Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção”. RELATOR: Deputado ESPERI-DIÃO AMIN. PARECER: pela inconstitucionalidade, injuridicidade, má técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição. O Relator solicitou a retirada de pauta da matéria para reexame. O Presidente deferiu. Usou da palavra o Deputado Esperidião Amin como relator. 6 – PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 556/97 – do Sr. Roberto Pessoa – que “altera o § 2º do art. 73, da Constituição Federal, para determinar que os Ministros do Tribunal de Contas da União se-jam escolhidos exclusivamente pelo Congresso Na-cional”. (Apensados: PEC 123/1999 (Apensado: PEC 427/2005), PEC 209/2003 (Apensados: PEC 222/2003 e PEC 531/2006), PEC 229/2004 e PEC 316/2008) RELATOR: Deputado EDUARDO CUNHA. PARECER: pela admissibilidade desta, da PEC 427/2005, da PEC 123/1999, da PEC 209/2003, da PEC 229/2004, da PEC 316/2008, da PEC 222/2003 e da PEC 531/2006, apensadas. Lido o Parecer pelo Deputado Ricardo Berzoini, não houve oradores inscritos para a discus-são. Em votação, foi aprovado o Parecer. 7 – PROJE-TO DE LEI Nº 7.012/10 – da Sra. Sueli Vidigal – que “dispõe sobre a proibição do exercício de funções e cargos públicos, bem como, de direção partidária, por ocupantes de cargos eletivos, que tenham contra si condenação penal ou civil”. (Apensado: PL 1412/2011) RELATOR: Deputado JUTAHY JUNIOR. PARECER: pela inconstitucionalidade deste e do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação do PL 1412/2011, apensado, com emenda. O Presidente informou que havia sobre a Mesa requerimento de re-tirada de pauta da matéria, de autoria do Deputado Nelson Marchezan Junior, que encaminhou favoravel-

mente. Em votação, foi aprovado o requerimento. 8 – PROJETO DE LEI Nº 1.489/99 – do Sr. Paes Landim – que “regulamenta o § 2º do art. 74 da Constituição Federal”. RELATOR: Deputado JUTAHY JUNIOR. PARECER: pela inconstitucionalidade e injuridicidade. O Presidente informou que havia sobre a Mesa reque-rimento de retirada de pauta da matéria, de autoria do Deputado Esperidião Amin. Em votação, foi aprovado o requerimento. 9 – PROJETO DE LEI Nº 3.244/00 – do Sr. Osmar Serraglio – que “dá nova redação ao in-ciso VIII e ao § 7º do art. 73 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, que “estabelece normas para as eleições””. RELATOR: Deputado MENDES RIBEIRO FILHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridici-dade e técnica legislativa, com emenda, e, no mérito, pela aprovação. Lido o Parecer pelo Deputado Fabio Trad, foi concedida vista ao Deputado Bonifácio de Andrada. 10 – PROJETO DE LEI Nº 113/03 – do Sr. Luciano Castro – que “dispõe sobre o repatriamento de recursos depositados no exterior”. (Apensado: PL 5228/2005) RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ. PARECER: pela constitucionalidade, juridici-dade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, das Emendas da Comissão de Finanças e Tri-butação, das Emendas apresentadas nesta Comissão e do PL 5228/2005, apensado, com substitutivo. O Presidente informou que havia sobre a Mesa requeri-mento de retirada de pauta da matéria, de autoria do Deputado Ricardo Berzoini, que encaminhou favora-velmente. Em votação, foi aprovado o requerimento. 11 – PROJETO DE LEI Nº 4.502/04 – da Sra. Perpétua Almeida – que “acrescenta inciso ao art. 10 da Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992, para caracterizar como ato de improbidade administrativa a concessão de be-nefícios de programas sociais governamentais em desacordo com os critérios fixados em lei”. RELATOR: Deputado VIEIRA DA CUNHA. PARECER: pela cons-titucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Lido o Parecer pelo Deputado Osmar Serraglio, não houve oradores inscritos para a discussão. Em votação, foi aprovado o Parecer. O Deputado Bonifácio de Andra-da sugeriu correção na numeração de inciso do pro-jeto. O Presidente informou ao plenário da Comissão o recebimento de Recurso da Deputada Jaqueline Roriz contra decisão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. O Deputado Luiz Couto parabenizou o Presidente e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, através da Deputada Manuela D’ávila, pela realização da Audiência Pública sobre Violência e Impunidade no Campo. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reu-nião às onze horas e vinte e cinco minutos, antes con-vocando reunião ordinária para a próxima quinta-feira,

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trinta de junho, às dez horas, para apreciar os itens da pauta já divulgada. E, para constar, eu, Rejane Salete Marques, lavrei a presente Ata, que, por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado João Paulo Cunha, , e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

54ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

ATA DA 14ª REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZA-DA EM 15 DE JUNHO DE 2011.

Às dez horas e trinta e oito minutos do dia quin-ze de junho de dois mil e onze, reuniu-se a Comissão de Finanças e Tributação, no Plenário Deputado Mus-sa Demes (Plenário nº 4) do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a presidência do Deputado Cláudio Puty, Presidente; e com a presença dos Senhores De-putados Luciano Moreira, 1º Vice-Presidente; Aelton Freitas, Aguinaldo Ribeiro, Alexandre Leite, Andre Vargas, Assis Carvalho, Audifax, Carmen Zanotto, Fernando Coelho Filho, Jean Wyllys, João Dado, Jor-ge Corte Real, José Guimarães, José Humberto, José Priante, Júlio Cesar, Júnior Coimbra, Lucio Vieira Lima, Márcio Reinaldo Moreira, Maurício Trindade, Pauder-ney Avelino, Pedro Eugênio, Pepe Vargas, Rodrigo Maia, Rui Costa, Rui Palmeira, Valmir Assunção e Vaz de Lima (Titulares); André Figueiredo, Celso Maldaner, Jairo Ataíde, João Bittar, João Maia, José Stédile, Lelo Coimbra, Marcelo Aguiar, Mauro Nazif, Policarpo, Re-ginaldo Lopes, Reinhold Stephanes, Ricardo Berzoini, Ricardo Quirino e Valdivino de Oliveira (Suplentes). Compareceram também os Deputados Guilherme Campos e Leonardo Quintão, como não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Alfredo Kae-fer, Edmar Arruda e Jerônimo Goergen. Os Deputados Lucio Vieira Lima e Jerônimo Goergen justificaram ausência nas seguintes reuniões: Reunião Ordinária Deliberativa e Reunião Extraordinária Deliberativa, realizadas no dia oito de junho de 2011, em razão de compromissos político-partidários. ABERTURA: Ha-vendo número regimental, o Presidente declarou aber-tos os trabalhos e informou que conforme acordado com representantes dos partidos em reunião ocorrida anteriormente, na Sala da Presidência desta Comis-são, serão apreciadas em primeiro lugar as matérias que tiverem consenso. A seguir, colocou em aprecia-ção a ata da 13ª Reunião Extraordinária Deliberativa, realizada em 08 de junho de 2011. Em seguida, por solicitação do Deputado Pepe Vargas foi dispensada a leitura da ata, e, não havendo quem quisesse discu-ti-la, para possíveis retificações, foi aprovada, unani-memente, a ata da 13ª Reunião Extraordinária Delibe-

rativa. EXPEDIENTE: O Presidente informou aos se-nhores membros as designações efetuadas em 09 de junho de 2011: ao Deputado Alexandre Leite, o PL nº 531/11; ao Deputado Amauri Teixeira, o PL nº 6.531/09 e o PL nº 1.227/11; à Deputada Carmen Zanotto, o PL nº 1.314/11; ao Deputado Cláudio Puty, o PL nº 6.229/05; ao Deputado Edmar Arruda, o PL nº 3.436/04 e o PL nº 1.323/11; ao Deputado Fernando Coelho Filho, o PL nº 6.990/10; ao Deputado Jerônimo Goer-gen, o PL nº 3.312/08; ao Deputado Jorge Corte Real, o PL nº 1.032/11; ao Deputado José Guimarães, o PLP nº 385/08; ao Deputado Júnior Coimbra, o PDC nº 221/11; ao Deputado Paulo Maluf, o PL nº 726/07; ao Deputado Policarpo, o PL nº 1.415/11; ao Deputado Reginaldo Lopes, o PL nº 1.426/11; ao Deputado Val-mir Assunção, o PLP nº 1/11 e o PL nº 1.398/11; e ao Deputado Vaz de Lima, o PL nº 1.296/11. Em 13 de junho de 2011: ao Deputado Cláudio Puty, o PLP nº 591/10. ORDEM DO DIA: A seguir, iniciou-se a apre-ciação da pauta. Bloco I: Projetos pela incompati-bilidade e/ou inadequação financeira e orçamen-tária – Projetos Autorizativos: O Presidente informou que conforme consenso na reunião anterior, os Proje-tos Autorizativos do Bloco I seriam todos votados em bloco, todavia, informou que havia três requerimentos para retirada de pauta dos seguintes itens: 21) PRO-JETO DE LEI Nº 6.174-A/05 – do Sr. Geraldo Resen-de – que “autoriza o Poder Executivo a instituir a Fun-dação Universidade Federal do Pantanal, por desmem-bramento da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul”. RELATOR: Deputado ASSIS CARVA-LHO. 25) PROJETO DE LEI Nº 4.702-B/09 – do Se-nado Federal (PLS nº 440/07) – que “dispõe sobre a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Várzea Grande, no Estado do Mato Grosso”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊ-NIO. 29) PROJETO DE LEI Nº 2.830-A/08 – do Sr. Celso Maldaner – que “dispõe sobre a criação de Áre-as de Livre Comércio em municípios de fronteira e dá outras providências”. (Apensado: PL nº 3.676/08). RELATOR: Deputado JOÃO DADO. A seguir, o Pre-sidente indagou os Deputados Rui Palmeira, Jairo Ataíde e Lucio Vieira Lima se manteriam os requeri-mentos de retirada de pauta, ao que responderam sim. Como não havia consenso acerca desses itens, o Pre-sidente informou que, num primeiro momento, os itens 21, 25 e 29 seriam retirados do bloco, ficando a deli-beração sobre os requerimentos de retirada de pauta para o momento da votação do respectivo item da pauta. Dessa forma, passou-se a votação dos demais itens do bloco. 07) PROJETO DE LEI Nº 5.157-A/09 – do Senado Federal (PLS nº 603/07) – que “autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do

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Norte do Mato Grosso (UFENORTE), com sede no Município de Sinop, no Estado do Mato Grosso”. RE-LATOR: Deputado RUI PALMEIRA. 08) PROJETO DE LEI Nº 6.534-A/09 – do Senado Federal (PLS nº 381/09) – que “autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Instituto Federal) da Paraíba, no Município de Piancó”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. 09) PRO-JETO DE LEI Nº 6.074-A/05 – do Senado Federal (PLS nº 154/05) – que “autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal da Campanha (UFCAMP)”. RE-LATOR: Deputado ASSIS CARVALHO. 10) PROJETO DE LEI Nº 4.105-A/08 – do Senado Federal (PLS nº 647/07) – que “autoriza a criação do Centro Federal de Educação Tecnológica de Manacapuru, com sede no Município de Manacapuru, no Estado do Amazo-nas”. RELATOR: Deputado JOSÉ GUIMARÃES. 11) PROJETO DE LEI Nº 5.653-A/09 – do Senado Fede-ral (PLS nº 415/08) – que “autoriza o Poder Executivo a criar campus, no Município de Ibaiti, no Estado do Paraná, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Instituto Federal) do Paraná”. RELATOR: Deputado ASSIS CARVALHO. 13) PROJETO DE LEI Nº 2.723-A/07 – do Senado Federal (PLS nº 450/07) – que “autoriza o Poder Executivo a criar a Universi-dade Federal da Cidade de Goiás – GO, por desmem-bramento da Universidade Federal de Goiás”. EXPLI-CAÇÃO DA EMENTA: denomina Campus Cora Cora-lina. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. 14) PROJETO DE LEI Nº 3.538-A/08 – do Senado Fede-ral (PLS nº 528/07) – que “autoriza a criação da Uni-versidade Federal Rural do Vale do Guaporé – UFRVG, com sede no Município de São Miguel do Guaporé, no Estado de Rondônia”. (Apensado: PL nº 2.188/07). RELATOR: Deputado JOSÉ GUIMARÃES. 15) PRO-JETO DE LEI Nº 5.741-A/09 – do Senado Federal (PLS nº 447/08) – que “autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal do Paraná, no Município de Nova Tebas, no Estado do Paraná”. RELATORA: Deputada CARMEM ZANOTTO. 16) PROJETO DE LEI Nº 5.742-A/09 – do Senado Federal (PLS nº 448/08) – que “autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná, no Município de Rio Negro, no Estado do Paraná”. RELATOR: Deputado JOSÉ GUIMARÃES. 20) PROJETO DE LEI Nº 6.130-A/09 – do Sr. Felipe Maia – que “autoriza a criação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Zona Oeste da cidade de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte”. RELATOR: Deputado RUI COSTA. 22) PROJETO DE LEI Nº 4.783-A/09 – da Sra. Gorete Pereira – que “au-toriza o Poder Executivo a criar campus avançado da Universidade Federal do Ceará (UFC) no município de

Canindé – CE”. RELATORA: Deputada CARMEM ZA-NOTTO. 23) PROJETO DE LEI Nº 4.714-B/09 – do Senado Federal (PLS nº 554/07) – que “dispõe sobre a criação de Zona de Exportação (ZPE) no Município de Paragominas, no Estado Pará”. RELATOR: Depu-tado PEPE VARGAS. 24) PROJETO DE LEI Nº 4.726-A/09 – do Senado Federal (PLS nº 245/08) – que “dis-põe sobre a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. 26) PROJETO DE LEI Nº 4.705-B/09 – do Senado Federal (PLS nº 458/07) – que “dispõe sobre a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Tabatinga no Estado do Ama-zonas”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. 33) PROJETO DE LEI Nº 5.717-B/05 – do Sr. Nelson Pel-legrino – que “autoriza o Poder Executivo a instituir a Universidade Federal da Serra Geral da Bahia, no Estado da Bahia, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. Em votação os pareceres dos itens 07, 08, 09, 10, 11, 13, 14, 15, 16, 20, 22, 23, 24, 26 e 33, foram aprovados, unanimemente, os pareceres. Os Deputados Rui Palmeira, Jairo Ata-íde e Lucio Vieira Lima solicitaram a retirada do bloco para discussão em separado dos itens 21, 25 e 29. Bloco II: Projetos pela incompatibilidade e/ou ina-dequação financeira e orçamentária: 18) PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 532/09 – do Sr. Manoel Junior – que “altera a redação do inciso I do § 1º do art. 31 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: possibilita a rea-lização de operações de crédito internas ou externas, inclusive por antecipação da receita, destinadas ao financiamento de programas e projetos de saneamen-to básico. RELATOR: Deputado PAUDERNEY AVE-LINO. 28) PROJETO DE LEI Nº 2.835-A/08 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “acrescenta § 4º ao art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para permitir que a dona de casa recolha contribuição pre-videnciária desde a data do casamento”. RELATOR: Deputado RICARDO BERZOINI. 32) PROJETO DE LEI Nº 3.587-A/97 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “assegura a trabalhadores, aposentados e pensionis-tas da Previdência Social tratamento dentário às ex-pensas do Sistema Único de Saúde – SUS”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO. 34) PROJETO DE LEI Nº 5.938/01 – do Sr. João Herrmann Neto – que “reduz penalidade pela falta de apresentação de declaração do imposto de renda, concede dispensa do pagamen-to de multas pela não-entrega da declaração de ren-dimentos de empresas inativas e dá outras providên-cias”. (Apensados: PL’s nºs 51/03, 174/03, 668/03, 764/03, 989/03, 1.085/03, 1.143/03, 2.616/03, 6.185/05,

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7.389/06, 1.374/07, 2.837/08, 4.453/08, 5.398/09 e 7.503/10). RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. 35) PROJETO DE LEI Nº 2.636-A/03 – do Sr. Clóvis Fe-cury – que “considera despesas operacionais dedutí-veis, na apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido das pes-soas jurídicas, as contribuições não compulsórias des-tinadas a custear até cem por cento dos estudos dos seus empregados e dependentes diretos”. (Apensados: PL’s nºs 4.785/05 e 6.227/05). RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. 36) PROJETO DE LEI Nº 7.530-B/06 – do Sr. Sandro Mabel – que “cria o Programa Nacio-nal de Incentivo ao Emprego de Egressos do Sistema Penitenciário – PROESP e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. 38) PROJETO DE LEI Nº 5.002/09 – do Sr. José Aníbal e outros – que “autoriza a União a suplementar as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, de que tratam os incisos I e II do art. 159, da Constituição Federal e dá outras providências”. (Apensado: PL nº 5.590/09). EXPLICAÇÃO DA EMENTA: autoriza a suplementação dos repasses constitucionais do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) devido à queda da arrecadação do imposto de renda e IPI. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. Em votação o parecer do item 32, foi aprovado, unanimemente, o parecer. Conforme acordo e por não haver consenso, os itens 18, 28, 34, 35, 36 e 38 foram retirados do bloco para discussão em separado. Bloco III: Projetos pela não implica-ção da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pro-nunciamento quanto à adequação financeira e or-çamentária e, no mérito, pela rejeição: 27) PROJE-TO DE LEI Nº 1.204-A/03 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “aplica à empresa Itaipu Binacional do Brasil a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras pro-vidências”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: aplica a Lei de Licitação à Itaipu. RELATOR: Deputado RICARDO BERZOINI. 30) PROJETO DE LEI Nº 880-A/03 – do Sr. Eduardo Cunha – que “dispõe sobre as compras de remédios e equipamentos de saúde pela União”. RELATOR: Deputado JOSÉ GUIMARÃES. Conforme acordado, os itens 27 e 30 foram retirados do bloco para discussão em separado. Desfeito o bloco. Bloco IV: Projetos pela compatibilidade e/ou adequação financeira e orçamentária: 02) PROJETO DE DE-CRETO LEGISLATIVO Nº 1.653/09 – da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (MSG nº 750/08) – que “aprova o texto da Resolução nº 1.105, de 30 de novembro de 2004, que aprovou o ingresso da República Federativa do Brasil na Organização In-ternacional para as Migrações (OIM), bem como o

texto da Constituição dessa organização internacional”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. 04) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.644/10 – da Co-missão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (MSC nº 72/10) – que “aprova o texto do acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Go-verno da República da Índia sobre Assistência Mútua em Matéria Aduaneira, celebrado em Nova Delhi, em 4 de maio de 2007”. RELATORA: Deputada CARMEM ZANOTTO. 05) PROJETO DE DECRETO LEGISLA-TIVO Nº 3.032/10 – da Comissão de Relações Exte-riores e de Defesa Nacional (MSC nº 309/10) – que “aprova o Texto do Protocolo Adicional ao Acordo de Parceira e Cooperação entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Fran-cesa com vistas à criação de um Centro de Coopera-ção Policial, celebrado em Brasília, em 7 de setembro de 2009”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. 17) PROJETO DE LEI Nº 6.721/10 – do Ministério Público da União (MSC PGR 1/10) – que “transforma cargos de Promotor de Justiça Adjunto em cargos de Procu-rador de Justiça e de Promotor de Justiça, no âmbito do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. 37) PROJETO DE LEI Nº 842-A/07 – do Sr. Lúcio Vale – que “dispõe sobre a Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária para Autorização de Funcionamento e Alteração da Autorização de Funcionamento de Farmácias e Dro-garias”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: reduz o valor da taxa de autorização de funcionamento de farmácias e drogarias enquadradas como microempresas ou em-presas de pequeno porte. RELATOR: Deputado JOÃO DADO. Em votação os pareceres dos itens 02, 04 e 17, foram aprovados, unanimemente, os parece-res. Conforme acordo, foram retirados do bloco, para discussão em separado, os itens 05 e 37. Encerradas as votações em bloco, o Presidente anunciou os itens remanescentes na pauta: itens 1, 3, 5, 6, 12, 18, 19, 21, 25, 27, 28, 29, 30, 31, 34, 35, 36, 37, 38 e 39. 01) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.841/10 – da Representação Brasileira no Parlamento do Mer-cosul (MSG nº 111/10) – que “aprova o Regulamento do Fundo de Agricultura Familiar do Mercosul (FAF Mercosul), adotado pela Decisão CMC Nº 06/09, apro-vada durante a XXXVII Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum (CMC), em Assunção, em 23 de julho de 2009”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊ-NIO. PARECER: pela compatibilidade financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação. Não ha-vendo quem quisesse discutir passou-se a votação da matéria. Em votação, aprovado, unanimemente, o parecer do item 01. Logo após, o Presidente passou a apreciação dos itens 06 e 12 tendo em vista que ha-

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via consenso para a votação destes projetos. 06) PRO-JETO DE LEI Nº 6.824/06 – do Senado Federal (PLS nº 173/04) – que “acrescenta o art. 31-A à Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 – Estatuto do Idoso, para isentar do pagamento de taxas bancárias as contas mantidas em instituições financeiras públicas ou pri-vadas por cidadãos que se encontrem nas condições que especifica”. (Apensados: PL’s nºs 1.865/96, 2.326/96, 1.186/03, 2.046/03, 2.379/03, 3.171/04, 3.704/04, 4.687/04, 5.414/05, 551/07, 1.616/07, 2.303/07 e 7.346/10). EXPLICAÇÃO DA EMENTA: concede isenção de tarifas bancárias aos idosos maio-res de 60 (sessenta) anos que recebam proventos de um salário mínimo, e para os maiores de 70 (setenta) anos, qualquer que seja o valor da aposentadoria. RE-LATOR SUBSTITUTO: Deputado LUCIANO MOREI-RA. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa pú-blicas, não cabendo pronunciamento quanto à ade-quação financeira e orçamentária do PL nº 6.824/06 e dos PL’s nºs 1.865/96, 2.326/96, 1.186/03, 2.046/03, 2.379/03, 3.171/04, 3.704/04, 4.687/04, 5.414/05, 551/07, 1.616/07, 2.303/07 e 7.346/10, apensados; e, no mérito, pela aprovação do PL nº 6.824/06, com emenda, e pela rejeição dos PL’s nºs 1.865/96, 2.326/96, 1.186/03, 2.046/03, 2.379/03, 3.171/04, 3.704/04, 4.687/04, 5.414/05, 551/07, 1.616/07, 2.303/07 e 7.346/10, apensados. Discutiu a matéria o Deputado Pauderney Avelino. Em votação, aprovado, o parecer do item 06, contra os votos dos Deputa-dos Jean Wyllys e Audifax. Os Deputados Jean Wyllys e Aelton Freitas apresentaram voto em sepa-rado. 12) SUBSTITUTIVO DO SENADO FEDERAL AO PROJETO DE LEI Nº 4.801-C/01 – do Poder Exe-cutivo (MSC nº 506/01) – que “dispõe sobre a aplicação das regras de origem previstas no Acordo sobre Regras de Origem do GATT 1994, e dá outras providências”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: exige a apresentação de certificado de origem, incluindo a importação de pro-duto objeto de aplicação de direitos antidumping ou compensatórios. RELATOR: Deputado PEPE VAR-GAS. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa pú-blicas, não cabendo pronunciamento quanto à ade-quação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação. Não havendo que quisesse discutir a ma-téria, passou-se a votação. Em votação o parecer do item 12, foi aprovado, unanimemente, o parecer. O Presidente informou que voltaria a apreciação das matérias não consensuais. 03) PROJETO DE DECRE-TO LEGISLATIVO Nº 2.547/10 – da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (MSC nº 901/09) – que “aprova o texto do Convênio Constituti-

vo do Fundo Multilateral de Investimentos II (FUMIN II), assinado na cidade de Okinawa, no Japão, em 9 de abril de 2005”. RELATORA: Deputada CARMEN ZANOTTO. PARECER: pela adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação. Retirado de pauta por solicitação da Relatora. 05) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 3.032/10 – da Co-missão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (MSC nº 309/10) – que “aprova o Texto do Protocolo Adicional ao Acordo de Parceira e Cooperação entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Go-verno da República Francesa com vistas à criação de um Centro de Cooperação Policial, celebrado em Bra-sília, em 7 de setembro de 2009”. RELATOR: Depu-tado PEPE VARGAS. PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária. O Presidente anunciou que havia sobre a mesa: REQUERIMENTO – dos Srs. Jairo Ataíde e Rui Palmeira, para que seja retirado de pauta o item 05, PDC nº 3.032/10. O De-putado Pepe Vargas encaminhou contra o requerimen-to, apelando aos autores do requerimento para que o mesmo fosse retirado de tramitação. Encaminhou fa-voravelmente ao requerimento o Deputado Pauderney Avelino. Os Deputados João Dado e Rui Costa também encaminharam contrariamente ao requerimento. Em votação, rejeitado o requerimento contra os votos dos Deputados Pauderney Avelino, Rodrigo Maia, Alexandre Leite, Rui Palmeira e Carmen Zanotto. A seguir, o Presidente passou a palavra ao relator, Deputado Pepe Vargas, para leitura do parecer. Não havendo quem quisesse discutir a matéria, passou-se a votação. Em votação o parecer do item 05, foi aprovado, unanimemente, o parecer 18) PROJETO DE LEI Nº 5.742-A/09 – do Senado Federal (PLS nº 448/08) – que “autoriza o Poder Executivo a criar cam-pus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tec-nologia do Paraná, no Município de Rio Negro, no Estado do Paraná”. RELATOR: Deputado JOSÉ GUI-MARÃES. PARECER: pela incompatibilidade e inade-quação financeira e orçamentária. O Presidente infor-mou que havia sobre a mesa: REQUERIMENTO – do Sr. Lúcio Vieira Lima – para que seja retirado de pau-ta o item 18. Em votação, aprovado, unanimemente, o requerimento de retirada de pauta do item 18 contra o voto do Deputado Jean Wyllys. 19) PRO-JETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 538/09 – do Sr. Eleuses Paiva – que “altera a Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, e dá outras providências”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: preserva o contribuinte de boa-fé em caso de erros ou fraudes praticados por terceiros na realização de operações incidentes de ICMS. RELATOR: Deputado PAUDERNEY AVELINO. PARECER: pela não implicação da matéria com au-

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mento ou diminuição da receita ou da despesa públi-cas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação, com emenda. O Presidente informou que havia sobre a mesa: REQUERIMENTO – do Sr. Pepe Vargas – para que seja retirado de pauta o item 19. O Presidente passou a palavra ao Deputado Pepe Vargas. Encami-nharam favoravelmente ao requerimento, os Deputa-dos João Dado, como Líder do PDT e Jean Wyllys. Em votação, aprovado, unanimemente, o requeri-mento de retirada de pauta do item 19. 21) PROJE-TO DE LEI Nº 6.174-A/05 – do Sr. Geraldo Resende – que “autoriza o Poder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal do Pantanal, por desmembra-mento da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul”. RELATOR: Deputado ASSIS CAR-VALHO. PARECER: pela incompatibilidade e inade-quação financeira e orçamentária. O Presidente infor-mou que havia sobre a mesa: REQUERIMENTO – do Sr. Lucio Vieira Lima – para que seja retirado de pau-ta o item 21. O requerimento foi retirado de tramitação, a pedido do autor, Deputado Lucio Vieira Lima, em atenção à Súmula nº 1 da CFT. Diante disso, o Presi-dente passou a palavra ao relator da matéria para lei-tura do parecer. Discutiram a matéria os Deputados José Priante, Assis Carvalho, Pedro Eugênio, Rui Costa, Pauderney Avelino, Pepe Vargas e João Dado. Em votação, aprovado, unanimemente, o parecer do item 21. 25) PROJETO DE LEI Nº 4.702-B/09 – do Senado Federal (PLS nº 440/07) – que “dispõe sobre a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Várzea Grande, no Estado do Mato Grosso”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊ-NIO. PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária. O Deputado Pauderney Avelino solicitou vista ao Projeto de Lei nº 4.702-B/09, o que foi concedido. 27) PROJETO DE LEI Nº 1.204-A/03 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “aplica à empre-sa Itaipu Binacional do Brasil a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências”. EXPLICA-ÇÃO DA EMENTA: aplica a Lei de Licitação à Itaipu. RELATOR: Deputado RICARDO BERZOINI. PARE-CER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação finan-ceira e orçamentária e, no mérito, pela rejeição. O Presidente passou a palavra ao relator para leitura do parecer. Discutiu a matéria o Deputado Vaz de Lima. Os Deputados João Dado, Pepe Vargas, Rui Costa e Vaz de Lima solicitaram vista. Vista conjunta concedi-da aos Deputados João Dado, Pepe Vargas, Rui Cos-ta e Vaz de Lima. 28) PROJETO DE LEI Nº 2.835-A/08 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “acres-

centa § 4º ao art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para permitir que a dona de casa recolha con-tribuição previdenciária desde a data do casamento”. RELATOR: Deputado RICARDO BERZOINI. PARE-CER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária do Projeto e da emenda da Comissão de Seguridade Social e Família. O Presidente passou a palavra ao relator da matéria para a leitura do pare-cer. Os Deputados Pauderney Avelino, Rui Costa e Jean Wyllys solicitaram vista. Vista conjunta concedi-da aos Deputados Pauderney Avelino, Rui Costa e Jean Wyllys. 29) PROJETO DE LEI Nº 2.830-A/08 – do Sr. Celso Maldaner – que “dispõe sobre a criação de Áreas de Livre Comércio em municípios de frontei-ra e dá outras providências”. (Apensado: PL nº 3.676/08). RELATOR: Deputado JOÃO DADO. PA-RECER: pela incompatibilidade e inadequação finan-ceira e orçamentária do PL nº 2.830/08 e do PL nº 3.676/08, apensado. O Deputado Lúcio Vieira Lima solicitou vista, o que foi concedido. 30) PROJETO DE LEI Nº 880-A/03 – do Sr. Eduardo Cunha – que “dispõe sobre as compras de remédios e equipamentos de saúde pela União”. RELATOR: Deputado JOSÉ GUI-MARÃES. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à ade-quação financeira e orçamentária do Projeto e pela adequação financeira e orçamentária da Emenda nº 1/07, apresentada na CFT; e, no mérito, pela rejeição do Projeto e da Emenda nº 1/07, apresentada na CFT. Os Deputados Carmen Zanotto, Jean Wyllys e Pau-derney Avelino solicitaram vista. Vista conjunta con-cedida aos Deputados Carmen Zanotto, Jean Wyllys e Pauderney Avelino. 31) PROJETO DE LEI Nº 5.369-B/09 – do Sr. Vieira da Cunha – que “institui o Progra-ma de Combate ao ‘Bullying’ “. (Apensados: PL’s nºs 6.481/09 e 6.725/10). RELATOR: Deputado JOÃO DADO. PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à ade-quação financeira e orçamentária do PL nº 5.369/09 e dos PL’s nºs 6.481/09 e 6.725/10, apensados, do Subs-titutivo da Comissão de Segurança Pública e Comba-te ao Crime Organizado e do Substitutivo da Comissão de Educação e Cultura. O Presidente informou que havia sobre a mesa: REQUERIMENTO – do Sr. Pau-derney Avelino – para que seja retirado de pauta o item 31. REQUERIMENTO – do Sr. Rui Costa – para que seja retirado de pauta o item 31. REQUERIMENTO – dos Srs. Jairo Ataíde e Rui Palmeira – para que seja retirado de pauta o item 31. Encaminhou a favor do Requerimento o Deputado Rui Costa. Encaminhou, contrariamente, o Deputado João Dado, relator da

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matéria. Em votação, aprovados, unanimemente, os requerimentos de retirada de pauta do item 31. 34) PROJETO DE LEI Nº 5.938/01 – do Sr. João Herr-mann Neto – que “reduz penalidade pela falta de apre-sentação de declaração do imposto de renda, conce-de dispensa do pagamento de multas pela não-entre-ga da declaração de rendimentos de empresas inativas e dá outras providências”. (Apensados: PL’s nºs 51/03, 174/03, 668/03, 764/03, 989/03, 1.085/03, 1.143/03, 2.616/03, 6.185/05, 7.389/06, 1.374/07, 2.837/08, 4.453/08, 5.398/09 e 7.503/10). RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. PARECER: pela inadequação finan-ceira e orçamentária do PL nº 5.938/01 e dos PL’s nºs 51/03, 174/03, 668/03, 764/03, 989/03, 1.085/03, 1.143/03, 2.616/03, 6.185/05, 7.389/06, 1.374/07, 2.837/08, 4.453/08, 5.398/09 e 7.503/10, apensados. O Deputado Pauderney Avelino solicitou vista, o que foi concedido. 35) PROJETO DE LEI Nº 2.636-A/03 – do Sr. Clóvis Fecury – que “considera despesas ope-racionais dedutíveis, na apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas, as contribuições não compulsórias destinadas a custear até cem por cento dos estudos dos seus empregados e dependentes di-retos”. (Apensados: PL’s nºs 4.785/05 e 6.227/05). RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e or-çamentária do PL nº 2.636/03 e dos PL’s nºs 4.785/05 e 6.227/05, apensados. O Deputado Pauderney Ave-lino solicitou vista, o que foi concedido. 36) PROJETO DE LEI Nº 7.530-B/06 – do Sr. Sandro Mabel – que “cria o Programa Nacional de Incentivo ao Emprego de Egressos do Sistema Penitenciário – PROESP e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. PARECER: pela incompatibilidade e inade-quação financeira e orçamentária do Projeto e pela adequação financeira e orçamentária das emendas da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. O Retirado de pauta a pedido do relator. 37) PROJETO DE LEI Nº 842-A/07 – do Sr. Lúcio Vale – que “dispõe sobre a Taxa de Fiscalização de Vigilân-cia Sanitária para Autorização de Funcionamento e Alteração da Autorização de Funcionamento de Far-mácias e Drogarias”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: reduz o valor da taxa de autorização de funcionamen-to de farmácias e drogarias enquadradas como micro-empresas ou empresas de pequeno porte. RELATOR: Deputado JOÃO DADO. PARECER: pela compatibi-lidade e adequação financeira e orçamentária. Discu-tiram a matéria os Deputados Rui Costa, João Dado, Pauderney Avelino e André Vargas. Os Deputados Pauderney Avelino e Carmen Zanotto solicitaram vis-ta. Vista conjunta concedida aos Deputados Pauderney

Avelino e Carmen Zanotto. 38) PROJETO DE LEI Nº 5.002/09 – do Sr. José Aníbal e outros – que “autoriza a União a suplementar as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, de que tratam os incisos I e II do art. 159, da Constituição Federal e dá outras providências”. (Apensado: PL nº 5.590/09). EXPLICA-ÇÃO DA EMENTA: autoriza a suplementação dos re-passes constitucionais do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Muni-cípios (FPM) devido à queda da arrecadação do im-posto de renda e IPI. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. PARECER: pela incompatibilidade e inade-quação financeira e orçamentária do PL nº 5.002/09 e do PL nº 5.590/09, apensado. O Deputado Alexandre Leite solicitou vista, o que foi concedido. 39) PROJE-TO DE LEI Nº 7.412-A/10 – do Sr. Otávio Germano e outros – que “dispõe sobre procedimentos do Poder Judiciário dos Estados e do Distrito Federal para a aplicação dos recursos provenientes de depósitos ju-diciais sob aviso à disposição da Justiça em geral, e sobre a destinação dos rendimentos líquidos auferidos dessa aplicação, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS. PARECER: pela não im-plicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronun-ciamento quanto à adequação financeira e orçamen-tária do Projeto, das 7 emendas apresentadas na Co-missão e das 2 emendas apresentadas ao Substituti-vo e, no mérito, pela aprovação do Projeto e pela aprovação parcial das 7 emendas, na forma do Subs-titutivo; e pela rejeição das 2 emendas apresentadas ao Substitutivo. O Presidente informou que havia sobre a mesa: REQUERIMENTO – do Sr. Lucio Vieira Lima – para que seja retirado de pauta o item 39. REQUE-RIMENTO – do Sr. Rui Palmeira – para que seja reti-rado de pauta o item 39. Encaminharam a matéria os Deputados Rui Costa, Rodrigo Maia, Pepe Vargas, José Humberto. O Deputado Pepe Vargas concordou com a retirada de pauta, desde que haja acordo para apreciar a matéria na reunião da próxima semana. Em votação, aprovados, os requerimentos contra os votos dos Deputados Alexandre Leite, Jean Wyllys, Pauderney Avelino, Rodrigo Maia e Pepe Vargas. Antes de encerrar os trabalhos, o Presidente passou a palavra ao Deputado Luciano Moreira para falar aos garimpeiros presentes no Plenário que esperam pela votação de projeto de aposentadoria especial. O De-putado Luciano Moreira iniciou sua fala informando que o Projeto de Lei nº 5227/09 ainda não foi delibe-rado na Comissão porque depende do interesse do Poder Executivo. Informou também que, juntamente com o Presidente, Deputado Cláudio Puty, esteve no Ministério da Previdência Social e no INSS, e que está

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em fase de construção de uma alternativa, tendo em vista que os Estados do Maranhão e Pará tem uma quantidade expressiva de garimpeiros. Comunicou que já houve um grande avanço nas negociações com o Ministério da Previdência Social e com o INSS. Assim, sendo o dia 02 de agosto, o Dia do Garimpeiro, não só os garimpeiros, mas os deputados também gosta-riam de ter uma notícia expressiva. Por fim, o Vice--Presidente informou que estão lutando para que até aquela data obtenham um encaminhamento favorável da matéria, desde que se construa uma alternativa no Poder Executivo e têm certeza que esta Comissão é sensível a esse dever de justiça para com os garim-peiros do Brasil inteiro e em particular pelos garimpei-ros do Maranhão e Pará. Em seguida, o Presidente, Deputado Cláudio Puty saudou os garimpeiros pre-sentes no plenário. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou os trabalhos às doze horas e vinte e cinco minutos, antes, porém, convocando para as seguintes reuniões: a) Reunião Extraordinária Deliberativa para apreciação de re-querimentos, a realizar-se hoje, às quatorze horas, no Plenário nº 8; b) Audiência Pública Conjunta com a Comissão de Educação e Cultura, a realizar-se ter-ça-feira, dia 21 de junho, às quatorze horas e trinta minutos, no Plenário Deputado Mussa Demes (Plená-rio nº 4), destinada a debater o Sistema Tributário e o Financiamento Público da Educação no Brasil; e c) Reunião Ordinária Deliberativa, a realizar-se no dia 22 de junho, quarta-feira, às dez horas, no Plenário Deputado Mussa Demes (Plenário nº 4). E, para cons-tar, eu, , Marcelle R. Campello Cavalcanti, Secretária, lavrei a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Presidente e encaminhada à pu-blicação no Diário da Câmara dos Deputados. , Depu-tado Cláudio Puty, Presidente. x – x – x

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

54ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

ATA DA 15ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA RE-ALIZADA EM 15 DE JUNHO DE 2011.

Às quatorze horas e vinte e nove minutos do dia quinze de junho de dois mil e onze, reuniu-se a Comis-são de Finanças e Tributação, no Plenário nº 8 do Ane-xo II da Câmara dos Deputados, sob a presidência do Deputado Cláudio Puty, Presidente; e com a presença dos Senhores Deputados Luciano Moreira, 1º Vice-Pre-sidente; Aelton Freitas, Aguinaldo Ribeiro, Alexandre Leite, Andre Vargas, Assis Carvalho, Carmen Zanotto, Fernando Coelho Filho, Jean Wyllys, João Dado, Jorge Corte Real, José Humberto, José Priante, Júlio Cesar, Júnior Coimbra, Lucio Vieira Lima, Pauderney Avelino,

Pedro Eugênio, Pepe Vargas, Rodrigo Maia, Rui Cos-ta e Vaz de Lima (Titulares); André Figueiredo, Jairo Ataíde e Reinhold Stephanes (Suplentes). Deixaram de comparecer os Deputados Alfredo Kaefer, Audi-fax, Edmar Arruda, Jerônimo Goergen, José Guima-rães, Márcio Reinaldo Moreira, Maurício Trindade, Rui Palmeira e Valmir Assunção. ABERTURA: Havendo número regimental, o Presidente declarou abertos os trabalhos. A seguir, o Presidente lembrou aos mem-bros que a presente reunião era fruto de acordo com líderes partidários, em reunião ocorrida anteriormen-te, na Sala da Presidência desta Comissão. O Depu-tado Jairo Ataíde usou da palavra para informar que apresentou requerimento no sentido de incluir como convidada, a Procuradora Regional da República, Dra. Valquíria Oliveira Quixadá Nunes, como convidada na reunião de Audiência Pública que irá tratar do Siste-ma de Cartões de Crédito no Brasil, uma vez que ela representa o Sistema Financeiro Nacional, o que foi acatado. ORDEM DO DIA: 01) REQUERIMENTO Nº 35/11 – do Sr. Jean Wyllys – para que seja convidado a participar de reunião de audiência pública o Presidente do Conselho Curador da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira, Sr. Eleazar de Carvalho Filho, para prestar esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades no contrato e no repasse de verbas públicas e isenções fiscais da Orquestra Sinfônica Brasileira. Não havendo quem quisesse discutir, passou-se a votação da ma-téria. Em votação, foi aprovado, unanimemente, o requerimento. 02) REQUERIMENTO Nº 37/11 – dos Srs. Vaz de Lima, Rui Palmeira e Jean Wyllys – para que sejam convidados a participar de reunião de au-diência pública o Ministro de Estado da Fazenda, Sr. Guido Mantega; e o Presidente do Banco Central do Brasil, Sr. Alexandre Tombini, a fim de prestar esclare-cimentos acerca da criação e das atribuições do Comitê de Estabilidade Financeira do Banco Central – COMEF. O Deputado Jean Wyllys subscreveu o requerimento. Não havendo quem quisesse discutir, passou-se a votação da matéria. Em votação, foi aprovado, una-nimemente, o requerimento. O Deputado Rui Costa propôs votação em bloco dos demais requerimentos. Havendo acordo, passou-se a votação em bloco dos demais requerimentos. 03) REQUERIMENTO Nº 38/11 – do Sr. Aelton Freitas – para que seja encaminhado ao Ministério das Comunicações requerimento de in-formações sobre processos de indenizações pagas pela Telebrás. 04) REQUERIMENTO Nº 39/11 – do Sr. Aelton Freitas – para que seja encaminhado ao Banco Central do Brasil requerimento de informações acerca da compra e venda de dólares para controlar as oscilações da moeda americana face ao real. 05) REQUERIMENTO Nº 41/11 – do Sr. José Guimarães

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34543

– para que seja convidado a participar de reunião de audiência pública o Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Sr. Daniel Sil-va Balaban, a fim de debater o programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfân-cia), do Ministério da Educação. 06) REQUERIMENTO Nº 42/11 – do Sr. Jerônimo Goergen – para que sejam convidados a participar de reunião de audiência pú-blica representantes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul – Sistema FIERGS; da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul – FEDERARROZ; da Federação da Agricultura do Es-tado do Rio Grande do Sul – FARSUL; da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul – FECOMÉRCIO/RS; e do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS – SIMERS, a fim de debater o descumprimento do acordo entre países do MERCOSUL e suas consequências à eco-nomia brasileira, ao sistema tributário e à arrecadação nacional. 07) REQUERIMENTO Nº 43/11 – dos Srs. Pepe Vargas, Pedro Eugênio, Cláudio Puty, Luciano Moreira e Rui Costa – para que seja realizado Semi-nário a fim de discutir o PLP nº 591/10, do Sr. Vignatti e outros, que “altera a Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990, a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, a Lei nº 11.101, de 9 de feve-reiro de 2005 e dá outras providências”. 08) REQUE-RIMENTO Nº 44/11 – do Sr. José Guimarães – para que seja convidada a participar de reunião de audiência pública a Secretária Extraordinária para Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Sra. Ana Maria Medeiros da Fonseca, para apresentar o Programa Brasil Sem Miséria. 09) REQUERIMENTO Nº 45/11 – do Sr. Jean Wyllys – para que seja encaminhada ao Ministério da Fazenda indicação no sentido de que seja defendida em Fóruns Internacionais a instituição de um Tributo sobre Transações Financeiras Globais. Não haven-do quem quisesse discutir, passou-se a votação dos requerimentos. 10) REQUERIMENTO Nº 46/11 – do Sr. Cláudio Puty – para que sejam convidados a parti-cipar de reunião de audiência pública representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; do Ministério da Justiça; da Secretaria de Direitos Hu-manos, e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); bem como do autor do PL nº 7.216, de 2010, Deputado Licenciado Maurício Rands, atual Secretário de Gover-no de Pernambuco, a fim de debater o referido Proje-to, que “altera a Lei nº 10.559, de 13 de novembro de 2002, que regulamenta o art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e dá outras providências”. Em votação, foram aprovados, unanimemente, os

requerimentos nºs 38/11, 39/11, 41/11, 42/11, 43/11, 44/11, 45/11 e 46/11. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou os trabalhos às quatorze horas e trinta e sete minutos, antes, po-rém, convocando para as seguintes reuniões: a) Audi-ência Pública Conjunta com a Comissão de Educação e Cultura, a realizar-se dia terça-feira, vinte e um de junho, às quatorze horas e trinta minutos, no Plenário Deputado Mussa Demes (Plenário nº 4) do Anexo II da Câmara dos Deputados, destinada a debater o Sistema Tributário e o Financiamento Público da Educação no Brasil; b) Reunião Ordinária Deliberativa, a realizar-se quarta-feira, dia vinte e dois de junho às dez horas, a realizar-se no Plenário Deputado Mussa Demes (Ple-nário nº 04) do Anexo II da Câmara dos Deputados. E, para constar, eu, , Marcelle R. Campello Cavalcanti, Secretária, lavrei a presente Ata, que depois de lida e aprovada, será assinada pelo Presidente e encaminha-da à publicação no Diário da Câmara dos Deputados. , Deputado Cláudio Puty, Presidente.

SEÇÃO II

ATOS DO PRESIDENTE

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º , inciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve:

DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ALVARO JUNIOR PAIVA OLIVEIRA, ponto nº 4260, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Operador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 34, da função comissionada de Assistente de Gabinete, FC-05, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 30 de junho de 2011.

DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DÉBORA ANDRADE CAVALCANTI, ponto nº 6757, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legisla-Analista Legisla-tivo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 43, da função comissionada de Chefe de Ser-43, da função comissionada de Chefe de Ser-, da função comissionada de Chefe de Ser-Chefe de Ser-viço, FC-06, da Coordenação de Estudos Legislativos, do Centro de Documentação e Informação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 28 de junho de 2011.

DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, GER-GER-SON MIRANDA, ponto nº 6525, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri-Analista Legislativo – atri- – atri-buição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 45, da função comissionada de Chefe de Secretaria,

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FC-06, do Gabinete dos Suplentes dos Secretários, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 30 de junho de 2011.

DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SANDRA BARBOSA BARRETOS MORAES, ponto nº 5594, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técni-Técni-co Legislativo – atribuição Assistente Administrativo, Classe Especial, Padrão 34, da função comissionada de Assessor Técnico, FC-07, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Depu-, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Depu-tados, a partir de 29 de junho de 2011.

DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, VIRGINIA QUEIROZ ALVES, ponto nº 6790, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri-Analista Legislativo – atri- – atri-buição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 43, da função comissionada de Chefe do Serviço de Cadastro, Acompanhamento e Controle de Documen-tos Legislativos, FC-06, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 30 de junho de 2011.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º , inciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, e o artigo 6º da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve:

DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, ALVARO JUNIOR PAIVA OLIVEIRA, ponto nº 4260, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribui-Técnico Legislativo – atribui- – atribui-ção Operador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 34, para exercer, a partir de 30 de junho de 2011, a função comissionada de Chefe do Serviço de Cadastro, Acompanhamento e Controle de Documentos Legisla-tivos, FC-06, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, GERSON MIRAN-DA, ponto nº 6525, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 45, para exercer, a partir de 30 de junho de 2011, a função comissio- a função comissio-nada de Chefe de Gabinete, FC-08, do Gabinete dos Suplentes dos Secretários, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Reso-lução nº 21, de 4 de novembro de 1992, SANDRA BARBOSA BARRETOS MORAES, ponto nº 5594, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técni-Técni-co Legislativo – atribuição Assistente Administrativo, Classe Especial, Padrão 34, para exercer, a partir de 29 de junho de 2011, a função comissionada de Dire- a função comissionada de Dire-Dire-

tor Coordenação de Apoio Administrativo, FC-07, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Reso-lução nº 21, de 4 de novembro de 1992, VIRGINIA QUEIROZ ALVES, ponto nº 6790, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atri-Analista Legislativo – atri- – atri-buição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 43, para exercer, a partir de 30 de junho de 2011, a função comissionada de Assessor Técnico, FC-07, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, item I, alínea “a”, do Ato da Mesa n.º 205, de 28 de junho de 1990, resolve:

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, FA-BIO HENRIQUE DE MEDEIROS SOUSA, ponto n.º 120.597, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Presidente.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, FLAVIA APARECIDA RIBEIRO, ponto n.º 120.396, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Terceiro-Secretário.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA SILVANA DE SIQUEIRA ALMEIDA REIS, ponto n.º 120.508, do cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido dos Trabalhadores.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, OLBIA CRISTINA RIBEIRO, ponto n.º 120.245, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjun-to C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exercia no Gabinete do Presidente, a partir de 30 de junho de 2011.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PAU-LO ROBERTO LIMA PINHEIRO, ponto n.º 119.710, do cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Presidente.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, TIAGO CESAR RESENDE DE OLIVEIRA, ponto n.º 120.308, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Ga-

Julho de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 1º 34545

binete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido da República.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, e o artigo 6º da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RESOLVE:

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, ARMANDIO BANDEIRA DE SOUZA JUNIOR para exercer, no Gabinete do Líder do Partido dos Trabalhadores, o cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, CELIA MOREIRA PIMENTA para exercer, no Gabinete do Presidente, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjun-to D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, FLAVIA APARECIDA RIBEIRO para exercer, no Gabinete do Líder do Partido da Re-pública, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pes-soal da Câmara dos Deputados.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, LIS DE OLIVEIRA para exercer, no Gabinete do Terceiro-Secretário, o cargo em co-missão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, MAURO ROBERTO DA MATA para exercer, no Gabinete do Presidente, o cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

CÂMARA DOS DEPUTADOS, 30 de junho de 2011. – Marco Maia, Presidente.

MESA DIRETORA

Presidente:

MARCO MAIA - PT - RS

1º Vice-Presidente:

ROSE DE FREITAS - PMDB - ES

2º Vice-Presidente:

EDUARDO DA FONTE - PP - PE

1º Secretário:

EDUARDO GOMES - PSDB - TO

2º Secretário:

JORGE TADEU MUDALEN - DEM - SP

3º Secretário:

INOCÊNCIO OLIVEIRA - PR - PE

4º Secretário:

JÚLIO DELGADO - PSB - MG

1º Suplente de Secretário:

GERALDO RESENDE - PMDB - MS

2º Suplente de Secretário:

MANATO - PDT - ES

3º Suplente de Secretário:

CARLOS EDUARDO CADOCA - PSC - PE

4º Suplente de Secretário:

SÉRGIO MORAES - PTB - RS

LÍDERES E VICE-LÍDERES

PT

Líder: PAULO TEIXEIRA

Vice-Líderes: Arlindo Chinaglia, Henrique Fontana, Artur Bruno, Dr. Rosinha, Janete Rocha Pietá, Pepe Vargas, Valmir Assunção, Assis Carvalho, Beto Faro, Carlos Zarattini, Edson Santos, Emiliano José, Márcio Macêdo, Odair Cunha, Pedro Eugênio, Dalva Figueiredo, Sibá Machado, Waldenor Pereira, Zeca Dirceu, Assis do Couto, Chico D'angelo e Jilmar Tatto.

PMDB

Líder: HENRIQUE EDUARDO ALVES

Vice-Líderes: Mendes Ribeiro Filho (1º Vice), Teresa Surita, Almeida Lima, Antônio Andrade, Benjamin Maranhão, Darcísio Perondi, Edinho Araújo, Edinho Bez, Eduardo Cunha, Gastão Vieira, Genecias Noronha,Mauro Benevides, Renan Filho, Newton Cardoso, Marcelo Castro, Marllos Sampaio, Lucio Vieira Lima, Francisco Escórcio e Gabriel Chalita.

Bloco PSB, PTB, PCdoB

Líder: ANA ARRAES

Vice-Líderes: Jovair Arantes (1º Vice), Osmar Júnior, Givaldo Carimbão, Edson Silva, Fernando Coelho Filho, Glauber Braga, Jose Stédile, Valadares Filho, Sandra Rosado, Arnaldo Faria de Sá, Arnon Bezerra, Josué Bengtson, Antonio Brito, Alice Portugal, Jô Moraes, Evandro Milhomen e Laurez Moreira.

Bloco PR, PRB, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC, PSL

Líder: LINCOLN PORTELA

Vice-Líderes: George Hilton (1º Vice), José Rocha, Anthony Garotinho, Dr. Paulo César, João Carlos Bacelar, Laercio Oliveira, Ronaldo Fonseca, Gorete Pereira, Homero Pereira, Izalci, Bernardo Santana de Vasconcellos, Francisco Floriano, Cleber Verde, Maurício Quintella Lessa, Wellington Roberto e Giroto.

PSDB

Líder: DUARTE NOGUEIRA

Vice-Líderes: Otavio Leite (1º Vice), Alfredo Kaefer, Antonio Imbassahy, Bruno Araújo, Cesar Colnago, Domingos Sávio, Luiz Fernando Machado, Raimundo Gomes de Matos, Rogério Marinho, Vanderlei Macris, Andreia Zito, Pinto Itamaraty, Reinaldo Azambuja e Bruna Furlan.

DEM

Líder: ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO

Vice-Líderes: Pauderney Avelino (1º Vice), Abelardo Lupion, Claudio Cajado, Efraim Filho, Marcos Montes, Mendonça Filho, Nice Lobão, Onofre Santo Agostini, Onyx Lorenzoni, Ronaldo Caiado e Rodrigo Maia.

PP

Líder: NELSON MEURER

Vice-Líderes: José Otávio Germano (1º Vice), Roberto Britto, Cida Borghetti, Aguinaldo Ribeiro, Luis Carlos Heinze e Sandes Júnior.

PDT

Líder: GIOVANNI QUEIROZ

Vice-Líderes: André Figueiredo (1º Vice), Wolney Queiroz, Paulo Pereira da Silva, Miro Teixeira, Ângelo Agnolin, Sueli Vidigal e Sebastião Bala Rocha.

Bloco PV, PPS

Líder: SARNEY FILHO

Vice-Líderes: Rubens Bueno (1º Vice), Fábio Ramalho, Arnaldo Jardim, Roberto de Lucena, Moreira Mendes, Antônio Roberto e Dr. Aluizio.

PSC

Líder: RATINHO JUNIOR

Vice-Líderes: Zequinha Marinho (1º Vice), Edmar Arruda, Silas Câmara, Filipe Pereira e Carlos Eduardo Cadoca.

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PMN

Repr.: FÁBIO FARIA

PSOL

Repr.:

Liderança do Governo

Líder: CÂNDIDO VACCAREZZA

Vice-Líderes: Osmar Serraglio, Luciano Castro, Alex Canziani, José Guimarães, Odair Cunha, Waldir Maranhão, Hugo Leal e Rebecca Garcia.

Liderança da Minoria

Líder: PAULO ABI-ACKEL

DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

Roraima

Berinho Bantim - PSDB

Dr. Francisco Araújo - PSL

Edio Lopes - PMDB

Jhonatan de Jesus - PRB

Luciano Castro - PR

Paulo Cesar Quartiero - DEM

Raul Lima - PP

Teresa Surita - PMDB

Amapá

Dalva Figueiredo - PT

Davi Alcolumbre - DEM

Evandro Milhomen - PCdoB

Fátima Pelaes - PMDB

Luiz Carlos - PSDB

Professora Marcivania - PT

Sebastião Bala Rocha - PDT

Vinicius Gurgel - PRTB

Pará

André Dias - PSDB

Arnaldo Jordy - PPS

Beto Faro - PT

Cláudio Puty - PT

Dudimar Paxiuba - PSDB

Elcione Barbalho - PMDB

Giovanni Queiroz - PDT

José Priante - PMDB

Josué Bengtson - PTB

Lira Maia - DEM

Lúcio Vale - PR

Luiz Otavio - PMDB

Miriquinho Batista - PT

Wandenkolk Gonçalves - PSDB

Wladimir Costa - PMDB

Zé Geraldo - PT

Zequinha Marinho - PSC

Amazonas

Átila Lins - PMDB

Carlos Souza - PP

Francisco Praciano - PT

Henrique Oliveira - PR

Pauderney Avelino - DEM

Rebecca Garcia - PP

Sabino Castelo Branco - PTB

Silas Câmara - PSC

Rondônia

Carlos Magno - PP

Lindomar Garçon - PV

Marinha Raupp - PMDB

Mauro Nazif - PSB

Moreira Mendes - PPS

Natan Donadon - PMDB

Nilton Capixaba - PTB

Padre Ton - PT

Acre

Antônia Lúcia - PSC

Flaviano Melo - PMDB

Gladson Cameli - PP

Henrique Afonso - PV

Marcio Bittar - PSDB

Perpétua Almeida - PCdoB

Sibá Machado - PT

Taumaturgo Lima - PT

Tocantins

Ângelo Agnolin - PDT

César Halum - PPS

Eduardo Gomes - PSDB

Irajá Abreu - DEM

Júnior Coimbra - PMDB

Laurez Moreira - PSB

Lázaro Botelho - PP

Professora Dorinha Seabra Rezende - DEM

Maranhão

Alberto Filho - PMDB

Carlos Brandão - PSDB

Cleber Verde - PRB

Costa Ferreira - PSC

Davi Alves Silva Júnior - PR

Domingos Dutra - PT

Edivaldo Holanda Junior - PTC

Francisco Escórcio - PMDB

Gastão Vieira - PMDB

Hélio Santos - PSDB

Lourival Mendes - PTdoB

Nice Lobão - DEM

Pinto Itamaraty - PSDB

Professor Setimo - PMDB

Ribamar Alves - PSB

Sarney Filho - PV

Waldir Maranhão - PP

Zé Vieira - PR

Ceará

André Figueiredo - PDT

Aníbal Gomes - PMDB

Antonio Balhmann - PSB

Ariosto Holanda - PSB

Arnon Bezerra - PTB

Artur Bruno - PT

Chico Lopes - PCdoB

Danilo Forte - PMDB

Domingos Neto - PSB

Edson Silva - PSB

Eudes Xavier - PT

Genecias Noronha - PMDB

Gorete Pereira - PR

João Ananias - PCdoB

José Airton - PT

José Guimarães - PT

José Linhares - PP

Manoel Salviano - PSDB

Mauro Benevides - PMDB

Raimundão - PMDB

Raimundo Gomes de Matos - PSDB

Vicente Arruda - PR

Piauí

Assis Carvalho - PT

Hugo Napoleão - DEM

Iracema Portella - PP

Jesus Rodrigues - PT

Júlio Cesar - DEM

Marcelo Castro - PMDB

Marllos Sampaio - PMDB

Nazareno Fonteles - PT

Osmar Júnior - PCdoB

Paes Landim - PTB

Rio Grande do Norte

Fábio Faria - PMN

Fátima Bezerra - PT

Felipe Maia - DEM

Henrique Eduardo Alves - PMDB

João Maia - PR

Paulo Wagner - PV

Rogério Marinho - PSDB

Sandra Rosado - PSB

Paraíba

Aguinaldo Ribeiro - PP

Benjamin Maranhão - PMDB

Damião Feliciano - PDT

Efraim Filho - DEM

Hugo Motta - PMDB

Luiz Couto - PT

Manoel Junior - PMDB

Nilda Gondim - PMDB

Romero Rodrigues - PSDB

Ruy Carneiro - PSDB

Wellington Roberto - PR

Wilson Filho - PMDB

Pernambuco

Ana Arraes - PSB

Anderson Ferreira - PR

Augusto Coutinho - DEM

Bruno Araújo - PSDB

Carlos Eduardo Cadoca - PSC

Eduardo da Fonte - PP

Fernando Coelho Filho - PSB

Fernando Ferro - PT

Gonzaga Patriota - PSB

Inocêncio Oliveira - PR

João Paulo Lima - PT

Jorge Corte Real - PTB

José Augusto Maia - PTB

José Chaves - PTB

Luciana Santos - PCdoB

Mendonça Filho - DEM

Pastor Eurico - PSB

Paulo Rubem Santiago - PDT

Pedro Eugênio - PT

Raul Henry - PMDB

Roberto Teixeira - PP

Sergio Guerra - PSDB

Silvio Costa - PTB

Vilalba - PRB

Wolney Queiroz - PDT

Alagoas

Arthur Lira - PP

Celia Rocha - PTB

Givaldo Carimbão - PSB

João Lyra - PTB

Joaquim Beltrão - PMDB

Maurício Quintella Lessa - PR

Renan Filho - PMDB

Rosinha da Adefal - PTdoB

Rui Palmeira - PSDB

Sergipe

Almeida Lima - PMDB

Andre Moura - PSC

Heleno Silva - PRB

Laercio Oliveira - PR

Márcio Macêdo - PT

Mendonça Prado - DEM

Rogério Carvalho - PT

Valadares Filho - PSB

Bahia

Acelino Popó - PRB

Alice Portugal - PCdoB

Amauri Teixeira - PT

Antonio Brito - PTB

Antonio Carlos Magalhães Neto - DEM

Antonio Imbassahy - PSDB

Arthur Oliveira Maia - PMDB

Claudio Cajado - DEM

Daniel Almeida - PCdoB

Edson Pimenta - PCdoB

Emiliano José - PT

Erivelton Santana - PSC

Fábio Souto - DEM

Félix Mendonça Júnior - PDT

Fernando Torres - DEM

Geraldo Simões - PT

Jânio Natal - PRP

João Carlos Bacelar - PR

José Carlos Araújo - PDT

José Nunes - DEM

José Rocha - PR

Joseph Bandeira - PT

Josias Gomes - PT

Jutahy Junior - PSDB

Lucio Vieira Lima - PMDB

Luiz Alberto - PT

Luiz Argôlo - PP

Márcio Marinho - PRB

Marcos Medrado - PDT

Maurício Trindade - PR

Nelson Pellegrino - PT

Oziel Oliveira - PDT

Paulo Magalhães - DEM

Roberto Britto - PP

Rui Costa - PT

Sérgio Barradas Carneiro - PT

Sérgio Brito - PSC

Valmir Assunção - PT

Waldenor Pereira - PT

Minas Gerais

Ademir Camilo - PDT

Aelton Freitas - PR

Antônio Andrade - PMDB

Antônio Roberto - PV

Aracely de Paula - PR

Bernardo Santana de Vasconcellos - PR

Bonifácio de Andrada - PSDB

Carlaile Pedrosa - PSDB

Diego Andrade - PR

Dimas Fabiano - PP

Domingos Sávio - PSDB

Dr. Grilo - PSL

Eduardo Azeredo - PSDB

Eduardo Barbosa - PSDB

Eros Biondini - PTB

Fábio Ramalho - PV

Gabriel Guimarães - PT

George Hilton - PRB

Geraldo Thadeu - PPS

Gilmar Machado - PT

Jaime Martins - PR

Jairo Ataíde - DEM

Jô Moraes - PCdoB

João Bittar - DEM

João Magalhães - PMDB

José Humberto - PHS

Júlio Delgado - PSB

Lael Varella - DEM

Leonardo Monteiro - PT

Leonardo Quintão - PMDB

Lincoln Portela - PR

Luis Tibé - PTdoB

Luiz Fernando Faria - PP

Márcio Reinaldo Moreira - PP

Marcos Montes - DEM

Marcus Pestana - PSDB

Mário de Oliveira - PSC

Mauro Lopes - PMDB

Miguel Corrêa - PT

Newton Cardoso - PMDB

Odair Cunha - PT

Padre João - PT

Paulo Abi-ackel - PSDB

Paulo Piau - PMDB

Reginaldo Lopes - PT

Renzo Braz - PP

Rodrigo de Castro - PSDB

Saraiva Felipe - PMDB

Toninho Pinheiro - PP

Vitor Penido - DEM

Walter Tosta - PMN

Weliton Prado - PT

Zé Silva - PDT

Espírito Santo

Audifax - PSB

Camilo Cola - PMDB

Cesar Colnago - PSDB

Dr. Jorge Silva - PDT

Lauriete - PSC

Lelo Coimbra - PMDB

Manato - PDT

Paulo Foletto - PSB

Rose de Freitas - PMDB

Sueli Vidigal - PDT

Rio de Janeiro

Adrian - PMDB

Alessandro Molon - PT

Alexandre Santos - PMDB

Alfredo Sirkis - PV

Andreia Zito - PSDB

Anthony Garotinho - PR

Arolde de Oliveira - DEM

Aureo - PRTB

Benedita da Silva - PT

Brizola Neto - PDT

Chico Alencar - PSOL

Chico D'angelo - PT

Cristiano - PTdoB

Deley - PSC

Dr. Adilson Soares - PR

Dr. Aluizio - PV

Dr. Carlos Alberto - PMN

Dr. Paulo César - PR

Edson Ezequiel - PMDB

Edson Santos - PT

Eduardo Cunha - PMDB

Eliane Rolim - PT

Felipe Bornier - PHS

Fernando Jordão - PMDB

Filipe Pereira - PSC

Francisco Floriano - PR

Glauber Braga - PSB

Hugo Leal - PSC

Jair Bolsonaro - PP

Jandira Feghali - PCdoB

Jean Wyllys - PSOL

Liliam Sá - PR

Marcelo Matos - PDT

Miro Teixeira - PDT

Neilton Mulim - PR

Nelson Bornier - PMDB

Otavio Leite - PSDB

Rodrigo Maia - DEM

Romário - PSB

Simão Sessim - PP

Solange Almeida - PMDB

Stepan Nercessian - PPS

Vitor Paulo - PRB

Walney Rocha - PTB

Washington Reis - PMDB

Zoinho - PR

São Paulo

Abelardo Camarinha - PSB

Alberto Mourão - PSDB

Aldo Rebelo - PCdoB

Alexandre Leite - DEM

Aline Corrêa - PP

Antonio Bulhões - PRB

Antonio Carlos Mendes Thame - PSDB

Arlindo Chinaglia - PT

Arnaldo Faria de Sá - PTB

Arnaldo Jardim - PPS

Beto Mansur - PP

Bruna Furlan - PSDB

Cândido Vaccarezza - PT

Carlinhos Almeida - PT

Carlos Roberto - PSDB

Carlos Sampaio - PSDB

Carlos Zarattini - PT

Delegado Protógenes - PCdoB

Devanir Ribeiro - PT

Dimas Ramalho - PPS

Dr. Ubiali - PSB

Duarte Nogueira - PSDB

Edinho Araújo - PMDB

Eleuses Paiva - DEM

Eli Correa Filho - DEM

Gabriel Chalita - PMDB

Guilherme Campos - DEM

Guilherme Mussi - PV

Ivan Valente - PSOL

Janete Rocha Pietá - PT

Jefferson Campos - PSB

Jilmar Tatto - PT

João Dado - PDT

João Paulo Cunha - PT

Jonas Donizette - PSB

Jorge Tadeu Mudalen - DEM

José de Filippi - PT

José Mentor - PT

Junji Abe - DEM

Keiko Ota - PSB

Luiz Fernando Machado - PSDB

Luiza Erundina - PSB

Mara Gabrilli - PSDB

Marcelo Aguiar - PSC

Milton Monti - PR

Missionário José Olimpio - PP

Nelson Marquezelli - PTB

Newton Lima - PT

Otoniel Lima - PRB

Pastor Marco Feliciano - PSC

Paulo Freire - PR

Paulo Maluf - PP

Paulo Pereira da Silva - PDT

Paulo Teixeira - PT

Penna - PV

Ricardo Berzoini - PT

Ricardo Izar - PV

Ricardo Tripoli - PSDB

Roberto de Lucena - PV

Roberto Freire - PPS

Roberto Santiago - PV

Salvador Zimbaldi - PDT

Tiririca - PR

Valdemar Costa Neto - PR

Vanderlei Macris - PSDB

Vaz de Lima - PSDB

Vicente Candido - PT

Vicentinho - PT

Walter Ihoshi - DEM

William Dib - PSDB

Mato Grosso

Carlos Bezerra - PMDB

Homero Pereira - PR

Júlio Campos - DEM

Neri Geller - PP

Roberto Dorner - PP

Ságuas Moraes - PT

Valtenir Pereira - PSB

Wellington Fagundes - PR

Distrito Federal

Augusto Carvalho - PPS

Erika Kokay - PT

Izalci - PR

Jaqueline Roriz - PMN

Policarpo - PT

Reguffe - PDT

Ricardo Quirino - PRB

Ronaldo Fonseca - PR

Goiás

Carlos Alberto Leréia - PSDB

Delegado Waldir - PSDB

Flávia Morais - PDT

Heuler Cruvinel - DEM

Íris de Araújo - PMDB

João Campos - PSDB

Jorge Pinheiro - PRB

Jovair Arantes - PTB

Leandro Vilela - PMDB

Marina Santanna - PT

Pedro Chaves - PMDB

Roberto Balestra - PP

Ronaldo Caiado - DEM

Rubens Otoni - PT

Sandes Júnior - PP

Sandro Mabel - PR

Valdivino de Oliveira - PSDB

Mato Grosso do Sul

Biffi - PT

Fabio Trad - PMDB

Geraldo Resende - PMDB

Giroto - PR

Mandetta - DEM

Marçal Filho - PMDB

Reinaldo Azambuja - PSDB

Vander Loubet - PT

Paraná

Abelardo Lupion - DEM

Alex Canziani - PTB

Alfredo Kaefer - PSDB

Andre Vargas - PT

André Zacharow - PMDB

Angelo Vanhoni - PT

Assis do Couto - PT

Cida Borghetti - PP

Dilceu Sperafico - PP

Dr. Rosinha - PT

Edmar Arruda - PSC

Eduardo Sciarra - DEM

Fernando Francischini - PSDB

Giacobo - PR

Hermes Parcianello - PMDB

João Arruda - PMDB

Leopoldo Meyer - PSB

Luiz Carlos Setim - DEM

Luiz Nishimori - PSDB

Moacir Micheletto - PMDB

Nelson Meurer - PP

Nelson Padovani - PSC

Osmar Serraglio - PMDB

Ratinho Junior - PSC

Reinhold Stephanes - PMDB

Rosane Ferreira - PV

Rubens Bueno - PPS

Sandro Alex - PPS

Takayama - PSC

Zeca Dirceu - PT

Santa Catarina

Carmen Zanotto - PPS

Celso Maldaner - PMDB

Décio Lima - PT

Edinho Bez - PMDB

Esperidião Amin - PP

Gean Loureiro - PMDB

Jorge Boeira - PT

Jorginho Mello - PSDB

Luci Choinacki - PT

Mauro Mariani - PMDB

Onofre Santo Agostini - DEM

Pedro Uczai - PT

Rogério Peninha Mendonça - PMDB

Ronaldo Benedet - PMDB

Valdir Colatto - PMDB

Zonta - PP

Rio Grande do Sul

Afonso Hamm - PP

Alceu Moreira - PMDB

Alexandre Roso - PSB

Assis Melo - PCdoB

Bohn Gass - PT

Danrlei de Deus Hinterholz - PTB

Darcísio Perondi - PMDB

Enio Bacci - PDT

Fernando Marroni - PT

Giovani Cherini - PDT

Henrique Fontana - PT

Jerônimo Goergen - PP

José Otávio Germano - PP

Jose Stédile - PSB

Luis Carlos Heinze - PP

Luiz Noé - PSB

Manuela D'ávila - PCdoB

Marco Maia - PT

Marcon - PT

Mendes Ribeiro Filho - PMDB

Nelson Marchezan Junior - PSDB

Onyx Lorenzoni - DEM

Osmar Terra - PMDB

Paulo Pimenta - PT

Pepe Vargas - PT

Renato Molling - PP

Ronaldo Nogueira - PTB

Ronaldo Zulke - PT

Sérgio Moraes - PTB

Vieira da Cunha - PDT

Vilson Covatti - PP

COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,

ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Lira Maia (DEM)

1º Vice-Presidente:

2º Vice-Presidente: Celso Maldaner (PMDB)

3º Vice-Presidente: José Nunes (DEM)

Titulares Suplentes

PT

Assis do Couto Geraldo Simões

Beto Faro Miriquinho

Batista

Bohn Gass Padre Ton

Jesus Rodrigues

Ságuas Moraes

Josias Gomes Valmir

Assunção

Marcon Waldenor

Pereira

Vander Loubet 1 vaga

PMDB

Alceu Moreira Alberto Filho

Celso Maldaner

Antônio Andrade

Leandro Vilela Edinho Araújo

Moacir Micheletto

Lelo Coimbra

Paulo Piau Lucio Vieira

Lima vaga do PR

Pedro Chaves vaga do PDT

Valdir Colatto

Reinhold 1 vaga

Stephanes

PSDB

Domingos Sávio

Alfredo Kaefer

Hélio Santos Duarte Nogueira

Luiz Nishimori Raimundo Gomes de

Matos

Reinaldo Azambuja

Wandenkolk Gonçalves

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

(Dep. do PP ocupa a vaga)

PP

Arthur Lira vaga

do PR Afonso Hamm

vaga do PSDB

Carlos Magno vaga do PSB

Lázaro Botelho vaga do PR

Dilceu Sperafico

Neri Geller

Luis Carlos Heinze

Roberto Dorner

Zonta (Dep. do PTB

ocupa a vaga)

DEM

Abelardo Lupion vaga do

Bloco PV, PPS

Heuler Cruvinel vaga do Bloco PV, PPS

Jairo Ataíde vaga

do PSB Luiz Carlos

Setim

José Nunes Marcos Montes

vaga do PSB

Lira Maia Onofre Santo

Agostini

Paulo Cesar Quartiero vaga do

PSB

Onyx Lorenzoni vaga do PSB

Ronaldo Caiado

1 vaga

Vitor Penido

vaga do PSDB

PR

Davi Alves Silva Júnior

Aelton Freitas

Homero Pereira

Diego Andrade vaga do PRB

(Dep. do PP ocupa a vaga)

(Dep. do PP ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSB

(Dep. do PP ocupa a vaga)

Fernando Coelho Filho

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

PDT

Zé Silva Giovanni Queiroz

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Oziel Oliveira

Bloco PV, PPS

Moreira Mendes

César Halum

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

PTB

Josué Bengtson

Celia Rocha

Nilton Capixaba

Nelson Marquezelli

Sérgio Moraes vaga do PP

PSC

Nelson Antônia Lúcia

Padovani

PCdoB

Edson Pimenta João Ananias

PRB

Heleno Silva (Dep. do PR

ocupa a vaga)

PMN

(Dep. do PSL ocupa a vaga)

Jaqueline Roriz

Secretário(a): Moizes Lobo da Cunha

Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 32

Telefones: 3216-6403/6404/6406

FAX: 3216-6415

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DE

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Presidente: Gladson Cameli (PP)

1º Vice-Presidente: Carlos Souza (PP)

2º Vice-Presidente: Raul Lima (PP)

3º Vice-Presidente: Zequinha Marinho (PSC)

Titulares Suplentes

PT

Miriquinho Batista

Francisco Praciano

Padre Ton Professora Marcivania

Taumaturgo Lima

Zé Geraldo

PMDB

Marinha Raupp Átila Lins

(Dep. do PP ocupa a vaga)

José Priante

1 vaga Luciano Moreira

PSDB

Dudimar Paxiuba

Hélio Santos vaga

do PP

Marcio Bittar Luiz Carlos vaga do

PR

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa

a vaga)

1 vaga

PP

Carlos Souza Luis Carlos

Heinze

Gladson Cameli

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

Neri Geller vaga

do PMDB

Raul Lima vaga

do Bloco PV, PPS

DEM

2 vagas Paulo Cesar

Quartiero

1 vaga

PR

2 vagas Lúcio Vale

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PSB

Laurez Moreira Glauber Braga

Valtenir Pereira vaga do PCdoB

PDT

Giovanni Queiroz

Ademir Camilo

Bloco PV, PPS

(Dep. do PP Arnaldo Jordy

ocupa a vaga) vaga do PSDB

Lindomar Garçon

PTB

1 vaga Ronaldo

Nogueira

PSC

Zequinha Marinho

Antônia Lúcia

PCdoB

Perpétua Almeida

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

Secretário(a): Iara Araújo Alencar Aires

Local: Anexo II - Sala T- 59

Telefones: 3216-6432

FAX: 3216-6440

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E

INFORMÁTICA

Presidente: Bruno Araújo (PSDB)

1º Vice-Presidente: Antonio Imbassahy (PSDB)

2º Vice-Presidente: Silas Câmara (PSC)

3º Vice-Presidente: Ruy Carneiro (PSDB)

Titulares Suplentes

PT

Carlinhos Almeida

Beto Faro

Emiliano José Biffi

Gilmar Machado

Dalva Figueiredo

Newton Lima Fernando

Marroni

Sibá Machado Joseph

Bandeira

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

Josias Gomes

(Dep. do PRTB ocupa a vaga)

(Dep. do PR ocupa a vaga)

PMDB

Hermes Parcianello

Benjamin Maranhão vaga do

PMN

Hugo Motta Júnior Coimbra

Marllos Sampaio

Manoel Junior

Rogério Peninha Mendonça

Wilson Filho

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

Wladimir Costa

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

(Dep. do PR ocupa a vaga)

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSDB

Antonio Imbassahy

Eduardo Azeredo

Bruno Araújo Paulo Abi-ackel

Manoel Salviano

Rodrigo de Castro

Ruy Carneiro Romero

Rodrigues

PP

Beto Mansur Carlos Souza

Missionário José Olimpio

Renzo Braz

Sandes Júnior Waldir

Maranhão

DEM

Arolde de Oliveira

Eli Correa Filho

Júlio Campos Rodrigo Maia

vaga do PTB

Marcos Montes Walter Ihoshi

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa

a vaga)

PR

Dr. Adilson Soares

Davi Alves Silva Júnior vaga do PT

Francisco Floriano

Gorete Pereira vaga do PMDB

José Rocha Izalci

Milton Monti

Wellington Roberto

PSB

Ariosto Holanda Domingos Neto

Luiza Erundina Edson Silva

Pastor Eurico vaga do PTB

Luiz Noé

Paulo Foletto vaga do PCdoB

Ribamar Alves

PDT

Miro Teixeira Brizola Neto

Salvador Zimbaldi

Félix Mendonça Júnior

Bloco PV, PPS

Lindomar Garçon

Fábio Ramalho vaga do DEM

Paulo Wagner Stepan

Nercessian

Sandro Alex vaga

do PTB (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PTB

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

Arnon Bezerra

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

PSC

Antônia Lúcia vaga do PT

1 vaga do Bloco PV,

PPS

Marcelo Aguiar vaga do PMDB

Takayama vaga do

PMDB

Ratinho Junior Zequinha Marinho

Silas Câmara vaga do PMN

PCdoB

Luciana Santos vaga do PMDB

Evandro Milhomen

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

PRB

Cleber Verde Jhonatan de

Jesus

Márcio Marinho vaga do PTdoB

PMN

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PTdoB

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

(Dep. do PSL ocupa a vaga)

Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de Oliveira

Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49

Telefones: 3216-6452 A 6458

FAX: 3216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

Presidente: João Paulo Cunha (PT)

1º Vice-Presidente: Arthur Oliveira Maia (PMDB)

2º Vice-Presidente: Vicente Candido (PT)

3º Vice-Presidente: Cesar Colnago (PSDB)

Titulares Suplentes

PT

Alessandro Molon

Assis Carvalho

Jilmar Tatto Décio Lima

João Paulo Cunha

Fátima Bezerra

João Paulo Lima

Gabriel Guimarães

José Mentor Márcio Macêdo

Luiz Couto Marina Santanna

Nelson Pellegrino

Nazareno Fonteles

Odair Cunha Pedro Eugênio

Ricardo Berzoini

Pedro Uczai

Rubens Otoni Sérgio Barradas

Carneiro

Vicente Candido

Sibá Machado

PMDB

Almeida Lima Francisco Escórcio

Arthur Oliveira Maia

Gabriel Chalita

Carlos Bezerra vaga do PMN

Gean Loureiro

Danilo Forte João Magalhães

Eduardo Cunha

Leandro Vilela

Fabio Trad vaga

do Bloco PV, PPS Mauro Lopes vaga

do PSB

Marçal Filho vaga do PSC

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa

a vaga)

Mauro Benevides

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

Mendes Ribeiro Filho

2 vagas

Osmar Serraglio

Solange Almeida

Wilson Filho

PSDB

André Dias Bruna Furlan

Bonifácio de Andrada

Bruno Araújo

Cesar Colnago vaga do PTB

Carlos Sampaio

João Campos Fernando

Francischini

Jorginho Mello Luiz Fernando Machado vaga do

DEM

Jutahy Junior Nelson

Marchezan Junior

Luiz Carlos Ricardo Tripoli

PP

Dimas Fabiano Cida Borghetti

Esperidião Amin

Dilceu Sperafico

Paulo Maluf Márcio Reinaldo

Moreira

Roberto Rebecca Garcia

Teixeira vaga do PTB

Vilson Covatti Roberto Balestra

Sandes Júnior

DEM

Efraim Filho Alexandre Leite

Felipe Maia Arolde de

Oliveira

Mendonça Filho

José Nunes

Mendonça Prado

Pauderney Avelino

Onyx Lorenzoni

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PR

Anthony Garotinho

Gorete Pereira

Henrique Oliveira

Jaime Martins

Maurício Quintella Lessa

Maurício Trindade

Ronaldo Fonseca

Sandro Mabel

Vicente Arruda (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PSB

Edson Silva Gonzaga

Patriota

Sandra Rosado

Laurez Moreira

Valtenir Pereira

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

(Dep. do PDT ocupa a vaga)

1 vaga

PDT

Brizola Neto José Carlos

Araújo

Félix Mendonça Júnior

Wolney Queiroz

Marcos Medrado

(Dep. do PMN ocupa a vaga)

Vieira da Cunha vaga do

PSB

Bloco PV, PPS

Fábio Ramalho

Alfredo Sirkis

Roberto Freire Moreira Mendes

vaga do PMDB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Sandro Alex

Sarney Filho

PTB

Arnaldo Faria de Sá

João Lyra

Paes Landim Nilton Capixaba

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

(Dep. do PP ocupa a vaga)

PSC

Pastor Marco Feliciano

Hugo Leal

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Sérgio Brito vaga

do PMDB

Silas Câmara

PCdoB

Delegado Protógenes

Chico Lopes

Evandro Milhomen

Daniel Almeida

PRB

Antonio Cleber Verde vaga

Bulhões do PR

Vitor Paulo

PMN

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Fábio Faria vaga do

PDT

Walter Tosta

PTdoB

(Dep. do PSL ocupa a vaga)

Lourival Mendes

Secretário(a): Rejane Salete Marques

Local: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 21

Telefones: 3216-6494

FAX: 3216-6499

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Presidente: Roberto Santiago (PV)

1º Vice-Presidente: César Halum (PPS)

2º Vice-Presidente: Ricardo Izar (PV)

3º Vice-Presidente: Wolney Queiroz (PDT)

Titulares Suplentes

PT

Joseph Bandeira

Carlinhos Almeida

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Cláudio Puty

(Dep. do PDT ocupa a vaga)

João Paulo Cunha

1 vaga Weliton Prado

PMDB

Gean Loureiro vaga do PT

Fabio Trad

Raimundão Nilda Gondim

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do PMN ocupa a vaga)

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSDB

Carlos Sampaio Rogério Marinho

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

PP

Iracema Portella Aline Corrêa

João Leão (Licenciado)

(Dep. do PSL ocupa a vaga)

DEM

Eli Correa Filho Augusto

Coutinho vaga do

PSDB

Walter Ihoshi 1 vaga

Hugo Napoleão

PR

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa

a vaga)

(Dep. do PDT ocupa a vaga)

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

PSB

Ana Arraes Valadares

Filho

PDT

José Carlos Araújo

Marcos Medrado

Reguffe vaga do PT

Wolney Queiroz

vaga do PR

Bloco PV, PPS

César Halum vaga

do PMDB Antônio Roberto

Ricardo Izar vaga

do PSDB

Dimas Ramalho vaga do

PR

Roberto Santiago

PTB

Nelson Marquezelli

Silvio Costa

PSC

Deley Carlos

Eduardo Cadoca

Lauriete vaga do

PMDB

PCdoB

Chico Lopes (Dep. do PRTB ocupa a vaga)

Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque Santos

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152

Telefones: 3216-6920 A 6922

FAX: 3216-6925

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,

INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Presidente: João Maia (PR)

1º Vice-Presidente: Felipe Bornier (PHS)

2º Vice-Presidente: Natan Donadon (PMDB)

3º Vice-Presidente: Romero Rodrigues (PSDB)

Titulares Suplentes

PT

Francisco Praciano

Jesus Rodrigues

Miguel Corrêa Jorge Boeira

Ronaldo Zulke Luiz Alberto

PMDB

Camilo Cola Fátima Pelaes

Natan Donadon Osmar Terra

(Dep. do PHS ocupa a vaga)

(Dep. do PP ocupa a vaga)

PSDB

Romero Rodrigues

Carlos Roberto vaga do DEM

Valdivino de Oliveira

Mara Gabrilli

Otavio Leite

PP

Renato Molling Simão Sessim

Vilson Covatti vaga do PMDB

DEM

Fernando Torres

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PR

João Maia Giacobo vaga do

PHS

Wellington Fagundes

PSB

Antonio Balhmann

Dr. Ubiali

(Dep. do PMN ocupa a vaga)

(Dep. do PCdoB ocupa a

vaga)

PDT

Ângelo Agnolin Damião

Feliciano

Bloco PV, PPS

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

Guilherme Mussi

PTB

João Lyra Jorge Corte

Real

José Augusto Maia vaga do Bloco

PV, PPS

PSC

Andre Moura Edmar Arruda

PHS

Felipe Bornier vaga do PMDB

(Dep. do PR ocupa a vaga)

(Dep. do PTdoB ocupa a vaga)

Secretário(a): Anamélia Lima Rocha Fernandes

Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33

Telefones: 3216-6601 A 6609

FAX: 3216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Presidente: Manoel Junior (PMDB)

1º Vice-Presidente: Roberto Britto (PP)

2º Vice-Presidente: José de Filippi (PT)

3º Vice-Presidente: Leopoldo Meyer (PSB)

Titulares Suplentes

PT

Eliane Rolim Artur Bruno

Fernando Marroni

João Paulo Lima

José de Filippi José Guimarães

PMDB

Francisco Escórcio vaga do

PTB Adrian vaga do PRP

Genecias Noronha vaga do

PSL

Edinho Araújo vaga do PSL

João Arruda Flaviano Melo

Manoel Junior Hugo Motta

Mauro Mariani Teresa Surita

PSDB

Bruna Furlan Alberto Mourão

William Dib (Dep. do PP

ocupa a vaga)

PP

Roberto Britto Arthur Lira vaga do

PSDB

Roberto Dorner vaga do PDT

Roberto Teixeira

DEM

Heuler Cruvinel (Dep. do PCdoB

ocupa a vaga)

PR

Zoinho João Carlos

Bacelar vaga do

PRTB

Paulo Freire

PSB

Leopoldo Meyer

Audifax

PDT

(Dep. do PP ocupa a vaga)

Marcelo Matos

Bloco PV, PPS

Rosane Ferreira

Arnaldo Jardim

PTB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

José Chaves

PRTB

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

(Dep. do PR ocupa a vaga)

PRP

(Dep. do PTC ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSL

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Secretário(a): Iracema Marques

Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188

Telefones: 3216-6551/ 6554

FAX: 3216-6560

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

Presidente: Manuela D'ávila (PCdoB)

1º Vice-Presidente: Domingos Dutra (PT)

2º Vice-Presidente: Arnaldo Jordy (PPS)

3º Vice-Presidente: Liliam Sá (PR)

Titulares Suplentes

PT

Domingos Dutra Luiz Couto

Edson Santos Marcon

Erika Kokay Vicentinho

Janete Rocha Pietá vaga do PTB

PMDB

3 vagas Fabio Trad

Íris de Araújo

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSDB

Marco Tebaldi (Licenciado)

Rogério Marinho

1 vaga (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PP

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

Jair Bolsonaro

DEM

1 vaga Paulo

Magalhães

PR

Liliam Sá Anderson

Ferreira

PSB

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

Keiko Ota

Luiza Erundina vaga do

PMDB

PDT

Manato Flávia Morais

Bloco PV, PPS

Arnaldo Jordy Henrique

Afonso

Geraldo Thadeu vaga do PP

PTB

(Dep. do PT ocupa a vaga)

Josué Bengtson

PSOL

Chico Alencar Jean Wyllys

PRP

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

(Dep. do PMN ocupa a vaga)

PTC

(Dep. do PMN ocupa a vaga)

(Dep. do PTdoB ocupa

a vaga)

Secretário(a): Márcio Marques de Araújo

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185

Telefones: 3216-6571

FAX: 3216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Presidente: Fátima Bezerra (PT)

1º Vice-Presidente: Lelo Coimbra (PMDB)

2º Vice-Presidente: Artur Bruno (PT)

3º Vice-Presidente: Alice Portugal (PCdoB)

Titulares Suplentes

PT

Artur Bruno Alessandro

Molon

Biffi Angelo

Vanhoni

Fátima Bezerra Eliane Rolim

Nazareno Fonteles

Emiliano José

Paulo Pimenta José de Filippi

vaga do PMDB

Pedro Uczai vaga

do PDT Newton Lima

Reginaldo Lopes Rui Costa vaga do

vaga do PRB PRB

Ságuas Moraes vaga do PSC

Waldenor Pereira vaga do PP

PMDB

Gabriel Chalita Mauro

Benevides vaga

do PR

Gastão Vieira Osmar

Serraglio

Joaquim Beltrão Pedro Chaves

vaga do PDT

Lelo Coimbra Renan Filho

Professor Setimo

Rogério Peninha

Mendonça

Raul Henry vaga do

PP (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

(Dep. do PT ocupa a vaga)

PSDB

Mara Gabrilli Bonifácio de

Andrada

Pinto Itamaraty Eduardo Barbosa

Rogério Marinho Jorginho Mello

vaga do PP

Nelson Marchezan

Junior

PP

Waldir Maranhão

Esperidião Amin

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

José Linhares

(Dep. do PT ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

DEM

Luiz Carlos Setim

Eleuses Paiva

Nice Lobão João Bittar

Professora Dorinha Seabra Rezende

1 vaga

PR

Izalci (Dep. do PSB ocupa a vaga)

Paulo Freire (Dep. do

PMDB ocupa a vaga)

Tiririca (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSB

Dr. Ubiali Ariosto

Holanda vaga do

PR

Luiz Noé Romário vaga do

PR

2 vagas

PDT

Paulo Rubem Santiago

Oziel Oliveira

(Dep. do PT ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)

Bloco PV, PPS

Antônio Roberto Penna

Stepan Nercessian

Rosane Ferreira

PTB

Alex Canziani Danrlei de

Deus Hinterholz

PSC

(Dep. do PT Pastor Marco

ocupa a vaga) Feliciano

PCdoB

Alice Portugal Jandira Feghali

PRB

(Dep. do PT ocupa a vaga)

(Dep. do PT ocupa a vaga)

Secretário(a): Jairo Luís Brod

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170

Telefones: 3216-6625/6626/6627/6628

FAX: 3216-6635

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

Presidente: Cláudio Puty (PT)

1º Vice-Presidente: Júnior Coimbra (PMDB)

2º Vice-Presidente:

3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PT

Andre Vargas Amauri Teixeira

Assis Carvalho José Mentor

Cláudio Puty Odair Cunha

José Guimarães Policarpo

Pedro Eugênio Reginaldo

Lopes

Pepe Vargas Ricardo Berzoini

Rui Costa vaga do

PDT Zeca Dirceu vaga

do PDT

Valmir Assunção vaga do

PMDB

PMDB

José Priante Arthur Oliveira

Maia

Júnior Coimbra Celso Maldaner

vaga do PR

Luciano Moreira Eduardo Cunha

Lucio Vieira Lima

Genecias Noronha

(Dep. do PT ocupa a vaga)

Lelo Coimbra vaga do Bloco PV, PPS

Reinhold Stephanes

Solange Almeida

PSDB

Alfredo Kaefer Antonio Carlos

Mendes Thame

Rui Palmeira Marcus

Pestana

Vaz de Lima Valdivino de

Oliveira

PP

Aguinaldo Ribeiro

José Otávio Germano

Jerônimo Goergen

Paulo Maluf

Márcio Reinaldo Moreira

Vilson Covatti vaga do DEM

1 vaga

DEM

Alexandre Leite Jairo Ataíde

Júlio Cesar João Bittar

Pauderney Avelino vaga do

Bloco PV, PPS

(Dep. do PP ocupa a vaga)

Rodrigo Maia

PR

Aelton Freitas João Maia

Maurício Trindade

Luciano Castro

(Dep. do PHS ocupa a vaga)

Maurício Quintella Lessa

vaga do PTB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSB

Audifax Jose Stédile

Fernando Coelho Filho

Mauro Nazif

PDT

João Dado André

Figueiredo

(Dep. do PT ocupa a vaga)

(Dep. do PT ocupa a vaga)

Bloco PV, PPS

Carmen Zanotto Arnaldo Jardim

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PTB

Jorge Corte Real

(Dep. do PR ocupa a vaga)

PSC

Edmar Arruda Marcelo Aguiar

PCdoB

1 vaga (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PRB

(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

Ricardo Quirino vaga do PCdoB

(Dep. do PRTB ocupa a vaga)

Secretário(a): Marcelle R. Campello Cavalcanti

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136

Telefones: 3216-6654/6655/6652

FAX: 3216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE

Presidente: Sérgio Brito (PSC)

1º Vice-Presidente: Carlos Brandão (PSDB)

2º Vice-Presidente: Jorge Boeira (PT)

3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PT

Angelo Vanhoni Devanir Ribeiro

Jorge Boeira Edson Santos

Sérgio Barradas Carneiro

Eudes Xavier

PMDB

Alexandre Santos

Edinho Bez

Edio Lopes vaga

do PP Eduardo Cunha

João Magalhães (Dep. do PDT ocupa a vaga)

Marcelo Castro vaga do PSC

Nelson Bornier

PSDB

Carlos Brandão Carlaile

Pedrosa

Delegado Waldir

Manoel Salviano

Fernando Francischini vaga

do PTB

Vanderlei Macris vaga do PSC

Vaz de Lima

vaga do PTB

PP

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Carlos Magno

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

Sandes Júnior

DEM

2 vagas Davi

Alcolumbre

Mendonça Filho

PR

Wellington Roberto

Anthony Garotinho vaga do

PSB

(Dep. do PTdoB ocupa a vaga)

Dr. Paulo César

(Dep. do PRTB ocupa a vaga)

PSB

Glauber Braga (Dep. do PR

ocupa a vaga)

PDT

Ademir Camilo João Dado

Marcos Medrado vaga do

PMDB

Bloco PV, PPS

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

Moreira Mendes

PTB

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PSC

Filipe Pereira vaga do PP

Deley vaga do

PCdoB

Sérgio Brito vaga (Dep. do PSDB

do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PCdoB

Osmar Júnior (Dep. do PSC ocupa a vaga)

Secretário(a): Regina Pereira Games

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161

Telefones: 3216-6671 A 6675

FAX: 3216-6676

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

Presidente: Vitor Paulo (PRB)

1º Vice-Presidente: Edivaldo Holanda Junior (PTC)

2º Vice-Presidente: Dr. Grilo (PSL)

3º Vice-Presidente: Jânio Natal (PRP)

Titulares Suplentes

PT

Fernando Ferro Fátima Bezerra

vaga do PR

Fernando Marroni

Leonardo Monteiro

Paulo Pimenta Marina

Santanna

Ságuas Moraes vaga do PR

Miriquinho Batista

Pedro Uczai vaga do PMDB

PMDB

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

(Dep. do PT ocupa a vaga)

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

2 vagas

1 vaga

PSDB

Luiz Fernando Machado

2 vagas

1 vaga

PP

Roberto Britto 2 vagas

Waldir Maranhão

DEM

Paulo Magalhães

1 vaga

PR

(Dep. do PT ocupa a vaga)

(Dep. do PT ocupa a vaga)

PSB

Glauber Braga vaga do PMDB

Jose Stédile

Luiza Erundina

PDT

Sebastião Bala Rocha

Paulo Rubem Santiago

Bloco PV, PPS

(Dep. do PSL ocupa a vaga)

Arnaldo Jordy

PTB

(Dep. do PRP ocupa a vaga)

Antonio Brito

PSC

Silas Câmara Erivelton Santana

PCdoB

(Dep. do PTC ocupa a vaga)

1 vaga

Secretário(a): Sônia Hypolito

Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122

Telefones: 3216-6692 / 6693

FAX: 3216-6700

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

Presidente: Giovani Cherini (PDT)

1º Vice-Presidente: Oziel Oliveira (PDT)

2º Vice-Presidente: Claudio Cajado (DEM)

3º Vice-Presidente: Penna (PV)

Titulares Suplentes

PT

Leonardo Monteiro

Assis do Couto

Márcio Macêdo

Domingos Dutra

Marina Santanna

Fernando Ferro

Zé Geraldo vaga do PSOL

Taumaturgo Lima vaga do PP

PMDB

Valdir Colatto Fernando Jordão

(Dep. do PDT ocupa a vaga)

Moacir Micheletto

(Dep. do PP ocupa a vaga)

Paulo Piau vaga do

PTB

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

PSDB

Nelson Marchezan Junior

Antonio Carlos Mendes Thame

Ricardo Tripoli Marcio Bittar

PP

Rebecca Garcia vaga do

PMDB

(Dep. do PT ocupa a vaga)

Toninho Pinheiro

DEM

Claudio Cajado vaga do

PSB Marcos Montes

Irajá Abreu

PR

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

Bernardo Santana de

Vasconcellos vaga

do PRTB

Homero Pereira

PSB

(Dep. do DEM ocupa a vaga)

Givaldo Carimbão

PDT

Giovani Cherini

Miro Teixeira

Oziel Oliveira vaga do PMDB

Bloco PV, PPS

Augusto Carvalho vaga do

PTB 1 vaga

Penna vaga do

PRTB

Sarney Filho

PTB

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSC

1 Vaga Lauriete

PSOL

(Dep. do PT ocupa a vaga)

Chico Alencar

PRTB

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do PR ocupa a vaga)

Secretário(a): Aurenilton Araruna de Almeida

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142

Telefones: 3216-6521 A 6526

FAX: 3216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Presidente: Luiz Fernando Faria (PP)

1º Vice-Presidente: Wladimir Costa (PMDB)

2º Vice-Presidente: Davi Alcolumbre (DEM)

3º Vice-Presidente: Simão Sessim (PP)

Titulares Suplentes

PT

Carlos Zarattini Andre Vargas

Fernando Ferro Gilmar

Machado

Gabriel Guimarães

Padre João

Luiz Alberto Ronaldo

Zulke

Weliton Prado (Dep. do PP

ocupa a vaga)

PMDB

Adrian Alexandre

Santos vaga do

PCdoB

Aníbal Gomes Edio Lopes

Antônio Andrade João Arruda

Edinho Bez vaga do

PSB Leonardo

Quintão

Fernando Jordão Professor

Setimo

Luiz Otavio vaga do

PCdoB (Dep. do PSB ocupa a vaga)

Ronaldo Benedet vaga do PTB

Wladimir Costa

PSDB

Berinho Bantim André Dias

Luiz Fernando Machado vaga do

PSB

Carlos Brandão

Paulo Abi-ackel Domingos

Sávio

Sergio Guerra vaga

do PSC

Wandenkolk Gonçalves

PP

José Otávio Germano

Aguinaldo Ribeiro

Luiz Fernando Faria

Carlos Souza vaga do PT

Simão Sessim Dimas

Fabiano

Luiz Argôlo

DEM

Davi Alcolumbre Abelardo

Lupion

Onofre Santo Agostini

Fernando Torres

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a

Júlio Campos

vaga)

PR

Bernardo Santana de Vasconcellos

Aracely de Paula

João Carlos Bacelar

Laercio Oliveira

PSB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Antonio Balhmann vaga

do PMDB

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

Ribamar Alves

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

PDT

Marcelo Matos Ângelo Agnolin

Bloco PV, PPS

Arnaldo Jardim Arnaldo Jordy

Dr. Aluizio Paulo Wagner

Guilherme Mussi vaga do DEM

PTB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Sabino Castelo Branco

PSC

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

Nelson Padovani

PCdoB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa

a vaga)

PRB

(Dep. do PRTB ocupa a vaga)

George Hilton vaga do PSB

(Dep. do PTdoB ocupa

a vaga)

Secretário(a): Damaci Pires de Miranda

Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56

Telefones: 3216-6711 / 6713

FAX: 3216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA

NACIONAL

Presidente: Carlos Alberto Leréia (PSDB)

1º Vice-Presidente: Fábio Souto (DEM)

2º Vice-Presidente: Eduardo Azeredo (PSDB)

3º Vice-Presidente: Vitor Paulo (PRB)

Titulares Suplentes

PT

Arlindo Chinaglia

Benedita da Silva

Dalva Figueiredo

Carlos Zarattini

Décio Lima Janete Rocha

Pietá

Dr. Rosinha Jilmar Tatto

Henrique Fontana

Leonardo Monteiro

(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

Paulo Pimenta

PMDB

Átila Lins Almeida Lima

Flaviano Melo André Zacharow

Geraldo Resende vaga do

PP

Marcelo Castro vaga do PSB

Íris de Araújo Raul Henry vaga

do PMN

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa

a vaga)

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PSDB

Antonio Carlos Mendes Thame

Berinho Bantim

Carlos Alberto Leréia

Luiz Nishimori

Eduardo Azeredo

Reinaldo Azambuja

PP

Cida Borghetti Beto Mansur

Jair Bolsonaro Missionário

José Olimpio

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Renato Molling

DEM

Fábio Souto Claudio Cajado

Hugo Napoleão Mandetta

PR

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

José Rocha

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

Vicente Arruda

PSB

Gonzaga Patriota

Abelardo Camarinha

Jefferson Campos

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PDT

Damião Feliciano

Salvador Zimbaldi

Sebastião Bala Vieira da Cunha

Rocha

Bloco PV, PPS

Alfredo Sirkis Augusto

Carvalho vaga do

PSC

Dimas Ramalho vaga do

PMDB

Geraldo Thadeu vaga do PMDB

Roberto de Lucena vaga do

PTdoB

Stepan Nercessian

PTB

Arnon Bezerra Antonio Brito

Paes Landim vaga do PMDB

PSC

Takayama (Dep. do Bloco PV, PPS ocupa

a vaga)

PCdoB

Aldo Rebelo Perpétua Almeida

PMN

Jaqueline Roriz (Dep. do PMDB

ocupa a vaga)

PTdoB

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

Secretário(a): Ana Cristina Oliveira

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125

Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737

FAX: 3216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO

CRIME ORGANIZADO

Presidente: Mendonça Prado (DEM)

1º Vice-Presidente: Fernando Francischini (PSDB)

2º Vice-Presidente: Enio Bacci (PDT)

3º Vice-Presidente: José Augusto Maia (PTB)

Titulares Suplentes

PT

Alessandro Molon

Benedita da Silva

Domingos Dutra Dalva

Figueiredo

Nelson Pellegrino

Emiliano José

PMDB

Alberto Filho Edio Lopes

Marllos Sampaio

Fátima Pelaes

(Dep. do PMN ocupa a vaga)

Mauro Lopes

PSDB

Fernando Francischini

Carlos Sampaio

João Campos vaga do PSC

Delegado Waldir

Romero Rodrigues

Pinto Itamaraty vaga do Bloco PV, PPS

William Dib vaga

do PP

PP

Arthur Lira vaga do PDT

Jair Bolsonaro (Dep. do PRB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

DEM

Mendonça Prado

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

PR

(Dep. do PTdoB ocupa a vaga)

Ronaldo Fonseca

PSB

Keiko Ota Gonzaga

Patriota

Pastor Eurico vaga do DEM

PDT

Enio Bacci (Dep. do PP

ocupa a vaga)

Bloco PV, PPS

Stepan Nercessian

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PTB

José Augusto Maia

Arnaldo Faria de Sá

PSC

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

Hugo Leal

PCdoB

Perpétua Almeida

Delegado Protógenes

Secretário(a): Ricardo Menezes Perpétuo

Local: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-C

Telefones: 3216-6761 / 6762

FAX: 3216-6770

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

Presidente: Saraiva Felipe (PMDB)

1º Vice-Presidente: Padre João (PT)

2º Vice-Presidente: Dr. Paulo César (PR)

3º Vice-Presidente: Professora Marcivania (PT)

Titulares Suplentes

PT

Amauri Teixeira Arlindo

Chinaglia

Benedita da Silva

Dr. Rosinha

Chico D'angelo Erika Kokay

Padre João Henrique Fontana

Professora Marcivania

Luci Choinacki

Rogério Carvalho

Pepe Vargas

PMDB

André Zacharow

Danilo Forte

Darcísio Perondi

Geraldo Resende

Elcione Barbalho

Marllos Sampaio

Nilda Gondim Raimundão

Osmar Terra vaga do Bloco PV, PPS

(Dep. do PMN ocupa a vaga)

Saraiva Felipe

Teresa Surita vaga do PSC

PSDB

Eduardo Barbosa

Andreia Zito

Marcus Pestana Cesar Colnago

Raimundo Gomes de Matos

João Campos

PP

Aline Corrêa Cida Borghetti

vaga do PR

José Linhares Iracema Portella

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

Toninho Pinheiro

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

DEM

Eleuses Paiva Alexandre Leite

Lael Varella Ronaldo Caiado

Mandetta (Dep. do PTB

ocupa a vaga)

PR

Dr. Paulo César Davi Alves Silva

Júnior

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PP ocupa a vaga)

(Dep. do PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PRP ocupa a vaga)

PSB

Alexandre Roso Pastor Eurico

Givaldo Carimbão

Paulo Foletto

PDT

Dr. Jorge Silva Flávia Morais

Sueli Vidigal Salvador Zimbaldi

Bloco PV, PPS

Henrique Afonso

Dr. Aluizio

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Roberto de Lucena

PTB

Antonio Brito Arnaldo Faria

de Sá

Celia Rocha vaga Eros Biondini

do PP vaga do DEM

PSC

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Pastor Marco Feliciano

PCdoB

Jandira Feghali Jô Moraes

João Ananias vaga do PR

PRB

Jhonatan de Jesus

Acelino Popó vaga do PP

Antonio Bulhões

Secretário(a): Lin Israel Costa dos Santos

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145

Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786

FAX: 3216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E

SERVIÇO PÚBLICO

Presidente: Silvio Costa (PTB)

1º Vice-Presidente: Eros Biondini (PTB)

2º Vice-Presidente: Sabino Castelo Branco (PTB)

3º Vice-Presidente: Augusto Coutinho (DEM)

Titulares Suplentes

PT

Eudes Xavier Bohn Gass

Policarpo Nelson

Pellegrino

Vicentinho Rogério

Carvalho

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PMDB

Fátima Pelaes Darcísio Perondi

(Dep. do PR ocupa a vaga)

Edinho Bez vaga

do PT

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

Elcione Barbalho

1 vaga Leonardo

Quintão

(Dep. do PCdoB ocupa a

vaga)

PSDB

Andreia Zito João Campos

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

Jutahy Junior

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PP

Roberto Balestra

Luiz Fernando Faria

(Dep. do PDT ocupa a vaga)

(Dep. do PDT ocupa a vaga)

DEM

Augusto Coutinho

Efraim Filho

1 vaga Irajá Abreu

PR

Gorete Pereira vaga do PMDB

Henrique Oliveira

Laercio Oliveira (Dep. do PMN ocupa a vaga)

Luciano Castro

Sandro Mabel vaga do PRB

PSB

Mauro Nazif Alexandre Roso

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

Sandra Rosado

PDT

Flávia Morais vaga do PP

André Figueiredo vaga

do PP

Paulo Pereira da Silva

Sebastião Bala Rocha

Bloco PV, PPS

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

Roberto Santiago

PTB

Eros Biondini vaga do PSDB

Alex Canziani vaga do PSDB

Ronaldo Nogueira vaga do

PSDB Jovair Arantes

Sabino Castelo Branco vaga do

PMDB

Sérgio Moraes vaga do PT

Silvio Costa

Walney Rocha vaga do Bloco PV, PPS

PSC

Erivelton Santana

Filipe Pereira

PCdoB

Assis Melo Alice Portugal

Daniel Almeida vaga do PSB

Manuela D'ávila vaga do PMDB

PRB

(Dep. do PR ocupa a vaga)

Heleno Silva

Secretário(a): José Mauro Meira Magalhães

Local: Anexo II, Sala T 50

Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807

FAX: 3216-6815

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

Presidente: Jonas Donizette (PSB)

1º Vice-Presidente: Romário (PSB)

2º Vice-Presidente: Valadares Filho (PSB)

3º Vice-Presidente: Renan Filho (PMDB)

Titulares Suplentes

PT

José Airton Chico D'angelo

Luci Choinacki Vicente Candido

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

(Dep. do PDT ocupa a vaga)

PMDB

Benjamin Maranhão

Edinho Bez

Renan Filho Hermes

Parcianello

(Dep. do PMN ocupa a vaga)

Joaquim Beltrão

PSDB

Carlaile Pedrosa

Rui Palmeira

Otavio Leite Ruy Carneiro

PP

Afonso Hamm Roberto Britto

Renzo Braz (Dep. do PTB

ocupa a vaga)

DEM

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

Fábio Souto

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

Professora Dorinha Seabra

Rezende

PR

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

Giroto

José Rocha vaga

do Bloco PV, PPS

PSB

Domingos Neto vaga do DEM

Jefferson Campos

Jonas Donizette

Romário vaga do

DEM

Valadares Filho vaga do PT

PDT

André Figueiredo

Dr. Jorge Silva

Manato vaga do PT

Bloco PV, PPS

Rubens Bueno (Dep. do PR

ocupa a vaga)

PTB

Danrlei de Deus Hinterholz

Arnon Bezerra vaga do PP

Walney Rocha

PSC

Carlos Eduardo Cadoca

Andre Moura

PCdoB

Jô Moraes Delegado

Protógenes

Secretário(a): James Lewis Gorman Júnior

Local: Anexo II, Ala A , Sala 5,Térreo

Telefones: 3216-6837 / 6832 / 6833

FAX: 3216-6835

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

Presidente: Edson Ezequiel (PMDB)

1º Vice-Presidente: Washington Reis (PMDB)

2º Vice-Presidente: Lázaro Botelho (PP)

3º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSC)

Titulares Suplentes

PT

Devanir Ribeiro José Airton

Geraldo Simões

Rubens Otoni

Zeca Dirceu Vander Loubet

(Dep. do PR ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

(Dep. do PR ocupa a vaga)

1 vaga

PMDB

Edinho Araújo Camilo Cola

Edson Ezequiel Francisco

Escórcio vaga do

PTB

Leonardo Quintão vaga do

PCdoB Marinha Raupp

Mauro Lopes vaga do PSDB

Mauro Mariani

Newton Cardoso

Ronaldo Benedet vaga do PT

Washington (Dep. do PDT

Reis ocupa a vaga)

PSDB

Alberto Mourão Carlos Alberto

Leréia

Carlos Roberto vaga do DEM

Mara Gabrilli

Vanderlei Macris

William Dib

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PP

Lázaro Botelho Jerônimo Goergen

Luiz Argôlo Raul Lima

(Dep. do PR ocupa a vaga)

Zonta

DEM

Eduardo Sciarra

Lael Varella

João Bittar Vitor Penido

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa

a vaga)

PR

Anderson Ferreira vaga do PP

Francisco Floriano

Aracely de Paula vaga do PDT

Liliam Sá

Diego Andrade vaga do PT

Zoinho vaga do PHS

Giroto

Jaime Martins vaga do PT

Lúcio Vale vaga

do PSOL

Milton Monti

Wellington

Fagundes vaga do

PHS

PSB

Abelardo Camarinha

Gonzaga Patriota

Jose Stédile Leopoldo Meyer

PDT

(Dep. do PR ocupa a vaga)

Giovani Cherini

Zé Silva vaga do

PMDB

Bloco PV, PPS

(Dep. do PRP ocupa a vaga)

Arnaldo Jardim vaga do PCdoB

Fábio Ramalho

Ricardo Izar vaga

do DEM

PTB

José Chaves (Dep. do PMDB

ocupa a vaga)

PSC

Hugo Leal Sérgio Brito

PCdoB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa

a vaga)

PTdoB

Lourival Mendes

(Dep. do PTC ocupa a vaga)

PSOL

(Dep. do PR ocupa a vaga)

1 vaga

PHS

(Dep. do PR ocupa a vaga)

(Dep. do PR ocupa a vaga)

Secretário(a): Admar Pires dos Santos

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175

Telefones: 3216-6853 A 6856

FAX: 3216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO E

APRESENTAR PROPOSTAS EM RELAÇÃO À REFORMA POLÍTICA.

Presidente: Almeida Lima (PMDB)

1º Vice-Presidente: Edinho Araújo (PMDB)

2º Vice-Presidente: William Dib (PSDB)

3º Vice-Presidente: Ronaldo Caiado (DEM)

Relator: Henrique Fontana (PT)

Titulares Suplentes

PT

Erika Kokay Bohn Gass

Henrique Fontana

Fernando Ferro

João Paulo Lima

Luci Choinacki

José Guimarães

Luiz Alberto

Ricardo Berzoini

Sibá Machado

Rubens Otoni Taumaturgo

Lima

Waldenor Pereira

Vicente Candido

PMDB

Alceu Moreira Danilo Forte

Almeida Lima Eduardo Cunha

Edinho Araújo Íris de Araújo

Mauro Benevides

Marcelo Castro

Newton Cardoso

Professor Setimo

(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

Raul Henry

PSDB

Antonio Carlos Mendes Thame

Alfredo Kaefer

Eduardo Azeredo

Bonifácio de Andrada

Marcus Pestana

Marcio Bittar

William Dib Romero

Rodrigues

PP

Esperidião Amin

Aguinaldo Ribeiro

José Otávio Germano

Arthur Lira

Paulo Maluf Márcio Reinaldo

Moreira

Simão Sessim Roberto Balestra

DEM

Augusto Coutinho

Eleuses Paiva

Efraim Filho Felipe Maia

Pauderney Avelino

Mendonça Filho

Ronaldo Caiado

Onofre Santo Agostini

PR

Luciano Castro Maurício

Quintella Lessa

Valdemar Costa Neto

(Dep. do PHS ocupa a vaga)

Vicente Arruda (Dep. do PTdoB

ocupa a vaga)

PSB

Luiza Erundina Jefferson Campos

Ribamar Alves Pastor Eurico

Valtenir Pereira Valadares Filho

PDT

Miro Teixeira Félix Mendonça

Júnior

Reguffe Sueli Vidigal

Bloco PV, PPS

Alfredo Sirkis Penna

Sandro Alex Rosane Ferreira

PTB

Arnaldo Faria de Sá

Eros Biondini

Jovair Arantes Paes Landim

PSC

Carlos Eduardo Cadoca

Edmar Arruda

PCdoB

Daniel Almeida Delegado

Protógenes

PRB

Vitor Paulo George Hilton

PMN

Fábio Faria Dr. Carlos

Alberto

Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro Marques

Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A

Telefones: (61) 3216-6214

FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL PARA EFETUAR ESTUDO SOBRE AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO CONSUMO ABUSIVO DE

ÁLCOOL ENTRE CIDADÃOS BRASILEIROS E, ESPECIALMENTE, AS RAZÕES QUE DETERMINAM O

AUMENTO EXPONENCIAL DO CONSUMO DESSA SUBSTÂNCIA NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS.

Presidente: Geraldo Resende (PMDB)

1º Vice-Presidente: Jesus Rodrigues (PT)

2º Vice-Presidente: Mandetta (DEM)

3º Vice-Presidente: Aline Corrêa (PP)

Relator: Vanderlei Macris (PSDB)

Titulares Suplentes

PT

Jesus Rodrigues Domingos

Dutra

Paulo Pimenta Emiliano José

Reginaldo Lopes Henrique Fontana

1 vaga 1 vaga

PMDB

Geraldo Resende

Alberto Filho

Leandro Vilela Darcísio Perondi

Marllos Sampaio Solange Almeida

Nilda Gondim (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSDB

Fernando Francischini

Bruno Araújo

Vanderlei Macris João Campos

Vaz de Lima 1 vaga

PP

Aline Corrêa Afonso Hamm

Toninho Pinheiro José Linhares

DEM

Mandetta 2 vagas

Professora Dorinha Seabra Rezende

PR

Paulo Freire Anthony

Garotinho

Ronaldo Fonseca

(Dep. do PTC ocupa a vaga)

PSB

Givaldo Carimbão

Domingos Neto

Pastor Eurico Keiko Ota

PDT

Sueli Vidigal 1 vaga

Bloco PV, PPS

Dr. Aluizio 1 vaga

PTB

José Augusto Maia

1 vaga

PSC

Marcelo Aguiar Erivelton

Santana vaga do

PMDB

Pastor Marco Feliciano

PCdoB

João Ananias Chico Lopes

PRTB

Aureo Vinicius Gurgel

Secretário(a): Heloísa Maria Diniz

Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A

Telefones: (61) 3216-6201

FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO E

APRESENTAR PROPOSTAS EM RELAÇÃO ÀS MEDIDAS PREVENTIVAS E SANEADORAS DIANTE DE CATÁSTROFES

CLIMÁTICAS.

Presidente: Perpétua Almeida (PCdoB)

1º Vice-Presidente: Onofre Santo Agostini (DEM)

2º Vice-Presidente: Jorginho Mello (PSDB)

3º Vice-Presidente: Dr. Paulo César (PR)

Relator: Glauber Braga (PSB)

Titulares Suplente s

PT

Décio Lima Chico D'angelo

José Airton Fernando Ferro

Leonardo Monteiro

Jorge Boeira

Luci Choinacki Pedro Eugênio

PMDB

Adrian Fernando

Jordão

Celso Maldaner

João Magalhães

Edinho Araújo (Dep. do PSC ocupa a vaga)

Mauro Lopes 1 vaga

PSDB

Andreia Zito 3 vagas

Jorginho Mello

Otavio Leite

PP

Márcio Reinaldo Moreira

Arthur Lira

Simão Sessim Esperidião Amin

DEM

Heuler Cruvinel

Arolde de Oliveira

Onofre Santo Agostini

Vitor Penido

PR

Anthony Garotinho

(Dep. do PRTB ocupa a vaga)

Dr. Paulo César

(Dep. do PTC ocupa a vaga)

PSB

Audifax Paulo Foletto

Glauber Braga 1 vaga

PDT

Marcelo Matos Ademir Camilo

Bloco PV, PPS

Stepan Nercessian

Dr. Aluizio

PTB

Walney Rocha Eros Biondini

PSC

Hugo Leal Andre Moura

Silas Câmara vaga do PMDB

PCdoB

Perpétua Almeida

Jandira Feghali

PRB

Vitor Paulo Antonio Bulhões

PTdoB

Cristiano Rosinha da

Adefal

Secretário(a): Fernando Maia Leão

Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A

Telefones: (61) 3216-6205

FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 10-A, DE

1995, DO SR. ADHEMAR DE BARROS FILHO, QUE "MODIFICA O ART. 45 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E ACRESCENTA PARÁGRAFOS AO MESMO ARTIGO",

CRIANDO O SISTEMA DISTRITAL MISTO

Presidente: Almeida Lima (PMDB)

1º Vice-Presidente: Edinho Araújo (PMDB)

2º Vice-Presidente: William Dib (PSDB)

3º Vice-Presidente: Ronaldo Caiado (DEM)

Titulares Suplentes

PT

Erika Kokay Bohn Gass

Henrique Fontana

Fernando Ferro

João Paulo Lima

Luci Choinacki

José Guimarães

Luiz Alberto

Ricardo Berzoini

Sibá Machado

Rubens Otoni Taumaturgo

Lima

Waldenor Pereira

Vicente Candido

PMDB

Alceu Moreira Danilo Forte

Almeida Lima Eduardo Cunha

Edinho Araújo Íris de Araújo

Gabriel Chalita Marcelo Castro

Mauro Benevides

Professor Setimo

Newton Cardoso

Raul Henry

PSDB

Antonio Carlos Mendes Thame

Alfredo Kaefer

Eduardo Azeredo

Bonifácio de Andrada

Marcus Pestana

Marcio Bittar

William Dib Romero

Rodrigues

PP

Esperidião Amin

Aguinaldo Ribeiro

José Otávio Germano

Arthur Lira

Paulo Maluf Márcio Reinaldo

Moreira

Simão Sessim Roberto Balestra

DEM

Augusto Coutinho

Felipe Maia

Efraim Filho Mandetta

Pauderney Avelino

Mendonça Filho

Ronaldo Caiado

Onyx Lorenzoni

PR

Jaime Martins Maurício

Quintella Lessa

Luciano Castro (Dep. do PHS ocupa a vaga)

Vicente Arruda 1 vaga

PSB

Luiza Erundina Jefferson Campos

Ribamar Alves Valadares Filho

Valtenir Pereira 1 vaga

PDT

Miro Teixeira Félix Mendonça

Júnior

Reguffe Sueli Vidigal

Bloco PV, P PS

Alfredo Sirkis Roberto Freire

Sandro Alex Rosane Ferreira

PTB

Antonio Brito Arnaldo Faria

de Sá

Walney Rocha Paes Landim

PSC

Carlos Eduardo Cadoca

Edmar Arruda

PCdoB

Daniel Almeida Delegado

Protógenes

PRB

George Hilton Vitor Paulo

PTdoB

Lourival Mendes

1 vaga

Secretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

AO PROJETO DE LEI Nº 7495, DE 2006, DO SENADO

FEDERAL, QUE "REGULAMENTA OS §§ 4º E 5º DO ART. 198 DA CONSTITUIÇÃO, DISPÕE SOBRE O APROVEITAMENTO DE PESSOAL AMPARADO PELO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 2º DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 51, DE 14 DE

FEVEREIRO DE 2006, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" (CRIA 5.365 EMPREGOS PÚBLICOS DE AGENTE DE COMBATE ÀS

ENDEMIAS, NO ÂMBITO DO QUADRO SUPLEMENTAR DE COMBATE ÀS ENDEMIAS DA FUNASA)

Presidente:

1º Vice-Presidente:

2º Vice-Presidente:

3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PT

Domingos Dutra

Alessandro Molon

Josias Gomes Amauri Teixeira

vaga do PMDB

Padre Ton Erika Kokay

Ságuas Moraes Fátima Bezerra

vaga do PR

Miriquinho Batista

Vicentinho

PMDB

Benjamin Maranhão

Alberto Filho

Geraldo Resende

André Zacharow

Osmar Terra Leandro Vilela

Pedro Chaves (Dep. do PT

ocupa a vaga)

PSDB

João Campos Andreia Zito

Raimundo Gomes de Matos

Antonio Imbassahy

Romero Rodrigues

1 vaga

PP

Aline Corrêa José Linhares

Roberto Britto Toninho Pinheiro

DEM

Efraim Filho Fábio Souto

Mendonça Prado

Mandetta

PR

Dr. Paulo César Liliam Sá

(Dep. do PHS ocupa a vaga)

(Dep. do PT ocupa a vaga)

PSB

Mauro Nazif Ribamar Alves

Valtenir Pereira 1 vaga

PDT

Flávia Morais Dr. Jorge Silva

Bloco PV, PPS

Carmen Zanotto

Rosane Ferreira

PTB

Ronaldo Nogueira

Arnaldo Faria de Sá

PSC

Carlos Eduardo Cadoca

Andre Moura

PCdoB

Jô Moraes Alice Portugal

PRB

Jorge Pinheiro 1 vaga

PRP

Jânio Natal 1 vaga

Tecnológica

Secretário(a): -

Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

AO PROJETO DE LEI Nº 8035, DE 2010, DO PODER EXECUTIVO, QUE "APROVA O PLANO NACIONAL DE

EDUCAÇÃO PARA O DECÊNIO 2011-2020 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS"

Presidente: Gastão Vieira (PMDB)

1º Vice-Presidente: Teresa Surita (PMDB)

2º Vice-Presidente: Nelson Marchezan Junior (PSDB)

3º Vice-Presidente: Alex Canziani (PTB)

Relator: Angelo Vanhoni (PT)

Titulares Suplentes

PT

Angelo Vanhoni Alessandro

Molon

Emiliano José Artur Bruno

Fátima Bezerra Biffi

Newton Lima Dr. Rosinha vaga

do PRB

Gilmar Machado

PMDB

Gastão Vieira Gabriel Chalita

vaga do PSB

Lelo Coimbra vaga do PMN

Joaquim Beltrão

Raul Henry Luciano

Moreira vaga do

PMN

Renan Filho Osmar

Serraglio

Teresa Surita Pedro Chaves

Professor Setimo

PSDB

Eduardo Barbosa

Jorginho Mello

Nelson Marchezan Junior

Mara Gabrilli

Rogério Marinho Raimundo Gomes de

Matos

PP

José Linhares Esperidião

Amin

Waldir Maranhão

(Dep. do PR ocupa a vaga)

DEM

Nice Lobão Marcos Montes

Professora Dorinha Seabra Rezende

Onyx Lorenzoni

PR

Izalci Paulo Freire

Neilton Mulim Ronaldo

Fonseca vaga do

PP

(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PSB

Ariosto Holanda Luiz Noé

Dr. Ubiali (Dep. do

PMDB ocupa a vaga)

PDT

Paulo Rubem Santiago

Brizola Neto

Bloco PV, PPS

Antônio Roberto Stepan

Nercessian

PTB

Alex Canziani Paes Landim

PSC

Hugo Leal Andre Moura

PCdoB

Alice Portugal Chico Lopes

PRB

Márcio Marinho (Dep. do PT

ocupa a vaga)

PMN

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)

Secretário(a): Maria Terezinha Donati

Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A

Telefones: (61) 3216-6215

FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROMOVER ESTUDOS E PROPOSIÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS E DE PROJETOS

DE LEI DESTINADOS A COMBATER E PREVENIR OS EFEITOS DO CRACK E DE OUTRAS DROGAS ILÍCITAS.

Presidente: Reginaldo Lopes (PT)

1º Vice-Presidente: Wilson Filho (PMDB)

2º Vice-Presidente: João Campos (PSDB)

3º Vice-Presidente: Iracema Portella (PP)

Relator: Givaldo Carimbão (PSB)

Titulares Suplentes

PT

Luiz Couto Artur Bruno

Nelson Pellegrino

José Guimarães

Reginaldo Lopes

Paulo Pimenta

Rogério Carvalho

Weliton Prado

PMDB

Fabio Trad Fátima Pelaes

Hugo Motta Leonardo

Quintão vaga do

PSDB

Wilson Filho Marllos Sampaio

(Dep. do PMN ocupa a vaga)

Osmar Terra

Raimundão

PSDB

Delegado Waldir

Eduardo Barbosa

João Campos Fernando

Francischini

William Dib (Dep. do PMDB

ocupa a vaga)

PP

Afonso Hamm Aline Corrêa

Iracema Portella

José Linhares

DEM

Eli Correa Filho

Augusto Coutinho

Fábio Souto Mandetta

PR

Anderson Ferreira vaga do

PSOL Dr. Paulo César

Giacobo Liliam Sá

(Dep. do PRTB ocupa a vaga)

PSB

Domingos Neto

Pastor Eurico

Givaldo Carimbão

Sandra Rosado

PDT

Vieira da Cunha

Dr. Jorge Silva

Bloco PV, PPS

Rosane Ferreira

Geraldo Thadeu

PTB

Arnaldo Faria de Sá

Ronaldo Nogueira

PSC

(Dep. do PHS ocupa a vaga)

Marcelo Aguiar

PCdoB

Evandro Milhomen

Delegado Protógenes

PRB

Ricardo Quirino

Otoniel Lima

PSOL

(Dep. do PR ocupa a vaga)

1 vaga

Secretário(a): Fátima Moreira

Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A

Telefones: (61) 3216-6204

FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL PARA ANALISAR TODOS OS

ARTIGOS AINDA NÃO REGULAMENTADOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.

Presidente:

1º Vice-Presidente:

2º Vice-Presidente:

3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

Secretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR AS

SOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMO SOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE

SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NA RESOLUÇÃO N º 29, DE 1993

Presidente: Fabio Trad (PMDB)

1º Vice-Presidente:

2º Vice-Presidente:

3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PMDB

Fabio Trad

PSDB

Nelson Marchezan Junior

PDT

Félix Mendonça Júnior

Secretário(a): EUGÊNIA Kimie Suda Camacho Pestana

Local: Anexo II, CEDI, 1º Piso

Telefones: (61) 3216-5631

FAX: (61) 3216-5605

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROMOVER ESTUDOS

E PROPOSIÇÕES VOLTADAS À REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO TERCEIRIZADO NO BRASIL.

Presidente: Sandro Mabel (PR)

1º Vice-Presidente:

2º Vice-Presidente:

3º Vice-Presidente:

Relator: Roberto Santiago (PV)

Titulares Suplentes

PT

Eudes Xavier Bohn Gass

Gilmar Machado

Nelson Pellegrino

Policarpo Rogério Carvalho

Vicentinho 1 vaga

PMDB

Adrian Gean Loureiro

Darcísio Perondi

Leonardo Quintão

Edio Lopes (Dep. do PTB

ocupa a vaga)

José Priante (Dep. do Bloco

PV, PPS ocupa a vaga)

PSDB

Alfredo Kaefer André Dias

Carlos Sampaio

Reinaldo Azambuja

Jutahy Junior 1 vaga

PP

Jerônimo Goergen

Aguinaldo Ribeiro

José Otávio Germano

Aline Corrêa

DEM

Augusto Coutinho

Efraim Filho

Onyx Lorenzoni

1 vaga

PR

Gorete Pereira vaga do

PTC Aelton Freitas

Laercio Oliveira

Luciano Castro

Sandro Mabel

PSB

Dr. Ubiali Alexandre Roso

Mauro Nazif Sandra Rosado

PDT

Paulo Pereira da Silva

João Dado

Bloco PV, PPS

Roberto Santiago

Moreira Mendes

Stepan Nercessian vaga do

PMDB

PTB

Silvio Costa Arnaldo Faria de

Sá vaga do PMDB

Ronaldo Nogueira

PSC

Andre Moura Nelson Padovani

PCdoB

Assis Melo 1 vaga

PRB

Ricardo Heleno Silva

Quirino

PTC

(Dep. do PR ocupa a vaga)

1 vaga

Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade

Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A

Telefones: (61) 3216 6207

FAX: (61) 3216 6225

COMISSÃO EXTERNA PARA ACOMPANHAR AS

INVESTIGAÇÕES SOBRE OS FATOS E AS CIRCUNSTÂNCIAS QUE ENVOLVEM OS DESVIOS DE RECURSOS PÚBLICOS OCORRIDOS NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO PARÁ.

Coordenador: Cláudio Puty (PT)

Titulares Suplentes

PT

Cláudio Puty

Francisco Praciano

PCdoB

Delegado Protógenes

PSOL

Jean Wyllys

Secretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA PARA FISCALIZAR AS ENTRADAS DE PRODUTOS ORIUNDOS DO JAPÃO NO PORTO DE SANTOS.

Coordenador: Roberto Santiago (PV)

Titulares Suplentes

PSDB

Carlos Sampaio

DEM

Walter Ihoshi

PV

Ricardo Izar

Roberto Santiago

Secretário(a): Valdivino

Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A

Telefones: (61) 3216-6206

FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO EXTERNA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, SEM

ÔNUS PARA ESTA CASA, DESTINADA A ANALISAR E DISCUTIR O LEGADO A SER DEIXADO PELA COPA DO

MUNDO DE 2014 E DOS JOGOS OLÍMPICOS E PARAOLÍMPICOS DE 2016 PARA A CIDADE DO RIO DE

JANEIRO E SUA REGIÃO METROPOLITANA.

Titulares Suplentes

PT

Alessandro Molon

DEM

Arolde de Oliveira

PR

Liliam Sá

PSB

Glauber Braga

PDT

Marcelo Matos

PSC

Filipe Pereira

PRB

Vitor Paulo

Secretário(a): -

Lançamentos da Edições Câmara

LOCAL DE VENDA

Livraria MillerEd. Principal e Anexo IVda Câmara dos Deputados Telefone: (61) 3216-9971

INFORMAÇÕES

Coordenação Edições CâmaraTelefones: (61) 3216-5809

E-mail: [email protected]: http://www2.camara.gov.br/internet/publicacoes/edicoes

� Lei 8.112/90 ISBN 978-85-736-5537-7

� Legislação Brasileira sobre Educação ISBN 978-85-736-5549-0

� Lei de Licitações e Contratos Administrativos ISBN 978-85-736-5631-2

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