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DIRETRIZES PASTORAIS DIOCESANAS A P R E S E N T A Ç Ã O A Diocese de Rondonópolis tem a alegria de apresentar às comunidades as Diretrizes Pastorais. Elas são fruto de um longo caminho de consulta. As lideranças, as coordenações e os presbíteros tiveram oportunidade de dar sugestões e contribuir para a melhoria do texto. Estas Diretrizes Pastorais são continuidade das normas aprovadas em 1996. Foram enriquecidas com as novas exigências pastorais e iluminadas com o espírito do XIII Plano Diocesano de Pastoral de 2003 a 2007 com o objetivo de “Reanimar a Comunidade Renovar a Missão”. Mais do que leis estabelecidas querem ser um caminho pedagógico, educativo e evangelizador das comunidades para serem “casa e escola de comunhão”. Têm como finalidade contribuir para o crescimento da vivência cristã. A Igreja como comunidade necessita de organização e para o bom funcionamento é indispensável um mínimo de critérios e normas. Essas Diretrizes regem as ações pastorais e administrativas da Diocese de Rondonópolis, até o ano de 2011, quando passarão por nova revisão. Que todas as pastorais, movimentos, organismos, comunidades, paróquias e a diocese façam bom uso dessas Diretrizes Pastorais. Que tudo concorra para o encontro com o Cristo vivo e com os irmãos/as; a formação de comunidades missionárias a serviço da vida, da evangelização e da construção do Reino de Deus. Rondonópolis, 07 de dezembro de 2007 Dom Juventino Kestering Bispo diocesano

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DIRETRIZES PASTORAIS DIOCESANAS

A P R E S E N T A Ç Ã O

A Diocese de Rondonópolis tem a alegria de apresentar às comunidades as Diretrizes Pastorais. Elas são

fruto de um longo caminho de consulta. As lideranças, as coordenações e os presbíteros tiveram

oportunidade de dar sugestões e contribuir para a melhoria do texto. Estas Diretrizes Pastorais são

continuidade das normas aprovadas em 1996. Foram enriquecidas com as novas exigências pastorais e

iluminadas com o espírito do XIII Plano Diocesano de Pastoral de 2003 a 2007 com o objetivo de “Reanimar

a Comunidade Renovar a Missão”.

Mais do que leis estabelecidas querem ser um caminho pedagógico, educativo e evangelizador das

comunidades para serem “casa e escola de comunhão”. Têm como finalidade contribuir para o crescimento

da vivência cristã. A Igreja como comunidade necessita de organização e para o bom funcionamento é

indispensável um mínimo de critérios e normas.

Essas Diretrizes regem as ações pastorais e administrativas da Diocese de Rondonópolis, até o ano de 2011,

quando passarão por nova revisão.

Que todas as pastorais, movimentos, organismos, comunidades, paróquias e a diocese façam bom uso

dessas Diretrizes Pastorais. Que tudo concorra para o encontro com o Cristo vivo e com os irmãos/as; a

formação de comunidades missionárias a serviço da vida, da evangelização e da construção do Reino de

Deus.

Rondonópolis, 07 de dezembro de 2007

Dom Juventino Kestering

Bispo diocesano

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DIRETRIZES PASTORAIS

DIOCESE DE RONDONÓPOLIS-MT

INDICE

ASSUNTO PÁGINA I. Diocese - Pessoa Jurídica 09 II. Igreja Comunidade 09 CAPÍTULO I - MINISTÉRIOS LEIGO I. Fundamentação. O que é ministério? 11 II. Objetivos dos ministérios 12 III. As dimensões do Ministério 13 O Ministério como Carisma 13 Como serviço 13 Como co-responsabilidade 13 Como ação abrangente 13 Como engajamento 14 Laicidade do ministério 14 Como vocação 14 Como Discípulo/a 14 Como missionariedade 14 IV. O perfil dos Ministros 15 V. Diversidade e atuação dos Ministros 15 Diversidade dos ministérios 15 A abrangência de ação dos ministros 16 VI. O exercício do Ministério 16 Ministro extraordinário da Comunhão Eucarística 16 Testemunhas Qualificadas para o Matrimônio 16 Ministros da esperança 17 Ministros do batismo 17 Mandato e duração dos ministérios 17 VII. Coordenação dos Ministros 18 VIII. A formação dos Ministros 18 O conteúdo da formação 18 Formação específica 19 Níveis de formação 19 Diocesano 19 Paroquial 19 Pessoal 19 Cultivo da Espiritualidade dos Ministros 19 CAPÍTULO II - AS ASSEMBLÉIAS DE PASTORAL I. Fundamentação. O que é uma assembléia? 20 II. Assembléia Paroquial de Pastoral (APP) 21 Membros da Assembléia Paroquial de Pastoral 21 Atribuições da assembléia 21 Convocação e funcionamento 21 III. Assembléia Diocesana de Pastoral (ADP) 22 Membros da Assembléia Diocesana de Pastoral 22 Atribuições da Assembléia Diocesana de Pastoral 22 Convocação e funcionamento 23

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CAPÍTULO III - OS CONSELHOS DE PASTORAL I. Fundamentação. O que é um Conselho de Pastoral? 24 Diversidade de Conselhos 24

do Brasil CRB. II. Conselho Pastoral Da Comunidade (CPC) 24 Convocação 24 Composição 24 Atribuições 25 Organização e funcionamento 25 III. Conselho de Pastoral Paroquial (CPP) 25 Fundamentação. O que é um Conselho Paroquial de Pastoral 25 Convocação do CPP 26 Membros do CPP 26 Atribuições do CPP 26 Organização e funcionamento 26 IV. Conselho Diocesano De Pastoral (CDP) 27 Fundamentação. O que é Conselho diocesano de pastoral? 27 Convocação do CDP 27 Composição do CDP 27 Atribuições CDP 28 Organização e funcionamento 28 V. Coordenação Diocesana de Pastoral (CDPastoral) 28 Fundamentação. O que é coordenação diocesana de Pastoral? 28 Atribuições da CDP 28 Organização e funcionamento 29 V. Equipe Diocesana de Reflexão (EDR) 29 VI. Assessorias 29 O assessor/a tem como missão 29 Participação em encontro e reuniões em nível regional e nacional 30 VII. Coordenações de Pastorais, Movimentos e Organismos 30 VIII. Conselho Diocesano de Leigos (CDL) 31 Fundamentação. O que é CD de Leigos? 31 Membros do CDL 31 Atribuições do CDL/Roo 31 Organização e funcionamento 32 IX. Associações e Movimentos Leigos na Diocese 32 Critérios de eclesialidade 32 Cargos públicos 33 X. Organização Pastoral da Diocese 33 Setor Norte 33 Setor Sul 33 Setor cidade de Rondonópolis 33 Reunião ampliada 33 Pastoral Presbiteral 34 XI. Núcleo Diocesano da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) 34 Fundamentação. O que é CRB? 34 Membros do Núcleo Diocesano da CRB 34 Atribuições da CRB 34

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Organização e funcionamento 35 XII. Conselho Presbiteral 35 Fundamentação. O que é Conselho Presbiteral? 35 Membros do Conselho Presbiteral 35 Atribuições CP 35 Organização e funcionamento 36 XIII. Colégio de Consultores 36 XIV Párocos e Vigários Paróquias 36 Missão dos Párocos 36 Missão dos Vigários paroquiais 37 Fraternidade entre os presbíteros 37 CAPÍTULO IV - OS SACRAMENTOS I. Batismo 38 Fundamentação. O que é o batismo? 38 O Batismo de crianças 38 Princípios gerais 38 Preparação para o batismo 39 Casos Especiais 39 Inscrição ao batismo 40 Nome da criança 40 Idade batismo de adultos 40 Lugar do Rito do Batismo 40 Ministro do Batismo 41 Padrinhos e madrinhas 41 Para ser padrinho ou madrinha 41 Transferência de batizados 41 O Batismo de Adultos 42 Princípios gerais 42 Rito de Iniciação Cristã de Adultos 42 Taxas de batizado 42 Os Batizados em outras Igrejas 43 Batizam validamente 43 Requer uma averiguação 43 Batizam duvidosamente 44 Com certeza batizam invalidamente 44 II. Crisma 44 Fundamentação. O que é crisma? 44 O ministro 45 Orientações gerais 45 Admissão ao sacramento da Crisma 45 Roteiro de catequese de crisma 46 Padrinhos de crisma 46 Celebração da Crisma 46 III. Eucaristia 46 Fundamentação. O que é Eucaristia? 46 Participação da Eucaristia 46 Presença da Eucaristia nas comunidades 47 Catequese Eucarística 47 Orientações gerais 47 Roteiro de catequese eucarística 48 IV. Reconciliação 48 Fundamentação. O que é a confissão? 48 O ministro 48

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Celebração da crisma 49 V. Matrimônio 49 Fundamentação. O que é o matrimônio? 49 Ministros: os próprios cônjuges 50 O assistente do matrimônio 50 Orientações gerais 50 Documentos e prazos 51 Celebração do matrimônio 51 Filmagem, fotografia e ornamentação 52 Casos Especiais e Licenças 52 Casamentos mistos 53 Casamento de segunda união 53 VI. Sacramento da unção dos enfermos 53 Fundamentação. O que é unção dos enfermos? 53 Ministro da unção 54 Pastoral dos enfermos 54 VII. Sacramento da Ordem 54 Fundamentação. O que é o sacramento da ordem? 54 Vocações 55 Seminário 55 Plano Formativo 55 VIII. Sacramentais 55 1. Exéquias 55 Ministros 55 Local 55 2. Bênçãos 56 Rito 56 Participação dos leigos/as 56 Vestes durante as celebrações 56 Exposição do Santíssimo 56 IX. Formaturas 57 Celebração 57 Orientações 57 CAPÍTULO V - PASTORAL SOCIAL Fundamentação. O que é pastoral social? 58 Princípios gerais 58 Organização 59 CAPÍTULO VI - DÍZIMO Fundamentação. O que é o dízimo? 60 Objetivo Pastoral do dízimo 61 Dimensões do dízimo 61 Finalidade Religiosa 61 Finalidade Missionária 61 Finalidade Social 61 Orientações sobre o dízimo 61 Orientações da CNBB sobre dízimo e taxas 62 Equipe da Pastoral do Dízimo 62 Na comunidade 62 Na Paróquia 62 Na Diocese 63 Atribuições das Equipes da Pastoral do Dízimo 63

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Na comunidade 63 Na Paróquia 63 Na Diocese 63 CAPÍTULO VII - ADMINISTRAÇÃO E PATRIMÔNIO Finalidade dos bens 64 Bens Móveis 64 Bens imóveis 64 Documentos 64 Orientações Administrativas 64 Registros e arquivos 65 I. CONSELHO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DA COMUNIDADE (CAEC) 65 Composição 65 Competências do CAEC 65 II. CONSELHO PAROQUIAL DE ASSUNTOS ECONÔMICOS (CPAE) 66 Composição 66 Competência 66 III. CONSELHO DIOCESANO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS (CDAE) 67 Composição 67 Funcionamento 67 Atribuições. Tem como função 68 Compras 68 IV. COLETAS, CAMPANHAS, FESTAS E TAXAS 68 Coletas prescritas pela Sé Apostólica 68 Óbulo de São Pedro 68 Lugares Santo 68 Missões 69 Coletas prescritas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) 69 Campanha da Fraternidade 69 Campanha da Evangelização 69 Taxas prescritas pela diocese 69 Registro e arquivos nas secretarias 70 Sentido das normas 70 Anexo I Orientações complementares sobre o casamento civil 71 União estável e sociedade de fato 72

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I. Pessoa Jurídica 1. A Diocese de Rondonópolis ou Mitra Diocesana de Rondonópolis, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 03 843 307/0001-42, com sede na Av. Frei Servácio, 393, caixa postal 150, telefone (66) 3426-6757, CEP 78.700-970, Rondonópolis, Mato Grosso, E-mail: [email protected], é entidade eclesiástica de direito privado, com finalidade religiosa, de utilidade pública por sua própria natureza, tendo seus estatutos corporificados no Código de Direito Canônico, que é reconhecido pelo Código de Direito Civil por força do decreto 119 A de 07 de janeiro de 1890, valendo-lhe como documento de Razão Social, a Ata Canônica de Instalação da Diocese de Rondonópolis de 15 de fevereiro de 1986. II. Igreja Comunidade 2. A Igreja, Povo de Deus, na Diocese de Rondonópolis, seguidora de Jesus Cristo, quer ser uma comunidade de irmãos, discípulos e discípulas de Jesus Cristo que, unidos pelo Batismo. Como comunidade, vivem a Palavra, celebram na vida os sacramentos, exercitam a caridade e, com carismas e ministérios diversos, realizam a missão da salvação-libertação do mundo trazida por Jesus Cristo. A Igreja tem a missão de ser uma comunidade que assume a iniciação cristã e lugar de encontro com Jesus Cristo e com os irmãos (AS 291). A comunidade é lugar de acompanhar os processos vitais como migração, casamento, adolescência, morte, entrada na universidade... 3. Segundo as conclusões do Documento de Aparecida queremos ser: uma Igreja discípula: ouvinte da Palavra, orante, que apresenta a fé como uma experiência do encontro com a pessoa viva de Jesus Cristo; uma Igreja missionária, que anuncia com alegria e entusiasmo a Boa Nova do amor de Deus em Cristo que enche o coração e dá sentido ao coração do ser humano; uma Igreja ministerial como serviço às comunidades; uma Igreja samaritana atenta ao clamor do povo, à realidade atual e comprometida com todos os caídos nas estradas do mundo, cuidando deles e curando-os. 4. Cada batizado é chamado a participar da vida e da missão da Igreja, segundo seu carisma e deverá colocar-se a serviço da comunidade e da sua Missão. A missão da Igreja é evangelizar. É o chamado que ela recebeu de Jesus Cristo e a fonte da sua alegria. Evangelizar é continuar a missão de Jesus Cristo, o que requer que a Igreja seja discípula do Mestre, ponha em prática o Evangelho, assuma o próprio agir de Jesus Cristo e esteja atenta aos apelos do mundo, evangelizando e indo ao encontro dos necessitados. 5. O projeto pastoral da diocese, caminho de pastoral orgânica, deve ser resposta consciente e eficaz para atender às exigências do mundo de hoje com indicações programáticas, objetivos e métodos de trabalho, formação e valorização dos agentes. A procura dos meios necessários que permite que o anúncio de Jesus Cristo chegue às pessoas, modele as comunidades e incida profundamente na sociedade, na cultura mediante o testemunho dos valores do evangelho (DA 371). 6. Estas Diretrizes brotam desta compreensão de Igreja e querem contribuir para a vivência de fé e de comunidade dos seguidores de Jesus Cristo. Mais do que leis ou normas querem contribuir para o bom andamento da comunidade, o crescimento das pessoas, a alegria de ser seguidor de Jesus Cristo e realizar a missão da Igreja. CAPÍTULO I MINISTÉRIOS LEIGOS I. Fundamentação 7. Os ministérios na Igreja, nascem de Cristo pelo Espírito Santo. “Que os homens os considerem como ministros de Cristo, e administradores dos mistérios de Deus” (1Cor 4, 1). “É de Deus que nos vem esta capacidade. Foi Ele que nos tornou aptos para o ministério de uma nova aliança” (2Cor 3, 5-6). Ser ministro, em qualquer situação, será sempre ser ministro de Cristo. Esta missão é dada a todos os batizados. Pelo batismo, o cristão é configurado por Cristo e faz parte do Povo de Deus como sacerdote, profeta e rei. 8. O fundamento bíblico dos ministérios encontra-se na escolha dos doze Apóstolos (Mc 3, 13-19; Mt 10, 1-4; Lc 6, 12-16). Esta missão dada aos doze, é partilhada na comunidade cristã. “O Senhor enviou outros

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setenta e dois discípulos” (Lc 10,1). Todos participam da única mediação sacerdotal de Cristo. “Vocês são raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus, para proclamar as obras maravilhosas daquele que chamou vocês das trevas para sua luz maravilhosa” (1Pd 2,9). Cristo iniciou sua Igreja com a pequena comunidade dos doze Apóstolos. Na medida em que outras comunidades iam surgindo com a presença dos apóstolos, estes iam instituindo ministros para animá-las e coordená-las, como fazia São Paulo. “Em cada Igreja designaram presbíteros, e depois de terem orado e jejuado, os confiaram ao Senhor, em que tinham crido” (At 14, 23). 9. Nos ministérios deve haver Unidade e Diversidade. Unidade, porque todos os ministérios nascem de Cristo, da missão que Ele recebeu do Pai; Diversidade, porque cada ministro participa da missão de Cristo, segundo os dons que o Espírito lhes concede, como explica São Paulo: “Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes ministérios, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em nós” (1Cor 12,4). O critério que sempre deve guiar os ministérios é a Unidade na diversidade. Muitos ministros, todos unidos, para o cumprimento da mesma missão de Cristo. 10. A Igreja é a comunidade dos seguidores de Jesus, que Ele chama e envia em missão. É uma comunidade à semelhança da Trindade Santa. Pela graça de Deus, é um povo libertado, para ser livre, um povo de irmãos e irmãs, onde é comum a dignidade de todos os filhos e filhas de Deus. Todos são chamados à santidade, e todos têm o direito e o dever de participar da tarefa comum de evangelizar. Nessa comunidade existem carismas e ministérios diversos, a serviço da comunidade e da sua missão. É, pois, uma Comunidade fraterna, profética, missionária, acolhedora, participativa e misericordiosa. 11. Esse povo é chamado para a missão de ser sinal e instrumento da salvação do gênero humano, para a realização do Reino de Deus, que Jesus pregou e inaugurou em sua pessoa. A missão é evangelizar, isto é, fazer hoje o que Jesus fez no seu tempo para a salvação do mundo, a reconciliação dos homens entre si e com Deus. 12. A comunidade como um todo, isto é, todos e cada um de seus membros têm o direito e o dever de participar dessa missão comum e estão capacitados para isso. A missão é, pois, a tarefa de uma comunidade, onde colaboram todos os batizados, não apenas dos ministros ou dos consagrados. Cada um colabora na medida das suas capacidades e do seu chamado. 13. Essa missão se realiza por muitos meios. Mas, entre eles, é preciso incluir necessariamente o estudo e a prática da Palavra de Deus, a celebração da vida e o serviço da caridade. Toda comunidade tem que viver estas três dimensões, que lhe são consubstanciais. 14. As Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil identificam quatro exigências constitutivas da evangelização, significadas nestas expressões: serviço, anúncio, diálogo e testemunho de vida comunitária. 15. Para realizar essa missão, o Pai pelo Filho Jesus Cristo no Espírito Santo tem distribuído dons e carismas a todos e a cada um dos fiéis e, assim, chama e capacita para participar da missão comum. II. Objetivos dos ministérios 16. Ser Igreja ministerial, sinal e instrumento da unidade do gênero humano e da salvação oferecida por Deus. - Consolidar e ampliar na Diocese a participação de todos na ação pastoral, como expressão de comunhão e participação. - Confiar mais responsabilidades pastorais aos cristãos leigos/as. - Fortalecer a vida e a missão das comunidades. III. As dimensões do Ministério Como Carisma

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17. O ministério é um carisma que assume a forma de serviço à comunidade e à sua missão no mundo e na Igreja e que por esta é como tal acolhido e reconhecido. Assim, pela graça de Deus, uns sabem ensinar e outros sabem tratar dos doentes; uns trabalham na transformação da sociedade, outros pela justiça e pela paz, e outros se comprometem com a vida dos moradores de rua; uns aconselham as pessoas e outros anunciam aos que não conhecem a boa notícia do Senhor; outros se dedicam ao diálogo inter-religioso; outros ao ensino religioso... Haverá, pois, tantos ministérios quantas forem as necessidades e exigências da comunidade e de sua missão (1Cor 12,4). Assim, todos fazem os serviços que são necessários para a vida da comunidade e o cumprimento da sua missão. Cada comunidade haverá de discernir quais as suas necessidades e quais as exigências da missão. Como serviço 18. O ministro está ligado à Comunidade por vários laços: é um serviço bem determinado e não um título geral concedido a uma pessoa; está intimamente ligado às exigências permanentes da comunidade e da sua missão no mundo, e não a projetos individuais ou de um grupo; requer certa estabilidade, segundo as necessidades da comunidade e as condições das pessoas. Exige responsabilidade, tempo, dedicação, criatividade e constância. O ministro é acolhido e reconhecido pela comunidade eclesial, e não apenas pela própria pessoa ou pelo responsável eclesial. Como co-responsabilidade 19. O ministério é um serviço, alicerçado no seguimento de Cristo e no serviço a uma Comunidade. Haverá de ser vivido em íntima comunhão com Cristo, em espírito de comunhão, de co-responsabilidade com os outros irmãos, com os outros ministros da Comunidade, assim como com todas as pessoas que trabalham pelo bem e pela paz. Não é um empreendimento individual, nem uma tarefa que cada um inventa. Como ação abrangente 20. Os ministérios abrangem todas as áreas da missão da Igreja, quer no âmbito do culto, da palavra, da coordenação eclesial e as áreas da evangelização. Como engajamento 21. Cada ministro estará mais ligado a alguma dessas tarefas, mas haverá de ter um espírito aberto à comunidade e suas necessidades. O ministro não pode ficar restrito à administração de um sacramento e desligar-se das tarefas de evangelizar e de transformar a sociedade. Laicidade do ministério 22. Assumindo ministérios, os cristãos leigos permanecem leigos. São unidos a Cristo e à Igreja, com uma missão específica na sociedade. É a chamada “índole secular”. Os cristãos leigos são chamados a evidenciar a missão da Igreja “na sociedade”. É uma característica peculiar aos cristãos leigos, mas não exclusiva. Os Cristãos leigos estão presentes na sociedade como fermento e contribuem para a transformação, a implantação da justiça, da fraternidade, da defesa da vida, dignidade da pessoa humana e da santificação da sociedade. Têm a missão de tornar presente a Igreja na vida de todos os dias e contribuir para que a Comunidade assuma como próprias “as alegrias e as esperanças, as angústias e tristezas” (LG 1,1) das pessoas, como oração e compromisso. Como vocação 23. Ser Cristão leigo/a é uma vocação e um chamado de Deus para participar da sua obra. É missão dos cristãos leigos realizarem essa vocação na comunidade eclesial e nos afazeres e compromissos da vida quotidiana. Como Discípulo/a 24. O ministro/a descobre a alegria de ser missionário para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. O Ministro/a é chamado por Jesus Cristo. E neste chamado se faz “o encontro com Jesus Cristo que é o início desse sujeito novo que surge na história que chamamos de discípulos. Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou por uma grande idéia, mas através de um encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, Jesus Cristo, que dá um novo horizonte à vida e uma orientação decisiva” (DA 243). Como missionariedade

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25. O engajamento na missão comum é anterior ao exercício do ministério. Um desafio é a separação entre a fé professada e a vida cotidiana. É preciso superar a dicotomia entre as atividades profissionais, sociais e a vida religiosa. Ao negligenciar os seus deveres temporais, o cristão negligencia os seus deveres para consigo, com o próximo e com Deus. IV. O perfil dos ministérios 26. Na Diocese de Rondonópolis, podem ser escolhidos para os ministérios extraordinários, homens ou mulheres, casados ou solteiros, maiores de idade, que tenham disponibilidade e qualidades necessárias para o exercício do ministério: , esperança e caridade, alicerçada na Palavra e vivida na comunidade, no serviço aos pobres, como testemunho de vida cristã.

Cultivar a maturidade humana, com destaque para as atitudes necessárias ao serviço: equilíbrio e bom senso; capacidade de trabalhar em equipe; perseverança na caminhada; liderança e criatividade; firmeza e clareza nas posições assumidas; boa convivência familiar e com os vizinhos; ser alfabetizado/a.

Ter recebido os sacramentos da iniciação cristã. Participar com perseverança das atividades da comunidade, por um período mínimo de dois anos. Ser aceito e indicado pela comunidade à qual é chamado a servir, com aprovação do pároco. Ter o consentimento do cônjuge, caso seja casado/a. Participar da formação oferecida pela comunidade, paróquia e pela diocese. Assumir um só ministério, a não ser que a realidade exija mais funções da mesma pessoa.

V. Diversidade e atuação Diversidade dos ministérios 27. Os ministérios extraordinários reconhecidos na Diocese de Rondonópolis são:

Ministério Extraordinário da Palavra, Ministério Extraordinário da Comunhão Eucarística, Ministério Extraordinário do Batismo, Ministério Extraordinário da Esperança (Exéquias), Ministério Testemunha Qualificada do Matrimônio Ministério Extraordinário da Visitação.

Novos ministérios podem ser criados, segundo as necessidades com aprovação da diocese. A abrangência de ação 28. O ministro está a serviço de uma comunidade e de sua missão. A comunidade não é uma realidade isolada, mas faz parte de uma paróquia, comunidade de comunidades; e as Paróquias, por sua vez, integram a Diocese; e esta, por sua vez, está vinculada à Igreja Universal. Por isso, o ministro é servidor da Igreja toda, mas realiza seu ministério numa comunidade concreta. 29. A comunidade deve participar na escolha de seus ministros. Por isso, não se compreende o ministério sem a comunidade, nem ministro desligado da comunidade, nem ministro para um grupo ou movimento. 30. Cada ministro tem sua área específica de atuação. Todos/as devem estar envolvidos em todas as atividades da pastoral. Cada ministro, sozinho, ou grupo de ministros deve participar nas atividades de evangelização em alguma das pastorais existentes na sua Comunidade e não ficar restrito apenas às tarefas litúrgicas. É necessário que participe e promova equipes de evangelizadores, com atenção aos casais, os jovens, as equipes de acolhida, a missão com os “não participantes” e as pastorais sociais... VI. O exercício do ministério 31. Em caso de necessidade, qualquer ministro poderá ser convidado a auxiliar em alguns serviços diferentes de sua missão específica, como na distribuição da Sagrada Eucaristia, na celebração da Palavra, nas bênçãos... integrar-se na nova comunidade e em conseqüência poderão receber o mandato na sua nova comunidade.

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Os ministros que visitam outra comunidade podem ser convidados a exercer seu ministério, respeitando sempre as lideranças locais e com a aceitação do pároco ou vigário paroquial.

O ministro da Eucaristia, ao levar a hóstia consagrada aos doentes e idosos, faça-o com devoção, respeito e com os devidos cuidados.

As hóstias consagradas confiadas ao ministro, ficam sob sua exclusiva responsabilidade, não sendo permitido conservá-las em casa, nem confiá-las a pessoas não autorizadas.

As Testemunhas Qualificadas do Matrimônio precisam da delegação do pároco para presidir cada uma das celebrações do Matrimônio que realizem e deverão seguir as normas do Código de Direito Canônico, as instruções do Ritual do Sacramento do Matrimônio e as Diretrizes da Diocese. A delegação é competência do Pároco no âmbito da paróquia e do Bispo Diocesano em âmbito da Diocese.

Os ministros da Esperança exercem seu ministério de anunciar a esperança que brota do Evangelho junto às famílias enlutadas, nos sepultamentos, nos momentos de dor, de abandono, de solidão como presença de Igreja solidária.

As Testemunhas Qualificadas do Matrimônio exercem o ministério no âmbito da paróquia e não podem delegar e nem subdelegar a outros ministros.

Os Ministros do Batismo exercem o seu ministério em sintonia com o pároco ou vigário paroquial. E também são chamados a participar da preparação dos pais e padrinhos.

No exercício de seu ministério, para o decoro que sua função requer, o ministro use uma veste litúrgica adequada, diferente de um paramento. 32. Em respeito à dignidade da pessoa humana, ao ministério que exerce, ao ato celebrativo, ao ambiente e a sua postura cristã os/as leitores/as, cantores/as, ministros/as, músicos, comentaristas, catequistas, coordenadores de grupos e pastorais e todos/as que exercem uma função na liturgia, na celebração, na evangelização usem um traje condigno com o ministério ou função que exercem. Mandato e duração 33. Cada ministro receberá um mandato com validade de três anos, assinado pelo Bispo, onde constará a habilitação para o serviço, a comunidade, a paróquia a que pertence e da qual participa. Numa celebração paroquial ou na sua comunidade renove anualmente o seu compromisso de exercer com amor e dedicação o seu ministério a serviço da comunidade. 34. No final dos três anos realiza-se uma avaliação através de um diálogo entre o padre da paróquia a que está ligado e cada ministro. Nesta avaliação sejam consideradas as condições de exercício do ministério, a espiritualidade, a aceitação da comunidade e outros assuntos para a renovação do mandato. 35. Ser ministro não é um direito adquirido, mas um serviço. Cuidem, portanto, de despertar, preparar e auxiliar na escolha de novos ministros para a comunidade. 36. Para os novos ministros, após a devida preparação, o pároco pedirá ao Bispo, em três vias, a instituição do ministério ao candidato. O mesmo deve ser apresentado à comunidade numa celebração para o conhecimento de todos. 37. Os ministros não podem delegar o exercício de seu ministério a outro ministro ou uma outra pessoa não autorizada. VII. Coordenação dos Ministros 38. Na Diocese e em cada Paróquia haja uma equipe coordenadora de ministros. Cabe a essa equipe cultivar a dimensão ministerial, no seu âmbito de atuação, em todas as suas dimensões, assumindo a responsabilidade de garantir o cultivo espiritual e formativo dos ministros e o bom andamento e continuidade do serviço ministerial. Entre suas tarefas estão: acompanhar a formação permanente dos ministros, fornecer subsídios, promover encontros e retiros, e organizar o exercício dos diferentes ministérios. O valor da articulação é a vivência da fraternidade, a entre ajuda, a co-responsabilidade pelo outro. Os ministros haverão de estar articulados entre si, com os ministros ordenados, a coordenação da comunidade, as outras comunidades, com a equipe de liturgia e com as pastorais.

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VIII. A Formação dos Ministros O conteúdo da formação 39. Aos cristãos leigos/as, escolhidos pela comunidade, que têm as qualidades necessárias e querem assumir o compromisso de exercer um ministério extraordinário será oportunizada uma conveniente formação nas seguintes dimensões: exposição ecomunicação; l: Conhecimento e prática evangelizadora e pastoral da ação evangelizadora da Igreja e decorrentes opções pastorais;

Eclesial: conhecimento sobre a teologia da Igreja, sua caminhada no Brasil e na diocese, bem como elementos de sua organização;

Sacramental: Fundamentos da teologia dos sacramentos; vivência litúrgica e comunitária dos sacramentos, capacitação na pastoral dos sacramentos e conhecimentos das normas diocesanas a respeito dos sacramentos;

Pedagógica: Conhecimento dos trabalhos com pessoas, com grupos, com a comunidade e formação humana integral;

Político-social: Formação da consciência crítica, métodos de leitura da realidade e das ações transformadoras. Formação Específica 40. Além da formação fundamental os ministros leigos recebem orientação específica de acordo com o ministério que exercem. Para os Ministros Extraordinários do Batismo e Testemunhas Qualificadas do Matrimônio requer-se a participação na Escola de Teologia para Leigos ou um curso equivalente. Níveis de formação 41. A formação dos ministros acontece em três níveis: Leigos, encontros, retiros... equipe paroquial, em sintonia com o pároco e vigário paroquial; formação através de estudo e reflexão pessoal, freqüentando cursos, palestras e retiros, visando o próprio crescimento e o serviço da comunidade. Cultivo da Espiritualidade 42. O ponto central da espiritualidade do ministro é a resposta ao apelo missionário de Cristo “Ide e evangelizai”. Os ministros são evangelizadores e não apenas agentes do culto ou da celebração. Devem ter iniciativa e capacidade de propor ações efetivas em prol da evangelização, da união da comunidade e do serviço aos pobres; capacidade de perceber as lacunas, falhas e buscar caminhos novos. 43. O ministro cultive uma espiritualidade de serviço às pessoas, à comunidade e à missão. Para isso a Coordenação Diocesana e as Coordenações Paroquiais forneçam subsídios e sugestões. Procurem realizar o cultivo permanente da própria espiritualidade, na oração pessoal, na leitura da Sagrada Escritura e participação dos sacramentos. 44. Cada ministro participe de um retiro espiritual uma vez por ano.

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CAPÍTULO II AS ASSEMBLÉIAS DE PASTORAL I. Fundamentação 45. A prática das assembléias e suas decorrentes decisões tem o seu fundamento na Bíblia. Moisés ao conduzir povo Hebreu pela travessia do deserto aprendeu que, partilhar as responsabilidades, consultar os anciãos, dividir as tarefas era um processo educativo e um modo de compartilhar as responsabilidades (cf Ex 18,13-27. Josué convoca a Siquém todas as tribos de Israel, seus anciãos, seus chefes, seus juizes... e reafirma a fidelidade a Deus. (Jos 24,1-28). No retorno do exílio, Esdras convocou o povo para uma grande assembléia para reanimar a vida do povo (Esd 8,1-18). Em Atos 6,1-7 os apóstolos convocam uma assembléia para dirimir dúvidas e apontar soluções para a comunidade. A assembléia aprova a proposta dos Apóstolos e a Igreja se anima na missão de evangelizar. 46. A opção pela prática das assembléias é um jeito de ser Igreja que brota do espírito do Concílio Vaticano II, das Conferências Episcopais de Medellín, de Puebla, de Aparecida e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Caracterizam-se como um lugar de diálogo, de convivência fraterna, de liberdade de expressão, de espiritualidade, de reflexão e de decisões sobre a missão da Igreja e as opções diocesanas. Na assembléia as propostas são apresentadas, discutidas, iluminadas e as conclusões assumidas em conjunto. 47. A Assembléia Diocesana de Pastoral é o espaço para avaliar, planejar, propor e tomar as decisões pastorais em nível de Diocese. Como metodologia participativa as decisões sejam primeiramente discutidas nas comunidades, depois nas paróquias e por último na assembléia diocesana de pastoral onde se assumem as opções pastorais, metas, linhas e prioridades. 48. Para manter o princípio da eclesialidade e de comunhão da Igreja Particular (diocese) a assembléia diocesana de pastoral tem supremacia sobre a assembléia paroquial, sobre a assembléia das pastorais e dos movimentos bem como a assembléia paroquial sobre a assembléia da Comunidade. 49. A Assembléia Paroquial de Pastoral é o espaço das decisões no âmbito da Paróquia e das Comunidades. II. Assembléia Paroquial de Pastoral (APP) Composição 50. São membros da Assembléia Paroquial de Pastoral:

O coordenador e mais pelo menos de três a cinco integrantes do CPC de cada comunidade. (Cebs); As coordenações das pastorais e dos serviços, dos movimentos, das associações católicas e dos

organismos em nível paroquial; Pessoas convidadas a critério do Conselho Pastoral Paroquial; O pároco, os vigários paroquiais e representantes das comunidades religiosas residentes na

Paróquia. Atribuições 51. A Assembléia Paroquial de Pastoral é o espaço das decisões no âmbito da Paróquia e das Comunidades. É um encontro de irmãos e irmãs, seguidores de Jesus Cristo com o objetivo de: aróquia, à luz da realidade e das Diretrizes da Ação Pastoral da Diocese;

Encaminhar as decisões da Assembléia Diocesana; Ser espaço de diálogo e partilha sobre a atuação das pastorais, serviços, movimentos, associações e

organismos em nível paroquial; Aprofundar a missão da Igreja; Apresentar e aprovar o balanço econômico anual da Paróquia

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Convocação e funcionamento 52. A convocação e funcionamento da APP seguem as seguintes disposições:

Pastoral. O pároco e vigário paroquial com a coordenação do CPP elaboram a pauta e definem as demais

responsabilidades para a Assembléia Paroquial de Pastoral. A APP, no inicio dos seus trabalhos, estabelece um/a secretário/a para a elaboração da ata e

registro das decisões tomadas que serão repassados a todas as comunidades, pastorais, serviços, associações, movimentos e organismos da paróquia.

A Assembléia Paroquial de Pastoral realiza-se de maneira ordinária uma vez por ano e extraordinária, quando uma necessidade a exigir, sempre mediante a convocação do pároco. III. Assembléia Diocesana de Pastoral (ADP) Composição 53. São membros da ADP:

a coordenação geral da ADP; Todos os presbíteros diocesanos e religiosos e diáconos residentes na diocese; A coordenação diocesana de pastoral; O coordenador/a do núcleo da CRB; Religiosas a serviço da pastoral nas paróquias; Representante de cada ordem ou congregação religiosa residente na diocese; Dois representantes por pastoral, serviços, associações, movimento e organismos eclesiais

articulados em nível diocesano; Três leigos por paróquia; Um representante do Seminário “Jesus Bom Pastor”; Um representante de cada prioridade diocesana; Pessoas convidadas a critério da equipe de preparação da ADP.

Atribuições 54. A Assembléia Diocesana de Pastoral é um encontro de irmãos e irmãs, seguidores de Jesus Cristo com o objetivo de: Avaliar, planejar e celebrar a caminhada pastoral da Diocese à luz da realidade, das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e da Assembléia do Regional Oeste 2;

Definir, votar e aprovar as prioridades e o cronograma de atividades nas várias dimensões da ação pastoral a nível diocesano;

Aprofundar temas pastorais que iluminam a caminhada pastoral da diocese; Perceber o novo que aparece e buscar novas formas de Evangelização; Ser espaço de diálogo e partilha sobre a atuação das pastorais, serviços, movimentos, associações e

organismos em nível Diocesano; Apresentar e aprovar o balanço econômico anual da Diocese.

Convocação e funcionamento 55. A convocação e funcionamento da ADP seguem as seguintes disposições: o com a Coordenação Diocesana de Pastoral são os responsáveis pela convocação da ADP;

Uma equipe integrada pelo Bispo, Vigário Geral, Coordenador/a Diocesano de Pastoral e membros convocados preparam e acompanham a realização da ADP.

A ADP, no inicio dos seus trabalhos, estabelece um/a secretário/a para a elaboração da ata e registro das decisões tomadas que serão repassados a todas as paróquias, pastorais, serviços, associações, movimentos e organismos da Diocese.

A Assembléia Diocesana de Pastoral realiza-se de maneira ordinária uma vez por ano e extraordinária, quando uma necessidade a exigir, mediante convocação do bispo.

As normas referentes ao andamento dos trabalhos da ADP, votações e questões de ordem seguem um regimento próprio adaptado a cada assembléia.

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CAPÍTULO III OS CONSELHOS DE PASTORAL I. Fundamentação 56. Os Conselhos de Pastoral são serviços fundamentais para a vida da Igreja, para compartilhar as responsabilidades, acolher as diversidades de opiniões e sugestões, dar vez e voz a todos, fortalecer a vida da comunidade e para implementar a pastoral. Sua missão é partilhar os desafios e avanços pastorais, clarear as opções da caminhada pastoral e fazer acontecer a evangelização em todas as suas dimensões e níveis. Todos os assuntos da caminhada pastoral deverão ser tratados nos respectivos Conselhos. A reunião do Conselho tem como característica ser um encontro de irmãos e irmãs que seguem Jesus Cristo e, com Ele, querem servir ao Povo de Deus. Diversidade 57. Para atender as diferentes necessidades a Diocese organiza os conselhos

Conselhos para Assuntos Econômicos: CAEC, CPAE e CDAE; Conselho Diocesano de Leigos CDL; Conselho Presbiteral CP; Conselho de Consultores CC; Conferência dos Religiosos do Brasil CRB.

II. Conselho Pastoral da Comunidade (CPC) Convocação 58. O pároco/vigário paroquial em comunhão com a equipe de coordenação do CPC faz a convocação incluindo, convite, agenda, data e local. Composição 59. Fazem parte do CPC todos os que exercem algum ministério, serviço, os coordenadores das comunidades, das diversas pastorais, associações, movimentos e organismos da comunidade. Atribuições 60. Para animar a comunidade na sua caminhada de fé o CPC tem a missão de: pastorais, dos vários serviços e ministérios, associações, movimentos e organismos;

Estudar e conhecer a realidade da comunidade; Fazer com que as várias atividades e serviços da comunidade se integrem para o enriquecimento

mútuo da caminhada pastoral; Encaminhar na comunidade, as decisões da Assembléia Paroquial à luz do Plano Diocesano de

pastoral; Promover e organizar a pastoral social, o atendimento aos pobres, visita aos doentes e acolher os

que chegam à comunidade... Ser elo de união entre a comunidade e as equipes e serviços a nível paroquial e o pároco; Reunir, quando necessário, com CPCs de outras comunidades ou com entidades, como sindicatos e

associações, para a busca do bem comum; Avaliar o relatório econômico mensal da comunidade.

Organização e funcionamento 61. A organização e o funcionamento do CPC seguem as seguintes disposições: dois anos, que pode ser reeleita por mais um biênio;

A coordenação do CPC é confirmada pelo pároco/vigário; O coordenador do CPC representa a comunidade no Conselho Pastoral Paroquial. Na sua ausência,

o vice-coordenador o substitui; O secretário/a do CPC redige a ata, envia correspondências, encaminha os materiais pastorais e

conserva a memória histórica da comunidade. Na sua ausência, o vice-secretário o substitui;

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O CPC realiza-se em comunhão com o pároco/vigário paroquial; O CPC se reúne mensalmente de forma ordinária, ou de forma extraordinária por convocação do

pároco/vigário. Fundamentação 62. O CPP é expressão da comunhão, da unidade e da missão do Povo de Deus, na comunidade local, sob a presidência de seu pároco. Cada paróquia, como recomenda o Código de Direito Canônico (Cânon 536), tenha o Conselho de Pastoral Paroquial. Convocação 63. Cabe ao pároco convocar o CPP e presidir o mesmo. Composição 64. Fazem parte do CPP:

o pároco o presidente; Os coordenadores do CPC de cada comunidade (CEBs); O coordenador de cada pastoral, serviços, movimentos, associações e organismos articulados em

nível paroquial; O coordenador/a do Conselho de Assuntos Econômicos; O secretário/a paroquial; Um representante dos religiosos/as residentes na área paroquial.

Atribuições 65. O CPP tem como missão:

Integrar as várias dimensões da vida eclesial seguindo as Diretrizes da Ação Pastoral da Diocese e da Assembléia Paroquial;

Assessorar o pároco/vigário na elaboração e execução do Plano de Ação Pastoral; Empenhar-se para que o Plano de Pastoral da Diocese se concretize na comunidade paroquial; Integrar na pastoral de conjunto da paróquia, todas as comunidades, pastorais, serviços,

associações, movimentos e organismos nela existentes; Acompanhar e incentivar a ação pastoral nas comunidades; Preparar e encaminhar a realização anual da assembléia paroquial; Apreciar o balancete mensal da paróquia.

Organização e funcionamento 66. O pároco é presidente nato do CPP (Cânon 536) elege uma coordenação: coordenador, vice e 1º e 2º secretário, por dois anos, podendo ser reeleita por mais um biênio;

A eleição segue os critérios estabelecidos em assembléia da paróquia. A coordenação do CPP é exercida em comunhão com o pároco e em atitude de diálogo com os

membros do CPP; O coordenador do CPP representa a Paróquia no Conselho Diocesano de Pastoral. Na sua ausência

o vice-coordenador o substitui em suas funções; O secretário do CPP redige a ata, registras as decisões que devem ser repassadas às comunidades,

pastorais, serviços, associações, movimentos e organismos paroquiais. O CPP se reúne mensalmente ou a cada dois meses conforme a realidade e sempre que o Pároco o

convocar. Fundamentação 67. O Conselho Diocesano de Pastoral é uma instância de participação, de comunhão e de incentivo para a evangelização. Rege-se pelo espírito do Evangelho num clima de irmãos e irmãs que seguem Jesus Cristo e realizam a missão da Igreja.

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Convocação: 68. É de competência do bispo diocesano, convocar o Conselho Diocesano de Pastoral (Cânon 511 a 514) e presidir o mesmo. Composição 69. São membros do CDP: O bispo, como presidente;

O vigário geral; A coordenação diocesana de pastoral; Os assessores das pastorais, movimentos e organismos; Os coordenadores das pastorais, movimentos e organismos a nível diocesano; O representante do Conselho de Leigos; O representante do núcleo diocesano da CRB; O representante dos presbíteros; Os formadores dos seminários O coordenador do CPP de cada paróquia; O representante da Escola de Teologia, da Escola de Formação de Agentes de Pastoral Social e das

Escolas de orientação católica; O representante dos ministros e das CEBs; O coordenador de cada prioridade em nível de diocese

Atribuições 70. O CDP tem como missão: -culturais e religiosas da Diocese e do Regional;

Encaminhar a execução do Plano de Pastoral e as decisões da Assembléia Diocesana de Pastoral; Estar atento ao clamor da realidade e buscar novas formas de evangelização; Rever e preparar a Assembléia Diocesana de Pastoral; Animar, articular as dimensões da Ação Pastoral em nível de Diocese; Opinar sobre assuntos pastorais específicos em pauta ou aprová-los.

Organização e funcionamento 71. A organização e o funcionamento do CDP seguem as seguintes disposições: coordenação diocesana de pastoral, assessorada por pessoas convidadas;

O CDP reúne-se duas vezes por ano ou de forma extraordinária, quando convocado pelo bispo, a quem compete presidir ao CDP.

Os assuntos tratados, as decisões tomadas serão publicadas e encaminhadas pela coordenação diocesana de pastoral, em comunhão e atitude de diálogo com o bispo. Fundamentação 72. A Coordenação Diocesana de Pastoral é órgão de articulação do Plano de Pastoral e de animação das pastorais, movimentos e organismos da diocese, atuando sempre em consonância com o bispo. Atribuições 73. A Coordenação Diocesana de Pastoral tem como missão:

Preparar, encaminhar e coordenar a Assembléia Diocesana de Pastoral; Coordenar a Escola de Teologia para Leigos; Ajudar na coordenação da Escola de Formação de Agentes de Pastoral Social, do Curso Teológico

Catequético e da formação de Ministros. Acompanhar a preparação da Romaria dos Mártires, o Grito dos Excluídos e outros momentos

especiais diocesanos; Acompanhar e orientar os movimentos e organismos para que estejam em sintonia com o Plano de

Pastoral;

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Participar dos Encontros Regionais e outros eventos de âmbito Regional e Nacional; Arquivar cópias das correspondências, circulares e outros textos, bem como os livros de ata e de

presença de reuniões, cursos, assembléias, e conselhos das pastorais e organismos; Coordenar as reuniões do CDP; Atender e encaminhar o cotidiano da coordenação de Pastoral.

Organização e funcionamento 74. A organização e o funcionamento da CDPastoral seguem as seguintes disposições: de pastoral e o secretariado;

O coordenador/a Diocesano de Pastoral é nomeado pelo bispo, após consulta ao presbitério e Conselho Diocesano de Pastoral. 75. A EDR auxilia o bispo e a coordenação diocesana de pastoral no aprofundamento do Plano de Pastoral e de temas atuais, abrindo horizontes diante de desafios e discernindo as decisões necessárias. A equipe é formada por padres, religiosos/as e leigos/as de diversas áreas do saber pastoral e científico convidados pelo bispo e a coordenação diocesana de pastoral. A equipe reúne-se a cada três meses ou segundo as necessidades. 76. As pastorais, movimentos e organismos articulados em nível diocesano tenham um assessor/a e uma equipe de coordenação. O assessor/a tem como missão: 77. Orientar, refletir, aprofundar a caminhada da pastoral, do movimento ou organismo seguindo as decisões da Assembléia Diocesana de Pastoral, as Orientações do Regional Oeste2 e da CNBB;

Ajudar a abrir horizontes e fazer o processo de evangelização avançar em conformidade com as opções diocesanas e diretrizes pastorais;

Participar da ADP, do CDP, de encontros e assembléias em nível de diocese/regional/nacional. 78. Os assessores/as das pastorais e dos movimentos são nomeados ou aprovados pelo bispo por um período de três anos com direito a serem reconduzidos por mais um triênio. 79. Para a nomeação de um/a assessor/a leva-se em conta a qualificação, a disponibilidade, a necessidade e o interesse do/a assessor/a pela pastoral ou movimento. 80. Os assessores e coordenadores/as das pastorais e movimentos em nível diocesano deverão residir no âmbito da Diocese. Padres incardinados ou a serviço da Diocese e que residem fora da mesma podem ser convocados para serem assessores. 81. Assessor/a convidado para atividades específicas nas pastorais ou movimentos, não residente na diocese, antes de ser confirmado, seja da aprovação do bispo e do conhecimento do coordenador diocesano de pastoral. 82. A participação de assessores e coordenadores de pastorais em nível diocesano ao participar de encontros em nível regional e nacional se fará com o seguinte critério: a diocese assume o ônus da passagem e estadia do assessor e coordenador em dois encontros regionais e uma passagem e estadia para o assessor ou para o coordenador em um encontro de nível nacional. 83. Assessores ou coordenadores de pastoral e movimentos da diocese, ao visitarem as paróquias para algum serviço pastoral que lhe é específico, mantenham contato com o pároco ou vigário paroquial. 84. A implantação numa paróquia de um movimento ou pastoral já aprovado na diocese tenha aprovação do pároco e do conselho de pastoral. 85. A equipe de coordenação de pastoral/movimento/organismo é eleita por um período máximo de três anos, podendo ser reeleita por mais um mandato. A equipe de coordenação uma vez eleita e aceita é aprovada pela diocese. 86. As coordenações têm como missão: diocese;

Convocar e coordenar reuniões, encontros e assembléia de sua competência; Animar e acompanhar o plano de atividades;

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Incentivar a formação de seus membros; Participar da ADP, do CDP e dos encontros em nível diocesano/regional.

Fundamentação 87. Os fiéis leigos, pelo batismo, crisma e demais sacramentos, são membros da Igreja e participam de sua vida e missão, quer individualmente, quer associativamente (Cânon 225). O Conselho Diocesano de Leigos de Rondonópolis, é um organismo de articulação, organização e representação dos cristãos leigos e leigas em nível diocesano. O Conselho Diocesano de Leigos busca integrar os leigos e leigas dos movimentos, das pastorais, daqueles que vivem sua vida comunitária numa paróquia e dos que vivem sua fé cristã inseridos nas atividades da sociedade. Composição 88. São membros do CDL: Pessoas convidadas que dão testemunho de sua fé, que amam e representam a Igreja na sociedade, que discutem e se posicionam sobre temas relevantes na sociedade. Atribuições 89. O CDL tem como missão: e leigas na busca de uma presença efetiva e transformadora no mundo e na Igreja,

Articular e integrar as associações e movimentos leigos existentes na diocese; Participar da elaboração, da execução e da avaliação do Plano de Pastoral Diocesano; Ser presença de Igreja em todos os ambientes, sobretudo na família, no mundo do trabalho, da

política e da cultura; Ajudar a descobrir e aprofundar a espiritualidade dos leigos nos ambientes de trabalho, de lazer e

de convívio cotidiano. Organização e funcionamento 90. A organização e o funcionamento do CDL seguem as seguintes disposições: O CDL/Roo se rege por um estatuto e regimento inspirado no CNL e aprovado pelo bispo diocesano. missão especifica conforme estatuto nacional.

O CDL, mais do que reunir-se, cultiva através de estudos e aprofundamento o pensamento da Igreja sobre os diversos temas que cotidianamente exigem da Igreja um posicionamento. 91. Os Movimentos Eclesiais são uma realidade e uma presença em muitas comunidades e paróquias. Famílias e pessoas encontram nos movimentos um caminho de espiritualidade e de vivência cristã. Segundo as Diretrizes da CNBB “os pastores devem acolher, valorizar e orientar os movimentos, ajudando seus membros, em espírito de comunhão, a viverem sua própria espiritualidade, a abrirem-se aos desafios da atual conjuntura e participarem das comunidades envolvendo-os na Pastoral de Conjunto” (CNBB. Doc. 71, nº 139). Critérios de eclesialidade 92. Os Movimentos e Associações expressam sua comunhão com a Igreja local quando observam os critérios contidos no documento do Papa “Christifidelis Laici” sobre a vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo, número 30 e a “Conclusões da Conferencia do CELAM em Aparecida”, números 99 e 100 e 209 a 215. Em síntese:

Seguir as normas pastorais aprovadas pela Diocese; Evitar atividades e iniciativas paralelas às pastorais da Diocese; Incluir a programação e datas no calendário da diocese Ter um padre responsável para o acompanhamento, indicado pela Diocese;

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Ser presença na sociedade a serviço da dignidade da pessoa humana para a realização da justiça e da solidariedade;

Observar as normas da CNBB sobre os movimentos eclesiais (CNBB documento 71, nº 143; CNBB documento 53; Subsidio da Comissão de Doutrina da CNBB, n° 3; Instrução sobre a Santíssima Eucaristia, da Congregação para o Culto Divino). Cargos públicos 93. Os membros do conselho pastoral da comunidade, da paróquia, ministros extraordinários, coordenadores de pastoral e leigos/as que exercem uma função ou ministério na comunidade, ao se candidatarem a um mandato político, podem continuar exercendo sua atividade com discrição. É aconselhável o seu afastamento da função um mês antes das eleições. Eleito ou não, poderá retornar ao exercício do ministério. 94. Levando em consideração a extensão territorial da diocese, é aconselhável a setorização em unidades territoriais menores, com equipes próprias de animação e coordenação que permitam maior proximidade com as pessoas e grupos (DA 372). Neste espírito a Diocese de Rondonópolis está organizada em três setores pastorais. 95. Setor Norte (Paróquias de Santa Ana de Chapada dos Guimarães; Paróquia São Cristóvão de Campo Verde, Paróquia São Francisco de Assis de Jaciara, Paróquia Bom Jesus de Juscimeira e Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, município de Juscimeira). 96. Setor Sul (Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Itiquira; Paróquia São Pedro Apóstolo de Pedra Preta; Paróquia de São José do Povo, de São José do Povo). 97. Setor cidade de Rondonópolis (Paróquia São José Operário, Paróquia São Jose Esposo, Paróquia Santa Terezinha de Menino Jesus, Paróquia Bom Pastor, Paróquia Catedral Santa Cruz, Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Paróquia Nossa Senhora Aparecida e Curato São Domingo Sávio). 98. Cada setor elege um coordenador e um secretário/a para um biênio. 99. Os setores reúnem-se normalmente três vezes ao ano. 100. Gradativamente a formação de catequistas, liturgia, pastoral social, jovem, dizimo e outras pastorais seja realizada nos setores. 101. As coordenações das pastorais, movimentos e organismos participam dos encontros diocesanos para manter a unidade e objetivos comuns. Reunião ampliada 102. Entende-se por reunião ampliada os encontros que acontecem em nível de diocese, reunindo padres, religiosos, religiosas inseridas na pastoral, coordenadores e assessores das pastorais, movimentos, organismos e serviços diocesanos e lideranças de cada paróquia. 103. A reunião ampliada é convocada e coordenada pela Coordenação Diocesana de Pastoral e sua agenda versa em torno da missão da Igreja nos tempos atuais, de temas básicos da pastoral e das opções pastorais. 104. A reunião ampliada acontece de maneira ordinária duas vezes por ano, podendo ser convocada mais uma reunião segundo as necessidades ou urgência de assuntos pastorais. Pastoral Presbiteral 105. Os presbíteros elegem o seu representante com mandato de duração de 4 anos, para junto com o Conselho de Presbíteros organizar a pastoral presbiteral que zele pelo bem estar fisíco e espíritual do presbítero. Reúne-se de maneira ordinária: No retiro anual; na missa do Crisma; num dia de estudo normalmente nos meses de maio ou junho; na confraternização do mês de agosto próximo ao dia de São João Vianney e num dia de encontro no mês de dezembro, além da confraternização de páscoa e de natal em conjunto com a CRB. 106. O representante dos presbíteros e cada presbítero tomem iniciativas de programar com um grupo de presbíteros, dias de lazer em conjunto. 107. Em nível nacional os presbíteros participam do Encontro Nacional dos Presbíteros e em nível Regional do encontro anual de formação permanente e do encontro anual dos presbíteros.

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108. A vida religiosa é sinal de esperança no meio do povo de Deus. Sua “força pastoral e testemunho de vida” são a expressão do seguimento de Cristo. Composição 109. São membros do Núcleo Diocesano da CRB, religiosas e religiosas residentes na diocese. Atribuições 110. O Núcleo Diocesano da CRB tem como missão: profético;

Valorizar o carisma de cada congregação; Programar e encaminhar as atividades do núcleo em consonância com a CRB Regional e Nacional e

com a caminhada pastoral da Diocese. Organização e funcionamento 111. A organização e o funcionamento do Núcleo Diocesano da CRB seguem as seguintes disposições: um período de dois anos, podendo ser reeleita;

As reuniões acontecem periodicamente seguindo a programação anual onde são definidos os temas de estudo, locais de reunião e assessoria; Fundamentação 112. “Em cada diocese, seja constituído o Conselho Presbiteral, a saber, um grupo de sacerdotes que, representando o Presbitério, seja como o senado do Bispo, cabendo-lhe, de acordo com o direito, ajudar o Bispo no governo da diocese, a fim de se promover ao máximo o bem pastoral da porção do povo de Deus que lhe foi confiado” (Cânon 495 - 502) Composição 113. São membros do Conselho Presbiteral:

O reitor do Seminário “Jesus Bom Pastor”; O coordenador Diocesano de Pastoral; O representante dos presbíteros na diocese; Dois presbíteros do clero diocesano ou religioso, indicados pelos presbíteros. Presbíteros nomeados livremente pelo bispo diocesano (CDC 497)

Atribuições 114. O Conselho Presbiteral tem como missão: promoção da vida e missão do povo de Deus;

Zelar pela vida do presbitério e os presbíteros; Dar sugestões sobre a formação permanente dos presbíteros; Dialogar e dar parecer sobre as transferências; Atender os presbíteros nas suas necessidades: saúde, previdência, velhice; Dar parecer sobre os encaminhamentos do propedêutico e do Seminário “Jesus Bom Pastor” e

sobre os candidatos ao diaconato e presbiterato. Organização e funcionamento 115. A organização e o funcionamento do Conselho Presbiteral segue as seguintes disposições: dido pelo bispo e tem voto consultivo;

O CP realiza reuniões trimestrais, ordinariamente; O CP orienta-se por meio de um regimento próprio aprovado pelo presbitério.

116. “Entre os membros do conselho presbiteral, são nomeados pelo bispo diocesano alguns sacerdotes, não menos de seis nem mais de doze, que constituem por um qüinqüênio o colégio dos consultores, ao

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qual competem as funções determinadas pelo direito; terminado o qüinqüênio, porém, ele continua a exercer suas funções enquanto não for constituído novo colégio” (Cânon 502). “O colégio dos consultores é presidido pelo bispo, vagando porem a sé ou ficando impedida, é presidido por aquele que substitui interinamente o Bispo, ou então, se ainda não for constituído, pelo sacerdote mais antigo por ordenação no colégio dos consultores” (Cânon 502.1) O Colégio dos consultores é regido por um regimento próprio segundo o Código de Direito Canônico. Párocos 117. “O pároco é o pastor próprio da paróquia a ele confiada; exerce o cuidado pastoral da comunidade que lhe foi entregue, sob a autoridade do bispo diocesano, em cujo ministério de Cristo é chamado a participar, a fim de exercer em favor dessa comunidade o múnus de ensinar, santificar e governar, com cooperação dos outros presbíteros ou diáconos e com auxílio dos fiéis leigos, de acordo com o direito” (Cânon 519) 118. Os párocos exercem sua missão, funções, deveres e direitos previstos no Código da Igreja Católica, especialmente o que prevêem os cânones 515 a 552 com relevância ao Cânon 528, das prescrições diocesanas e dos costumes aprovados. 119. É dever do pároco, junto com as lideranças e as comunidades, formar o Povo de Deus, ajudar a crescer na fé e na vida eclesial, celebrar a Eucaristia e os sacramentos, valorizar as famílias, acompanhar os movimentos, associações e organismos eclesiais, promover as vocações sacerdotais e religiosas, atender às comunidades. É dever acolher os pobres e necessitados, promover a justiça e a solidariedade, oferecer tempo para o sacramento da confissão e atendimento do povo, valorizar os ministérios, incentivar a catequese, exercer o ministério em comunhão com as pastorais, movimentos e associações religiosas, a exemplo de Jesus o Bom Pastor. 120. É de responsabilidade do pároco, convocar o Conselho de Assuntos Econômicos, o Conselho Pastoral Paroquial, presidir as suas reuniões e animar as demais coordenações das pastorais, movimentos e organismos. 121. No âmbito da Paróquia, segundo as prescrições do Código de Direito Canônico e normas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em comunhão com as Diretrizes da Diocese e com o Conselho de Assuntos Econômicos tem o dever de zelar e administrar o patrimônio da Paróquia, abrir e movimentar conta bancária, manter em dia o livro caixa, o livro de Tombo, o livro de batismo, casamento, crisma, pagamento de taxas e outros deveres sociais. 122. “É necessário que o pároco tenha estabilidade e portanto seja nomeado por tempo indeterminado” (Cânon 522). Contudo, diante das necessidades pastorais, para o bem do próprio pároco e da paróquia, o pároco, ao completar um período de sete a dez anos coloque o seu cargo à disposição, ou quando for solicitado pelo bispo diocesano após ouvir o Conselho Presbiteral. Vigários paroquiais CAPÍTULO IV OS SACRAMENTOS I. Fundamentação 125. O sacramento do batismo, instituído por Jesus Cristo e entregue à Igreja é sinal visível e eficaz da Graça. É a marca do cristão. Ser batizado é ser marcado pelo Espírito Santo, para seguir Jesus Cristo e viver como ele viveu. O batismo é a porta pela qual uma pessoa ingressa na Igreja, comunidade dos redimidos, e pelo qual a pessoa é configurada com Cristo (Cânon 849). 1. O Batismo de crianças Princípios gerais 126. Os princípios gerais que orientam a acolhida das crianças ao batismo são: manifestam disposição de viver a fé, participar da comunidade e educar os filhos na fé católica; (Cânon 843.1)

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Os párocos têm o dever de zelar para que todos os que pedem o sacramento do batismo sejam preparados mediante devida evangelização e instrução catequética. (Cânon 843.2)

Para que uma criança seja licitamente batizada é necessário, que haja esperança de que esta seja educada na fé católica. Se esta esperança falta de todo, o batismo pode ser adiado mediante um diálogo com os pais; (CDC 868)

A participação dos pais na missa, nas celebrações do culto e na vida da comunidade é o testemunho fundamental de vida cristã para os filhos que são batizados na Igreja Católica.

Acolhem-se ao batismo as crianças cujos pais são devidamente casados na Igreja e que participam da comunidade e convidados a participarem dos encontros de preparação para batismo;

O batismo somente será ministrado quando há a certeza de que não houve anterior batismo válido. Em caso de dúvida o batismo seja feito sob condição. Preparação 127. A preparação dos pais e padrinhos segue as seguintes orientações: criança a ser batizada e também os padrinhos sejam convenientemente instruídos sobre o significado do batismo e as obrigações dele decorrentes por meio de exortações pastorais e também mediante oração comunitária, reunindo mais famílias e através de visitas (Cânon 851.2)

A motivação para o batismo começa com um convite durante a missa ou culto, através de boletins paroquiais e outros meios informativos da comunidade, exortando os pais sobre a importância de batizar os seus filhos e de apresentá-los à comunidade;

Que esta preparação tenha no mínimo três a quatro horas de duração, realizada preferencialmente na paróquia onde os pais participam ou residem;

Os que participam da preparação poderão receber um comprovante que lhes permitirá batizar por um período de um ano em qualquer comunidade paroquial desta Diocese ou fora da Diocese;

Seguindo um costume antigo da Igreja, a preparação para o batismo poderá começar com uma apresentação dos batizandos à comunidade durante a missa ou culto. Esta apresentação poderá ser feita seguindo as etapas do Rito de Iniciação Cristã.

Na preparação os pais e padrinhos sejam convidados a receberem o sacramento da reconciliação. Admissão e Preparação: Casos Especiais 128. Casos especiais que serão admitidos e preparados. Os pais que:

São casados apenas civilmente numa segunda união; Não têm nenhum vínculo matrimonial; São casados na Igreja, e que vivem numa segunda união e não podem casar uma segunda vez na

Igreja; Estes pais são convidados a levar uma vida matrimonial harmoniosa e estável, a participar na

comunidade de uma preparação mais prolongada, de quatro ou mais encontros, onde receberão orientações sobre a vida cristã, inclusive sobre o valor sacramental do matrimônio. O casamento não deve ser imposto como condição para batizar os filhos;

Mãe/pai solteira/o são convidados a participar da comunidade e de uma preparação mais prolongada, de quatro ou mais encontros;

Aos pais e padrinhos que não receberam iniciação na vida cristã, primeira comunhão eucarística e não são crismados ofereça-se a possibilidade de participar de uma catequese com adultos. Inscrição 129. A inscrição para o batismo é feita com antecedência, na secretaria paroquial. Nesta ocasião os pais ou padrinhos apresentem os seguintes documentos:

Certidão do nascimento da criança; Dialogar com caridade pastoral se os pais são casados. Dialogar com caridade pastoral se os padrinhos são casados, a não ser que sejam solteiros. Sem coagir oferecer possibilidade de preparação e celebração do casamento.

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130. Essa orientação, mais do que uma exigência objetiva, é uma forma de manter um diálogo sobre o valor do sacramento do matrimônio, da importância de ter os documentos em dia. Nome 131. É missão do pároco, do vigário paroquial, das equipes de batismo, dos responsáveis pelos encontros de noivos, dos ministros de batismo e dos catequistas orientar os pais sobre a importância e o significado do nome, evitando assim nomes alheios ao senso cristão. (Cânon 855) Idade 132. A criança até os sete anos é acolhida pelo batismo na comunidade, sob a responsabilidade dos pais e padrinhos e, após os sete anos de idade, as que não foram batizadas, participam da catequese da iniciação na comunidade e serão batizadas antes de receberem outros sacramentos, independente da situação dos pais. Lugar do Rito do Batismo 133. O lugar próprio para o batismo é a Igreja/Templo ou outro espaço da paróquia, onde normalmente a comunidade celebra. (Cânon 857, 1) 134. Em caso de urgência pode-se batizar nos hospitais e/ou em casa, mas logo que a criança recupere a saúde deverá ser apresentada na Igreja para os ritos complementares e a inscrição no livro dos batizados. 135. A família realiza o batismo na paróquia que reside ou participa. Havendo necessidade de batizar em outra paróquia, deverá levar a autorização que será dada pelo pároco/vigário paroquial. Ministro do Batismo 136. O ministro ordinário do batismo é o bispo, o presbítero e o diácono. Na Diocese de Rondonópolis está instituído o ministro do batismo, que em sintonia com o pároco pode assumir este ministério licitamente. 137. Em caso de doença grave ou perigo de morte, qualquer pessoa pode batizar. Para tanto é preciso ter a reta intenção, e fazer assim: Derramar água na cabeça da criança/adulto, dizendo: N... eu te batizo em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo. 138. A nenhum ministro é licito, sem a devida licença, conferir o batismo fora da própria paróquia. (Cânon 862) Padrinhos 139. Aos padrinhos cabe a missão de ajudar os pais na educação de seu/a afilhado/a, de acompanhar o crescimento na fé, de ajudá-los para que levem uma vida de acordo com o batismo e cumpram as obrigações de batizado (Cânon 872 a 874) Para ser padrinho ou madrinha é necessário que: 140. Tenha completado 16 anos de idade, seja batizado e crismado, tenha recebido o Santíssimo Sacramento da Eucaristia e casado na Igreja Católica. Viva conforme os princípios do Evangelho. Leve uma vida de acordo com a fé e a missão que vão assumir. (Cânon 874). Que não seja pai ou mãe do/a batizando/a. (Cânon 874). Os que não receberam o sacramento da crisma e matrimônio e que desejam ser padrinhos, após devida orientação do sentido do batismo, da missão de padrinho e das normas da Igreja, mediante a caridade pastoral, sejam orientados para que também eles se preparem para receberem esses sacramentos. (Cân. 872 874). 141. Admite-se apenas um padrinho e uma madrinha. (cânon 873) 142. As pessoas não católicas podem ser testemunhas do batismo, mas não padrinhos. Transferência 143. Para batizar fora da paróquia onde residem ou participam, solicita-se que os pais ou responsáveis levem uma autorização por escrito de seu pároco após participar da preparação na sua respectiva paróquia. 144. Padrinhos de outras paróquias participem da preparação na sua respectiva paróquia e apresentem um comprovante de participação da preparação. 2. O Batismo de Adultos

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Princípios gerais 145. Os princípios gerais que orientam a acolhida dos adultos ao batismo são: outros sacramentos. No dia do batismo podem ser ministrados também a Crisma e a Eucaristia. Aconselha-se que o matrimônio seja um rito próprio num outro dia.

A preparação de adultos ao sacramento tenha conteúdo próprio, incluindo a vida familiar, os compromissos do cristão na sociedade, o credo, os sacramentos, a iniciação à leitura bíblica, o cultivo da espiritualidade e a iniciação na vida comunitária.

Insista-se na participação da comunidade cristã, freqüência nas celebrações, o acompanhamento da comunidade e o testemunho de vida na sociedade.

A comunidade faça da liturgia um espaço privilegiado para a catequese; A comunidade tem a missão de valorizar e incentivar os encontros semanais ou quinzenais dos

grupos de família, os círculos bíblicos, os grupos de fé e vida, a organização das pastorais sociais, os encontros dos movimentos como espaço de catequese de adultos.

O acompanhamento de adultos para os sacramentos da iniciação cristã tenha no mínimo duração de seis meses.

Quando pessoas adultas pedem o batismo, levem-se em conta as orientações, devidamente adaptadas, do “Rito de Iniciação Cristã de Adultos”, seguindo o rito simplificado nos números 240 a 277 do citado ritual. 146. A celebração do batismo de adultos seja feita em separado das crianças, pois o Ritual de Batismo de Crianças se dirige aos pais e padrinhos e o Ritual de Batismo de Adultos se dirige ao próprio adulto que está sendo batizado. Taxas 147. Por ocasião do batismo, a paróquia solicita uma taxa administrativa. Porém, é desejo que esta taxa seja substituída por uma doação espontânea. Caso seja estabelecida uma taxa administrativa, o valor desta é estabelecido pela Cúria Diocesana e não pode ser aumentada sem o consentimento da mesma. O dízimo não é vinculado aos sacramentos. 3. Os Batizados em outras Igrejas 148. É necessário verificar a validade ou não do batismo das pessoas batizadas em outras igrejas ou denominações religiosas e que querem ingressar na Igreja Católica. 149. Para certificar-se da validade e saber quais igrejas batizam validamente, observa-se o que determina o Código de Direito Canônico (Cânon. 896), na nota explicativa no rodapé da página, e as orientações do Guia Ecumênico da CNBB, nº 21. Batizam validamente 150. Diversas igrejas batizam, sem dúvida, validamente; por esta razão, um cristão batizado numa dessas denominações não pode ser normalmente rebatizado, nem sequer sob condição. 151. Nestes casos, faça-se, após preparação, a profissão de fé segundo o credo católico, acolhida na comunidade e iniciação aos ritos e símbolos católicos. Essas igrejas são:

Igrejas Orientais “ortodoxas” que estão em comunhão plena com a Igreja Católica Romana, das quais pelo menos, seis se encontram presentes no Brasil;

Igreja Vétero-Católica; Igreja Episcopal do Brasil (Anglicana); Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB); Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB); Igreja Metodista.

Requer uma averiguação

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152. Há diversas igrejas nas quais, embora não se tenha nenhuma reserva quanto ao rito batismal prescrito, contudo, devido à concepção teológica que têm sobre o batismo não manifestam por vezes urgência em batizar seus fiéis ou em seguir retamente o rito batismal prescrito. Nesses casos, quando há garantias de que a pessoa foi batizada seguindo o rito prescrito por essas igrejas, não se pode rebatizar, nem sob condição. Porem aconselha-se realizar o Rito de Admissão na Comunidade, fazer a profissão de fé na Igreja Católica e a Iniciação aos ritos e símbolos católicos. Essas Igrejas são:

Igrejas Batistas; Igrejas Congregacionistas; Igrejas Adventistas; A maioria das Igrejas Pentecostais: Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja do

Evangelho Quadrangular, Igreja Deus é Amor, Igreja Evangélica Pentecostal Brasil para Cristo; O Exército da Salvação não costuma batizar, mas quando o faz, realiza-o de modo válido quanto ao

rito Batizam duvidosamente 153. Há Igrejas de cujo Batismo, se pode prudentemente duvidar e, por esta razão, requer-se, como norma geral, a administração de um novo Batismo, sob condição. Essas igrejas são: do Senhor Jesus e não em nome da Santíssima Trindade;

Igreja Brasileira, embora não se possa levantar nenhuma objeção quanto a matéria ou a forma empregada pela “igreja brasileira”, contudo, pode-se duvidar da intenção de seus ministros;

Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Mórmons. Negam a divindade de Cristo no seu sentido autêntico, e conseqüentemente, o seu papel redentor.

Igreja da graça, igreja universal do Reino de Deus, sal da terra, igreja tenda de Moisés e outras recentes denominações... Com certeza batizam invalidamente 154. Testemunhas de jeová, pois negam a fé na Trindade. Ciência cristã, pois o rito que pratica sob o nome de batismo, tem matéria e forma certamente inválida. Algo semelhante se pode dizer de certos ritos que, sob o nome de batismo, são praticados por alguns grupos religiosos não cristãos, como a umbanda. Fundamentação 155. A Crisma ou Confirmação é passo integrante da iniciação cristã e completa a obra iniciada no Batismo. Conduz o crismando à maturidade cristã, no seguimento de Jesus Cristo, na participação da comunidade e impulsiona com a força do Espírito Santo para a construção de um mundo novo marcado pela justiça e solidariedade. O ministro 156. O ministro ordinário do sacramento da crisma é o bispo. Este por sua vez pode delegar um presbítero para celebrar este sacramento. Orientações gerais 157. Ao iniciar a catequese de preparação para a Crisma, o/a catequista verifique se o crismando/a já foi batizado mediante a apresentação de certidão de batismo. Os jovens que ainda não tenham sido batizados, serão admitidos mediante o Rito de Admissão dos Catecúmenos, ungindo-os com o óleo próprio dos catecúmenos e realiza-se o batismo no decorrer da catequese. Admissão 158. Para ser admitido ao sacramento da Crisma requer-se:

Participar da catequese para o Sacramento da Crisma por um período de dois anos, com freqüência de pelo menos setenta e cinco (75%) dos encontros;

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Ter 13 anos completos para iniciar a preparação; Ter disposição para crescer no testemunho de vida cristã na comunidade e na sociedade. Que os jovens sem uma iniciação cristã ou que vieram de outras Igrejas sejam admitidos à

catequese de iniciação cristã e devidamente evangelizados. Que os adultos tenham uma catequese própria num período acima de seis meses. Consideram-se adultos os que têm acima de 18 anos. Que a catequese se oriente mais pelo Ano Litúrgico do que pelo ano escolar Que faça parte da preparação, a participação de um retiro espiritual. Que se encaminhe para a celebração do matrimônio os que vivem maritalmente,

Roteiro de catequese 159. O Roteiro de catequese para a Crisma, elaborado pela Diocese, com as devidas adaptações conforme a realidade é o texto base para a catequese de Crisma em toda Diocese. Padrinhos 160. Para ser padrinho ou madrinha de crisma é necessário que: engajamento comunitário;

Seja católico, crismado, com idade mínima de 16 anos; Participe da comunidade, da preparação para a crisma e da confissão; Sendo casado/a, tenha sua situação matrimonial regularizada; Pode ser o/a mesmo/a do batismo. É importante que o rapaz escolha um padrinho e a jovem uma madrinha. Namorados não podem ser padrinho/madrinha um do outro. Os pais sejam pais para os filhos evitando, assim, assumirem também a missão de padrinhos de

seus filhos. Os padrinhos sejam instruídos para celebrarem o sacramento da reconciliação.

Celebração 161. As Orientações para a celebração da Crisma estão contidas em material próprio produzido pela Diocese. Fundamentação 162. “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja”. A Igreja se une e se reúne em torno da Eucaristia. É chamado diário para caminhar com Cristo e com os irmãos. 163. A Eucaristia é fonte e ápice de toda Vida Cristã e de toda Evangelização. A Eucaristia é a raiz e o centro da comunidade cristã. É Memorial da morte e ressurreição de Cristo que realiza a salvação, presente sob as espécies de Pão e Vinho, Sacrifício e Ceia partilhada em culto de Ação de Graças. Participação 164. Todos os cristãos leigos são chamados a participar efetivamente da Celebração Eucarística. Na impossibilidade da celebração da Eucaristia a comunidade se reúna para celebrar a Liturgia da Palavra, com distribuição da Eucaristia. Presença da Eucaristia nas comunidades 165. A presença permanente do Santíssimo Sacramento nas comunidades requer: ração, participação e partilha fraterna.

Que a Igreja esteja aberta em horários determinados especialmente aos sábados e domingos para oração pessoal.

Que se organizem celebrações dominicais da Palavra com distribuição da Eucaristia; Que se zele pela segurança do templo, cuidados do sacrário, limpeza da Igreja e pessoa responsável

pela chave do sacrário. Que haja Ministros Extraordinários da Eucaristia devidamente preparados.

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Que se faça limpeza periódica do cibório, da âmbula e do corporal. 166. A presença da Eucaristia na comunidade requer um pedido da respectiva paróquia e a autorização da Cúria Diocesana. Catequese Eucarística 167. O fruto da catequese é fazer discípulos/as, seguidores de Jesus Cristo, participantes da comunidade, cristãos que praticam a justiça e solidariedade. 168. A Catequese Eucarística seja dada em pequenos grupos, com horários fixos, acompanhados por catequistas e celebrada nas comunidades da paróquia. Orientações gerais 169. A catequese é educação permanente para a fé e vida comunitária. Para que aconteça esse processo a diocese estabelece:

comunidade eclesial e participa da vida da comunidade.

A partir dos nove anos inicia-se a catequese de preparação para a comunhão eucarística com duração de dois anos com acompanhamento de catequistas.

Após a celebração da primeira comunhão eucarística a paróquia ofereça grupos de adolescentes, grupos de perseverança, mini-grupos de jovens e outras iniciativas.

A paróquia tem obrigação de formar grupos de catequistas ou outras pessoas que se dedicam ao acompanhamento dos adolescentes.

No processo educativo dos dois anos de catequese haja insistência sobre a importância da catequese como base da vida cristã, a participação na vida da comunidade em especial da eucaristia, a necessidade do acompanhamento dos pais ou responsáveis, sobre a perseverança e o seguimento de Jesus Cristo.

As crianças que ainda não foram batizadas seguem normalmente a catequese e o batizado será realizado por ocasião da Renovação das Promessas do Batismo ou num dia especial na comunidade. 170. Insista-se junto aos pais ou responsáveis que a catequese tem como objetivo formar para a vida cristã mais do que simplesmente fazer a primeira comunhão eucarística. Roteiro 171. O Roteiro de Catequese para a primeira comunhão eucarística, elaborado pela Diocese, com as devidas adaptações conforme a realidade é o texto base para a catequese eucarística em toda a Diocese. Fundamentação 172. O Sacramento da Reconciliação manifesta o amor, a misericórdia e o perdão de Deus para conosco, enviando seu Filho para libertar-nos da escravidão dos nossos pecados e de toda a humanidade (1Jo 2,2). 173. “Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações” (LG 11,30). 174. Deus nos perdoa e nos reconcilia. Reconciliar é reconquistar a paz. “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, o Pai de vocês também não perdoará os males que vocês tiverem feito” (Mt 6,14-15). O ministro 175. O ministro do sacramento da reconciliação é o ministro ordenado através do sacramento da ordem. 176. Os ministros leigos, segundo orientações do Ritual da Penitência podem presidir ritos penitenciais comunitários, mas sem valor sacramental. Celebração 177. A todas as comunidades sejam oportunizadas ocasiões de celebrar o Sacramento da Reconciliação nos tempos do ano litúrgico como quaresma, advento, pentecostes, e em outras ocasiões como: a celebração da festa do padroeiro, a preparação dos sacramentos do batismo, primeira comunhão eucarística, crisma e matrimônio, na primeira sexta-feira do mês e antes ou após a celebração eucarística da comunidade, com adequada preparação comunitária e oportunidade de confissão individual.

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178. Este Sacramento requer uma devida instrução nas homilias, na catequese, nos grupos de família, na formação dos leigos. Deve-se ressaltar o sentido do pecado, da graça, da necessidade de reconciliação, de arrependimento, de busca da conversão para viver a vida nova em Cristo, o amor aos irmãos, a vivência fraterna na comunidade e a construção de uma sociedade marcada pela justiça e solidariedade. 179. O cristão, ao menos uma vez por ano é chamado a participar da celebração da reconciliação. 180. A absolvição geral, sem prévia confissão individual, pode ocorrer nos casos previstos e regulamentados nos cânons 961, 962 e 963, a saber: , grande afluência de penitentes e em outras circunstâncias que se fizer necessária, sempre precedida de uma preparação comunitária, leituras bíblicas.

Para a celebração comunitária e absolvição coletiva reservam-se horários fora da celebração da missa. 181. Os horários para as confissões sejam afixados no mural da Igreja, na secretaria e devidamente divulgados. 182. A Diocese oferece um “Roteiro de Preparação para o Sacramento da Confissão”. Fundamentação 183. “A íntima comunhão de vida e de amor conjugal que o Criador fundou e dotou com suas leis é instaurada pelo pacto conjugal, ou seja: o consentimento pessoal irrevogável. Dessa maneira, do ato humano pelo qual os cônjuges se doam e se recebem mutuamente, se origina, também diante da sociedade, uma instituição firmada por uma ordenação divina”. “Cristo Senhor abençoou largamente esse amor multiforme originado da fonte da caridade divina e constituído à imagem de sua própria união com a Igreja” (GS n.48). 184. “O homem deixa seu pai e sua mãe, e se une à sua mulher, e eles dois se tornam uma só carne” (Gn. 2,24). Deus santifica a união conjugal desde o princípio, a fim de prefigurar no vínculo nupcial, o mistério de Cristo e da Igreja. Daí decorre a unidade, a santidade, a realização mútua e a indissolubilidade do matrimônio a serviço da vida e o compromisso com a comunidade (Ef. 5,33). 185. Celebrar o casamento religioso é sinal de comunhão e de testemunho cristão na vida e na missão do batizado que participa da caminhada da Igreja. Viver o sacramento do matrimônio é ser sinal do amor de Deus. Os cônjuges cristãos ajudam-se a santificarem um ao outro. “Brilhe vossa luz diante dos homens, para que vendo as vossas boas obras glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,16). A família, patrimônio da humanidade, constitui um dos tesouros mais importantes. Ela precisa ser uma escola de fé, de valores humanos e de cidadania. A família é insubstituível para a serenidade pessoal e para a educação dos filhos (cf. DA 114). Ministros 186. O ministro do matrimônio são os próprios cônjuges. O assistente do matrimônio é o pároco, o vigário paroquial e diácono (Cânon 1108). 187. Na Diocese de Rondonópolis, Testemunhas Qualificadas do Sacramento do Matrimônio assistem válida e licitamente, com delegação do pároco e sem possibilidade de se subdelegar, a celebração do Sacramento mediante autorização do pároco. (Protocolo 1874/98 da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos de 02.09.1998) Orientações gerais 188. Para receber o Sacramento do Matrimônio é necessário:

Crisma. Os que não preenchem estas exigências sejam instruídos para serem batizados e devidamente encaminhados para a catequese com adultos para receberem os demais sacramentos.

A idade mínima exigida para celebrar o sacramento do matrimônio é de dezesseis anos para a mulher e de dezoito anos para o homem, mesma idade requerida para o casamento civil.

Prestar as informações, ao pároco ou agente responsável, para o preenchimento do formulário de habilitação do processo matrimonial.

Participar da entrevista com o pároco, para mútuo conhecimento e reflexão sobre o compromisso matrimonial e outras orientações necessárias. (Cânon 1067) 189. Nos casos especiais observem-se os Cânones 1071 e 1083 do Código do Direito Canônico.

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190. O sentido cristão do sacramento do matrimônio, como uma celebração de fé e não um mero ato social, seja aprofundado na preparação dos noivos. 191. A preparação dos noivos seja iniciada seis meses antes da celebração do matrimônio. 192. Os noivos sejam orientados sobre o valor dos sacramentos da reconciliação e da comunhão eucarística (Cânon 1065). Documentos e Prazos 193. Para dar entrada ao processo de habilitação matrimonial e receber as devidas orientações, os noivos devem se apresentar 45 dias antes da data de casamento na secretaria da paróquia onde reside a noiva, munidos dos seguintes documentos: alidade até três meses;

Comprovante de participação da preparação para o casamento; Comprovante da Eucaristia e Crisma, caso os tenha; Certidão de óbito para a parte viúva; Autorização dos pais quando se trata de menores; Autorização do pároco quando o casamento é celebrado em outra paróquia.

194. Os documentos sejam devidamente arquivados na paróquia onde o matrimônio é celebrado. O Pároco desta paróquia tem o dever de enviar para a paróquia onde os noivos foram batizados o documento de “notificação”. Celebração 195. O matrimônio é uma celebração religiosa e sacramental da Igreja. A celebração do casamento seja acolhedora, evidenciando-se o sentido do sacramento do matrimônio. 196. A paróquia, por meio da pastoral familiar organize uma equipe para preparar e animar a celebração do sacramento providenciando cantos, comentários, preces, leituras. 197. A celebração do matrimônio é um rito sacramental, litúrgico, católico, por isso os noivos sejam orientados sobre os gestos que não condizem com o matrimônio e músicas ou canções de cunho meramente romântico, não condizente à celebração sacramental. 198. A Igreja celebra o sacramento do matrimônio. O casamento civil pode ser realizado no mesmo dia e local, mas numa mesa ao lado, nunca no altar, e com a presença da autoridade competente. 199. É possível realizar a celebração do matrimônio religioso com efeito civil. 200. É orientação da Igreja Católica de Rondonópolis que os noivos se casem no religioso e no civil. 201. A condução da celebração do matrimônio é de responsabilidade do assistente eclesiástico. Os cerimoniários de protocolo social respeitem o rito próprio do sacramento do matrimônio. 202. É orientação da diocese que não haja a cobrança do cheque caução por tempo de atraso no dia da celebração do matrimônio. Remete-se para apreciação posterior a possibilidade da celebração do Sacramento do Matrimônio ser gratuita ou mediante uma colaboração espontânea. Filmagem, fotografia e ornamentação 203. As empresas encarregadas da filmagem, das fotografias, ornamentações e os noivos sejam orientados para agirem com discrição, evitando todo exagero que ofusque o sentido do sacramento. 204. As empresas e os noivos, também sejam orientados quanto ao cuidado na utilização e conservação do ambiente interno da igreja: altar, bancos, som, instalações elétricas, paredes, piso e sua responsabilidade sobre os possíveis danos. 205. O lugar próprio da celebração do matrimônio é o templo, onde a comunidade costuma celebrar, ou no local estável de celebração onde não houver um templo erigido. 206. Não é permitida a celebração do matrimônio em clube, hotel, piscina, cachoeira, fazendas e residências particulares. 207. Diante de necessidades especiais de idosos, doentes e portadores de deficiência múltipla, o pároco pode discernir conforme o bom senso pastoral. 208. Os noivos sejam instruídos sobre a pontualidade e que o último horário da celebração do matrimônio seja às vinte e uma horas. Casos Especiais e Licenças

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209. Os casos especiais que requerem a licença do bispo diocesano, previstos no CDC são: menores de idade, disparidade de culto, casamentos mistos, consangüinidade, dispensa de proclamas. (Cânon 1071 a 1094). Ninguém assista a matrimônio que não possa ser reconhecido ou celebrado civilmente (Cânon 1071 parágrafo primeiro n.2) 210. A secretaria da Paróquia solicita a licença em formulário próprio, devidamente preenchido e assinado pelo pároco, encaminha em duas vias à Cúria Diocesana. A licença concedida pela Cúria é registrada no livro de protocolo da Diocese. Casamentos mistos 211. O Matrimônio entre duas pessoas batizadas, das quais uma tenha sido batizada na Igreja Católica ou nela recebida após o batismo, e outra pertencente a uma outra Igreja ou comunidade eclesial cristã, requer a licença da Cúria Diocesana (cf. Cânon 1124 e Diretório Ecumênico da CNBB p.186 a 196). Casamento de segunda união 212. Quanto às pessoas divorciadas (dissolução absoluta do vinculo conjugal), desquitadas (separação de corpos sem dissolução do vinculo matrimonial anteriormente celebrado) ou separadas, (deixar de viver em comum) que assumem uma nova união, observe-se o seguinte: Se a primeira união foi só civil, poder-se-á celebrar o matrimônio, mediante a apresentação do documento de divórcio (dissolução absoluta de vínculo conjugal), após um diálogo do pároco sobre a situação da primeira/o cônjuge, dos filhos e a verificação dos sinais de estabilidade e fidelidade. 213. Os casais que vivem uma segunda união e não podem contrair matrimônio, sejam animados a cultivarem a fé, estimulados a participarem da comunidade, educar os filhos no caminho da Igreja e incentivados a viverem o amor e a fidelidade, seguindo as normas sacramentais da Igreja. 214. Enquanto existir o vínculo sacramental do matrimônio, por ocasião da oficialização de uma nova união não é permitida a simulação de um matrimônio, através de uma cerimônia religiosa ou bênção com a presença de um padre ou de Testemunha Qualificado para o Matrimônio. 215. Os católicos sejam esclarecidos sobre o Tribunal Eclesiástico e orientados sobre os procedimentos para anulação do vínculo matrimonial. Fundamentação 216. “Alguém está enfermo? Chame os presbíteros da Igreja e estes façam orações sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, serão perdoados” (Tg 5, 14-15). 217. “Pela sagrada Unção dos enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e morte de Cristo e contribuam para o bem do Povo de Deus” (LG 11). 218. O sacramento da Unção dos Enfermos remete para o mistério da dor, do sofrimento, do limite humano, da morte, da doença e do envelhecimento à luz da fé cristã. Na ressurreição de Jesus Cristo a vida, a dor e a morte adquirem um sentido de redenção. “O homem foi criado por Deus para um fim feliz, além dos limites da miséria terrestre” (GS 18). Ministro 219. Todo presbítero, e somente ele, pode administrar validamente a unção dos enfermos. (Cânon 1003.1) O diácono e os ministros extraordinários da comunhão podem levar comunhão, ler a Palavra de Deus, fazer orações e dar a benção aos doentes e enfermos. Pastoral dos enfermos 220. A Igreja marca sua presença nos momentos de dor, de doença e de mutilação através da Pastoral dos Enfermos. Esta por sua vez organiza e prepara equipes, para acompanhar e ser presença junto aos doentes e suas famílias. Os ministros da visitação também fazem parte, apóiam e acompanham a Pastoral dos Enfermos e em caso de falecimento continuam dando assistência às famílias. 221. Incentivem-se as famílias para chamar um presbítero, sempre que doentes ou pessoas idosas desejam receber o sacramento da Reconciliação, a Unção dos Enfermos e os ministros para a comunhão eucarística ou uma bênção.

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222. Os ministros da eucaristia sejam instruídos e incentivados para levarem a comunhão aos doentes e idosos. 223. Os ministros da eucaristia e os ministros da visitação acompanhem os doentes de sua comunidade e suas famílias. 224. As paróquias incentivem a celebração comunitária da Unção dos Enfermos no dia da saúde, dos doentes, do ancião ou em outras ocasiões, como no tempo da Páscoa e do Natal. Essas celebrações levem em consideração o estado de saúde e a condição dos participantes. Fundamentação 225. A Igreja é povo de servidores, por isso é uma Igreja Ministerial. Para o amadurecimento da fé nas comunidades surgem as vocações para todos os serviços a fim de que o Reino de Deus possa crescer entre nós. (Mc 10,44-45; At 6,1-7; 1Cor 12,4-7) 226. Os ministérios ordenados são os diáconos, presbíteros e bispos. Participam da missão profética, sacerdotal e pastoral de Jesus Cristo. Anunciam o Evangelho, os ensinamentos da Igreja, servem à comunidade, coordenam os diferentes carismas e celebram os sacramentos em nome de Cristo pela graça do Espírito Santo. Vocações 227. A comunidade cristã, as famílias, os educadores, os presbíteros e principalmente os párocos têm a missão de incentivar vocações, que atendam as necessidades dos ministérios ordenados na Igreja. 228. Ao Bispo diocesano compete cuidar da promoção das vocações, instruir o povo que lhe está confiado, sobre a importância do ministério ordenado e sobre a necessidade de ministros na Igreja. Cabe ainda incentivar, organizar e promover iniciativas para despertar e cultivar as vocações sacerdotais e religiosas. 229. A orientação para o Serviço de Animação Vocacional, para o Seminário Propedêutico, o Seminário Maior Jesus Bom Pastor e a formação Permanente dos Presbíteros consta no “Plano Formativo para os Candidatos e Presbíteros da Diocese de Rondonópolis”. 1. Exéquias 230. Na celebração das exéquias a Igreja suplica o auxílio espiritual para os falecidos, honra seus corpos e ao mesmo tempo dá aos vivos o consolo da esperança. Esta celebração seja de acordo com as leis litúrgicas da comunidade (Cânon. 1177). 231. Ao celebrar os funerais recorda-se a última páscoa do Filho de Deus, que pela morte o fez entrar na vida do Reino. Os cristãos professam: “Espero a ressurreição dos mortos e a vida eterna”. 232. A celebração dos funerais faz parte da tradição da Igreja e é um momento propicio para renovar a fé na ressurreição e refletir sobre o sentido da vida. Ministros 233. Os ritos fúnebres podem ser presididos pelo padre ou pelos ministros da esperança e na ausência de ambos qualquer cristão pode realizar os ritos fúnebres através de cantos, leituras e preces. Local 234. Os ritos fúnebres podem ser celebrados na casa dos familiares, na capela mortuária, ao redor do túmulo ou no templo da comunidade. 2. Bênçãos 235. A bênção, de longa tradição bíblica e impregnada na alma do povo, é um sacramental. Toda bênção é louvor e exaltação a Deus e pedido para obter seus dons. Em Cristo, os cristãos são abençoados por Deus, o Pai “de toda a sorte de bênçãos espirituais”. 236. A Igreja participa do cálice de bênção, agradecendo o extraordinário dom de Deus, por nós recebido no mistério pascal e comunicado na Eucaristia. As bênçãos destinam-se a ilustrar e manifestar a vida nova em Cristo. Rito

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237. Para as bênçãos a Igreja utiliza ritos apropriados a cada circunstância. Em todo rito de bênção crie-se um clima de participação consciente, uma atitude de louvor, incluam-se cantos, a proclamação da Palavra de Deus, preces e profira-se a oração própria. Participação dos leigos/as 238. Também os fiéis leigos “homens e mulheres, em virtude do sacerdócio comum cuja graça foi comunicada no batismo e na confirmação, ou em vista da própria função, ou por exercerem um ministério extraordinário, ou por desempenharem outras tarefas peculiares na Igreja, ou por serem religiosos/as, ou a juízo do bispo os mesmos/as podem celebrar certas bênçãos, de acordo com o rito e fórmulas para eles previstos conforme indicado em cada rito” (Ritual de bênçãos 18) 3. Vestes 239. Os sacerdotes ou diáconos revestem-se de túnica e estola e em algumas circunstâncias com a estola. Os leigos/as, preferencialmente com a mesma “vestimenta” dos ministros extraordinários. 4. Exposição do Santíssimo 240. O ministro da exposição do Santíssimo Sacramento e da bênção com o Santíssimo é o ministro ordenado ou o diácono. Ministros extraordinários da comunhão podem, em circunstancias especiais e na ausência do ministro ordenado, expor e repor sobre o altar o Santíssimo, mas não dar a bênção. (Cânon 943) 241. A celebração religiosa da formatura é expressão de louvor e de ação de graças pelo dom da inteligência e pela capacidade de perseverança em vista de uma qualificação profissional a serviço do bem comum. Convém lembrar que uma formatura, mais do que uma conquista pessoal, é expressão de um investimento da sociedade. 242. A Igreja valoriza a celebração de ação de graças por ocasião da formatura como expressão de louvor e de gratidão a Deus, autor da vida, doador das capacidades e da inteligência humana. A celebração da formatura é um ato comunitário religioso da fé e expressão de pertença a uma comunidade eclesial. 243. Segundo o Documento de Aparecida a formatura constitui-se como um processo vital, que marca profundamente a vida. Daí a necessidade de preparar bem a celebração, com cantos, leituras bíblicas, homilia, preces e um bom clima de acolhida como espaço de encontro com Jesus Cristo e com os irmãos. Celebração 244. A celebração da formatura pode acontecer em três modalidades: em horário normal da comunidade com a presença de formandos ou em horário especial para grupos que vivem a fé, participam da comunidade e querem celebrar a ação de graças.

Celebração da Palavra com rito católico e com a presença do padre ou de um Ministro da Palavra. Celebração da Palavra com rito ecumênico, com presença de ministros de Igrejas cristãs.

Orientações 245. É importante esclarecer aos formandos as diferenças entre uma missa de ação de graças, própria de uma comunidade católica, entre um culto ecumênico, próprio das Igrejas cristãs e uma oração em conjunto onde cada igreja ou denominação expressa a sua fé e crença. 246. Recomenda-se que cada comunidade paroquial tenha um serviço organizado, incluindo ministros e professores que ajudem a refletir e organizar as celebrações/cultos por ocasião das formaturas.

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CAPÍTULO V PASTORAL SOCIAL I. Fundamentação 247. “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Não se encontra nada verdadeiramente humano que não lhes ressoe no coração” (LG 1). 248. A Pastoral Social da diocese inspira-se na Doutrina Social da Igreja, na Evangélica Opção Preferencial pelos pobres com fundamento nos documentos da Santa Sé, das Conferências Episcopais Latino-Americanas e dos documentos da CNBB. 249. Estes princípios norteiam a presença da Igreja junto aos pobres, sofredores e desvalidos. A defesa da vida, a promoção da justiça e da solidariedade, o testemunho profético são características básicas dos seguidores de Jesus Cristo. “A opção preferencial pelos pobres é uma das peculiaridades que marca a fisionomia da Igreja. Converter-se ao Evangelho significa revisar todos os ambientes e dimensões da sua vida, especialmente tudo que pertença á ordem social e à obtenção do bem comum” (DA 391). “Para a igreja, o serviço da caridade, o anúncio da palavra e a celebração dos sacramentos é expressão irrenunciável da própria essência” (DA 399). A pastoral da Igreja não pode prescindir do contexto histórico onde vivem seus membros. A vida acontece em contextos concretos (DA 367). 250. A Diocese de Rondonópolis, na sua história assumiu a pastoral social como prioridade que precisa ser desenvolvida nas comunidades, paróquias e em toda a diocese. Princípios gerais 251. Todas as comunidades sejam sensíveis às necessidades dos pobres, pois, em cada irmão sofredor está o rosto de Cristo. 252. As paróquias e comunidades apóiem e incentivem as iniciativas de promoção humana: centro de defesa do cidadão, justiça e paz; as instituições: Casa Esperança, Casa Bom Samaritano, Albergues noturnos, Comitê contra a fome, Cáritas Diocesana, Cooperativas, Obra Kolping, Oratório Filhos de dom Bosco, Centro Juvenil Kobra, Casa Laura Vicunha, Operação Mato Grosso, Casa São Domingos Sávio, Recanto Fraterno e as organizações: dos pequenos agricultores, dos assentados, dos povos indígenas, a defesa da ecologia, trabalho com menores, prostitutas, dependentes químicos bem como participação no grito dos excluídos e outras iniciativas nas diversas paróquias... 253. A dimensão da caridade, da justiça e da defesa da vida esteja presente em todas as pastorais, movimentos e organismos. 254. A Pastoral Social requer uma atenção constante para passar da assistência à promoção e da promoção para a transformação da sociedade. Organização: 255. A Pastoral social está organizada em nível diocesano com uma equipe de coordenação, eleita pela assembléia das pastorais sociais, com duração de um biênio, podendo ser reeleita por mais um período. O Assessor/a das Pastorais Sociais pode ser escolhido entre um dos coordenadores das pastorais sociais, aprovado pela diocese ou indicado pela diocese. As paróquias e suas comunidades organizem equipes de pastoral social.

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CAPÍTULO VI DÍZIMO

I. Fundamentação 256. O dízimo é uma manifestação de fé e de participação na Comunidade Eclesial. É um compromisso com Deus e com a Igreja. Pelo dízimo o cristão partilha os seus bens e ajuda a Igreja a ter condições necessárias para exercer sua atividade apostólica, sua missão evangelizadora e seu serviço em prol dos necessitados. 257. O dízimo deve ser compreendido como partilha, fruto da generosidade, colocado a serviço da própria comunidade eclesial local. É diferenciado de outras ofertas ou coletas. 258. A Bíblia retrata a constante atitude da pessoa de expressar seu relacionamento com Deus pela oferta de bens materiais. Na história do Povo de Israel Abraão oferece a décima parte de seus bens ao Sacerdote Melquisedec (Gn 14, 48-20). A lei de Moisés sancionou e institucionalizou a prática do dízimo. (cf. Lv 27,30; Nm 18,19; Dt 16, 6-14, 22-23). Tinha por objetivo prover a manutenção do culto e o atendimento aos necessitados. O Antigo Testamento convoca o povo para o retorno a Deus e à prática do dízimo (cf. 2 Cr 31, 2-6; Nm. 10, 35-38; 13, 10-13; Mt 3, 3-12). Em Ml. 3,10, Deus lança ao povo o desafio: “Trazei o Dízimo integral para o Tesouro, a fim de que haja alimento em minha casa. Provai-me com isto, Javé dos exércitos, para ver se eu não abrirei as janelas do céu e não derramarei sobre vós bênçãos em abundância”. No Novo Testamento os textos mostram os princípios cristãos da partilha material para as previsões da comunidade religiosa e do ministério da Igreja. (cf. Lc 10, 7; Lc 10, 2-10; Mt 10, 10; At 4 32, 37; At 11, 27 30; 2Cor 8, 1-9; Rm 15, 26; Gl 6, 65). Em 2Cor 9,7 São Paulo dá as características do dízimo: “Cada um dê conforme o impulso do seu coração, não com tristeza ou forçado, pois Deus ama quem dá com alegria”. O dízimo é uma prática que brota do espírito das comunidades cristãs. 259. Na Igreja Católica essa norma institucionalizou-se no mandamento: “pagar o dízimo conforme o costume”. Mais do que uma norma jurídica é um convite para a partilha gratuita. Objetivo Pastoral 260. O dízimo atinge seu objetivo pastoral quando: ção fixa mensal, dependendo da situação de cada dizimista;

É um compromisso com a comunidade e não apenas um dever; É uma contribuição de acordo com a consciência e com sentido de partilha;

Dimensões 261. Religiosa: star culto de Ação de Graças por tudo o que Deus nos oferece;

Sustentar o culto e as pessoas que dedicam toda sua vida à Evangelização, ao culto e a serviço do povo. (Lc 10, 2-10; Mt 10, 10; Rm 15, 26; Gl 6, 6). 262. Missionária: cia da solidariedade da Igreja para dinamizar a Comunidade em todos os setores pastorais, especialmente a formação de lideranças; 263. Social: promoção humana. (cf. Tg 1, 27; Tg 5,1-6).

Expressar atitude de generosidade mais do que uma lei obrigatória. Orientações 264. A Pastoral do Dízimo segue os seguintes critérios e orientações: evangelização e conscientização das comunidades, sobre o significado do dízimo, como um compromisso de fé, de ação de graças e de participação;

Será dizimista quem contribuir mensalmente com uma parcela de seu rendimento familiar; Os agricultores têm a possibilidade de contribuir com produtos agrícolas; Quem tiver dificuldade de contribuir com o mínimo fixado (2% da renda mensal) dê de acordo com

as suas possibilidades;

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Tenha-se o devido cuidado para não discriminar famílias e pessoas que não conseguem contribuir com o dízimo devido à situação financeira;

O dízimo seja entregue à comunidade/paróquia a qual pertence ou participa o fiel cristão; Toda comunidade tenha a sua equipe do dízimo e organize uma formação continuada; O dízimo não substitui a contribuição por ocasião da celebração dos sacramentos.

265. A colaboração das paróquias para a manutenção dos serviços diocesanos (Cúria, Agentes de Pastoral, Coordenação de Pastoral, Seminário) é de 15% do montante arrecadado na paróquia e repassado mensalmente à Cúria Diocesana; 15% da festa do padroeiro. 266. Orientações da CNBB sobre contribuições dos fiéis para Instituições e iniciativas eclesiásticas (45ª assembléia da CNBB 06 a 15 de abril de 2005). solicitadas para fins gerais, não dispensam o fiel da obrigação de contribuir prioritariamente com o dízimo e outras doações para com a sua própria comunidade local, paroquial e diocesana, à qual pertence;

Os fiéis sejam alertados e conscientizados sobre a prioridade das ofertas para prover às necessidades universais da Igreja e da CNBB (Campanha da Fraternidade, Lugares Santos, Óbolo de São Pedro. Missões, Campanha da Evangelização) e das coletas ou taxas determinadas pelo bispo diocesano;

“As Instituições Eclesiais, mesmo com título e estatuto de sociedade civil, bem como os meios de comunicação social, ligados à Igreja Católica, que promovem campanhas para ofertas solicitadas, em âmbito nacional, ajudem com afinco a promoção das coletas e campanhas estabelecidas pela Sé Apostólica e a CNBB”. Equipes da Pastoral do Dízimo 267. Na comunidade: Cada comunidade organiza sua equipe de pastoral do dízimo. Esta equipe pode ser de voluntários ou equipe eleita pela comunidade. Uma vez composta, a equipe elege um coordenador/a, um secretário/a. O mandato desta equipe de coordenação é de dois anos, podendo ser reeleita por mais um mandato. Os recursos arrecadados vão para o caixa da comunidade e jamais em mãos de particulares. 268. Na Paróquia A equipe paroquial do dízimo é constituída por representes das equipes da pastoral do dízimo das comunidades e pelo pároco/vigário. Constituída a equipe, elege-se uma coordenação: um coordenador/a, um secretário/a. O mandato desta equipe de coordenação é de dois anos, podendo ser reeleita por mais um mandato. 269. Na Diocese A equipe diocesana de dízimo é formada por representantes das equipes paroquiais da pastoral do dízimo. Constituída a equipe, elege-se uma coordenação. O mandato desta equipe de coordenação é de dois anos, podendo ser reeleita por mais um mandato. As reuniões das equipes da pastoral do dízimo nas comunidades, na paróquia e na diocese acontecem mensalmente ou a cada dois ou três meses. Atribuições das Equipes da Pastoral do Dízimo 270. Na comunidade nimar, organizar a pastoral do dízimo na comunidade;

Realizar reuniões ou assembléias dos dizimistas para a formação da espiritualidade, conscientização e prestação de contas;

Repassar à secretaria paroquial a percentagem acertada entre a paróquia e a comunidade. 271. Na Paróquia:

Promover encontros, reuniões e assembléias com os agentes do dízimo em âmbito paroquial para estudo, incentivo e aprofundamento da espiritualidade, troca de experiências, orientações sobre a pastoral do dízimo e prestação de contas;

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Preparar e promover campanhas paroquiais sobre o dízimo envolvendo as paróquias, comunidades, pastorais e movimentos;

Assessorar as equipes das comunidades com encontros, reuniões e dias de formação. 272. Na Diocese: diocese;

Realizar encontros, reuniões, assembléias com as equipes paroquiais para aprofundamento da espiritualidade, formação, troca de experiências e orientações sobre a pastoral do dízimo;

Preparar e promover campanhas diocesanas sobre o dízimo envolvendo as paróquias, comunidades, pastorais e movimentos;

Assessorar as equipes paroquiais com encontros, reuniões e dias de formação. CAPÍTULO VII ADMINISTRAÇÃO E PATRIMÔNIO Finalidade dos bens 273. Por patrimônio entendem-se todos os bens móveis e imóveis das comunidades, das paróquias e da diocese: Imóveis: os terrenos, as construções dos templos, dos centros sociais, do centro catequético; Bens móveis: móveis, automóveis, equipamentos como TV, vídeo, DVD, amplificadores, utensílios do culto como alfaias, castiçais, cibórios, cálices, imagens; Documentos: da conta bancária, escrituras, livros de registro, livros de contabilidade, registro de empregados, holerites, deveres sociais, carnês de impostos, registro de empregados, pagamentos de impostos, seguro. 274. A Igreja não é uma empresa com fins lucrativos, mas é uma entidade religiosa que tem como missão evangelizar e promover a vida e a dignidade humana. Os bens imóveis, móveis e o movimento financeiro devem estar a serviço da evangelização. 275. Como entidade religiosa, defensora e promotora da partilha, da justiça, da honestidade e da transparência é dever da Igreja ser um exemplo de cumprimento dos deveres de cidadãos, de honestidade e de justiça na administração dos bens, do patrimônio e da gestão dos recursos. Orientações Administrativas 276. As contas bancárias, os bens móveis e imóveis das comunidades, paróquias e diocese, conforme determina o Código de Direito Canônico e as Diretrizes da Diocese de Rondonópolis deverão ser registrados no nome da entidade e não de um particular. 277. Os terrenos, automóveis e construções, segundo exigência do Ministério da Fazenda devem ser registrados com o CNPJ da Diocese e conseqüentemente em nome da Diocese. 278. Toda compra realizada pela comunidade ou paróquia, exceto terrenos e automóveis deve-se efetivar em nome da paróquia e com respectivo CNPJ, sempre atento à exigência de nota fiscal com o ICMS/IPI incluso e calculado. 279. A conta bancária das comunidades ou da paróquia ou da diocese tenha sempre duas assinaturas, do pároco e um membro do CPAE, ou de dois membros do CPAE. 280. Os veículos das comunidades, paróquias e diocese tenham o seguro total. 281. Para serem válidos os recibos precisam ter uma identificação, número de CNPJ ou inscrição estadual. No recibo deve constar o número de um documento da pessoa que o assina. 282. Cada paróquia e comunidade devem manter atualizado o inventário completo dos bens móveis, imóveis e de todo o Patrimônio, em duas vias ficando uma na comunidade e na paróquia/diocese. Registros e arquivos 283. A comunidade tenha um livro caixa para registrar o movimento financeiro e fazer a prestação de contas mensal. 284. Tudo que se refere aos direitos sociais dos funcionários deverá ser arquivado por tempo indeterminado, em lugar seguro e em ordem crescente conforme o ano. 285. As plantas de construções, bem como os papeis decorrentes, como contratos, aluguéis, sejam guardados cuidadosamente em arquivo permanente.

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Cada comunidade tenha um armário para guardar seus registros, arquivos e objetos de culto 286. As escrituras dos terrenos sejam devidamente registradas. A primeira via fica no arquivo da diocese e a cópia no arquivo da paróquia. 287. O CAEC é eleito pela comunidade e aprovado pelo pároco, para o mandato de três anos, podendo ser reeleitos por mais um mandato. O CAEC terá uma coordenação composta de um coordenador e vice, secretário e vice, tesoureiro e vice. 288. Competências Cada comunidade tenha um Conselho de Assuntos Econômicos com a função de:

Saldar as despesas como água, energia, consertos. Adquirir material de limpeza. Incentivar o dízimo, organizar festas, recolher as coletas; Anotar no livro caixa todas as entradas e saídas bem como prestação de conta mensal; Zelar para que a catequese e as pastorais tenham recursos e ambiente para a evangelização; Providenciar o material para o culto: folhetos, livros de canto, consertos de instrumentos e

equipamentos, velas, toalhas... Pagar os impostos e taxas da Prefeitura; Cada comunidade em comum acordo repasse uma percentagem dos recursos para manutenção da

paróquia; Repassar para a paróquia as coletas especiais (Campanha da Fraternidade, Campanha da

Evangelização, Dia Mundial das Missões, Óbulo de São Pedro e Lugares Santos). Em algumas comunidades essa tarefa é exercida conjuntamente com o Conselho Pastoral Comunitário. II. Conselho Paroquial de Assuntos Econômicos (CPAE): 289. Cada Paróquia tenha um Conselho Paroquial de Assuntos Econômicos, onde os fiéis assumem com o pároco/vigário a administração da Paróquia (C. 537). Composição 290. O CPAE é constituído pelo pároco e uma equipe de leigos/as eleitos pela assembléia paroquial. A coordenação (coordenador e vice, secretário e vice, tesoureiro e vice) é eleita pelos membros do CPAE com mandato de três anos, podendo os mesmos ser reeleitos para mais um mandato. 291. O pároco é sempre o presidente do Conselho Econômico. Competências 292. O Conselho Paroquial de Assuntos Econômicos tem como função: transparência na gestão dos bens e uso dos recursos econômicos;

Promover na comunidade paroquial o espírito de partilha, de fraternidade e de mútua ajuda; Planejar e executar a administração econômica, financeira e imobiliária da Paróquia; Zelar para que todas as pastorais tenham os devidos recursos para o seu bom funcionamento; Ajudar a programar e divulgar a Campanha da Fraternidade e a Campanha da Evangelização; Promover a organização e dinamização da pastoral do dízimo em todas as comunidades da

Paróquia; Angariar com honestidade os devidos recursos econômicos através de festas, coletas, dízimo,

ofertas e outros meios lícitos; Pagar o salário dos funcionários, a côngrua para o pároco e vigário paroquial, a percentagem de

15% da festa do Padroeiro e das entradas normais para a manutenção da diocese; Pagar as taxas de coletas obrigatórias, contribuir com a manutenção do seminário e saldar os

compromissos decorrentes da pastoral e da manutenção do patrimônio; Manter em dia o livro caixa e o inventário de todos os bens da paróquia (C. 1283); Adquirir e conservar os bens móveis e imóveis da Paróquia;

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Apresentar mensalmente o balancete do movimento financeiro da Paróquia aos fiéis e à Cúria Diocesana e elaborar o plano orçamentário anual da Paróquia;

Ajudar as comunidades carentes e reservar uma percentagem para a pastoral social e o atendimento aos pobres;

Zelar pelo patrimônio, bem como estar atento aos contratos de aluguel e uso dos espaços da Igreja; 293. O Conselho Econômico não pode vender ou doar bens que estão em nome da paróquia sem a aprovação do pároco, nem fazer empréstimos bancários, nem usar a Paróquia como avalista;

As despesas deverão ter nota fiscal comprovante ou recibo com número do CPF ou RG de quem recebe,

Os cheques deverão ter sempre assinatura do pároco e de mais uma pessoa devidamente autorizada. III. Conselho Diocesano de Assuntos Econômicos (CDAE) Composição 294. Integram o CDAE o bispo, o vigário geral, o secretário da diocese, quatro padres eleitos pelos presbíteros e leigos convidados; O CDAE elege uma coordenação composta por um coordenador, um secretário e um tesoureiro. Funcionamento 295. O Conselho Econômico Diocesano reúne-se a cada dois meses e de maneira extraordinária mediante convocação do bispo. Atribuições 296. O Conselho Diocesano de Assuntos Econômicos tem como função:

Assessorar o Bispo na administração do patrimônio da diocese; Orientar as paróquias naquilo que se refere às leis patrimoniais, direitos sociais e outros deveres de

acordo com as leis vigentes; Dar parecer sobre compra e venda de imóveis e veículos pertencentes à diocese; Analisar o balancete mensal e o balanço anual; Apresentar o balanço anual à Assembléia Diocesana para apreciação e aprovação. Efetuar pagamentos e analisar contratos e convênios; Fazer a prestação de contas ao Ministério da Fazenda.

Compras 297. A compra de um terreno, de um automóvel e os encaminhamentos legais de uma construção deverão sempre usar o CNPJ da diocese e a nota fiscal sair em nome da diocese. As demais compras como uma tv, cimento, ferro, alimentos, tecidos.... sejam feitas com o CNPJ da paróquia e em nome da paróquia. IV. Coletas, campanhas, festas e taxas 298. A Sé Apostólica e a CNBB prescrevem coletas e campanhas. O montante arrecadado deve ser destinado à finalidade pela qual foram promovidas. Coletas prescritas pela Sé Apostólica: 299. Óbulo de São Pedro, realizada no dia do Papa, normalmente no último domingo de junho ou primeiro de julho. Esta coleta tem como finalidade promover a solidariedade da Igreja com os empobrecidos e responder a emergências (terremoto, enchente, incêndio, massacres, desastres de grande vulto, refugiados, migrantes, perseguidos). 300. Lugares Santos, realizada na 6ª feira Santa. Tem como finalidade preservar os lugares santos em que Jesus nasceu, viveu, morreu e realizou a obra da salvação. A Igreja tem um cuidado especial pelos Lugares Santos, uma vez que a maioria deles está

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em posse dos muçulmanos e situam-se em lugares de conflitos em Israel, especialmente Jerusalém, Belém e Nazaré. 301. Missões. Realiza-se no penúltimo domingo de outubro: dia mundial das Missões. Tem como finalidade promover e manter as missões e os missionários no mundo inteiro. Coletas prescritas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): 302. Campanha da Fraternidade. Realiza-se no domingo de Ramos ou no dia de Páscoa. Tem como finalidade a promoção da solidariedade entre os católicos. Cada ano esta Campanha tem uma finalidade própria segundo o tema da Campanha da Fraternidade. O Resultado assim é distribuído: tas Brasileira” para administrar e aplicar estes recursos em projetos sociais,

60 % permanece na diocese que redistribui estes recursos para as paróquias, pastorais e outras iniciativas sociais mediante um projeto na área social. 303. Campanha da Evangelização. Realiza-se no 3º domingo do Advento. Tem como finalidade promover e dinamizar a evangelização na diocese, no Regional e no Brasil. O resultado assim é distribuído: de Brasil,

20% é repassado para o Regional Oeste 2. 45% permanece na diocese e tem como objetivo a animação das diversas pastorais como

catequese, liturgia, Cebs, juventude, cursos, encontros, comidi, pastoral indígena, pastorais sociais, formação de leigos, formação bíblica, tribunal eclesiástico... Taxas prescritas pela diocese 304. A Diocese não dispõe de fontes de renda patrimonial. Para a manutenção da diocese, cada paróquia contribui com 15% do montante arrecadado mensalmente e com 15% do resultado da festa do padroeiro. 305. Estas contribuições serão destinadas para a manutenção: da Cúria Diocesana, da Coordenação Diocesana de Pastoral, do arquivo diocesano, do serviço de tesouraria, do patrimônio, do escritório de contabilidade, dos veículos, do seminário Jesus Bom Pastor, do seminário propedêutico, do CEPA, da Casa de Encontro de Fátima de São Lourenço, da animação da pastoral em nível diocesano, do Tribunal Eclesiástico, da mensalidade do SEDAC, da manutenção do Regional Oeste2, dos equipamentos a serviço da pastoral e pagamento dos funcionários da diocese, do Centro de Treinamento de Fátima e do Seminário Jesus Bom Pastor e participação dos encontros Regionais. 306. As contribuições das comunidades para com a paróquia são estabelecidas no nível paroquial 307. É importante incentivar o espírito de partilha entre comunidades com melhores condições econômicas e comunidades mais pobres. Registro e arquivos nas secretarias 308. As comunidades e a sede paroquial mantenham um livro de ata com o registro das assembléias, reuniões e encontros. Uma vez preenchido esse livro deverá ser arquivado. 309. A secretaria paroquial mantenha todos os registros atualizados nos livros de batizados e matrimônio em duas vias e o Livro Tombo, crisma, livro caixa em uma via. 310. A secretaria da cúria diocesana mantenha os registros atualizados dos livros de Tombo, livro caixa, o balanço geral da diocese e manterá organizado o arquivo de segunda via de todos os livros paroquiais como batismo, crisma e matrimônio. Sentido das normas 311. Essas orientações pastorais mais do que exigências legais são fruto de um processo de amadurecimento. Têm como finalidade contribuir para o crescimento da vivência cristã. A Igreja como comunidade necessita de organização e para o bom funcionamento é indispensável um mínimo de critérios e normas. Que estas diretrizes ajudem a ser Igreja para “Reanimar as Comunidades e Renovar a Missão”.

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Anexo I Orientações complementares sobre o casamento civil Parecer de Dr. Sadi Cordeiro de Oliveira - OAB/MT 10191 1. A capacidade para o casamento é regulada pelo artigo 1517 do Código Civil Brasileiro que diz o seguinte: Art. 1517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. 2. Sendo assim, pelas leis brasileiras o casamento civil é permitido normalmente para maiores de 18 anos e excepcionalmente para maiores de 16 anos com autorização dos pais 3. Se houver divergências entre os pais, qualquer um deles poderá ingressar com ação judicial requerendo o exercício do poder familiar. Quem obter este exercício decidirá sobre a união dos filhos ou não. 4. Caso os pais não concordem com o casamento, os menores interessados também podem requerer judicialmente o direito ao casamento, baseado em motivo relevante. (Gravidez, por exemplo). 5. A separação judicial é possível aos casados há mais de 1 ano. É regulada pelo Artigo 1571 do Código Civil Brasileiro. Para a Lei Civil Brasileira, o casamento religioso tem efeitos civis se realizado de acordo com o artigo 1515, ou seja, registrado em cartório no prazo de 90 dias após a celebração. Cabe às religiões, por critérios próprios, aceitar ou não que pessoas separadas recebam o sacramento. 6. Para a lei civil, o casamento só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio. 7. O divórcio pode ocorrer depois da sentença de separação judicial ou divórcio direto, quando existe a separação de fato do casal há mais de 2 anos. 8. A Separação Judicial pode ser requerida por qualquer dos cônjuges mediante alegação de qualquer ato que importe violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum (artigo 1572 CC). Também pode ser requerida nos casos de provada a ruptura da vida em comum há mais de 1 ano, doença mental grave manifestada após o casamento que torne impossível a continuidade da vida em comum (doença que após 2 anos tenha sido reconhecida de cura improvável). 9. O Divórcio poderá ser requerido decorrido 1 ano da sentença de Separação Judicial, ou após 2 anos de comprovada separação de fato (artigo 1580 CC). 10. Quanto à possibilidade de casamento religioso mediante apresentação da separação, cabe às religiões aceitarem ou não a sua realização. 11. O raciocínio jurídico que deve ser levado em conta é o seguinte: o casal mesmo separado judicialmente continua casado, não podendo contrair outro casamento civil, embora cessem os deveres de coabitação e fidelidade recíproca, bem como o regime de bens. Importante dizer que durante a separação os casais podem reconciliar-se mediante ato regular em juízo. 12. Para os efeitos civis, o separado continua casado até o divórcio. Por isso é prudente a preocupação contida no item 212 das Diretrizes Pastorais da Diocese, em não realizar casamento de quem esteja apenas separado civilmente, pois poderia ocorrer de uma pessoa separada civilmente casar no religioso e depois reconciliar-se com a pessoa de quem se separou. 13. Em todo caso, a Lei Civil concede poderes amplos e irrestritos às religiões decidirem sobre como realizarão os casamentos religiosos. 14. Pelo livre exercício de consciência (CF artigo 5°, VI), não existe obrigação legal às religiões exigirem o casamento civil para realizar o casamento religioso. Algumas religiões, por cautela, exigem o casamento civil para comprovar que os futuros cônjuges não tenham impedimentos, um casamento anterior, por exemplo. 15. No entanto, existe o casamento religioso com efeitos civis, que, se realizado de acordo com as formalidades, (artigo 226, §2 da CF e 1515 e 1516 do Código Civil) terá validade civil. Entre as formalidades previstas na lei L-006.015-1973 que trata dos Registros Públicos, resumimos aqui: 1- Os nubentes se habilitam para o casamento e pedem que o cartório forneça certidão de habilitação para casarem perante autoridade religiosa; 2- O termo do casamento religioso deverá conter: data da celebração, ou lugar, o culto religioso, nome do celebrante, sua qualidade, o cartório que expediu a habilitação, sua data, os nomes, profissões, residências, nacionalidades das testemunhas que o assinarem e os nomes dos contraentes.

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3- O registro deve ser feito no cartório no prazo de 30 dias da celebração. O celebrante deve arquivar a habilitação fornecida pelo cartório. 16. No caso do casamento ser realizado sem a habilitação prévia no cartório poderá ser registrado no cartório posteriormente, desde que apresentando requerimento com a prova do ato religioso (termo do casamento religioso) e dos demais documentos exigidos pela lei civil. 17. O exemplo concreto é o seguinte: digamos que um casal case no religioso e depois procura registrar este casamento no civil. O cartório verificará a habilitação do casal. Havendo impedimento, este casamento não terá validade civil mas continuarão casados no religioso, até posterior decisão da religião que o anule. (Decorre daí o compromisso da secretaria paroquial preencher com exatidão todos os dados solicitados pelo Formulário de Habilitação do Processo Matrimonial). União estável e sociedade de fato 18. Para nossa reflexão é importante atentarmos para o novo instituto da união estável e da sociedade de fato, sobre as quais os católicos fazem muita confusão. 19. A união estável está prevista no Código Civil e reconhecida como entidade familiar (artigo 226, §3 da Constituição Federal) cujo conceito legal é o seguinte: Art. 1723. CC. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 20. Observe-se que os requisitos são homem e mulher, convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituir família. 21. Por estes requisitos afasta-se a hipótese de a sociedade de fato, (que pode ser realizada entre pessoas do mesmo sexo) ser admitida pela Lei Brasileira como entidade familiar. Isso deve orientar qualquer crítica religiosa que se pretenda fazer sobre a união entre pessoas do mesmo sexo. O projeto que tramita no Congresso trata das questões relativas a partilha e sucessão de bens destas pessoas. Em nenhum momento se cogita tratar a sociedade de fato entre pessoas do mesmo sexo como qualquer coisa próxima de família.