diretrizes para elaboração e implantação de planos e

212
Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Upload: others

Post on 17-Jul-2022

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

Esta publicação é produto de um amplo processo de construção co-letiva de diretrizes para elaboração e implantação de Plano de Carrei-ras, Cargos e Vencimentos (PCCV) em quatro Regiões de Saúde do Brasil: Juruá e Tarauacá-Envira, no Acre (AC); Icó, no Ceará (CE); Pira-pora, em Minas Gerais (MG); e Su-doeste Mato-Grossense, no Mato Grosso (MT).

O processo contou com a partici-pação de gestores e trabalhado-res do Sistema Único de Saúde (SUS) de quatro estados e 31 mu-nicípios brasileiros e foi coorde-nado pelo Departamento Inter-sindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), com apoio !nanceiro da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Escritório Regional para as Amé-ricas, da Organização Mundial de Saúde (OMS), com anuência do Departamento de Gestão e Regulação do Trabalho na Saúde da Secretaria de Gestão do Traba-lho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde (Degerts/SG-TES/MS).

O primeiro capítulo indica limites, possibilidades e desa!os à implan-tação de PCCV em Regiões de Saú-de no Brasil. O segundo apresenta a metodologia e o processo de

execução do projeto nas quatro Regiões de Saúde selecionadas para elaboração e implantação de PCCV. No terceiro, são descritas as principais etapas do processo de desenvolvimento metodológico para análises da situação da for-ça de trawe as atividades de for-mação e discussão sobre o PCCV regional. O quinto apresenta dire-trizes gerais e especí!cas para ela-boração e implantação de PCCV e, por !m, o sexto e último capítulo propõe instrumentos jurídicos de cooperação interfederativa para viabilização da construção da car-reira regional dos trabalhadores do SUS.

Dire

triz

es p

ara

Elab

oraç

ão e

Impl

anta

ção

de P

lano

s de

Car

reir

as, C

argo

s e

Venc

imen

tos

em R

egiõ

es d

e Sa

úde

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Page 2: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

DIEESEDepartamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos

de Carreiras, Cargos e Vencimentos

em Regiões de Saúde

São Paulo, 2017

Page 3: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

Presidente da República Michel Temer

Ministro da Saúde Ricardo José Magalhães Barros

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) Rogério Luiz Zeraik Abdalla

Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho (DEGERTS) Ana Paula de Campos Schiavone

Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP-SUS) Rogério Luiz Zeraik Abdalla

Ministério da Saúde Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho (DEGERTS) SRTVN Quadra 701 – Via W5 Norte – Lote D - Edifício PO 700 – 4º andar – Brasília/DF - CEP 70719- 04055 (61) 3315-6261 - E-mail: [email protected]

OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde OPAS/OMS no Brasil - Setor de Embaixadas Norte, Lote 19 - CEP 70800-400 – Brasília-DF – Brasil

Representante no BrasilJoaquin Molina

Publicação resultante do Projeto apoiado pela CARTA ACORDO BR/LOA/1400069.001Elaboração de Planos de Cargos, Carreiras e Salários, em âmbito regional, no Sistema Único de SaúdeResponsável pela execução e administração: Nelson de Chueri KaramCoordenador Técnico: Reginaldo Muniz BarretoEquipe técnica: Olavo Viana Costa, Yonaré Barros, José Inácio Ferreira Júnior, Nelson KaramConsultoria Jurídica: Magalhães e Campos – Advocacia e Consultoria

© 2017. Ministério da Saúde - Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES). Todos os direitos reservados.

É permitida a reprodução parcial ou total dessa obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer ÀP�FRPHUFLDO�

DIEESE

D419 Diretrizes para elaboração de planos de carreiras, cargos e vencimentos em regiões de saúde../ Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. São Paulo: DIEESE, 2017.

204 p. ISBN 978-85-873-2690-4

1. SUS 2. Sistema Único de Saúde 3 Plano de Cargos e Salários PCS 4. Regiões de Saúde I. DIEESE II. Ministério da Saúde III. Organização Pan-Americana da Saúde IV Título.

CDU 331.103.14

Page 4: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos

de Carreiras, Cargos e Vencimentos

em Regiões de Saúde

Page 5: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Escritório Nacional: rua Aurora, 957 - Centro – São Paulo – SP – CEP 012009-001 Tel.: (11) 3874 5366 – Fax: (11) 3874 5394

www.dieese.org.br

Direção Sindical Executiva Luis Carlos de Oliveira – Presidente

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo Mogi das Cruzes e Região – SP

Raquel Kacelnikas – Vice Presidente Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo Osasco e Região – SP

Nelsi Rodrigues da Silva – Secretário Geral Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – SP

Alex Sandro Ferreira da Silva - Diretor Executivo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de Osasco e Região - SP

Bernardino Jesus de Brito – Diretor Executivo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo – SP

Carlos Donizeti França de Oliveira – Diretor Executivo Federação dos Trabalhadores em Serviços de Asseio e Conservação Ambiental Urbana e Áreas Verdes do Estado

de São Paulo – SP Cibele Granito Santana – Diretora Executiva

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de Campinas – SP Josinaldo José de Barros – Diretor Executivo

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Materiais Elétricos de Guarulhos Arujá Mairiporã e Santa Isabel – SP

Mara Luzia Feltes – Diretora Executiva Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramentos Perícias Informações Pesquisas e de Fundações

Estaduais do Rio Grande do Sul – RS Maria das Graças de Oliveira – Diretora Executiva

Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco – PE Paulo Roberto dos Santos Pissinini Junior – Diretor Executivo

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Máquinas Mecânicas de Material Elétrico de Veículos e Peças Automotivas da Grande Curitiba – PR

Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico

Patrícia Toledo Pelatieri – Coordenadora Pesquisa e Tecnologia José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais

Fausto Augusto Jr – Coordenador de Educação e Comunicação Angela Maria Schwengber – Coordenadora de Estudos em Políticas Públicas

Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira

Equipe responsável Reginaldo Muniz Barreto, Olavo Viana Costa, Nelson de Chueri Karam (elaboração);

Luisa Cruz e Eliana Martins (apoio)

Projeto gráfico Caco Bisol Produção Gráfica Ltda.

Capa e Produção gráficaCaco Bisol Produção Gráfica Ltda.

ImpressãoPigma

Tiragem6 mil exemplares

Page 6: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

5

Sumário

Apresentação 7

Capítulo 1Limites, possibilidades edesafios à implantação de PCCVem Regiões de Saúde 13

Capítulo 2Visão geral da metodologiae do processo de execução do projeto 21

Capítulo 3Caracterização das Regiõesde Saúde selecionadas para o projeto 39

Capítulo 4Conceitos básicos paraelaboração e implantação de PCCVem Regiões de Saúde 61

Capítulo 5Diretrizes gerais e específicas paraelaboração e implantação de PCCVem Regiões de Saúde 67

Capítulo 6Proposição de instrumentos jurídicos de cooperação interfederativa para viabilização da carreira regional dostrabalhadores do SUS 93

Anexos 109

Page 7: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e
Page 8: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

7

Esta publicação é produto de um amplo processo de construção co-letiva de diretrizes para elaboração e implantação de Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV) em quatro Regiões de Saúde do Brasil: Juruá e Tarauacá-Envira, no Acre (AC); Icó, no Ceará (CE); Pirapora, em Minas Gerais (MG); e Sudoeste Mato-Grossense, no Mato Grosso (MT).

Esse processo, que contou com a participação de gestores e trabalha-dores do SUS de quatro estados e 31 municípios brasileiros, conforme relação nominal constante do Anexo 1, foi coordenado pelo Departamento Intersin-GLFDO�GH�(VWDWtVWLFD�H�(VWXGRV�6RFLRHFRQ{PLFRV��',((6(���FRP�DSRLR�ÀQDQ-ceiro da Organização Panamericana de Saúde, Escritório Regional para as Américas, da Organização Mundial de Saúde, Opas (OMS), por meio da &DUWD�$FRUGR�%5�/2$��������������ÀUPDGD�HP�PDUoR�GH�������FRP�anuência do Departamento de Gestão e Regulação do Trabalho na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (Degerts/SGTES/MS).

O produto aqui apresentado incorpora o conhecimento acumulado QD�H[HFXomR�GD�&DUWD�$FRUGR�%5�/2$��������������ÀUPDGD�HP�MXQKR�GH�2013, consubstanciado em proposta para a estruturação de PCCV que abran-ja trabalhadores do SUS em âmbito municipal e propõe elementos de conti-nuidade, aperfeiçoamento e diferenciação em relação à proposta supracitada. Continuidade, porque trata da mesma temática estratégica para o fortaleci-mento da gestão do trabalho no SUS. Aperfeiçoamento, porque aproveita avanços conceituais e operacionais decorrentes do aprendizado propiciado pela primeira Carta Acordo. Diferenciação, não só porque abrange a dimen-

Apresentação

Page 9: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

8

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

são regional, um dos eixos estruturantes das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS), mas também - e sobretudo - porque apresenta diretrizes nacio-nais para elaboração e implantação de PCCV nesse âmbito.

&RQVRDQWH�GHÀQLomR�GR�'HFUHWR��������GH�������������TXH�UHJXOD-menta a Lei 8.080, de 19/09/1980, para dispor sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, essas diretrizes aplicam-se a grupos de “municípios limítrofes com caracte-UtVWLFDV�JHRJUiÀFDV��GHPRJUiÀFDV��VRFLRHFRQ{PLFDV��FXOWXUDLV�H�HSLGHPLROy-gicas em comum, e que incorporem mecanismos de planejamento e interven-ção intrarregional”.

Trata-se de iniciativa pioneira, pelo método e pelo propósito, em que pese a constatação de que referências ao tema do PCCV existem praticamen-te desde a instituição do SUS. A própria Lei 8.142, de 28/12/1990, que dis-SXQKD�VREUH�DV�WUDQVIHUrQFLDV�LQWHUJRYHUQDPHQWDLV�GH�UHFXUVRV�ÀQDQFHLURV�QD�área da saúde e dava outras providências, já estabelecia, no item VI do artigo 4º, que, para receberem recursos da União para a execução de ações e serviços públicos de saúde sob sua responsabilidade, os estados e os municípios de-veriam contar com comissão de elaboração do PCCV, a ser implantado em prazo de dois anos. No caso de não implantação, o parágrafo único do refe-rido artigo aventava que tais recursos fossem administrados, respectivamen-te, pelos estados ou pela União.

Ainda que não haja registros do número de estados ou municípios que tenham sido afetados por essa regra, sua simples menção é relevante FRPR�LQGLFDGRU�GD�LPSRUWkQFLD�GR�3&&9�H�GRV�GHVDÀRV�SDUD�VXD�HODERUDomR�e implantação. De fato, há referências explícitas ao tema em outros documen-tos de inequívoca importância para a reconstituição de aspectos históricos da institucionalização do SUS: os princípios e diretrizes para a gestão do traba-lho no SUS, mais conhecidos como Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUS (NOB/RH/SUS), aprovados pela Resolução 330 do CNS, de 04/11/2003; e as diretrizes nacionais para instituição de PCCV no âmbito do SUS, aprovadas pelo Protocolo 6 da MNNP/SUS, de 09/11/2006.

$�12%�5+�686�GHGLFRX�LWHP�HVSHFtÀFR�j�HODERUDomR�GH�3&&9��contemplando, entre outras questões, a estruturação do plano e enfatizando TXH��SDUD�HVVH�ÀP��DV�FDWHJRULDV�SURÀVVLRQDLV�GD�iUHD�GD�VD~GH�GHYHULDP�VHU�FODVVLÀFDGDV�HP�JUXSRV�GH�FDUJRV�²�VHQGR�REVHUYDGDV�D�IRUPDomR��D�TXDOLÀ-FDomR�SURÀVVLRQDO�H�D�FRPSOH[LGDGH�H[LJLGDV�SDUD�R�GHVHQYROYLPHQWR�GDV�DWLYLGDGHV�H�Do}HV��$VVLP��RV�FDUJRV�GHÀQLGRV�VHULDP�GHVGREUDGRV�HP�FODVVHV�

Page 10: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

9

– organizadas de acordo com os níveis básico, técnico e superior – e haveria equiparação salarial entre os cargos das várias classes, proporcional à carga horária e ao nível de escolaridade. Para tanto, deveriam ser considerados os seguintes elementos: a rotina e a complexidade das tarefas; o nível de conhe-cimento e de experiência exigidos; a responsabilidade pela tomada de deci-sões e suas consequências; e o grau de supervisão prestada ou recebida.

O Protocolo 6 da MNNP/SUS, ao aprovar diretrizes nacionais para LQVWLWXLomR�GH�3&&9�QR�kPELWR�GR�686��IRL�DLQGD�PDLV�HVSHFtÀFR��'HÀQLX�carreira - trajetória do trabalhador desde o seu ingresso no cargo ou emprego DWp�R�VHX�GHVOLJDPHQWR��UHJLGD�SRU�UHJUDV�HVSHFtÀFDV�GH�LQJUHVVR��GHVHQYROYL-PHQWR�SURÀVVLRQDO��UHPXQHUDomR�H�DYDOLDomR�GH�GHVHPSHQKR���H�SODQR�GH�FDU-reira - conjunto de normas que disciplinam o ingresso e instituem oportunidades H�HVWtPXORV�DR�GHVHQYROYLPHQWR�SHVVRDO�H�SURÀVVLRQDO�GRV�WUDEDOKDGRUHV��GH�IRUPD�D�FRQWULEXLU�SDUD�D�TXDOLÀFDomR�GRV�VHUYLoRV�SUHVWDGRV�SHORV�yUJmRV�H�instituições, constituindo-se em instrumento de gestão da política de pessoal.

Além disso, o Protocolo 6 da MNNP/SUS estabeleceu, como prin-cípios para a instituição de PCCV no âmbito do SUS, que: 1) os planos de-veriam abarcar todos os trabalhadores dos diferentes órgãos e instituições integrantes do SUS; 2) deveria haver correspondência dos cargos criados nas três esferas de governo no que se refere à denominação, à natureza das atri-EXLo}HV�H�j�TXDOLÀFDomR�H[LJLGD�SDUD�R�VHX�H[HUFtFLR�����R�FRQFXUVR�S~EOLFR�de provas ou de provas e títulos seria a única forma de ingresso para o exer-cício de cargo ou emprego e acesso à carreira; 4) deveria haver garantia de trânsito do trabalhador do SUS pelas diversas esferas de governo, sem perda de direitos e da possibilidade de desenvolvimento na carreira; 5) deveria haver garantia de permanente adequação do plano de carreiras às necessida-des e à dinâmica do SUS; 6) deveria haver garantia da participação dos tra-balhadores, por meio de mecanismos legitimamente constituídos, na formu-lação e gestão do seu respectivo plano de carreiras; 7) o plano de carreiras deveria se constituir em um instrumento gerencial de política de pessoal in-tegrado ao planejamento e ao desenvolvimento organizacional; 8) o plano de carreiras deveria contemplar ações de educação permanente para atendimen-to das necessidades de oferta de educação aos trabalhadores do SUS; 9) o plano de carreiras deveria contemplar a avaliação de desempenho, entendida FRPR�SURFHVVR�SHGDJyJLFR�IRFDGR�QR�GHVHQYROYLPHQWR�SURÀVVLRQDO�H�LQVWL-WXFLRQDO��H�����R�SODQR�GH�FDUUHLUDV�GHYHULD�FRQÀJXUDU�DMXVWH�HQWUH�JHVWRUHV�H�WUDEDOKDGRUHV�HP�SURO�GD�TXDOLGDGH�GRV�VHUYLoRV��GR�SURÀVVLRQDOLVPR�H�GD�

Page 11: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

10

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

DGHTXDomR�WpFQLFD�GR�SURÀVVLRQDO�jV�QHFHVVLGDGHV�GRV�VHUYLoRV�GH�VD~GH�Em 2006, entretanto, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais

de Saúde (Conass) evidenciava situação distinta daquela que deveria se con-ÀJXUDU�DSyV�D�DSURYDomR�GD�12%�5+�686�H�GR�3URWRFROR���GD�0113�686�

Apenas metade dos Estados tem plano de carreira, cargos e salários exclusivo do SUS enquanto a outra metade tem PCCS comum ao conjunto da administração estadual. A realidade municipal é ainda mais complexa, pois se observa que a quase totalidade dos pequenos municípios, além de não ter planos de carreira exclusivos do SUS, não tem um quantitativo de pessoal da saúde com escala para SURSRU�XP�SODQR�H[FOXVLYR�GR�686��$OpP�GLVVR��PXLWRV�HQIUHQWDP�GLÀFXOGDGHV�SDUD�D�LQFRUSRUDomR�H�D�SHUPDQrQFLD�GH�SURÀVVLRQDLV�H�HVSHFLDOLVWDV�1

Como não houve alteração qualitativa no cenário revelado pelo Co-nass em 2006, é certo que, ainda hoje, a realidade da maioria dos pequenos municípios impede a implementação de PCCV. Diante disso, a criação de carreira regional para os trabalhadores do SUS pode contribuir para a supe-ração dos vínculos precários, em adequação com a realidade municipal e em FRQVRQkQFLD�FRP�DV�GHÀQLo}HV�GR�'HFUHWR��������GH�������������SDUWLFXODU-mente no que se refere à instituição de mecanismos de articulação interfede-rativa no âmbito das Regiões de Saúde.

Nesse contexto, a publicação aqui apresentada pretende fornecer elementos conceituais e operacionais importantes para a elaboração e im-plantação de PCCV nas Regiões de Saúde. Foram organizados seis capítu-ORV�SDUD�HVVH�ÀP��

2�SULPHLUR�FDStWXOR�LQGLFD�OLPLWHV��SRVVLELOLGDGHV�H�GHVDÀRV�j�LPSODQ-tação de PCCV em Regiões de Saúde no Brasil. O segundo apresenta a meto-dologia e o processo de execução do projeto nas quatro Regiões de Saúde sele-cionadas para elaboração e implantação de PCCV. No terceiro são descritas as principais etapas do processo de desenvolvimento metodológico para análises GD�VLWXDomR�GD�IRUoD�GH�WUDEDOKR�HP�VD~GH�H�GD�VLWXDomR�RUoDPHQWiULR�ÀQDQFHL-ra da área nas quatro regiões. O quarto capítulo resume conceitos básicos ado-tados durante as atividades de formação e discussão sobre o PCCV regional. O TXLQWR�UHODFLRQD�GLUHWUL]HV�JHUDLV�H�HVSHFtÀFDV�SDUD�HODERUDomR�H�LPSODQWDomR�GH�3&&9�HP�5HJL}HV�GH�6D~GH��3RU�ÀP��R�VH[WR�H�~OWLPR�FDStWXOR�SURS}H�

1. Conass (2006).

Page 12: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

11

instrumentos jurídicos de cooperação interfederativa para viabilização da cons-trução da carreira regional dos trabalhadores do SUS.

Antes de passar ao primeiro capítulo, cabe ainda nesta apresentação uma digressão sobre o título da publicação: diretrizes para elaboração e implan-tação de PCCV em Regiões de Saúde. Inicialmente, vale destacar que são várias as denominações para esse tipo de plano: Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), Plano de Cargos, Carreiras, Desenvolvimento e Vencimentos (PC-CDV), Plano de Emprego, Carreira e Salários (PECS), Plano de Cargos, Car-reiras e Remuneração (PCCR), Plano de Cargos e Vencimentos (PCV).

A denominação PCCS, utilizada pelo Protocolo 6 da MNNP-SUS, não será adotada nesta publicação. Isso porque, tal como estabelecido nos projetos de lei resultantes dos processos de negociação coletiva instituídos no âmbito do projeto, a carreira regional dos trabalhadores do SUS nas quatro Regiões de Saúde selecionadas deverá abranger servidores das secretarias municipais de saúde que ocupam cargos públicos efetivos; e, como servido-res públicos, não auferem salários e sim, vencimentos.

Page 13: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e
Page 14: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

13

Capítulo 1Limites, possibilidades e desafios à implantação de PCCV em Regiões de Saúde

Neste primeiro capítulo, procurar-se-á indicar limites, possibilidades H�GHVDÀRV�j�HODERUDomR�H�LPSODQWDomR�GH�3&&9�HP�5HJL}HV�GH�6D~GH�QR�Brasil. Por óbvio, não se pretende aprofundar a temática da regionalização no SUS, mas tão somente destacar elementos indispensáveis à compreensão do FRQWH[WR�WHyULFR�PHWRGROyJLFR�HP�TXH�VH�GHX�D�GHÀQLomR�GH�SURSRVWDV�TXH�viabilizassem a implementação de PCCV em quatro Regiões de Saúde sele-cionadas para compor o projeto: Juruá e Tarauacá-Envira/AC; Icó/CE; Pira-pora/MG; e Sudoeste Mato-Grossense/MT.

Considerações sobre a política de regionalização no SUS

O alcance dos objetivos estratégicos da política de regionalização do SUS, estabelecida no Decreto 7.508, de 28/06/2011, é tarefa de enorme com-plexidade. Entre outras razões, pela necessidade de articulação e coordenação político-institucional voltadas, a um só tempo, para a organização da rede de atenção à saúde e para a consolidação de instrumentos administrativos, jurí-GLFRV�H�ÀQDQFHLURV�TXH�SRVVLELOLWHP�VXSHUDU�D�IUDJPHQWDomR�H�DWRPL]DomR�GD�gestão da força de trabalho no SUS em âmbito municipal.

$�UHJLRQDOL]DomR�GR�686�p�XPD�SURSRVWD�GHVDÀDGRUD�H�LQpGLWD�H�depende da compreensão consensual de que deve ser fortalecida, como de-monstram documentos da Opas, do Ministério da Saúde, do Conass, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e de pesquisadores acadêmicos, reproduzidos a seguir.

Page 15: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

14

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Importância da regionalização do SUS na ótica da Opas

O tema da regionalização da saúde pública no Brasil tem sido objeto de atenção da Opas, como se depreende da citação a seguir (OPAS, 20111).

(VVD�REUD�p�IUXWR�GH�XP�HVIRUoR�FROHWLYR�SDUD�DGLFLRQDU�HOHPHQWRV�GH�UHÁH[mR�ao processo de descentralização e regionalização das ações e serviços de saúde no Brasil. Um país de dimensões continentais, com grande diversidade geográ-ÀFD�H�XP�YDVWR�IRVVR�VRFLDO�DLQGD�SRU�VHU�FREHUWR�QmR�SRGH�FXLGDU�GH�SHVVRDV�de forma centralizada e concentrada.Trata-se de uma federação cujos integrantes possuem competências concorren-tes e exclusivas. Por isso, a soma dos esforços sempre será melhor que atitudes isoladas, para se evitar o retrabalho e direcionar o uso dos escassos recursos da saúde para se obter o máximo de efetividade e melhoria da qualidade de vida das pessoas.A situação de saúde das comunidades está visceralmente ligada ao território, ao espaço físico com o qual interagem. Quanto mais próxima a gestão estiver desses territórios, e quanto mais se puder regionalizar e descentralizar serviços nessa direção (respeitados os princípios de escala, necessidade e qualidade), WDQWR�PHOKRU�SRGHU�VH�i�SURGX]LU�VD~GH��HP�VXD�GHÀQLomR�PDLV�DEUDQJHQWH�H�longitudinal.

Importância da regionalização do SUS na ótica do Ministério da Saúde

O documento “Regionalização Solidária e Cooperativa – Orienta-ções para sua implementação no SUS”2, da série Pactos pela Saúde, de 2002, Mi�GHVWDFDYD�D�LPSRUWkQFLD�H�RV�GHVDÀRV�GD�UHJLRQDOL]DomR�SHOD�yWLFD�GR�0L-nistério da Saúde:

A regionalização estimula a criatividade e a busca conjunta dos me-lhores caminhos e das soluções mais adequadas a cada situação.

Apesar de todos esses avanços, a gestão descentralizada da saúde ainda enfren-WD�R�GHVDÀR�GH�HQFRQWUDU�PHFDQLVPRV�TXH�VXSHUHP�D�IUDJPHQWDomR�GH�HVWUXWXUDV�

1.ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE -OPAS. Redes e regionalização em saúde no Brasil e na Itália: lições aprendidas e contribuições para o debate. Brasília, DF: OPAS, 20112.BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Regionalização solidária e cooperativa. Brasília, DF, 2006. (Série Pactos pela Saúde, 6).

Page 16: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

15

municipais muitas vezes atomizadas com iniquidades na qualidade e na oferta de acesso, o que compromete a legitimidade do sistema. O reconhecimento social do SUS depende do aperfeiçoamento de sua gestão e da consolidação dos avanços conquistados. A descentralização precisa, portanto, seguir adiante, mas sem perder de vista a integração nacional. Como é sabido, processos de descen-tralização, que não são acompanhados de estratégias de coordenação e coope-ração solidárias, podem aumentar as desigualdades regionais e a fragmentação dos serviços.

Importância da regionalização do SUS na ótica do Conass

Na publicação “SUS: 20 anos”3, de 2009, o Conass assim se posicio-nou sobre a importância da regionalização no SUS.

A regionalização no SUS constitui estratégia prioritária para garantir o direito à saúde, reduzir desigualdades sociais e territoriais, promover a equidade e a inte-gralidade da atenção, racionalizar os gastos, otimizar os recursos e potencializar o processo de descentralização. Ao longo desses 20 anos, os gestores do SUS buscaram alternativas para melhorar o acesso dos cidadãos às ações e serviços de saúde com equidade, adequando a disponibilidade de recursos às necessidades e demandas da po-pulação. Desde a década de 1990, com a publicação das normas operacionais do SUS, a descentralização das ações e serviços tem sido uma diretriz do sistema de saúde.A regionalização oferece os meios para melhorar a coordenação e integração do cuidado em saúde e os custos e proporciona escala mais adequada e maior parti-cipação dos cidadãos no processo de tomada de decisão. Contudo, a regionaliza-omR��DSHVDU�GRV�EHQHItFLRV��DSUHVHQWD�GHVDÀRV��WDLV�FRPR�DV�GLÀFXOGDGHV�SDUD�LQ-WHJUDU�H�FRRUGHQDU�DV�Do}HV�H�VHUYLoRV��HP�GLIHUHQWHV�HVSDoRV�JHRJUiÀFRV��FRP�distintas gestões e gerências para atender as necessidades de saúde e demandas da população na escala, qualidade e custos adequados. Para isso, requer a existên-cia de sistemas de informação em tempo real para orientar a tomada de decisão e a busca constante de alternativas para otimizar recursos e organizar a gestão compartilhada.

3. CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE - CONASS. SUS 20 anos. Brasília, DF, 2009.

Page 17: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

16

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Importância da regionalização do SUS na ótica do Conasems

No site do Conasems, em 2017, a importância estratégica da regio-nalização do SUS era explicitada da seguinte forma:

O Brasil ocupa o quinto lugar entre os 10 maiores países e é o único com mais de 100 milhões de habitantes que possui sistema de saúde público universal. 'LDQWH�GHVVD�GLPHQVmR�H�UHDOLGDGH�GHVDÀDGRUD��FRPR�ID]HU�XPD�JHVWmR�HÀFLHQ-te do SUS no Brasil?Uma das respostas pode estar inserida na regionalização e no fortalecimento das Regiões de Saúde. Essas regiões são agrupamentos de municípios delimitados a partir de identidades culturais, econômicas, sociais, de redes de comunicação H�LQIUDHVWUXWXUD�GH�WUDQVSRUWHV�FRPSDUWLOKDGRV��FRP�D�ÀQDOLGDGH�GH�LQWHJUDU�D�organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. Em 2011 foram estabelecidas 438 Regiões de Saúde no país, que consistem em uma grande rede colaborativa da gestão do SUS: municípios maiores com mais es-trutura compartilhando serviços de saúde com municípios vizinhos. No entanto, esse “compartilhamento” deve estruturar- se a partir das redes de atenção nas quais as responsabilidades sanitárias são pactuadas em instâncias bipartite, como reuniões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e da Comissão Inter-gestores Regional (CIR).

Em entrevista à Revista Conasems (2017)4, o presidente do órgão enfatizava a necessidade de fortalecimento das Regiões de Saúde:

5HYLVWD�&RQDVHPV�²�4XDLV�RV�GHVDÀRV�TXH�VH�FRORFDP�SHOD�IUHQWH�SDUD�R�&RQDVH-ms, considerando o contexto econômico e político do país?0DXUR�-XQTXHLUD���2�GHVDÀR�PDLRU�p�GH�PDQWHU�R�686�YLYR��R�686�TXH�DFUHGL-tamos e que dá certo. São muitos ataques a este Sistema de Saúde e concorrer com a mídia, que mostra apenas o que não fazemos, é muito difícil. Sabemos das fragilidades, da falta de recursos, da grande rotatividade de gestores nas três HVIHUDV�H�RXWURV�GHVDÀRV�PDLV��3RUpP��VHUi�QD�XQLmR�GRV�JHVWRUHV��QD�FDSDFLWDomR�permanente, no fortalecimento das Regiões de Saúde que iremos atravessar este momento e continuar a construção do SUS.

4. Revista CONASEMS, Brasília, DF, abr./maio/jun. 2017.

Page 18: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

17

Importância da regionalização do SUS na ótica de pesquisadores acadêmicos

O site Regiões e Redes: Caminho da Universalização da Saúde no Brasil, disponível em: <http://www.resbr.net.br/> publica entrevistas com pesquisadores envolvidos na execução do projeto de pesquisa sobre “Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil”. Dele foram extraídas as citações que são transcritas a seguir.

João Henrique Scatena (2014) —professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)5, assim se expressou sobre a importância da regio-nalização do SUS em entrevista ao site “Regiões e Redes (2015)”:6

Ela é fundamental para o sistema público de saúde brasileiro, o SUS. Não ape-nas por ter sido instituída como um dos princípios deste sistema, mas principal-mente por lhe dar viabilidade, possibilitando que princípios doutrinários – uni-versalidade, integralidade e equidade – pudessem ser garantidos. Desde a sua FULDomR��R�686�YHP�HQIUHQWDQGR�GLÀFXOGDGHV�H�GHVDÀRV�SDUD�D�VXD�LPSOHPHQ-tação e para a consecução de seus princípios constitucionais. Nesse cenário, a regionalização, que em âmbito nacional foi uma estratégia inicialmente pouco valorizada, tem tido maior destaque, pelo seu potencial de conferir racionalida-de, efetividade, operacionalidade e viabilidade ao SUS, em que pesem os WDPEpP�LPHQVRV�GHVDÀRV�TXH�WDO�HVWUDWpJLD�WHP�HQIUHQWDGR�A grande extensão impõe a organização regional da saúde minimamente para YLDELOL]DU�DFHVVR��HOD�p�LPSUHVFLQGtYHO�SDUD�D�GHÀQLomR�H�RUJDQL]DomR�GH�ÁX[RV��RQGH�p�JUDQGH�R�Q~PHUR�GH�PXQLFtSLRV��ÀQDOPHQWH��FRPR�WRGRV�RV�HVWDGRV�WrP�a maioria dos seus municípios com menos de 20 mil habitantes, somente com a regionalização é possível prover acesso e integralidade a ações e serviços de VD~GH��FRP�ÁX[R�H�FRQWUDÁX[R�PLQLPDPHQWH�RUJDQL]DGRV�

Também em entrevista ao site “Região e Redes”, Luciana Dias Lima - pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ) - destaca que a gestão da força de trabalho em saú-GH�p�XP�GRV�SULQFLSDLV�GHVDÀRV�SDUD�D�FRQVROLGDomR�GR�SURFHVVR�GH�UHJLRQD-lização do SUS:

5. SCATENA, João Henrique; Kehrig, Ruth Terezinha; Spinelli, Maria Angélica S. Regiões de Saúde: diversidade e processo de regionalização em Mato Grosso. São Paulo: ISC-UFMT; Hucitec Editora, 2014 6. SCATENA, João Henrique. Regionalização é caminho sem volta. Região e Redes. São Paulo, 2015.

Page 19: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

18

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

São vários os possíveis avanços para o SUS que, a meu ver, estão associados ao potencial teórico e prático da regionalização, relacionado aos seus múltiplos VLJQLÀFDGRV�H�GLPHQV}HV��HP�TXH�GHVWDFR�TXDWUR�SULQFLSDLV�Em primeiro lugar, a regionalização pressupõe o fortalecimento do enfoque territorial nos processos de planejamento e formulação de políticas de saúde. [...] Em segundo lugar, a regionalização está relacionada à necessidade de integra-ção de políticas setoriais, associadas aos diversos campos de atuação do Estado na saúde (tais como a assistência, as vigilâncias, o desenvolvimento e provisão de tecnologias e insumos, a educação e a gestão da força de trabalho em saúde), e intersetoriais, voltadas para a promoção do desenvolvimento econômico e bem-estar. Essa articulação de políticas no território é essencial para a redução da iniquidade regional em saúde. Em terceiro lugar, a regionalização alberga o desenvolvimento de estratégias e instrumentos para a conformação de uma rede regionalizada de ações e serviços se saúde.Em quarto lugar, [...] a regionalização se associa a possibilidade de reconstrução da autoridade Estatal no espaço regional capaz de orientar as ações de diferentes grupos e organizações na lógica dos interesses coletivos, o que pressupõe a constituição de regras e espaços democráticos de negociação e decisão política.

Ainda no site “Região e Redes”, Ana Luiza D’Ávila Viana e colabo-radores - professores e pesquisadores de diferentes instituições de pesquisa ��LGHQWLÀFDP�VLWXDo}HV�REMHWLYDV�H�REVWiFXORV�DR�DYDQoR�H�FRQVROLGDomR�GR�processo de regionalização da saúde pública no Brasil:

A política de regionalização na saúde foi realmente incentivada a partir dos anos 2000, quando se tornou bastante claro que nem todos municípios brasileiros SRGHULDP�VHU�DXWRVVXÀFLHQWHV�HP�PDWpULD�GH�VD~GH��H�TXH�SHQVDU�GH�IRUPD�D�HVWDEHOHFHU�5HJL}HV�GH�6D~GH�H�HVFDODV�GHÀQLGDV�SDUD�D�RIHUWD�GH�GHWHUPLQDGRV�níveis assistenciais poderia implicar ganhos de racionalidade e melhoria na oferta assistencial.

[...]

$�SROtWLFD�GH�UHJLRQDOL]DomR�GHÀQLGD�SDUD�VHU�R�JUDQGH�LQVWUXPHQWR�GH�LQWHJUD-omR�H�FRRUGHQDomR�GDV�UHGHV�H�ÁX[RV�DVVLVWHQFLDLV��WDQWR�QD�IDVH�GHVHQYROYLPHQ-

Page 20: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

19

tista quanto no período de crise, produziu baixo impacto institucional. Isso evidencia que os fatores externos à própria política, embora não sejam os mais SUHSRQGHUDQWHV��FRP�FHUWH]D�H[HUFHUDP�JUDQGH�LQÁXrQFLD�QHVWH�UHVXOWDGR��2X�VHMD��DV�FRDOL]}HV�SROtWLFDV�QR�VHWRU�VD~GH�H�VHXV�LQWHUHVVHV�GHYHP�WHU�LQÁXHQ-ciado com força os desdobramentos e os rumos desse processo.

Outro elemento que merece destaque é o exame das condições estaduais e políticas estaduais que muitas vezes se descolam das diretrizes federais, ora se antecipando, ora conduzindo a política em outro sentido.

&RP�FHUWH]D�D�JUDYH�FULVH�ÀVFDO�GRV�HVWDGRV�H[SOLFD�HP�SDUWH�R�SRXFR�HQYROYL-PHQWR�GD�HVIHUD�HVWDGXDO�QD�SROtWLFD�GH�UHJLRQDOL]DomR��EHP�FRPR�DV�GLÀFXOGD-des em protagonizar um projeto que envolve intensas negociações com muni-cípios e um vasto arcabouço de inovações institucionais. As trajetórias da polí-tica de saúde em cada unidade federativa também explicam diferentes graus de institucionalidade da política de regionalização em cada estado da federação (VIANA et al. , 2017)7.O certo é que não houve o desenvolvimento de fóruns intergovernamentais apropriados para as novas demandas do processo de regionalização e para o alinhamento das políticas de saúde nas três esferas de governo. O que deve surpreender a muitos, por se tratar justamente da marca da política social, e em HVSHFtÀFR�GD�VD~GH��p�R�HQYROYLPHQWR�LQVWLWXFLRQDOL]DGR�GDV�LQVWkQFLDV�VXEQD-cionais na implementação da política (PIRES, 2016)8.

7. VIANA, A.L.A; et al. Política de regionalização do SUS em debate: avanços e impasses da implementação das regiões e redes no Brasil. Novos Caminhos, São Paulo, n.15. Pesquisa Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil. 2017.8. PIRES, Roberto Rocha Coelho; GOMIDE, Alexandre de Ávila. Governança e capacidades estatais: uma análise comparativa de programas federais. Revista Sociologia e Política. São Paulo, v. 24, 2016.

Page 21: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e
Page 22: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

21

Capítulo 2Visão geral da metodologia e do processo de execução do projeto

Neste segundo capítulo, será exposta a metodologia e o processo de execução do projeto que deu origem a esta publicação. Serão, aqui, apresen-tadas e comentadas, de forma resumida, as seguintes etapas de desenvolvi-mento das atividades previstas: 1) seleção das Regiões de Saúde nas quais os PCCVs deveriam ser elaborados e implantados; 2) levantamento e análise de dados e informações sobre a realidade das regiões selecionadas; 3) construção e consolidação de instrumentos de negociação coletiva sobre a importância HVWUDWpJLFD�GR�3&&9�SDUD�D�YDORUL]DomR�GR�WUDEDOKR�QD�VD~GH�����GHÀQLomR�GH�propostas para elaboração e implantação do PCCV em âmbito regional; 5) GHÀQLomR�GH�LQVWUXPHQWRV�MXUtGLFRV�GH�FRRSHUDomR�LQWHUIHGHUDWLYD�SDUD�YLDEL-lização da carreira regional dos trabalhadores do SUS; e 6) desenvolvimento GH�DSOLFDWLYR�SDUD�SUHYLVmR�GR�LPSDFWR�RUoDPHQWiULR�H�ÀQDQFHLUR�GR�3&&9�em âmbito regional.

Seleção das Regiões de Saúde

A princípio, previu-se a escolha de cinco Regiões de Saúde, de modo a contemplar cada uma das macrorregiões do país. Essa decisão cabia ao Degerts e foi tomada após consulta ao Conass, ao Conasems e a outros órgãos do Ministério da Saúde.

Para a seleção dessas regiões, cogitou-se, inicialmente, o uso exclu-sivo de métodos estatísticos, o que, no decorrer do processo, não se revelou o procedimento mais adequado. Optou-se, então, pela seleção das regiões com base nos conhecimentos explícitos e/ou implícitos acumulados pelo

Page 23: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

22

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

'HJHUWV�QD�VXD�UHODomR�LQVWLWXFLRQDO�GH�DSRLR�WpFQLFR�H�ÀQDQFHLUR�jV�VHFUHWD-rias estaduais e municipais de saúde, com a colaboração de parceiros estraté-gicos, como o DIEESE. Essa decisão considerou que a experiência conjunta das equipes do Degerts e do DIEESE no acompanhamento dos projetos apoiados pela Portaria 2.517, de 01/11/2012, que dispunha sobre o repasse de UHFXUVRV�ÀQDQFHLURV�GH�FXVWHLR�D�HVWDGRV�H�DR�'LVWULWR�)HGHUDO�SDUD�DSRLR�D�projetos de planos de carreira e desprecarização do trabalho em saúde, pro-porcionou notável conhecimento sobre a diversidade regional brasileira, de grande utilidade para o desenvolvimento do projeto ora desenvolvido. Além dessa, outras duas experiências realizadas no âmbito da temática relacionada à gestão do trabalho haviam propiciado às equipes do Degerts e do DIEESE XPD�YLVmR�JHUDO�VREUH�SRVVLELOLGDGHV�H�GLÀFXOGDGHV�DWLQHQWHV�DRV�YiULRV�HVWD-GRV�H�UHJL}HV�GR�SDtV�����DV�FDUWDV�DFRUGR�ÀUPDGDV�DQWHULRUPHQWH��3&&6��assessoria às mesas de negociação nacional e estaduais e rede de negociado-res) e 2) o convênio com o Ministério da Saúde para a realização de cursos de negociação coletiva com gestores e trabalhadores da saúde.

2SWRX�VH�HQWmR�SRU�GHÀQLU��D�SDUWLU�GR�FRQKHFLPHQWR�UHVXOWDQWH�GHV-sas experiências, os critérios referenciais para a escolha das Regiões de Saúde que comporiam o projeto, explicitados a seguir:

Critérios de natureza político-institucional considerados indis-pensáveis

• Concordância inicial em participar do projeto e compromisso de envolvimento dos gestores do estado e dos municípios das regiões selecionadas.

• CIR - Comissão Intergestores Regional - em efetivo funcionamen-to. Participação de representação dos trabalhadores (considerou-se razoável a hipótese de que haveria participação de representação dos trabalhadores à medida que a gestão participasse do projeto).

É importante observar que não se considerou imprescindível a exis-tência de instituição regional, como fundação ou consórcio, pois o plano de trabalho do projeto previa a possibilidade de acordo regional em torno das regras do PCCV, com implantação em nível municipal.

Critérios de natureza político-institucional considerados desejáveis• Existência de municípios com PCCV para a saúde e/ou para o

conjunto da administração

Page 24: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

23

• Municípios com experiência em processos de negociação coleti-va, com mesa permanente ou não.

Critério de natureza territorial• (YLWDU�UHJLmR�PHWURSROLWDQD��HP�YLUWXGH�GR�SHVR�HVSHFtÀFR�GD�

capital do estado ou de cidades de grande porte.

Critérios relativos à estrutura da rede de atenção à saúde consi-derados desejáveis

• Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (Coap) em vigor.• Adesão dos municípios das regiões a ações e serviços prioritários

do Ministério da Saúde.

,QGHSHQGHQWHPHQWH�GD�GHÀQLomR�GHVVHV�FULWpULRV��RSWRX�VH��WDPEpP�jV�OX]HV�GDV�H[SHULrQFLDV�GR�'HJHUWV�H�GR�',((6(��SHOD�LGHQWLÀFDomR�SUpYLD�GH�estados com maior potencialidade para a execução do PCCV em âmbito regio-nal. Para uma primeira abordagem, foram relacionados os seguintes estados:

Região NorteAcre• Houve contato inicial e manifestação de interesse por parte da

gestão.Roraima• Área de gestão do trabalho é bem organizada. • Realizado curso de negociação coletiva pelo DIEESE.

Região NordesteCeará• Assinou o Coap. • Estava em processo de mobilização para instalação de mesas re-

gionais. Rio Grande do Norte• Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS (Menp/SUS)

implantada.

Região SudesteMinas Gerais• Havia ações de apoio técnico à Mesa Nacional de Negociação Per-

Page 25: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

24

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

manente do SUS (MNNP/SUS) e às MMNP/SUS (Mesas Munici-pais de Negociação Permanente) instaladas na região de Betim.

• Avaliou-se que teria também boa base de organização sindical e de gestão do trabalho.

Espírito Santo• Em discussão a regionalização dos espaços de negociação coleti-

va. • Havia também Menp/SUS em operação.

Região SulParaná• Curso de negociadores realizado em Curitiba, envolvendo cinco

municípios da região, que demonstrou mobilização em torno da pauta da negociação.

Santa Catarina• Estrutura regional da saúde consolidada.

Região Centro-OesteMato Grosso• Experiência bem-sucedida na realização do projeto da Portaria

2.517, de 01/11/2012, na Região de Saúde do Sudoeste Mato--Grossense.

• Apoio técnico à elaboração de PCCV no município de Pontes e Lacerda.

Mato Grosso do Sul• Degerts tinha boas relações com a gestão estadual e estava se

empenhando na articulação para a construção de mesas regionais. • Curso realizado, pelo DIEESE, em Corumbá. • Curso de gestão do trabalho, promovido pela Universidade Fede-UDO�GR�5LR�*UDQGH�GR�1RUWH��8)51���WHYH�IRUWH�DGHVmR�GRV�SURÀV-sionais da saúde.

A partir de sondagens iniciais, foram selecionados cinco estados para participação efetiva: Acre, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná. A direção do Degerts contatou, então, as respectivas secretarias estaduais de saúde, informou-as sobre a existência do projeto e indagou-lhes sobre o inte-resse da gestão estadual em participar de sua execução.

Page 26: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

25

Deve-se destacar que não foi possível viabilizar a participação de algum dos estados da região Sul que haviam sido pré-selecionados. A Secre-taria de Saúde do Estado do Paraná (SES/PR) não manifestou interesse em participar do projeto e os contatos com os gestores estaduais do SUS da Se-cretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (SES/RS) não evoluíram como o desejado. Dessa forma, o Degerts decidiu dar prosseguimento ao processo, convidando formalmente os demais estados a participarem do projeto. Em cada um deles, a escolha da Região de Saúde resultou de proces-so conduzido pelo secretário de saúde local, responsável, inclusive, por arti-cular reunião com a CIR para apresentação do projeto aos gestores do SUS. $R�ÀQDO��IRUDP�VHOHFLRQDGDV�TXDWUR�5HJL}HV�GH�6D~GH��-XUXi�H�7DUDXDFi�(Q-vira/AC; Icó/CE; Pirapora/MG; e Sudoeste Mato-Grossense/MT.

O Quadro 1 relaciona as datas em que representantes das equipes do Degerts e do DIEESE se reuniram com os secretários estaduais de saúde e com os gestores municipais de saúde integrantes da CIR em cada região se-lecionada. Em todas elas, os membros da CIR concordaram em participar do SURMHWR�H�DXWRUL]DUDP�R�LQtFLR�GDV�DWLYLGDGHV�SURJUDPDGDV�FRP�YLVWDV�j�GHÀ-QLomR�GH�GLUHWUL]HV�SDUD�D�HODERUDomR�H�LPSODQWDomR�GH�3&&9�HVSHFtÀFR�SDUD�os trabalhadores da saúde.

QUADRO 1 Datas das reuniões com gestores municipais de saúde integrantes da CIR

em cada Região de Saúde

Macrorregião EstadoData da reunião com o secretário de saúde

Região de Saúde escolhida

Data da reunião com a CIR

Norte Acre 17/09/2015Juruá, Taruacá e Envira(sede Cruzeiro do Sul)

17/09/2015

Nordeste Ceará 19/10/2015 Icó (sede Icó) 18/11/2015

Centro-Oeste Mato Grosso 16/10/2015Sudoeste Matogrossense(sedePontes e Lacerda)

16/03/2016

Sudeste Minas Gerais 01/10/2015 Pirapora (sede Pirapora) 11/02/2016

Características demográficas das quatro Regiões de Saúde selecionadas

Na Tabela 1, a seguir, são apresentadas as principais características de-PRJUiÀFDV�GDV�TXDWUR�5HJL}HV�GH�6D~GH�VHOHFLRQDGDV�SDUD�SDUWLFLSDUHP�GR�SUR-MHWR��TXDLV�VHMDP��SRSXODomR�HVWLPDGD��iUHD�WHUULWRULDO�H�GHQVLGDGH�GHPRJUiÀFD�

Page 27: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

26

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABELA 1População estimada, área territorial e densidade demográfica

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas para o projeto – 2014

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionados para o projeto

População estimada

Área territorial

Densidade demográfica

Habitantes Km2 Habitantes/Km2

Brasil 202.799.518 8.502.803 24

Região Norte 17.261.983 3.853.670 4

Estado do Acre 790.101 164.124 5

Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 211.655 80.091 3

Região Nordeste 56.186.190 1.554.292 36

Estado do Ceará 8.842.791 148.886 59

Região de Saúde de Icó 171.012 4.806 36

Região Sudeste 85.115.623 924.617 92

Estado de Minas Gerais 20.734.097 586.520 35

Região de Saúde de Pirapora 145.391 17.587 8

Região Sul 29.016.114 563.809 51

Região Centro-Oeste 15.219.608 1.606.415 9

Estado de Mato Grosso 3.224.357 903.378 4

Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 112.822 74.763 2Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativa populacional – 2014.Dados brutos disponíveis em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm. Elaboração: DIEESE

Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/AcreA Região de Saúde de Juruá e Tarauacá é uma das três Regiões de

6D~GH�GHÀQLGDV�QR�HVWDGR�GR�$FUH�H�p�FRPSRVWD�SRU�VHWH�PXQLFtSLRV1: Cru-zeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Tarauacá. Ocupa área territorial de 80.091 km2, sendo a mais populosa das quatro Regiões de Saúde selecionadas para este projeto. Em 2014, sua população estimada era de 211.655 habitantes, de modo que a população média por município equivaleria a 30.236 habitantes e a densida-GH�GHPRJUiÀFD�VHULD�GH�DSHQDV�WUrV�KDELWDQWHV�SRU�NP2, bem inferior à média brasileira, que corresponde a 24 habitantes por km2.

1. O município de Jordão não pertence à Região de Saúde, embora faça divisa com os municípios de Marechal Thaumaturgo, Tarauacá e Feijó.

Page 28: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

27

Região de Saúde de Icó/CEA Região de Saúde de Icó é uma das 22 Regiões de Saúde do Ceará.

No período de execução do projeto, era composta por sete municípios2: Bai-xio, Cedro, Icó, Ipaumirim, Lavras da Mangabeira, Orós e Umari. É, das quatro Regiões de Saúde selecionadas para o projeto, a de menor extensão territorial, ocupando área de 4.806 km2. Em 2014, sua população estimada era de 171.012 habitantes, de modo que a população média por município VHULD�FRUUHVSRQGHQWH�D��������KDELWDQWHV�H�D�GHQVLGDGH�GHPRJUiÀFD�VHULD�D�maior entre as quatro Regiões de Saúde selecionadas para o projeto: 36 habi-tantes por km2 —, superior, inclusive, à média brasileira, que é de 24 habitan-tes/km2.

Região de Saúde de Pirapora/MGA Região de Saúde de Pirapora é uma das 77 Regiões de Saúde do

estado de Minas Gerais. É composta por sete municípios: Buritizeiro, Ibiaí, Lassance, Pirapora, Ponto Chique, Santa Fé de Minas e Várzea da Palma. Ocupa área territorial de 17.587 km2. Em 2014, sua população era estimada 145.391 habitantes, o que resultaria em uma população média por município GH��������KDELWDQWHV��$�GHQVLGDGH�GHPRJUiÀFD�GHVWD�UHJLmR�HUD�GH�DSHQDV�oito habitantes/km2, bem inferior à média brasileira de 24 habitantes por km2, mas superior às das Regiões de Saúde de Juruá e Tarauacá-Envira/AC e do Sudoeste Mato-Grossense/MT.

Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense/MTA Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense é uma das 16 Re-

giões de Saúde do estado do Mato Grosso e é composta por dez municípios: Campos de Júlio, Comodoro, Conquista D’Oeste, Figueirópolis D’Oeste, Jauru, Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Pontes e Lacerda, Rondolândia e Vale de São Domingos, ocupando área territorial de 74.763 km2. Em 2014, sua população estimada era de 112.822 habitantes, o que corresponderia à população média por município de 11.282 habitantes e à GHQVLGDGH�GHPRJUiÀFD�GH�DSHQDV�GRLV�KDELWDQWHV�SRU�NP2, bem inferior à média brasileira de 24 habitantes por km2 e similar àquela calculada para a Região de Saúde de Juruá e Tarauacá-Envira/AC.

2. Em junho de 2016, por resolução da CIR, posteriormente homologada pela CIB e aprovada pelo Conselho Es-tadual de Saúde do Ceará, o município de Várzea Alegre passou a fazer parte desta Região de Saúde.

Page 29: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

28

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Levantamento e análise de dados e informações sobre a realidade das regiões selecionadas

O conhecimento das realidades locais é condição fundamental para o sucesso do processo de implantação do PCCV regional no SUS. Neste item, apresenta-se a proposta metodológica que foi construída durante a execução do projeto com o intuito de auxiliar as negociações entre gestores e trabalha-dores do SUS nas quatro Regiões de Saúde selecionadas.

Elaboração de instrumentos para levantamento de dados primá-rios

Essa construção compreendeu, inicialmente, a elaboração de instru-mentos para levantamento de dados primários em âmbito regional. Foram produzidos três instrumentos: 1) roteiro para caracterização da região; 2) plani-lha para validação dos dados do Cnes – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde; e 3) planilha para levantamento da força de trabalho no SUS. Esses instrumentos foram distribuídos aos participantes das atividades formativas realizadas no âmbito do projeto, para facilitar o levantamento de informações LQGLVSHQViYHLV�DR�SURFHVVR�GH�QHJRFLDomR�FROHWLYD�YROWDGR�j�GHÀQLomR�GH�GLUH-WUL]HV�SDUD�HODERUDomR�H�LPSODQWDomR�GH�3&&9�QDV�UHJL}HV�GHÀQLGDV�

Roteiro para caracterização das regiõesO roteiro para caracterização das regiões foi elaborado para auxiliar

gestores e trabalhadores do SUS participantes das atividades formativas promovidas pelo projeto a prepararem, conjuntamente, documento único de caracterização das respectivas regiões, contendo dados e informações rele-vantes para alcançar os objetivos propostos. Excetuado o caso da Região de Saúde de Juruá e Tarauacá-Envira/AC, cujo segundo módulo do “Curso PCCS e Negociação Coletiva no SUS” já havia sido realizado, nas três outras regiões - Icó/CE, Pirapora/MG e Sudoeste Mato-Grossense/MT - o documen-to elaborado pelas equipes locais foi apresentado e discutido na sessão inicial do segundo e último módulo do curso.

Planilha para validação dos dados do CNES(VWD�SODQLOKD�WLQKD�SRU�ÀQDOLGDGH�YHULÀFDU�D�FREHUWXUD�GDV�LQIRUPDo}HV�

constantes do Cnes. Para isso, exibia os dados registrados neste cadastro - e publicados no site do Ministério da Saúde - relativos ao total de vínculos de

Page 30: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

29

WUDEDOKR�PDQWLGRV�SRU�SURÀVVLRQDLV�TXH�H[HUFHP�DWLYLGDGHV�HP�HVWDEHOHFLPHQ-tos públicos ou privados de saúde vinculados ao SUS em cada uma das Regiões de Saúde focalizadas. Os dados para análise referiam-se a outubro de 2015, último mês com informações disponíveis sobre a esfera administrativa dos es-tabelecimentos cadastrados no Cnes no momento da produção do material di-dático para o Curso “PCCS Regional e Negociação Coletiva no SUS”.

De posse desses dados, os gestores de saúde dos municípios de cada região comparavam as informações constantes dos arquivos de que dispu-QKDP�FRP�DTXHODV�DSUHVHQWDGDV�QDV�SODQLOKDV�H�UHÁHWLDP�VREUH�DV�GLVFUHSkQ-FLDV��HYHQWXDOPHQWH�LGHQWLÀFDGDV��

(VVH�SURFHGLPHQWR�p�HVVHQFLDO�SDUD�DYDOLDU�D�ÀGHGLJQLGDGH�GRV�GDGRV�do Cnes, que, por ser a única fonte de dados secundários que permite estimar a força de trabalho direta ou indiretamente vinculada ao SUS, deve ser cons-tantemente aperfeiçoada.

Infelizmente, a planilha para validação dos dados do Cnes foi preen-chida por gestores de apenas cinco dos 31 municípios que integram as quatro Regiões de Saúde escolhidas para o projeto: Campos de Júlio, Jauru e Nova Lacerda, da Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense/MT; Cruzeiro do Sul, da região do Juruá e Tarauacá- Envira/AC; e Umari, da região de Icó/CE.

Planilha para levantamento da força de trabalho no SUSA planilha para levantamento da força de trabalho do SUS tinha por

ÀQDOLGDGH�SUHFtSXD�YLDELOL]DU�D�FROHWD�GH�GDGRV�VREUH�R�UHQGLPHQWR�PpGLR�QR-PLQDO�GDV�GLIHUHQWHV�FDWHJRULDV�SURÀVVLRQDLV�GR�686��LQIRUPDomR�LQGLVSHQViYHO�para elaboração do PCCV e que não é objeto de registro sistemático no Cnes.

Esta planilha já havia sido elaborada, testada e validada pelo DIEE-SE, no âmbito da primeira Carta Acordo com a Opas sobre PCCV, mediante levantamento realizado no segundo semestre de 2013 junto a 12 municípios do Baixo Sul/estado da Bahia (BA): Cairu, Camamu, Igarapiúna, Nilo Peça-nha, Piraí do Norte, Ibirapitanga, Jaguaripe, Taperoá, Valença, Wenceslau Guimarães, Gandu e Teolândia.

Infelizmente, apesar dos esforços empreendidos, gestores de apenas sete dos 31 municípios que integram as quatro Regiões de Saúde escolhidas para o projeto a preencheram, a saber: Campos de Júlio, Conquista D’Oeste, Jauru e Nova Lacerda, da Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense/MT; Cruzeiro do Sul e Mâncio de Carvalho, da Região de Saúde do Juruá e Ta-rauacá-Envira/AC; e Umari, da Região de Saúde de Icó/CE.

Page 31: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

30

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Processamento de dados da Relação Anual de Informações So-ciais (Rais) 2014 sobre rendimento médio por categoria ocupacional

$OJXPDV�GDV�LQIRUPDo}HV�VREUH�UHQGLPHQWRV�GH�SURÀVVLRQDLV�GD�saúde apresentadas e debatidas pelos participantes do projeto foram extraídas da Relação Anual de Informações Sociais – Rais, produzida pelo Ministério do Trabalho. Levantaram-se dados sobre remuneração das seguintes catego-ULDV�RFXSDFLRQDLV�GH�LQWHUHVVH��PpGLFRV��HQIHUPHLURV��GHQWLVWDV��RXWURV�SURÀV-VLRQDLV�GD�VD~GH�GH�QtYHO�VXSHULRU��SURÀVVLRQDLV�GH�QtYHO�PpGLR�GH�HQIHUPD-gem, trabalhadores comunitários da saúde e trabalhadores de cuidados pes-soais nos serviços de saúde.

Para cada uma dessas diferentes categorias, foram coletados, siste-matizados e processados dados relativos ao rendimento médio nominal pra-WLFDGR�QRV�GLYHUVRV�SRVWRV�GH�WUDEDOKR�TXH�RFXSDP��FRQVLGHUDQGR�VH�D�GHÀ-nição operacional de que um posto de trabalho corresponde a uma jornada de 40 horas.

2�GHEDWH�VREUH�HVVDV�LQIRUPDo}HV�RFRUUHX�HP�XPD�RÀFLQD�QDFLRQDO��realizada em São Paulo/SP.

Desenvolvimento de metodologias para elaboração de diagnósticos baseados em dados secundários

'DGD�D�GLÀFXOGDGH�GH�REWHQomR�GDV�LQIRUPDo}HV�SULPiULDV�VROLFLWD-das, o DIEESE optou por desenvolver metodologias para a elaboração de diagnósticos situacionais capazes de subsidiar o conhecimento das realidades regionais. Foram desenvolvidas duas metodologias: uma para análise da si-tuação da força de trabalho em saúde e outra para a análise da situação orça-PHQWiULR�ÀQDQFHLUD�GD�VD~GH��(P�DPERV�RV�FDVRV��R�GHVHQYROYLPHQWR�PHWR-dológico consistiu na elaboração de programas de sintaxe do Statiscal Packa-ge for Social Sciences (SPSS) para processamento e análise de dados secun-dários, provenientes de pesquisas domiciliares e de registros administrativos de abrangência nacional, conforme se verá no Capítulo 3.

Metodologia para análise da situação da força de trabalho em saúde

O desenvolvimento da metodologia para análise da situação da força de trabalho em saúde envolveu a elaboração de programas de sintaxe do 6366�SDUD�SURFHVVDPHQWR�H�DQiOLVH�GH�GDGRV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR��UHDOL-

Page 32: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

31

zado pelo IBGE; da Rais, produzida pelo Ministério do Trabalho e do Cnes, elaborado pelo Ministério da Saúde.

Primeiramente, foram processadas e analisadas informações relati-vas a características de trabalho e rendimento dos moradores dos domicílios SDUWLFXODUHV�SHUPDQHQWHV�LQYHVWLJDGRV�SHOR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�GH�������(P�seguida, trabalharam-se dados referentes às características dos vínculos de emprego formal mantidos por empregadores urbanos e rurais que preenche-UDP�D�GHFODUDomR�GD�5DLV�QRV�DQRV�EDVHV�GH������H�GH�������3RU�ÀP��IRUDP�coletadas e analisadas informações do CNES sobre características dos víncu-ORV�GH�WUDEDOKR�GRV�SURÀVVLRQDLV�TXH�H[HUFLDP�DWLYLGDGHV�HP�HVWDEHOHFLPHQ-tos públicos e privados de saúde vinculados ao SUS em dezembro de 2010, em dezembro de 2014 e em outubro de 2015.

$R�ÀQDO�GR�SURFHVVR��D�DSOLFDomR�GRV�SURJUDPDV�GH�VLQWD[H�GR�6366�possibilitou a organização de bancos de dados com variáveis e indicadores sobre o tamanho e a composição do mercado de trabalho, agregados por PXQLFtSLRV��5HJL}HV�GH�6D~GH��XQLGDGHV�GD�IHGHUDomR��UHJL}HV�JHRJUiÀFDV�H�Brasil. A análise da situação da força de trabalho em saúde nas Regiões de 6D~GH�IRFDGDV�SHOR�SURMHWR�IRL�PDWHULDOL]DGD�HP�WDEHODV�H�JUiÀFRV�TXH�UHSUH-sentam as principais variáveis e indicadores selecionados.

0HWRGRORJLD�SDUD�DQiOLVH�GD�VLWXDomR�RUoDPHQWiULR�ÀQDQFHLUD�da saúde

O desenvolvimento da metodologia para examinar a situação orça-PHQWiULR�ÀQDQFHLUD�GD�VD~GH�HQYROYHX�D�HODERUDomR�GH�SURJUDPDV�GH�VLQWD[H�do SPSS para processamento e análise de dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops).

Cogitou-se, inicialmente, limitar essa análise à avaliação do uso de recursos para execução de ações e serviços públicos de saúde. Foram, então, VHOHFLRQDGRV�LQGLFDGRUHV�GH�GHVSHVD�FRP�VD~GH�SRU�FODVVLÀFDomR�HFRQ{PLFD��referentes aos anos-base de 2000 a 2015. Decidiu-se, posteriormente, ampliar o escopo, que passou a incluir a avaliação da disponibilidade de recursos para DTXHOH�ÀP��3DUD�LVVR��IRUDP�VHOHFLRQDGRV�LQGLFDGRUHV�GH�UHFHLWD�H�GH�GHVSHVD�SRU�FODVVLÀFDomR�SURJUDPiWLFD��UHIHUHQWHV�DRV�DQRV�EDVH�GH������D������

$R�ÀQDO�GR�SURFHVVR��D�DSOLFDomR�GRV�SURJUDPDV�GH�VLQWD[H�GR�6366�resultou na organização de bancos de dados com variáveis e indicadores de GLVSRQLELOLGDGH�H�XWLOL]DomR�GH�UHFXUVRV�RUoDPHQWiULRV�ÀQDQFHLURV�SDUD�H[H-cução de ações e serviços públicos de saúde, agregados por municípios, Re-

Page 33: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

32

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

JL}HV�GH�6D~GH��XQLGDGHV�GD�IHGHUDomR��UHJL}HV�JHRJUiÀFDV�H�%UDVLO��$�DQiOLVH�GD�VLWXDomR�RUoDPHQWiULR�ÀQDQFHLUD�GRV�PXQLFtSLRV�LQWHJUDQWHV�GDV�TXDWUR�5H-giões de Saúde selecionadas para o projeto foi realizada por meio de tabelas e JUiÀFRV�TXH�FRQWLQKDP�DV�SULQFLSDLV�YDULiYHLV�H�LQGLFDGRUHV�VHOHFLRQDGRV�

Construção e consolidação de instrumentos de negociação coletiva sobre a importância estratégica do PCCV para a valorização do trabalho na saúde

Considerou-se que a formação dos gestores e trabalhadores do SUS no tema PCCV seria requisito básico para a construção e a consolidação de LQVWUXPHQWRV�GH�QHJRFLDomR�FROHWLYD�HVSHFtÀFRV�SDUD�D�GHÀQLomR�GH�SURSRV-tas voltadas a sua elaboração e implantação nas quatro Regiões de Saúde selecionadas.

$VVLP��FRP�YLVWDV�j�TXDOLÀFDomR�GRV�DWRUHV�GLUHWDPHQWH�HQYROYLGRV�QD�execução do projeto, foram concebidas e desenvolvidas as seguintes atividades: 1) realização do curso “PCCS Regional e Negociação Coletiva no SUS” (carga horária total de 48 horas, distribuídas em dois módulos de 24 horas), com a participação de gestores e dirigentes sindicais das quatro Regiões de Saúde; 2) criação de comissão de negociação em cada Região de Saúde, voltada à discus-são e deliberação das diretrizes para elaboração do PCCV; e 3) realização de FLQFR�RÀFLQDV�WHPiWLFDV�QDV�FDSLWDLV�GRV�HVWDGRV�TXH�DEUDQJHP�DV�TXDWUR�5HJL-ões de Saúde (carga horária total de 40 horas, distribuídas em cinco módulos de oito horas), abordando temas como: carreira e estrutura de cargos; sistemática de promoção e progressão na carreira; sistemática de educação permanente para promoção na carreira; sistemática de avaliação de desempenho para progressão na carreira; e critérios de equidade e mobilidade intermunicipal para fortaleci-mento da carreira em âmbito regional.

Quadros com a temática formativa dos dois módulos do curso “PCCS Regional e Negociação Coletiva no SUS” são apresentados a seguir. Note-se que as atividades de cada módulo foram condensadas para que o percurso pudesse ser cumprido em um prazo de três dias, de modo a não sobrecarregar a agenda dos participantes.

Para cada módulo, os facilitadores prepararam materiais didáticos e outros recursos de apoio, priorizando os seguintes aspectos:

• Clareza de objetivos: o que se pretende com o tema abordado• Dinâmica das atividades: detalhamento de cada um dos momen-WRV�IRUPDWLYRV��FRP�GHÀQLomR�GRV�WySLFRV�SDUD�DV�DXODV�GLDORJD-das, trabalhos em grupo e exercícios de simulação

Page 34: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

33

• 6XJHVWmR�GH�OHLWXUDV��UHODomR�GH�ELEOLRJUDÀD�UHODWLYD�j�WHPiWLFD�H�orientação dos participantes para consulta aos principais títulos de referência antes, durante e depois do curso

QUADRO 2 Programa do curso sobre negociação coletiva e elaboração de PCCV

em Regiões de Saúde

PRIMEIRO DIAAbertura e apresentação dos participantes

Apresentação da programação e construção do acordo de funcionamento da oficina

Apresentação das diretrizes e projetos do Degerts

Apresentação da visão de conjunto da Carta Acordo

Políticas de saúde no Brasil

Políticas públicas e participação social

Princípios e diretrizes do SUS

Organização e financiamento do SUS

O orçamento público

SEGUNDO DIA

O Siops – Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em SaúdeA negociação coletiva no setor público: contexto e perspectivas

O processo de negociação coletiva no setor público: atores e etapasExercício de negociação do orçamento: argumentação. Estratégia e tática

TERCEIRO DIA

Negociação e espaço do acordoRegião de Saúde: conceito, parâmetros institucionais e legais

Cronograma previsto para o conjunto das atividades da carta acordo. Destacar a necessidade de criação da Comissão Regional de Negociação.Funcionamento da CIR

Apresentação de roteiro para caracterização da região, a ser apresentada no módulo II (trabalho intermódulos)

Apresentação de proposta de planilha para levantamento dos dados sobre força de trabalho

Apresentação de proposta de validação dos dados do CNES

Avaliação e Encerramento

PRIMEIRO DIA

Abertura

Apresentação dos participantesApresentação da programaçãoSumário do curso anteriorCombinados

Continua

Page 35: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

34

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Caracterização da região a partir do trabalho intermódulos

Caracterização da Região de Saúde, sob a ótica das necessidades do projeto, incluindo a realidade da

Força de trabalho do servidor público em saúde

Apresentação do Protocolo de instituição da MNNP-SUS

Comissão Regional Permanente de Negociação do SUS: finalidade, composição, relação com mesas

municipais, pauta

SEGUNDO DIA

A importância da negociação

Conceito, importância e abrangência do PCCS

A estrutura do PCCS e sua relação com o processo de trabalho

O processo de elaboração do PCCS em nível regional

TERCEIRO DIA

Diretrizes para o PCCS em âmbito regional

Elaboração de PCCS em âmbito regional

Definição da Comissão

Cronograma preliminar das próximas etapas da execução da Carta Acordo na região

Avaliação individual

Encerramento

Definição de propostas para elaboração e implantação do PCCV em âmbito regional

3DUD�D�GHÀQLomR�GDV�GLUHWUL]HV�TXH�GHYHULDP�RULHQWDU�D�HODERUDomR�H�LPSODQWDomR�GRV�3&&9V��UHDOL]RX�VH�XPD�RÀFLQD�QDFLRQDO��FDUJD�KRUiULD�WRWDO�GH����KRUDV��GLVWULEXtGDV�HP�FLQFR�RÀFLQDV�WHPiWLFDV�GH���KRUDV���QD�VHGH�do DIEESE, em São Paulo/SP, de 18 a 22 de julho de 2016, com a participa-ção de representantes das quatro Regiões de Saúde abrangidas pelo projeto. $V�TXHVW}HV�GLVFXWLGDV�QHVVD�RÀFLQD�VHUYLUDP�GH�EDVH�SDUD�D�GHÀQLomR�GD�pauta de negociação de cada uma dessas regiões. Essa pauta foi composta por propostas acordadas, propostas divergentes e propostas não discutidas na RÀFLQD�QDFLRQDO�

Uma vez organizada a pauta de negociação de cada Região de Saúde, a equipe técnica do DIEESE coordenou a realização de processos de nego-ciação no âmbito das respectivas comissões de elaboração e implantação do 3&&9��TXH�FXOPLQDUDP�QD�GHÀQLomR�GH�SURSRVWDV�JHUDLV�H�HVSHFtÀFDV��TXH�

Continuação

Page 36: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

35

orientaram a elaboração de projetos de lei para instituição de PCCV voltado a trabalhadores da saúde nas quatro regiões abrangidas3.

A partir desses projetos de lei, o DIEESE sistematizou os conceitos EiVLFRV�H�DV�GLUHWUL]HV�JHUDLV�H�HVSHFtÀFDV�SDUD�HODERUDomR�H�LPSODQWDomR�GH�PCCV para trabalhadores da saúde em âmbito regional. Esses conteúdos são apresentados em capítulos subsequentes desta publicação, uma vez que são potencialmente aplicáveis a Regiões de Saúde com características similares às quatro regiões aqui focalizadas.

Definição de instrumentos jurídicos de cooperação interfederativa para viabilização da carreira regional para trabalhadores do SUS

Diante da constatação de que haveria necessidade da análise da ju-risprudência dos tribunais superiores, de modo a antever alterações que pu-dessem afetar a sustentabilidade do PCCV em âmbito regional, o DIEESE procedeu à contratação de serviços técnicos especializados de assessoria ju-rídica. Essa contratação baseou-se, também, na preocupação com a legalida-GH�GDV�GLUHWUL]HV�SDUD�HODERUDomR�H�LPSODQWDomR�GR�3&&9�UHJLRQDO�GHÀQLGDV�consensualmente por gestores e trabalhadores do SUS nas quatro regiões participantes do projeto.

$�DVVHVVRULD�MXUtGLFD�FRQWUDWDGD�SDUWLFLSRX�GD�RÀFLQD�QDFLRQDO�UHD-lizada, na qual interagiu com os representantes das quatro Regiões de Saúde, por meio de exposição dialogada sobre aspectos jurídicos relativos à elaboração e implantação de PCCV, além de participar das discussões em grupo, apresentando proposições para a estruturação da carreira dos traba-lhadores do SUS.

A contribuição mais importante da assessoria jurídica, contudo, foi a proposição dos instrumentos jurídicos de cooperação interfederativa para viabilização da construção da carreira regional dos trabalhadores do SUS, cuja apresentação constitui objeto do sexto capítulo. Como se verá, essa proposição consiste na conjugação de instrumentos jurídicos a serem pactu-ados entre os municípios de uma mesma Região de Saúde, incluindo a parti-cipação do estado onde estão situados, visando fortalecer a regionalização dos serviços públicos de saúde e a estruturação desses em redes de atenção.

3. A minuta de um dos quatro projetos de lei elaborados é objeto do Anexo 2.

Page 37: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

36

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Desenvolvimento de aplicativo para previsão do impacto orçamentário e financeiro do PCCV em âmbito regional

1D�HWDSD�ÀQDO�GR�SURMHWR��R�',((6(�GHVHQYROYHX�DSOLFDWLYR�SDUD�SRV-sibilitar a simulação do aumento das despesas com pessoal e encargos decor-rentes da implantação do PCCV em âmbito regional. Embora não tenha sido utilizado no decorrer dos processos de negociação coletiva realizados nas quatro Regiões de Saúde participantes, esse aplicativo deverá ter grande impor-tância para gestores e trabalhadores do SUS de outras Regiões de Saúde.

É importante lembrar que a avaliação do impacto orçamentário e ÀQDQFHLUR�GHFRUUHQWH�GD�LPSODQWDomR�GR�3&&9�IRL�REMHWR�GH�WRGRV�RV�GHEDWHV�ocorridos nas atividades formativas realizadas. Em todas essas ocasiões, os participantes enfatizaram que, uma vez instituído o PCCV em âmbito muni-cipal ou regional, é fundamental organizar e manter atualizado um sistema de levantamento de dados para simular o aumento das despesas com pessoal e encargos sociais em, pelo menos, quatro momentos distintos: 1) no ano de implantação; 2) um ano depois da implantação; 3) até cinco anos depois da implantação; e 4) mais de cinco anos depois da implantação.

Aumento de despesas com pessoal e encargos sociais em decor-rência da implantação do PCCV

É possível que haja aumento de despesas com pessoal e encargos sociais no ano de implantação do PCCV, em razão do enquadramento dos VHUYLGRUHV��3RU�HVVH�PRWLYR��Ki�TXH�VH�GHÀQLU�XP�WHWR�RUoDPHQWiULR�SDUD�D�correção dos desvios que possam, eventualmente, ser observados no proces-so de enquadramento do pessoal na nova estrutura de cargos.

Após um ano de implantação do PCCV, certamente haverá aumento de despesas com pessoal e encargos sociais, em razão do reajuste anual do vencimento básico dos servidores e da institucionalização das vantagens GHFRUUHQWHV�GRV�DGLFLRQDLV�H�GDV�JUDWLÀFDo}HV�SUHYLVWRV��3RU�LVVR��Ki�TXH�VH�desenhar cenários alternativos para simulação de tais despesas.

Haverá indubitavelmente aumento de despesas com pessoal e encar-gos sociais até cinco depois da implantação do PCCV, em razão da vigência dos novos mecanismos de progressão e promoção na carreira. Há que se GHÀQLU��DOpP�GR�LQWHUVWtFLR�PtQLPR�SDUD�HVVH�ÀP��WDPEpP�R�SHUFHQWXDO�GH�reajuste do vencimento básico a ser concedido a todos os servidores em de-

Page 38: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

37

corrência da progressão por tempo de serviço e/ou por avaliação de desem-penho. Há que se estabelecer, ainda, um teto orçamentário para garantir a SURPRomR�GRV�VHUYLGRUHV�TXH�FRPSURYDUHP�RV�UHTXLVLWRV�HVSHFtÀFRV�SDUD�HVVH�ÀP��UHODWLYRV�DR�DXPHQWR�GR�QtYHO�GH�IRUPDomR�H�RX�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�GRV�VHUYLGRUHV�DEUDQJLGRV�SHOR�3&&9�

Haverá incontestavelmente aumento de despesas com pessoal e en-cargos sociais após cinco anos de implantação do PCCV, em decorrência da contratação de novos servidores, não apenas para substituir os que morrerem, se aposentarem ou se afastarem por doença ou por outro motivo previsto em lei, como também para ampliar o rol de ações e serviços públicos de saúde para atendimento das necessidades e demandas da população potencialmen-te usuária do SUS.

Dimensionamento da força de trabalho em saúde$�TXHVWmR�GD�VXVWHQWDELOLGDGH�RUoDPHQWiULR�ÀQDQFHLUD�GR�3&&9��HP�

decorrência do aumento das despesas com pessoal e encargos no longo prazo, remete à outra questão central na agenda da política de gestão do trabalho no SUS e também abordada nas atividades formativas realizadas no âmbito do projeto: o dimensionamento da força de trabalho em saúde na esfera munici-pal ou regional. De fato, independentemente da instituição do PCCV, os ór-gãos de gestão de trabalho em saúde devem ser capazes de acompanhar o movimento de admissão e desligamento de servidores. Para tanto, é funda-mental organizar e manter atualizado um sistema de levantamento de dados sobre necessidades e demandas de contratação de pessoal.

$OJXPDV�GHVVDV�QHFHVVLGDGHV�RX�GHPDQGDV�SRGHP�VHU�LGHQWLÀFDGDV�durante o processo de elaboração do PCCV e devem ser equacionadas de imediato, preferencialmente antes mesmo da aprovação da lei de instituição do plano, para observação das diretrizes relativas às formas de ingresso e enquadramento na carreira. Conforme o caso, poderão dar ensejo a novas admissões, seja para ocupação de postos vagos por desligamentos motivados por aposentadoria ou por morte de servidores, seja para regularização dos vínculos de trabalho considerados precários, como contratos temporários ou por tempo/prazo determinado.

Também no decorrer do processo de implementação do PCCV, ou-WUDV�QHFHVVLGDGHV�H�GHPDQGDV�VHUmR�LGHQWLÀFDGDV��GHYHQGR�VHU�HTXDFLRQDGDV�tempestivamente, e, do mesmo modo, poderão suscitar - no curto ou no longo prazo – novas admissões. Além das situações já citadas anteriormente,

Page 39: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

38

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

essas admissões podem ser motivadas pela necessidade de ampliação da cobertura das ações e serviços de saúde (força de trabalho para observação de indicadores e parâmetros de capacidade instalada ou nível de produção e produtividade dos serviços) e/ou para ampliação da oferta de ações e serviços de saúde (força de trabalho para operação de novas linhas de cuidado consi-deradas estratégicas ou prioritárias para o atendimento das necessidades de saúde da população).

Page 40: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

39

Capítulo 3Caracterização das regiões de saúde selecionadas para o projeto

Para a caracterização das quatro Regiões de Saúde contemplas pelo projeto, foram desenvolvidas duas metodologias: uma para análise da situa-ção da força de trabalho em saúde e outra para análise da situação orçamen-WiULR�ÀQDQFHLUD�GD�VD~GH��(P�DPERV�RV�FDVRV��R�GHVHQYROYLPHQWR�PHWRGROy-gico baseou-se no processamento de dados secundários, provenientes de pesquisas domiciliares e de registros administrativos de abrangência nacional, cujos arquivos estão disponíveis na internet e possibilitam análises para as seguintes unidades de divisão territorial: Brasil, grandes regiões, unidades da Federação, Regiões de Saúde e municípios.

O objetivo deste capítulo é descrever as principais etapas do proces-so de desenvolvimento metodológico, desde a obtenção dos arquivos de da-GRV�DWp�D�GHÀQLomR�GRV�LQGLFDGRUHV��$�DSUHVHQWDomR�GRV�SULQFLSDLV�UHVXOWDGRV�REWLGRV�p�REMHWR�GR�$QH[R����TXH�UH~QH�WDEHODV�H�JUiÀFRV�FRP�LQIRUPDo}HV�VHOHFLRQDGDV�SDUD�DWHQGHU�DRV�ÀQV�SURSRVWRV��

Metodologia para análise da situação da força de trabalho em saúde

A metodologia para análise da situação da força de trabalho em saúde IRL�GHVHQYROYLGD�FRP�TXDWUR�REMHWLYRV�HVSHFtÀFRV�����GLPHQVLRQDU�R�PHUFDGR�de trabalho global, considerando ocupações formais e informais em todos os setores de atividade econômica ; 2) dimensionar o mercado de trabalho da saúde, considerando ocupações formais e informais neste setor de atividade econômica; 3) dimensionar a força de trabalho do SUS, considerando os vín-culos de trabalho em estabelecimentos públicos e privados vinculados ao siste-

Page 41: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

40

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

ma; e 4) dimensionar a cobertura potencial do PCCV, considerando a parcela da força de trabalho do SUS que ocupa cargo ou emprego público.

Para alcançar esses objetivos, o DIEESE se utilizou de dados do &HQVR�'HPRJUiÀFR��GD�5DLV�H�GR�&1(6�H�RV�WUDEDOKRX�QRV�VHJXLQWHV�QtYHLV�de agregação: Brasil, grandes regiões, unidades da Federação em que estão situadas as Regiões de Saúde selecionadas, Regiões de Saúde Selecionadas e municípios que as compõem.

Inicialmente, foram examinadas características de trabalho e rendi-mento dos moradores dos domicílios particulares permanentes investigados SHOR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�GH�������(P�VHJXLGD��IRUDP�DQDOLVDGDV�FDUDFWHUtV-ticas dos vínculos de emprego formal mantidos por empregadores urbanos e rurais que preencheram a declaração da Rais nos anos-bases de 2010 e de ������3RU�ÀP��IRUDP�HVWXGDGDV�LQIRUPDo}HV�GR�&1(6�VREUH�FDUDFWHUtVWLFDV�GRV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�GRV�SURÀVVLRQDLV�TXH�H[HUFLDP�DWLYLGDGHV�HP�HVWD-belecimentos públicos e privados de saúde vinculados ao SUS em dezembro de 2010, em dezembro de 2014 e em outubro de 2015.

2�XVR�GHVVDV�WUrV�IRQWHV�GH�GDGRV�MXVWLÀFD�VH�SHOR�IDWR�GH�TXH�QHQKXPD��isoladamente, provê as informações necessárias para o alcance de todas as metas GHÀQLGDV��2�&HQVR�'HPRJUiÀFR��UHDOL]DGR�GHFHQDOPHQWH�SHOR�,%*(��SRVVLEL-lita o dimensionamento do mercado de trabalho global e do mercado de trabalho da saúde, tanto no que se refere às ocupações formais, quanto às informais. A Rais, atualizada anualmente pelo Ministério do Trabalho, coleta informações que permitem dimensionar o mercado de trabalho global e o mercado de trabalho da saúde exclusivamente no que se relaciona às ocupações formais. O CNES, atualizado mensalmente pelo Ministério da Saúde, provê informações para di-mensionar a força de trabalho do SUS e a cobertura potencial do PCCV.

Cabe ressaltar que o CNES é a única das três fontes de dados utiliza-das que permite dimensionar a força de trabalho do SUS, o que torna obriga-tória sua utilização nos estudos e análises voltados ao conhecimento deste e de outros aspectos essenciais da organização e do funcionamento desse sis-tema em âmbito regional.

Obtenção e preparação dos arquivos de dados do Censo Demográfico

O DIEESE levantou, no portal do IBGE na internet, dados sobre atributos pessoais e características de trabalho e rendimento dos moradores dos domicílios particulares permanentes que foram objeto do Censo Demo-JUiÀFR�GH�������(VVHV�GDGRV�HVWDYDP�DUPD]HQDGRV�HP�DUTXLYRV�7;7�H�RU-

Page 42: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

41

ganizados por unidades da federação. Para formatá-los de acordo com a do-cumentação divulgada pelo IBGE, foram desenvolvidos programas de sinta-xe do SPSS cuja aplicação foi realizada em duas etapas.

1D�SULPHLUD�HWDSD��DWULEXWRV�GH�LGHQWLÀFDomR��ORFDOL]DomR�H�FDUDFWHUL]D-ção dos moradores dos domicílios particulares permanentes de cada unidade da federação foram lidos e armazenados como arquivos SAV (formato de arquivo próprio para ser lido e editado por meio do aplicativo para gerenciamento de banco de dados do SPSS). Na segunda etapa, dados referentes aos moradores dos domicílios particulares permanentes de todas as unidades da federação fo-ram armazenados num único arquivo SAV, de abrangência nacional, composto por 20.635.472 linhas ou observações e 143 colunas ou variáveis.

Cada linha ou observação do arquivo corresponde a um morador dos 6.192.232 domicílios particulares permanentes selecionados para a amostra GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�GH�������$�H[SDQVmR�GHVVD�DPRVWUD��FRP�EDVH�QR�SHVR�relativo de cada unidade na população de referência, originou a estimativa de que, no Brasil, na semana de 25 a 31 de julho daquele ano, havia 190.755.799 pessoas residentes em 58.051.449 domicílios particulares permanentes.

Cada coluna ou variável do arquivo corresponde a um atributo ou característica das pessoas investigadas na semana de referência do Censo 'HPRJUiÀFR�GH�������FRPR�LGDGH��VH[R��HVFRODULGDGH��DWLYLGDGH�HFRQ{PLFD��ocupação e rendimento, entre outras.

Transformação de variáveis do Censo Demográfico para definição operacional de indicadores

Nos itens subsequentes, apresentam-se os principais procedimentos SDUD�D�WUDQVIRUPDomR�GH�YDULiYHLV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�GH������FRP�YLVWDV�j�GHÀQLomR�RSHUDFLRQDO�GH�LQGLFDGRUHV�GH�FDUDFWHUL]DomR�GR�PHUFDGR�GH�WUD-balho nas quatro Regiões de Saúde selecionadas para o projeto.

Indicadores do Censo Demográfico para dimensionar o mercado de trabalho global

Para o dimensionamento do mercado de trabalho global, incluindo ocupações formais e informais em todos os setores de atividade econômica, optou-se pela segmentação dos dados para a população residente segundo ca-racterísticas tradicionalmente utilizadas para estimar o tamanho e a composição da força de trabalho, a saber: 1) idade mínima para trabalhar; 2) condição de atividade econômica; e, para os ocupados, 3) posição na ocupação.

Page 43: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

42

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

,QLFLDOPHQWH��IRUDP�GHÀQLGRV�VHLV�JUXSRV�RX�VHJPHQWRV�SRSXODFLR-nais que deveriam ser dimensionados: 1) População em Idade Ativa (PIA), composta pelos moradores com 15 anos de idade ou mais; 2) População Economicamente Ativa (PEA), formada pelos moradores com 15 anos de idade ou mais e ocupados ou desempregados na semana de referência; 3) população ocupada, constituída pelos moradores de 15 anos de idade ou mais ocupados na semana de referência; 4) população assalariada, composta pelos moradores de 15 anos de idade ou mais ocupados como empregados sem carteira de trabalho assinada, como empregados com carteira de trabalho assinada ou como militares ou funcionários públicos na semana de referência; 5) população assalariada com emprego formal, formada pelos moradores de 15 anos de idade ou mais ocupados como empregados com carteira de traba-lho assinada ou como militares ou funcionários públicos na semana de refe-rência; e 6) população assalariada com emprego formal no serviço público, constituída pelos moradores de 15 anos de idade ou mais ocupados como militares ou funcionários públicos na semana de referência.

Dois desses segmentos populacionais têm importância central para o conhecimento da realidade das Regiões de Saúde selecionadas para o pro-jeto: 1) a população ocupada, que possibilita dimensionar o segmento dos moradores ocupados em postos de trabalho formais ou informais; e 2) a po-pulação assalariada com emprego formal, que permite dimensionar o seg-mento formal do mercado trabalho global.

8PD�YH]�GHÀQLGRV�RV�SULQFLSDLV�VHJPHQWRV�GH�LQWHUHVVH�SDUD�D�DQiOLVH��passou-se ao cálculo de cinco indicadores clássicos que possibilitam mensurar R�PHUFDGR�GH�WUDEDOKR�JOREDO�H�LGHQWLÀFDU�VXD�FRPSRVLomR�����D�taxa de partici-pação, que equivale à porcentagem de pessoas economicamente ativas, ocupadas ou desempregadas, em relação ao total das pessoas em idade de trabalhar; 2) a taxa de ocupação, que corresponde à porcentagem de pessoas ocupadas nas di-ferentes posições ocupacionais em relação ao total das pessoas economicamen-te ativas; 3) a taxa de assalariamento, que corresponde à porcentagem de pessoas ocupadas como empregados sem carteira de trabalho assinada, como emprega-dos com carteira de trabalho assinada ou como militares ou funcionários públicos em relação ao total das pessoas ocupadas; 4) a taxa de assalariamento formal, que corresponde à porcentagem de pessoas ocupadas como empregados com carteira de trabalho assinada ou como militares ou funcionários públicos em relação ao total das pessoas com emprego assalariado; e 5) a taxa de assalaria-mento formal no serviço público, que corresponde à porcentagem de pessoas

Page 44: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

43

ocupadas como militares ou funcionários públicos em relação ao total das pes-soas com emprego assalariado formal.

Dois desses indicadores têm importância central para o conhecimen-to da realidade das Regiões de Saúde selecionadas para o projeto: 1) a taxa de participação, que pode revelar a existência de barreiras à inserção de pessoas em idade de trabalhar no mercado de trabalho; e 2) a taxa de assala-riamento formal, que pode evidenciar a concentração de pessoas ocupadas submetidas a condições precárias de trabalho.

Indicadores do Censo Demográfico para dimensionar o mercado de trabalho da saúde

Para o dimensionamento da população ocupada no setor de saúde, DV�LQIRUPDo}HV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�IRUDP�VHJPHQWDGDV�GH�DFRUGR�FRP�duas variáveis: 1) ocupação e 2) atividade econômica.

Primeiramente, moradores com 15 anos de idade ou mais ocupados QD�VHPDQD�GH�UHIHUrQFLD�IRUDP�FODVVLÀFDGRV�VHJXQGR�RV�FyGLJRV�GD�RFXSDomR�GHÀQLGRV�SHOD�&ODVVLÀFDomR�%UDVLOHLUD�GH�2FXSDo}HV��&%2��GRPLFLOLDU��GH�PRGR�D�LGHQWLÀFDU�RV�TXH�H[HUFLDP�SURÀVV}HV�WtSLFDV�GD�VD~GH��1R�PHQRU�nível de agregação, foram localizadas oito categorias, a saber: 1) médicos; 2) HQIHUPHLURV�����GHQWLVWDV�����RXWURV�SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�GH�QtYHO�VXSHULRU�����SURÀVVLRQDLV�GH�QtYHO�PpGLR�GH�HQIHUPDJHP�����WUDEDOKDGRUHV�FRPXQLWi-ULRV�GH�VD~GH�����RXWURV�SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�GH�QtYHO�PpGLR��H����WUDEDOKD-dores de cuidados pessoais nos serviços de saúde. Essas oito categorias fo-ram, então, agrupadas pelo nível de complexidade das tarefas que desempe-nham, o que deu origem a três grandes grupos: 1) ocupações de saúde de QtYHO�VXSHULRU��TXH�UH~QH�PpGLFRV��HQIHUPHLURV��GHQWLVWDV�H�RXWURV�SURÀVVLR-nais de saúde de nível superior; 2) ocupações de saúde de nível técnico ou DX[LOLDU��TXH�DJUXSD�SURÀVVLRQDLV�GH�QtYHO�PpGLR�GH�HQIHUPDJHP��WUDEDOKD-GRUHV�FRPXQLWiULRV�GH�VD~GH�H�RXWURV�SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�GH�QtYHO�PpGLR��e 3) ocupações de saúde de nível elementar, que congrega trabalhadores de cuidados pessoais nos serviços de saúde.

Em seguida, moradores com 15 anos de idade ou mais ocupados na VHPDQD�GH�UHIHUrQFLD�IRUDP�FODVVLÀFDGRV�VHJXQGR�R�FyGLJR�GD�DWLYLGDGH�HFRQ{-PLFD��GH�DFRUGR�FRP�D�GHÀQLomR�GD�&ODVVLÀFDomR�1DFLRQDO�GH�$WLYLGDGHV�(FR-Q{PLFDV��&1$(��GRPLFLOLDU��GH�PRGR�D�LGHQWLÀFDU�RV�TXH�H[HUFLDP�DWLYLGDGHV�WtSLFDV�GD�VD~GH��$�FODVVLÀFDomR�UHVXOWDQWH�LGHQWLÀFRX�FLQFR�FODVVHV�GH�DWLYLGDGH�econômica: 1) atividades de atendimento hospitalar; 2) atividades de atenção

Page 45: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

44

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

ambulatorial executadas por médicos e dentistas; 3) atividades de serviços de FRPSOHPHQWDomR�GLDJQyVWLFD�H�WHUDSrXWLFD�����DWLYLGDGHV�GH�RXWURV�SURÀVVLRQDLV�de saúde que não médicos e dentistas; e 5) outras atividades de saúde.

$R�ÀQDO�GR�SURFHVVR��R�PHUFDGR�GH�WUDEDOKR�GD�VD~GH�IRL�GHÀQLGR�operacionalmente pela união de dois grupos ou segmentos populacionais: 1) D�SRSXODomR�RFXSDGD�HP�SURÀVV}HV�WtSLFDV�GD�VD~GH�H����D�SRSXODomR�RFXSD-da em atividades típicas da saúde. Como há intersecção de elementos dos dois grupos, o mercado de trabalho da saúde, tal como dimensionado pela metodologia aqui apresentada, compreende três grupos ou segmentos SRSXODFLRQDLV�����SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�RFXSDGRV�HP�DWLYLGDGHV�GD�VD~GH�����SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�RFXSDGRV�HP�RXWUDV�DWLYLGDGHV��H����RXWURV�SURÀVVLRQDLV�ocupados em atividades da saúde.

Indicadores do Censo Demográfico para estimar a quantidade de postos de trabalho existentes no mercado de trabalho global e no mercado de trabalho da saúde

A estimativa da quantidade de postos de trabalho no mercado de WUDEDOKR�JOREDO�H�QR�PHUFDGR�GH�WUDEDOKR�GD�VD~GH�FRQVLGHURX�D�GHÀQLomR�operacional de que um posto de trabalho, em qualquer ocupação ou atividade econômica, corresponderia a 40 horas de trabalho por semana.

1R�&HQVR�'HPRJUiÀFR��D�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR�UHJLVWUDGD�FRUUHVSRQ-de à quantidade de horas habitualmente trabalhadas no trabalho principal exercido pela pessoa na semana de referência. De acordo com a documenta-omR�GLYXOJDGD�SHOR�,%*(��D�SUySULD�FRQGLomR�GH�WUDEDOKR�p�GHÀQLGD�SHOD�quantidade de horas trabalhadas na semana de referência. Em 2010, a GHÀQLomR�RSHUDFLRQDO�À[DYD�D�H[LJrQFLD�PtQLPD�GH�SHOR�PHQRV�XPD�KRUD�completa de trabalho na semana de 25 a 31 de julho. Nos arquivos acessados e processados pelo DIEESE, o valor máximo registrado correspondia a 140 horas completas de trabalho naquela semana.

Indicadores do Censo Demográfico para estimar o rendimento médio por posto de trabalho no mercado de trabalho global e no mercado de trabalho da saúde

Para a estimativa do rendimento médio, foram consideradas – quan-do registradas – informações sobre o valor do rendimento bruto proveniente do trabalho principal exercido pela pessoa na semana de referência.

Page 46: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

45

1RV�DUTXLYRV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�DFHVVDGRV�H�SURFHVVDGRV�SHOR�DIEESE, havia registro de rendimento bruto proveniente do trabalho princi-pal para 80.175.131 das 85.284.414 pessoas ocupadas na semana de 25 a 31 de julho de 2010. Na média, esse valor, em termos nominais, correspondia a R$ 1.297,15 por pessoa. Com base nessas informações, foram estimados valores médios de rendimento bruto por posto de trabalho para diferentes categoriais ocupacionais e classes de atividade econômica da população ocupada e da população assalariada com emprego formal.

Para cada categoria ocupacional e classe de atividade econômica FRQVLGHUDGD��IRL�LGHQWLÀFDGD�LQLFLDOPHQWH�D�SDUFHOD�GH�LQGLYtGXRV�FRP�UHQGL-mento bruto proveniente do trabalho principal. Em seguida, a massa de ren-dimentos de cada categoria ocupacional ou classe de atividade econômica foi obtida pelo somatório dos valores de todos os indivíduos com rendimento diferente de zero. Por último, a massa de rendimentos assim calculada foi dividida pelo total de postos de trabalho de cada categoria ocupacional ou classe de atividade econômica para a estimativa dos valores de rendimento médio por posto de trabalho.

Obtenção e preparação dos arquivos de dados da Rais

O DIEESE acessou, no portal do Ministério do Trabalho na internet, dados sobre características dos vínculos de emprego formal mantidos por empregadores urbanos e rurais que preencheram a declaração da Rais nos anos-bases de 2010 e de 2014. Essas informações estavam armazenadas em DUTXLYRV�7;7��IRUPDWR�GH�DUTXLYR�GH�WH[WR��H�RUJDQL]DGDV�SRU�XQLGDGHV�GD�federação. Para formatá-las de acordo com a documentação divulgada pelo Ministério do Trabalho, foram desenvolvidos programas de sintaxe do SPSS cuja aplicação foi realizada em três etapas.

1D�SULPHLUD�HWDSD��DWULEXWRV�GH�LGHQWLÀFDomR��ORFDOL]DomR�H�FDUDFWHUL-zação dos vínculos de emprego formal de cada unidade da federação foram lidos e armazenados como arquivos SAV. Na segunda etapa, dados referentes aos vínculos de emprego formal de todas as unidades da federação foram armazenados em dois arquivos SAV de abrangência nacional, um para cada ano-base considerado. Na terceira etapa, foram organizados dois outros ar-quivos SAV de abrangência nacional, contendo apenas os vínculos de empre-go formal ativos em 31 de dezembro de cada ano-base.

Page 47: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

46

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

O arquivo referente a 2010 era composto por 44.068.355 linhas ou observações e 46 colunas ou variáveis; e o referente a 2014, por 49.571.510 linhas ou observações e 45 colunas. Cada linha ou observação corresponde a um vínculo de emprego formal ativo em 31 de dezembro. Cada coluna ou YDULiYHO�FRUUHVSRQGH�D�XP�DWULEXWR�GH�LGHQWLÀFDomR��ORFDOL]DomR�RX�FDUDFWH-rização de tais vínculos empregatícios.

O arquivo referente a 2014 tinha uma coluna a menos do que o refe-rente a 2010 porque informações sobre atividade econômica não foram de-sagregadas para as subclasses da CNAE.

Transformação de variáveis da Rais para definição operacional de indicadores

Nos itens subsequentes, apresentam-se os principais procedimentos-SDUD�D�WUDQVIRUPDomR�GH�YDULiYHLV�GD�5DLV�FRP�YLVWDV�j�GHÀQLomR�RSHUDFLRQDOGH�indicadores de caracterização do segmento formal do mercado de trabalho – global e da saúde - nas quatro regiões de saúde selecionadas para o projeto.

Indicadores da Rais para dimensionar o segmento formal do mercado de trabalho global

Para dimensionar a população assalariada com emprego formal, to-mou-se o total de vínculos empregatícios ativos registrados na Rais em 31 de dezembro de 2010 e em 31 de dezembro de 2014, considerando-se todas as ocupações em todos os setores de atividade.

Indicadores da Rais para dimensionar o segmento formal do mercado de trabalho da saúde

No que se refere ao dimensionamento do mercado de trabalho global IRUPDOL]DGR��GHÀQLX�VH�TXH�RV�GDGRV�GD�5DLV�GH������H�GH������VHULDP�VHJ-mentados segundo características relevantes para mensurar seu tamanho e composição, a saber: 1) a ocupação e 2) a atividade econômica.

Inicialmente, vínculos empregatícios ativos em 31 de dezembro nos GRLV�DQRV�EDVH�IRUDP�FODVVLÀFDGRV�VHJXQGR�R�FyGLJR�GD�RFXSDomR��WDO�FRPR�GHÀQLGR�SHOD�&%2�RÀFLDO��GH�PRGR�D�LGHQWLÀFDU�RV�TXH�H[HUFLDP�SURÀVV}HV�WtSLFDV�GD�VD~GH��(P�VHJXLGD��SDUD�D�LGHQWLÀFDomR�GRV�TXH�H[HUFLDP�DWLYLGD-des típicas da saúde, os vínculos empregatícios ativos em 31 de dezembro

Page 48: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

47

nRV�GRLV�DQRV�EDVH�IRUDP�FODVVLÀFDGRV�VHJXQGR�R�FyGLJR�GD�DWLYLGDGH�HFRQ{-PLFD��GH�DFRUGR�FRP�DV�GHÀQLo}HV�GD�&1$(�RÀFLDO��

&DEH�OHPEUDU�TXH�RV�FyGLJRV�GD�&%2�RÀFLDO�H�GD�&1$(�RÀFLDO��utilizados no preenchimento da Rais, são diferentes dos códigos da CBO GRPLFLOLDU�H�GD�&1$(�GRPLFLOLDU��XWLOL]DGRV�QR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�H�HP�outras pesquisas domiciliares do IBGE. No entanto, como ambas têm a mes-PD�HVWUXWXUD�OyJLFD��SDUD�D�DQiOLVH�GRV�GDGRV�GD�5DLV�IRL�DGRWDGD�FODVVLÀFDomR�VLPLODU�j�DSOLFDGD�QD�DQiOLVH�GRV�GDGRV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�

Indicadores da Rais para estimar a quantidade de postos de trabalho no segmento formal do mercado de trabalho global e no segmento formal do mercado de trabalho da saúde

A estimativa da quantidade de postos de trabalho no mercado de WUDEDOKR�JOREDO�H�QR�PHUFDGR�GH�WUDEDOKR�GD�VD~GH�FRQVLGHURX�D�GHÀQLomR�operacional de que um posto de trabalho, em qualquer ocupação ou atividade econômica, corresponderia a 40 horas de trabalho por semana.

Na Rais, a jornada de trabalho registrada corresponde à quantidade de horas semanais contratadas para cada vínculo de emprego formal. Essa informação é disponibilizada pelo Ministério do Trabalho por meio de arqui-vos que registram a jornada semanal contratada para o total de vínculos formais - ativos ou inativos em 31 de dezembro do ano-base - e não da con-WUDWDGD�SRU�HPSUHJDGR��LPSHGLQGR�D�LGHQWLÀFDomR�GDV�KRUDV�FRQWUDWDGDV�SRU�empregados com mais de um vínculo empregatício. Por isso, o valor máximo registrado nos arquivos acessados e processados pelo DIEESE equivale a 44 horas completas de trabalho por semana.

Indicadores da Rais para estimar o rendimento médio por posto de trabalho no segmento formal do mercado de trabalho global e no segmento formal do mercado de trabalho da saúde

Para a estimativa do rendimento médio dos vínculos empregatícios formais constantes na Rais, foi considerado, quando registrado, o valor da remuneração média anual dos vínculos de emprego formal ativos em 31 de dezembro nos anos de 2010 e 2014.

Page 49: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

48

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Nos arquivos utilizados pelo DIEESE, havia registros da remunera-ção média anual de 43.466.671 dos 44.068.355 vínculos de emprego formal ativos em 31 de dezembro de 2010 e de 48.818.254 dos 49.571.510 vínculos de emprego formal ativos em 31 de dezembro de 2014. Na média, o valor nominal da remuneração anual no segmento formal do mercado de trabalho foi de R$ 1.610,19 por vínculo empregatício em 2010 e de R$ 2.286,95 por vínculo empregatício em 2014. Com base nessas informações, foram estima-dos valores médios de rendimento por posto de trabalho, em reais, para dife-rentes categoriais ocupacionais e classes de atividade econômica da popula-ção assalariada com emprego formal.

Obtenção e preparação dos arquivos de dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

O DIEESE acessou, no portal do Ministério da Saúde na internet, GDGRV�VREUH�FDUDFWHUtVWLFDV�GRV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�PDQWLGRV�SRU�SURÀVVLR-nais que exerciam atividades em estabelecimentos de saúde cadastrados no CNES em dezembro de 2010, em dezembro de 2014 e em outubro de 2015. Informações referentes a dezembro de 2015, embora já estivessem disponí-veis no portal do Ministério da Saúde, não foram objeto de análise porque o CNES interrompeu, de novembro de 2015 a maio de 2016, a divulgação da natureza jurídica dos estabelecimentos vinculados ao SUS.

Os dados obtidos estavam armazenados em dois tipos de arquivos DBF, ambos organizados por unidades da federação. O primeiro tipo de ar-TXLYR�FRQWLQKD�DWULEXWRV�GH�LGHQWLÀFDomR��ORFDOL]DomR�H�FDUDFWHUL]DomR�GRV�estabelecimentos de saúde cadastrados, inclusive natureza jurídica e vincula-ção ao SUS, informações que possibilitaram selecionar estabelecimentos públicos e privados vinculados ao sistema. O segundo tipo de arquivo conti-QKD�DWULEXWRV�GH�LGHQWLÀFDomR��ORFDOL]DomR�H�FDUDFWHUL]DomR�GRV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�GRV�SURÀVVLRQDLV�FDGDVWUDGRV��LQFOXVLYH�RFXSDomR��WLSR�GH�YtQFXOR�H�carga horária semanal, informações que foram utilizadas para dimensionar a força de trabalho do SUS e a cobertura potencial do PCCV. Para formatar os arquivos de ambos os tipos, de acordo com a documentação divulgada pelo Ministério da Saúde, foram desenvolvidos programas de sintaxe do SPSS cuja aplicação foi realizada em três etapas.

1D�SULPHLUD�HWDSD��DWULEXWRV�GH�LGHQWLÀFDomR��ORFDOL]DomR�H�FDUDFWHUL]D-omR�GRV�HVWDEHOHFLPHQWRV�H�GRV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�GRV�SURÀVVLRQDLV�GH�FDGD�unidade da federação foram lidos e armazenados como arquivos SAV, organi-zados por tipo de arquivo e por mês e ano de competência das informações. Na

Page 50: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

49

segunda etapa, dados referentes aos estabelecimentos e aos vínculos de trabalho GRV�SURÀVVLRQDLV�GH�WRGDV�DV�XQLGDGHV�GD�IHGHUDomR�IRUDP�DUPD]HQDGRV�HP�VHLV�DUTXLYRV�6$9�GH�DEUDQJrQFLD�QDFLRQDO��FRQWHQGR�DWULEXWRV�GH�LGHQWLÀFDomR��localização e caracterização de cada tipo de entidade, organizados por mês e ano de competência das informações. Na terceira etapa, foram criados três outros arquivos SAV de abrangência nacional, contendo atributos selecionados dos estabelecimentos e dos vínculos de trabalho cadastrados em dezembro de 2010, em dezembro de 2014 e em outubro de 2015.

Todos os arquivos eram compostos por 22 colunas ou variáveis. Os referentes a dezembro de 2010 continham 2.187.666 linhas ou observações; os de dezembro de 2014, 2.678.898; e os de outubro de 2015, 2.725.880. Cada linha RX�REVHUYDomR�FRUUHVSRQGLD�D�XP�YtQFXOR�GH�WUDEDOKR�RX�GH�HPSUHJR�GH�SURÀV-sionais que exerciam atividades nos estabelecimentos públicos ou privados de saúde vinculados ao SUS. Cada coluna ou variável correspondia a um atributo GH�LGHQWLÀFDomR��ORFDOL]DomR�RX�FDUDFWHUL]DomR�GH�WDLV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR��

Cabe notar que a quantidade de linhas ou observações dos três arquivos é menor que o total de linhas ou observações armazenadas nos arquivos obtidos no portal do Ministério da Saúde. Isso ocorre porque, durante o processo de formatação dos dados, houve exclusão de 1.865 linhas do arquivo original refe-rente a dezembro de 2010, de 3.129 linhas do arquivo original referente a de-zembro de 2014 e de 3.206 linhas do arquivo original referente a outubro de ������HP�IXQomR�GH�����UHJLVWURV�LGHQWLÀFDGRV�H[FOXVLYDPHQWH�QR�DUTXLYR�GH�SURÀVVLRQDLV�RX�QR�DUTXLYR�GH�HVWDEHOHFLPHQWRV�����UHJLVWURV�GXSOLFDGRV�HP�ambos os tipos de arquivos; e 3) agregação de vínculos de trabalho cuja carga horária semanal havia sido registrada em mais de uma linha.

Transformação de variáveis do CNES para definição operacional de indicadores

Nos itens subsequentes, apresentam-se os principais procedimentos SDUD�D�WUDQVIRUPDomR�GH�YDULiYHLV�GR�&1(6�FRP�YLVWDV�j�GHÀQLomR�RSHUDFLR-nal de indicadores de caracterização da força de trabalho do SUS nas quatro Regiões de Saúde selecionadas para o projeto.

Indicadores do CNES para dimensionar a força de trabalho do SUS e a cobertura potencial do PCCV

Para dimensionar a força de trabalho do SUS e a cobertura potencial GR�3&&9��GHÀQLUDP�VH�LQGLFDGRUHV�EDVHDGRV�QD�FODVVLÀFDomR�GRV�YtQFXORV�GH�

Page 51: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

50

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

trabalho registrados no CNES, segundo cinco características: 1) vinculação do estabelecimento ao SUS; 2) natureza jurídica do estabelecimento; 3) ocupação GR�SURÀVVLRQDO�����WLSR�GH�YtQFXOR�RX�IRUPD�GH�FRQWUDWDomR�GR�SURÀVVLRQDO��H����FDUJD�KRUiULD�VHPDQDO�GH�WUDEDOKR�GR�SURÀVVLRQDO��$�VHJXLU��GHVFUHYHP�VH��GH�IRUPD�VXPiULD��RV�SULQFLSDLV�SURFHGLPHQWRV�GH�FODVVLÀFDomR�DGRWDGRV�

Vinculação dos estabelecimentos ao SUS2�SULPHLUR�SDVVR�QD�GHÀQLomR�GRV�LQGLFDGRUHV�SDUD�GLPHQVLRQDU�D�

força de trabalho do SUS e a cobertura potencial do PCCV foi a seleção dos estabelecimentos vinculados ao sistema.

Natureza jurídica do estabelecimento2�VHJXQGR�SDVVR�IRL�D�FODVVLÀFDomR�GRV�HVWDEHOHFLPHQWRV�YLQFXODGRV�

DR�686�VHJXQGR�VXD�QDWXUH]D�MXUtGLFD��'H�LQtFLR��IRUDP�LGHQWLÀFDGRV�GRLV�grupos: 1) estabelecimentos públicos vinculados ao SUS e 2) estabelecimen-tos privados vinculados ao SUS.

Na sequência, os estabelecimentos públicos vinculados ao SUS fo-ram divididos em três subgrupos: 1) estabelecimentos municipais; 2) estabe-lecimentos estaduais; e 3) estabelecimentos federais. Os estabelecimentos municipais têm maior importância relativa para a análise da força de trabalho do SUS, porque são predominantes no total dos estabelecimentos públicos vinculados ao sistema.

2FXSDomR�GR�SURÀVVLRQDO�O terceiro passo para o alcance dos objetivos propostos foi a classi-

ÀFDomR�GRV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�VHJXQGR�D�RFXSDomR�GRV�SURÀVVLRQDLV��UHD-OL]DGD�HP�GXDV�HWDSDV��1D�SULPHLUD��YHULÀFRX�VH�D�FRQGLomR�GH�UHJLVWUR�GR�FyGLJR�GD�RFXSDomR��R�TXH�UHVXOWRX�QD�LGHQWLÀFDomR�GH�GRLV�JUXSRV�����YtQ-FXORV�GH�WUDEDOKR�FRP�UHJLVWUR�GD�RFXSDomR�GR�SURÀVVLRQDO�H����YtQFXORV�GH�trabalho sem registro desta informação.

Na segunda etapa, agruparam-se os códigos de ocupação de acordo FRP�D�HVWUXWXUD�GD�&%2��YLVDQGR�j�LGHQWLÀFDomR�GH�FDWHJRULDV�UHOHYDQWHV�SDUD�D�FDUDFWHUL]DomR�GR�SHUÀO�RFXSDFLRQDO�GD�IRUoD�GH�WUDEDOKR�QR�686��3DUD�DVVH-gurar a comparabilidade das informações do CNES com aquelas provenientes GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�H�GD�5DLV��IRUDP�GHÀQLGRV�JUXSRV�RFXSDFLRQDLV�FRP-SDWtYHLV��UHVSHFWLYDPHQWH��FRP�D�&%2�GRPLFLOLDU�H�FRP�D�&%2�RÀFLDO�

Os grupos compatíveis com a CBO domiciliar são três: 1) ocupações de saúde de nível superior, que reúne médicos, enfermeiros, dentistas e outros

Page 52: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

51

SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�GH�QtYHO�VXSHULRU�����RFXSDo}HV�GH�VD~GH�GH�QtYHO�WpF-QLFR�RX�DX[LOLDU��TXH�UH~QH�SURÀVVLRQDLV�GH�QtYHO�PpGLR�GH�HQIHUPDJHP��WUDEDOKDGRUHV�FRPXQLWiULRV�GH�VD~GH�H�RXWURV�SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�GH�QtYHO�médio; e 3) ocupações de saúde de nível elementar, que reúne trabalhadores de cuidados pessoais nos serviços de saúde.

2V�JUXSRV�FRPSDWtYHLV�FRP�D�&%2�RÀFLDO�VmR�TXDWUR�����RFXSDo}HV�da saúde de nível superior, que reúne médicos, dentistas, enfermeiros e outros SURÀVVLRQDLV�GD�VD~GH�����RFXSDo}HV�GD�VD~GH�GH�QtYHO�WpFQLFR�RX�DX[LOLDU��que reúne técnicos e auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias e outros técnicos e auxiliares da saúde; 3) ocupações da organização e administração dos serviços de saúde, TXH�UH~QH�GLUHWRUHV��JHUHQWHV��SURÀVVLRQDLV�H�RXWUDV�RFXSDo}HV�GD�RUJDQL]DomR�e administração dos serviços de saúde; e 4) outras ocupações dos serviços de VD~GH��TXH�UH~QH�RFXSDo}HV�QmR�FODVVLÀFDGDV�QRV�JUXSRV�DQWHULRUHV�

7LSR�GH�YtQFXOR�RX�IRUPD�GH�FRQWUDWDomR�GR�SURÀVVLRQDO2�TXDUWR�SDVVR�QD�GHÀQLomR�GH�LQGLFDGRUHV�SDUD�GLPHQVLRQDU�D�IRUoD�

GH�WUDEDOKR�GR�686�H�D�FREHUWXUD�SRWHQFLDO�GR�3&&9�IRL�D�FODVVLÀFDomR�GRV�vínculos de trabalho segundo o tipo de vínculo ou forma de contratação dos SURÀVVLRQDLV��(VVD�FODVVLÀFDomR�IRL�UHDOL]DGD�HP�WUrV�HWDSDV�

$�SULPHLUD�HWDSD�WHYH�FRPR�REMHWLYR�D�YHULÀFDomR�GD�FRQGLomR�GH�UHJLVWUR�GR�WLSR�GH�YtQFXOR�RX�IRUPD�GH�FRQWUDWDomR�H�UHVXOWRX�QD�LGHQWLÀFDomR�de dois grupos: 1) vínculos de trabalho com registro do tipo de vínculo ou IRUPD�GH�FRQWUDomR�GR�SURÀVVLRQDO�H����YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�VHP�UHJLVWUR�desta informação.

$�VHJXQGD�HWDSD�WHYH�SRU�REMHWLYR�D�YHULÀFDomR�GD�TXDOLGDGH�GR�UH-JLVWUR�GR�WLSR�GH�YtQFXOR�RX�IRUPD�GH�FRQWUDWDomR�H�UHVXOWRX�QD�LGHQWLÀFDomR�de outros dois grupos: 1) vínculos de trabalho cujo tipo de vínculo ou forma de contratação foi registrado corretamente e 2) vínculos de trabalho cujo tipo de vínculo ou forma de contratação foi registrado incorretamente. Este último JUXSR�LQFOXL�YtQFXORV�HPSUHJDWtFLRV�QmR�HVSHFLÀFDGRV�H�YtQFXORV�HPSUHJDWt-FLRV�HVSHFLÀFDGRV�GH�IRUPD�GLIHUHQWH�GD�SUHYLVWD��D�H[HPSOR�GR�UHJLVWUR�GH�cargo ou emprego público em estabelecimento privado.

A terceira etapa teve como objetivo o agrupamento dos tipos de vínculo ou formas de contratação, de acordo com nomenclatura adotada pelo &1(6��YLVDQGR�j�LGHQWLÀFDomR�GH�FDWHJRULDV�UHOHYDQWHV�SDUD�D�FDUDFWHUL]DomR�GR�SHUÀO�GH�FRQWUDWDomR�GD�IRUoD�GH�WUDEDOKR�QR�686��&RQVLGHURX�VH��GH�LQt-FLR��D�QDWXUH]D�MXUtGLFD�GRV�HVWDEHOHFLPHQWRV��R�TXH�UHVXOWRX�QD�LGHQWLÀFDomR�

Page 53: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

52

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

de três grupos de vínculos de trabalho: 1) com estabelecimentos privados; 2) com estabelecimentos públicos estaduais ou federais; e 3) com estabeleci-mentos públicos municipais.

Como este último grupo tem maior importância relativa para a análise da situação da força de trabalho do SUS, pois, conforme já apontado, os estabelecimentos públicos municipais são predominantes no total dos es-WDEHOHFLPHQWRV�YLQFXODGRV�DR�VLVWHPD��RV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�LGHQWLÀFDGRV�neste âmbito foram divididos em três subgrupos: 1) carreira pública; 2) con-tratação temporária; e 3) outras formas de contratação.

O subgrupo referente à carreira pública compreende três tipos de vínculo ou formas de contratação registradas pelo CNES: 1) cargo público estatutário; 2) emprego público celetista; e 3) cargo comissionado. A partici-pação relativa desses tipos de vínculos na composição da força de trabalho do SUS pode ser utilizada como indicador de valorização do trabalho no âmbito do sistema; e a cobertura potencial do PCCV será tanto maior quanto mais alta for essa participação.

O subgrupo referente à contratação temporária compreende outros dois tipos de vínculo ou formas de contração registradas pelo CNES: 1) contrato WHPSRUiULR�RX�SRU�WHPSR�SUD]R�GHWHUPLQDGR�H����FRQWUDWR�GH�IRUPDomR�SURÀV-sional (residência, estágio ou bolsa). A participação relativa desses tipos de vínculos na composição da força de trabalho do SUS pode ser utilizada como indicador de precarização do trabalho no âmbito do sistema; e a cobertura po-tencial do PCCV será tanto menor quanto mais alta for essa participação.

O subgrupo referente às outras formas de contratação compreende outros quatro tipos de vínculo ou formas de contração registradas pelo CNES: 1) trabalho autônomo; 2) trabalho cooperativado; 3) contrato intermediado por terceiros e 4) outros tipos de vínculos. A participação relativa destes tipos de vínculos na composição da força de trabalho do SUS pode ser utilizada como indicador de terceirização do trabalho no âmbito do sistema; e a cobertura po-tencial do PCCV será tanto menor quanto mais alta for essa participação.

&DUJD�KRUiULD�GH�WUDEDOKR�GR�SURÀVVLRQDO2�TXLQWR�H�~OWLPR�SDVVR�QD�GHÀQLomR�GH�LQGLFDGRUHV�SDUD�GLPHQVLR-

nar a força de trabalho do SUS e a cobertura potencial do PCCV foi a análise GD�FDUJD�KRUiULD�VHPDQDO�GH�WUDEDOKR�TXH�R�SURÀVVLRQDO�GHGLFD�D�DWLYLGDGHV�ambulatoriais, a atividades hospitalares e a outras atividades.

Inicialmente, a carga horária semanal dedicada aos três tipos de ati-vidade foi somada para a obtenção da carga horária total de cada vínculo de

Page 54: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

53

trabalho ou emprego. Em seguida, a carga horária total, assim calculada, foi usada para estimar a quantidade de postos de trabalho no SUS.

Indicadores do CNES para estimar a quantidade de postos de trabalho no SUS

Dados do CNES de dezembro de 2010, de dezembro de 2014 e de outubro de 2015 foram utilizados para estimar a quantidade de postos de trabalho no SUS. Para tanto, considerou-se o total de vínculos de trabalho registrados em estabelecimentos públicos e privados vinculados ao sistema QDTXHODV�GDWDV��&RPR�EDVH�GH�FiOFXOR��DGRWRX�VH�D�GHÀQLomR�RSHUDFLRQDO�GH�que um posto de trabalho, em qualquer ocupação nos estabelecimentos vin-culados ao SUS, corresponderia a 40 horas de trabalho por semana.

Como já apontado, a investigação desta característica, no CNES, refere-se à quantidade de horas de trabalho semanais destinadas a atividades ambulatoriais, a atividades hospitalares e a outras atividades. Como um mes-PR�SURÀVVLRQDO�SRGH�WHU�PDLV�GH�XP�YtQFXOR�GH�WUDEDOKR��KDYLD�UHJLVWUR�GH�valores superiores a 168 horas de trabalho por semana nos arquivos obtidos e processados pelo DIEESE. Por isso, ao utilizar a base de dados do CNES para dimensionar a força de trabalho do SUS, o valor máximo dos registros foi limitado a 60 horas semanais de trabalho por vínculo.

Metodologia para análise da situação orçamentário- financeira da saúde

$�PHWRGRORJLD�SDUD�DQiOLVH�GD�VLWXDomR�RUoDPHQWiULR�ÀQDQFHLUD�GD�VD~GH�IRL�GHVHQYROYLGD�FRP�WUrV�REMHWLYRV�HVSHFtÀFRV�����DYDOLDU�D�GLVSRQLEL-lidade de recursos para execução de ações e serviços públicos de saúde, considerando indicadores de receita de impostos e de transferências intergo-vernamentais; 2) avaliar o uso de recursos para execução de ações e serviços S~EOLFRV�GH�VD~GH��FRQVLGHUDQGR�LQGLFDGRUHV�GH�GHVSHVD�SRU�FODVVLÀFDomR�econômica, sobretudo a despesa com pessoal; e 3) avaliar o uso de recursos para execução de ações e serviços públicos de saúde, considerando indicado-UHV�GH�GHVSHVD�SRU�FODVVLÀFDomR�IXQFLRQDO��VREUHWXGR�D�GHVSHVD�FRP�SURJUD-mas de atenção básica e a despesa com programas de assistência ambulatorial e hospitalar.

O Siops provê as informações necessárias para o alcance destes três REMHWLYRV�HVSHFtÀFRV��3RU�LVVR��R�GHVHQYROYLPHQWR�GD�PHWRGRORJLD�DTXL�DSUH-

Page 55: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

54

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

sentada baseou-se exclusivamente no processamento de dados dessa fonte, obtidos no portal do Ministério da Saúde na internet.

Cabe lembrar que o banco de dados do Siops é alimentado por estados e municípios, mediante o preenchimento de dados em software desenvolvido pelo Departamento de Informática do SUS (Datasus). Os dados armazenados pelo sistema são de natureza declaratória, não só para assegurar compatibilidade com as informações contábeis geradas e mantidas por esta-GRV�H�PXQLFtSLRV��FRPR�WDPEpP�SDUD�PDQWHU�FRQIRUPLGDGH�FRP�D�FRGLÀFD-omR�GH�FODVVLÀFDomR�GH�UHFHLWDV�H�GHVSHVDV�GHÀQLGD�SHOD�6HFUHWDULD�GR�7HVRX-ro Nacional do Ministério da Fazenda.

O setor responsável pela contabilidade de cada estado ou município insere e transmite eletronicamente, via internet, dados contábeis ou informa-o}HV�GRV�UHODWyULRV�H�GHPRQVWUDWLYRV�GH�H[HFXomR�RUoDPHQWiULD�H�ÀQDQFHLUD��$R�ÀQDO�GR�SURFHVVR��R�VLVWHPD�FDOFXOD��GH�IRUPD�DXWRPiWLFD�����LQGLFDGRUHV�

Seis desses indicadores relacionam valores de receita: 1) participação da receita de impostos na receita total do município; 2) participação das transferências intergovernamentais na receita total do município; 3) partici-pação das transferências para a saúde no total de recursos transferidos para o município; 4) participação das transferências da União para a saúde no total de recursos transferidos para a saúde no município; 5) participação das trans-ferências da União para a saúde no total de transferências da União para o município; e 6) participação da receita de impostos e transferências constitu-cionais e legais na receita total do município.

Outros cinco indicadores relacionam valores de despesa: 1) despesa total com saúde por habitante; 2) participação da despesa com pessoal na despesa total com saúde; 3) participação da despesa com medicamentos na despesa total com saúde; 4) participação da despesa com serviços de terceiros (pessoa jurídica) na despesa total com saúde; e 5) participação da despesa com investimentos na despesa total com saúde.

Outros dois indicadores relacionam valores de despesa e receita: 1) participação das transferências para a saúde na despesa total do município com saúde; e 2) participação da receita própria aplicada em saúde, de acordo com a Emenda Constitucional (EC) 29/2000.

Obtenção e preparação dos dados do Siops

O DIEESE acessou, no portal do Ministério da Saúde na internet, indicadores de receitas e despesas com saúde disponibilizados pelo Siops, a

Page 56: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

55

partir de dados contábeis ou de informações dos relatórios e demonstrativos GH�H[HFXomR�RUoDPHQWiULD�H�ÀQDQFHLUD�GRV�PXQLFtSLRV�

Cogitou-se, inicialmente, limitar o escopo da metodologia de análise GD�VLWXDomR�RUoDPHQWiULR�ÀQDQFHLUD�j�DYDOLDomR�GR�XVR�GH�UHFXUVRV�SDUD�H[H-cução de ações e serviços públicos de saúde. Para isso, obtiveram-se indica-GRUHV�GH�GHVSHVD�FRP�VD~GH�SRU�FODVVLÀFDomR�HFRQ{PLFD��UHIHUHQWHV�DRV�anos-base de 2000 a 2015. Posteriormente, decidiu-se ampliar o escopo da metodologia, que passou a incluir a avaliação da disponibilidade de recursos SDUD�DTXHOH�ÀP��R�TXH�OHYRX�j�REWHQomR�GH�LQGLFDGRUHV�GH�UHFHLWD�H�GH�GHVSH-VD�SRU�FODVVLÀFDomR�SURJUDPiWLFD��UHIHUHQWHV�DRV�DQRV�EDVH�GH������D������

Os dados acessados estavam armazenados em arquivos CSV (for-PDWR�GH�DUTXLYR�GH�WH[WR�HVSHFtÀFR�SDUD�WURFDV�GH�GDGRV�FRP�XP�EDQFR�GH�dados ou uma planilha entre aplicativos), organizados por município e por ano-base. Para formatá-los de acordo com a documentação divulgada pelo Ministério da Saúde, foram elaborados programas de sintaxe do SPSS cuja aplicação foi realizada em duas etapas.

Na primeira etapa, indicadores de receitas e de despesas de cada município foram lidos e armazenados como arquivos SAV, organizados por ano-base. Na segunda etapa, indicadores de receitas e despesas de todos os anos-base foram armazenados em dois arquivos SAV de abrangência nacio-nal, contendo, respectivamente: 1) indicadores municipais de receitas e des-SHVDV�SRU�FODVVLÀFDomR�HFRQ{PLFD��UHIHUHQWHV�DR�SHUtRGR������������H����LQGLFDGRUHV�PXQLFLSDLV�GH�GHVSHVDV�SRU�FODVVLÀFDomR�SURJUDPiWLFD��UHIHUHQWHV�ao período 2013-2015.

O arquivo referente ao período 2000-2015 era composto por 87.781 linhas ou observações e 17 colunas ou variáveis. O arquivo referente ao pe-ríodo 2013-2015 era composto por 16.702 linhas ou observações e 32 colunas ou variáveis.

Cada linha ou observação do arquivo correspondia a um município que prestou informações ao Siops no ano-base. Como nem todos os municí-pios alimentaram a base de dados do sistema em todos os anos considerados, o total de municípios informantes, em ambos os arquivos, pode ser diferente de um ano para outro.

Das 17 colunas ou variáveis do arquivo referente ao período 2000-2015, seis correspondiam a indicadores municipais calculados automatica-mente pelo Siops, a saber: 1) despesa total com saúde por habitante; 2) parti-cipação da despesa com pessoal na despesa total com saúde; 3) participação

Page 57: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

56

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

da despesa com serviços de terceiros (pessoa jurídica) na despesa total com saúde; 4) participação da despesa com investimentos na despesa total com saúde; 5) participação das transferências para a saúde na despesa total do município com saúde; e 6) participação da receita própria aplicada em saúde, de acordo com a Emenda Constitucional 29/2000. Para atualizar os valores QRPLQDLV�GD�VpULH�KLVWyULFD��XWLOL]RX�VH�D�PpGLD�DQXDO�GD�LQÁDomR�FDOFXODGD�pelo Índice Geral de Preços: Disponibilidade Interna da Fundação Getúlio Vargas (IGP-DI/FGV).

Das 32 colunas ou variáveis do arquivo referente ao período 2013-2015, 13 correspondiam aos indicadores municipais calculados automatica-mente pelo Siops: 1) participação da receita de impostos na receita total do município; 2) participação das transferências intergovernamentais na receita total do município; 3) participação das transferências para a saúde no total de recursos transferidos para o município; 4) participação das transferências da União para a saúde no total de recursos transferidos para a saúde no município; 5) participação das transferências da União para a saúde no total de transferên-cias da União para o município; 6) participação da receita de impostos e trans-ferências constitucionais e legais na receita total do município; 7) despesa total com saúde por habitante; 8) participação da despesa com pessoal na despesa total com saúde; 9) participação da despesa com medicamentos na despesa total com saúde; 10) participação da despesa com serviços de terceiros (pessoa jurídica) na despesa total com saúde; 11) participação da despesa com investi-mentos na despesa total com saúde; 12) participação das transferências para a saúde na despesa total do município com saúde; e 13) participação da receita própria aplicada em saúde, de acordo com a Emenda Constitucional 29/2000.

Outras nove colunas ou variáveis do arquivo referente ao período 2013-2015 correspondiam aos seguintes indicadores de despesas por classi-ÀFDomR�SURJUDPiWLFD�����SDUWLFLSDomR�GD�GHVSHVD�FRP�DSRLR�DGPLQLVWUDWLYR�na despesa total com a função saúde; 2) participação da despesa com progra-mas de assistência à saúde na despesa total com a função saúde; 3) participa-ção da despesa com programas de atenção básica na despesa total com a função saúde; 4) participação da despesa com programas de assistência hospitalar e ambulatorial na despesa total com a função saúde; 5) participação GD�GHVSHVD�FRP�SURJUDPDV�GH�VXSRUWH�SURÀOiWLFR�H�WHUDSrXWLFR�QD�GHVSHVD�total com a função saúde; 6) participação da despesa com programas de vi-gilância sanitária na despesa total com a função saúde; 7) participação da despesa com programas de vigilância epidemiológica na despesa total com a

Page 58: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

57

função saúde; 8) participação da despesa com programas de alimentação e nutrição na despesa total com a função saúde; e 9) participação da despesa com outros programas na despesa total com a função saúde.

Transformação de variáveis do Siops para seleção de indicadores

Nos itens subsequentes, apresentam-se os principais procedimentos para a transformação de variáveis do Siops com vistas à seleção de indicado-UHV�GH�GLVSRQLELOLGDGH�H�XVR�GH�UHFXUVRV�RUoDPHQWiULRV�ÀQDQFHLURV�SDUD�execução de ações e serviços públicos de saúde nas quatro Regiões de Saúde selecionadas para o projeto.

Indicadores do Siops para avaliar a disponibilidade de recursos para execução de ações e serviços públicos de saúde

Indicadores diferentes foram selecionados para avaliar a disponibili-dade de recursos para execução de ações e serviços públicos de saúde a curto prazo e a longo prazo.

A curto prazo, a avaliação considera três indicadores referentes ao período 2013-2015: 1) a participação da receita de impostos na receita total do município; 2) a participação das transferências intergovernamentais na receita total do município; e 3) a participação da receita de impostos e trans-ferências constitucionais e legais na receita total do município. Esses três indicadores são importantes para avaliar a disponibilidade de recursos para a execução de ações e serviços públicos de saúde por mensurarem, respectiva-mente: 1) a capacidade de arrecadação do município; 2) o grau de dependên-cia do município em relação às transferências de outras esferas de governo; e 3) o percentual da receita vinculada à saúde, de acordo com a Emenda Constitucional 29/2000, na receita total do município.

A longo prazo, a avaliação considera dois indicadores referentes ao período 2000-2015: 1) a participação da receita de transferências para a saú-de da União no total da receita municipal; e 2) a receita de transferências para a saúde da União por habitante. Ambos são importantes para avaliar a dispo-nibilidade de recursos para a execução de ações e serviços públicos de saúde, XPD�YH]�TXH�PHGHP�D�SDUWLFLSDomR�GD�8QLmR�QDV�WUDQVIHUrQFLDV�HVSHFtÀFDV�para o SUS municipal.

Page 59: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

58

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Indicadores do Siops para avaliar o uso de recursos para a execução de ações e serviços públicos de saúde

Foram selecionados diferentes indicadores para avaliar o uso de re-cursos para execução de ações e serviços públicos de saúde a curto prazo e a longo prazo.

Para a avaliação de curto prazo, foram considerados cinco indicado-res referentes ao período 2013-2015: 1) a participação da despesa com pro-gramas de assistência à saúde na despesa total com a função saúde; 2) a participação da despesa com programas de apoio administrativo e programas complementares na despesa total com a função saúde; 3) a participação da despesa com programas de atenção básica na despesa total com a função saúde; 4) a participação da despesa com programas de assistência hospitalar e ambulatorial na despesa total com a função saúde; e 5) a participação da GHVSHVD�FRP�RXWURV�SURJUDPDV�GH�DVVLVWrQFLD�j�VD~GH��VXSRUWH�SURÀOiWLFR�H�terapêutico, vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, alimentação e nutrição e outros) na despesa total com a função saúde.

Os dois primeiros indicadores - relativos às despesas com programas de assistência à saúde e com programas de apoio administrativo ou complemen-tares - são importantes para avaliar o uso de recursos para a execução de ações e serviços públicos de saúde porque medem a focalização da aplicação da re-ceita vinculada à saúde. A focalização será tanto maior quanto mais alta for a aplicação da receita vinculada à saúde em programas de assistência à saúde.

Os três últimos indicadores - relativos às despesas com programas de atenção básica, com programas de assistência hospitalar e ambulatorial e com outros programas de assistência à saúde - são importantes para avaliar o uso de recursos para a execução de ações e serviços públicos de saúde, na medida em que auxiliam a caracterizar o modelo assistencial do SUS em kPELWR�PXQLFLSDO��H��HP�HVSHFLDO��D�LGHQWLÀFDU�VH�D�́ SRUWD�GH�HQWUDGDµ�SULQFL-pal do sistema é a atenção básica ou a assistência hospitalar.

Para a avaliação de longo prazo, consideram-se seis indicadores refe-rentes ao período 2000-2015: 1) a despesa total com saúde por habitante; 2) a despesa com saúde bancada com recursos próprios, por habitante; 3) a partici-pação da despesa com pessoal na despesa total com saúde; 4) a participação das transferências intergovernamentais para a saúde na despesa total com saúde; 5) a participação da despesa com recursos próprios em saúde na despesa total com saúde; e 6) a despesa com recursos próprios em saúde por habitante.

Page 60: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

59

Todos esses indicadores são importantes para avaliar o uso de recur-sos para a execução de ações e serviços públicos de saúde. A despesa total, porque representa o gasto médio com saúde sob responsabilidade do muni-cípio. As transferências intergovernamentais e as despesas com recursos SUySULRV��SRUTXH�SHUPLWHP�LGHQWLÀFDU�SRVVLELOLGDGHV�H�OLPLWHV�SDUD�D�PDQX-WHQomR�GRV�DWXDLV�QtYHLV�GH�RIHUWD�GH�VHUYLoRV�GH�VD~GH�FRP�ÀQDQFLDPHQWR�tripartite. A despesa com pessoal, porque a produção de cuidados de saúde, em qualquer modelo assistencial, compreende atividades e processos que se caracterizam pelo uso intensivo de força de trabalho.

Page 61: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e
Page 62: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

61

Capítulo 4Conceitos básicos para elaboração e implantação de PCCV em Regiões de Saúde

Este capítulo apresenta conceitos básicos utilizados em PCCV de diferentes estados e municípios, que foram adotados no decorrer das ativida-des de formação e discussão da estrutura do PCCV em Regiões de Saúde. É importante o seu registro, para efeito de compreensão do conteúdo das dire-trizes e do projeto de lei constantes desta publicação.

Cargo públicoConjunto de atribuições assemelhadas quanto à natureza das ações e

jV�TXDOLÀFDo}HV�H[LJLGDV�GH�VHXV�RFXSDQWHV��GH�SURYLPHQWR�HIHWLYR��FRP�responsabilidades previstas na estrutura organizacional e vínculo de trabalho estatutário.

CarreiraTrajetória do trabalhador no respectivo cargo, regida por regras es-

SHFtÀFDV�GH�LQJUHVVR��HQTXDGUDPHQWR��GHVHQYROYLPHQWR��UHJLPH�GH�WUDEDOKR��remuneração e mobilidade funcional.

CessãoModalidade de afastamento temporário de servidor público titular de

cargo efetivo, que lhe possibilita exercer atividades em outro órgão ou enti-dade da mesma esfera de governo ou de esfera distinta, seja para ocupar FDUJR�HP�FRPLVVmR�RX�IXQomR�GH�FRQÀDQoD��VHMD�SDUD�DWHQGHU�D�VLWXDo}HV�estabelecidas em lei, com o propósito de cooperação interfederativa.

Page 63: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

62

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

ClassesDivisões que agrupam, dentro de determinado cargo, atividades com

níveis similares de complexidade, para o exercício das quais são requeridas FRPSHWrQFLDV�HVSHFtÀFDV��SDVVtYHLV�GH�DTXLVLomR�SRU�IRUPDomR��TXDOLÀFDomR�RX�H[SHULrQFLD�SURÀVVLRQDO�

CompetênciasConjunto de saberes, habilidades e atitudes inerentes ao cargo de

provimento efetivo, de acordo com a estrutura da carreira pública no órgão.

Educação permanenteConceito pedagógico aplicado ao setor da saúde para estabelecer

relações orgânicas entre docência e atenção à saúde, abarcando também re-lações entre formação e gestão e entre desenvolvimento institucional e con-trole social.

Emprego públicoConjunto de atribuições assemelhadas quanto à natureza das ações e

jV�TXDOLÀFDo}HV�H[LJLGDV�GH�VHXV�RFXSDQWHV��FRP�UHVSRQVDELOLGDGHV�SUHYLVWDV�na estrutura organizacional e vínculo de trabalho regido pelo Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943.

EnquadramentoAto pelo qual se estabelece a posição do trabalhador em um deter-

minado cargo ou emprego, classe e padrão de vencimento ou de salário, em face da análise de sua situação jurídico- funcional.

Equidade intrarregionalPolítica que visa à redução substancial dos efeitos da desigualdade

de condições materiais entre os municípios de uma mesma Região de Saúde, a partir do estabelecimento de políticas de gestão do trabalho adequadas e compensatórias, levando-se em conta, inclusive, os critérios estabelecidos no Decreto 7508/11 para fortalecimento da regionalização do SUS.

EspecialidadeConjunto de atividades integrantes das atribuições dos cargos ou

HPSUHJRV��TXH�VH�FRQVWLWXL�HP�FDPSR�SURÀVVLRQDO��RX�RFXSDFLRQDO��GH�DWXD-

Page 64: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

63

omR��GHÀQLQGR�DV�UHVSRQVDELOLGDGHV�H�WDUHIDV�TXH�SRGHP�VHU�GHVLJQDGDV�D�XP�trabalhador.

Experiência profissionalConjunto de saberes acumulados durante determinado período da

YLGD�SURÀVVLRQDO�GR�WUDEDOKDGRU��VLWXDQGR�R��SDUD�HIHLWR�GH�3&&9��QR�PHVPR�nível de conhecimento possibilitado por um curso de especialização, de mes-trado ou de doutorado e criando condições funcionais para o seu enquadra-mento ou promoção.

Formação profissionalEtapas da educação formal nos graus escolares do Fundamental,

Ensino Médio, Cursos Técnicos de Nível Médio, Especialização de Nível Técnico, Graduação (licenciatura, bacharelado e tecnológico) e Pós-Gradu-ação exigidos para o ingresso e progressão em classes da carreira.

Grupo ocupacional&RQMXQWR�GH�RFXSDo}HV�RX�SURÀVV}HV�TXH�LQWHJUDP�GHWHUPLQDGR�

cargo público ou emprego público, composto de acordo com nível de forma-ção, regulamentação legal e/ou similaridade de atribuições.

Mobilidade intramunicipalPossibilidade de trânsito do trabalhador em âmbito do município,

considerando o desenvolvimento na carreira, com permanente adequação às necessidades e à dinâmica do SUS, sem perda dos direitos.

Mobilidade intrarregionalPossibilidade de trânsito do trabalhador em âmbito da Região de

Saúde à qual pertence o município, considerando o desenvolvimento na carreira, com permanente adequação às necessidades e à dinâmica do SUS, sem perda dos direitos.

OcupaçãoAgregação de empregos ou situações de trabalho similares quanto às

atividades realizadas.

Padrão de vencimento ou de salárioConjunto formado pela referência numérica e pelo respectivo valor

em reais.

Page 65: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

64

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Profissão&RQMXQWR�HVSHFtÀFR�GH�FRQKHFLPHQWRV��DGTXLULGRV�SRU�HGXFDomR�

formal ou pela experiência, com reconhecimento institucional.

ProgressãoPassagem do trabalhador de um padrão de vencimento ou de salário

para outro, na mesma classe, por tempo de serviço e/ou por mérito, mediante resultado satisfatório obtido em avaliação de desempenho periódica, segundo o disposto no programa de avaliação instituído e vinculado ao PCCV, me-diante o cumprimento de requisito de tempo de efetivo exercício no cargo.

Projeto de intervençãoPropostas articuladas de ações que venham a inovar e/ou aperfeiçoar

os processos de trabalho no SUS.

PromoçãoPassagem do trabalhador de uma classe para outra, no mesmo cargo

ou emprego, mediante o cumprimento de interstício e atendimento de requi-VLWRV�GH�IRUPDomR��TXDOLÀFDomR�RX�H[SHULrQFLD�SURÀVVLRQDO�

Quadro de pessoalAgrupamento de cargos de provimento em comissão e de cargos de

provimento efetivo, necessário e adequado à consecução dos objetivos da entidade.

Qualificação profissionalTodo e qualquer processo de capacitação, aperfeiçoamento, treina-

mento e atualização por meio de cursos, conferências, congressos, seminá-ULRV��VLPSyVLRV��FDSDFLWDo}HV�HP�VHUYLoRV��H[WHQVmR��RÀFLQDV��IyUXQV��HVWiJLR�curricular e similares, para aquisição de conhecimentos exigidos ao exercício das atribuições do cargo e promoção em classes da carreira.

Rede de atenção à saúdeConjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de com-

SOH[LGDGH�FUHVFHQWH��FRP�D�ÀQDOLGDGH�GH�JDUDQWLU�D�LQWHJUDOLGDGH�GD�DVVLVWrQ-cia à saúde.

Referência1~PHUR�TXH�LGHQWLÀFD�YDORU�GR�VDOiULR�RX�YHQFLPHQWR��QD�UHVSHFWLYD�

classe, atribuído ao ocupante do cargo.

Page 66: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

65

Região de Saúde(VSDoR�JHRJUiÀFR�FRQWtQXR�FRQVWLWXtGR�SRU�DJUXSDPHQWRV�GH�PXQL-

cípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes comparti-OKDGRV��FRP�D�ÀQDOLGDGH�GH�LQWHJUDU�D�RUJDQL]DomR��R�SODQHMDPHQWR�H�D�H[H-cução de ações e serviços de saúde.

Regime de trabalho em escala de plantão-RUQDGD�HVSHFLDO�GH�WUDEDOKR�H[HFXWDGD�HP�iUHDV�HVSHFtÀFDV�TXH��SHOD�

natureza de suas competências, exijam a convocação de trabalhadores para o WUDEDOKR�FRP�D�ÀQDOLGDGH�GH�PDQWHU�R�IXQFLRQDPHQWR�GH�VXDV�DWLYLGDGHV�HP�caráter ininterrupto e diuturno de 24 horas, incluídos sábados, domingos, feriados e pontos facultativos.

Regime de trabalho em tempo integral([HUFtFLR�GD�DWLYLGDGH�IXQFLRQDO�VRE�GHGLFDomR�H[FOXVLYD��ÀFDQGR�R�

funcionário proibido de exercer cumulativamente outro cargo, função ou DWLYLGDGH�SDUWLFXODU�GH�FDUiWHU�HPSUHJDWtFLR�SURÀVVLRQDO�RX�S~EOLFD�GH�TXDO-quer natureza.

RemuneraçãoVencimento do cargo, acrescido de vantagens pecuniárias estabele-

cidas em lei.

Tabela de vencimentoConjunto de retribuições pecuniárias devidas ao trabalhador pelo

efetivo exercício do cargo ou emprego, escalonadas em classes e referências.

Vencimento ou vencimento básicoRetribuição pecuniária pelo exercício de ocupação ou grupo ocupa-

FLRQDO�GH�XP�PHVPR�FDUJR��FRP�YDORU�À[DGR�HP�OHL�

Page 67: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e
Page 68: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

67

Capítulo 5Diretrizes gerais e específicas para elaboração e implantação de PCCV em Regiões de Saúde

1HVWH�TXLQWR�FDStWXOR��DSUHVHQWDP�VH�GLUHWUL]HV�JHUDLV�H�HVSHFtÀFDV�para elaboração e implantação de PCCV em Regiões de Saúde. Como docu-mentado nos capítulos anteriores, essas diretrizes resultaram do processo de negociação coletiva conduzido por representantes dos gestores e dos traba-lhadores do SUS nas quatro Regiões de Saúde aqui focadas.

Elaboração do PCCV• Instituir, por ato do titular do órgão gestor da saúde, Comissão de

Elaboração do PCCV, composta, de forma paritária, por represen-tantes dos gestores e dos sindicatos representativos dos trabalha-dores da saúde.

• 'HÀQLU��GH�IRUPD�FRQVHQVXDO��SRU�PHLR�GH�UHXQLmR�SUpYLD�HQWUH�R�titular do órgão gestor da saúde e a representação sindical dos trabalhadores da saúde, a quantidade de membros que deverão compor a Comissão de Elaboração do PCCV.

• Nomear, para compor a Comissão de Elaboração do PCCV, repre-sentantes previamente indicados pelos sindicatos de trabalhadores ao titular do órgão gestor da saúde.

• Colocar à disposição dos membros da Comissão de Elaboração do PCCV, em tempo hábil, as informações requeridas para emba-sar e fundamentar o processo de negociação coletiva a ser instau-UDGR�FRP�HVVD�ÀQDOLGDGH�HVSHFtÀFD�

• Mobilizar, sempre que necessário, assessores técnicos especiali-zados que possam contribuir na coleta, processamento, análise e

Page 69: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

68

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

interpretação das informações requeridas para embasar e funda-mentar o processo de negociação coletiva a ser instaurado para a elaboração do PCCV.

• 'HÀQLU��QR�DWR�GH�LQVWLWXLomR�GD�&RPLVVmR�GH�(ODERUDomR�GR�PCCV, o prazo para conclusão das atividades a serem por ela de-senvolvidas.

• 'HÀQLU��QR�DWR�GH�LQVWLWXLomR�GD�&RPLVVmR�GH�(ODERUDomR�GR�PCCV, que as atividades desenvolvidas devam resultar em con-clusões e decisões consensuais.

Criação da carreira • Elaborar projeto de lei para a criação do PCCV dos trabalhadores

do órgão gestor da saúde.• Estabelecer, no projeto de lei para a criação do PCCV dos traba-

lhadores do órgão gestor da saúde, disposições voltadas à conso-lidação do SUS no âmbito das respectivas Regiões de Saúde.

• Estabelecer, no projeto de lei para a criação do PCCV dos traba-OKDGRUHV�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��GHÀQLo}HV�UHODWLYDV�o à organização dos cargos e grupos ocupacionais que integram

a carreira;o ao ingresso e ao enquadramento na carreira;o aos critérios de promoção e de progressão para desenvolvimen-

to na carreira;o às políticas de educação permanente e de avaliação de desem-

penho como formas de incentivo ao desenvolvimento na car-reira;

o às formas de remuneração e aos regimes de trabalho abrangidos pela carreira;

o às ações de fomento à política de regionalização do SUS;o aos instrumentos de gestão da carreira.

Gestão da carreira• Utilizar a carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde

como instrumento da política de gestão do trabalho em saúde in-tegrada ao planejamento e ao desenvolvimento organizacional do SUS em âmbito regional.

• Gerir a carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde de

Page 70: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

69

modo a obter o compromisso solidário de gestores e trabalhadores HP�SURO�GD�TXDOLGDGH��GR�SURÀVVLRQDOLVPR�H�GD�DGHTXDomR�WpFQLFD�das ações e serviços de saúde para atendimento às necessidades e demandas dos usuários do SUS em âmbito regional.

• Observar, na gestão da carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde, diretrizes de fomento à política de regionalização do 686�GHÀQLGDV�QR�kPELWR�GDV�UHVSHFWLYDV�&,5��HVSHFLDOPHQWH�aquelas voltadas para a consolidação das redes de atenção à saúde, conforme previsto no Decreto 7.508/2011.

• Complementar as diretrizes de fomento à política de regionaliza-ção do SUS constantes da lei de criação do PCCV dos trabalha-dores do órgão gestor da saúde, por deliberações das Mesas Re-gionais de Negociação Permanente do SUS (MRNP/SUS), a se-rem instituídas pelas respectivas CIR, de modo a assegurar a participação paritária de gestores e trabalhadores na formulação e implementação de medidas destinadas a ampliar as condições de mobilidade e equidade dos trabalhadores do SUS em âmbito in-trarregional.

• Submeter, às instâncias de pactuação do SUS em âmbito regional, WRGD�H�TXDOTXHU�SURSRVWD�GH�PRGLÀFDomR�GD�OHL�GH�FULDomR�GR�PCCV dos trabalhadores do órgão gestor da saúde que possa alte-rar os mecanismos de fomento à política de regionalização do 686�QHOD�HVSHFLÀFDGRV�

• Incorporar ao PCCV dos trabalhadores do órgão gestor da saúde, sempre que houver necessidade, instrumentos de cooperação in-terfederativa, como a gestão compartilhada de serviços públicos, voltados à instituição, no âmbito das respectivas Regiões de Saú-de, de mecanismos de fomento à política de regionalização do 686��WDO�FRPR�GHÀQLGD�SHOR�'HFUHWR������������

• Atribuir à CIR, em função da pretensão regional da carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde, a responsabilidade de UDWLÀFDU��SRU�DWR�HVSHFtÀFR��WRGD�H�TXDOTXHU�SURSRVWD�GH�JHVWmR�compartilhada dos serviços públicos de atenção à saúde no âmbi-to das respectivas Regiões de Saúde.

• Avaliar o impacto da implementação da carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde, por meio de análise histórica e da ela-ERUDomR�GH�FHQiULRV�GR�FRPSRUWDPHQWR�RUoDPHQWiULR�ÀQDQFHLUR�

Page 71: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

70

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

dos entes federativos, inclusive quanto aos limites legais estabe-lecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Estruturação da carreira• Estruturar a carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde

com base em cargos públicos de provimento efetivo exercido por SURÀVVLRQDLV�FRP�HVFRODULGDGH�GH�QtYHO�IXQGDPHQWDO��PpGLR��WpF-nico ou superior.

• Incluir, na estrutura da carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde, cargos públicos de provimento efetivo em número cor-UHVSRQGHQWH�DR�À[DGR�SHOR�UHVSHFWLYR�TXDGUR�GH�SHVVRDO�

• Incluir, na estrutura da carreira dos trabalhadores do órgão gestor GD�VD~GH��FDUJRV�S~EOLFRV�GH�SURYLPHQWR�HIHWLYR�HP�Q~PHUR�VXÀ-ciente para abranger o conjunto de atribuições e responsabilidades atinentes ao desempenho de atividades relativas ao planejamento, à execução, ao controle e à avaliação das ações e serviços públicos de saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS.

Definição dos grupos ocupacionais e dos cargos que integram a carreira

Organização das ocupações• Organizar as ocupações do quadro de pessoal do órgão gestor da

saúde por grupos, de modo que cada grupo reúna um conjunto de empregos ou situações de trabalho similares quanto ao nível de escolaridade exigido para o exercício das atividades realizadas.

• Limitar a organização das ocupações do quadro de pessoal do yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH�D�XP�Q~PHUR�UHGX]LGR�GH�JUXSRV��D�ÀP�GH�facilitar a gestão da carreira dos trabalhadores do órgão.

Organização dos grupos ocupacionais • Organizar os grupos ocupacionais do quadro de pessoal do órgão

gestor da saúde por cargos, de modo que cada cargo reúna um conjunto de ocupações similares quanto ao nível de escolaridade exigido para o exercício das atividades realizadas.

• Limitar a organização dos grupos ocupacionais do quadro de pessoal do órgão gestor da saúde a um número reduzido de cargos, D�ÀP�GH�IDFLOLWDU�D�JHVWmR�GD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GR�yUJmR�

Page 72: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

71

• Vincular, a cada cargo da carreira dos trabalhadores do órgão JHVWRU�GD�VD~GH��UHTXLVLWRV�PtQLPRV�GH�IRUPDomR�SURÀVVLRQDO�SDUD�o exercício das atribuições e responsabilidades atinentes ao de-sempenho de atividades relativas ao planejamento, à execução, ao controle e à avaliação das ações e serviços públicos de saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS.

Organização dos cargos• Organizar os cargos da carreira dos trabalhadores do órgão gestor

da saúde por classes e referências, a serem utilizadas para o con-WUROH�GR�ÁX[R�GH�GHVHQYROYLPHQWR�QD�FDUUHLUD�

• Representar as classes de cada cargo da carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde por letras maiúsculas (A, B, C...), a serem XWLOL]DGDV�SDUD�R�FRQWUROH�GR�ÁX[R�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�

• Representar as referências de cada cargo da carreira dos trabalhado-res do órgão gestor da saúde por números romanos (I, II, III...), a VHUHP�XWLOL]DGRV�SDUD�R�FRQWUROH�GR�ÁX[R�GH�SURJUHVVmR�QD�FDUUHLUD�

• Vincular, às classes e às referências de cada cargo da carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde, interstícios mínimos para o desenvolvimento na carreira, a serem observados após o cum-primento do estágio probatório de três anos.

Definição das formas de ingresso e enquadramento na carreira

Ingresso na carreira • Condicionar o ingresso na carreira dos trabalhadores do órgão

gestor da saúde à aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.

• Organizar o concurso público de provas ou de provas e títulos para ingresso na carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde por cargo e grupo ocupacional, observados os requisitos mínimos GH�IRUPDomR�SURÀVVLRQDO�H[LJLGRV�SDUD�R�H[HUFtFLR�GH�FDGD�FDUJR�

�� 'HÀQLU�VH�R�FRQFXUVR�S~EOLFR�GH�SURYDV�RX�GH�SURYDV�H�WtWXORV�SDUD�ingresso na carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde será realizado em uma ou mais fases e se incluirá ou não curso de TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�SDUD�RV�DSURYDGRV�

• Se o concurso público de provas ou de provas e títulos para ingres-so na carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde for rea-

Page 73: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

72

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

OL]DGR�HP�PDLV�GH�XPD�IDVH��GHÀQLU�DV�FDUDFWHUtVWLFDV�GH�WRGDV�DV�fases do concurso, assim como os critérios eliminatórios e classi-ÀFDWyULRV�D�VHUHP�REVHUYDGRV�HP�FDGD�IDVH�GR�FRQFXUVR�

�� 'DU�SXEOLFLGDGH��SRU�PHLR�GH�HGLWDO��jV�GHÀQLo}HV�YROWDGDV�j�UHD-lização do concurso público de provas ou de provas e títulos para ingresso na carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde.

Enquadramento na carreira• Enquadrar os aprovados no concurso público de provas ou de

provas e títulos para ingresso na carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde na classe e na referência inicial dos respec-tivos cargo e grupo ocupacional.

• Se o edital do concurso público de provas ou de provas e títulos para ingresso na carreira dos trabalhadores do órgão gestor da VD~GH�H[LJLU�WLWXODomR�HVSHFtÀFD�SDUD�R�H[HUFtFLR�GR�FDUJR��HQTXD-drar os aprovados na referência inicial da classe correspondente à titulação exigida para o respectivo grupo ocupacional.

�� $VVHJXUDU�D�SDUWLFLSDomR�GH�UHSUHVHQWDQWHV�GRV�VLQGLFDWRV�SURÀV-sionais dos trabalhadores em todas as fases do concurso de provas RX�GH�SURYDV�H�WtWXORV��GH�PRGR�D�DFRPSDQKDU�H�ÀVFDOL]DU�R�SUR-cesso de ingresso e enquadramento inicial na carreira dos traba-lhadores do órgão gestor da saúde.

Definição dos critérios de progressão e de promoção para desenvolvimento na carreira

Desenvolvimento na carreira• Assegurar, aos trabalhadores do órgão gestor da saúde, o desen-YROYLPHQWR�QD�FDUUHLUD��PHGLDQWH�FULWpULRV�HVSHFtÀFRV�GH�SURJUHV-são e/ou de promoção, a serem observados periodicamente, após o cumprimento dos interstícios mínimos estabelecidos em lei.

• Condicionar o início do processo de desenvolvimento na carreira dos trabalhadores do órgão gestor da saúde ao cumprimento, na forma da lei, do estágio probatório de três anos.

Progressão na carreira�� 'HÀQLU��FRPR�SURJUHVVmR�QD�FDUUHLUD�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��D�

passagem do trabalhador de uma referência para outra, imediata-

Page 74: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

73

mente superior, da mesma classe do cargo, após o cumprimento dos requisitos de tempo de serviço e/ou de avaliação de desempe-nho estabelecidos em lei.

• Condicionar a progressão inicial na carreira do órgão gestor da saúde à conclusão, por parte do trabalhador, do estágio probatório de três anos, contados a partir da entrada em exercício no respec-tivo cargo.

• Condicionar as progressões subsequentes à progressão inicial na carreira do órgão gestor da saúde ao cumprimento, por parte do trabalhador, do interstício mínimo estabelecido em lei.

• Condicionar a progressão inicial e/ou as progressões subsequentes na carreira do órgão gestor da saúde à avaliação do desempenho do trabalhador no exercício de suas atribuições, assim como a sua contribuição efetiva para a realização das metas e objetivos do órgão.

• Assegurar, aos trabalhadores do órgão gestor da saúde, a progres-são na carreira, independentemente da avaliação de desempenho, caso haja omissão e/ou morosidade, por parte da gestão, na apli-cação das disposições referentes ao tema.

�� &RQWDU��SDUD�ÀQV�GH�SURJUHVVmR�QD�FDUUHLUD�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�saúde, o tempo de efetivo exercício do trabalhador no cargo, nes-se compreendidos os períodos de gozo de licenças remuneradas e/ou de licenças concedidas para o exercício de mandato eletivo ou de dirigente de entidade sindical.

�� 1mR�FRQWDU��SDUD�ÀQV�GH�SURJUHVVmR�QD�FDUUHLUD�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�saúde:o o tempo durante o qual o trabalhador for cedido a outro órgão

público para o exercício de atividades estranhas à atenção à saúde;

R� R�WHPSR�GXUDQWH�R�TXDO�R�WUDEDOKDGRU�ÀFDU�DIDVWDGR�GR�H[HUFtFLR�do cargo por interesse próprio ou por qualquer tipo de licença, exceto a licença-maternidade.

• Assegurar, ao trabalhador do órgão gestor da saúde que for cedido a outro órgão público para o exercício de atividades de atenção à saú-de, quando do retorno ao quadro de pessoal do órgão de origem, o reenquadramento na referência a que teria direito pelo tempo de efetivo exercício nos respectivos cargo e grupo ocupacional.

Page 75: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

74

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Promoção na carreira�� 'HÀQLU��FRPR�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��D�

passagem do trabalhador de uma classe para outra, imediatamen-te superior, do mesmo cargo, após a comprovação dos requisitos HVSHFtÀFRV�GH�IRUPDomR�H�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�HVWDEHOHFL-dos em lei.

• Condicionar a promoção inicial na carreira do órgão gestor da saúde à conclusão, por parte do trabalhador, do estágio probatório de três anos, contados a partir da entrada em exercício no respec-tivo cargo.

• Condicionar as promoções subsequentes à promoção inicial na carreira do órgão gestor da saúde ao cumprimento, por parte do trabalhador, do interstício mínimo estabelecido em lei.

• Condicionar a promoção inicial e/ou as promoções subsequentes na carreira do órgão gestor da saúde à apresentação, por parte do WUDEDOKDGRU��GH�GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�GH�FRQFOXVmR�GH�FXUVRV�GH�IRUPDomR�H�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�TXH�R�KDELOLWH�D�PXGDU�GH�classe nos prazos estabelecidos em lei.

Promoção por melhoria da formação profissional�� $FHLWDU��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��GLSORPDV�RX�FHUWLÀFDGRV�GH�FRQFOXVmR���emitidos por instituições de ensino devidamente reconhecidas pelo Ministério de Educação (MEC) - de cursos de formação SURÀVVLRQDO�QRV�VHJXLQWHV�QtYHLV�RX�PRGDOLGDGHV�GH�HQVLQR��HQVL-no fundamental; ensino médio; curso técnico de nível médio; curso de especialização de nível técnico; curso de graduação de nível superior; curso de pós-graduação de nível superior lato sen-su (especialização); e curso de pós-graduação de nível superior stricto sensu (mestrado ou doutorado).

�� 6RPHQWH�DFHLWDU��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKD-GRUHV�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��GLSORPDV�RX�FHUWLÀFDGRV�GH�FRQ-clusão de cursos de formação profissional que estiverem de acordo com as atribuições e responsabilidades do cargo ou rela-cionados à área de atuação do trabalhador.

�� 6RPHQWH�DFHLWDU��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKD-GRUHV�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��GLSORPDV�RX�FHUWLÀFDGRV�GH�FRQ-

Page 76: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

75

clusão de cursos de graduação ou pós-graduação de nível superior realizados fora do país, após sua revalidação, de acordo com as regras estabelecidas pelo MEC, ressalvados os demais instrumen-tos legais que dispõem sobre a matéria.

�� &DVR�VHMD�DSUHVHQWDGR��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�GH�conclusão de curso de pós-graduação de nível superior lato senso, anexar, em caráter obrigatório, cópia do projeto de intervenção elaborado e aprovado durante a realização do curso.

�� &DVR�VHMD�DSUHVHQWDGR��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�validado pela Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), computar as horas de participação nas seguintes atividades: coor-denação de curso ou exercício da docência; elaboração de projetos H�UHODWyULRV�GH�SHVTXLVDV�FLHQWtÀFDV��RULHQWDomR�GH�WUDEDOKR�GH�conclusão de curso (TCC); e orientação de processo de estágio supervisionado com carga horária mínima de dezesseis horas.

Promoção por melhoria da qualificação profissional�� $FHLWDU��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GR�

órgão gestor da saúde:R� GLSORPDV�RX�FHUWLÀFDGRV�GH�SDUWLFLSDomR�HP�FXUVRV�GH�TXDOLÀ-FDomR�SURÀVVLRQDO�RIHUHFLGRV�SRU�HQWLGDGHV�VLQGLFDLV�H�RXWUDV�organizações não governamentais;

R� GLSORPDV�RX�FHUWLÀFDGRV�GH�SDUWLFLSDomR�HP�FXUVRV�GH�TXDOLÀ-FDomR�SURÀVVLRQDO�YROWDGRV�SDUD�R�DSHUIHLoRDPHQWR�GD�JHVWmR�do SUS, nas suas diferentes áreas de abrangência ou de concen-tração.

�� 6RPHQWH�DFHLWDU��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKD-dores do órgão gestor da saúde, no que se refere à comprovação GH�FXUVRV�H�RXWURV�HYHQWRV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�R� GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�GH�SDUWLFLSDomR�FRP�FDUJD�KRUiULD�PtQL-

ma de vinte horas, no caso de participação em atividade de capacitação, treinamento ou atualização na área de atuação ou abrangência do SUS, realizada por meio de curso de extensão ou similar;

R� GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�GH�SDUWLFLSDomR�FRP�FDUJD�KRUiULD�PtQL-ma de oito horas, no caso de participação em atividade de

Page 77: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

76

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

aperfeiçoamento, treinamento, atualização na área de atuação ou abrangência do SUS, realizada por meio de conferência, FRQJUHVVR��VHPLQiULR��VLPSyVLR��RÀFLQD��IyUXP�RX�VLPLODU��

�� &RQWDELOL]DU�HP�GREUR�D�FDUJD�KRUiULD�GR�GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�GH�SDUWLFLSDomR�HP�FXUVR�RX�RXWUR�HYHQWR�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀV-VLRQDO��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GR�órgão gestor da saúde, quando comprovado que o participante foi palestrante, organizador, expositor, autor ou coautor de publicação na área de atuação ou abrangência do SUS.

�� $FHLWDU��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��HP�VXEVWLWXLomR�DRV�FHUWLÀFDGRV�GH�FRQFOX-VmR�GH�FXUVRV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO��GRFXPHQWRV�FRPSUR-batórios de participação em processos de educação permanente, voltados ao fortalecimento do SUS.

Definição da política de avaliação de desempenho para incentivar o desenvolvimento na carreira

Princípios e diretrizes da política de avaliação de desempenho• 'HÀQLU��SDUD�ÀQV�GH�LQFHQWLYR�DR�GHVHQYROYLPHQWR�QD�FDUUHLUD�GR�

órgão gestor da saúde, política de avaliação de desempenho que contribua para:o alinhar os processos de trabalho com a missão e com os obje-

tivos estratégicos da instituição, buscando vincular a atuação do trabalhador e das equipes ao alcance das metas institucio-nais;

o GHVHQYROYHU�SURJUDPDV�GH�FDSDFLWDomR��SRU�PHLR�GD�LGHQWLÀFD-ção de necessidades de aprendizagem e do incentivo ao aper-IHLoRDPHQWR�SURÀVVLRQDO��YLVDQGR�DPSOLDU�D�TXDOLÀFDomR�GRV�trabalhadores;

o LGHQWLÀFDU�QHFHVVLGDGHV�GH�DGHTXDomR�IXQFLRQDO�UHODFLRQDGDV�D�problemas de adaptação ao cargo, à função ou à instituição;

o democratizar o ambiente de trabalho, estabelecendo diálogo contínuo com trabalhadores e equipes a respeito dos resultados desejados pela instituição, pelos cidadãos e pela sociedade, DFRPSDQKDQGR�D�VXSHUDomR�GRV�GHVDÀRV�SURSRVWRV�H�DUWLFXODQ-do consensualmente as correções de rumo necessárias;

Page 78: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

77

o analisar os processos de trabalho e diagnosticar as melhorias a serem implementadas, visando o desenvolvimento organiza-cional e o aperfeiçoamento da prestação dos serviços públicos.

Métodos e técnicas de avaliação de desempenho• $GRWDU��SDUD�ÀQV�GH�DYDOLDomR�GH�GHVHPSHQKR�GRV�WUDEDOKDGRUHV�

do órgão gestor da saúde, métodos e técnicas que possibilitem:o medir a contribuição do trabalhador para a consecução dos

objetivos da unidade de serviço;o YHULÀFDU�D�DGHTXDomR�DRV�FRQWH~GRV�RFXSDFLRQDLV�H�jV�FRQGLo}HV�

reais de trabalho, de forma que condições precárias ou adversas de trabalho não prejudiquem a avaliação do trabalhador;

o FDUDFWHUL]DU�D�FRQGLomR�GH�LQVXÀFLrQFLD�GH�GHVHPSHQKR�o usar formulários e/ou sistemas informatizados.

Processos de avaliação de desempenho• ,QVWLWXLU��SDUD�ÀQV�GH�DYDOLDomR�GH�GHVHPSHQKR�GRV�WUDEDOKDGRUHV�

do órgão gestor da saúde, processo:o de caráter obrigatório, a ser realizado pelo menos uma vez por

ano;o de caráter participativo, com as etapas de autoavaliação, ava-OLDomR�SHORV�FROHJDV�H�DYDOLDomR�SHOD�FKHÀD�LPHGLDWD�

o TXH�FRQWH�FRP�REMHWLYRV��PHWDV�H�LQGLFDGRUHV�HVSHFtÀFRV�SDUD�aferir o desempenho do trabalhador nos serviços de saúde e nas condições de trabalho da sua unidade de lotação;

o que conte com instâncias e procedimentos recursais claramen-WH�GHÀQLGRV�

Instrumentos de avaliação de desempenho• $GRWDU��SDUD�ÀQV�GH�DYDOLDomR�GH�GHVHPSHQKR�GRV�WUDEDOKDGRUHV�

do órgão gestor da saúde, instrumentos:o referidos a dados e fatos passíveis de aferição e demonstração,

de modo a evitar juízos subjetivos em benefício ou prejuízo da avaliação;

o FRQÀiYHLV�H�SUHFLVRV��GH�PRGR�D�SRVVLELOLWDU�UHVXOWDGRV�VHPH-lhantes se aplicados em condições semelhantes;

o adequados aos propósitos da avaliação de desempenho, tais

Page 79: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

78

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

FRPR�GHÀQLGRV�SHOD�OHJLVODomR�TXH�RUGHQD�R�VHUYLoR�S~EOLFR�H�estipula os direitos e as obrigações dos servidores públicos;

o consensualmente aceitos por avaliadores e avaliados;o de amplo conhecimento público.

Definição da política de educação permanente em saúde para incentivar o desenvolvimento na carreira

Princípios e diretrizes da política de educação permanente em saúde• 'HÀQLU��SDUD�ÀQV�GH�LQFHQWLYR�DR�GHVHQYROYLPHQWR�QD�FDUUHLUD�GRV�

trabalhadores do órgão gestor da saúde, política de educação per-manente em saúde orientada:o pelo princípio da articulação entre ensino, trabalho e cidadania;o pelo princípio da vinculação entre formação, gestão setorial,

atenção à saúde, e participação e controle social;o pelo princípio da construção da rede do SUS como espaço de HGXFDomR�SURÀVVLRQDO��HP�XPD�SHUVSHFWLYD�LQWHUVHWRULDO�

o SHOR�SULQFtSLR�GR�UHFRQKHFLPHQWR�GDV�HVSHFLÀFLGDGHV�ORFDLV�H�regionais;

o pelo princípio da integralidade e do compromisso com a quali-dade do atendimento ao usuário.

Programas e ações da política de educação permanente em saúde• �3DUD�ÀQV�GH�LQFHQWLYR�DR�GHVHQYROYLPHQWR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDED-

lhadores do órgão gestor da saúde: o criar escala permanente de cursos para garantir a participação

de todos os trabalhadores do órgão em pelo menos uma ativi-dade educativa no período do interstício, de acordo com neces-sidades e demandas levantadas em conjunto com a Comissão de Integração de Ensino e Serviço (CIES) regional;

o aplicar recursos disponíveis em âmbito municipal, estadual e federal, de modo a garantir a participação de todos os trabalha-dores do órgão em pelo menos uma atividade educativa no período do interstício, de acordo com necessidades e demandas levantadas em conjunto com a CIES regional;

o fomentar a produção de conhecimento no local de trabalho e a

Page 80: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

79

UHÁH[mR�VREUH�D�SUiWLFD�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GR�686��YLVDQGR�DR�aperfeiçoamento do processo de trabalho e à melhoria das condições de trabalho, do atendimento à população e dos ins-trumentos de divulgação da produção resultante.

Obrigações dos trabalhadores beneficiados pelos programas e ações da política de educação permanente em saúde• 2�WUDEDOKDGRU�EHQHÀFLDGR�PHGLDQWH�DSRLR�ÀQDQFHLUR�H�RX�OLEHUD-

ção de jornada de trabalho para realização de curso de formação RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�GHYHUi��o permanecer no exercício do cargo por período igual ao da for-

mação, durante o qual não será permitida a concessão de novo EHQHItFLR�SDUD�DTXHOH�ÀP�

o efetuar o ressarcimento ao erário das despesas havidas na hipó-tese de encerramento do vínculo com a administração antes de decorrido o prazo acima mencionado;

o socializar, por meio de comunicação oral em reunião com a equipe de trabalho, as informações e os conhecimentos obtidos HP�FXUVRV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�FXMD�FDUJD�KRUiULD�VHMD�menor ou igual a 20 horas;

o socializar, por meio de comunicação escrita ou apresentação em reunião com a equipe de trabalho ou outro evento formati-vo, as informações e os conhecimentos obtidos em cursos de TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�FXMD�FDUJD�KRUiULD�VHMD�PDLRU�TXH����horas.

Definição dos regimes de trabalho abrangidos pela carreira

Carga horária semanal• Fixar a carga horária semanal dos trabalhadores abrangidos pelo

PCCV do órgão gestor da saúde em 40 horas, exceto para aqueles FXMD�UHJXODPHQWDomR�SURÀVVLRQDO�HVWDEHOHoD�FDUJD�KRUiULD�LQIHULRU�SRU�OHL�HVSHFtÀFD�

• Condicionar a redução da carga horária semanal dos trabalhadores abrangidos pelo PCCV do órgão gestor da saúde, de 40 para 30 horas, à disponibilidade de recursos e à avaliação do impacto or-

Page 81: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

80

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

oDPHQWiULR�ÀQDQFHLUR�GD�PHGLGD��LQFOXVLYH�QR�TXH�GL]�UHVSHLWR�aos limites legais estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Regimes especiais de trabalho• Considerar como regimes especiais de trabalho abrangidos pelo

PCCV do órgão gestor da saúde o regime de trabalho em tempo integral e o regime de trabalho em escala de plantão.

• 'HÀQLU�FRPR�UHJLPH�HVSHFLDO�GH�WUDEDOKR�HP�WHPSR�LQWHJUDO�R�H[HUFtFLR�GD�DWLYLGDGH�IXQFLRQDO�VRE�GHGLFDomR�H[FOXVLYD��ÀFDQGR�o trabalhador proibido de exercer cumulativamente outra ativida-GH�SDUWLFXODU�GH�FDUiWHU�HPSUHJDWtFLR�SURÀVVLRQDO�RX�RXWUR�FDUJR�ou função pública de qualquer natureza.

• 'HÀQLU�FRPR�UHJLPH�HVSHFLDO�GH�WUDEDOKR�HP�HVFDOD�GH�SODQWmR�D�MRUQDGD�HVSHFLDO�GH�WUDEDOKR�H[HFXWDGD�FRP�D�ÀQDOLGDGH�GH�PDQWHU�o funcionamento do serviço de saúde, em caráter ininterrupto e diuturno de 24 horas por dia, inclusive sábados, domingos, feria-dos e pontos facultativos.

Regime de trabalho em tempo integral• Impedir o trabalhador do órgão gestor da saúde convocado para o

regime especial de tempo integral de:o ter exercício em repartição diversa da qual for lotado;o SHUFHEHU�JUDWLÀFDo}HV�UHODWLYDV�D�VHUYLoR�H[WUDRUGLQiULR�

• Interromper a convocação de trabalhadores do órgão gestor da saúde para o regime especial de tempo integral:o a critério da administração, quando aquela se tornar desneces-

sária ao serviço;o a pedido do trabalhador, ressalvado o interesse público.

Regime especial de trabalho em escala de plantão• Facultar aos trabalhadores do órgão gestor da saúde que desen-

volverem atividades em unidades de assistência ambulatorial ou hospitalar aos usuários do SUS o cumprimento de jornada de trabalho em regime especial de escala de plantão.

• Distribuir os trabalhadores do órgão gestor da saúde que cumpri-rem jornada de trabalho em regime especial de escala de plantão

Page 82: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

81

de acordo com a necessidade do serviço das áreas às quais estejam YLQFXODGRV��H[FHWR�DTXHOHV�FXMDV�MRUQDGDV�GH�WUDEDOKR�VHMDP�À[D-GDV�SRU�OHLV�TXH�UHJXODPHQWDP�DV�UHVSHFWLYDV�SURÀVV}HV�

• &RQVLGHUDU��SDUD�ÀQV�GH�FXPSULPHQWR�GD�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR�HVSH-cial em regime de escala de plantão, mês laboral de quatro semanas.

• Para trabalhadores do órgão gestor da saúde cuja carga horária normal seja de 20 horas por semana, limitar o cumprimento do regime especial de trabalho em escala de plantão à realização de até sete plantões de 12 horas no mês laboral.

• Para trabalhadores do órgão gestor da saúde cuja carga horária normal seja de 30 horas por semana, limitar o cumprimento do regime especial de trabalho em escala de plantão à realização de até 10 plantões de 12 horas no mês laboral.

• Para trabalhadores do órgão gestor da saúde cuja carga horária normal seja de quarenta horas por semana, limitar o cumprimento do regime especial de trabalho em escala de plantão à realização de até 14 plantões de 12 horas no mês laboral.

Cargos em comissão ou funções de confiança• 1RPHDU�VRPHQWH�SURÀVVLRQDLV�FRP�H[SHULrQFLD�RX�IRUPDomR�QD�

área de saúde para ocupar cargos em comissão ou funções de FRQÀDQoD�QR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH�

• Nomear trabalhadores efetivos, já abrangidos pelo PCCV do ór-gão, para ocupar pelo menos 60% do total de cargos em comissão RX�IXQo}HV�GH�FRQÀDQoD�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH�

• Excluir dos regimes especiais de trabalho abrangidos pelo PCCV do órgão gestor da saúde, de forma automática, o trabalhador em regime de tempo integral ou em regime de escala de plantão que for nomeado para o exercício de cargo em comissão ou função de FRQÀDQoD�

Horas extras• Em caso de necessidade do serviço, facultar aos trabalhadores

abrangidos pelo PCCV do órgão gestor da saúde o cumprimento de jornada de trabalho em regime de hora extra, limitada à pror-rogação da hora normal do trabalho em até duas horas.

Page 83: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

82

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Folgas• Assegurar, aos trabalhadores abrangidos pelo PCCV do órgão

gestor da saúde, folga no dia do aniversário.• Assegurar, aos trabalhadores abrangidos pelo PCCV do órgão

gestor da saúde que não faltarem ao trabalho ou só tiverem faltas MXVWLÀFDGDV�QR�SUD]R�GH�XP�DQR��GRLV�GLDV�GH�IROJD�QR�DQR�VHJXLQ-te, mediante prévio acerto com o superior hierárquico imediato.

Férias• Fixar o regime de férias dos trabalhadores abrangidos pelo PCCV

do órgão gestor da saúde em 25 dias úteis.

Contratação temporária por excepcional interesse público• Na hipótese de contratação temporária por excepcional interesse

público no órgão gestor da saúde:o UHDOL]DU�SURFHVVR�GH�VHOHomR�S~EOLFD�VLPSOLÀFDGD��REVHUYDGDV�

as disposições da legislação vigente, especialmente quanto ao prazo máximo de vinculação;

o HYLWDU�TXH�R�TXDQWLWDWLYR�GH�FRQWUDWRV�WHPSRUiULRV��DR�ÀQDO�GR�exercício, seja maior que 20% dos cargos efetivos ocupados até 31 de dezembro do exercício anterior, observada sempre a GLVSRQLELOLGDGH�RUoDPHQWiULD�H�ÀQDQFHLUD�GR�PXQLFtSLR�SDUD�cobrir as despesas correntes.

Saúde e segurança no trabalhoImplantar e implementar, conforme previsto em lei, ações de saúde e segurança no ambiente de trabalho para reduzir a exposição dos trabalhadores do órgão gestor da saúde a condições insalubres e/ou perigosas

Definição das formas de remuneração abrangidas pela carreira

Vencimento básico• Fixar o vencimento básico dos trabalhadores abrangidos pelo

Page 84: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

83

PCCV do órgão gestor da saúde na forma de tabelas de vencimen-WRV�HVSHFtÀFDV�SDUD�FDGD�JUXSR�RFXSDFLRQDO�

• Fazer constar das tabelas de vencimento de cada grupo ocupacio-nal abrangido pelo PCCV do órgão gestor da saúde as retribuições pecuniárias devidas ao trabalhador pelo efetivo exercício do cargo, escalonadas em classes e referências.

Reajuste do vencimento básico• Assegurar, aos trabalhadores abrangidos pelo PCCV do órgão

gestor da saúde, o direito de terem os vencimentos básicos reajus-tados anualmente pelos mesmos índices de reajuste concedidos a título de revisão geral da remuneração dos trabalhadores públicos municipais.

• )DFXOWDU�j�JHVWmR��HP�GHFRUUrQFLD�GDV�HVSHFLÀFLGDGHV�GR�VHWRU�VD~GH��D�SRVVLELOLGDGH�GH�GHÀQLU�FRHÀFLHQWH�SDUD�DXPHQWR�GRV�vencimentos básicos do PCCV dos trabalhadores do órgão gestor GD�VD~GH�VXSHULRU�DR�À[DGR�SDUD�RV�GHPDLV�VHUYLGRUHV�PXQLFLSDLV�

Adicionais e gratificações• Somar, ao vencimento básico constante das tabelas de vencimen-

to de cada grupo ocupacional abrangido pelo PCCV do órgão gestor da saúde, os valores auferidos pelo trabalhador a título de UHPXQHUDomR�YDULiYHO�QD�IRUPD�GH�DGLFLRQDO�RX�JUDWLÀFDomR�SRU�regime especial de trabalho (tempo integral ou escala de plantão), por condição especial de trabalho (insalubridade, periculosidade, localização ou criticidade do serviço), pelo exercício de atividades HVSHFLDLV��FDUJR�HP�FRPLVVmR��IXQomR�JUDWLÀFDGD��SUHFHSWRULD�RX�tutoria) e/ou pelo alcance de metas e resultados (incentivo à qua-lidade e à produtividade do serviço).

• &RQVLGHUDU��QD�GHÀQLomR�GRV�DGLFLRQDLV�H�GDV�JUDWLÀFDo}HV�D�VHUHP�pagos aos trabalhadores abrangidos pelo PCCV do órgão gestor da saúde, a possibilidade de diferenciação de valores segundo IDWRUHV�UHOHYDQWHV�SDUD�DWUDomR�H�À[DomR�GH�SURÀVVLRQDLV��D�VHUHP�estabelecidos em função da realidade socioeconômica e da remu-neração média do mercado de trabalho regional.

• Estabelecer, na composição da remuneração dos trabalhadores abrangidos pelo PCCV do órgão gestor da saúde, a proporciona-

Page 85: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

84

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

lLGDGH�HQWUH�R�YHQFLPHQWR�EiVLFR���SDUWH�À[D���H�RV�DGLFLRQDLV�RX�JUDWLÀFDo}HV���SDUWH�YDULiYHO�

Gratificação pelo exercício de trabalho em tempo integral• Assegurar, ao trabalhador do órgão gestor da saúde convocado

para o regime de tempo integral:o GLUHLWR�j�JUDWLÀFDomR�GH�����VREUH�R�YHQFLPHQWR�EiVLFR�TXDQ-

do o acréscimo de carga horária corresponder a um terço da jornada habitual;

o GLUHLWR�j�JUDWLÀFDomR�GH�����VREUH�R�YHQFLPHQWR�EiVLFR�TXDQ-do o acréscimo de carga horária corresponder à metade da jornada habitual;

o GLUHLWR�j�JUDWLÀFDomR�GH������VREUH�R�YHQFLPHQWR�EiVLFR�TXDQ-do o acréscimo de carga horária corresponder ao dobro da jornada habitual;

o SHUFHSomR�SURSRUFLRQDO�GD�JUDWLÀFDomR�SRU�WHPSR�LQWHJUDO�QD�JUDWLÀFDomR�QDWDOLQD�H�QDV�IpULDV�

Adicional pelo exercício de trabalho em escala de plantão• Assegurar ao trabalhador do órgão gestor da saúde convocado

para o regime de trabalho em escala de plantão:o adicional de 5% por plantão, calculado sobre o vencimento

básico do respectivo cargo, grupo ocupacional, carga horária, classe e referência;

o acréscimo de 30% no valor do adicional por plantão realizado de segunda-feira a sexta-feira, se o trabalhador do órgão gestor da saúde realizar, no cumprimento de jornada especial em re-gime de escala de plantão, quantidade de plantões acima do limite máximo previsto no mês laboral;

o acréscimo de 50% no valor do adicional por plantão realizado HP�ÀP�GH�VHPDQD�RX�IHULDGR��VH�R�WUDEDOKDGRU�GR�yUJmR�JHVWRU�da saúde realizar, no cumprimento de jornada especial em re-gime de escala de plantão, quantidade de plantões acima do limite máximo previsto no mês laboral.

Page 86: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

85

Adicionais e gratificações por condições de trabalho insalubres e/ou perigosas• Assegurar aos trabalhadores abrangidos pelo PCCV do órgão gestor

da saúde que exercerem habitualmente atividades em condições insalubres e/ou perigosas o pagamento do adicional correspondente.

• Condicionar o pagamento do adicional de insalubridade e/ou de periculosidade previsto no PCCV dos trabalhadores do órgão JHVWRU�GD�VD~GH�j�FDUDFWHUL]DomR�H�FODVVLÀFDomR�GD�VLWXDomR�FRUUHV-pondente, por meio de perícia técnica a ser realizada exclusiva-PHQWH�SRU�SURÀVVLRQDO�KDELOLWDGR��HQJHQKHLUR�RX�WpFQLFR�HP�VH-gurança do trabalho, ou ainda, especialista em saúde do trabalha-dor), acompanhado por membro da Comissão Local de Saúde do Trabalhador (CLST) da unidade demandante e por representante sindical.

Adicional de insalubridade• Para trabalhadores do órgão gestor da saúde submetidos a grau PtQLPR�GH�LQVDOXEULGDGH��À[DU�R�SDJDPHQWR�GR�DGLFLRQDO�HP�����do vencimento básico correspondente à referência inicial da clas-se inicial do cargo e do grupo ocupacional de cada trabalhador lotado na unidade demandante.

• Para trabalhadores do órgão gestor da saúde submetidos a grau PpGLR�GH�LQVDOXEULGDGH��À[DU�R�SDJDPHQWR�GR�DGLFLRQDO�HP�����do vencimento básico correspondente à referência inicial da clas-se inicial do cargo e do grupo ocupacional de cada trabalhador lotado na unidade demandante.

• Para trabalhadores do órgão gestor da saúde submetidos a grau Pi[LPR�GH�LQVDOXEULGDGH��À[DU�R�SDJDPHQWR�GR�DGLFLRQDO�HP�����do vencimento básico correspondente à referência inicial da clas-se inicial do cargo e do grupo ocupacional de cada trabalhador lotado na unidade demandante.

Adicional de periculosidade• Fixar o pagamento do adicional de periculosidade em 30% do

vencimento básico correspondente à referência inicial da classe inicial do cargo e do grupo ocupacional de cada trabalhador do órgão gestor da saúde lotado na unidade demandante.

Page 87: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

86

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Outros adicionais e gratificações• Assegurar, aos trabalhadores abrangidos pelo PCCV do órgão

gestor da saúde, a possibilidade de auferir, a título de remuneração YDULiYHO��DGLFLRQDLV�H�JUDWLÀFDo}HV�SRU�RXWUDV�FRQGLo}HV�HVSHFLDLV��D�VHUHP�GHÀQLGDV�D�FULWpULR�GD�DGPLQLVWUDomR�

Incorporação dos adicionais• Incorporar, como vantagem pessoal, de forma progressiva, a cada

cinco anos, os adicionais previstos no PCCV dos trabalhadores do órgão gestor da saúde.

• Pagar a incorporação dos adicionais previstos no PCCV dos tra-balhadores do órgão gestor da saúde em parcelas quinquenais, a serem distribuídas proporcionalmente, de modo a permitir que o WUDEDOKDGRU�LQFRUSRUH�D�WRWDOLGDGH�GRV�DGLFLRQDLV�D�TXH�À]HU�MXV�DR�completar 25 anos de exercício efetivo no cargo.

Ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança• Caso seja nomeado para o exercício de cargo em comissão ou IXQomR�GH�FRQÀDQoD�QR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH��R�WUDEDOKDGRU�abrangido pelo PCCV do órgão deverá optar por perceber o sub-sídio do cargo comissionado ou o vencimento básico do cargo efetivo acrescido de até 40%.

Trabalhadores contratados temporariamente• Assegurar, aos trabalhadores contratados temporariamente pelo

órgão gestor da saúde:o remuneração de acordo com a classe A e a referência I da tabe-

la de vencimentos do respectivo cargo e grupo ocupacional;o JUDWLÀFDomR�QDWDOLQD�H�IpULDV�SURSRUFLRQDLV�GH������SRU�PrV�

trabalhado ou fração igual ou superior a catorze dias no mês;o inscrição no sistema público de previdência social.

Definição das ações de fomento à política de regionalização do SUS

Fomento à política de regionalização do SUS• Submeter à aprovação da CIR propostas do órgão gestor da saúde

Page 88: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

87

para a instituição de critérios de mobilidade e equidade intrarre-gional no atendimento às diretrizes de fomento à política de regio-nalização do SUS, especialmente aquelas voltadas à consolidação das redes de atenção à saúde, conforme previsto no Decreto nº 7.508/2011.

Mobilidade e equidade intrarregionais• 'HÀQLU�FRPR�PRELOLGDGH�LQWUDUUHJLRQDO�D�SRVVLELOLGDGH�GH�WUkQVL-

to dos trabalhadores do órgão gestor da saúde, por meio de cessão e/ou remoção, no atendimento às diretrizes de fomento à política de regionalização do SUS, sem alteração do vínculo empregatício com o município de origem ou perda dos direitos previstos no PCCV do órgão de origem.

• 'HÀQLU�FRPR�HTXLGDGH�LQWUDUUHJLRQDO�D�SRVVLELOLGDGH�GH�UHGXomR�das desigualdades na renda média dos trabalhadores do órgão gestor da saúde, no atendimento às diretrizes de fomento à políti-ca de regionalização do SUS, mediante o pagamento de adicionais RX�JUDWLÀFDo}HV�D�WUDEDOKDGRUHV�FHGLGRV�RX�UHPRYLGRV�H�RX�PH-diante a instituição de tabela única de vencimentos para todos os trabalhadores do SUS na região.

• &RQVLGHUDU��QD�GHÀQLomR�GRV�FULWpULRV�GH�PRELOLGDGH�H�HTXLGDGH�intrarregional que venham a ser propostos pelos órgãos gestores da saúde, no atendimento às diretrizes de fomento à política de regionalização do SUS, estudos e análises que contemplem dados H�LQGLFDGRUHV�GHPRJUiÀFRV��VRFLRHFRQ{PLFRV�H�HSLGHPLROyJLFRV�disponíveis.

• Observar, no processo administrativo de cessão e/ou remoção de WUDEDOKDGRUHV�GR�yUJmR�JHVWRU�GD�VD~GH�SDUD�ÀQV�GH�PRELOLGDGH�intrarregional, entre outros, os seguintes requisitos: necessidade do serviço; anuência da parte demandada; garantia de direitos WUDEDOKLVWDV�H�SUHYLGHQFLiULRV��H�SDJDPHQWR�GH�JUDWLÀFDomR�SDUD�RV�trabalhadores que estão em locais de difícil acesso e ou de risco.

• Condicionar os atos de cessão ou remoção de trabalhadores do órgão gestor da saúde, no âmbito das Regiões de Saúde, à existên-cia de vagas nos respectivos quadros de pessoal, de modo a obser-var o princípio de realização de concurso público de provas ou de provas e título para ingresso na carreira.

Page 89: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

88

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Cessão intrarregional• 'HÀQLU��FRPR�FHVVmR�LQWUDUUHJLRQDO��R�DWR�DGPLQLVWUDWLYR�SRU�PHLR�

do qual o trabalhador de um órgão gestor da saúde é posto à dis-posição de outro, sem ônus para o órgão de origem, pelo prazo máximo de um ano, renovável anualmente, segundo a necessida-de e o interesse dos entes.

• &RQVLGHUDU��SDUD�ÀQV�GH�FHVVmR�LQWUDUUHJLRQDO��HP�FDUiWHU�H[FHS-cional, a possibilidade de que o trabalhador de um órgão gestor da saúde seja posto à disposição de outro órgão gestor, com ônus para o órgão de origem, quando se tratar de dirigente da entidade de representação sindical ou quando a entidade ou órgão solicitante compensar o órgão de origem com serviço de valor equivalente ao custo anual do cedido.

• Proibir, durante o período de estágio probatório, a cessão de tra-balhador de um órgão gestor da saúde para outro órgão público.

Remoção intrarregional• Facultar, aos órgãos gestores da saúde, em face da necessidade de

fomentar a política de regionalização das redes de atenção à saúde no âmbito do SUS, a possibilidade de promover a remoção de trabalhadores do respectivo quadro de pessoal, por meio de per-muta com outro órgão gestor da mesma Região de Saúde.

• Condicionar a remoção de trabalhadores do quadro de pessoal do órgão gestor da saúde, por meio de permuta com outro órgão gestor da mesma Região de Saúde, ao deferimento, por parte das respectivas unidades de administração de pessoal, de requerimen-to formal previamente apresentado pelos trabalhadores interessa-dos na permuta.

Criação dos instrumentos de gestão da carreira

Comissão de Educação Permanente (CEP)• Instituir, por ato do titular do órgão gestor da saúde, no prazo

máximo de 180 dias após a aprovação da lei de criação do PCCV, Comissão de Educação Permanente, para desempenhar as seguin-tes atribuições: o avaliar as necessidades e prioridades dos setores quanto à edu-

cação permanente;

Page 90: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

89

o formular e desenvolver projetos para cursos, capacitações e treinamentos, a serem realizados no município ou encaminha-dos à Cies regional;

o indicar membros para compor a Cies regional; o propor e recomendar a liberação de trabalhadores para frequen-WDU�FXUVRV�GH�IRUPDomR�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO��

o DQDOLVDU�H�GHOLEHUDU�VREUH�D�YDOLGDomR�GRV�FHUWLÀFDGRV�GH�FRQ-FOXVmR�GH�FXUVRV�GH�IRUPDomR�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD��

o planejar e acompanhar atividades voltadas à socialização do conhecimento adquirido por trabalhadores que tenham conclu-tGR�FXUVRV�GH�IRUPDomR�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�FRP�DSRLR�ÀQDQFHLUR�RX�ORJtVWLFR�GR�SRGHU�S~EOLFR��LQFOXVLYH�QR�TXH�VH�UHÀUD�D�HYHQWXDLV�FRPSURYDo}HV�SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�carreira;

o analisar e recomendar a execução de propostas de intervenção apresentadas por trabalhadores que tenham concluído cursos GH�IRUPDomR�SURÀVVLRQDO�FRP�DSRLR�ÀQDQFHLUR�RX�ORJtVWLFR�GR�poder público;

o DQDOLVDU�H�GHOLEHUDU�VREUH�D�DSUHVHQWDomR�GH�FHUWLÀFDGR�RX�GL-SORPD�GH�FRQFOXVmR�GH�FXUVR�GH�IRUPDomR�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO��SURSRVWDV�GH�LQWHUYHQomR��FRPSURYDQWHV�GD�UHDOL-zação de eventos de socialização do conhecimento (relatório, lista de presença, ata), entre outros documentos exigidos para ÀQV�GH�SURPRomR��

o fomentar a produção de conhecimento no local de trabalho.• Assegurar que a CEP seja composta, de forma paritária, por ges-

tores e trabalhadores do órgão gestor da saúde.• Assegurar que os membros da CEP:o sejam indicados para mandato de três anos, facultada a recon-

dução por igual período; o sejam trabalhadores efetivos do órgão gestor da saúde ou este-

jam em exercício no órgão ou entidade sindical representativa dos trabalhadores;

o atendam aos seguintes requisitos obrigatórios para participar da comissão:

Page 91: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

90

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

��ter concluído o estágio probatório; ��não estar respondendo a processo administrativo disciplinar; ��ter conhecimentos sobre processos e instrumentos de educa-

ção permanente.

Comissão de Avaliação de Desempenho (CAD)• Instituir, por ato do titular do órgão gestor da saúde, no prazo

máximo de 180 dias após a aprovação da lei de criação do PCCV, Comissão de Avaliação de Desempenho para executar as seguin-tes tarefas: acompanhar o processo de avaliação de desempenho individual e institucional em todas as suas etapas; propor solução SDUD�SRVVtYHLV�FRQÁLWRV�LGHQWLÀFDGRV�QR�SURFHVVR�GH�DYDOLDomR�GH�desempenho individual e institucional; julgar, em última instância, os eventuais recursos interpostos quanto aos resultados das ava-OLDo}HV�LQGLYLGXDLV�GH�GHVHPSHQKR�SDUD�ÀQV�GH�SURJUHVVmR�QD�carreira.

• Assegurar que a CAD seja composta, de forma paritária, por ges-tores e trabalhadores do órgão gestor da saúde.

• Assegurar que os membros da CAD:o sejam indicados para mandato de três anos, facultada a recon-

dução por igual período; o sejam trabalhadores efetivos do órgão gestor da saúde ou este-

jam em exercício no órgão ou entidade sindical representativa dos trabalhadores;

o atendam aos seguintes requisitos obrigatórios para participar da comissão: ��ter concluído o estágio probatório; ��não estar respondendo a processo administrativo disciplinar; ��ter conhecimentos sobre processos e instrumentos de avalia-

ção de desempenho.• Caso seja necessário, instituir subcomissões da CAD para acom-

panhar o processo de avaliação de desempenho em unidades descentralizadas do órgão gestor da saúde.

Comissão de Gestão da Carreira (CGC)• Instituir, no órgão gestor da saúde, Comissão de Gestão da Carrei-

ra para monitorar e avaliar a execução do PCCV.

Page 92: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

91

• Delegar à CGC, entre outras, as seguintes atribuições: acompa-nhar a implementação e propor alterações no plano; monitorar o LPSDFWR�ÀQDQFHLUR�GR�SODQR�QD�IROKD�GH�SDJDPHQWR��UHVROYHU�controvérsias acerca dos critérios exigidos para as promoções e progressões; responder às questões apresentadas por trabalhadores que se julguem prejudicados com o plano; examinar os casos omissos referentes ao plano.

• Designar o titular do órgão gestor da saúde para a presidência da CGC.

• Designar, para a composição da CGC, além do titular do órgão gestor da saúde: um representante do órgão gestor do planejamen-WR�RX�GDV�ÀQDQoDV��XP�UHSUHVHQWDQWH�GD�SURFXUDGRULD�JHUDO��SRU�indicação do chefe do poder executivo; e três representantes dos trabalhadores da saúde, por indicação das entidades sindicais.

• Estabelecer a forma de organização e funcionamento da CGG em regimento próprio, a ser formulado por seus membros, no prazo máximo de 45 dias após a aprovação da lei de criação do PCCV dos trabalhadores do órgão gestor da saúde.

Regulamentação dos critérios para pagamento de adicionais e gratificações• Regulamentar, no prazo máximo de 180 dias após a aprovação da

lei de criação do PCCV dos trabalhadores do órgão gestor da saúde:o RV�FULWpULRV�D�VHUHP�REVHUYDGRV�SDUD�R�SDJDPHQWR�GH�JUDWLÀFD-

ções pelo desempenho de papel de tutor ou preceptor em ativi-dades de ensino - aprendizagem em serviço;

o RV�FULWpULRV�D�VHUHP�REVHUYDGRV�SDUD�R�SDJDPHQWR�GH�JUDWLÀFD-ções pelo alcance de metas ou resultados, destinados a incenti-var a melhoria da qualidade e o aumento da produtividade dos serviços de saúde.

Page 93: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e
Page 94: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

93

Capítulo 6Proposição de instrumentos jurídicos de cooperação interfederativa para viabilização da carreira regional dos trabalhadores do SUS

Conforme já mencionado no capítulo 2, para a elaboração do PCCV nas Regiões de Saúde selecionadas, constatou-se ser essencial a proposição de instrumentos jurídicos de cooperação interfederativa, de modo a viabili-zar a construção da carreira regional dos trabalhadores do SUS e fortalecer a regionalização dos serviços públicos de saúde e a estruturação destes em redes de atenção. Neste capítulo, serão apresentados os instrumentos a se-rem pactuados entre os municípios de uma mesma Região de Saúde para HVVHV�ÀQV�

Cooperação interfederativa para desenvolvimento do PCCV regional e fortalecimento da política de regionalização do SUS

Os municípios brasileiros, diante das restrições orçamentárias e das LPSRVLo}HV�GD�/5)��WrP�WLGR�GLÀFXOGDGHV�SDUD�PDQWHU�FDUUHLUDV�SUySULDV��'Dt�a importância da criação de carreiras regionais, por meio do estabelecimento de consórcios públicos ou outro instrumento de cooperação interfederativa que amplie as possibilidades de governança colegiada entre os entes públicos.

'R�SRQWR�GH�YLVWD�MXUtGLFR��QR�HQWDQWR��D�GHÀQLomR�GR�TXH�VH�HQWHQGH�SRU�FDUUHLUD�UHJLRQDO�p�WmR�RX�PDLV�LPSRUWDQWH�TXDQWR�D�GHÀQLomR�GD�HVWUXWXUD�jurídico-administrativa que melhor se adeque à sua implantação. Divergên-FLDV�FRQFHLWXDLV��DTXL��SRGHP�DFDUUHWDU�GLÀFXOGDGHV�QD�FRPSUHHQVmR�GDV�questões envolvidas.

Page 95: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

94

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

+i�SHOR�PHQRV�GXDV�GHÀQLo}HV�FRQFRUUHQWHV�GH�FDUUHLUD�UHJLRQDO��$�pULPHLUD�GHÀQLomR�DÀUPD�D�SRVVLELOLGDGH�GH�VH�FRQVWLWXLU�XP�~QLFR�3&&9�QD�Região de Saúde. Este englobaria trabalhadores de todos os municípios e GHÀQLULD�UHJUDPHQWRV�FRPXQV�DIHLWRV�j�UHODomR�HQWUH�HPSUHJDGRUHV�H�HPSUH-JDGRV�GH�XPD�RX�PDLV�SURÀVV}HV��FRPR�FDUJRV�H�VDOiULRV��SURJUHVVmR�H�SUR-PRomR��DGLFLRQDLV�H�JUDWLÀFDo}HV�HWF��

$�VHJXQGD�GHÀQLomR�DÀUPD�D�SRVVLELOLGDGH�GH�VH�FRQVWLWXLU�YiULRV�PCCV numa mesma Região de Saúde. Este englobaria trabalhadores de um ~QLFR�PXQLFtSLR�H�GHÀQLULD�UHJUDPHQWRV�HVSHFtÀFRV�DIHLWRV�j�UHODomR�HQWUH�HPSUHJDGRUHV�H�HPSUHJDGRV�GH�XPD�RX�PDLV�SURÀVV}HV��FRPR�FDUJRV�H�VDOi-ULRV��SURJUHVVmR�H�SURPRomR��DGLFLRQDLV�H�JUDWLÀFDo}HV�HWF�

A análise da estrutura jurídico-administrativa mais adequada à gestão GD�FDUUHLUD�p�QHFHVViULD�VRPHQWH�SDUD�D�SULPHLUD�GHÀQLomR��TXH�SUHVVXS}H�vinculação igualitária à carreira para o conjunto de trabalhadores da região. $�FDUUHLUD�UHJLRQDO��DVVLP�GHÀQLGD��HQYROYH�P~OWLSORV�HQWHV�IHGHUDWLYRV�H�SUHVVXS}H�DPSOD�ÁH[LELOLGDGH�GH�JHVWmR��

Tal requisito é incompatível com a estrutura jurídica da administra-ção pública direta ou centralizada, cujos órgãos não têm personalidade jurí-dica própria, nem patrimônio próprio, nem autonomia administrativa. Pode ser compatível com a estrutura jurídica da administração pública indireta ou descentralizada, cujos órgãos têm personalidade jurídica e patrimônio pró-prios, ainda que estejam vinculados a órgãos da administração pública direta ou centralizada. É compatível com a estrutura jurídica dos consórcios públi-cos, que, quando se constituem como pessoas jurídicas de direito público, integram a estrutura da administração indireta de todos os entes federativos consorciados. E, como se pretende mostrar neste capítulo, é plenamente compatível com a estrutura jurídica de outros instrumentos de cooperação interfederativa, como a gestão associada de serviços públicos.

De fato, a gestão associada de serviços públicos consiste no compar-tilhamento entre diferentes entes federativos do desempenho de certas fun-ções ou serviços públicos de interesse comum. Foi prevista expressamente no art. 241 da Constituição Federal (CF), com redação estabelecida pela EC 19/1998:

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os

Page 96: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

95

entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.

$VVLP�GHÀQLGD��D�JHVWmR�DVVRFLDGD�GH�VHUYLoRV�S~EOLFRV�SRGH�HQYRO-ver não só entes da mesma esfera federativa (município com município, es-tado com estado), como também entes de esferas distintas. Determinado serviço pode ser desempenhado por meio de gestão associada entre vários municípios e o estado, ou entre um município, o estado e a União. Qualquer que seja o caso, a associação deve estar consubstanciada em um instrumento jurídico que estabeleça as bases do relacionamento entre os entes federativos abrangidos.

O dispositivo constitucional, ao fazer menção aos consórcios públi-cos e aos convênios de cooperação, deixa a cargo dos entes federativos a GHÀQLomR�TXDQWR�j�DEUDQJrQFLD�GR�VHUYLoR�D�VHU�REMHWR�GH�JHVWmR�DVVRFLDGD��Assim, esta poderá compreender meramente o planejamento conjunto de determinadas políticas, sem que haja necessidade de criar instância própria de deliberação ou execução de serviços. Mas poderá ainda envolver a dele-JDomR�GH�IXQo}HV�GH�ÀVFDOL]DomR�H�UHJXODPHQWDomR�GH�GHWHUPLQDGDV�DWLYLGD-des, a serem realizadas por terceiros ou pelos próprios entes federativos.

O grau de vinculação da gestão associada também admite leque variado de opções. Poderá consubstanciar-se na criação de outra pessoa jurí-dica, a quem caberá desempenhar as funções de gestão associada. Poderá também estabelecer um conjunto de obrigações e direitos contratuais entre HQWHV�IHGHUDWLYRV��3RGHUi�DLQGD�VHU�PHUR�FRQYrQLR�GH�FRRSHUDomR�TXH�GHÀQD�diretrizes gerais de interação entre dois ou mais entes federativos.

Gestão associada de serviços públicos e instituição da carreira regional no SUS

A gestão associada de serviços públicos é um instrumento de impor-tância inequívoca para instituição de carreiras regionais no SUS. Antes de tudo, porque reforça a noção de que os trabalhadores são a alma dos serviços de saúde. De fato, sem trabalhadores motivados, satisfeitos, empenhados e SUHSDUDGRV��GLÀFLOPHQWH�VHUi�SRVVtYHO�SURGX]LU�VHUYLoRV�GH�TXDOLGDGH��3RU�FRQVHTXrQFLD��GLÀFLOPHQWH�VHUi�SRVVtYHO�DOFDQoDU�REMHWLYRV�H�PHWDV�GH�PHlhoria das condições de saúde e aumento dos níveis de satisfação dos usuários.

Page 97: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

96

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

A instituição de carreiras regionais no SUS também irá estimular e valorizar a formação e o desenvolvimento do trabalhador. Contribuirá ainda para a desprecarização das relações de trabalho, garantindo vínculo estável e respeito a todos os direitos trabalhistas e previdenciários. Para que isso ocor-ra, deve ser discutida conjuntamente com os avanços da regionalização dos serviços, mediante pactuação do Coap e estruturação das redes de atenção à saúde, com protocolos clínicos, mecanismos de referência e contrarreferência de pacientes e regulação da oferta de serviços.

Fundamentação jurídica da proposta de gestão associada de ações e serviços públicos de saúde em âmbito regional

O Brasil é uma federação. O federalismo consagrado na Constituição )HGHUDO��DUW������SDUiJUDIR�~QLFR��p�FRRSHUDWLYR��,VVR�VLJQLÀFD�TXH�RV�HQWHV�GD�federação têm objetivos comuns a realizar. Esse princípio colaborativo é um GRV�SLODUHV�GD�FRQFHSomR�GR�686��FRPR�VH�Yr�QR�WH[WR�GH�6XHOL�*DQGROÀ�Dallari sobre federalismo cooperativo na área da saúde pública:

O Federalismo cooperativo introduziu a possibilidade de execução conjunta das tarefas governamentais, admitindo, portanto, a participação de mais de uma esfera política neste trabalho. E porque decorria da necessidade de atender aos reclamos populares de atuação estatal, é óbvio que a repartição de competências não se limita àquelas exclusivamente disciplinadoras ou normativas, mas com-preende, também, a execução das tarefas materiais, concretas. A Constituição da República Federativa promulgada em 1988, decidida a garantir o direito a VD~GH�SDUD�WRGRV��GLVFLSOLQRX�DV�DWLYLGDGHV�JRYHUQDPHQWDLV�FRP�WDO�ÀQDOLGDGH��Considerando que ‘cuidar da saúde’ é tarefa que a todos deve incumbir, elencou--a entre as competências comuns à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (art. 23, II) e previu a competência legislativa concorrente sobre a proteção e defesa da saúde, limitando, assim, à União o estabelecimento das normas gerais, cabendo aos Estados e aos Municípios suplementá-las (art. 24, parágrafo primeiro e segundo c.c. art. 30, II).

Assim, para dar segurança institucional e jurídica ao projeto de ins-tituição de carreiras regionais no SUS, há que se criar instrumentos de pac-tuação com força obrigacional, de modo a assegurar a efetiva responsabilida-de de cada agente na execução das ações e serviços públicos de saúde em

Page 98: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

97

âmbito regional. Cabe destacar, entre as possibilidades existentes, os instru-mentos de gestão associada de serviços instituídos pelo novel artigo 241 da CF, já mencionado, o qual é disciplinado na Lei Federal 11.107/2005, que estabelece parâmetros para a gestão associada de serviços públicos.

Luciano Ferraz, doutor em Direito Administrativo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), assim se manifesta sobre o assunto em artigo publicado na Revista Eletrônica de Direito Administrativo Econômico (Redae) em 2007:

A Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, estabelece normas gerais para a contratação de consórcios públicos em todos os níveis, cumprindo a missão de estabelecer parâmetros para a gestão associada de serviços públicos entre entidades que FRPS}H�D�)HGHUDomR�EUDVLOHLUD��$V�ÀJXUDV�MXUtGLFDV�GLVFLSOLQDGDV�QD�QRYD�OH-gislação – a bem dizer – já se encontravam facilmente implementadas em di-versos setores, não se constituindo propriamente em novidade no cenário na-cional. Com efeito, espraiam-se país afora os consórcios intermunicipais de saúde e convênios de cooperação formalizados entre entes estatais e suas enti-dades da Administração Indireta para a execução de atividades e serviços pú-blicos de interesse comum. No âmbito dos serviços públicos locais, cuja competência é constitucionalmente atribuída aos Municípios (art. 30, V, CF), QmR�p�LQFRPXP�YHULÀFDU�VH�D�H[HFXomR�GHVVHV�VHUYLoRV�GH�iJXD�H�HVJRWR�H�VD-QHDPHQWR�EiVLFR��$�VREUHGLWD�/HL�������������UHJLVWUD�ÀJXUD�MXUtGLFD�DGHTXD-da à formalização desses ajustes – o contrato de programa – que a partir de agora será um dos instrumentos aptos a viabilizar a gestão associada de serviços públicos, em arranjos que integram o gênero, que particularmente intitulo parcerias público-público.

Um dos aspectos mais importantes da Lei Federal 11.705, sem dúvi-GD�DOJXPD��p�D�LQVWLWXLomR�GD�ÀJXUD�MXUtGLFD�GR�´FRQWUDWR�GH�SURJUDPDµ�QR�ordenamento jurídico brasileiro.

Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como condição de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à conti-nuidade dos serviços transferidos.

Page 99: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

98

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

§1º O contrato de programa deverá: atender à legislação de concessões e per-missões de serviços públicos e, especialmente no que se refere ao cálculo de tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos serviços a serem presta-dos; e prever procedimentos que garantam a transparência da gestão econômica H�ÀQDQFHLUD�GH�FDGD�VHUYLoR�HP�UHODomR�D�FDGD�XP�GH�VHXV�WLWXODUHV��§2º No caso de a gestão associada originar a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços trans-feridos, o contrato de programa, sob pena de nulidade, deverá conter cláusulas que estabeleçam: os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária da entidade que os transferiu; as penalidades no caso de inadimplência em relação aos encargos transferidos; o momento de transferência dos serviços e os deveres relativos a sua continuidade; a indicação de quem arcará com o ônus e os pas-VLYRV�GR�SHVVRDO�WUDQVIHULGR��D�LGHQWLÀFDomR�GRV�EHQV�TXH�WHUmR�DSHQDV�D�VXD�gestão e administração transferidas e o preço dos que sejam efetivamente alie-nados ao contratado; e o procedimento para o levantamento, cadastro e avalia-ção dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados mediante receitas de tarifas ou outras emergentes da prestação dos serviços. §3º É nula a cláusula de contrato de programa que atribuir ao contratado o H[HUFtFLR�GRV�SRGHUHV�GH�SODQHMDPHQWR��UHJXODomR�H�ÀVFDOL]DomR�GRV�VHUYLoRV�por ele próprio prestados. §4º O contrato de programa continuará vigente mesmo quando extinto o con-sórcio público ou o convênio de cooperação que autorizou a gestão associada de serviços públicos. §5º Mediante previsão do contrato de consórcio público, ou de convênio de cooperação, o contrato de programa poderá ser celebrado por entidades de di-reito público ou privado que integrem a administração indireta de qualquer dos entes da Federação consorciados ou conveniados. §6º O contrato celebrado na forma prevista no §5º deste artigo será automatica-mente extinto no caso de o contratado não mais integrar a administração indi-reta do ente da Federação que autorizou a gestão associada de serviços públicos por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação. §7º Excluem-se do previsto no caput deste artigo as obrigações cujo descum-SULPHQWR�QmR�DFDUUHWH�TXDOTXHU�{QXV��LQFOXVLYH�ÀQDQFHLUR��D�HQWH�GD�)HGHUDomR�ou a consórcio público.

Outra inovação importante, decorrente da aprovação da Lei Federal 11.107/2015, é a que permite a celebração de convênios de cooperação como instrumento apto a disciplinar a gestão associada de serviços públicos. O

Page 100: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

99

advolgado Walter Antônio Ribeiro assim se manifesta sobre os convênios de cooperação em parecer exarado por solicitação da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA).

Não é possível que um federalismo moderno, cooperativo, como o brasileiro depois de 1988, prescinda de instrumentos negociais para a associação de es-forços ou a delegação do exercício de competências. Foi necessário, assim, o advento da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, que, ao modi-ÀFDU�D�UHGDomR�GR�DUWLJR�����GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO��LQVWLWXLX�HQWUH�QyV�R�convênio de cooperação entre entes federados. [...] 7DO�PRGLÀFDomR�GR�WH[WR�FRQVWLWXFLRQDO�FULRX�XP�WLSR�GH�FRQYrQLR�FRP�D�PLVVmR�HVSHFtÀFD�GH�HVWDEHOHFHU�R�UHJLPH�GH�FRRSHUDomR�QR�H[HUFtFLR�GH�FRPSHWrQFLDV�que, por isso se diferencia completamente dos demais convênios, merecendo DWHQomR�HVSHFtÀFD��Primeira consideração que, nesse tópico, merece atenção é a de que o convênio de cooperação entre entes federados é um convênio com ‘nome e sobrenome’, quer-se, com isso, dizer que ele deve ser celebrado por ‘entes federados’, não podendo dele participar outras pessoas de direito público ou privado. Trata-se de um pacto interfederativo por excelência. Em outras palavras, a dicção do artigo 241 da CF, de convênio de cooperação entre entes públicos, leva ao entendimento de que se trata de convênio subscri-to unicamente pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou por municí-pios, seja pelo representante legal destes entes, seja por pessoa física ou jurídica, que nos termos da lei venha representá-lo. Daí porque o Decreto Federal nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007, que regula-mentou a Lei Federal nº 11.107, de 2005, conceitua o convênio de cooperação HQWUH�HQWHV�IHGHUDGRV�FRPR�¶SDFWR�ÀUPDGR�H[FOXVLYDPHQWH�SRU�HQWHV�GD�)HGH-ração, com o objetivo de autorizar a gestão associada de serviços públicos, GHVGH�TXH�UDWLÀFDGR�RX�SUHYLDPHQWH�GLVFLSOLQDGR�SRU�OHL�HGLWDGD�SRU�FDGD�XP�deles’ (art. 2º, VIII). O convênio de cooperação entre entes federados incide sobre o exercício de competências. Vale dizer, por meio de tal convênio instaura-se um regime coo-perativo no exercício de competências, o que pode se traduzir em: • Exercício associado de competências, como no caso de consórcio público,

onde ao invés de cada ente da Federação exercer isoladamente suas competên-cias, pactuam de as exercerem em conjunto;

• Delegação do exercício de competências, por meio da qual um ente da Fe-

Page 101: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

100

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

deração pratica atos de execução de competências que pertencem a outro ente da Federação.

• Pactuação de tarefas concretas de cada ente da Federação no exercício de uma competência comum, o que se dá frequentemente, apesar que com forma juridicamente frágil, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.

Instrumentos de pactuação para desenvolvimento da carreira regional no SUS

A proposta do DIEESE para concretização do projeto de implantação de carreiras regionais no SUS contempla os seguintes instrumentos: 1) reso-lução da CIR, que estabelece o programa de desenvolvimento de carreira regional para os trabalhadores da saúde; 2) lei municipal, que autoriza a rea-lização de convênios de cooperação entre o Estado e os municípios da Região de Saúde para gestão associada de serviços púbicos de saúde; 3) convênio de FRRSHUDomR�SDUD�HVVD�ÀQDOLGDGH�HVSHFtÀFD��H����FRQWUDWR�GH�SURJUDPD��TXH�HVWDEHOHFH�DV�UHODo}HV�REULJDFLRQDLV�HQWUH�RV�HQWHV�S~EOLFRV�TXH�ÀUPDUHP�R�referido convênio de cooperação. Minutas dos instrumentos jurídicos propos-tos podem ser vistas no Anexo 3.

Resolução da CIRPropõe-se debater e pactuar, no âmbito da CIR, a criação de progra-

ma de desenvolvimento regional de carreira para os trabalhadores da saúde, disciplinando a celebração de instrumentos de pactuação, com força obriga-cional, entre os entes envolvidos.

A CIR deve estabelecer, entre outras, as seguintes diretrizes gerais SDUD�DTXHOH�ÀP�����FRQFHVVmR�GH�LQFHQWLYRV�DRV�PXQLFtSLRV�SDUD�DWXDUHP�HP�cooperação no sentido da implementação de carreira regional que contemple a gestão, o planejamento e a regulação compartilhada do concurso público SDUD�LQJUHVVR�H�HQTXDGUDPHQWR�RX�UHHQTXDGUDPHQWR�GH�SURÀVVLRQDLV��GRV�critérios de progressão e promoção na carreira, de modo a garantir padrões GH�GHVHQYROYLPHQWR�SURÀVVLRQDO�H�QtYHLV�GH�UHPXQHUDomR�FRQGL]HQWHV�FRP�DV�FDUDFWHUtVWLFDV��DV�QHFHVVLGDGHV�H�RV�SDUkPHWURV�GHÀQLGRV�FRQMXQWDPHQWH�pelos municípios para todos os trabalhadores da saúde; 2) execução de ações coordenadas e criação de mecanismos para superação dos principais proble-mas que os municípios, sozinhos, não têm mostrado condições de superar e TXH��SRU�LVVR�PHVPR��WrP�GLÀFXOWDGR�D�PHOKRULD�GD�TXDOLGDGH�H�D�H[SDQVmR�

Page 102: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

101

GD�DWHQomR�j�VD~GH�����GHÀQLomR��FRPR�REMHWLYRV�HVWUDWpJLFRV��GR�HQIUHQWD-mento de problemas recorrentes, como rotatividade e instabilidade das equi-pes, vulnerabilidade e desmotivação dos trabalhadores, e baixo investimento em educação permanente; 4) reforço e ampliação das ações voltadas à for-PDomR�GR�FRQMXQWR�GRV�SURÀVVLRQDLV�GH�QtYHO�PpGLR�TXH�FRPS}HP�DV�HTXLSHV�de saúde da família, integrando ações de educação permanente e formação WpFQLFD�GHVVHV�SURÀVVLRQDLV�����GHVHQYROYLPHQWR�GH�PHFDQLVPRV�GH�SODQHMD-mento da força de trabalho da saúde que contemplem a negociação e a pac-tuação de pisos e tetos salariais nas Regiões de Saúde; 6) estímulo aos muni-cípios a desenvolverem conjuntamente as ações de atenção básica para que possam integrar sistema regulado de ingresso, remuneração e movimentação da força de trabalho na saúde da família.

Convênio de cooperaçãoO convênio - ajuste mediante o qual as partes buscam alcançar inte-

resses comuns - é referido na CF em dois momentos. O artigo 71, inciso IV, PHQFLRQD�WDO�ÀJXUD�DR�WUDWDU�GR�FRQWUROH�H[WHUQR�GD�$GPLQLVWUDomR�3~EOLFD�D�cargo do Tribunal de Contas; e o artigo 241, com redação dada pela EC 19/98, determina que os entes da Federação deverão disciplinar, por meio de lei, os convênios de cooperação.

Esses dois instrumentos são, no entanto, distintos. Não se deve con-fundir o convênio tradicional, especialmente o convênio de repasses de re-cursos previsto no art. 71, com o convênio de cooperação entre entes federa-dos, mencionado no art. 241, que pode abranger, entre seus objetos, a gestão associada de serviços públicos. Ao contrário daquele, este deve obedecer às mesmas formalidades e requisitos que a lei impõe aos contratos, destacando--se as cláusulas essenciais do termo previstas no artigo 55 da Lei 8.666/1993 e o termo escrito.

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: i. o objeto e seus elementos característicos; ii. o regime de execução ou a forma de fornecimento;iii. o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicida-

de do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

iv. os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de REVHUYDomR�H�GH�UHFHELPHQWR�GHÀQLWLYR��FRQIRUPH�R�FDVR�

Page 103: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

102

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Y�� R�FUpGLWR�SHOR�TXDO�FRUUHUi�D�GHVSHVD��FRP�D�LQGLFDomR�GD�FODVVLÀFDomR�funcional programática e da categoria econômica;

vi. as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;vii. os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os

valores das multas;viii. os casos de rescisão;ix. o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão ad-

ministrativa prevista no art. 77 desta Lei;x. as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão,

quando for o caso; xi. a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexi-

giu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; xii. a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos

casos omissos; xiii. a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do

contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas DV�FRQGLo}HV�GH�KDELOLWDomR�H�TXDOLÀFDomR�H[LJLGDV�QD�OLFLWDomR�

No âmbito da gestão associada de serviços públicos, os convênios SRGHP�GLVSRU�VREUH�D�UHJXODomR��R�SODQHMDPHQWR��D�ÀVFDOL]DomR�H�D�DYDOLDomR�de serviços públicos, inclusive formalizando que o exercício dessas ativida-des seja delegado para órgão ou entidade de determinado ente federativo. Por exemplo: mediante convênio de cooperação entre entes federados, o municí-pio pode delegar o exercício das atividades de regulação de um determinado serviço público para órgão ou entidade do estado ou de outro município.

O convênio de cooperação entre entes federados, ao contrário dos convênios comuns, precisa estar disciplinado por lei de cada um dos entes federados que cooperam entre si, nos termos do que expressamente prevê o art. 241 da Constituição Federal. Por causa disso, o regime jurídico do con-vênio de cooperação difere bastante daquele que rege os convênios comuns, em que é frequente a existência de lei meramente autorizativa —apesar de a jurisprudência, inclusive do STF, considerar inconstitucional essa exigência.

Nota-se, aqui, portanto, uma diferença importante entre os convênios comuns, que, a rigor, nem necessitam de lei autorizativa para serem celebrados, e os convênios de cooperação entre entes federados, que podem dispor sobre serviços públicos e autorizar a sua gestão associada, dependendo, porém, de disciplina por lei editada individualmente pelos entes federados cooperantes.

Page 104: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

103

Daí a necessidade de elaboração do projeto de lei municipal que auto-riza a realização de convênios de cooperação entre o Estado e os municípios da Região de Saúde para gestão associada de ações e serviços públicos de saúde, DOpP�GD�PLQXWD�GR�FRQYrQLR�GH�FRRSHUDomR�D�VHU�ÀUPDGR�SDUD�DTXHOH�ÀP��$V�características principais desse convênio podem ser resumidas como se segue: comunhão de objetivos institucionais comuns; competências institucionais comuns aos conveniados; convergência de objetivos e resultados; mútua cola-boração; vontades não antagônicas; natureza precária; e inadmissibilidade de cláusula de permanência obrigatória e de sanções por inadimplência.

Contrato de programaConforme dispõe o parágrafo primeiro, inciso II do artigo 13, da Lei

11.107/2005, o contrato de programa deve “prever procedimentos que garan-WDP�D�WUDQVSDUrQFLD�GD�JHVWmR�HFRQ{PLFD�H�ÀQDQFHLUD�GH�FDGD�VHUYLoR�HP�relação a cada um de seus titulares”. Assim, visando fortalecer a política de regionalização do SUS, o referido contrato deve albergar as metas e os resul-WDGRV�GH�FDGD�PXQLFtSLR��GH�DFRUGR�FRP�DV�VXDV�HVSHFLÀFLGDGHV�HFRQ{PLFDV��sociais e epidemiológicas.

3RUWDQWR��FRQVLGHUDQGR�RV�SULQFtSLRV�À[DGRV�SHOD�&)�H�DV�QRUPDV�infraconstitucionais que amparam o SUS, o contrato de programa se mostra um instrumento adequado para cumprir os princípios de gestão por metas e resultados. Em verdade, a mudança dos paradigmas reclamados na legislação do SUS sempre esbarrou na ausência de instrumentos obrigacionais que dessem segurança aos entes da federação, lacuna que o contrato de programa ajuda a preencher.

Para dirimir qualquer tipo de controvérsia acerca da contratação di-UHWD��R�OHJLVODGRU�LQIUDFRQVWLWXFLRQDO�GHÀQLX�XPD�QRYD�KLSyWHVH�GH�GLVSHQVD�de licitação para a celebração de contrato no âmbito da gestão associada de VHUYLoR�S~EOLFR��7UDWD�VH�GR�LQFLVR�;;9,�DR�DUWLJR����GD�/HL�)HGHUDO�����������TXH�UHJXODPHQWD�R�DUW������LQFLVR�;;,��GD�&)��LQVWLWXL�QRUPDV�SDUD�licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências:

Art. 24. É dispensável a licitação:;;9,���QD�FHOHEUDomR�GH�FRQWUDWR�GH�SURJUDPD�FRP�HQWH�GD�)HGHUDomR�RX�FRP�entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação.

Page 105: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

104

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

É possível, caso entendam os entes federados, utilizar instrumentos JHUHQFLDLV�HVSHFtÀFRV�SRU�PXQLFtSLR��DOpP�GR�FRQWUDWR�GH�SURJUDPD��$�HYHQ-tual decisão pela utilização de dois instrumentos contratuais poderá ter como fundamento a harmonização da previsão legal de que, no que concerne à DWHQomR�EiVLFD�j�VD~GH��FRPSHWH�DR�(VWDGR�R�FRÀQDQFLDPHQWR��D�DVVHVVRULD�técnica e a articulação e, aos municípios, compete a gestão.

Page 106: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

105

Referências bibliográficas

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE - CNS. Relatório do Grupo Inter-ministerial de Recursos Humanos para a Saúde. Brasília, DF: CNS, 1981.

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE - CNS. Resolução n. 330, de 4 de novembro de 2003. Brasília, DF: CNS, 2003.

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. SUS: avan-oRV�H�GHVDÀRV��%UDVtOLD��')���&21$66��������'LVSRQtYHO�HP���http://www.FRQDVV�RUJ�EU�ELEOLRWHFD�VXV�DYDQFRV�H�GHVDÀRV�

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE - CONASS. Estruturação da área de recursos humanos nas Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal. Brasília, DF: CONASS, 2004. (CONASS Documenta, 1).

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE - CONASS. Recursos humanos��XP�GHVDÀR�GR�WDPDQKR�GR�686��%UDVtOLD��')��&2-NASS, 2004. (CONASS Documenta, 4).

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE – CONASS. A gestão do trabalho e da educação na saúde. Brasília, DF: CONASS, 2011. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS, 9).

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE - CONASS. SUS 20 anos. Brasília, DF, 2009. Disponível em: < http://www.conass.org.EU�ELEOLRWHFDY��SGIV�VXV��DQRVÀQDO�SGI!��'DWD�GH�DFHVVR������PDU�������

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE - CONASS. Segundo levantamento da organização, estrutura e ações da área de recursos humanos das Secretarias Estaduais de Saúde. Brasília, DF: CONASS, 2015. (CONASS Documenta, 29).

DUSSAULT, G. A gestão dos serviços públicos de saúde: características e exigências. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, ano 26, n. 2, p. 8-19, 1992.

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE. Planos de carreira, cargos e salários no SUS: elementos para discussão de diretrizes nacionais para elaboração de

Page 107: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

106

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

PCCS em âmbito regional. São Paulo, fev. 2016.

IBGE. &HQVR�GHPRJUiÀFR. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Resultados_Gerais_da_Amostra/Microdados/>. Acesso em: 16 set. 2015.

JOÃO HENRIQUE SCATENA, Regiões de Saúde: diversidade e processo de regionalização em Mato Grosso. ISC-UFMT. São Paulo: Hucitec, 2014

LIMA, Luciana Dias de; VIANA, Ana Luiza D’Ávila; MACHADO, Cris-tiani Vieira. A regionalização da saúde no Brasil��FRQGLFLRQDQWHV�H�GHVDÀRV��Regiões de Saúde: Diversidade e Processo de Regionalização em Mato Grosso. ISC-UFMT. São Paulo: Hucitec, 2014

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Brasília, DF, dez. 2010. Disponível em: <ftp://ftp.datasus.gov.br/dissemin/publicos/CNES/200508_/Dados/>. Acesso em: 10 jun. 2015.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Brasília, DF, dez. 2014. Disponível em: <ftp://ftp.datasus.gov.br/dissemin/publicos/CNES/200508_/Dados/>. Acesso em: 27 out. 2015.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Brasília, DF, out. 2010. Disponível em: <ftp://ftp.datasus.gov.br/dissemin/publicos/CNES/200508_/Dados/>. Acesso em: 24 jul. 2015.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. CONSELHO NACIONAL DA SAÚDE - CNS. Princípios e diretrizes para NOB/RH-SUS. 2. ed. (rev. e atual.). Brasília, DF: CNS, 2003. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/principios_diretrizes_NOB_2003.pdf. Acesso em: out. 2015.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política de recursos humanos para o SUS: balanço e perspectivas. Brasília, DF: MS, 2002.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. II Conferência Nacional de Recursos Humanos SDUD�D�6D~GH��UHODWyULR�ÀQDO��Cadernos RH Saúde, Brasília, DF, ano 1, v. 2, n. 1, 1994.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. *HVWmR�GR�WUDEDOKR�H�GD�UHJXODomR�SURÀVVLRQDO�HP�VD~GH: agen-da positiva do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde. 3. ed. Brasília: MS, 2009.

MINISTERIO DA SAUDE- Sistema Único de Saúde. Coleção para enten-

Page 108: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

107

der a gestão do SUS. v. 1, 2011.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. Agenda nacional do trabalho decente. Brasília, DF, 2006. Disponível em: http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/---ilo-brasilia/documents/pu-blication/wcms_226229.pdf . Acesso em: 22 dez. 2016.

MINISTÉRIO DO TRABALHO. Programa nacional de trabalho decente. Brasília, DF, 2015.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. Plano nacional do emprego e trabalho decente. Brasília, DF, 2010. Disponível em: http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/---ilo-brasilia/documents/publication/wcms_226249.pdf . Acesso em: 22 dez. 2016.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Relação Anual de Infor-mações Sociais: RAIS, 2010. Disponível em: <ftp://ftp.mtps.gov.br/pdet/microdados/RAIS/2010/>. Acesso em: 14 out. 2015.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Relação Anual de Infor-mações Sociais: Rais, 2014. Disponível em: <ftp://ftp.mtps.gov.br/pdet/mi-crodados/RAIS/2014/>. Acesso em: 16 set. 2015.

MINISTÉRIO DA SAÚDE . Regionalização solidária e cooperativa. Bra-sília, DF, 2006. (Série Pactos pela Saúde, 3). Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/regionalizacao2006.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2018.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE - OPAS. Redes e re-gionalização da saúde no Brasil e na Itália: lições aprendidas e contribuições para o debate. Brasília, DF, 2011. (NAVEGADORSUS. Série técnica para os gestores do SUS sobre redes integradas de atenção à saúde baseadas na APS, 4).. Representação Brasil.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE - OPAS. Redes e re-gionalização em saúde no Brasil e na Itália: lições aprendidas e contribui-ções para o debate. Brasília, DF: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. Disponível em < http://apsredes.org/pdf/redes-brasil-italia.pdf>. Data de acesso: 28/03/2018. PIRES, Roberto Rocha Coelho, GOMIDE, Alexandre de Ávila. Governança e capacidades estatais: uma análise comparativa de programas federais. Re-

Page 109: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

108

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

vista Sociologia e Poliica. São Paulo, v. 24, 2016. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v24n58/0104-4478-rsocp-24-58-0121.pdf>. Data de acesso: 28 mar. 2018.

SCATENA, João Henrique; KEHRIG, Rut Terezinha; SPINELLI, Maria Angelica S. Regiões de Saúde: diversidade e processo de regionalização em Mato Grosso. São Paulo: Hucitec, 2014.

SCATENA. João Henrique. Regionalização é caminho sem volta: região e redes. São Paulo, 2015. Disponível em < http://www.resbr.net.br/regionali-]DFDR�H�FDPLQKR�VHP�YROWD���:UO+9&�ZE;�� �!��'DWD�GH�DFHVVR���28/03/2018.

SUELI GANDOLFI DALLARI, Os estados brasileiros e o direito à saúde. São Paulo: Hucitec, 1995.

VIANA, A.L.A; et al. Política de regionalização do SUS em debate: avan-ços e impasses da implementação das regiões e redes no Brasil. Brasília, DF, 2017. (Novos Caminhos, 15). Pesquisa Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil. Disponível em www.regiao-eredes.com.br Data de acesso: 28 mar. 2018.

Page 110: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

ANEXOS

Page 111: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e
Page 112: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

111

Anexo 1Relação nominal dos gestores e trabalhadores do SUS que participaram da execução do projeto nas quatro Regiões de Saúde

Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense/MTNome Entidade Representação

Ana Paula Burali SMS/Nova Lacerda Gestores

Cristian Eduardo Bonapaz SMS/Campos de Julio Gestores

Dal-Isa Sguarezi SES/Mato Grosso Gestor Estadual

Dalvani Ferreira Dias SMS/Conquista D’Oeste Trabalhadores

Danyella Samira Guimarães SMS/Campos de Julio Trabalhadores

Divino Martins SINFPPEL Trabalhadores

Edinaldo Ferreira Santana SMS/Vale de São Domingos Gestores

Fabiana Limeira de Oliveira SMS/Vila Bela da Santíssima Trindade Trabalhadores

Fernando Wilian Tonhão SMS/Nova Lacerda Trabalhadores

Gilmar Cabral de Oliveira SMS/Nova Lacerda Trabalhadores

Graciele Pires da Silva SMS/Vila Bela da Santíssima Trindade Trabalhadores

Ivan Lopes Fernandes SMS/Jauru Trabalhadores

Jeova Monteiro Lucas SMS/Vale de São Domingos Trabalhadores

Joelice Pereira de Oliveira SMS/Rondolandia Trabalhadores

Jucinei Claudio Curvo da Boa Morte SES-ERS/Pontes e Lacerda Gestores

Junior Fabio Alves Moreira SMS/Pontes e Lacerda Gestores

Lourdes Valerio da Silva SMS/Nova Lacerda Gestores

Lucélia Pereira da Silva Oliveira SMS/Vale de São Domingos Trabalhadores

Luciana Dorriguette de Oliveira SMS/Conquista D’Oeste Gestores

Luzene da Fonseca SMS/Vale de São Domingos Gestores

Marcia Viviane Fernandes da Silva Fantini SMS/Vila Bela da Santíssima Trindade Gestores

Maria Abadia dos Santos Azambuja SINFPPEL Trabalhadores

Maria Ferreira de Souza SMS/Jauru Gestores

Maria José Alvares da Silva SMS/Pontes e Lacerda Gestores

Mayla Clicia Silva Farias SMS/Conquista D’Oeste Gestores

Rivelino Fernandes Leite SMS/Conquista D’Oeste Trabalhadores

Rosana Maria da Silva Aleixo SMS/Vila Bela da Santíssima Trindade Gestores

Silvia Aparecida SES/Mato Grosso Gestores

Valdemor da Guia Ferreira SMS/Campos de Julio Gestores

Page 113: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

112

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Região de Saúde de Pirapora/MG

Nome Entidade Representação

Adriana Katia Emiliano Souza SES/MG Gestores

Ana Carolina Carvalho de Moura Albano SMS/Várzea da Palma Gestores

Cristiane Marcelino Farias SMS/Lassance Gestores

Ediné Silva Soares Sindsaúde/MG Trabalhadores

Elizabete da Silva Secretaria Executiva da MNNP-SUS Gestores

Eva Alípia da Silva Sindsaúde/MG Trabalhadores

Evaldo Alves de Souza PM/Buritizeiro Gestores

Irene José dos Anjos SES/MG Gestores

Juliana Assis Rocha de Moura SES/MG Gestores

Laurenice Maria da Costa Medeiros SINDIPALMA - Norte/MG Trabalhadores

Lionete dos Santos Pires Sindsaúde/MG Trabalhadores

Luana Alves Bernardes Sindsaúde/MG Trabalhadores

Magda Soares Martins Lopes SMS/Ponto Chique Gestores

Maria Elizabeth Mendes Vargas PM/Santa Fé de Minas Gestores

Maria Valdeni G. Miranda dos Santos SMS/Santa Fé de Minas Gestores

Odete Maria Alcantara Sindsaúde/MG Trabalhadores

Renata Diniz Ferreira Rodrigues SMS/Lassance Gestores

Rodrigo Barbosa de Freitas Sindsaúde/MG Trabalhadores

Ronaldo Soares Campelo SMS/Buritizeiro Trabalhadores

Solange Fernandes Costa Lucena SMS/Lassance Gestores

Valdson José Rezende SMS/Pirapora Gestores

Vanessa Lúcia da Silva SINDIPALMA - Norte/MG Gestores

Vinícius Vieira Pinto Sindsaúde/MG Trabalhadores

Viviane Gonçalves Carneiro de Souza SMS/Várzea da Palma Gestores

Wesley Gonçalves Carvalho SMS/Ponto Chique Gestores

Page 114: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

113

Região de Saúde do Icó/CE

Nome Entidade Representação

Anísia Ferreira de Lima SENECE Gestores

Cecile Anne de Oliveria Augusto Moreira SMS/Icó Gestores

Dacilene de França T. Pereira Policlínica/Icó Gestores

Diana de Araújo Moura SINDICO Trabalhadores

Eugênia Maria Araújo da Costa SASEC Trabalhadores

Francisco Barroso de Paula FETAMCE Trabalhadores

Jimmy Kendal B. Monteiro SMS/Umari Gestores

João Ramos dos Santos SMS/Umari Gestores

Laete de Castro Sales SMS/Cedro Gestores

Luciano Simplicio de Farias Sindsaúde/CE Trabalhadores

Luiza Russtheynia F. Diniz SMS/Lavras de Mangabeira Gestores

Magna S. Gonçalves

Maria Aurea Pinheiro de Oliveira CGTES/SESA Gestores

Maria da Conceição Moreira Medeiros 17a CRES/SESA Gestores

Maria de Fatima Clares 17a CRES/SESA Gestores

Maria Socorro Marques

Nelço Rodrigues Candido Filho SINDOROS Trabalhadores

Osmar Leite de Oliveira SINDCEDRO Trabalhadores

Régis Paiva de Andrade Viturino SMS/Cedro Gestores

Rosângela Lopes de PaivaSSPMLAM/Lavras de Mangabeira

Trabalhadores

Russell Sirius S. Andrade SMS/Lavras de Mangabeira Gestores

Simone Frota Marcelo CGTES/SESA Gestores

Sueli Terezinha do Nascimento Macedo FASEC Trabalhadores

Terezinha G. de Barros Ferreira SINDPAUMIRIM Trabalhadores

Valdeni Leopoldino da Silva

Valessa Alencar Honorato SMS/Baixio Gestores

Sueli Terezinha do Nascimento Macedo FASEC Trabalhadores

Zuila Maria Maciel de Melo Peixoto SMS/Orós Gestores

Page 115: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

114

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Região de Saúde do Icó/CE

Nome Entidade Bancada

Alesta Amancio da Costa SPATE/AC Trabalhadores

Alex de Melo Gaspar SEMSA/Porto Walter Gestores

Amilcar Oliveira Reis SMS/Mancio Lima Gestores

Ana Cristina Sales de Messias CAPS/NAVAS Gestores

Angela Pereira Olmos SEMSA/Porto Walter Gestores

Ant. Elizandro S. Costa SEMSA Gestores

Catiúcia P. Rosas SES/CRS Gestores

Darlene Rodrigues e Lima Amaral SPATE/AC Trabalhadores

Diani Carvalho Santos Hemonúcleo Gestores

Dione dos Santos SINODONTO Trabalhadores

Elves Barros dos Santos SEMSA/R. Alves Gestores

Encida Maria dos Amassacas Gomes SEMSA Gestores

Fabiana Gomes Ricardo SESACRE Gestores

Fátima da C. Girão SMS/Cruzeiro do Sul Gestores

Flávio A. Ikuma SINODONTO Trabalhadores

Francisnilton Silva dos Santos SEMSA Gestores

Irailton Lima Souza SESACRE Gestores

Ione de Oliveira Lima Souza SEMSA Gestores

Irlene Bandeira A. Santiago CRVJ/TFD Trabalhadores

Ivani Ferreira de Melo SMS Gestores

Jairo Benitz de Souza SINDACS Trabalhadores

Jarte Alves de Oliveira SESACRE Gestores

João Batista F. Santos SINTESAC Trabalhadores

João Luciano da Costa SMS Gestores

Joel Correia de Queiroz Junior CMS Trabalhadores

José Adailton SINTESAC Trabalhadores

José Carlos Pereira da Cruz SISEM Trabalhadores

Josianis Araújo Rodrigues SMS/Mancio Lima Gestores

Karile galvão Elainger SEMSA/TK Gestores

Katia Cristina Sales Messias Melo SESACRE Gestores

Katia de Oliveira Pinheiro SINDACS Trabalhadores

Lucelia C. Triveloto SINODONTO Trabalhadores

Page 116: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

115

Lusiane Casimiro Pires SES-CRS Gestores

Marcos Thiago S. de Oliveira SEMSA/Cruzeiro do Sul Gestores

Maria de Fátima da C. Girão Hemonúcleo Gestores

Maria do Socorro M. Silva Maternidade Gestores

Maria Luciana da Silva SEMSA/Porto Walter Gestores

Maria Rosa N. Silva SPATE/AC Trabalhadores

Maria Stelita B. Nogueira SESACRE Gestores

Marnilza da S. Martins SINTAR Trabalhadores

Marnízia Damasco Gomes SMS/Rodrigues Alves Gestores

Railson de Matos Santos CMS/Rodrigues Alves Trabalhadores

Roberto do Nascimento Holanda SEMSA/Cruzeiro do Sul Gestores

Rosa Maria de Souza B. Melo SINTESAC Trabalhadores

Silvânio Nunes Coelho Farias SEMSA Gestores

Silvia de Oiveira SPATE Trabalhadores

Simone Daniel da silva SESACRE Gestores

Sueila Brunella SEMSA Gestores

Teca Marea da Rocha SMS/Mancio LIma Gestores

Venilson S. Albuquerque SINTESAC Trabalhadores

Page 117: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

116

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Região de Saúde de Juruá e Tarauacá-Envira/AC

Oficina NacionalOs participantes da Oficina Nacional compunham a Comissão de Negociação RegionalPontes e Lacerda/MTCristian Eduardo Bonapaz SMS/Campos de Julio GestoresDanyella Samira Guimarães SMS/Campos de Julio TrabalhadoresDivino Martins SINFPPEL TrabalhadoresLourdes Valerio da Silva SMS/Nova Lacerda GestoresLuciana Dorriguette de Oliveira SMS/Conquista D’Oeste GestoresSilvia Aparecida SES/Mato Grosso GestoresPirapora/MGAdriana Katia Emiliano Souza SES/MG GestoresEdiné Silva Soares Sindsaúde/MG TrabalhadoresElizabete da Silva Secretaria Executiva da MNNP-SUS GestoresLionete dos Santos Pires Sindsaúde/MG TrabalhadoresLuana Alves Bernardes Sindsaúde/MG TrabalhadoresRonaldo Soares Campelo SMS/Buritizeiro TrabalhadoresVanessa Lúcia da Silva SINDIPALMA - Norte/MG GestoresWesley Gonçalves Carvalho SMS/Ponto Chique GestoresIcó/CEDiana de Araújo Moura SINDICO TrabalhadoresJimmy Kendal B. Monteiro SMS/Umari GestoresLuciano Simplicio de Farias SINDSAUDE TrabalhadoresRussell Sirius S. Andrade SMS/Lavras de Mangabeira GestoresZuila Maria Maciel de Melo Peixoto SMS/Orós GestoresJuruá e Tarauacá-Envira/ACAlex de Melo Gaspar SEMSA/Porto Walter GestoresAna Cristina Sales de Messias CAPS/NAVAS/SESACRE GestoresDione dos Santos SINODONTO TrabalhadoresFrancisnilton Silva dos Santos SEMSA GestoresJairo Benitz de Souza SINDACS TrabalhadoresJarte Alves de Oliveira SESACRE GestoresKatia de Oliveira Pinheiro SINDACS TrabalhadoresVenilson S. Albuquerque SINTESAC Trabalhadores

Page 118: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

117

Equipe do Degerts

A formulação da proposta, a discussão das suas estratégias de opera-cionalização e a execução do projeto em várias etapas contou com a participa-ção, com inserções distintas, da equipe do Degerts relacionada a seguir. Cabe mencionar que o Conass designou o seu assessor técnico, Haroldo Pontes, para SDUWLFLSDU�GD�2ÀFLQD�1DFLRQDO��(YLGHQWHPHQWH��HPERUD�VXDV�UHOHYDQWHV�FRQWUL-buições, não se pode atribuir a esse conjunto de gestores e técnicos qualquer responsabilidade pela forma ou pelo conteúdo desta publicação.

Anemarie da Silveira BenderAngelo D’Agostini Bruna Alexsandra Rocha RosaEdnara Nunes GonçalvesGustavo HoffHaroldo Pereira Fernandes FilhoJannayna Martins SallesLica Mendonça PontesMaria Luiza do Valle

Page 119: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

118

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Anexo 2Minuta de projeto de lei para instituição do PCCV em Regiões de Saúde

PROJETO DE LEI Nº 000

Cria o Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) dos trabalhadores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de [MUNICÍPIO] e estabelece mecanismos para a sua aplicação com vistas à consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito deste e dos demais municípios que integram a Região de Saúde de [REGIÃO DE SAÚDE].

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE [MUNICÍPIO], no uso de suas atri-buições, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e agora sanciona a se-guinte lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Fica criado o Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) dos trabalhadores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), composto por cargos efetivos, de nível fundamental, médio, técnico e superior, em número corres-SRQGHQWH�DR�À[DGR�SHOR�TXDGUR�GH�SHVVRDO�GDTXHOH�yUJmR�H�VXÀFLHQWH�SDUD�abranger o conjunto de atribuições e responsabilidades atinentes ao desem-penho, pela administração, de atividades relativas ao planejamento, à execu-ção, ao controle e à avaliação das ações e serviços públicos de saúde, no âmbito do município e da Região de Saúde à qual este pertence, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Parágrafo único. (VWD�OHL�FRQWHPSOD�GHÀQLo}HV�UHIHUHQWHV�DRV�VHJXLQWHV�elementos que conformam o PCCV dos trabalhadores da SMS:

Estrutura da carreira;Cargos e grupos ocupacionais;

Page 120: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

119

Ingresso e enquadramento inicial;Promoção e progressão; Avaliação de desempenho; Educação permanente;Remuneração;Regime de trabalho;Fomento à política de regionalização do SUS.

Art. 2º. 3DUD�ÀQV�GH�LPSOHPHQWDomR�GHVWH�3&&9�GHYHUmR�VHU�REVHUYDGRV�RV�seguintes princípios e diretrizes:

Do concurso público de provas ou de provas e títulos como única forma de ingresso dos trabalhadores para o exercício de cargo e acesso à carreira;

Da mobilidade como garantia de trânsito dos trabalhadores pelas diversas instâncias da gestão municipal e da Região de Saúde, sem perda de direitos e da possibilidade de desenvolvimento na carreira;

'D�ÁH[LELOLGDGH�FRPR�JDUDQWLD�GD�SHUPDQHQWH�DGHTXDomR�GD�FDUUHLUD�jV�QH-cessidades e à dinâmica do SUS;

Da participação dos trabalhadores, através de mecanismos legitimamente constituídos, na formulação e na gestão da carreira;

Da carreira como instrumento de política de gestão de pessoas, integrada ao planejamento e ao desenvolvimento organizacional do SUS;

Da educação permanente como instrumento para a ampliação da oferta de educação aos trabalhadores do SUS;

Da avaliação de desempenho como instrumento para o desenvolvimento SURÀVVLRQDO�H�LQVWLWXFLRQDO�QR�kPELWR�GR�686��H

Do compromisso solidário entre gestores e trabalhadores em prol da qualida-GH�GDV�Do}HV�H�VHUYLoRV�S~EOLFRV�GH�VD~GH��GR�SURÀVVLRQDOLVPR�H�GD�DGHTXDomR�WpFQLFD�GR�SURÀVVLRQDO�jV�QHFHVVLGDGHV�GRV�XVXiULRV�GR�686�

CAPÍTULO II

DOS CONCEITOS BÁSICOS

Art. 3º. Para todos os efeitos desta lei, aplicam-se os seguintes conceitos básicos:

Cargo público: conjunto de atribuições assemelhadas quanto à natureza das

Page 121: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

120

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Do}HV�H�jV�TXDOLÀFDo}HV�H[LJLGDV�GH�VHXV�RFXSDQWHV��GH�SURYLPHQWR�HIHWLYR��com responsabilidades previstas na estrutura organizacional e vínculo de trabalho estatutário;

Carreira: trajetória do trabalhador no cargo ou emprego, regida por regras HVSHFtÀFDV�GH�LQJUHVVR��HQTXDGUDPHQWR��GHVHQYROYLPHQWR�SURÀVVLRQDO��UHJL-me de trabalho, remuneração, avaliação de desempenho e mobilidade fun-cional;

Cessão: modalidade de afastamento temporário de servidor público, titular de cargo efetivo, que lhe possibilita exercer atividades em outro órgão ou entidade, da mesma esfera de governo ou de esfera distinta, para ocupar cargo HP�FRPLVVmR��IXQomR�GH�FRQÀDQoD�RX�SDUD�DWHQGHU�D�VLWXDo}HV�HVWDEHOHFLGDV�em lei, com o propósito de cooperação interfederativa;

Classes: divisões que agrupam, dentro de determinado cargo ou emprego, atividades com níveis similares de complexidade;

Competências: conjunto de saberes, habilidades e atitudes inerentes ao cargo ou emprego de provimento efetivo, de acordo com a estrutura das carreiras dos trabalhadores do respectivo órgão ou entidade;

Educação permanente: conceito pedagógico, aplicado ao setor da saúde, que busca estabelecer relações orgânicas entre docência e atenção à saúde, abar-cando também relações entre formação e gestão, e entre desenvolvimento institucional e controle social;

Emprego público: conjunto de atribuições assemelhadas quanto à natureza GDV�Do}HV�H�jV�TXDOLÀFDo}HV�H[LJLGDV�GH�VHXV�RFXSDQWHV��FRP�UHVSRQVDELOLGD-des previstas na estrutura organizacional e vínculo de trabalho regido pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943;

Enquadramento: ato pelo qual se estabelece a posição do trabalhador em um determinado cargo ou emprego, classe e padrão de vencimento ou de salário, em face da análise de sua situação jurídico-funcional;

Equidade inter-regional: política que visa a redução substancial dos efeitos da desigualdade de condições materiais entre os municípios de determinada Re-gião de Saúde, a partir do estabelecimento de políticas de gestão do trabalho adequadas e compensatórias, levando-se em conta, inclusive, os critérios esta-belecidos no Decreto 7508/11 para o fortalecimento da regionalização do SUS;

Especialidade: conjunto de atividades, integrantes das atribuições dos cargos

Page 122: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

121

RX�HPSUHJRV��TXH�VH�FRQVWLWXL�HP�FDPSR�SURÀVVLRQDO��RX�RFXSDFLRQDO��GH�DWXDomR��GHÀQLQGR�DV�UHVSRQVDELOLGDGHV�H�WDUHIDV�TXH�SRGHP�VHU�FRPHWLGDV�D�um trabalhador;

([SHULrQFLD�SURÀVVLRQDO: conjunto de saberes acumulados durante determi-QDGR�SHUtRGR�GD�YLGD�SURÀVVLRQDO�GR�WUDEDOKDGRU��VLWXDQGR�R��SDUD�HIHLWR�deste PCCV, no mesmo nível de conhecimento possibilitado por um curso de especialização, de mestrado ou de doutorado, criando condições funcionais para o seu enquadramento ou promoção;

)RUPDomR�SURÀVVLRQDO: etapas da educação formal nos níveis escolares do Fundamental, Ensino Médio, Cursos Técnicos de Nível Médio, Especializa-ção de Nível Técnico, Graduação (licenciatura, bacharelado e tecnológico) e Pós-Graduação, exigidos para o ingresso e progressão em classes da carreira;

Grupo ocupacional��FRQMXQWR�GH�RFXSDo}HV�RX�SURÀVV}HV�TXH�LQWHJUDP�determinado cargo público ou emprego público, composto de acordo com nível de formação, regulamentação legal e/ou similaridade de atribuições;

Mobilidade intramunicipal: possibilidade de trânsito do trabalhador em âmbito do município, considerando o desenvolvimento na carreira, com permanente adequação às necessidades e à dinâmica do SUS, sem perda dos direitos;

Mobilidade inter-regional: possibilidade de trânsito do trabalhador em âmbito da Região de Saúde à qual pertence o município, considerando o desenvolvimento na carreira, com permanente adequação às necessidades e à dinâmica do SUS, sem perda dos direitos;

Ocupação: agregação de empregos ou situações de trabalho similares quan-to às atividades realizadas;

Padrão de vencimento ou de salário: conjunto formado pela referência numérica e pelo respectivo valor em reais;

3URÀVVmR��FRQMXQWR�HVSHFtÀFR�GH�FRQKHFLPHQWRV��DGTXLULGRV�SRU�HGXFDomR�formal ou pela experiência, com reconhecimento institucional;

Progressão: passagem do trabalhador de um padrão de vencimento ou de salá-rio para outro, na mesma classe, por tempo de serviço e/ou por mérito, median-te resultado satisfatório obtido em avaliação de desempenho periódica, segundo o disposto no programa de avaliação instituído e vinculado a este PCCV, me-diante o cumprimento de requisito de tempo de efetivo exercício no cargo;

Page 123: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

122

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Projeto de intervenção: as propostas articuladas de ações que venham a inovar e/ou aperfeiçoar os processos de trabalho no SUS;

Promoção: passagem do trabalhador de uma classe para outra, no mesmo cargo ou emprego, mediante o cumprimento de interstício e atendimento de UHTXLVLWRV�GH�IRUPDomR��TXDOLÀFDomR�RX�H[SHULrQFLD�SURÀVVLRQDO�

Quadro de pessoal: agrupamento de cargos de provimento em comissão e de cargos de provimento efetivo, necessário e adequado à consecução dos objetivos da entidade;

4XDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO: todo e qualquer processo de capacitação, aperfei-çoamento, treinamento e atualização por meio de cursos, conferências, con-JUHVVRV��VHPLQiULRV��VLPSyVLRV��FDSDFLWDo}HV�HP�VHUYLoRV��H[WHQVmR��RÀFLQDV��fóruns, estágio curricular e similares, para aquisição de conhecimentos exi-gidos para o exercício das atribuições do cargo e promoção em classes da carreira;

Rede de atenção à saúde: conjunto de ações e serviços de saúde articulados HP�QtYHLV�GH�FRPSOH[LGDGH�FUHVFHQWH��FRP�D�ÀQDOLGDGH�GH�JDUDQWLU�D�LQWHJUD-lidade da assistência à saúde;

Referência��Q~PHUR�TXH�LGHQWLÀFD�YDORU�GR�VDOiULR�RX�YHQFLPHQWR��QD�UHV-pectiva classe, atribuído ao ocupante do cargo;

Região de Saúde��HVSDoR�JHRJUiÀFR�FRQWtQXR�FRQVWLWXtGR�SRU�DJUXSDPHQWRV�de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econô-micas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes FRPSDUWLOKDGRV��FRP�D�ÀQDOLGDGH�GH�LQWHJUDU�D�RUJDQL]DomR��R�SODQHMDPHQWR�e a execução de ações e serviços de saúde;

Regime de trabalho em escala de plantão: jornada especial de trabalho H[HFXWDGD�HP�iUHDV�HVSHFtÀFDV�TXH��SHOD�QDWXUH]D�GH�VXDV�FRPSHWrQFLDV��H[LMDP�D�FRQYRFDomR�GH�WUDEDOKDGRUHV�SDUD�R�WUDEDOKR��FRP�ÀQDOLGDGH�GH�manter o funcionamento de suas atividades, em caráter ininterrupto e diutur-no de 24 (vinte e quatro) horas/dia, incluídos sábados, domingos, feriados e pontos facultativos;

Regime de trabalho em tempo integral: exercício da atividade funcional VRE�GHGLFDomR�H[FOXVLYD��ÀFDQGR�R�IXQFLRQiULR�SURLELGR�GH�H[HUFHU�FXPXOD-tivamente outro cargo, função ou atividade particular de caráter empregatício SURÀVVLRQDO�RX�S~EOLFD�GH�TXDOTXHU�QDWXUH]D�

Page 124: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

123

Remuneração: vencimento do cargo, acrescido de vantagens pecuniárias estabelecidas em lei;

Sistema Único de Saúde (SUS): conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Pú-blico;

Tabela de vencimento ou de salário: conjunto de retribuições pecuniárias devidas ao trabalhador pelo efetivo exercício do cargo ou emprego, escalo-nadas em referências;

Vencimento ou vencimento básico: retribuição pecuniária pelo exercício de XP�FDUJR��FRP�YDORU�À[DGR�HP�OHL�

CAPÍTULO III

DA ESTRUTURA DA CARREIRA

Art. 4º. A carreira dos trabalhadores da SMS está estruturada em cargos públicos, de provimento efetivo, organizados por:

Grupos ocupacionais;Classes e padrões de vencimentos.

§1º Aos grupos ocupacionais dos cargos da carreira vinculam-se requisitos PtQLPRV�GH�IRUPDomR�SURÀVVLRQDO�SDUD�R�H[HUFtFLR�GDV�DWULEXLo}HV�H�UHVSRQ-sabilidades atinentes ao desempenho de atividades relativas ao planejamento, à execução, ao controle e à avaliação das ações e serviços públicos de saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS.

§2º Às classes e aos padrões de vencimentos dos cargos da carreira vinculam--se interstícios mínimos para o desenvolvimento na carreira, mediante crité-ULRV�GH�SURPRomR�H�SURJUHVVmR�HVSHFLÀFDGRV�QHVWD�OHL��D�VHUHP�REVHUYDGRV�após o cumprimento do estágio probatório de três anos.

Art. 5º. Os cargos da carreira dos trabalhadores da SMS são os seguintes:

Especialista em Saúde;Assistente em Saúde – Nível I;Assistente em Saúde – Nível II;Assistente em Saúde – Nível III.

Parágrafo único. 2V�UHTXLVLWRV�PtQLPRV�GH�IRUPDomR�SURÀVVLRQDO�SDUD�R�

Page 125: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

124

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

exercício dos cargos da carreira estão descritos no quadro constante do Ane-xo I, o qual também relaciona os grupos ocupacionais de cada cargo.

Art. 6º. Os cargos da carreira dos trabalhadores da SMS estão divididos em quatro classes e quinze referências, relacionados no quadro constante do Anexo II.

§1º As quatro classes de cada cargo, representadas pelas letras maiúsculas A, %��&�H�'��VmR�XWLOL]DGDV�SDUD�R�FRQWUROH�GR�ÁX[R�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD��VHJXQGR�RV�FULWpULRV�GH�IRUPDomR�H�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�SUHYLVWRV�nesta lei, a serem considerados periodicamente, após o cumprimento do es-tágio probatório de três anos.

§2º As quinze referências de cada cargo, representadas pelos números roma-QRV�GH�,�D�;9��VmR�XWLOL]DGDV�SDUD�FRQWUROH�GR�ÁX[R�GH�SURJUHVVmR�QD�FDUUHLUD��segundo os critérios de tempo de serviço e/ou avaliação de desempenho previstos nesta lei, a serem considerados periodicamente, após o cumprimen-to do estágio probatório de três anos.

CAPÍTULO IV

DO INGRESSO E DAS FORMAS DE DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA

Art. 7º. O ingresso na carreira dos trabalhadores do SMS far-se-á na classe e na referência inicial do respectivo cargo e grupo ocupacional, após aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, observando-se os re-TXLVLWRV�PtQLPRV�GH�IRUPDomR�SURÀVVLRQDO�SUHYLVWRV�QHVWD�OHL�

§1º O concurso público para ingresso na carreira poderá ser organizado por área de atuação, ser realizado em uma ou mais fases e/ou incluir curso de formação, conforme dispuser o respectivo edital.

����2�HGLWDO�GHÀQLUi�DV�FDUDFWHUtVWLFDV�GH�FDGD�IDVH�GR�FRQFXUVR�S~EOLFR��RV�UH-TXLVLWRV�GH�IRUPDomR��TXDOLÀFDomR�H�H[SHULrQFLD�SURÀVVLRQDO��RV�FULWpULRV�HOLPL-QDWyULRV�H�FODVVLÀFDWyULRV��EHP�FRPR�HYHQWXDLV�UHVWULo}HV�H�FRQGLFLRQDQWHV�decorrentes do ambiente organizacional ao qual serão destinadas as vagas.

§3º Nas situações em que o edital do concurso público exigir titulação especí-ÀFD�SDUD�R�H[HUFtFLR�GR�FDUJR��GH�DFRUGR�FRP�R�SHUÀO�GR�UHVSHFWLYR�JUXSR�ocupacional, o enquadramento inicial do trabalhador será na classe corres-pondente à titulação exigida.

Page 126: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

125

§4º Fica assegurada, em todas as fases do concurso público, a participação de UHSUHVHQWDQWHV�GRV�VLQGLFDWRV�SURÀVVLRQDLV�GRV�WUDEDOKDGRUHV�PXQLFLSDLV��SDUD�ÀQV�GH�DFRPSDQKDPHQWR�H�ÀVFDOL]DomR�GR�SURFHVVR�GH�LQJUHVVR�H�HQTXDGUD-mento inicial na carreira.

Art. 8º. O desenvolvimento na carreira dos trabalhadores da SMS dar-se-á por promoção e por progressão, observados os critérios previstos nesta lei, os quais foram estabelecidos de modo a obedecer aos princípios:da periodicidade;da competência para o exercício do cargo; eda existência de vaga.

Parágrafo único. O trabalhador terá acesso às formas de desenvolvimento na carreira após a conclusão do estágio probatório, desde que seja aprovado em processo de avaliação de desempenho, conforme critérios constantes de UHJXODPHQWR�HVSHFtÀFR��D�VHU�HODERUDGR�QR�SUD]R�Pi[LPR�GH�QRYHQWD�GLDV�GD�vigência desta lei.

SEÇÃO I

DOS CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO E DE PROGRESSÃO NA CARREIRA

Art. 9º. A promoção na carreira dos trabalhadores da SMS dar-se-á pela pas-sagem de uma classe para outra, imediatamente superior, dentro do mesmo FDUJR��PHGLDQWH�FRPSURYDomR�GRV�UHTXLVLWRV�GH�IRUPDomR��TXDOLÀFDomR�RX�H[SHULrQFLD�SURÀVVLRQDO�SUHYLVWRV�QHVWD�OHL�

§1° Para se candidatar à promoção da classe A para a classe B e desta para a classe C do respectivo cargo, independentemente

do grupo ocupacional de que faça parte, o trabalhador deverá observar o cumprimento de interstício mínimo de quatro anos.

§2° Para se candidatar à promoção da classe C para a classe D do respectivo cargo, independentemente do grupo ocupacional de que faça parte, o traba-lhador deverá observar o cumprimento de interstício mínimo de seis anos.

����3DUD�HIHLWR�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD��QRV�LQWHUVWtFLRV�PtQLPRV�GHÀQLGRV�QHVWD�OHL��R�WUDEDOKDGRU�GHYHUi�DSUHVHQWDU�GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�GH�FRQFOXVmR�GH�FXUVRV�GH�IRUPDomR�H�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO��FRQIRUPH�HVSHFLÀFD-ções constantes do Anexo II.

Page 127: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

126

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

����2�WUDEDOKDGRU�SRGHUi�DSUHVHQWDU�DLQGD��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD��documentos comprobatórios de participação em processos de educação per-PDQHQWH�YROWDGRV�SDUD�R�IRUWDOHFLPHQWR�GR�686��FRQIRUPH�SROtWLFD�GHÀQLGD�nesta lei.

Art. 10. A progressão na carreira dos trabalhadores da SMS dar-se-á pela passagem de uma referência para outra imediatamente superior, dentro da mesma classe do cargo, mediante cumprimento dos requisitos de tempo de serviço e/ou de avaliação de desempenho previstos nesta lei.

����2�WHPSR�GH�VHUYLoR��SDUD�ÀQV�GH�SURJUHVVmR�QD�FDUUHLUD��VHUi�FRPSXWDGR�pelo tempo de efetivo exercício no cargo, neste compreendidos os períodos de gozo de licenças remuneradas e/ou de licenças concedidas para o exercício de mandato eletivo ou de dirigente de entidade sindical.

����$�DYDOLDomR�GH�GHVHPSHQKR��SDUD�ÀQV�GH�SURJUHVVmR�QD�FDUUHLUD��WHUi�SRU�ÀQDOLGDGH�D�DSUHFLDomR�VLVWHPiWLFD�H�FRQWtQXD�GR�GHVHPSHQKR�GR�WUDEDOKDGRU�e da sua conduta no exercício de suas atribuições, à vista da contribuição efetiva para a realização das metas e objetivos do órgão.

§3º Fica assegurado ao trabalhador o direito de progredir na carreira, independen-temente de avaliação de desempenho, caso haja omissão e/ou morosidade, por parte da administração, na aplicação efetiva das disposições referentes ao tema.

SEÇÃO II

DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO COMO INSTRUMENTO DE PROGRESSÃO NA CARREIRA

Art. 11. $�DYDOLDomR�GH�GHVHPSHQKR��SDUD�ÀQV�GH�SURJUHVVmR�QD�FDUUHLUD�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GD�606��VHUi�REMHWR�GH�UHJXODPHQWR�HVSHFtÀFR��D�VHU�HODERUDGR�no prazo máximo de noventa dias da vigência desta lei, observados os prin-cípios e as diretrizes apresentadas a seguir no que se refere a seus objetivos HVSHFtÀFRV��SUHFHLWRV�PHWRGROyJLFRV�H�LQVWUXPHQWRV�GH�DIHULomR�

Parágrafo único. O regulamento da avaliação de desempenho integrará o PCCV de que trata esta lei e será elaborado por comissão paritária, constitu-ída por membros da SMS e representantes do sindicato de trabalhadores da prefeitura municipal e/ou do sindicato dos trabalhadores da saúde.

Art. 12. A avaliação de desempenho dos trabalhadores da SMS deve contri-EXLU�SDUD�D�UHDOL]DomR�GRV�VHJXLQWHV�REMHWLYRV�HVSHFtÀFRV�

Page 128: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

127

alinhar os processos de trabalho com a missão e com os objetivos estratégicos da instituição, buscando vincular a atuação do trabalhador e das equipes com o alcance das metas institucionais;

subsidiar o desenvolvimento de programas de capacitação, por meio da iden-WLÀFDomR�GH�QHFHVVLGDGHV�GH�DSUHQGL]DJHP�H�GR�LQFHQWLYR�DR�DSHUIHLoRDPHQ-WR�SURÀVVLRQDO��YLVDQGR�D�DPSOLDU�D�TXDOLÀFDomR�GRV�WUDEDOKDGRUHV�

dar apoio ao processo de revisão do planejamento estratégico;

,GHQWLÀFDU�QHFHVVLGDGHV�GH�DGHTXDomR�IXQFLRQDO�UHODFLRQDGDV�D�SUREOHPDV�GH�adaptação ao cargo, à função ou à instituição;

democratizar o ambiente de trabalho, estabelecendo um diálogo contínuo com trabalhadores e equipes a respeito dos resultados desejados pela institui-omR��SHORV�FLGDGmRV�H�SHOD�VRFLHGDGH��DFRPSDQKDQGR�D�VXSHUDomR�GRV�GHVDÀRV�propostos e articulando consensualmente as correções de rumo necessárias;

analisar os processos de trabalho e diagnosticar melhorias, visando a propor-cionar insumos para o desenvolvimento organizacional e o aperfeiçoamento da prestação dos serviços públicos.

Art. 13. 3DUD�DOFDQoDU�RV�REMHWLYRV�HVSHFtÀFRV�UHODFLRQDGRV��D�DYDOLDomR�GH�desempenho dos trabalhadores da SMS deverá observar os seguintes precei-tos metodológicos:

ter caráter obrigatório e ser realizada pelo menos uma vez por ano;

WHU�FDUiWHU�SDUWLFLSDWLYR��HQYROYHQGR�D�FKHÀD�LPHGLDWD��RV�PHPEURV�GD�HTXLSH�de trabalho e o próprio trabalhador;

GLVSRU�GH�REMHWLYRV��PHWDV�H�LQGLFDGRUHV�HVSHFtÀFRV�SDUD�DIHULU�R�GHVHPSHQKR�do trabalhador nos processos e serviços de saúde e nas condições de trabalho da sua unidade de lotação;

FRQWDU�FRP�LQVWkQFLDV�UHFXUVDLV�FODUDPHQWH�GHÀQLGDV�

fecorrer a processos e instrumentos de aferição que atendam à natureza das atividades da SMS, resguardando-se os seguintes princípios:

contribuição do trabalhador para a consecução dos objetivos do serviço ou unidade;

adequação aos conteúdos ocupacionais e às condições reais de trabalho, de forma que condições precárias ou adversas de trabalho não prejudiquem a avaliação do trabalhador;

Page 129: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

128

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

FRQKHFLPHQWR�GR�WUDEDOKR�TXDQWR�DR�UHVXOWDGR�ÀQDO�GD�DYDOLDomR��FRP�GLUHLWR�a manifestação;

FDUDFWHUL]DomR�GD�FRQGLomR�GH�LQVXÀFLrQFLD�GH�GHVHPSHQKR�

uso de formulários e/ou sistemas informatizados.

Art. 14. Para efetivar os preceitos metodológicos relacionados, a avaliação de desempenho dos trabalhadores da SMS deverá utilizar instrumentos de aferição formulados em obediência aos seguintes critérios:

objetividade – de modo a possibilitar a sua referência em dados e fatos, pas-síveis de serem aferidos e demonstrados, e evitar juízos subjetivos em bene-fício ou prejuízo da avaliação;

precisão – de modo a possibilitar resultados semelhantes se aplicados em condições semelhantes;

validade – de modo a obedecer à legislação que ordena o serviço público e os direitos individuais e ser considerados válidos para os propósitos da ava-liação de desempenho;

legitimidade – de modo a ser consensualmente aceitos pelos avaliadores e avaliados;

publicidade – de modo a ser de amplo conhecimento público;

adequação – de modo a levar em conta os princípios e diretrizes do SUS, os objetivos do Plano Municipal de Saúde (PMS) e os critérios para ingresso e desenvolvimento na carreira dos trabalhadores da SMS.

SUBSEÇÃO I

DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Art. 15. Deverá ser criada, no prazo máximo de 180 dias da vigência desta lei, Comissão de Avaliação de Desempenho (CAD) com o objetivo de:

acompanhar o processo de avaliação de desempenho individual e institucio-QDO�HP�WRGDV�DV�VXDV�HWDSDV�H�SURSRU�VROXomR�SDUD�SRVVtYHLV�FRQÁLWRV�

julgar, em última instância, os eventuais recursos interpostos quanto aos re-VXOWDGRV�GDV�DYDOLDo}HV�LQGLYLGXDLV�GH�GHVHPSHQKR�SDUD�ÀQV�GH�SURJUHVVmR�na carreira.

Art. 16. A composição da CAD será paritária entre gestores e trabalhadores

Page 130: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

129

da SMS, com membros indicados pelo secretário de saúde e pelas entidades representativas dos trabalhadores municipais, para mandatos de três anos, facultada a recondução por igual período.

Parágrafo único. $�IRUPD�GH�HVFROKD�GRV�PHPEURV�GD�&$'�VHUi�GHÀQLGD�pela SMS, observados os seguintes requisitos obrigatórios:

ser trabalhador efetivo, em exercício no órgão ou entidade;

ter concluído o estágio probatório;

não estar respondendo a processo administrativo disciplinar; e

ter conhecimentos sobre processos e instrumentos de avaliação de desempenho.

Art. 17. A instituição da CAD se dará por ato do secretário de saúde, que GHÀQLUi�D�FRPSRVLomR��D�SHULRGLFLGDGH�GH�VXDV�UHXQL}HV�H�D�IRUPD�GH�DWXDomR��observadas as disposições desta lei.

Parágrafo único. Caso seja necessário, subcomissões da CAD poderão ser instituídas para acompanhar o processo de avaliação de desempenho em unidades descentralizadas da SMS.

SEÇÃO III

DA EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO NA CARREIRA

Art. 18. Para viabilizar o acesso dos trabalhadores às formas de desenvolvi-mento na carreira previstas nesta lei, a SMS implementará política de educa-ção permanente, orientada pelos seguintes princípios:

articulação entre ensino, trabalho e cidadania;

vinculação entre formação, gestão setorial, atenção à saúde e participação e controle social;

FRQVWUXomR�GD�UHGH�GR�686�FRPR�HVSDoR�GH�HGXFDomR�SURÀVVLRQDO�QXPD�YLVmR�intersetorial;

UHFRQKHFLPHQWR�GDV�HVSHFLÀFLGDGHV�PXQLFLSDLV�H�GD�5HJLmR�GH�6D~GH�

integralidade e compromisso com a qualidade do atendimento ao usuário.

Art. 19. O planejamento e a execução das ações da política de educação permanente prevista nesta lei serão de responsabilidade conjunta da Comissão de Educação Permanente (CEP), a ser instituída pela SMS, e da Comissão

Page 131: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

130

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Permanente de Integração Ensino-Serviço (Cies) da Região de Saúde à qual pertence o município.

Parágrafo único. A atuação conjunta da CEP e da Cies regional deverá primar pelas seguintes diretrizes:

caráter permanente e atualizado das ações e programas, de forma a acompa-nhar a evolução do conhecimento e do avanço tecnológico na área da saúde;

XQLYHUVDOLGDGH�GH�FRQWH~GRV�WpFQLFR�FLHQWtÀFRV�YROWDGRV�SDUD�D�IRUPDomR�H�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO��EHP�FRPR�SDUD�D�SURPRomR�GR�SURÀVVLRQDO�GR�686�como agente de transformação das práticas e modelos assistenciais;

FRUUHVSRQGrQFLD�FRP�R�SHUÀO�HSLGHPLROyJLFR�H�DV�QHFHVVLGDGHV�GH�VD~GH�GD�população, conforme preconizado pelo SUS;

integração entre parceiros de gestão do SUS, nos âmbitos federal, estadual e municipal;

LGHQWLÀFDomR�GH�YDORUHV�H�SRWHQFLDLV�KXPDQRV�SDUD�R�GHVHQYROYLPHQWR�GH�novas atribuições, necessárias à consolidação do SUS;

utilização de metodologias e recursos tecnológicos de ensino a distância, que YLDELOL]HP�D�TXDOLÀFDomR�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GR�686��SDUD�WRGRV�RV�QtYHLV�

Adoção de metodologias ativas de aprendizagem, com ênfase em ensino baseado em problemas;

desenvolvimento de processo de educação permanente dos trabalhadores da SMS em temas relativos à saúde e segurança do trabalho e do meio ambiente;

criação de mecanismos de interação entre as instituições formadoras e os serviços de saúde, adequando a formação dos trabalhadores da saúde a um modelo de atenção universal, equitativo e de qualidade, para atendimento às necessidades de saúde da população;

implantação de escala entre os trabalhadores da SMS, para que todos tenham DFHVVR�D�RSRUWXQLGDGHV�GH�IRUPDomR�H�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�SDUD�R�ERP�desempenho de suas funções;

LGHQWLÀFDomR�GDV�GHPDQGDV�H�QHFHVVLGDGHV�GD�5HJLmR�GH�6D~GH��D�VHUHP�YLDEL-OL]DGDV�HP�FDGD�PXQLFtSLR��SDUD�HIHLWR�GD�IRUPDomR�H�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�

Art. 20. A CEP terá as seguintes atribuições:

Avaliar as necessidades e prioridades dos setores quanto à educação perma-nente;

Page 132: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

131

formular e desenvolver projetos para cursos, capacitações e treinamentos, para realização no município ou encaminhamento à Cies regional;

Indicar membros para compor a Cies regional;

propor e recomendar a liberação de trabalhadores para frequentar cursos de IRUPDomR�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�

DQDOLVDU�H�GHOLEHUDU�TXDQWR�j�YDOLGDomR�GRV�FHUWLÀFDGRV�GH�FRQFOXVmR�GH�FXUVRV�GH�IRUPDomR�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�

planejar e acompanhar atividades voltadas à socialização do conhecimento adquirido por trabalhadores que tenham concluído cursos de formação ou TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�FRP�DSRLR�ÀQDQFHLUR�RX�ORJtVWLFR�SRU�SDUWH�GR�SRGHU�S~EOLFR��LQFOXVLYH�QR�TXH�GLJD�UHVSHLWR�D�HYHQWXDLV�FRPSURYDo}HV�SDUD�ÀQV�de promoção na carreira;

analisar e recomendar a execução de propostas de intervenção apresentadas SRU�WUDEDOKDGRUHV�TXH�WHQKDP�FRQFOXtGR�FXUVRV�GH�IRUPDomR�SURÀVVLRQDO�FRP�DSRLR�ÀQDQFHLUR�RX�ORJtVWLFR�GR�SRGHU�S~EOLFR�

DQDOLVDU�H�GHOLEHUDU�TXDQWR�j�DSUHVHQWDomR�GH�FHUWLÀFDGR�RX�GLSORPD�GH�FRQ-FOXVmR�GH�FXUVR�GH�IRUPDomR�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO��SURSRVWDV�GH�LQWHU-venção, comprovantes da realização de eventos de socialização do conheci-mento (relatório, lista de presença, ata etc.), entre outros documentos exigidos SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�

fomentar a produção de conhecimento no local de trabalho.

Art. 21. A composição da CEP será paritária entre gestores e trabalhadores da SMS, com membros indicados pelo secretário de saúde e pelas entidades representativas dos trabalhadores municipais, para mandatos de três anos, facultada a recondução por igual período.

Parágrafo único. $�IRUPD�GH�HVFROKD�GRV�PHPEURV�GD�&(3�VHUi�GHÀQLGD�pela SMS, observados os seguintes requisitos obrigatórios:

ser trabalhador efetivo, em exercício no órgão ou entidade;

ter concluído o estágio probatório;

não estar respondendo a processo administrativo disciplinar; e

ter conhecimentos sobre processos e instrumentos de educação permanente.

Art. 22. A CEP deverá criar escala permanente de cursos para garantir a participação de todos os trabalhadores da SMS em pelo menos uma atividade

Page 133: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

132

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

educativa no período do interstício, de acordo com necessidades e demandas levantadas em âmbito regional.

Parágrafo único. $�&(3�ÀFD�DXWRUL]DGD�D�DWXDU�HP�FRQMXQWR�FRP�D�&LHV�5HJLRQDO��D�ÀP�GH�PRELOL]DU�UHFXUVRV�GLVSRQtYHLV�HP�kPELWR�PXQLFLSDO��HV-WDGXDO�H�IHGHUDO�SDUD�DWLQJLU�D�PHWD�À[DGD�

Art. 23. A CEP deverá incentivar a produção de conhecimento no local de WUDEDOKR��FRP�R�REMHWLYR�GH�HVWLPXODU�D�UHÁH[mR�VREUH�D�SUiWLFD�GRV�WUDEDOKD-dores do SUS, visando ao aperfeiçoamento do processo de trabalho e à me-lhoria das condições de trabalho, do atendimento à população e dos instru-mentos de divulgação da produção resultante.

Art. 24. 2�WUDEDOKDGRU�TXH�IRU�EHQHÀFLDGR�SHOD�SROtWLFD�GH�HGXFDomR�SHUPD-QHQWH�SUHYLVWD�QHVWD�OHL��PHGLDQWH�DSRLR�ÀQDQFHLUR�H�RX�OLEHUDomR�GH�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR�SDUD�D�UHDOL]DomR�GH�FXUVR�GH�IRUPDomR�RX�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLR-nal, deverá permanecer no exercício da função por período de tempo igual ao da formação, durante o qual não será permitida a concessão de novo benefício SDUD�DTXHOH�ÀP�

Parágrafo único. Na hipótese de encerramento do vínculo com a adminis-tração antes de decorrido o prazo de que trata este artigo, o trabalhador a que se refere o “caput” deste deverá efetuar o ressarcimento ao erário das despesas havidas com a formação.

Art. 25. 2�WUDEDOKDGRU�TXH�IRU�EHQHÀFLDGR�SHOD�SROtWLFD�GH�HGXFDomR�SHUPD-QHQWH�SUHYLVWD�QHVWD�OHL��PHGLDQWH�DSRLR�ÀQDQFHLUR�H�RX�OLEHUDomR�GH�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR�SDUD�D�UHDOL]DomR�GH�FXUVR�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO��GHYHUi�disponibilizar as informações e os conhecimentos obtidos para os demais trabalhadores de sua unidade ou setor, por meio de eventos de socialização.

Parágrafo único. A programação dos eventos de socialização previstos no “caput” deste artigo será de responsabilidade da CEP, observados os seguin-tes critérios:

cursos cuja carga horária seja menor ou igual a vinte horas: socialização me-diante comunicação oral em reunião com a equipe de trabalho; e

cursos cuja carga horária seja maior que vinte horas: socialização mediante comunicação escrita ou apresentação em reunião com a equipe de trabalho ou outro evento formativo.

Page 134: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

133

SUBSEÇÃO I

DOS CURSOS DE FORMAÇÃO E DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 26. Para efeito de promoção na carreira, os trabalhadores da SMS deverão DSUHVHQWDU�j�&(3�GLSORPDV�RX�FHUWLÀFDGRV�GH�FRQFOXVmR��HPLWLGRV�SRU�LQVWL-tuições de ensino devidamente reconhecidas pelo MEC, de cursos de forma-omR�SURÀVVLRQDO�QRV�VHJXLQWHV�QtYHLV�RX�PRGDOLGDGHV�GH�HQVLQR�

Ensino fundamental;ensino médio;curso técnico de nível médio;curso de especialização de nível técnico;curso de graduação de nível superior;curso de pós-graduação de nível superior lato sensu (especialização);curso de pós-graduação de nível superior stricto sensu (mestrado ou doutorado).

§1° 6y�VHUmR�DFHLWRV�SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�GLSORPDV�RX�FHUWLÀFDGRV�GH�FRQFOXVmR�GH�FXUVRV�GH�IRUPDomR�SURÀVVLRQDO�TXH�HVWLYHUHP�GH�DFRUGR�com as atribuições e responsabilidades do cargo ou relacionados com a área de atuação do trabalhador.

Art. 27. 2�WUDEDOKDGRU�TXH�DSUHVHQWDU�GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�YDOLGDGR�SHOD�Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS) poderá utilizá-lo uma única YH]�H�UHFHEHUi�D�FRQWDJHP�GDV�KRUDV�SUHYLVWDV�QR�FHUWLÀFDGR�FRPR�SRQWXDomR�SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�FDVR�WHQKD�SDUWLFLSDGR�GDV�VHJXLQWHV�DWLYLGDGHV�

coordenação de curso ou exercício da docência;

HODERUDomR�GH�SURMHWRV�H�UHODWyULRV�GH�SHVTXLVDV�FLHQWtÀFDV�

orientação de trabalho de conclusão de curso (TCC),

orientação de processo de estágio supervisionado com carga horária mínima de dezesseis horas.

Art. 28. e�REULJDWyULD��SDUD�HIHLWRV�GH�YDOLGDomR�GH�GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�GH�conclusão de curso de pós-graduação de nível superior lato senso como ins-trumento de promoção na carreira, a apresentação de projeto de intervenção elaborado e aprovado durante a realização do curso.

Parágrafo único. A implementação do projeto de intervenção apresentado pelo trabalhador é de responsabilidade exclusiva da gestão, não interferindo no processo de promoção na carreira.

Page 135: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

134

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Art. 29. 'LSORPDV�RX�FHUWLÀFDGRV�GH�FRQFOXVmR�GH�FXUVRV�GH�JUDGXDomR�RX�pós-graduação de nível superior realizados fora do país somente serão aceitos SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD�DSyV�VXD�UHYDOLGDomR��GH�DFRUGR�FRP�DV�UH-gras estabelecidas pelo Ministério de Educação (MEC), ressalvados os demais instrumentos legais que dispõem sobre a matéria.

Art. 30. 1R�TXH�VH�UHIHUH�D�FXUVRV�H�RXWURV�HYHQWRV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLR-QDO��VHUi�H[LJLGD�D�DSUHVHQWDomR�GH�GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�GH�SDUWLFLSDomR�com carga horária mínima de:

vinte horas, no caso de participação em atividade de capacitação, treinamen-to ou atualização na área de atuação ou abrangência do SUS, realizada por meio de curso de extensão ou similar, sem limite de prazo da conclusão;

oito horas, no caso de participação em atividade de aperfeiçoamento, treina-mento, atualização na área de atuação ou abrangência do SUS, realizada por PHLR�GH�FRQIHUrQFLD��FRQJUHVVR��VHPLQiULR��VLPSyVLR��RÀFLQD��IyUXP�RX�VL-milar, sem limite de prazo da conclusão.

Parágrafo único. $�FDUJD�KRUiULD�GR�GLSORPD�RX�FHUWLÀFDGR�GH�SDUWLFLSDomR�HP�FXUVR�RX�RXWUR�HYHQWR�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�VHUi�FRQWDELOL]DGD�HP�GREUR�TXDQGR�ÀFDU�FRPSURYDGR�TXH�R�SDUWLFLSDQWH�IRL�SDOHVWUDQWH��RUJDQL]D-dor, expositor, autor ou coautor de publicação na área de atuação ou abran-gência do SUS.

Art. 31. 6HUmR�LJXDOPHQWH�YiOLGRV��SDUD�ÀQV�GH�SURPRomR�QD�FDUUHLUD��GLSOR-PDV�RX�FHUWLÀFDGRV�GH�SDUWLFLSDomR�HP�FXUVRV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�FRPSDWtYHLV�FRP�D�iUHD�GH�DWXDomR�SURÀVVLRQDO�GRV�WUDEDOKDGRUHV�GD�606�

oferecidos por entidades sindicais e outras organizações não governamentais;

voltados ao aperfeiçoamento da gestão do SUS, nas suas diferentes áreas de abrangência ou de concentração.

CAPÍTULO V

DA REMUNERAÇÃO E DO REGIME DE TRABALHO

Art. 32. A remuneração dos trabalhadores abrangidos por este PCCV será composta do vencimento básico, correspondente ao valor estabelecido para o padrão de vencimento da classe e da referência em que se encontre o traba-lhador, acrescido dos incentivos e das demais vantagens pecuniárias previstas nesta lei.

Page 136: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

135

Parágrafo único. A avaliação do impacto decorrente da implementação GHVWH�3&&9�GHYHUi�VHU�YHULÀFDGD�FRP�EDVH�HP�DQiOLVH�KLVWyULFD�H�QD�HODER-UDomR�GH�FHQiULRV�GR�UHVSHFWLYR�FRPSRUWDPHQWR�RUoDPHQWiULR�ÀQDQFHLUR��inclusive os limites legais estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Art. 33. Os vencimentos básicos do PCCV e as respectivas evoluções remu-QHUDWyULDV�HVWmR�HVWUXWXUDGRV�QD�IRUPD�GR�$QH[R�,,,�H�VHUmR�À[DGRV�HP�SDU-FHOD�~QLFD��FRP�HIHLWRV�ÀQDQFHLURV�D�SDUWLU�GDV�GDWDV�QHOH�HVSHFLÀFDGDV�

Art. 34. Sobre os vencimentos básicos referidos no artigo anterior incidirão os mesmos reajustes concedidos a título de revisão geral da remuneração dos trabalhadores públicos municipais.

Parágrafo único. e�IDFXOWDGR�j�DGPLQLVWUDomR��HP�GHFRUUrQFLD�GDV�HVSHFLÀ-FLGDGHV�GR�VHWRU�VD~GH��GHÀQLU�FRHÀFLHQWH�SDUD�DXPHQWR�GRV�YHQFLPHQWRV�EiVLFRV�GRV�WUDEDOKDGRUHV�LQWHJUDQWHV�GHVWH�3&&9�VXSHULRU�DR�À[DGR�SDUD�RV�demais servidores municipais, observado o processo de negociação coletiva.

Art. 35. A carga horária semanal para todos os trabalhadores da saúde será GH�WULQWD�KRUDV��H[FHWR�SDUD�DV�SURÀVV}HV�TXH�GLVS}HP�GH�FDUJD�KRUiULD�LQIHULRU�SRU�IRUoD�GH�OHJLVODomR�HVSHFtÀFD�

Parágrafo único. Em decorrência de necessidade regional, o trabalhador LQWHJUDQWH�GD�FDUUHLUD�SRGHUi�WHU�À[DGD��SRU�WHPSR�GHWHUPLQDGR��FDUJD�KRUiULD�semanal de até quarenta horas, com o correspondente acrescimento remune-ratório, em valor igual ou superior ao valor da hora, observadas as disposições legais.

Art. 36. Na necessidade do serviço e observadas as disposições legais, os trabalhadores poderão cumprir jornada de trabalho em regime de hora extra, limitada à prorrogação em até duas horas da hora normal de trabalho.

Parágrafo único. Nos casos de força maior ou necessidade imperiosa, pode-rá o limite previsto neste artigo ser ampliado, mediante acordo coletivo.

Art. 37. O regime de férias para os trabalhadores deste PCCV será de 25 dias úteis.

Art. 38. O trabalhador terá direito à folga no dia do seu aniversário.

Art. 39. O trabalhador que, no prazo de um ano, não faltar ao trabalho ou só WLYHU�IDOWD�MXVWLÀFDGD�SRGHUi�JR]DU�GRLV�GLDV�GH�IROJD�QR�DQR�VHJXLQWH��PHGLDQ-te prévio acerto com o superior hierárquico imediato.

Page 137: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

136

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

SEÇÃO I

DOS ADICIONAIS E DAS GRATIFICAÇÕES

Art. 40. Os trabalhadores abrangidos por este PCCV e em efetivo exercício SRGHUmR�DXIHULU�RV�VHJXLQWHV�DGLFLRQDLV�H�JUDWLÀFDo}HV��TXH�FRPS}HP�D�SDUWH�variável da remuneração, com pagamento condicionado à observância de FULWpULRV�D�VHUHP�HVWDEHOHFLGRV�HP�UHJXODPHQWDomR�HVSHFtÀFD�

por regime especial de trabalho:

tempo integral;

plantão.

por condição de trabalho:

insalubridade e periculosidade;

localização;

criticidade dos serviços.

por exercício de função:

FDUJR�HP�FRPLVVmR�H�IXQomR�JUDWLÀFDGD��

preceptoria e tutoria

por resultados:

incentivo à qualidade e produtividade dos serviços de saúde.

§1º Os adicionais por regime de trabalho em tempo integral ou em plantão, assim como os adicionais de periculosidade e insalubridade e as disposições UHODWLYDV�j�DVVXQomR�GH�FDUJR�HP�FRPLVVmR�RX�IXQomR�JUDWLÀFDGD��VmR�DTXHOHV�previstos neste PCCV e implementados na vigência da presente lei.

§2° Os adicionais previstos no inciso II, alíneas “b” e “c”, no inciso III, alínea “b”, e no inciso IV serão regulamentados no prazo máximo de 180 dias da vigência desta lei, considerando faixas de valores vinculadas a fatores de DWUDomR�H�À[DomR�SRU�FDWHJRULD�SURÀVVLRQDO��D�VHUHP�HVWDEHOHFLGDV�HP�IXQomR�da realidade socioeconômica do município e da média remuneratória do mercado de trabalho da Região de Saúde a que ele pertence.

Art. 41. Os adicionais previstos nesse PCCV serão incorporados, progressiva-mente, como vantagem pessoal, a cada cinco anos, mediante parcelas quinque-nais, a serem distribuídas de modo a permitir que o trabalhador incorpore a to-WDOLGDGH�GRV�DGLFLRQDLV�D�TXH�À]HU�MXV�DR�FRPSOHWDU����DQRV�GH�H[HUFtFLR�HIHWLYR�

Page 138: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

137

Parágrafo único. A parcela inicial, relativa ao primeiro quinquênio de exer-cício efetivo, corresponderá a percentual mínimo de 15% do total da incor-poração a que se refere o “caput” deste artigo.

Art. 42. A proporcionalidade entre vencimento e adicionais deverá ser de 70% SDUD�YHQFLPHQWR�H�GH�����SDUD�JUDWLÀFDo}HV��VDOYR�QR�H[HUFtFLR�GH�FDUJR�HP�FRPLVVmR�RX�IXQomR�JUDWLÀFDGD��FRQIRUPH�GLVSRVWR�QHVWD�OHL�

Art. 43. A critério da administração, outras condições especiais poderão ser REMHWR�GH�JUDWLÀFDomR�RX�DGLFLRQDO�

SUBSEÇÃO I

DOS ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E DE INSALUBRIDADE

Art. 44. Aos trabalhadores que exercerem habitualmente atividades em con-GLo}HV�LQVDOXEUHV�H�RX�SHULJRVDV�ÀFD�DVVHJXUDGR�R�DGLFLRQDO�FRUUHVSRQGHQWH�

§1º $�FDUDFWHUL]DomR�H�D�FODVVLÀFDomR�GD�LQVDOXEULGDGH�H�SHULFXORVLGDGH�IDU�VH-�mR�SRU�LQWHUPpGLR�GH�SHUtFLD�D�VHU�UHDOL]DGD�H[FOXVLYDPHQWH�SRU�SURÀVVLRQDO�habilitado (engenheiro ou técnico em segurança do trabalho, ou ainda, espe-cialista em saúde do trabalhador), acompanhado por membro da Comissão Local de Saúde do Trabalhador (CLST) da unidade demandante e de repre-sentante sindical.

§2º Se a unidade não possuir CLST, a Comissão Central de Saúde do Traba-lhador (CCST) indicará um trabalhador efetivo para acompanhar a perícia prevista no parágrafo anterior.

����1R�FDVR�GH�LQVDOXEULGDGH��R�DGLFLRQDO�VHUi�À[DGR�GH�DFRUGR�FRP�R�JUDX�PtQLPR��PpGLR�RX�Pi[LPR�D�TXH�HVWHMDP�H[SRVWRV��VHJXLQGR�FULWpULRV�GHÀQLGRV�SHODV�QRUPDV�UHJXODPHQWDGRUDV��FRQIRUPH�OHJLVODomR�HVSHFtÀFD�VREUH�D�PDWpULD�

����2�YDORU�GR�DGLFLRQDO�GH�LQVDOXEULGDGH�ÀFD�DVVLP�GHÀQLGR��JUDX�PtQLPR�de insalubridade: 10% do vencimento básico; grau médio de insalubridade: 20% do vencimento básico; grau máximo de insalubridade: 40% do venci-mento básico.

§5º O valor do adicional de periculosidade será de 30% do vencimento básico.

Art. 45. Para reduzir a exposição dos trabalhadores a condições insalubres e/ou perigosas, a administração deverá implantar e implementar ações de saú-de, segurança e ambiente de trabalho, conforme previsto em lei.

Page 139: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

138

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Parágrafo único. As ações referidas no “caput” deste artigo deverão ser implantadas e implementadas em conformidade com as disposições da Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUS (NOB/RH-SUS), institu-ída pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2011, e com as diretrizes da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS (MNNP-SUS), notada-mente aquelas que são objeto do protocolo relativo à Política Nacional de 3URPRomR�GD�6D~GH�GR�7UDEDOKDGRU�GR�686��ÀUPDGR�HP�������H�GR�SURWR-colo relativo à Agenda Nacional do Trabalho Decente para Trabalhadores e 7UDEDOKDGRUDV�GR�686��ÀUPDGR�HP������

SEÇÃO II

DOS REGIMES ESPECIAIS DE TRABALHO

Art. 46. Os regimes especiais de trabalho serão:

tempo integral;

escala de plantão;

Art. 47. O trabalhador em regime de tempo integral ou em escala de plantão ÀFDUi�DXWRPDWLFDPHQWH�H[FOXtGR�GRV�UHJLPHV�HVSHFLDLV��FDVR�VHMD�QRPHDGR�SDUD�FDUJR�FRPLVVLRQDGR�RX�IXQomR�GH�FRQÀDQoD�

SUBSEÇÃO I

DO REGIME DE TEMPO INTEGRAL

Art. 48. O regime de tempo integral será aplicado, por iniciativa e no interes-VH�GD�DGPLQLVWUDomR��DRV�WUDEDOKDGRUHV�HQFDUUHJDGRV�GH�DWLYLGDGH�HVSHFtÀFD�que exija, pela sua natureza e para sua plena realização, a adoção desse regi-me de trabalho.

Art. 49. Somente poderão ser convocados para o regime de tempo integral trabalhadores que detenham cargos de provimento efetivo.

Art. 50. O trabalhador convocado para o regime de tempo integral não poderá:

ter exercício em repartição diversa da qual for lotado;

SHUFHEHU�JUDWLÀFDo}HV�UHODWLYDV�D�VHUYLoR�H[WUDRUGLQiULR�

Art. 51. A convocação para regime especial de trabalho cessará:

a pedido do trabalhador, ressalvado o interesse público;

a critério da administração, quando se tornar desnecessária ao serviço.

Page 140: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

139

Art. 52. O trabalhador convocado para o regime de tempo integral terá direi-WR�D�JUDWLÀFDomR�VREUH�VHX�YHQFLPHQWR�EiVLFR��FDOFXODGD�GH�DFRUGR�FRP�R�DFUpVFLPR�GH�VXD�FDUJD�KRUiULD��FRQIRUPH�HVSHFLÀFDGR�D�VHJXLU�

JUDWLÀFDomR�GH�����TXDQGR�R�DFUpVFLPR�GD�FDUJD�KRUiULD�FRUUHVSRQGHU�D�����da jornada habitual.

JUDWLÀFDomR�GH�����TXDQGR�R�DFUpVFLPR�GH�FDUJD�KRUiULD�FRUUHVSRQGHU�j�metade da jornada habitual;

JUDWLÀFDomR�GH������TXDQGR�R�DFUpVFLPR�GH�FDUJD�KRUiULD�FRUUHVSRQGHU�DR�dobro da jornada habitual.

Art. 53. $�JUDWLÀFDomR�GH�UHJLPH�GH�WHPSR�LQWHJUDO�VHUi�GHYLGD�VRPHQWH�TXDQ-do o trabalhador estiver no efetivo exercício do respectivo cargo, sendo assegu-UDGD�VXD�SHUFHSomR�SURSRUFLRQDOPHQWH�QD�JUDWLÀFDomR�QDWDOLQD�H�QDV�IpULDV�

SUBSEÇÃO II

DO REGIME EM ESCALA DE PLANTÃO

Art. 54. Os trabalhadores que desenvolverem atividades em unidades de assis-tência ambulatorial ou hospitalar aos usuários do SUS poderão cumprir jornada de trabalho em regime de escala de plantão, conforme previsto nesta lei.

§1º Os trabalhadores que cumprirem jornada de trabalho em regime de escala de plantão serão distribuídos de acordo com a necessidade do serviço das áreas às quais estejam vinculados, exceto aqueles cujas jornadas de trabalho VHMDP�À[DGDV�SRU�OHLV�TXH�UHJXODPHQWDP�VXDV�UHVSHFWLYDV�SURÀVV}HV�

§2º O cumprimento da jornada de trabalho em regime de escala de plantão GHYHUi�REVHUYDU�DV�TXDQWLGDGHV�HVSHFLÀFDGDV�DEDL[R�

carga horária de vinte horas semanais: até sete plantões de doze horas;carga horária de trinta horas semanais: até dez plantões de doze horas.

����3DUD�ÀQV�GH�FXPSULPHQWR�GD�MRUQDGD�GH�WUDEDOKR�HP�UHJLPH�GH�HVFDOD�GH�plantão, considera-se o mês laboral como equivalente a quatro semanas.

Art. 55. Aos trabalhadores sujeitos à jornada de trabalho em regime de esca-la de plantão será devido adicional de 5% por plantão, calculado sobre seu respectivo cargo, carga horária, classe e referência.

Page 141: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

140

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Parágrafo único. Será devido ao trabalhador, em caso de realização de plan-tão além do limite máximo previsto no mês laboral, acréscimo de 30% no YDORU�À[DGR�QR�´FDSXWµ�GHVWH�DUWLJR��SRU�SODQWmR��RX�DFUpVFLPR�GH�����QD-TXHOH�YDORU��TXDQGR�R�SODQWmR�RFRUUHU�HP�ÀP�GH�VHPDQD�RX�IHULDGR�

SEÇÃO III'$�&2175$7$d®2�7(0325É5,$�325�(;&(3&,21$/�� �INTERESSE PÚBLICOArt. 56. Na hipótese de contratação temporária por excepcional interesse público, a administração deverá realizar processo de seleção pública simpli-ÀFDGD��REVHUYDGDV�DV�GLVSRVLo}HV�GD�OHJLVODomR�YLJHQWH��HVSHFLDOPHQWH�TXDQ-to ao prazo máximo de vinculação.Parágrafo único. O quantitativo de contratos temporários no exercício não poderá ser maior que 20% dos cargos efetivos ocupados até 31 de dezembro do exercício anterior, observando sempre a disponibilidade orçamentária e ÀQDQFHLUD�GR�PXQLFtSLR�SDUD�FREULU�DV�GHVSHVDV�FRUUHQWHV�Art. 57. Os trabalhadores contratados temporariamente não integrarão este PCCV, mas terão assegurados os seguintes direitos:remuneração de acordo com a classe A e a referência I da tabela de vencimen-tos do cargo correspondente à área de atuação;JUDWLÀFDomR�QDWDOLQD�H�IpULDV�SURSRUFLRQDLV�GH������SRU�PrV�WUDEDOKDGR�RX�fração igual ou superior a catorze dias no mês;inscrição no sistema de previdência social prevista nesta lei.

SEÇÃO IVDOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS FUNÇÕES DE CONFIANÇAArt. 58. O trabalhador abrangido por este PCCV, nomeado para exercer FDUJR�HP�FRPLVVmR�RX�IXQomR�GH�FRQÀDQoD��GHYHUi�RSWDU�SRU�SHUFHEHU�R�subsídio do cargo comissionado ou o vencimento básico do cargo de carreira acrescido de até 40%.Art. 59. Fica assegurado que pelo menos 60% dos cargos em comissão ou IXQo}HV�GH�FRQÀDQoD�GD�606�VHUmR�RFXSDGRV�SRU�WUDEDOKDGRUHV�GH�FDUUHLUD�Art. 60. 2V�FDUJRV�HP�FRPLVVmR�H�DV�IXQo}HV�GH�FRQÀDQoD�GHYHUmR�VHU�SUH-HQFKLGRV�SRU�SURÀVVLRQDLV�FRP�H[SHULrQFLD�RX�IRUPDomR�QD�iUHD�GH�VD~GH�

Page 142: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

141

CAPÍTULO VI

DO FOMENTO À POLÍTICA DE REGIONALIZAÇÃO DO SUS

Art. 61. Este PCCV observará diretrizes de fomento à política de regionaliza-omR�GR�686��GHÀQLGDV�QR�kPELWR�GD�&RPLVVmR�,QWHUJHVWRUHV�5HJLRQDO��&,5���especialmente aquelas voltadas para a consolidação das redes de atenção à saúde em âmbito regional, conforme previsto no Decreto n. 7.508/2011.

§1º As disposições referentes à política de regionalização do SUS, constantes neste PCCV, deverão ser complementadas por deliberações da Mesa Regio-nal de Negociação Permanente do SUS (MRNP-SUS), a ser instituída pela CIR, de modo a assegurar a participação paritária entre gestores e trabalhado-res na formulação e implementação de medidas destinadas a ampliar as condições de mobilidade e equidade dos trabalhadores do SUS no âmbito do município e da Região de Saúde a que este pertence.

����(YHQWXDLV�PRGLÀFDo}HV�GHVWD�OHL��WHQGHQWHV�D�DOWHUDU�RV�PHFDQLVPRV�GH�IRPHQWR�j�SROtWLFD�GH�UHJLRQDOL]DomR�GR�686�QHOD�HVSHFLÀFDGRV��SUHFLVDUmR�ser submetidas às instâncias regionais.

Art. 62. Para a implementação de mecanismos de fomento à política de re-gionalização do SUS, na Região de Saúde a que pertence o município, deve-rão ser instituídos e aplicados:

FULWpULRV�GH�PRELOLGDGH�LQWUDUUHJLRQDO��PHGLDQWH�D�GHÀQLomR�GH�QRUPDV�TXH�efetivem a possibilidade de cessão e remoção de trabalhadores entre os mu-nicípios da Região de Saúde, com garantia de progressão e promoção nas respectivas carreiras;

FULWpULRV�GH�HTXLGDGH�LQWUDUUHJLRQDO��PHGLDQWH�D�GHÀQLomR�GH�QRUPDV�TXH�efetivem a possibilidade de redução das desigualdades na renda média dos WUDEDOKDGRUHV�GR�686��SRU�PHLR�GH�JUDWLÀFDo}HV�H�DGLFLRQDLV�TXH�HVWLPXOHP�a mobilidade intrarregional ou por meio de tabela única de vencimentos para todos os municípios da Região de Saúde.

Parágrafo único. Os critérios de mobilidade e equidade intrarregional referi-dos no “caput” deste artigo devem ser aprovados pela CIR, após processo de negociação coletiva entre gestores e trabalhadores do SUS, conduzido no âmbito da MRNP-SUS ou de instituição congênere, tomando por base estu-dos e análises que considerem as seguintes variáveis e indicadores:

Page 143: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

142

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

População; Receita;Distância/acesso;Infraestrutura;Fronteiras estaduais e internacionais;Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e outros indicadores GHPRJUiÀFRV��VRFLRHFRQ{PLFRV�H�HSLGHPLROyJLFRV�GLVSRQtYHLV�SDUD�a região.

SEÇÃO I

DA MOBILIDADE INTRARREGIONAL

Art. 63. Entende-se por mobilidade intrarregional a possibilidade de trânsito GR�WUDEDOKDGRU�QD�HVIHUD�UHJLRQDO��VHP�PRGLÀFDomR�GD�YLQFXODomR�RULJLQiULD�à carreira, com permanente adequação às necessidades e à dinâmica do SUS, sem perda dos direitos.

Art. 64. A mobilidade intrarregional pode ocorrer por demanda do trabalha-dor ou da administração, observados os seguintes requisitos:

necessidade do serviço;

anuência da parte demandada;

garantia de direitos trabalhistas e previdenciários;

SDJDPHQWR�GH�JUDWLÀFDomR�SDUD�RV�WUDEDOKDGRUHV�TXH�HVWmR�HP�ORFDLV�GH�GLIt-cil acesso e ou de risco.

Art. 65. A mobilidade intrarregional será operada por meio da cessão e/ou remoção.

Art. 66. A cessão intrarregional, assim considerado o ato através do qual o trabalhador é posto à disposição de outro ente, será sem ônus para o órgão de origem e será concedida pelo prazo máximo de um ano, renovável anualmen-te segundo a necessidade e o interesse dos entes.

§1º Em casos excepcionais, a cessão poderá ocorrer com ônus para o município:

quando se tratar de dirigente da entidade de representação sindical;

quando a entidade ou órgão solicitante compensar a SMS com serviço de valor equivalente ao custo anual do cedido.

Page 144: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

143

§2º A cessão para exercício de atividades estranhas à saúde pública interrompe o interstício para o desenvolvimento na carreira.

Art. 67. O trabalhador cedido com ou sem ônus para outro órgão ou institui-ção que desempenhar função equivalente à de sua carreira, quando retornar ao quadro de pessoal da prefeitura será enquadrado na referência a que tiver direito por tempo de serviço.

§1º O trabalhador afastado por interesse próprio ou por licenças, exceto a de maternidade, no retorno, deverá aguardar o interstício para progressão na carreira.

§2º O trabalhador em estágio probatório não poderá ser cedido para outro órgão.

Art. 68. O município poderá fazer remoção por permuta de trabalhadores da saúde, desde que ocupantes de cargos equivalentes, no âmbito intrarre-gional, principalmente voltada para o fortalecimento do processo de regio-nalização.

§1º A remoção por permuta só se consumará mediante requerimento formal por parte de ambos os trabalhadores a serem permutados e a aceitação pela administração dos respectivos municípios.

§2º Os trabalhadores permutados passarão a ser regidos pelas normas vigentes no município de destino.

Art. 69. A cessão ou remoção de trabalhadores, no âmbito da Região de Saúde, observará a existência de vagas e não poderá servir de burla ao con-curso público.

Art. 70. Outros instrumentos de cooperação interfederativa, voltados para aplicação dos critérios de mobilidade e equidade inter-regional previstos nesta lei, poderão ser incorporados a este PCCV, fazendo parte dos mecanis-PRV�GH�IRPHQWR�j�UHJLRQDOL]DomR�GR�686�GHÀQLGRV�QRV�WHUPRV�GR�'HFUHWR�7.508/2011, desde que:

sejam aprovados no âmbito da CIR;

sejam de concordância da representação sindical dos trabalhadores e aprova-GRV�HP�DVVHPEOHLD�HVSHFLDOPHQWH�FRQYRFDGD�SDUD�WDO�ÀP�

não provoquem nenhum prejuízo aos direitos e vantagens dos trabalhadores abrangidos pelo plano.

Page 145: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

144

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

CAPÍTULO VII

DA GESTÃO DA CARREIRA

Art. 71. Fica instituída a Comissão de Gestão da Carreira (CGG), que terá a responsabilidade de acompanhar, assessorar e avaliar a implementação deste PCCV, cabendo-lhe, em especial:acompanhar a implementação e propor alterações no plano; PRQLWRUDU�R�LPSDFWR�ÀQDQFHLUR�GD�IROKD�GH�SDJDPHQWR�resolver controvérsias acerca dos critérios exigidos para as promoções e progressões;responder questões apresentadas por trabalhadores que se julguem prejudi-cados na aplicação do plano;examinar os casos omissos referentes ao plano.

Art. 72. A CGG será presidida pelo secretário municipal de saúde e compos-ta por:

um representante da secretaria municipal de planejamento ou congênere;

um representante da procuradoria geral do município, por indicação do pre-feito;

três representantes dos trabalhadores da SMS, indicados pelo sindicato dos trabalhadores da prefeitura ou pelo sindicato dos trabalhadores da saúde.

Art. 73. A organização e a forma de funcionamento da CGG serão objeto de regimento próprio, a ser formulado por seus membros, no prazo de [NÚME-RO] dias da vigência desta lei.

Art. 74. As questões regionais decorrentes da aplicação deste PCCV serão deliberadas no âmbito da CIR.

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 75. $�&,5�GHYHUi�UDWLÀFDU��SRU�DWR�HVSHFtÀFR��HP�IXQomR�GD�SUHWHQVmR�regional da carreira, as propostas referentes à aplicação dos critérios de mo-bilidade e equidade intrarregionais previstos neste PCCV.

Art. 76. A SMS, no prazo de doze meses a contar da publicação desta lei, pro-

Page 146: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

145

moverá avaliação e exame da política relativa aos contratos de prestação de serviços e da política relativa à criação e extinção de cargos no âmbito do SUS.

Art. 77. (VWD�OHL�HQWUD�HP�YLJRU�QD�GDWD�GH�VXD�SXEOLFDomR��ÀFDQGR�UHYRJDGDV�as disposições em contrário.

[MUNICÍPIO], [DIA] de [MÊS) de 20xx.

[NOME]Prefeito do Município de [MUNICÍPIO]

Page 147: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

146

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Anexo ICargos ou empregos públicos e grupos ocupacionais

CARGOS OU EMPREGOS PÚBLICOS

REQUISITO MÍNIMO DE FORMAÇÃO

GRUPOS OCUPACIONAIS

Especialista em saúde

Ensino superior completo

GO-1. Médico generalista e especialista

GO-2. Enfermeiro e dentista

GO-3. Assistente social, bioquímico, educador físico, farmacêutico, fisioterapeuta, médico

veterinário, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional

Assistente em saúde I

Ensino profissionalizante

completo

GO-4. Técnico em radiologia

GO-5. Técnicos em: acupuntura, análises clínicas, enfermagem, imobilização ortopédica, informática, nutrição e dietética, saúde bucal e

segurança no trabalho

Assistente em saúde II

Ensino médio completo

GO-6. Agente administrativo, agente de vigilância sanitária, auxiliar de enfermagem e

auxiliar de saúde bucal

GO-7. Artesão e recepcionista

Assistente em saúde III

Ensino fundamental completo

GO-8. Agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias

Ensino fundamental completo ou incompleto

GO-9. Agente de saúde, auxiliar de serviços gerais, cozinheiro de nutrição em saúde,

motorista de veículo especial e ou ambulância e vigia

Page 148: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

147

Anexo II$V�FODVVHV�VmR�LGHQWLÀFDGDV�SRU�OHWUDV�PDL~VFXODV�GH�DFRUGR�FRP�RV�FULWpULRV�DEDL[R�GHÀQLGRV�Especialista em Saúde:

CLASSE A: formação em nível superior completo, com diploma devidamente reconhecido pelo MEC, com registro no respectivo &RQVHOKR�3URÀVVLRQDO��VH�IRU�R�FDVR�CLASSE B: requisitos estabelecidos para a classe A, acrescidos de um dos seguintes itens:

uma especialização com trabalho de conclusão de curso voltado para o aprimoramento do serviço na área de atuação ou abrangên-cia do SUS ou;�����WUH]HQWDV�H�VHVVHQWD��KRUDV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�QD�área de atuação ou abrangência do SUS; ouUHVLGrQFLD�PXOWLSURÀVVLRQDO�

CLASSE C: ttítulo de mestre na área de atuação ou de abrangênciado trabalho no SUS ou o disposto na alínea abaixo:

requisitos estabelecidos para a Classe B mais duas especializaçõesna área de atuação ou de abrangência do SUS, com trabalho de conclusão de curso voltado para o aprimoramento do serviço;

CLASSE D: título de doutor ou PhD na área de atuação ou de abran-gência do trabalho no SUS.

Assistente em Saúde ICLASSE A: IRUPDomR�GH�QtYHO�PpGLR�WpFQLFR�SURÀVVLRQDOL]DQWH�CLASSE B: requisito estabelecido para a Classe A mais 200 (duzen-WDV��KRUDV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�QD�iUHD�GH�DWXDomR�RX�GH�abrangência do SUS, com trabalho de conclusão de curso voltado para o aprimoramento do serviço;CLASSE C: requisitos estabelecidos para a classe B, acrescidos de XP�GRV�VHJXLQWHV�LWHQV��RXWUD�IRUPDomR�SURÀVVLRQDO�WpFQLFR�GH�QtYHO�médio em área de abrangência do SUS;�����WUH]HQWDV�H�VHVVHQWD��KRUDV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�QD�área de atuação ou de abrangência do SUS.

CLASSE D: requisitos estabelecidos para a Classe C, acrescidos de um dos seguintes itens:

Page 149: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

148

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

formação em nível superior completo, com diploma devidamente reconhecido pelo MEC na área de abrangência do SUS;especialização de nível técnico de abrangência do SUS, com traba-lho de conclusão de curso voltado para o aprimoramento do serviço.

Assistente em saúde IICLASSE A: formação em nível médio;CLASSE B: requisito estabelecido para a Classe A mais 200 (duzen-WDV��KRUDV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�QD�iUHD�GH�DWXDomR�RX�GH�abrangência do SUS;CLASSE C: requisitos estabelecidos para a Classe B, acrescidos de um dos seguintes itens:�����GX]HQWRV��KRUDV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�QD�iUHD�GH�DWXD-ção ou de abrangência do SUS;IRUPDomR�3URÀVVLRQDO�7pFQLFR�GH�1tYHO�0pGLR�QD�iUHD�GH�DWXDomR�ou de abrangência do SUS.

CLASSE D: requisitos estabelecidos para a Classe C, acrescidos de um dos seguintes itens:

formação em nível superior completo, com diploma devidamente reconhecido pelo MEC na área de abrangência do SUS;�����WUH]HQWRV��KRUDV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�QD�iUHD�GH�DWXD-ção ou de abrangência do SUS; especialização de Nível Técnico na área de atuação ou de abran-gência do SUS.

Assistente em saúde III:CLASSE A: formação em ensino fundamental completo;CLASSE B: requisito estabelecido para a Classe A mais 180 (cento e RLWHQWD��KRUDV�GH�TXDOLÀFDomR�SURÀVVLRQDO�QD�iUHD�GH�DWXDomR�RX�GH�abrangência do SUS;CLASSE C: requisitos estabelecidos para a Classe B mais formação de nível médio; CLASSE D: requisitos estabelecidos para a Classe C, acrescidos de um dos seguintes itens:

formação em nível superior na área de atuação ou de abrangência do SUS;GRLV�FXUVRV�GH�)RUPDomR�3URÀVVLRQDO�7pFQLFR�GH�1tYHO�0pGLR�QD�área de atuação ou de abrangência do SUS.

Page 150: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

149

Anexo 3Minutas de instrumentos jurídicos de cooperação interfederativa para viabilização da carreira regional dos trabalhadores do SUS

Convênio de cooperação para a gestão associada de serviços públicos de saúde

CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO QUE ENTRE SI CELE-BRAM O ESTADO ATRAVÉS DA SECRETARIA DA SAÚDE E MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE SAÚDE DE (NOME DA REGIÃO DE SAÚDE)

O ESTADO , por intermédio da SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO, com sede na [ENDEREÇO], inscrita no CNPJ/MF sob o N [número], doravante denominada de SES, representada neste ato, pelo Secretário, Dr. [nome], portador da Identidade Civil N [número], expedida pela [Órgão de Expedição], inscrito no CPF/MF sob o N [número], devidamente autorizado por Ato de Delegação, publicado no 'LiULR�2ÀFLDO�GR�(VWDGR , edição de [data], o MUNICÍPIO DE , por intermédio da SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE, com sede na [ENDEREÇO], inscrita no CNPJ/MF sob o N [número], doravante denominada de SMS, representada, neste ato, pelo Secretário, Dr. [nome], portador da Identidade Civil N [número], expe-dida pela [Órgão de Expedição], inscrito no CPF/MF sob o N [núme-ro], devidamente autorizado por Ato de Delegação, publicado no Diário 2ÀFLDO�GR�0XQLFtSLR�GH� , edição de [data], doravante isola-damente denominado MUNICÍPIO , o MUNICÍPIO DE , por intermédio da SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE, com sede na [ENDEREÇO], inscrita no CNPJ/MF sob o N [número], dora-vante denominada de SMS, representada, neste ato, pelo Secretário, Dr. [nome], portador da Identidade Civil N [número], expedida pela [Órgão

Page 151: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

150

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

de Expedição], inscrito no CPF/MF sob o N [número], devidamente DXWRUL]DGR�SRU�$WR�GH�'HOHJDomR��SXEOLFDGR�QR�'LiULR�2ÀFLDO�GR�0XQLFt-pio de , edição de [data], doravante isoladamente denominado MUNICÍPIO e conjuntamente de MUNICÍPIOS, resolvem celebrar o presente Convênio de Cooperação, nos termos adiante regis-trados, aplicando-se-lhe as normas e procedimentos ditados pelos artigos 196 e 241 da Constituição Federal, Leis Federais N 4.320/1964, 8.080/1990, 8.142/1990, 8.666/1993, 8.883/1994, 8.958/1994, 11.107/2005.

CONSIDERANDO que o Sistema Único de Saúde está caracterizado constitucionalmente como uma rede regionalizada e hierarquizada de serviços (art. 198, da CF), na qual devem estar integradas todas as ações de saúde municipais, estaduais e federais;

CONSIDERANDO que as ações e serviços de saúde devem, preferen-cialmente, ser desenvolvidos pelos municípios, independentemente de VHX�SRUWH�HFRQ{PLFR��GHPRJUiÀFR�H�VRFLDO�

&216,'(5$1'2�DV�GLÀFXOGDGHV�GRV�PXQLFtSLRV�GH�SHTXHQR�SRUWH�GH�RUJDQL]DUHP�FDUUHLUD�SDUD�RV�SURÀVVLRQDLV�GD�iUHD�GD�VD~GH�

CONSIDERANDO os efeitos deletérios que isso vem causando à con-secução do direito à saúde;

CONSIDERANDO que esse processo não pode ser superado sem uma ação integrada, estratégica e articulada do conjunto dos municípios ssubs-tituindo ações isoladas e às vezes predatórias entre os mesmos por ações interfederadas.

CONSIDERANDO a necessidade de se encontrar uma solução que possa de fato criar uma rede de serviços de saúde no Estado, a qual deve integrar todos os entes políticos responsáveis pela saúde que, em perma-nente articulação e interação, sempre de maneira consensual, devem desenvolver ações e serviços de saúde de qualidade para a população;

CONSIDERANDO a Resolução da CIR N [número], [data], que aprova as diretrizes do Programa para o Desenvolvimento de Carreira Regional para os trabalhadores da saúde.

CONSIDERANDO que a CIR (COMISSÃO INTERGESTORES RE-GIONAL) através da Resolução CIR N [número], de [data], manifestou que a implantação de carreiras regionais teria importante impacto na

Page 152: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

151

H[SDQVmR��TXDOLÀFDomR�H�GHVHQYROYLPHQWR�GD�DWHQomR�j�VD~GH�QD�5HJLmR�de Saúde, além de ser um potente mecanismo de atuação interfederada para a equidade sistêmica do SUS, para a desprecarização e valorização dos trabalhadores das equipes e para o planejamento e regulação do mercado de trabalho na saúde;

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO

DOS OBJETIVOS GERAIS

O presente instrumento tem por objetivo geral a cooperação entre os convenentes, com vistas a, em conjunto, apoiar o desenvolvimento de FDUUHLUD�UHJLRQDO�SDUD�RV�SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH��EHP�FRPR�GHVHQYROYHU�a gestão associada dos serviços públicos na área da saúde pública, con-forme funções institucionais das partes.

DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS

2�SUHVHQWH�LQVWUXPHQWR�WHP�FRPR�REMHWLYR�HVSHFtÀFR�D�UHDOL]DomR�GH�ações conjuntas necessárias ao Desenvolvimento de Carreira Regional para os Trabalhadores de Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde do Estado (nome do Estado), nos termos da Resolução CIR N (número da Resolução da CIR), de [data].

Parágrafo único. A execução dos objetivos previstos no presente Con-vênio deverá adotar as seguintes etapas:

1. ETAPA 1 - Adoção de Matriz comum de Plano de Carreira pelos entes Convenentes, contendo, necessariamente, a mesma estrutura de cargos, sistemática de promoção, avaliação de desempenho, cri-térios de mobilidade e equidade intrarregional;

2. ETAPA 2 - Estudo técnico sobre o mercado de trabalho regional TXH�SHUPLWD�D�GHÀQLomR�GH�LQGLFDGRUHV�GH�IDL[DV�SDUD�SDGURQL]DomR�de Tabela de Vencimentos, que leve em consideração as condições sociais, econômicas, sanitárias, que impactem na atratividade de SURÀVVLRQDLV��GH�FDGD�XP�GRV�HQWHV�&RQYHQHQWHV�

3. ETAPA 3 - Implementação de Plano de Carreira Regional único e que permita avançar em perspectiva matricial, com a utilização de es-WUXWXUDV�GH�JHVWmR�XQLÀFDGDV�H�LQVWUXPHQWRV�SDGURQL]DGRV��PDV�FRP�D�QHFHVViULD�ÁH[LELOLGDGH�FDSD]�GH�DEDUFDU�DV�HVSHFLÀFLGDGHV�UHJLRQDLV�

Page 153: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

152

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

CLÁUSULA SEGUNDA – DOS COMPROMISSOS

Caberá aos convenentes estimularem e implementarem ações conjuntas, somando e convergindo esforços, mobilizando seus agentes e serviços, custeando, quando necessário, estudos técnicos, com vistas à implemen-tação de Carreira Regional para os Trabalhadores da Saúde da Região de (nome da Região de Saúde).

����$OpP�GR�&RPSURPLVVR�*HUDO��VmR�FRPSURPLVVRV�HVSHFtÀFRV�

I - valorização dos trabalhadores da saúde e o desenvolvimento das políticas de gestão do trabalho articuladas com as de educação na saúde, visando a democratizar as relações de trabalho, desprecarizar e humanizar o trabalho em saúde e promover a saúde do trabalhador do SUS;

II - estabelecimento de espaços de negociação permanente entre trabalhadores e gestores da saúde;

III - observância e a implantação das pactuações estabelecidas na Mesa Nacional De Negociação Permanente do SUS;

IV – implementação das políticas de educação e gestão do trabalho TXH�IDYRUHoDP�R�SURYLPHQWR�H�D�À[DomR�GH�WUDEDOKDGRUHV�SDUD�VXSULU�as necessidades da rede de atenção à saúde;

V – observância das diretrizes nacionais para elaboração e ou refor-mulação de planos de carreira, cargos e salários estabelecidas nas normas vigentes;

9,�²�DWXDomR�FRQMXQWD�SDUD�LGHQWLÀFDU�R�TXDQWLWDWLYR�GH�WUDEDOKDGRUHV�D�VHUHP�IRUPDGRV�H�TXDOLÀFDGRV�GH�DFRUGR�FRP�DV�QHFHVVLGDGHV�GRV�serviços de saúde;

VII- priorização das necessidades de saúde loco-regionais e das di-retrizes da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde para D�GHÀQLomR�GDV�DWULEXLo}HV�H�UHVSRQVDELOLGDGHV�GRV�HQWHV�&RQYHQHQ-tes na institucionalização e na implementação das ações de educação permanente;

VIII- promoção da integração e do aperfeiçoamento das ações de Educação Permanente em Saúde da Região de Saúde, com o apoio e coordenação das Comissões de Integração Ensino-Serviço (CIES).

Page 154: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

153

CLÁUSULA TERCEIRA – DAS ATRIBUIÇÕES COMUNS DOS PARTÍCIPES:

Para a execução do presente Convênio, os partícipes convenentes, dentro de suas respectivas áreas de atuação, incumbir-se-ão mutuamente de:

a) proporcionar apoio técnico e operacional para a implantação de FDUUHLUD�UHJLRQDO�SDUD�RV�SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�

b) assessorar o planejamento e desenvolvimento de plano de carreira SDUD�DV�SURÀVV}HV�GR�686�

c) assessorar a implementação, otimização e/ou desenvolvimento das áreas de gestão de pessoal e formulação, acompanhamento, gestão e avaliação funcional dos trabalhadores e seus resultados;

d) proporcionar apoio técnico e operacional para promover a forma-omR��HVSHFLDOL]DomR�H�RX�HGXFDomR�SHUPDQHQWH�GRV�SURÀVVLRQDLV�GH�saúde e envolvidos com a gestão no âmbito municipal, regional ou estadual;

e) proporcionar apoio técnico e operacional para realizar a avaliação e o monitoramento das ações desenvolvidas para a implantação da Car-reira Regional;

f) garantir o acesso às informações em saúde necessárias para o plane-jamento e a execução do objeto do Convênio;

g) aceitar, cumprir e fazer cumprir a legislação, normatizações e instru-ções técnicas e administrativas de cada um dos partícipes;

h) designar Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Convênio, com atribuições e responsabilidades descritas na Cláusula Sétima;

i) proporcionar a integração dos recursos humanos necessários à exe-cução do Convênio;

M��QRWLÀFDU�WRGD�H�TXDOTXHU�LUUHJXODULGDGH�HYHQWXDOPHQWH�RFRUULGD�GX-rante o desenvolvimento do presente Convênio.

CLÁUSULA QUARTA – DAS ATRIBUIÇÕES DOS MUNICÍPIOS

São atribuições dos Municípios:

D��GHÀQLU�FRQMXQWDPHQWH�DV�PHWDV��LQGLFDGRUHV��HOHPHQWRV�H�SUHYL-sões que serão objeto da Carreira Regional e da sua gestão associada;

Page 155: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

154

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

b) prestar todas as informações necessárias para a elaboração dos instru-mentos de contratualização que disciplinem a gestão associada;

c) aprovar no Conselho Municipal de Saúde a participação no Programa para o Desenvolvimento Regional de Carreira para os trabalhadores da VD~GH�GH�PRGR�LQWHUIHGHUDGR��UHDOL]DQGR�D�JHVWmR�DVVRFLDGD��UDWLÀFDQGR�a celebração do presente convênio de cooperação;

d) promover a ampla divulgação, por meios físicos e eletrônicos, dos relatórios anuais sobre a execução dos serviços, que contemplem de-PRQVWUDWLYRV�GD�UHDOL]DomR�RUoDPHQWiULD�H�ÀQDQFHLUD�

CLÁUSULA QUINTA – DAS ATRIBUIÇÕES DO ESTADOSão atribuições do Estado, através da Secretaria da Saúde do Estado

D��GHÀQLU�FRQMXQWDPHQWH�DV�PHWDV��SURMHWRV��VHUYLoRV�H�Do}HV�TXH�VHUmR�objeto da gestão associada dos serviços;

b) prestar todas as informações necessárias para a elaboração dos instru-mentos de contratualização que disciplinem a prestação de serviços e a gestão associada do serviço de saúde;

F��FR�ÀQDQFLDU�RV�VHUYLoRV�QRV�WHUPRV�SUHYLVWRV�QR�DUWLJR�����LQFLVR�,,,��da Lei 8.080/90 – Lei Orgânica da Saúde;

promover a ampla divulgação, por meios físicos e eletrônicos, dos rela-dtórios anuais sobre a execução dos serviços, que contemplem demons-WUDWLYRV�GD�UHDOL]DomR�RUoDPHQWiULD�H�ÀQDQFHLUD�

CLÁUSULA SEXTA – DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE CARREIRA PARA OS TRABALHADORES DE SAÚDE - DA GESTÃO ASSOCIADA DOS SERVIÇOS E DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO DE PROGRAMA

O Programa de Desenvolvimento Regional de Carreira para os Traba-lhadores de Saúde será objeto de gestão associada de serviço, nos termos do artigo 241 da CF, e será executado, mediante Contrato de Programa, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS.

����$�&HOHEUDomR�GR�&RQWUDWR�p�FRQGLomR�VXÀFLHQWH�SDUD�TXH�RV�0XQLFt-pios possam desenvolver o programa conjuntamente.

Page 156: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

155

§2° As atividades desenvolvidas por meio de gestão associada serão colocadas à disposição da população usuária dos serviços públicos de saúde, de forma universal e igualitária, sem cobrança de qualquer tipo de contraprestação, sob qualquer título.

§3° Por meio do presente Convênio está autorizada a celebração de contra-to de programa entre os entes, nos termos previstos no artigo 241 da CF c/c o artigo 13, parágrafo quinto, da Lei Federal 11.107/05 e artigo 24, inciso ;;9,��GD�/HL�)HGHUDO�����������SDUD�D�SUHVWDomR�GH�VHUYLoRV�QR�kPELWR�GD�gestão associada de serviço público de que trata o presente instrumento.

§4° A gestão associada de serviços públicos objeto do presente Convênio de &RRSHUDomR�GHYHUi�VHU�À[DGD�SRU�PHWDV�H�QmR�SRU�SURGXomR��VHQGR�TXH�DTXHODV�VHUmR�À[DGDV�HP�&RQWUDWRV�GH�*HVWmR�H�RX�3ODQRV�2SHUDWLYRV��LQGL-vidualizados por Municípios, e partes integrantes do Contrato de Programa.

CLÁUSULA SÉTIMA – DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Será nomeada, pelos CONVENENTES, Comissão de Acompanhamen-WR�H�$YDOLDomR�GR�&RQYrQLR��TXH�WHUi�SRU�ÀQDOLGDGH�VXEVLGLDU�RV�JHVWRUHV�municipais no acompanhamento e na avaliação da execução do Objeto.

§1° A Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Contrato será composta por 02 (dois) representantes de cada Município, sendo um ti-tular e um suplente, indicados pelo Secretário Municipal de Saúde, po-dendo por este ser alterado a qualquer tempo.

§2 São atribuições da Comissão de Acompanhamento e Avaliação:

a) acompanhar e avaliar a execução dos objetivos deste Convênio;

b) participar do planejamento das ações referentes a este Convênio, buscando adequar as ações planejadas às prioridades e políticas es-taduais, regionais e municipais de saúde;

c) buscar integrar as ações deste Convênio ao conjunto de ações desenvolvidas pelo SUS estadual, regional e municipal, ganhando HÀFLrQFLD�QDV�Do}HV�H�PD[LPL]DQGR�RV�LQVWUXPHQWRV�H�UHVXOWDGRV��GH�modo que se respeite o princípio do sistema integrado, regionalizado e com comando único;

d) relacionar-se com os gestores Municipais, Comissões Intergesto-res e Gestores Estaduais, esclarecendo dúvidas, realizando e encami-

Page 157: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

156

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

QKDQGR�FUtWLFDV�H�VROLFLWDQGR�HYHQWXDLV�MXVWLÀFDWLYDV�UHODWLYDV�j�QmR�consecução de resultados, podendo acatá-las total ou parcialmente;

e) propor ações corretivas e outras sugestões e recomendações de-correntes do acompanhamento e da avaliação; e,

f) analisar e sugerir propostas de alteração ou revisão das ações para consecução do objeto.

CLÁUSULA OITAVA – DA VIGÊNCIA, DENÚNCIA E ALTERAÇÃOEste Convênio terá validade pelo prazo de 5 ( cinco ) anos, contados a partir de sua assinatura, podendo ser:

a) DENUNCIADO por qualquer dos participantes, mediante comu-nicação escrita com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, asse-gurando-se, neste caso, a continuidade das solicitações já realizadas;

b) ALTERADO de comum acordo entre as partes, mediante forma-lização de TERMO ADITIVO;

c) PRORROGADO, por iguais períodos, através de formalização de TERMO ADITIVO.

CLÁUSULA NONA – DOS CASOS OMISSOSOs casos omissos no presente ajuste serão resolvidos de comum acordo HQWUH�RV�SDUWtFLSHV��SRGHQGR�VHU�ÀUPDGRV��VH�QHFHVViULR��7HUPRV�$GLWLYRV�que farão parte integrante deste instrumento.

CLÁUSULA DÉCIMA – DA PUBLICAÇÃOIncumbirá à Secretaria Estadual de Saúde providenciar a publicação do H[WUDWR�GHVWH�&RQYrQLR�GH�&RRSHUDomR�7pFQLFR�&LHQWtÀFD�QR�'LiULR�2ÀFLDO�GR�(VWDGR��QR�SUD]R�GH�DWp�����GH]��GLDV��D�FRQWDU�GD�GDWD�GH�DVVL-natura.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DOS RECURSOS FINANCEIROS

2V�UHFXUVRV�ÀQDQFHLURV�HYHQWXDOPHQWH�DSRUWDGRV�SDUD�D�FRQVHFXomR�GR�objeto advirão dos Municípios Convenentes, dos recursos alocados pelo

Page 158: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

157

(VWDGR�SDUD�R�FR�ÀQDQFLDPHQWR�GD�DWHQomR�j�VD~GH�RX�GH�RXWUDV�IRQWHV�eventualmente captadas junto ao Ministério da Saúde, Organismos Inter-nacionais ou Doações.

�����3DUD�DFRPSDQKDPHQWR�H�FRQWUROH�GR�ÁX[R�GH�UHFXUVRV�H�GDV�DSOLFD-ções, inclusive quanto à avaliação dos resultados do Convênio de Coo-peração, os órgãos ou entidades partícipes, mencionados no parágrafo anterior, sujeitar-se-ão às instruções relativas a prestações de contas bai-[DGDV�SDUD�HVWH�ÀP�

�����2V�UHFXUVRV�GHVWLQDGRV�DR�FR�ÀQDQFLDPHQWR�HVWDGXDO�GRV�VHUYLoRV�previstos deverão ser alocados para a execução deste Convênio.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

1mR�KDYHUi�UHSDVVH�GH�UHFXUVRV�ÀQDQFHLURV�

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – DA CESSÃO DE PESSOAL

Os entes públicos convenentes poderão realizar cessão de pessoal para a realização da gestão associada dos serviços, na forma disciplinada nas respectivas legislações.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – DA IMUNIDADE RECÍPROCA

As partes reconhecem a incidência, nos serviços objeto do presente con-vênio, da imunidade recíproca de que trata o artigo 150, inciso VI, alínea “a”, §2°, da Constituição Federal da República.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – DO FORO

Fica eleito o Foro da Comarca da Capital do Estado, com exclusão de qualquer outro, por mais privilegiado que seja, como competente para dirimir as questões decorrentes deste Convênio de Cooperação.

E por estarem de acordo, assinam este instrumento em 04 (quatro) vias de igual teor, para um só efeito, na presença das testemunhas abaixo.

Page 159: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

158

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Projeto de lei que autoriza a celebração de convênios de cooperação para a gestão associada de serviços públicos de saúde

PROJETO DE LEI N.

Autoriza a realização de Convênios de Cooperação com o Estado (nome do Estado) e com os Municípios integrantes da Região (nome da Região de Saúde) para a gestão asso-ciada da carreira regional a ser implementada e dos serviços de saúde a serem prestados de forma interfederada e dá outras providências.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE_____________ no uso de suas atri-buições, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e agora sanciona a se-guinte lei:

Art. 1º. Fica o poder Executivo autorizado a celebrar Convênio de Coopera-ção com o Estado (nome do Estado) e os Municípios integrantes da Região (nome da Região de Saúde), em consonância com o art. 241 da Constituição )HGHUDO��R�TXDO�GHÀQLUi�D�IRUPD�GD�DWXDomR�DVVRFLDGD�GDV�TXHVW}HV�DIHWDV�j�gestão da carreira regional a ser implementada e dos serviços de saúde a se-rem prestados de forma interfederada, conforme minuta anexa.

Art. 2º. Fica o poder Executivo autorizado a celebrar Contrato de Programa com o Estado (nome do Estado) e os Municípios integrantes da Região (nome da Região de Saúde) nos termos da Lei Federal n. 11.107/2005, cons-truindo e regulando as obrigações que o Município constituirá com os demais signatários para gestão associada de serviços de saúde, podendo ocorrer a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens necessários à continuidade dos serviços transferidos, conforme minuta padrão anexa.

Parágrafo único. A prorrogação do Contrato de Programa de que trata este arti-go só se efetivará mediante autorização do Poder Legislativo do Município.

Art. 3º. A gestão associada dos serviços de saúde e a implantação de Carrei-ra Regional deverá observar, obrigatoriamente, as seguintes diretrizes:

,�²�UHJXODUL]DomR�GRV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�GRV�SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�

Page 160: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

159

II – enfrentamento do problema da rotatividade, da instabilidade das equipes de saúde, da vulnerabilidade e da desmotivação dos trabalhadores;

III– aumento do investimento em educação permanente;

IV– aumento da qualidade das ações e dos serviços de saúde;

V– melhoria da gestão da saúde, por meio de ações coordenadas e inter-federadas;

VI– ampliação da cobertura e interiorização da oferta de serviços de saúde;

VII – promoção da equidade para grupos populacionais, municípios e regiões.

Art. 4º. O desenvolvimento de Carreira Regional deverá levar em conta as Diretrizes Nacionais para a instituição de PCCV/SUS, aprovadas pela Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS e pela Comissão Intergestores Tripartite e referendado pelo Conselho Nacional de Saúde, buscando ade-quar-se aos princípios preconizados.

Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

Local e data

Prefeito Municipal

Page 161: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

160

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Projeto de lei que autoriza a celebração de convênio de cooperação e de contrato de programa para a gestão associada de serviços públicos de saúde

JUSTIFICATIVA

Senhores vereadores,

Levamos ao conhecimento de Vossas Excelências o presente projeto de lei que visa a obter autorização legislativa para a celebração de Convênio de Cooperação e de Contrato de Programa para a gestão associada de serviços públicos de saúde e a implantação de Carreira Regional para os Trabalhadores da Saúde, em atenção ao que determina a Lei Federal 11.107/2005.

O SUS é um sistema inovador e, por isso, é preciso ter coragem para ado-tar novos paradigmas que permitam a sua execução tal como foi criado. A burocracia não pode ser um entrave para a efetividade dos direitos, razão pela qual temos o dever de inovar, respeitando os princípios e di-retrizes da Administração Pública e do Sistema Único de Saúde.

O Sistema Único de Saúde está preconizado para ser uma rede hierarqui-zada, regionalizada, colaborativa e harmônica, com necessária integração e interação entre os entes públicos.

É assim que o modelo jurídico da gestão associada de serviços públicos é adequado para a gestão compartilhada de serviços de saúde, uma vez que todos os serviços de saúde devem integrar redes de serviços e essas redes, muitas vezes, devem ser de abrangência intermunicipal, regional e esta-dual, unindo serviços de todos os entes federativos responsáveis pela saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde.

A gestão associada de serviços públicos consiste no compartilhamento, entre diferentes entes federativos, do desempenho de certas funções ou serviços públicos de seu interesse comum. Trata-se, portanto, de uma IRUPD�GH�FRRSHUDomR�IHGHUDWLYD�SDUD�SODQHMDPHQWR��UHJXODomR��ÀVFDOL]D-ção ou prestação de serviços que demandam ou recomendam o envolvi-mento de mais de um ente federativo. Saliente-se, portanto, que, diferen-

Page 162: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

161

temente dos itens anteriores, a presente seção tem por foco instrumentos jurídicos a serem celebrados entre entes federativos, e não entre Estado e iniciativa privada.

A gestão associada de serviços públicos foi prevista expressamente no art. 241 da Constituição Federal, com redação estabelecida pela Emenda Constitucional 19/1998, a saber:

“Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão asso-ciada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.”

O referido artigo 241 da Constituição Federal é disciplinado na Lei Fe-deral 11.107/2005, que em seu artigo 13, estabelece:

“Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de pro-grama, como condição de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos.

§1º O contrato de programa deverá:

I – atender à legislação de concessões e permissões de serviços pú-blicos e, especialmente no que se refere ao cálculo de tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos serviços a serem prestados; e

II – prever procedimentos que garantam a transparência da gestão HFRQ{PLFD�H�ÀQDQFHLUD�GH�FDGD�VHUYLoR�HP�UHODomR�D�FDGD�XP�GH�VHXV�titulares.

§2º No caso de a gestão associada originar a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuida-

Page 163: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

162

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

de dos serviços transferidos, o contrato de programa, sob pena de nulidade, deverá conter cláusulas que estabeleçam:

I – os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária da enti-dade que os transferiram;

II – as penalidades no caso de inadimplência em relação aos encargos transferidos;

II – o momento de transferência dos serviços e os deveres relativos a sua continuidade;

IV – a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do pesso-al transferido;

9�²�D�LGHQWLÀFDomR�GRV�EHQV�TXH�WHUmR�DSHQDV�D�VXD�JHVWmR�H�DGPLQLV-tração transferidas e o preço dos que sejam efetivamente alienados ao contratado;

VI – o procedimento para o levantamento, cadastro e avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados mediante receitas de tarifas ou outras emergentes da prestação dos serviços.

§3º É nula a cláusula de contrato de programa que atribuir ao contra-WDGR�R�H[HUFtFLR�GRV�SRGHUHV�GH�SODQHMDPHQWR��UHJXODomR�H�ÀVFDOL]D-ção dos serviços por ele próprio prestados.

§4º O contrato de programa continuará vigente mesmo quando ex-tinto o consórcio público ou o convênio de cooperação que autorizou a gestão associada de serviços públicos.

§5º Mediante previsão do contrato de consórcio público, ou de con-vênio de cooperação o contrato de programa poderá ser celebrado por entidades de direito público ou privado que integrem a administração indireta de qualquer dos entes da Federação consorciados ou conve-niados.

§6º O contrato celebrado na forma prevista no § 5º deste artigo será automaticamente extinto no caso de o contratado não mais integrar a administração indireta do ente da Federação que autorizou a gestão associada de serviços públicos por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação.

§7º Excluem-se do previsto no caput deste artigo as obrigações cujo GHVFXPSULPHQWR�QmR�DFDUUHWH�TXDOTXHU�{QXV��LQFOXVLYH�ÀQDQFHLUR��D�ente da Federação ou a consórcio público.”

Page 164: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

163

Vê-se que a mencionada Lei Federal permite, além da realização de Consórcios Públicos, a celebração de Convênios de Cooperação e de Contrato de Programa como instrumentos aptos a disciplinar a gestão associada de serviços públicos.

Assim, além de assegurar estabilidade e segurança institucional aos tra-balhadores, gessa lei garante segurança à política de saúde e a relações LQWHUIHGHUDGDV�²�TXH�DLQGD�VRIUHP�FRP�D�GHVFRQÀDQoD�GH�JHVWRUHV�TXDQ-to aos pactos assumidos e à sua vinculação e cumprimento relacionadas às relações políticas estabelecidas pelos gestores.

Dessa forma, ante a motivação exposta para este Projeto de Lei, pedimos o voto favorável dos nobres membros desta Câmara de Vereadores, por se tratar de medida de relevante interesse público.

Local e data

Prefeito Municipal

Ofício

Exmo. Sr.

Presidente da Câmara Municipal

Prezado Senhor,

Cumprimentando-o cordialmente, vimos por intermédio do presente encaminhar cópia do Projeto de Lei em evidência para análise desta Co-lenda Casa Legislativa, esperando a devida aprovação.

Renovamos os protestos de elevada estima e distinta consideração.

Atenciosamente,

Prefeito Municipal

Page 165: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e
Page 166: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

165

Anexo 4Caracterização das Regiões de Saúde selecionadas para o projeto

Neste anexo, apresentam-se os principais resultados dos diagnósticos sobre as Regiões de Saúde de Juruá e Tarauacá-Envira/AC, de Icó/CE, de Pirapora/MG e do Sudoeste Mato-Grossense/MT.

Primeiramente, serão expostos alguns dados para a caracterização po-pulacional e territorial dessas regiões e, posteriormente, indicadores sobre o IXQFLRQDPHQWR�GD�VD~GH�QHVVDV�ORFDOLGDGHV��PDLV�HVSHFLÀFDPHQWH�VREUH�VXD�VLWXDomR�RUoDPHQWiULR�ÀQDQFHLUD�H�GH�VXD�IRUoD�GH�WUDEDOKR��&RPR�GRFXPHQWD-do no corpo da publicação, esses diagnósticos baseiam-se no processamento de dados secundários, provenientes de pesquisas domiciliares e de registros admi-nistrativos de abrangência nacional, cujos arquivos estão disponíveis na Internet.

Para a caracterização das regiões e de sua população, foram proces-sados dados do IBGE relativos ao ano de 2014, disponíveis no portal do IBGE. A análise da situação da força de trabalho em saúde foi elaborada a SDUWLU�GH�GDGRV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR���������GD�5DLV�������H�������H�GR�CNES (dezembro de 2010, dezembro de 2014 e outubro de 2015), disponí-veis, respectivamente, no portal do IBGE, no portal do Ministério do Traba-lho e no portal do Ministério da Saúde. Já o diagnóstico da situação orçamen-WiULR�ÀQDQFHLUD�GD�VD~GH�FRQVLGHURX�GDGRV�GR�6LVWHPD�GH�,QIRUPDo}HV�VREUH�Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), disponíveis no portal do Ministério da Saúde.

Optou-se por divulgar apenas informações referentes aos anos-base GH������SDUD�R�&HQVR�'HPRJUiÀFR��GH������SDUD�D�5DLV�H�GH������SDUD�R�CNES. As informações do Siops, entretanto, referem-se à série compreendi-da pelos anos-bases de 2000 a 2015.

Para facilitar a comparação entre as quatro Regiões de Saúde sele-cionadas para o projeto, todas as tabelas apresentam dados para as seguintes XQLGDGHV�WHUULWRULDLV�GH�DQiOLVH��%UDVLO��5HJL}HV�*HRJUiÀFDV��8QLGDGH�)HGHUD-tiva (UF) e Regiões de Saúde. A maior parte das tabelas apresenta números absolutos e relativos referentes à quantidade de postos de trabalho derivada das LQIRUPDo}HV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR��GD�5DLV�H�GR�&1(6��3RU�GHÀQLomR�RSH-racional, um posto de trabalho corresponde a 40 horas semanais de trabalho.

Page 167: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

166

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Características demográficas das quatro Regiões de Saúde selecionadas 1D�7DEHOD���VmR�DSUHVHQWDGDV�DV�SULQFLSDLV�FDUDFWHUtVWLFDV�GHPRJUiÀFDV�

das quatro Regiões de Saúde selecionadas para participarem do projeto, quais VHMDP��SRSXODomR�HVWLPDGD��iUHD�WHUULWRULDO�H�GHQVLGDGH�GHPRJUiÀFD��(P�VHJXL-da, serão tecidos alguns comentários sobre essas informações.

TABELA 1População estimada, área territorial e densidade demográfica

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2014

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População estimada

Área territorial

Densidade demográfica

Habitantes km2 Habitantes/km2

Brasil 202.799.518 8.502.803 24

Região Norte 17.261.983 3.853.670 4

Estado do Acre 790.101 164.124 5

Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 211.655 80.091 3

Região Nordeste 56.186.190 1.554.292 36

Estado do Ceará 8.842.791 148.886 59

Região de Saúde de Icó 171.012 4.806 36

Região Sudeste 85.115.623 924.617 92

Estado de Minas Gerais 20.734.097 586.520 35

Região de Saúde de Pirapora 145.391 17.587 8

Região Sul 29.016.114 563.809 51

Região Centro-Oeste 15.219.608 1.606.415 9

Estado de Mato Grosso 3.224.357 903.378 4

Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense

112.822 74.763 2

Fonte: IBGE. Estimativa populacional – 2014 (disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm)Elaboração: DIEESE

Região de Saúde de Juruá e Tarauacá-Envira/ACA Região de Saúde de Juruá e Tarauacá-Envira é uma das três

5HJL}HV�GH�6D~GH�GHÀQLGDV�QR�(VWDGR�GR�$FUH�H�p�FRPSRVWD�SRU�VHWH�PXQL-cípios1: Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto

1. Note-se que o município de Jordão não pertence à Região de Saúde, embora faça divisa com os municípios de Marechal Thaumaturgo, Tarauacá e Feijó.

Page 168: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

167

Walter, Rodrigues Alves e Tarauacá. Ocupa área territorial de 80.091 km2, sendo a mais populosa das quatro Regiões de Saúde selecionadas para este projeto. Em 2014, sua população estimada era de 211.655 habitantes, de modo que a população média por município equivaleria a 30.236 habitantes H�D�GHQVLGDGH�GHPRJUiÀFD�VHULD�GH�DSHQDV�WUrV�KDELWDQWHV�SRU�NP2, bem infe-rior à média brasileira, que corresponde a 24 habitantes por km2.

Região de Saúde de Icó/CEA Região de Saúde de Icó é uma das 22 Regiões de Saúde do Ceará.

No período de execução do projeto, era composta por sete municípios2: Baixio, Cedro, Icó, Ipaumirim, Lavras da Mangabeira, Orós e Umari. É, das quatro Regiões de Saúde selecionadas para o projeto, a de menor extensão territorial, ocupando área de 4.806 km2. Em 2014, sua população estimada era de 171.012 habitantes, de modo que a população média por município seria corresponden-WH�D��������KDELWDQWHV�H�D�GHQVLGDGH�GHPRJUiÀFD�VHULD�D�PDLRU�HQWUH�DV�TXDWUR�Regiões de Saúde aqui focadas: 36 habitantes por km2 -, superior, inclusive, à média brasileira, que é de 24 habitantes/km2.

Região de Saúde de Pirapora/MGA Região de Saúde de Pirapora é uma das 77 Regiões de Saúde do

estado de Minas Gerais. É composta por sete municípios: Buritizeiro, Ibiaí, Lassance, Pirapora, Ponto Chique, Santa Fé de Minas e Várzea da Palma. Ocupa área territorial de 17.587 km2. Em 2014, sua população era estimada 145.391 habitantes, o que resultaria em uma média de 20.770 habitantes por PXQLFtSLR��$�GHQVLGDGH�GHPRJUiÀFD�GHVWD�UHJLmR�HUD�GH�DSHQDV�RLWR�KDELWDQ-tes/km2, bem inferior à média brasileira de 24 habitantes por km2, mas supe-rior às das Regiões de Saúde de Juruá e Tarauacá-Envira/AC e do Sudoeste Mato-Grossense/MT.

Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense/MTA Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense é uma das 16 Re-

giões de Saúde do Estado do Mato Grosso e é composta por dez municípios: Campos de Júlio, Comodoro, Conquista D’Oeste, Figueirópolis D’Oeste, Jauru, Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Pontes e Lacerda, Rondolândia e Vale de São Domingos, ocupando área territorial de 74.763

2. Em junho de 2016, por resolução da CIR, posteriormente homologada pela CIB e aprovada pelo Conselho Es-tadual de Saúde do Ceará, o município de Várzea Alegre passou a fazer parte desta Região de Saúde.

Page 169: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

168

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

km2. Em 2014, sua população estimada era de 112.822 habitantes, o que corresponderia à média de 11.282 habitantes por município e à densidade GHPRJUiÀFD�GH�DSHQDV�GRLV�KDELWDQWHV�SRU�NP2, bem inferior à média brasi-leira de 24 habitantes por km2 e similar àquela calculada para a Região de Saúde de Juruá e Tarauacá-Envira/AC.

Caracterização do mercado de trabalhoPara a caracterização do mercado de trabalho nas Regiões de Saúde

em análise, selecionaram-se informações relativas ao conjunto dos empregos H�DRV�HPSUHJRV�HVSHFtÀFRV�GR�VHWRU�GD�VD~GH��

Dimensionamento do mercado de trabalho em geralAs Tabelas 2 e 3 resultam do processamento dos dados do Censo

'HPRJUiÀFR�������2�IRFR�GD�DQiOLVH��DTXL��IRL�D�VHJPHQWDomR�GD�SRSXODomR�residente nas Regiões de Saúde selecionadas, segundo características rele-vantes para o dimensionamento do mercado de trabalho em geral, incluindo ocupações formais e informais em qualquer setor de atividade econômica.

A Tabela 2 apresenta dados sobre seis grupos ou segmentos popula-cionais de interesse para o dimensionamento do mercado de trabalho em geral. Dois desses têm importância central para o conhecimento da realidade das Regiões de Saúde focadas: 1) a população ocupada, que é utilizada para dimensionar o mercado de trabalho em geral, considerando-se ocupações formais e informais em qualquer setor de atividade econômica; e 2) a popu-lação assalariada com emprego formal, que é utilizada para dimensionar o segmento formal do mercado trabalho em geral, considerando-se somente ocupações formais em qualquer setor de atividade econômica.

Page 170: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

169

TABE

LA 2

Se

gmen

taçã

o da

pop

ulaç

ão re

siden

te se

gund

o ca

ract

eríst

icas r

elev

ante

s par

a a

anál

ise d

o m

erca

do d

e tra

balh

o Br

asil,

Regi

ões G

eogr

áfica

s, Es

tado

s e R

egiõ

es d

e Sa

úde

sele

ciona

das -

201

0

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Regiõ

es de

Saúd

e se

lecion

adas

Popu

lação

Resid

ente

Em Id

ade A

tiva

(PIA)

Econ

omica

ment

e At

iva(PE

A)Oc

upad

aAs

salar

iada

Assa

lariad

a com

em

preg

o for

mal

Assa

lariad

a com

em

preg

o for

mal

no se

rviço

públi

conº

%nº

%nº

%nº

%nº

%nº

%nº

%Br

asil

190.7

55.79

910

014

4.814

.164

7692

.239.7

2948

85.28

4.414

4560

.822.9

9732

43.73

2.623

234.6

51.12

72

Regiã

o Nor

te15

.864.4

5410

010

.913.1

5869

6.680

.397

426.1

02.91

838

3.799

.421

242.3

01.18

615

490.9

783

Esta

do do

Acre

733.5

5910

048

6.202

6629

4.738

4027

1.419

3718

3.501

2511

5.637

1614

.354

2 R

egião

de Sa

úde d

e Juru

á e

Tarau

acá/E

nvira

199.5

0710

011

9.598

6067

.844

3463

.645

3235

.932

1818

.417

92.7

921

Regiã

o Nor

deste

53.08

1.950

100

38.97

1.863

7322

.654.5

0743

20.45

7.411

3913

.241.9

3025

7.628

.977

141.0

80.00

82

Esta

do do

Cea

rá8.4

52.38

110

06.2

63.83

974

3.576

.959

423.3

02.88

339

2.221

.715

261.2

15.18

214

140.6

112

Reg

ião de

Saúd

e de I

có16

8.042

100

125.2

3675

58.60

435

55.01

733

29.83

618

10.56

86

2.575

2

Regiã

o Sud

este

80.36

4.410

100

62.90

7.609

7840

.873.8

0351

37.84

4.453

4728

.949.4

4536

22.43

0.368

281.8

17.72

42

Esta

do de

Mina

s Gera

is19

.597.3

3010

015

.203.3

7478

9.823

.653

509.1

68.23

947

6.761

.798

354.8

86.52

825

594.9

963

Reg

ião de

Saúd

e de P

irapo

ra13

8.356

100

101.6

4573

64.81

347

57.95

942

44.05

132

29.82

322

5.621

4

Regiã

o Sul

27.38

6.891

100

21.40

4.551

7814

.763.1

4754

14.08

3.269

519.7

85.22

636

7.757

.239

2866

9.141

2Re

gião C

entro

-Oes

te14

.058.0

9410

010

.616.9

8376

7.267

.875

526.7

96.36

448

5.046

.976

363.6

14.85

326

593.2

764

Esta

do de

Mato

Gros

so3.0

35.12

210

02.2

56.15

374

1.520

.781

501.4

27.06

147

1.021

.019

3471

4.395

2410

9.910

4 R

egião

de Sa

úde d

o

Sud

oeste

Mato

-Gros

sense

108.9

6110

078

.268

7249

.087

4546

.206

4230

.901

2818

.783

173.3

743

Font

e: IB

GE. C

enso

Dem

ográ

fico

– 201

0 (d

ispon

ível e

m: h

ttp://

dow

nloa

ds.ib

ge.g

ov.b

r/dow

nloa

ds_e

statis

ticas

.htm

)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 171: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

170

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

A Tabela 3 apresenta dados sobre cinco indicadores clássicos do tama-nho e da composição do mercado de trabalho. Dois desses indicadores têm importância central para o conhecimento da realidade das Regiões de Saúde selecionadas para o projeto: 1) a taxa de participação, que pode revelar a exis-tência de barreiras à inserção de pessoas em idade de trabalhar no mercado de trabalho; e 2) a taxa de assalariamento formal, que pode evidenciar a concen-tração de pessoas ocupadas submetidas a condições precárias de trabalho.

TABELA 3Indicadores do tamanho e da composição do mercado de trabalho

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2010 (em %)

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

Taxa de

Participação Ocupação Assalariamento Assalariamento formal

Assalariamento formal no

serviço públicoBrasil 64 92 71 72 11

Região Norte 61 91 62 61 21

Estado do Acre 61 92 68 63 12

Região de Saúde de Juruá

e Tarauacá/Envira57 94 56 51 15

Região Nordeste 58 90 65 58 14

Estado do Ceará 57 92 67 55 12

Região de Saúde de Icó 47 94 54 35 24

Região Sudeste 65 93 76 77 8

Estado de Minas Gerais 65 93 74 72 12

Região de Saúde de Pirapora 64 89 76 68 19

Região Sul 69 95 69 79 9

Região Centro-Oeste 68 94 74 72 16

Estado de Mato Grosso 67 94 72 70 15

Região de Saúde do

Sudoeste Mato-Grossense63 94 67 61 18

Fonte: IBGE Censo Demográfico – 2010 (disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm)Elaboração: DIEESE

As Tabelas 4 e 5 apresentam estimativas da quantidade de postos de trabalho existentes no mercado de trabalho em geral, obtidas a partir do pro-cessamento dos dados sobre carga de trabalho investigados pelo Censo De-PRJUiÀFR�H�SHOD�5DLV�3RU�GHÀQLomR�RSHUDFLRQDO��FRQVLGHUD�VH�TXH�XP�SRVWR�de trabalho, em qualquer ocupação ou atividade econômica, corresponderia a 40 horas de trabalho por semana.

Page 172: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

171

1R�&HQVR�'HPRJUiÀFR��p�FDSWDGD�D�TXDQWLGDGH�GH�KRUDV�KDELWXDOPHQ-te trabalhadas no trabalho principal exercido na semana de referência. De acordo com a documentação divulgada pelo IBGE, a própria condição da RFXSDomR�p�GHÀQLGD�SRU�HVVD�TXDQWLGDGH�GH�KRUDV��(P�������D�GHÀQLomR�RSH-UDFLRQDO�À[DYD�D�H[LJrQFLD�PtQLPD�GH��SHOR�PHQRV��XPD�KRUD�FRPSOHWD�GH�trabalho na semana de 25 a 31 de julho para que a pessoa fosse considerada ocupada. Nos arquivos obtidos e processados pelo DIEESE, o valor máximo registrado correspondia a 140 horas completas de trabalho naquela semana.

Na Rais, é captada a quantidade de horas semanais contratadas por cada vínculo de emprego formal, ativos ou inativos, em 31 de dezembro do DQR�EDVH��PDV�QmR�SRVVLELOLWDP�D�LGHQWLÀFDomR�GH�HPSUHJDGRV�FRP�PDLV�GH�um vínculo empregatício. Por isso, o valor máximo registrado nos arquivos obtidos e processados pelo DIEESE correspondia a 44 horas completas de trabalho por semana.

TABELA 4Distribuição da população ocupada e da população assalariada com emprego formal

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas - 2010

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População ocupada

População assalariada com emprego formal

nº nº %

Brasil 85.065.174 45.385.680 53

Região Norte 5.935.652 2.355.888 40

Estado do Acre 257.309 115.474 45

Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 57.142 18.255 32

Região Nordeste 19.400.231 7.776.486 40

Estado do Ceará 3.197.972 1.253.289 39

Região de Saúde de Icó 49.439 10.132 20

Região Sudeste 38.356.206 23.307.799 61

Estado de Minas Gerais 9.350.097 5.118.492 55

Região de Saúde de Pirapora 60.139 32.027 53

Região Sul 14.446.355 8.163.009 57

Região Centro-Oeste 6.926.730 3.782.498 55

Estado de Mato Grosso 1.468.456 761.515 52

Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 48.519 20.926 43Fonte: IBGE. Censo Demográfico – 2010. (disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm)Elaboração: DIEESE

Page 173: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

172

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABELA 5Número de vínculos de trabalho, de horas de trabalho por semana e de postos de

trabalho da população assalariada com emprego formal (em nº) Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2014

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

Vínculos de trabalho

Horas de trabalho por semana

Postos de trabalho

Brasil 49.571.510 2.024.134.548 50.603.364Região Norte 2.801.469 111.878.400 2.796.960 Estado do Acre 133.161 5.282.987 132.075 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 14.369 611.531 15.288Região Nordeste 9.132.863 368.458.387 9.211.460 Estado do Ceará 1.552.447 62.556.920 1.563.923 Região de Saúde de Icó 10.599 416.035 10.401Região Sudeste 24.792.464 1.018.830.721 25.470.768 Estado de Minas Gerais 5.071.906 206.607.251 5.165.181 Região de Saúde de Pirapora 24.883 1.032.963 25.824Região Sul 8.550.246 348.583.044 8.714.576Região Centro-Oeste 4.294.468 176.383.996 4.409.600 Estado de Mato Grosso 804.530 33.526.758 838.169 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 22.034 933.656 23.341

Fonte: Ministério do Trabalho. Rais – 2014 (disponível em: ftp://ftp.mtps.gov.br/pdet/rais/2014/)Elaboração: DIEESE

Dimensionamento do mercado de trabalho da saúdePara dimensionamento do mercado de trabalho em saúde, foram

FRQVLGHUDGDV�LQIRUPDo}HV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�H�GD�5DLV�UHIHUHQWHV�D�DWL-vidades econômicas e a ocupações típicas da saúde. O setor saúde, tal como GHÀQLGR�QR�kPELWR�GR�SURMHWR��SRGH�VHU�VHJPHQWDGR�HP�WUrV�JUXSRV�SRSXOD-FLRQDLV�GH�LQWHUHVVH�����SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�RFXSDGRV�HP�DWLYLGDGHV�GH�VD~GH�����SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�RFXSDGRV�HP�RXWUDV�DWLYLGDGHV��H����RXWURV�SURÀVVLRQDLV�RFXSDGRV�HP�DWLYLGDGHV�GH�VD~GH�

As Tabelas 6 a 14 apresentam estimativas da quantidade de postos de trabalho existentes no mercado de trabalho da saúde, obtidas a partir do processamento dos dados sobre carga de trabalho investigados pelo Censo 'HPRJUiÀFR�H�SHOD�5DLV��3RU�GHÀQLomR�RSHUDFLRQDO��FRQVLGHUD�VH�TXH�XP�posto de trabalho, em qualquer ocupação ou atividade econômica, correspon-de a 40 horas de trabalho por semana.

Page 174: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

173

TABE

LA 6

Dist

ribui

ção

da p

opul

ação

ocu

pada

em

ativ

idad

es d

e at

ençã

o à

saúd

e, p

or ti

po d

e at

ivid

ade

Bras

il, Re

giõe

s Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Reg

iões

de

Saúd

e se

lecio

nada

s - 2

010

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

s

Tota

l da p

opula

ção

ocup

ada e

m

ativi

dade

s de s

aúde

Popu

lação

ocup

ada e

m at

ivida

des d

e:

Aten

dimen

to

hosp

italar

Aten

ção

ambu

lator

ial

exec

utad

as

por m

édico

s e

dent

istas

Serv

iços d

e co

mplem

enta

ção

diagn

óstic

a e

tera

pêut

ica

Outro

s pro

fissio

nais

da sa

úde q

ue

não m

édico

s ou

dent

istas

Outra

s ativ

idade

s na

área

da sa

úde

nº%

nº%

nº%

nº%

nº%

nº%

Bras

il2.9

08.08

410

01.0

92.07

038

729.8

4225

123.3

114

294.6

8610

668.1

7623

Regiã

o Nor

te16

1.469

100

55.20

334

31.59

820

7.537

514

.625

952

.506

33 E

stado

do A

cre

8.316

100

3.035

361.7

2721

384

564

18

2.530

30

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

1.803

100

326

1843

124

694

205

1177

243

Regiã

o Nor

deste

608.7

1910

022

6.852

3713

4.272

2221

.924

443

.020

718

2.651

30 E

stado

do C

eará

93.15

310

035

.743

3821

.301

232.7

613

7.497

825

.851

28

Regiã

o de S

aúde

de Ic

ó1.3

7210

035

826

247

1817

115

912

592

43Re

gião S

udes

te1.4

89.94

410

057

9.037

3938

0.714

2663

.855

417

0.712

1129

5.625

20 E

stado

de M

inas G

erais

312.5

5210

011

0.282

3586

.911

2817

.271

631

.544

1066

.545

21

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

1.378

100

227

1643

632

665

179

1347

034

Regiã

o Sul

437.2

2710

015

9.799

3712

4.358

2821

.056

543

.530

1088

.484

20Re

gião C

entro

-Oes

te21

0.725

100

71.17

934

58.90

028

8.939

422

.799

1148

.909

23 E

stado

de M

ato G

rosso

38.07

810

010

.811

2812

.029

321.5

224

4.125

119.5

9225

Re

gião d

e Saú

de do

Sudo

este

M

ato-G

rossen

se95

510

024

926

239

2524

365

737

739

Font

e: IB

GE. C

enso

Dem

ográ

fico

– 201

0. (d

ispon

ível e

m: h

ttp://

dow

nloa

ds.ib

ge.g

ov.b

r/dow

nloa

ds_e

statis

ticas

.htm

)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 175: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

174

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABELA 7Distribuição da população ocupada em ocupações de atenção à saúde, por nível de formação

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2010

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

Total da população ocupada em

ocupações de saúde

População ocupada em ocupações da saúde de:

Nível superiorNível técnico ou

auxiliarNível

elementar

nº % nº % nº % nº %

Brasil 3.102.312 100 1.421.690 46 1.127.790 36 552.831 18

Região Norte 174.909 100 60.170 34 93.743 54 20.996 12

Estado do Acre 8.266 100 2.880 35 4.457 54 929 11Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira

1.679 100 564 34 1.020 61 96 6

Região Nordeste 623.938 100 229.629 37 293.152 47 101.156 16

Estado do Ceará 98.129 100 39.547 40 37.955 39 20.627 21Região de Saúde de Icó

1.585 100 533 34 742 47 309 20

Região Sudeste 1.585.754 100 787.961 50 480.891 30 316.902 20Estado de Minas Gerais

357.196 100 162.469 45 132.031 37 62.696 18

Região de Saúde de Pirapora

1.632 100 650 40 889 54 93 6

Região Sul 487.870 100 235.376 48 168.141 34 84.352 17Região Centro-Oeste

229.842 100 108.554 47 91.862 40 29.425 13

Estado de Mato Grosso

44.483 100 19.965 45 20.571 46 3.947 9

Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense

1.384 100 553 40 677 49 154 11

Fonte: IBGE. Censo Demográfico – 2010. (disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm)Elaboração: DIEESE

Page 176: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

175

TABE

LA 9

Dist

ribui

ção

da p

opul

ação

ass

alar

iada

com

em

preg

o fo

rmal

em

ativ

idad

es d

e at

ençã

o à

saúd

e, p

or ti

po d

e at

ivid

ade

Bras

il, Re

giõe

s Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Reg

iões

de

Saúd

e se

lecio

nada

s – 2

010

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

s

Tota

l da p

opula

ção

ocup

ada e

m

ativi

dade

s de s

aúde

Popu

lação

ocup

ada e

m at

ivida

des d

e:

Aten

dimen

to

hosp

italar

Aten

ção

ambu

lator

ial

exec

utad

as

por m

édico

s e

dent

istas

Serv

iços d

e co

mplem

enta

ção

diagn

óstic

a e

tera

pêut

ica

Outro

s pro

fissio

nais

da sa

úde q

ue

não m

édico

s ou

dent

istas

Outra

s ativ

idade

s na

área

da sa

úde

nº%

nº%

nº%

nº%

nº%

nº%

Bras

il2.1

97.84

510

095

8.376

4445

3.841

2110

1.773

517

1.641

851

2.214

23Re

gião N

orte

122.7

7710

046

.138

3819

.746

166.3

625

10.44

99

40.08

333

Esta

do do

Acre

6.983

100

2.754

391.3

3719

364

547

47

2.055

29

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

1.513

100

272

1839

426

695

162

1161

641

Regiã

o Nor

deste

456.1

6710

018

6.490

4187

.484

1917

.356

426

.216

613

8.620

30 E

stado

do C

eará

69.04

110

027

.964

4114

.881

222.3

023

4.447

619

.448

28

Regiã

o de S

aúde

de Icó

1.031

100

295

2917

817

172

687

474

46Re

gião S

udes

te1.1

29.38

110

051

8.688

4623

1.751

2153

.629

598

.297

922

7.015

20 E

stado

de M

inas G

erais

234.0

7710

097

.285

4252

.443

2214

.120

618

.464

851

.764

22

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

899

100

170

1919

922

546

121

1435

539

Regiã

o Sul

330.8

2210

014

5.061

4477

.632

2317

.151

522

.762

768

.216

21Re

gião C

entro

-Oes

te15

8.698

100

61.99

839

37.22

823

7.274

513

.917

938

.281

24 E

stado

de M

ato G

rosso

27.85

010

09.3

7534

7.191

261.1

914

2.859

107.2

3426

Re

gião d

e Saú

de do

Sudo

este M

ato-G

rossen

se74

310

021

829

151

209

144

632

143

Font

e: IB

GE. C

enso

Dem

ográ

fico

– 201

0. (d

ispon

ível e

m: h

ttp://

dow

nloa

ds.ib

ge.g

ov.b

r/dow

nloa

ds_e

statis

ticas

.htm

)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 177: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

176

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABE

LA 1

0Di

strib

uiçã

o da

pop

ulaç

ão a

ssal

aria

da co

m e

mpr

ego

form

al e

m o

cupa

ções

de

aten

ção

à sa

úde,

por

nív

el d

e fo

rmaç

ãoBr

asil,

Regi

ões G

eogr

áfica

s, Es

tado

s e R

egiõ

es d

e Sa

úde

sele

ciona

das -

201

0

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

s

Tota

l da p

opula

ção a

ssalar

iada

com

empr

ego f

orma

l em

oc

upaç

ões d

a saú

de

Popu

lação

assa

lariad

a com

empr

ego f

orma

l em

ocup

açõe

s da s

aúde

de:

Níve

l sup

erior

Níve

l téc

nico o

u aux

iliar

Níve

l elem

enta

r

nº%

nº%

nº%

nº%

Bras

il2.1

10.95

410

081

8.212

3991

7.827

4337

4.915

18Re

gião N

orte

124.8

8010

039

.188

3170

.404

5615

.288

12 E

stado

do A

cre6.5

1010

01.8

9529

3.796

5881

913

Re

gião d

e Saú

de de

Juruá

e Ta

rauac

á/Env

ira1.1

8510

030

926

780

6696

8Re

gião N

orde

ste43

7.487

100

143.5

4033

227.5

9752

66.34

915

Esta

do do

Cea

rá67

.807

100

25.77

738

29.46

043

12.57

019

Re

gião d

e Saú

de de

Icó

1.117

100

340

3057

952

199

18Re

gião S

udes

te1.0

66.23

810

044

9.537

4240

1.494

3821

5.207

20 E

stado

de M

inas G

erais

239.6

3010

088

.895

3710

9.497

4641

.238

17

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

1.113

100

350

3173

166

323

Regiã

o Sul

325.0

2910

012

5.207

3914

2.069

4457

.753

18Re

gião C

entro

-Oes

te15

7.320

100

60.74

039

76.26

248

20.31

813

Esta

do de

Mato

Gros

so29

.906

100

11.09

537

16.24

754

2.564

9

Regiã

o de S

aúde

do Su

doest

e Mato

-Gros

sense

933

100

342

3747

251

119

13Fo

nte:

IBGE

. Cen

so D

emog

ráfic

o – 2

010.

(disp

oníve

l em

: http

://do

wnl

oads

.ibge

.gov

.br/d

ownl

oads

_esta

tistic

as.h

tm)

Elab

oraç

ão: D

IEES

E

Page 178: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

177

TABELA 8Distribuição da população ocupada em atividades e/ou ocupações de atenção à saúde,

por tipo de atividade e/ou ocupaçãoBrasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas - 2010

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

Total da população ocupada em

atividades e/ou ocupações de saúde

Profissionais de saúde ocupados em atividades de

saúde

Outros profissionais ocupados em atividades de

saúde

Profissionais de saúde ocupados

em outras atividades

nº % nº % nº % nº %Brasil 4.201.472 100 1.808.924 43 1.099.161 26 1.293.388 31Região Norte 233.376 100 103.002 44 58.467 25 71.907 31 Estado do Acre 11.421 100 5.161 45 3.155 28 3.105 27

Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira

2.453 100 1.029 42 773 32 650 26

Região Nordeste 863.115 100 369.542 43 239.177 28 254.396 29 Estado do Ceará 133.592 100 57.689 43 35.464 27 40.439 30

Região de Saúde de Icó

1.963 100 994 51 378 19 591 30

Região Sudeste 2.137.497 100 938.201 44 551.743 26 647.553 30Estado de Minas Gerais

475.564 100 194.184 41 118.368 25 163.012 34

Região de Saúde de Pirapora

2.237 100 773 35 605 27 859 38

Região Sul 654.294 100 270.803 41 166.425 25 217.067 33Região Centro-Oeste

313.190 100 127.376 41 83.349 27 102.465 33

Estado de Mato Grosso

58.961 100 23.601 40 14.478 25 20.883 35

Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense

1.677 100 662 39 293 17 722 43

Fonte: IBGE. Censo Demográfico – 2010. (disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm)Elaboração: DIEESE

Page 179: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

178

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABE

LA 1

1Di

strib

uiçã

o da

pop

ulaç

ão a

ssal

aria

da co

m e

mpr

ego

form

al e

m a

tivid

ades

e/o

u oc

upaç

ões d

e at

ençã

o à

saúd

e,

por t

ipo

de a

tivid

ade

e/ou

ocu

paçã

oBr

asil,

Regi

ões G

eogr

áfica

s, Es

tado

s e R

egiõ

es d

e Sa

úde

sele

ciona

das

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

s

Tota

l da p

opula

ção a

ssalar

iada

com

empr

ego f

orma

l em

at

ivida

des e

/ou o

cupa

ções

da

saúd

e

Profi

ssion

ais de

saúd

e oc

upad

os em

ativi

dade

s de

saúd

e

Outro

s pro

fissio

nais

ocup

ados

em at

ivida

des

de sa

úde

Profi

ssion

ais de

saúd

e oc

upad

os em

outra

s at

ivida

des

nº%

nº%

nº%

nº%

Bras

il3.0

36.56

210

01.2

72.23

742

925.6

0830

838.7

1728

Regiã

o Nor

te17

0.668

100

76.98

945

45.78

827

47.89

128

Esta

do do

Acre

9.240

100

4.252

462.7

3130

2.258

24

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

1.890

100

807

4370

537

378

20Re

gião N

orde

ste62

2.923

100

270.7

3143

185.4

3630

166.7

5627

Esta

do do

Cea

rá94

.640

100

42.20

945

26.83

328

25.59

927

Re

gião d

e Saú

de de

Icó

1.389

100

759

5527

220

358

26Re

gião S

udes

te1.5

46.25

710

064

9.362

4248

0.019

3141

6.876

27 E

stado

de M

inas G

erais

341.3

7610

013

2.331

3910

1.746

3010

7.299

31

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

1.532

100

480

3141

927

633

41Re

gião S

ul46

9.143

100

186.7

0740

144.1

1531

138.3

2129

Regiã

o Cen

tro-O

este

227.5

7110

088

.447

3970

.251

3168

.873

30 E

stado

de M

ato G

rosso

41.73

710

016

.019

3811

.831

2813

.887

33

Regiã

o de S

aúde

do Su

doest

e Mato

-Gros

sense

1.202

100

474

3926

922

459

38Fo

nte:

IBGE

. Cen

so D

emog

ráfic

o – 2

010.

(disp

oníve

l em

: http

://do

wnl

oads

.ibge

.gov

.br/d

ownl

oads

_esta

tistic

as.h

tm)

Elab

oraç

ão: D

IEES

E

Page 180: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

179

TABE

LA 1

2Di

strib

uiçã

o do

s pos

tos d

e tra

balh

o da

pop

ulaç

ão a

ssal

aria

da co

m e

mpr

ego

form

al e

m a

tivid

ades

da

saúd

e, se

gund

o tip

os d

e at

ivid

ade

Bras

il, Re

giõe

s Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Reg

iões

de

Saúd

e se

lecio

nada

s – 2

014

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

s

Tota

l da p

opula

ção

assa

lariad

a com

em

preg

o for

mal

em at

ivida

des d

a sa

úde

Popu

lação

assa

lariad

a com

empr

ego f

orma

l em

ativi

dade

s em:

Aten

dimen

to

hosp

italar

Aten

ção

ambu

lator

ial

exec

utad

as

por m

édico

s e

dent

istas

Serv

iços d

e co

mplem

enta

ção

diagn

óstic

a e

tera

pêut

ica

Outro

s pro

fissio

nais

da sa

úde q

ue

não m

édico

s ou

dent

istas

Outra

s ativ

idade

s na

área

da sa

úde

nº%

nº%

nº%

nº%

nº%

nº%

Bras

il1.7

16.54

510

01.0

86.71

963

292.6

9417

223.6

2913

63.74

04

49.76

33

Regiã

o Nor

te63

.370

100

36.53

958

10.78

917

10.64

017

4.285

71.1

162

Esta

do do

Acre

2.703

100

1.805

6748

618

340

1364

28

0

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

607

100

465

7767

1161

106

18

1Re

gião N

orde

ste29

8.780

100

191.7

6664

42.50

414

41.26

914

11.99

94

11.24

24

Esta

do do

Cea

rá43

.313

100

22.42

052

5.766

135.4

5513

2.682

66.9

9016

Re

gião d

e Saú

de de

Icó

125

100

8971

1311

2016

32

0Re

gião S

udes

te94

3.084

100

604.0

2164

168.5

8418

121.9

2113

35.01

84

13.54

11

Esta

do de

Mina

s Gera

is18

5.656

100

120.9

9165

28.52

115

26.08

414

7.218

42.8

422

Re

gião d

e Saú

de de

Pirap

ora57

310

036

764

7413

108

1924

40

Regiã

o Sul

285.5

1210

018

7.933

6648

.018

1729

.776

107.4

063

12.37

94

Regiã

o Cen

tro-O

este

125.7

9910

066

.461

5322

.799

1820

.023

165.0

324

11.48

59

Esta

do de

Mato

Gros

so18

.810

100

10.27

155

4.066

223.7

1220

675

487

0

Regiã

o de S

aúde

do Su

doest

e

Mato

-Gros

sense

237

100

9841

6528

4218

3213

0

Font

e: M

inist

ério

do

Trab

alho

. Rai

s – 2

014.

Dad

os b

ruto

s disp

oníve

is em

: ftp

://ftp

.mtp

s.gov

.br/p

det/r

ais/2

014/

)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 181: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

180

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABE

LA 1

3Di

strib

uiçã

o do

s pos

tos d

e tra

balh

o da

pop

ulaç

ão a

ssal

aria

da co

m e

mpr

ego

form

al e

m o

cupa

ções

da

saúd

e, se

gund

o ní

vel d

e fo

rmaç

ãoBr

asil,

Regi

ões G

eogr

áfica

s, Es

tado

s e R

egiõ

es d

e Sa

úde

sele

ciona

das -

201

4

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

s

Tota

l dos

posto

s de t

raba

lho

da po

pulaç

ão as

salar

iada c

om

empr

ego f

orma

l em

ocup

açõe

s da

saúd

e

Popu

lação

assa

lariad

a com

empr

ego f

orma

l em

ocup

açõe

s da s

aúde

de:

Níve

l sup

erior

Níve

l téc

nico o

u aux

iliar

Níve

l elem

enta

r

nº%

nº%

nº%

nº%

Bras

il2.3

56.60

610

079

1.584

341.4

92.50

563

72.51

73

Regiã

o Nor

te14

8.543

100

46.31

531

100.5

1068

1.719

1 E

stado

do A

cre8.4

1810

02.8

1933

5.519

6681

1

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

1.327

100

265

201.0

5479

81

Regiã

o Nor

deste

508.7

1810

016

0.082

3134

1.655

676.9

811

Esta

do do

Cea

rá71

.528

100

24.33

634

46.19

965

994

1

Regiã

o de S

aúde

de Ic

ó1.1

1710

042

038

696

621

0Re

gião S

udes

te1.1

71.50

410

040

5.647

3571

5.960

6149

.897

4 E

stado

de M

inas G

erais

256.0

2610

084

.268

3316

0.044

6311

.714

5

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

917

100

251

2765

671

111

Regiã

o Sul

344.1

6010

012

1.428

3521

2.325

6210

.407

3Re

gião C

entro

-Oes

te18

3.681

100

58.11

232

122.0

5566

3.514

2 E

stado

de M

ato G

rosso

30.33

110

09.6

6832

20.17

767

487

2

Regiã

o de S

aúde

do Su

doest

e Mato

-Gros

sense

985

100

309

3166

668

101

Font

e: M

inist

ério

do

Trab

alho

. Rai

s – 2

014.

(disp

oníve

l em

: ftp

://ftp

.mtp

s.gov

.br/p

det/r

ais/2

014/

)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 182: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

181

TABE

LA 1

4Di

strib

uiçã

o do

s pos

tos d

e tra

balh

o da

pop

ulaç

ão a

ssal

aria

da co

m e

mpr

ego

form

al e

m a

tivid

ades

e/o

u oc

upaç

ões d

a sa

úde,

se

gund

o gr

upos

de

ativ

idad

e e/

ou o

cupa

ção

Bras

il, Re

giõe

s Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Reg

iões

de

Saúd

e se

lecio

nada

s – 2

014

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

s

Tota

l dos

posto

s de t

raba

lho

da po

pulaç

ão as

salar

iada c

om

empr

ego f

orma

l em

ativi

dade

s e/

ou oc

upaç

ões d

a saú

de

Profi

ssion

ais de

saúd

e oc

upad

os em

ativi

dade

s de

saúd

e

Outro

s pro

fissio

nais

ocup

ados

em at

ivida

des

de sa

úde

Profi

ssion

ais de

saúd

e oc

upad

os em

outra

s at

ivida

des

nº%

nº%

nº%

nº%

Bras

il3.2

40.94

410

083

2.206

2688

4.339

271.5

24.39

947

Regiã

o Nor

te18

3.244

100

28.66

916

34.70

019

119.8

7465

Esta

do do

Acre

9.981

100

1.140

111.5

6316

7.278

73

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

1.599

100

335

2127

117

992

62Re

gião N

orde

ste66

6.538

100

140.9

6021

157.8

2024

367.7

5755

Esta

do do

Cea

rá93

.424

100

21.41

823

21.89

623

50.11

154

Re

gião d

e Saú

de de

Icó

1.189

100

534

726

1.064

90Re

gião S

udes

te1.6

51.52

910

046

3.058

2848

0.025

2970

8.446

43 E

stado

de M

inas G

erais

351.7

1610

089

.965

2695

.691

2716

6.060

47

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

1.168

100

322

2825

121

596

51Re

gião S

ul48

6.411

100

143.2

6129

142.2

5129

200.8

9941

Regiã

o Cen

tro-O

este

253.2

2310

056

.257

2269

.542

2712

7.424

50 E

stado

de M

ato G

rosso

40.90

410

08.2

3720

10.57

326

22.09

454

Re

gião d

e Saú

de do

Sudo

este M

ato-G

rossen

se1.1

0910

011

310

124

1187

279

Font

e: M

inist

ério

do

Trab

alho

. Rai

s – 2

014.

(disp

oníve

l em

: ftp

://ftp

.mtp

s.gov

.br/p

det/r

ais/2

014/

)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 183: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

182

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Dimensionamento da força de trabalho do SUSAs Tabelas 15 e 16 apresentam estimativas da quantidade de postos de

trabalho em estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS nas quatro Regiões de Saúde selecionadas, obtidas a partir do processamento dos dados sobre car-ga de trabalho constantes no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde �&1(6���3RU�GHÀQLomR�RSHUDFLRQDO��FRQVLGHUD�VH�TXH�XP�SRVWR�GH�WUDEDOKR��HP�qualquer ocupação, corresponderia a 40 horas de trabalho por semana.

No CNES, é captada a quantidade de horas de trabalho semanais destinadas a atividades ambulatoriais, a atividades hospitalares e a outras DWLYLGDGHV�GH�VD~GH��&RPR�XP�PHVPR�SURÀVVLRQDO�SRGH�WHU�PDLV�GH�XP�YtQFXOR�de trabalho ou emprego, havia registro de valores superiores a 168 horas de trabalho por semana nos arquivos obtidos e processados pelo DIEESE. Por isso, ao utilizar a base de dados do CNES para dimensionar a força de trabalho do SUS, o valor máximo dos registros foi limitado a 60 horas semanais de trabalho por vínculo de trabalho ou emprego.

Caracterização da força de trabalho do SUS2FXSDomR�GRV�SURÀVVLRQDLVAs Tabelas 17, 18 e 19 apresentam a distribuição dos postos de tra-

balho em estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS nas quatro Regiões GH�6D~GH�VHOHFLRQDGDV��VHJXQGR�D�RFXSDomR�GRV�SURÀVVLRQDLV�FDGDVWUDGRV�QR�CNES. Para assegurar a comparabilidade das informações do CNES com DTXHODV�SURYHQLHQWHV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�H�GD�5DLV��IRUDP�GHÀQLGRV�JUX-SRV�RFXSDFLRQDLV�FRPSDWtYHLV��UHVSHFWLYDPHQWH��FRP�D�&ODVVLÀFDomR�%UDVL-OHLUD�GH�2FXSDo}HV��&%2��GRPLFLOLDU�H�FRP�D�&%2�RÀFLDO��1R�HQWDQWR��DV�tabelas aqui apresentadas se referem exclusivamente aos três grupos compa-tíveis com a CBO domiciliar: 1) ocupações de saúde de nível superior, que UH~QH�PpGLFRV��HQIHUPHLURV��GHQWLVWDV�H�RXWURV�SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�GH�QtYHO�superior; 2) ocupações de saúde de nível técnico ou auxiliar, que reúne pro-ÀVVLRQDLV�GH�QtYHO�PpGLR�GH�HQIHUPDJHP��WUDEDOKDGRUHV�FRPXQLWiULRV�GH�VD~GH�H�RXWURV�SURÀVVLRQDLV�GH�VD~GH�GH�QtYHO�PpGLR��H����RFXSDo}HV�GH�saúde de nível elementar, que reúne trabalhadores de cuidados pessoais nos serviços de saúde.

Page 184: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

183

TABE

LA 1

5Nú

mer

o de

est

abel

ecim

ento

s de

saúd

e e

de p

rofis

siona

is, v

íncu

los d

e tra

balh

o, h

oras

de

traba

lho

sem

anai

s e d

e po

stos

de

traba

lho

em

esta

bele

cimen

tos d

e sa

úde

vinc

ulad

os a

o SU

SBr

asil,

Regi

ões G

eogr

áfica

s, Es

tado

s e R

egiõ

es d

e Sa

úde

sele

ciona

das –

out

./201

5

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

sEs

tabe

lecim

ento

sPr

ofissi

onais

Vínc

ulos d

e tra

balho

Hora

s de t

raba

lho

sema

nais

Posto

s de t

raba

lho

Bras

il92

.923

2.295

.379

2.725

.880

83.05

0.941

2.076

.274

Regiã

o Nor

te7.7

4417

6.988

203.8

956.7

44.32

416

8.608

Esta

do do

Acre

435

10.66

512

.562

424.3

5410

.609

Re

gião d

e Saú

de de

Juruá

e Ta

rauac

á/Env

ira12

72.5

532.9

0210

5.407

2.635

Regiã

o Nor

deste

32.14

558

9.266

680.8

3521

.810.1

5854

5.254

Esta

do do

Cea

4.143

81.89

192

.549

3.033

.039

75.82

6

Regiã

o de S

aúde

de Ic

ó13

11.5

331.6

4158

.035

1.451

Regiã

o Sud

este

29.00

81.0

38.73

61.2

38.50

836

.748.2

3091

8.706

Esta

do de

Mina

s Gera

is11

.675

256.2

2631

7.188

9.333

.717

233.3

43

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

108

1.429

1.666

56.29

61.4

07Re

gião S

ul16

.868

342.6

5842

5.799

12.22

7.662

305.6

92Re

gião C

entro

-Oes

te7.1

5814

7.731

176.8

435.5

20.56

713

8.014

Esta

do de

Mato

Gros

so2.2

5537

.368

43.68

41.4

32.68

235

.817

Re

gião d

e Saú

de do

Sudo

este M

ato-G

rossen

se11

71.2

301.3

4847

.531

1.188

Font

e: M

inist

ério

da

Saúd

e. C

NES –

out

ubro

de

2015

. (di

spon

ível e

m: f

tp://

ftp.d

atas

us.g

ov.b

r/diss

emin

/pub

licos

/CNE

S/200

508_

/Dad

os/)

Elab

oraç

ão: D

IEES

E

Page 185: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

184

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABE

LA 1

6Nú

mer

o de

est

abel

ecim

ento

s de

saúd

e e

de p

rofis

siona

is, v

íncu

los d

e tra

balh

o, h

oras

de

traba

lho

sem

anai

s e d

e po

stos

de

traba

lho

em

esta

bele

cimen

tos m

unici

pais

de sa

úde

vinc

ulad

os a

o SU

S (e

m n

úmer

o)Br

asil,

Regi

ões G

eogr

áfica

s, Es

tado

s e R

egiõ

es d

e Sa

úde

sele

ciona

das -

out

./201

5

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

sEs

tabe

lecim

ento

sPr

ofissi

onais

Vínc

ulos d

e tra

balho

Hora

s de t

raba

lho

sema

nais

Posto

s de t

raba

lho

Bras

il73

.611

1.411

.063

1.529

.122

50.55

1.866

1.263

.797

Regiã

o Nor

te6.2

3511

5.951

121.8

834.3

65.87

510

9.147

Esta

do do

Acre

314

4.673

4.714

179.1

864.4

80

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

931.3

081.3

1551

.840

1.296

Regiã

o Nor

deste

27.13

541

8.354

442.6

3515

.407.3

6538

5.184

Esta

do do

Cea

rá3.4

6962

.948

66.47

02.3

45.42

858

.636

Re

gião d

e Saú

de de

Icó

114

1.368

1.423

52.14

91.3

04Re

gião S

udes

te23

.400

599.0

0265

5.909

20.74

9.380

518.7

35 E

stado

de M

inas G

erais

9.473

161.9

2617

5.166

5.736

.308

143.4

08

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

821.1

111.2

1141

.052

1.026

Regiã

o Sul

11.36

018

2.078

202.3

876.4

71.66

016

1.792

Regiã

o Cen

tro-O

este

5.481

95.67

810

6.308

3.557

.586

88.94

0 E

stado

de M

ato G

rosso

1.795

26.76

328

.559

1.013

.025

25.32

6

Regiã

o de S

aúde

do Su

doest

e Mato

-Gros

sense

981.0

251.0

6240

.157

1.004

Font

e: M

inist

ério

da

Saúd

e. C

NES –

out

ubro

de

2015

. (di

spon

ível e

m: f

tp://

ftp.d

atas

us.g

ov.b

r/diss

emin

/pub

licos

/CNE

S/200

508_

/Dad

os/)

Elab

oraç

ão: D

IEES

E

Page 186: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

185

TABE

LA 1

7Di

strib

uiçã

o do

spo

stos

de

traba

lho

em e

stab

elec

imen

tos d

e sa

úde

vinc

ulad

os a

o SU

S, se

gund

o a

cond

ição

de re

gist

ro

da o

cupa

ção

do p

rofis

siona

l na

form

a da

CBO

dom

icilia

r B

rasil

, Reg

iões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Reg

iões

de

Saúd

e se

lecio

nada

s - o

ut./2

015

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

sTo

tal

Cond

ição d

e clas

sifica

ção o

cupa

ciona

lCla

ssific

ação

ocup

acion

al nã

o co

mpat

ível c

om a

CBO

domi

ciliar

Classi

ficaç

ão oc

upac

ional

comp

atíve

l co

m a C

BO do

micil

iarnº

%nº

%nº

%Br

asil

2.076

.274

100

334.2

0616

1.742

.068

84Re

gião N

orte

168.6

0810

028

.778

1713

9.830

83 E

stado

do A

cre10

.609

100

2.586

248.0

2376

Re

gião d

e Saú

de de

Juruá

e Ta

rauac

á/Env

ira2.6

3510

060

023

2.036

77Re

gião N

orde

ste54

5.254

100

67.61

612

477.6

3888

Esta

do do

Cea

rá75

.826

100

9.024

1266

.802

88

Regiã

o de S

aúde

de Ic

ó1.4

5110

015

110

1.300

90Re

gião S

udes

te91

8.706

100

164.6

9418

754.0

1282

Esta

do de

Mina

s Gera

is23

3.343

100

34.72

115

198.6

2285

Re

gião d

e Saú

de de

Pirap

ora1.4

0710

072

51.3

3595

Regiã

o Sul

305.6

9210

046

.839

1525

8.853

85Re

gião C

entro

-Oes

te13

8.014

100

26.28

019

111.7

3481

Esta

do de

Mato

Gros

so35

.817

100

7.510

2128

.307

79

Regiã

o de S

aúde

do Su

doest

e Mato

-Gros

sense

1.188

100

238

2095

080

Font

e: M

inist

ério

da

Saúd

e. C

NES –

out

ubro

de

2015

. (di

spon

ível e

m: f

tp://

ftp.d

atas

us.g

ov.b

r/diss

emin

/pub

licos

/CNE

S/200

508_

/Dad

os/

Elab

oraç

ão: D

IEES

E

Page 187: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

186

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABE

LA 1

8Di

strib

uiçã

o do

s pos

tos d

e tra

balh

o em

est

abel

ecim

ento

s de

saúd

e vi

ncul

ados

ao

SUS

com

regi

stro

da

ocup

ação

do

profi

ssio

nal n

a fo

rma

da C

BO

dom

icilia

r, se

gund

o o

grup

o oc

upac

iona

l do

profi

ssio

nal -

Bra

sil, R

egiõ

es G

eogr

áfica

s, Es

tado

s e R

egiõ

es d

e Sa

úde

sele

ciona

das -

out

./201

5

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

s

Tota

lGr

upo o

cupa

ciona

l com

patív

el co

m a C

BO do

micil

iarOc

upaç

ões d

a saú

de de

nív

el su

perio

rOc

upaç

ões d

a saú

de de

nív

el té

cnico

ou au

xiliar

Ocup

açõe

s da s

aúde

de

nível

eleme

ntar

nº%

nº%

nº%

nº%

Bras

il1.7

42.06

810

068

1.500

391.0

42.52

860

18.03

91

Regiã

o Nor

te13

9.830

100

45.20

232

92.92

066

1.708

1 E

stado

do A

cre8.0

2310

02.6

8433

5.191

6514

82

Re

gião d

e Saú

de de

Juruá

e Ta

rauac

á/Env

ira2.0

3610

060

029

1.390

6845

2Re

gião N

orde

ste47

7.638

100

170.1

3436

304.3

7264

3.132

1 E

stado

do C

eará

66.80

210

024

.350

3642

.018

6343

41

Re

gião d

e Saú

de de

Icó

1.300

100

394

3089

068

161

Regiã

o Sud

este

754.0

1210

031

4.307

4242

9.769

579.9

361

Esta

do de

Mina

s Gera

is19

8.622

100

73.79

137

122.7

7162

2.060

1

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

1.335

100

430

3288

766

181

Regiã

o Sul

258.8

5310

010

8.342

4214

8.177

572.3

331

Regiã

o Cen

tro-O

este

111.7

3410

043

.516

3967

.289

6093

01

Esta

do de

Mato

Gros

so28

.307

100

10.04

235

17.97

764

288

1

Regiã

o de S

aúde

do Su

doest

e Mato

-Gros

sense

950

100

247

2670

074

40

Font

e: :

Min

istér

io d

a Sa

úde.

CNE

S – o

utub

ro d

e 20

15. (

disp

oníve

l em

: ftp

://ftp

.dat

asus

.gov

.br/d

issem

in/p

ublic

os/C

NES/2

0050

8_/D

ados

/)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 188: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

187

TABE

LA 1

9Di

strib

uiçã

o do

s pos

tos d

e tra

balh

o do

gru

po d

as o

cupa

ções

da

saúd

e de

nív

el su

perio

r em

est

abel

ecim

ento

s de

saúd

e vi

ncul

ados

ao

SUS,

se

gund

o o

grup

o oc

upac

iona

l do

profi

ssio

nal

Bras

il, Re

giõe

s Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Reg

iões

de

Saúd

e se

lecio

nada

s - o

ut./2

015

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

sTo

tal

Ocup

açõe

s da s

aúde

de es

colar

idade

de ní

vel s

uper

iorM

édico

sDe

ntist

asEn

ferm

eiros

Outra

s nº

%nº

%nº

%nº

%nº

%Br

asil

681.5

0010

029

3.385

4354

.507

818

9.777

2814

3.831

21Re

gião N

orte

45.20

210

017

.042

384.0

339

13.61

930

10.50

823

Esta

do do

Acre

2.684

100

1.033

3823

59

948

3546

817

Re

gião d

e Saú

de de

Juruá

e Ta

rauac

á/Env

ira60

010

021

937

549

223

3710

317

Regiã

o Nor

deste

170.1

3410

064

.853

3817

.781

1049

.814

2937

.685

22 E

stado

do C

eará

24.35

010

09.7

0940

2.650

117.1

2229

4.869

20

Regiã

o de S

aúde

de Ic

ó39

410

012

030

6617

122

3186

22Re

gião S

udes

te31

4.307

100

147.4

3547

20.77

17

84.42

127

61.68

020

Esta

do de

Mina

s Gera

is73

.791

100

31.16

242

6.235

819

.805

2716

.589

22

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

430

100

143

3347

1111

928

121

28Re

gião S

ul10

8.342

100

46.06

243

7.809

730

.450

2824

.021

22Re

gião C

entro

-Oes

te43

.516

100

17.99

341

4.112

911

.473

269.9

3823

Esta

do de

Mato

Gros

so10

.042

100

3.652

3691

49

3.056

302.4

1924

Re

gião d

e Saú

de do

Sudo

este M

ato-G

rossen

se24

710

064

2635

1481

3367

27Fo

nte:

Min

istér

io d

a Sa

úde.

CNE

S – o

utub

ro d

e 20

15. (

disp

oníve

l em

: ftp

://ftp

.dat

asus

.gov

.br/d

issem

in/p

ublic

os/C

NES/2

0050

8_/D

ados

/)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 189: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

188

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

7LSR�GH�YtQFXOR�RX�IRUPD�GH�FRQWUDWDomR�GRV�SURÀVVLRQDLVAs Tabelas 20, 21 e 22 apresentam a distribuição dos postos de tra-

balho em estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, nas quatro Regiões de Saúde selecionadas, segundo o tipo de vínculo ou forma de contratação GRV�SURÀVVLRQDLV�FDGDVWUDGRV�QR�&1(6��&RPR�RV�HVWDEHOHFLPHQWRV�S~EOLFRV�municipais são predominantes no total dos estabelecimentos vinculados ao 686��RV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�GRV�SURÀVVLRQDLV�TXH�DOL�DWXDP�IRUDP�GLYLGLGRV�em três subgrupos: 1) vínculos de carreira pública; 2) vínculos de contratação temporária; e 3) vínculos de outras formas de contratação.

TABE

LA 2

0Di

strib

uiçã

o do

s pos

tos d

e tra

balh

o em

est

abel

ecim

ento

s de

saúd

e vi

ncul

ados

ao

SUS,

segu

ndo

a co

ndiçã

o de

regi

stro

do

vínc

ulo

de tr

abal

ho d

o pr

ofiss

iona

l Br

asil,

Regi

ões G

eogr

áfica

s, Es

tado

s e R

egiõ

es d

e Sa

úde

sele

ciona

das -

out

./201

5

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

sTo

tal

Cond

ição d

e reg

istro

do ti

po de

vínc

ulo do

pr

ofissi

onal

Tipo d

e vínc

ulo nã

o re

gistra

do ou

regis

trado

inc

orre

tame

nte

Tipo d

e vínc

ulo

regis

trado

co

rreta

ment

enº

%nº

%nº

%Br

asil

2.076

.274

100

75.22

14

2.001

.052

96Re

gião N

orte

168.6

0810

07.5

534

161.0

5596

Esta

do do

Acre

10.60

910

091

110

.518

99

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

2.635

100

773

2.559

97Re

gião N

orde

ste54

5.254

100

23.81

14

521.4

4396

Esta

do do

Cea

rá75

.826

100

3.605

572

.221

95

Regiã

o de S

aúde

de Ic

ó1.4

5110

05

01.4

4510

0Re

gião S

udes

te91

8.706

100

33.66

54

885.0

4096

Esta

do de

Mina

s Gera

is23

3.343

100

4.521

222

8.821

98

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

1.407

100

152

111.2

5589

Regiã

o Sul

305.6

9210

06.4

142

299.2

7798

Regiã

o Cen

tro-O

este

138.0

1410

03.7

783

134.2

3797

Esta

do de

Mato

Gros

so35

.817

100

107

035

.710

100

Re

gião d

e Saú

de do

Sudo

este M

ato-G

rossen

se1.1

8810

01

01.1

8810

0Fo

nte:

Min

istér

io d

a Sa

úde.

CNE

S – o

utub

ro d

e 20

15. (

disp

oníve

l em

: ftp

://ftp

.dat

asus

.gov

.br/d

issem

in/p

ublic

os/C

NES/2

0050

8_/D

ados

/)El

abor

ação

: DIE

ESE.

Page 190: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

189

TABE

LA 2

1Di

strib

uiçã

o do

s pos

tos d

e tra

balh

o em

est

abel

ecim

ento

s de

saúd

e vi

ncul

ados

ao

SUS

com

regi

stro

corre

to d

o ví

ncul

o de

trab

alho

do

profi

ssio

nal,

segu

ndo

a na

ture

za ju

rídica

do

esta

bele

cimen

toBr

asil,

Regi

ões G

eogr

áfica

s, Es

tado

s e R

egiõ

es d

e Sa

úde

sele

ciona

das –

out

./201

5

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

sTo

tal

Natu

reza

juríd

ica do

esta

belec

imen

to

Esta

belec

imen

to pr

ivado

Esta

belec

imen

to pú

blico

es

tadu

al ou

fede

ral

Esta

belec

imen

to pú

blico

mu

nicipa

lnº

%nº

%nº

%nº

%Br

asil

2.001

.052

100

401.2

3320

364.1

3818

1.235

.682

62Re

gião N

orte

161.0

5510

010

.611

745

.179

2810

5.265

65 E

stado

do A

cre10

.518

100

614

65.4

9552

4.409

42

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

2.559

100

271

1.307

511.2

2548

Regiã

o Nor

deste

521.4

4310

058

.236

1191

.400

1837

1.807

71 E

stado

do C

eará

72.22

110

07.0

2910

9.028

1356

.163

78

Regiã

o de S

aúde

de Ic

ó1.4

4510

071

575

51.3

0090

Regiã

o Sud

este

885.0

4010

020

8.663

2416

4.194

1951

2.183

58 E

stado

de M

inas G

erais

228.8

2110

063

.606

2823

.756

1014

1.459

62

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

1.255

100

205

1665

598

579

Regiã

o Sul

299.2

7710

010

1.978

3438

.012

1315

9.287

53Re

gião C

entro

-Oes

te13

4.237

100

21.74

516

25.35

219

87.14

065

Esta

do de

Mato

Gros

so35

.710

100

5.211

155.2

1115

25.28

771

Re

gião d

e Saú

de do

Sudo

este M

ato-G

rossen

se1.1

8810

015

913

242

1.004

85Fo

nte:

Min

istér

io d

a Sa

úde.

CNE

S – o

utub

ro d

e 20

15. (

disp

oníve

l em

: ftp

://ftp

.dat

asus

.gov

.br/d

issem

in/p

ublic

os/C

NES/2

0050

8_/D

ados

/)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 191: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

190

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABE

LA 2

2Di

strib

uiçã

o do

s pos

tos d

e tra

balh

o em

est

abel

ecim

ento

s mun

icipa

is de

saúd

e vi

ncul

ados

ao

SUS

com

regi

stro

corre

to d

o ví

ncul

o de

trab

alho

do

profi

ssio

nal, s

egun

do o

tipo

de

vínc

ulo

ou fo

rma

de co

ntra

taçã

o do

pro

fissio

nal

Bras

il, Re

giõe

s Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Reg

iões

de

Saúd

e se

lecio

nada

s - o

ut./2

015

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

sTo

tal

Tipo d

e vínc

ulo ou

form

a de c

ontra

taçã

o do p

rofis

siona

l

Carre

ira pú

blica

Cont

rata

ção t

empo

rária

Outra

s for

mas d

e co

ntra

taçã

onº

%nº

%nº

%nº

%Br

asil

1.235

.682

100

753.9

2561

357.6

0329

124.1

5310

Regiã

o Nor

te10

5.265

100

63.18

260

41.20

639

878

1 E

stado

do A

cre4.4

0910

03.3

9477

1.010

235

0

Regiã

o de S

aúde

de Ju

ruá e

Tarau

acá/E

nvira

1.225

100

669

5555

245

40

Regiã

o Nor

deste

371.8

0710

022

2.738

6013

9.648

389.4

213

Esta

do do

Cea

rá56

.163

100

37.62

267

18.22

732

315

1

Regiã

o de S

aúde

de Ic

ó1.3

0010

099

476

301

235

0Re

gião S

udes

te51

2.183

100

287.7

3056

122.1

8224

102.2

7220

Esta

do de

Mina

s Gera

is14

1.459

100

70.09

050

66.53

247

4.838

3

Regiã

o de S

aúde

de Pi

rapora

985

100

515

5247

048

00

Regiã

o Sul

159.2

8710

012

4.112

7824

.972

1610

.202

6Re

gião C

entro

-Oes

te87

.140

100

56.16

464

29.59

534

1.381

2 E

stado

de M

ato G

rosso

25.28

710

016

.796

668.0

2932

462

2

Regiã

o de S

aúde

do Su

doest

e Mato

-Gros

sense

1.004

100

821

8218

018

30

Font

e: M

inist

ério

da

Saúd

e. C

NES –

out

ubro

de

2015

. (di

spon

ível e

m: f

tp://

ftp.d

atas

us.g

ov.b

r/diss

emin

/pub

licos

/CNE

S/200

508_

/Dad

os/)

Elab

oraç

ão: D

IEES

E

Page 192: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

191

Dimensionamento da cobertura potencial do PCCVA Tabela 23 apresenta a distribuição dos postos de trabalho de car-

reira pública em estabelecimentos municipais de saúde vinculados ao SUS, nas quatro Regiões de Saúde selecionadas. Note-se que o subgrupo referente aos vínculos de carreira pública pode ser utilizado para dimensionar a cober-tura potencial do PCCV nas Regiões de Saúde selecionadas, conforme se mostrará a seguir.

7DO�FRPR�GHÀQLGR�SHOD�FODVVLÀFDomR�GRV�YtQFXORV�GH�WUDEDOKR�GRV�SURÀVVLRQDLV�FDGDVWUDGRV�QR�&1(6�DTXL�DGRWDGD��D�FDUUHLUD�S~EOLFD�FRPSUH-ende três tipos de vínculo ou formas de contratação registradas pelo CNES: 1) cargo público estatutário; 2) emprego público celetista; e 3) cargo comis-sionado. A cobertura potencial do PCCV será tanto maior quanto mais alta for a participação relativa desses tipos de vínculos na composição da força de trabalho do SUS. Por isso, essa participação pode ser utilizada como indica-dor de valorização do trabalho no âmbito do sistema.

Page 193: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

192

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABE

LA 2

3Di

strib

uiçã

o do

s pos

tos d

e tra

balh

o de

carre

ira p

úblic

a em

est

abel

ecim

ento

s mun

icipa

is de

saúd

e vi

ncul

ados

ao

SUS,

segu

ndo

o tip

o de

vín

culo

ou

form

a de

cont

rata

ção

do p

rofis

siona

l B

rasil

, Reg

iões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Reg

iões

de

Saúd

e se

lecio

nada

s– o

ut./2

015

Bras

il, Re

giões

Geo

gráfi

cas,

Esta

dos e

Re

giões

de Sa

úde s

elecio

nada

sTo

tal

Tipo d

e vínc

ulo ou

form

a de c

ontra

taçã

o do p

rofis

siona

lCa

rgo p

úblic

o efe

tivo

(esta

tutá

rio)

Empr

ego p

úblic

o (ce

letist

a)Ca

rgo p

úblic

o co

missi

onad

onº

%nº

%nº

%nº

%Br

asil

753.9

2510

057

0.176

7616

6.222

2217

.528

2Re

gião N

orte

63.18

210

051

.116

8110

.982

171.0

842

Esta

do do

Acre

3.394

100

2.436

7290

827

501

Re

gião d

e Saú

de de

Juruá

e Ta

rauac

á/Env

ira66

910

056

084

9114

183

Regiã

o Nor

deste

222.7

3810

017

7.128

8040

.411

185.1

992

Esta

do do

Cea

rá37

.622

100

26.23

670

10.44

728

938

2

Regiã

o de S

aúde

de Ic

ó99

410

049

550

484

4914

1Re

gião S

udes

te28

7.730

100

204.8

5971

75.92

926

6.942

2 E

stado

de M

inas G

erais

70.09

010

050

.213

7218

.609

271.2

672

Re

gião d

e Saú

de de

Pirap

ora51

510

051

199

00

41

Regiã

o Sul

124.1

1210

086

.983

7035

.047

282.0

822

Regiã

o Cen

tro-O

este

56.16

410

050

.090

893.8

527

2.222

4 E

stado

de M

ato G

rosso

16.79

610

014

.557

871.1

057

1.134

7

Regiã

o de S

aúde

do Su

doest

e Mato

-Gros

sense

821

100

768

9421

233

4Fo

nte:

Min

istér

io d

a Sa

úde.

CNE

S – o

utub

ro d

e 20

15. (

disp

oníve

l em

: ftp

://ftp

.dat

asus

.gov

.br/d

issem

in/p

ublic

os/C

NES/2

0050

8_/D

ados

/)El

abor

ação

: DIE

ESE

Page 194: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

193

Rendimento médio por posto de trabalho no mercado de trabalho global e no mercado de trabalho da saúde

As Tabelas 24 a 32 apresentam estimativas do rendimento médio por posto de trabalho no mercado de trabalho global e no mercado de trabalho da saúde, tais como dimensionados pela metodologia para análise da situação da força de trabalho em saúde nas regiões selecionadas para o projeto.

(VVDV�LQIRUPDo}HV�IRUDP�H[WUDtGDV�GR�&HQVR�'HPRJUiÀFR�H�GD�5DLV��1R�&HQVR�'HPRJUiÀFR��RV�GDGRV�UHIHUHP�VH�DR�YDORU�GR�UHQGLPHQWR�EUXWR�proveniente do trabalho principal exercido na semana de referência. Na Rais, relacionam-se ao valor da remuneração média anual dos vínculos de empre-go formal ativos em 31 de dezembro.

Os procedimentos adotados para o cálculo do rendimento médio foram similares para os dados provenientes de ambas as fontes. Inicialmente, LGHQWLÀFRX�VH�D�SDUFHOD�GH�LQGLYtGXRV�FRP�UHQGLPHQWR�GLIHUHQWH�GH�]HUR�SDUD�cada categoria ocupacional e classe de atividade econômica considerada e somaram-se os valores, obtendo-se, assim, a massa de rendimentos. Em se-guida, dividiu-se o valor da massa de rendimentos pelo total de postos de trabalho registrados em cada categoria ocupacional ou classe de atividade econômica, o que resultou na estimativa dos valores de rendimento médio por posto de trabalho aqui apresentados.

Page 195: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

194

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABELA 24Postos de trabalho, massa de rendimento e rendimento por posto de trabalho da

população ocupadaBrasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas - 2010

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População Ocupada

Postos de trabalho

Massa de rendimento

Rendimento por posto de

trabalhonº R$ R$

Brasil 85.065.174 103.999.451.529 1.223Região Norte 5.935.652 5.925.049.397 998 Estado do Acre 257.309 272.371.948 1.059 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 57.142 44.177.506 773Região Nordeste 19.400.231 16.133.167.031 832 Estado do Ceará 3.197.972 2.539.379.787 794 Região de Saúde de Icó 49.439 23.778.890 481Região Sudeste 38.356.206 53.907.771.966 1.405 Estado de Minas Gerais 9.350.097 10.062.642.661 1.076 Região de Saúde de Pirapora 60.139 43.045.029 716Região Sul 14.446.355 18.072.326.833 1.251Região Centro-Oeste 6.926.730 9.961.136.302 1.438 Estado de Mato Grosso 1.468.456 1.779.992.396 1.212 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 48.519 50.555.096 1.042

Fonte: IBGE. Censo Demográfico – 2010. (disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm)Elaboração: DIEESE

Page 196: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

195

TABELA 25Postos de trabalho, massa de rendimento e rendimento por posto de trabalho da

população ocupada em atividades e/ou ocupações de atenção à saúdeBrasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2010

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População ocupada em atividades e/ou ocupações de atenção à saúde

Postos de trabalho

Massa de rendimento

Rendimento por posto de

trabalhonº R$ R$

Brasil 4.201.472 8.517.538.503 2.027Região Norte 233.376 438.080.632 1.877 Estado do Acre 11.421 20.369.312 1.783 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 2.453 3.603.345 1.469Região Nordeste 863.115 1.434.357.965 1.662 Estado do Ceará 133.592 218.163.065 1.633 Região de Saúde de Icó 1.963 2.589.307 1.319Região Sudeste 2.137.497 4.569.427.700 2.138 Estado de Minas Gerais 475.564 847.225.363 1.782 Região de Saúde de Pirapora 2.237 3.024.562 1.352Região Sul 654.294 1.332.843.410 2.037Região Centro-Oeste 313.190 742.828.796 2.372 Estado de Mato Grosso 58.961 114.918.524 1.949 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 1.677 2.486.810 1.483

Fonte: IBGE. Censo Demográfico – 2010. (disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm)Elaboração: DIEESE

Page 197: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

196

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABELA 26Postos de trabalho, massa de rendimento e rendimento por posto de trabalho da

população assalariada com emprego formal Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas - 2010

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População assalariada com emprego formal

Postos de trabalho

Massa de rendimento

Rendimento por posto de

trabalhonº R$ R$

Brasil 45.385.680 60.271.813.975 1.328Região Norte 2.355.888 3.047.627.993 1.294 Estado do Acre 115.474 157.311.621 1.362 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 18.255 22.130.403 1.212Região Nordeste 7.776.486 8.730.278.371 1.123 Estado do Ceará 1.253.289 1.336.280.708 1.066 Região de Saúde de Icó 10.132 9.353.840 923Região Sudeste 23.307.799 32.543.881.316 1.396 Estado de Minas Gerais 5.118.492 5.663.577.871 1.106 Região de Saúde de Pirapora 32.027 25.917.135 809Região Sul 8.163.009 10.150.678.798 1.243Região Centro-Oeste 3.782.498 5.799.347.498 1.533 Estado de Mato Grosso 761.515 909.350.464 1.194 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 20.926 21.611.024 1.033

Fonte: IBGE. Censo Demográfico – 2010. (disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm)Elaboração: DIEESE

Page 198: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

197

TABELA 27Postos de trabalho, massa de rendimento e rendimento por posto de trabalho

da população assalariada com emprego formal em atividades e/ou ocupações de atenção à saúde

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas - 2010

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População assalariada com emprego formal em atividades e/ou ocupações de atenção à saúde

Postos de trabalho

Massa de rendimento

Rendimento por posto de

trabalhonº R$ R$

Brasil 3.036.562 5.275.639.669 2.157Região Norte 170.668 305.887.610 2.196 Estado do Acre 9.240 16.514.821 2.256 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 1.890 2.876.256 1.989Região Nordeste 622.923 961.420.320 1.949 Estado do Ceará 94.640 148.852.139 2.079 Região de Saúde de Icó 1.389 1.831.779 1.488Região Sudeste 1.546.257 2.749.041.018 2.203 Estado de Minas Gerais 341.376 493.383.850 1.781 Região de Saúde de Pirapora 1.532 1.553.578 1.214Região Sul 469.143 787.008.429 2.043Região Centro-Oeste 227.571 472.282.293 2.667 Estado de Mato Grosso 41.737 63.903.276 1.755 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 1.202 1.656.315 1.663

Fonte: IBGE. Censo Demográfico – 2010. (disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_estatisticas.htm)Elaboração: DIEESE

Page 199: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

198

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABELA 28Postos de trabalho, massa de rendimento e rendimento por posto de trabalho da

população assalariada com emprego formalBrasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2014

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População assalariada com emprego formal

Postos de trabalho

Massa de rendimento

Rendimento por posto de

trabalhonº R$ R$

Brasil 50.603.364 111.645.199.875 2.206Região Norte 2.796.960 6.021.364.933 2.153 Estado do Acre 132.075 300.780.830 2.277 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 15.288 19.358.878 1.266Região Nordeste 9.211.460 16.534.405.943 1.795 Estado do Ceará 1.563.923 2.615.402.482 1.672 Região de Saúde de Icó 10.401 13.252.364 1.274Região Sudeste 25.470.768 59.755.153.916 2.346 Estado de Minas Gerais 5.165.181 9.703.500.177 1.879 Região de Saúde de Pirapora 25.824 33.677.183 1.304Região Sul 8.714.576 18.030.936.631 2.069Região Centro-Oeste 4.409.600 11.303.338.452 2.563 Estado de Mato Grosso 838.169 1.671.181.057 1.994 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 23.341 37.593.118 1.611

Fonte: Ministério do Trabalho. Rais – 2014. (disponível em: ftp://ftp.mtps.gov.br/pdet/rais/2014/)Elaboração: DIEESE

Page 200: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

199

TABELA 29Postos de trabalho, massa de rendimento e rendimento por posto de trabalho da

população assalariada com emprego formal em atividades e/ou ocupações da saúdeBrasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2014

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População assalariada com emprego formal em atividades e/ou ocupações de saúde

Postos de trabalho

Massa de rendimento

Rendimento por posto de

trabalhonº R$ R$

Brasil 3.240.944 8.938.227.758 2.758Região Norte 183.244 501.218.481 2.735 Estado do Acre 9.981 36.001.988 3.607 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 1.599 2.090.555 1.308Região Nordeste 666.538 1.529.289.160 2.294 Estado do Ceará 93.424 220.281.272 2.358 Região de Saúde de Icó 1.189 2.444.028 2.055Região Sudeste 1.651.529 4.708.816.890 2.851 Estado de Minas Gerais 351.716 825.083.561 2.346 Região de Saúde de Pirapora 1.168 1.803.271 1.543Região Sul 486.411 1.408.062.869 2.895Região Centro-Oeste 253.223 790.840.357 3.123 Estado de Mato Grosso 40.904 95.906.792 2.345 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 1.109 2.452.883 2.212

Fonte: Ministério do Trabalho. Rais – 2014. (disponível em: ftp://ftp.mtps.gov.br/pdet/rais/2014/)Elaboração: DIEESE

Page 201: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

200

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABELA 30Postos de trabalho, massa de rendimento e rendimento por posto de trabalho da

população assalariada com emprego formal de médicoBrasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2014

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População assalariada com emprego formal de médico

Postos de trabalho

Massa de rendimento

Rendimento por posto de

trabalhonº R$ R$

Brasil 174.235 2.150.248.074 12.341Região Norte 11.020 124.162.948 11.267 Estado do Acre 776 12.286.501 15.839 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 12 98.962 7.965Região Nordeste 34.102 354.700.781 10.401 Estado do Ceará 5.044 57.798.155 11.459 Região de Saúde de Icó 12 114.951 9.270Região Sudeste 96.278 1.182.121.599 12.278 Estado de Minas Gerais 18.282 209.843.088 11.478 Região de Saúde de Pirapora 32 272.958 8.584Região Sul 21.486 305.298.337 14.209Região Centro-Oeste 11.349 183.964.409 16.210 Estado de Mato Grosso 1.230 17.395.793 14.148 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 19 310.279 16.139

Fonte: Ministério do Trabalho. Rais – 2014. (disponível em: ftp://ftp.mtps.gov.br/pdet/rais/2014/)Elaboração: DIEESE

Page 202: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

201

TABELA 31Postos de trabalho, massa de rendimento e rendimento por posto de trabalho da

população assalariada com emprego formal de enfermeiroBrasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2014

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População assalariada com emprego formal de enfermeiro

Postos de trabalho

Massa de rendimento

Rendimento por posto de

trabalhonº R$ R$

Brasil 241.416 1.061.500.666 4.397Região Norte 12.816 63.202.347 4.932 Estado do Acre 969 5.482.133 5.655 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 139 308.800 2.216Região Nordeste 48.166 186.296.897 3.868 Estado do Ceará 7.293 28.758.839 3.943 Região de Saúde de Icó 117 355.180 3.049Região Sudeste 124.808 541.504.429 4.339 Estado de Minas Gerais 24.614 89.721.825 3.645 Região de Saúde de Pirapora 81 198.227 2.434Região Sul 36.526 162.649.511 4.453Região Centro-Oeste 19.099 107.847.483 5.647 Estado de Mato Grosso 3.064 11.309.732 3.691 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 85 291.195 3.428

Fonte: Ministério do Trabalho. Rais – 2014. (disponível em: ftp://ftp.mtps.gov.br/pdet/rais/2014/))Elaboração: DIEESE

Page 203: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

202

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

TABELA 32Postos de trabalho, massa de rendimento e rendimento por posto de trabalho da população assalariada com emprego formal de técnico ou auxiliar de enfermagem

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas – 2014

Brasil, Regiões Geográficas, Estados e Regiões de Saúde selecionadas

População assalariada com emprego formal em outras ocupações da saúde de nível superior

Postos de trabalho

Massa de rendimento

Rendimento por posto de

trabalhonº R$ R$

Brasil 328.186 1.216.974.140 3.708Região Norte 19.440 80.972.152 4.165 Estado do Acre 874 4.275.684 4.889 Região de Saúde de Juruá e Tarauacá/Envira 90 168.518 1.866Região Nordeste 65.102 197.973.475 3.041 Estado do Ceará 9.578 32.326.109 3.375 Região de Saúde de Icó 175 329.640 1.883Região Sudeste 163.306 618.279.946 3.786 Estado de Minas Gerais 35.468 118.184.555 3.332 Região de Saúde de Pirapora 113 296.427 2.621Região Sul 55.959 216.639.824 3.871Região Centro-Oeste 24.378 103.108.742 4.229 Estado de Mato Grosso 4.639 16.229.687 3.498 Região de Saúde do Sudoeste Mato-Grossense 175 598.739 3.416

Fonte: Ministério do Trabalho. Rais – 2014. (disponível em: ftp://ftp.mtps.gov.br/pdet/rais/2014/))Elaboração: DIEESE

Page 204: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

203

Recursos orçamentários-financeiros para execução de ações e serviços públicos de saúde

Disponibilidade de recursos2V�*UiÀFRV���H���PRVWUDP�RV�YDORUHV�QRPLQDLV�H�RV�YDORUHV�UHDLV�GH�

dois indicadores municipais calculados automaticamente pelo Siops, selecio-nados para avaliar a disponibilidade de recursos para execução de ações e serviços públicos de saúde no Brasil, a saber: 1) a receita de impostos e transferências constitucionais e legais por habitante e 2) a receita de transfe-rências para a saúde da União por habitante.

Os dados se referem ao período 2000-2015 e abrangem a totalidade dos municípios que alimentaram o banco de dados do Siops em cada ano--base considerado. Os valores nominais foram declarados pelos municípios e os valores reais resultam da atualização dos valores nominais pela média DQXDO�GD�LQÁDomR�FDOFXODGD�SHOR�,*3�',�GD�)*9�

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015(disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

Page 205: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

204

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015(disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

1RV�*UiÀFRV���H����D�VHJXLU��VmR�DSUHVHQWDGRV�YDORUHV�UHDLV�GRV�PHV-mos indicadores para as quatro Regiões de Saúde sanalisadas.

A variação da receita de impostos e transferências constitucionais e legais por habitante indica se os municípios que compõem as Regiões de Saúde ampliaram ou restringiram a capacidade de efetuar despesas com saúde. A variação da receita de transferências para a saúde por habitante in-dica se a capacidade desses municípios para efetuar despesas com saúde implicou maior autonomia ou maior dependência em relação às transferên-cias de outras esferas de governo.

Page 206: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

205

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015(disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015(disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

Page 207: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

206

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

Uso dos recursos disponíveis2V�*UiÀFRV������H���PRVWUDP�RV�YDORUHV�QRPLQDLV�H�RV�YDORUHV�UHDLV�

de outros três indicadores municipais calculados automaticamente pelo Siops, que, assim como os antes apresentados, possibilitam avaliar o uso de recursos para execução de ações e serviços públicos de saúde nas regiões selecionadas para o projeto: 1) a despesa total com saúde por habitante; 2) a despesa com pessoal de saúde por habitante; e 3) a despesa com recursos próprios em saúde por habitante.

Do mesmo modo que os indicadores expostos anteriormente, esses se referem ao período 2000-2015 e abrangem a totalidade dos municípios que alimentaram o banco de dados do Siops em cada ano-base considerado. Também neste caso, os valores nominais foram declarados pelos municípios e os valores reais resultam da atualização dos valores nominais pela média DQXDO�GD�LQÁDomR�FDOFXODGD�SHOR�,*3�',�GD�)*9�

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

Page 208: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

207

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015(disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015(disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

1RV�*UiÀFRV������H�����DSUHVHQWDP�VH�RV�YDORUHV�UHDLV�GRV�WUrV�LQGL-cadores para as quatro Regiões de Saúde analisadas, da maior importância para avaliar o uso de recursos para a execução de ações e serviços públicos de saúde. A variação da despesa total indica se o gasto médio com saúde sob

Page 209: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

208

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde

responsabilidade dos municípios das Regiões de Saúde aumentou ou dimi-nuiu no período. A variação da despesa com pessoal indica se a produção de cuidados de saúde nesses municípios faz uso intensivo ou extensivo de força de trabalho. A variação das despesas com recursos próprios indica possibili-dades e limites para a manutenção dos atuais níveis de oferta de serviços de VD~GH�FRP�ÀQDQFLDPHQWR�WULSDUWLWH�QRV�PXQLFtSLRV�GDV�5HJL}HV�GH�6D~GH�HP�questão.

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015(disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015 (disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

Page 210: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

209

Fonte: Ministério da Saúde. SIOPS – 2000-2015 (disponível em: http://siops-asp.datasus.gov.br/cgi/siops/serhist/MUNICIPIO/indicadores.HTM)Elaboração: DIEESE

Page 211: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e
Page 212: Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos e

Esta publicação é produto de um amplo processo de construção co-letiva de diretrizes para elaboração e implantação de Plano de Carrei-ras, Cargos e Vencimentos (PCCV) em quatro Regiões de Saúde do Brasil: Juruá e Tarauacá-Envira, no Acre (AC); Icó, no Ceará (CE); Pira-pora, em Minas Gerais (MG); e Su-doeste Mato-Grossense, no Mato Grosso (MT).

O processo contou com a partici-pação de gestores e trabalhado-res do Sistema Único de Saúde (SUS) de quatro estados e 31 mu-nicípios brasileiros e foi coorde-nado pelo Departamento Inter-sindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), com apoio !nanceiro da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Escritório Regional para as Amé-ricas, da Organização Mundial de Saúde (OMS), com anuência do Departamento de Gestão e Regulação do Trabalho na Saúde da Secretaria de Gestão do Traba-lho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde (Degerts/SG-TES/MS).

O primeiro capítulo indica limites, possibilidades e desa!os à implan-tação de PCCV em Regiões de Saú-de no Brasil. O segundo apresenta a metodologia e o processo de

execução do projeto nas quatro Regiões de Saúde selecionadas para elaboração e implantação de PCCV. No terceiro, são descritas as principais etapas do processo de desenvolvimento metodológico para análises da situação da for-ça de trawe as atividades de for-mação e discussão sobre o PCCV regional. O quinto apresenta dire-trizes gerais e especí!cas para ela-boração e implantação de PCCV e, por !m, o sexto e último capítulo propõe instrumentos jurídicos de cooperação interfederativa para viabilização da construção da car-reira regional dos trabalhadores do SUS.

Dire

triz

es p

ara

Elab

oraç

ão e

Impl

anta

ção

de P

lano

s de

Car

reir

as, C

argo

s e

Venc

imen

tos

em R

egiõ

es d

e Sa

úde

Diretrizes para Elaboração e Implantação de Planos de Carreiras, Cargos e Vencimentos em Regiões de Saúde