diretrizes de proteção radiológica

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  • 7/31/2019 diretrizes de proteo radiolgica

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    CNEN-NN-3.01:2011Setembro/2011

    Diretrizes Bsicas de Proteo Radiolgica

    Resoluo CNEN 27/2004 (Aprovao da Norma)Publicao D.O.U. em 06/01/2005

    Resoluo CNEN 48/2005 (Alterao dos itens 1.2.5, 2.2 e 7)Publicao D.O.U. em 14/11/2005

    Portaria CNEN 07/2005 (Alterao dos itens 2.2 e 5.4.3.4)Publicao D.O.U. em 18/01/2006

    Resoluo CNEN 114/2011 (Alterao do item 5.4.2.1)Publicao D.O.U. em 01.09.2011

    http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=01/09/2011&jornal=1&pagina=16&totalArquivos=212

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    SUMRIO

    CNEN-NN-3.01 DIRETRIZES BSICAS DE PROTEORADIOLGICA

    1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAO......................................................... 31.1OBJETIVO.....................................................................................................................31.2CAMPODEAPLICAO...............................................................................................3

    2. GENERALIDADES.......................................................................................... 32.1INTERPRETAES......................................................................................................3 2.2 DOCUMENTOSCOMPLEMENTARES........................................................................4

    3. DEFINIES E SIGLAS ................................................................................. 44. RESPONSABILIDADES GERAIS EM PRTICAS E INTERVENES......... 95. REQUISITOS PARA PRTICAS .................................................................. 10

    5.1 REQUISITOFUNDAMENTAL...................................................................................10 5.2 REQUISITOSGERAIS..............................................................................................10 5.3 REQUISITOSADMINISTRATIVOS ...........................................................................105.4 REQUISITOSBSICOSDEPROTEORADIOLGICA.......................................12 5.5 REQUISITOSDEGESTO .......................................................................................145.6 VERIFICAODEPROTEORADIOLGICA ......................................................145.7 EXPOSIOOCUPACIONAL ..................................................................................155.8 CLASSIFICAODEREAS...................................................................................16 5.9MONITORAOINDIVIDUAL,MONITORAODEREAEAVALIAODA

    EXPOSIOOCUPACIONAL....................................................................................16 5.10 SADEOCUPACIONAL .........................................................................................175.11 REGISTROSOCUPACIONAIS................................................................................17 5.12 CONTROLEDEVISITANTE ....................................................................................175.13 EXPOSIOMDICA .............................................................................................175.14 EXPOSIODOPBLICO ....................................................................................18

    6. REQUISITOS PARA INTERVENO........................................................... 196.1 OBRIGAESFUNDAMENTAIS .............................................................................196.2 REQUISITOSDEPROTEORADIOLGICA........................................................20 6.3 EXPOSIOEMSITUAODEEMERGNCIA ....................................................206.4 EXPOSIOCRNICA............................................................................................21

    7. DISPOSIES TRANSITRIAS .................................................................. 21COMISSO DE ESTUDO................................................................................. 22

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    DIRETRIZES BSICAS DE PROTEO RADIOLGICA

    1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAO

    1.1 OBJETIVO

    O objetivo desta Norma estabelecer os requisitos bsicos de proteo radiolgicadaspessoas em relao exposio radiao ionizante.

    1.2 CAMPO DE APLICAO

    1.2.1 Esta Norma se aplica as prticas, incluindo todas as fontes associadas a essasprticas, bem como a intervenes.

    1.2.2 As prticaspara as quais esta Norma se aplica incluem:

    a) o manuseio, a produo, a posse e a utilizao de fontes, bem como o transporte, o

    armazenamento e a deposio de materiais radioativos, abrangendo todas as atividadesrelacionadas que envolvam ou possam envolver exposio radiao;

    b) aquelas que envolvam exposio a fontes naturais cujo controle seja consideradonecessrio pela CNEN.

    1.2.3 Os requisitos desta Norma se aplicam s exposies ocupacionais, exposiesmdicas e exposies do pblico, em situaes de exposies normais ou exposiespotenciais.

    1.2.4 As situaes de intervenos quais esta Norma se aplica so:

    a) aquelas decorrentes de situaes de emergncia, que requeiram uma ao protetorapara reduzir ou evitar as exposies radiao;

    b) aquelas decorrentes de situaes de exposies crnicas que requeiram uma aoremediadorapara reduzi-las ou evit-las;

    c) aquelas decorrentes de exposiesa resduos oriundos de atividades no submetidasao sistema regulatrio da CNEN.

    1.2.5 Excluso

    a) Esto excludas do escopo desta Norma quaisquer exposies cuja intensidade ouprobabilidade de ocorrncia no sejam suscetveis ao controle regulatrio, a critrio daCNEN, ou aqueles casos que a CNENvier a considerar que estas diretrizes no se aplicam.

    b) As prticas de radiodiagnstico mdico e odontolgico so regulamentadas por Portariado Ministrio da Sade.

    (alterado pela Resoluo CNEN/CD 48/2005, D.O.U. em 14/11/2005)

    2. GENERALIDADES

    2.1 INTERPRETAES

    2.1.1 A CNENpode, por meio de Resoluo, acrescentar, revogar ou modificar requisitosdesta Norma, conforme considerar apropriado ou necessrio.

    2.1.2 Quaisquer dvidas de interpretao que possam surgir em relao s disposiesdesta Norma sero esclarecidas pela Diretoria de Radioproteo e Segurana Nuclear daCNEN.

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    2.2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

    Constituem documentos complementares a esta Norma, as seguintes PosiesRegulatrias:a) PR-3.01/001: Critrios de Excluso, Iseno e Dispensa de Requisitos de Proteo

    Radiolgica;

    b) PR-3.01/002: Fatores de Ponderao para as Grandezas de Proteo Radiolgica;c) PR-3.01/003: Coeficientes de Dose para Indivduos Ocupacionalmente Expostos;d) PR-3.01/004: Restrio de Dose, Nveis de Referncia Ocupacionais e Classificao de

    reas;e) PR-3.01/005: Critrios para o Clculo de Dose Efetiva a partir da Monitorao

    Individual;f) PR-3.01/006: Medidas de Proteo e Critrios de Interveno em Situaes de

    Emergncia;g) PR-3.01/007: Nveis de Interveno e de Ao para Exposio Crnica;h) PR-3.01/008: Programa de Monitorao Radiolgica Ambiental;i) PR-3.01/009: Modelo para a Elaborao de Relatrios de Programas de Monitorao

    Radiolgica Ambiental;

    j) PR-3.01/0010: Nveis de Dose para Notificao CNEN; e(alterado pela Resoluo CNEN/CD 48/2005, D.O.U. em 14/11/2005)

    l) PR-3.01/0011: Coeficientes de Dose para Exposio do Pblico.(alterado pela Portaria CNEN 07/2006, D.O.U em 18/01/2006)

    3. DEFINIES E SIGLAS

    Para os fins desta Norma, so adotadas as seguintes definies e siglas:

    1. Ao protetora - ao tomada durante uma interveno, com o objetivo de reduzir ouevitar dosesque poderiam ser recebidasem situaes de exposiode emergncia oude exposiocrnica.

    2. Ao remediadora - ao tomada durante uma interveno em campos de radiaoexistentes, com o objetivo de reduzir doses.

    3. Acidente - qualquer evento no intencional, incluindo erros de operao e falhas deequipamento, cujas conseqncias reais ou potenciais so relevantes sob o ponto devista de proteo radiolgica.

    4. rea controlada - rea sujeita a regras especiais de proteo e segurana, com afinalidade de controlar as exposies normais, prevenir a disseminao de contaminaoradioativa e prevenir ou limitar a amplitude das exposies potenciais.

    5. rea livre - qualquer rea que no seja classificada como rea controlada ou rea

    supervisionada.6. rea supervisionada - rea para a qual as condies de exposio ocupacional so

    mantidas sob superviso, mesmo que medidas de proteo e segurana especficas nosejam normalmente necessrias.

    7. Atividade (de uma quantidade de radionucldeo em um determinado estado de energiaem um instante de tempo) grandeza definida por A=dN/dt, onde dN o valor esperadodo nmero de transies nucleares espontneas daquele estado de energia no intervalode tempo dt. A unidade no sistema internacional o recproco do segundo (s -1),denominada becquerel (Bq).

    8. CNEN Comisso Nacional de Energia Nuclear.

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    9. Controle da Qualidade- aes da garantia da qualidade que proporcionam meios paramedir e controlar as caractersticas de uma estrutura, sistema, componente, processo ouinstalao, de acordo com os requisitos estabelecidos.

    10.Controle Institucional controle mantido em repositrio ou rea descomissionada, como objetivo de limitar a dosepara a populao, envolvendo a manuteno de registros, a

    delimitao de reas, as restries quanto ao uso da terra, o programa de monitoraoradiolgica ambiental, as inspees peridicas e aes corretivas que se fizeremnecessrias.

    11.Descomissionamento aes tcnicas e administrativas tomadas para encerrar ocontrole regulatrio da instalao.

    12.Detrimento - dano total esperado, devido a efeito estocstico, em um grupo deindivduos e seus descendentes, como resultado da exposiodeste grupo radiaoionizante. determinado pela combinao das probabilidades condicionais de induo decncer letal, cncer no letal, danos hereditrios e reduo da expectativa de vida.

    13.Dispensa retirada do controle regulatrio de materiais ou objetos radioativosassociados a uma prticaautorizada.

    14.Dose - dose absorvida, dose efetiva, dose equivalente ou dose comprometida,dependendo do contexto.

    15.Dose absorvida - D - grandeza dosimtrica fundamental expressa por D = d /dm, onded a energia mdia depositada pela radiaoem um volume elementar de matria demassa dm. A unidade no sistema internacional o joule por quilograma (J/kg),denominada gray (Gy).

    16.Dose absorvida comprometida D() - grandeza expressa por , onde

    to o instante em que ocorre a incorporao,

    dttDDt

    t

    0

    0

    tD a taxa de dose absorvidaem um

    tempo t, e o tempo transcorrido aps a incorporao das substncias radioativas.Quando no especificado de outra forma, tem o valor de 50 anos para adultos e at aidade de 70 anos para a incorporao por crianas.

    17. Dose coletiva - expresso da dose efetiva total recebida por uma populao ou umgrupo de pessoas, definida como o produto do nmero de indivduos expostos a umafonte de radiao ionizante, pelo valor mdio da distribuio de dose efetiva dessesindivduos. A dose coletiva expressa em pessoa-sievert (pessoa.Sv).

    18.Dose comprometida dose absorvida comprometida, dose equivalente comprometidaou dose efetiva comprometida, dependendo do contexto.

    19.Dose efetiva- E a soma das doses equivalentes ponderadas nos diversos rgos e

    tecidos, T , onde TH a dose equivalente no tecido ou rgo e Tw o fator

    de ponderao de rgo ou tecido. A unidade no sistema internacional o joule porquilograma (J/kg), denominada sievert (Sv).

    T

    T HwE .

    20.Dose efetiva comprometida E() - grandeza expressa por , onde

    TT

    T

    HwE )(

    T

    H a dose equivalente comprometidano tecido T no perodo de integrao eT

    w o fator de ponderao de rgo ou tecido. Quando no especificado de outra forma, tem o valor de 50 anos para adultos e at a idade de 70 anos para a incorporao porcrianas.

    21.Dose equivalente - HT - grandeza expressa por HT = DTwR, onde DT dose absorvidamdia no rgo ou tecido e wR o fator de ponderao da radiao. A unidade nosistema internacional o joule por quilograma (J/kg), denominada sievert (Sv).

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    22.Dose equivalente comprometida HT() - grandeza expressa por

    , onde to o instante em que ocorre a incorporao, tHT a taxa

    de dose equivalenteno rgo ou tecido no tempo t e o perodo de tempo transcorridoaps a incorporao das substncias radioativas. Quando no especificado de outraforma, tem o valor de 50 anos para adultos e at a idade de 70 anos para aincorporao por crianas.

    dttHHt

    tTT

    0

    0

    23.Dose evitvel doseque pode ser evitada por uma ou mais aes protetoras.

    24.Efeitos determinsticos - efeitos para os quais existe um limiar de dose absorvidanecessrio para sua ocorrncia e cuja gravidade aumenta com o aumento da dose.

    25.Efeitos estocsticos - efeitos para os quais no existe um limiar de dose para suaocorrncia e cuja probabilidade de ocorrncia uma funo da dose. A gravidade dessesefeitos independente da dose.

    26.Efetividade biolgica relativa medida relativa da efetividade de diferentes tipos eenergias de radiaoem induzir um determinado efeito sade. definida como a razoinversa das doses absorvidas de dois diferentes tipos e energias de radiao queproduziriam o mesmo grau de um efeito biolgico definido.

    27.Empregador - pessoa fsica ou jurdica com responsabilidades e deveres reconhecidoscom relao a seu empregado, estagirio, bolsista ou estudante, no seu trabalho outreinamento, devido a um contrato ou outro acordo formal. Um autnomo consideradoempregadore empregado.

    28.Excluso inaplicabilidade de controle regulatrio para exposies cuja intensidade ouprobabilidade de ocorrncia no sejam suscetveis a tal controle, a critrio da CNEN.

    29.Exposio ato ou condio de estar submetido radiao ionizante.

    30.Exposio acidental - exposio involuntria decorrente de situaes de acidente,terrorismo ou sabotagem.

    31.Exposio crnica exposioque persiste ao longo do tempo.

    32.Exposio do pblico - exposio de indivduos do pblico a fontes e prticasautorizadas ou em situaes de interveno. No inclui exposio ocupacional,exposio mdicae exposio naturallocal.

    33.Exposio mdica- exposioa que so submetidos:

    a) pacientes, para fins de diagnstico ou terapia;

    b) indivduos expostos, fora do contexto ocupacional, que voluntria e eventualmenteassistem pacientes durante o procedimento radiolgico de terapia ou diagnstico;

    c) indivduos voluntrios em programas de pesquisa mdica ou biomdica.

    34. Exposio natural exposioresultante da radiaonatural local.

    35. Exposio normal- exposioesperada em decorrncia de uma prticaautorizada, emcondies normais de operao de uma fonteou de uma instalao, incluindo os casosde pequenos imprevistos que possam ser mantidos sob controle.

    36. Exposio ocupacional exposio normal ou potencial de um indivduo emdecorrncia de seu trabalho ou treinamento em prticasautorizadas ou intervenes,excluindo-se a radiao naturaldo local.

    37. Exposio potencial - exposiocuja ocorrncia no pode ser prevista com certeza,

    mas que pode resultar de um acidenteenvolvendo diretamente uma fontede radiao

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    ou em conseqncia de um evento ou de uma srie de eventos de naturezaprobabilstica.

    38. Fator de ponderao de rgo ou tecido (wT) multiplicador da dose equivalenteemum rgo ou tecido, usado para fins de radioproteo, de forma a considerar a diferenade sensibilidade dos diferentes rgos ou tecidos na induo de efeitos estocsticosda

    radiao.39. Fator de ponderao da radiao (wR) nmero pelo qual a dose absorvidano rgo

    ou tecido multiplicada, de forma a refletir a efetividade biolgica relativada radiaonainduo de efeitos estocsticosa baixas doses, resultando na dose equivalente.

    40. Fonte- equipamento ou material que emite ou capaz de emitir radiao ionizanteoude liberar substncias ou materiais radioativos.

    41. Fontes Naturais fontes de radiao que ocorrem naturalmente, incluindo radiaocsmica e terrestre.

    42. Grupo crtico- grupo de indivduos do pblico, razoavelmente homogneo em relao auma determinada fonteou via de exposio, que seja tpico dos indivduos recebendo as

    maiores dosesefetivasou doses equivalentes devidas quela fonteou via de exposio,conforme o caso.

    43. Indivduo do pblico - qualquer membro da populao quando no submetido exposio ocupacionalou exposiomdica.

    44. Instalao - estabelecimento ou parte de um estabelecimento ou local destinado realizao de uma prtica. A instalaopode ser classificada como instalao nuclearouinstalao radiativa.

    45. Instalao Nuclear instalao na qual material nuclear produzido, processado,reprocessado, utilizado, manuseado ou estocado em quantidades relevantes, a juzo daCNEN. Esto, desde logo, compreendidos nesta definio:

    a) reator nuclear;b) usina que utilize combustvel nuclear para produo de energia trmica ou eltrica

    para fins industriais;

    c) fbrica ou usina para a produo ou tratamento de materiais nucleares;

    d) usina de reprocessamento de combustvel nuclear irradiado; e

    e) depsito de materiaisnucleares, no incluindo local de armazenamento temporriousado durante transportes.

    46. Instalao radiativa estabelecimento ou instalao onde se produzem, utilizam,transportam ou armazenam fontesde radiao. Excetuam-se desta definio:

    a) as instalaes nucleares;b) os veculos transportadores de fontes de radiao, quando estas no so partes

    integrantes dos mesmos.

    47. Interveno toda ao adotada com o objetivo de reduzir ou evitar a exposioou aprobabilidade de exposioa fontesque no faam parte de uma prticacontrolada, ouque estejam fora de controle em conseqncia de um acidente, terrorismo ousabotagem.

    48. IOE (Indivduo Ocupacionalmente Exposto) indivduo sujeito exposioocupacional.

    49. Iseno ato regulatrio que isenta uma prticaou uma fonteassociada a uma prticade posterior controle regulatrio, sob o ponto de vista de proteo radiolgica.

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    50. Material nuclear os elementos nucleares ou seus subprodutos, definidos na Lei4118/62.

    51. Monitorao - medio de grandezas e parmetros para fins de controle ou deavaliao da exposio radiao, incluindo a interpretao dos resultados.

    52. Nveis de ao valores de taxa de dose ou de concentrao de atividade,estabelecidos com base em modelo de exposio realista da situao, acima dos quaisdevem ser adotadas aes protetorasou remediadorasem situaes de emergnciaoude exposio crnica, de modo que sua adoo implique em certeza da observncia dosnveis de intervenocorrespondentes.

    53. Nvel de interveno nvel de dose evitvel, que leva implementao de uma aoremediadoraou protetoraespecfica, em uma situao de emergnciaou de exposiocrnica.

    54. Nvel de investigao nvel de referncia que, quando atingido ou excedido, tornanecessria a avaliao das causas e conseqncias dos fatos que levaram detecodeste nvel, bem como a proposio de aes corretivas necessrias.

    55. Nveis operacionais nveis de dose, ou grandeza a ela relacionada, estabelecidospelo titular, baseados nos nveis de referncia e na aplicao de processos deotimizao.

    56. Nveis de referncia nveis de dose, ou grandeza a ela relacionada, estabelecidos ouaprovados pela CNEN, com a finalidade de determinar aes a serem desenvolvidasquando esses nveis forem alcanados ou previstos de serem excedidos. Esses nveisincluem os nveis de registro, nveis de investigao, nveis de ao e nveis deinterveno.

    57. Nveis de referncia de diagnstico valores de uma grandeza especfica na prticade diagnstico, para exames tpicos em grupos de pacientes adultos, estabelecidos combase em boas prticas mdicas e de proteo radiolgica.

    58. Nvel de registro - valor de dose, ou grandeza a ela relacionada, obtido em umprograma de monitorao, cuja magnitude seja relevante para justificar o seu registro.

    59. Prtica toda atividade humana que introduz fontesde exposioou vias de exposioadicionais ou estende a exposioa mais pessoas, ou modifica o conjunto de vias deexposiodevida a fontesexistentes, de forma a aumentar a probabilidade de exposiode pessoas ou o nmero de pessoas expostas.

    60. Proteo radiolgicaouRadioproteo conjunto de medidas que visam a proteger oser humano e seus descendentes contra possveis efeitos indesejados causados pelaradiaoionizante.

    61. Radiao ionizanteou Radiao- qualquer partcula ou radiaoeletromagntica que,ao interagir com a matria, ioniza seus tomos ou molculas.

    62. Restrio de dose valor inferior ao limite de doseestabelecido pela CNENcomo umarestrio prospectiva nas doses individuais relacionadas a uma determinada fonte deradiao ionizante, utilizado como limite superior no processo de otimizao relativo aessa fonte.

    63. Servio de proteo radiolgica estrutura constituda especificamente com vistas execuo e manuteno do plano de proteo radiolgica de uma instalao. Estadenominao no tem carter obrigatrio.

    64. Smbolo internacional da radiao ionizante - smbolo utilizado internacionalmentepara indicar a presena de radiaoionizante:

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    65. Situao de Emergncia situao envolvendo exposio temporria de pessoas, em

    decorrncia de acidente, terrorismo ou sabotagem, que implique em interveno.

    66. Supervisor de proteo radiolgica ou supervisor de radioproteo indivduo comhabilitao de qualificao emitida pela CNEN, no mbito de sua atuao, formalmentedesignado pelo titularda instalaopara assumir a conduo das tarefas relativas saes de proteo radiolgicana instalaorelacionada quela prtica.

    67. Titular responsvel legal pela instituio, estabelecimento ou instalaopara a qual foioutorgada, pela CNEN, uma licena, autorizao ou qualquer outro ato administrativo denatureza semelhante.

    4. RESPONSABILIDADES GERAIS EM PRTICAS E INTERVENES

    4.1 Os responsveis principais pela aplicao desta Norma so:

    a) os titulares; e

    b) os empregadores.

    4.2 Os titulares podem delegar a outras partes aes e tarefas relacionadas a essasresponsabilidades, porm continuam responsveis por essas aes e tarefas.

    4.3 So tambm responsveis pela aplicao desta Norma quaisquer pessoas fsicas oujurdicas para as quais o titular ou empregador tenha formalmente delegadoresponsabilidades especficas.

    4.4 As responsabilidades bsicas dos titularese empregadoresso:

    a) implantar, implementar e documentar um sistema de proteo radiolgica, emconsonncia com a natureza e extenso dos riscos associados com as prticas eintervenes sob sua responsabilidade, em conformidade com esta Norma e demaisnormas aplicveis, estabelecidas pela CNEN;

    b) determinar as medidas e os recursos necessrios para garantir o cumprimento dasdiretrizes de proteo radiolgica desta Norma, assegurar que os recursos sejamfornecidos e que essas medidas sejam implementadas corretamente;

    c) rever, continuamente, tais medidas e recursos, identificar quaisquer falhas e deficinciasna sua aplicao, corrigi-las e evitar suas repeties, bem como verificar regularmentese os objetivos de proteo radiolgicaesto sendo alcanados;

    d) estabelecer mecanismos para facilitar a troca de informao e cooperao entre todasas partes interessadas com relao proteo radiolgica, incluindo a segurana dasfontes;

    e) manter os registros apropriados relativos ao cumprimento de suas responsabilidades;

    f) tomar as aes necessrias para assegurar que os IOE estejam cientes de que suasegurana parte integrante de um programa de proteo radiolgica, no qual os IOE

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    possuem obrigaes e responsabilidades tanto pela sua prpria proteo como pela deterceiros.

    4.5 No caso de falhas no cumprimento de qualquer requisito desta Norma, os titulareseempregadoresso responsveis pela:

    a) investigao das causas e conseqncias;

    b) adoo das medidas apropriadas para evitar a repetio de falhas semelhantes;

    c) comunicao CNEN, na forma e nos prazos por ela estabelecidos, as causas e asaes corretivas ou preventivas adotadas ou que devam ser adotadas. Estacomunicao deve ser em carter de urgncia, sempre que uma situao deemergncia tenha se iniciado, esteja se desenvolvendo ou em vias de se desenvolver;e,

    d) adoo de quaisquer outras aes especificadas pela CNEN.

    4.6 Os titularese os empregadoresdevem permitir aos inspetores da CNENo acesso ssuas instalaese registros, para fins de verificao do cumprimento dos requisitos destaNorma.

    4.6.1 No caso de exposies mdicas, o acesso, pelos inspetores da CNEN, aos registrosno deve incluir a identificao individual dos pacientes, exceto com seu expressoconsentimento.

    5. REQUISITOS PARA PRTICAS

    5.1 REQUISITO FUNDAMENTAL

    Qualquer ao envolvendo prticas, ou fontes associadas a essas prticas, s pode serrealizada em conformidade com os requisitos aplicveis desta Norma, a no ser que resulteem exposioexcluda do controle regulatrio da CNEN, ou que a fonteesteja isenta ou

    dispensada desse controle.5.2 REQUISITOS GERAIS

    5.2.1 Para a realizao de uma prtica, devem ser consideradas todas as aes e etapasenvolvidas, desde a escolha do local at o descomissionamento ou at o fim do controleinstitucionalda instalao, tendo como base critrios tcnicos slidos, os quais devem:

    a) considerar as Normas pertinentes da CNEN, assim como outros cdigos e Normastcnicas aceitos pela CNEN;

    b) incluir margens de segurana suficientes, de forma a garantir um desempenho segurodurante a existncia da fonte, atendendo, em especial, preveno de acidentese mitigao de suas conseqncias, tanto no presente como no futuro.

    5.2.2 As fontese instalaesdevem ser mantidas em condies de segurana tais quesejam prevenidos roubos, avarias e quaisquer aes de pessoas fsicas ou jurdicas noautorizadas.

    5.2.3 Deve-se aplicar s fontese instalaesum sistema de segurana e proteo, do tipobarreiras mltiplas, que esteja em consonncia com a intensidade e a probabilidade dasexposiespotenciaisenvolvidas.

    5.3 REQUISITOS ADMINISTRATIVOS

    5.3.1 Toda pessoa fsica ou jurdica com a inteno de realizar qualquer ao relacionadaa prticasou fontesassociadas a essas prticasdeve submeter requerimento CNENpara

    obteno das licenas, autorizaes ou quaisquer outros atos administrativos pertinentes,de acordo com normas aplicveis da CNEN.

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    5.3.1.1 Pessoa fsica para a qual no seja exigido ato administrativo emitido pela CNENdeve estar devidamente habilitada ou ser supervisionada por profissional habilitado pelaCNEN.

    5.3.1.2 Em relao a produtos para consumo, so necessrios requerimentos somentepara fabricao, montagem, importao e distribuio.

    5.3.2 Os titularesso os responsveis por estabelecer e implementar as medidas tcnicase organizacionais necessrias para garantir a segurana das fontes sob suaresponsabilidade e a proteo radiolgicaem exposies ocupacionais, exposies mdicase exposiesdo pblico.

    5.3.3 As partes para as quais foram delegadas pelos titularesaes e tarefas relacionadasa esta Norma devem estar devidamente habilitadas pela CNEN, conforme atosadminstrativos ou normas especficas.

    5.3.4 Os titularesdevem manter uma estrutura de proteo radiolgicadimensionada deacordo com o porte da instalao, conforme estabelecido pela CNEN.

    5.3.4.1 Esta estrutura deve contar com, pelo menos, um indivduo habilitado pela CNEN

    como supervisor de proteo radiolgica.5.3.5 Os titularesdevem solicitar autorizao CNEN para introduzir modificaes nasprticasou nas fontes associadas a essas prticas, para as quais tenham sido autorizados,sempre que tais modificaes possam ter implicaes significativas na segurana das fontesou na proteo radiolgica. vedada a execuo dessas modificaes antes que tenhamsido autorizadas pela CNEN.

    5.3.6 A isenoaos requisitos desta Norma ser concedida sempre que as prticase asfontes associadas a essas prticas se enquadrem em critrios de iseno estabelecidospela CNEN.

    5.3.7 As fontes radioativas, incluindo materiais e objetos contendo radionucldeos,

    associadas s prticas podero obter dispensa do controle regulatrio sempre que seenquadrarem nos critrios de dispensaestabelecidos pela CNEN.

    5.3.8 O titulardeve submeter aprovao da CNENum Plano de Proteo Radiolgica,contendo, no mnimo, as seguintes informaes:

    a) identificao da instalaoe da sua estrutura organizacional, com uma definio claradas linhas de responsabilidade e respectivos responsveis;

    b) objetivo da instalaoe descrio da prtica;

    c) funo, classificao e descrio das reas da instalao;

    d) descrio da equipe, instalaese equipamentos que compem a estrutura do serviode proteo radiolgica;

    e) descrio das fontes de radiao e dos correspondentes sistemas de controle esegurana, com detalhamento das atividades envolvendo essas fontes;

    f) demonstrao da otimizao da proteo radiolgica, ou de sua dispensa;

    g) funo, qualificao e jornada de trabalho dos IOE;

    h) estimativa das doses anuais para os IOE e indivduos do pblico, em condies deexposionormal;

    i) descrio dos programas e procedimentos relativos a monitorao individual,monitoraode rea, monitoraode efluentes e monitoraodo meio ambiente;

    j) descrio do sistema de gerncia de rejeitos radioativos;

    k) descrio do sistema de liberao de efluentes radioativos;

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    l) descrio do controle mdico de IOE, incluindo planejamento mdico em caso deacidentes;

    m) programas de treinamento especficos para IOEe demais funcionrios, eventualmente;

    n) nveis operacionaise demais restries adotados;

    o) descrio dos tipos de acidentes previsveis, incluindo o sistema de deteco dosmesmos, destacando os mais provveis e os de maior porte;

    p) planejamento de resposta em situaes de emergncia, at o completorestabelecimento da situao normal;

    q) regulamento interno e instrues gerais a serem fornecidas por escrito aos IOE edemais trabalhadores, visando a execuo segura de suas atividades; e

    r) Programa de Garantia da Qualidade aplicvel ao sistema de proteo radiolgica.

    5.3.9 Constituem-se responsabilidades do supervisor de proteo radiolgica:

    a) assessorar e informar a direo da instalao sobre todos os assuntos relativos

    proteo radiolgica;

    b) zelar pelo cumprimento do plano de proteo radiolgicaaprovado pela CNEN;

    c) planejar, coordenar, implementar e supervisionar as atividades do servio de proteoradiolgica, de modo a garantir o cumprimento dos requisitos bsicos de proteoradiolgica;

    d) coordenar o treinamento, orientar e avaliar o desempenho dos IOE, sob oponto de vistade proteo radiolgica.

    5.3.10 O substituto eventual do supervisor de proteo radiolgicadeve estar devidamentetreinado ou habilitado, a critrio da CNEN, para exercer a funo de supervisor de proteoradiolgicanaquela prtica.

    5.4 REQUISITOS BSICOS DE PROTEO RADIOLGICA

    5.4.1 Justificao

    5.4.1.1 Nenhuma prticaou fonteassociada a essa prticaser aceita pela CNEN, a noser que a prtica produza benefcios, para os indivduos expostos ou para a sociedade,suficientes para compensar o detrimentocorrespondente, tendo-se em conta fatores sociaise econmicos, assim como outros fatores pertinentes.

    5.4.1.2 As exposies mdicas de pacientes devem ser justificadas, ponderando-se osbenefcios diagnsticos ou teraputicos que elas venham a produzir em relao ao

    detrimento correspondente, levando-se em conta os riscos e benefcios de tcnicasalternativas disponveis, que no envolvam exposio.

    5.4.1.3 Com exceo das prticas com exposies mdicas justificadas, as seguintesprticasno so justificadas, sempre que, por adio deliberada de substncias radioativasou por ativao, resultem em aumento de atividade nas mercadorias ou produtosassociados:

    a) as prticas que envolvam alimentos, bebidas, cosmticos ou quaisquer outrasmercadorias ou produtos destinados a ingesto, inalao, incorporao percutnea ouaplicao no ser humano;

    b) as prticas que envolvam o uso frvolo de radiao ou substncias radioativas em

    mercadorias ou produtos, estando includos, desde j, brinquedos e objetos de joalheriaou de adorno pessoal;

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    c) exposiesde pessoas para fins de demonstrao ou treinamento.

    5.4.2 Limitao de doseindividual

    5.4.2.1 A exposio normaldos indivduos deve ser restringida de tal modo que nem adose efetivanem a dose equivalentenos rgos ou tecidos de interesse, causadas pelapossvel combinao de exposies originadas por prticasautorizadas, excedam o limitede doseespecificado na tabela a seguir, salvo em circunstncias especiais, autorizadas pelaCNEN. Esses limites de doseno se aplicam s exposies mdicas.

    Limites de DoseAnuais [a]

    Grandeza rgo Indivduo ocupacionalmenteexposto

    Indivduo do pblico

    Doseefetiva Corpo inteiro 20 mSv [b] 1 mSv [c]

    Cristalino 20 mSv [b]

    (Alterado pela Resoluo CNEN 114/2011)

    15 mSv

    Pele [d] 500 mSv 50 mSv

    Doseequivalente

    Mos e ps 500 mSv ---

    [a] Para fins de controle administrativoefetuado pela CNEN, o termo doseanual deve serconsiderado como dose no ano calendrio, isto , no perodo decorrente de janeiro adezembro de cada ano.

    [b] Mdia aritmtica em 5 anos consecutivos, desde que no exceda 50 mSv em qualquer

    ano.(Alterado pela Resoluo CNEN 114/2011)

    [c] Em circunstncias especiais, a CNENpoder autorizar um valor de doseefetivade at5 mSv em um ano, desde que a doseefetivamdia em um perodo de 5 anos consecutivos,no exceda a 1 mSv por ano.

    [d] Valor mdio em 1 cm2 de rea, na regio mais irradiada.

    Os valores de doseefetivase aplicam soma das dosesefetivas, causadas por exposiesexternas, com as dosesefetivas comprometidas (integradas em 50 anos para adultos e ata idade de 70 anos para crianas), causadas por incorporaes ocorridas no mesmo ano.

    5.4.2.2 Para mulheres grvidas ocupacionalmente expostas, suas tarefas devem sercontroladas de maneira que seja improvvel que, a partir da notificao da gravidez, o fetoreceba doseefetivasuperior a 1 mSv durante o resto do perodo de gestao.

    5.4.2.3 Indivduos com idade inferior a 18 anos no podem estar sujeitos a exposiesocupacionais.

    5.4.2.4 Os limites de dose estabelecidos no se aplicam a exposies mdicas deacompanhantes e voluntrios que eventualmente assistem pacientes. As dosesdevem serrestritas de forma que seja improvvel que algum desses acompanhantes ou voluntriosreceba mais de 5 mSv durante o perodo de exame diagnstico ou tratamento do paciente.A dose para crianas em visita a pacientes em que foram administrados materiais

    radioativos deve ser restrita de forma que seja improvvel exceder a 1 mSv.5.4.3 Otimizao

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    5.4.3.1 Em relao s exposiescausadas por uma determinada fonteassociada a umaprtica, salvo no caso das exposies mdicas, a proteo radiolgicadeve ser otimizadade forma que a magnitude das doses individuais, o nmero de pessoas expostas e aprobabilidade de ocorrncia de exposies mantenham-se to baixas quanto possa serrazoavelmente exeqvel, tendo em conta os fatores econmicos e sociais. Nesse processode otimizao, deve ser observado que as dosesnos indivduos decorrentes de exposiofontedevem estar sujeitas s restries de doserelacionadas a essa fonte.

    5.4.3.2 Nas avaliaes quantitativas de otimizao, o valor do coeficiente monetrio porunidade de dose coletiva no deve ser inferior, em moeda nacional corrente, ao valorequivalente a US$ 10000/pessoa.sievert.

    5.4.3.3 A menos que a CNENsolicite especificamente, a demonstrao de otimizao deum sistema de proteo radiolgica dispensvel quando o projeto do sistema asseguraque, em condies normais de operao, se cumpram as 3 (trs) seguintes condies:

    a) a doseefetivaanual mdia para qualquer IOEno excede 1 mSv;

    b) a doseefetivaanual mdia para indivduos do grupo crticono ultrapassa 10 Sv;

    c) a doseefetivacoletivaanual no supera o valor de 1 pessoa.Sv.5.4.3.4 Como condio limitante do processo de otimizao da proteo radiolgicaemuma instalao, deve ser adotado um valor mximo de 0,3 mSv para a restrio da doseefetivaanual mdia para indivduos do grupo crtico, referente liberao de efluentes.

    (alterado pela Portaria CNEN 07/2006, D.O.U. em 18/01/2006 )

    5.4.3.5 Os efeitos cumulativos de cada liberao anual de qualquer efluente devem serrestringidos de forma que seja improvvel que a doseefetiva, em qualquer ano, exceda olimite de dose aplicvel. Devem-se levar em conta os indivduos a qualquer distncia dafonte, abrangendo as geraes atuais e futuras, as liberaes acumuladas e as exposiesdecorrentes de todas as demais fontese prticaspertinentes, submetidas a controle.

    5.5 REQUISITOS DE GESTO5.5.1 O titulardeve fomentar e manter uma cultura de segurana para estimular e fortaleceratitudes e comportamentos que contribuam para aprimorar a segurana das fontes e aproteo radiolgica.

    5.5.2 O sistema de garantia da qualidade estabelecido e implementado pelo titulardeveproporcionar, no que se refere proteo radiolgica:

    a) garantia de que os requisitos especificados esto satisfeitos; e

    b) mecanismos e procedimentos de controle da qualidade, para revisar e avaliar se asmedidas de proteo radiolgicaadotadas so efetivas.

    5.5.3 Devem ser tomadas medidas para reduzir, o quanto for exeqvel, a contribuio deerros humanos que levem a acidentes ou outros eventos que possam vir a originarexposiesinadvertidas ou no intencionais em qualquer indivduo.

    5.6 VERIFICAO DE PROTEO RADIOLGICA

    5.6.1 Devem ser realizadas anlises relativas proteo radiolgicae segurana dasfontesassociadas s prticasem todas as aes e estgios envolvidos, desde a escolha dolocal at o descomissionamentoou at o fim do controle institucional, a fim de:

    a) identificar as situaes em que possam ocorrer exposies normais e potenciais,levando em considerao os efeitos de eventos externos s fontes, que envolvamdiretamente as fontese/ou os equipamentos a elas associados; e

    b) determinar a magnitude prevista das exposies normais e, quando razovel eexeqvel, estimar as probabilidades e os valores das exposies potenciais.

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    5.6.2 O titular responsvel pela monitorao radiolgica e medio dos parmetrosnecessrios para verificar o cumprimento dos requisitos prescritos por esta Norma.

    5.6.3 Para fins de monitoraoe verificao do cumprimento dos requisitos de proteoradiolgica, o titular deve dispor de procedimentos e instrumentao suficientes eadequados. A instrumentao deve ser corretamente mantida e, quando aplicvel, testada e

    calibrada em intervalos apropriados, usando-se como referncia padres rastreveis aospadres nacionais ou internacionais.

    5.6.4 O titulardeve manter registros dos resultados das monitoraese da verificao documprimento dos requisitos pertinentes, incluindo os registros dos testes e calibraes, deacordo com o especificado no Plano de Proteo Radiolgica.

    5.7 EXPOSIO OCUPACIONAL

    5.7.1 Os titulares e empregadores de IOE so responsveis pela proteo dessesindivduos em atividades que envolvam exposies ocupacionais.

    5.7.2 Os titulares e empregadores devem assegurar que os IOE ou indivduoseventualmente expostos radiaocuja origem no esteja diretamente relacionada ao seutrabalho, sejam tratados como os indivduos do pblico e recebam o mesmo nvel deproteo.

    5.7.3 O titular, ao terceirizar servios que envolvam ou possam envolver exposiodeIOEa uma fontesob sua responsabilidade, deve:

    a) assegurar que o empregador esteja ciente de suas responsabilidades, em relao aesses IOE, conforme estabelecidas nesta Norma;

    b) assegurar ao empregadordesses IOE, ouresponsvel pelos mesmos, que a instalaoatende aos requisitos de proteo radiolgicadesta Norma; e

    c) prestar toda informao disponvel, com relao conformidade a esta Norma, que o

    empregadorvenha a requerer antes, durante ou aps a contratao de tais servios.5.7.4 Os titularesdevem como condio prvia ao trabalho dos IOEterceirizados, obter,dos empregadores, histrico de exposio ocupacional prvia e outras informaes quepossam ser necessrias para fornecer proteo radiolgica adequada, em conformidadecom esta Norma.

    5.7.5 Os IOEdevem:

    a) seguir as regras e procedimentos aplicveis segurana e proteo radiolgicaespecificados pelos empregadores e titulares, incluindo participao em treinamentosrelativos segurana e proteo radiolgicaque os capacite a conduzir seu trabalho deacordo com os requisitos desta Norma;

    b) fornecer ao empregador ou ao titular quaisquer informaes sobre seu trabalho,passado e atual, incluindo histrico de dose, que sejam pertinentes para assegurar tantoa sua proteo radiolgicacomo a de terceiros;

    c) fornecer ao empregadorou ao titulara informao de ter sido ou estar sendo submetidoa tratamento mdico ou diagnstico que utilize radiao ionizante;

    d) abster-se de quaisquer aes intencionais que possam coloc-los, ou a terceiros, emsituaes que contrariem os requisitos desta Norma.

    5.7.6 Os IOE devem comunicar ao empregador ou ao titular, to logo seja possvel,qualquer circunstncia que no esteja, ou possa vir a no estar, em conformidade com estaNorma.

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    5.7.7 Os titularese empregadoresdevem registrar qualquer comunicado recebido de umIOE identificando qualquer circunstncia que no esteja, ou possa vir a no estar, emconformidade com esta Norma, e tomar as aes requeridas.

    5.7.8 Os titularesdevem relatar imediatamente CNENas situaes em que os nveis dedoseespecificados para fins de notificao forem atingidos.

    5.7.9 Compensaes ou privilgios especiais para IOEno devem, em hiptese alguma,substituir os requisitos aplicveis desta Norma.

    5.7.10 Uma mulher ocupacionalmente exposta, ao tomar conhecimento da gravidez, devenotificar imediatamente esse fato ao seu empregador.

    5.7.11 A notificao da gravidez no deve ser considerada um motivo para excluir umamulher ocupacionalmente exposta do trabalho com radiao; porm o titular ouempregador, nesse caso, deve tomar as medidas necessrias para assegurar a proteo doembrio ou feto, conforme estabelecido na subseo 5.4.2.2 desta Norma.

    5.8 CLASSIFICAO DE REAS

    5.8.1 Para fins de gerenciamento da proteo radiolgica, os titulares devemclassificar as reas de trabalho com radiao ou material radioativo em reascontroladas, reas supervisionadasou reas livres, conforme apropriado.

    5.8.2 Uma rea deve ser classificada como rea controlada quando for necessria aadoo de medidas especficas de proteo e segurana para garantir que as exposiesocupacionaisnormais estejam em conformidade com os requisitos de otimizao e limitaode dose, bem como prevenir ou reduzir a magnitude das exposies potenciais.

    5.8.3 Uma rea deve ser classificada como rea supervisionada quando, embora norequeira a adoo de medidas especficas de proteo e segurana, devem ser feitasreavaliaes regulares das condies de exposies ocupacionais, com o objetivo dedeterminar se a classificao continua adequada.

    5.8.4 As reas controladas devem estar sinalizadas com o smbolo internacional deradiao ionizante, acompanhando um texto descrevendo o tipo de material, equipamentoou uso relacionado radiao ionizante.

    5.8.5 As reas supervisionadasdevem ser indicadas como tal, em seus acessos.

    5.9 MONITORAO INDIVIDUAL, MONITORAO DE REA E AVALIAO DAEXPOSIO OCUPACIONAL

    5.9.1 Os titulares, em cooperao com o empregador, devem estabelecer e implementarum programa de monitoraoindividual e de rea, conforme aplicvel, levando-se em contaa natureza e intensidade das exposies normaise potenciaisprevistas.

    5.9.2 Os titulares e empregadores so responsveis pela avaliao da exposioocupacional dos IOE. Essa avaliao deve estar baseada na monitorao individual e derea, conforme aplicvel.

    5.9.3 Qualquer IOEque possa receber uma exposioocupacionalsujeita a controle deveser submetido monitorao individual, sempre que adequada, apropriada e factvel. Noscasos em que a monitorao individual no for aplicvel, a avaliao da exposioocupacional do IOE tomar como base os resultados da monitorao da rea e asinformaes sobre as atividades do IOEna rea.

    5.9.4 Os titularese empregadores devem solicitar aconselhamento mdico adequado

    sempre que qualquer IOE, em uma nica exposio, vier a receber uma dose efetivasuperior a 100 mSv ou dose absorvidasuperior ao limiar de efeitos determinsticos.

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    5.10 SADE OCUPACIONAL

    Os titulares e empregadores devem implantar um programa de sade ocupacional, paraavaliao inicial e peridica da aptido dos IOE, baseado nos princpios gerais de sadeocupacional, tendo como referncia o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional.

    5.11 REGISTROS OCUPACIONAIS5.11.1 Os titularese empregadores devem manter registros de exposiopara cada IOE,incluindo informaes sobre:

    a) a natureza geral do trabalho;

    b) as doses e as incorporaes, quando iguais ou superiores aos nveis de registropertinentes; e

    c) os dados e modelos que serviram de base para as avaliaes de dose.

    5.11.2 Se os IOE estiverem envolvidos em atividades que levem, ou possam levar, exposioa uma fonteque no esteja sob controle do seu empregador, o titularresponsvelpela fontedeve fornecer ao IOEe ao seu empregador os registros de dosereferentes aoperodo de realizao dessas atividades.

    5.11.3 Empregadorese titularesdevem dar acesso e informar aos IOEos dados dos seusregistros de dose, bem como fornecer cpia do histrico de dose quando solicitado peloIOE.

    5.11.4 Se o empregadorou o titularcessar a sua atividade envolvendo exposiodos IOE,deve providenciar meios para a guarda dos registros de dosesanuais dos IOEem um rgode registro oficial e comunicar esse fato CNEN.

    5.11.5 Os registros de dosepara cada IOEdevem ser preservados durante o perodo ativodo indivduo. Esses registros devem ser preservados at os IOEatingirem a idade de 75anos e , pelo menos, por 30 anos aps o trmino de sua ocupao, mesmo que j falecido.

    5.12 CONTROLE DE VISITANTE

    Os titularesdevem:

    a) tomar as medidas necessrias para assegurar a proteo radiolgica adequada devisitantes a reas controladas, incluindo informaes e instrues apropriadas;

    b) assegurar que visitantes sejam acompanhados, em qualquer rea controlada, por umapessoa com conhecimentos sobre as medidas de proteo radiolgicapara aquela rea;

    c) assegurar que visitantes menores que 16 anos no tenham acesso s reascontroladas.

    5.13 EXPOSIO MDICA5.13.1 RESPONSABILIDADES

    5.13.1.1 Os titularesdevem assegurar que:

    a) sejam tomadas as medidas administrativas necessrias para que exposies mdicascom fontessob sua responsabilidade, para fins de diagnstico ou terapia de pacientes,sejam realizadas apenas sob prescrio mdica;

    b) estejam disponveis, na instalao, equipe mdica legalmente reconhecida e habilitadapara uso de fontes radioativas, alm de IOE treinados e supervisionados por

    profissionais habilitados pela CNEN;c) seja implementado um programa de garantia da qualidade para exposies mdicas;

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    d) sejam conduzidos ou supervisionados por especialistas, com qualificao reconhecidapela CNEN, a calibrao dos feixes e das fontes, a dosimetria clnica e os testes decontrole da qualidade;

    e) esteja disponvel, na instalao, mdico especialista com qualificao legalmentereconhecida para prticas mdicas in vivo;

    f) assegurar que a calibrao de equipamentos usados para calibrar feixes e fontesempregadas em exposio mdica seja rastreada por um laboratrio padro dedosimetria, reconhecido ou autorizado pela CNEN;

    g) seja restrita, conforme especificada nesta Norma, a exposio de voluntrios queassistam pacientes submetidos a um procedimento diagnstico ou teraputico.

    5.13.1.2 Os profissionais envolvidos com as exposies mdicas devem informarimediatamente ao titularqualquer deficincia ou necessidade, relativa ao cumprimento destaNorma, no que se refere proteo radiolgicados pacientes.

    5.13.1.3 Os titularesdevem ainda:

    a) identificar possveis falhas de equipamento e erros humanos que possam resultar emexposies mdicasacidentais;

    b) tomar todas as medidas necessrias para prevenir as falhas e os erros, ou minimizar assuas conseqncias, incluindo a seleo de procedimentos adequados para a prtica,considerando os aspectos de segurana e proteo radiolgica.

    5.13.1.4 Com relao a acidentesque envolvam exposies mdicasdiferentes daquelaspretendidas, conforme definido pela CNEN, os titularesdevem:

    a) investigar imediatamente o ocorrido;

    b) calcular ou estimar as dosesrecebidas e sua distribuio no paciente;

    c) indicar as medidas para prevenir a recorrncia de tais acidentese implementar aquelas

    sob sua responsabilidade;d) submeter CNEN, logo aps a investigao, um relatrio escrito que esclarea as

    causas do acidente, bem como as providncias tomadas; e

    e) informar por escrito ao paciente e ao mdico solicitante sobre o acidente.

    5.13.1.5 No processo de otimizao das exposies mdicaspara fins de diagnstico, ostitularesdevem considerar os nveis de referncia de diagnstico estabelecidos com baseem boas prticas mdicas e de proteo radiolgica.

    5.14 EXPOSIO DO PBLICO

    5.14.1 Em relao s fontessob sua responsabilidade, os titularesdevem estabelecer,

    implementar e manter medidas para:a) assegurar a aplicao da otimizao da proteo radiolgicapara indivduos do pblico

    cuja exposioseja atribuvel a tais fontes, considerando as restries dedosepara ogrupo crticorelevante, estabelecidas pela CNEN;

    b) garantir a segurana dessas fontes, tomando todas as medidas necessrias paraprevenir falhas e erros que possam resultar em exposioacidentaldo pblico, ou paraminimizar as suas conseqncias;

    c) estimar a exposiodo pblico, incluindo, quando aplicvel, programa de monitoraoradiolgica ambiental; e

    d) garantir resposta adequada a situaes de emergncias radiolgicas que possamenvolver exposio do pblico, incluindo planos ou procedimentos de emergncia emconsonncia com a natureza e a intensidade do risco envolvido.

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    5.14.2 Os titulares devem assegurar que as medidas otimizadas, de acordo com osrequisitos desta Norma, sejam tambm apropriadas para restringir a exposioem reas deacesso pblico da instalaosob sua responsabilidade.

    5.14.3 Os titularesdevem assegurar que os materiais radioativos provenientes de prticassob sua responsabilidade no sejam liberados no meio ambiente, a menos que tais

    liberaes estejam autorizadas pela CNENe sejam otimizadas e controladas.5.14.4 Os titulares, em relao s fontessob sua responsabilidade, devem:

    a) manter todas as liberaes de efluentes radioativos otimizadas com relao proteoradiolgica, respeitando os nveis de restrio de dose autorizados, considerando aexposiodos grupos crticos;

    b) estabelecer os nveis operacionaispara liberao de efluentes radioativos e submet-los CNENpara aprovao;

    c) monitorar as liberaes de efluentes radioativos, para demonstrar o atendimento aosnveis operacionaisde liberao acima citados;

    d) monitorar, quando aplicvel, as vias de exposio do grupo crtico, decorrentes dasliberaes deefluentes radioativos para o meio ambiente;

    e) registrar e manter os resultados dessas monitoraes, incluindo as estimativas de dose,e emitir os relatrios de monitoraoconforme estabelecido pela CNEN; e

    f) comunicar imediatamente CNEN qualquer liberao que exceda os nveisoperacionaisde liberaoespecificados para fins de notificao.

    5.14.5 Os titularesdevem, quando apropriado, rever e ajustar as suas medidas de controlede liberao, para as fontessob sua responsabilidade, sempre que houver mudana nascondies de liberao, vias de exposioou composio do grupo crtico, que possamafetar a estimativa de dose decorrente das liberaes. Qualquer modificao deve seraprovada pela CNEN.

    5.14.6 Os titulares devem comunicar imediatamente CNEN qualquer aumentosignificativo, no meio ambiente, de campos de radiaoou de contaminao radioativa, quepossa ser atribudo radiaoou s liberaes radioativas provenientes das fontessob suaresponsabilidade.

    6. REQUISITOS PARA INTERVENO

    6.1 OBRIGAES FUNDAMENTAIS

    6.1.1 Sempre que justificadas, devem ser implementadas aes protetoras ouremediadorasvisando a reduzir ou evitar exposies em situaes de interveno.

    6.1.2 Qualquer ao protetora ou remediadora dever ser otimizada em sua forma,extenso e durao, de modo que produza o mximo beneficio lquido, levando emconsiderao as condies sociais e econmicas.

    6.1.3 Nas intervenes, para proteger os indivduos do pblico, devem ser observados osnveis de intervenoe nveis de aoestabelecidos pela CNENpara as diferentes aesprotetorasou remediadoras.

    6.1.3.1 Em situaes de emergncia, os nveis de intervenopr-estabelecidos devemser reavaliados, no momento de sua implementao, em funo das condies existentes,desde que no sejam excedidos os nveis de dose;neste caso, a intervenodeve ocorrerem qualquer circunstncia.

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    6.1.3.2 Em situaes de exposio crnica, quando ultrapassados os nveis de aorelevantes, estabelecidos ou aprovados pela CNEN, aes remediadoras devem serexecutadas.

    6.2 REQUISITOS DE PROTEO RADIOLGICA

    6.2.1 Uma intervenose justifica somente quando se espera atingir um benefcio maiorque o dano, tendo em conta os fatores de sade, sociais e econmicos.

    6.2.2 Durante a resposta a uma situao de emergncia, a justificao da interveno,os nveis de intervenoe os nveis de ao pr-estabelecidos pela CNEN podero serreconsiderados pelos rgos envolvidos na interveno, levando em conta:

    a) os fatores caractersticos da situao real, tais como a natureza da liberao, ascondies meteorolgicas e outros fatores no radiolgicos relevantes; e

    b) a probabilidade de que as aes protetoras tragam um beneficio lquido, dadas asincertezas envolvidas.

    6.3 EXPOSIO EM SITUAO DE EMERGNCIA

    6.3.1 No caso de exposies ocupacionais recebidas no curso de uma interveno,devem ser cumpridos os seguintes requisitos, conforme apropriado, em relao s equipesde interveno:

    a) nenhum membro das equipes de interveno, para atendimento a situaes deemergncia, deve ser exposto a dose superior ao limite anual de dosepara exposioocupacional, estabelecido nesta Norma, exceto com a finalidade de:

    i) salvar vidas ou prevenir danos srios sade;

    ii) executar aes que evitem dosecoletivaelevada; ou

    iii) executar aes para prevenir o desenvolvimento de situaes catastrficas;

    b) quando da realizao de intervenespara atendimento a situaes de emergnciasobas circunstncias mencionadas acima, as dosesefetivasdos membros da equipe devemser inferiores a 100 mSv, com exceo das aes para salvar vidas, quando devem sersempre observados os limiares relacionados aos efeitos determinsticos;

    c) somente voluntrios podem empreender aes nas quais a doseefetivapossa exceder50 mSv. Nesses casos, esses voluntrios devem ser informados, com antecedncia, dosriscos associados sade, e devem ser treinados para as aes que possam sernecessrias;

    d) quando a fase de ps-emergncia de uma interveno for iniciada, os membros dasequipes, que efetuam operaes de recuperao, devero estar sujeitos aos mesmos

    requisitos de exposio ocupacional para as prticas, conforme especificados nestaNorma;

    e) os titulares, empregadores e responsveis pelas demais organizaes envolvidas nainterveno, devem, durante a intervenode emergncia, fornecer proteo radiolgicaapropriada aos membros das equipes, avaliar e registrar as dosesrecebidas e, quandoa intervenoterminar, fornecer os histricos das dosesrecebidas;

    f) as dosesrecebidas em situao de emergnciano impedem exposies ocupacionaisposteriores, uma vez que estas no devem ser contabilizadas para fins de conformidadecom os limites de dose para prticas. No caso de ter recebido, em situao deemergncia, uma doseefetivasuperior a 100 mSv ou doseabsorvidasuperior ao limiarde efeitos determinsticos, o titular ou empregador deve solicitar aconselhamento

    mdico qualificado, antes que o membro da equipe venha a se submeter a qualquerexposioadicional.

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    6.3.2 Cada titularresponsvel por fontesque possam necessitar de uma intervenoemsituao de emergncia, deve assegurar a existncia de um plano de emergncia, definindoas diversas aes e responsabilidades, aprovado pela CNEN.

    6.3.3 Os titularesdevem garantir os meios adequados para informar prontamente CNENsobre a:

    a) previso ou avaliao prvia da extenso e significncia de qualquer liberao acidentalde materiais radioativos para o meio ambiente;

    b) evoluo da situao;

    c) necessidade de aes protetoras.

    6.3.4 Os titularesdevero notificar imediatamente CNENquando houver possibilidadeou quando ocorrer uma situao que requeira intervenoe devero mant-la informadasobre:

    a) a situao, sua evoluo e como se prev que se desenvolva;

    b) as medidas tomadas para a proteo radiolgicados IOE e dos indivduos do pblico;

    c) as exposiesocorridas e as previstas.

    6.3.5 Devem ser tomadas as medidas necessrias para permitir a avaliao dasexposies recebidas por indivduos do pblico, como conseqncia de uma situao deemergncia, e para colocao dos resultados dessa avaliao disposio do pblico.

    6.3.6 Uma ao protetora deve ser interrompida quando a avaliao mostrar que acontinuidade da ao no mais justificada.

    6.3.7 Devem ser mantidos registros de todas as avaliaes, bem como dos resultados demonitoraodas equipes de interveno, dos indivduos do pblicoe do meio ambiente.

    6.4 EXPOSIO CRNICA

    6.4.1 Planos de aes remediadoras, genricos ou especficos para o local, relativos asituaes de exposio crnica, devem especificar as aes remediadoras e os nveis deaojustificados e otimizados, considerando:

    a) as exposiesindividuais e coletivas;

    b) os riscos radiolgicos e no radiolgicos; e

    c) os custos financeiros e sociais, os benefcios e a responsabilidade financeira para asaes remediadoras.

    6.4.2 Os nveis de aopara interveno, em situaes de exposio crnica, devem serbaseados nos critrios e valores estabelecidos ou aprovados pela CNEN.

    7. DISPOSIES TRANSITRIASDeve ser estabelecido um perodo de 2 (dois) anos para as instalaes j em operao seadaptarem a esta Norma. As novas instalaes a serem licenciadas devem cumprir oestabelecido nesta Norma.

    (alterado pela Resoluo CNEN/CD 48/2005, D.O.U em 14/11/2005)

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    COMISSO DE ESTUDO

    Presidente:Wilson Melo da Silva Filho DRS/CNEN

    Membros:Ana Maria Xavier DRS/CNENRicardo Nicoll Jnior DPD/CNENEdson Luiz Damasceno de Souza PJU/CNENArnaldo Mezhari CGLC/CNENIara Arraes Monteiro CGLC/CNENDunstana Melo IRD/CNENElaine Rochedo IRD/CNENHelvcio Correa Mota IRD/CNENNdia Soide Falco Martins IRD/CNENLuis Carlos R. Machado da Silva INBGian Maria Sordi ABENDEAlfredo Lopes F. Filho SBPRRicardo Tadeu Lopes SBPRJosilto Oliveira Aquino SBPRCarlos Eduardo Ferreira Domingues MTE

    Andra Ftima Giacomet ANVISAJos Alberto Ferreira do Amaral ANVISAAntnio Carlos Mazzaro EletronuclearMarcos A. do Amaral EletronuclearRone Csar Morales IBAMASandra Ceclia Miano IBAMAJoo Luiz Fernandes da Silva SBRElaine Galli SBRLucia Helena Bardella ABFMMarcelo Tatit Sapienza SBBMNAdelamir Antnio Barroso SBBMN

    Secretrio:Marcos Sodr Grund DRS/CNEN