diretrizes de cabeçalhos de assunto

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA Adriana Costa Carla Chaves MANUAL DE DETERMINAÇÃO DE CABEÇALHOS DE ASSUNTOS PARA BIBLIOTECAS PÚBLICAS

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Este trabalho visa estabelecer as diretrizes para elaboração, atualização e tradução de cabeçalhos de assunto na disciplina BIB03024 Linguagens Alfabéticas de Indexação, ministrada pela professora Rita do Carmo Laipelt. O presente Manual de Diretrizes de Elaboração de Cabeçalhos de Assunto foi elaborado pelas alunas Adriana Costa e Carla Chaves, sob a coordenação da professora da disciplina.Esse manual terá a finalidade de manter a uniformidade e a consistência entre os cabeçalhos de assunto, por meio de normas preestabelecidas que deverão ser seguidas pelos indexadores na Unidade de Informação.

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Page 1: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO

CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

Adriana Costa

Carla Chaves

MANUAL DE DETERMINAÇÃO DE CABEÇALHOS DE ASSUNTOS PARA BIBLIOTECAS PÚBLICAS

Porto Alegre,

2010

Page 2: diretrizes de cabeçalhos de assunto

1

Adriana Costa

Carla Chaves

MANUAL DE DETERMINAÇÃO DE CABEÇALHOS DE ASSUNTOS PARA BIBLIOTECAS PÚBLCAS

Trabalho realizado como requisito parcial para aprovação na disciplina BIB03024 – Linguagens Alfabéticas de Indexação ministrada pela professora Rita do Carmo Laipelt no curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Porto Alegre,

2010

Page 3: diretrizes de cabeçalhos de assunto

2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4

2 OBJETIVO.............................................................................................................................5

3 APLICAÇÃO..........................................................................................................................6

4 REVISÃO E ALTERAÇÕES..................................................................................................7

5 DOS CABEÇALHOS DE ASSUNTO....................................................................................8

5.1 Constituição......................................................................................................................8

5.2 Cabeçalhos de assunto autorizados...............................................................................8

5.3 Cabeçalhos de assunto não-autorizados.......................................................................9

5.4 Recolha de termos..........................................................................................................10

5.5 Variação de número........................................................................................................10

5.5.1 Singular.........................................................................................................................10

5.5.2 Plural.............................................................................................................................11

5.6 Emprego de qualificador................................................................................................12

5.7 Dos sub-cabeçalhos de assunto...................................................................................12

5.8 Da representação gráfica...............................................................................................12

5.8.1 Cabeçalhos de assunto autorizados.........................................................................13

5.8.2 Cabeçalhos de assunto não autorizados..................................................................13

5.8.3 Tabelas auxiliares.......................................................................................................14

5.9 Representação dos cabeçalhos de assunto em ordem direta...................................14

6 RELAÇÕES.........................................................................................................................15

6.1 Relações hierárquicas....................................................................................................15

6.2 Relações entre coordenados entre si...........................................................................16

6.3 Relações de equivalência..............................................................................................16

7 RECURSOS AUXILIARES - TABELAS..............................................................................17

7.1 Forma...............................................................................................................................17

7.2 Geográfica.......................................................................................................................17

7.3 Cronológica.....................................................................................................................18

8 REGRAS ESPECÍFICAS.....................................................................................................19

Page 4: diretrizes de cabeçalhos de assunto

3

8.1 Obras Literárias..............................................................................................................19

8.2 Biografias e Autobiografias...........................................................................................20

9 ELABORAÇÃO DE LISTAGEM DE CABEÇALHOS DE ASSUNTO................................21

10 PADRÕES.........................................................................................................................22

11 DEFINIÇÕES.....................................................................................................................23

REFERÊNCIAS.................................................................................................................24

Page 5: diretrizes de cabeçalhos de assunto

4

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho visa estabelecer as diretrizes para elaboração, atualização e

tradução de cabeçalhos de assunto na disciplina BIB03024 Linguagens Alfabéticas

de Indexação, ministrada pela professora Rita do Carmo Laipelt. O presente Manual

de Diretrizes de Elaboração de Cabeçalhos de Assunto foi elaborado pelas alunas

Adriana Costa e Carla Chaves, sob a coordenação da professora da disciplina.

Esse manual terá a finalidade de manter a uniformidade e a consistência

entre os cabeçalhos de assunto, por meio de normas preestabelecidas que deverão

ser seguidas pelos indexadores na Unidade de Informação.

As listas de cabeçalhos de assunto são geralmente empregadas em

bibliotecas públicas ou escolares, pois se referem a todas as áreas do

conhecimento. Podem também ser elaboradas para um assunto específico para

serem adotadas por bibliotecas especializadas.

O processo de elaboração de listas de cabeçalhos de assunto inclui a recolha

dos termos, a identificação das variantes desses termos, a identificação das

relações entre os conceitos representados por esses termos e a seleção dos termos

que serão utilizados como unidades de indexação, ou seja, os cabeçalhos de

assunto. Todo esse processo deve ser feito de forma rigorosa seguindo diretrizes

claras para que a linguagem de indexação seja consistente.

Este manual servirá para uma padronização dos assuntos tratados, bem

como a recuperação de informações, ou seja, trará as diretrizes para elaboração de

uma lista de cabeçalhos de assunto monolíngüe, em português do Brasil, para

bibliotecas públicas.

Page 6: diretrizes de cabeçalhos de assunto

5

2 OBJETIVO

Estabelecer as normas de padronização e uniformização do processo de

criação de cabeçalhos de assunto, bem como a metodologia de elaboração desse

instrumento de indexação.

Page 7: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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3 APLICAÇÃO

Na elaboração deste manual de cabeçalhos de assuntos, estabelecemos

políticas, decisões e procedimentos para que os mesmos representem os assuntos

dos documentos de qualquer biblioteca pública. Este manual tem por finalidade

orientar e padronizar a elaboração dos cabeçalhos de assunto, para uma melhor

recuperação das informações dos documentos indexados, sendo que possui apenas

diretrizes gerais. Este manual foi elaborado para auxiliar os bibliotecários na

representação dos assuntos dos documentos dentro de suas unidades de

informação.

Page 8: diretrizes de cabeçalhos de assunto

7

4 REVISÃO E ALTERAÇÕES

As avaliações das políticas, decisões e procedimentos contidas neste manual,

deverão ser feitas anualmente, observando as alterações que ocorreram para que

as mesmas possam ser registradas e aquelas que sofreram alterações possam ser

excluídas.

Page 9: diretrizes de cabeçalhos de assunto

8

5 DOS CABEÇALHOS DE ASSUNTO

Cabeçalhos de assunto são unidades de indexação, compostas por uma

palavra ou por um sintagma nominal. Abrangem todas as áreas do conhecimento,

são organizados alfabeticamente e indexados por assuntos específicos. Esse

cabeçalho deve ser expresso no idioma dos usuários da biblioteca A sua estrutura é

imperfeita e está baseada nas relações do geral para o específico e de coordenação

entre os descritores.

 

5.1 Constituição           

Os cabeçalhos de assunto que vão compor este instrumento de indexação

poderão ser constituídos por uma única palavra ou por um sintagma nominal. O

princípio para ordenar as listas de cabeçalhos de assuntos será o alfabético. Podem

ser constituído de cabeçalhos simples ou compostos.

Os princípios básicos de Cutter para a elaboração de cabeçalhos de assunto

são os seguintes:

a) princípio do uso: adotar o termo mais utilizado pela comunidade de usuários a

qual pertence a biblioteca;

b) princípio da ordem direta: escolher sempre o termo mais específico para

representar o assunto, evitando termos genéricos.

5.2 Cabeçalhos de assunto autorizados

Para a determinação de cabeçalho de assunto autorizado devemos adotar o

princípio da especificidade e os mesmos devem ser grafados em letras maiúsculas e

negritadas.

           Ex.: TERMODINÂMICA

Page 10: diretrizes de cabeçalhos de assunto

9

x Física

Deve-se adotar o termo mais conhecido pelo tipo de usuário que freqüenta a

unidade de informação, no caso de sinonímia, fazendo-se a remissiva para os

demais termos não-autorizados.

Ex.: PEIXES

x Ictiologia

Deve-se recorrer a vocábulos estrangeiros somente quando não houver

nenhum equivalente em português ou quando a forma mais conhecida for o

vocábulo estrangeiro. Exemplos, respectivamente:

Ex.: IMPEACHMENT

Deve-se adotar o termo mais conhecido pelo tipo de usuário que freqüenta a

unidade de informação, no caso de sinonímia, fazendo-se a remissiva para os

demais termos não-autorizados.

Ex.: AIPIM

x Macaxeira Mandioca

5.3 Cabeçalhos de assunto não-autorizados

Os cabeçalhos de assunto não-autorizados deverão constar na mesma ordem

alfabética dos cabeçalhos autorizados, identificados com grafia diferente dos

autorizados e pela remissiva “ver”, seguida do cabeçalho autorizado.

Ex.: Macaxeira ver AIPIM

Page 11: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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5.4 Recolha de termos

A recolha de termos deverá ser feita em situação discursiva, ou seja, em

linguagem natural. Esta maneira permite que o resultado da elaboração dos

cabeçalhos e das listas de cabeçalhos de assunto sejam recuperados perfeitamente

pelos usuários.

Muitas bibliotecas, ao adotarem um manual para determinação de cabeçalhos

de assunto, já possuem vocabulários não controlados que são utilizados na

indexação dos documentos. É possível utilizar este conjunto de termos como base

para a elaboração dos cabeçalhos de assunto e posteriormente das listas de

cabeçalhos de assunto. Sendo assim, utiliza-se uma sistematização dos termos já

inseridos na base de dados, para que no final deste método, sejam utilizados

apenas cabeçalhos de assunto que estejam de acordo com as determinações deste

manual.

5.5 Variação de número

  Os cabeçalhos de assunto deverão ser usados preferencialmente no singular, mas o plural será admitido quando os termos só forem empregados no plural.

5.5.1 Singular

Usam-se as palavras no singular nos seguintes casos:

a) Para nome de coisas e acontecimentos únicos e particulares:

Ex.: SOL

b) Para  palavras que representam idéias abstratas, qualidades ou conceitos: Ex.: CONHECIMENTO    

Page 12: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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c) Para os nomes das ciências, artes, ramos do conhecimento, teorias filosóficas, etc.:

Ex.: FÍSICA PINTURA QUÍMICA LÓGICA

d) Para  nomes de produtos químicos, agrícolas etc. que não são contados por unidade e que podem subdividir-se sem perder as características: Ex.: GASOLINA FARINHA

  e) Para partes isoladas, isto é, não duplas do corpo animal e doenças, etc.:

Ex.: VESÍCULA RUBÉOLA       

5.5.2 Plural 

Usam-se as palavras no plural nos seguintes casos:

a) Para nomes concretos (seres vivos, objetos, instituições, etc.): Ex.: GALINHAS           CADEIRAS BIBLIOTECAS

b) Para nomes de ofícios, profissões, etc.: Ex.: ADVOGADOS DENTISTAS

c) Para designações étnicas, membros de seitas religiosas, etc.:

Ex.: ÁRABES MAÇONS

d) Para partes do corpo animal, que são constituídas por órgãos duplos:

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Ex.: PERNAS PULMÕES

e) Para cabeçalhos de forma:

Ex.: ALMANAQUES MANUAIS

5.6 Emprego de qualificador

Deve-se usar o qualificador para melhor definir o significado do cabeçalho de

assunto quando este tiver sentido vago, ou possuir termos homógrafos ou

homônimos. O qualificador dever ser registrado entre parênteses ao lado do

cabeçalho. Deve sempre acompanhar o cabeçalho de assunto, fazendo parte do

mesmo.

Ex.: ENTREVISTA DE SELEÇÃO (Gestão)

5.7 Dos sub-cabeçalhos de assunto

Quando um cabeçalho for utilizado como subdivisão de outro, tendo em vista a

caracterização da obra, deverá ser grafada apenas com a primeira letra em

maiúscula, sem negrito ao lado do cabeçalho de assunto autorizado.

Ex.: LITERATURA BRASILEIRA – Conto LITERATURA BRASILEIRA - Poesia

5.8 Da representação gráfica

A representação gráfica dos cabeçalhos de assunto deverá ser feita,

conforme as orientações que seguem.

Page 14: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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5.8.1 Cabeçalhos de assunto autorizados

Os cabeçalhos de assunto autorizados deverão ser grafados em negrito, em

letra maiúscula (cabeçalho tópico). Logo abaixo do cabeçalho tópico deverão ser

grafadas, as remissivas representadas pelas convenções:

x – que antecede o cabeçalho não-autorizado em relação ao cabeçalho

tópico;

v.t. – remissiva ver também – que antecede os cabeçalhos de assunto

associados, em relação ao cabeçalho tópico;

xx – antecede o cabeçalho mais geral em relação ao cabeçalho tópico.

xx – antecede o cabeçalho associado em relação ao cabeçalho tópico

Ex.: LIVROS ELETRÔNICOS

x Livros digitais

v.t. LIVROS

xx RECURSOS ELETRÔNICOS

LIVROS

5.8.2 Cabeçalhos de assunto não autorizados

Os cabeçalhos de assunto não-autorizados deverão ser grafados na mesma ordem

dos cabeçalhos de assunto autorizados, em letras minúsculas, sem destaque tipográfico,

seguidos da remissiva “ver”, e do cabeçalho autorizado, grafado em letra maiúscula.

Ex.: Livros digitais

ver LIVROS ELETRÔNICOS

Page 15: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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Os cabeçalhos de assunto não-autorizados também serão grafados abaixo do

cabeçalho de assunto autorizado do qual é equivalente, antecedido de x, conforme exemplo

dado na seção anterior.

5.8.3 Tabelas auxiliares

Os cabeçalhos das tabelas auxiliares deverão ser grafados em itálico, ao lado do

cabeçalho de assunto, separados deste por um travessão.

Ex.: tabela auxiliar de forma:

ÁGUA – Análise

5.9 Representação dos cabeçalhos de assunto em ordem direta

A representação dos cabeçalhos de assunto formados por um sintagma

terminológico deverá ser feita na ordem direta.

Ex.: ESTREITO DE MAGALHÃES

E não: MAGALHÃES, ESTREITO DE

Page 16: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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6 RELAÇÕES

Neste item seguem as relações que serão estabelecidas entre os termos que

farão parte da lista de cabeçalhos de assunto.

6.1 Relações hierárquicas

São relações lógicas que reúnem conceitos que têm características comuns

entre si. Podem ser dos tipos:

a) Tipo gênero/espécie: as características de um conceito superordenado são herdadas pelos conceitos subordinados de um mesmo nível, que são chamados de conceitos coordenados.

Ex: animais (gênero) mamíferos (espécie) aves (espécie) répteis (espécie) anfíbios (espécie) peixes (espécie)

b) Tipo partitivas: as características do conceito superordenado (todo) não são transmitidas aos conceitos subordinados (partes). Os conceitos "partes" do mesmo nível são chamados de conceitos coordenados.

Ex.: peça ato quadro cena

c) Tipo “tipo de”: refere-se a um termo dentro de um contexto específico, neste caso por diferenciar das demais por ser um modelo arquitetônico para todas as outras Catedrais

Ex.: Catedrais Catedral de Brasília

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d)Tipo “exemplo de”: esta relação identifica a ligação entre uma categoria geral de objetos ou eventos, expressa por um substantivo comum, e um exemplo individual daquela categoria.

Ex.: Regiões Montanhosas Alpes Himalaia

6.2 Relações entre coordenados entre si

As relações por coordenação são aquelas em que os cabeçalhos estão no

mesmo nível hierárquico, não sendo sinônimos. Podem ser mais específicos ou

associados ao cabeçalho tópico. Nesta relação, dois elementos são do mesmo

gênero, possuem uma intenção comum, com característica suplementar que os

diferem.

Ex.: CADEIRA

PÉS coordenados

TAMPO entre si

6.3 Relações de equivalência

As relações de equivalência são estabelecidas entre os cabeçalhos de

assunto, ou seja, são relações de equivalência entre termos. Torna-se necessário

estabelecer esta relação para controlar os sinônimos, as variantes, indicar a

preferência gráfica, padronizar o uso de siglas e acrônimos e suas formas por

extenso. As relações de equivalência entre os cabeçalhos de assunto são

representadas pela remissiva “ver” que segue o cabeçalho não-autorizado e

antecede o cabeçalho autorizado e pelo símbolo x, que antecede o cabeçalho não

autorizado e vem abaixo do cabeçalho autorizado.

Ex.: Livros digitais ver LIVROS ELETRÔNICOS

LIVROS ELETRÔNICOS

X Livros digital

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7 RECURSOS AUXILIARES - TABELAS

As tabelas auxiliares funcionam como auxiliares na classificação de assuntos,

pois trazem em seu conteúdo assuntos que são comuns a diversas áreas do

conhecimento. Existem diversas tabelas auxiliares que podem ser adotadas,

conforme a necessidade da unidade de informação. Deverão ser adotadas

basicamente três tabelas auxiliares comuns, que são as mais, necessárias para

especificar assuntos gerais: tabela de forma, tabela geográfica e tabela cronológica.

Preferencialmente utilizaremos as tabelas auxiliares da Classificação Decimal

Universal (CDU) pela facilidade de estarem no idioma português. Se a unidade de

informação já utiliza a CDD para classificar o seu acervo, poderá utilizar suas

tabelas auxiliares também na lista de cabeçalhos de assunto, fazendo a tradução

dos termos que serão utilizados como cabeçalhos.

7.1 Forma

Os auxiliares comuns de forma indicam o formato ou a apresentação dos

documentos. Os auxiliares de forma só deverão ser utilizados quando for relevante

que o assunto que está sendo indexado tenha sua forma expressa, de acordo com

as necessidades da unidade de informação, e dos usuários que atende.

ASSESSORIA DE IMPRENSA - Dicionários

7.2 Geográfica

Para especificar o âmbito geográfico, a localização ou outro aspecto espacial

na indexação de assuntos deverá ser utilizada uma tabela auxiliar, pois estes

aspectos são necessários em diversos assuntos, principalmente na geografia e na

história .

PARQUES – Brasil

Page 19: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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7.3 Cronológica

Os auxiliares da tabela cronológica indicam a data, o momento ou o período

de tempo de um assunto.

Para a utilização das tabelas auxiliares da CDU, pelas unidades de

informação a base para indicação das datas será o calendário cristão, havendo,

porém, sistemas de calendários não-cristãos já previstos.

HISTÓRIA ECLESIÁSTICA – Idade Média

Page 20: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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8 REGRAS ESPECÍFICAS

Neste item estão algumas regras específicas quanto à utilização de

cabeçalhos de assunto quando se tratarem de obras literárias, biográficas ou auto-

biográficas.

8.1 Obras Literárias

a) obras na qual o assunto for o próprio estudo da literatura, terá como cabeçalho de assunto determinado como: LITERATURA;

b) usar o adjetivo pátrio quando a obra for de um determinado país, identificando diversas coleções de literatura;

Ex.: LITERATURA RUSSA – História e Crítica

c) usar sub-cabeçalhos indicando o gênero literário;

Ex.: LITERATURA RUSSA – Contos

d) quando a obra tratar de um gênero literário específico, é preciso vinculá-lo como sub-cabeçalho do gênero adicionando o adjetivo pátrio específico;

Ex.: ANTOLOGIA RUSSA NOVELA RUSSA

e) obras relacionadas a determinado período histórico são representadas pelo cabeçalho LITERATURA acrescido do adjetivo pátrio, acompanhado do período e seu respectivo século;

Ex.: LITERATURA RUSSA – Era de Prata, século XX

f) para subdivisões de forma ou tempo, usar as tabelas auxiliares específicas;

Ex.: LITERATURA RUSSA - Coletâneas LITERATURA RUSSA - Século XIX DC.

g) para obras infantis, os cabeçalhos de assunto serão determinados como os casos abaixo:

- histórias com animais. ANIMAIS (Literatura Infantil)

- histórias com crianças. CRIANÇAS (Literatura Infantil)

- histórias com bruxas, fadas, etc. FANTASIA (Literatura Infantil)

Page 21: diretrizes de cabeçalhos de assunto

20

- histórias com nenhum dos temas acima ficaram como DIVERSOS

(Literatura Infantil).

h) para obras infanto-juvenil os cabeçalhos de assunto utilizado será

LITERATURA INFANTO-JUVENIL.

8.2 Biografias e Autobiografias

a) as biografias e autobiografias serão representadas por cabeçalhos

compostos, separados por travessão, o primeiro cabeçalho será o nome de

quem é tratado no documento e o segundo denominará se é biografia ou

autobiografia;

Ex.: CASTRO ALVES – Biografia

BENJAMIM FRANKLIN - Autobiografia

b) para biografias coletivas - obras de biografias de pessoas de diversos países,

sem seleção de nacionalidade ou atuação – utilizar uma entrada referente ao

grupo. Já para biografias que referem-se a alguma nacionalidade, usa-se o

nome do povo no plural;

Ex.: JOGADORES DE FUTEBOL – Biografias

RUSSOS - Biografias

c) para biografias coletivas profissionais usa-se o nome da profissão dos

biografados no plural, seguido do sub-cabeçalho biografia separado por

travessão;

Ex.:

PUBLICITÁRIOS - Biografias

PUBLICITÁRIOS RUSSOS – Biografias

Page 22: diretrizes de cabeçalhos de assunto

21

9 ELABORAÇÃO DE LISTAGEM DE CABEÇALHOS DE ASSUNTO

A forma de controle dos cabeçalhos de assunto se dará por meio de fichas

catalográficas que pertencem ao controle interno da Biblioteca. As fichas indicarão

todas as relações existentes entre os cabeçalhos.

Ex.: COMUNICAÇÃO

x Publicidade

v.t. Informação

Conhecimento

xx Assessoria de Imprensa

Page 23: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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10 PADRÕES

Os documentos ou padrões que embasam esse manual são os seguintes:

a) Classificação Decimal de Dewey (CDU), 2ª edição;

b) Lista de localidades do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);

c) Lista de autoridade da Fundação Biblioteca Nacional;

d) Teixeira, José Carlos de Abreu. Cabeçalhos de Assunto: Manual para

estudantes;

e) Novo dicionário Houaiss de língua portuguesa.

Page 24: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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11 DEFINIÇÕES

Abaixo segue as definições de alguns termos utilizados neste manual de diretrizes

de cabeçalhos de assunto:

CABEÇALHO DE ASSUNTO

Unidade de informação expressa por uma palavra ou um sintagma. Seu objetivo é de servir de exemplo e guia aos classificados, indicando quando e quais cabeçalhos adotar.

LISTAS DE CABEÇALHOS DE ASSUNTO Extensas compilações dos cabeçalhos de assuntos do acervo de uma biblioteca. Servem de exemplo para guiar os indexadores, mostrando-lhes qual cabeçalho usar.

REMISSIVAS VERIndica que deve ser feita uma ficha que remeta o usuário de um termo ou nome que não possua nenhuma entrada, para o cabeçalho adotado.

REMISSIVAS VER TAMBÉM

Remetem de um cabeçalho geral para um mais específico e cabeçalhos que são coordenados entre si.

SUB-CABEÇALHOSTermos que acompanham o cabeçalho. Correspondem aos diversos aspectos no qual um assunto pode ser dividido. Nesse manual, os sub-cabeçalhos são tanto as subdivisões de forma, cronológica e geográfica, quanto os qualificadores, que são colocados entre parênteses, sucedendo o cabeçalho de assunto autorizado.

TABELAS AUXILIARES

Padroniza o modo como as subdivisões de forma, cronológica e geográfica, devem ser representadas com os cabeçalhos de assunto que delas necessitem.

Page 25: diretrizes de cabeçalhos de assunto

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REFERÊNCIAS

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades@. Disponível em: <www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> Acesso em: 30 de Junho de 2010.

TEIXEIRA, José Carlos de Abreu. Cabeçalhos de Assunto: manual para estudantes. Niterói, RJ: Universidade Federal Fluminense, 1979.

UDC CONSORTIUM. Classificação Decimal Universal: edição-padrão internacional em língua portuguesa. Brasília: IBICT, 1997, 1999. 2 v.

VAN DER LAAN, Regina Helena. Lógica. Oriet.: Krieger, Maria da Graça. Porto Alegre: UFGRS, 2002. Tese (Doutorado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Também disponível em: <http://www.biblioteca.ufrgs.br/bibliotecadigital/2002-2/tese-bscsh-0339228> Acesso em 28 de junho de 2010.