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Diretrizes da Educação Profissional do Senac

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Diretrizes da Educação Profi ssional do Senac

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Diretrizes da Educação Profi ssional do Senac

Rio de Janeiro, 2014

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Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem ComercialPresidenteAntonio Oliveira Santos

Departamento NacionalDiretor-geralSidney CunhaDiretora de Educação ProfissionalAnna Beatriz WaehneldtDiretor de Integração com o MercadoJacinto CorrêaDiretora de Operações CompartilhadasSimone CaldasDiretor de Unidades EspecializadasJosé Carlos Cirilo da Silva

Senac – Departamento NacionalAv. Ayrton Senna - 5.555 Barra da Tijuca22775-004 – Rio de Janeiro – RJwww.senac.brfacebook.com/SenacBrasiltwitter.com/SenacBrasil

Dados de Catalogação na Publicação

SENAC. DN. Diretrizes da educação profissional do Senac. Rio de Janeiro, 2014. 26 p.

SENAC; EDUCAÇÃO PROFISSIONAL; DIRETRIZ.

Ficha elaborada de acordo com as normas do Sistema de Informação e Conhecimento do Senac (Sics)

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SumárioApresentação 91 Concepção e Organização da Educação Profi ssional do Senac 111.1 Concepção Educacional 111.2 Organização da Educação Profi ssional do Senac 121.2.1 Modalidades de Educação Profi ssional e Tipos de Curso 131.2.1.1 Formação Inicial e Continuada 131.2.1.2 Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio 162 Operacionalização da Educação Profi ssional 202.1 Documentos Institucionais 202.2 Ingresso Institucional no Sistema Federal de Ensino 212.3 Oferta de Cursos e Programas 212.4 Docentes e Técnicos 212.5 Recursos e Infraestrutura 222.5.1 Ambientes Pedagógicos 222.5.2 Tecnologia Assistiva 222.6 Avaliação de Competências para Fins de Aproveitamento de Estudos e Certifi cação

Profi ssional 222.7 Gestão Nacional de Informações 232.8 Articulação com o Mercado de Trabalho 233 Monitoramento da Oferta e Avaliação Institucional 253.1 Pesquisas de Qualidade Percebida 253.2 Acompanhamento de Egressos 253.3 Sistema Nacional de Avaliação 25Apêndice 261 Ações Extensivas à Educação Profi ssional e Tecnológica 26

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No decorrer das últimas décadas, transformações nas políticas educacionais nacionais e no contexto socioeconômico vêm atuando de forma positiva no processo de consolidação e expansão da participação do Senac no cenário da educação brasileira.

A década de 90, já inspirada pelos princípios democráticos da Constituição Federal de 1988, encontrou a instituição educacional Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) solidamente constituída, desenvolvendo ampla programação de educação profi ssional no Setor do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, formando profi ssionais para atuar na estrutura ocupacional de sua competência, tanto na aprendizagem comercial como em cursos destinados à formação inicial de trabalhadores e técnicos de nível médio, e iniciando também a implantação dos primeiros cursos superiores de tecnologia.

Além da programação com objetivos qualifi cantes, de acordo com a moderna concepção de educação profi ssional consagrada em organismos internacionais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Senac tem atuado fortemente com a atualização, o aperfeiçoamento e a especialização profi ssional. Assim, tem contribuído decisivamente para o desenvolvimento empresarial, pelo seu compromisso ético com o desenvolvimento de competências profi ssionais para um exercício profi ssional adequado.

Neste contexto, o Senac inovou ao propor a implantação de metodologias educacionais que consideram os percursos de profi ssionalização das pessoas, projetando cursos e programas educacionais orientados por Itinerários Formativos voltados para o contínuo e articulado aproveitamento de estudos e experiências profi ssionais. Estas metodologias passaram a ser entendidas como a capacidade pessoal de continuamente mobilizar, articular e colocar em ação seus saberes, em termos de conhecimento, habilidades, atitudes e valores para responder criativamente aos desafi os diários da vida pessoal, social e profi ssional, bem como aos requerimentos do mundo do trabalho com efi ciência e efi cácia.

Apresentação

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Em razão desta solidez e relevância de atuação, as políticas nacionais educacionais vêm demandando, nos últimos anos, uma maior participação do Senac no cenário da educação brasileira. Dentre os fatores que confi rmam a ampliação da atuação do Senac neste cenário, destacam-se a efetiva participação no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a contínua ampliação da oferta gratuita de programações por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG) e a inclusão dos Serviços Nacionais de Aprendizagem no Sistema Federal de Ensino.

Diante desses fatores e com esse referencial histórico, a decisão pela padronização da estrutura das ações educacionais do Senac revela maturidade e consistência institucional. Com base neste entendimento, o Departamento Nacional considera oportuna e necessária a publicação das Diretrizes da Educação Profi ssional do Senac, elaboradas a partir da interlocução entre o Departamento Nacional e os Departamentos Regionais. Para garantir a consistência e efetividade das diretrizes, o processo de construção primou pela coesão e pela coerência, porém sem perder de vista a importância das características e contribuições locais.

O presente documento tem por fi nalidade expor e sistematizar os compromissos, princípios e a concepção educativa que regem a atuação do Senac, bem como orientar a operacionalização da oferta educacional nas modalidades de Formação Inicial e Continuada e na Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio.

Com a certeza de que a força de uma instituição se traduz, dentre outros fatores, na possibilidade que tem de explicitar em ações os princípios sobre os quais se constitui, o Departamento Nacional apresenta estas Diretrizes da Educação Profi ssional, o que representa um marco para a Instituição, ao fortalecer e renovar a identidade do Senac em todos os estados do Brasil.

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1 Concepção e Organização da Educação Profi ssional do SenacEste capítulo apresenta a concepção educacional que orienta as ações da Educação Profi ssional do Senac, bem como as modalidades, os tipos e formas que compõem a organização dos cursos e programas ofertados pela Instituição.

1.1 Concepção EducacionalO Senac:

1. Visa atender à missão de educar para o trabalho em atividades do comércio de bens, serviços e turismo.

2. Tem como base da proposta educacional e do desenvolvimento curricular a integração entre os diferentes níveis e modalidades de educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura.

3. Considera que a Educação Profi ssional deve estar em articulação permanente com o desenvolvimento socioeconômico sustentável regional.

4. Compreende o trabalho como princípio educativo, que se constitui como base para o desenvolvimento curricular com ênfase nos saberes e na vivência dos valores da cultura do trabalho.

5. Abrange a pesquisa como princípio pedagógico presente em toda a formação dos que viverão do próprio trabalho em um mundo permanentemente mutável, possibilitando aprendizado amplo e signifi cativo aos alunos, ao estimular análise crítica, refl exão, investigação e a proposição de soluções ou alternativas profi ssionais e sociais.

6. Adota como orientação fundamental para a organização e a estrutura curricular dos cursos e programas de Educação Profi ssional a metodologia de desenvolvimento de competências, de acordo com os perfi s profi ssionais de conclusão dos cursos.

7. Entende competência como ação ou fazer profi ssional observável, potencialmente criativo, que integra conhecimentos, habilidades e valores e permite desenvolvimento contínuo. Esta compreensão, além de se fundamentar nas defi nições legais1 e normativas, contribui para a operacionalização do trabalho educativo com foco no desenvolvimento de competências.

8. Reconhece a importância da Educação Profi ssional como vetor de inclusão e promoção social, uma vez que contribui para a inserção das pessoas no mercado de trabalho, possibilitando sua participação ativa na sociedade e o exercício da cidadania.

9. Identifi ca e valoriza a diversidade e tem como premissa os princípios da educação 1 Em conformidade com os pareceres emitidos pelo CNE/CEB, entende-se competência como a capacidade de articular, mobilizar e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho efi ciente e efi caz de atividades requeridas pela natureza do trabalho.

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inclusiva, contribuindo para a profi ssionalização de pessoas com algum tipo de defi ciência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, de pessoas em regime de acolhimento ou internação e em regime de privação de liberdade, assim como de povos indígenas, quilombolas e populações do campo.2

10. Norteia-se pelo dever institucional de criar condições de acesso e permanência dos alunos em efetivas condições de aprendizagem permanente e de desenvolvimento de competências profi ssionais, por meio de ações de inclusão que promovam o reconhecimento do potencial e da autonomia de cada indivíduo. Prevê a adoção de metodologias e práticas que facilitem a participação do aluno no processo de ensino-aprendizagem, com atendimento em escolas comuns e em turmas regulares.

11. Traduz sua concepção educacional em Projetos Político-Pedagógicos concebidos e formulados de acordo com estas Diretrizes Nacionais e com o Modelo Pedagógico Nacional, considerando as peculiaridades de cada Departamento Regional.

1.2 Organização da Educação Profi ssional do Senac12. A Educação Profi ssional do Senac se desenvolve por meio de cursos, programas

e ações extensivas que se organizam por eixos tecnológicos,3 o que possibilita a construção de diferentes Itinerários Formativos.

13. A Instituição atua no âmbito dos seguintes eixos tecnológicos:4

• Ambiente e Saúde;

• Controle e Processos Industriais;

• Desenvolvimento Educacional e Social;

• Gestão e Negócios;

• Informação e Comunicação;

• Infraestrutura;

• Produção Alimentícia;

• Produção Cultural e Design;

• Recursos Naturais;

• Segurança;

• Turismo, Hospitalidade e Lazer.

14. Em conformidade com o Parecer CNE/CEB n° 06/2012, a Instituição entende por Itinerários Formativos o conjunto das etapas que compõem a organização

2 Resolução CNE/CEB nº 6/2012, defi nida com base no Parecer CNE/CEB nº 11/2012.3 Segundo o parecer CNE/CEB nº 11/2008, o eixo tecnológico constitui “a linha central de estruturação de um curso, defi nida por uma matriz tecnológica, que dá a direção para seu projeto pedagógico e que perpassa transversalmente a organização curricular do curso, dando-lhe identidade e sustentáculo”. 4 Os eixos tecnológicos que constam nos Catálogos Nacionais de Cursos Técnicos estão sujeitos a alteração, de acordo com as solicitações de inclusão/alteração deliberadas pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

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dos cursos de Educação Profi ssional no âmbito de um determinado eixo tecnológico,5 possibilitando contínuo e articulado aproveitamento de estudos e de experiências profi ssionais devidamente certifi cadas por instituições educacionais legalmente constituídas.

1.2.1 Modalidades de Educação Profi ssional e Tipos de Curso

15. A Educação Profi ssional abrange os cursos:6

a. Formação Inicial e Continuada;b. Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio;c. Educação Profi ssional Tecnológica.

1.2.1.1 Formação Inicial e Continuada

16. A Formação Inicial e Continuada abrange cursos de livre oferta que, por terem programas fl exíveis, ampliam e democratizam as oportunidades de profi ssionalização, respondendo às variadas demandas socioeconômicas.

17. Esta modalidade de cursos destina-se a pessoas com diferentes níveis de escolaridade e objetiva a constituição ou aprimoramento de competências para a vida produtiva e social. Propicia condições para o desempenho de atividades profi ssionais atendendo às necessidades de efetiva qualifi cação para o trabalho, bem como aumenta a possibilidade de elevação da escolaridade, seja em articulação com o ensino regularmente oferecido, seja com os programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

18. Para o Senac, esta modalidade de cursos é dividida em Formação Inicial e Formação Continuada. A Formação Inicial abrange o programa de Aprendizagem Profi ssional Comercial e a Qualifi cação Profi ssional (antiga Capacitação); a Formação Continuada compreende os cursos de Aperfeiçoamento e os programas Socioprofi ssional, Sociocultural e Instrumental.

1.2.1.1.1 Formação Inicial

a) Aprendizagem Profi ssional Comercial

19. A Aprendizagem Profi ssional Comercial destina-se a jovens com idade de 14 a 24 anos e a pessoas com algum tipo de defi ciência7, prevendo a formação técnico-profi ssional metódica compatível com o desenvolvimento físico, moral e psicológico do aprendiz. Por meio de contrato de aprendizagem, abrange atividades pedagógicas sob a orientação do Senac e vivência na empresa sob a orientação do empregador, conforme os parâmetros legais estabelecidos.8

5 Deve ser considerada a possibilidade de Itinerários Formativos intereixos, pois as trajetórias profi ssionais podem prever articulações com programações de eixos tecnológicos distintos. 6 Art. 39 da Lei nº 9.394/1996, na redação dada pela Lei nº 11.741/2008.7 De acordo com o Decreto nº 5.598/2005, não há limite máximo de idade para contratação de pessoas com algum tipo de defi ciência no programa de Aprendizagem.8 Decreto nº 5.598/2005, normatizado pela Portaria MTE nº 723/2012, alterada pela Portaria MTE nº 1.005/2013.

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20. A Aprendizagem Profi ssional Comercial destinada à formação inicial qualifi ca o aprendiz para um determinado agrupamento de ocupações que possuam bases técnicas próximas e características complementares, garantindo uma formação que amplie as possibilidades de inserção ocupacional do aprendiz ao término do programa. Esta metodologia objetiva promover a vivência prática dos benefi ciários em mais de uma ocupação na mesma organização, possibilitando a troca de experiências entre os aprendizes contratados por diferentes empresas.

21. A carga horária mínima de formação profi ssional executada no Senac deve ser calculada com base na carga horária dos cursos Técnicos de Nível Médio correspondente ao eixo tecnológico, conforme classifi cação do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.9 Deve-se utilizar como referência mínima 40% da carga horária do curso correspondente ou 400 horas, o que for maior. Caso não exista curso para o mesmo Itinerário Formativo no referido Catálogo, as horas destinadas à parte desenvolvida no Senac deverão somar o mínimo de 400 horas.

22. A carga horária mínima dos programas de Aprendizagem Profi ssional Comercial é defi nida no Catálogo Nacional de Programas de Aprendizagem e deve considerar que a duração do programa deve coincidir com a vigência do contrato de trabalho na condição de aprendiz, ajustado por escrito e por prazo determinado não superior a dois anos.

23. A duração da carga horária total dos programas de Aprendizagem Profi ssional Comercial realizada pelo Senac deve representar, no mínimo 30% e, no máximo, 50% do total de horas distribuídas no decorrer de todo o período do contrato de aprendizagem, com o objetivo de garantir a alternância e complexidade progressiva das atividades vivenciadas na empresa e nos ambientes educacionais.

24. Esse programa confere “Certifi cado de Aprendizagem Profi ssional Comercial em (Nome do Curso)”. No mesmo certifi cado, de acordo com o Decreto nº 5.598/2005, devem ser informadas, também, as ocupações para as quais o aluno foi qualifi cado, com os respectivos códigos da CBO (Classifi cação Brasileira de Ocupações).

b) Qualifi cação Profi ssional (antiga Capacitação)

25. A Qualifi cação Profi ssional é um curso voltado às pessoas que buscam desenvolver competências profi ssionais necessárias ao exercício de ocupações defi nidas no mercado de trabalho, de acordo com os respectivos perfi s profi ssionais de conclusão.

26. Desde a assinatura do Protocolo de Gratuidade, no ano de 2008, é consenso no Senac que a carga horária mínima de todas as ofertas dos cursos de Qualifi cação Profi ssional deve ser de 160 horas.10

27. Os cursos conferem “Certifi cado de Qualifi cação Profi ssional em (Nome da Ocupação)”.

9 Instituído pela Resolução CNE/CEB nº 3/2008.10 Decreto nº 6.633/2008.

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1.2.1.1.2 Formação Continuada

a) Aperfeiçoamento

28. O Aperfeiçoamento é um tipo de curso voltado para pessoas que desejam aprimorar sua atuação profi ssional e tem como objetivo complementar, atualizar ou aprofundar os saberes científi cos e tecnológicos e as competências profi ssionais requeridas diante das mudanças em curso no mundo do trabalho.

29. A carga horária mínima para os cursos de Aperfeiçoamento é de 15 horas. Entretanto, os cursos desta natureza no âmbito do PSG devem ter carga horária mínima de 40 horas.11

30. Os cursos conferem “Certifi cado de Aperfeiçoamento em (Nome do Curso)”.

b) Programa Socioprofi ssional

31. Os cursos do Programa Socioprofi ssional são voltados para o exercício de atividades geradoras de renda, sem estar caracterizados e vinculados necessariamente a ocupações com identidade claramente defi nida no mercado de trabalho.

32. Os cursos devem ser ofertados com carga horária mínima de 15 horas.

33. Os cursos conferem “Certifi cado de (Nome do Curso/Ocupação)”.

c) Programa Sociocultural

34. Os cursos do Programa Sociocultural apresentam características variadas, com objetivo de propiciar o aprimoramento pessoal ou favorecer o exercício da cidadania.

35. Os cursos devem ser ofertados com carga horária mínima de 15 horas.

36. Os cursos conferem “Certifi cado de (Nome do Curso)”.

d) Programa Instrumental

37. Os cursos do Programa Instrumental permitem desenvolver competências ou agregar conhecimentos para o exercício profi ssional, bem como suprir carências das diversas etapas da educação básica, contribuindo para o aprimoramento profi ssional das pessoas.

38. A carga horária mínima para os cursos do Programa Instrumental é de 15 horas. Os cursos desta natureza no âmbito do PSG devem ter carga horária mínima de 160 horas.12

39. Os cursos conferem “Certifi cado de (Nome do Curso)”.

e) Ações Extensivas à Educação Profi ssional (ver Apêndice)

40. As Ações Extensivas possuem programações variadas, que visam contribuir para a formação do aluno ao disseminar informações e conhecimentos no âmbito da Educação Profi ssional. Podem conferir certifi cados de participação, para os quais se estabelece como critério a frequência. São classifi cadas em:

• palestras, seminários, conferências, simpósios e eventos similares;

11 Carga horária mínima defi nida pelas Diretrizes do PSG.12 Carga horária defi nida pelas Diretrizes do PSG.

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• concursos, desfi les, festivais, exposições, feiras de produtos e equipamentos;

• campanhas e outros eventos de caráter socioprofi ssional e cultural;

• produção e veiculação de programas de televisão e rádio;

• teleconferência;

• assessoria/consultoria.

1.2.1.2 Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio

41. A Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio constitui-se na formação voltada especifi camente para o exercício de profi ssões técnicas de nível médio, prevendo formas de articulação com o Ensino Médio regularmente oferecido ou no âmbito da EJA.

42. Essa modalidade de curso destina-se a pessoas egressas ou que estejam cursando o Ensino Médio. Objetiva o desenvolvimento de competências para o exercício de profi ssões técnicas de nível médio e amplia a formação geral do educando.

43. O Ensino Fundamental completo é requisito mínimo para as formas concomitante e integrada de Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio. Para realizar a matrícula em Curso Técnico de Nível Médio, na forma subsequente, é necessário que o aluno já tenha concluído o Ensino Médio ou realizado estudos equivalentes.

44. A modalidade de Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio possibilita a construção de diferentes Itinerários Formativos, uma vez que é organizada por eixos tecnológicos. Abrange os cursos de Qualifi cação Profi ssional Técnica, a Habilitação Profi ssional, a Especialização Técnica de Nível Médio e a Aprendizagem Profi ssional de Nível Médio Técnico. É normatizada pela LDB nº 9.394/1996, com as alterações promovidas pela Lei nº 11.741/2008, bem como pela Resolução CNE/CEB nº 6/2012, com fundamento no Parecer CNE/CEB nº 11/2012.

45. A Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio pode ser desenvolvida na forma articulada-integrada, articulada-concomitante, ou ainda, subsequente ao Ensino Médio.13 O detalhamento da carga horária de cada uma dessas formas pode ser consultado no Parecer CNE/CEB nº 11/2012.

46. A forma articulada-integrada é destinada aos concluintes do Ensino Fundamental que ingressam no Ensino Médio. Deve prever no currículo do curso o desenvolvimento integrado das competências da Educação Profi ssional e do Ensino Médio. Esse curso deve contar com matrícula única na mesma instituição de ensino e pode ser ofertado tanto no Ensino Médio regular como na EJA, o que possibilita, simultaneamente, a Habilitação Profi ssional Técnica e a conclusão do Ensino Médio.

47. A forma articulada-integrada também pode ser realizada em estabelecimentos de ensino distintos, mas integrada em seu conteúdo, mediante convênio ou acordo de cooperação técnica e intercomplementaridade, para a execução de projeto pedagógico unifi cado. O Art. 20-A da Lei nº 12.816/2013 autoriza a parceria do

13 Arts. nº 36-B e nº 36-C da Lei nº 9.394/1996, na redação dada pela Lei nº 11.741/2008 e Arts. 7º e 8º da Resolução CNE/CEB nº 06/2012, defi nida com fundamento no Parecer CNE/CEB nº 11/2012.

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Senac com o Serviço Social do Comércio (Sesc), segundo proposta pedagógica integrada Sesc-Senac.

48. A carga horária total da Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio ofertada na forma articulada-integrada, quando ocorrer na forma integrada com a EJA, deve ser estruturada com carga horária mínima de 2.400 horas, a fi m de assegurar, simultaneamente, o cumprimento das fi nalidades estabelecidas para a formação geral do Ensino Médio e as condições de preparação para o exercício de profi ssões técnicas de nível médio.

49. Na forma articulada-concomitante, a complementaridade entre a Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio e o Ensino Médio pressupõe a existência de matrículas distintas para cada curso, as quais podem ocorrer na mesma instituição de ensino ou em instituições de ensino distintas e podem, também, ser objeto de convênios de intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedagógico unifi cado.

50. Os cursos de Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio podem ser estruturados e organizados segundo itinerários formativos, em etapas com terminalidade de Qualifi cação Profi ssional Técnica.

1.2.1.2.1 Qualifi cação Profi ssional Técnica

51. A Qualifi cação Profi ssional Técnica objetiva o desenvolvimento de competências profi ssionais necessárias ao exercício de uma ocupação que integra a organização curricular de uma Habilitação Profi ssional Técnica de Nível Médio.

52. A carga horária da Qualifi cação Profi ssional Técnica deve corresponder a, no mínimo, 20% da carga horária total da Habilitação Técnica de Nível Médio estabelecida no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, exceto quando norma específi ca estabelecer percentual maior.14

53. O curso confere “Certifi cado de Qualifi cação Profi ssional Técnica em (Nome do Curso)”.

1.2.1.2.2 Habilitação Profi ssional Técnica de Nível Médio

54. A que objetiva o desenvolvimento de competências profi ssionais necessárias ao exercício de uma profi ssão técnica de nível médio.

55. A carga horária mínima de cada curso de Habilitação Profi ssional Técnica de Nível Médio é estabelecida de acordo com o respectivo eixo tecnológico ao qual pertence, conforme publicado no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos – MEC e normas defi nidas pelo Conselho Nacional de Educação.15

56. O curso de Habilitação Profi ssional Técnica de Nível Médio confere “Diploma de Técnico de Nível Médio em (Nome do Curso)”.

57. De acordo com legislação e normas educacionais vigentes, só pode ser concedido o Diploma de Técnico de Nível Médio àqueles que apresentem documento

14 Art. 30 da Res. CNE/CEB nº 6/2012.15 Art. 26 da Resolução CNE/CEB nº 6/2012, defi nida com fundamento no Parecer CNE/CEB nº 11/2012.

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comprobatório de conclusão do Ensino Médio e deve ser observada a exigência de maioridade para o exercício de algumas profi ssões.

1.2.1.2.3 Especialização Técnica de Nível Médio

58. A Especialização Técnica de Nível Médio visa aprimorar ou complementar as competências já desenvolvidas pelo profi ssional ou, ainda, propiciar o desenvolvimento de novas competências relacionadas à Habilitação Profi ssional Técnica de Nível Médio. Destina-se àqueles que possuem Diploma de Curso Técnico de Nível Médio ou de Graduação em áreas correlatas e promove a educação continuada dos trabalhadores, com foco no atendimento às demandas específi cas do mundo do trabalho.

59. É necessário que este tipo de curso esteja vinculado a uma Habilitação Profi ssional Técnica de Nível Médio e especifi cado em Plano de Curso aprovado pelo respectivo Conselho Regional do Senac, de acordo com a Resolução do Conselho Nacional do Senac que trata da integração institucional ao Sistema Federal de Ensino.

60. A carga horária mínima dos cursos de Especialização Técnica de Nível Médio é de 25% da carga horária mínima indicada no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos para a habilitação profi ssional a que se vincula.16

61. Os cursos conferem “Certifi cado de Especialização Técnica de Nível Médio em (Nome do Curso)”.

1.2.1.2.4 Aprendizagem Profi ssional Técnica de Nível Médio

62. Com o objetivo de desenvolver competências de determinada Habilitação Profi ssional Técnica, o programa de Aprendizagem Profi ssional Técnica de Nível Médio destina-se a jovens com idade de 14 a 24 anos e a pessoas com algum tipo de defi ciência,17 que estejam matriculadas ou que sejam egressas do Ensino Médio, observada a obrigatoriedade de conclusão do Ensino Médio para obtenção do diploma referente à habilitação, bem como a exigência da maioridade para o exercício de algumas profi ssões. O programa consiste na formação técnico-profi ssional metódica compatível com o desenvolvimento físico, moral e psicológico do aprendiz.18 Por meio de um contrato de aprendizagem, as atividades são implementadas com base em programas organizados e desenvolvidos sob a orientação e responsabilidade de entidades habilitadas.

63. Excepcionalmente, quando o curso de Habilitação Técnica de Nível Médio tiver duração superior ao correspondente Programa de Aprendizagem, o contrato poderá ser celebrado após o início do curso, desde que observadas as seguintes condições: o início e o término do contrato de aprendizagem e do programa de aprendizagem deverão coincidir com o início e término dos respectivos módulos; o contrato deverá englobar o mínimo de módulo(s) que assegurem a formação

16 Art. 31 da Res. CNE/CEB nº 6/2012.17 Conforme nota 8.18 Conforme Decreto Federal nº 5.598/2005 e Portaria MTE n. 723/2012, alterada pela Portaria MTE n. 1.005/2013.

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técnico-profi ssional metódica completa, necessária para a certifi cação do curso de Aprendizagem correspondente a uma ocupação prevista na Classifi cação Brasileira de Ocupações (CBO); a carga horária teórica não poderá ser inferior a 400 horas.19

64. A duração das atividades do programa de Aprendizagem Profi ssional Técnica de Nível Médio realizadas pelo Senac deve representar, no mínimo, 30% e, no máximo, 50% do total de horas distribuídas no decorrer de todo o período do contrato de aprendizagem comercial, com o fi m de garantir a alternância e complexidade progressiva das atividades a serem vivenciadas na empresa.

65. A carga horária mínima dos programas de Aprendizagem Profi ssional Técnica de Nível Médio deve ser de acordo com a carga horária do curso de Habilitação Técnica.

66. Esse programa confere “Certifi cado de Aprendizagem Profi ssional Técnica de Nível Médio em (Nome do Curso)”. No mesmo certifi cado deve ser informada a ocupação, com respectivo código da CBO, para a qual foi qualifi cado.

19 Portaria MTE nº 723/2012, alterada pela Portaria MTE nº 1.005/2013.

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2 OperacionalizaçãoEste capítulo trata das questões operacionais relativas à oferta de cursos de Educação Profi ssional, apresentando orientações sobre documentos institucionais, ingresso da Instituição no Sistema Federal de Ensino, oferta de cursos e programas, docentes e técnicos, recursos e infraestrutura, registro da produção e articulação com o mercado de trabalho.

2.1 Documentos Institucionais

67. Cabe ao Senac elaborar três tipos de documentos: o Projeto Político-Pedagógico, o Regimento Escolar e os Planos de Curso. Estes documentos são ferramentas úteis ao bom funcionamento da Instituição, uma vez que constituem referências para as ações pedagógicas e administrativas.

68. O Projeto Político-Pedagógico versa sobre os princípios políticos, fi losófi cos e pedagógicos que orientam as ações da Instituição. Elaborado de forma participativa, o documento contempla o contexto institucional, os fundamentos e objetivos da proposta pedagógica, bem como o currículo, as metas e as formas de acompanhamento e avaliação dos alunos.

69. O Regimento Escolar deve conter as normas gerais que regulam as práticas do Departamento Regional no que se refere à organização administrativa, didática, pedagógica e disciplinar de suas Unidades Educacionais. Deve ainda estar em conformidade com os princípios do Projeto Político-Pedagógico e das legislações da educação nacional e da respectiva Unidade da Federação.

70. Os Planos de Curso da modalidade Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio, entendidos como os projetos da ação pedagógica, devem conter os seguintes elementos:

• identifi cação do curso;

• requisitos e formas de acesso;

• justifi cativa e objetivos;

• perfi l profi ssional de conclusão;

• organização curricular;

• orientações metodológicas;

• critérios de aproveitamento de conhecimentos e de experiências anteriores;

• critérios e procedimentos de avaliação da aprendizagem;

• estágio profi ssional supervisionado;

• atividades complementares (quando for o caso);

• instalações, equipamentos e recursos didáticos;

• perfi l do pessoal docente e técnico;

• certifi cados e diplomas a serem emitidos.

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71. Os planos de curso do Programa de Aprendizagem, de Qualifi cação Profi ssional e da Habilitação Profi ssional Técnica de Nível Médio devem ser únicos para todo o Senac.

72. As bases para o planejamento de cursos e programas da Educação Profi ssional do Senac são:

a) Cadastro de cursos do Senac;

b) Catálogos e Guias Nacionais de Cursos mantidos pelos órgãos próprios do MEC;

c) Classifi cação Brasileira de Ocupações (CBO).

2.2 Ingresso Institucional no Sistema Federal de Ensino

73. O ingresso do Senac no Sistema Federal de Ensino é regido pelo disposto no Art. n° 20-A da Lei n° 12.513/2011, na redação dada pela Lei nº 12.816/2013 pelos dispositivos da Lei n° 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), com a redação dada pela Lei nº 11.741/2008 e, internamente, pela Resolução do Conselho Nacional do Senac que trata da integração institucional ao Sistema Federal de Ensino.

2.3 Oferta de Cursos e Programas

74. O Senac oferta cursos e programas de caráter gratuito, no âmbito do PSG, além de cursos abertos ao mercado ou em parceria com outras instituições.

75. A oferta de cursos no âmbito do PSG é regida por normas específi cas assumidas com o Governo Federal.20 O Senac orienta a gestão e execução dos cursos por meio de diretrizes próprias em âmbito nacional.

76. A oferta de cursos a distância é realizada por meio da Rede Nacional de Educação a Distância Senac, cujas gestão e execução são orientadas por meio de diretrizes próprias em âmbito nacional.

2.4 Docentes e Técnicos

77. O Senac valoriza os profi ssionais da Educação, docentes e técnicos, como pilares fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem e deve garantir-lhes formação continuada e relacionada às respectivas áreas de atuação.

78. A formação para a docência na Educação Profi ssional Técnica de Nível Médio pode ser realizada em cursos de Graduação, programas de licenciatura, cursos e programas de Pós-graduação ou outras formas destinadas à formação continuada em serviço. Aos graduados em efetivo exercício de docência, o Senac oferece o curso específi co para Formação em Docência na Educação Profi ssional. Como alternativa, podem ter reconhecidos seus saberes profi ssionais por meio de processos destinados à formação pedagógica ou à certifi cação da experiência docente.21

20 Decreto nº 6.633/200821 Segundo a resolução CNE/CEB nº 06/2012, pode-se considerar, até o ano de 2020, as seguintes alternativas à licenciatura:

I - excepcionalmente, na forma de pós-graduação lato sensu de caráter pedagógico, cujo trabalho de conclusão de curso seja, preferencialmente, projeto de intervenção relativo à prática docente;

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79. Cabe ao Senac organizar e viabilizar ações destinadas à formação continuada de professores, técnicos e administradores de Educação Profi ssional.

2.5 Recursos e Infraestrutura

2.5.1 Ambientes pedagógicos

80. O Senac deverá utilizar os padrões nacionais mínimos de qualidade acordados no que se refere aos ambientes pedagógicos e administrativos, às especifi cações e quantidades de equipamentos, materiais e mobiliário necessários para a oferta dos cursos e programas.

2.5.2 Tecnologia Assistiva22

81. O Senac deverá disponibilizar tecnologias assistivas de acordo com a demanda e as necessidades educacionais específi cas de cada aluno com algum tipo de defi ciência e/ou necessidade especial, de modo a viabilizar a autonomia do aluno no processo de ensino-aprendizagem.

82. O Senac buscará disponibilizar serviço de intérprete de Libras para atender os alunos com defi ciência auditiva que utilizem esta língua para comunicação, assim como a adaptação de materiais didáticos para alunos com defi ciência visual e outros serviços que venham a ser requeridos, de acordo com as necessidades educacionais dos demais alunos com algum tipo de defi ciência e/ou necessidades especiais.

83. O atendimento educacional ao aluno com algum tipo de defi ciência deve ser um compromisso de todos os agentes educacionais da Instituição: professores, supervisores, gestores, coordenadores, bibliotecários, pessoal de secretaria e recepção, entre outros. Cada um deve atuar de acordo com sua função e com o propósito comum de propiciar ambientes educacionais inclusivos.

84. O Senac deve participar das redes de instituições voltadas para o atendimento de pessoas com algum tipo de defi ciência e assim considerar a possibilidade de trabalhos em parceria ou, ainda, encaminhar o aluno que apresente demanda fora do escopo de atuação do Senac, com o intuito de promover e facilitar o processo de ensino-aprendizagem do aluno.

2.6 Avaliação de Competências para Fins de Aproveitamento de Estudos e Certifi cação Profi ssional

85. O processo de avaliação de competências, entendido como o reconhecimento de competências profi ssionais desenvolvidas formal ou informalmente, o qual possibilita ao aluno a isenção de determinados componentes curriculares exigidos

II - excepcionalmente, na forma de reconhecimento total ou parcial dos saberes profi ssionais de docentes com mais de dez anos de efetivo exercício como professores da Educação Profi ssional, no âmbito da Rede Certifi ca;

III - na forma de uma segunda licenciatura, diversa da sua graduação original, a qual o habilitará ao exercício docente.22 Tecnologia Assistiva tem por fi nalidade ampliar, na maior medida possível, as habilidades funcionais das pessoas com defi ciência, proporcionando-lhes melhor qualidade de vida no próprio ambiente de trabalho.

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nos cursos de educação profi ssional ou a obtenção de certifi cado ou diploma de conclusão de curso, deve ser realizado por equipe técnica especializada, responsável pela análise de documentação escolar e profi ssional, bem como pela avaliação, com foco no desempenho do aluno.

2.7 Gestão Nacional de Informações

86. Compete ao Senac gerir mensalmente, por meio do Sistema Nacional de Gestão da Produção, as informações referentes aos diversos eixos tecnológicos, segmentos, tipos de cursos e modalidades relativas à produção da Instituição.

87. Compete ao Senac elaborar o Plano de Aplicação para o exercício seguinte, com a previsão das ações de educação profi ssional a serem realizadas no âmbito do PSG.

2.8 Articulação com o Mercado de Trabalho

88. O Senac compreende o estágio, a vivência e prática profi ssional em empresas, a empresa pedagógica e o encaminhamento de egressos como ações estratégicas de interação com o mundo do trabalho.

89. O Senac deve buscar garantir no estágio uma estrutura de interação entre escola e empregador, a qual possibilite a execução do planejamento de ações integradas e a interlocução sobre o desenvolvimento do educando. Para isso, deve contar com acompanhamento efetivo pelo docente da área e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos em documentos específi cos.

90. Em conformidade com a Lei n° 11.788/2008, compreendem-se estágios de duas naturezas: o obrigatório, defi nido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma; e o não obrigatório, desenvolvido como atividade opcional, embora também assumido como ato educativo de responsabilidade do Senac.

91. O Senac, o estudante e a organização concedente da atividade de estágio profi ssional supervisionado devem, conjuntamente, fi rmar Termo de compromisso, conforme preceitua a legislação nacional.

92. O Senac defi ne a vivência e prática profi ssional em empresas como atividades de prática profi ssional orientada e acompanhada de perto pelos docentes, com a fi nalidade específi ca de propiciar aos estudantes condições para conhecer, em situação real de trabalho, exercícios profi ssionais relacionados à sua formação, no objetivo de favorecer a sua integração e inserção no mundo do trabalho, o que não se caracteriza, no entanto, como atividade de estágio profi ssional.

93. As atividades de vivência e prática profi ssional em empresas podem integrar a matriz curricular dos cursos de Educação Profi ssional do Senac, seja na forma de unidade curricular específi ca com o objetivo de desenvolver alguma competência profi ssional, seja na qualidade de estratégias metodológicas desenvolvidas no âmbito de outras unidades curriculares.

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94. Para formalização de parceria com outras instituições interessadas em participar das ações de vivência e prática profi ssional em empresas, é necessário fi rmar termo de cooperação técnica, conforme orientado pelo Parecer CNE/CEB nº 11/2012. Cabe ao Senac elaborar a documentação necessária para o desenvolvimento e acompanhamento das atividades de vivência e prática profi ssional. Não se deve iniciar qualquer ação dessa natureza sem um detalhado plano de trabalho pedagógico desenvolvido em regime de parceria.

95. Incentiva-se a implantação de empresas pedagógicas, entendidas como ambientes de ensino voltados para a produção de bens, serviços e turismo. São precedidas de estudo de viabilidade fi nanceira e têm o objetivo de promover, de forma bastante similar ao mercado de trabalho, as condições do exercício profi ssional para as ocupações do segmento.

96. O Senac compreende o encaminhamento de egressos como o fechamento de um ciclo formativo. Esse encaminhamento deve ser realizado mediante ações que promovam o desenvolvimento vocacional e busquem sempre possibilitar o planejamento de um Itinerários Formativos pessoal que esteja de acordo com os objetivos dos educandos e com a realidade do mercado de trabalho.

97. Cabe ao Senac também orientar os alunos egressos quanto a: comportamento profi ssional, apresentação pessoal, atitudes e procedimentos em uma entrevista de emprego, redação de currículo etc.

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3 Monitoramento da Oferta e Avaliação Institucional

3.1 Pesquisas de Qualidade Percebida

98. Cabe ao Senac realizar, em âmbito nacional, pesquisas com o objetivo de aferir a qualidade percebida dos cursos oferecidos anualmente, por meio de instrumentos que avaliem aspectos como elementos de competências e carga horária, ou ainda atendimento, desempenho docente, acompanhamento pedagógico e estrutura das instalações físicas (salas de aulas convencionais, ambientes pedagógicos etc.).

3.2 Acompanhamento de Egressos

99. Cabe ao Senac realizar, em âmbito nacional, anualmente, pesquisa com egressos, com o objetivo de avaliar o impacto das ações formativas sobre o mercado de trabalho e a percepção quanto à melhoria da situação profi ssional proporcionada pelos cursos ofertados pelo Senac, bem como contribuir para a melhoria das tecnologias utilizadas e das metodologias educacionais, visando ao aprimoramento contínuo das ofertas de educação profi ssional.

3.3 Sistema Nacional de Avaliação

100. O Senac deve implementar um Sistema Nacional de Avaliação com o objetivo de ampliar e aprofundar o conhecimento sobre a Instituição. Para isso, deve utilizar instrumentos que permitam a análise da qualidade e efetividade da Educação Profi ssional. Esse sistema deve apresentar indicadores específi cos para avaliação de quatro dimensões: infraestrutura, organização didático-pedagógica, desempenho do estudante e empregabilidade do egresso.

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Apêndice

1. Ações Extensivas à Educação Profi ssional e Tecnológica

As ações extensivas se classifi cam da seguinte forma:

a) palestras, seminários, conferências, simpósios e eventos similares:

destinadas a grupos com interesses comuns, que se propõem a debater temas pré-determinados de foco social, cultural, educacional ou profi ssional.

b) concursos, desfi les, festivais, exposições, feiras de produtos e equipamentos:

visam à divulgação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos, à promoção de empresas do setor de comércio de bens, serviços e turismo, à demonstração de produtos e à disseminação de inovações tecnológicas.

c) campanhas e outros eventos de caráter socioprofi ssional e cultural:

atividades de caráter social, realizadas junto à comunidade, cujo objetivo é o desenvolvimento da cidadania e o cultivo de valores que estimulem a solidariedade.

d) produção e veiculação de programas de televisão e rádio:

têm por objetivo possibilitar, ao público em geral, maior acesso à informação, ao proporcionar a melhoria da qualidade de vida e o exercício da cidadania.

e) teleconferências:

disseminam informações por meio da interação em tempo real com participantes em ambientes fi sicamente distintos.

f) assessorias:

contribuem para a melhoria do desempenho de empresas do setor de comércio de bens, serviços e turismo, mediante orientação na implantação ou aprimoramento de processos e sistemas, adoção de novas tecnologias e utilização de estratégias gerenciais inovadoras.

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