diretrizes curriculares nacionais para formação de ... · introduÇÃo •as dcn-fic propõem a...

16
Diretrizes curriculares nacionais para formação de professores da educação básica: inicial e continuada Dr. Delarim Martins Gomes

Upload: hangoc

Post on 30-Sep-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Diretrizes curriculares nacionais para formação de professores da educação básica: inicial e continuada

Dr. Delarim Martins Gomes

INTRODUÇÃO

• As DCN-FIC propõem a ordenação do futuro,

alicerçadas na educação do presente.

• No presente, a educação inicial e continuada que

temos não são as que queremos e, as que

queremos, ainda não temos.

Qual a formação que não queremos? • Fórum sobre o desenvolvimento da AL e

Caribe/2015, precedido de pesquisa de 2009-2013:

– 7 milhões de professores

– Observadas 15 mil salas de aula

– Em 3 mil escolas

– Em 7 países. • Baixa qualidade média do professor latino-americano:

– Fraco domínio do conteúdo acadêmico

– Práticas ineficazes em sala de aula

– Utilizam apenas 65% do tempo de aula em ensino

– Uso limitado material didático, especialmente, TIC

– Alto nível educação formal/habilidades cognitivas precárias.

1

Qual a formação que não queremos? • O estudante latino-americano frequenta a

escola, mas aprende pouco:

• ANA/2014: 56,17% dos alunos do 3º ano têm baixo nível de leitura; 57,07% têm baixo desempenho em matemática; 1 em cada três alunos não é capaz de escrever textos curtos e compreensíveis.

• IDEB/2013: Anos iniciais 5,2 (4,9); Anos finais 4,2 (4,4); Ensino Médio 3,7 (3,9).

• IOEB/2015: Brasil, 4,5; Mato Grosso, 4,5

• PISA/2012: Dentre 65 países, Brasil 55º em leitura, 58º em Matemática; 59° em Ciências

• Brasileiro 15 anos = europeu 13 ou asiático 12 anos.

2

Como contornar esses icebergs?

• O professor é quem tem a maior incidência na

eficiência e efetividade do ensino

• Formação inicial

• Formação continuada

• Valorização

Resolução CNE/CP nº 2/2015 Estrutura da Resolução

Unidades Temas G I E

Prólogo Considerandos

Cap. I Disposições gerais

Cap. II Base comum nacional

Cap. III Do egresso da FI e FC

Cap. IV Da FI em nível Superior

Cap. V Estrutura e Currículo da FI

Cap. VI Da FC dos profissionais do magistério

Cap. VII Da valorização dos prof. do magistério

Cap. VIII Das disposições Transitórias

Destaques nos tópicos genéricos • Escopo: Institui as DCN para FIC em nível superior,

base para avaliação e regulação.

• Articulação: Reafirma que as Instituições Formadoras devem fazer a formação inicial em articulação/colaboração com os sistemas de ensino:

– IES: atender às políticas públicas, às DCN, ao padrão de qualidade do Sinaes, articulação PPC/PDI/PPI;

– Escolas educação básica: devem ser reconhecidas como espaços necessários à formação do profissional do magistério;

– Estudante de licenciatura: devem ser inseridos em escolas públicas, espaço privilegiado da práxis docente.

Destaques nos tópicos genéricos

• Prazo: Todas as licenciaturas têm dois anos para

adaptar o próprio PPC às DCN, ou seja, até

30/6/2017, com toda a tramitação na IES.

• Licenciaturas interdisciplinares: embora devam

adaptar-se às DCN, serão objeto de

regulamentação suplementar.

Destaques sobre a formação inicial • Tematizada nos capítulos:

– II Formação dos profissionais do magistério para educação básica: base comum nacional;

– III Do(a) egresso(a) da formação inicial e continuada

– IV Da formação inicial do magistério da educação básica em nível superior;

– V Da formação inicial do magistério da educação básica em nível superior: estrutura e currículo.

• Distinção: “Base comum nacional” ≠ “Base nacional comum curricular”

Destaques sobre a formação inicial • TIC: os profissionais do magistério precisam

ser desenvolvidos “ao uso competente das

Tecnologias de Informação e Comunicação

(TIC) para o aprimoramento da prática

pedagógica e a ampliação da formação

cultural dos(das) professores(as) e

estudantes”.

• Múltiplos ambientes educativos: O aluno de licenciatura precisa aprender a criar situações de aprendizagem não apenas em sala de aula, mas em laboratórios, bibliotecas, espaços recreativos e desportivos, ateliês, ambientes fora da escola, cyber espaço.

Destaques sobre a formação inicial • Trabalho coletivo: é tarefa das licenciaturas

desenvolver o futuro educador para que

valorize o trabalho coletivo e dele participe

efetivamente.

• Gestão: Não apenas a pedagogia; todas as licenciaturas precisam formar para as competências de gestão da sala de aula, da unidade escolar e de sistemas educacionais.

• Três vias para obtenção da licenciatura: Não são novidade; novo é a normatização similar. São Licenciatura (33 + 2 na UFMT); Formação pedagógica para graduados (0 na UFMT); Segunda licenciatura (13 cursos na UFMT/PARFOR).

Destaques sobre a formação inicial • Licenciatura com identidade própria:

“desbacharelizar as licenciaturas”.

• Currículo com três núcleos:

– Núcleo de formação geral

– Núcleo de aprofundamento e diversificação na área de atuação profissional;

– Núcleo de estudos integradores

• Unificação da carga horária de todas as licenciaturas: 3.200 h, com duração mínima de oito semestres ou quatro anos. Adicionalmente, os núcleos I e II devem somar 2.200 h e, o núcleo III, 1.000 h

Destaques sobre a formação inicial • Aumento das horas de prática: 400 h de estágio e

mais 400 horas de prática como componente curricular.

• Prática como componente curricular:

– Mínimo 400 horas

– Diferenciar a prática como componente curricular da prática de aprendizagem da disciplina.

– Núcleo de estudos integradores

• Atividades teórico-práticas: relativo aumento da carga horária para mínimo de 200 h e inserção necessária da dimensão da prática.

Destaques sobre a formação inicial • Cursos de pedagogia: “deverão preponderar os

tempos dedicados à constituição de conhecimento sobre os objetos de ensino” .

– O que são “objetos de ensino?”

• Licenciaturas que formam professores especialistas: “o tempo dedicado às dimensões pedagógicas não será inferior à quinta parte da carga horária total”

– Exemplo: Em curso de 2.300 h, 460 h.

– A comissão de adaptação do PPC deve fazer leitura cuidadosa do art. 12 da Resolução que estabelece o rol de conteúdos de formação.

• Trabalho de curso: não é obrigatório.

Destaques sobre a formação continuada

• Pode ser proposta no PPC.

• Conceito: a reflexão sobre o processo pedagógico, os saberes e valores, com a finalidade principal de buscar o aperfeiçoamento técnico, pedagógico, ético e político do profissional docente. Esclarece, ainda, que a formação continuada envolve atividades de extensão, grupos de estudos, reuniões pedagógicas, cursos, programas e outras ações.

Destaques sobre a formação continuada • Cursos de formação inicial: • Cursos de atualização: carga horária mínima: 20 h e,

máxima, de 80 h. • Cursos de extensão, de acordo com as normas da

instituição de educação superior ofertante. Presume-se que esses cursos deveriam situar-se entre carga horária mínima de 81 h e máxima de 179 h.

• Cursos de aperfeiçoamento, com carga horária mínima de 180 horas e em acordo com as normas da instituição de educação superior ofertante.

• Cursos de especialização lato sensu, em conformidade com as normas e resoluções do CNE.

• Cursos de mestrado acadêmico ou profissional, de acordo com normas da instituição superior ofertante, respeitadas as disposições normativas do CNE e da Capes.

• Curso de doutorado, também de acordo com as normas da instituição superior ofertante, e regulamentações do CNE e Capes.