diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

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Jéssica Hurbath Santos da Conceição Diretrizes Bioclimáticas Para Espaços Arquitetônicos e Urbanos UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Professora: Denise Vaz 2012.2

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Page 1: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Jéssica Hurbath Santos da Conceição

Diretrizes Bioclimáticas Para Espaços

Arquitetônicos e Urbanos

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFaculdade de Arquitetura e UrbanismoProfessora: Denise Vaz 2012.2

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Salvador

Salvador, capital do estado da Bahia e primeira capital do Brasil. Os habitantes são chamados de soteropolitanos, nome de origem grega

que quer dizer "cidade do Salvador".É uma metrópole nacional com quase três milhões de habitantes, sendo a cidade mais populosa do Nordeste, a terceira mais populosa do Brasil e a oitava mais populosa da América Latina (superada por São Paulo,

Cidade do México, Buenos Aires, Lima, Bogotá, Rio de Janeiro e Santiago). Centro econômico do estado, é também porto exportador,

centro industrial, administrativo e turístico.

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HistoriaA nossa história começa em 1501, quando Américo Vespuccio descortina a Baía de Todos os Santos. Sua posse foi oficializada com a colocação do marco da coroa portuguesa, onde hoje está localizado o Forte e o Farol da Barra. Bela e segura rota, o local passa a ser frequentemente visitado por esquadras em trânsito (a vocação turística de Salvador já se fazia presente). Não se instalou nenhum princípio de povoação logo no início da

descoberta, no entanto.Em 1510, Diogo Álvares Correia, que destinava-se às Índias, termina naufragando na Baía de Todos os Santos(Caramuru). Ele conquista a confiança dos índios e casa-se com a filha do cacique, a Paraguaçu , que recebe posteriormente o nome Catarina, em seu batismo na França. Surge daí o primeiro núcleo de povoamento da

baía. Localizava-se entre o bairro da Graça e a Vitória, e, acreditam alguns historiadores, foi chamado de Salvador em alusão ao naufrágio. Foi considerado um patriarca, sua prole foi tão numerosa que Gregório de

Matos o chamou de "Adão de Massapê" a miscigenação, hoje traço marcante da cidade, tem aí seu início.Portugal, no entanto, pouco estava interessado com o que se passava por aqui. Não tendo encontrado metais

preciosos como a Espanha em suas colônias, ocupava-se com o ainda rentável comércio de especiarias da Índia. Apenas com a ameaça dos recém -formados estados nacionais da França, Inglaterra e Holanda, que, por ter

sido tardia, ficaram de fora do tratado que dividia o mundo entre os países ibéricos, Portugal decide ocupar a colônia, para evitar a perda. D. João III, monarca português, divide, então, o Brasil em capitanias hereditárias.A capitania da Bahia foi doada a Francisco Pereira Coutinho, que chegou aqui em 1536 e fundou a vila da Bahia,

no lugar onde ainda se localizam o Forte de São Diogo e a Igreja de Santo Antônio da Barra. Pereira plantou algodão e cana-de-açúcar, mas seus esforços de povoamento têm fim um ano depois, com um naufrágio também na Baía de Todos os Santos. Neste dia, a refeição foi farta na tribo tupinambá, prato principal :

Francisco Pereira Coutinho. Caramuru funde as duas vilas que passam à denominação geral de Vila Velha, em contraposição à cidade posteriormente fundada.

A capitania da Bahia não foi a única a fracassar. D. João, também preocupado com o poder absoluto dos donatários em suas capitanias e desconfiado da sonegação dos impostos, implanta um governo geral que

pudesse centralizar os interesses da coroa. A família de Pereira Coutinho, não querendo dar continuidade ao empreendimento, vende a capitania a Portugal, onde, então, fundaria a sede do governo geral. A idéia de D. João era "mandar fazer uma fortaleza e povoação grande e forte, em lugar conveniente". O encarregado da

missão era Tomé de Souza, primeiro governador geral do Brasil, que chega aqui em 1549, no dia 29 de março, data oficial de nascimento da capital ( no calendário católico, dia do São Salvador, fato a que outro grupo de

historiadores atribui o nome da cidade).

Page 4: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Clima

Salvador possui clima tropical predominantemente quente, com chuvas no inverno e verão seco, chega a extremos de 16 C no inverno

e a 38 C no verão.

A brisa oriunda do Oceano Atlântico deixa agradável a temperatura da cidade mesmo nos dias mais quentes.

Os bairros litorâneos, fora da Baía de Todos os Santos, como a Pituba, Praia do Flamengo, recebem fortes ventos, vindos do mar.

A temperatura máxima absoluta no município de Salvador foi de 34,4 C no dia 8 de fevereiro de 1963 e mínima absoluta de 19,8 C no

dia 20 de julho de 1966.

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Dados de temperatura média e umidade relativa no ano de 2012. Fonte: INMET

Clima

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Praias

Salvador possui famosas praias, como as de Itapuã, dos Artistas e do Porto da Barra. As praias são fortes atrativos para os

moradores locais e também para os turistas, principalmente devido à temperatura agradável da água. Algumas praias

possuem restaurantes típicos, onde se preparam frutos do mar e bebidas diversas. Além disto, é comum encontrar tabuleiros de

baianas, onde é possível provar um Acarajé.

Page 7: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Relevo

O relevo de Salvador é acidentado e cortado por vales profundos. Conta com uma estreita faixa de planícies, que em alguns locais se

alargam. A cidade está a 8 metros acima do nível do mar.

A capital baiana é dividida em duas partes: a Cidade Alta, a maior delas (e mais recente), e a Cidade Baixa, cortada por faixas

litorâneas. Existem elevadores que fazem o transporte entre as duas.

Page 8: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Vegetação

Existem vários tipos de vegetação na cidade. Nas praias

e dunas, encontram-se coqueiros. Entre as espécies

presentes em Salvador estão a pimenteira, o capim-da-areia e a

grama-da-praia.

Page 9: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Construção civil

Segundo a Emporis Buildings (sítio especializado em pesquisa de dados sobre edificações), Salvador está entre as cem cidades do mundo com mais prédios, mais precisamente está em 64º lugar, é a 11ª latino-americana, 9ª sul-americana, 6ª do Brasil e 3ª do

Nordeste, e totaliza 790 edifícios de todos os tipos. As cinco maiores edificações são Terrazzo Imperiale (com 125 m), Apollo

XXXVIII (com 90 m), Ville Imperial (76 m), Elevador Lacerda (com 72 m) e Residencial Granville (com 46 m).

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VentosEm Salvador predomina os ventos vindo sudeste, leste e sul, tendo velocidade

média anual variando de 2,9 m/s a 3,4 m/s.

Há maior oferta e velocidade nos ventos é nos meses quentes de outubro, novembro e dezembro, quando o sentido predominante é leste. O vento leste

se mantém nos meses de verão até março, quando começa a descer para sudeste até se aproximar da direção sul nos meses de inverno.

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Gráfico de distribuição dos ventos nos meses de dezembro(solsticio de verão) e junho (solsticio de inverno)Dados baseados em observações

feitas entre 10/2002 - 2/2013. Fonte: windfinder.com

Ventos

Page 12: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Temperaturas máxima e mínima e dados pluviométricos

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Percurso aparente do sol

Latidude :- 12o56’ (Aeroporto)

- 13o01’(Morro do Conselho).

Adota-se a projeçãode –13º (Farol da

Barra)

Page 14: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Carta Solar

Page 15: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

A carta Solar é a representação do

percurso do sol na abobada celeste,

em diferentes horários e período do

ano. Geralmente são desenhadas as

projeções de dias específicos –

solstícios e equinócios. A carta solar é

especifica para cada latitude.

O conhecimento do percurso do sol

nos assegura a possibilidade de

aproveitar o calor solar quando

houver interesse ou como evita-lo.

Protegendo as construções, se

tornando instrumento fundamental na

hora de projetar.

Carta Solar

Page 16: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Zona bioclimática de salvador

NBR 15220-3 para a ZB8

• Aberturas grandes e sombreadas com área de pelo menos 40% da área do piso.

• Paredes leves e refletoras com transmitância térmica menor ou iguala 3,6 W/m²k.

• Coberturas leves e refletoras.

• Desumidificação dos ambientes, através da renovação de ar.

• Coberturas com transmitância térmicamaior que a sugerida serampermitidas se possuir ático ventiladoem dois beirais

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Carta Bioclimática

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Carta Bioclimática

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Carta Bioclimática

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Carta Bioclimática

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Carta Bioclimática

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Carta Bioclimática

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Arquitetura e climaNa arquitetura é preciso entender o clima local e saber usar de artimanhas para aproveitar e maximizar os condicionantes térmicos na edificação, na

tentativa de conseguir o tão desejoso conforto térmico.

Cada lugar possui características climáticas únicas, sendo assim, cada um deles exige técnicas construtivas, materiais, e detalhamento diferenciado.

Levando em conta a valorização e aproveitamento da particularidade de cada lugar. Hoje, como nunca, vemos projetos onde não se parte do estudo do

terreno e seus condicionantes naturais, mas sim de um mímese do que está sendo desenvolvido no mundo, a tão famosa busca pelo que está dando

“certo”. Esquecendo que o “certo” é único em cada lugar, arquitetura não é uma indústria em massa, é preciso realmente entender o que se pretende

fazer para aquele local especifico, cada projeto é uma obra “.

O estudo térmico deve se desenvolver junto com o projeto arquitetônico, afinal alia-los, requer esse pensamento mutuo. As dimensões das aberturas e localização; material de construção, vedação e revestimento; as cores das

fachadas; o tipo de cobertura são alguns dos muitos estudos para se conseguir o resultado desejado.

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Estudo de casoEspaço Luiz Tarquinio de Educação, Cultura, Esporte e Lazer

Endereço: Avenida Luiz Tarquinio . Boa Viagem, Salvador - Ba

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Estudo de casoEspaço Luiz Tarquinio de Educação, Cultura, Esporte e Lazer

Page 29: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

FACHADA 38oNE

No verão: 5:30 às 11:00

No inverno: 6:30 às 15:00

FACHADA 52oSE

No verão: 5:30 às 12:30

No inverno: 6:30 as 11:00

FACHADA 38oSO

No verão: 11:00 às 18:30

No inverno: 15:00 às 17:30

FACHADA 52oNO

No verão: 12:30 às 18:30

No inverno: 10:00 às 17:30

Estudo de caso

Page 30: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Nova via

Estudo de caso

“A arborização representa uma importante

contribuição para a preservação ambiental e

qualidade de vida da comunidade, pois favorece o conforto térmico com a absorção do calor diurno e liberação do calor noturno, melhorando a umidade do

ar e amenizando a poluição atmosférica e

sonora.”

Page 31: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Estudo de caso

Ventilação

As ruas e avenidasestam no sentido dos

ventos predominantes e não há barreiras. Criandocoredores de Ventilação.

Page 32: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Os pilotis deste edificio que tem também como objetivo funcionar como brises verticais, serão rotacionados

para melhor atender.

Estudo de caso

Page 33: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

O bloco educacional e de capacitação possuiram varandas que funcionaram como marquizes, nesse caso da imagem localizado na fachada SO crandouma mascara de sombra com um ângulo de 45º protegendo assim ayé as

15:00 horas em média..

Estudo de caso

Page 34: Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos

Este trabalho fez uma análise bioclimática para subsidiar projetos arquitetônicos e urbanos na rua

Luiz Tarquinio - Calçada, na cidade de Salvador – Ba.

As principais estratégias bioclimáticas que devem ser adotadas pela edificação são: Massa Térmica

com Aquecimento solar, para o período de inverno e a ventilação natural, para o período de verão.

Quanto ao insolejamento, as orientações dos lotes são: 38ºNE, 52º SE, 38º SO e 58º NO, sendo

que as fachadas NE e SE deve permitir a adoção das estratégias de ventilação natural e massa

termica para aquecimento. Já as fachadas SO e NO, que recebem sol no verão, devem aproveitar a

ventilação e a iluminação solar ide forma indireta.

Quanto à ventilação, deve-se aproveitar aõ máximo a ventilação natural, que provem

prinicpalmente dos corredores de vento e as brisas maritimas. Adotando a ventilação cruzada e

moldando o edificio para criar espaços que o vvento possam percorrer livremente e atingir todo o

edificio.

Nos espaços públicos, deve criar uma nova configuração, prevendo ciclovia e um corredor verde.

Iluminação indireta: Será usado brises e algumas l varandas funcionaram como marquizes para

permitir o combreamento e iluminação solar indireta.

cor das fachadas: Cores claras e vivas

Ruído: para amenizar o ruído causado pela vias, te-se a arborização da via.

Considerações Finais