direitos e garantias das pessoas com deficiência: a atuação dos municípios

164
A A TUA ÇÃ O DO MUNIC Í PIO

Upload: cepam

Post on 10-Mar-2016

233 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

Esta publicação, por meio de levantamento das legislações dos municípios paulistas, relacionadas aos direitos e às garantias internacionalmente reconhecidos, oferece um guia para a atuação dos gestores públicos locais, para que possa estimular a construção, o desenvolvimento e, sobretudo, a aplicação de políticas públicas e regulatórias adequadas, com metas claras e eficientes, para impactar positivamente a vida das pessoas com deficiência e de seus familiares.

TRANSCRIPT

A ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Governo do Estado de São PauloGeraldo Alckmin

Secretaria dos Direitos da Pessoa com DeficiênciaLinamara Rizzo Battistella

Coordenadora Marina Medalha

ColaboradoresAdriana Romeiro de Almeida Prado, Carolina Guimarães Rezende,

Celso Gomes Polaino e Kleyton Rogério Machado Araújo

CEPAM

São Paulo, 2013

© 2013 CEPAM

Fundação Prefeito Faria Lima - CepamCentro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal

Presidência | Lobbe Neto

Equipe de Apoio Técnico | Alceu Olmar Maynard Ferraz Araújo, Alfredo Sant’Anna Júnior, Carolina Guimarães Rezende,

Celso Gomes Polaino, Fábio Salomão, Ivonete dos Santos, Josefina De Léo Ballanotti, Júlio César Carreiro,

Kleyton Rogério Machado Araújo, Norma Macruz Peixoto, Reinaldo Casaroli Júnior, Rudnei Gori,

Sandra Tayoko Yamasaki, Silvano Carlos Jorge Davison e Vanessa Costa de Souza

Projeto Gráfico e Capa | Michelle Nascimento

Diagramação | Michelle Nascimento, Carlos Papai e Janaina Alves Cruz da Silva

Editoração de Texto e Revisão | Eva Célia Barbosa e Vanessa Umbelina

CTP, impressão e acabamento | Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

Tiragem | 2 mil

www.cepam.sp.gov.br

Direitos e garantias das pessoas com deficiência: a atuação do município / Marina Medalha (coordenadora) com a colaboração de Adriana Romeiro de Almeida Prado... [et al.] São Paulo: CEPAM, 2013. 160p.

ISBN 978-85-66781-00-7

1. Direitos das pessoas com deficiência. 2. Legislação municipal. 3. Municípiospaulistas. I. Medalha, Marina. II.Título.

CDU: 316.42-056.26 (094)

Fundação Prefeito Faria Lima - Cepam

apresentação

Como signatário da Convenção sobre os direitos das Pessoas Com defi-

CiênCia e de seu ProtoColo faCultativo, inCorPorados ao nosso ordena-

mento jurídiCo em 2009, o brasil, Como estado Parte, deve emPenhar esfor-

ços Para que sejam atendidos todos os direitos e todas as liberdades das

Pessoas Com defiCiênCia Previstos em seus eixos e artigos, Criando me-

lhores Condições de aCessibilidade aos meios físiCo, soCial e eConômiCo.

em um Cenário relativamente novo de PolítiCas PúbliCas voltadas às Pesso-

as Com defiCiênCia, são fundamentais a PartiCiPação e a atuação dos estados

brasileiros e, PrinCiPalmente, de seus muniCíPios, adequando suas legisla-

ções, PolítiCas PúbliCas e estratégias às reais demandas desse segmento,

nas áreas da saúde, eduCação, transPorte, trabalho, lazer, esPorte, Cultu-

ra, habitação, ComuniCação e informação, Permitindo o Pleno usufruto da

Cidadania. o governador franCo montoro foi sábio em afirmar que o estado

é uma fiCção jurídiCa e que o Cidadão mora e atua no muniCíPio, ressaltando

a imPortânCia da atuação muniCiPalista Para a Promoção dos direitos funda-

mentais e Consequente melhora da qualidade de vida de toda a PoPulação.

nesse Contexto, esta PubliCação tem Como objetivo, Por meio de levanta-

mento das legislações dos muniCíPios Paulistas, relaCionadas aos direi-

tos e às garantias internaCionalmente reConheCidos, ofereCer um guia

Para a atuação dos gestores PúbliCos loCais, que Possa estimular a Cons-

trução, o desenvolvimento e, sobretudo, a aPliCação de PolítiCas Públi-

Cas e regulatórias adequadas, Com metas Claras e efiCientes, Para imPaC-

tar Positivamente a vida das Pessoas Com defiCiênCia e de seus familiares.

temos a oPortunidade, Pela CooPeração e troCa de informações, de ga-

rantir, no estado de são Paulo, os direitos dos CerCa de 9 milhões de Cida-

dãos que Possuem algum tiPo de defiCiênCia e, PrinCiPalmente, de entender

e viabilizar o enorme PotenCial do que Pode ser realizado em Cada muniCí-

Pio, adotando um olhar ComPrometido, moderno e Permanente de inClusão.

só assim estaremos, efetivamente, no Caminho de uma soCiedade mais igualitá-

ria, que Promove a equiParação de oPortunidades a todos os seus Cidadãos,

inCorPora a diversidade, resPeita as liberdades e fomenta seu PróPrio desen-

volvimento sustentável. vamos juntos Construir um muniCíPio verdadeiramen-

te inClusivo, Pois, onde se defendem os direitos e garantias das Pessoas Com

defiCiênCia, defendem-se e garantem-se os direitos de todos os Cidadãos.

Linamara Rizzo Battistella

secretária de estado dos direitos da Pessoa com deficiência

governo do estado de são Paulo

sUMÁrIo

APRESENTAçãO INTRODUçãO 9

CONVENçãO SOBRE OS DIREITOS

DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E

SEU PROTOCOLO FACULTATIVO 13 1COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL

PARA A PROTEçãO E INCLUSãO DAS

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 212

LEVANTAMENTO DE LEGISLAçãO MUNICIPAL SOBRE O TEMA 27

Análise do Levantamento dos Municípios com Legislação 28

Municípios com Legislação, por Faixa Populacional 29

Municípios com legislação 31

Municípios sem legislação 31

Municípios que Participaram do Levantamento, por Região Administrativa 32

Regiões com maior número de municípios com legislação 33

Regiões com percentual mais baixo de municípios com legislação 38

Habitantes, por Faixa Populacional, de Municípios com Legislação 42

Distribuição da População por Porte de Município 42

3

EIXOS DOS DIREITOS E GARANTIAS

INSERIDOS NA CONVENçãO

INTERNACIONAL: LEGISLAçãO

NACIONAL E ATUAçãO MUNICIPAL 55 5DISTRIBUIçãO DAS LEIS POR EIXO/ARTIGOS

DA CONVENçãO 45

Eixos/Artigos da convenção 46

Distribuição dos Eixos, por Região

Administrativa 48

Distribuição dos Eixos, por Faixa

Populacional 48

4

INSTRUMENTOS DE PROTEçãO DOS DIREITOS E GARANTIAS 117

Ação Civil Pública 118

Mandado de Segurança Coletivo 119

Mandado de Segurança Individual 120

Ação de Obrigação de Fazer 121

Mandado de Injunção 122

Comitê Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 123

6

CONCLUSãO 127 REFERÊNCIAS 131 ANEXOS 133

IntroDUção

Esta PubliCação analisa, no Plano jurídiCo, as Possíveis ações dos muniCí-

Pios Paulistas, e Considera, Para tanto, a ComPetênCia ConstituCional desse

ente federativo loCal e a Convenção sobre os direitos das Pessoas Com defi-

CiênCia e seu ProtoColo faCultativo, ratifiCado Por meio do deCreto federal

6.949, de 25 de agosto de 2009.

no Primeiro item, são aPontados o esCoPo, a finalidade e o sentido emPre-

endidos Pela Convenção internaCional, que justifiCam o sistema normativo

de direitos relaCionados ao tema. também são aPontadas as definições dos

termos , além das obrigações a que se submetem todos os destinatários da

norma e que são neCessárias Para se alCançar os ProPósitos ali estabeleCi-

dos, esPeCialmente a ComuniCação, a língua, a não disCriminação Por motivo

de defiCiênCia, o desenho universal e a aCessibilidade.

no segundo item, estão Contidas as normas ConstituCionais que Conferem efe-

tividade e observânCia obrigatória, Por todos, dos direitos das Pessoas Com

defiCiênCia, sobretudo as ações a serem realizadas Pelos órgãos PúbliCos.

demonstra que, na rePartição ConstituCional de ComPetênCias, Cada ente fe-

derativo (união, estados, distrito federal e muniCíPios) Pode atuar legislando,

fomentando e/ou Criando Programas e instânCias que tenham Por mote a Plena

efiCáCia in concreto dos direitos e garantias das Pessoas Com defiCiênCia.

10 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

no terceiro item, apresentam-se o levantamento das leis enviadas pelos municípios e suas

várias análises, das quais a primeira indica quanto representa o número de municípios que

responderam, em relação ao total. também é avaliado quanto significa o número de mu-

nicípios que responderam ter legislação e os que não a possuem. distribuídos por região

administrativa, foi analisada como está a situação e, por fim, quantos são, em termos po-

pulacionais, os municípios que responderam ter legislação sobre os direitos das pessoas

com deficiência. o resultado é comparado com o total do estado, considerando, ainda,

quais eixos, por faixa populacional, foram significativamente atendidos.

no quarto item, estão enumerados os direitos e as garantias arrolados na convenção in-

ternacional, bem como são analisados os respectivos artigos, de conformidade com a

competência atribuída pela Constituição federal a cada um dos entes federados, focando

a competência do município nesse contexto, para possibilitar ao ente local uma atuação

não só concreta, mas também passível de surtir os efeitos jurídicos esperados, ou seja, de

como é possível, no plano legal, uma atuação responsável e sustentável.

no quinto item, inaugurando os eixos dos direitos e das garantias inseridos na convenção

internacional, o artigo 5º é absoluto e soberano. deixa assentado que toda e qualquer ação

é permeada pelo princípio da igualdade, na sua acepção mais profunda, que é a de reali-

zar a justiça e a paz social, e, por isso, é perfeitamente possível entender as disposições

ali anotadas, especialmente a contida no item 4 do referido artigo, que, expressamente,

estabelece: “não serão consideradas discriminatórias as medidas específicas que forem

necessárias para acelerar ou alcançar a efetiva igualdade das pessoas com deficiência”.

ainda nessa parte, estão demonstrados possíveis modos de atuação do ente federativo

local, para assegurar os direitos das pessoas com deficiência, indicando-se as correspon-

dentes leis municipais selecionadas, dentre diversas outras, coletadas nos municípios, que

confirmam referida atuação.

no sexto item, são analisados os instrumentos ou meios legais para impor o respeito e a

proteção dos direitos e garantias das pessoas com deficiência, bem como os legitimados

para defesa desses direitos, destacando a representação como atribuição institucional do

11IntroDUção

ministério Público, incluídas as associações criadas com essa finalidade, sem se descurar

da defesa individual do próprio interessado – a pessoa com deficiência.

na conclusão, apontam-se como deve ser feita a compatibilização entre a Convenção so-

bre os direitos das Pessoas com deficiência e o processo de inclusão social desse público,

bem como quais são os instrumentos que possibilitam garantir e efetivamente tornar eficaz

e sustentável uma ação concreta dos envolvidos nesse processo.

nos anexos a ao d, estão arrolados os grupos de direitos e a indicação de municípios que

responderam positivamente à sua existência, e as respectivas leis, considerando o porte

populacional de cada um desses municípios, com base nos dados do Censo de 2010, di-

vulgados pela fundação instituto brasileiro de geografia e estatística (ibge).

no anexo e, são apresentados os municípios que responderam não possuir legislação

específica sobre o tema da pessoa com deficiência e no anexo f os que não responderam

à pesquisa. nos anexos g ao v, constam mapas com as localidades, por região adminis-

trativa (ra), que participaram do levantamento.

1

ConVenção soBre os DIreItos Das pessoas CoM DeFICIênCIa e seU protoCoLo FaCULtatIVo

A Constituição federal, no artigo 1º, estabeleCe que a rePúbliCa federa-

tiva do brasil Constitui-se em estado demoCrátiCo de direitos e tem Como

fundamento básiCo, dentre outros, a “dignidade da Pessoa humana”.1

o resPeito a essa dignidade é PressuPosto Para atingir os objetivos Pro-

Clamados Pelo estado brasileiro, quais sejam: Construir uma soCiedade

livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento naCional; erradiCar

a Pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades soCiais e regio-

nais; “Promover o bem de todos, sem PreConCeitos de origem, raça, sexo,

Cor, idade e quaisquer outras formas de disCriminação” (art. 3º).

nas relações internaCionais, a rePúbliCa federativa do brasil rege-se,

dentre outros, Pelo PrinCíPio da PrevalênCia dos direitos humanos.

Como Corolário de referidos PrinCíPios fundamentais, estão assegura-

dos os direitos e as garantias fundamentais, destaCando-se os individu-

ais e Coletivos, sem Prejuízo de outros deCorrentes dos tratados inter-

naCionais dos quais a rePúbliCa federativa do brasil faça Parte.

tratados e Convenções internaCionais sobre direitos humanos Poderão

ComPor o sistema normativo naCional Como emenda ConstituCional (Cf,

art. 5º, § 3º).

1 art. 1º a república

federativa do brasil,

formada pela união

indissolúvel dos

estados e municípios

e do distrito federal,

constitui-se em

estado democrático

de direito e tem como

fundamentos: (...)

iii - a dignidade da

pessoa humana.

14 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

a Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência ingressou no sistema nor-

mativo nacional exatamente assim, com status de emenda constitucional, especialmente

porque constitui ato legal, cujas bases fundamental e estrutural visam ao reconhecimento

das pessoas com deficiência como plenamente capazes de direitos e obrigações, asse-

gurando-lhes todos os direitos humanos e as liberdades fundamentais em igualdade de

condições com todas as demais.

os direitos arrolados na convenção internacional são essenciais e, dessa forma, ingres-

saram no ordenamento jurídico nacional por meio do decreto 6.949, de 25 de agosto de

2009, aprovado de acordo com as disposições insertas no § 3º do artigo 5º da Constitui-

ção federal2. Constituem a base constitucional e são imprescindíveis para assegurar, sem

qualquer impedimento, ao lado de outras normas também previstas na Constituição fede-

ral de 1988, a promoção integral da dignidade das pessoas com deficiência.

a república federativa do brasil está, portanto, obrigada a observar os princípios e de-

veres estipulados na convenção internacional, facilitando seu cumprimento pelos entes e

órgãos públicos.

Corolário dessa obrigação, e destinatários da norma, os entes federados (união, estados,

distrito federal e municípios), que formam o estado brasileiro, e que, igualmente, se sub-

-rogam no dever de observar integralmente as estipulações a que se obrigou o estado

federal, por meio do decreto 6.949/2009, que aprovou a convenção no plano nacional.

Para possibilitar às pessoas com deficiência o pleno gozo de todos os direitos e liberda-

des, em igualdade de condições, nos termos do artigo 5º da Constituição federal, que

proclama serem todos iguais, é de primordial importância promover políticas públicas des-

tinadas a cumprir o comando constitucional, criando condições de acessibilidade em favor

das pessoas com deficiência, especialmente aos meios físico, social, econômico e cultural,

à saúde, à educação e à informação e comunicação, além de protegê-las, e também efe-

tivando as medidas necessárias para promover a segurança dessas pessoas que possam

estar, ou que estão em situação de risco de qualquer natureza.

2 art. 5º todos são iguais

perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza, garantindo-

se aos brasileiros e aos estran-

geiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à

vida, à liberdade, à igualdade,

à segurança e à propriedade,

nos termos seguintes: (...) § 3º

os tratados e convenções in-

ternacionais sobre direitos hu-

manos que forem aprovados,

em cada Casa do Congresso

nacional, em dois turnos, por

três quintos dos votos dos

respectivos membros, serão

equivalentes às emendas

constitucionais.

ConVenção soBre os DIreItos Das pessoas CoM DeFICIênCIa e seU protoCoLo FaCULtatIVo 15

a Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência, no artigo 3º, arrola

os princípios gerais destinados à compreensão e que inspiram os meios necessá-

rios para permear os direitos dessas pessoas com deficiência, especialmente porque

devem garantir, tal como expresso na norma: a) o respeito pela dignidade inerente

à autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a in-

dependência das pessoas; b) a não discriminação; c) a plena e efetiva participação

e inclusão na sociedade; d) o respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas

com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade; e) a igualdade

de oportunidades; f) a acessibilidade; g) a igualdade entre o homem e a mulher; h) o

respeito pelo desenvolvimento das capacidades de crianças com deficiência e pelo

direito de crianças com deficiência preservarem sua identidade.

os envolvidos nesse processo, sobretudo os órgãos públicos, devem observar os objetivos

propostos na norma convencional, organizando e estruturando seus serviços, com vistas

ao cumprimento das obrigações legais a que estão submetidos, editando normas voltadas

especificamente à inserção das pessoas com deficiência nas vidas social, econômica,

cultural e profissional.

nesse sentido, o artigo 1º da Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência

prevê ser necessário que todos os envolvidos se esforcem para “promover, proteger e

assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fun-

damentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua digni-

dade inerente”.

é importante apontar as definições que foram encampadas na convenção internacional,

principalmente a ditada no artigo 1º, que indica serem as pessoas com deficiência, “aque-

las que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou senso-

rial, as quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena

e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”.

outras definições contidas na convenção internacional devem ser observadas, em par-

ticular as ditadas no artigo 2º, pois, além de determinar os meios para se alcançar os

16 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

propósitos da norma, servem para orientar a correta e efetiva concretização do proces-

so de inclusão das pessoas com deficiência, a fim de que concorram em igualdade de

condições com todas as pessoas, especialmente no que se refere a:

ComuniCAção, que é uM dos Pontos PRinCiPAis desse PRo-

Cesso, e AbRAnGe

As línGuAs, A visuAlizAção de textos, o bRAile, A CoMuniCAção tá-

til, os CARACteRes AMPliAdos, os disPositivos de MultiMídiA ACes-

sível, AssiM CoMo A linGuAGeM siMPles, esCRitA e oRAl, os siste-

MAs Auditivos e os Meios de voz diGitAlizAdA e os Modos, Meios e

foRMAtos AuMentAtivos e AlteRnAtivos de CoMuniCAção, inClusi-

ve A teCnoloGiA dA infoRMAção e CoMuniCAção ACessíveis;

LínguA, que AbRAnGe “As línGuAs fAlAdAs e de sinAis e ou-

tRAs foRMAs de CoMuniCAção não fAlAdA”;

DisCRiminAção poR motivo DE DEfiCiênCiA, que siGnifiCA

quAlqueR difeRenCiAção, exClusão ou RestRição bAseAdA eM de-

fiCiênCiA, CoM o PRoPósito ou efeito de iMPediR ou iMPossibilitAR

o ReConheCiMento, o desfRute ou o exeRCíCio, eM iGuAldAde de

oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs, de todos os diReitos hu-

MAnos e libeRdAdes fundAMentAis nos âMbitos PolítiCo, eConô-

MiCo, soCiAl, CultuRAl, Civil ou quAlqueR outRo. AbRAnGe todAs

As foRMAs de disCRiMinAção, inClusive A ReCusA de AdAPtAção

RAzoável;

ADAptAção RAzoávEL, definidA CoMo

As ModifiCAções e os Ajustes neCessáRios e AdequAdos que

não ACARReteM ônus desPRoPoRCionAl ou indevido, quAndo

ConVenção soBre os DIreItos Das pessoas CoM DeFICIênCIa e seU protoCoLo FaCULtatIVo 17

RequeRidos eM CAdA CAso, A fiM de AsseGuRAR que As Pesso-

As CoM defiCiênCiA PossAM GozAR ou exeRCeR, eM iGuAldAde de

oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs, todos os diReitos hu-

MAnos e libeRdAdes fundAMentAis;

DEsEnho univERsAL, que se CARACteRizA PelA

ConCePção de PRodutos, AMbientes, PRoGRAMAs e seRviços A

seReM usAdos, nA MAioR MedidA Possível, PoR todAs As PessoAs,

seM neCessidAde de AdAPtAção ou PRojeto esPeCífiCo. o desenho

univeRsAl não exCluiRá As AjudAs téCniCAs PARA GRuPos esPeCífi-

Cos de PessoAs CoM defiCiênCiA, quAndo neCessáRiAs.

a convenção internacional estabelece, além de outras, certas e determinadas obrigações

aos estados Partes, os quais se comprometem a atendê-las, principalmente com a adoção

de todas as medidas legislativas, administrativas e de qualquer outra natureza, necessárias

à efetivação dos direitos reconhecidos na convenção, inclusive para modificar ou revogar

leis, regulamentos, costumes e práticas vigentes, que constituírem discriminação contra

as pessoas com deficiência.

os signatários da norma devem, em todos os programas e políticas:

PRoteGeR, AsseGuRAR e PRoMoveR todos os diReitos huMA-

nos e libeRdAdes fundAMentAis PARA As PessoAs CoM defi-

CiênCiA, seM quAlqueR tiPo de disCRiMinAção PoR CAusA de

suA defiCiênCiA;

ReAlizAR ou PRoMoveR A PesquisA e o desenvolviMento de

PRodutos, seRviços, equiPAMentos e instAlAções CoM de-

senho univeRsAl, que exijAM o MáxiMo Possível de AdAP-

tAção e Cujo Custo sejA o MíniMo Possível, destinAdos A

18 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

AtendeR às neCessidAdes esPeCífiCAs de PessoAs CoM defi-

CiênCiA, A PRoMoveR suA disPonibilidAde e seu uso, e A PRo-

PoR o desenho univeRsAl quAndo dA elAboRAção de noR-

MAs e diRetRizes;

ReAlizAR ou PRoMoveR A PesquisA e o desenvolviMento,

beM CoMo A disPonibilidAde e o eMPReGo de novAs teCno-

loGiAs, inClusive As dA infoRMAção e CoMuniCAção, AjudAs

téCniCAs PARA loCoMoção, disPositivos e teCnoloGiAs As-

sistivAs, AdequAdos às PessoAs CoM defiCiênCiA, CoM PRio-

RidAde A teCnoloGiAs de Custo ACessível;

PRoMoveR A CAPACitAção RelACionAdA Aos diReitos ReCo-

nheCidos PelA Convenção inteRnACionAl dos PRofissionAis

e equiPes que tRAbAlhAM CoM PessoAs CoM defiCiênCiA, de

foRMA A MelhoRAR A AssistênCiA e os seRviços GARAntidos

PoR esses diReitos.

os estados Partes que aderiram aos termos da convenção internacional, caso do brasil,

estão comprometidos, também, a tomar medidas, tanto quanto a disponibilizar recursos e,

quando necessário, no âmbito da cooperação internacional, a fim de assegurar, progres-

sivamente, o pleno exercício dos direitos inerentes às pessoas com deficiência, sendo ex-

plícito, no texto da convenção, que, na tomada de decisões, realizarão consultas estreitas

e envolverão ativamente pessoas com deficiência, inclusive as crianças, por intermédio de

suas organizações representativas.

a Constituição federal do brasil já expressa diversos direitos das pessoas com deficiência

e responsabilidades dos entes federativos, expressos nos artigos 7º, xxvi; 23, ii; 24, xiv;

ConVenção soBre os DIreItos Das pessoas CoM DeFICIênCIa e seU protoCoLo FaCULtatIVo 19

37, viii; 203, iv; 208, iii; 227, §§ 1º e 2º; e, 224, que se harmonizam ao texto da convenção

e a fazem adquirir força constitucional.

nota-se, portanto, que já houve preocupação do legislador constituinte de 1988 com a

definição de alguns direitos das pessoas com deficiência e o estabelecimento de respon-

sabilidades dos entes da federação brasileira nesse mesmo campo.

é relevante dizer que, tanto para implementar as cláusulas da convenção quanto de tantos

outros direitos conferidos às pessoas com deficiência, inclusive os já estabelecidos na

Constituição federal, as pessoas jurídicas de direito público devem respeitar as competên-

cias conferidas a cada um dos entes da federação pelo próprio texto Constitucional.

necessário se faz observar a estrutura constitucional de repartição de competências para

concretizar as disposições previstas na convenção e em outros diversos artigos da Cons-

tituição federal. é isso que será tratado em seguida.

2

CoMpetênCIa ConstItUCIonaL para a proteção e InCLUsão Das pessoas CoM DeFICIênCIa

A Constituição federal de 1988 Consagra a forma de estado federal e, sob

esse manto, Partilha o território brasileiro em diversas unidades regionais

e muniCiPais, dotando-as de autonomias PolítiCa, finanCeira, administrativa e

legislativa, além de Prever, igualmente, a existênCia da união, Com autonomia

Para disCiPlinar os assuntos federais de seu interesse esPeCífiCo e das maté-

rias de Cunho naCional, obrigando todos os entes à sua observânCia.

a autonomia das Coletividades ComPonentes da federação é uma das CaraC-

terístiCas fundamentais da forma de estado saCramentado Pela rePúbliCa fe-

derativa do brasil, existindo vários Centros deCisórios, Cabendo a Cada um

tratar de assuntos a eles destinados ConstituCionalmente.

o texto ConstituCional reParte entre os entes federativos (união, estados,

distrito federal e muniCíPios) a ComPetênCia Comum Para Cuidar “da Prote-

ção e garantia” das Pessoas Com defiCiênCia (Cf, art. 23, ii). isso quer dizer que

todos esses entes têm o Poder – e o dever – de adotar as medidas administra-

tivas neCessárias Para que a Proteção das Pessoas Com defiCiênCia Possa se

efetivar. as medidas devem enContrar resPaldo na legislação que for editada

Pelo resPeCtivo ente federado, Com o Cuidado de um não invadir a esfera de

ComPetênCia legislativa do outro.

22 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

no caso específico da proteção e integração, que há de ser compreendida, atualmente, por

inclusão das pessoas com deficiência, cabe à união editar normas gerais, com fundamento

no artigo 24, xiv, da Constituição federal. aos estados e municípios, cabe suplementar,

com fundamento, respectivamente, nos artigos 24, § 2º, e 30, ii, do texto Constitucional,

a legislação federal e a estadual, no que couber. a proteção e a inclusão visam a atingir

diversos setores sociais e econômicos, como a saúde, educação, assistência social, aces-

sibilidade, habitação, o trabalho, entre outros.

também é possível, ao município, legislar com fundamento no artigo 30, i, da Constituição

federal, ou seja, quando, por força da competência comum que lhe reservou o texto Cons-

titucional, se tratar de assunto de interesse local.

ainda que haja tal previsão, definir o campo de atuação do ente federativo municipal em

relação à Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência e seu Protocolo fa-

cultativo é o desafio proposto neste capítulo, uma vez que o brasil ostenta um complexo

sistema de competências administrativa e legislativa, somado a uma vasta produção legis-

lativa dedicada ao tema da pessoa com deficiência.

Cumpre ressalvar que tais apontamentos não pretendem esgotar ou limitar as possibilida-

des. o município é o ente federativo mais próximo do cidadão e essa posição privilegiada

oferece a oportunidade de ter adequadas às suas particularidades as políticas públicas e a

produção de leis. desse modo, todas as iniciativas tendentes à inclusão das pessoas com

deficiência na sociedade e na vida social, desde que observem as normas previstas na

Constituição federal e na convenção internacional, serão incentivadas.

há diversas ações voltadas para a inclusão social das pessoas com deficiência que podem

ser exercidas pelos municípios. o que importa, e está claro no texto Constitucional e na

convenção internacional, é a responsabilidade atribuída a todos os entes da federação

pela inclusão na sociedade das pessoas com deficiência. os municípios, nesse contexto,

têm fundamental responsabilidade nas ações realizadas pelos Poderes locais, com o intui-

to de incluir esse grupo de pessoas na comunidade.

desenvolver uma política de direitos para as pessoas com deficiência é a forma de possi-

bilitar sua inclusão na sociedade com participação ativa.

CoMpetênCIa ConstItUCIonaL para a proteção e InCLUsão Das pessoas CoM DeFICIênCIa 23

o município, ente federado que é, deve agir positivamente e dentro das competências que

lhe são outorgadas pela Constituição federal, no sentido de criar, estruturar e favorecer um

ambiente necessário e legal para, progressivamente, adotar e promover políticas públicas

inclusivas das pessoas com deficiência, por decorrência lógica das estipulações inseridas

na convenção internacional, assinada em nova York, em 30 de março de 2007, ratificada

por meio do decreto 6.949, de 25 de agosto de 2009, que entraram em vigor para o brasil,

no plano jurídico externo, em 31 de agosto de 2009.

não se pode perder de vista, como já apontado em publicação do Centro de estudos e

Pesquisas de administração municipal (Cepam)3, que

o MuniCíPio PARA todos é Aquele onde se PRAtiCAM Ações ConCRe-

tAs visAndo à PARtiCiPAção CoMunitáRiA de todos os seGMentos

dA PoPulAção loCAl; onde As PessoAs PodeM CiRCulAR livReMen-

te e eM Condições AdequAdAs às suAs liMitAções deCoRRentes

dA idAde, de Condições físiCA ou sensoRiAl; onde os idosos, jo-

vens e defiCientes são infoRMAdos AdequAdAMente sobRe todos

os seRviços PúbliCos ColoCAdos à suA disPosição; onde A leGis-

lAção MuniCiPAl (lei oRGâniCA do MuniCíPio, PlAno diRetoR, leis

oRçAMentáRiAs, leis de PARCelAMento e uso do solo, CódiGo de

obRAs e edifiCAções, CódiGo de PostuRAs, etC.) PossA seR utilizA-

dA CoMo instRuMento de inteGRAção soCiAl e não CoMo MeCAnis-

Mo de exClusão e oPRessão dessAs PessoAs.

importante salientar que o município, para fazer valer as disposições a que também está submeti-

do, por força da convenção internacional, submete-se, a priori, ao sistema de repartição de com-

petências, tal como estipulado na forma e nas condições insertas na Constituição federal.

assim, e considerando a repartição de competências constitucionais, vê-se a atuação da

união para legislar sobre o sistema nacional dos direitos das pessoas com deficiência.

também é de primordial importância anotar o decreto federal 3.298, de 20 de dezembro

de 1999, que regulamentou a lei federal 7.853, de 24 de outubro de 1989, e dispõe sobre

a “Política nacional para a integração da Pessoa Portadora de deficiência, consolida as

normas de proteção, e dá outras providências”.

3 SALLES, Luiz Roberto.

In: FUNDAÇÃO PREFEITO

FARIA LIMA – CEPAM, com

apoio do Sebrae. município

acessível ao cidadão. São

Paulo, 2001. p. 57.

24 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

a lei federal 7.853/1989, que

disPõe sobRe o APoio às PessoAs PoRtAdoRAs de defiCiênCiA, suA

inteGRAção soCiAl, sobRe A CooRdenAdoRiA nACionAl PARA inte-

GRAção dA PessoA PoRtAdoRA de defiCiênCiA (CoRde4), institui A

tutelA juRisdiCionAl de inteResses Coletivos ou difusos dessAs

PessoAs, disCiPlinA A AtuAção do MinistéRio PúbliCo, define CRi-

Mes, e dá outRAs PRovidênCiAs.

Como ponto central, tal como a convenção internacional, essa lei impõe ao Poder Público o

dever de assegurar às pessoas com deficiência “o pleno exercício de seus direitos básicos,

inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao

amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis,

propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico”, devendo, para tanto, “dispensar, no

âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos desta lei, tratamento prioritário

e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras” medidas nela relacionadas (art. 2º e

respectivo parágrafo único) e que combinam com os direitos das pessoas com deficiência.

o decreto federal 3.298/1999 regulamenta a lei federal 7.853, de 24 de outubro de 1989, e

cria a Política nacional para integração da Pessoa com deficiência. Compreende o conjun-

to de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos seus direitos

individuais e sociais, estipulando ser obrigação dos órgãos e entidades do Poder Público

assegurar à pessoa com deficiência

o Pleno exeRCíCio de seus diReitos básiCos, inClusive dos diReitos

à eduCAção, à sAúde, Ao tRAbAlho, Ao desPoRto, Ao tuRisMo, Ao lA-

zeR, à PRevidênCiA soCiAl, à AssistênCiA soCiAl, Ao tRAnsPoRte, à

edifiCAção PúbliCA, à hAbitAção, à CultuRA, Ao AMPARo à infânCiA e à

MAteRnidAde, e de outRos que, deCoRRentes dA Constituição e dAs

leis, PRoPiCieM seu beM-estAR PessoAl, soCiAl e eConôMiCo (ARt. 2º).

a lei federal 10.098, de 19 de dezembro de 2000, “estabelece normas gerais e critérios

básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com

mobilidade reduzida, e dá outras providências”, regulamentada pelo decreto 5.296, de 2

de dezembro de 2004, que também regulamentou a lei federal 10.048, de 8 de novembro

4 o decreto 7.256, de 4 de

agosto de 2010, artigo 2º

do anexo i, define que a

Corde passa a ser secretaria

nacional de Promoção dos

direitos da Pessoa com

deficiência, da secretaria

de direitos humanos da

Presidência da república.

CoMpetênCIa ConstItUCIonaL para a proteção e InCLUsão Das pessoas CoM DeFICIênCIa 25

de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica.

a lei federal 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que “institui as diretrizes da Política nacional

de mobilidade urbana”, dentre outras, faz referência expressa aos direitos das pessoas

com deficiência de “usufruir dos direitos dos usuários do sistema nacional de mobilidade

urbana”, como um dos objetivos propostos na norma.

a Constituição do estado de são Paulo também reserva capítulo específico sobre o dever

de o Poder Público garantir os direitos das pessoas com deficiência, dispondo, no artigo

277, o que se segue:

ARt. 277 CAbe Ao PodeR PúbliCo, beM CoMo à fAMíliA, AsseGuRAR à

CRiAnçA, Ao AdolesCente, Ao idoso e Aos PoRtAdoRes de defiCiên-

CiAs, CoM AbsolutA PRioRidAde, o diReito à vidA, à sAúde, à AliMen-

tAção, à eduCAção, Ao lAzeR, à PRofissionAlizAção, à CultuRA, à

diGnidAde, Ao ResPeito, à libeRdAde e à ConvivênCiA fAMiliAR e Co-

MunitáRiA, AléM de ColoCá-los A sAlvo de todA foRMA de neGliGên-

CiA, disCRiMinAção, exPloRAção, violênCiA, CRueldAde e AGRessão.

a lei 12.907, de 15 de abril de 2008, consolida a legislação relativa ao tema no estado

de são Paulo, não só regulando os direitos como, também, estabelecendo condições de

acesso e proteção integral à pessoa com deficiência.

Com essas considerações, é possível afirmar que não só a convenção internacional atua

como norma fundamental garantidora dos direitos das pessoas com deficiência, mas, tam-

bém, toda a legislação nacional e a estadual já existentes procuram garantir os direitos

fundamentais expressos nas normas em favor das pessoas com deficiência, e que devem

ser observadas e aplicadas.

não se pode deixar de reafirmar, diante da repartição de competências expressa na Constitui-

ção federal, o poder atribuído aos municípios de editarem seus próprios atos normativos, que,

também, se submetem às regras constitucionais, à convenção internacional, além de obser-

varem as leis federais e estaduais existentes, sem prejuízo de atuarem em campo de interesse

próprio, para que, assim, seus atos possam surtir os efeitos legais que deles se esperam.

no próximo item, serão apontados os direitos preconizados na convenção internacional,

agrupados conforme suas afinidades, e algumas possíveis ações dos municípios, respei-

tando-se, nesse processo de agir, a competência que lhe reservou o texto Constitucional.

3

LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa

por soliCitação da seCretaria de estado dos direitos da Pessoa Com defiCiênCia

de são Paulo, no Período de outubro a dezembro de 2011, os 645 muniCíPios do es-

tado foram Contatados Para que enviassem ao CePam toda a legislação que trata

dos direitos das Pessoas Com defiCiênCia no território de Cada um. os Prefeitos

reCeberam ofíCio eletrôniCo, que foi seguido de reforço telefôniCo. resPonde-

ram 391 muniCíPios, indiCando se têm, ou não, legislação sobre os direitos das

Pessoas Com defiCiênCia. o material reCebido (anexos a ao d) Passou Por análises

quantitativas e maPeamento dos resultados, realizados nas seguintes etaPas:

identifiCAção e MAPeAMento dos MuniCíPios que ResPondeRAM;

identifiCAção dos MuniCíPios que disPõeM e que não PossueM leGislA-

ção sobRe o teMA;

elAboRAção de GRáfiCos e tAbelAs PARA Análise dos MuniCíPios do es-

tAdo de são PAulo, PoR fAixA PoPulACionAl e ReGião AdMinistRAtivA;

quAntifiCAção dos hAbitAntes do estAdo benefiCiAdos CoM leGislAção

nos MuniCíPios PARtiCiPAntes do levAntAMento;

distRibuição dAs leGislAções MuniCiPAis, PoR eixos/ARtiGos dA Conven-

ção inteRnACionAl;

Análise do MAteRiAl doCuMentAl, PoR etAPAs.

28 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

AnáLisE Do LEvAntAmEnto Dos muniCípios Com LEgisLAção

os 391 municípios que responderam ao levantamento representam 61% do total, enquanto

que os que deixaram de responder somam 254 municípios (39%). o percentual indica bom

nível de devolutiva (tabela 1).

a análise apresentada a seguir foi elaborada a partir das respostas dadas por 391 municí-

pios, dos quais 148, que representam 23% dos municípios paulistas, informaram possuir

legislação e a encaminharam. os outros 243, ou seja, 38%, responderam não possuir le-

gislação sobre o tema (tabela 1), lista que consta no anexo C.

tabela 1 – Levantamento dos municípios com legislação

municípios Quantidade %

com legislação 148 23%

sem legislação 243 38%

responderam 391 61%

não responderam 254 39%

total 645 100%

fontes: anexos a ao d

Para indicar a localização dos municípios que participaram do levantamento, foi elaborado

o mapa apresentado no anexo g, que traz as 148 localidades com legislação, as 243 sem

legislação, e as 254 que não responderam.

LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 29

muniCípios Com LEgisLAção, poR fAixA popuLACionAL

os municípios que responderam ao levantamento foram agrupados por faixas populacio-

nais5, da seguinte forma:

Até 25 Mil hAbitAntes;

de 25.001 A 100 Mil hAbitAntes;

de 100.001 A 300 Mil hAbitAntes;

ACiMA de 300 Mil hAbitAntes.

na tabela 2, verifica-se que a participação no levantamento, por faixa populacional, dos

municípios com população até 25 mil habitantes, teve a maior cobertura, com 70,1% do

total dos que responderam, seguidos da faixa de 25 a 100 mil, com 19,2%. a de 100 mil a

300 mil habitantes corresponde a 7,2% e, por fim, os municípios com mais de 300 mil, a

3,6%. a amostra obtida é muito significativa, permitindo que as análises realizadas possam

ser projetadas para o estado todo, com pequena margem de erro. a distribuição dos muni-

cípios que responderam é muito próxima, em termos percentuais, do total dos municípios

do estado.

tabela 2 – Municípios participantes do levantamento, por faixa populacional

faixa populacional (número de habitantes)

Quantidade de municípios do Estado de são paulo

%Quantidade de municípios participantes

%

até 25 mil 431 66,8% 274 70,1%

25 a 100 mil 139 21,6% 75 19,2%

100 mil a 300 mil 54 8,4% 28 7,2%

acima de 300 mil 21 3,3% 14 3,6%

total 645 100% 391 100%

fontes: anexos a ao d

5 distribuição usualmente

adotada pelo Cepam em

projetos desta natureza. os

dados populacionais são do

Censo ibge de 2010.

30 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

nos gráficos 1 e 2, é possível observar, em cada faixa populacional, quantos são os

municípios com e sem legislação, e os que não responderam. Por meio desses dados,

foi feita a análise dos municípios com legislação (tabela 3), e dos municípios sem le-

gislação (tabela 4).

gráfico 1 – Municípios por faixa populacional

Acima de 300 mil(21 municípios)

100 mil a 300 mil(54 municípios)

25 mil a 100 mil(139 municípios)

Até 25 mil habitantes(431 municípios)

12 2 7

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

21 7 26

57 18 64

58 216 157

0% 20% 40% 60% 80% 100%

gráfico 2 – Municípios por faixa populacional (em %)

Acima de 300 mil(21 municípios)

100 mil a 300 mil(54 municípios)

25 mil a 100 mil(139 municípios)

Até 25 mil habitantes(431 municípios)

57% 10% 33%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

39% 13% 48%

40% 13% 47%

13% 50% 37%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 31

municípios com legislação

na tabela 3, verifica-se que o número de localidades, por faixa populacional, que concen-

tra mais municípios com legislação tem mais de 300 mil habitantes, pois, dos 21 municí-

pios que estão nessa faixa, 12 (57%) informaram que possuem legislação. em segundo

lugar, estão os municípios das faixas de 25 mil a 100 mil e de 100 mil a 300 mil habitantes,

representando, respectivamente, 40% dos relacionados nesta faixa, ou seja, 57 municí-

pios, de um total de 139 e 21 (39% do total) e, por fim, os municípios menores compõem

13% (58 municípios, de um total de 431, nessa faixa).

tabela 3 – Municípios com legislação

municípios com Legislação (por faixa populacional) Quantidade faixa (%)

até 25 mil 58 13%

25.001 até 100 mil 57 40%

100.001 até 300 mil 21 39%

acima de 300.001 12 57%

total 148 22%

fontes: anexos a ao d

municípios sem legislação

na tabela 4, observa-se que a maior concentração dos municípios sem legislação está na

faixa de população até 25 mil habitantes. são 216 (50%), do total da faixa, que soma 431

localidades. em seguida, estão as de 25 mil a 100 mil e de 100 mil a 300 mil, ambas com

percentual de 13% do total de cada faixa. na de 25 mil a 100 mil, estão 18 municípios, num

total de 139; de 100 mil a 300 mil apresenta sete municípios, do total de 54; por fim, acima

de 300 mil habitantes, há dois municípios, que representam 10%, do total de 21.

32 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

tabela 4 – Municípios sem legislação

municípios sem Legislação faixa (%)

até 25 mil 216 50%

25.001 até 100 mil 18 13%

100.001 até 300 mil 7 13%

acima de 300.001 2 10%

total 243 38%

fonte: anexo a ao d

os menores municípios, ou seja, aqueles com população até 25 mil habitantes, são os mais

desprovidos de legislação para garantia dos direitos das pessoas com deficiência.

muniCípios QuE pARtiCipARAm Do LEvAntAmEnto, poR

REgião ADministRAtivA

a análise por ra, quanto ao número de municípios que informaram possuir legislação pró-

pria sobre os direitos das pessoas com deficiência, está apresentada neste documento em

ordem decrescente de valor.

entre as que possuem os maiores percentuais (de 44% a 35%) aparecem as regiões de

sorocaba (44%), Campinas (38%) e Central (35%). outro grupo é composto por cinco ras,

com percentual que varia de 28% a 22%. são elas: Presidente Prudente (28%), barretos

(26%), região metropolitana (25%), franca e baixada santista (22%). no grupo formado

pelas ras de marília e ribeirão Preto, ambas registram um percentual de 16%. e, por fim,

as cinco regiões com percentual mais baixo, que varia de 9% a 2%, são: são josé do rio

Preto (9%), bauru e são josé dos Campos (8%), registro (7%) e araçatuba (2%).

a distribuição das respostas por região não invalida, estatisticamente, a projeção para

todo o estado (porque esta foi feita com base no porte populacional e, nas várias regiões,

LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 33

não há homogeneidade de distribuição desses portes populacionais), mas pode ser indi-

cativa de priorizações em eventuais ações futuras.

Regiões com o maior número de municípios com legislação

nos gráficos 3 a 10, que apresentam cada ra em ordem decrescente, separadamente, é

possível observar que a de sorocaba possui o maior número de municípios com legislação

(44%). Percentual composto por 35 municípios, num total de 79.

gráfico 3 – Municípios da Região Administrativa de Sorocaba (79 municípios)

Região Administrativa de Sorocaba

(2.805 mil habitantes)

83%

17%

0%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

44%

55%

1%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

35

143

fonte: anexos a ao d

a segunda é a região de Campinas (gráfico 4), que, do total de 90 municípios, 37 (41%)

apresentam legislação sobre os direitos das pessoas com deficiência. destaca-se, tam-

bém, que 47% (42 municípios) não responderam ao levantamento.

34 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

gráfico 4 – Municípios da Região Administrativa de Campinas (90 municípios)

58%

3%

39%

Região Administrativa de Campinas

(6.251 mil habitantes)

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

41%

12%

47%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

42

37

11

fontes: anexo a ao d

a terceira com maior número de legislação é a região Central, com 35%, representado por

nove municípios, num total de 26 (gráfico 5).

gráfico 5 – Municípios da Região Administrativa Central (26 municípios)

51%

2%

47%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa Central

(952 mil habitantes)

35%

15%

50%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

13

4 9

fontes: anexos a ao d

LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 35

destaca-se que as regiões de Presidente Prudente e barretos apresentam, respectiva-

mente, 37 (70%) e 8 (42%) municípios que não possuem legislação sobre o tema (gráficos

6 e 7). em seguida, dentre os que possuem, a região de Presidente Prudente registra 15

municípios (28%).

gráfico 6 – Municípios da Região de Presidente Prudente (53 municípios)

55%

44%

1%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa de Presidente Prudente

(833 mil habitantes)

28%

70%

2%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

15

137

fontes: anexos a ao d

a quinta região, no total de municípios que possuem legislação, é a de barretos, represen-

tado por cinco (26%) municípios, dentre 19.

36 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

gráfico 7 – Municípios da Região Administrativa de Barretos (19 municípios)

31%

35%

34%

Com legislação

sem legislação

não responderam

Região Administrativa de Barretos

(736 mil habitantes)

26%

42%

32%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

5

6

8

fontes: anexos a ao d

Para finalizar, a sexta região que possui mais municípios com legislação é a metropolitana

de são Paulo, com dez municípios (25%), de um total de 39 (gráfico 8).

gráfico 8 – Municípios na Região Metropolitana de São Paulo (39 municípios)

73%

11%

15%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Metropolitana de São Paulo

(19.673 mil habitantes)

25%

26%

49%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam10

10

19

fontes: anexos a ao d

LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 37

Com 22% do total de municípios das respectivas regiões, aparece a de franca, com cinco,

e a da baixada santista, com dois. destaca-se que, da região da baixada santista, sete

municípios (78%) não responderam ao levantamento (gráficos 9 e 10).

gráfico 9 – Municípios da Região Administrativa de Franca (23 municípios)

66%

13%

21%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa de Franca

(706 mil habitantes)

22%

35%

43%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

10

8

5

fontes: anexos a ao d

gráfico 10 – Municípios da Região Administrativa da Baixada Santista (9 municípios)

29%

71%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa da Baixada Santista

(1.663 mil habitantes)

22%

78%

Com legislação

Não responderam

7

2

fontes: anexo a ao d

38 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Regiões com percentual mais baixo de municípios com legislação

representam 16%, as regiões de marília, com oito municípios, que indicaram possuir legisla-

ção, e de ribeirão Preto, em que quatro municípios possuem legislação (gráficos 11 e 12).

gráfico 11 – Municípios da Região Administrativa de Marília (51 municípios)

35%

45%

20%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa de Marília

(941 mil habitantes)

16%

53%

31%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

8

16

27

fontes: anexos a ao d

gráfico 12 – Municípios da Região Administrativa de Ribeirão Preto (25 municípios)

Região Administrativa de Ribeirão Preto

(25 municípios)

59%

3%

37%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa de Ribeirão Preto

(1.248 mil habitantes)

20%

20%

60%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

15

5 5

fontes: anexos a ao d

LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 39

apresentando menos de 10% dos municípios com legislação, aparecem as regiões de

são josé do rio Preto (9%), seguida por duas regiões com 8% – bauru e são josé dos

Campos. registro está logo abaixo, com 7%, e, por fim, a região de araçatuba (2%), re-

presentada por apenas um município, de um total de 43 (gráficos 13 a 17).

desse grupo, destaca-se que, na região de são josé do rio Preto, 69% dos municípios

não possuem legislação. outras que se destacaram por significativo percentual de não re-

torno ao levantamento, foram as de registro e araçatuba, ambas com 87%, equivalentes,

respectivamente, a 12 e 37 municípios.

gráfico 13 – Municípios na Região Administrativa de São José do Rio Preto (96 municípios)

20%

30%

50%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa de São José do Rio Preto

(1.404 mil habitantes)

9%

69%

22%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

6621

9

fontes: anexos a ao d

40 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

gráfico 14 – Municípios da Região Administrativa de Bauru (39 municípios)

37%

8%

55%

Com legislação

Sem legislação

Não respondeu

Total

(1.054 mil habitantes)

8%

28%

64%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

25

113

fontes: anexos a ao d

gráfico 15 – Municípios da Região Administrativa de São José dos Campos (39 municípios)

Região Administrativa de São José dos Campos

(39 municípios)

33%

4%

63%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa de São José dos Campos

(2.263 mil habitantes)

8%

18%

74%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

29

7 3

fontes: anexos a ao d

LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 41

gráfico 16 – Municípios da Região Administrativa de Registro (14 municípios)

7%

47%

46%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa de Registro

(269 mil habitantes)

7%

7%

86%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

12

11

fontes: anexos a ao d

gráfico 17 – Municípios da Região Administrativa de Araçatuba (43 municípios)

8%

4%

88%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Região Administrativa de Araçatuba

(43 municípios)

Região Administrativa de Araçatuba

(736 mil municípios)

2%

12%

86%

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

37

5 1

fontes: anexos a ao d

42 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

hABitAntEs, poR fAixA popuLACionAL, DE muniCípios Com LEgisLAção

foram levantadas as populações dos municípios que responderam possuir legislação so-

bre os direitos das pessoas com deficiência e comparadas com a população geral do

estado de são Paulo.

a população dos municípios com legislação equivale a 25 milhões de pessoas, o que

representa 61% do total de 41,2 milhões de habitantes do estado. os municípios sem le-

gislação somam 4,5 milhões de habitantes, o equivalente a 11% da população total e, por

fim, os que não responderam ao levantamento possuem 11,7 milhões de habitantes, o que

representa 28% do total.

os municípios que desenvolvem políticas para as pessoas com deficiência englobam 61%

dos habitantes do estado e os que responderam não possuir legislação sobre o tema de-

têm 11% dos habitantes.

tabela 5 – População dos municípios6 do levantamento da legislação

municípios do Estado população (em milhões) percentual

com legislação 25 61%

sem legislação 4,5 11%

não responderam 11,7 28%

total 41,2 100%

fontes: anexos a ao d

DistRiBuição DA popuLAção poR poRtE DE muniCípio

dos municípios que têm legislação sobre o tema, 0,7 milhão de habitantes estão na faixa

de até 25 mil habitantes; os de população até 2,8 milhões, na faixa de 25 mil a 100 mil ha-

bitantes; 3,5 milhões, na faixa de 100 mil a 300 mil habitantes; e 17,9 milhões, na faixa de

mais de 300 mil habitantes. a concentração dá-se com os 12 municípios na faixa acima de

300 mil habitantes, dos quais um é a cidade de são Paulo (gráfico 18).

6 dados populacionais do

Censo ibge de 2010.

LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 43

gráfico 18 – Classificação dos municípios que responderam ao levantamento, por faixa populacional

0

5

10

15

20

25

Com legislação

Sem legislação

Não responderam

Até 25 mil 25 mil a 100 mil 100 mil a 300 mil Acima de 300 mil Total

Faixas populacionais dos municípios (habitantes por faixa)

0,71,6 1,5

2,8

0,7

3,1 3,5

1,1

4,2

1,1

2,9

4,5

11,7

25

17,9M

ilhõe

s de

hab

itant

es

fontes: anexos a ao d

4

DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção

As informações dos muniCíPios que resPonderam ao levantamento foram

ConsubstanCiadas em tabelas, Contidas nos anexos a ao d, estruturadas ini-

Cialmente em 12 temas, agruPados em função de CaraCterístiCas similares,

aPresentadas neste item, Para CumPrimento na legislação muniCiPal, e alguns

artigos da Convenção internaCional, Passando Pelos oito eixos (quadro 1).

Quadro 1 – Eixos/artigos e temas

Eixos Artigos da convenção temas

1 5o Igualdade e não discriminação Cidadania

2

6o Mulheres com deficiênciaGrupos especiais, Mulheres Conscientização

7o Crianças com deficiência

8o Conscientização

3

9o Acessibilidade Acessibilidade, Urbanismo

19Vida independente e inclusão na comunidade

Acessibilidade do transporte

20 Mobilidade pessoal Acessibilidade/Comunicação

21Liberdade de expressão e de opinião e acesso à informação

Habitação

4 24 Educação Educação

5 25Saúde

SaúdeHabilitação e reabilitação

6 27 Trabalho e emprego Trabalho/Emprego

7 28Padrão de vida e proteção social adequados

Assistência social

8 30Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Cultura, Lazer/Esporte

fontes: anexos a e b

46 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Eixos/ARtigos DA ConvEnção

nos municípios com legislação, por eixo (gráficos 19 e 20), observa-se que a legislação

que trata do conteúdo do eixo 3 – arts. 9o, 19, 20 e 21 –, consta em 107 municípios e

aborda acessibilidade; vida independente e inclusão na comunidade; mobilidade pessoal,

e liberdade de expressão e de opinião; e acesso à informação. destaca-se que aparecem

ainda as leis de acessibilidade aos transportes e ao meio urbano, aspectos importantes,

porque, com o acesso garantido, é possível viabilizar os demais eixos da política.

em 88 municípios aparece o eixo 1, que trata do art. 5o – da igualdade e não discriminação.

entende-se que o atendimento a esse eixo revela a consciência da importância de garantir

a cidadania das pessoas com deficiência, um dos pilares de uma política.

em terceiro e quarto lugares, aparecem as leis do eixo 6, a respeito do art. 27 – trabalho

e emprego –, cujos temas foram tratados em 46 municípios; e o eixo 2, que trata dos arts.

6o, 7o e 8o – mulheres com deficiência, crianças com deficiência e conscientização –, em

43 municípios.

os quatros eixos menos tratados nas leis são os 7, 4, 8 e 5. o eixo 7, sobre o art. 28 – pa-

drão de vida e proteção social adequados –, aparece em 35 municípios; seguido do eixo 4,

que trata do art. 24 – educação –, considerado em 33 municípios; e, por fim, o eixo 8 – art.

30, participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte –, em 31 municípios, e o

eixo 5 – composto pelos arts. 25, saúde, e 26, habilitação e reabilitação – foi citado por 22

localidades.

DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção 47

gráfico 19 – Total de municípios com legislação, por eixo

0

20

40

60

80

100

120

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

88

43

107

33

22

46

3531

Total de Municípios

fontes: anexos a ao d

gráfico 20 – Percentual de municípios com legislação, por eixo

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

22,5 %

11 %

27,4 %

8,4 %5,6 %

11,8 %9 % 7,9 %

Total de Municípios

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

22,5 %

11 %

27,4 %

8,4 %5,6 %

11,8 %9 % 7,9 %

Total de Municípios

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

fontes: anexo a ao d

48 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

DistRiBuição Dos Eixos, poR REgião ADministRAtivA

Para a leitura da distribuição dos eixos/artigos da Convenção sobre os direitos das Pesso-

as com deficiência, foram levantados os temas tratados nos municípios e preparados 15

mapas (anexos e a s), que o detalham por ra.

DistRiBuição Dos Eixos, poR fAixA popuLACionAL

as tabelas 6 a 8 e os gráficos 21 a 28 demonstram a quantidade de municípios que res-

ponderam possuir ou não legislação sobre cada eixo/artigos da Convenção sobre os di-

reitos das Pessoas com deficiência, e quanto, em números percentuais, cada eixo/direitos

representa em relação à quantidade de leis existentes por município, considerando, em

cada um, o porte populacional no estado de são Paulo.

das amostras coletadas, foi possível constatar que, nos municípios cujo porte populacio-

nal está na faixa de até 25 mil habitantes, é muito baixo o índice de leis existentes em todos

os eixos/direitos (gráficos 21 e 22).

tabela 6 – Perfil da amostra por porte populacional

Porte/ Habitantes

Amostra Pesquisada

Não responderam

Total EstadoSem

legislaçãoCom

legislaçãoTotal % Estado

1. Até 25 mil 216 58 274 63,6% 157 431

2. De 25.001 a 100 mil

18 57 75 54,0% 64 139

3. De 100.001 a 300 mil

7 21 28 51,9% 26 54

4. Acima de 300 mil

2 12 14 66,7% 7 21

Totais 243 148 391 60,6% 254 645

fontes: anexos a ao d

DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção 49

tabela 7 – Quantidade de municípios com legislação, por porte populacional e eixos

Distribuição por Eixos e Porte - Dados Brutos

Porte/Habitantes Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

1. Até 25 mil 25 9 33 4 2 7 10 2

2. De 25.001 a 100.000

35 19 45 12 9 21 15 10

3. De 100.001 a 300 mil

17 8 18 8 7 10 5 11

4. Acima de 300 mil

11 7 11 9 4 8 5 8

Total 88 43 107 33 22 46 35 31

fontes: anexos a ao d

tabela 8 – Percentual de municípios com legislação, por porte populacional e eixos

Distribuição por Eixos e Porte - Dados Percentuais

Porte/Habitantes Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

1. Até 25 mil 9,1% 3,3% 12,0% 1,5% 0,7% 2,6% 3,6% 0,7%

2. De 25.001 a

100 mil46,7% 25,3% 60,0% 16,0% 12,0% 28,0% 20,0% 13,3%

3. De 100.001 a

300 mil60,7% 28,6% 64,3% 28,6% 25,0% 35,7% 17,9% 39,3%

4. Acima de

300 mil91,7% 58,3% 91,7% 75,0% 33,3% 66,7% 41,7% 66,7%

Total 22,5% 11,0% 27,4% 8,4% 5,6% 11,8% 9,0% 7,9%

fontes anexos a ao d

50 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

municípios com Legislação – porte populacional 1 (até 25 mil habitantes)

gráfico 21 – Total de municípios com legislação até 25 mil habitantes

0

5

10

15

20

25

30

35

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

25

9

33

4

2

7

10

2

Municípios até 25 mil habitantes

fontes: anexos a e b

gráfico 22 – Percentual de municípios com legislação (até 25 mil habitantes)

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Municípios até 25 mil habitantes

9,1 %

3,3 %

12 %

1,5 % 0,7 % 2,6 % 3,6 %0,7 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Municípios até 25 mil habitantes

9,1 %

3,3 %

12 %

1,5 % 0,7 % 2,6 % 3,6 %0,7 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

fontes: anexos ao d

DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção 51

municípios com Legislação – porte populacional 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)

gráfico 23 – Total de municípios com legislação (de 25.001 a 100 mil habitantes)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

35

19

45

12

9

21

15

10

Municípios de 25.001 a 100 mil habitantes

fontes: anexos a ao d

gráfico 24 – Percentual de municípios com legislação (de 25.001 a 100 mil habitantes)

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

46,7 %

25,3 %

60 %

16 %12 %

28 %

20 %

13,3 %

Municípios de 25.001 a 100 mil habitantes

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Municípios até 25 mil habitantes

9,1 %

3,3 %

12 %

1,5 % 0,7 % 2,6 % 3,6 %0,7 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

fontes: anexos a ao d

52 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

municípios com Legislação – porte populacional 3 (de 100 mil a 300 mil habitantes)

gráfico 25 – Total de municípios com legislação (de 100.001 a 300 mil habitantes)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

17

8

18

87

10

5

11

Municípios de 100.001 a 300 mil habitantes

fontes: anexos a ao d

gráfico 26 – Percentual de municípios com legislação 100.001 a 300 mil habitantes

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

60,7 %

28,6 %

64,3 %

28,6 %25 %

35,7 %

17,9 %

39,3 %

Municípios de 100.001 a 300 mil habitantes

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

60,7 %

28,6 %

64,3 %

28,6 %25 %

35,7 %

17,9 %

39,3 %

Municípios de 100.001 a 300 mil habitantes

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

fontes: anexos a ao d

DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção 53

municípios com Legislação – porte populacional 4 (acima de 300 mil habitantes)

gráfico 27 – Total de municípios com legislação (acima de 300 mil habitantes)

0

2

4

6

8

10

12

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

11

7

11

9

4

8

5

8

Municípios com mais de 300 mil habitantes

fontes: anexos a ao d

gráfico 28 – Percentual de municípios com legislação (acima de 300 mil habitantes)

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

78,6 %

50 %

78,6 %

64,3 %

28,6 %

57,1 %

35,7 %

57,1 %

Municípios com mais de 300 mil habitantes

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

100 %

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

60,7 %

28,6 %

64,3 %

28,6 %25 %

35,7 %

17,9 %

39,3 %

Municípios de 100.001 a 300 mil habitantes

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8

Cidadania/ Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte

Educação SaúdeTrabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

fontes: anexos a ao d

5

eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL: LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

o artigo 4º, item C, da Convenção internaCional, determina que se deve “le-

var em Conta, em todos os Programas e PolítiCas, a Proteção dos direitos hu-

manos das Pessoas Com defiCiênCia”. as Considerações sobre os artigos que

tratam dos direitos e garantias Passíveis de ser objeto de atos normativos

dos muniCíPios foram agruPados em oito eixos.

eixo 1: diReitos CitAdos no ARtiGo 5º, que tRAtA dA iGuAldAde e não dis-

CRiMinAção dAs PessoAs CoM defiCiênCiA;

eixo 2: diReitos ARRolAdos nos ARtiGos 6º e 7º, que se RelACionAM CoM

os teMAs dAs MulheRes e CRiAnçAs CoM defiCiênCiA; e no ARtiGo 8o,

que tRAtA dA ConsCientizAção;

eixo 3: diReitos enuMeRAdos nos ARtiGos 9º e 19 A 21, sobRe, ResPeCti-

vAMente, ACessibilidAde; vidA indePendente e inClusão nA CoMunidAde;

MobilidAde PessoAl; e libeRdAde de exPRessão e de oPinião e ACesso

à infoRMAção;

eixos 4-8: diReitos ARRolAdos, ResPeCtivAMente, nos ARtiGos 24 A

28 e 30, e que PRoMoveM o ACesso à eduCAção; sAúde, hAbilitAção e

56 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

ReAbilitAção; tRAbAlho e eMPReGo; PAdRão de vidA e PRoteção

soCiAl AdequAdos; e PARtiCiPAção nA vidA CultuRAl e eM ReCRe-

Ação, lAzeR e esPoRte.

é importante frisar que os direitos destacados da convenção internacional, como apre-

sentado no quadro 2, têm por meta promover a dignidade da pessoa humana inerente ao

grupo de indivíduos com deficiência, motivo pelo qual a intervenção do município, para

garantir esses direitos, como segue analisado, será tomada em razão das disposições

constitucionais que a regulam, e indicado, como exemplo, o respectivo modo de agir,

em consonância com o tipo de competência reservada pela Constituição federal e, tão

somente, nas matérias em que é possível a esse ente federativo efetivar as medidas con-

cretas e necessárias nesse assunto.

Quadro 2 – Eixos e artigos da convenção

Eixos Artigos

1 5o Igualdade e não discriminação

2

6o Mulheres com deficiência

7o Crianças com deficiência

8o Conscientização

3

9o Acessibilidade

19 Vida independente e inclusão na comunidade

20 Mobilidade pessoal

21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso à informação

4 24 Educação

525 Saúde

26 Habilitação e reabilitação

6 27 Trabalho e emprego

7 28 Padrão de vida e proteção social adequados

8 30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

fonte: Convenção internacional sobre os direitos das Pessoas com deficiência

57eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Para obter a atuação municipal em cada eixo, foram escolhidos 16 municípios a serem

observados, conforme os passos descritos a seguir.

inicialmente, definiu-se uma amostra (10%) composta de 14 municípios, do total de 148

que responderam ao levantamento confirmando possuírem legislação. garantiu-se a dis-

tribuição deste nos diferentes portes populacionais. assim, foram separados em quatro

faixas populacionais (até 25 mil habitantes, de 25 mil a 100 mil, de 100 mil a 300 mil e

acima de 300 mil habitantes). Para garantir que cada faixa tivesse o mesmo número de

municípios, a amostra passou, então, para 16 municípios (11%), com quatro deles em faixa

populacional diferente.

Por faixa populacional, com base no Censo de 2010, divulgado pelo ibge, foram escolhi-

dos os seguintes municípios:

• até 25 mil habitantes – estiva gerbi, nazaré Paulista, ribeirão bonito, santo antônio

de Posse;

• de 25.001 a 100 mil habitantes – itapeva, jales, Paulínia, ubatuba;

• de 100.001 a 300 mil habitantes – araraquara, botucatu, marília, santana de Parnaíba;

• acima de 300 mil habitantes – franca, Piracicaba, ribeirão Preto, santos.

nos próximos itens, são apontados os direitos preconizados na convenção internacional,

agrupados conforme suas afinidades, e algumas possíveis ações dos municípios, respeitan-

do-se, nesse processo de agir, a competência que lhes reservou o texto Constitucional.

58 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Eixo 1 – iguALDADE E não DisCRiminAção

ARtiGo 5o iGuAldAde e não disCRiMinAção

1. os estAdos PARtes ReConheCeM que todAs As PessoAs são

iGuAis PeRAnte e sob A lei e que fAzeM jus, seM quAlqueR disCRiMi-

nAção, A iGuAl PRoteção e iGuAl benefíCio dA lei.

2. os estAdos PARtes PRoibiRão quAlqueR disCRiMinAção bAseA-

dA nA defiCiênCiA e GARAntiRão às PessoAs CoM defiCiênCiA iGuAl

e efetivA PRoteção leGAl ContRA A disCRiMinAção PoR quAlqueR

Motivo.

3. A fiM de PRoMoveR A iGuAldAde e eliMinAR A disCRiMinAção, os

estAdos PARtes AdotARão todAs As MedidAs APRoPRiAdAs PARA GA-

RAntiR que A AdAPtAção RAzoável sejA ofeReCidA.

4. nos teRMos dA PResente Convenção, As MedidAs esPeCífiCAs

que foReM neCessáRiAs PARA ACeleRAR ou AlCAnçAR A efetivA

iGuAldAde dAs PessoAs CoM defiCiênCiA não seRão ConsideRAdAs

disCRiMinAtóRiAs.

inaugurando o capítulo dos direitos e garantias das pessoas com deficiência, a convenção

internacional, no artigo 5o, indica a igualdade e a não discriminação, no sentido de que todas

as pessoas são iguais perante a lei e que fazem jus, sem qualquer discriminação, à igual

proteção e benefício da lei, sendo proibida qualquer discriminação baseada na deficiência.

Como corolário dessa igualdade, e forma de promover a igualdade e a não discriminação, a

norma convencional impõe aos estados partes a adoção de todas as medidas apropriadas

para garantir que a adaptação razoável seja oferecida, deixando assentado que todas as

medidas específicas, que forem necessárias para acelerar ou alcançar a efetiva igualdade

dessas pessoas, não serão consideradas discriminatórias.

59eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

a igualdade entre todos, como já anotado em item anterior, é garantia também consagrada

na Constituição federal (artigo 5º, caput), igualmente indicada na convenção internacional,

como um princípio a ser observado nas relações que envolvam os direitos das pessoas

com deficiência.

ressalta-se, contudo, que o princípio da igualdade é dirigido a todas as pessoas, indistin-

tamente, tal como anotado no artigo 5º da Constituição federal.

a par disso, a doutrina, ao analisar o alcance da igualdade, assenta que o termo “igualda-

de”, decorrente da sua origem clássico-grega7, abrange, inclusive, a palavra “justo”.

assim, é possível observar a existência de uma igualdade fundamental, “que nos insere

na espécie humana, e há uma desigualdade, também fundamental, que nos põe como

indivíduo e como pessoa,” como bem apontado por Calmon de Passos na obra de sousa

júnior (2011, p. 72).

as pessoas, não obstante iguais, em razão de sua natureza humana, ostentam, individual-

mente, suas próprias peculiaridades, isto é, seus distintivos modos de agir, pensar e se ex-

pressar. daí que o princípio da igualdade, para Calmon de Passos (apud sousa júnior,

2011, p. 72) consiste:

nA PRoCuRA e definição dos fAtoRes exteRnos MediAnte os quAis

se Pode teR uMA “MoedA” PolítiCA que PeRMitA iGuAlAR hoMens es-

senCiAlMente difeRentes, sob inúMeRos AsPeCtos, tAnto biolóGi-

CA quAnto PsiColoGiCAMente, tAnto eM teRMos MAteRiAis quAnto

eM diMensão CultuRAl. A disCRiMinAção é A utilizAção de “MoedA

fAlsA” PARA esse inteRCâMbio juRídiCo-PolítiCo, que está vetAdo

Pelo PRinCíPio de não disCRiMinAção.

a não discriminação, portanto, está associada ao princípio da igualdade, em sua vertente

igualdade em direitos, ou igualdade perante a lei, que, de certa forma, indica vedações

a quaisquer práticas discriminatórias injustificadas. Por causa disso, o referido princípio

7 a palavra grega

isos significa

“igual”, “mesmo”,

“correspondente”,

“justo”. (sousa

júnior, 2011, p. 72).

60 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

ultrapassa a ideia de igualdade perante a lei, pois traz a ideia de usufruto dos direitos fun-

damentais por todos os indivíduos.

dessa forma, como anotado na obra citada, “o princípio da não discriminação seria uma

das vertentes do princípio da igualdade sob a forma de igualdade material (igualdade na

lei), muito embora haja também a igualdade formal (igualdade perante a lei)”. Conceituando

as distintas formas de igualdade, remetemo-nos à explanação de roger raupp rios (apud

sousa júnior, p. 73):

A iGuAldAde PeRAnte A lei (iGuAldAde foRMAl) diz ResPeito à iGuAl

APliCAção do diReito viGente seM distinção CoM bAse no destinA-

táRio dA noRMA juRídiCA, sujeito Aos efeitos juRídiCos deCoRRen-

tes dA noRMAtividAde existente; A iGuAldAde nA lei (iGuAldAde MA-

teRiAl), PoR suA vez, exiGe A iGuAldAde de tRAtAMento dos CAsos

iGuAis Pelo diReito viGente, beM CoMo A difeRenCiAção no ReGiMe

noRMAtivo eM fACe de hiPóteses distintAs.

Cumpre observar, ainda, conforme josé afonso silva (apud sousa júnior, 2011, p. 74),

no que toca à igualdade formal, que a esta

CoRResPondeRiA o Advento de obRiGAções nA APliCAbilidAde dAs

noRMAs juRídiCAs GeRAis Aos CAsos ConCRetos, isto é, seRiA uMA

exiGênCiA feitA A todos Aqueles que APliCAM As noRMAs juRídiCAs

GeRAis Aos CAsos ConCRetos. deve seR RessAltAdo tAMbéM que

iGuAldAde MAteRiAl exiGe que, nAs noRMAs juRídiCAs, não hAjA

distinções que não sejAM AutoRizAdAs PelA PRóPRiA Constitui-

ção (...). seRiA uMA exiGênCiA diRiGidA tAnto àqueles que CRiAM As

noRMAs juRídiCAs GeRAis CoMo àqueles que As APliCAM Aos CA-

sos ConCRetos.

61eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

dessa forma, a igualdade material tem em mira a aplicação da norma a todos os indivíduos,

com a preocupação de estabelecer um tratamento equânime e uniformizado para todos os

cidadãos, na busca pela fruição dos seus direitos, a fim de que suas individualidades pos-

sam ser respeitadas. a igualdade formal, por sua vez, preocupa-se com a aplicação pura

da letra da lei, sem considerar as diferenças e os atributos inerentes a cada ser humano.

lutiana lorentz (apud sousa júnior, 2011, p. 74), faz referência à igualdade

CoMo noRMA ConstituCionAl, tendo eM vistA que elA deve seR

lidA CoMo A obRiGAtoRiedAde de tRAtAMento isonôMiCo A todos

os CidAdãos, Ao MesMo teMPo eM que PossibilitA tRAtAMentos di-

feRenCiAdos A PessoAs ou GRuPos que, PoR suA quAlidAde dife-

RenCiAl ou equilíbRio fátiCo eM RelAção Ao Resto dA soCiedAde,

neCessitAM de uM tRAtAMento difeRenCiAdo, justAMente PoRque

iGuAldAde PRessuPõe o ResPeito e A PReseRvAção dAs difeRençAs

individuAis e GRuPAis ou dA diveRsidAde que é ineRente à nAtuRezA

huMAnA.

assim, é perfeitamente possível entender as disposições inseridas no artigo 5º da conven-

ção internacional, sobretudo o contido no seu item 4, que, expressamente, estabelece que

“não serão consideradas discriminatórias as medidas específicas que forem necessárias

para acelerar ou alcançar a efetiva igualdade das pessoas com deficiência”, já que o termo

igualdade, seguindo o vocabulário clássico grego, como apontado por arion romita (apud

sousa júnior, 2011) abrange, e também vem a significar, aquilo que é “justo”.

Por isso, todos os direitos das pessoas com deficiência incluídos na convenção interna-

cional estão relacionados uns com os outros, em decorrência do princípio básico que rege

toda a estrutura normativa desses direitos, na busca pela total e incondicional igualdade

de oportunidades e garantia da não discriminação, como meio e forma de bem realizar a

paz, que é fruto da justiça, seja em que situação estejam os respectivos grupos de pessoas

com deficiência.

62 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

respeitando-se as diretrizes constitucionais, convencionais e legais vigentes, no intuito

de garantir a igualdade e a não discriminação, o município poderá tomar iniciativas para:

• Promover a divulgação do direito ao atendimento prioritário às pessoas com deficiên-

cia, nos órgãos da administração Pública municipal, nas empresas prestadoras de ser-

viço público, nos serviços de saúde e nos serviços privados, a exemplo das instituições

financeiras;

• garantir a instalação de assentos de uso preferencial sinalizados;

• investir na capacitação do servidor para atender às pessoas com deficiência e mobili-

dade reduzida;

• Cobrar, da iniciativa privada, a obrigatoriedade da capacitação do pessoal para atender

as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;

• Capacitar pessoal para a comunicação em língua brasileira de sinais (libras).

AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL

da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos

sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-

nicípios que responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência,

comparado ao total do estado, como seguem.

63eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

itapeva

Lei 1.289/1998 – define o conceito de pessoa portadora de deficiência para fins da con-

cessão de benefício, prioridade e equiparação de oportunidades sociais no âmbito do

município de iitapeva (sP), conforme especifica.

Ribeirão preto

Lei 9.106/2001 – legislação complementar e/ou regulamentadora: 076/2001, dispõe sobre

a ação do município no combate às práticas discriminatórias de qualquer natureza, em seu

território.

Lei 9.559/2002 – Proíbe qualquer forma de discriminação no acesso aos elevadores de to-

dos os edifícios públicos municipais, ou particulares, comerciais, industriais e residenciais,

multifamiliares, existentes no município de ribeirão Preto.

ubatuba

Lei 2.776/2006 – garante o ingresso e permanência de cães-guia de pessoas portadoras

de deficiência visual, em locais de acesso público.

64 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Eixo 2 – muLhEREs Com DEfiCiênCiA; CRiAnçAs Com DEfiCiênCiA;

ConsCiEntizAção

ARtiGo 6º MulheRes CoM defiCiênCiA

1. os estAdos PARtes ReConheCeM que As MulheRes e MeninAs

CoM defiCiênCiA estão sujeitAs A MúltiPlAs foRMAs de disCRiMinA-

ção e, PoRtAnto, toMARão MedidAs PARA AsseGuRAR às MulheRes

e MeninAs CoM defiCiênCiA o Pleno e iGuAl exeRCíCio de todos os

diReitos huMAnos e libeRdAdes fundAMentAis.

2. os estAdos PARtes toMARão todAs As MedidAs APRoPRiAdAs

PARA AsseGuRAR o Pleno desenvolviMento, o AvAnço e o eMPo-

deRAMento dAs MulheRes, A fiM de GARAntiR-lhes o exeRCíCio e o

Gozo dos diReitos huMAnos e libeRdAdes fundAMentAis estAbele-

Cidos nA PResente Convenção.

ARtiGo 7º CRiAnçAs CoM defiCiênCiA

1. os estAdos PARtes toMARão todAs As MedidAs neCessáRiAs PARA

AsseGuRAR às CRiAnçAs CoM defiCiênCiA o Pleno exeRCíCio de to-

dos os diReitos huMAnos e libeRdAdes fundAMentAis, eM iGuAldA-

de de oPoRtunidAdes CoM As deMAis CRiAnçAs.

2. eM todAs As Ações RelAtivAs às CRiAnçAs CoM defiCiênCiA, o su-

PeRioR inteResse dA CRiAnçA ReCebeRá ConsideRAção PRiMoRdiAl.

3. os estAdos PARtes AsseGuRARão que As CRiAnçAs CoM defiCiên-

CiA tenhAM o diReito de exPRessAR livReMente suA oPinião sobRe

todos os Assuntos que lhes disseReM ResPeito, tenhAM A suA

oPinião devidAMente vAloRizAdA de ACoRdo CoM suA idAde e MAtu-

RidAde, eM iGuAldAde de oPoRtunidAdes CoM As deMAis CRiAnçAs,

65eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

e ReCebAM AtendiMento AdequAdo à suA defiCiênCiA e idAde, PARA

que PossAM exeRCeR tAl diReito.

ARtiGo 8º ConsCientizAção

1. os estAdos PARtes se CoMPRoMeteM A AdotAR MedidAs iMediA-

tAs, efetivAs e APRoPRiAdAs PARA:

A) ConsCientizAR todA A soCiedAde, inClusive As fAMíliAs, sobRe

As Condições dAs PessoAs CoM defiCiênCiA e foMentAR o ResPeito

Pelos diReitos e PelA diGnidAde dAs PessoAs CoM defiCiênCiA;

B) CoMbAteR esteReótiPos, PReConCeitos e PRátiCAs noCivAs eM

RelAção A PessoAs CoM defiCiênCiA, inClusive Aqueles RelACionA-

dos A sexo e idAde, eM todAs As áReAs dA vidA;

C) PRoMoveR A ConsCientizAção sobRe As CAPACidAdes e ContRi-

buições dAs PessoAs CoM defiCiênCiA.

2. As MedidAs PARA esse fiM inClueM:

A) lAnçAR e dAR ContinuidAde A efetivAs CAMPAnhAs de ConsCien-

tizAção PúbliCAs, destinAdAs A:

i. fAvoReCeR Atitude ReCePtivA eM RelAção Aos diReitos dAs Pes-

soAs CoM defiCiênCiA;

ii. PRoMoveR PeRCePção PositivA e MAioR ConsCiênCiA soCiAl eM

RelAção às PessoAs CoM defiCiênCiA;

66 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

iii. PRoMoveR o ReConheCiMento dAs hAbilidAdes, dos MéRitos e

dAs CAPACidAdes dAs PessoAs CoM defiCiênCiA e de suA ContRibui-

ção Ao loCAl de tRAbAlho e Ao MeRCAdo lAboRAl;

B) foMentAR eM todos os níveis do sisteMA eduCACionAl, inCluin-

do neles todAs As CRiAnçAs desde tenRA idAde, uMA Atitude de

ResPeito PARA CoM os diReitos dAs PessoAs CoM defiCiênCiA;

C) inCentivAR todos os óRGãos dA MídiA A RetRAtAR As PessoAs

CoM defiCiênCiA de MAneiRA CoMPAtível CoM o PRoPósito dA PRe-

sente Convenção;

D) PRoMoveR PRoGRAMAs de foRMAção sobRe sensibilizAção A

ResPeito dAs PessoAs CoM defiCiênCiA e sobRe os diReitos dAs

PessoAs CoM defiCiênCiA.

Para que a inclusão social das pessoas com deficiência seja plena, é fundamental que haja

conscientização e respeito por parte da população, que deve estar preparada para lidar

com as vicissitudes daquele grupo.

dentre o grupo de deficiências, há que se ter um olhar mais atento a outras pessoas, como

aquelas sujeitas a outras formas de discriminação, cujas condições de vulnerabilidade são

bem mais acentuadas, como mulheres e crianças, e que, por isso, merecem especial aten-

ção quando forem propostas medidas de conscientização.

vale ressaltar que o brasil promulgou, por meio do decreto 3.956, de 8 de outubro de 2001,

a Convenção interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação Con-

tra as Pessoas Portadoras de deficiência.

67eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

dentre outros compromissos, o brasil assumiu para si a responsabilidade internacional

de garantir o cumprimento de medidas, seja das autoridades governamentais e/ou enti-

dades privadas,

PARA eliMinAR PRoGRessivAMente A disCRiMinAção e PRoMoveR A

inteGRAção nA PRestAção ou foRneCiMento de bens, seRviços,

instAlAções, PRoGRAMAs e AtividAdes, tAis CoMo o eMPReGo, o

tRAnsPoRte, As CoMuniCAções, A hAbitAção, o lAzeR, A eduCAção,

o esPoRte, o ACesso à justiçA e Aos seRviços PoliCiAis e As Ativi-

dAdes PolítiCAs e de AdMinistRAção (ARt. 3º, i, a).

no que concerne à mulher com deficiência, deverão ser observadas as convenções inter-

nacionais firmadas pelo País relativas ao assunto, quais sejam: Convenção sobre a elimi-

nação de todas as formas de violência contra a mulher (decreto 4.377/2002) e Conven-

ção de belém do Pará (decreto 107/1995). no tocante à criança, o município, ao legislar,

deve observar, no plano internacional, a Convenção sobre os direitos da Criança (decreto

28/1990), e, no plano nacional, o estatuto da Criança e do adolescente (lei 8.069/1990).

o passo inicial destinado a servir como locus para o exercício da cidadania desse público-

alvo é a criação de um Conselho municipal da Pessoa com deficiência, que poderá propor

políticas voltadas a esse grupo de pessoas.

o artigo 4º do decreto 5.296/2004 confere legitimidade aos conselhos das pessoas com

deficiência para acompanhar e sugerir medidas para o cumprimento dos requisitos ne-

cessários ao atendimento dos direitos desse público, principalmente para que sejam

observadas as normas gerais e os critérios básicos para a promoção da acessibilidade.

68 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

o município encontra vasto campo de atuação para:

• Criar conselho para defesa dos direitos da pessoa com deficiência;

• Instituir datas comemorativas de conscientização;

• Divulgar as leis e normas de acessibilidade;

• Garantir o cumprimento da Lei federal 11.126/2005, regulamentada pelo Decreto

5.904/2006, que dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual, que tenha um

cão-guia, poder ingressar e permanecer com o animal em ambientes de uso coletivo;

• Capacitar os funcionários públicos para o atendimento especializado;

• Oferecer cursos para a população em geral interessada em aprender Libras, promovendo

a sua difusão;

• Desenvolver atividades para eliminar as barreiras atitudinais com a comunidade e os

órgãos públicos;

• fiscalizar entidades privadas e de particulares quanto ao cumprimento de normas de

atendimento prioritário; e

• garantir o atendimento às normas de acessibilidade, podendo, inclusive, impor sanções

ao descumprimento (observando, nesse particular, o disposto no decreto 5.296/2004).

AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL

da legislação municipal coletada, foi possível observar atos normativos sobre os as-

suntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os municípios que

69eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência, comparado

ao total do estado, como seguem.

Estiva gerbi

Lei 098/1994 – dispõe sobre o atendimento preferencial de gestantes, mães com crianças

de colo, idosos e deficientes em estabelecimentos comerciais, de serviços similares, e dá

outras providências.

itapeva

Lei 1.263/1998 – institui a semana de Prevenção às deficiências (21 a 28 de agosto).

piracicaba

Lei 6.097/2007 – reconhece, no âmbito do município de Piracicaba, a língua brasileira de

sinais (libra), como língua de instrução e meio de comunicação objetiva de uso corrente

da comunidade das pessoas com deficiência auditiva, e dá outras providências.

Lei 6.184/2008 – dispõe sobre a instalação de brinquedos adaptados às necessidades de

crianças com deficiência, nos parques e áreas de lazer no município de Piracicaba.

Ribeirão Bonito

Lei 2.055/2009 – dispõe sobre a entrega gratuita domiciliar de medicamentos de uso con-

tínuo às pessoas com deficiência motora, multideficiência profunda com dificuldade de

locomoção e idosos.

Ribeirão preto

Lei 10.052/2004 – Cria o programa de alimentação diferenciada para crianças portadoras

de deficiência mental na rede municipal de ensino.

70 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Lei 12.024/2009 – dispõe sobre a semana de conscientização da inclusão e acessibilidade

de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, e dá outras providências.

santana de parnaíba

Lei 2.248/2000 – dispõe sobre o atendimento preferencial de gestantes, mães com crian-

ças de colo, idosos e deficientes em estabelecimentos comerciais, de serviços e similares,

e dá outras providências.

santo Antônio de posse

Lei 2674/2010 – regulamenta a lei Complementar 002, de 25 de fevereiro de 2010, que

dispõe sobre a redução da jornada de trabalho, sem prejuízo de vencimentos, de servido-

ras que sejam mães de deficientes, e dá outras providências.

71eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Eixo 3 – ACEssiBiLiDADE; viDA inDEpEnDEntE E inCLusão nA ComuniDADE;

moBiLiDADE pEssoAL; LiBERDADE DE ExpREssão E DE opinião; E ACEsso À

infoRmAção

ARtiGo 9º ACessibilidAde

1. A fiM de PossibilitAR às PessoAs CoM defiCiênCiA viveR de foRMA

indePendente e PARtiCiPAR PlenAMente de todos os AsPeCtos dA

vidA, os estAdos PARtes toMARão As MedidAs APRoPRiAdAs PARA

AsseGuRAR às PessoAs CoM defiCiênCiA o ACesso, eM iGuAldAde de

oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs, Ao Meio físiCo, Ao tRAns-

PoRte, à infoRMAção e CoMuniCAção, inClusive Aos sisteMAs e

teCnoloGiAs dA infoRMAção e CoMuniCAção, beM CoMo A outRos

seRviços e instAlAções AbeRtos Ao PúbliCo ou de uso PúbliCo,

tAnto nA zonA uRbAnA CoMo nA RuRAl. essAs MedidAs, que inClui-

Rão A identifiCAção e A eliMinAção de obstáCulos e bARReiRAs à

ACessibilidAde, seRão APliCAdAs, entRe outRos, A:

A) edifíCios, RodoviAs, Meios de tRAnsPoRte e outRAs instAlAções

inteRnAs e exteRnAs, inClusive esColAs, ResidênCiAs, instAlAções

MédiCAs e loCAl de tRAbAlho;

B) infoRMAções, CoMuniCAções e outRos seRviços, inClusive seR-

viços eletRôniCos e seRviços de eMeRGênCiA.

2. os estAdos PARtes tAMbéM toMARão MedidAs APRoPRiAdAs

PARA:

A) desenvolveR, PRoMulGAR e MonitoRAR A iMPleMentAção de noR-

MAs e diRetRizes MíniMAs PARA A ACessibilidAde dAs instAlAções e

dos seRviços AbeRtos Ao PúbliCo ou de uso PúbliCo;

72 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

B) AsseGuRAR que As entidAdes PRivAdAs que ofeReCeM instAlA-

ções e seRviços AbeRtos Ao PúbliCo ou de uso PúbliCo leveM

eM ConsideRAção todos os AsPeCtos RelAtivos à ACessibilidAde

PARA PessoAs CoM defiCiênCiA;

C) PRoPoRCionAR, A todos os AtoRes envolvidos, foRMAção eM

RelAção às questões de ACessibilidAde CoM As quAis As PessoAs

CoM defiCiênCiA se ConfRontAM;

D) dotAR os edifíCios e outRAs instAlAções AbeRtAs Ao PúbliCo ou

de uso PúbliCo de sinAlizAção eM bRAile e eM foRMAtos de fáCil

leituRA e CoMPReensão;

E) ofeReCeR foRMAs de AssistênCiA huMAnA ou AniMAl e seRviços

de MediAdoRes, inCluindo GuiAs, ledoRes e intéRPRetes PRofissio-

nAis dA línGuA de sinAis, PARA fACilitAR o ACesso Aos edifíCios e

outRAs instAlAções AbeRtAs Ao PúbliCo ou de uso PúbliCo;

f) PRoMoveR outRAs foRMAs APRoPRiAdAs de AssistênCiA e APoio

A PessoAs CoM defiCiênCiA, A fiM de AsseGuRAR A essAs PessoAs o

ACesso A infoRMAções;

g) PRoMoveR o ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A novos sis-

teMAs e teCnoloGiAs dA infoRMAção e CoMuniCAção, inClusive à

inteRnet;

h) PRoMoveR, desde A fAse iniCiAl, A ConCePção, o desenvolviMen-

to, A PRodução e A disseMinAção de sisteMAs e teCnoloGiAs de

infoRMAção e CoMuniCAção, A fiM de que esses sisteMAs e teCno-

loGiAs se toRneM ACessíveis A Custo MíniMo.

73eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

ARtiGo 19 vidA indePendente e inClusão nA CoMunidAde

os estAdos PARtes destA Convenção ReConheCeM o iGuAl diRei-

to de todAs As PessoAs CoM defiCiênCiA de viveR nA CoMunidAde,

CoM A MesMA libeRdAde de esColhA que As deMAis PessoAs, e to-

MARão MedidAs efetivAs e APRoPRiAdAs PARA fACilitAR às PessoAs

CoM defiCiênCiA o Pleno Gozo desse diReito e suA PlenA inClusão

e PARtiCiPAção nA CoMunidAde, inClusive AsseGuRAndo que:

A) As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM esColheR seu loCAl de Re-

sidênCiA e onde e CoM queM MoRAR, eM iGuAldAde de oPoRtunidA-

des CoM As deMAis PessoAs, e que não sejAM obRiGAdAs A viveR eM

deteRMinAdo tiPo de MoRAdiA;

B) As PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM ACesso A uMA vARiedAde de

seRviços de APoio eM doMiCílio ou eM instituições ResidenCiAis

ou A outRos seRviços CoMunitáRios de APoio, inClusive os seRvi-

ços de Atendentes PessoAis que foReM neCessáRios CoMo APoio

PARA que As PessoAs CoM defiCiênCiA vivAM e sejAM inCluídAs nA

CoMunidAde e PARA evitAR que fiqueM isolAdAs ou seGReGAdAs dA

CoMunidAde;

C) os seRviços e instAlAções dA CoMunidAde PARA A PoPulAção eM

GeRAl estejAM disPoníveis às PessoAs CoM defiCiênCiA, eM iGuAl-

dAde de oPoRtunidAdes, e AtendAM às suAs neCessidAdes.

ARtiGo 20 MobilidAde PessoAl

os estAdos PARtes toMARão MedidAs efetivAs PARA AsseGuRAR às

PessoAs CoM defiCiênCiA suA MobilidAde PessoAl CoM A MáxiMA

indePendênCiA Possível:

74 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

A) fACilitAndo A MobilidAde PessoAl dAs PessoAs CoM defiCiên-

CiA, nA foRMA e no MoMento eM que elAs quiseReM, e A Custo

ACessível;

B) fACilitAndo às PessoAs CoM defiCiênCiA o ACesso A teCnolo-

GiAs AssistivAs, disPositivos e AjudAs téCniCAs de quAlidAde, e

foRMAs de AssistênCiA huMAnA ou AniMAl e de MediAdoRes, inClu-

sive toRnAndo-os disPoníveis A Custo ACessível;

C) PRoPiCiAndo às PessoAs CoM defiCiênCiA e Ao PessoAl esPeCiA-

lizAdo uMA CAPACitAção eM téCniCAs de MobilidAde;

D) inCentivAndo entidAdes que PRoduzeM AjudAs téCniCAs de

MobilidAde, disPositivos e teCnoloGiAs AssistivAs A levAReM eM

ContA todos os AsPeCtos RelAtivos à MobilidAde de PessoAs CoM

defiCiênCiA.

ARtiGo 21 libeRdAde de exPRessão e de oPinião e ACesso à

infoRMAção

os estAdos PARtes toMARão todAs As MedidAs APRoPRiAdAs PARA

AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM exeRCeR seu

diReito à libeRdAde de exPRessão e oPinião, inClusive à libeRdA-

de de busCAR, ReCebeR e CoMPARtilhAR infoRMAções e ideiAs, eM

iGuAldAde de oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs e PoR in-

teRMédio de todAs As foRMAs de CoMuniCAção de suA esColhA,

ConfoRMe o disPosto no ARtiGo 2 dA PResente Convenção, en-

tRe As quAis:

A) foRneCeR, PRontAMente e seM Custo AdiCionAl, às PessoAs

CoM defiCiênCiA, todAs As infoRMAções destinAdAs Ao PúbliCo eM

75eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

GeRAl, eM foRMAtos ACessíveis e teCnoloGiAs APRoPRiAdAs Aos

difeRentes tiPos de defiCiênCiA;

B) ACeitAR e fACilitAR, eM tRâMites ofiCiAis, o uso de línGuAs de

sinAis, bRAile, CoMuniCAção AuMentAtivA e AlteRnAtivA, e de todos

os deMAis Meios, Modos e foRMAtos ACessíveis de CoMuniCAção, à

esColhA dAs PessoAs CoM defiCiênCiA;

C) uRGiR As entidAdes PRivAdAs que ofeReCeM seRviços Ao Públi-

Co eM GeRAl, inClusive PoR Meio dA inteRnet, A foRneCeR infoRMA-

ções e seRviços eM foRMAtos ACessíveis, que PossAM seR usAdos

PoR PessoAs CoM defiCiênCiA;

D) inCentivAR A MídiA, inClusive os PRovedoRes de infoRMAção

PelA inteRnet, A toRnAR seus seRviços ACessíveis A PessoAs CoM

defiCiênCiA;

E) ReConheCeR e PRoMoveR o uso de línGuAs de sinAis.

o direito à acessibilidade, intimamente relacionado com o direito de mobilidade pessoal,

consiste na garantia de vida independente às pessoas com deficiência. nesse sentido,

o espectro abarcado pelos direitos enunciados é amplo, na medida em que envolve o

acesso irrestrito ao meio físico (urbanístico e arquitetônico), à informação, à comunicação,

aos serviços públicos e privados e ao transporte. assim, os direitos à acessibilidade e à

mobilidade pessoal convergem para a garantia da igualdade entre todos e estabelecem o

correspondente dever de atuação do Poder Público para facilitar esse acesso.

quanto ao tema, existem a lei federal 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá priori-

dade de atendimento às pessoas com deficiência, regulamentada pelo decreto 5.296, de 2

de dezembro de 2004; a lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas

gerais e critérios básicos para a promoção de acessibilidade das pessoas com deficiência,

também regulamentada pelo decreto 5.296/2004; a lei 7.853/1989, que dispõe sobre a

76 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

inclusão social de pessoas com deficiência, regulamentada pelo decreto 3.298, de 20 de

dezembro de 1999; e a lei 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui as diretrizes da

Política nacional de mobilidade urbana. no âmbito estadual, a lei 12.907, de 15 de abril de

2008, consolida a legislação relativa à pessoa com deficiência no estado de são Paulo.

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

Cabe ao município, portanto, promover a eliminação de barreiras, observando o desenho

universal, que consiste na concepção de espaços, artefatos e produtos capazes de aten-

der todas as pessoas com diferentes características sensoriais. entre as ações que os

municípios podem empreender, constam as seguintes:

• adequar a legislação às exigências de acessibilidade nos espaços urbanos e rurais, nas

edificações, nos transportes e na comunicação;

• garantir a construção de calçadas acessíveis;

• instalar sinalizações visual e tátil em todos os ambientes, com piso tátil direcional e de

alerta, sinalização de áreas de circulação e portas em braile, com caracteres em alto-

relevo e pictogramas;

• adaptar os edifícios públicos e coletivos a todas as deficiências, incluídas a reforma e

ampliação de espaços;

• viabilizar a construção de sanitários acessíveis nos equipamentos urbanos;

• garantir um sistema de transporte acessível;

• instalar telefones públicos para uso de pessoas em cadeira de rodas;

• garantir a instalação de telefones para pessoas com deficiência auditiva;

(continua)

77eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

• instalar semáforos sonoros;

• instalar nos semáforos um tempo para travessia de pedestres (semáforos com foco para

pedestres ou vermelho total);

• Promover cursos sobre acessibilidade a técnicos, engenheiros e arquitetos;

• instituir uma Comissão Permanente de acessibilidade, responsável pela avaliação de projetos;

• treinar fiscais para avaliar a aplicação da acessibilidade nas edificações e nos espaços urbanos;

• exigir a adequação de teatros, cinemas, ginásios esportivos, casas de espetáculos, sa-

las e conferência e similares, reservando porcentagem da lotação total para pessoa em

cadeira de rodas, pessoa com deficiência visual, facilitando o acesso aos bastidores (co-

xias e camarins), instalando sistema de sonorização assistida e local para um intérprete

de libras para pessoas com deficiência auditiva;

• exigir cardápios em braile nos restaurantes e similares;

• garantir acessibilidade a elevadores com painéis em braile;

• adequar escolas, centros universitários e de ensino às exigências de acessibilidade na

edificação e no ensino;

• destinar vagas prioritárias às pessoas com deficiência e idosos em estacionamentos ex-

ternos ou internos, nas vias públicas ou nas edificações de uso público ou coletivo;

• garantir acessibilidade nos portais e sites da administração Pública municipal para pes-

soas com deficiência visual;

• garantir uma reserva de habitações acessíveis;

(continua)

78 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

• Promover a formação e qualificação de recursos humanos que atendam às demandas e

às necessidades reais das pessoas com deficiência;

• incentivar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico em todas as áreas de conheci-

mento relacionadas às pessoas com deficiência, no intuito de aprimorar sua qualidade

de vida;

• investir em recursos e tecnologias que permitam, cada vez mais, o acesso da pessoa

com deficiência à informação.

AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL

da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos

sobre os assuntos tratados nesse eixo nos municípios que responderam ter legislações

sobre os direitos das pessoas com deficiência, classificados em termos populacionais,

comparados ao total do estado, como seguem.

Araraquara

Lei 4.978/1998 – Permite o embarque e desembarque, pela mesma porta dos ônibus de

transporte coletivo urbano, dos usuários portadores de deficiência física e mental.

Lei 5.537/2000 – estabelece normas para o desembarque de passageiros portadores de

deficiência física que utilizam transporte coletivo urbano.

Lei 6.816/2008 – dispõe sobre a reserva de locais específicos para pessoas com necessi-

dades especiais, seja deficiência física ou mobilidade reduzida, em estádios de futebol, gi-

násio de esportes, casas de shows, teatros, cinemas e similares e dá outras providências.

79eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Botucatu

Lei 4.188/2001 – institui selo de acessibilidade a prédios e empresas que adequarem

acesso das pessoas com deficiência em todas as suas áreas.

Estiva gerbi

Lei 020/1993 – dispõe sobre a construção, em prédios públicos, de entradas próprias e/ou

adaptadas aos deficientes físicos.

Lei 258/1998 – dispõe sobre adaptação de ônibus urbano para o transporte de deficientes

físicos na forma específica.

franca

Lei 5.537/2001 – dispõe sobre o fornecimento de cadeiras de rodas pelos shoppings.

Lei 6.601/2006 – os apartamentos localizados nos andares térreos dos edifícios residen-

ciais multifamiliares, construídos pelo Poder Público municipal ou com a participação des-

te, em programas governamentais de habitação popular, serão destinados, preferencial-

mente, aos portadores de deficiência física regularmente inscritos nos referidos programas

habitacionais.

Lei 6.845/2007 – ficam autorizadas a entrada e a permanência de cães-guia acompanha-

dos de pessoas portadoras de deficiência visual ou treinadores oficiais, nas repartições

públicas ou privadas, no transporte coletivo urbano, em todo e qualquer local aberto ao

público, gratuitamente ou mediante pagamento de ingresso, nos estabelecimentos comer-

ciais, industriais, de serviços e de promoção, proteção e recuperação da saúde.

80 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

itapeva

Lei 2.642/2007 – acrescenta inciso ao parágrafo 7º do artigo 1º da lei 2568/2007 (vagas

para veículos de pessoas deficientes).

Lei 2.829/2008 – estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da aces-

sibilidade das pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida

e dá outras providências.

Lei 2.966/2009 – Cria, no município de itapeva, Projeto de inclusão em festividades para

portadores de necessidades especiais.

Lei 2.996/2009 – Cria transporte especial para Pessoas Portadoras de necessidades es-

peciais (PPnes) que dependem de tratamento contínuo nas unidades de saúde e creden-

ciadas pelo Poder Público.

Lei 990/1997 – dispõe sobre o rebaixamento de guias e melhorias de locomoção para

pessoas portadoras de deficiência.

Jales

Lei 3.675/2009 – guarda-volumes em bancos, adaptados à altura das pessoas com defici-

ência que utilizam cadeiras de rodas.

piracicaba

Lei 5.339/2003 – dispõe sobre a obrigatoriedade de sinalização em braile nos elevadores

de edifícios no município de Piracicaba e dá outras providências.

Lei 6.998/2011 – dispõe sobre a obrigatoriedade do oferecimento de cardápios em braile

em todos os estabelecimentos que comercializam refeições e lanches, como motéis, ho-

téis, restaurantes, lanchonetes e praças de alimentação, com o intuito de facilitar a consul-

ta de pessoas portadoras de deficiência visual.

81eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Ribeirão Bonito

Lei 1.668/1998 – dispõe sobre programa de amparo aos deficientes físicos.

Ribeirão preto

Lei 10.510/2005 – destina os apartamentos localizados nos andares térreos dos edifícios

construídos nos programas de habitação popular da Companhia de habitação (Cohab)

para idosos e portadores de deficiência física, e dá outras providências.

Lei 7.328/1996 – dispensa a parada dos ônibus urbanos nos pontos normais de parada

de embarque e desembarque de passageiros, para desembarque de portadores de defici-

ência física.

Lei 11.107/2007 – autoriza o executivo a criar o disque-informações para deficientes vi-

suais, conforme especifica.

Lei 11.443/2007 – dispõe sobre a obrigatoriedade de se manter em todos os setores da

administração Pública municipal, suas autarquias, bem como o Poder legislativo muni-

cipal, profissionais aptos a interpretarem a língua brasileira de sinais (libras), conforme

especifica.

Lei 12.310/2010 – dispõe sobre a instalação de banheiros químicos adaptados às neces-

sidades de pessoas com deficiência nos eventos realizados no município.

Lei 8.782/2000 – dispõe sobre a instalação de sinal sonoro nos semáforos, para atender

aos portadores de deficiência visual.

santo Antônio de posse

Lei 1.985/2003 – dispõe sobre rebaixamento de calçadas, para facilitar a locomoção de

deficientes físicos e dá outras providências.

82 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Lei 2.189/2006 – dispõe sobre colocação de caixas eletrônicos adaptados para deficientes

físicos em todos os bancos do município, e dá outras providências.

Lei 2.190/2006 – dispõe sobre a construção de rampas de acesso para deficientes físicos

em todos os edifícios públicos do município, e dá outras providências.

Lei 2578/2011 – estabelece, no âmbito do município de santo antônio de Posse, priorida-

de na aquisição de moradias populares, por parte de pessoas com deficiência, e dá outras

providências.

santos

Lei 2.008/2002 – dispõe sobre a instalação de sinalização em braile nos painéis dos eleva-

dores dos edifícios localizados mo município e dá outras providências.

Lei 1.774/1999 – dispõe sobre a obrigatoriedade de utilização de cardápios impressos em

braile nos estabelecimentos que especifica, e dá outras providências. (decreto 3.446, de 3

de novembro de 1999, regulamenta a lei 1.774, de 28 de junho de 1999).

Lei 2.268/2004 – autoriza o executivo a reconhecer oficialmente, no município de santos,

a língua brasileira de sinais (libras) como língua de instrução e meio de comunicação

objetiva e de uso corrente da comunidade surda, e dá outras providências.

Lei 2.370/2006 – autoriza a confecção em braile e a gravação em Cd-rom da lei orgânica

do município de santos.

Lei 2.377/2006 – dispõe sobre a acessibilidade de deficientes visuais à página oficial do

município de santos.

Lei Complementar 623/2008 – dispõe sobre a reserva de vagas específicas em conjuntos

habitacionais populares e adota providências correlatas.

83eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Lei Complementar 530/2005 – dispõe sobre a atividade de locação de computadores, ou

máquinas para acesso à internet, a programas e a jogos eletrônicos em rede e dá outras

providências.

Lei Complementar 618/2008 – dispõe sobre a colocação de piso tátil de alerta nas entra-

das das garagens subterrâneas no município de santos.

Lei Complementar 674/2010 – dispõe sobre a acessibilidade de pessoas com deficiência

e com dificuldades de locomoção às praias do município.

ubatuba

Lei 1.127/1991 – dispõe sobre a implantação de rampas nos passeios públicos para aces-

so ao deficiente físico e dá outras providências.

Lei 1.232/1993 – dispõe sobre a adequação das edificações e equipamentos de uso públi-

co, a fim de possibilitar o acesso e uso de deficientes físicos.

Lei 1.305/1993 – autoriza o executivo a reservar 10% das vagas dos estacionamentos

públicos para veículos de deficientes físicos.

Lei 1.621/1997 – altera a redação do artigo 1º da lei municipal 1.127/1991, incluindo con-

dições de acesso às praias ao deficiente físico, em cadeira de rodas.

Lei 2.156/2002 – obriga a concessionária de transporte coletivo de ubatuba a dar atendi-

mento às portadoras de deficiência física em todos os bairros em que opera.

Lei 2.588/2004 – dispõe sobre a introdução de sinalização especial e material para a

orientação de portadores de deficiência visual, nas calçadas e ruas e em estabelecimentos

comerciais e prestadores de serviço.

84 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Lei 2.595/2004 – garante aos portadores de deficiência auditiva o direito de acompanhar,

através de auxílio da língua brasileira de sinais (libras), as sessões da Câmara e cerimô-

nias públicas realizadas no município.

Lei 974/1989 – dispõe sobre reserva de assentos nos veículos de transporte coletivo de

passageiros, para uso de mulheres gestantes, idosos e deficientes físicos.

85eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Eixo 4 – EDuCAção

ARtiGo 24 eduCAção

1. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM

defiCiênCiA à eduCAção. PARA efetivAR esse diReito seM disCRiMi-

nAção e CoM bAse nA iGuAldAde de oPoRtunidAdes, os estAdos

PARtes AsseGuRARão sisteMA eduCACionAl inClusivo eM todos os

níveis, beM CoMo o APRendizAdo Ao lonGo de todA A vidA, CoM os

seGuintes objetivos:

A) o Pleno desenvolviMento do PotenCiAl huMAno e do senso de

diGnidAde e AutoestiMA, AléM do foRtAleCiMento do ResPeito Pe-

los diReitos huMAnos, PelAs libeRdAdes fundAMentAis e PelA di-

veRsidAde huMAnA;

B) o MáxiMo desenvolviMento Possível dA PeRsonAlidAde e dos

tAlentos e dA CRiAtividAde dAs PessoAs CoM defiCiênCiA, AssiM

CoMo de suAs hAbilidAdes físiCAs e inteleCtuAis;

C) A PARtiCiPAção efetivA dAs PessoAs CoM defiCiênCiA eM uMA so-

CiedAde livRe.

2. PARA A ReAlizAção desse diReito, os estAdos PARtes AsseGuRA-

Rão que:

A) As PessoAs CoM defiCiênCiA não sejAM exCluídAs do sisteMA

eduCACionAl GeRAl sob AleGAção de defiCiênCiA e que As CRiAn-

çAs CoM defiCiênCiA não sejAM exCluídAs do ensino PRiMáRio GRA-

tuito e CoMPulsóRio ou do ensino seCundáRio, sob AleGAção de

defiCiênCiA;

86 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

B) As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM teR ACesso Ao ensino PRi-

MáRio inClusivo, de quAlidAde e GRAtuito, e Ao ensino seCundá-

Rio, eM iGuAldAde de Condições CoM As deMAis PessoAs nA CoMu-

nidAde eM que viveM;

C) AdAPtAções RAzoáveis de ACoRdo CoM As neCessidAdes indivi-

duAis sejAM PRovidenCiAdAs;

D) As PessoAs CoM defiCiênCiA ReCebAM o APoio neCessáRio, no

âMbito do sisteMA eduCACionAl GeRAl, CoM vistAs A fACilitAR suA

efetivA eduCAção;

E) MedidAs de APoio individuAlizAdAs e efetivAs sejAM AdotAdAs eM

AMbientes que MAxiMizeM o desenvolviMento ACAdêMiCo e soCiAl,

de ACoRdo CoM A MetA de inClusão PlenA.

3. os estAdos PARtes AsseGuRARão às PessoAs CoM defiCiênCiA

A PossibilidAde de AdquiRiR As CoMPetênCiAs PRátiCAs e soCiAis

neCessáRiAs de Modo A fACilitAR às PessoAs CoM defiCiênCiA suA

PlenA e iGuAl PARtiCiPAção no sisteMA de ensino e nA vidA eM Co-

MunidAde. PARA tAnto, os estAdos PARtes toMARão MedidAs APRo-

PRiAdAs, inCluindo:

A) fACilitAção do APRendizAdo do bRAile, esCRitA AlteRnAtivA, Mo-

dos, Meios e foRMAtos de CoMuniCAção AuMentAtivA e AlteRnAti-

vA, e hAbilidAdes de oRientAção e MobilidAde, AléM de fACilitAção

do APoio e AConselhAMento de PARes;

B) fACilitAção do APRendizAdo dA línGuA de sinAis e PRoMoção dA

identidAde linGuístiCA dA CoMunidAde suRdA;

87eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

C) GARAntiA de que A eduCAção de PessoAs, eM PARtiCulAR CRiAn-

çAs CeGAs, suRdoCeGAs e suRdAs, sejA MinistRAdA nAs línGuAs e

nos Modos e Meios de CoMuniCAção MAis AdequAdos Ao indivíduo

e eM AMbientes que fAvoReçAM Ao MáxiMo seu desenvolviMento

ACAdêMiCo e soCiAl.

4. A fiM de ContRibuiR PARA o exeRCíCio desse diReito, os estAdos

PARtes toMARão MedidAs APRoPRiAdAs PARA eMPReGAR PRofesso-

Res, inClusive PRofessoRes CoM defiCiênCiA, hAbilitAdos PARA o

ensino dA línGuA de sinAis e/ou do bRAile, e PARA CAPACitAR PRo-

fissionAis e equiPes AtuAntes eM todos os níveis de ensino. essA

CAPACitAção inCoRPoRARá A ConsCientizAção dA defiCiênCiA e A

utilizAção de Modos, Meios e foRMAtos APRoPRiAdos de CoMuni-

CAção AuMentAtivA e AlteRnAtivA, e téCniCAs e MAteRiAis PedAGó-

GiCos, CoMo APoios PARA PessoAs CoM defiCiênCiA.

5. os estAdos PARtes AsseGuRARão que As PessoAs CoM defiCiên-

CiA PossAM teR ACesso Ao ensino suPeRioR eM GeRAl, tReinAMento

PRofissionAl de ACoRdo CoM suA voCAção, eduCAção PARA Adul-

tos e foRMAção ContinuAdA, seM disCRiMinAção e eM iGuAldAde de

Condições. PARA tAnto, os estAdos PARtes AsseGuRARão A PRovi-

são de AdAPtAções RAzoáveis PARA PessoAs CoM defiCiênCiA.

em plena consonância com as disposições da convenção internacional, a Constituição

do brasil já previa a educação como direito social (art. 6º). a todos, sem discriminação,

é garantido o acesso ao conhecimento, para que atinjam “o pleno desenvolvimento da

pessoa”, “seu preparo para o exercício da cidadania” e sua “qualificação para o trabalho”

(Cf, art. 205).

88 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

a Constituição federal, no artigo 22, confere competência privativa à união para legislar

sobre “diretrizes e bases da educação” (inc. xxiv), que a realizou por meio da lei federal

9.394, de 20 de dezembro de 1996. ainda atribui competência comum à união, aos esta-

dos e municípios, para estabelecerem medidas administrativas sobre o acesso à cultura,

educação e ciência, cabendo à união editar normas gerais (art. 24, § 1º), e aos estados

a edição de normas suplementares (art. 24, § 2º), assim como aos municípios, no que

couber (art. 30, ii).

destaca-se a lei federal 10.845, de 5 de março de 2004, que institui o programa de com-

plementação ao atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência.

Cumpre ressaltar que as instituições de ensino devem obedecer às condições gerais de

acessibilidade, como rampas e/ou elevadores, sanitários, sinalização, adequações no ensi-

no para atendimento a todas as deficiências, conforme disposto na lei federal 10.098/2000

e no decreto federal 5.296/2004.

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

ao ente municipal, competem variadas iniciativas, em prol da educação inclusiva, entre as

quais podem ser citadas:

• estabelecer parcerias com instituições para organização de cursos de libras, destinados

não só aos alunos, mas a familiares e professores;

• Capacitar para o uso do braile;

• viabilizar a tecnologia para garantir o aprendizado de pessoas com deficiência auditiva;

• garantir livros escolares em formato acessível;

(continua)

89eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

• disponibilizar veículos acessíveis para o transporte de alunos;

• garantir educação física inclusiva, com material esportivo adequado e professor capacitado;

• manter e fiscalizar escolas públicas e privadas acessíveis em suas instalações;

• Capacitar, continuamente, professores da rede de ensino; promover atendimento espe-

cializado educacional.

AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL

da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos

sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-

nicípios que responderam ter legislação sobre os direitos das pessoas com deficiência,

comparado ao total do estado, como seguem.

Estiva gerbi

Lei 520/2006 – dispõe sobre a prioridade para matrículas nas escolas municipais para

deficientes físicos.

franca

Lei 6.355/2005 – ficam reservados 10% das vagas oferecidas para estagiários no execu-

tivo municipal para serem preenchidas, preferencialmente, por estudantes portadores de

deficiência.

90 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Jales

Lei 2.802/2003 – garante vaga em escola para crianças com deficiência próxima à residência.

paulínia

Lei 2.231/1999 – Concede 100% de bolsa de estudo para pessoa com deficiência que

esteja cursando ensino superior.

Lei 2.242/1999 – Concede bolsas-treinamento aos deficientes físicos que estejam cursan-

do cursos técnicos, profissionalizantes, especializados ou especiais.

Ribeirão preto

Lei 11.364/2007 – Cria sala especial para crianças portadoras de deficiência de audição

e logopedia nas escolas da rede pública municipal e dá outras providências, conforme

especifica.

Lei 6.877/1994 – institui o programa de atendimento aos portadores de necessidades es-

peciais no âmbito das escolas e creches municipais e dá outras providências.

santos

portaria 04/2006 - seduc – dispõe sobre o funcionamento das salas de atendimento

às necessidades educacionais especiais (sanee) dos alunos das unidades municipais de

educação.

ubatuba

Lei 2.747/2005 – dispõe sobre o atendimento aos portadores de deficiência visual grave

dos ensinos fundamental e médio nas escolas de ubatuba.

91eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Eixo 5 – sAÚDE: hABiLitAção E REABiLitAção

ARtiGo 25 sAúde

os estAdos PARtes ReConheCeM que As PessoAs CoM defiCiênCiA

têM o diReito de GozAR do estAdo de sAúde MAis elevAdo Possí-

vel, seM disCRiMinAção bAseAdA nA defiCiênCiA. os estAdos PAR-

tes toMARão todAs As MedidAs APRoPRiAdAs PARA AsseGuRAR às

PessoAs CoM defiCiênCiA o ACesso A seRviços de sAúde, inCluindo

os seRviços de ReAbilitAção, que levARão eM ContA As esPeCifiCi-

dAdes de GêneRo. eM esPeCiAl, os estAdos PARtes:

A) ofeReCeRão às PessoAs CoM defiCiênCiA PRoGRAMAs e Atenção

à sAúde GRAtuitos ou A Custos ACessíveis dA MesMA vARiedAde,

quAlidAde e PAdRão que são ofeReCidos às deMAis PessoAs, in-

Clusive nA áReA de sAúde sexuAl e RePRodutivA e de PRoGRAMAs

de sAúde PúbliCA destinAdos à PoPulAção eM GeRAl;

B) PRoPiCiARão seRviços de sAúde que As PessoAs CoM defiCiênCiA

neCessitAM esPeCifiCAMente PoR CAusA de suA defiCiênCiA, inClu-

sive diAGnóstiCo e inteRvenção PReCoCes, beM CoMo seRviços

PRojetAdos PARA ReduziR Ao MáxiMo e PReveniR defiCiênCiAs Adi-

CionAis, inClusive entRe CRiAnçAs e idosos;

C) PRoPiCiARão esses seRviços de sAúde às PessoAs CoM defiCiên-

CiA, o MAis PRóxiMo Possível de suAs CoMunidAdes, inClusive nA

zonA RuRAl; d) exiGiRão dos PRofissionAis de sAúde que disPenseM

às PessoAs CoM defiCiênCiA A MesMA quAlidAde de seRviços disPen-

sAdA às deMAis PessoAs e, PRinCiPAlMente, que obtenhAM o Con-

sentiMento livRe e esClAReCido dAs PessoAs CoM defiCiênCiA Con-

CeRnentes. PARA esse fiM, os estAdos PARtes ReAlizARão AtividAdes

de foRMAção e definiRão ReGRAs étiCAs PARA os setoRes de sAúde

PúbliCo e PRivAdo, de Modo A ConsCientizAR os PRofissionAis de

92 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

sAúde ACeRCA dos diReitos huMAnos, dA diGnidAde, AutonoMiA e

dAs neCessidAdes dAs PessoAs CoM defiCiênCiA; e) PRoibiRão A dis-

CRiMinAção ContRA PessoAs CoM defiCiênCiA nA PRovisão de seGu-

Ro de sAúde e seGuRo de vidA, CAso tAis seGuRos sejAM PeRMiti-

dos PelA leGislAção nACionAl, os quAis deveRão seR PRovidos de

MAneiRA RAzoável e justA; f) PReveniRão que se neGue, de MAneiRA

disCRiMinAtóRiA, os seRviços de sAúde ou de Atenção à sAúde ou

A AdMinistRAção de AliMentos sólidos ou líquidos PoR Motivo de

defiCiênCiA.

ARtiGo 26 hAbilitAção e ReAbilitAção

1. os estAdos PARtes toMARão MedidAs efetivAs e APRoPRiAdAs,

inClusive MediAnte APoio dos PARes, PARA PossibilitAR que As Pes-

soAs CoM defiCiênCiA ConquisteM e ConseRveM o MáxiMo de Au-

tonoMiA e PlenA CAPACidAde físiCA, MentAl, soCiAl e PRofissionAl,

beM CoMo PlenA inClusão e PARtiCiPAção eM todos os AsPeCtos

dA vidA. PARA tAnto, os estAdos PARtes oRGAnizARão, foRtAleCe-

Rão e AMPliARão seRviços e PRoGRAMAs CoMPletos de hAbilitA-

ção e ReAbilitAção, PARtiCulARMente nAs áReAs de sAúde, eMPRe-

Go, eduCAção e seRviços soCiAis, de Modo que esses seRviços e

PRoGRAMAs:

A) CoMeCeM no estáGio MAis PReCoCe Possível e sejAM bAseAdos

eM AvAliAção MultidisCiPlinAR dAs neCessidAdes e Pontos foRtes

de CAdA PessoA;

B) APoieM A PARtiCiPAção e A inClusão nA CoMunidAde e eM todos

os AsPeCtos dA vidA soCiAl, sejAM ofeReCidos voluntARiAMente

e estejAM disPoníveis às PessoAs CoM defiCiênCiA o MAis PRóxiMo

Possível de suAs CoMunidAdes, inClusive nA zonA RuRAl.

93eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

2. os estAdos PARtes PRoMoveRão o desenvolviMento dA CAPA-

CitAção iniCiAl e ContinuAdA de PRofissionAis e de equiPes que

AtuAM nos seRviços de hAbilitAção e ReAbilitAção.

3. os estAdos PARtes PRoMoveRão A disPonibilidAde, o ConheCi-

Mento e o uso de disPositivos e teCnoloGiAs AssistivAs, PRojetA-

dos PARA PessoAs CoM defiCiênCiA e RelACionAdos CoM A hAbilitA-

ção e A ReAbilitAção.

todos, sem distinção, têm direito à saúde, e ao estado cumpre o dever de efetivá-lo, é o

que preceitua a Constituição federal (art. 196). as disposições da convenção reiteram essa

orientação e oferecem encaminhamentos para que as pessoas com deficiência tenham

acesso ao exercício pleno desse direito, observadas e respeitadas as suas particularida-

des. Por saúde, compreende-se que o estado, de modo amplo, elaborará políticas a fim de

prevenir e tratar males que possam atingir o corpo e a mente humanos.

a importância desse direito fica demonstrada vez que a sua realização é vital para garantir

qualidade de vida, diretamente relacionada à dignidade humana e ao direito à igualdade,

fundamentos que devem perpassar todas as ações voltadas às pessoas com deficiência.

as ações e serviços públicos de saúde integram-se nacionalmente em um sistema úni-

co, “regionalizado e hierarquizado, organizado de maneira descentralizada, com direção

única em cada uma das esferas de governo (art. 198, caput, e inciso i, da Cf)”.8 eviden-

cia-se, assim, que o município e as demais entidades federativas federais e estaduais

possuem atribuições administrativas e legais para a realização desse direito (Cf, arts. 23,

ii, 24, xii e 30, ii).

deverá observar, para tanto, a lei federal 8.080, de 19 de setembro de 1990, que trata

do sistema único de saúde (sus), bem como a lei 7.853, de 24 de outubro de 1989,

que dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência (dentre outras ações atinentes a

8 tavares, andré ramos.

Curso de direito

constitucional. 9.ed. são

Paulo: saraiva. p. 855.

94 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

essa população), posteriormente regulamentada pelo decreto 3.298, de 20 de dezembro

de 1999. no plano estadual, por seu turno, a lei 12.907/2008 também deverá estar em

referência quando o ente municipal for adotar medidas afetas à promoção da saúde desse

segmento populacional.

o texto da convenção, quando dispõe sobre habilitação e reabilitação, não busca garantir

tão somente os meios adequados para a melhoria ou adequação física das pessoas com

deficiência. busca, além disso, a promoção de medidas que garantam a inclusão desse

segmento populacional em todas as esferas da vida social, a fim de que suas condições de

vida não sejam inferiores às dos demais cidadãos e que se mantenha ou se alcance a igual-

dade, fundamento que, como já dito, perpassa todas as ações do estado nessa área.

enfim, deve-se ter em conta a observância de várias diretrizes que orientarão as ações

destinadas às pessoas com deficiência. dentre as principais, destacam-se:

a) a promoção da qualidade de vida;

b) assistência integral à saúde; e

c) prevenção de deficiências.

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

desse modo, o município, no âmbito de sua competência constitucional, poderá:

• inserir pessoas com deficiência no Conselho municipal de saúde;

• oferecer capacitação de médicos e profissionais de saúde para atendimento especial a

pessoas com deficiência;

• Promover ações de prevenção de acidentes;

(continua)

95eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

• Promover o treinamento e a capacitação de recursos humanos necessários à operacionali-

zação das ações e atividades específicas, na área de saúde, da pessoa com deficiência;

• Promover o acesso a medicamentos, órteses e próteses, necessários à recuperação e

reabilitação da pessoa com deficiência; promover a adoção de práticas, estilos e hábitos

de vida saudáveis por parte da população com deficiência, visando prevenir agravos de

deficiências já instaladas;

• organizar e manter sistemas de informação e análise relacionados à situação de saúde e

das ações dirigidas à pessoa com deficiência;

• Promover o atendimento domiciliar;

• fazer um acompanhamento neonatal diferenciado voltado às gestantes que terão crian-

ças com alguma deficiência;

• realizar a articulação com outros setores existentes no âmbito municipal, visando à pro-

moção da qualidade de vida da pessoa com deficiência;

• viabilizar o desenvolvimento de ações de reabilitação, utilizando os recursos comunitá-

rios, conforme o modelo preconizado pelas estratégias de saúde da família e de agentes

comunitários de saúde.9

AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL

da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos

sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-

nicípios que responderam ter legislação sobre os direitos das pessoas com deficiência,

comparado ao total do estado, como seguem.

9 algumas das medidas

exemplificadas têm como

fonte: brasil. ministério

da saúde. secretaria

de atenção à saúde.

departamento de ações

Programáticas estratégicas.

manual de legislação em

saúde da pessoa com

deficiência/ministério

da saúde, secretaria

de atenção à saúde,

departamento de ações

Programáticas estratégicas.

2. ed. rev. atual. brasília:

ministério da saúde, 2006.

96 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

itapeva

Lei 2.877/2009 – dispõe sobre a assistência especial a ser fornecida às parturientes cujos

filhos recém- nascidos sejam portadores de deficiência.

marília

Lei 6.001/2004 – autoriza a prefeitura a conceder aparelhos auditivos para os casos que

especifica, e dá outras providências.

Lei 6.055/2004 – assegura direito à prioridade de atendimento em hospitais e postos de

saúde (exceto emergências), sediados no município de marília, às pessoas idosas, gestan-

tes, crianças e aos portadores de deficiência física, sensorial ou mental.

Ribeirão Bonito

Lei 2.055/2009 – dispõe sobre a entrega gratuita domiciliar de medicamentos de uso con-

tínuo às pessoas com deficiência motora, multideficiência profunda com dificuldade de

locomoção e idosos.

Ribeirão preto

Lei 10.724 /2006 – institui a semana de prevenção às deficiências.

Lei 10.173/2004 – dispõe sobre a autorização para a administração municipal implementar

providências visando às pessoas com deficiência, nas unidades básicas de saúde, confor-

me especifica.

Lei 6.124/1991 – institui a “semana de prevenção às deficiências” e dá outras providências.

Lei 11.604/2008 – autoriza o município a instituir o programa municipal de reabilitação da

pessoa com deficiências física e auditiva.

97eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Lei 7.418/1996 – institui no calendário oficial do município de ribeirão Preto a “semana de

prevenção de deficiências visuais na população infantil” e dá outras providências.

santana de parnaíba

Lei 2.105/1998 – institui, no município, semana de Prevenção às deficiências.

santo Antônio de posse

Lei 2.191/2006 – determina a disponibilização, nos locais de velório e sepultamentos pú-

blicos do município de santo antônio de Posse, de cadeiras de rodas para utilização de

deficientes físicos, idosos e outras pessoas com dificuldade de locomoção, e dá outras

providências.

santos

Lei Complementar 668/2009 – altera dispositivos da lei Complementar 592, de 28 de

dezembro de 2006, e dá outras providências (instituto de Previdência social dos servido-

res Públicos municipais de santos – iprev). inscrição antecipada no caso de doença ou

deficiência física ou mental incapacitante, de natureza irreversível.

Decreto 4.280/2004 – regulamenta a lei 2.065, de 26 de novembro de 2002, que dispõe

sobre atendimento preferencial a idosos, gestantes e portadores de deficiência para mar-

cação de consultas e exames complementares na rede municipal de saúde.

Lei 2.301/2005 – dispõe sobre o Conselho municipal de assistência social (Cmas). habili-

tação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e promoção de sua integração

à vida comunitária.

Lei 2.662/2009 – Classifica a visão monocular como deficiência visual e dá outras provi-

dências.

98 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Eixo 6 – tRABALho E EmpREgo

ARtiGo 27 tRAbAlho e eMPReGo

1. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM de-

fiCiênCiA Ao tRAbAlho, eM iGuAldAde de oPoRtunidAdes CoM As de-

MAis PessoAs. esse diReito AbRAnGe o diReito à oPoRtunidAde de

se MAnteR CoM uM tRAbAlho de suA livRe esColhA ou ACeitAção

no MeRCAdo lAboRAl, eM AMbiente de tRAbAlho que sejA AbeRto,

inClusivo e ACessível A PessoAs CoM defiCiênCiA. os estAdos PAR-

tes sAlvAGuARdARão e PRoMoveRão A ReAlizAção do diReito Ao

tRAbAlho, inClusive dAqueles que tiveReM AdquiRido uMA defiCi-

ênCiA no eMPReGo, AdotAndo MedidAs APRoPRiAdAs, inCluídAs nA

leGislAção, CoM o fiM de, entRe outRos:

A) PRoibiR A disCRiMinAção bAseAdA nA defiCiênCiA CoM ResPeito

A todAs As questões RelACionAdAs CoM As foRMAs de eMPReGo,

inClusive Condições de ReCRutAMento, ContRAtAção e AdMissão,

PeRMAnênCiA no eMPReGo, AsCensão PRofissionAl e Condições

seGuRAs e sAlubRes de tRAbAlho;

B) PRoteGeR os diReitos dAs PessoAs CoM defiCiênCiA, eM Condi-

ções de iGuAldAde CoM As deMAis PessoAs, às Condições justAs e

fAvoRáveis de tRAbAlho, inCluindo iGuAis oPoRtunidAdes e iGuAl

ReMuneRAção PoR tRAbAlho de iGuAl vAloR, Condições seGuRAs

e sAlubRes de tRAbAlho, AléM de RePARAção de injustiçAs e PRo-

teção ContRA o Assédio no tRAbAlho;

C) AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM exeRCeR

seus diReitos tRAbAlhistAs e sindiCAis, eM Condições de iGuAldA-

de CoM As deMAis PessoAs;

99eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

D) PossibilitAR às PessoAs CoM defiCiênCiA o ACesso efetivo A PRo-

GRAMAs de oRientAção téCniCA e PRofissionAl e A seRviços de Colo-

CAção no tRAbAlho e de tReinAMento PRofissionAl e ContinuAdo;

E) PRoMoveR oPoRtunidAdes de eMPReGo e AsCensão PRofissio-

nAl PARA PessoAs CoM defiCiênCiA no MeRCAdo de tRAbAlho, beM

CoMo AssistênCiA nA PRoCuRA, obtenção e MAnutenção do eM-

PReGo e no RetoRno Ao eMPReGo;

f) PRoMoveR oPoRtunidAdes de tRAbAlho AutônoMo, eMPReende-

doRisMo, desenvolviMento de CooPeRAtivAs e estAbeleCiMento

de neGóCio PRóPRio;

g) eMPReGAR PessoAs CoM defiCiênCiA no setoR PúbliCo;

h) PRoMoveR o eMPReGo de PessoAs CoM defiCiênCiA no setoR

PRivAdo, MediAnte PolítiCAs e MedidAs APRoPRiAdAs, que PodeRão

inCluiR PRoGRAMAs de Ação AfiRMAtivA, inCentivos e outRAs Medi-

dAs;

i) AsseGuRAR que AdAPtAções RAzoáveis sejAM feitAs PARA Pesso-

As CoM defiCiênCiA no loCAl de tRAbAlho;

J) PRoMoveR A Aquisição de exPeRiênCiA de tRAbAlho PoR PessoAs

CoM defiCiênCiA no MeRCAdo AbeRto de tRAbAlho;

k) PRoMoveR ReAbilitAção PRofissionAl, MAnutenção do eMPReGo e

PRoGRAMAs de RetoRno Ao tRAbAlho PARA PessoAs CoM defiCiênCiA.

2. os estAdos PARtes AsseGuRARão que As PessoAs CoM defiCiên-

CiA não seRão MAntidAs eM esCRAvidão ou seRvidão e que seRão

PRoteGidAs, eM iGuAldAde de Condições CoM As deMAis PessoAs,

ContRA o tRAbAlho foRçAdo ou CoMPulsóRio.

100 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

o direito ao trabalho e ao pleno emprego está previsto no artigo 6º da Constituição federal,

que abriga o rol dos direitos sociais. trata-se de uma verdadeira faceta do princípio da dig-

nidade da pessoa humana, na medida em que, por meio do exercício efetivo do direito ao

trabalho a todos, é dado o implemento de sua condição de vida e melhoria de sua condição

social, bem como o acesso ao mínimo existencial.

no que concerne às pessoas com deficiência e ao direito ao trabalho, a Constituição fe-

deral estabelece, em seu artigo 37, inciso viii, que a administração Pública deverá reservar

percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas com deficiência. além disso,

a lei federal 7.853/1989, que dispõe sobre o apoio e integração social das pessoas com

deficiência, prevê, no artigo 2º, inciso iii, d, que o Poder Público deverá adotar legislação

específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor das pessoas com de-

ficiência, nas entidades da administração Pública e também do setor privado. vale lembrar

que a lei estadual 12.907/2009 consolidou a legislação do estado de são Paulo sobre as

pessoas com deficiência.

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

o município poderá atuar para:

• garantir o acesso das pessoas com deficiência em cursos regulares dirigidos à capacita-

ção e formação profissional, observando as peculiaridades a elas inerentes;

• fomentar e incentivar o surgimento e manutenção de empregos, inclusive de tempo par-

cial, voltados às pessoas com deficiência, podendo conceder, por exemplo, benefícios

fiscais a empresas da iniciativa privada que mantenham em seus quadros de funcioná-

rios empregados com deficiência;

• Proceder ao cadastramento das pessoas com deficiência para inserção no mercado de tra-

balho, pelos Postos de atendimento ao trabalhador do Programa de apoio à Pessoa com

deficiência da secretaria do emprego e relações do trabalho do estado de são Paulo;

(continua)

101eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

• firmar parcerias com empresas locais para capacitação e criação de espaço no mercado

de trabalho, bem como com o serviço nacional do Comércio (senac) e o serviço nacio-

nal da indústria (senai), local ou regional;

• reservar percentual de vagas nos quadros da administração Pública municipal, para que

sejam preenchidos por pessoas com deficiência;

• garantir acessibilidade no ambiente de trabalho;

• Promover a adequação dos edifícios onde funcionem os serviços públicos;

• exigir a adequação nos setores da iniciativa privada, mobilizando a fiscalização e, se

necessário, aplicando medidas sancionadoras para o atendimento de tais exigências.

AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL

da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos

sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-

nicípios que responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência,

comparado ao total do estado, como seguem.

Araraquara

Lei 5.654/2001 – dispõe sobre o ingresso de pessoas portadoras de deficiência física ou

sensorial no serviço público municipal e dá outras providências – reserva de 10% de vagas

para pessoas com deficiência.

Lei 6.255/2005 – autoriza concessão de direito real de uso de área do município pela

Petrobras, destinada à exploração de interesse social, com a instalação de um posto de

combustível a ser operado por pessoa com deficiência.

102 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Estiva gerbi

Lei 443/2003 – regulamenta o parágrafo 2º, do artigo 104, da lei orgânica do município,

dispondo sobre a reserva de vagas às pessoas portadoras de deficiência.

itapeva

Lei 360/1989 – obriga o executivo municipal a reservar em concurso público 10% das

vagas oferecidas aos portadores de deficiência física, auditiva ou visual.

Jales

Lei 3.085/2006 – institui o selo empresa incentivadora do Primeiro emprego.

paulínia

Lei 2.222/1998 – Prevê a obrigatoriedade de provas em braile nos concursos públicos para

deficientes visuais.

piracicaba

Lei 5.714/2006 – autoriza a Prefeitura do município de Piracicaba a reduzir a jornada de tra-

balho dos servidores públicos municipais possuidores de filhos com deficiência mental, físi-

ca ou sensorial, revoga a lei 3.571/1993 e o decreto 6.169/1993 e dá outras providências.

Ribeirão preto

Lei 7.117/1995 – dispõe sobre o exercício da atividade de ambulante por deficientes físi-

cos e sexagenários no município e dá outras providências.

Lei 7.188/1995 – institui o programa de garantia de renda familiar mínima para famílias com

filhos em situação de risco.

103eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Lei 7.574/1996 – estabelece prioridade para que as pessoas portadoras de deficiência físi-

ca, limitação sensorial, e idosas, exerçam as atividades de comércio eventual ou ambulante

no município.

santos

Decreto 4.896/2007 – aprova o regulamento dos procedimentos de avaliação de desem-

penho do servidor público municipal em estágio probatório e dá outras providências.

Lei 2.299/2005 – autoriza a redução da jornada de trabalho, sem prejuízo de vencimentos,

das servidoras mães de portadores de deficiência física ou mental.

Lei 2.412/2006 – dispõe sobre o acesso de pessoas portadoras de deficiência a cargos e

empregos públicos da administração Pública municipal e dá outras providências.

ubatuba

Lei 2.147/2001– autoriza a prefeitura a dar uma segunda opção de local de comércio para

os vendedores ambulantes portadores de deficiência física.

Lei 2.797/2006 – altera o artigo 2o, da lei 2.232 de 9 de setembro de 2002, aumentando

o número de autorizações aos portadores de necessidades especiais, para obter licença

para venda de sorvetes nas praias que especifica.

Lei 997/1989 – dispõe sobre reserva de vagas em concurso público para as pessoas por-

tadoras de deficiência física, auditiva ou visual.

104 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Eixo 7 – pADRão DE viDA E pRotEção soCiAL ADEQuADos

ARtiGo 28 PAdRão de vidA e PRoteção soCiAl AdequAdos

1. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM de-

fiCiênCiA A uM PAdRão AdequAdo de vidA PARA si e PARA suAs fAMí-

liAs, inClusive AliMentAção, vestuáRio e MoRAdiA AdequAdos, beM

CoMo à MelhoRiA ContínuA de suAs Condições de vidA, e toMARão

As PRovidênCiAs neCessáRiAs PARA sAlvAGuARdAR e PRoMoveR A

ReAlizAção desse diReito seM disCRiMinAção bAseAdA nA defiCi-

ênCiA.

2. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM

defiCiênCiA à PRoteção soCiAl e Ao exeRCíCio desse diReito seM

disCRiMinAção bAseAdA nA defiCiênCiA, e toMARão As MedidAs

APRoPRiAdAs PARA sAlvAGuARdAR e PRoMoveR A ReAlizAção desse

diReito, tAis CoMo:

A) AsseGuRAR iGuAl ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A seRvi-

ços de sAneAMento básiCo e AsseGuRAR o ACesso Aos seRviços,

disPositivos e outRos AtendiMentos APRoPRiAdos PARA As neCes-

sidAdes RelACionAdAs CoM A defiCiênCiA;

B) AsseGuRAR o ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA, PARtiCulAR-

Mente MulheRes, CRiAnçAs e idosos CoM defiCiênCiA, A PRoGRA-

MAs de PRoteção soCiAl e de Redução dA PobRezA;

C) AsseGuRAR o ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA e suAs fAMí-

liAs eM situAção de PobRezA à AssistênCiA do estAdo eM RelAção

A seus GAstos oCAsionAdos PelA defiCiênCiA, inClusive tReinA-

Mento AdequAdo, AConselhAMento, AjudA finAnCeiRA e CuidAdos

de RePouso;

105eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

D) AsseGuRAR o ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A PRoGRAMAs

hAbitACionAis PúbliCos;

E) AsseGuRAR iGuAl ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A PRoGRA-

MAs e benefíCios de APosentAdoRiA.

no tocante à assistência social, observa-se que a pessoa com deficiência pode estar sub-

metida a um processo de dupla exclusão social, em razão das condições sociais precárias

compartilhadas com a população em geral e, ainda, em razão da sua condição física ou

mental, que, por si só, pode levá-la à margem social. Com base nisso, as políticas assis-

tenciais deverão considerar essa realidade para melhor alcançar os objetivos da justiça

social.

a lei federal 8.742, de 7 de dezembro de 1993, diploma que contém normas gerais sobre a

organização da assistência social no País, tem como princípios, expressos em seu artigo 40:

A) suPReMACiA do AtendiMento às neCessidAdes soCiAis sobRe As

exiGênCiAs de RentAbilidAde eConôMiCA;

B) univeRsAlizAção dos diReitos soCiAis, A fiM de toRnAR o desti-

nAtáRio dA Ação AssistenCiAl AlCAnçável PelAs deMAis PolítiCAs

PúbliCAs;

C) ResPeito à diGnidAde do CidAdão, à suA AutonoMiA e Ao seu di-

Reito A benefíCios e seRviços de quAlidAde, beM CoMo à Convivên-

CiA fAMiliAR e CoMunitáRiA, vedAndo-se quAlqueR CoMPRovAção

vexAtóRiA de neCessidAde;

D) iGuAldAde de diReitos no ACesso Ao AtendiMento, seM disCRi-

MinAção de quAlqueR nAtuRezA, GARAntindo-se equivAlênCiA às

PoPulAções uRbAnAs e RuRAis; e;

106 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

E) divulGAção AMPlA dos benefíCios, seRviços, PRoGRAMAs e PRo-

jetos AssistenCiAis, beM CoMo dos ReCuRsos ofeReCidos Pelo

PodeR PúbliCo e dos CRitéRios PARA suA ConCessão.

CoM bAse nesses objetivos, deve o MuniCíPio leGislAR sobRe esse

Assunto, obseRvAndo A leGislAção fedeRAl CitAdA e seus PRin-

CíPios, que oRGAnizAM A AssistênCiA soCiAl no PAís. e o fARá CoM

bAse eM suA CoMPetênCiA CoMuM (Cf, ARt. 23, ii) e suPleMentAR (Cf,

ARt. 30, ii).

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

o município poderá:

• monitorar as pessoas com deficiência;

• identificar necessidades assistenciais específicas;

• identificar situações de vulnerabilidade;

• Prestar atendimento às famílias das pessoas com deficiência;

• firmar parcerias com entidades voltadas ao atendimento desse grupo de pessoas;

• garantir acompanhamento psicossocial, terapêutico ocupacional e pedagógico à pessoa

com deficiência e sua família;

• Promover eventos culturais com o propósito de estimular a inclusão social;

• reservar vagas de imóveis de habitação popular, sempre atento à inclusão comunitária,

a fim de não propiciar nenhuma espécie de segregacionismo.

107eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL

da legislação municipal coletada, observou-se a existência de atos normativos sobre os

assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os municípios que

responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência, comparado ao

total do estado, como seguem.

Botucatu

Lei 45.216/2004 – dispõe sobre o Programa habitacional para Pessoas Portadoras de

deficiência ou com necessidades especiais, no município de botucatu, e dá outras provi-

dências.

franca

Lei 5.328/2000 – Concede isenção de pagamento na área azul aos portadores de deficiências.

Lei 6.845/2007 – ficam autorizadas a entrada e a permanência de cães-guia acompanha-

dos de pessoas portadoras de deficiência visual ou treinadores oficiais, nas repartições

públicas ou privadas, no transporte coletivo urbano, em todo e qualquer local aberto ao

público, gratuitamente ou mediante pagamento de ingresso, nos estabelecimentos comer-

ciais, industriais, de serviços e de promoção, proteção e recuperação da saúde.

Jales

Lei 3641/2009 – reserva de apartamentos nos primeiros andares de conjuntos habitacionais.

paulínia

Lei 2.838/2006 – dispõe sobre paradas dos ônibus coletivos urbanos para atendimento de

portadores de deficiência física.

108 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Lei 3.125/2010 – dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos que comercializam

roupas, vestuários ou similares, a disponibilizar provador adaptado para atendimento prio-

ritário às pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida, e dá outras providências.

Lei 658/1979 – dispõe sobre a criação do Centro especial de treinamento municipal e dá

outras providências.

piracicaba

Lei 3.613/1993 – regulamenta o artigo 6º, inciso v, da lei orgânica do município de Pi-

racicaba, sobre o acesso ao transporte coletivo com passagem gratuita, para pessoas

portadoras de deficiência.

santos

Lei 2.536/2008 – dispõe sobre a reserva de cotas às pessoas portadoras de deficiência

permanente nas feiras de arte e artesanato no município de santos.

Lei Complementar 530/2005 – dispõe sobre a atividade de locação de computadores, ou

máquinas para acesso à internet, a programas e a jogos eletrônicos em rede e dá outras

providências.

109eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

Eixo 8 – pARtiCipAção nA viDA CuLtuRAL E Em RECREAção, LAzER E EspoRtE

ARtiGo 30 PARtiCiPAção nA vidA CultuRAl e eM ReCReAção,

lAzeR e esPoRte

1. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM de-

fiCiênCiA de PARtiCiPAR nA vidA CultuRAl, eM iGuAldAde de oPoR-

tunidAdes CoM As deMAis PessoAs, e toMARão todAs As MedidAs

APRoPRiAdAs PARA que As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM:

A) teR ACesso A bens CultuRAis eM foRMAtos ACessíveis;

B) teR ACesso A PRoGRAMAs de televisão, CineMA, teAtRo e outRAs

AtividAdes CultuRAis, eM foRMAtos ACessíveis; e

C) teR ACesso A loCAis que ofeReçAM seRviços ou eventos Cultu-

RAis, tAis CoMo teAtRos, Museus, CineMAs, biblioteCAs e seRviços

tuRístiCos, beM CoMo, tAnto quAnto Possível, teR ACesso A Mo-

nuMentos e loCAis de iMPoRtânCiA CultuRAl nACionAl.

2. os estAdos PARtes toMARão MedidAs APRoPRiAdAs PARA que As

PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM A oPoRtunidAde de desenvolveR

e utilizAR seu PotenCiAl CRiAtivo, ARtístiCo e inteleCtuAl, não so-

Mente eM benefíCio PRóPRio, MAs tAMbéM PARA o enRiqueCiMento

dA soCiedAde.

3. os estAdos PARtes deveRão toMAR todAs As PRovidênCiAs, eM

ConfoRMidAde CoM o diReito inteRnACionAl, PARA AsseGuRAR que

A leGislAção de PRoteção dos diReitos de PRoPRiedAde inteleC-

tuAl não ConstituA bARReiRA exCessivA ou disCRiMinAtóRiA Ao

ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A bens CultuRAis.

110 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

4. As PessoAs CoM defiCiênCiA fARão jus, eM iGuAldAde de oPoR-

tunidAdes CoM As deMAis PessoAs, A que suA identidAde CultuRAl

e linGuístiCA esPeCífiCA sejA ReConheCidA e APoiAdA, inCluindo As

línGuAs de sinAis e A CultuRA suRdA.

5. PARA que As PessoAs CoM defiCiênCiA PARtiCiPeM, eM iGuAldAde

de oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs, de AtividAdes ReCReA-

tivAs, esPoRtivAs e de lAzeR, os estAdos PARtes toMARão MedidAs

APRoPRiAdAs PARA:

A) inCentivAR e PRoMoveR A MAioR PARtiCiPAção Possível dAs Pes-

soAs CoM defiCiênCiA nAs AtividAdes esPoRtivAs CoMuns eM todos

os níveis;

B) AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM A oPoRtu-

nidAde de oRGAnizAR, desenvolveR e PARtiCiPAR eM AtividAdes es-

PoRtivAs e ReCReAtivAs esPeCífiCAs às defiCiênCiAs e, PARA tAnto,

inCentivAR A PRovisão de instRução, tReinAMento e ReCuRsos Ade-

quAdos, eM iGuAldAde de oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs;

C) AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM ACesso A

loCAis de eventos esPoRtivos, ReCReAtivos e tuRístiCos;

D) AsseGuRAR que As CRiAnçAs CoM defiCiênCiA PossAM, eM iGuAl-

dAde de Condições CoM As deMAis CRiAnçAs, PARtiCiPAR de joGos

e AtividAdes ReCReAtivAs, esPoRtivAs e de lAzeR, inClusive no sis-

teMA esColAR;

111eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

E) AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM ACesso

Aos seRviços PRestAdos PoR PessoAs ou entidAdes envolvidAs

nA oRGAnizAção de AtividAdes ReCReAtivAs, tuRístiCAs, esPoRti-

vAs e de lAzeR.

o artigo 215 da Constituição federal estabelece, como dever do estado, a garantia a todos

do pleno exercício dos direitos culturais e do acesso às fontes da cultura nacional, bem

como o apoio e a valorização de todas as formas de manifestação cultural. Prevê como

dever do Poder Público o fomento de práticas desportivas formais e não formais, além do

incentivo ao lazer como forma de promoção social.

no que concerne a esse tema, existem as seguintes leis federais: 9.615, de 24 de março

de 1994, que institui normas gerais sobre o desporto; e 8.313, de 23 de dezembro de 2001,

que institui o Programa nacional de apoio à Cultura (Pronac). no âmbito estadual, a lei

12.907/1998 cuida do assunto ao consolidar a legislação paulista sobre os direitos das

pessoas com deficiência.

em relação ao desporto, ao lazer e à cultura, o município poderá legislar, no que couber,

respeitando a legislação federal e a estadual (Cf, art. 30, ii), bem como atuar por meio de

medidas que incentivem, valorizem e fomentem a prática de esportes e o acesso à cultura

e lazer por parte das pessoas com deficiência (Cf, art. 23, v).

é relevante dizer que a garantia dos direitos ao lazer, à cultura e ao esporte está intima-

mente relacionada com a consecução das adaptações necessárias à efetivação de ampla

acessibilidade aos espaços públicos e privados, à informação e à comunicação.

112 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

são ações que o município poderá realizar:

• organizar campeonatos municipais de paradesportos;

• adequar, às condições de acessibilidade, as quadras, os ginásios poliesportivos, as pra-

ças e os parques públicos;

• reservar brinquedos e aparelhos adaptados em parques públicos para crianças e adultos

com deficiência;

• Criar serviço de entrega em domicílio de livros da seção circulante de biblioteca pública

municipal para os usuários com deficiência, a partir de prévio cadastramento;

• oferecer livros em braile na rede de bibliotecas públicas municipais;

• garantir a isenção de pagamento de ingresso por pessoas com deficiência de baixa ren-

da a eventos públicos culturais e esportivos;

• Promover concessão de benefícios e estímulo para que teatros, cinemas, museus, casas de

espetáculo isentem de pagamento, ou cobrem meia-entrada, de pessoas com deficiência;

• Capacitar e treinar servidores públicos, como os professores da rede municipal de ensi-

no, para o incentivo da prática de esportes para crianças com deficiência;

• estimular parcerias com instituições do sistema s (serviço social do Comércio - sesc,

senai, senac) regional para a oferta de atividades culturais e esportivas adaptadas para a

prática por pessoas com deficiência;

(continua)

113eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio

• adaptar os espaços às condições de acessibilidade;

• adaptar os formatos de comunicação já existentes para todas as deficiências;

• Criar espaços e formatos que estejam de acordo com o desenho universal.

AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL

da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos

sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-

nicípios que responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência,

comparado ao total do estado, como seguem.

itapeva

Lei 2.966/2009 – Cria, no município de itapeva, Projeto de inclusão em festividades para

portadores de necessidades especiais.

marília

Lei 5.960/2004 – modifica a lei 4.390/1998, que institui a meia-entrada para o ingresso de

aposentados nos cinemas, teatros, espetáculos e eventos esportivos realizados, no âmbito do

município de marília, estendendo o benefício para os portadores de necessidades especiais.

Lei 5.698/2004 – dispõe sobre a criação e manutenção do programa de práticas esportivas

destinado aos deficientes visuais, auditivos e físicos.

114 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Lei 6.733/2008 – autoriza o Poder executivo a instalar brinquedos adaptados para crian-

ças portadoras de deficiência nos parques e áreas de lazer do município de marília onde

já existem tais equipamentos.

paulínia

Lei 3.204/2011 – institui o programa academia ao ar livre para todos, para prática de exer-

cícios físicos para todas as idades, notadamente para a melhor idade e deficiente físico,

nas praças e parques de Paulínia.

Ribeirão preto

Lei 10.449/2005 – dispõe sobre o campeonato municipal do atleta com necessidades es-

peciais no município de ribeirão Preto.

Lei 11.065/2006 – dispõe sobre a instalação de equipamentos especialmente desenvolvi-

dos para crianças portadoras de necessidades especiais, nas praças e parques municipais

de ribeirão Preto e dá outras providências.

Lei 11.787/2008 – autoriza a instituição do programa ler para Crer direcionado para pes-

soas com deficiência visual, no âmbito do município de ribeirão Preto, e dá outras provi-

dências.

Lei 9.712/2002 – legislação complementar e/ou regulamentadora: 221/2003 - dispõe so-

bre criação de programa de lazer e esporte para os portadores de deficiência física, sen-

sorial ou mental.

115eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:

LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL

santos

Decreto 5.277/2009 – regulamenta a lei Complementar 615, de 18 de dezembro de

2007, que institui o Programa de incentivo fiscal de apoio ao esporte (Promifae) para a

realização de projetos esportivos. Cria o Certificado de incentivo específico, e dá outras

providências.

Lei 2.528/2008 – institui no calendário oficial do município de santos a semana esportiva

do Portador de deficiência.

ubatuba

Lei 1.126/1991 – assegura o livre ingresso de idosos e deficientes físicos nos eventos e

locais que menciona e dá outras providências.

6

InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas

os direitos e as garantias das Pessoas Com defiCiênCia, Previstos na

Convenção internaCional e, também, na Constituição federal, nas leis in-

fraConstituCionais e demais atos normativos referentes ao assunto, de-

vem ser Plenamente resPeitados Por todos os destinatários das normas.

no entanto, nem semPre os direitos e garantias das Pessoas Com defi-

CiênCia são efetiva e efiCazmente disPonibilizados ou resPeitados Pelas

demais Pessoas, quer físiCas ou jurídiCas, PúbliCas ou Privadas.

não seria lógiCo o direito Posto sem a existênCia de meios e instrumentos

legais aProPriados a imPor a observânCia de tais direitos e garantias Por

aqueles que não resPeitam os direitos de seus resPeCtivos titulares.

o ordenamento jurídiCo relaCiona uma série de meCanismos ColoCados

ao alCanCe dos Cidadãos, das Crianças, dos adolesCentes, dos idosos,

das Pessoas Com defiCiênCia, enfim, de todos os indivíduos, legitimando-

os Para que Possam ver seus direitos reComPostos e resPeitados.

essa legitimidade Pode ser exerCida Por meio de rePresentação, individual

e/ou Coletiva, ou mesmo individualmente, Pelo interessado, Pessoa Com

defiCiênCia, Com o objetivo de restabeleCer o direito violado, Podendo,

inClusive, ser ProPosta ao Poder judiCiário, instânCia que Pode obrigar o

infrator a CumPrir Com o que lhe imPôs o ordenamento jurídiCo.

118 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Ação CiviL pÚBLiCA

instrumento processual legal voltado à proteção de interesses coletivos ou difusos, in-

cluídos nesse contexto os direitos das pessoas com deficiência. Pode ser utilizado para

proteger os diversos direitos previstos na convenção internacional, na própria Constituição

federal e em legislação sobre o assunto.

o artigo 2º da lei federal 7.853/1989 determina que o Poder Público e seus órgãos asse-

gurem às pessoas com deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive à

educação, saúde, ao trabalho, lazer, à previdência social, ao amparo à infância e mater-

nidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar

pessoal, social e econômico.

os legitimados, para intentar as ações civis públicas destinadas à proteção de interesses

coletivos ou difusos das pessoas com deficiência, são o ministério Público, a união, os

estados, os municípios, o distrito federal; as associações constituídas há mais de um

ano, nos termos da lei civil, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, en-

tre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas com deficiência (lei federal

7.853/1989, art. 3º).

importante ressaltar a obrigatoriedade de o ministério Público intervir em todas as ações

públicas, coletivas ou individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiên-

cia das pessoas (lei federal 7.853/1989).

é certo que o prefeito pode ser alvo de uma ação civil pública, quando, por hipótese, não

assegura, no campo do trabalho e emprego, a reserva de cargo ou emprego público à pes-

soa com deficiência ou, na área da acessibilidade, não executa as obras necessárias nas

vias públicas para garantir a plena mobilidade urbana, dentre outras possibilidades, em

decorrência da responsabilidade imposta ao Poder Público de respeito a todos os direitos

e garantias inerentes ao grupo de pessoas com deficiência.

119InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas

também pode ser intentada para exigir a adaptação dos veículos e a reserva de assento

para pessoas com dificuldade de locomoção, a ser proposta em face do município e das

empresas de transporte que circulam com seus veículos naquela localidade, atendendo à

disposição do artigo 4º, incisos vi, vii e viii, da lei 12.587/2012.

a lei 7.853/1989 possibilita que, antes da propositura da ação civil pública, seja possível

a coleta de provas, pelo ministério Público, por meio do denominado inquérito civil. é pos-

sível, ainda, propor a composição amigável, por meio de instrumento legal de ajustamento

de conduta.

importante ressaltar que o direito ameaçado ou violado, por ação ou omissão do respon-

sável, em observar e fazer valer os direitos das pessoas com deficiência, não será afetado,

porque o objeto da transação será apenas a maneira de implementar mais rapidamente o

interesse tutelado, em razão da natureza indisponível dos interesses difusos ou coletivos,

ou mesmo da tutela coletiva de direitos individuais homogêneos. a liberdade de estipu-

lação fica restrita ao modo, tempo, lugar e às condições de cumprimento das obrigações

do autor do dano, devendo, o ajustamento de conduta se submeter às exigências legais

(obrigações), e traduzir integral satisfação da ofensa.

o compromisso de ajustamento de conduta, conquanto ordinariamente surja no bojo de

um inquérito civil – procedimento, este, afeto ao ministério Público (art. 9º e parágrafos da

lei 7.437/1985) –, pode igualmente vir a ser celebrado perante qualquer dos órgãos públi-

cos colegitimados ativos para a ação civil pública, como resulta do texto de regência (§ 6º,

art. 5º, lei 7.347/1985).

mAnDADo DE sEguRAnçA CoLEtivo

ação constitucional, denominada mandado de segurança coletivo (Constituição federal,

artigo 5º, lxx), proposta contra a ilegalidade ou o abuso de poder perpetrado por qualquer

120 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

autoridade, sendo legitimados para a ação o ministério Público e as associações legalmen-

te constituídas para defesa dos interesses de seus próprios membros ou associados.

é exemplo de utilização da via coletiva, a defesa das pessoas com deficiência, que se inscre-

vem para concurso público, optando pelas vagas reservadas e, quando da convocação, em-

bora tenham obtido classificação para assumirem a vaga, não têm seu direito respeitado.

mAnDADo DE sEguRAnçA inDiviDuAL

a pessoa com deficiência, considerada individualmente, também pode impetrar mandado

de segurança, com fundamento no artigo 5º, inciso lxix, da Constituição federal, para

proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quan-

do houver ilegalidade ou abuso de poder perpetrado por qualquer autoridade.

Como exemplo, podem ser citados julgados do tribunal de justiça de são Paulo, especial-

mente o proferido no agravo de instrumento 990.10.192966-0, em que ficou assentado,

conforme artigo 208, inciso vii, da Constituição federal, o dever de o Poder Público mu-

nicipal fornecer transporte escolar adequado às condições da criança, principalmente de

baixa renda, buscando-a, diante da dificuldade de locomoção, na porta de casa.

ainda é exemplo, dentre outros, a decisão do tribunal de justiça de são Paulo (tjsP) em

que se determinou, ao Poder Público municipal, o fornecimento gratuito de transporte pú-

blico coletivo à pessoa com deficiência, adaptado segundo suas necessidades pessoais,

como corolário da dignidade da pessoa humana, valor erigido como um dos fundamentos

da república federativa do brasil, eis que a norma que objetiva prover acessibilidade à

pessoa com deficiência deve ser interpretada com a máxima amplitude possível, justamen-

te porque a única ressalva constitucional é aquela referente à adaptação razoável veiculada

pelo artigo 1º da convenção, e não é dado ao intérprete restringir o que o legislador não

121InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas

restringiu no tocante às garantias constitucionais. trata-se de direito a uma existência

digna e de um correspondente dever constitucional do estado. exegese do artigo 5º, ca-

put, e 3º da Constituição federal (tjsP, apelação Cível 0004396-74.2010.8.26.0097, em

mandado de segurança).

Ação DE oBRigAção DE fAzER

a pessoa com deficiência, para defender o direito a ela assegurado, pode utilizar ações

autônomas previstas no ordenamento jurídico brasileiro, em consonância com o direito

constitucional de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra a ilegali-

dade ou abuso de poder (Cf, art. 5º, xxxiv, “a”).

Para tanto, pode se socorrer da ação de obrigação de fazer em face do município, que é

ação que visa, por exemplo, à obtenção de prótese confeccionada com material importado,

adequada às necessidades da pessoa com deficiência e que não haja outra similar produzi-

da nacionalmente. várias são as decisões nesse sentido tais como as prolatadas pelo tjsP:

apelação 0063093-32.2009.8.26.0224; agravo de instrumento 0206493-63.2010.8.26.0000;

apelação 0012322-87.2009.8.26.0438; apelação com revisão 9101999-62.2008.8.26.0000.

outros exemplos podem ser apontados, sendo definitivamente reconhecida a admissibili-

dade da ação de obrigação de fazer, para a:

– obtenção de aparelho respiratório (bilevel Positive Pressure airway – bipap) e fisioterapia

domiciliar, quando se tratar de pessoas com distrofia muscular (tjsP, apelação 0002843-

26.2009.8.26.0291; apelação com revisão 9170513-04.2007.8.26.0000; apelação com revi-

são 0147688-88.2008.8.26.0000; apelação com revisão 9221512-24.2008.8.26.0000; ape-

lação com revisão 0129599-51.2007.8.26.0000; apelação 9000249-80.2010.8.26.0506);

122 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

– garantir a posse de candidata com deficiência (amputação do membro superior esquer-

do), aprovada em concurso público realizado pelo município e declarada inapta em exame

admissional (tjsP, apelação com revisão 0054879-26.2001.8.26.0000; apelação com re-

visão 9110920-73.2009.8.26.0000; apelação com revisão 9064851-27.2002.8.26.0000.

Contra: apelação 0028814-13.2009.8.26.0000; apelação com revisão 0095210-

84.2000.8.26.0000);

– obrigação de universidade ou faculdade disponibilizar os recursos tecnológicos neces-

sários para que um aluno com deficiência (por exemplo, deficiente visual) tenha acesso às

informações e realize provas (tjsP, agravo de instrumento 0027273-47.2006.8.26.0000);

– obrigação de garantir o transporte para menor com tetraplegia adaptado e gratuito bem

como à acompanhante para levá-lo de sua residência até a associação de assistência à

Criança deficiente (aaCd) (tjsP, apelação 0546488-10.2010.8.26.0000; agravo de ins-

trumento 990.10.192966-0; apelação 0004396-74.2010.8.26.0097; apelação 0026362-

22.2006.8.26.0554; agravo de instrumento 0377009-53.2009.8.26.0000).

mAnDADo DE inJunção

instrumento jurídico posto à disposição do cidadão, ou de pessoa jurídica, como meio de

assegurar, coletiva ou individualmente, o exercício de um direito declarado pela Consti-

tuição, mas que, todavia, não é efetivamente gozado, em decorrência da inexistência de

norma infraconstitucional regulamentadora.

significa dizer que a pessoa com deficiência poderá acionar o Poder judiciário, pela via

individual, contra a omissão do legislador ordinário ou contra a inércia do administrador.

123InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas

a Constituição federal de 1988 e a Convenção sobre os direitos das Pessoas com defici-

ência e seu Protocolo facultativo garantem o direito de as pessoas com deficiência terem

acesso a todo e qualquer edifício e logradouro de uso público; mas, para que isso possa

efetivamente ocorrer, dependerá da edição de lei municipal que assim determine. a au-

sência de normativo nesse sentido inviabiliza o exercício ao direito constitucional à aces-

sibilidade pelas pessoas com deficiência, a autorizar o interessado a propor mandado de

injunção, perante a autoridade judicial competente, para exigir que os Poderes municipais

legislem sobre esse direito.

também pode ser aventada a hipótese de ser proposto mandado de injunção (mi) por enti-

dades e associações que coordenam e defendem pessoas com deficiência, com o objetivo

de obrigar a efetivação de direitos consolidados na Constituição federal e na Convenção

sobre os direitos das Pessoas com deficiência e ainda não reguladas em lei infraconsti-

tucional a editarem os respectivos atos normativos reguladores. sobre a possibilidade de

representação dessas entidades e associações, já decidiu o supremo tribunal federal nos

autos do mi 2151 agr/df, julgado em 23/11/2011, ministro Celso de mello; mi 3322 agr/

df julgado em 20/10/2011, ministro Celso de mello; mi 712/Pa, julgado em 25/10/2007,

ministro eros grau; mi 689/Pb, julgado em 7/6/2006, ministro eros grau.

Comitê soBRE os DiREitos DAs pEssoAs Com DEfiCiênCiA

está previsto na Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência e seu Protocolo

facultativo (decreto 6.949, de 25 de agosto de 2009) para desempenhar as funções ali defini-

das, especialmente para acompanhar a implementação dos direitos das pessoas com defici-

ência relacionados na convenção internacional inclusive mediante cooperação internacional.

além disso, a previsão do comitê, na convenção internacional, cria a possibilidade de

serem denunciadas as violações aos direitos e às garantias fundamentais da pessoa com

124 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

deficiência diretamente a esse órgão administrativo, que tem competência para receber

e considerar comunicações submetidas por pessoas ou grupo de pessoas, ou em nome

deles, sujeitos à sua jurisdição alegando serem vítimas de transgressão das disposições

da Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência e seu Protocolo facultativo

pelo estado Parte (art. 1º do Protocolo facultativo).

o comitê funcionará também como órgão de consulta, com a finalidade de solucionar

dúvidas, e atuará de maneira gerenciadora, estabelecendo suas próprias normas de pro-

cedimento e determinando as diretrizes aplicáveis decorrentes do teor dos relatórios que

os estados Partes lhes submeter. Porém, o comitê não receberá comunicação referente a

qualquer estado Parte que não seja signatário do Protocolo facultativo à Convenção sobre

os direitos das Pessoas com deficiência.

nesse caso, considerará inadmissível a comunicação quando: i – for anônima; ii – constituir

abuso do direito de submeter tais comunicações ou for incompatível com as disposições

da convenção; iii – a mesma matéria já tenha sido examinada pelo comitê ou tenha sido

ou estiver examinada sob outro procedimento de investigação ou resolução internacional;

iv – não tenham sido esgotados todos os recursos internos disponíveis, salvo no caso em

que a tramitação desses recursos se prolongue injustificadamente, ou seja, improvável

que se obtenha com eles solução efetiva; v – estiver precariamente fundamentada ou não

for suficientemente substanciada; ou, vi – os fatos que motivaram a comunicação tenham

ocorrido antes da entrada em vigor do Protocolo para o estado Parte, salvo se os fatos

continuarem ocorrendo após aquela data.

Caso a comunicação esteja submetida ao comitê, em consonância com o procedimento

previsto na convenção internacional, esse órgão administrativo levará confidencialmente

ao conhecimento do estado Parte concernente a informação submetida e, em seguida,

dentro do período de seis meses, o estado concernente submeterá ao “comitê explicações

ou declarações por escrito, esclarecendo a matéria e a eventual solução adotada pelo

referido estado”.

125InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas

ademais, vale ressaltar que, a qualquer momento, depois de recebida uma comunicação e

antes de decidir sobre o mérito, o comitê poderá transmitir ao estado Parte concernente,

para sua urgente consideração, um pedido para que tome as medidas de natureza cautelar

que forem necessárias para evitar possíveis danos irreparáveis à vítima ou às vítimas da

violação alegada.

Por fim, realizará sessões fechadas para examinar comunicações submetidas, em con-

formidade com o Protocolo, e, depois de examinar uma comunicação, o comitê enviará

sugestões e recomendações, se houver, ao estado Parte concernente e ao requerente para

providências urgentes e necessárias no sentido de fazer cessar o cometimento da violação

grave ou sistemática de direitos estabelecidos na Convenção sobre os direitos das Pes-

soas com deficiência.

126 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

127InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas

ConCLUsão

De toda a exPosição, é inquestionável que, a Partir da Convenção sobre os direi-

tos das Pessoas Com defiCiênCia e seu ProtoColo faCultativo, integrada ao texto

ConstituCional, o Poder PúbliCo das esferas muniCiPal, estadual e federal deve

busCar envidar todos os esforços Para fazer valer os direitos e as garantias das

Pessoas Com defiCiênCia. Para tanto, é fundamental desenvolver PolítiCa de Pro-

teção a esse gruPo, que seja efiCaz, PrinCiPalmente no âmbito muniCiPal, Por ser

este o loCal onde as Pessoas residem.

o reConheCimento do muniCíPio Como ente da federação lhe assegura, de modo

exPresso, a CaPaCidade de auto-organização e autogoverno. essa autonomia es-

tendida ao muniCíPio Conferiu-lhe ComPetênCia Para legislar. o Critério básiCo de

sua área de ComPetênCia é o interesse loCal.

a Constituição federal Confere, exPressamente, igualdade entre todas as Pesso-

as e imPõe que se estenda ao hiPossufiCiente legislação esPeCífiCa Para que Possa

vivenCiar a isonomia, desenvolver suas PotenCialidades e ter uma vida digna.

a Convenção sobre os direitos das Pessoas Com defiCiênCia e seu ProtoColo fa-

Cultativo (2006), ratifiCada Pelo brasil, aPós aProvação Por meio do deCreto 6.949,

de 25 de agosto de 2009, estabeleCe, de modo fundamental, que todas as Pessoas

Com defiCiênCia tenham igualdade de oPortunidades, devendo esse direito estar

assoCiado ao da igualdade e não disCriminação, à aCessibilidade, à vida indePen-

dente e inClusão na Comunidade, à mobilidade Pessoal, à liberdade de exPressão e

de oPinião e aCesso à informação, eduCação, saúde, habilitação e reabilitação, ao

trabalho e emPrego, Padrão de vida e Proteção soCial adequados, à PartiCiPação

na vida Cultural e em reCreação, lazer e esPorte, à eliminação das barreiras ar-

quitetôniCas, dentre outros.

128 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

muitas dificuldades por que os municípios passam referem-se à carência de pessoal

especializado em bem atender às pessoas com deficiência, sem descartar a falta de

atenção aos seus direitos, uma vez que deveria ser oferecida à sociedade normatização

focada em agregar todos os indivíduos indistintamente, de modo a incentivar e desen-

volver políticas públicas que facilitem, efetivamente, o acesso desse público a todos os

aspectos da vida. Por conta disso, registra-se falta de sintonia entre o que estipula a de-

terminação legal e a atuação do Poder Público quanto à realização de políticas públicas

de inclusão social.

no levantamento realizado pelo Cepam, a pedido da secretaria de estado dos direitos

da Pessoa com deficiência de são Paulo, nos municípios paulistas, foi possível observar

quais localidades responderam positivamente, informando possuírem ou não leis que tra-

tam dos direitos das pessoas com deficiência.

os municípios paulistas que responderam possuir leis estão divididos por faixa populacio-

nal, elaborada com base no Censo de 2010, divulgado pelo ibge. Constatou-se que as

localidades com população de até 25 mil habitantes são as mais carentes de legislação.

Porém, foi possível aferir diversas ações afirmativas e expressivo número de municípios

com legislação que trata da acessibilidade, vida independente e inclusão na comunida-

de, mobilidade pessoal e liberdade de expressão, destacando-se especificamente leis de

acessibilidade aos transportes e ao meio urbano, aspectos importantes, porque, com a

acessibilidade garantida, é possível viabilizar os demais direitos.

também constatou-se que, dos respondentes, 38%, ou seja, 243 municípios paulistas afir-

maram não possuir qualquer legislação sobre o tema. Por outro lado, 39%, ou seja, 254

dos municípios contatados nada responderam.

no que tange à edição de leis e adoção de políticas públicas inclusivas, é necessário es-

timular a criação de instâncias governamentais municipais (secretarias, coordenadorias,

diretorias) especializadas em atender às demandas das pessoas com deficiência, de modo

a estabelecer uma ponte para o efetivo endereçamento das necessidades desse segmento

da população aos órgãos competentes.

129ConCLUsão

apesar das propostas lançadas ao longo deste trabalho, como as abordadas no item 4,

muitas pessoas continuam associando o termo “deficiência” à “fragilidade” humana, resul-

tando no aparecimento de estereótipos que têm impedido a maior parte das pessoas com

deficiência de usufruírem dos diretos constitucionais democráticos preestabelecidos.

é relevante advertir, no entanto, que a omissão dos entes federativos ao dever de atendi-

mento às normas constitucionais, convencionais e legais, relacionadas com os direitos e

garantias das pessoas com deficiência, facultará aos interessados buscar, por meio dos

competentes instrumentos de proteção, não só o reconhecimento, mas a plena satisfação

desses direitos que lhes foram omitidos. nesse caso, reconhecida a omissão do Poder Pú-

blico, poderá a autoridade judiciária impor ao Poder Público o cumprimento da prestação

ao dever omitido em certo e determinado espaço de tempo, pena de lhe serem aplicadas

as sanções civis, administrativas e penais cabíveis.

o Poder Público pode, com os elementos contidos neste trabalho, considerando os di-

reitos das pessoas com deficiência, efetivar ações concretas e eficientes em prol da mu-

dança, para pôr fim ao processo de exclusão social que insiste em continuar vitimando

a maioria desse público-alvo, que busca uma oportunidade no processo de inclusão que

é vivo e dinâmico.

assim fazendo, restará cumprido o fundamento básico do estado democrático de direi-

tos que é, dentre outros, o respeito à “dignidade da pessoa humana”, como pressuposto

para atingir os objetivos proclamados pelo estado brasileiro necessários para se cons-

truir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar

a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; “promover

o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras

formas de discriminação” (Cf, art. 3o), tal como abordado no início deste trabalho.

reFerênCIas

brasil. ministério da saúde. secretaria de atenção à saúde. departamento de ações Progra-

máticas estratégicas. manual de legislação em saúde da pessoa com deficiência/ministério

da saúde, secretaria de atenção à saúde, departamento de ações Programáticas estratégicas.

2. ed. rev. atual. brasília: ministério da saúde, 2006.

salles, luiz roberto. in: fundação Prefeito faria lima – CePam, com apoio do sebrae.

município acessível ao cidadão. são Paulo, 2001.

sousa júnior, ariolino neres de. o sistema de cotas de acesso ao mercado de trabalho

para pessoas com deficiência. brasília (df): Consulex, 2011.

tavares, andré ramos. Curso de direito constitucional. 9. ed. são Paulo: saraiva, 2010.

aneXos

Anexo A – Distribuição dos municípios com legislação por porte populacional – Faixa 1 (Até 25 mil habitantes)

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Águas da Prata Lei 1.777/2008

Águas de Lindoia LC 50/2003

Águas de São Pedro

Lei 1.442/2009

AlumínioLeis 904/2006 e 1.137/2009

Álvares Machado Lei 2.684/2010

Angatuba Decreto 34/2011 Lei 09/2000

Anhembi Lei 1.933/2011

BálsamoLeis 1.698/2004, 1.759/2005

Leis 1.511/1999, 1.983/2010

Bastos Decreto 726/2010

Capela do Alto Lei 1.558/2010

Cardoso Lei 2.909/2011

Colina Lei 1.840/1994 Lei 2.018/1997 Lei 1.626/1990

ConchasLeis 351/1998, 547/2002

Lei 352-B/1998

Cordeirópolis Lei 1.640/1990Leis 2.721/2011, 2.720/2011

Elisiário Lei 269/2003 Lei 355/2006

Emilianópolis Lei 386/2007

Estiva Gerbi Lei 98/1994Leis 529/2003, 660/2010

Leis 258/1998, 20/1993, 443/2003, 249/1998

Lei 520/2006 Lei 423/2003

Guapiara Lei 1.600/2008

(continua)

134 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Anexo A – Distribuição dos municípios com legislação por porte populacional – Faixa 1 (Até 25 mil habitantes)

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Guaraci Lei 1.833/2003 Lei 1.984/2007 Lei 1.728/2001

Ipaussu Lei 54/1990

Itaberá Lei 2.298/2009 Lei 2.337/2009

Junqueirópolis Lei 2.464/2008 X - Lei 2.645/2010

Juquiá Lei 351/2009

Maracaí Lei 1.117/1994 Lei 1.153/1994

Monte Alegre do Sul

Lei 1.524/2010

Morungaba Lei 1.159/2006

NarandibaLeis 1.313/2011, 1.321/2011

Nazaré PaulistaLeis 258/1993, 2.546/2011

Leis 2.326/2009, 2.155/2006, 1.791/2000, 1.705/1999

Nova Europa X L.1.527/2005

Panorama X - 18/2000

Parapuã Lei 2.605/2011

Patrocínio Paulista Lei 1.703/1997 Lei 1.593/1995

Paulo de FariaLeis 1.072/2004 e 1.289/2010

Pirapozinho Lei 3.708/2010

Piratininga Lei 971/1989 Lei 1.428/1996

Pontes Gestal Lei 1.127/2010 Lei 1.099/2009

Pradópolis Lei 1.246/2006

Quintana Lei Orgânica

Regente Feijó Lei 2.476/2009Leis 2.592/2010, 2.602/2010

Ribeirão Bonito Lei 1.729/2000 Lei 1.668/1998 Lei 2.055/2009

Ribeirão do Sul Lei 957/2000

(continua)

135aneXos

Anexo A – Distribuição dos municípios com legislação por porte populacional – Faixa 1 (Até 25 mil habitantes)

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Ribeirão Grande Lei 971/2009

Rincão Lei 1.272/1998

Riversul Lei 1.468/2010

Rosana Lei 1.192/2010 Lei 530/1999

Salmourão Lei OrgânicaLei Orgânica e Lei 666/1996

Saltinho X - 187/1998

Santa Cruz da Conceição

Lei 1.444/2006

Santa Gertrudes Lei 1.662/1998 Lei 1.747/1999

Santa Mercedes Lei 12/2000 Lei 17/2005

Santo Anastácio Lei 2.242/2011

Santo Antônio de Posse

Leis 2.189/2006, 2.190/2006, 2.191/2006, 1.985/2003, 2.578/2011

Lei 2.674/2010 Lei 21/2007

Sarapuí Lei 932/2001

Tambaú Lei Orgânica Lei 1.561/1998 Lei 1.647/2000

TaquaritubaLeis 18/2010, 153/2011

Lei 138/2011, 377/2003

Teodoro Sampaio Lei 1.388/2004 Lei 1.717/2010Leis 1.716/2010, 1.721/2010, 1.739/2011

Torrinha Lei 1.405/2011

Viradouro Lei 2.314/2005

25 9 33 4 2 7 10 2

136 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

276 292 268 297 299 294 291 299

Aguaí Lei 1.821/2001

Américo Brasiliense Lei 39/2001

Amparo

Leis 1.719/1990, 2.556/2000, 3.266/2007, 3.300/2007

Lei 2.501/1999

Leis 2.42/1993, 2.352/1998, 3.668/2010; 3.250/2007, 3.252/2007

Lei 3.262/2007 Lei 2.557/2000 Lei 3.420/2009

Artur NogueiraLei Orgânica, Lei 2.498/1998

Lei 2.767/2005

Avaré Lei 2.589/2010

Barra Bonita

X - Decretos 3.954/2009, 3.964/2009; Lei 1.810/1996

Lei 2.491/2006

BatataisLeis 2.049/1994, 2.115/1995, 3.001/2009

Lei 1.908/1992Leis 2.468/1999, 2.893/2007, 2.235/1997

Lei 2.138/1996

Bebedouro Lei 3.127/2001

BoituvaLei 709/1991, 1.475/2002

Lei 1.805/2007 Lei 899/1994 Lei 665/1990Leis 480/1987, 521/1988

Campo Limpo Paulista

Lei 1.937/2008 Lei 1.389/1996

Campos do Jordão Lei 3.368/2010Leis 2.718/2003, 3.427/2011

Lei 3.289/2009

Capão Bonito Lei 3.079/2008

Casa Branca Lei 2.659/2004 Lei 2.210/1996 Lei 1.442/1989

Cerquilho Lei 2.019/2009

DracenaLeis 3.046/2002, 211/2003

Embu-GuaçuLeis 2.251/2001, 2.298/2010

Leis 1.672/2001, 1.804/2002

Lei 2.213/2009Leis 1.803/2002, 2.481/2011

Lei 2.250/2009 Lei 2.262/2009

(continua)

137aneXos

Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Fernandópolis Lei 3.487/2009

Leis 3.109/2006, 3.259/2007, 3.704/2010, 3.717/2010

Ibaté Lei 2.064/2003

Leis 2.170/2005, 2.144/2004, 2.465/2009, 1.613/1998, 1.698/1999

Lei 2.395/2008Leis 2.409/2008, 1.724/1999

Lei 1.999/2003

IbiúnaLeis 245/1993, 1.683/2011

Lei 201/1992 Lei 201/1992

Iperó Lei 23/1994

ItapevaLeis 2.083/2003, 2.381/2006, 2.468/2006

Lei 1.263/1998

Leis 916/1996, 2.382/2006, 2.996/2009, 990/1997, 2.094/2003, 2.829/2008

Lei 2.899/2009 Lei 360/1989Leis 2.732/2008, 2.877/1999

Lei 2.966/2009

Ituverava Lei 3.722/2006Leis 3.252/1999, 3.741/2006, 3.742/2006

Lei 3.092/1996 Lei 3.328/2001

Jaboticabal Lei 3.903/2009

JalesLeis 2.525/2000, 2.862/2004

Leis 3.222/2007, 2.661/2002, 3.618/2009, 3.641/2009; Decreto 4.863/2009

Lei 2.802/2003 Lei 3.136/2006 Lei 1.870/1990 Lei 1.335/1983

JuquitibaLeis 853/1998, 919/1999

Lei 954/1999

Leis 953/1999, 1.294/2004, 885/1998, 886/1998

Lei 1.373/2005

Laranjal Paulista Lei 2.933/2011

Leme Lei 2.940/2007 Lei 2.656/2002 Lei 2.889/2006Leis 2.177/1995, 2.619/2001

MairinqueLeis 1.693/1992, 2.068/1997, 2.896/2011

Leis 1.695/1992, 1.763/1992, 2.345/2001, 2.443/2002

Lei 1.762/1992

(continua)

138 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Matão Lei 3.758/2006 Lei 3.404/2004

Mirassol Lei 2.647/2003

Leis 2.560/2002, 2.662/2003, 2.554/2002, 3.323/2010, 2.549/2002

Lei 2.161/1995

MococaLei 4.021/2010, 1.764/1998

Leis 2.941/1998, 3.670/2006, 3.648/2006, 3.149/2001, 2.866/1997, 2.572/1995, 3.112/2000, 2.675/1996

Lei 4.174/2011Leis 3.090/2000, 2.920/1998

Leis 3.398/2004, 2.572/1995, 2.510/1994

Leis 4.163/2011, 2.527/1995, 2.566/1995, 3.632/2006, 2.478/1994

Mogi-Mirim Lei 5.056/2011

Monte AltoLeis 2.372/2005, 2.005/2008

lei 2.039/1998Leis 1.944/1996, 2.764/2011

Nova OdessaLeis 2.006/2004, 1.458/1995

Leis 2.409/2010, 2.161/2006

Lei 1.681/1999

Olímpia Lei 2.192/1992 Lei 3.065/2003

Leis 2.283/1993, 3.160/2004, 2.364/1994, 2.886/2001, 3.095/2003, 3.263/2007

Lei 2.082/1990

Orlândia Lei Orgânica

Paulínia Lei 1.893/1994Leis 2.463/2001, 2.093/1997

Leis 2.106/1997, 1.701/1993

Leis 2.367/2000, 1.040/1987

PenápolisLeis 486/95, 366/1994

Leis 4.74/1995, 268/1993

Peruíbe Lei 2.081/2000 Lei 3.020/2009

Leis 937/2008, 1.644/1995, 3.427/2010, 2.807/2006 e 2.889/2007

Piedade Lei 2.905/1997

Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)

(continua)

139aneXos

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Pilar do Sul LC 27/1991

Piracaia

Leis 1.652/1992, 2.145/2002, 2.569/2010, 2.183/2003

Leis 2.575/2010, 2.142/2002

Leis 50/2008, 2.261/2005

Piraju X Lei 1.913/1994

Leis 2.126/1997, 3.376/2010 , 3.481/2010, 2.126/1997

Lei 2.723/2003

Pirassununga

Leis 2.430/1993, 1.731/1986, 3.815/2009, 3.675/2008

Lei 3.301/2004 Lei 2.329/1992Leis 3.299/2004, 2.357/1992

Leis 3.591/2010, 2.524/1993

Lei 3.472/2006

Pontal Lei 851/1998

Porto Feliz Lei 4.345/2006 Lei 47/2003

Porto Ferreira Leis 2.271/2002, 2.083/1998, 1.990/1996

Leis 2.221/2001, 2.314/2003

Lei 1.989/1996

RanchariaLeis 366/1991, 682/1994

Leis 78/1997, 708/1995

Rio das Pedras Lei 2.354/2006Leis 2.410/07, 1.905/97

Lei 2.233/2003 Lei 2.266/2005Leis 2.149/2001, 2.416/2007

Salto de Pirapora Lei 1.376/2010

Santa Cruz das Palmeiras

LC 109

Santa Cruz do Rio Pardo

Lei 1.312/1991Leis 1.480/1994, 1.319/1991, 1.431/1993

Lei 2.004/2003

São ManuelLeis 32/2001, 727/2009, 810/2010

Leis 296/04, 369/05, 914/11, 380/05, 803/10

Lei 766/2010

Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)

(continua)

140 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

São Roque

Leis 3.538/2010, 3.286/2009, 3.210/2008, 2.630/2001, 2.629/2001, 2.301/1996, 6.670/2009

Leis 3.703/2011, 3.412/2010, 2.145/1993

Leis 3.374/2009, 3.590/2011, 2.862/2004

TaquaratingaLeis 3131/2000, 3312/2003

Lei 2.419/1992Leis 3.198/2001, 3.056/1999

Lei 3.178/2001 Lei 3.035/1999

Tietê Lei 2.762/2004

Leis 2.508/1998, 2.520/1999, 2.723/2003, 746/2003

Leis 2.728/2003, 3.117/2009

Ubatuba

Leis 2.776/2006, 2.634/2004, 2.168/2002, 1.546/1996, 1.128/1991

Leis 2.156/2002, 1.305/1993, 1.127/1991, 974/1999, 3.229/2009, 2.588/2004, 1.723/1998, 1.621/1997, 1.232/1993, 2.595/2004

Lei 2.747/2005 Leis 2.331/2004

Leis 2.147/2001, 1.391/2004, 997/1989, 2.797/2006

Leis 1.209/1992, 1.068/1991, 2.561/2004, 1.353/1994

Lei 1.126/1991

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

35 19 45 12 9 21 15 10

265 281 255 288 291 279 285 290

AmericanaLeis 3.836/2003, 4.768/2008

Leis 4.090/2004, 5.048/2010

Decretos 7.511/2008, 7.724/2008, 7.252/2007, 8.279/2010, 3.681/1994; Leis 5.209/2011, 4.484/2007

Lei 4.244/2005

Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)

ANEXO C – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 3 (de 100.001 a 300 mil habitantes)

(continua)

141aneXos

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Araraquara Lei 5.943/2002 Lei 4.374/1994

Leis 4.233/1993, 4.978/1998, 5.537/2000, 5.008/1998, 5.377/2000, 5.935/2002, 7.181/2010

Leis 6.047/2003, 6.757/2008

Lei 5.654/2001 Lei 6.818/2008

Atibaia Lei 3.682/2008Leis 3.911/2010, 3.894/2010

Lei 3.929/2010

Botucatu Lei 4.433/2003

Leis 2.947/1989, 3.945/1999, 4.188/2001, 4.518/2004, 4.516/2004

Lei 2.946/1989 Lei 3.501/1996

Bragança Paulista Lei 3.325/2000 Lei 3.512/2002

CatanduvaLeis 3.503/1999, 4.410/2007, 549/2010

Lei 4.547/2008

Leis 3.254/1997, 4.131/2005, 4.885/2009, 4.954/2010

Lei 3.852/2003 Lei 4.584/2008 Lei 3.609/1999Leis 3.433/1998, 4.953/2010

CotiaLeis 113/2009, 1.151/2008, 1.495/2009

IndaiatubaLeis 3.327/1996, 3.493/1997

Leis 2.976/1993, 3.808/1999, 3.910/2000, 4.136/2002, 4.923/2006, 5.744/2010, 5.641/2009

Lei 3.578/1998

Itapetininga Lei 4.796/2003 Lei 4.069/1997

Itapevi Lei 1.577/2002

Itu Lei 3.371/1992

Leis 3.709/1995, 350/2002, 657/2005, 749/2006, 3.183/1990

Lei 1.141/2010

ANEXO C – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 3 (de 100.001 a 300 mil habitantes)

(continua)

142 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Marília

Leis 4.191/1996, 4.231/1996, 4.245/1997, 5.464/2003

Leis 4.235/1996, 4.246/1997, 4.452/1998, 4.500/1998, 5.032/2001, 5.330/2002, 5.952/2004, 6.045/2004, 6.141/2004, 6.416/2006, 6.727/2008, 7.019/2009, 7.320/2011, 7.166/2010, 4.704/1999, 5.904/2004, 5.950/2004, 6.410/2006, 7.009/2009, 4.221/1996, 5.611/2004

Leis 5.381/2002, 5.834/2004, 5.873/2004

Leis 5.639/2004, 5.959/2004, 6.001/2004, 6.055/2004, 6.074/2004

Leis 5.458/2003, 5.924/2004

Leis 5.835/2004, 353/2003

Leis 4.210/1996, 4.354/1997, 4.390/1998, 5.968/2004, 6.733/2008

Presidente Prudente

Leis 5.767/2002, 5.805/2002

Leis 5.854/2002, 6.122/2003, 7.004/2009, 7.243/2010, 5.859/2002, 5.779/2002, 5.643/2001

Lei 5.633/2001 Lei 6.919/2009

Rio Claro Lei 1.982/1985

Leis 6.518/2001, 6.861/2003, 7.179/2004, 3.433/2004; 1.911/1984

Leis 2.416/1991, 3.459/2004

Leis 6.899/2003, 2.143/1987, 2.598/1993, 3.601/2005, 2.747/1995

Lei 1.969/1985

Salto Lei 2.733/2006 Lei 3.029/2010

Santa Bárbara d’Oeste

Leis 1.660/1986, 2.265/1997, 91/2010, 3.274/2011

Lei 3.213/2010Leis 2.510/2000, 2.347/1998, 2.953/2006

Leis 2.015/1992, 3.275/2011

Leis 2.285/1997, 2.929/2005, 2.138/1995

ANEXO C – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 3 (de 100.001 a 300 mil habitantes)

(continua)

143aneXos

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Santana de Parnaíba

Leis 2.003/1997, 2.394/2002

Lei 2.248/2000

Leis 1.466/1989, 2.103/1998, 2.323/2001, 1.862/1994, 1.976/1996, 2.380/2002, 2.627/2005, 2.973/2009, 3.028/2010

Lei 2.795/2007 Lei 2.105/1998

Leis 1.401/1988, 2.519/2004, 2.524/2004, 2.549/2004, 2.881/2008

Leis 1.975/1996, 2.472/2003, 2.493/2003, 2.958/2009

Lei 2.117/1998

Sumaré Lei 4.163/2006

Taboão da SerraLeis 1.952/2010, 1.595/2005, 1.045/1993

Leis 1.876/2009, 1.682/2006

Leis 1.950/2010, 1.782/2008, 1.506/2004, 1.452/2003, 1.271/1999, 1.244/1999, 2.076/2011, 1.844/2009, 1.666/2006, 925/1991, 1.588/2005

Leis 1.587/2005, 1.247/1999

Lei 1.392/2001Leis 1.386/2001, 1.066/1994

Leis 988/1992, 983/1992, 901/1991

Lei 1.690/2006

TatuíLeis 3.648/2005, 4.539/2011

Leis 3.058/1998, 3.079/1998, 4.553/2011, 3.647/2005, 3.750/2005, 3.757/2005, 4.584/2011, 3.108/1998, 3.112/1998, 4.026/1999

Lei 3.148/1999Leis 4.508/2011, 3.279/2000

Lei 4.533/2011 Lei 4.286/2009 Lei 3.857/2006

Votorantim Lei 1.650/2002

17 8 18 8 7 10 5 11

247 256 246 256 257 254 259 253

ANEXO C – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 3 (de 100.001 a 300 mil habitantes)

144 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Bauru

Leis 4.503/1999, 5.114/2004, 4.332/1998, 5.193/2004

Leis 3.124/1989, 3.394/1991, 4.232/1997, 4.457/1990, 5.767/2009, 5.938/2010, 3.111/1989, 3.489/1992, 5.146/2004, 5.184/2004 e 6.004/2010

Lei 5.172/2004 Lei 5.215/2004

Campinas Lei 17.427/2011Leis 14.077/2011, 13.782/2010

Leis 17.298/2011, 13.997/2011

Carapicuíba X - 2.250/2001 X - 2.404/2003Lei 2.431/2003, 2.695/2006, 2.252/2001

Lei 2.603/2005 Lei 2.626/2005Leis 2.589/2005, 2.786/2008, 2.292/2001

Franca Lei 4.945/1997 Lei 5.871/2003

Leis 3.854/2004, 464/1944, 761/1954, 759/1964, 921/1975, 524/015, 833/025, 922/035, 943/2003, 967/2003, 5.236/1999, 5.930/2003, 6.081/2003, 6.601/2006, 4.213/1992, 4.283/1993, 4.931/1997, 5.320/2000, 5.537/2001, 6.621/2006, 6.651/2006, 6.845/2007, LC 106/2006

Lei 6.287/2004 Lei 5.582/2001

Lei 3.636/1989, 3.816/1990, 5.234/1999, 6.355/2005

Lei 5.328/2000

Guarulhos Lei 3.898/1991 Lei 4.664/1994

Anexo D – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)

(continua)

145aneXos

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Piracicaba Lei 4.833/2000Leis 7.195/2011, 6.006/1997, 5.711/2006

Leis 4.548/1998, 3.613/1993, 6.998/2011, 5.797/2006, 5.339/2003, 6.097/2007, 5.339/2003

Lei 5.839/2006Leis 6.591/2009, 5.714/2006

Lei 6.184/2011

Ribeirão PretoLeis 6.010/1991, 8.164/1998, 9.966/2003

Leis 1.2024/2009, 8.670/1999, 9.559/2002, 9.106/2001, 10.052/2004, 7.957/1997

Leis 6.878/1994, 7.328/1996, 8.398/2011, 8.315/2010, 8.227/2010, 8.219/2010, 8.077/2010, 361/2009, 7.651/2008, 7.572/2008, 7.293/2007, 7.174/2006, 297/2005, 5.260/1998, 4.862/1996, 5.093/1997, 10.895/2006, 10.607/2005, 11.543/2007, 12.310/2010, 6.647/1993, 7.052/1995, 8.560/1999, 7.070/1997, 9.625/2002, 9.605/2002, 9.384/2001, 12.171/2009, 11.443/2007, 11.107/2007, 8.782/2000, 8.185/1998, 1.0510/2005, 6.990/1994

Leis 1.0594/2005, 11.364/2007, 6.877/1994, 7.430/1996, 9.809/2003

Leis 1.0724/2006, 10.173/2004, 11.604/2008, 11.543/2008, 6.124/1991, 7.418/1996, 9.929/2003

Leis 7.574/1996, 7.117/1995

Leis 10.817/2006, 11.503/2007, 12.392/2010, 7.462/1996, 7.383/1996, 7.188/1995, 8.183/1998

Leis 1.1065/2006, 10.449/2005, 11.787/2008, 9.712/2002

Anexo D – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)

(continua)

146 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

Santos

Leis 799/1991, 1.897/2000, 2.320/2005; LC 188/1995

Lei 691/1990

Leis 1.268/1993, 1.624/1997, 1.741/1999, 800/1991, 1.525/1996, 1.719/1998, 1.807/1999, 1.830/1999, 1.774/1999, 2.008/2002; Decretos 6.032/1981, 6.065/1982; LC 84/1993, 339/1999, 434/2001, 618/2008, 674/2010, 530/2005, 2.377/2006, 2.656/2009;

Leis 1.379/1995, 1.952/2001

Leis 1.263/1993, 1.482/1996, 1.501/1996, 1.632/1997, 1.679/1998, 1.721/1998, 170/1998, 1.773/1999, 1.806/1999, 1.967/2001, 2.057/2002, 2.065/2002, 2.339/2005, 2.341/2005, 2.342/2005, 2.343/2005, 2.471/2007, 2.509/2007, 2.510/2007, 2.512/2007

Leis 1.870/2000, 2.299/2005, 2.412/2006

Leis 1.879/2000, 2.340/2005, 2.465/2007

Lei 1.677/1998, 1.981/2001, 2.528/2008, 2.536/2008

São Bernardo do Campo

Lei 14.349/2003Leis 169/2003, 17.421/2011

Leis 5.236/2003, 5.289/2004, 3.691/1991

Anexo D – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)

(continua)

147aneXos

Anexo D – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

São José dos Campos

Leis 7.468/2008, 6.669/2004, 4.833/1996

Leis 4.733/1995, 4.572/1994, 4.500/1993, 3.843/1990, 8.321/2010, 8.266/2010, 7.504/2008, 7.188/2006, 5.754/2000, 8.398/2011, 8.315/2010, 8.227/2010, 8.219/2010, 8.077/2010, 361/2009, 7.651/2008, 7.572/2008, 7.293/2007, 7.174/2006, 297/2005, 5.260/1998, 4.862/1996, 5.093/1997, 7.353/2007, 6.532/2004

Lei 3.116/1986 Lei 8.304/2010

Leis 8268/2010, 7050/2006, 6428/2003, 3659/1989

Leis 8.344/2011, 6.889/2005, 6.732/2004

(continua)

148 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Município/Direitos

Cidadania/Igualdade

ConscientizaçãoAcessibilidade/

TransporteEducação Saúde

Trabalho/ Emprego

Assistência Social

Cultura, Lazer e Esporte

São PauloLeis 1.995/1996, 12.365/1997, 14.073/2005

Leis 11.250/1992, 11.506/1994, 11.602/1994, 11.992/1996, 10.508/1988, 10.832/1990, 11.065/1991, 11.345/1993, 11.424/1993, 11.441/1993, 11.785/1995, 12.117/1996, 12.360/1997, 12.492/1997, 12.561/1998, 11.865/1995, 12.363/1997, 13.714/2004, 12.815/1999, 12.821/1999, 13.036/2000, 13.537/2003, 14.028/2005, 12.597/1998

Lei 1.1326/1992Leis 11.353/1993, 13.234/2001

Leis 11.101/1991, 11.987/1996, 12.037/1996, 12.368/1997

Sorocaba Lei 6.480/2001

Leis 5.167/1996, 6.433/2001, 3.150/1989, 3.565/1991, 4.108/1992, 5.565/1998, 5.564/1998, 8.051/2006, 8.865/2009, 9.008/2009, 9.313/2010, 9.369/2010, 6.955/2003

Lei 3.601/1991 Lei 4.283/1993 Lei 4.307/1993

11 7 11 9 4 8 5 8

244 248 244 246 251 247 250 247

88 43 107 33 22 46 35 31

Total 94 49 113 39 28 52 41 37

2 5 3 6 9 4 8 7

Anexo D – Distribuição dos municípios por faixa populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)

149aneXos

Anexo E – Municípios sem legislação própria sobre o tema

(continua)

nº Municípios nº Municípios nº Municípios nº Municípios

1 Adamantina 34 Cabrália Paulista 67 Garça 100 Lucélia

2 Adolfo 35 Caiabu 68 Getulina 101 Lucianópolis

3 Águas de Santa Bárbara 36 Caiuá 69 Guareí 102 Luiziânia

4 Alambari 37 Cajobi 70 Guatapará 103 Lupércio

5 Alfredo Marcondes 38 Campina do Monte Alegre 71 Herculândia 104 Lutécia

6 Altair 39 Castilho 72 Iacri 105 Macaubal

7 Alto Alegre 40 Catiguá 73 Iaras 106 Macedônia

8 Álvares Florence 41 Cedral 74 Ibirá 107 Magda

9 Américo de Campos 42 Cerqueira César 75 Ibirarema 108 Manduri

10 Analândia 43 Cesário Lange 76 Iepê 109 Marabá Paulista

11 Anhumas 44 Coronel Macedo 77 Igarapava 110 Mariápolis

12 Aparecida d’Oeste 45 Cosmorama 78 Ilhabela 111 Marinópolis

13 Apiaí 46 Cristais Paulista 79 Indiana 112 Martinópolis

14 Araçariguama 47 Cunha 80 Inúbia Paulista 113 Mauá

15 Araçoiaba da Serra 48 Dirce Reis 81 Ipiguá 114 Mendonça

16 Arandu 49 Divinolândia 82 Iporanga 115 Meridiano

17 Arapeí 50 Dolcinópolis 83 Irapuã 116 Mesópolis

18 Arealva 51 Dourado 84 Irapuru 117 Miguelópolis

19 Areiópolis 52 Dumont 85 Itaí 118 Mineiros do Tietê

20 Ariranha 53 Eldorado 86 Itaóca 119 Mira Estrela

21 Arujá 54 Elias Fausto 87 Itapecerica da Serra 120 Mirante do Paranapanema

22 Aspásia 55 Embaúba 88 Itapirapuã Paulista 121 Mirassolândia

23 Bady Bassitt 56 Engenheiro Coelho 89 Itaporanga 122 Monções

24 Bananal 57 Estrela do Norte 90 Itararé 123 Monte Aprazível

25 Barão de Antonina 58 Estrela d’Oeste 91 Itatinga 124 Monte Castelo

26 Barra do Chapéu 59 Euclides da Cunha Paulista 92 Itupeva 125 Nantes

27 Barueri 60 Fartura 93 Jaborandi 126 Natividade da Serra

28 Bento de Abreu 61 Fernando Prestes 94 Jeriquara 127 Neves Paulista

29 Bocaina 62 Flora Rica 95 Joanópolis 128 Nipoã

30 Bofete 63 Floreal 96 João Ramalho 129 Nova Aliança

31 Bom Sucesso de Itararé 64 Flórida Paulista 97 Júlio Mesquita 130 Nova Campina

32 Boraceia 65 Francisco Morato 98 Jumirim 131 Nova Canaã Paulista

33 Buri 66 Gabriel Monteiro 99 Lavrinhas 132 Nova Guataporanga

150 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

nº Municípios nº Municípios nº Municípios nº Municípios

133 Novais 161 Piquerobi 189 Rubineia 217 Taciba

134 Novo Horizonte 162 Pirajuí 190 Sagres 218 Taguaí

135 Nuporanga 163 Pirangi 191 Sales 219 Taiaçu

136 Ocauçu 164 Pirapora do Bom Jesus 192 Sales Oliveira 220 Taiúva

137 Óleo 165 Planalto 193 Salto Grande 221 Tanabi

138 Onda Verde 166 Platina 194 Sandovalina 222 Tapiraí

139 Oriente 167 Poá 195 Santa Albertina 223 Tapiratiba

140 Orindiúva 168 Pompeia 196 Santa Clara d’Oeste 224 Taquaral

141 Osasco 169 Pongaí 197 Santa Ernestina 225 Tarabai

142 Oscar Bressane 170 Pontalinda 198 Santa Fé do Sul 226 Tarumã

143 Osvaldo Cruz 171 Populina 199 Santa Rita d’Oeste 227 Tejupá

144 Ourinhos 172 Porangaba 200 Santa Salete 228 Timburi

145 Ouro Verde 173 Pracinha 201 Santana da Ponte Pensa 229 Torre de Pedra

146 Ouroeste 174 Pratânia 202 Santo Expedito 230 Trabiju

147 Pacaembu 175 Presidente Bernardes 203 São Francisco 231 Três Fronteiras

148 Palmares Paulista 176 Presidente Epitácio 204 São João das Duas Pontes 232 Tuiuti

149 Palmeira d’Oeste 177 Presidente Venceslau 205 São João do Pau d’Alho 233 Tupã

150 Palmital 178 Quadra 206 São José da Bela Vista 234 Tupi Paulista

151 Paraguaçu Paulista 179 Quatá 207 São José do Rio Pardo 235 Turmalina

152 Paranapanema 180 Queiroz 208 São Miguel Arcanjo 236 Ubarana

153 Paranapuã 181 Queluz 209 São Pedro do Turvo 237 Ubirajara

154 Pardinho 182 Restinga 210 São Sebastião da Grama 238 Uchoa

155 Parisi 183 Ribeira 211 São Simão 239 União Paulista

156 Paulistânia 184 Ribeirão Branco 212 Sarutaiá 240 Vargem

157 Pedranópolis 185 Ribeirão dos Índios 213 Sebastianópolis do Sul 241 Vera Cruz

158 Pedrinhas Paulista 186 Ribeirão Pires 214 Serra Azul 242 Vista Alegre do Alto

159 Pereiras 187 Rinópolis 215 Suzano 243 Vitória Brasil

160 Pindorama 188 Riolândia 216 Tabapuã

Anexo E – Municípios sem legislação própria sobre o tema

151aneXos

Nº Municípios

1 Agudos

2 Altinópolis

3 Álvaro de Carvalho

4 Alvinlândia

5 Andradina

6 Aparecida

7 Araçatuba

8 Aramina

9 Araras

10 Arco-Íris

11 Areias

12 Assis

13 Auriflama

14 Avaí

15 Avanhandava

16 Balbinos

17 Barbosa

18 Bariri

19 Barra do Turvo

20 Barretos

21 Barrinha

22 Bernardino de Campos

23 Bertioga

24 Bilac

25 Birigui

26 Biritiba Mirim

27 Boa Esperança do Sul

28 Bom Jesus dos Perdões

29 Borá

30 Borborema

31 Borebi

32 Braúna

33 Brejo Alegre

34 Brodowski

35 Brotas

36 Buritama

37 Buritizal

38 Cabreúva

39 Caçapava

Anexo F – Municípios que não responderam

(continua)

Nº Municípios

40 Cachoeira Paulista

41 Caconde

42 Cafelândia

43 Caieiras

44 Cajamar

45 Cajati

46 Cajuru

47 Campos Novos Paulista

48 Cananeia

49 Canas

50 Cândido Mota

51 Cândido Rodrigues

52 Canitar

53 Capivari

54 Caraguatatuba

55 Cássia dos Coqueiros

56 Charqueada

57 Chavantes

58 Clementina

59 Colômbia

60 Conchal

61 Coroados

62 Corumbataí

63 Cosmópolis

64 Cravinhos

65 Cruzália

66 Cruzeiro

67 Cubatão

68 Descalvado

69 Diadema

70 Dobrada

71 Dois Córregos

72 Duartina

73 Echaporã

74 Embu

75 Espírito Santo do Pinhal

76 Espírito Santo do Turvo

77 Fernão

78 Ferraz de Vasconcelos

Nº Municípios

79 Florínea

80 Franco da Rocha

81 Gália

82 Gastão Vidigal

83 Gavião Peixoto

84 General Salgado

85 Glicério

86 Guaiçara

87 Guaimbê

88 Guaíra

89 Guapiaçu

90 Guará

91 Guaraçaí

92 Guarani d'Oeste

93 Guarantã

94 Guararapes

95 Guararema

96 Guaratinguetá

97 Guariba

98 Guarujá

99 Guzolândia

100 Holambra

101 Hortolândia

102 Iacanga

103 Ibitinga

104 Icém

105 Igaraçu do Tietê

106 Igaratá

107 Iguape

108 Ilha Comprida

109 Ilha Solteira

110 Indiaporã

111 Ipeúna

112 Ipuã

113 Iracemápolis

114 Itajobi

115 Itaju

116 Itanhaém

117 Itapira

Nº Municípios

118 Itápolis

119 Itapuí

120 Itapura

121 Itaquaquecetuba

122 Itariri

123 Itatiba

124 Itirapina

125 Itirapuã

126 Itobi

127 Jacareí

128 Jaci

129 Jacupiranga

130 Jaguariúna

131 Jambeiro

132 Jandira

133 Jardinópolis

134 Jarinu

135 Jaú

136 José Bonifácio

137 Jundiaí

138 Lagoinha

139 Lavínia

140 Lençóis Paulista

141 Limeira

142 Lindoia

143 Lins

144 Lorena

145 Lourdes

146 Louveira

147 Luiz Antônio

148 Macatuba

149 Mairiporã

150 Marapoama

151 Miracatu

152 Mirandópolis

153 Mogi das Cruzes

154 Mogi-Guaçu

155 Mombuca

156 Mongaguá

152 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Nº Municípios

157 Monte Azul Paulista

158 Monte Mor

159 Monteiro Lobato

160 Morro Agudo

161 Motuca

162 Murutinga do Sul

163 Nhandeara

164 Nova Castilho

165 Nova Granada

166 Nova Independência

167 Nova Luzitânia

168 Palestina

169 Paraibuna

170 Paraíso

171 Pariquera-Açu

172 Pauliceia

173 Pederneiras

174 Pedra Bela

175 Pedregulho

176 Pedreira

177 Pedro de Toledo

178 Pereira Barreto

179 Piacatu

180 Pindamonhangaba

181 Pinhalzinho

182 Piquete

183 Pitangueiras

184 Poloni

185 Potim

186 Potirendaba

187 Praia Grande

188 Presidente Alves

189 Promissão

Nº Municípios

190 Rafard

191 Redenção da Serra

192 Reginópolis

193 Registro

194 Ribeirão Corrente

195 Rifaina

196 Rio Grande da Serra

197 Roseira

198 Rubiácea

199 Sabino

200 Salesópolis

201 Santa Adélia

202 Santa Branca

203 Santa Cruz da Esperança

204 Santa Isabel

205 Santa Lúcia

206 Santa Maria da Serra

207 Santa Rita do Passa Quatro

208 Santa Rosa de Viterbo

209 Santo André

210 Santo Antônio da Alegria

211 Santo Antônio do Aracanguá

212 Santo Antônio do Jardim

213 Santo Antônio do Pinhal

214 Santópolis do Aguapeí

215 São Bento do Sapucaí

216 São Caetano do Sul

217 São Carlos

218 São João da Boa Vista

219 São João de Iracema

220 São Joaquim da Barra

221 São José do Barreiro

222 São José do Rio Preto

Nº Municípios

223 São Lourenço da Serra

224 São Luís do Paraitinga

225 São Pedro

226 São Sebastião

227 São Vicente

228 Serra Negra

229 Serrana

230 Sertãozinho

231 Sete Barras

232 Severínia

233 Silveiras

234 Socorro

235 Sud Mennucci

236 Suzanápolis

237 Tabatinga

238 Taquarivaí

239 Taubaté

240 Terra Roxa

241 Tremembé

242 Turiúba

243 Urânia

244 Uru

245 Urupês

246 Valentim Gentil

247 Valinhos

248 Valparaíso

249 Vargem Grande do Sul

250 Vargem Grande Paulista

251 Várzea Paulista

252 Vinhedo

253 Votuporanga

254 Zacarias

Anexo F – Municípios que não responderam

153aneXos

Anexo G – Municípios do estado que participaram do levantamento

Anexo H – Municípios da RA de Araçatuba que participaram do levantamento

REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULO

PRUDENTE

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PRESIDENTE

ARAÇATUBA

MARÍLIA

BAURU

SÃO JOSE DO RIO PRETO

BARRETOS FRANCA

RIBEIRÃO PRETO

CAMPINAS

SÃO JOSE DOS CAMPOS

SANTOS

REGISTRO

SOROCABA

CENTRAL

23 0 23 46 Km

Escala 1 : 2300000

Municípios

Com Legislação (148)

Sem Legislação (243)

Não Responderam (254)

Limite de Município

Divisão Regional Administrativa - RA

N

Sud MennucciItapuraGuzolândia

Suzanápolis

Pereira Barreto

Ilha Solteira

Andradina

Castilho

Mirandópolis

Valparaíso Guararapes

Lavínia

Murutingado Sul

NovaIndependência

Guaraçaí

Santo Antônio do Aracanguá

General Salgado

Auriflama

Araçatuba

Clementina

Santópolisdo Aguapeí

Luiziânia

Piacatu

BraúnaGabriel Monteiro

Alto Alegre

PenápolisGlicérioCoroados Avanhandava

BarbosaBirigui

Bilac

Bento de AbreuRubiácea

Turiúba

Nova Luzitânia

Lourdes

Gastão Vidigal

Buritama

São Joãode Iracema

BrejoAlegre

13 0 26 39 Km

Escala 1 : 1300000

NovaCastilho

13

N

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE ARAÇATUBA

154 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

Colômbia

AltairGuaraci

Olímpia

Severínia

Cajobi

Embaúba

Pirangi

Monte AzulPaulista

Vista Alegredo Alto

Guaíra

Barretos

Terra RoxaColina

Jaborandi

Bebedouro

Viradouro

Taiaçu Taiúva

0 9 18 27 Km

Escala 1 : 9000009

N

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE BARRETOS

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

Anexo I – Municípios da RA de Barretos que participaram do levantamento

Anexo J – Municípios da RA de Bauru que participaram do levantamento

Guaiçara

Guaimbê

LinsPromissão

Getulina

Lucianópolis

Duartina

Presidente Alves

Ubirajara

Pongaí

Pirajuí

Sabino

Guarantã

CafelândiaUru

Paulistânia

Bauru

PiratiningaCabráliaPaulista

Agudos

Arealva

Avaí

Iacanga

Reginópolis

Balbinos

Macatuba

Bariri

Boracéia

PederneirasItapuí

Lençóis PaulistaBorebi

Itaju

JaúDois

Córregos

Igaraçu do Tietê

Barra Bonita

Bocaina

Mineirosdo Tietê

N

13 0 13 26 39 Km

Escala 1 : 1300000

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE BAURU

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

155aneXos

Santa Cruz das Palmeiras

Mococa

São João da Boa VistaAguaí

Pirassununga

Vargem Grande do Sul Águas da Prata

São Sebastião da GramaItobi

Casa Branca

Tambaú

Divinolândia

São José do Rio Pardo

Caconde

Tapiratiba

Estiva Gerbi

Conchal

Espírito Santo do Pinhal

Moji-Guaçu

Araras

ItapiraMoji-Mirim

Rio Claro

Brotas Itirapina

Santa Cruz da Conceição

Analândia

CorumbataíLeme

Santo Antônio do Jardim

Santa Gertrudes

LimeiraIracemápolis

Americana

Sumaré

Nova OdessaSanta Bárbara

D'Oeste

Cordeirópolis

Elias Fausto

Monte MorCapivari

Rafard

Mombuca

Rio das Pedras

Saltinho

Águas de São Pedro

Piracicaba

São Pedro

Torrinha

AmparoPedreira

Monte Alegre do Sul

PinhalzinhoPaulínia

Jaguariúna

CosmópolisHolambra

Santo Antônio de PosseArtur Nogueira

Engenheiro Coelho

Socorro

Águas de Lindóia

Serra Negra

Lindóia

Pedra Bela

CampinasHortolândiaTuiuti

Bragança PaulistaValinhosItatiba

Morungaba

Joanópolis

Vargem

Piracaia

Bom Jesus dos Perdões

Nazaré PaulistaAtibaia

Campo Limpo Paulista

Jarinu

Jundiaí

Vinhedo

LouveiraItupeva

Cabreúva

Indaiatuba

13 0 13 26 39 Km

Escala 1 : 1300000

N

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE CAMPINAS

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

Anexo K – Municípios da RA de Campinas que participaram do levantamento

Anexo L – Municípios da RA Central que participaram do levantamento

REGIÃO ADMINISTRATIVA CENTRAL

Santa ErnestinaTaquaritinga

MotucaDobrada

Cândido Rodrigues

Rincão

Santa Lúcia

Américo Brasiliense

AraraquaraPorto Ferreira

Santa Rita do Passa Quatro

São Carlos

Descalvado

Ibaté

Trabiju

Dourado

Ribeirão Bonito

Boa Esperança do Sul

Nova Europa

Gavião Peixoto

Tabatinga

Matão

Ibitinga

Borborema

Itápolis

Fernando Prestes

11 0 11 22 33 Km

Escala 1 : 1100000

N

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

156 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE FRANCA

Ipuã

Miguelópolis

São Joaquim da Barra

OrlândiaMorro Agudo

Aramina

Guará

Nuporanga

Sales OliveiraBatatais

Igarapava

Buritizal

RibeirãoCorrente

São José da Bela Vista

Jeriquara

Rifaina

Pedregulho

Franca

Cristais Paulista

RestingaItirapuã

Patrocínio Paulista

Ituverava

9 0 9 18 27 Km

Escala 1 : 900000

N

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

Anexo M – Municípios da RA de Franca que participaram do levantamento

Anexo N – Municípios da RA de Marília que participaram do levantamento

Tupã

Iacri

Bastos

Rinópolis

Parapuã

Quatá

JoãoRamalho

Maracaí

Pedrinhas Paulista

Cruzália

Florínia

Tarumã

Paraguaçu Paulista

Palmital

Platina

Cândido Mota

Queiroz

Pompéia

Herculândia

Arco-Íris

Echaporã

Assis

Lutécia

Quintana

OscarBressane

Oriente

Ourinhos

Ribeirãodo Sul

Campos NovosPaulista

Salto GrandeIbirarema

AlvinlândiaOcauçu

Lupércio

MaríliaVeraCruz

Júlio Mesquita

São Pedro do Turvo

Chavantes

Canitar

Álvaro de Carvalho

Gália

Garça

Fernão

Ipauçu

Espírito Santodo Turvo

Óleo

Timburi

Bernardinode Campos

Santa Cruz do Rio Pardo

Borá

N

13 0 13 26 39 Km

Escala 1 : 1300000

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE MARÍLIA

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

157aneXos

Anexo O – Municípios da RM de São Paulo que participaram do levantamento

Anexo P – Municípios da RA de Presidente Prudente que participaram do levantamento

Marabá Paulista

PresidenteEpitácio

Teodoro Sampaio

Euclides daCunha PaulistaRosana Sandovalina

Mirante do Paranapanema

SantoAnastácio

Presidente Venceslau

Piquerobi

Dracena

Caiuá

Ribeirãodos Índios

Paulicéia

Ouro Verde

Panorama Tupi Paulista

São João doPau D'Alho

NovaGuataporanga

SantaMercedes

MonteCastelo

Narandiba

PresidenteBernardes

AnhumasTarabai

Estrela do NorteTaciba

ÁlvaresMachado

Pirapozinho

Presidente Prudente

EmilianópolisSanto

Expedito

CaiabuAlfredo

Marcondes

Junqueirópolis

Flora Rica

Irapuru

Pacaembu

FlóridaPaulista

Adamantina

MariápolisPracinha

RegenteFeijó

Martinópolis

Iepê

Indiana

Nantes

Rancharia

OsvaldoCruz

SalmourãoLucélia

Inúbia Paulista

Sagres

N

14 0 14 28 42 Km

Escala 1 : 1400000

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE PRESIDENTE PRUDENTE

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

Biritiba-Mirim

Moji das Cruzes Salesópolis

Francisco Morato

Franco da Rocha MairiporãCajamar

CarapicuíbaVargem Grande

Embu

ItapeviJandira

EmbuguaçuSão Lourenço

da Serra

São Bernardo do Campo

Santo André

Rio Grande da SerraDiadema

Ribeirão Pires

Mauá

GuarulhosItaquaquecetuba

Pirapora do Bom Jesus

Santana de Parnaíba

Ferraz de Vasconcelos

Poá

Susano

Arujá

Taboão da SerraCotia

Itapecerica da Serra

São Paulo

OsascoBarueri

Caieiras

Juquitiba

Guararema

Santa Isabel

Paulista

8 0 8 16 24 Km

Escala 1 : 800000

N

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

158 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

9 0 9 18 27 Km

Escala 1 : 900000

NCananéia

Cajati

Barra do Turvo

Eldorado

Pariquera-Açu

Juquiá

Registro

Sete Barras

Jacupiranga

Ilha Comprida

Itariri

Pedro de Toledo

Miracatu

Iguape

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE REGISTRO

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

Anexo Q – Municípios da RA de Registro que participaram do levantamento

Anexo R – Municípios da RA de Ribeirão Preto que participaram do levantamento

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE RIBEIRÃO PRETO

Monte Alto Jaboticabal

Taquaral

Pitangueiras

Dumont

Sertãozinho

Pontal

Guariba

Pradópolis

Guatapará

Barrinha Serrana

CravinhosSerra Azul

Luís Antônio

São Simão

Jardinópolis

Brodósqui

Ribeirão Preto

Santa Rosa de Viterbo

Santo Antônioda Alegria

Altinópolis

Cássia dosCoqueirosSanta Cruz

da EsperançaCajuru

9 0 9 18 37 Km

Escala 1 : 900000

N

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

159aneXos

Anexo S – Municípios da RA de Santos que participaram do levantamento

Anexo T – Municípios da RA de São José do Rio Preto que participaram do levantamento

������������������������������������������������� ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

�����������������������������������

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Marinópolis

Nova CanaãPaulista

AparecidaD'Oeste

Santa Fédo Sul

Rubinéia

Santa ClaraD'Oeste

TrêsFronteiras

Aspásia

DirceReis

São Francisco

Palmeira D'Oeste

Santana da

Santa RitaD'Oeste

SantaSalete

Paranapuã

SantaAlbertina

Dolcinópolis

Populina

Urânia

Mesópolis

Turmalina

VitóriaBrasil

Floreal

Magda

São João dasDuas Pontes

FernandópolisEstrelaD'Oeste

Pontalinda

Jales

MiraEstrela

GuaraniD'Oeste Macedônia

IndiaporãOuroeste

ÁlvaresFlorence

ValentimGentil

Votuporanga

Nhandeara

Pedranópolis

ParisiMeridiano

Monções

Zacarias

Ubarana

UniãoPaulista

Macaubal

Nipoã

Planalto

José Bonifácio

Jaci

MonteAprazível

CosmoramaTanabi

Sebastianópolisdo Sul

Poloni

Américo deCampos

PontesGestal

RiolândiaCardoso

Mendonça

Potirendaba

SalesAdolfo

Irapuã

NevesPaulista

Mirassol

Bady Bassitt

Bálsamo

Mirassolândia

Palestina

Ipiguá

Paulo de Faria

Orindiúva

Onda Verde

São Josédo Rio Preto

Nova Granada

CedralUchoa

Guapiaçu

Icém

Marapoama

Catanduva

Catiguá

Elisiário

Itajobi

Urupês

Ibirá

Tabapuã

Novo Horizonte

Paraíso

AriranhaPindorama

Santa Adélia

PalmaresPaulista

Novais

Ponte Pensa

Nova Aliança

N

14 0 14 28 42 Km

Escala 1 : 1400000

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

Santos

Itanhaém

Peruíbe

Mongaguá

Praia Grande

Cubatão

São Vicente

Bertioga

Guaruja

8 0 8 16 24 Km

Escala 1 : 800000

N

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SANTOS

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

160 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo

MonteiroLobato

São José dos Campos

Caçapava

JambeiroJacareí

Igaratá

Santa Branca

Santo Antôniodo Pinhal

São Bentodo Sapucaí

Paraibuna

São Sebastião

Caraguatatuba

Ilhabela

Natividade da Serra

Taubaté

Tremembé

Redenção da Serra

PindamonhangabaPotim

Guaratinguetá

PiqueteCampos do Jordão

Ubatuba

São Luís do Paraitinga

Aparecida

CunhaLagoinha

Roseira

Silveiras

CachoeiraPaulista

Lavrinhas

QueluzCruzeiro

Lorena

CanasBananal

AreiasArapeí

São José do Barreiro

N

12 0 12 24 36 Km

Escala 1 : 1200000

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

Anexo U – Municípios da RA de São José dos Campos que participaram do levantamento

Anexo V – Municípios da RA de Sorocaba que participaram do levantamento

Barão deAntonina

Itaporanga

Riversul

Piraju

Sarutaiá

FarturaTejupá

TaquaritubaTaguaí

CoronelMacedo

Itaberá

Águas de Santa Bárbara

CerqueiraCésarManduri

ItapirapuãPaulista

Ribeira

Chapéu

Bom Sucessode Itararé

Nova Campina

Itararé

Itaí

Arandu

Paranapanema

Avaré

Iaras Pratânia

Apiaí

Itaóca

Ribeirão Branco

Taquarivaí

Buri

Itapeva

Guapiara

Iporanga

São Manuel

Botucatu

Areiópolis

Itatinga Pardinho

Angatuba

Campina do Monte Alegre

Torrede Pedra

Porangaba

Bofete

RibeirãoGrande

Capão Bonito

São Miguel Arcanjo

Tatuí

Itapetininga

Alambari

Anhembi

ConchasLaranjalPaulista

Cesário Lange

Pereiras

Quadra

Sarapuí

Araçoiaba da Serra

IperóCapelado Alto

Cerquilho

BoituvaPorto Feliz

Tietê

Jumirim

Tapiraí

PiedadePilar do Sul

Sorocaba

Votorantim

Salto dePirapora

Alumínio

Mairinque

Salto

Ibiúna

AraçariguamaSão Roque

Barra do

Guareí

Itu

N

16 0 16 32 48 Km

Escala 1 : 1600000

REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SOROCABA

ARTIGO

5 Igualdade e não discriminação

6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização

9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação

24 Educação

25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação

27 Trabalho e Emprego

28 Padrão de vida e proteção social adequados

30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte

Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA

�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

163ANEXOS

164 DIREITOS E GARANTIAS DAS PESSOAS COM DEFICIêNCIA - A ATUAÇÃO DO MUNICíPIO

A ATUAÇÃO DO MUNICíPIO

Esta publicação analisa os direitos e as garantias contemplados na Convenção sobre os Direitos

das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificado por meio do Decreto

federal 6.949, de 25 de agosto de 2009, e a competência constitucional como fundamento

legal de atuação dos municípios. Também são apontados os escopos, a finalidade e o sentido

empreendidos pela convenção internacional, além das obrigações a que se submetem todos os

destinatários da norma e que são necessárias para se alcançar os propósitos ali estabelecidos,

especialmente a comunicação, a língua, a não discriminação por motivo de deficiência, o

desenho universal e a acessibilidade, bem como os instrumentos legais de proteção existentes

no ordenamento jurídico para assegurar observância e respeito à dignidade inerente a esse

grupo de pessoas.