direitodevizinhanca

34
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ. EMERJ. DIREITO DE VIZINHANÇA DIREITO DE VIZINHANÇA Flávio Tartuce Flávio Tartuce Graduado pela Faculdade de Direito da USP. Graduado pela Faculdade de Direito da USP. Especialista e Mestre em Direito Civil pela PUC/SP. Especialista e Mestre em Direito Civil pela PUC/SP. Coordenador dos cursos de Direito Civil, Direito Contratual e Coordenador dos cursos de Direito Civil, Direito Contratual e Direito de Família e das Sucessões da Escola Paulista de Direito de Família e das Sucessões da Escola Paulista de Direito. Direito. Professor da ESA/OAB/SP e em Escolas da Magistratura. Professor da ESA/OAB/SP e em Escolas da Magistratura. Advogado, parecerista e árbitro. Advogado, parecerista e árbitro. Autor de Obras pela Editora Método. Autor de Obras pela Editora Método.

Upload: miguel-silveria-jr

Post on 15-Sep-2015

213 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Direito civil - Vizinhança

TRANSCRIPT

  • ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EMERJ. DIREITO DE VIZINHANA Flvio Tartuce Graduado pela Faculdade de Direito da USP.Especialista e Mestre em Direito Civil pela PUC/SP.Coordenador dos cursos de Direito Civil, Direito Contratual e Direito de Famlia e das Sucesses da Escola Paulista de Direito.Professor da ESA/OAB/SP e em Escolas da Magistratura. Advogado, parecerista e rbitro. Autor de Obras pela Editora Mtodo.

  • DIREITOS DE VIZINHANA. Organizao da matria. Captulo V do Livro do Direito das Coisas Do uso anormal da propriedade (Seo I, arts. 1.277 a 1.281 do CC); Das rvores limtrofes (Seo II, arts. 1.282 a 1.284 do CC); Da passagem forada (Seo III, art. 1.285 do CC); Da passagem de cabos e tubulaes (Seo IV, arts. 1.286 e 1.286 do CC); Das guas (Seo V, arts. 1.288 a 1.296 do CC); Dos limites entre prdios e do direito de tapagem (Seo VI, arts. 1.297 a 1.298 do CC); Do direito do construir (Seo VII, arts. 1.299 a 1.313 do CC).

  • DIREITOS DE VIZINHANA. Fundamentos do Direito de Vizinhana: Lealdade e Boa-f (Washington de Barros Monteiro). Funo Social (San Tiago Dantas). Conceito de Direito de Vizinhana: Ramo do Direito das Coisas que regulamenta as relaes jurdicas existentes entre prdios que mantm, diante de uma razo material ou imaterial, laos entre si.As normas relativas ao direito da vizinhana constituem claras limitaes ao direito de propriedade, em prol do bem comum e da paz social.As obrigaes que surgem dos institutos de vizinhana constituem obrigaes ambulatrias ou propter rem, que acompanham a coisa onde quer que ela esteja, em um sentido ambulatrio (TARTUCE, Flvio. SIMO, Jos Fernando. Direito Civil. Volume 4. Direito das Coisas. So Paulo: Mtodo).

  • DIREITOS DE VIZINHANA. USO ANORMAL DA PROPRIEDADE. Art. 1.277. O proprietrio ou o possuidor de um prdio tem o direito de fazer cessar as interferncias prejudiciais segurana, ao sossego e sade dos que o habitam, provocadas pela utilizao de propriedade vizinha. Pargrafo nico. Probem-se as interferncias considerando-se a natureza da utilizao, a localizao do prdio, atendidas as normas que distribuem as edificaes em zonas, e os limites ordinrios de tolerncia dos moradores da vizinhana.Enunciado n. 319 CJF/STJ. A conduo e a soluo das causas envolvendo conflitos de vizinhana devem guardar estreita sintonia com os princpios constitucionais da intimidade, da inviolabilidade da vida privada e da proteo do meio ambiente

  • DIREITOS DE VIZINHANA. USO ANORMAL DA PROPRIEDADE.

    JULGADO 1.

    DIREITO DE VIZINHANA Uso nocivo da propriedade Oito ces em pequeno quintal Rudos e odores excessivos Sentena mantida para limitar a dois animais Recurso improvido (Tribunal de Justia de So Paulo, Apelao Cvel n. 846.178-0/0 So Paulo 36 Cmara de Direito Privado Relator: Pedro Baccarat 24.08.06 v.u. voto n. 1.465).

  • DIREITOS DE VIZINHANA. USO ANORMAL DA PROPRIEDADE. JULGADO 2. VIZINHANA. PLANTIO DE RVORE. DESCUMPRIMENTO DE ACORDO. DANOS CAUSADOS A PROPRIEDADE VIZINHA. INOCORRNCIA. EMBARGOS INFRINGENTES. DIREITO DE VIZINHANA. PLANTIO DE RVORES. INOCORRNCIA DE FRAUDE A ACORDO. USO NORMAL DA PROPRIEDADE. INEXISTNCIA DE PREJUZOS SEGURANA, SADE E SOSSEGO. LITIGNCIA DE M-F NO CARACTERIZADA. DECISO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Inexiste intuito de fraudar acordo passado em julgado, se a obrigao de fazer imposta ao recorrido restou devidamente cumprida no momento em que o muro causador do primeiro embate foi reduzido aos parmetros convencionados entre as partes, ficando dirimida, assim, a questo sob a tica do direito de tapagem. O plantio de rvores no terreno do embargado no tem pertinncia com o j desatado direito de tapagem. Diz respeito, isto sim, natureza de sua utilizao (conteno de encosta), no havendo qualquer elemento probatrio que induza a presuno do uso nocivo (CC/1916, art. 554) ou anormal (CC, art. 1.277/2002) da propriedade. Estes, como cedio, traduzem-se pela utilizao do bem imvel com prejuzo segurana, sade e ao sossego do prediozinho. E tal no ocorre, in specie, uma vez que os embargantes no tiveram afetados os direitos acima elencados. (TJRJ, EI 510/2002, Rio de Janeiro, Dcima Segunda Cmara Cvel, Rel. Des. Wellington Jones Paiva; Julg. 12/08/2003).

  • DIREITOS DE VIZINHANA. USO ANORMAL DA PROPRIEDADE.

    Art. 1.278. O direito a que se refere o artigo antecedente no prevalece quando as interferncias forem justificadas por interesse pblico, caso em que o proprietrio ou o possuidor, causador delas, pagar ao vizinho indenizao cabalExs. Utilizao do imvel para aqueduto (passagem de gua) ou de rede eltrica.

    Art. 1.279. Ainda que por deciso judicial devam ser toleradas as interferncias, poder o vizinho exigir a sua reduo, ou eliminao, quando estas se tornarem possveis.Ex: O rio secou. Princpio da menor onerosidade.

  • DIREITOS DE VIZINHANA. USO ANORMAL DA PROPRIEDADE. MEDIDAS PROCESSUAIS.

    Art. 1.280. O proprietrio ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prdio vizinho a demolio, ou a reparao deste, quando ameace runa, bem como que lhe preste cauo pelo dano iminente.Demolio Ao demolitria. ltima medida. Reparao Ao de Nunciao de Obra Nova e Ao de Obrigao de Fazer e No Fazer (art. 461 do CPC). Prestar Cauo Ao de Dano Infecto.

    Art. 1.281. O proprietrio ou o possuidor de um prdio, em que algum tenha direito de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessrias garantias contra o prejuzo eventual.

  • DIREITOS DE VIZINHANA. RVORES LIMTROFES. LIMITES ENTRE PRDIOS. Art. 1.282. A rvore, cujo tronco estiver na linha divisria, presume-se pertencer em comum aos donos dos prdios confinantes. CONDOMNIO NECESSRIO. Art. 1.283. As razes e os ramos de rvore, que ultrapassarem a estrema do prdio, podero ser cortados, at o plano vertical divisrio, pelo proprietrio do terreno invadido.

    Art. 1.284. Os frutos cados de rvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caram, se este for de propriedade particular.Marco Aurlio Bezerra de Melo: Exceo ao princpio de que o acessrio segue o principal (Quem traga as gotas ms que trague as boas).

  • RVORES LIMTROFES. JULGADO. PROTEO AMBIENTAL.AO DE DANO INFECTO DIREITO DE VIZINHANA RVORE DA ESPCIE ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA NA DIVISA DOS IMVEIS DANOS E PERTURBAES QUEDA DE GRIMPAS E GALHOS PREJUZOS NO COMPROVADOS PARECERES DO CORPO DE BOMBEIRO, IBAMA E SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DA PREFEITURA MUNICIPAL PERIGO IMINENTE NO EVIDENCIADO DESNECESSRIO O CORTE ESPCIE AMEAADA DE EXTINO SENTENA MANTIDA RECURSO DESPROVIDO. No h deferir pedido de corte de espcie em extino quando demonstrado, por percia realizada pela prefeitura municipal e relatrios dos rgos competentes, que a rvore do tipo Araucaria angustifolia no apresenta comprometimento de seus troncos ou galhos a ponto de causar danos ao terreno lindeiro, j que em perfeito estado de conservao. A queda de galhos ou folhas no terreno dos vizinhos, quando ocorrida apenas em situaes espordicas vendavais , no caracteriza mau uso da propriedade a ponto de autorizar a derrubada de rvores (TJSC, Apelao Cvel n. 2006.015061-9, de Lages. Relator: Des. Fernando Carioni. Data da deciso: 19.09.2006. Publicao: DJSC Eletrnico n. 86, edio de 01.11.2006, p. 29)

  • PASSAGEM FORADA.Art. 1.285. O dono do prdio que no tiver acesso a via pblica, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenizao cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo ser judicialmente fixado, se necessrio. 1o Sofrer o constrangimento o vizinho cujo imvel mais natural e facilmente se prestar passagem. 2o Se ocorrer alienao parcial do prdio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pblica, nascente ou porto, o proprietrio da outra deve tolerar a passagem. 3o Aplica-se o disposto no pargrafo antecedente ainda quando, antes da alienao, existia passagem atravs de imvel vizinho, no estando o proprietrio deste constrangido, depois, a dar uma outra.

  • DIFERENAS ENTRE PASSAGEM FORADA E SERVIDO PREDIAL (SERVIDO DE PASSAGEM).

  • PASSAGEM FORADA. QUESTO 1.

  • PASSAGEM FORADA. QUESTO 1.

  • PASSAGEM FORADA. QUESTO 1.

  • PASSAGEM DE CABOS E TUBULAES.

  • LIMITES ENTRE PRDIOS E DIREITO DE TAPAGEM.

  • LIMITES ENTRE PRDIOS E DIREITO DE TAPAGEM.

  • LIMITES ENTRE PRDIOS. QUESTO 2.

  • REGIME DAS GUAS.

  • REGIME DAS GUAS.

  • DIREITO DE CONSTRUIR.

  • DIREITO DE CONSTRUIR.

  • DIREITO DE CONSTRUIR.

  • DIREITO DE CONSTRUIR. CONCEITOS IMPORTANTES

  • DIREITO DE CONSTRUIR. CONCEITOS IMPORTANTES

  • DIREITO DE CONSTRUIR. QUESTO 3.

  • DIREITO DE CONSTRUIR. QUESTO 3.

  • CONDOMNIO COMUM.

  • CONDOMNIO COMUM.

  • CONDOMNIO. QUESTO 4.

  • CONDOMNIO. QUESTO 4.

  • CONDOMNIO. QUESTO 5.

  • CONDOMNIO. QUESTO 5.