direito previdenciário (prof. ali jaha) p/ inss - técnico de...

143
Aula 04 Direito Previdenciário (Prof. Ali Jaha) p/ INSS - Técnico de Seguro Social - Com videoaulas - 2016 Professor: Ali Mohamad Jaha Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

Upload: lydat

Post on 09-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Aula 04

    Direito Previdencirio (Prof. Ali Jaha) p/ INSS - Tcnico de Seguro Social - Comvideoaulas - 2016

    Professor: Ali Mohamad Jaha

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 1 de 142

    AULA 04 Tema: Salrio de Contribuio. Assuntos Abordados: 5.3. Salrio de Contribuio (SC). 5.3.1. Conceito. 5.3.2. Parcelas Integrantes e Parcelas No Integrantes. 5.3.3. Limites Mnimo e Mximo. 5.3.4. Proporcionalidade. 5.3.5. Reajustamento. 11. Lei n. 8.212/1991. 12. Lei n. 8.213/1991. 13. Decreto n. 3.048/1999. Sumrio Pgina Saudaes Iniciais. 1 - 1 01. Conceito de Salrio de Contribuio. 1 - 2 02. Espcies de Salrio de Contribuio. 2 - 9 02.01. Proporcionalidade no Salrio de Contribuio. 9 - 10 03. Reajustamento do SC. 10 - 11 04. Parcelas Integrantes do SC. 11 - 20 05. Parcelas No Integrantes do SC. 20 - 49 06. Resumex da Aula. 49 - 54 07. Questes Comentadas. 55 - 124 08. Questes Sem Comentrios. 125 - 141 09. Gabarito das Questes. 142 - 142 Saudaes Iniciais.

    Ol Concurseiro! Tudo bem com voc?

    Vamos continuar o nosso curso de Direito Previdencirio p/ INSS 4. Turma 2015/2015?

    Rapidamente, vamos iniciar a aula 04! =)

    01. Conceito de Salrio de Contribuio.

    Na aula de hoje, estudaremos, com profundidade, o Salrio de Contribuio em todas as suas nuances. Lembrando que esse tema muito recorrente em provas de concurso, ou seja, estude com muito carinho a aula de hoje. =)

    O conceito de salrio de contribuio uniforme entre os doutrinadores do Direito Previdencirio e a jurisprudncia dos Tribunais Superiores (STF, STJ e TST).

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 2 de 142

    Em poucas palavras, salrio de contribuio a base de clculo tributvel das contribuies sociais devidas pelo segurado Seguridade Social.

    Do Direito Tributrio, sabemos que o crdito tributrio calculado

    atravs da multiplicao da alquota do tributo pelo valor da base de clculo tributvel. Com as contribuies sociais (mera espcie do gnero tributo), o procedimento adotado ser o mesmo!

    Para clarear um pouco, conceba que Leonardo, empregado, receba

    R$ 3.500,00 por ms. Considere que a totalidade do seu rendimento seja o seu salrio de contribuio.

    Nesse caso, para calcular a contribuio devida por Leonardo

    Seguridade Social, devemos multiplicar a alquota da contribuio correspondente a sua condio de segurado, (11,0% - lembra-se da aula passada?) por seu salrio de contribuio (R$ 3.500,00), ou seja, 11,0% x R$ 3.500,00 = R$ 385,00. Esse o valor devido por Leonardo Seguridade Social.

    Voc percebeu que no exemplo dado eu considerei que a totalidade

    da remunerao era igual ao salrio de contribuio? Fiz isso para simplificar o exerccio e introduzir o tpico. Mas a parte mais importante desse assunto exatamente identificar quais parcelas so integrantes e quais parcelas so no integrantes do salrio de contribuio (SC).

    Em suma, existem ganhos do trabalhador que so classificados

    como SC e outros no, existindo, portanto, ganhos que sofrem desconto previdencirio (quando considerados SC) e outros no (quando no considerados SC).

    02. Espcies de Salrio de Contribuio.

    A legislao previdenciria definiu um Salrio de Contribuio para cada tipo de segurado (CADES F). A nica exceo ficou por conta do Segurado Especial que no realiza sua contribuio com base no SC e sim na sua Renda Bruta de Comercializao (RBC).

    Assim sendo, o segurado especial, em regra, no tem SC, salvo

    quando optar por contribuir facultativamente nas mesmas condies do contribuinte individual e do segurado facultativo (20% x SC, com SC = RBC), com intuito de obter um benefcio com valor superior.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 3 de 142

    O Regulamento da Previdncia Social, em seu Art. 214, definiu:

    Entende-se por Salrio de Contribuio (SC):

    1. Para o Empregado (E) e o Trabalhador Avulso (A): a remunerao auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer ttulo, durante o ms, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, o valor da compensao pecuniria a ser paga no mbito do Programa de Proteo ao Emprego (PPE), os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos servios efetivamente prestados, quer pelo tempo disposio do empregador ou tomador de servios, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de conveno ou acordo coletivo de trabalho ou sentena normativa, observado os limites mnimo (piso salarial da categoria ou, na falta desse, o salrio mnimo) e mximo (teto do RGPS atualmente em R$ 4.663,75) previstos na legislao.

    1.1. Para o dirigente sindical na qualidade de Empregado: a remunerao paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou por ambas. 1.2. Para o dirigente sindical na qualidade de Trabalhador Avulso: a remunerao paga, devida ou creditada pela entidade sindical.

    2. Para o Empregado Domstico: a remunerao registrada na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS), observado os limites mnimo (piso salarial da categoria ou, na falta desse, o salrio mnimo) e mximo (teto do RGPS atualmente em R$ 4.663,75) previstos na legislao. 3. Para o Contribuinte Individual: a remunerao auferida em uma ou mais empresas ou pelo exerccio de sua atividade por conta prpria, durante o ms, observado os limites mnimo (salrio mnimo) e mximo (teto do RGPS atualmente em R$ 4.663,75) previstos na legislao.

    3.1. No se considera remunerao direta ou indireta os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituies de ensino vocacional com ministro de confisso religiosa, membros de

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 4 de 142

    instituto de vida consagrada, de congregao ou de ordem religiosa em face do seu mister (ofcio) religioso ou para sua subsistncia, desde que fornecidos em condies que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado. Devo ressaltar que, conforme dispe a Lei n. 13.137/2015 que alterou a Lei n. 8.212/1991, os critrios informadores dos valores despendidos no so taxativos, ou seja, so meramente exemplificativos. Assim, os valores pagos de forma e montante diferenciados, em pecnia (dinheiro) ou a ttulo de ajuda de custo de moradia, transporte, formao educacional, vinculados exclusivamente atividade religiosa no configuram remunerao direta ou indireta.

    4. Para o Segurado Facultativo: o valor por ele declarado, observado os limites mnimo (salrio mnimo) e mximo (teto do RGPS atualmente em R$ 4.663,75) previstos na legislao.

    Por sua vez, no devemos nos esquecer que o Segurado Especial,

    em regra, no tem Salrio de Contribuio, uma vez que essa espcie de segurado contribui com uma alquota reduzida aplicada sobre a RBC.

    Entretanto, o Segurado Especial pode optar por contribuir

    facultativamente nas mesmas condies do contribuinte individual e do segurado facultativo (20% x SC, com SC = RBC) para obter um benefcio de valor superior.

    Continuando, vamos analisar separadamente cada uma das 4

    espcies de SC: 01. SC do Empregado (E) e do Trabalhador Avulso (A):

    A legislao foi ampla! Para os Empregados e os Avulsos, o SC corresponde ao total de rendimentos recebidos durante o ms, em todas as empresas trabalhadas ou que tenha prestado servios.

    Nesses rendimentos ainda so contabilizados as gorjetas, o valor da

    compensao pecuniria a ser paga no mbito do Programa de Proteo ao Emprego (PPE), os ganhos habituais e os adiantamentos salariais decorrentes de reajuste salarial. O que significam essas trs parcelas? Observe:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 5 de 142

    a) Gorjetas: A definio de gorjeta encontra-se presente na Consolidao das Leis do Trabalho de 1943 (CLT/1943), Art. 457, 3., que define:

    Considera-se gorjeta no s a importncia espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como tambm aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer ttulo, e destinada distribuio aos empregados.

    Como podemos extrair, a gorjeta uma parcela da remunerao

    que no paga pelo empregador. Pode ser dada pelo cliente de forma espontnea em retribuio a um bom servio prestado ou pode ser fruto de valorao adicional quando do fechamento de uma conta.

    Em suma so aqueles famosos 10% do garom que so cobrados

    nas faturas dos restaurantes. Agora voc sabe, que quando pagar a caixinha no restaurante, sobre esse valor, incidir contribuio previdenciria, pois compe o SC!

    b) Compensao Pecuniria a ser paga no mbito do Programa de Proteo ao Emprego (PPE): A Medida Provisria n. 680/2015, instituiu o Programa de Proteo ao Emprego (PPE) com o objetivo de preservar o emprego dos trabalhadores em tempos de dificuldade financeira. No caso, a empresa poder reduzir em at 30% a jornada de

    trabalho com reduo proporcional do salrio dos seus trabalhadores, sendo que tal diminuio ter durao de 6 meses, em regra, podendo ser prorrogada por mais 6 meses, fechando 12 meses no total.

    Durante o perodo de reduo salarial, o empregado ter direito a receber uma compensao pecuniria (em dinheiro) de at 50% do valor da reduo, sendo que tal parcela ser custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

    c) Ganhos Habituais: Essas parcelas so entendidas como contraprestaes do empregador, fornecidas ao empregado de maneira habitual (reiterada, duradoura, frequente), decorrentes de contrato de trabalho. Os ganhos habituais podem ser recebidos em dinheiro ou em fornecimento de utilidades. A habitualidade o aspecto principal desse ganho, pois os ganhos recebidos de forma espordica ou

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 6 de 142

    eventual, no so considerados habituais, e por consequncia, no contabilizados junto remunerao. A legislao previdenciria clara ao afirmar que os ganhos habituais em forma de utilidade so considerados remunerao, porm para a identificao desses ganhos, devero ser observados:

    1. Os valores reais das utilidades recebidas, OU; 2. Os valores resultantes da aplicao dos percentuais estabelecidos em lei em funo do salrio mnimo, sobre a remunerao paga caso no haja determinao dos valores de que trata o dispositivo anterior (valores equivalentes).

    Resumindo: podem ser pagos em dinheiro ou em utilidades, sendo

    que nesse caso, a identificao desses ganhos ocorrer em funo dos valores reais das utilidades ou dos valores equivalentes das utilidades. E tudo isso SC. Ficou claro?

    d) Adiantamentos salariais decorrentes de reajuste salarial: Acho que autoexplicativo. O funcionrio recebe o aumento salarial e, em funo disso, recebe o adiantamento salarial. Esse adiantamento tambm SC. Neste tpico no posso deixar de comentar sobre a pessoa do

    dirigente sindical. Existem dois tipos de dirigentes sindicais: 1. Dirigente Sindical Empregado: Tem como SC a remunerao recebida da entidade sindical, da empresa (a qual est vinculado) ou o somatrio de ambos os valores, isto , seu SC pode ser de 3 formas distintas: (1) Remunerao do Sindicato, (2) Remunerao da Empresa ou (3) Remunerao de ambas. 2. Dirigente Sindical Trabalhador Avulso: Tem como SC a remunerao recebida da entidade sindical. Na qualidade de avulso, por no possuir vinculao a empresa alguma, esse Dirigente s tem uma opo por SC: Remunerao do Sindicato. No confunda com o caso anterior! =) Por fim, devo ressaltar que o SC do Empregado e do Avulso

    apresenta os seguintes limites:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 7 de 142

    Limite mnimo: Piso Salarial Legal ou Normativo da categoria, e na falta desse, o Salrio Mnimo. Limite mximo: Teto do RGPS, atualmente no valor de R$ 4.663,75.

    02. SC do Empregado Domstico (D):

    A legislao prev que o SC do Domstico o valor registrado em sua carteira profissional ou Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS).

    Devo ressaltar que o SC do Empregado Domstico tem os mesmos

    limites do Segurado Empregado e Avulso, a saber: Limite mnimo: Piso Salarial Legal ou Normativo da categoria, e na falta desse, o Salrio Mnimo. Limite mximo: Teto do RGPS, atualmente no valor de R$ 4.663,75.

    03. SC do Contribuinte Individual (C):

    Semelhante aos Empregados e Avulsos, a lei previdenciria foi ampla com o contribuinte individual, pois considerou como SC o total de rendimentos auferidos durante o ms, por conta prpria ou a servio de uma ou mais empresas.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 8 de 142

    Um ponto interessante o caso do ministro de confisso religiosa (Contribuinte Individual). A legislao considerou que as parcelas devidas ao ministro de confisso religiosa em funo do ofcio religioso (realizar missas, casamentos, batizados, exorcismos, (RS!) etc.), ou para sua subsistncia (alimentao, vestimentas, medicamentos, etc.), pagas em dinheiro ou no, no so consideradas remunerao, e por consequncia no constituem SC. Devo ressaltar que, conforme dispe a Lei n. 13.137/2015 que alterou a Lei n. 8.212/1991, os critrios informadores dos valores despendidos no so taxativos, ou seja, so meramente exemplificativos. Assim, os valores pagos de forma e montante diferenciados, em pecnia (dinheiro) ou a ttulo de ajuda de custo de moradia, transporte, formao educacional, vinculados exclusivamente atividade religiosa no configuram remunerao direta ou indireta. Sobre os limites do SC do Contribuinte Individual, a legislao

    prev: Limite mnimo: Salrio Mnimo. Limite mximo: Teto do RGPS, atualmente no valor de R$ 4.663,75.

    04. SC do Segurado Facultativo (F):

    O SC do Facultativo o valor por ele declarado. Ele escolhe um valor entre o limite mnimo e o mximo do RGPS, aplica a alquota de 20,0% e recolhe a contribuio social devida. Simples, no !

    Os estudantes-profissionais (concurseiros, mestrandos e

    doutorandos), quando estiverem se dedicando exclusivamente aos estudos sem exercer atividade remunerada, podem contribuir como Facultativo. E afinal, qual o limite mnimo e o mximo?

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 9 de 142

    Limite mnimo: Salrio Mnimo. Limite mximo: Teto do RGPS, atualmente no valor de R$ 4.663,75.

    02.01. Proporcionalidade no Salrio de Contribuio. Agora que apresentamos os 4 tipos de SC, eu questiono: como mensurado o SC quando um empregado falta ao servio? E quando ele admitido no 20. dia do ms?

    A legislao previdenciria prev que na admisso, dispensa, afastamento ou falta do Empregado (E) ou do Empregado Domstico (D) durante o curso do ms, o contribuinte ter SC proporcional ao nmero de dias efetivamente trabalhados. Dessa forma, podemos concluir que a contribuio previdenciria pode incidir sobre SC inferior ao Salrio Mnimo.

    Devo ainda ressaltar que alm desse, existe mais um caso de SC Proporcional. No caso dos Empregados (E), Empregados Domsticos (D) e Trabalhadores Avulsos (A) que prestam servio por hora, dia, ou semana, tero SC proporcional quantidade de horas, dias ou semanas trabalhadas no ms.

    Como assim? Imagine uma domstica que trabalhou 17 dias no ms de

    Dezembro/2012 e tem como remunerao o salrio mnimo. Qual foi a remunerao (SC) da referida contribuinte? Observe:

    17/30 = 0,5666 0,5666 x R$ 788,00 = R$ 446,53

    Escolhi a remunerao de R$ 788,00 para demonstrar o SC com

    valor inferior ao Salrio Mnimo. Como se v acima, nos 2 casos de SC proporcional apresentados, possvel que o trabalhador tenha um SC inferior ao salrio mnimo. No esquea!

    Para voc guardar para a prova:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 10 de 142

    Segurado:

    Salrio de Contribuio:

    Limite Mnimo: Limite Mximo:

    C Contribuinte Individual: Salrio Mnimo. Teto do RGPS.

    A Trabalhador Avulso:

    Piso Legal, na falta desse,

    Salrio Mnimo.

    Teto do RGPS.

    D Empregado Domstico:

    Piso Legal, na falta desse,

    Salrio Mnimo.

    Teto do RGPS.

    E Empregado:

    Piso Legal, na falta desse,

    Salrio Mnimo.

    Teto do RGPS.

    S Segurado Especial: No usa SC. Usa RBC.

    F Facultativo: Salrio Mnimo.

    Teto do RGPS.

    03. Reajustamento do SC.

    Quanto ao reajustamento, a legislao previdenciria bem direta e clara, a saber:

    Todos os salrios de contribuio (SC) utilizados no clculo do salrio de benefcio sero corrigidos, ms a ms, de acordo com a variao integral do ndice Nacional de Preo ao Consumidor (INPC), referente ao perodo decorrido a partir da primeira competncia do SC que compe o perodo bsico de clculo at o ms anterior ao do incio do benefcio, de modo a preservar o seu valor real.

    O clculo do valor dos benefcios previdencirios tratado em outra

    parte da legislao. Entretanto interessante ressaltar que todos os SC utilizados nesse clculo sero devidamente atualizados pelo INPC at o ms anterior ao incio do recebimento do benefcio.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 11 de 142

    Por fim, lembre-se que esse reajustamento busca preservar o valor

    real da benesse previdenciria. =) 04. Parcelas Integrantes do SC.

    Alm da remunerao (incluindo as gorjetas, o valor da compensao pecuniria a ser paga no mbito do Programa de Proteo ao Emprego (PPE), os ganhos habituais e os adiantamentos salariais em razo de aumento) e do valor declarado no caso do segurado facultativo, existem outras parcelas integrantes do SC definidas na legislao previdenciria.

    Vamos ver cada uma delas com os seus devidos comentrios. =)

    01. O Salrio Maternidade considerado salrio de contribuio.

    O Salrio Maternidade o nico benefcio previdencirio considerado SC. O Salrio Maternidade devido s seguradas empregadas (E), trabalhadoras avulsas (A), empregadas domsticas (D), contribuintes individuais (C), facultativas (F) e seguradas especiais (E), por ocasio do parto, inclusive o natimorto, aborto no criminoso, adoo ou guarda judicial para fins de adoo.

    A previso legal do Salrio Maternidade est na Lei n. 8.213/1991

    (Plano de Benefcios da Previdncia Social):

    O Salrio Maternidade devido segurada da Previdncia Social, durante 120 dias, com incio no perodo entre 28 dias antes do parto e a data de ocorrncia deste, observadas as situaes e condies previstas na legislao no que concerne proteo maternidade.

    Sendo assim, a segurada fica em casa cuidando do seu filho recm-

    nascido ou recm-adotado por 120 dias e recebe o Salrio Maternidade como benefcio previdencirio. Esse benefcio considerado SC, ou seja, sobre ele incide a contribuio social devida pela segurada.

    Entretanto, em Fevereiro/2014, foi julgado no STJ o REsp 1230957,

    que alterou o entendimento anterior (2013) da Corte sobre o Salrio Maternidade. Conforme dispe o julgado em questo, o Superior voltou a adotar o posicionamento antigo (pr-2013), ou seja, incide contribuio social sobre o Salrio Maternidade.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 12 de 142

    Por seu turno, em Maio/2014, o STJ novamente, por meio do REsp 1.322.945, declarou a ilegalidade da exigncia da contribuio previdenciria sobre as frias gozadas pelos empregados. Conforme entendimento do Superior, o tero de frias parcela acessria ao pagamento das frias usufrudas, logo, tambm no deve ser tributado.

    Em suma, atualmente a questo est pacificada:

    Salrio Maternidade

    Legislao: SC!

    Jurisprudncia do STJ: SC!

    02. A remunerao adicional de frias de 1/3 (33%) a mais do que o salrio normal, que trata a CF/1988, integra o salrio de contribuio.

    O legislador no perdoou nem o Tero Constitucional de Frias

    (TCF)! O TCF equivale a 1/3 (33%) a mais na remunerao do trabalhador no ms de suas frias.

    Como exemplo, imagine que Carlos receba R$ 810,00 por ms. No

    ms de suas frias ele receber 1/3 a mais (R$ 270,00), totalizando R$ 1.080,00. Nesse caso, o SC ser todo o montante, pois o TCF SC!

    Conforme a legislao previdenciria, a incidncia da contribuio

    ocorre no ms de gozo das frias, inclusive se as frias forem pagas antecipadamente. Logo, a contribuio social somente ser descontada no ms do gozo e no no ms do recebimento antecipado.

    Voltando ao nosso exemplo, imagine que Carlos ir gozar suas frias

    em Junho/2012, mas ir receber de forma antecipada o TCF (de R$ 270,00, conforme exemplo) em Maro/2012. Nesse caso, a contribuio social devida referente ao TCF ser paga somente em Junho/2012, o ms de gozo das frias.

    Devo ressaltar que o entendimento do STJ diametralmente

    contrrio ao da lei, sendo esse o adotado pela Receita Federal do Brasil (RFB).

    A jurisprudncia do STJ considera que o Tero Constitucional de

    Frias tem natureza de verba indenizatria e diante de tal considerao, sobre o ele no incidem contribuies sociais. Observe

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 13 de 142

    um trecho extrado do Agravo Regimental no Recurso Especial 2011/0031643-3 publicado, pelo STJ, em 29/11/2011:

    Esta Corte Superior firmou orientao no sentido de afastar a incidncia de contribuio previdenciria sobre o tero constitucional de frias tambm de empregados celetistas contratados por empresas privadas.

    De qualquer forma, atente para o solicitado no enunciado da

    questo. Se for cobrada a letra da lei, no h desculpas, ser Salrio de Contribuio!

    Observe o paralelo entre a legislao previdenciria e o STJ:

    03. A gratificao natalina (13. salrio) integra o salrio de contribuio, exceto para o clculo do salrio de benefcio, sendo devida a contribuio quando do pagamento ou crdito da ltima parcela ou na resciso do contrato de trabalho.

    O 13. salrio, a exemplo do TCF e conforme o entendimento da

    legislao previdenciria, tambm SC. Vamos ao exemplo: Fernando trabalhou entre Janeiro e Dezembro

    na empresa Calculus Ltda., auferindo rendimentos mensais integrais. Considerando que sua remunerao, em Dezembro, seja de R$ 1.500,00, qual ser o valor da sua gratificao natalina? Observe o clculo:

    12/12 = 1,0

    1,0 x R$ 1.500,00 = R$ 1.500,00. Como podemos concluir, Fernando receber 13. integral, pois

    trabalhou durante o ano todo na mesma empresa, e perceber em dezembro gratificao integral correspondente a todo o perodo, com base no salrio de dezembro.

    Legislao Previdenciria (RFB)

    STJ e STF:

    TCF SC!

    TCF No SC!

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 14 de 142

    O 13. salrio tambm pode ser calculado de forma proporcional,

    tambm tendo por base, a remunerao do trabalhador no ms de Dezembro.

    Essa proporcionalidade assim entendida: Fernando trabalhou entre

    Setembro e Dezembro, ou seja, ele trabalhou 4 meses durante o ano. Considerando que sua remunerao, em Dezembro, seja de R$ 1.500,00, qual ser o valor da sua gratificao natalina?

    4 / 12 = 0,3333.

    0,3333 x R$ 1.500,00 = R$ 500,00. Compreendido o conceito de proporcionalidade, devemos entender

    que o 13. salrio, integral ou proporcional, considerado salrio de contribuio, mas no contabilizado como salrio de benefcio.

    Em outras palavras, a gratificao natalina alvo da incidncia das

    contribuies sociais, mas no contada para o clculo de concesso de benefcios da Previdncia Social.

    O segurado recolhe as contribuies sociais sobre o 13. salrio,

    mas essas contribuies no so consideradas para obteno do salrio de benefcio, que ser a base monetria sobre a qual ser calculado o valor do benefcio devido ao segurado.

    A princpio pode parecer uma atitude ilegal e contra a isonomia por

    parte da Receita Federal do Brasil, mas esse assunto j foi bastante discutido, e atualmente o Supremo Tribunal Federal (STF) possui publicada smula sobre o assunto:

    Smula STF n. 688/2003: legtima a incidncia da contribuio previdenciria sobre o 13. salrio.

    Para encerrar o assunto sobre gratificao natalina, preciso saber que a contribuio social incidir sobre o valor bruto da gratificao, independente de adiantamentos ou parcelamentos realizados.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 15 de 142

    Alm de incidir sobre o valor bruto, a contribuio devida dever ser

    recolhida no momento do pagamento da ltima parcela da gratificao ou, no caso de resciso de contrato, por ocasio desta.

    Para exemplificar o parcelamento da gratificao natalina: eu

    trabalhei durante alguns anos em uma empresa antes de entrar na RFB, e nela o 13. salrio era parcelado em duas vezes, sendo que a primeira parcela era paga em Junho e a segunda em Dezembro.

    No meu caso, a contribuio previdenciria era descontada do meu

    contracheque em Dezembro (ms do pagamento da ltima parcela) pelo seu valor total (somatrio das duas parcelas).

    04. O valor das dirias para viagens, quando excedente a 50% da remunerao mensal do empregado, integra o Salrio de Contribuio pelo seu valor total. Para efeito de verificao desse limite, no ser computado, no clculo da remunerao, o valor das dirias.

    Quando o empregado recebe valores adicionais a ttulo de viagens

    ou deslocamentos, esse valor recebido considerado SC, desde que ultrapasse o limite de 50% da sua remunerao mensal. A legislao previdenciria considera que esse excedente ser considerado SC para todos os efeitos.

    Acho que um exemplo deixa tudo mais claro. Imagine que Elisa,

    empregada do Escritrio Partidas Dobradas, receba um salrio mensal de R$ 2.200,00, e no ms de Dezembro/2012, por conta de reunies realizadas em vrias filiais da empresa pelo estado, tenha se deslocado para vrias localidades diferentes, recebendo 12 dirias no valor de R$ 100,00 cada uma, totalizado R$ 1.200,00 neste ms.

    Esse importe em dirias superior a 50% de sua remunerao?

    Sim! Qual o valor de remunerao a ser considerado? R$ 2.200,00 ou R$ 3.400,00 (remunerao mensal + valor das dirias)?

    A prpria legislao clara ao definir que a verificao do

    limite de 50% deve ser feita em comparao com a remunerao original, sem o valor das dirias, recebida pelo empregado. Realizando a verificao:

    R$ 1.200,00 / R$ 2.200,00 = 0,5454 x 100 = 54,54%.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 16 de 142

    No caso em tela, as dirias so superiores a 50% da remunerao do empregado, logo, so consideradas SC! Que empreguinho bom, hein! 54,54% adicionais em dirias? =)

    Por seu turno, considero interessante ressaltar o conceito de dirias

    previsto na legislao tributria federal, onde essas so os valores pagos em carter acidental e transitrio, embora possam estender-se por um ms ou mais, bem como ocorrer em vrios meses do ano, destinados a cobrir, exclusivamente, despesas de alimentao e pousada, em virtude de deslocamento de empregado, funcionrio ou diretor, para municpio diferente de sua sede profissional, no desempenho de seu emprego, cargo ou funo, para efetuar servio eventual por conta do empregador.

    05. O valor pago empregada gestante, inclusive domstica, durante o seu perodo de estabilidade provisria, que se inicia com a confirmao da gravidez at 5 meses aps o parto, conforme a CF/1988, integra o salrio de contribuio, excludos os casos de converso em indenizao previstos nos Arts. 496 e 497 da Consolidao das Leis do Trabalho de 1943 (CLT/1943).

    Essa parte, novamente, tem grande correlao com o Direito do

    Trabalho. A empregada grvida tem direito a estabilidade provisria prevista no Ato das Disposies Constitucionais Transitrias (ADCT) da CF/1988.

    No ADCT, o legislador constituinte originrio (o pessoal que escreveu

    a CF entre 1985 e 1988) garantiu que a empregada no pode ser dispensada sem justa causa entre a confirmao de sua gravidez, at 5 meses aps o parto. Esses valores recebidos so considerados SC. Dessa forma, incide contribuio social sobre esses valores.

    Ao final, a legislao prev dois casos de converso em indenizao,

    sendo que a indenizao nesses dois casos, no so consideradas SC! Observe:

    a) Quando a reintegrao do empregado estvel for desaconselhvel, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissdio, especialmente quando o Empregador for Pessoa Fsica, a Justia do Trabalho poder converter aquela obrigao (de reintegrao) em indenizao por resciso do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro.

    A estabilidade em tela estabilidade decenal, aquela que existia

    antes da CF/1988, na qual o trabalhador laborava por 10 anos na mesma empresa e adquiria estabilidade.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 17 de 142

    Nessa poca, o trabalhador optava pela estabilidade decenal ou pelo

    recolhimento por parte do seu empregador de valores mensais ao seu Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS), que funciona como uma poupana para o empregado, que no futuro, poderia levantar (sacar) a totalidade depositada com as devidas correes. Aps a CF/1988, essa possibilidade de estabilidade foi vetada completamente, restando apenas a opo pelo depsito em FGTS.

    Voltando a questo, quando o empregado estvel (por meio da

    estabilidade decenal) dispensado, ele impetra uma ao na Justia do Trabalho. Vencido a lide, ele adquire o direito reintegrao, mas nem sempre o ex-funcionrio ser reintegrado. Muitas vezes, esses dissdios trabalhistas so desgastantes para ambos os lados (empregador e trabalhador), sendo que ao final desses, esto dizimadas todas as possibilidades de que o trabalhador volte a trabalhar para o seu antigo empregador.

    E nesse caso o trabalhador sai no prejuzo? No! A Justia do

    Trabalho poder converter a obrigao de reintegrao em indenizao por resciso do contrato por prazo determinado, sendo essa indenizao calculada e paga em dobro!

    Saindo do mundo trabalhista e voltando para o mundo

    previdencirio, essa indenizao resultante de converso no considerada SC, ou seja, sobre essa grande indenizao no incide contribuio social. Tome nota: Verba indenizatria, em regra, no SC, logo, no incide contribuio social sobre ela.

    b) Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrncia de motivo de fora maior, ao empregado estvel despedido garantida a indenizao por resciso do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro.

    Novamente estamos diante da figura da estabilidade decenal. Nesse

    caso, se a empresa for extinta, sem a ocorrncia de fora maior, o empregado estvel ter direito indenizao por resciso do contrato por prazo indeterminado, mas com valores calculados e pagos em dobro.

    A definio de fora maior para o Direito do Trabalho encontra-se

    prevista na CLT/1943, em seu Art. 501:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 18 de 142

    Entende-se como fora maior todo acontecimento inevitvel, em relao vontade do empregador, e para a realizao do qual este no concorreu, direta ou indiretamente.

    Logo, a extino da empresa, quando no motivada pela fora

    maior, est ligada m administrao da empresa por seu empregador, o que no deve onerar o empregado.

    Diante de tal lgica, o legislador conferiu indenizao por quebra de

    contrato em favor do empregado, com valor dobrado. Essa verba indenizatria no constitui SC, portanto, no incide contribuio social sobre ela.

    06. O valor mensal do Auxlio Acidente integra o Salrio de Contribuio, para fins de clculo do Salrio de Benefcio de qualquer aposentadoria.

    A legislao clara ao afirmar que o benefcio Auxlio Acidente SC

    SOMENTE para fins de clculo de aposentadoria. O que o legislador quis dizer com isso?

    O legislador quis dizer que no h possibilidade de se acumular o

    Auxlio Acidente com qualquer espcie de aposentadoria, pois os valores recebidos como auxlio acidente so includos no clculo do Salrio de Contribuio, que servir de base para apurao dos valores de aposentadoria.

    07. As parcelas no integrantes do Salrio de Contribuio, quando pagas ou creditadas em desacordo com a legislao pertinente, integram o Salrio de Contribuio para todos os fins e efeitos, sem prejuzo da aplicao das cominaes legais cabveis.

    As Parcelas No Integrantes do SC sero vistas no prximo tpico,

    mas eu j posso lhe adiantar que essas parcelas, quando pagas em desacordo com a legislao pertinente, sero automaticamente convertidas em parcelas integrantes. Essa a regra:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 19 de 142

    Parcela No integrante de SC: No incide contribuio social. Parcela No integrante de SC, paga em desacordo: Converte-se automaticamente em Parcela integrante de SC, logo, incide contribuio social previdenciria.

    No ano de 2014, o Superior Tribunal de Justia (STJ) decidiu que os ganhos percebidos em funo de horas extras, adicional noturno e adicional de periculosidade so parcelas integrantes do SC e sobre elas incidem as contribuies sociais.

    O entendimento do pargrafo anterior advm do Recurso Especial

    (Resp) 1.358.281/SP, onde o ministro relator entendeu que a tributao devida, porque as verbas supracitadas tm carter salarial, e no indenizatrio. Acolheu a tese defendida pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que, afirmou que tratar as verbas como indenizatrias significaria pressupor que os trabalhadores que as recebem sofrem danos todos os dias.

    Alm disso, a PGFN alegou que afastar a cobrana prejudicaria os

    trabalhadores, j que a no incidncia causaria impacto sobre o benefcio previdencirio a ser recebido futuramente.

    Por fim, em conformidade com a legislao previdenciria acima

    apresentada, temos que apenas as seguintes rubricas so consideradas parcelas integrantes do SC:

    01. Remunerao (incluindo as gorjetas, a compensao do Programa de Proteo ao Emprego (PPE), os ganhos habituais e os adiantamentos salariais em razo de aumento); 02. Salrio Maternidade; 03. Adicional de Frias de 1/3; 04. Gratificao Natalina (13. Salrio);

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 20 de 142

    05. Dirias, quando excederem a 50% a remunerao do trabalhador; 06. Valores pagos gestante durante a sua estabilidade provisria (entre a confirmao da gravidez e at 5 meses aps o parto, e; 07. Parcelas no integrantes de SC pagas em desacordo com a legislao pertinente.

    05. Parcelas No Integrantes do SC.

    Nesse tpico veremos as parcelas no integrantes do SC. Essas parcelas foram isentadas pelo legislador ordinrio do dever de contribuir para a Previdncia Social.

    Vamos apresentar cada parcela no integrante com os seus

    respectivos comentrios. Esse assunto questo certa de prova, e eu considero um assunto com excelente custo x benefcio, pois aps estudar essa aula, voc nunca mais confundir uma parcela integrante com uma parcela no integrante.

    Sem mais delongas, vamos comear. =)

    01. Os benefcios da previdncia social, nos termos e limites legais, ressalvado o Salrio Maternidade, que considerado Salrio de Contribuio.

    Os benefcios da previdncia social, em regra, no so SC! A nica

    exceo fica por conta do Salrio Maternidade, que como j foi visto no tpico anterior, em regra, SC! Ou seja, em regra, no incide contribuio social sobre os benefcios da previdncia social. Esquematizando:

    Benefcio da Previdncia Social: Natureza: Aposentadoria especial No SC! Aposentadoria por idade No SC! Aposentadoria por invalidez No SC! Aposentadoria por tempo de contribuio No SC! Auxlio acidente * No SC! * Auxlio doena No SC!

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 21 de 142

    Auxlio recluso No SC! Penso por morte No SC! Salrio famlia No SC! Salrio maternidade Exceo! SC!

    * Devo ressaltar que o Auxlio Acidente SC somente para fins de clculo do SB de aposentadoria. Mas se cair em prova algo parecido com isso: Qual o nico benefcio da previdncia social considerado salrio de contribuio? No tenha dvida meu amigo, responda que o Salrio Maternidade!

    02. A ajuda de custo e o adicional mensal, recebidos pelo aeronauta, nos termos da Lei n. 5.929/1973 que altera o Decreto-Lei n. 18/1966 (Regulamenta o exerccio da Profisso de Aeronauta).

    um caso extremamente especfico! Os aeronautas tm o direito de

    receber ajuda de custo e adicional mensal, nos moldes da Lei regulamentadora de sua profisso, sem a incidncia das contribuies sociais sobre essas verbas. Em outras palavras, essas verbas so parcelas no integrantes do SC.

    Como exemplo, imagine que Ricardo, piloto de uma companhia

    area nacional, receba R$ 3.000,00 por ms de salrio e, alm disso, receba uma ajuda de custo de R$ 450,00 e um adicional mensal de R$ 500,00, totalizando R$ 3.950,00. Qual ser o seu SC? R$ 3.000,00 apenas, pois as duas parcelas restantes que compem sua remunerao, por fora de legislao previdenciria, no so consideradas SC.

    Devo fazer a ressalva quanto a esse dispositivo legal: na prtica no

    h aplicao! O SC apresenta, como voc sabe, o limite mximo o teto do RGPS, atualmente de R$ 4.663,75. Um aeronauta de voos domsticos percebe mensalmente, pelo menos o dobro do valor do teto do RGPS.

    Dessa forma, pouco importa os valores recebidos a ttulo de ajuda

    de custo e de adicional mensal, pois apenas o salrio do piloto j constitui importncia superior ao limite mximo do SC, limite este que ser o valor de seu SC!

    03. A parcela in natura recebida de acordo com programa de alimentao aprovado pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), nos termos da Lei n. 6.321/1976 (Lei do Programa de Alimentao do Trabalhador PAT).

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 22 de 142

    Estamos diante do vale alimentao ou vale refeio. Quem trabalha na iniciativa privada sabe o que eu estou falando. O vale alimentao aquele valor pago mensalmente pelo empregador para auxiliar nas despesas com alimentao do trabalhador e sua famlia.

    Antigamente, esse vale era em papel, sendo que o trabalhador

    recebia um bloquinho no comeo de cada ms com, por exemplo, 10 folhinhas de R$ 35,00 cada uma. A era s o trabalhador ir at o supermercado e fazer suas compras!

    Atualmente, com a modernizao e implantao de novas

    tecnologias, o vale alimentao apresenta formato de carto magntico, sendo que o empregador credita, mensalmente, em favor de seu trabalhador o valor devido pela empresa, para que este realize suas compras pagando com dbitos no referido carto.

    Esses valores so parcelas no integrantes do SC, no incidindo

    contribuio social sobre elas. Por qual motivo o empregador paga seu trabalhador em vale

    alimentao ao invs de optar pelo pagamento em dinheiro (ou mesmo no pagar nada)? Ser que ele se preocupa com a alimentao dos empregados?

    Meu amigo concurseiro, no existe empregador bonzinho. A lei do

    PAT definiu que a empresa que adotasse o vale alimentao obteria automaticamente dedues da base de clculo do seu imposto de renda.

    Em resumo, o empregador no paga vale alimentao em carto

    magntico porque ele est preocupado com o seu bem-estar, mas sim, preocupado em obter alguns benefcios fiscais para a empresa.

    No entanto, importante lembrar que a participao no Programa

    de Alimentao do Trabalhador (PAT), no obrigatria. Segundo a cartilha do referido programa, a adeso ao PAT voluntria e as empresas participam pela conscincia de sua responsabilidade social.

    Porm, caso a empresa conceda benefcio alimentao aos seus

    trabalhadores e no participe do Programa, dever fazer o recolhimento do FGTS e do INSS sobre o valor do benefcio concedido ao trabalhador (salrio in natura Art. 458 da CLT) e no ter direito a qualquer incentivo fiscal previsto no PAT.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 23 de 142

    Fica claro, portanto, que o Auxlio Alimentao pago em pecnia, transforma o benefcio dado ao trabalhador em parcela integrante do SC, ampliando a base de clculo para o depsito do FGTS depositado pelo empregador. Esse o entendimento da legislao previdenciria.

    No entanto, em 2012, o Superior Tribunal de Justia, considerou que no deve haver incidncia de contribuies previdencirias sobre a verba concedida a ttulo de vale alimentao ainda que paga em dinheiro.

    Em suma, o STJ adotou um posicionamento diametralmente oposto

    ao da legislao previdenciria que exige que o vale alimentao seja pago em conformidade com a Lei do PAT (carto magntico) para que seja considerado uma parcela no integrante de SC. Sendo assim, temos dois posicionamentos:

    Geralmente, as bancas iro cobrar o posicionamento da legislao. Entretanto, se fizer meno jurisprudncia atual, tenha esses posicionamentos em mente. =)

    Outra especificidade interessante a se conhecer do trabalhador que labora em atividades petrolferas (explorao, perfurao, produo ou refinao), pois esse tem direito a receber o Adicional de Hora Repouso e Alimentao (AHRA), em conformidade com a Lei n. 5.811/1972, que dispe sobre o regime de trabalho em atividades petrolferas.

    Esse adicional pago ao trabalhador que exerce suas atividades em

    turno ininterrupto de revezamento de 8 horas, no qual no pode ausentar-se do posto de trabalho para cumprir horrio de repouso e alimentao. Nesse caso, o STJ considerou o AHRA parcela integrante do SC, ou seja, sobre esse valor incide contribuies previdencirias.

    Carto No SC

    Dinheiro SC

    Carto No SC

    Dinheiro

    Legislao Previdenciria

    Jurisprudncia do STJ V a

    l e

    A

    l i

    m e

    n t

    a

    o

    No SC

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 24 de 142

    04. As importncias recebidas a ttulo de frias indenizadas e do respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente dobra da remunerao de frias, no caso de as frias serem concedidas aps o fim do perodo concessivo, conforme dispe o Art. 137 da CLT/1943.

    O dispositivo legal trata de duas verbas: Frias Indenizadas

    (Frias Vencidas) e Dobra das Frias. As Frias indenizadas so aquelas devidas ao trabalhador no

    momento da resciso contratual, ou seja, ele est se desligando da empresa, mas no gozou as frias das quais tinha direito. Diante de tal situao, ele tem direito a receber essas frias em dinheiro e seu respectivo adicional constitucional de 1/3 (33%), como forma de indenizao.

    Ainda sobre resciso contratual, considero importante ressaltar que

    o Saldo de Salrio tem natureza de remunerao, ou seja, tratado como salrio. Logo, sobre essa verba, incide salrio de contribuio.

    Por sua vez, a Dobra de Frias acontece quando o empregador no

    concedeu o gozo de frias ao trabalhador durante o seu perodo concessivo. Nesse caso, o empregador pagar as frias em dobro.

    Para ficar claro, a legislao do trabalho define que perodo

    aquisitivo o perodo de 12 meses em que o trabalhador fica em exerccio para adquirir o direito s frias, e perodo concessivo, so os 12 meses subsequentes ao perodo aquisitivo em que o empregador dever conceder o gozo das frias ao seu trabalhador.

    Em sntese, as frias indenizadas e a dobra das frias no so

    parcelas integrantes do SC, ao contrrio das frias gozadas, que so parcelas integrantes e, por consequncia, sofrem a incidncia das contribuies sociais. Esquematizando:

    Entretanto, conforme j foi apresentado nesta aula, em Maio/2014,

    o STJ novamente, por meio do REsp 1.322.945, declarou a ilegalidade da exigncia da contribuio previdenciria sobre as frias gozadas pelos empregados. Conforme entendimento do Superior, o tero de frias parcela acessria ao pagamento das frias usufrudas, logo, tambm no deve ser tributado.

    Em suma, para as provas, levem que as Frias Gozadas (usufrudas)

    so SC. Essa a regra a ser seguida. Por sua vez, se a questo comentar

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 25 de 142

    sobre a jurisprudncia recente do STJ, lembre-se do Recurso Especial supracitado. Para fixar:

    Frias Gozadas

    Legislao: SC!

    Jurisprudncia do STJ: No SC!

    Frias Gozadas SC (Leg.) Frias Gozadas No SC! (STJ) Frias Indenizadas No SC! Dobra das Frias No SC!

    05. A indenizao compensatria de 40% do montante depositado no Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS), como proteo relao de emprego contra despedida arbitrria ou sem justa causa, conforme disposto no Ato das Disposies Constitucionais Transitrias (ADCT) da CF/1988.

    Novamente estamos diante de uma situao albergada pelo Direito

    do Trabalho! A proteo do empregado contra a dispensa arbitrria e sem justa causa deveria ser regulamentada em Lei Complementar, como define o Art. 10, inciso I, do ADCT da CF/1988.

    Porm, como essa norma nunca foi criada, a legislao do trabalho

    est seguindo uma regra transitria (de mais de 25 anos!) presente no ADCT: Na demisso sem justa causa, o empregador dever depositar na conta vinculada do seu empregado uma indenizao de 40% sobre o total dos depsitos realizados na conta do FGTS durante o contrato de trabalho, devidamente corrigida.

    Essa verba indenizatria no parcela integrante do SC, logo, sobre

    esse depsito indenizatrio no incidem contribuies sociais. O que muito justo! O trabalhador acaba de ser desligado da empresa, recebe uma indenizao relativamente baixa e ainda tem que recolher contribuio social sobre esse valor? No d, n? =)

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 26 de 142

    06. A indenizao por tempo de servio, anterior a 05/10/1988 (promulgao da CF/1988), do empregado no optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS).

    Como j vimos nessa aula, at a CF/1988 os trabalhadores tinham

    duas opes: Estabilidade Decenal ou FGTS. Com a promulgao da CF em 05/10/1988, a nica opo restante foi o FGTS.

    Para os trabalhadores que at a promulgao da CF/1988 tinham

    optado pela Estabilidade Decenal, foi instituda uma indenizao por tempo de servio relativo ao perodo pr-CF/1988. Essa indenizao, conforme legislao previdenciria no parte integrante do SC!

    07. A indenizao por despedida sem justa causa do empregado nos contratos por prazo determinado, conforme estabelecido no Art. 479 da CLT/1943.

    A regra dos contratos de trabalho no Direito do Trabalho o

    contrato por prazo indeterminado, mas existem algumas situaes e que so admitidas contrato por prazo determinado.

    Caso o empregador dispense sem justa causa o empregado

    contratado por prazo determinado, este estar sujeito indenizao prevista no Art. 479 da CLT/1943:

    Nos contratos que tenham termo estipulado (prazo determinado), o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado ser obrigado a pagar-lhe, a ttulo de indenizao, e por metade, a remunerao a que teria direito at o termo do contrato (fim do contrato).

    Imagine que Walquria foi contratada pelo escritrio de contabilidade

    Lucro Presumido Ltda., por meio de um contrato de experincia (espcie do gnero contrato por prazo determinado) com durao de 90 dias e remunerao mensal de R$ 1.700,00.

    No incio do 60. dia ela foi dispensada sem justa causa. Nesse caso,

    a indenizao devida a Walquria metade (50%) da remunerao que ela teria direito at o fim do contrato. No nosso caso:

    Dias trabalhados: 60 dias.

    Dias a serem trabalhados: 30 dias.

    Remunerao devida at o fim do contrato:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 27 de 142

    30 / 90 = 0,333 x R$ 5.100,00 (R$ 1.700,00 x 3 meses) = R$ 1.700,00

    Metade da Remunerao devida at o fim do contrato:

    R$ 1.700,00 / 2 = R$ 850,00

    Portanto, Walquria ter direito a uma indenizao de R$ 850,00, e esse valor no ser parcela integrante do SC. Assim sendo, no incidir contribuio social sobre essa verba indenizatria.

    08. A indenizao do tempo de servio do safrista, quando da expirao normal do contrato, conforme disposto no Art. 14 da Lei n. 5.889/1973 (Normas Reguladoras do Trabalho Rural).

    Mais um caso especfico da legislao trabalhista. A priori,

    interessante saber que o contrato de safra aquele que tem a sua durao dependente de variaes estacionais da atividade agrria, isto , no existe um tempo padro para os contratos de safra. A indenizao presente no Art. 14 da Lei n. 5.889/1973 a seguinte:

    Expirado normalmente o contrato, a empresa pagar ao safrista, a ttulo de indenizao do tempo de servio, importncia correspondente a 1/12 (8,33%) do salrio mensal, por ms de servio ou frao superior a 14 dias.

    A simples expirao do contrato de safra d o direito ao trabalhador

    de receber indenizao de 1/12 do seu salrio mensal por ms de servio (ou frao superior a 14 dias). isso mesmo! O simples trmino do contrato indeniza os trabalhadores rurais.

    Essa benevolncia existe em funo do contrato de safra no

    apresentar perodo certo em seu incio e ser facilmente encurtado em razo de fatos da natureza (tempestades, geadas, secas, inundaes, etc.). O legislador agiu bem ao proteger o trabalhador safrista de tantas incertezas.

    Para exemplificar, imagine que Vicente, contratado para trabalhar

    na colheita da safra de milho, receba R$ 900,00 por ms. Nesse caso, ele trabalhou entre o perodo de 15/01/2013 e 30/03/2013, quando expirou o seu contrato. Qual ser o valor de sua indenizao?

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 28 de 142

    Vejamos: Vicente trabalhou no total 2 meses e 15 dias. Como essa frao superior a 14 dias, conta-se como ms inteiro para efeitos de indenizao: 3 meses. A indenizao ser calculada da seguinte forma:

    1/12 x R$ 900,00 = R$ 75,00. R$ 75,00 x 3 meses = R$ 225,00. Vicente receber uma indenizao de R$ 225,00, sendo que essa

    verba indenizatria no ser considerada SC, e por consequncia, no incidir contribuio previdenciria sobre ela.

    09. O incentivo demisso.

    Estamos diante do famoso Plano de Demisso Voluntria (PDV), situao marcante no final da dcada de 90.

    O PDV um instrumento utilizado tanto pelas empresas privadas

    quanto pelas estatais (autarquias celetistas, empresas pblicas e sociedades de economia mista) como uma forma de reduo do quadro de pessoal, visando, em tese, a racionalizao na gesto de pessoas.

    Geralmente, o PDV uma forma mais amigvel da empresa tirar o

    trabalhador de seus quadros, alm de proporcionar alguns benefcios extras aos que o aderirem, como indenizao de um salrio mensal por ano de trabalho.

    Todas as parcelas indenizatrias pagas ao trabalhador em razo de

    ter aceitado o PDV da empresa so parcelas no integrantes do SC, logo, no incide contribuio social sobre elas.

    10. A indenizao por dispensa sem justa causa no perodo de 30 dias que antecede a correo salarial a que se refere Lei n. 7.238/1984.

    Dispositivo muito especfico. Essa indenizao est prevista no Art.

    9. da Lei n. 7.238/1984:

    O empregado dispensado, sem justa causa, no perodo de 30 dias que antecede a data de sua correo salarial, ter direito indenizao adicional equivalente a um salrio mensal, seja ele optante ou no pelo Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS).

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 29 de 142

    Observe que a lei de 1984, anterior a CF/1988, por isso o dispositivo supracitado apresenta os dizeres seja ele optante ou no pelo FGTS. Da forma como o dispositivo mencionado, o trabalhador que for dispensado 30 dias antes da sua correo salarial ter direito a indenizao de um salrio mensal.

    Hoje em dia pode parecer estranho e exagerado um dispositivo

    desses, pois a nossa inflao anual est em torno de 8,5%, o que no causa grande corroso no valor de compra dos nossos rendimentos. Entretanto, em 1984, a inflao acumulada anual foi de 210%! Enfim, essa indenizao no SC!

    11. As indenizaes previstas nos Arts. 496 e 497 da CLT/1943.

    Essas duas indenizaes j foram vistas nessa aula! As duas no so SC, e sobre elas no incidem as contribuies sociais. S para voc relembrar quais so elas:

    CLT/1943, Art. 496. Quando a reintegrao do empregado estvel for desaconselhvel, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissdio, especialmente quando o Empregador for Pessoa Fsica, a Justia do Trabalho poder converter aquela obrigao (de reintegrao) em indenizao por resciso do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro. CLT/1943, Art. 497. Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrncia de motivo de fora maior, ao empregado estvel despedido garantida a indenizao por resciso do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro (para estveis decenais).

    Se estiver com alguma dvida, volte ao tpico anterior e d outra

    lida! =)

    12. O abono de frias na forma dos Arts. 143 e 144 da CLT/1943.

    O Abono de frias a venda de 10 dias de frias, ou seja, 1/3 (33%) das frias anuais. Isso comum na iniciativa privada e nas empresas estatais. O abono assim definido, conforme Art. 143 da CLT/1943:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 30 de 142

    facultado ao empregado converter 1/3 (33%) do perodo de frias a que tiver direito em abono pecunirio (abono de frias), no valor da remunerao que lhe seria devida nos dias correspondentes.

    Imagine que Claudio trabalhe em uma empresa estatal e perceba

    mensalmente R$ 3.600,00. Quando chega o ms correspondente a suas frias anuais, ele decide vender 1/3 (33%) dessas para pagamento de dvidas pessoais. Isso significa que Claudio solicita o Abono de Frias empresa. Qual ser o valor desse abono?

    Remunerao no perodo de Frias: R$ 3.600,00 (Remunerao Mensal) + R$ 1.200,00 (TCF) = R$ 4.800,00. Abono de Frias: R$ 4.800,00 / 3 = R$ 1.600,00.

    O Abono de Frias de Claudio ser de R$ 1.600,00, e sobre esse

    montante no incidir contribuio social. Em outras palavras, o Abono de Frias parcela no integrante do SC.

    Porm, no se esquea: como j vimos alguns tpicos acima, a

    remunerao mensal mais o tero constitucional de frias (R$ 4.800,00) comporo SC do segurado Claudio. Somente o Abono de frias (R$ 1.600,00) isento da incidncia das contribuies previdencirias.

    Por fim, trago a redao do Art. 144 da CLT/1943, onde observamos

    que o abono de frias no integra a remunerao do funcionrio para efeitos trabalhistas.

    O abono de frias do Art. 143, bem como o concedido em virtude de clusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de conveno ou acordo coletivo, desde que no excedente de 20 dias do salrio, no integraro a remunerao do empregado para os efeitos da legislao do trabalho.

    Dando continuidade.

    13. Os ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salrio por fora de lei.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 31 de 142

    Estamos diante de duas parcelas distintas: ganho eventual desvinculado do salrio por fora de lei e abono desvinculado do salrio por fora de lei. Essas duas parcelas desde que desvinculadas do salrio do trabalhador no so partes integrantes do SC, e, por consequncia, sobre elas no incide contribuio social.

    Como exemplo de ganho eventual desvinculado, temos os valores

    pagos pelo empregador aos seus trabalhadores a ttulo de incentivo por sugestes utilizadas na realizao da atividade empresria (plano de sugestes). J como abono desvinculado, geralmente previsto o acordo coletivo de trabalho, pelos mais diversos motivos que voc possa imaginar.

    14. A Licena Prmio indenizada.

    A Licena Prmio comum no setor pblico e muito rara na iniciativa privada. Eu, particularmente, desconheo qualquer empresa privada que pague Licena Prmio para seus funcionrios.

    Essa licena geralmente funciona assim: a cada 5 anos de trabalho,

    o trabalhador tem 3 meses de repouso remunerado, excludo os perodos de frias.

    Caso a Licena Prmio no seja gozada, ela ser paga pelo

    empregador ao trabalhador (Licena Prmio indenizada). Nesse caso, essa verba indenizatria ser uma parcela no integrante do SC, no incidindo nenhuma contribuio social sobre ela.

    15. Outras indenizaes, desde que expressamente previstas em lei.

    Vou reproduzir uma regrinha importante:

    Verbas indenizatrias, em regra, no so SC, logo, no incide contribuio social sobre elas.

    No se esquea dessa regrinha! =)

    16. A parcela recebida a ttulo de vale transporte, na forma da legislao prpria (Lei n. 7.418/1986 Lei do Vale transporte).

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 32 de 142

    A prpria Lei do Vale transporte, em seu Art. 2., clara sobre a natureza do mesmo:

    O Vale Transporte, concedido nas condies e limites definidos, nesta Lei, no que se refere contribuio do empregador:

    a) No tem natureza salarial, nem se incorpora remunerao para quaisquer efeitos; b) No constitui base de incidncia de contribuio previdenciria ou de Fundo de Garantia por Tempo de Servio; c) No se configura como rendimento tributvel do trabalhador.

    O legislador foi claro logo no incio da lei: vale transporte no tem

    natureza salarial e no SC, pois sobre ele no incide contribuio social. Imagine que Dbora trabalhe em uma empresa de Engenharia e receba R$ 3.500,00 por ms, adicionados de um vale transporte de R$ 200,00. Qual ser o seu SC?! Sem dvida, R$ 3.500,00, OK? =)

    Recentemente, o Superior Tribunal de Justia (STJ) corroborou o

    entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), e deixou claro que o vale transporte sempre ser uma parcela no integrante do SC, independentemente de ser fornecido em pecnia (dinheiro) ou em ticket (vale ou carto magntico).

    Observe trecho do REsp 816.829-RJ, Rel. Min. Castro Meira,

    julgados em 14/03/2011. 1 Seo:

    No incide contribuio previdenciria sobre o vale transporte pago em pecnia por se tratar de benefcio de natureza indenizatria.

    Em 2012 o STF reiterou o entendimento da no incidncia de

    contribuies sociais sobre os valores pagos em pecnia a ttulo de vale transporte. A jurisprudncia do STJ, desde 2011, assente pela no incidncia de contribuies sociais sobre o valor do vale transporte pago em dinheiro. Dessa forma, sobre esse tema, guarde o seguinte:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 33 de 142

    17. A ajuda de custo, em parcela nica, recebida exclusivamente em decorrncia de mudana de local de trabalho do empregado, na forma do Art. 470 da CLT/1943.

    Essa ajuda de custo paga pelo empregador quando o seu

    empregado sofre mudana de local de trabalho. Esse auxlio pecunirio (em dinheiro) deve ser pago em parcela nica e dever cobrir todas as despesas resultantes da transferncia do trabalhador. Observe o Art. 470 da CLT/1943:

    As despesas resultantes da transferncia correro por conta do empregador.

    Diante o exposto, podemos extrair que essa verba no possui

    natureza de SC e, por consequncia, no incidir contribuio social sobre essa ajuda de custo.

    No obstante, considero importante ressaltar o conceito de ajuda de

    custo previsto na legislao tributria federal, onde essa classificada como os valores pagos em carter indenizatrio, destinados a ressarcir os gastos com transporte, frete e locomoo do beneficiado e seus familiares, em caso de remoo de um municpio para outro ou para o exterior.

    18. As dirias para viagens, desde que no excedam a 50% da remunerao mensal do empregado.

    Esse assunto j foi visto hoje! Quando o valor das dirias exceder

    50% da remunerao mensal do trabalhador, essas comporo o SC. Por outro lado, quando esse valor no exceder a 50% da remunerao do indivduo, no sero contabilizadas como SC! Quer mais um exemplo?

    Legislao Previdenciria

    Jurisprudncia do STF e do STJ

    Ticket No SC

    Dinheiro SC

    Ticket No SC

    Dinheiro No SC

    V a

    l e

    T r

    a n

    s p

    o r

    t e

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 34 de 142

    Imagine que Marcos seja empregado da empresa Prev.Doc Ltda., e

    receba um salrio de R$ 2.500,00 por ms. No ms de Janeiro/2013, Marcos realizou 8 viagens a trabalho, que resultaram em 8 dirias de R$ 150,00, totalizando R$ 1.200,00.

    Nesse caso, essas dirias no so consideradas SC, pois no

    excederam 50% de sua remunerao mensal! Observe o raciocnio:

    R$ 1.200,00 / R$ 2.500,00 = 0,4800 x 100 = 48,00%

    No esquea, prezado aluno, que a legislao clara ao definir que a verificao do limite de 50% deve ser feita em comparao com a remunerao original, sem o valor das dirias, recebida pelo empregado. Entendido? =)

    No caso em tela, as dirias recebidas totalizaram 48% da remunerao, logo, essas dirias, para efeitos previdencirios, no so consideradas salrio de contribuio e sobre elas no incidir contribuio social.

    Aproveito o momento da aula para acrescentar uma informao

    interessante: no podemos confundir dirias com despesas de viagem. Segundo a melhor doutrina, as despesas de viagem, desde que devidamente comprovadas, so livres de tributao. As dirias, no entanto, independem de comprovao e so livres de tributao se seu valor no ultrapassar 50% da remunerao mensal, conforme foi exposto.

    Para ficar bem claro, no podemos confundir os seguintes institutos:

    Despesas de viagem: um reembolso exato para o trabalhador

    dos gastos que este teve com uma viagem, e;

    Dirias: so pagas ao trabalhador em valor fixo para cobrir a despesa especfica, no levando em conta o gasto total que o empregado teve com a viagem.

    19. A importncia recebida a ttulo de bolsa de complementao educacional de estagirio, quando paga nos termos da Lei n. 11.788/2008 (Lei do Estgio).

    A bolsa de estgio paga em conformidade com a Lei n.

    11.788/2008 (Lei do Estgio) no considerada SC! Entre o 2. e o 4.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 35 de 142

    ano de graduao em Engenharia, fui aluno bolsista com projeto de iniciao cientfica.

    Como minhas bolsas foram todas pagas em acordo com a antiga Lei

    do Estgio (Lei n. 6.494/1977 vigente at 2008), no foram consideradas SC e sobre elas no incidiram nenhuma contribuio social.

    Claro que essa informao s fiquei sabendo alguns anos depois, em

    meados de 2008, quando iniciei minha preparao para concurso da RFB. =)

    20. A participao do empregado nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei especfica.

    Algumas empresas, as grandes principalmente, distribuem parte dos

    seus lucros para seus empregados. So as conhecidas Participaes no Lucro da Empresa (PLE).

    Essas PLE, desde que pagas de acordo com lei especfica, no so

    consideradas SC. No caso, a lei especfica a Lei n. 10.101/2000 (Participao dos trabalhadores nos lucros da empresa), que em seu Art. 3., 2. define:

    vedado (proibido) o pagamento de qualquer antecipao ou distribuio de valores a ttulo de participao nos lucros ou resultados da empresa em mais de 2 vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 trimestre civil.

    A lei especfica criou um limite de periodicidade, ou seja, a PLE

    poder ser paga em no mximo 2 vezes no mesmo ano, sendo que entre um pagamento e outro deve ter um intervalo mnimo de 1 trimestre.

    Quando uma empresa paga as PLE dentro desse limite de

    periodicidade, os referidos valores no so considerados SC. Porm, caso no sejam respeitadas as devidas limitaes, as PLE sero automaticamente classificadas como parcelas integrantes de SC. Imagine que as seguintes empresas paguem suas PLE da seguinte forma:

    Empresa Alfa: 2 PLE por ano, uma em maio e outra em dezembro. Respeita o limite de periodicidade, logo, no parcela integrante do SC.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 36 de 142

    Empresa Gama: 3 PLE por ano. Desrespeita o limite de periodicidade, logo, parcela do SC.

    Resumindo: PLE paga de acordo com a Lei n. 10.101/2000: Parcela No Integrante de SC. PLE paga em desacordo com a Lei n. 10.101/2000: Parcela Integrante de SC.

    21. O abono do PIS/PASEP.

    Estamos diante do pouco conhecido Abono Salarial do PIS/PASEP. Esse abono consiste no pagamento anual de um salrio mnimo ao trabalhador de empresas, entidades privadas e rgos pblicos contribuintes do PIS (Programa de Integrao Social) ou PASEP (Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico). Para constar, todo estabelecimento que possuir CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica) contribuinte do PIS/PASEP.

    Legal! Mas quem tem direito ao abono? O trabalhador ou o servidor

    pblico que, no ano anterior ao incio do calendrio de pagamento:

    a) Esteja cadastrado h pelo menos 5 anos no PIS/PASEP; b) Tenha recebido, em mdia, at 2 salrios mnimos mensais. Essa mdia leva em conta apenas os meses trabalhados; c) Tenha trabalhado, no mnimo, 30 dias para empregadores contribuintes do PIS/PASEP com carteira de trabalho assinada, e; d) Tenha seus dados informados corretamente na Relao Anual de Informaes Sociais (RAIS).

    Muitos trabalhadores tm direito a esse abono e no sabem!

    Voltando esfera previdenciria, o abono do PIS/PASEP parcela no integrante de SC. Logo, sobre esse abono no incide contribuies sociais.

    22. Os valores correspondentes a transporte, alimentao e habitao fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residncia, em canteiro de obras ou local que, por fora da atividade, exija

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 37 de 142

    deslocamento e estada, observadas as normas de proteo estabelecidas pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE).

    Um exemplo deixa esse dispositivo mais amigvel! Imagine que os

    pedreiros de uma construtora so obrigados a trabalhar, durante o perodo da obra, em um canteiro bem distante de suas residncias.

    Nesse caso, todas as despesas com transporte, alimentao e,

    eventualmente, habitao sero pagas pela empresa. Essas verbas adicionais so consideradas parcelas no integrantes de SC e, por sua vez, no incide contribuio social sobre elas.

    23. A importncia paga ao empregado a ttulo de complementao ao valor do Auxlio Doena desde que este direito seja extensivo totalidade dos empregados da empresa.

    Esse dispositivo faz meno a um benefcio dado pela empresa,

    voluntariamente, a seus empregados. No caso, quando um empregado sofre um acidente de trabalho e afastado, ele faz jus ao benefcio do Auxlio Doena.

    Porm, esse ganho inferior remunerao do empregado, e a

    empresa poder pagar uma complementao ao valor do Auxlio Doena para no o deixar desguarnecido na hora em que ele mais precisa (acidentado, inativo e sem receber remunerao integral a que est mensalmente habituado).

    Essa complementao, desde que fornecida a todos os

    empregados da empresa quando de suas necessidades, considerada parcela no integrante do SC, e, sobre essa complementao, no incide contribuio social previdenciria.

    Podemos estabelecer uma nova regra:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 38 de 142

    Benefcio pago por empresa, desde que extensvel a TODOS os empregados, no considerado SC, logo, sobre essa vantagem no incide contribuio social (Parcela No Integrante do SC). Benefcio pago por empresa, extensvel somente para ALGUNS cargos ou setores da empresa, ele classificado como SC e sujeito a incidncia da contribuio social (Parcela Integrante do SC).

    Guarde bem essa regrinha!

    24. O valor das contribuies efetivamente pago pela pessoa jurdica, relativo a programa de previdncia complementar privada, aberta ou fechada, desde que disponvel totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os Arts. 9. e 468 da CLT/1943.

    Como j de seu conhecimento, a aposentadoria dos segurados do

    RGPS est limitada ao teto de R$ 4.663,75. Imagine a situao de Rui, mdico e empregado de um grande

    hospital em Vitria/ES. Rui recebe mensalmente a remunerao de R$ 8.700,00.

    Nesse caso, as contribuies sociais referentes ao seu pagamento

    mensal incidem sobre o teto do RGPS, R$ 4.663,75, valor inferior ao que ele efetivamente recebe e, por consequncia, sua aposentadoria tambm estar limitada a esse teto.

    Necessariamente, ele no precisar se conformar com uma

    aposentadoria inferior ao salrio auferido durante a vida! As empresas podem contribuir para um plano de previdncia complementar para completar o valor da aposentadoria de seus empregados.

    Esse benefcio dado pela empresa, desde que fornecido a todos os

    seus funcionrios, ser considerado parcela no integrante do SC! Logo, no h contribuio previdenciria sobre as contribuies da empresa para a previdncia complementar de seus empregados.

    Lembre-se da regra:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 39 de 142

    Benefcio pago por empresa, desde que extensvel a TODOS os empregados, no considerado SC, logo, sobre essa vantagem no incide contribuio social (Parcela No Integrante do SC). Benefcio pago por empresa, extensvel somente para ALGUNS cargos ou setores da empresa, ele classificado como SC e sujeito a incidncia da contribuio social (Parcela Integrante do SC).

    Para concluir, o que quer dizer a parte final do dispositivo observados, no que couber, os Arts. 9. e 468 da CLT/1943.? Esses artigos preceituam que qualquer ato praticado contra a CLT ser nulo e que os contratos de trabalho s podero ser alterados por mtuo consentimento e se forem benficos aos empregados, sob pena da alterao ser considerada ilegal.

    25. O valor das contribuies efetivamente paga pela pessoa jurdica, relativo a prmio de seguro de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou conveno coletiva de trabalho e disponvel totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os Arts. 9. e 468 da CLT/1943.

    Imagine que a empresa Acidentes Constantes Ltda. preveja em seu

    Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) a contratao de seguro de vida para todos os empregados da empresa, nesse caso, essas contribuies pagas pela empresa, relativas ao prmio de seguro de vida, so consideradas parcelas no integrantes do SC.

    Para melhorar o entendimento, o que vem a ser o prmio de

    seguro? a prestao paga pelo segurado pela contratao do seguro. No caso, a prestao (prmio) paga pela empresa em favor dos seus empregados.

    Em ltima anlise, o prmio pode ser entendido como a preveno

    da fatalidade, pois a empresa paga mensalmente os prmios de seus empregados formando um fundo monetrio que servir de fonte para pagamento de indenizaes aos segurados, em caso de sinistro com os mesmos.

    Para no esquecer a regra:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 40 de 142

    Benefcio pago por empresa, desde que extensvel a TODOS os empregados, no considerado SC, logo, sobre essa vantagem no incide contribuio social (Parcela No Integrante do SC). Benefcio pago por empresa, extensvel somente para ALGUNS cargos ou setores da empresa, ele classificado como SC e sujeito a incidncia da contribuio social (Parcela Integrante do SC).

    26. O valor relativo assistncia prestada por servio mdico ou odontolgico, prprio da empresa ou com ela conveniada, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, culos, aparelhos ortopdicos, despesas mdico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa.

    Esse dispositivo trata dos planos de sade e planos

    odontolgicos. Esses benefcios, quando prestados totalidade de empregados da empresa, so considerados parcelas no integrantes de SC, logo, sobre esses valores no incide contribuio social.

    Novamente estamos diante da nossa regra. MAIS UMA VEZ:

    Benefcio pago por empresa, desde que extensvel a TODOS os empregados, no considerado SC, logo, sobre essa vantagem no incide contribuio social (Parcela No Integrante do SC). Benefcio pago por empresa, extensvel somente para ALGUNS cargos ou setores da empresa, ele classificado como SC e sujeito a incidncia da contribuio social (Parcela Integrante do SC).

    J decorou, no ?! =)

    27. As parcelas destinadas assistncia ao trabalhador da agroindstria canavieira de que trata a Lei n. 4.870/1965 (Lei da Produo Aucareira).

    Esse mais um caso especfico da legislao do trabalho. No caso, a

    assistncia ao trabalhador do setor canavieiro tem como objetivo garantir os seguintes aspectos:

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 41 de 142

    Higiene e sade, por meio de assistncia mdica, hospitalar e farmacutica, bem como maternidade e infncia, complementando a assistncia prestada pela usinas e fornecedores de cana;

    Complementao dos programas de educao profissional e de

    ensino mdio gratuitas;

    Estmulo e financiamento a cooperativas de consumo;

    Financiamento de culturas de subsistncia, nas reas de terras utilizadas pelos trabalhadores rurais, e;

    Promoo e estmulo de programas educativos, culturais e de

    recreao.

    Todas essas parcelas supracitadas so consideradas no integrantes do SC.

    28. O valor correspondente a vesturios, equipamentos e outros acessrios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestao dos respectivos servios.

    Esse dispositivo est ligado aos Equipamentos de Proteo

    Individual (EPI). O fornecimento de EPI aos empregados obrigao da empresa e deve ser realizada de forma gratuita, conforme define o Art. 166 da Consolidao das Leis do Trabalho de 1943 (CLT/1943), sendo esse artigo regulamentado pela Norma Regulamentadora n. 06/1978 do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE).

    Para exemplificar, imagine que Gilmar seja empregado da Pedreira

    Bredock, trabalhando diretamente no desmonte de bancadas (fragmentao de grandes reas de rochedo com utilizao de elemento explosivo).

    No caso de Gilmar, a empresa dever fornecer vestimentas

    especiais, culos de alta resistncia, capacete, luvas, botas com ponteira metlica entre outros equipamentos e acessrios para a execuo do trabalho.

    Temos ainda as verbas pela execuo do trabalho. Por exemplo:

    o aluguel do apartamento do diretor financeiro pago pela empresa, a mensalidade do colgio dos filhos do vice-presidente paga pela empresa

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 42 de 142

    ou ainda um valor pecunirio exclusivo, como um auxlio palet, comum em algumas empresas multinacionais.

    Todas essas verbas pela execuo do trabalho so

    consideradas SC! Por favor, no confunda verba pela execuo com verba para execuo. Do exposto, podemos extrair a seguinte regra:

    Verbas PARA a execuo do Trabalho (equipamentos de segurana): Parcela No Integrante do SC. Verbas PELA execuo do Trabalho (benesses em funo do alto cargo exercido): Parcela Integrante do SC.

    Observe que os vesturios, equipamentos e acessrios devem ser

    fornecidos para a execuo do trabalho, e quer dizer que, sem eles, o trabalho no poder ser realizado de forma correta e segura. Logo, no qualquer vesturio fornecido pelo empregador que dar condio para a execuo do trabalho.

    Diante de tal constatao, a legislao previdenciria

    considerou que os vesturios, equipamentos e acessrios utilizados para a execuo do trabalho so considerados parcelas no integrantes de SC, e sobre eles no incide contribuio social.

    Ao passo que, as verbas pela execuo do trabalho, ainda que em

    forma de benefcios no pecunirios, so parcelas cuja incidncia de contribuio previdenciria prevista.

    29. O ressarcimento de despesas pelo uso de veculo do empregado, quando devidamente comprovadas.

    Imagine que Joo seja representante comercial de uma famosa

    marca de camisas e que viaje com seu veculo particular por 25 cidades de sua regio todos os meses. Joo roda em mdia 2.500 km por ms, o que equivale em mdia o importe de R$ 1.200,00 em despesas com combustvel, troca de leo, pneus e demais manutenes.

    Esse valor, devidamente comprovado, ser ressarcido pela empresa.

    Esse ressarcimento, conforme previso legal previdenciria, no tem natureza de SC, o que significa que no incide contribuio social sobre esse valor.

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Prof. Ali Mohamad Jaha

    www.estrategiaconcursos.com.br Pgina 43 de 142

    Podemos extrair mais uma regra desse dispositivo: Valor pago a ttulo de ressarcimento tem natureza de parcela no integrante de SC. Dessa forma, sobre valores de ressarcimento no incide a contribuio social.

    30. O valor relativo a plano educacional ou a bolsa de estudo, que vise educao bsica de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada s atividades desenvolvidas pela empresa, educao profissional e tecnolgica de empregados, nos termos da Lei n. 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional - LDB) e:

    1. No seja utilizado em substituio de parcela salarial, e; 2. O valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, no ultrapasse 5% (cinco por cento) da remunerao do segurado a que se destina ou o valor correspondente a 1,5 (uma vez e meia) o valor do limite mnimo mensal do salrio de contribuio (salrio mnimo), o que for maior.

    Esse dispositivo teve a sua redao alterada recentemente, pela Lei

    n. 12.513 de 26/10/2011. O texto apresenta uma redao meio rebuscada, mas em palavras simples quer dizer que os valores investidos pela empresa na educao bsica (aquela que vai at o ensino mdio) dos empregados so considerados parcelas no integrantes do SC, isto , no incide contribuio social sobre valores, desde que:

    1. A educao fornecida esteja vinculada s atividades da empresa; 2. Os valores pagos pela empresa no sejam considerados parcelas substitutas de remunerao. (Se o funcionrio recebe R$ 1.500,00 por ms e empresa investe R$ 200,00 mensais na sua educao, ela no poder pagar-lhe apenas R$ 1.300,00), e; 3. Os valores pagos mensalmente tero como valor mximo o maior valor entre:

    3.1. 5,0% da Remunerao do Empregado, ou; 3.2. 1,5 x Salrio Mnimo (limite mnimo do Salrio de Contribuio).

    Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

    WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG

  • Direito Previdencirio p/ INSS

    4. Turma 2015/2015 Teoria e Questes Comentadas

    Prof. Ali Mohamad Jaha Aula 04

    Pr